jornal do cariri - 07 a 13 de fevereiro de 2012

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O periódico do Cariri independente AVENTURA COBRANÇA DA JUSTIÇA Por ordem do juiz federal Thiago Brasileiro Franco, a Prefeitura de Juazeiro do Norte foi citada novamente para saldar dívida, desta vez de R$ 10,5 milhões. O débito é referente ao não repasse do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), durante a gestão de Raimundo Macedo. n O local por onde passará o teleférico é habitado por centenas de gaivotas PROJETO Esportes ao ar livre crescem no Cariri Raimundão deixou dívida também com Pasep: R$10,5 mi Crianças fazem réplicas de fósseis 10 4 REGIÃO DO CARIRI l DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2011 l ANO XIV l NÚMERO 2520 R$ 1,50 9 7 GRANDES NOMES O talento do caririense José wilker Natural de Juazeiro do Norte, o artista José Wilker de Almeida é unanimidade no teatro, na televisão e na cinematografia brasileira, inclusive como crítico de cinema. Cresceu vendo pela janela os milhares de romeiros da cidade. O polivalente filho do Cariri, hoje estrela nacional, é o homenageado da página especial Grandes Nomes. ESTRANGEIROS Invasão chinesa no comércio de Juazeiro Com maior arrecadação fiscal da Região do Cariri, Juazeiro do Norte atrai estrangeiros, que desembarcam na cidade e buscam novas oportunidades de negócios. Os chineses são um desses que apostam no comércio local, seja na venda de artigos femininos, de miudezas ou de comida. Eles estão abrindo lojas progressivamente desde 2009 no Centro da cidade. 5 A construção de um teleférico em Juazeiro do Norte para ligar a parte alta do Horto à parte baixa, sonho antigo da cidade. Mas antes do início da obra, algumas questões ainda precisam ser solucionadas, como a escolha da empresa responsável e a licença ambiental que precisa ser concedida pela Semace. JUAZEIRO Teleférico será novo atrativo em Juazeiro 8 A arte está na essência do nordestino. Na forma de agir, pensar e, claro, na riqueza e diversidade de manifestações que nascem e ganham vida nesta terra. Por isso, nada mais justo do que este povo, há 13 anos, ter no Centro Cultural Banco do Nordeste um múltiplo espaço para experimentar e viver a cultura da Região e do mundo. Banco do Nordeste. A nossa cultura é investir na sua. SAC Banco do Nordeste • Ouvidoria: 0800 728 3030 www.bnb.gov.br/cultura /ccbnb /ccbnb CRAJUBAR Paredões de som estão com os dias contados Todos os dias o Ronda do Quarteirão recebe reclamações contra paredões de som. Em 2012, uma das metas da polícia comunitária é extinguir de vez os abusos dos proprietários de sons potentes. Junto com a poluição sonora, os eventos com esses aparelhos trazem, frequentemente, o uso imoderado de álcool. A palavra de ordem é o combate ao excesso. 5 POLÍTICA ATRATIVO Vereadores de Juazeiro serão os últimos a voltar Roteiro da Fé garantirá mais conforto aos romeiros A ordem de serviço para a realização do projeto proporciona grandes expectativas por parte dos moradores de Juazeiro do Norte e seus visitantes. A obra anunciada está prevista para começar ainda neste mês, contando com investimento de R$ 4,7 milhões. 8 CIDADES DEVOÇÃO Transportes alternativos serão mais fiscalizados Romaria de Candeias emociona fiéis A estimativa é que mais de 300 mil pessoas tenham visitado a terra de Padre Cícero para agradecer bençãos recebidas e renovar a fé. Ao todo, 80 guardas municipais e 60 agentes de trânsito ajudaram na segurança e controle da cidade durante os dias de peregrinação por Juazeiro do Norte. 8 Enquanto a maioria das Câmaras Municipais já discute projetos e debate assuntos de interesse da sociedade, em seus respectivos municípios, os vereadores de Juazeiro continuam em recesso. Os trabalhos legislativos no município só devem iniciar dia 16. 4 6 6

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Jornal do Cariri

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Page 1: Jornal do Cariri - 07 a 13 de fevereiro de 2012

O periódico do Cariri independente

AVENTURA

COBRANÇA DA JUSTIÇA

Por ordem do juiz federal Thiago Brasileiro Franco, a Prefeitura de Juazeiro do Norte foi citada novamente para saldar dívida, desta vez de R$ 10,5 milhões. O débito é referente ao não repasse do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), durante a gestão de Raimundo Macedo.

n O local por onde passará o teleférico é habitado por centenas de gaivotas

PROJETO

Esportes ao ar livre crescem no Cariri

Raimundão deixou dívidatambém com Pasep: R$10,5 mi

Crianças fazem réplicas de fósseis 10

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REGIÃO DO CARIRI l DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2011 l ANO XIV l NÚMERO 2520 R$ 1,50

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GRANDES NOMES

O talento do caririense José wilkerNatural de Juazeiro do Norte, o artista José Wilker de Almeida é unanimidade no teatro, na televisão e na cinematografia brasileira, inclusive como crítico de cinema. Cresceu vendo pela janela os milhares de romeiros da cidade. O polivalente filho do Cariri, hoje estrela nacional, é o homenageado da página especial Grandes Nomes.

ESTRANGEIROS

Invasão chinesa no comércio de JuazeiroCom maior arrecadação fiscal da Região do Cariri, Juazeiro do Norte atrai estrangeiros, que desembarcam na cidade e buscam novas oportunidades de negócios. Os chineses são um desses que apostam no comércio local, seja na venda de artigos femininos, de miudezas ou de comida. Eles estão abrindo lojas progressivamente desde 2009 no Centro da cidade.

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A construção de um teleférico em Juazeiro do Norte para ligar a parte alta do Horto à parte baixa, sonho antigo da cidade. Mas antes do início da obra, algumas questões ainda precisam ser solucionadas, como a escolha da empresa responsável e a licença ambiental que precisa ser concedida pela Semace.

JUAZEIRO

Teleférico será novo atrativo em Juazeiro

8

A arte está na essência do nordestino. Na forma de agir, pensar e, claro, na riqueza e diversidade de manifestações que nascem e ganham vida nesta terra. Por isso, nada mais justo do que este povo, há 13 anos, ter no Centro Cultural Banco do Nordeste um múltiplo espaço para experimentar e viver a cultura da Região e do mundo. Banco do Nordeste. A nossa cultura é investir na sua.

SAC Banco do Nordeste • Ouvidoria: 0800 728 3030

www.bnb.gov.br/cultura /ccbnb/ccbnb

CRAJUBAR

Paredões de som estão com os dias contados

Todos os dias o Ronda do Quarteirão recebe reclamações contra paredões de som. Em 2012, uma das metas da polícia comunitária é extinguir de vez os abusos dos proprietários de sons potentes. Junto com a poluição sonora, os eventos com esses aparelhos trazem, frequentemente, o uso imoderado de álcool. A palavra de ordem é o combate ao excesso.

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POLÍTICA

ATRATIVO

Vereadores de Juazeiro serão os últimos a voltar

Roteiro da Fé garantirá mais conforto aos romeirosA ordem de serviço para a realização do projeto proporciona grandes expectativas por parte dos moradores de Juazeiro do Norte e seus visitantes. A obra anunciada está prevista para começar ainda neste mês, contando com investimento de R$ 4,7 milhões. 8

CIDADES

DEVOÇÃO

Transportes alternativosserão mais fiscalizados

Romaria de Candeias emociona fiéisA estimativa é que mais de 300 mil pessoas tenham visitado a terra de Padre Cícero para agradecer bençãos recebidas e renovar a fé. Ao todo, 80 guardas municipais e 60 agentes de trânsito ajudaram na segurança e controle da cidade durante os dias de peregrinação por Juazeiro do Norte. 8

Enquanto a maioria das Câmaras Municipais já discute projetos e debate assuntos de interesse da sociedade, em seus respectivos municípios, os vereadores de Juazeiro continuam em recesso. Os trabalhos legislativos no município só devem iniciar dia 16. 46

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Page 2: Jornal do Cariri - 07 a 13 de fevereiro de 2012

Qualquer som é bom, desde que não atrapalhe o sossego alheio. Tecnicamente, um estilo musical pode ser melhor do que outro, mas não na esfera do gosto. Então, escute o que queira, sem atrapalhar as pessoas que preferem ficar em silêncio, ler ou conversar man-samente. Nem todos os “cidadãos” corroboram com esse pensamento, haja vista que o Ronda do Quartei-rão recebe todos os dias reclamações do uso indevido de aparelhos de som.

Os “paredões de som”, um amontoado de alto--falantes fixados em uma estrutura de madeira, são campeões de ocorrências na Polícia Militar. A contra-venção penal conhecida como perturbação do sossego é imputada aos infratores que utilizam níveis sonoros a partir de 85 decibéis (dB). Qualquer som acima des-se nível pode causar perda de audição, dependendo tanto da potência do som, quanto do período de ex-posição.

É inadmissível que crimes desta natureza ainda

ocorram numa sociedade civilizada. No Cariri, onde diversas faculdades foram implantadas nos últimos anos, com alto nível de ensino, juntamente com a nova conquista, a Universidade Federal do Cariri (UFCA), a juventude não pode perder tempo, nem dinheiro, com investimento tão vil para o desenvolvimento intelec-tual da região. Enquanto isso, pessoas mais antenadas, vêm para o Cariri estudar, pesquisar, montar ou am-pliar o próprio negócio.

Parafraseando a boa nova do evangelho, quem tem ouvidos para ouvir, reclame. Ao se sentir incomo-dado pelo barulho, não deixe de informar ao Ronda, que, junto com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente, estão apertando o cerco contra a poluição sonora. O som alto, além de perturbar o sossego dos cidadãos, prejudica a saúde. Ao se expor a um ruído de 90 dB por 8 horas, os danos aos ouvidos já são per-ceptíveis; se a exposição for a um som de 140 dB, um segundo já é o bastante para causar danos (e chega a

causar dor).Os paredões de som invadiram as grandes ci-

dades e agora também tiram o sossego de municípios do interior. Em Crato e Juazeiro, principalmente, o desfile de carros com aparelhagem potente e capaci-dade bem acima dos 85 decibéis permitidos acontece em qualquer rua e hora do dia. Os moradores já estão acostumados com o abuso de pequenos grupos que se sentem os donos da cidade.

Os policiais militares do programa Ronda do Quarteirão já estão atentos e preparados para coibir qualquer excesso sonoro, que desrespeite potência e horários permitidos. A ferramenta mais forte da po-pulação é a denúncia, o protesto. Reclamar cabe aos próprios moradores, os principais prejudicados com comportamentos exagerados que beiram o vandalis-mo. Seja um fiscal da tranquilidade pública e exerça seu papel de cidadão.

O silêncio é bem precioso.

EditorialLIGAR O BOM-TOM, DESLIGAR O PAREDÃO DE SOM

2Opinião

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2012

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

NUNCA CONFUNDA SAUDADECOM DOR E MELANCOLIAUM SER HUMANO MADUROEM SUA PSICOLOGIAFAZ DA GRATIDÃO UM HÁBITOORAÇAÕ DE CADA DIA!

Welington Costa

A demora na recuperação do Canal do Rio Grangeiro nos deixa tristes. As cenas de 2011 não foram suficientes para alertar as autoridades? Vidas precisam ser ceifadas para que políticos olhem com mais atenção para o Crato? As eleições deste ano serão um bom momento para prestação de contas com vereadores, prefeito

e outras autoridades. Cada um fez sua parte? Veremos.

Rafael dos Santos, Crato

Em primeiro lugar, é importante que o leitor saiba o que significam os APLs. Segundo a Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos Inovativos Locais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RedeSist/UFRJ), os APLs são “aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais – com foco em um conjunto específico de atividades econômi-cas – estas apresentam vínculos mesmo que inci-pientes e geralmente envolvem a participação e a interação de empresas – que podem ser desde pro-dutoras de bens e serviços finais até fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de con-sultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros – e suas variadas formas de representação e associação. Incluem também diversas outras institui-ções públicas e privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos (escolas técnicas e universidades); pesquisa, desenvolvimento e enge-nharia; política, promoção e financiamento.”

Assim sendo, podemos identificar alguns dos vários campos para os quais se podem desen-volver atividades econômicas, tais como a produção de alimentos, de calçados, a educação superior e técnica, os serviços de saúde: é possível enfatizar os APL’s que são formados no ramo da produção de alimentos in natura e industrializados ou, quem sabe, a estrutura que começa a ser formada como grandes clínicas e hospitais; o ramo das indústrias calçadistas e de confecção, da produção de jóias, o negócio da educação superior que tem crescido em quantidade e qualidade; sem se esquecer do vigor do comércio que é fortalecido pela força do fenô-meno Padre Cícero e seus romeiros.

Todos estes ramos contam com a importan-te disposição das Universidades, Faculdades, Institu-tos e do sistema “S” (Sesc, Sesi, Sest/Senat e Senai), bem como os agentes financiadores das várias em-

presas. Um bom economista, ou ad-ministrador de empresas, sem dúvida, poderia fazer uma análise mais apro-fundada acerca destes APLs que eu, reles leitor que teima em escrever para provocar reações melhor qualificadas. Meu foco aqui aponta para uma ques-tão subliminar: estamos preparados para lidar com tanta possibilidade de crescimento em uma época na qual as economias das grandes potências encolhem? Avalio que muitos estão falando da crise, mas ninguém avalia suas causas e, portanto, podem copiar a mesma estrutura ine-ficiente que chegou ao ocaso noutras freguesias: remedamos o modelo carcomido e o apresentamos como novidade com a nova mania do “Ctrl + T”, “Ctrl + C” e “Ctrl + V”.

Será que o século XXI é o momento da rein-venção da barbárie? A lógica que se está instituindo em nossa Região é a mesma que se estabeleceu no início da era industrial e que só foi dissipada dos pa-íses desenvolvidos à custa de muito derramamento de sangue. Soma-se a este problema os requintes coronelistas que teimam em não abandonar a nos-sa Região.

É hora de pessoas esclarecidas saírem de seus gabinetes: precisamos avaliar as causas da der-rocada do atual sistema que ora arqueja nos países do hemisfério norte. Necessitamos copiar o que de fato nos fará mais humanos e evitar que se insta-le em nossa Região a estrutura de concentração de renda. O modelo econômico dá sinais claros de seu fracasso: não é possível que simplesmente o re-mendemos – há milênios sabemos o que acontece quando não trocamos todo o tecido envelhecido.

Os Arranjos Produtivos de nossa Região

têm apresentado uma excelente possi-bilidade de êxito, mas é necessário que os empresários percebam que todos devem lucrar com isso e o resultado será uma experiência capaz de ajudar o mundo a repensar o modelo econô-mico, ora em crise.

Necessitamos que as mulhe-res entrem para dar sua contribuição e mudar esta lógica que nós homens instituímos: da pura competição, do

acúmulo desenfreado de riquezas, das brechas nas legislações mundiais que permitem aos ratos abandonarem o navio que começa a afundar por causa dos buracos que eles mesmos provoca-ram. Há que se reinventar a lógica da solidariedade, de perceber o óbvio: estamos no mesmo barco e se não repensamos como tratamos o planeta que nos foi emprestado pelas futuras gerações. Ficaremos tentando esquecer da situação planetária, focando nossos esforços APENAS E TÃO SOMENTE nos uni-versos do egoísmo.

Os romeiros não nos ensinam a solução, mas nos dão um norte: sonham juntos, unem es-forços, dividem os ônus, para vivenciarem o sonho de serem felizes. Apesar das estruturas adversas, re-tornam a seus lugares para de novo sonhar e, assim, desistir de desistir dos sonhos coletivos. Reinvente-mo-nos minando forças adversas, como o romeiro tem conseguido minar a resistência da Igreja Insti-tucional em aceitar que “meu Padim Ciço é Santo, ninguém queira duvidar”!

Tiago Gomes LandimFilósofo

BREVE LEITURA SOBRE O CARIRI E SEUS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS (APL’S)

A TECNOLOGIANA EDUCAÇÃO

ANITA GARIBALDI, A HEROÍNA DE DOIS MUNDOS Heroína brasileira, também chamada

“Heroína de Dois Mundos”, Ana Maria de Je-sus Ribeiro nasceu em Morrinhos, Santa Cata-rina, em 30 de agosto de 1821, e morreu no dia 4 de agosto de 1849, em Santo Alberto, Itália.

O assunto que trazemos hoje aborda a vida de Anita Garibaldi, chamada de “He-roína de Dois Mundos”, que lutou ao lado de Giuseppe Garibaldi na Guerra dos Farrapos e participou de campanhas na Itália, contra aus-tríacos e franceses.

Oriunda da família pobre, recebeu, mesmo assim, esmerada educação. Alguns biógrafos registram que aos 16 anos ela te-ria casado com o sapateiro Manual Duarte de Aguiar. Mais tarde, apaixonou-se por Giuse-

ppe Garibaldi e, raptada por ele, fugiram para o Uruguai, onde a união foi legalizada.

O namoro começou em Laguna, no ardor da guerra dos Farrapos, (movimento visando o estabelecimento de um Estado republicano a ser denominado Re-pública de Piratini, em que Anita, juntamente com Garibaldi, lutava bravamente. Seguiu depois para Itália e, ao lado de Giuseppe, teve extraordi-nária participação.

Anita desempenhava também o traba-lho de enfermaria, cuidando dos feridos com amor e carinho. Vítima da tuberculose ou tifo (há controvérsia a respeito da doença), ela

morreu muito moça, apenas 28 anos de idade, deixando, porém, magníficos exemplos de bravura.

Foi sepultada no cemitério de Nice, em Paris. Em sua homena-gem, foram erguidos diversos mo-numentos, tanto no exterior como no Brasil (Porto Alegre e Belo Ho-rizonte), por volta de 1913. Pelos seus feitos em territórios brasileiro

e italiano, foi cognonimada “Heroí-na de Dois Mundos”.

*Almério Carvalho / radialistaSecretário Geral Câmara Municipal de Crato-Ce.

A “Era das Tecnologias” está sendo marcada por sua forte presença em todas as áreas, seja na educação, na medicina, na indús-tria, no comércio etc. A tecnologia é vista como um recurso que faz parte do coti-diano de qualquer instituição. Na educação, não é muito diferente. É ferramenta de auxílio do pro-fessor, no entanto, merecedor de “olhares” questionadores. Em ou-tros momentos torna-se inques-tionável, uma vez que suas vanta-gens superam as desvantagens. O problema será o modo como fugir da “mesmice” e como encarar na sala de aula, para fins de socializar o processo de ensino.

A tecnologia proporciona aulas mais atrativas, facilita a inte-gração dos alunos e professores, otimiza o tempo das aulas, facilita a consulta, na hora em que bem desejar ou, no caso de querer es-tudar, é só clicar e acessar o con-teúdo digital. Apesar das condi-ções adversas, cabeças pensantes desenvolvem meios cada vez mais sofisticados e eficientes. Em linhas gerais, a modernização das esco-las brasileiras parece ter começa-do muito tarde e está ainda muito aquém do esperado, comparando com países de primeiro mundo. Esses levam a tecnologia ao alcan-ce de alunos e professores e esti-mulam também o pagamento de bons salários para os professores. Por outro lado, a modernização do ambiente escolar é importan-te, mas não existe nada mais in-teligente e justo que valorizar os profissionais da educação.

A tecnologia tem facilita-do a publicação de livros, e o seu crescimento deve-se a algumas universidades brasileiras esta-rem inovando, transformando o “acervo real” em “livro digital”, disponibilizando-o no site para consultas da comunidade acadê-mica. No seu primeiro dia de aces-so, a UNESP (2010) registrou mais de mil acessos. Isso é prova ine-gável da grande utilidade dessa ferramenta dentro do ambiente

educacional.

Constata-se que di-versas instituições de ensino estão trocan-do o quadro negro, apagadores e o giz por um computador conectado à internet, em que o professor e aluno acessam pági-

nas em tempo real, trocar e-mails, baixar material para estudo, gra-var aulas e arquivar com auxílio das ferramentas digitais.

Tornou-se rotineiro, para professores do “Kariri” Cearense, o esforço em ministrar suas aulas com notebook e datashow. Ao questionarmos a utilização destes equipamentos, muitos alegam que se deve ao fato das esco-las atenderem uma necessidade e tendência do ensino, por isso torna-se necessário o professor aprender a manusear o computa-dor. Quando o professor tem sua própria ferramenta de trabalho, significa que este profissional está cansado de esperar por quem de direito, e por quem deveria que-brar os paradigmas da escola tradicionalista. Se bem pensar-mos, a tecnologia pode facilitar o cotidiano do professor, permitir ilustrar a aula, tornando o ensino mais perto do real, indo além das trincheiras da teoria e adentrando na prática.

A qualidade do ensino ora dependerá dos recursos didático empregados para atingir os fins a que se propõe o professor, ora dependerá da formação do pro-fessor e em outros das condições oferecidas ao professor por parte do estado. As escolas não devem jamais privilegiar a tecnologia vi-sando o fluxo e a quantidade de informação, mas deve permitir ao aluno transformar os conteúdos informação em conhecimento, tornando útil e ideal para a for-mação do aluno.

Andson Andrade Silva Licenciando em Letras pela URCA

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

O periódico do Cariri independente

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Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

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Page 3: Jornal do Cariri - 07 a 13 de fevereiro de 2012

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2012

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Page 4: Jornal do Cariri - 07 a 13 de fevereiro de 2012

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 20124Cidades

AÇÃO JUDICIAL

O Município de Jua-zeiro do Norte foi novamente cita-do pela Fazenda

Nacional por conta de uma dívida antiga, desta fez com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). O juiz fe-deral Thiago José Brasileiro Franco estipulou um prazo de cinco dias para pagamen-to do débito de mais de R$ 10,5 milhões. A dívida, assim como a já cobrada do INSS, é referente ao não repasse do recolhimento do Pasep no período de 31 de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2008, durante a gestão do ex--prefeito Raimundo Macedo.

O procurador do Mu-nicípio, Luciano Daniel, explica que o processo ad-ministrativo fiscal cobrado refere-se ao não repasse do recolhimento do Pasep dos servidores da prefeitura. “Fo-mos citados e preparamos nossa defesa nos mesmos moldes da defesa feita recen-temente no caso da dívida do INSS. Levantamos a situação

Dívida de R$ 10,5 mi de Raimundão com o Pasep é cobrada pela Justiça

na Receita e constatamos as irregularidades da não reali-zação dos repasses por parte da gestão passada”.

Para evitar prejuízos, ele diz que serão propostas também as ações de ressar-cimento aos cofres públicos, para que o Município não fique inadimplente e venha a sofrer as sanções. Luciano afirma que dentro do prazo legal a Procuradoria fará a defesa jurídica do Município, que mais uma vez é conside-rado inadimplente.

Dívida do INSSA dívida de R$ 22 mi-

lhões, segundo o procurador Luciano Daniel, já foi travada na Justiça e ações de impro-bidade administrativa foram propostas contra os gestores responsáveis pelos débitos.

Direito deResposta

Em documento envia-do pela assessoria jurídica, o deputado federal Raimundo Macedo esclarece ainda com relação ao débito com INSS.

Raimundão afirma que “no dia 29 de março de 2007 foi, pela Receita Federal do Brasil, realizada auditoria fiscal na sede da Prefeitura Municipal de Juazeiro e da Câmara de Ve-readores, referente ao período compreendido entre outubro de 2001 e março de 2007.

Tal procedimento fiscal rotineiro resultou no levan-tamento de supostos débitos previdenciários, além do re-conhecimento de créditos em favor do Município que foram utilizados como dedução.

Neste ponto é neces-sário explicar que no ano de 2006 foram realizados parce-lamentos dos débitos anterio-res. Além disso, foi concedida a suspensão dos débitos para inclusão em parcelamento es-pecial a ser realizado no ano de 2009. Com isso, o Município aderiu ao referido parcelamen-to em 27 de agosto de 2009. Desta forma, todos os débitos previdenciários encontram--se suspensos. Mo entanto, a União equivocadamente, ol-vidando de tal circunstância, efetuou o protocolo de Ação de Execução Fiscal de valores”.

Mirelly Morais

Fevereiro marca a vol-ta do período legislativo nas Câmaras de todo país. Desde a última semana, deputados e vereadores têm retomado seus trabalhos. No Cariri, apenas Juazeiro do Norte continua em recesso, que já perdura por quase dois me-ses.

A volta aos trabalhos para os vereadores de Juazei-ro está marcada para o pró-ximo dia 16, na quinta-feira que antecede o período car-navalesco. Como as sessões acontecem às terças e quin-

tas, significa dizer que após a primeira sessão, já não have-rá reunião na terça seguinte, feriado de carnaval.

Muitos projetos e de-bates importantes aguardam para discussão e votação. Em ano eleitoral, o que cer-tamente dará o tom dos de-bates mais acalorados nas Câmaras serão as disputa-das municipais. Deverão dar entrada também as contas de gestão de anos anteriores a 2010. Em Juazeiro, a Câmara aguarda a entrada das con-tas do ex-prefeito Raimundo Macedo, referentes ao ano de 2008. Ainda deverá entrar

novamente em discussão o aumento do número de ve-readores. E um Projeto que deve causar polêmica vai tratar justamente sobre os períodos de recesso da Câ-mara. O vereador Glêdson Bezerra (PTB) encaminhará para votação a proposta de diminuição dos dias de re-cesso dos parlamentares jua-zeirenses de 60 para 30 dias.

As Câmaras do Crato e de Baralha retornaram às atividades nesta segunda--feira (6). Logo nas primei-ras sessões um projeto do vereador George Macário que proíbe o uso de sacolas

plásticas em supermercados do Crato deve ser apreciado em Plenário. Em Barbalha, os edis aguardam a entrada para votação com parecer fa-vorável do tribunal de Con-tas dos Municípios (TCM), da Prestação de Contas do Governo Municipal, referen-te ao exercício financeiro de 2009, de responsabilidade do prefeito José Leite.

A Assembléia Legisla-tiva do Ceará voltou aos tra-balhos na última quinta-feira (2). Em Brasília, deputados federais e senadores também já retornaram ao batente de-pois de 45 dias de folga.

Mirelly Morais

“Já avisei junto à execu-tiva do PT que sou pré-candi-dato, exijo uma prévia para es-colha”. O recado foi dado pelo vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Barbalha, José Airton, aos correligioná-rios. Ele avisa que não abrirá mão da sua pré-candidatura e se apoia na história de militân-cia que tem dentro do partido. “Milito há 18 anos no PT e an-tes mesmo de todos os nomes grandes que aí estão eu já fazia campanha”, lembra.

Em sua avaliação, a situação atual do PT em Bar-balha é preocupante. “Não vejo uma situação muito boa, em tempo de pré-campanha, um partido dividido, que tem um prefeito que deveria ser unanimidade para reeleição e está dessa forma. Não é nada bom”, lamenta Airton, acres-centando que ele é apenas um dos que se posiciona contrário à reeleição do atual prefeito por uma insatisfação adminis-trativa. “Há muitos insatisfei-tos dentro do PT e falta vonta-de para apoiá-lo”, revela.

Considerando a nega-tividade de José Leite, Air-ton se diz confiante em obter

apoio dos colegas de partido. “Como eu acho que Zé Leite infelizmente não faz política, deixa muito a desejar, não tra-ta os partidos políticos como deve, concentra a administra-ção na pessoa dele e da sua esposa, que é secretária de educação, não escutando, nem se reunindo com o partido. Há então uma queixa dentro e fora do PT”, argumenta. O vice-presidente considera que o prefeito trata a sigla apenas como legenda cartorial. “Ele apenas assina para usar o nú-mero do PT e suas lideranças para a sua candidatura”, res-salta José Airton.

Na prévia, o PT pode avaliar, além do nome de Zé Leite e de José Airton, o nome de Fernando Santana, irmão do secretário estadual das Ci-dades, Camilo Santana, que Airton também considera um bom nome para disputar a vaga. Ele antecipa ainda que há uma abertura para conver-sar com os demais partidos que ora formam um bloco de oposição, pois acredita que se articulam para impedir a re-eleição do Zé Leite e não do PT. “Tenho grandes amizades no PCdoB, no PDT e podemos conversar”, finaliza.

Câmara de Juazeiro tem o maior recesso parlamentar da região

Vice-presidente do PT de Barbalha quer cabeça de chapa para eleição

DONIZETE ARRUDAPolítica

n José Airton, vice-presidente do PT de Barbalha

Raimundão não pára de se complicar

Primeiro, foi a descoberta que a administração Raimundo Macedo deixou um rombo de R$ 22,5 milhões no INSS. A revelação levou Raimundão a desmenti-la e negar a dívida. Seu desmentido foi por terra. A publicação de um documento assinado por ele, pedindo providências à sua assessoria contábil para dar um jeito no problema provou que ele sabia da dívida. Em seguida, veio a bomba de que o Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Marco Aurélio Mello, irá julgar Raimundão por crime financeiro. Denunciado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, Raimundão pode ser punido até com a cadeia. Se essas acusações já eram suficientes para tirar o seu sono de Raimundão, o Jornal do Cariri traz mais um escândalo: o rombo agora é no Pasep.

Escândalos desmontam Raimundão

Surge um novo rombo que ameaça quebrar de vez as finanças da prefeitura de Juazeiro do Norte. As contas ficarão ainda mais negativas. O novo buraco apurado pelo não pagamento do PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – é de R$ 10.582.915,68. Essa dívida se refere ao período da administração de Raimundo Macedo. Nos mesmos moldes da notificação realizada pelo não pagamento do INSS, a prefeitura de Juazeiro está sendo executada pelo não repasse mensal da contribuição de 1% durante os quatro anos de mandato do Governo Raimundão. Agora, é saber se Raimundão vai negar o rombo do Pasep, vai assumir que não pagou ou vai sair de licença da Câmara dos Deputados por quatro meses para não explicar o que aconteceu.

Salviano se anima para concorrer

As dificuldades enfrentadas pelo deputado Raimundo Macedo animam o deputado Manoel Salviano a sonhar mais intensamente com uma nova candidatura à prefeitura de Juazeiro do Norte. Salviano não gostou de saber que seu apoio à reeleição de Manoel Santana sofre rejeições do presidente do PT juazeirense, Ricardo Lima. Hoje, a candidatura de Salviano depende apenas da desistência de Arnon Bezerra. Se Arnon sair do páreo, Salviano é candidato. O entrave a esse projeto salvianista é que Arnon assegura que não desistirá e será candidato a prefeito em outubro.

Montagem de palanques no Crato

Samuel Araripe resolveu adiar ao máximo o anúncio de seu candidato a prefeito no Crato. Na cidade, é público e notório que o nome ungido por Samuel será o seu secretário de Saúde, Cícero França, o Cicinho. Essa estratégia de segurar o lançamento oficial de Cicinho visa reduzir os prejuízos advindos do rompimento com o vice-prefeito Raimundo Filho. Só que Raimundo Filho já avisou: tão logo fique configurado que ele não será apoiado por Samuel, ainda assim ele será candidato a prefeito do Crato. Já o pré-candidato do PMDB, Ronaldo Matos, acaba de fechar uma aliança com o PCdoB de Walter Brito, que apesar de ter sido indicado pelo deputado Sineval Roque para dirigir o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) no Crato, não apoiará o candidato do PSB e do governador Cid Gomes, no caso o próprio Roque.

Governador sem pressa de anunciarPrincipal cabo eleitoral das eleições municipais de outubro, o governador Cid Gomes não agirá de modo afobado no processo de definição de candidaturas. Sua regra inicial é não se envolver em cidades onde haja de um candidato de sua base aliada na disputa eleitoral. Só que há exceções. No Crato, Cid irá trabalhar a favor da candidatura de Sineval Roque mesmo com o PMDB lançando o empresário Ronaldo Matos. Em Barbalha, o secretário Camilo Santana confia que Cid subirá no palanque do prefeito Zé Leite. A dúvida final paira sobre Juazeiro. O Governador está propenso a apoiar ‘a reeleição de Manoel Santana, mas o deputado Raimundo Macedo trabalha pelo não envolvimento de Cid.

Disse me disse...

• Em Nova Olinda, os ex-prefeitos José e Fábia Alencar definiram o nome que apoiaram: o empresário Gerlânio Sampaio.

• Gerlânio enfrentará o candidato do atual prefeito Afonso Sampoio, o seu primo Ronaldo Sampaio. Ou seja, um Sampaio governará Nova Olinda em qualquer situação.

• Ex-prefeito de Antonina do Norte, Iteildo Roque, articula grupo para disputar a eleição com o atual prefeito Antonio Filho. Com problemas na Justiça, deverá lançar a esposa Claudia Roque.

• Prefeito Zé Leite mantém-se calado ante o barulho da oposição. Avalia que Camilo Santana não o abandonará.

• Presidente Dilma adiou sua viagem ao Cariri e também ao Ceará.

• O presidente do PT em Juazeiro, Ricardo Lima, não aceita que Manoel Salviano indique o vice na chapa de Manoel Santana.

• Ex-prefeito de Araripe, Humberto Meneses, assumiu direção do PCdoB em Juazeiro. Como conseqüência, o partido ficou mais próximo de declarar apoio ao prefeito Manoel Santana.

• Desculpe a ignorância, o critério mais apropriado no Cariri para concorrer às prefeituras em outubro é ser parente de prefeito?

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José Wilker de Almeida nasceu em Juazei-ro do Norte, no dia 20 de agosto de 947, descendente de holandeses e portugue-ses, filho de Seu Severino Almeida e Dona

Santa. Segundo o site www.bastaclicar.com.br, a família era humilde e ele cresceu olhando, da janela de seu quarto, os romeiros do Padre Cí-cero passarem. Desde menino gostava também de literatura de Cordel e foi estudante do colégio Salesiano, de Juazeiro do Norte. Em entrevistas ele costuma contar o que lembra da Região:”...a lembrança que tenho do Nordeste é um lugar verde e alegre, não seco e triste”.

Depois de alguns anos, deixou o

Cariri e foi morar em Recife, Per-nambuco, onde começou a trabalhar. De acordo com o site biografias.net-saber.com.br/ver_biografia_c_4504.html, primeiro, como locutor de rádio e ator de teleteatro da TV-Rádio Re-cife. Depois, voltou-se para o Em ca-che Teatro, participando de espetácu-los de vanguarda. A estréia nos palcos aconteceu em 963 com a peça “ Julga-mento em novo sol”, , junto ao Mo-vimento de Cultura Popular (MCP). Ainda no Teatro e Cultura Popular da Universidade de Pernambuco, es-creveu textos, engajando projetos de teatro de rua e peças em que muitas vezes dirigia e, até, iluminava.

O grupo era meio revolucionário, traba-lhava para a conscientização política da classe operária por meio da alfabetização e da cultu-ra popular, na linha de Miguel Arraes e, assim, quando irrompeu a Revolução de 1964, todos passaram a correr perigo. Pressionado pela re-pressão que coloca o MCP na ilegalidade, Wilker mudou-se para o Rio de Janeiro.

Na capital carioca, fundou com Luiz Men-donça, diretor de teatro do MCP, Isabel Ribei-ro, Camilla Amado e Carlos Vereza, o Grupo “Chegança” no qual atua durante quatro anos em montagens como “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto e “A Excelência”. “Várias vezes não tive onde dormir. Minhas opções eram a praia ou dentro do Grajaú -Leblon”, lembra.

Em 1965, estreia em “Chão dos Penitentes”, de Francisco Pereira da Silva, com produção do Teatro Jo-vem. Também nesse ano, fez o seu primeiro filme: “A Falecida”, ao lado de Fernanda Montenegro. Em 1967, trabalha ao lado de Marília Pêra e Dulcina de Moraes em “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht, dire-ção de José Renato. Ingressa na Faculdade de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). No Grupo Opinião, atua em “Antígone”, de Sófocles, sendo dirigido por João das Neves, em 1968. No mesmo ano, ganha um prêmio do Seminário de Dra-maturgia, montando, em seguida, seu primeiro texto, “O Trágico Acidente que Destronou Teresa”.

Participa, a partir de então, dos espetáculos mais importantes do Teatro Ipanema, centro de produções teatrais de Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa: em 1969, faz uma substituição em “O Assalto”, espetáculo que revela o autor José Vicente; no ano seguinte, atua em “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, de Fernan-do Arrabal, que lhe vale o Prêmio Molière de melhor ator. Está em “Hoje É Dia de Rock”, também de José Vi-cente, em 1971, espetáculo ícone da década de 1970.

Participa da montagem brasileira de “A Mãe ”, em 1971, dirigida pelo francês Claude Régy, numa pro-dução da Companhia de Tereza Raquel. Volta ao Ipa-nema como ator e autor em “A China é Azul”, de 1972. Atua também em “Ensaio Selvagem”, mais uma peça de José Vicente, 1974. Em 1976, ganha os prêmios Molière e Governador do Estado de melhor ator em “Os Filhos de Kennedy”, de Robert Patrick, com direção de Sergio Britto.

A partir de então, afasta-se dos palcos por nove anos. Torna-se importante ator de TV, destacando-se em novelas da Globo, tais como: “Anjo Mau”, “Gabriela”, “Salva-

JOSÉ WILKER DEALMEIDA,

O TALENTO QUE NASCEU NO CARIRIEle é uma unanimidade na classe artística. Tanto no teatro, quanto no cinema ou na TV, o juazeirense José Wilker

acumula elogios, prêmios e o reconhecimento dos colegas, público e crítica.

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2012

Grandes Nomes

PESQUISA:biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_4504.htmlEm cache www.itaucultural.org.br/aplicexternas/.../index.cfm?...bio-grafia...Em cache - Similareswww.telehistoria.com.br/canais/biografia.asp?idConfiguracao=7Em cache - Similareswww.ospaparazzi.com.br › Celebridades › BiografiasEm cachewww.spescoladeteatro.org.br/enciclopedia/index.php/ José_WilkerEm cache www.angelfire.com/wi/josewilker/vida.htmlEm cacheSimilareswww.guiadasemana.com.br› São Paulo › Biografiasbr.nget.com› Arte e Cultura › Cinema

dor da Pátria”, “Roque Santeiro”, “; “Plu-mas e Paetês”; “Brilhante”; “Final Feliz”; “Transas e Caretas”; “Suave Veneno”. No cinema, projeta-se pelos desempenhos em “Dona Flor e seus Dois Maridos”, de Bru-no Barreto, 1976; “Bye, Bye Brasil”, de Cacá Diegues, 1979, e “O Homem da Capa Preta”, de Sérgio Rezende, 1986.

No início dos anos 1980, assume a direção da Es-cola de Teatro Martins Pena, tendo como colaboradores, entre outros, Aderbal Freire-Filho e Alcione Araújo. Re-torna para o palco em 1985, com a equipe do Teatro dos Quatro, onde a interpretação do Sr. Ponza, em “Assim É...(Se lhe Parece)”, de Luigi Pirandello, sob a direção de Paulo Betti, que lhe vale seu terceiro Prêmio Molière de melhor ator.

Passa a atuar como diretor de teatro em impor-tantes produções como “Sábado, Domingo e Segunda”, de Eduardo De Filippo, em 1986; “Perversidade Sexual em Chicago”, de David Mamet, em 1989; “A Morte e a Donzela”, de Ariel Dorfman, 1993; e “Querida Mamãe”, de Maria Adelaide Amaral, em 1994.

Nos anos 1990 abandona os palcos para dedicar-se à carreira cinematográfica; pro-duz e atua no filme “Guerra de Canudos”, de Sérgio Rezende, e torna-se também crítico de cinema na TV Cultura. Com regularidade escreve crônicas sobre o assunto para o Jor-nal do Brasil e publica uma coletânia desta produção em 1996, no livro “Como Deixar um Relógio Emocionado”. Chegou a traba-lhar também como diretor, no humorístico Sai de Baixo, de 1997 até 2002.

Trabalhou ainda em filmes famosos: Fez: “Dida Demais”; “Dias Melhores Virão”; “Como Deixar um

Relógio Emocionado”; “O Pequeno Dicionário Amoroso”; “A Guerra dos Canudos”. Além dis-so ele estudou sociologia no Rio de Janeiro. Em 2000 Wilker fez: “Villas Lobos, Uma Vida de Pai-xões”. Em 2002 fez: “Dead in the Water”, estre-lado por Henry Thomas. Em 2003 fez: “Maria, Mãe de Deus” e “Redenta” em 2004. Ao todo, são mais de 40 filmes no currículo. E o amor pelo ci-nema fez com que ele se transformasse num co-lecionar respetável de títulos: em casa são mais de sete mil. Em 2003, Wilker foi eleito presidente do Rio Filmes.

Com tanta experiência e reconhe-cimento, tanto pelos trabalhos no pal-co como na tela grande ou na telinha, Wilker discorda de algumas “lendas” da arte de representar.: Ele discorda, por exemplo, de que um ator tenha que incorporar a personagem, “Eu não incorporo personagem coisa nenhu-ma. Eu minto. Sou um mentiroso. E é uma das coisas que faço melhor”.

Casou-se algumas vezes. O primeiro casa-mento de Wilker foi com a psicológa Elza Maria Barros da Rocha Pinto, professora do Instituto de Psicologia da UFRJ e durou 12 anos. Casou, ain-da, com a atriz Renée de Vielmond, com quem tem uma filha, Mariana, que é psicóloga. O ca-samento durou até 1984. Um ano depois já se casava com outra atriz, Mônica Torres, mãe de sua outra filha, Isabel, nascida no mesmo ano de casamento, que hoje é apresentadora de TV. Fica-ram casados até 1996.

Pouca gente sabe, mas Wilker tem seus ídolos. Orson Welles, Marlon Brando, Robert de Niro, Al Pacino e Sean Connery são seus atores de cinema favoritos. Steven Spielberg, Martim Scorcese e Cacá Diegues são alguns de seus di-retores preferidos.

Crítico social severo, ele não perdoa cer-tos modismos da sociedade brasileira como, por exemplo, a temporada das mulheres-fruta. “De onde alguém tirou essa ideia imbecil de chamar a pessoa de melancia ou de maçã? Desde quan-

do um rabo é sinal de inteligência?”, reclama. Sobre o craque Kaká, na época em que ele se dedicava a uma determina relegião ele foi igualmente caústico: “O nosso grande ídolo futebolístico Kaká dá dinheiro para uma ex-presidiária que entrava ilegalmente com dinheiro nos EUA e que fica rica tomando dinheiro dos outros para vender terreno no céu.”

Já em relação ao Big Brother ele não esconde o seu desagrado: “Estou extremamente insatisfeito com a TV brasileira. Acho um desrespeito com a classe artística permitirem que pessoas sem o menor preparo deixem o “Big Brother” e participem de novelas e outros progra-mas. Por isso, prefiro me dedicar ao cinema, que leva a arte dramática mais a sério”.

No cinema, suas últimas produções de Wilker foram: em 2009, “Embarque Imedia-to”, em 2010, “ O Bem Amado”, em 2010, “Elvis e Madona” e em 2012, “Giovanni Improtta”. No teatro, dirige o espetáculo “Palácio do Fim” que tem Camila Morga-do, Vera Holtz e Antônio Petrin, nos papéis principais. E na televisão participa de “O Brado Retumbante”, na TV Globo.

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 20126Cidades

n A fiscalização dos transportes alternativos visa coibir excessos como o número de vans por pontos de paradas

n A preocupação com o estado de conservação dos veículos é constante

Operadoras de celular tiram paciência dos caririensesSerena Morais

A todo momento é possível presenciar alguém reclamando de alguma opera-dora de telefonia a respeito de problemas diversos. Ligações incompletas, chamadas que caem ou falham, sumiço de créditos e a falta de área de co-bertura são os descuidos mais comuns apontados pelos usuá-rios das quatro operadoras que fazem a cobertura na região. A falta de suporte apropriado tem trazido insatisfação e mui-tas reclamações.

As operadoras Oi, TIM, Claro e Vivo são as operadoras utilizadas na Região do Cariri e, com a concorrência acirrada entre elas, onde promoções são criadas a todo instante para chamar a atenção dos usuá-rios, os cuidados em oferecer um serviço de qualidade aca-bam ficando em segundo pla-no. Resta então a dúvida sobre o que fazer com os mil minu-tos de bônus que o usuário não consegue utilizar corretamente e sobre os débitos indevidos que aparecem na conta. São algumas das questões que aca-

SEM BARULHO

Ronda do Quarteirão intensifica combate à poluição sonoraRaphael Barros

O Ronda do Quar-teirão já vinha combatendo os excessos dos pro-

prietários de sons potentes, conhecidos como “paredões de som”, mas em 2012 a fis-calização será mais eficaz, diz o supervisor do núcleo do Ronda de Juazeiro, Bar-balha e Brejo Santo, tenente Guedes. A aparelhagem im-portuna o sossego e a tran-quilidade das pessoas nas residências.

Em parceria com a Su-perintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), o Ronda do Quarteirão utiliza-rá decibelímetros, um medi-dor de ruídos sonoros, para

saber se as músicas tocadas nos paredões estão no nível permitido pela lei, 85 deci-béis.

Além do barulho, a Polícia Militar acredita que os eventos com paredões, ge-ralmente, vêm atrelados ao uso de bebidas e de drogas. “Não é regra, mas acontecem muitos casos policiais a partir do uso dessas aparelhagens. Danos corporais, homicídios. Então a preocupação do Ron-da é coibir essa prática de for-ma mais dura e eficaz” escla-rece tenente Guedes.

É fácil encontrar em músicas de forró letras que incitem o uso de paredões e de bebidas. Basta ligar o rádio ou fazer uma rápida pesquisa na internet para

encontrar exemplos: “Eu sou playboy, sou pegador cacha-ceiro e no meu paredão tem som caceteiro” ou “aumenta o som do paredão, ei, gar-çom, traz uma gelada pra mim”.

As pessoas autuadas em flagrante utilizando apa-relhagens que ultrapassam o nível permitido de deci-béis responderão por crime ambiental, podendo pagar multas que chegam a R$ 15 mil, caso sejam reincidentes, assim como o recolhimento do som do veículo. Segundo Guedes, a população precisa ajudar, testemunhar contra os transgressores, para que o Ministério Público Estadu-al, bem como o poder judi-ciário, possam aplicar uma pena mais efetiva.

Com objetivo de fisca-lizar e punir os transportes alternativos que circulam de maneira irregular na região do Cariri, os departamentos de trânsito vem, desde outu-bro do ano passado, intensifi-cando as blitz nas cidades da região. Uma das preocupa-ções dos órgãos é com relação às vans clandestinas e os cha-mados “fretados”, que vêm de outros estados como Pernam-buco e Piauí.

Detran registra núme-ro elevado de infrações come-tidas por transportes alterna-tivos

Desde que as fiscaliza-

Transportes alternativos na mira do Detranções aos transportes alternati-vos no Cariri se intensificaram ano passado, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) tem registrando um número cada vez maior de infrações por parte desses veículos. O motivo, segundo o agente de fiscalização do Detran, Mario Barreto, foi a criação do Posto Regional de Fiscalização de Transportes de Passageiros da Região do Cariri.

Instalado em outubro do ano passado em Juazei-ro do Norte, o órgão realiza constantes blitz em cidades do Cariri para fiscalizar, autuar, multar e apreender veículos

que estejam trabalhando de maneira irregular na região como, por exemplo, os veí-culos clandestinos - que cir-culam pelos municípios sem nenhum tipo de preocupação com a segurança ou com os serviços oferecidos aos passa-geiros; e as topiques ligadas ás cooperativas, que preci-sam estar dentro de normas estabelecidas para poderem circular. Outro problema são os chamados “fretados” - que vêm de outros estados como Piauí e Pernambuco e acabam transportando passageiros de uma cidade para outra, o que é proibido por lei.

Os resultados dessas fiscalizações, segundo Bar-reto, estão expressos em nú-meros. No primeiro trimestre de funcionamento do Posto Regional de Fiscalização fo-ram registradas 116 ocorrên-cias contra transportes alter-nativos, entre apreensões de veículos e recolhimento de licenças e documentos, além de mais de 589 infrações de trânsito contabilizados. O agente atribui esse resultado à ação conjunta entre os De-partamentos Municipais de Trânsitos do Cariri (Demu-

trans) e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). “Buscamos realizar um trabalho conjun-to para que o resultado final seja satisfatório tanto para os órgãos de trânsito, quanto para população, que ganha na qualidade dos serviços de transporte prestados”, co-mentou.

Hoje existem no Ca-riri nove cooperativas de

transportes alternativos que, juntas, somam 216 carros, cir-culando nas 27 cidades que compõe a região. Porém es-ses veículos só podem trans-portar passageiros dentro dos municípios autorizados, sendo proibida a realização de transporte de pessoas para outras localidades ou estados que não estejam den-tro de sua área de atuação,

podendo, assim, o infrator, receber multa e ter o veículo apreendido. “Nesses casos, assim como no caso dos clan-destinos, os carros são reco-lhidos para o pátio do Detran por um período de dez dias e recebem uma multa de R$ 913.45. Caso aja reincidência, a multa passa a ser R$ 1.826 e o veiculo fica retido por trinta dias”, explicou Barreto.

bam ficando sem solução. Algumas das entrevis-

tas realizadas para esta matéria foram feitas através de ligações celulares. Houve dificuldade em conseguir ligar para algu-mas pessoas. Chamadas caí-ram na caixa postal (sem que o celular estivesse desligado) e uma das entrevistas foi cor-tada, pois a ligação caiu. Não foi preciso muito esforço para reafirmar muitas das reclama-ções. Outro grande desafio é tentar entrar em contato com as operadoras para solicitar algum serviço, já que muitas vezes o atendimento eletrônico não consegue identificar o que

o cliente deseja e não encami-nha o pedido a um atendente, deixando o usuário na espera por vários minutos.

Mas não são somente os usuários que lidam com essa dificuldade. Tentando entrar em contato com os res-ponsáveis regionais das ope-radoras, para obter respostas que explicassem as causas dos problemas, vários telefo-nemas foram feitos, números de contato foram dados e e--mails trocados, mostrando a problemática na comunicação dentro das próprias empresas, que deveriam ser as mais inte-ressadas na questão. Uma das

DANIELLE MARIA FERREIRA

ESMERALDOUNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CURSO PEDAGOGIA

PERDA DE DIPLOMA

respostas demorou quase uma semana para chegar e outras nunca retornaram. Das quatro empresas contatadas, apenas

uma mostrou-se disposta a falar sobre o assunto, a Oi. A exemplo da dimensão dos pro-blemas que vêm acontecendo na telefonia, é possível citar a proibição de vendas de chip que a operadora TIM sofreu. Assim como o alto número de reclamações feitas sobre a ope-radora Oi ao DECON.

No caso de insatisfação a respeito dos serviços ofereci-dos, as pessoas podem entrar em contato com órgãos como o DECON, com a própria opera-dora e até mesmo com a Agên-cia Nacional de Telecomunica-ções (Anatel).

Resposta da Oi - “A Oi infor-ma que o serviço de telefo-nia móvel está funcionando normalmente na Região do Cariri no dia de hoje, sexta--feira (dia do recebimento do email). A companhia acrescenta que sua rede é monitorada constantemen-te e, sempre que necessário, são feitos ajustes de forma a corrigir eventuais falhas. A empresa informa que analisa constantemente a expansão do seu serviço de telefonia móvel, sempre de acordo com a viabilidade técnica e mercadológica da região.”

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7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2012

Cidades

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Pelo presente Edital, ficam convocados na forma do disposto no artigo 7º em sua letra “e”, e artigos 26º e 27º do Estatuto Social do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e 2º Grupo dos Vestuários de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha Estado do Ceará, combinado com os artigos 611, parágrafos 1º e 2º e 859 ambos da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, todos os associados em gozo dos seus direitos sociais, para tomarem parte na Assembléia Geral Extra-ordinária, a realizar-se no dia 26 de fevereiro de 2012, às 09:00hs em primeira convocação e não havendo quorum legal uma hora depois em segunda e última convocação, a ter lugar sito à Av. Ailton Gomes, nº 2865, em Juazeiro do Norte – Ceará, com o fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

a) Discussão e aprovação da proposta para renovação da Con-venção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo ou Dissídio Coletivo de Trabalho para o exercício de 2012/2013.

b) Em caso de insucesso nas negociações fica o Sindicato Pro-fissional, autorizado a ajuizar o Dissídio Coletivo de Trabalho perante o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região do Estado do Ceará.

c) Autorizar a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Ceará a representar o Sindicato dos Trabalhadores nas In-dústrias de Calçados e 2º Grupo dos Vestuários de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha Estado do Ceará, perante as entidades patronais, De-legacia Regional do Trabalho no Ceará e Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, se necessário.

d) Formação de Comissão para a Negociação.

Juazeiro do Norte-Ce., 07 de fevereiro de 2012.

Antonio Cledmilson Vieira Pinheiro Presidente.

VENDAS

Chineses desembarcam no Cariri e abrem novos negóciosRaphael Barros

As feições nas ruas do Centro de Juazeiro do Norte vêm mudando desde 2009. Basta

transitar pela Rua da Conceição ou pela rua São Pedro para ver orientais andando ou parados em frente às lojas. A maioria são chineses e proprietários dos es-tabelecimentos. Os preços são convidativos, mas seguem o mesmo padrão das outras lojas. Existe uma diversidade maior,. Pode-se comprar uma bolsa feminina por R$ 20,00 ou uma capa para celular, customizada, por quatro.

É impossível entrevistá--los, recusam-se veemente-mente, com uma mistura de medo e timidez. O olhar vigi-lante dos atendentes orientais deixa os clientes constrangi-dos. Tudo é motivo para des-confiança, enquanto nas lojas ao lado, os comerciantes jua-rezeirenses enfrentam o entra e sai dos consumidores com bom humor e receptividade.

Do total da arrecadação fiscal gerada pela Região do Cariri, 70% é de Juazeiro, onde o carro-chefe continua sendo o comércio varejista, seguido pelo setor industrial e o ata- n Em busca de novos negócios, chineses procuram o comércio em expansão de Juazeiro do Norte para faturar

cadista. Segundo o diretor da Secretaria da Fazenda (Sefaz) de Juazeiro do Norte, Cícero Ferreira, enquanto os países da Europa estão em baixa, o nosso país está crescendo, as-sim como o Ceará e o Cariri. O volume de consumo que existe hoje na região, aliado à margem de lucro, é o principal atrativo para os estrangeiros.

Nenhum dos comer-ciantes chineses é afiliado à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Para o presidente da instituição em Juazeiro, Michel Araújo, eles não são associados por falta de conhecimento do trabalho da entidade, além de não entenderem bem o país, a cultura e o perfil associativista que a CDL propõe.

Ainda segundo Michel, caso os orientais queiram se filiar, as portas estão abertas. Qualquer empresa com Cadas-tro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), empresário que pos-sua o certificado de Microem-preendedor Individual (MEI) ou profissional liberal, pode se associar à CDL. O Serviço não é exclusivo para o comércio. Também podem se cadastrar a indústria e as prestadoras de serviço.

Serena Morais

As conhecidas sacoli-nhas plásticas podem ser re-tiradas de circulação. Os pro-blemas causados por elas ao meio ambiente têm ganhado cada vez mais destaque, como acontece durante chuvas in-

Sacolas plásticas começam a ser substituídastensas, quando é possível vê--las entupindo bueiros e sendo levadas pelas águas. Algumas alternativas são tomadas, como a substituição do mate-rial utilizado na fabricação ou até mesmo a retirada de circu-lação.

Algumas redes de su-

permercados, maiores consu-midores do produto, já estão utilizando soluções alternati-vas como a substituição pelas sacolas biodegradáveis, oxi--biodegradáveis ou as retorná-veis. O problema não é diferen-te no Cariri, que recebe cada vez mais empresas de grande porte devido seu crescimento. Como exemplo, os Mercadi-nhos São Luiz, com lojas em Juazeiro do Norte e Crato, utili-zam as sacolas biodegradáveis há seis meses e antes disso já haviam começado a venda de sacolas retornáveis do pró-prio grupo. “Nós procuramos trabalhar o lado social da em-presa, buscando as melhores alternativas, como a sacolinha biodegradável. Mas o foco principal da rede é mesmo a sacola retornável, pois ela be-neficia a todos”, diz Dorgival Gonçalves, subgerente da em-presa em Juazeiro.

Mas não são somente os grandes comerciantes que se preocupam com a questão ambiental na nossa região. No Crato, o comerciante Jus-

siê de Sousa, dono de um sa-colão de frutas no centro da cidade, aderiu à sacola oxi--biodegradável por conta da conscientização dos consumi-dores. “O meu fornecedor de sacolas também me indicou o produto, até pra chamar mais a atenção do cliente em rela-ção a ajudar o meio ambiente, então resolvemos fazer nossa parte, pois não podemos ficar sem trabalhar com a sacola”, diz o comerciante. Ele ainda trabalha com a sacola sintética, mas os compradores acabam escolhendo a sacola ecológica, pois nela já vem explicando sua diferença. Entrando de cabeça na preocupação com o meio ambiente, Jussiê mandou ainda fazer sacolas retornáveis

para sua loja.A preocupação com

o meio ambiente é a questão mais pontual quando se fala da utilização da sacolinha e o assunto tem sido pauta até para projetos de lei, como é o caso do vereador George Macário, do Crato. Ele deu entrada no projeto de lei para a troca das sacolas sintéticas por sacolas ecológicas. “Na verdade eu sou a favor da uti-lização das sacolas retornáveis, mas a substituição já vai ter um impacto bem positivo ao meio ambiente”, conclui. O vereador fala que as mudanças sempre são recebidas com cer-to receio, mas quando a ideia tomar maiores proporções, a produção aumentar e os gastos

diminuírem, todos perceberão que a troca foi uma boa alter-nativa.

Opções existem, agora depende da forma como elas serão utilizadas para garan-tir um ambiente mais limpo. Muitas pessoas utilizam caixas vazias dos próprios produtos para levarem suas compras para casa. As empresas têm elaborado sacolas resistentes, coloridas, de diversos forma-tos e tamanhos, podendo du-rar por meses e ainda servirem como uma propaganda a mais. A sacolinha sintética, deriva-da do petróleo, pode mesmo deixar de ser “extremamente necessária” em alguns anos e virar produto do passado. O meio ambiente agradece.

Diferença entre sacolas: SACOLA SINTÉTICA: Demoram em torno de 300 anos para sumir do meio ambiente.

SACOLA BIODEGRADÁVEL: Levam em média dois anos para se decompor.

SACOLA OXI-BIODE-GRADÁVEL: Após serem descartadas levam mais ou menos 18 meses para se decompor totalmente.

Estrada diminuirá distância Juazeiro-Missão Velha Chagas Lima

O movimento para a construção da rodovia Jua-zeiro-Misão Velha, ligando os dois municípios a partir do Aeroporto Regional do Cariri, tem recebido apoio de dife-rentes segmentos da socieda-de. A estrada é uma iniciativa dos Conselhos Comunitários de Desenvolvimento Social (CCDS), dos bairros Pio XII, Leandro Bezerra, juntamente com Associações de Morado-res e outras entidades.

O presidente do Con-selho Comunitário de Desen-volvimento Social do Bairro Pio XII, Ricardo Pereira, afir-ma que a idéia de se construir a rodovia surgiu a partir da própria necessidade da obra, tendo em vista o processo de

desenvolvimento que a região atravessa e o desejo do povo de vê-la sair do papel. “Ob-servando o nosso papel na sociedade civil como forma-dores de opinião, decidimos nos unir com um propósito comum. Sabemos que essa ro-dovia já deveria ter sido cons-truída há muito tempo, mas por causa de interesses de al-guns, isso não ocorreu. Então, está na hora de virarmos esse jogo”, afirma Ricardo.

Neste sentido, foi ela-borado um abaixo-assinado a ser entregue ao governador Cid Gomes. Até o momento, já foram colhidas em torno de 13 mil assinaturas, mas o ob-jetivo é alcançar 20 mil. Sema-nalmente, equipes das insti-tuições envolvidas no projeto percorrem o centro comercial

e outras áreas das cidades de Juazeiro e Missão Velha, colhendo assinaturas. “Acre-ditamos que até o final de fevereiro coseguiremos essas 20 mil assinaturas, para en-tregarmos junto com o projeto ao governador Cid Gomes. O povo está abraçando a idéia. Acho que mais de 90% da po-pulação de Juazeiro e Missão Velha aprovam a rodovia, em virtude dos inúmeros benefí-cios, diz Ricardo Pereira.

BenefíciosCom a construção da

rodovia, a distância entre a praça Padre Cícero em Jua-zeiro e a praça Francisco Ar-raes Maia em Missão Velha será reduzida de 36 para 19 quilômetros. “Serão 17 quilô-metros a menos. E quem está

no Centro de Missão Velha e deseja se deslocar para o Ae-roporto Regional do Cariri tem que percorrer atualmente quase 50 quilômetros e com a construção da rodovia”, frisa. Sobre as possíveis indeniza-ções das áreas às margens da futura rodovia, Ricardo Pe-reira acredita que não have-rá qualquer dificuldade. Será preciso indenizar, segundo ele, a partir do sítio Gavião-zinho até a CE-293, onde a estrada vai passar pelo sítio Carnaúba dos Vasques. “Nós acreditamos que diante dos benefícios que a estrada trará, ajudando no escoamento da produção agrícola. Não have-rá problemas e sim uma nego-ciação favorável entre Estado e os proprietários das terras”, garante.

Ronda do Quarteirão intensifica combate à poluição sonora

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 20128Cidades

Mais estrutura e conforto serão garantidos para romeirosIngrid Monteiro

A cidade de Juazeiro do Norte, também conhecida como “Capital da Fé”, rece-be por ano cerca de dois mi-lhões de romeiros, que vêm ao município para participar dos festejos religiosos, paga-rem promessas. Junto a este número crescente de devo-tos, centenas de pesquisado-res e turistas passam pela ci-dade anualmente. A grande concentração de visitantes força a organização dos pon-tos turísticos.

Um dos projetos que visa a melhoria destes es-paços é o Roteiro da Fé, que consiste na requalificação dos caminhos de peregrina-ção percorridos pelos visitan-tes, proporcionando maior acessibilidade e visibilidade aos lugares históricos da ci-dade. Segundo o secretário estadual de Cidades, Camilo Santana, a obra irá beneficiar o turismo religioso do local, proporcionando conforto e tranquilidade. A ordem de

serviço foi assinada em sole-nidade realizada na Basílica de Nossa Senhora das Dores, no último dia 30.

O secretário afirma que a obra envolve investimento de R$ 4,7 milhões e terá início ainda este mês. A primeira etapa do projeto compreende a execução de um trabalho de paisagismo, urbanização, sinalização e pavimentação nas áreas do entorno da Igre-ja dos Salesianos, Paróquia de São Miguel, Santuário dos Franciscanos, Praça do Me-morial Padre Cícero e Capela do Socorro. A construção de um calçadão na rua São José irá interligar a Basílica de Nossa Senhora das Dores à Capela do Socorro.

Segundo o padre Joa-quim Cláudio, o projeto Ro-teiro da Fé é uma boa notícia para os romeiros e morado-res de Juazeiro, pois benefi-cia as romarias da cidade. O padre afirma que, mediante a assinatura da ordem de serviço, os representantes do Estado foram alertados para

a necessidade da reforma no piso da Praça do Romeiro, que está bastante deteriora-do.

Para o secretário mu-nicipal de Turismo e Roma-ria, José Carlos, o Roteiro da Fé reconhecerá a roma-ria como grande patrimônio imaterial, histórico e cultural da região, valorizando a fé e devoção dos fiéis peregrinos. A segunda etapa do projeto está prevista para começar em maio e consiste na cria-ção do acesso que interliga-rá a Capela do Socorro ao Horto. A comerciante Fátima Dias afirma que a constru-ção do calçadão na rua São José, próximo ao Museu do Padre Cícero, irá solucionar a problemática que persiste durante o período de roma-rias. “Os romeiros mal con-seguem transitar por esta rua por conta do intenso trânsito de automóveis e motocicle-tas. Estamos aguardando o início desta obra para o me-lhor conforto dos visitantes”, disse.n O número crescente de fiéis em Juazeiro força mudanças estruturais na cidade

Peregrinações e emoção marcam Romaria de Candeias

As luzes das velas deixaram a cidade iluminada na pro-cissão que encerrou

a Romaria de Nossa Senhora das Candeias, que teve como tema “Com Maria somos ro-meiros que caminham na es-trada de Jesus”. Fé, devoção e penitência marcaram a ter-ceira maior romaria do ano, que fecha o ciclo iniciado com a festa de Nossa Senhora das Dores, em setembro. As ruas da cidade ficaram cheias com a chegada de cerca de 300 mil devotos, vindos, em sua maio-ria, dos estados de Alagoas e Pernambuco.

O aposentado Seve-rino da Silva mais uma vez veio manifestar a sua grati-dão, participando dos festejos de Candeias. Mesmo com 70 anos de idade, o senhor de cabeça branca não deixa de organizar a sua romaria e, ao lado de outros moradores da cidade pernambucana de Paudalho, chega a Juazeiro sempre nesta época do ano. “Antigamente a viagem era muito cansativa, pois viajá-vamos durante três dias em cima de um pau-de-arara. Hoje seguimos viagem em um ônibus e levamos apenas dez horas para chegar”, de-

clara o devoto, que já contabi-liza mais de 50 romarias.

Muitos fiéis relatam o desejo que possuíam de co-nhecer a “terra do padre Cí-cero”, para fazerem orações e agradecer graças recebidas. É o caso de Josefa da Silva, que somente com 77 anos de idade conseguiu realizar o seu gran-de sonho, apesar dos milhares de quilômetros que poderiam fazê-la desistir da promessa. Ela que mora em Trindade, em Goiás, e teve que fazer duas viagens para chegar ao seu destino. Os olhos conta-giantes da dona de casa reve-lavam que o esforço se tornou pequeno em relação à emoção de participar da romaria.

Segurança Para a realização dos

festejos, o sistema de segu-rança foi intensificado, com o deslocamento diário de 80 guardas municipais, 60 agen-tes do Departamento Muni-cipal de Trânsito para áreas estratégicas, como o Horto, Largo do Memorial, Capela do Socorro, Basílica Menor e o Santuário dos Franciscanos. Além disso, uma delegacia móvel foi instalada na Pra-ça do Romeiro com reforços vindos de Fortaleza. “A boa

notícia é que na rua São José, conhecida pelas notificações de furtos, não teve nenhuma ocorrência. Tudo isto devido à desocupação de bancas, que dificultavam a visibilidade dos policiais”, declara o se-cretario Claudio Luz, acres-centando que os casos de roubos persistiram no inte-rior dos ranchos e pousadas.

n Cerca de 300 mil romeiros tomaram as ruas e igrejas de Juazeiro, pagando promessas e pedindo novas graças

n A obra deve começar ainda em 2012, mas aguarda estudo sobre região e liberação da Semace

ComércioAs romarias contri-

buem para o desenvolvimen-to de Juazeiro, sobretudo em relação ao comércio. Muitos visitantes, além de realizarem suas peregrinações religio-sas, aproveitam para fazerem compras no centro da cidade, a fim de presentear os familia-res que não puderam seguir

OBRA

Teleférico de Juazeiro será atração turística do “Roteiro da Fé”

Noticiado como par-te das obras do Roteiro da Fé em Juazeiro do Norte,

a construção do teleférico, muito esperado pela popu-lação e visitantes da cidade, foi anunciada para breve pela administração local. De acor-do com o prefeito da cidade, Manoel Raimundo de Santa-na, a licitação para escolha da empresa que realizará a obra acontecerá no próximo dia 27. Mas antes que a constru-ção aconteça de fato, ainda há algumas questões a serem resolvidas, o que pode adiar a realização do empreendimen-to.

De acordo com o se-cretario de infra-estrutura de Juazeiro, Rafael Apolinário, após a escolha da empresa

que realizará a construção por meio de concessão - onde poderá explorar o empreen-dimento por trinta anos –, as obras começam no máximo em trinta dias e, segundo o se-cretário, estará pronto em 180 dias. Ao falar em estimativas, o administrador, porém, não levou em consideração o tem-po que a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) necessita para rea-lizar os estudos dos impactos ambientais no local por onde passará o teleférico.

Esse tempo, de acordo com a Semace, pode demorar até noventa dias, mas se hou-ver algo que não atenda às exigências do órgão, o prazo pode se estender por mais 120 dias, ou mais, dependendo do caso. Essa foi a informação da

técnica de desenvolvimento institucional da Semace, So-nia Souza.

A técnica explicou que depois de escolhida, a empresa tem que enviar ao órgão ambiental um estudo minucioso do terreno onde será construído o teleférico e o projeto contendo todos os detalhes da empreitada. Ela explicou ainda que só depois desse processo é que a Sema-ce envia técnicos para fazer estudos da área e se estiver tudo de acordo com o exigi-do pelo órgão, a licença para realização do empreendi-mento é liberada, isso em até 90 dias. O teleférico será um novo atrativo para romeiros, pesquisadores e turistas, que visitam frequentemente a ci-dade de Juazeiro do Norte.

viagem. A aposentada Nilza Calixto revela que aproveita o período de romaria para fazer algumas compras diante da variedade de mercadorias e preços.

O presidente da Câma-ra de Dirigentes Lojistas de Ju-azeiro, Michel Araújo, afirma que a Romaria de Candeias fortalece o comércio, já que o

primeiro mês do ano é marca-do por pouca movimentação nas vendas. Ele explica que nem todos os setores são be-neficiados, no entanto, após 15 dias o dinheiro passa a cir-cular em todos os segmentos. Com isto, o mês de fevereiro apresenta aumento significa-tivo nas vendas em relação a janeiro.

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9REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 7 A 13 DE FEVEREIRO DE 2012

Social Cultura

Chegar à conclusão de um curso é realmente uma grande vitória. Momento de festejar com os colegas e familiares. Foi com muita alegria que a turma de Serviço Social da Faculdade Leão Sampaio comemorou a conclusão do curso. Destaque especial para Telma Oliveira, que junto com seus familiares comemorou esse dia inesquecível. Foi lindo. Parabéns!

Os amigos são presentes de Deus para nós. Fátima e Nilo são pessoas queridas e especiais. No dia 9 de fevereiro, Nilo comemorou mais um ano de vida. Desejo que esta data se repita por muitos e muitos anos. Felicidades!

BODAS DE PRATA

O casal Hugo Cruz Macêdo e Efigênia Coelho Cruz renovaram os votos do matrimônio. O casal e seus três filhos, Lucas, Sophia e Heitor, receberam parentes e amigos no sítio da família, em Barbalha. A festa foi animada pela Orquestra Sonata e teve a produção de Maristela Mourão. Os convidados divertiram-se ao som de belas e inesquecíveis canções. Que Deus abençoe essa bela união.

PARABÉNS

SONHO REALIZADO

VOLTA AS AULAS

Minha querida Ana Ruth e sua princesinha Isadora estavam radiantes no primeiro dia de aula. Isadora super feliz em reencontrar os coleguinhas e descobrir todas as novidades que a esperava.

ESPORTE E ALEGRIA

Todas as tarde o professor Wanderson Tyago comanda a turminha do futsal infantil. Com muita dedicação e disciplina, ele ensina os segredos de jogadas e vibra junto com os pais com os gols marcados por essa turminha linda. É uma grande alegria.

EMPREENDEDORES

Ricardo Borges e Moacir Siqueira Filho são dois jovens empreendedores de sucesso. Apostando na comida natural e sem conservantes, eles vêm conquistando cada vez mais clientes fiéis, principalmente os que adoram um açaí na tigela no capricho. Vale a pena experimentar.

Ingrid Monteiro

A dinâmica sobre a origem da vida e evolução das espé-cies está aguçando

a imaginação e criatividade da criançada. A atividade faz parte da oficina “Fosseis Novinhos em Folha”, que começou no último dia 4, no Centro Cultural Banco do Nordeste, na cidade de Jua-zeiro do Norte.

Introduzindo o concei-to dos vestígios fósseis, prin-cipalmente na região do Cari-ri, uma das mais importantes devido à enorme quantidade e qualidade de preservação, a oficina possibilita que as crianças aprendam sobre o processo de fossilização, re-fletindo sobre as ações do ho-mem na natureza, para evitar

Exposição “De Não Artistas” estimula interação de visitantes

novas extinções. “O objetivo é que elas conheçam a rique-za de fósseis que há na nossa região e possam valorizá-la”, explica a facilitadora Jânia Dias, especialista em geologia histórica.

A pedagoga Ana Bea-triz, que juntamente com Jâ-nia elaborou o projeto, revela que a princípio a idéia seria realizar visitações aos mu-seus e exposições, a fim de que os pequeninos pudessem ter o contato com os achados arqueológicos de Santana do Cariri e Crato. No entanto, a proposta de que eles mesmos pudessem confeccionar répli-cas dos fósseis foi considera-da uma maneira mais lúdica de desenvolver a consciência ecológica dos participantes.

As educadoras expli-cam que no início de cada en-

contro, é realizada uma roda de conversa sobre o processo de formação dos fosseis e a sua importância, em seguida as crianças reproduziram ar-tificialmente o fóssil utilizan-do molde de argila e o gesso. “Usamos folhas, conchinhas, pedaços de galhos para con-feccionar a imitação, o pro-cesso é bastante divertido”.

Os encontros aconte-cem aos sábados, até o dia 25 deste mês, sempre às 16h. Os interessados deverão chegar uma hora antes no CCBNB para realizarem gratuitamen-te a inscrição. O público alvo são crianças de 8 a 12 anos, mas a pedagoga garante que a idade não importa, desde que o educador saiba identifi-car o interesse de cada crian-ça, envolvendo-a em um pro-cesso criativo.

Oficina propõe arte e educação ambiental com crianças

n Organizadoras da oficina de réplicas de fósseis apostam na atividade para educar e conscientizar crianças

Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS [email protected]

A proposta do Co-letivo Camaradas é fazer arte com e para o povo. A exposição “dE nÃo ArTiS-tAs”, escrita assim, com letras alternadas, pode ser vista na Galeria de Artes do SESC de Juazeiro do Norte até 23 de março. O projeto propõe que o gran-de público aja como coau-tor das obras apresenta-das. É permitido intervir, recriar, dizer que arte não é arte e que o desenho da filha mais nova é melhor do que os traços de Joan Miró.

O importante é par-ticipar, prática tão cara aos artistas contemporâneos. A exposição se torna um laboratório para experi-mentos e processos cria-tivos em que a galeria se transforma em atelier, pos-sibilitando aos visitantes modificar, resignificar ob-jetos e ações.

Segundo o Coletivo, o resultado que o público pode ver, mexer e até mu-dar de lugar, é resultado da experiência desenvol-vida no Laboratório de Estudos, Vivências e Ex-

perimentos em Arte Con-temporânea (Leve Arte Contemporânea), desen-volvido com alunos de escolas públicas do Crato, e que coloca a arte como elemento de humanização e reflexão social, a partir de proposições coletivas e interativas.

Há cinco anos desen-volvendo trabalhos no Ca-riri, o Coletivo Camaradas é composto por 20 jovens e tem à frente o artista visual e poeta Alexandre Lucas. Na “dE nÃo ArTiStAs”, o público pode se sentir com

a mão na massa e criar o seu próprio trabalho; as-sistir exibição de vídeos com registros de perfor-mances e intervenções ur-banas; e apreciar trabalhos individuais, instalações e objetos.

A exposição acontece até 23 de março na ga-leria de Artes do SESC de Juazeiro do Norte, das 13h às 21h, de se-gunda a sexta.

Serviço

Mais estrutura e conforto serão garantidos para romeiros

CULTURA

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AMOR PERFEITOTem jogador de futebol que, pelo fato de

se tornar ídolo de um time, na euforia da idolatria e das conquistas, declara: não jogo no rival.

Ronaldo Angelim não renovou contrato com o Flamengo e ao, ser perguntado se jogaria no Vasco, disse que não. Junior Xuxa foi afastado do Icasa e disse, em alto e bom tom, que jamais vestiria a camisa do Guarani. O meia Geraldo, que foi descartado por Wagner Mancini, na época treinador do Ceará, retornou para o futebol cearense para vestir a camisa do Fortaleza, time que há algum tempo disse que não jogaria. Como diria Nelson Rodrigues: dinheiro compra até amor perfeito, Geraldo.

DRAMATICIDADEDepois de Treze e Campinense, talvez o jogo entre Icasa e

Guarani seja o clássico de maior rivalidade do interior nordestino. Pois vejamos: no interior cearense, só Juazeiro tem dois times na disputa. No último embate entre os dois, deu Icasa 3 a 2, num jogo onde o Guarani teve a posse de bola por mais tempo, mas não soube transformar a superioridade técnica em gols. O grau de dramaticidade foi a tônica do clássico, já que o gol da vitória só aconteceu aos 48 minutos do segundo tempo, através do atacante Carlos André. Em resumo, o Guarani foi melhor em campo, mas quem saiu com a vitória foi o Verdão. Coisas do futebol.

CULTURA NOJENTAEssa cultura nojenta do futebol jamais será abolida, pois

foi criada por parte da imprensa, por dirigentes, e agora com a participação dos empresários, que transformaram o futebol em um balcão de negócios. O treinador trabalha sob pressão, às vezes é forçado a colocar jogadores sem experiência nenhuma para satisfazer o empresário. E se isso não for feito, o treinador corre o risco de ser demitido.

Recado: treinadores de futebol vivem de resultados. Empresários vivem de barganha.

DISFARÇADAMENTEGostaria de saber como identificar torcedores do

Fortaleza e do Ceará no próximo clássico, que será realizado só com a presença da grande torcida do Ceará. Se de repente uma boa quantidade de torcedores do Fortaleza veste a camisa do vovô. Como fica? Não existe uma lei que proíba a venda de ingressos para a torcida oponente. Qual será o critério usado? Um exame de sangue ou sessão de tortura? Ou com cães farejadores? Com certeza, torcedores do Fortaleza estarão no jogo. Disfarçadamente.

Atividades ao ar livre atraem esportistasSerena Morais

Para a maioria das pessoas que moram no Cariri, e já estão acostumadas com

a paisagem natural, muitas belezas locais podem passar despercebidas no dia-a-dia. Mas para outros a forma de olhar a região está mudando significativamente e eles estão buscando alternativas diferen-tes de aproveitar o que a natu-reza oferece gratuitamente. A prática de esportes ao ar livre e radicais cresce a cada dia entre indivíduos que buscam uma mudança na rotina.

No Cariri, grupos estão se reunindo e se organizando com a mesma ideia de apro-veitar os espaços que a região proporciona. Uma das modali-dades que tem crescido é ciclis-mo, seja ele de passeio ou mon-tain bike. Equipes se reúnem à noite para pedalarem juntos e chegam a reunir de 30 a 40 pes-soas. Em comboio, os esporti-vas exploram as estradas que ligam o Crajubar. A prática tem chamado a atenção de pessoas de todos os segmentos, de mé-dicos a estudantes, mas que

possuem a mesma vontade de manter o corpo e a mente saudáveis com uma atividade divertida, e relaxante.

Ainda no ramo das bi-cicletas, é possível encontrar veteranos do montain bike, que buscam trazer campeonatos à região, como é o caso da equi-pe Ecobikers, existente desde 1996. Eles também percorrem a Floresta Nacional do Araripe

fazendo trabalhos de conscien-tização ambiental junto às cida-des e vilas por onde passam. As-sim como outros grupos, eles se reúnem duas vezes na semana para fazerem trilhas noturnas em estradas carroçais e dividem as turmas em duas (iniciantes e avançadas). O consultor técni-co ciclista, Ernesto Rocha, que também tem uma loja de bici-cletas, fala que a cada passeio aparecem novatos buscando os grupos. “Eles vem por causa de amigos que já participam ou porque buscam a segurança de andar em grupo”, explica.

AdrenalinaOs esportes ao ar livre

chamam também a atenção das pessoas que procuram uma atividade mais radical, com aventura e adrenalina. O Cariri tem grande poten-cial para a prática de esportes radicais, pela disposição de floresta, chapada, cachoeiras e açudes. Pequenos grupos exploram toda essa riqueza, como é o caso do pessoal da Iguanna Esporte e Aventura, que fazem um trabalho de tu-rismo de aventura com trilhas (tracking), caminhadas, rapel,

escalada e arvorismo. Em busca de trazer no-

vos praticantes e fazer com que mais pessoas conheçam a beleza natural da região, eles trabalham com uma parede de escalada móvel. A utiliza-ção da parede faz parte de um projeto chamado Escalando e Educando, uma parceria com o Geopark Araripe, onde as pessoas recebem noções de es-caladas. “O intuito é divulgar e trazer a atividade da chapada para qualquer lugar da região, mas sem deixar de lado os cui-dados com a mata. A educação ambiental é o nosso ponto for-te”, diz Aristóteles Grangeiro (Tota), diretor da Iguanna Es-porte e Aventura.

Novo OlharOs esportes pratica-

dos ao ar livre emprestam um novo olhar para as pessoas que ousam se aventurar, principal-mente em relação à importân-cia do meio ambiente. As ativi-dades também têm feito com que cidades sejam melhores exploradas, levando uma mo-vimentação diferente para co-mércios locais. O que você está esperando para experimentar?

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AVENTURA