jornal do cariri - 23 a 27 de fevereiro de 2012

8
O periódico do Cariri independente MEMÓRIAS PROJETO Idosos mais saudáveis com hidroginástica Percursos Urbanos leva cultura 8 REGIÃO DO CARIRI l DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2522 R$ 1,50 7 OBRA MAL FEITA A Policlínica de Campos Sales, que ainda não foi inaugurada e já apresenta vários problemas estruturais, tirou a paciência do governador Cid Gomes. A empresa Fujita Engenharia, responsável pela construção da obra, deixou a desejar. O prédio precisará passar por novas obras para aplicação de piso e azulejos de paredes. O prefeito Paulo Ney Martins entregou um relatório completo ao governador, que imediatamente acionou técnicos. Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura Dia 21, terça-feira. Fechado - Feriado do Carnaval. Dia 22, quarta-feira. CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE 14h00 - Poesia Sem Vergonha - Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE. ROCK-CORDEL 19h30 - Godiva’s: A La Robeto - CE. Dia 23, quinta-feira. CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE 14h00 - Poesia Sem Vergonha - Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE. Dia 24, sexta-feira. CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE 14h00 - Poesia Sem Vergonha - Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE. MÚSICA 19h30 - Emiliano Pordeus: Caçando Estrelas - Sousa-PB. Dia 25, sábado. ATIVIDADES INFANTIS 13h00 - Bibliotequinha Virtual - Softwares e Jogos Recreativos - Instrutor: Gilvan de Sousa. ARTES CÊNICAS Teatro Infantil 15h00 - O Fantástico Mundo das gicas - Tio G - Juazeiro do Norte-CE. CINECAFÉ 17h30 - Abraços Partidos. Dia 26, domingo. Fechado. ARTE RETIRANTE Local: Cineteatro Gov. Miguel Arraes - Araripe-CE. 19h00 - O Boi Santo - Cia. Loucos em Cena - Barbalha-CE. Dia 27, segunda-feira. Fechado. Destaques da programação de 21 a 27 de fevereiro de 2012. DÍVIDAS Santana derruba na Justiça inadimplência O prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana (PT), conseguiu uma liminar na Justiça Federal que permite ao Município voltar a receber recursos dos Governos Federal e Estadual. Juzeiro estava impedido de receber transferências de verbas por conta das dívidas deixadas pelo ex-prefeito Raimundo Macedo (PMDB). 3 3 JARDIM Carnaval do Cariri atrai até pessoas de outros estados Os caririenses tiveram bastante motivos para muitas risadas nesse carnaval. Muitas brincadeiras, blocos, bandas e animação fizeram a festa carnavalesca da região atrair muitos foliões locais e também de fora. Para aqueles que não puderam ou não quiseram viajar nesse feriado, não faltaram opções nos municípios. 6 HOMENAGEM Juazeiro do Norte reconhece trabalho de Bruno Carrá à frente da Justiça Federal O juiz federal Bruno Leonardo Câmara Carrá foi homenageado com comendas em reconhecimento aos relevantes serviços prestados durante os sete anos à frente da Justiça Federal do Município. Carrá deve deixar Juazeiro e poderá ser nomeado desembargador Federal. Juiz Bruno Carrá recebe Comendas em Juazeiro. 3 6 CULTURA MEIO AMBIENTE POLÍTICA Xilógrafos do Crato disseminam a arte pelo país Abandonado, Sítio Fundão precisa de investimentos para reforma Eleição no Crato poderá ter campanha pela TV Os artistas do coletivo Xicra, juntamente com duas outras artistas da arte, têm realizado projetos envolvendo a gravura, em todas as suas formas. Dessa vez, o foco está em mostrar a arte a pessoas carentes de São Paulo, fazendo assim um intercâmbio gráfico entre os estados. 7 4 GRANDES NOMES Nertan Macedo de Alcântara 5 Cid se irrita com falhas na policlínica de Campos Sales

Upload: ceara-news

Post on 09-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Jornal do Cariri - Edição 2522 - 23 a 27 de fevereiro de 2012.

TRANSCRIPT

O periódico do Cariri independente

MEMÓRIASPROJETO

Idosos mais saudáveis com hidroginástica

Percursos Urbanos leva cultura 8

REGIÃO DO CARIRI l DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2522 R$ 1,50

7

OBRA MAL FEITA

A Policlínica de Campos Sales, que ainda não foi inaugurada e já apresenta vários problemas estruturais, tirou a paciência do governador Cid Gomes. A empresa Fujita Engenharia, responsável pela construção da obra, deixou a desejar. O prédio precisará passar por novas obras para aplicação de piso e azulejos de paredes. O prefeito Paulo Ney Martins entregou um relatório completo ao governador, que imediatamente acionou técnicos.

Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura

Dia 21, terça-feira.Fechado - Feriado do Carnaval.Dia 22, quarta-feira.CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE14h00 - Poesia Sem Vergonha -Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE.ROCK-CORDEL19h30 - Godiva’s: A La Robeto - CE.

Dia 23, quinta-feira.CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE 14h00 - Poesia Sem Vergonha - Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE.Dia 24, sexta-feira.CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE14h00 - Poesia Sem Vergonha - Francisco Feitosa - Juazeiro do Norte-CE.

MÚSICA19h30 - Emiliano Pordeus: Caçando Estrelas - Sousa-PB.Dia 25, sábado.ATIVIDADES INFANTIS13h00 - Bibliotequinha Virtual -Softwares e Jogos Recreativos - Instrutor: Gilvan de Sousa.

ARTES CÊNICAS Teatro Infantil15h00 - O Fantástico Mundo dasMágicas - Tio G - Juazeiro do Norte-CE.CINECAFÉ17h30 - Abraços Partidos.Dia 26, domingo.Fechado.

ARTE RETIRANTELocal: Cineteatro Gov.Miguel Arraes - Araripe-CE.19h00 - O Boi Santo - Cia.Loucos em Cena - Barbalha-CE.Dia 27, segunda-feira.Fechado.

Destaques da programação de 21 a 27 de fevereiro de 2012.

DÍVIDAS

Santana derruba na Justiça inadimplência O prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana (PT), conseguiu uma liminar na Justiça Federal que permite ao Município voltar a receber recursos dos Governos Federal e Estadual. Juzeiro estava impedido de receber transferências de verbas por conta das dívidas deixadas pelo ex-prefeito Raimundo Macedo (PMDB). 3

3JARDIM

Carnaval do Cariri atrai até pessoas de outros estadosOs caririenses tiveram bastante motivos para muitas risadas nesse carnaval. Muitas brincadeiras, blocos, bandas e animação fizeram a festa carnavalesca da região atrair muitos foliões locais e também de fora. Para aqueles que não puderam ou não quiseram viajar nesse feriado, não faltaram opções nos municípios. 6

HOMENAGEM

Juazeiro do Norte reconhece trabalho de Bruno Carrá à frente da Justiça Federal

O juiz federal Bruno Leonardo Câmara Carrá foi homenageado com comendas em reconhecimento aos relevantes serviços prestados durante os sete anos à frente da Justiça Federal do Município. Carrá deve deixar Juazeiro e poderá ser nomeado desembargador Federal.Juiz Bruno Carrá recebe Comendas em Juazeiro. 3

6

CULTURA

MEIO AMBIENTE

POLÍTICA

Xilógrafos do Crato disseminam a arte pelo país

Abandonado, Sítio Fundão precisa de investimentos para reforma

Eleição no Crato poderá ter campanha pela TV

Os artistas do coletivo Xicra, juntamente com duas outras artistas da arte, têm realizado projetos envolvendo a gravura, em todas as suas formas. Dessa vez, o foco está em mostrar a arte a pessoas carentes de São Paulo, fazendo assim um intercâmbio gráfico entre os estados. 7

4

GRANDES NOMES

Nertan Macedo de Alcântara 5

Cid se irrita com falhas na policlínica de Campos Sales

As obras públicas do regime militar, como as ro-dovias BR’s, os túneis em São Paulo, a hidrelétrica de Itaipu ou a Ponte Rio-Niterói, são modelos de qualida-de construtiva. O medo das punições e o controle de qualidade podem ser destacados como razões desse êxito. Com a redemocratização, parece que se instalou no Brasil o paraíso das empreiteiras picaretas, das cons-trutoras irresponsáveis e dos empresários da construção civil gananciosos. Não que na ditadura inexistisse cor-rupção, mas, ao menos naquele tempo, havia vergonha na cara dos empreiteiros e pontes não desabavam, me-trôs não eram desviados e obras recém-entregues não eram submetidas a reformas de emergência.

Campos Sales é hoje a prova dessa ausência de seriedade, para se dizer o menos, na construção de uma obra pública. A famosa empreiteira Fujita entregou o prédio da Policlínica, obra paga com dinheiro do povo do Ceará, com diversos problemas técnicos. A reporta-gem do JC comprova que foram cometidos erros ele-mentares, capazes de comprometer o uso do hospital e

susceptíveis de se exigir imediata reforma em um edifí-cio recém-entregue.

Esse quadro permite tirar duas conclusões.A primeira é supor que a Construtora Fujita con-

tratou engenheiros, arquitetos e operários incompeten-tes, sem condições de avaliar a qualidade dos materiais utilizados ou sem aptidão para prever que seu empre-go se daria em desconformidade às normas técnicas. Se é assim, essa empresa não poderia prestar serviços ao poder público no Ceará. O povo não merece que seu dinheiro seja gasto com empreiteiros que não conhecem seu ofício.

A segunda conclusão possível é que a Fujita, por força de um propósito ganancioso, usou materiais de baixa qualidade e contratou profissionais inexperientes, como forma de reduzir custos e embolsar lucros extra-ordinários. O velho truque de baratear custos para am-pliar lucros. E que se dane o estado da obra...

A hipótese de corrupção de agentes públicos nem se coloca. A reação cívica, republicana, indignada e ime-

diata do governador Cid Gomes, um homem de eleva-da formação técnica nas Ciências Exatas, sabedor dos meandros dessa atividade, é a prova cabal de que não houve conluio com o Estado. Cid conhece seu ofício. Ele não é um leigo em Cálculo. É um engenheiro civil for-mado pela tradicional Escola de Engenharia do Ceará. Mais do que uma irritação de um governador – agente responsável pelo pagamento de um serviço mal execu-tado – está a revolta de um engenheiro com o descaso de seus colegas de profissão.

A raiva de Cid é tão legítima quanto acompa-nhada pela revolta do povo de Campos Sales e de seu prefeito, Paulo Ney, que, de maneira diligente, registrou ponto a ponto os vícios construtivos da Policlínica.

A construtora Fujita tem de dar uma resposta ca-bal a essas acusações. E, a serem verdadeiras, deve so-frer punição exemplar do Governo. Fazer pouco caso do dinheiro do Estado é ruim. Mas, fazer isso em um hospi-tal público, espaço onde os mais carentes encontram sua última esperança, é imperdoável.

EditorialA IMPERDOÁVEL OBRA DA CONSTRUTORA FUJITA

2Opinião

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

OS LUGARES ONDE ANDAMOSFALAM UM POUCO DA GENTEAS AMIZADES TAMBÉMTRADUZEM PUBLICAMENTEAS NOSSAS AFINIDADESMOSTRAM-NOS INTIMAMENTE!

Welington Costa

Durante o Carnaval, todos lembram da folia, da diversão e da folga no trabalho, mas também é bom não esquecer da importância de doar sangue, principalmente por causa dos acidentes. Doação é caridade, é zelo com o próximo. Um dia pode ser a gente lá no hospital, precisando de sangue. Vamos nos ajudar.

Cícero Lima, Juazeiro do Norte

A Campanha da Fraternidade 2012 da Igreja Católica Apostólica Romana propõe que a sociedade brasileira reflita sobre “a dura realida-de de irmãos e irmãs que não têm acesso à saúde pública condizente com suas necessidades e dig-nidade”, segundo palavras do próprio texto-base produzido pela CNBB.

Com esta provocação, lembro-me de algu-mas motivações para que eu adentre neste tema com mais vigor: em setembro de 2009, meu pai deu entrada em um hospital de minha cidade na-tal com arritmia cardíaca e poucos dias depois saiu morto, vitimado de infecção hospitalar que adqui-riu por conta de uma sonda que o obrigaram a usar na UTI. A explicação no momento, “procedimento padrão”, mas a explicação nas entrelinhas, por pro-fissionais que não quiseram se identificar: “temos um número de profissionais abaixo do necessário e, para diminuir custos e maximizar lucros, evitamos que os pacientes necessitem deslocar-se das camas para ir ao banheiro ou que precisem de profissio-nais para ajudá-los em tais necessidades. Ele se irri-tou com a sonda e, inquieto que é, já que trabalhou dezenas de anos na saúde pública e sabe distinguir procedimentos corretos da lei do menor esforço, arrancou a sonda que foi recolocada sem que se percebesse que tais atos o feriram, depois a febre e, por último, a notícia: ele não resistiu.

O exemplo de meu pai não é único, não é isolado, não foi o primeiro, não foi nem será o último. Não fomos a vias jurídicas porque elas não o trariam de volta – e também esta atitude de nossa família não é única, não é isolada, não foi a primei-ra, nem será a última. Mas o que faz com que pro-fissionais da área da saúde, formados para salvar vidas, ajam de modo tão frio e vil? Acostumam-se com a casualidade da morte, desligam-se das pes-soas que estão, antes dos números.

Quando levamos um familiar a um hospital, estamos levando parte de nossa história para ser preservada. Encontramos, muitas vezes, o profis-sional que posa de Deus, que está fa-zendo o favor de atender àquele reles mortal. A palavra paciente parece não representar sua etimologia (acome-tido de uma doença - pathos), mas aquele que deve ter paciência diante daquele que o faz esperar muito tem-po por um atendimento devido, mas não recebido. Estranho que já tive a experiência de ver meu pai ser muito bem atendido pelo mesmo médico tanto no hospital público quanto na sua clí-nica particular, tanto aqui em nossa Região quanto em Fortaleza, e estes não eram exceção, pois dos poucos que se distanciaram deste modo digno de tratamento, infelizmente, faziam parte os últimos aos quais acorremos.

Mas o que faz com que tais profissionais desliguem-se de pacientes públicos e se dediquem a pacientes particulares? Certamente não é o salá-rio, pois quando vemos os concursos para profis-sionais da área de medicina não vemos salários tão baixos quanto o do restante da classe trabalhadora. Também não é problema do SUS que é, segundo um médico irlandês, o melhor plano de saúde que ele tem conhecimento, com seus princípios dou-trinais – universalidade, integridade e equidade, regionalização, hierarquização, descentralização, racionalização e resolução, complementariedade do setor privado, e participação da comunidade – muito bem estruturados e adequadamente eleitos.

Não podemos ficar esperando de braços cruzados pelo ideal que nos venha de mãos bei-jadas. Precisamos dar o primeiro passo e ele deve ser o acompanhamento dos conselhos de saúde

de nossos municípios para evitar que os políticos – que, em sua maioria, são médicos – definam vozes caladas como representantes da comunidade para nada falar, nada fazer, nada fisca-lizar, nada mudar.

Alguns hospitais e materni-dades mundo afora e Brasil adentro apontam para a necessidade de mo-dernização dos instrumentos de saúde como uma condição sem a qual não

é possível atuar nos dias de hoje, mas muitos destes já olham mais adiante e pregam que o tratamento de saúde mais deve ser mais do que moderno, deve ser humanizado. O que significa di-zer que se os profissionais de saúde que não for se humanizando e/ou não for humanizando os locais de atendimento, podem considerar-se espécimes dignas de museus do holocausto – dignos de se-rem exibidos como exemplos que não devem ser multiplicados.

Em nossa região, isso só será possível se os profissionais de saúde tiverem como preocupação principal o aperfeiçoamento de seus instrumentos e métodos, participação de congressos e estudos, como é o caso de um número crescente de pro-fissionais que começam a buscar mais cursos. Ne-cessitamos, na área da saúde, de mais profissionais que priorizem (isto é, coloquem em primeiro lugar) a pesquisa e a humanização de suas práticas, e po-nham em segundo plano a sua carreira política ou suas fazendas e/ou empresas. Somente assim, fare-mos com “que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).

Tiago Gomes LandimFilósofo

SAÚDE PÚBLICA FRATERNA OU MODERNA? TERRA, PLANETA ÁGUA

PEQUI GERA RENDA E SAÚDEMuitos não sabem, mas o Pequi, co-

mumente conhecido pelos caririenses, não tem origem nas terras de padre Cícero. O (Ca-ryocar brasiliense; Caryocaraceae), nome cien-tífico do fruto, é uma árvore nativa do cerrado brasileiro, cujo fruto é considerado tipicamen-te goiano. Ainda no início do século XVIII, o pequi começa a ser utilizado na culinária de Goiás e rapidamente ficou conhecido em ou-tros estados.

Na região que circunda a cidade in-dustrial de Catalão, o pequi era utilizado tão somente para a fabricação do sabão de pequi, de propriedades terapêuticas. No Nordeste brasileiro, o fruto é cultivado em diversas regi-ões. No Cariri, o pequi é tradição. Difícil resistir ao cheiro e ao sabor do fruto. Mas além de saboroso, o pequi também representa fonte de renda para muitos produtores rurais. Atu-almente, o fruto é o que traz o maior rendi-mento do ano para os pequenos produtores

rurais. E as previsões positivas para a safra de 2012 já começaram a apresentar resultados.

É hora de ir à busca do fru-to que gera saúde e renda para os produtores. Até março, quando acontece a festa que comemora a colheita do pequi, os catadores do fruto chegam a apurar até R$ 200,00 por dia com a venda do óleo extraído do produto. Como são os próprios catadores que fazem o tra-balho de coleta e comercialização, é chegado o momento de pensarmos em melhorias das condições de trabalho dos catadores.

Homens, mulheres e crianças que vi-vem da colheita do pequi precisam de me-lhores instalações e de incentivo por parte do poder público. Os acampamentos, muitas ve-zes improvisados por meio de casas de taipa, já não comportam mais a demanda. Muitos

pontos de venda não possuem condições sanitárias favoráveis.

Segundo reportagem di-vulgada no jornal Diário do Nor-deste no último dia 7 de fevereiro, o abastecimento de água é feito pelos caminhões-pipa, alguns dos quais cedidos pela Prefeitura lo-cal ou comprados pelos próprios produtores. Para que o nutritivo e,

como muitos afirmam, “afrodisía-co” pequi não desapareça das mesas e con-tinue figurando como fonte de renda para os produtores, é preciso incentivar o cultivo e a colheita do fruto.

Sineval RoqueDeputado Estadual

Ao se estudar, pesquisar e ouvir a discussão sobre os im-pactos ambientais e assistir os sucessivos quadros das “Mu-danças Climáticas” no país, algumas reflexões surgem. O planeta Terra pode até ser chamado por seus habitantes de: Terra, Planeta Água. Isso porque há grande quan-tidade de água existente no Globo terrestre. Para ter ideia, a água concentrada no ocea-no chega a 97,6%. Já a água potável corresponde a 2,4%. Concentra-se na forma de gelo 0,31%. Observa-se que menos de 0,02% está disponível para consumo humano.

É preciso considerar a urgente necessidade de elimi-nar a cultura do desperdício e a possível escassez de água, agravada pelo crescimento po-pulacional. Usar água de forma criteriosa deveria ser uma das principais preocupações do ser humano. Colocar essa ideia em prática no dia-a-dia não é muito difícil: fechar a torneira quando no escovar dos dentes, providenciar o conserto da rede hidráulica quando tratar-se de vazamentos, por exemplo. Prever a possível escassez do “precioso líquido” ainda é tido como motivo de brincadeira por alguns consumidores, que irresponsavelmente não fazem esforço para economizar água.

A Organização das Na-ções Unidas (ONU) estima que em 2050, mais de 45% da “população mundial” não terá água para atender suas neces-sidades básicas de consumo. A ONU prever ainda, que a próxi-ma guerra entre as nações, não será mais pelo petróleo, mas sim, pela Água H2O. É uma péssima informação, que já faz do Brasil, meio tímido, um ex-portador de água.

As “Mudanças Cli-máticas” dão respostas que devemos cuidá-lo e descobrir alternativas para melhor con-vivência com recursos hidroló-gicos. A quantidade (vazão) e a qualidade da água têm sido

ameaçadas por desmatamen-tos e, diferentes poluentes que

penetram no solo, contaminando rios e fontes de água, colocando em ris-co o abastecimento das Cidades que ainda detém como único sistema de abastecimento, rios e açudes. As descar-gas das águas servi-

das, desaguando em “manancial” polui e prejudica a pureza das águas e as bele-zas de encantos naturais. Em Missão Velha (CE), por exem-plo, uma bela cachoeira recebe águas poluídas. Ao se poluir, está inviabilizando que “as fu-turas gerações” façam o uso--fruto dos bens naturais.

A sociedade não parou para avaliar, que as construções de habitações nas áreas de chapadas, sem o prévio crité-rio técnico, contribuíram para o acontecimento de janeiro de 2011em Crato. Se antes da en-chente existisse, uma Lei que disciplinasse a construção das residências; e fosse exigida a construção de - um sistema de captação da água pluvial, para cada residência localizada em áreas de chapada, capaz de ar-mazenar as águas das chuvas, caída no telhado das casas lo-calizada nesse perímetro para suportar 2 horas de intensa chuva. Onde só liberassem a águas do reservatório depois de 2 ou 3 horas de cessado a chuva. A fúria da água não te-ria se revoltado com tanta vio-lência contra os que residem as margens do Rio Granjeiro. Não muito obstante, o desrespeito às leis ambientais, tornaram refém da enchente, a própria população.

Esse é o planeta água que todos conhecem.

Andson Andrade da SilvaLicenciando em Letras

pela URCA

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

O periódico do Cariri independente

Diretor-presidente: Luzenor de Oliveira Diretor de Conteúdo: Donizete Arruda Diretoria Jurídica: Vicente Aquino Diretora de Jornalismo: Jaqueline Freitas Editor-chefe: Márcio Dornelles

Administração e Redação: Rua Pio X, 448 - Bairro Salesianos - CEP: 63050-020 - Juazeiro do Norte – Ceará - Fone (88) 3511.2457Sucursal Fortaleza: Rua Coronel Alves Teixeira, 1905, sala 05, Telefone: 085.3462.2607 - Celular: 085.9161.7466Sucursal Brasília: Edifício Empire Center, Setor Comercial Sul, Sala 307, Brasília-DF

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

Conselho Editorial: Geraldo Menezes Barbosa | Francisco Huberto Esmeraldo Cabral | Napoleão Tavares Neves e Monsenhor Gonçalo Farias Filho

Fale conosco Redação w [email protected] w [email protected] w [email protected] w [email protected] Departamento Comercial w [email protected] | Geral w [email protected]

DECISÃO NO TSE

PLACAS

Os eleitores da cidade do Crato poderão ter nas eleições des-te ano um atrativo

para acompanhar mais de per-to as propostas e projetos dos candidatos à Câmara de Vere-adores e a Prefeitura. Isso será possível se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir apro-var, no mês de março, resolu-ção que muda os critérios da propaganda transmitida pelos canais de rádio e televisão.

Como a Região Metro-politana do Cariri tem dois canais de televisão – Verdes Mares e Verdes Vales, ambos com sede em Juazeiro do Nor-te, obrigatoriamente um des-ses canais teria que transmitir a propaganda eleitoral no mu-nicípio do Crato. As mudanças estão sendo estudadas pelos ministros do TSE e poderão se transformar na grande no-vidade da campanha eleitoral de 2012.

Crato poderá ter eleiçãocom campanha pela TV

Em 2008 – ano das úl-timas eleições municipais, apenas Juazeiro do Norte teve campanha pela televisão. A campanha é transmitida ex-clusivamente pelas geradoras – concessionárias de TV auto-rizadas a gerarem programa-ção a partir da sua sede, como é o caso da TV Verdes Mares, afiliada à Rede Globo, e a TV Verdes Vales.

Se o TSE mudar as re-gras que prevaleceram nas eleições de 2008, Juazeiro fi-cará apenas com um canal de TV transmitindo a campanha dos candidatos locais à Câma-

ra de Vereadores e à Prefeitu-ra. O outro canal transmitirá a propaganda dos candidatos a vereador e a prefeito do Cra-to. Se os candidatos do Crato renunciarem a esse benefício, Barbalha, como terceiro maior colégio eleitoral da Região Me-tropolitana do Cariri, será be-neficiada com a transmissão.

Os critérios a serem usados para transmissão da propaganda eleitoral ainda es-tão sendo apreciados pelo TSE. Um dos pontos abordados, nesse debate, é que o canal de maior audiência gere a propa-ganda dos candidatos em sua

sede, ficando o segundo colo-cado para transmitir a campa-nha da cidade, no caso da Re-gião Metropolitana do Cariri. Há, também, a tese defendida de que essa escolha seja feita por meio de sorteio.

As mudanças que po-dem marcar a propaganda dos candidatos às eleições municipais ainda não re-presentam questão fechada dentro do TSE. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) acompanha de perto o deba-te. Se aprovadas as mudanças pelo TSE, a disputa eleitoral nos municípios que serão be-neficiados com a medida, te-rão uma campanha com mais visibilidade dos candidatos a vereador e a prefeito. O cus-to da campanha também será mais elevado uma vez que a produção da campanha exige maior estrutura na área de co-municação.

Mirelly Morais

“Chegamos em Jua-zeiro do Norte há sete anos com um projeto totalmente novo, que era dar as bases estruturais, não só físicas, como também as que consi-dero mais importantes, bases morais à Justiça”. Com essas palavras, o juiz federal Bru-no Leonardo Câmara Carrá iniciou seu discurso de agra-decimento pelas homenagens recebidas no último dia (15). Bruno foi condecorado com duas comendas, uma do Mu-nicípio de Juazeiro e outra da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em reconheci-mento aos relevantes serviços prestados à sociedade juazei-rense.

Carrá lembrou que de lá para cá, muito se avançou e Juazeiro se tornou referên-cia em desenvolvimento e crescimento, e que o sistema implantado por toda a equi-

OAB e Município de Juazeirohomenageiam juiz Bruno Carrá

Prefeitura consegue liminare Município sai do Cadim

DONIZETE ARRUDAPolítica

3Política

pe da Justiça Federal foi o de abrir ao diálogo, e procurar servir a coletividade do Ca-riri.

Nas palavras do de-sembargador federal, José Maria Lucena, Bruno Carrá se revela como um grande administrador da Justiça Fe-deral. “A parabenizar o meu colega, prefiro parabenizar a sociedade e o povo de Juazei-ro, que fizeram justiça a esse grande magistrado, reconhe-cendo seus méritos, que se revelam tanto pelo preparo, como por suas qualidades humanas”, destacou o de-sembargador.

Segundo o magistra-do, Carrá tem um cuidado com a celeridade processual se revelando nas negociações das desapropriações de terras para as obras da Transnor-destina. “Ele imprimiu uma velocidade de tal maneira que conseguiu atender ao interesse público em realizar

aquela obra, como também ao interesse dos desapropriados, permitindo-lhes que recebes-sem brevemente as suas de-sapropriações e isso mostra o quanto é preparado para as funções e que as exerce pensando nos seus jurisdi-cionados e na administração pública”, elogiou. Em suas palavras, o desembargador também citou a presença do diretor presidente do Grupo CearáSat de Comunicação, o jornalista Luzenor de Oli-veira, que esteve presente à solenidade do amigo Bruno Carrá, que também o agra-deceu pela presença em seu discurso.

O presidente da Or-dem dos Advogados do Bra-sil (OAB), subseção Juazeiro, Cláuver Barreto, também enalteceu as qualidades do homenageado, reconhecendo nele uma personalidade sim-

ples, séria e sensata.O prefeito Manoel San-

tana (PT), reiterou dizendo ser justa a homenagem a um homem sério, e agradeceu pelos grandes serviços pres-tados por Carrá à sociedade juazeirense.

A solenidade foi presti-giada por várias autoridades da Justiça e da Classe Política Cearense.

FunçõesBruno Leonardo Câ-

mara Carrá é juiz titular da 16ª vara federal de primeira instância da Justiça Federal, exercendo a direção admi-nistrativa da subseção judi-ciária de Juazeiro do Norte, enquanto membro da Co-missão de Juízes Federais do Brasil. O juiz se despede de Juazeiro e deve futuramente ser nomeado desembargador federal.nBruno, ao lado da esposa Denise, e dos juizes Leonardo Martins e Thiago Franco

nBruno, ao lado da esposa Denise, e dos juizes Leonardo Martins e Thiago Franco

Mirelly Morais

A Prefeitura de Juazei-ro do Norte conseguiu liminar obrigando a União a retirar o nome do município do Ca-dastro Informativo de Cré-ditos Não Quitados do setor público (Cadin). A decisão do juiz da 16ª vara federal, Bru-no Leonardo Câmara Carrá, determina que seja retirado o nome de Juazeiro do cadastro de inadimplentes. O Municí-pio entrou no Cadim por conta de dívidas com o INSS e Pasep deixadas pelo então prefeito Raimundo Macedo (PMDB).

A decisão veio em resposta à Medida Cautelar Inominada, com pedido de liminar, em face da União, pleiteando a imediata sus-pensão de sua inscrição no Cadin, referentes aos DEBCADS nº 37322478-8, 37322485-0, e 37322487-7, todos relativos a débitos previdenciários, com o Ins-tituto Nacional de Seguri-dade Social (INSS), assim como a débito relativo ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Bem como a abstenção de repasse de

informações restritivas ao Banco Central do Brasil, ajuizadas pelo Município, uma vez que o processo ad-ministrativo para apuração do montante devido em re-lação ao Pasep e aos Debca-ds estavam cheios de vícios, e que o município teria sido incluído de maneira arbitrá-ria no Cadastro.

Considerando que a situação de inadimplência poderia ocasionar diver-sas conseqüências danosas, uma vez que a municipali-dade permaneceria impos-sibilitada de receber verbas

federais, o que ocasionaria graves prejuízos à popula-ção e para os serviços a ela prestados, o juiz Bruno Car-rá achou por bem decidir pela liminar anulatória do registro de Juazeiro no Ca-din.

Juazeiro encontrava--se incluído no Cadastro de inadimplentes por conta das dívidas deixadas pelo ex--prefeito Raimundo Mace-do (PMDB), com o INSS, na quantia de R$ 22.543.751,11 milhões e com o Pasep no valor R$ 10.582.915,68 mi-lhões.

Samuel Macedo

Jornal do Cariri faz BO sobre ameaças

A liberdade de imprensa no Brasil está permanentemente ameaçada. Essa realidade de intimidações não é lamentavelmente um “privilégio“ dos meios de comunicação do Cariri. Nos último 30 dias, dois jornalistas foram assassinados no Brasil. Nesse cenário, o Jornal do Cariri virou alvo. Na quinta passada, uma ligação telefônica com ameaças de morte a este colunista e à repórter Mirelly Morais. Essa suposta ameaça visava barrar as reportagens sobre as fraudes em Barbalha. A exigência era suspender as denúncias contra o prefeito José Leite e o secretário de Cultura, Dorivan. O Jornal do Cariri foi a uma delegacia da Polícia Civil, fez um boletim de ocorrência e aguarda as investigações. Cabe às autoridades policiais apurar a veracidade dessas ameaças, e se verdadeiras, quem foi ou foram os responsáveis por esse ataque ao exercício livre e independente do Jornal do Cariri. Essa ameaça ou qualquer outra não irá calar esse periódico.

TSE agita eleições do CratoA mudança a ser anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o final de fevereiro irá promover uma mudança significativa nas eleições do Crato. A nova regra define que as duas emissoras geradoras de TV de Juazeiro do Norte – Verdes Mares Cariri e Verde Vale – irão se dividir. Provavelmente, a Verdes Mares Cariri irá transmitir os programas eleitorais de Juazeiro e a outra emissora, a Verde Vale, irá gerar a programação dos candidatos a prefeito do Crato. Detalhe: os candidatos a vereador desses dois municípios também terão espaço gratuito na tevê. E os partidos de Barbalha podem requerer até 10% do tempo da Verdes Mares Cariri ou da Verde Vale para também fazer sua propaganda eleitoral gratuita.

Raimundão pede paz a adversáriosEncurralado com sucessivas denúncias de maus tratos com o dinheiro público de Juazeiro, o deputado federal licenciado Raimundo Macedo aproveitou o carnaval para fazer um apelo a seus oponentes; pediu que o prefeito Manoel Santana e os deputados Arnon Bezerra e Manoel Salviano não debatam o rombo gerado em sua administração nas contas do INSS e do Pasep. Raimundão também implora para que todos não peçam explicações sobre o fato dele ter sido denunciado por ter se envolvido num escândalo de desvios de dinheiro do BEC pela desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª, em Recife, Margarida Cantarelli. Esse apelo desesperado pelo silêncio visa a não criar constrangimentos em sua campanha a prefeito de Juazeiro.

Ficha suja gera onda moralizadoraA decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de validar a Lei da Ficha Limpa no País criou uma onda de moralização nas eleições municipais deste ano. Dezenas de candidatos estão desistindo de suas candidaturas cientes de que não há como enganar a Justiça Eleitoral. Quem tem qualquer condenação, mesmo no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), está fora do processo eleitoral. No Cariri, a lista dos alvejados pela Lei da Ficha Limpa já supera os 100 nomes. E essa relação não para de crescer. O próprio deputado licenciado Raimundo Macedo reza para que não seja julgado antes de 30 de junho pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, pelo crime de desvio de recursos do BEC. Se o ministro Marco Aurélio condenar Raimundão, automaticamente ele estará impedido de concorrer às eleições de outubro. Antes mesmo desse julgamento acontecer, Raimundão também tem que resolver pendências com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Arnon sustenta candidatura a prefeitoDeterminado a disputar novamente à prefeitura de Juazeiro do Norte, o deputado Arnon Bezerra constrói seu palanque. Já assegurou o apoio do deputado federal Manoel Salviano do PSD e conclui entendimentos com o senador Inácio Arruda, do PCdoB. Também confia que conseguirá atrair para sua aliança eleitoral, o PSB do governador Cid Gomes. Ao admitir ser candidato a prefeito, Arnon Bezerra se prepara para se viabilizar como um candidato da terceira via, querendo se beneficiar da polarização dos candidatos Manoel Santana e Raimundo Macedo.

Os rumos indefinidos do PT de BarbalhaO todo poderoso secretário Fernando Santana deverá se desincompatibilizar até o dia 02 de abril. Oficialmente, Fernando Santana deixará a administração Zé Leite para coordenar a campanha à reeleição do atual prefeito de Barbalha. Porém, as denúncias e a falta de habilidade política do prefeito Zé Leite podem inviabilizar sua candidatura em outubro. Dentro do PT barbalhense já se discute abertamente novamente a troca de Zé Leite por Fernando Santana, até porque azedaram de vez as relações do atual prefeito de Barbalha com o secretário estadual de Cidades, Camilo Santana. Zé Leite precisa mudar de atitude e se recompor rapidamente com Camilo sob pena de não ter a legenda do PT. O nome do ainda secretário Fernando Santana fica preparado para substituir Zé Leite.

Disse me disse...• Apesar do risco de rompimento entre o governador Cid Gomes e o PT em Fortaleza, o prefeito Manoel Santana trabalha para manter o acordo com os socialistas em Juazeiro do Norte.

• O Ministério Público Eleitoral (MPE) quer o mandato do deputado estadual Perboyare Diógenes. A alegativa é a infidelidade partidária. Perboyare trocou o PSL pelo PMDB.

• Deputado Welington Landim desistiu da vaga de conselheiro do TCM e sonha agora em substituir o presidente da Assembleia, Roberto Cláudio, que deve ser candidato a prefeito de Fortaleza.

• Senador Eunício Oliveira trabalha intensamente para reforçar a candidatura de Ronaldo Matos à prefeitura do Crato.

• Arnon Bezerra prestigiou o carnaval de Recife e Olinda a convite do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

• Desculpe a ignorância, o PT de Barbalha pode rifar a candidatura à reeleição do prefeito Zé Leite?

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 20124Cidades

n O piso da sala de fisioterapia cedeu e criou rachaduras que comprometem a segurança de futuros pacientes

n Prefeitos presentes em reunião com o governador Cid Gomes

POLICLÍNICA DE CAMPOS SALES

Cid se irrita com má qualidade de obra construída pela FujitaOs primeiros pas-

sos no chão em-poeirado da fu-tura Policlínica

de Campos Sales, no Ca-riri, denunciam o estado de abandono da obra, que deveria servir de alento à população local e aos muni-cípios vizinhos. O prefeito Paulo Ney Martins (PSDB) apresentou um relatório completo ao governador Cid Gomes (PSB) com vá-rias imagens sobre a atual situação do prédio, que se-quer foi inaugurado.

A obra, construída pela empresa Fujita Enge-nharia, foi entregue ao Go-verno do Estado, mas, em seguida, várias correções foram necessárias. O go-vernador não conseguiu es-conder a irritação ao ouvir, durante reunião com pre-feitos das cidades do Cariri, os relatos sobre a qualidade das obras do local. O des-contentamento do chefe do Executivo estadual tem ex-plicação.

O Jornal do Cariri (JC) foi conferir os proble-mas relatados pelo prefeito de Campos Sales. A cerâmi-ca do chão e das paredes já cedeu em diversos pontos; é possível ouvi-los que-brando ao caminhar pelos corredores. As instalações

Mais cidades do Cariri querem programa “Minha Casa”Wilson Rodrigues

Criado em março de 2009 com o objetivo de forta-lecer a construção civil no Bra-sil, o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, ainda não conseguiu chegar a todos os municípios do Cariri.

No interior do Ceará, entre 2009 e 2010, a quan-tidade de contratos assina-dos chegou a 5.976 unidades habitacionais, num total de 246.176.020. Em 2011, o vo-lume do programa caiu ver-tiginosamente para apenas 266 unidades contratadas, perfazendo um valor de R$ 11.154,00. As informações fo-ram passadas pelo gerente da Caixa Econômica do Crato, Mairton Neves, explicando que no Ceará apenas as cida-des de Caucaia, Maracanaú,

Eusébio e Pacajus, Região Me-tropolitana de Fortaleza, con-seguiram construir as casas. Nos demais municípios inte-rioranos com mais de 50 mil habitantes, o programa não evoluiu nos seus três anos de vigência.

No Cariri, apenas Ju-azeiro do Norte se destacou até agora, com 1.282 unida-des construídas. Crato e Bar-balha, apesar dos esforços, estão com dificuldades para construir suas casas porque não encontraram, até o mo-mento, construtoras habili-tadas e interessadas na obra. Mairton explicou que vários fatores contribuem para dis-tanciar os municípios do projeto, e que ação depende do empenho do poder públi-co municipal, até o interesse das construtoras e que Jua-zeiro do Norte só construiu

porque já tinha o terreno pronto. Em relação ao Crato, no inicio do programa, dis-se ele, algumas construtoras demonstraram interesse e chegaram até a elaborar os projetos e depois desistiram. Segundo Mairton, a Caixa Econômica está aguardando a conclusão de outro projeto para construir 200 casas no Bairro do Seminário, aten-dendo uma pequena parcela das pessoas inscritas no pro-grama.

No Crato, são 7.232 pessoas inscritas no progra-ma. O prefeito Samuel Ara-ripe disse que a prefeitura cumpriu com sua obrigação, que foi fazer o cadastro das pessoas, sancionar a lei apro-vada pelos vereadores isen-tando os construtores do Im-posto de Transmissão de Bens e Imóveis ITBI e do Imposto

hidráulicas e elétricas pre-cisaram ser revisadas após detecção de problemas. O longo tempo de inativida-de deixou cadeiras, mesas, computadores e outros equipamentos com uma grossa camada de poeira. A

visão externa imponente da Policlínica contrasta com os problemas físicos que in-viabilizam qualquer ativi-dade no interior do prédio. Alguns vidros da entrada, com mais de dois metros, chegaram a quebrar e fo-

O governador Cid Gomes (PSB) tem razão ao cobrar rigor dos técni-cos da administração es-tadual na vistoria a obras entregues pelas cons-trutoras que ganham a licitação e assumem o compromisso da realiza-ção de um serviço de boa qualidade. A irritação do governador cearense, ao ouvir atentamente o rela-to do prefeito de Campos Sales, Paulo Ney, sobre os defeitos e problemas da Policlínica, se justifica e reflete a preocupação de quem deve cuidar com zelo do dinheiro do con-tribuinte. É obrigação do governante cobrar dos seus subordinados e de quem presta serviços ao poder público responsa-bilidade na execução de obras, projetos e serviços. Cid Gomes se irritou ao saber dos defeitos na Po-liclínica de Campos Sales por motivos bem simples: se a construtora ganhou a licitação e se propôs a realizar uma obra, que a fizesse com qualidade, responsabilidade e perfei-ção. É inaceitável o que a Construtora Fujita - con-tratada para construir a Policlínica - fez em Cam-pos Sales. Não são apenas as palavras do prefeito Paulo Ney que mostram o descaso com a construção

da obra. As fotos exibidas nesta edição do JC dão a dimensão de serviços com qualidade duvidosa em uma obra que custou caro aos cofres públicos. O mais grave é que, mes-mo com os consertos a serem realizados, a obra já chega envelhecida e com cheiro de mofo. A popu-lação de Campos Sales fica no prejuízo porque a Policlínica já poderia ter sido inaugurada e estar em pleno funcionamento com a prestação de servi-ços a quem mais precisa. A população é tão vítima das obras malfeitas na Po-liclínica pela Construtora Fujita quanto o Governo do Estado. A cobrança do governador Cid Gomes deve servir de exemplo aos gestores municipais quando forem convida-dos a vistoriar e receber as obras construídas com o dinheiro do contribuin-te. A Construtora Fujita também se enquadra e responde pelo descaso com a população de Cam-pos Sales na execução das obras da Policlínica. O mal exemplo não pode se re-petir, nem continuar.

* Luzenor de Oliveira é diretor-presidentedo Grupo Cearasatde Comunicação

PONTOV I S T A

DE

Luzenor de Oliveira

ram substituídos.No momento da visita

do JC, um auxiliar de obras aguardava a chegada de um engenheiro da empresa Fujita. José Cícero de Lima, com 28 anos de experiência em pequenas edificações, participou da construção do prédio e confirmou que

alguns cuidados não foram observados durante as ati-vidades, como a aplicação dos azulejos sem molhar antes, causando o despren-dimento das peças. Segun-do ele, a parede da sala de Raio X precisou ser refeita, porque o piso se soltou.

A equipe de reporta-

gem deixou o local e, horas depois, ao meio dia, ocorreu uma reunião entre técnicos do Governo do Estado e da empresa Fujita. O relato sobre os graves defeitos na construção da Policlínica ti-rou, por alguns minutos, o bom humor de Cid Gomes, que manifestava entusias-

mo com as ações conjuntas realizadas na área de saú-de entre o Governo do Es-tado e os municípios.

Ao ouvir as palavras de Paulo Ney, Cid pergun-tou aos técnicos da área se o Governo do Estado ha-via recebido oficialmente a Policlínica, mesmo com tantos problemas deixa-dos pela Construtora Fu-jita. Ouviu uma resposta afirmativa e disparou: “Se existem problemas, o Esta-do não deveria ter recebido a obra”, cobrou o governa-dor, conforme relatou ao Jornal do Cariri um dos participantes da reunião ocorrida, na terça-feira, no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Os técnicos alegaram ainda que a obra da Policlínica foi entregue como concluída, mas que a Construtora Fujita ficou de fazer os reparos. O sem-blante do governador, ob-servado pelos presentes, era de irritação.

A reunião, que dis-cutiu a participação fi-nanceira do Governo do Estado e das Prefeituras na manutenção da Policlí-nica de Campos Sales e do Centro de Especialização Odontológica (CEO) do

Crato, contou com a presen-ça do prefeito Paulo Ney e dos prefeitos das cidades de Araripe, Antonina do Norte, Potengi, Santana do Cariri, Altaneira, Salitre e Várzea Alegre, além de re-presentantes do Crato e de Farias Brito. O Secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, também, estava pre-sente ao encontro.

Os responsáveis téc-nicos citados na placa ex-posta na entrada da obra, Carlos Roberto Carvalho Fujita e Liana C. Fujita de

Carvalho Rocha, não foram encontrados pela redação do Jornal do Cariri.

IndignaçãoA população não per-

doa o desleixo da empresa na construção da Policlíni-ca. Um morador, que não quis se identificar, revelou que sempre escuta piadas e gritos de protesto em frente à estrutura. “Isso nunca vai ficar pronto, né?” ou “Essa policlínica é uma palhaça-da!” são frases comuns, de segunda a segunda.

Sobre Serviços ISS, além de doar o terreno para o Fundo do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Samuel expli-cou que no Ceará apenas 30% das unidades habitacionais foram construídas por falta de interesse das construtoras no programa, talvez pela mar-

gem de lucro que é muito pe-quena para uma responsabili-dade muito grande, uma vez que ficarão responsáveis pelo imóvel durante cinco anos, de acordo com o Código Civil. O prefeito disse que as prefei-turas não têm relação direta com o programa. A responsa-

bilidade é da construtora que faz as casas, adquirente que compra e a Caixa Econômica como agente financiador. Dis-se também que o programa não faz doação das unidades habitacionais, elas são vendi-das a população em presta-ções durante 25 anos.

Samuel Macedo

Nertan Macedo de Alcântara nasceu no Crato, no dia 20 de maio de 1929, filho de Júlio Teixeira de Alcân-tara e Corina Macedo de Alcântara e irmão de Deni-zard Macêdo, escritor e jornalista, redator do Diário

de Pernambuco, Jornal do Commercio e O Jornal.

Segundo o site 1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre, es-tudou no Crato, no Educandário Santa Inês, em Fortaleza, nos Colégios Farias Brito, São João ç Sete de Setembro, em Baturité, na Escola Apostólica, no Recife, no Ginásio Pernambucano e no Rio de Janeiro, no Colégio Juruena.

De acordo com José Murilo Mar-tins que pesquisou os poetas da Aca-demia Cearense de Letras, ele Iniciou suas atividades literárias, em 1944, aos 15 anos de idade, com o livro “Poemas de um ginasiano”. Dedicou-se poste-riormente, aos estudos históricos, des-crevendo episódios trágicos do sertão nordestino.

Pode ser definido como tendo sido, em toda a sua vida, es-sencialmente, um jornalista, cronista e repórter. Em Recife, foi redator do “Diário de Pernambuco” e do “Jornal de Comércio” e fundou e dirigiu “O Dia”. No Rio de Janeiro trabalhou em “O Jornal”, “Vanguarda”, “Tribuna da Imprensa” e “Jornal do Co-mércio” assim, como nas revistas “Senhor”, “Observador Eco-nômico”, “Tradição”, “Brasil Açucareiro” (órgão do Instituto do Açúcar e do Álcool) e “ Reffesa”, da Rede Ferroviária Federal.

Dirigiu, ainda, a revista “Indústria e Produtividade”, da Con-federação Nacional da Indústria e foi Diretor do Banco do Estado do Ceará, além de ter chefiado o Serviço de Imprensa do Gover-no Virgílio Távora e a representação do DASP, no Rio de Janeiro. Lá, teria, em 1950, coletado e publicado:

Tenho casa, tenho fome,bolandeira no Salgueiro,na serra da Cana Brava

coronel é coiteiro,na serra do Logradouro

o compadre é fazendeiro,nas furnas da Serra Negra

viro bicho maloqueiro,no Limão, no Canindé

tenho cavalo estradeiro,suspiro pelo descanso

no viver de cangaceiro,quero moça de janela

em Custódia e Tabuleiro. Sua obra literária é vasta, com alguns livros tendo várias reedições.

Radicado no Rio de Janeiro publicou: “Caderno de Poesia”, Editora A Noite, Rio de Janeiro,1949; “Aspectos do Congresso Brasileiro”, Edi-tora O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1956, e “Cancioneiro de Lampião”, Editora Leitura, Rio de Janeiro, 1959. Nele, o próprio Nertan Macedo explica algumas peculiaridades. “Neste poema há muitas palavras e muita rima, aquela rima pobre e fácil que é a da preferência dos cantadores nordestinos. Talvez porque a nossa linguagem e a própria região a que pertencemos andem pejadas de palavras terminadas em “ão”. De resto, tais palavras configuram o grande mundo do sertão, feito de solidão, vastidão, lampião, contrição, lentidão, assombração etc. Procurei, quanto me foi possível, ser fiel e autêntico ao “comu-nicar-me”, isto é, na retransmissão das vozes interiores captadas na meninice e que perduram e ressoam pelo tempo a fora.

Mais a frente ele explica o que chama de “falta de sequência do poema”. “Explico, explico-me: cantam dentro dele, nele mesmo, os personagens do meio ambiente - o soldado de polícia, a mulher ren-deira, o cego cantador, o menino do cego, o vaqueiro, a moça-donze-la, o cangaceiro, a beata, o romeiro do padre Cícero Romão Batista. Este cancioneiro tem, assim, uma pretensão: a de ser a soma dessas vozes de humildade, violência, misticismo e solidão, quando cantam os feitos (bons e maus) do capitão Virgulino Ferreira da Silva, de alcu-nha Lampião. Nertan Macedo, Rio de Janeiro, julho, 1959”

Aqui, um trecho de “Cancioneiro de Lampião”: 1

“Menina vou te contara história de um cangaceiro,

bicho bom de pé ligeiro,lobisomem do sertão.Comia moça donzela,reparavaa injustiça,

estrangulava menino por ato de diversão, entrava nos povoadose deixava em petição

de miséria o prepotente

NERTAN MACEDO DE ALCÂNTARA,

UMA REFERÊNCIA CULTURAL DO CARIRIJornalista, poeta, ensaísta, teatrólogo e romancista, Nertan Macedo conseguiu, na sua obra, fazer o que poucos conse-

guem: ficar entre o meu caminho entre o erudito, o popular, a sociologia e a história.

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012

Grandes Nomes

PESQUISA:www.ceara.pro.br/ACL/Academicosanteriores/NertanMacedo.htmlwww.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dicfno.html - Similareswww.onordeste.com/onordeste/.../index.php?...Nertan+Macedo...Em cachewww.jornaldepoesia.jor.br/ner01.html http://www.portfolium.com.br/Sites/Canudos/conteudo.asp?IDPublicacao=145 pt.wikipedia.org/wiki/ Nertan_Ma-cêdowww.jornaldepoesia.jor.br/ner.html

Cid se irrita com má qualidade de obra construída pela Fujita

vergado na punição...”

Em 1960, Nertan publica “Rosário, Rifle e Punhal”, Editora Leitura, Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, “O Padre e a Beata”, Editora Leitura, Rio de Janeiro. Nesse livro, ele incluiu o poema “Da cidade de Deus”, que descreve o dia a dia de Padre Cícero em Juazeiro.

“O clarão da tarde envolve a Serra do Horto onde os penitentes cantam litanias

de morte e salvação e sonham com levitações de anjos e vôos

de pássaros e névoas que mergulham em espaços de luz e bem-aventurança.

A Beata Mocinha, de nome Joana Tertuliana, prepara o alimento do padre, antes da bênção.

Já os romeiros se aproximam em grupos da janela do patriarca,

louvando a esperança do céu...”

Outro poema publicado em “O Padre e a Beata” foi “Lampião desceu a serra”:

“Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, capitão das brancas luas e do sol em brasa,

com o seu couro espichado e curtido, desceu pleno de mansidão a serra e entrou

no Juazeiro. Do alto sertão vinha, vinha das auroras,

das madrugadas e ermos, de todas as horas, dos ventos todos, de todas as direções

do Nordeste, um pássaro corcunda e misterioso.

Há um cheiro de manjericão e os cabelos do capitão são trançados,

como serpentes, fulgem brilhantes e negros, atrás do seu chapéu que se abre ao céu da manhã

em couro (prata e outro). O capitão traz um lenço bordado no pescoço,

longo e fino é o punhal preso ao ventre, atrás do óculo dourado

um olho branco e outro vidrado. Tem barbicacho, alpercatas e moedas profusas,

cobertor de inverno e anéis refulgentes (fêmur descarnado).

Os rifles repousam cruzados na rodagem com as suas telhas no barro,

enquanto o capitão simula indiferença aguardando a visita do Padre...”

Em 1964, publicou “Memorial de Vilanova”, considerado por muitos como o provavelmente mais importante depoimento de um sobrevivente de Bello Monte, feito por Honório Vilanova en-trevistado por Nertan Macedo em 16 de março de 1962, em Assa-ré. O livro traz falas que se tornaram verdadeiros clássicos sobre os modos de vida e do fazer-se belomontense, pela variedade e complexidade de informações que reproduz”, como cita o site

http://www.portfolium.com.br/Sites/Canudos/conteudo.asp?IDPublicacao=63

.Em 1965, Nertan Macedo faz chegar ao público “O Clã dos

Inhamuns”, que conta a história da Família Feitosa com uma vi-são poética, incluindo lendas e causos. Também nesse mesmo ano, no dia 5 de abril, na sessão do Instituto do Ceará, foi apro-vado um voto de louvor, proposto por Mozart Soriano Aderaldo, reconhecendo a importância da obra. Em 1966, Nertan publica “O Bacamarte dos Mourões “ e em 1967, “O Clã de Santa Quita-ria”. Já “Capitão Virgulino Ferreira (Lampião)” foi publicado em 1968, “Floro Bartolomeu - o Caudilho dos Beatos e Cangaceiros”, em1970,” Cinco Histórias Sargrentas de Lampião” e” Mais Cin-co Histórias Sangrentas de Lampião” (2 volumes, 1970) e “Sinhô Pereira, o comandante de Lampião”, publicado em 1975.

Esse livro fala sobre a vida do cangaceiro Sebastião Pereira da Silva, que nasceu em Serra Talhada-PE, a 20 de janeiro de 1896 e era conhecido, também, por “Demônio do Sertão” por ser um rei nas estratégias de guerrilhas pela caatinga. Por várias vezes foi cercado pela polícia, e conseguiu escapar. Era considerado um homem do bem, embora um violento justiceiro popular.

Sinhô Pereira deixou o cangaço no dia 8 de agosto de 1922, e foi para Mi-nas Gerais. Décadas depois, Sinhô Pe-reira foi descoberto em Lagoa Grande, povoado de Presidente Olegário-MG, dono de uma farmácia, com o nome fal-so de Chico Maranhão. O coronel Far-nesi Dias Maciel, Era irmão do faleci-do Presidente Olegário (ex-governador mineiro), homenageado com o nome do município, foi quem deu abrigo e proteção ao ex-cangaceiro, naqueles confins de Minas Gerais.

Foi lá que Nertan Macedo foi encontrá-lo, em 1975, e foi ao jornalista e escritor cratense que Sinhô Pereira deu suas justifica-tivas para ter deixado o cangaço:“- Depois que houve outro com-bate na fazenda Tabuleiro, de Neco Alves, na Paraíba, fronteira com Pernambuco. De longe avistamos uns homens. Pensamos que fossem nossos companheiros. Lampião ia à frente, com Livi-no e “Meia Noite” (cangaceiro). Os soldados atiraram. Lampião perdeu o chapéu, ao pular para se livrar das balas. Ao voltar para apanhá-lo tomou dois tiros, um na virilha e outro acima do pei-to. Na hora ele saiu andando, mas não aguentou e caiu. Livino e “Meia Noite” (cangaceiro) o arrastaram até um lugar seguro.

- Mandei chamar o Dr. Mota, amigo da minha família, para examinar Lampião. Disse: “Nunca vi tanta sorte. Por um triz a bala pegava a bexiga e a espinha.” Fizemos um rancho, onde fi-camos até Lampião poder andar.

- Depois do combate em que Lampião saiu ferido, eu resolvi me retirar daquela vida. Saí mais por causa do reumatismo, que me atacava tanto. Tinha dia que eu não conseguia nem caminhar. Isso por causa das longas noites passadas ao relento, na friagem do Sertão. Ao despedir-se de Lampião, disse-lhe: - Vou deixar umas brasas acesas por aí. Trate de apagá-las”.

Nertan Macêdo escreveu, ainda, Antônio Conselheiro” (1978) e “Agreste, Mata e Sertão”-(1982). Ingressou na Academia Cea-rense de Letras no dia 15 de agosto de 1966 sendo saudado pelo acadêmico Hugo Catunda, onde ocupou a cadeira número 7, vaga em decorrência da morte de Mário Linhares, cujo patrono é Clóvis Beviláqua e ocupou, também, a cadeira 17 do Instituto Histórico do Cariri.

Nertan Macedo de Alcântara mor-reu no Rio de Janeiro em 30 de agosto de 1989, aos 60 anos. Para a literatura brasileira ficou o reconhecimento de um escritor que conseguiu misturar, com talento, erudito e popular, numa obra que contemplou, também, socio-logia, geografia e história.

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 20126Cidades

Sítio Fundão à espera de reforma e conservação no CratoWilson Rodrigues

A construção do Par-que Ecológico Estadual do Sitio Fundão, no Crato, con-tinua no imaginário do go-vernador Cid Gomes, que prometeu construí-lo em 180 dias, mas já passaram quatro anos e o projeto não saiu do papel. São 97 hecta-res adquiridos em 2008 pelo Governo do Estado que irão se transformar em uma área de preservação ambiental permanente. Até agora, só

se consegue ver vandalismo e destruição.

As informações são do radialista e ambientalis-ta Ed Alencar, um dos ex--herdeiros do patrimônio. Na última vez que Cid Go-mes esteve no Crato, 22 de dezembro de 2012, disse desconhecer a situação de abandono da reserva ecoló-gica e mais uma vez com-prometeu-se em executar a obra. Segundo declarou, o governador teria autorizado a realização de um relatório

sobre a atual situação do sí-tio. O relatório foi entregue em seu gabinete.

“Acredito que Cid Gomes sabe da realidade dos fatos”, argumenta Ed. O que mais choca a população, continua o ambientalista, é ver o estado de abandono que se encontra o engenho de pau, o único do Cariri, construído pelos portugue-ses na época do império, e que pertence ao patrimônio histórico cultural da região. Por falta de cuidados e zelo,

parte da estrutura superior se desprendeu e outras estão comprometidas, podendo ruir a qualquer momento, levando embora uma histó-ria secular. Para resolver o problema, a administração da reserva cobriu o engenho com uma lona plástica.

Ed Alencar declara também que quando o go-vernador Cid Gomes com-prou o Sitio Fundão, as-sumiu o compromisso de preservar a área e os objetos contidos nela, sendo um de-

les o engenho de pau que é parte da cultura da região. Embora seja de pequeno porte, a velha máquina de triturar cana-de-açúcar mar-cou, no século passado, a atividade industrial do Ca-riri. Movida pela força de bois, era considerada uma invenção revolucionária, um grande avanço tecnológico da época, porque as demais unidades semelhantes no Nordeste funcionavam ma-nualmente.

A máquina resistiu à

expansão dos grandes enge-nhos da região e sua última moagem aconteceu em 1949. Desprotegido e esquecido pelos que não conhecem sua grandeza histórica, o velho e único engenho de pau do Cariri está agonizando. Ed Alencar chama a atenção para o descaso das institui-ções educacionais de ensi-no superior, que até agora não se manifestaram sobre o problema, e dos represen-tantes políticos do municí-pio e da região.

ALEGRIA

Caririenses em festa durante período carnavalesco Serena Morais

O Cariri esteve em festa neste feria-dão e muitos foli-ões aproveitaram

o carnaval sem precisar ir muito longe. As cidades da região têm buscado, a cada ano, melhorar a estrutura das festas carnavalescas, fazendo com que muitas pessoas aproveitem o perí-odo sem precisar viajar. O caririense curtiu a festança e pôde escolher as farras de carnaval da região.

A cidade de Barbalha possui uma das mais tradi-cionais festas carnavalescas do Cariri, garantindo, há mais de 50 anos, a alegria de moradores e visitantes, com o colorido das fantasias, con-fetes, máscaras e marchinhas - que dão ritmo aos desfiles pelos bairros. Este ano, 15 blocos percorreram diversas ruas até o parque da cidade. No cordão “As donzelas do jatobá”, homens se vestiram de mulher e teve premiação para a fantasia mais bonita. Os foliões também partici-param do Carnacaldas, re-alizado no distrito de Cal-das, no sopé da Chapada do Araripe, com brincadeiras tradicionais de mela-mela e apresentações musicais.

Em Juazeiro do Norte, a festança aconteceu no bair-ro Pirajá, na avenida Ailton Gomes, e os brincantes se-guiram dois blocos anima-dos por bandas regionais. Na sexta-feira, início da fo-

lia, a turma da melhor idade balançou o saco, o confete e a serpentina no Carnaval da Saudade, deixando muito jo-vem com o queixo caído.

Para os juazeirenses que optaram pela tranquili-dade, o XXII Carnaval com Cristo proporcionou mo-mentos de reflexão e de con-tato com Deus. Realizado pela Comunidade de Evan-gelização Fonte de Vida, o evento aconteceu na quadra

esportiva “Fiuzão”, com o tema “Permanecei em mim e Eu permanecerei em vós!”. Os participantes aprovaram as pregações, celebrações e adorações ao Santíssimo, com a participação do sacer-dote Padre Márcio Ferreira.

Quem buscou a cidade de Brejo Santo teve diversão durante os quatro dias do feriado. Cerca de 15 mil pes-soas passaram por lá e apro-veitaram a festa. Foi preciso

muito fôlego para aguentar a folia que iniciava logo pela manhã nas ruas e nos clubes, com a participação de dez blocos, puxados pelo tradi-cional Bloco Cabeção.

Os moradores da ci-dade de Caririaçu, que opta-ram por não descer a serra, brincaram o carnaval na Vila Feitosa, no tradicional Serro-folia. Crianças e adultos cur-tiram as bandas regionais no domingo e na segunda-feira

em clima de descontração e tranquilidade.

Na cidade do Crato, o carnaval foi reduzido este ano. Segundo a Secretária de Cultura, Esporte e Juventu-de, Danielle Esmeraldo, os recursos do município serão gastos para resolver os pro-blemas do canal Grangeiro, pois o período chuvoso está chegando. Mesmo assim, a festa não deixou de aconte-cer completamente. A folia,

n No Crato, o tradicional “Bloco das Virgens” animou participantes e visitantes, com homens em roupas femininas.

na sexta-feira, ficou por con-ta do “Bloco das Virgens”, que mais uma vez fez a ale-gria de quem entrou na brin-cadeira, com homens fan-tasiados de mulher. Muitas pessoas foram também aos clubes locais, localizados ao pé da Chapada do Araripe, onde puderam curtir o car-naval aproveitando os en-cantos naturais e paisagens belíssimas da região.

Para todosos gostos

Para aqueles que pro-curaram um carnaval com-pleto, o destino foi Várzea Alegre, que levou cerca de 30 mil pessoas por dia à cidade. De acordo com a componente da comissão organizadora da festa no município, Antônia Olivei-ra, vieram pessoas de toda a região. Duas semanas an-tes do carnaval, os hotéis já estavam lotados e não havia mais casas para alugar.

Antes mesmo do iní-cio da festa, já era possível encontrar foliões nos açudes e bares espalhados pela ci-dade em clima de “esquen-ta” para a noite, onde quase dez blocos alternativos fo-ram responsáveis pela ani-mação. Como parte da tradi-ção, duas escolas de samba trouxeram à cidade um cli-ma de sambódromo, com a Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro (Esurd) e a Mocidade Independente do Sanharol (MIS), que des-filaram domingo e segunda.

Samuel Macedo

Fotos: Blog Cariri Notícia

7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012

Social Cultura

Foi com uma big festa que Amanda Lavor comemorou, no dia 12 de fevereiro, mais um ano de vida. Com decoração e produção impecável, todos os convidados entraram no clima havaiano da comemoração no sítio da família. Amanda estava linda! Desejo muitas felicidades e que essa data se repita por muitos e muitos anos. Parabéns!

Encontrei as queridas Solange Leite, Ana Paula Feitosa e Michele Dias em um papo animado durante um fim de tarde no shopping. Entre café e conversas, fomos conferir as novidades das vitrines do shopping.

DOAÇÃOEm todas as épocas do ano, em especial durante o Carnaval, sempre é bom lembrar da importância da doação de sangue. Aldilene de Moura, coordenadora do Núcleo de Captação de Doadores do Hemoce do Crato, nos contou que além de captar, é importante fidelizar o doador para que a doação de sangue seja contínua. Esse trabalho é feito através de palestras, blitzes educativas etc. Parabéns pelo belo trabalho e sempre é bom reforçar: Doe Sangue, Doe vida.

TARDE DIVERTIDA

BIG FESTA

PIQUENIQUE

Em uma tarde super divertida, Sally Lacerda reuniu os amiguinhos de sua filha Laura para um delicioso piquenique. Regado a muitas brincadeiras e guloseimas, as crianças brincaram e tiveram uma tarde inesquecível. Uma idéia maravilhosa para divertir. Quando será o próximo.

FAMILIA REUNIDA

Foi uma grande alegria encontrar Dr Ailton, sua filha Suely e Ingrid Andrade, sua linda neta, que estuda odontologia em Natal. Felicidade maior em ver a recuperação dessa pessoa tão querida para todos nós.Desejo muitas e muitas alegrias para toda essa família.

CARNAVAL 2012

Carnaval é época de alegria. É nesse clima que as crianças se fantasiam e ficam cada vez mais lindas para alegria de seus pais. Na foto, as princesas Bruna, Cindy e Lara curtiram o animado carnaval, cada uma com muito charme. Lindas!

Serena Morais

O grupo Xilógrafos do Crato (Xicra) tem desenvolvido diversos trabalhos

de disseminação da cultura de gravura através de proje-tos e troca de conhecimento com artistas de outros estados e países. O próximo trabalho, chamado “Fio da Xilo”, vai ser desenvolvido no estado de São Paulo com pessoas caren-tes. A ideia do Xicra é difundir e divulgar a gravura de um modo geral, para mostrar às pessoas todos os tipos de tra-balhos que podem ser feitos dentro da arte.

O Fio da Xilo vai acon-tecer durante o mês de março, quando os organizadores se reunirão na Região do Cariri para fazer uma pesquisa so-bre os artesãos que trabalha-ram ou trabalharam com a gravura. A coleta de informa-ções deve durar em torno de 15 dias e a partir desse estudo a equipe irá a São Paulo dar início aos trabalhos lá. “Dessa vez o trabalho vai ser realiza-do com pessoas carentes e não com artistas do meio”, fala o xilógrafo Carlos Henrique.

A equipe do projeto

Xilógrafos do Crato divulgam trabalho em São Paulo

n O xilógrafo Carlos Henrique mostra um dos trabalhos desenvolvidos

Sociedade em FocoPOR WALESKA MARROCOS [email protected]

COMUNICADO

CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S.A., com atua-ção no ramo de atividade de Construção Pesada, informa a abertura do seu Programa de Contratação de Pessoas Portadoras de Deficiên-cia e Beneficiários Reabilitados da Previdência Social, para eventuais vagas que venham a ocorrer em seu quadro de empregados.

Os interessados que se enquadrarem no Programa acima po-derão enviar Curriculum Vitae para os endereços abaixo:

CNO : Endereço: Av. Luiz jucá Arrais Maia, 595 – centro – Missão Velha- CE

A/C Cristiana Avelina

SINE : Rua Senador Alencar, 39 – Centro – Barbalha -CE

Missão Velha, 31 de Janeiro de 2012.

Percursos Urbanos no Cariri

vai trabalhar com crianças de escolas públicas em São Paulo (capital), além de irem à cida-de de Santos, onde há um ate-liê chamado Valongo fazendo trabalhos com uma turma de 50 meninos de rua. Car-los Henrique também citou a Casa de Oração, em São Pau-lo, que desenvolve um projeto com pessoas de rua. “Elas têm a xilogravura como sua famí-lia”. Após a conclusão do pro-jeto, os artistas vão publicar o livro Fio da Xilo, com várias gravuras dos alunos que par-ticiparam e com gravuras dos mestres. Os responsáveis pelo projeto são os artistas Carlos Henrique Soares, Adriano Bri-to, Maércio Lopes e Franklin Lacerda, Yili Rojas (Artista Visual, Mestra em Poéticas Vi-suais e gravurista) e Isaumir Nascimento (Fotográfa).

O projeto é financiado pela Fundação Nacional de Artes através do Programa Rede Nacional FUNARTE Ar-tes Visuais - 8 ª Edição. Os ar-tistas do Coletivo Xicra elabo-ram os projetos e encaminham ao Ministério da Cultura, grande incentivador nos tra-balhos que já desenvolveram até hoje. Segundo Carlos Hen-rique, os projetos começaram

a dar certo por causa do pro-fessor da Universidade Regio-nal do Cariri (Urca), Titus Rie-dl. “Ele teve a idéia de trazer pela lira nordestina, quando era diretor, os artistas Isaumir Nacimento e Yili Rojas. E foi com eles que tudo começou”, conclui o xilógrafo, afirmando a gratidão ao professor.

Os xilógrafos também se preocupam em apresentar para a região conhecimento sobre outros tipos de gravuras e para isso vão trazer uma ofi-cina sobre gravura de peque-no formato, desconhecida por muitos artesãos do Cariri.

Entre os projetos rea-lizados pelos xilógrafos do Crato está o Caixa Umbura-na, composto por 25 artistas (cinco deles de fora do país). A ação surgiu da preocupação com a matéria prima princi-pal para a xilogravura, a um-burana. A partir desse projeto surgiu outra atividade, o Cir-culação Gráfica, aproveitan-do assim uma das idas a São Paulo para difundir ainda mais a arte e a conscientiza-ção em relação à proteção da planta umburana. Os dois tra-balhos foram finalizados com exposições.

Ingrid Monteiro

Sábado à tarde, um ônibus urbano circula pela ci-dade, conduzindo um grupo de passageiros interessados em explorar o território local a partir de diferentes perspec-tivas. A atividade faz parte do projeto Percursos Urbanos, idealizado pela ONG Media-ções de Saberes de Fortale-za, que chegou ao Cariri no

segundo semestre de 2011. Trata-se de um espaço para aprendizagem sobre determi-nado tema por meio de troca de conversas realizadas no interior de um transporte co-letivo.

A atividade acontece há oito anos na capital cearen-se de maneira bastante conso-lidada e conhecida pela popu-lação. Na região do Cariri, a proposta do passeio consiste

em redescobrir lugares reple-tos de diversidade cultural, promovendo discussões aber-tas a todos os interessados sobre determinado assunto. A condução sai sempre no úl-timo sábado do mês, às 15h, no Centro Cultural Banco do Nordeste de Juazeiro do Nor-te.

A cada edição, um con-vidado com amplo conheci-mento sobre o assunto, con-

duz os debates por meio de uma espécie de mediação en-tre os participantes. No entan-to, a principal ideia do projeto é que todos tenham oportu-nidade para dar sua opinião, expondo as suas impressões e reflexões. O surpreendente é que os passageiros desconhe-cem os pontos de parada que o ônibus realizará ao longo do roteiro. Cada desembarque é uma surpresa.

FIO DA XILO

Samuel Macedo

SALDO POSITIVOO diretor de esporte do Guarani, Kleber

Lavor, e o vice-presidente, Cícero Davi, estão com os dias contados, pois ambos anunciaram que se

afastarão após o campeonato cearense. Kleber Lavor já está com um pé no outro Guarany, o de Sobral. E com certeza fará um bom trabalho juntamente com o polêmico Luizinho Torquato Filho. Kleber deixou um saldo positivo no Leão do Mercado. Com ele o time foi vice-campeão cearense, vice-campeão da Copa Fares Lopes e campeão do interior. Qual será o destino do Guarani se o presidente José Moura resolver seguir o caminho da renúncia?

ATITUDEA diretoria do Icasa precisa urgentemente tomar uma

atitude para tirar o Verdão da situação vergonhosa em que se encontra. Chegou a hora dos verdadeiros icasianos se manifestarem em prol de uma causa que envolve amor, razão e emoção, e esquecer o fracasso da série B. O que mais importa agora é o campeonato cearense, onde o time está a um passo de virar um saco de pancadas. Recado: Ainda há tempo para uma corrida de recuperação. Vamos lá, Verdão!

EXAURIDODizem que ser mãe é padecer no paraíso; e ser dirigente

de time pequeno e intermediário é padecer naquele lugar. Pelo desgaste financeiro, o Guarani poderá perder o seu maior dirigente, que está há mais de três anos tirando dinheiro do bolso para completar a folha de pagamento e despesas emergenciais, incluindo até pagamento de arbitragem. O presidente leonino, José Moura, já está exaurido de tantos problemas.

MEL NA SOPAÉ muito fácil administrar uma empresa com dinheiro em

caixa, e com um capital de giro satisfatório. É o mel na sopa. É completamente diferente de quem administra uma empresa quebrada e devendo. Assim está o Icasa no atual momento. A queda para a série C trouxe consigo todas as mazelas. A diretoria está pagando dois elencos: o responsável pelo fracasso da série B e o do campeonato cearense. Até quando isso durar, o Verdão vai passar por momentos de dificuldade. O presidente do clube declarou que a carta de renúncia já está pronta. A coisa está feia.

SEGUNDA OPÇÃOO diretor de Esporte do Guarani, Kleber Lavor, ainda não

percebeu que o time está precisando de dois meias de ligação com boa qualidade técnica, pois no momento, bruno Pacatuba e Ramon não estão indo bem e o setor fica apenas com Zé Augusto para armar as jogadas e ainda chegar na área como o terceiro atacante. No time do ano passado, Gerson aparecia sempre como segunda opção.

Hidro para prevenção de doenças entre idososIngrid Monteiro

É cada vez mais co-mum encontrar pessoas acima de 60 anos praticando ati-

vidade esportiva e apresen-tando uma ótima forma física. Um dos motivos que explica esse aumento na expectati-va de vida está no avanço da medicina e nos cuidados preventivos, como a prática de exercícios e alimentação adequada. Através desses no-vos hábitos, grande parte dos idosos está levando uma vida mais saudável e com melhor qualidade. Como esporte, ou até mesmo terapia, a natação e a hidroginástica são as ati-vidade mais procuradas por esse grupo de pessoas.

Na região do Cari-ri, especialistas afirmam ter ocorrido um aumento consi-derável de idosos que estão praticando esta atividade a fim de evitar o sedentarismo e algumas doenças. Surgida na Alemanha, a hidroginásti-ca possibilita a realização de exercícios de maneira mais segura, evitando os riscos de impactos e lesões. Segundo a coordenadora de esportes do Sesc em Juazeiro do Norte, Kamille de Lira, a atividade proporciona o fortalecimen-to dos músculos, condicio-namento cardiovascular e é indicada pelos médicos, so-bretudo, para pessoas da ter-ceira idade que sofrem com problemas de hipertensão, diabetes, osteoporose e cardí-

n Rapel com a equipe da Iguanna na

Samuel Macedo

Samuel Macedo

Samuel Macedo

CÍCERO NICÁSSIO

TOQUE DE PRIMEIRA

RUA DELMIRO GOLVEIA, 942 - SALESIANOSFONE/FAX: (88) 3512-1100

TUDO EM ATÉ 10X NO CARTÃO VISA SEM JUROS

CHEQUE E CARNÊ.

AUTOMÁTICOS, CERCA ELÉTRICA, PORTEIRO E VIDEO PORTEIRO, INTERFONE, PABX, CFTV.

• Cargas e Encomendas Urgentes para o Sertão Central, Cariri, Baixo Cariri e Chapada do Araripe, DIARIAMENTE.• Filiais: Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Mombaça, Acopiara, Iguatu, Várzea-Alegre e Juazeiro do Norte.

www.birdexpress.com.br

Fortaleza-CE 85.3295.7878

Avenida Padre Cícero, 2200

Galpoes 4 e 5 - TrianguloJuazeiro do Norte-CE

88.3512.7164 / 3512.8980

n SEGURANÇA ELETRÔNICA

n PORTARIA

n ZELADORIA

n TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS

Travessa Slino Duda, 59 - Bairro Santa Teresa - Juazeiro do Norte - CE

Peça já seu orçamento sem compromisso

8 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 23 A 27 DE FEVEREIRO DE 2012

Esporte

VIDA SAUDÁVEL

Rua Senador Pompeu, Nº 429 - Centro - Crato-CEFone/Fax (88) 3253.1080

Diretora TécnicaDrª Fabiana Pereira Rodovalho Alencar Gomes

ALFARMA, a primeira farmácia de manipulação genuinamente Cratense.

acos. “Eles perceberam que a hidroginástica possibilita um bom resultado e com mais se-gurança, já que na caminha-da as pessoas podem estar expostas a riscos devido ao trânsito”.

A coordenadora afir-ma ainda que a hidroginás-

tica é considerada ideal para pessoas com faixa etária aci-ma dos 60 anos por conta de três principais benefícios: o condicionamento corpo-ral, a realização do trabalho afetivo-social e o auxílio no tratamento e prevenção de doenças. Para ela, o mais im-portante consiste no desen-volvimento afetivo-social do idoso, pois é através dele que o idoso percebe aumento na sua autoestima e na relação com outras pessoas.

A aposentada Francis-ca da Silva sabe bem disso. Com 71 anos de idade, ela é uma das adeptas da ativida-de e diz não perder nenhuma aula. “Antes fazia caminhada, mas escolhi a hidroginástica, pois sofro de problema res-piratório e aqui já me sinto bem melhor, além das novas amizades que estou fazendo”, afirma orgulhosa.

Educador físico do SESC há sete anos, José Wil-son Formiga explica que 80% das pessoas que participam das aulas de hidroginástica são idosas, no entanto há tam-

bém a presença de pessoas mais jovens com idade entre 27 a 35 anos. Para ele, muitos dos seus alunos são motiva-dos pela atividade para que tenham uma vida mais ativa e dinâmica, evitando que a musculatura do corpo atrofie. Os encontros acontecem duas e três vezes por semana de acordo com a escolha do par-ticipante.

Com o auxílio de hal-teres e espaguetes de borra-cha, a aula se torna divertida, além de ajudar na redução de peso. Os movimentos instruí-dos pelo educador abrangem todos os grupos musculares, como membros inferiores, superiores e abdome. Dentro da água a animação é garan-tida, principalmente pelas brincadeiras lúdicas e o rit-mo das músicas que fazem parte da realização dos exer-cícios físicos.

Serviço:SESC Juazeiro do Norte-CERua da Matriz, 227 – CentroTel.: (88) 3512 3355