jornal do cariri

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O periódico do Cariri independente ESPORTE Universo Cosplay ganha adeptos caririenses CULTURA 8 7 Fotos: Arthur Luiz REGIÃO DO CARIRI l DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2545 R$ 1,50 E L E I Ç Õ E S > > > > > > > > > > POLÍTICA CRESCIMENTO AIDS CHAPADA DO ARARIPE PESQUISA CRATO Raimundão é investigado no Supremo Tribunal Federal Varejo e serviços puxam a criação de mais empregos Diagnóstico precoce oferece qualidade de vida a soropositivos Famílias organizam feira de frutas e ervas nativas Cratense produz vinho orgânico de Cambuí Cícero França acredita na sua experiência de gestor ECONOMIA n Centro comercial de Juazeiro do Norte 4 4 5 5 5 ENTREVISTA Vozes do Cariri Mauro Sampaio, Medicina a serviço do povo 6 O Jornal do Cariri apresenta esta semana, o perfil e os projetos do candidato do Partido Verde ao Governo do Crato, Cícero França. Candidato é o único dos 22 deputados federais do Ceará que entra em período eleitoral sob a mira do STF. A Corte apura envolvimento em crime contra o sistema financeiro nacional. Indústria quer a criação de Pólo do O Cariri é o segundo maior produtor de panelas de pressão do Brasil. Dados como esse relatam a importância do setor para economia da Região e do Estado. A produção está em franca expansão, mas enfrenta dificuldades quanto ao barateamento dos custos. Isso só será possível com a criação do Pólo Industrial de Alumínio e a instalação de empresas que fornecem a matéria-prima (discos laminados) no Cariri. A maioria delas está localizada em São Paulo, hoje, responsável pela venda de mais de 200 toneladas mensais de laminados para as empresas caririenses. Com o pólo, os produtos seriam barateados em 17%, de acordo com o delegado regional do Sindicato da Indústria Metal Mecânico e Materiais Elétricos do Estado do Ceará (Simec), Adelaildo de Alcântara Pontes. A economia de Juazeiro do Norte cresce com a chegada de novas empresas, fazendo surgir mais vagas de emprego. Os dados apontam divergência com o restante do País e mostram o momento positivo pelo qual passa a Região, no setor de comércio e serviços. A Aids ainda é uma das doenças mais temidas em todo o mundo, apesar da evolução da medicina em relação ao vírus HIV. Caso o diagnóstico seja precoce e o tratamento comece antes que a doença se desenvolva, é possível continuar a vida normalmente. Famílias de moradores da Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe estão organizando a I Feira Regional de Frutas Nativas, Plantas e Ervas Medicinais. A idéia é do extrativista Antonio Agostinho da Hora, que já começou a preparar centenas de mudas de plantas frutíferas e medicinais para serem expostas no evento. Sete anos de pesquisa e o agrônomo José de Araújo Maropo descobriu que, a partir do Cambuí, pode ser produzido um vinho capaz de concorrer no mercado internacional. Ele concluiu a pesquisa, patenteou a marca no Instituto Nacional de Pesquisa Industrial e pretende montar uma mini indústria. O agrônomo está fabricando o vinho de forma artesanal e pensa em expandir o negócio. Prática do judô estimula crianças na região Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura Dia 01, quarta-feira. ARTE RETIRANTE Local: Sesc Crato. 20h00 - Música - Ivan Timbó - Fortaleza-CE. Dia 02, quinta-feira. MÚSICA INSTRUMENTAL 19h30 - Ivan Timbó - Fortaleza-CE. Dia 03, sexta-feira. MÚSICA INSTRUMENTAL 19h30 - Kaoll Interpreta Pink Floyd - São Paulo-SP. Dia 04, sábado. ARTES CÊNICAS 19h30 - A Irmandade Secreta do Boi Santo - Dir.: André de Andrade - Juazeiro do Norte-CE. Dia 05, domingo. Fechado. CURSO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA Local: Teatro Marquise Branca - Av. Pe. Cícero, s/n. 14h00 - Diálogo das Artes - Prof. Márcio Rodrigues. Dia 06, segunda-feira. Fechado. CURTAS Curador: Elvis Pinheiro. Local: Teatro Adalberto Vamozi - Sesc Crato. 15h00 - O Reino Azul; Um Filme de Marcos Medeiros; Um Tiro na Asa; Clandestinos. Associações/Comunidades Convidadas: Associação do Sítio Páscoa - ASP e Escola de Ensino Fundamental Dom Quintino. Destaques da programação de 01 a 06 de agosto de 2012.

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Jornal do Cariri - 31 de julho a 06 de agosto.

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Page 1: Jornal do Cariri

O periódico do Cariri independente

ESPORTE

Universo Cosplay ganha adeptos caririenses

CULTURA

87

Foto

s: A

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Lui

z

REGIÃO DO CARIRI l DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012 l ANO XIV l NÚMERO 2545 R$ 1,50

E L E I Ç Õ E S

> > > > > > > > > >POLÍTICA

CRESCIMENTO

AIDS

CHAPADA DO ARARIPE

PESQUISA

CRATO

Raimundão é investigado no Supremo Tribunal Federal

Varejo e serviços puxam acriação de mais empregos

Diagnóstico precoce oferecequalidade de vida a soropositivos

Famílias organizam feira de frutas e ervas nativas

Cratense produz vinho orgânico de Cambuí

Cícero França acredita nasua experiência de gestor

ECONOMIA

n Centro comercial de Juazeiro do Norte

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4

5

5 5

ENTREVISTA

VozesdoCaririMauro Sampaio, Medicina a serviço do povo 6

O Jornal do Cariri apresenta esta semana, o perfil e os projetos do candidato do Partido Verde ao Governo do Crato, Cícero França.

Candidato é o único dos 22 deputados federais do Ceará que entra em período eleitoral sob a mira do STF. A Corte apura envolvimento em crime contra o sistema financeiro nacional.

Indústria quer a criação de Pólodo O Cariri é o segundo maior produtor de panelas de pressão do Brasil. Dados como esse relatam a importância do setor para economia da Região e do Estado. A produção está em franca expansão, mas enfrenta dificuldades quanto ao barateamento dos custos. Isso só será possível com a criação do Pólo Industrial de Alumínio e a instalação de empresas que fornecem a matéria-prima (discos laminados)

no Cariri. A maioria delas está localizada em São Paulo, hoje, responsável pela venda de mais de 200 toneladas mensais de laminados para as empresas caririenses. Com o pólo, os produtos seriam barateados em 17%, de acordo com o delegado regional do Sindicato da Indústria Metal Mecânico e Materiais Elétricos do Estado do Ceará (Simec), Adelaildo de Alcântara Pontes.

A economia de Juazeiro do Norte cresce com a chegada de novas empresas, fazendo surgir mais vagas de emprego. Os dados apontam divergência com o restante do País e mostram o momento positivo pelo qual passa a Região, no setor de comércio e serviços.

A Aids ainda é uma das doenças mais temidas em todo o mundo, apesar da evolução da medicina em relação ao vírus HIV. Caso o diagnóstico seja precoce e o tratamento comece antes que a doença se desenvolva, é possível continuar a vida normalmente.

Famílias de moradores da Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe estão organizando a I Feira Regional de Frutas Nativas, Plantas e Ervas Medicinais. A idéia é do extrativista Antonio Agostinho da Hora, que já começou a preparar centenas de mudas de plantas frutíferas e medicinais para serem expostas no evento.

Sete anos de pesquisa e o agrônomo José de Araújo Maropo descobriu que, a partir do Cambuí, pode ser produzido um vinho capaz de concorrer no mercado internacional. Ele concluiu a pesquisa, patenteou a marca no Instituto Nacional de Pesquisa Industrial e pretende montar uma mini indústria. O agrônomo está fabricando o vinho de forma artesanal e pensa em expandir o negócio.

Prática do judôestimula criançasna região

Acesse e veja a programação completa: www.bnb.gov.br/cultura

Dia 01, quarta-feira.ARTE RETIRANTELocal: Sesc Crato.20h00 - Música - Ivan Timbó - Fortaleza-CE.Dia 02, quinta-feira.MÚSICA INSTRUMENTAL19h30 - Ivan Timbó - Fortaleza-CE.

Dia 03, sexta-feira.MÚSICA INSTRUMENTAL19h30 - Kaoll Interpreta Pink Floyd - São Paulo-SP.Dia 04, sábado. ARTES CÊNICAS19h30 - A Irmandade Secreta do Boi Santo - Dir.: André de Andrade -

Juazeiro do Norte-CE.Dia 05, domingo.Fechado.CURSO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICALocal: Teatro Marquise Branca - Av. Pe. Cícero, s/n.14h00 - Diálogo das Artes - Prof. Márcio Rodrigues.

Dia 06, segunda-feira.Fechado.CURTAS Curador: Elvis Pinheiro.Local: Teatro Adalberto Vamozi - Sesc Crato.15h00 - O Reino Azul; Um Filme de Marcos Medeiros; Um Tiro na Asa;

Clandestinos.Associações/Comunidades Convidadas: Associação do Sítio Páscoa - ASP e Escola de Ensino Fundamental Dom Quintino.

Destaques da programação de 01 a 06 de agosto de 2012.

Page 2: Jornal do Cariri

Um parque industrial é um conceito moderno, que conjuga a unificação de serviços comum, como fornecimento de água, energia e gás, além de seguran-ça, alimentação e transporte intermodal e de pessoas. Esse aglomerado de serviços tem uma destinação úni-ca, o que o torna mais eficiente, barato e de utilização renovada. A ideia de se criar um parque industrial, portanto, liga-se basicamente ao trinômio economia--eficiência-sustentabilidade.

Há hoje, no Brasil e no mundo, diversos exem-plos de polos industriais bem-sucedidos e famosos, como os polos de Manaus, Camaçari ou mesmo o polo de software de Ribeirão Preto.

Não é sem razão que o Cariri merece um polo in-dustrial específico para a indústria de beneficiamento do alumínio. Além disso, haveria um inegável transfe-rência de equipamentos e de indústrias para a Região Sul, com externalidades positivas no campo do empre-go, da formação de quadros técnicos, na renovação de

culturas e no aumento da arrecadação. Sem se falar no impacto indireto no setor de comércio e de serviços, especialmente na construção civil, na hotelaria, na ali-mentação e no consumo de bens duráveis.

O setor de alumínio tem sua força no Cariri e não é de agora. A região ostenta o honroso título de se-gundo maior fabricante de panelas de pressão do Bra-sil. Mas, isso poderia ser expandido para outras áreas, pois a utilização do alumínio tem-se ampliado signifi-cativamente em diversos setores industriais. Para se ter uma ideia, as cápsulas de café “espresso”, um produto “premium” da indústria alimentícia, são acondiciona-das em alumínio, dada sua higiene e sua capacidade de conservar as qualidades do produto. O alumínio também é interessante em termos econômicos e ecoló-gicos dada sua total capacidade de reciclagem.

A indústria que opera nesse segmento no Cari-ri precisa receber o “status” social e político de que se faz merecedora há muito tempo. E, ainda, se livrar

de certo preconceito que sofre por parte da socieda-de caririense, algo injustificável sob todos os aspectos. Nesse sentido, a indústria também deve cooperar e se inserir de maneira mais efetiva nas políticas conserva-cionistas da região. Como contrapartida à criação do polo industrial do alumínio, seus titulares deveriam iniciar uma campanha de preservação da Serra do Ara-ripe, o que pode ser feito por um processo intensivo de reflorestamento.

O debate está colocado nesta edição do Jornal do Cariri. Cabe à sociedade, aos políticos e aos atores sociais tomarem partido e comprarem essa importante ideia, tão útil do desenvolvimento regional, à geração de empregos e ao futuro profissional de muitos jovens do Sul cearense. Mais que o reconhecimento da rele-vância de um setor econômico, trata-se da abertura para novos desafios industriais em uma parte do Ce-ará que é distante e vulnerável aos humores políticos do poder central.

O ALUMÍNIO E O FUTURO DO CARIRI

2 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

Opinião

Editorial

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

PIEDADE DE QUEM ERRAO SÍMBOLO DA COMPAIXÃOBONDADE PARA COM TODOSSEM ESQUECER O PERDÃORESUMO DA CARIDADE...RETRATO DO BOM CRISTÃO!

Welington Costa

Os candidatos dessa campanha eleitoral já começaram a poluir as ruas das cidades do Crajubar. A avenida Padre Cícero é um dos principais pontos para exposição de cavaletes e bandeiradas. Um perigo porque, em alguns trechos, confundem os motoristas que passam pela rodovia. As carreatas e caminhadas também ja começaram a atrapalhar o trânsito. Os candidatos precisam ter bom senso na hora de realizar suas atividades eleitoreiras.

Mariana Araújo, Juazeiro do Norte

A INEXPERIÊNCIA POLÍTICA É UMA

ARMA LETAL

CHARGE

PRISIONEIROS DO VÍCIOOs prisioneiros de qualquer ví-

cio, desde o falar da vida alheia, quais feitores da existência. Depender das contingências deste mundo, arrastar, além até das imperfeições, os rastros da fraqueza humana pelas encostas do abismo.

Acordar bem de manhazinha e procurar debaixo da cama, ou da rede, o baseado que fechara na véspera, esquecido que o dia sempre traz co-res novas, liberdade. As dependências variadas, a sede do álcool, alegrias passageiras, ilusões arrebatadoras, so-lidões de multidão, o prazer das eufo-rias artificiais...

Uma vez ouvi disseram que quem faz o que quer está gozando, para ex-plicar o sofrimento dos viciados ao seu bel prazer destrutivo. A gente não quer que assim seja quando vê amigo, parente querido, sofrendo aprisionado às malhas do vício, porém liberdade é dom pessoal, intransferível. E querer auxiliar a quem não quer auxílio cheia a imposição e impõe decepções mil.

Quantas e tantas ocasiões, pes-soas valiosas caem vítimas do vício pecaminoso de drogas, violência, se-xualidade, inconsequências pesadas e

criminosas a si mesmas. Vidas que esvaem no tempo, tais desavisados, inconscientes das dores que motivam nos entes amados, pais, irmãos, filhos, cônjuges, amigos.

Estirar as mãos aos escravizados de vícios vários custa tamanha impossibili-dade, às vezes, que alguns acabam submetidos a resultados inde-sejáveis de desgosto e morte. No en-tanto há que se preservar a calma, a humildade perante os acontecimentos da realidade, sob pena de padecer sem resultados visíveis. Seguir na peleja por todos aqueles que permanecem algum tempo nas malhas do vício serve de motivo para lutar. Existem instituições civis e religiosas que cuidam desses dependentes e produzem frutos ben-fazejos. Evangélicos, católicos, espíri-tas, umbandistas, etc., mantêm insti-tuições eficazes na luta contra o vício, no mundo inteiro. Pegam a mão dos carentes de socorro e os conduzem a curas inimagináveis.

A religião atende bem aos ne-cessitados, porquanto o bem transcen-dental significa lembrar os que buscam

um sentido maior para viver. Nisto o serviço do amor e do pão, alimentos de esperança e paz, transformação para épocas melhores, representa o que ensinam os mestres da Espiritualidade.

Quem descobriu mais cedo as chances de equili-brar o barco da própria his-

tória, ao observar esses caídos nas dependências, agem com carinho, partilhando com os eles os passos que conduzem à Salvação.

Emerson MonteiroAdvogado e escritor

A inexperi-ência em campa-nhas eleitorais, na maioria dos casos, é o principal obstácu-lo para uma vitória nas urnas.

Você que é candidato pela pri-meira vez e está concorrendo nesta eleição, seja para o legisla-tivo ou para o executivo, e possui pouca ou nenhuma experiência em campanhas eleitorais, o ideal é se aconselhar ou contratar um especialista no assunto.

Para um candidato, seja para prefeito ou vereador, que nunca disputou uma eleição, mas cobiça ser eleito ou ficar em uma boa suplência mesmo sem dispor de recursos, a primeira sugestão que lhe dou é pedir conselhos a pessoas experientes em política, preferencialmente a aquelasque tiveram êxito na car-reira. Mas se você é um candida-to que tem recursos financeiros para contratar um especialista no assunto não deve perder mais tempo. As campanhas polí-ticas vêm passando por transfor-mações velozes e uma moderni-zação predominante, a internet vem ganhando espaço na mídia política mais do que em outros veículos de comunicação por oferecer interatividade, rapidez e abrangência. Muitos candidatos caíram ladeira abaixo por segui-rem seus próprios instintos. Sem conhecimento algum, agiram de forma amadora, com ações sem representatividade, sem co-nhecer o eleitorado e as necessi-dades deste. Você deve deixar seus caprichos de lado e seguir um planejamento respaldado em pesquisas e estudos sobre

sua própria ima-gem, situação atual e, principalmente, nas necessidades do eleitor.

Muitos can-didatos sem experi-ência não contratam especialistas políticos

(marqueteiros) por acharem ca-ros, no entanto é confirmado que o candidato sem conhe-cimento investe mais dinheiro numa campanha sem sucesso do que na contratação de um marqueteiro. Existem vários ca-sos em que a candidatura nem chega a decolar, pousa antes de levantar voo, enquanto outras rastejam até o dia da eleição por culpa de decisões inexperientes, investem tempo e dinheiro em ações sem planejamento e com uma linguagem que não repre-senta os anseios do eleitorado.

Campanha eleitoral é coisa para especialistas. Em to-dos os setores que compõem a candidatura, você deve se cercar de pessoas preparadas e experientes. Qualquer ação desenvolvida por um membro da equipe representará a sua imagem, além de suas pró-prias decisões. As campanhas políticas requer modernização, estudos aprofundados através de pesquisas, metas, foco, ob-jetivo e posicionamento, pro-gramação e sequência.

Um candidato esperto deve se cercar e buscar conse-lhos de pessoas mais experien-tes e inteligentes do que ele no que se diz respeito àcam-panha política.

Jean CarlosMarketing Político

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

O periódico do Cariri independente

Diretor-presidente: Donizete Arruda Diretora de Redação: Jaqueline Freitas Diretoria Jurídica: Vicente Aquino

Administração e Redação: Rua Pio X, 448 - Bairro Salesianos - CEP: 63050-020 - Juazeiro do Norte – Ceará - Fone (88) 3511.2457Sucursal Fortaleza: Rua Coronel Alves Teixeira, 1905, sala 05, Telefone: 085.3462.2607 - Celular: 085.9161.7466Sucursal Brasília: Edifício Empire Center, Setor Comercial Sul, Sala 307, Brasília-DF

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

Conselho Editorial: Geraldo Menezes Barbosa | Francisco Huberto Esmeraldo Cabral | Napoleão Tavares Neves e Monsenhor Gonçalo Farias Filho

Fale conosco Redação w [email protected] w [email protected] w [email protected] w [email protected] Departamento Comercial w [email protected] | Geral w [email protected]

SEXTILHA CARTA

Page 3: Jornal do Cariri

Política3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

Raimundão na mira do Supremo

O candidato à Pre-feitura de Juazeiro do Norte, deputa-do Raimundo Ma-

cedo (PMDB), licenciado da Câmara desde 7 de fevereiro, é o único dos 22 parlamenta-res federais cearenses a estar na mira do Supremo Tribunal Federal (STF). O peemedebis-ta figura acusado de cometer crimes contra o sistema finan-ceiro nacional.

Como parlamentar, Raimundão tem direito a um foro privilegiado, seus crimes deverão ser julgados por uma corte especial – neste caso o processo aguarda o julgamen-to do STF. Mas, lamentavel-mente, o julgamento do STF, que deveria ser mais rápido, posto que seja um julgamen-to em instância única, costu-ma se arrastar durante muito tempo.

De acordo com o pro-curador eleitoral, Márcio Tor-res, isso pode acarretar até em impunidade. “Essas cortes não tem uma cultura jurídica de celeridade e não sabem a ferramenta própria de julga-mento de crimes dessa natu-

reza, até porque há uma le-gislação especifica para isso. Dessa forma, muitas vezes, o processo acaba se arrastando e acaba acarretando até na prescrição”, explica.

O congressista conse-gue se safar e, ousadamente, insistir em disputar o voto do eleitor mais uma vez. Nem mesmo a Lei da Ficha Limpa consegue parar o plano do candidato. A nova lei torna inelegíveis políticos condena-dos por órgãos colegiados por determinados crimes, como desvio de dinheiro público, corrupção, tráfico de drogas, homicídio, entre outros. Mas, segundo o procurador eleito-ral, o processo de Raimundo Macedo só geraria uma ilegi-bilidade pela lei, se houvesse uma decisão condenatória por parte de um órgão cole-giado, que é o próprio STF.

De acordo com um le-vantamento realizado pelo site Congresso em Foco, dos 92 senadores e deputados fe-derais candidatos a prefeito, 36, ou seja, 40% estão sen-do investigados na mais alta corte do país, onde tramitam

as acusações criminais envol-vendo congressistas e outras autoridades federais.

Esses dados fazem par-te do cruzamento dos resulta-

dos de dois levantamentos: o primeiro, o dos parlamentares com processo no STF; o outro, o dos congressistas que dis-putam as eleições deste ano.

DONIZETE ARRUDAPolítica

CRATO

CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO

Experiência em gestão é trunfo para Cícero França

Rommel e Hilário, o grande embate em Barbalha

E L E I Ç Õ E S

> > > > > > > > > >

Nascido em 1975, o cratense Cícero França é ad-vogado, formado pela Uni-versidade Regional do Cariri (Urca). Hoje, presidente do Partido Verde no município do Crato, onde concorre ao cargo de prefeito e recebe o apoio do atual gestor Samuel Araripe (PSDB). Toda a sua trajetória profissional na área jurídica foi desempenhada na região do Cariri.

Cícero França se decla-ra um homem da lei, e como tal diz levar no peito valores essenciais, como honestidade, respeito e confiança. Ingres-sou na política em 2001 quan-do se tornou procurador fiscal do Crato e desempenhou essa função com rigor. Sempre de-monstrou uma preocupação com o meio ambiente, desde a infância, e em 2003 ocupou o cargo de presidente da Comis-

são do Meio Ambiente.Na sequência, foi con-

vidado a assumir o cargo de Chefe de Gabinete nas gestões de Walter Peixoto e Samuel Araripe. No exercício dessa função, diz ter abraçado pro-jetos importantes para o Crato, tendo participado ativamente na implantação do Regime Pre-videnciário dos Servidores Pú-blicos Municipais, o PrevCrato - hoje considerado uma refe-rência para outros municípios brasileiros - organizou ainda o maior concurso público reali-zado no Crato, que contou com a participação do “aplicador legal”, democratizando e faci-litando o acesso ao emprego à todas as pessoas, independen-temente da escolaridade e da classe social.

Em 2011, assumiu a administração da Secretária de Saúde do governo Samuel

Araripe. E essa é considerada por Cícero França, sua prin-cipal experiência de gestão. Como secretário, acredita ter mudado a realidade da saúde na cidade do Crato, investin-do no combate à dengue, tor-nando-o referência. Segundo ele, isso só foi possível graças à qualificação dos agentes de saúde e endemias. Outra ação que destaca é a Implantação do atendimento noturno nos Centros de Saúde.

“A minha experiência na administração pública já foi comprovada e aprovada pela sociedade cratense. O meu objetivo é estar ao ser-viço do povo, contribuindo com a força do meu trabalho para que o Crato continue a trilhar o caminho do desen-volvimento, preservando a sua história, e construindo um futuro cada vez melhor

para todos os cratenses”, promete.

Cícero França concorre ao pleito com uma chapa pura do PV, tendo como compa-nheiro de chapa, o artista plás-tico George Macário de Brito.

Mirelly Morais

O município de Barbalha abriu a temporada de comícios no último sábado (28) e trouxe para a disputa, mais uma vez, a divisão entre os já conhecidos grupos políticos dos ex-prefeitos João Hilário (PMDB) e Rommel Feijó (PSDB). Do lado do atual prefeito Zé Leite, que disputa a reeleição pelo PT, sente-se o po-derio do acompanhamento do PMDB, que tem a vice Betilde Sampaio, esposa de Hilário. Úl-timo a chegar ao comício, ele fez o discurso mais forte e foi o mais aplaudido. Porém, como de ca-racterística, sempre comedido com as palavras, o peemedebista não agride os adversários, mas fala os porquês da permanência da aliança com Zé Leite, mesmo

tendo sido cotado como nome da oposição para a disputa.

Em referência a outra cha-pa formada por dois jovens na faixa etária dos 30 anos, João Hi-lário diz que apoia a entrada dos jovens na política e até incentiva, mas ressalta: “há o momento da população votar no jovem e há o momento de se optar pela expe-riência”. Já em relação à continui-dade da aliança com Zé Leite, que esteve balançada nos últimos dois anos de mandato, Hilário explica que também tem a hora de votar, de se candidatar e de apoiar. E de acordo com esse pensamento, entende que a aliança PMDB-PT não poderia ser quebrada, pelo progresso da cidade.

No mesmo horário, acon-teceu a inauguração do comitê do candidato da frente de opo-

sição, Argemiro Sampaio (PPS), com as presenças dos deputados federais João Ananias (PCdoB) e André Figueiredo (PDT). A fi-gura de Rommel Feijó foi a mais destacada. Seu discurso também foi forte e diferentemente de Hi-lário, e na condição de oposição, Rommel ataca o adversário, le-vantando a plateia. “Eles estão gastando o dinheiro que era pra investir em obras, comprando vereadores. Quatro se venderam nos últimos meses e isso é vergo-nhoso”, critica.

Para ele é preciso renovar a política, por isso apresenta uma chapa de jovens. “Estão chaman-do-os de ‘os meninos da Barba-lha’, e são mesmo. Meninos de passado limpo, de presente lim-po e de futuro promissor. Um engenheiro de 30 anos e um ad-

vogado de 33”, argumenta.Pelo desenho inicial da

campanha eleitoral, os votos de Barbalha ainda são divididos en-tre dois fortes grupos políticos. Ainda sem pesquisa oficial di-vulgada, mas pelas primeiras ati-vidades, a disputa será acirrada.

FORTALECENDO PALANQUES

O senador José Pimen-tel, o deputado federal José Guimarães e o deputado es-tadual, hoje secretário das Cidades, Camilo Santana, fortalecem os nomes do PT na Região. Eles marcaram presença nos eventos de Ma-noel Santana, em Juazeiro, Zé Leite, em Barbalha e Marcos Cunha, no Crato.

n França concorre em chapa pura do PV

Fora de qualquer cogitaçãoO vice-prefeito de Juazeiro do Norte, Roberto Celestino, descarta ter qualquer possibilidade de vir apoiar a reeleição do prefeito Manoel Santana. Diz que o PSB juazeirense realizou convenção simultânea à do PMDB, no dia 30 de junho, tendo se coligado majoritariamente em apoio à candidatura de Raimundo Macedo. “Essa é mesma atitude que eu tomei”, assegura Roberto Celestino, ressaltando ainda ter discursado na convenção. Daí, diz não compreender a informação surgida sobre a troca de palanque. E conclui: “Com o prefeito Manoel Santana, mantenho uma relação institucional de vice-prefeitor, desenvolvendo ações em prol do desenvolvimento de Juazeiro”.

Defenestrado por ordem do PSBBrigado com o prefeito Manoel Santana, o vice Roberto Celestino confessa que queria continuar sendo vice-prefeito. Não na chapa de Santana e sim ao lado do candidato do PMDB, Raimundo Macedo. Porém, diz ter sido defenestrado da chapa de Raimundão por escolha dos líderes estaduais do seu partido, PSB, que preferiram agradar ao deputado federal Arnon Bezerra (PTB), determinando o nome do seu irmão, Luiz Ivan, para a vice. Segundo Celestino, pelo avançar da sua idade, está se despedindo de novas disputas eleitorais por já considerar-se fora delas.

PT prioriza 100 municípios no PaísO prefeito Manoel Santana já está em São Paulo. Lá, ele é um dos 100 candidatos do PT no Brasil que receberão, hoje, toda a atenção de Lula. O ex-presidente irá gravar depoimentos, tirar fotos e dar conselhos sobre as eleições. A presença de Santana mostra que o PT nacional está interessado na reeleição dele e investe para igualar o jogo contra Raimundão. Esses 100 municípios também foram escolhidos para serem financiados pela direção nacional do PT. Receberão recursos do partido. Depois de Lula, o PT irá conversar com a presidente Dilma, que também não descarta gravar e pedir votos para Santana. A questão aqui é a pressão do PMDB de Raimundão para manter Dilma longe das eleições em Juazeiro do Norte.

Desafios de Ronaldo no CratoO candidato a prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB), esclarece que: o casal Jô e Sergio, não foi afastado da sua campanha, como também, nunca foi contratado para exercer nenhuma função no processo eleitoral da sua candidatura. O candidato do PMDB cratense afirma que, Jô e Sergio são apenas voluntários e colaboradores. Portanto, retruca a nota publicada na coluna da semana passada, sobre seu marketing. Dito isso, fica a grande indagação: qual o rumo da campanha de Ronaldo Matos? Supostamente ele lidera a corrida eleitoral no Crato, mas terá condições de manter-se na liderança contra duas máquinas poderosas, a do Governo do Estado, que apoia Sineval Roque, e a da Prefeitura que endossa o nome de Cícero França, o Cicinho.

Raimundão vai encarar julgamentoPor esta, o candidato Raimundo Macedo não esperava. Em pleno período eleitoral, o Supremo Tribunal Federal(STF), que começa esta semana a julgar o mensalão, confirmou ao site Congresso em Foco que ele responde a um processo por supostos crime contra o sistema financeiro. Se condenado, Raimundão terá problemas mesmo que tenha sido eleito em 7 de outubro. Raimundão é o único dos 22 deputados federais do Ceará que concorre as urnas sob alvo do STF. No Ceará, ao todo são sete parlamentares respondem à ações no Supremo.

Disse me disse...

• Ministério Público Eleitoral vai fundo na apuração do financiamento da pesquisa Ibope divulgada pela Associação Comercial do Crato.

• Houve mais uma rodada de pesquisa no Crato. Os dados não podem ser divulgados. Tem candidato que se acha caindo e outros dois subindo.

• Coordenador geral da campanha de Raimundão, Mauro Macedo, não se importou com o comportamento do publicitário Marcos Baptista, que gosta de tirar brincadeiras com Padre Cícero. Baptista fica e pronto.

• Prisão de Paulo Vitor no Rio Grande do Norte, responsável pela contratação do pistoleiro Tiago Pernambuco, autor dos disparos que matou vereador Amarílio Pequeno, tira o sono de vereadores de Juazeiro do Norte.

• A Polícia Civil sabe quem mandou matar o vereador Amarílio Pequeno e também as razões do assassinato.

• Desculpe a ignorância, por que tem vereador de Juazeiro do Norte com medo de ser preso?

n Raimundão de mãos para o alto: úniico dos 22 federais do Ceará no alvo do STF

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Page 4: Jornal do Cariri

4 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

Cidades

Empresas de alumínio carecem de Pólo IndustrialChagas Lima

O setor de alumí-nio vem apresen-tando um ritmo de crescimento

significativo no triângulo Crajubar – Crato, Juazeiro e Barbalha - com 22 empre-sas filiadas ao Sindicato da Indústria Metal Mecânico e Materiais Elétricos do Es-tado do Ceará (Simec), de um total de 50 espalhadas em praticamente todos os bairros da cidade. O Cariri é o segundo maior fabri-cante de panelas de pres-são do Brasil. De acordo com o delegado regional do Simec, Adelaildo de Al-cântara Pontes, destinados à cozinha. Contabilizando vendas em torno de 10% em Juazeiro e no Cariri.

Diante da qualida-de na produção, as fábri-cas caririenses disputam o mercado da região sudeste, pelo fato de serem tão mo-dernas quanto às paulistas. “O nosso desejo é a criação do Pólo Industrial do Alu-mínio, em área adequa-da, fora da zona urbana, atraindo grandes empre-

sas do setor para fornecer a matéria-prima, porque a gente conseguiria baratear em torno de 17% os nossos produtos”, declara.

O delegado explica que o principal problema é que a matéria-prima vem, em sua grande maioria, de São Paulo, por não existir laminação na região. De lá, são compradas mais de 200 toneladas de discos lami-nados (matéria-prima). Por

conta disso, os custos são elevados. “Temos que pa-gar 12% de ICMS, 5% sobre produtos industrializados e ainda o frete. Nós precisa-mos urgentemente de uma laminação na Região Metro-politana do Cariri”, avisa.

Para que isso acon-teça, Adelaildo Alcântara diz que manteve contatos com algumas laminações em São Paulo, que se mos-traram interessadas em se

instalar em Juazeiro. En-tretanto, segundo ele, falta apoio do poder público. “No ano passado, procura-mos o poder público para que fossem cedidos terre-nos neste sentido. Até ago-ra, não tivemos nenhuma resposta concreta para que isso ocorra. É um sonho da gente criar um pólo de alumínio, concentrando todas as empresas em um único local, porque as de

Juazeiro do Norte foram crescendo gradativamente e já estão estagnadas den-tro da cidade”, concluiu.

São cerca de cinco mil empregos diretos e mais de 20 mil indiretos, fabricando produtos para abastecer o mercado regional e de ou-tros Estados. Quem circula nas ruas centrais de Juazei-ro e no entorno da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, principalmente

em época de romaria, obser-va que de cada cinco pesso-as que estão com suas lojas abertas comercializando di-versos tipos de mercadorias, quatro são de alumínio. “Nós não produzimos apenas para vendermos para outros Esta-dos. Comercializamos para as regiões Norte e Nordeste e também para abastecermos o comércio de Juazeiro do Nor-te, onde o romeiro compra, gerando renda para a popu-lação local”, diz o delegado regional do Simec.

O Simec tem realizado uma série de ações em par-ceria com o Sesi e outras ins-tituições, visando implantar um programa de incentivo ao setor. Por exemplo, a Por-taria 224 que será sancionada pela presidente Dilma Rous-seff, segundo a qual, todos os utensílios de cozinha te-rão que ser certificados. Para Adelaildo, a medida dará um impacto positivo aos pequenos empresários. “Em breve teremos a certificação de todos os nossos produtos, porque a nossa idéia é ter um selo único para identifi-cação das peças de Juazeiro do Norte”, estima.

Serena Morais

Ao caminhar pelas ruas onde se concentra a maior parte do comércio da cidade de Juazeiro do Norte, é pos-sível notar a grande circula-ção das pessoas e a constante movimentação dos próprios pontos de vendas, sempre re-cebendo novas mercadorias, aumentando serviços e bus-cando o crescimento do negó-cio. Em um momento onde dados apontam uma crise do setor varejista no restan-te do País, o município de Juazeiro do Norte passa por grande crescimento.

Esse período do ano é positivo para quem traba-lha com comércio e serviços, como acontece, anualmente, por conta das festividades re-gionais, que atraem turistas. O período sazonal aponta crescimento também no fi-nal do ano, quando surgem as contratações temporárias, geralmente marcado pelas fé-rias e datas comemorativas. Mas em 2012, o crescimento

varejista em Juazeiro aponta, além desses fatores, outros pontos que têm colaborado para o aumento positivo no setor de varejo, fazendo sur-gir novas vagas de emprego. “Nos meses de junho e ju-lho houve uma aquecimen-to contraposto a realidade nacional, com a chegada de novas empresas, como a ampliação do Cariri Garden Shopping”, fala a gerente do Sine/IDT de Juazeiro do Norte, Conceição Araújo.

O comércio de Jua-zeiro está trazendo novos empreendimentos e também ampliando as empresas já existentes. Segundo Concei-ção, a cidade começa a contar com outros centros varejistas, como é o caso do Pirajá e o Novo Juazeiro, onde é possí-vel encontrar filiais de lojas que tem no “núcleo” da ci-dade, mas voltados a atender o público daquele bairro e entorno. Um novo shopping está sendo construído em um desses centros, acompanhan-do o crescimento logístico do

local. “Outra forma de medir todo esse desenvolvimento é a chegada de transportado-ras”, conclui Conceição. Esse setor de transporte se faz necessário pelo aumento na demanda de mercadorias que chegam à cidade.

Investimentos por parte dos governos federais, estaduais e municipais tem colaborado para a vinda de empresas à Região, por conta do incentivo fiscal. Os empre-sários têm apostado no poten-cial dos trabalhadores locais e isso torna o mercado dinâmi-co, influenciando o aumento da demanda junto às empre-sas que trabalham com quali-ficação. O Sine/IDT trabalha junto às instituições parcei-ras, que tem como objetivo a qualificação das pessoas, me-lhorando assim o encaminha-mento dos trabalhadores para as vagas disponibilizadas pelos empregadores. Após o término da qualificação, as pessoas são encaminhadas ao Sine e em seguida para o mer-cado de trabalho.

Crescimento do setor varejista aumenta vagas de emprego

INCENTIVO

Que a região do Cariri tem crescido de maneira ace-lerada nos últimos anos, não resta dúvida. Porém, quando se procura um local para in-vestir, grande parte dos em-preendedores escolhem Jua-zeiro do Norte, por conta de sua posição privilegiada com relação às outras cidades do Crajubar. São investidores de diversas áreas que encontram na região muitas demandas ainda não supridas.

Para Paulo Eduardo Costa, gerente de vendas de uma marca que fabrica má-quinas pesadas, como perfu-radoras de solo e retro-escava-deiras, investir no Cariri é um bom negócio, uma vez que a Região está em constante expansão e é onde a procura por equipamentos como tra-tores, perfuradoras de solo e máquinas agrícolas tem cres-

cido consideravelmente, nos últimos anos. Ele explica que a representante já vem reali-zando um trabalho na região e, por conta dos bons negó-cios, a empresa decidiu insta-lar nos próximos dois meses, uma filial entre as cidades de Juazeiro e Barbalha para dar melhor assistência aos clientes da marca. “Com a instalação de uma filial, além de novos negócios, poderemos oferecer assistência aos nossos clientes que irão contar com a empresa mais próxima deles” explicou.

Por conta da quanti-dade de empresas de miné-rios e construtoras, a venda de maquinários pode está batendo recordes de vendas. Entretanto, outros produtos cuja função não é o trabalho também tem ocupado parte do mercado consumidor re-gional. São os equipamento

de lazer e aventura como jet ski, triciclos, quadriciclos e jipes para trilhas.

O representante co-mercial Lucas Barroso explica que o Cariri é umas das regi-ões que mais consome esse tipo de produto no Estado. A procura é tanta que ele acre-dita que boa parte dos produ-tos da empresa como quadri-ciclos e jet ski são vendidos para clientes locais. Com sede em Fortaleza, depois de reali-zar uma pesquisa no Cariri, a revendedora onde Lucas tra-balha decidiu instalar uma fi-lial na Avenida Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, onde de acordo com Paulo seria o melhor local para montar uma loja. “O local seria mais acessível, além de ficar em um ponto estratégico entre importantes cidades do Cari-ri”, argumentou.

Cerca de 22 empresas, de um total de 50, são filiadas ao Simec. Produção mensal é 20 mil jogos de panelas, 30 mil frigideiras e milhares de caldeirões e outros utensílios

n Equipamentos utilizados para o lazer também ganham destaque no comércio da Região

n Em evidência, comércio em Juazeiro do Norte faz surgir novas vagas de emprego

Empresários apostam na grande variedade da procura por automotores

Fotos: Arthur Luiz

Page 5: Jornal do Cariri

Pesquisa pode transformar Cariri em grande produtor do vinho de Cambuí

5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

PolíticaCidades

INOVAÇÃO

SAÚDE

Wilson Rodrigues

Depois de sete anos de pesquisa, o agrô-nomo cratense José de Araújo Maropo

descobriu que da saborosa fruta Cambuí pode ser feito um delicioso vinho, cem por cento orgânico. Para o pesqui-sador, não foi difícil chegar a tal conclusão porque o teor de açúcar do Cambuí é somen-te 6% e contém a quantidade ideal de tanino (princípio ativo neutralizador de radicais livres no organismo). Os enófilos de-gustadores da Empresa de Pes-quisa Agropecuária (Embrapa) de Petrolina, Recife e Rio de Janeiro consideraram o vinho de excelente qualidade e com capacidade de concorrer com as famosas marcas européias, tais como Barolo de Portugal e Riojo da Espanha.

Maropo conseguiu pa-tentear a pesquisa no Instituto Nacional de Pesquisa Indus-trial (INPI) com a marca Jam Vinho Cambuí. “Minha produ-ção é feita artesanalmente. Uso equipamentos rústicos como bacias, filtros improvisados e alguns baldes grandes de plás-ticos, para o processo de fer-mentação. Mas obedeço toda a literatura de fabricação dos grandes vinhos. Agora, com o direito de comercialização em mãos, penso em industrializar

o meu produto e jogar no mer-cado”, explicou Maropo.

O agrônomo começou a pesquisa em 2005, financia-da pelo Banco do Nordeste, e já pensa em levantar outros financiamentos para montar uma mini indústria com capa-cidade de absorver a produção do Cariri, que é de quase 400 mil quilos da fruta. Com esta quantidade, dá pra fabricar 200 mil litros de vinho, haja vista que, com um quilo de Cambuí se faz entre 446 ml a 580 ml, dependendo do tamanho do fruto, que varia de acordo com

o local dos plantios. Na região, só existem cinco produtores, localizados na Chapada do Araripe, em áreas pertencentes a Crato, Jardim, Santana do Ca-riri, Nova Olinda e Barbalha. Eles vendem toda a produção a R$ 1,00 o quilo, com a obriga-ção do comprador devolver a semente, logo após a despolpa.

O Cambuí é uma fru-ta do cerrado brasileiro e está na linha de extinção. Esta é a principal razão pela qual os produtores exigem a devolu-ção da semente para que ela seja imediatamente devolvida

ao solo, e assim voltar ao ciclo produtivo, explicou o agri-cultor Antonio Agostinho da Hora, que foi o primeiro plan-tador da fruta, na localidade Baixa do Maracujá, no municí-pio do Crato. Ele explicou que a grande vantagem ecológica que o cambuizeiro tem é que o plantio pode ser feito em meio a floresta, sem a necessi-dade de desmatamento e nem queimadas. “Quando comecei a plantar Cambuí não pensava que um dia isso virasse vinho. Meu interesse pela cultura foi apenas por se tratar de uma fruta nativa muito doce, de sa-bor inigualável e de um poder nutricional muito forte, con-tendo vitamina C, ferro e cál-cio”, disse Antonio da Hora.

A Embrapa já divulgou a pesquisa realizada com o Cambuí e os resultados mos-traram que da fruta também podem ser confeccionados geléia, suco, chá, farinha, sor-vetes. Já com o expurgo da casca pode ser produzida a ração animal. A pesquisa tam-bém revelou que o Cambuí, alem dos benefícios a saúde humana, pode ser integrado a um sistema que preconiza a adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente, no que diz respeito a quali-dade e segurança alimentar, baseada no uso racional de re-cursos naturais.

O Cariri vai realizar a I Feira Regional de Frutas Na-tivas da Chapada do Araripe, Plantas e Ervas Medicinais. O evento, que se realizará em meio a floresta, somente vai acontecer em 2014 e será pro-movido pelas famílias residen-tes na Área de Proteção Am-biental (APA). Como 2014 será o ano da Copa do Mundo de Futebol, a feira tem o objetivo principal de atrair para a re-gião turistas que vêm ao Ceará assistir aos jogos. A idéia é do extrativista Antonio Agostinho da Hora garante: “a feira será a oportunidade das pessoas co-nhecerem o verdadeiro pomar que é a Chapada do Araripe. Também é um gigante labora-tório natural de plantas e ervas que curam diversas doenças”. Na opinião do extrativista,

muito desse potencial ainda permanece desconhecido, por falta de publicidade e de ini-ciativas como estas. “Tudo será feito dentro dos limites das leis ambientais. Nossa intenção é fazer a feira em três dias e no período queremos contar com a presença de ambientalistas, médicos, raizeiros e nutricio-nistas”, disse.

Entre as frutas já sele-cionadas para a I Feira Regio-nal estão o araticum, mangaba, pequi e cambuí. Do extrativis-mo estão o leite da mangaba e da janaguba, que cura úlcera e gastrite. Para infecções e cica-trização, a casca do barbatimão e da Imbiriba, que é um anal-gésico e cura dores na gargan-ta e na cabeça. A umburana para gripe, o jatobá pra tosse e a semente da fava-danta, que

atua como excelente colírio, in-clusive já vendida em grande quantidade para laboratórios oftalmológicos do Recife. Ou-tras plantas caseiras usadas em chás, como o capim santo, a erva cidreira, quebra pedra, manjericão, hortelã, losna e ar-ruda, também vão está na fei-ra, conforme garantiram seus organizadores em busca de apoios institucionais para que o evento se torne grandioso e quem sabe, seja inserido no ca-lendário turístico do Cariri.

O secretário executivo do Geopark Araripe, Nival-do Soares de Almeida, relata que o Cariri tem uma série de atrativos interessantes com ca-racterísticas bem próprias, a partir de sua formação geoló-gica, destacada com seus fós-seis, além da questão religio-

sa. “Uma feira dessa natureza vem contribuir e colaborar no processo do desenvolvimento regional sustentável e terá todo o apoio. Uma das missões do Geopark é motivar as inicia-tivas que possam promover renda, principalmente aos pe-quenos produtores da agricul-tura familiar, inseridos em seu entorno. O Geopark está dis-posto a apoiá-la e promovê-la, em nome do ecoturismo, em cima de uma economia soli-dária onde aconteça a partici-pação de forma democrática”, concluiu Nivaldo Soares. O se-cretário municipal de Agricul-tura do Crato, Erasmo Ferreira achou a idéia inteligente e disse que precisa conhecer o projeto para que o Município possa oferecer o apoio logístico e no que for necessário.

Serena Morais

Assim como o restante do País, o município de Juazei-ro do Norte vive o aumento no número de portadores do HIV, e o maior problema ainda é o diagnóstico tardio sobre a exis-tência do vírus, dificultando o tratamento, geralmente iniciado quando o paciente já apresenta algum sintoma.

A maioria das pessoas que deram entrada nas uni-dades de saúde do Município estava com a Síndrome da Imu-nodeficiência Adquirida (Aids) já instalada. É por conta desses dados que os profissionais de saúde tem buscado conscienti-zar sobre a importância da reali-zação do teste do Vírus da Imu-nodeficiência Humana (HIV), caso a pessoa tenha passado por alguma situação de risco de contágio, como é o caso de ter tido relação sexual sem utiliza-ção de preservativo. O intuito é mostrar que quanto antes o ví-

rus for identificado, essa pessoa tem melhores chances de iniciar um tratamento correto e possa evitar a AIDS, doença desenvol-vida com o contágio do HIV e que prejudica o sistema de defe-sa do organismo.

Na Região do Cariri, cer-ca de 28 municípios contam com uma unidade de apoio estrutu-rada e com profissionais capa-citados, localizada em Juazeiro, através do Programa Municipal de DST/AIDS. A unidade tra-balha para promover a saúde dos pacientes que convivem com HIV/AIDS. Atualmente são cerca de 600 pessoas assis-tidas pelo programa em toda a Região, onde 200 delas residem no Município.

Campanhas como a re-alizada pela Secretaria de Saú-de do Município com ajuda do Grupo de Apoio a Livre Orien-tação Sexual do Cariri (Galosc), ajudam com a questão. Em sua segunda edição, cerca de 45 pessoas foram atendidas dia-

riamente e puderam realizar o teste rápido (com resultado entregue em 15 minutos). “Nós entramos como agentes mobili-zadores sociais e articuladores, convidando a população à re-alizar o teste”, falou o diretor executivo da Galosc, João Al-ves. Aqueles que não tiveram a oportunidade de realizar o teste na campanha podem dirigir-se a qualquer unidade de saúde, para ser encaminhado ao Labo-ratório Central de Saúde Públi-ca (Lacen) e ter acesso ao teste.

PRECONCEITOSegundo a coordena-

dora do Programa Municipal DST/AIDS, Dayse Rodrigues, um fator diretamente ligado à descoberta tardia do contágio com o vírus é o receio, medo e preconceito em relação ao as-sunto, “sabemos que o número de portadores do vírus é maior, mas o receio de fazer o teste ainda ocasiona o diagnóstico tardio”, afirma a coordenadora.

Por isso a importância do acom-panhamento durante a realiza-ção do teste.

Caso o resultado seja po-sitivo, a pessoa é encaminhada para receber todo o acompa-nhamento e aconselhamento. É nesse momento que inicia o trabalho da equipe multidis-ciplinar: infectologista, enfer-meira assistencial, assistente social, psicóloga, farmacêutica. O acompanhamento trabalha a questão emocional, psicológica e como será a vida do paciente a partir daquele ponto. “É total-mente possível um paciente so-ropositivo levar uma vida nor-mal e com tenha qualidade de vida. Ele pode trabalhar, namo-rar e ter filhos não positivos. É pra isso que nós trabalhamos”, conclui Dayse.

ServiçoO Programa Municipal

DST/AIDS funciona no bair-ro Timbaúbas, em Juazeiro do Norte. Contato: 3572-8283.

Famílias organizam Feira de Frutas Nativas da Chapada do Araripe

Soropositivo: é possível ter qualidade de vida

n José Araújo Maropo patenteou sua pesquisa junto ao INPI

Arthur Luiz

Cariri, 26/06/12CARIRI, 31/07/12

EXPE

DIEN

TE

Fone: (85) 3216.1600

Texto: Lina MoscosoAssessora de Imprensa: Suzete Nocrato

SubSeção do Crato Se reúne Comdiretoria do Fórum da ComarCa

A Subseção do Crato da Ordem dos Advogados do Brasil Secional Ceará (OAB--CE) participou, no dia 19 de julho, de reunião com a dire-toria do Fórum da Comarca. O encon-tro serviu para tratar das novas mudanças empreendidas pelo diretor do Fórum Hermes Parayba, no que diz respeito ao atendimento e demais serviços. A intenção do juiz da Comarca do Crato é manter a prestação de contas do Judiciário local.

Os advogados que militam na região ficaram satisfeitos com as mu-danças. Segundo eles, o atendimento no Fórum melhorou significativa-mente. Durante a reunião ficou acordado que a OAB do Crato vai doar um computador ao local para funcionar como terminal de consulta para o advogado. Participaram do encontro, o presidente da Subseção da OAB--CE no Crato, Fabrício Callou; o diretor do Fórum, José Batista de Andrade; presidentes de Comissões da Subsecional; e advogados da região.

“A reunião marcou o momento na história de aproximação entre OAB do Crato e diretoria do Fórum da Comarca. Agora podemos dizer que a Ordem dos Advogados participa das decisões no município que dizem respeito ao Judiciário”, enfatizou Fabrício Callou.

oab de Juazeiro do norte realiza CurSo de FériaS de direito Civil

Centro de apoio do Crato em pleno FunCionamento

A Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Juazeiro do Norte, sob a presidência de Cláuver Barreto, deu início, esta semana, ao curso de Direito Civil, sob a coordenação do professor Flávio Tartuce. A carga horária é de 16 horas e as aulas, que acontecem às 19h, seguem até o dia 2 de agosto.

O curso é telepresencial realizado em parceria com a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). O objetivo é de aproximar, capacitar e qualificar os advogados e advogadas do interior do Estado. As aulas vão colaborar para a formação profissional da classe, auxiliando na atualização e no aperfeiçoamento dos profissionais.

Para o presidente da OAB/Juazeiro do Norte, Cláuver Barreto, os cursos realizados pela Subsecional vêm proporcionando aos advogados acesso imediato à atualização profissional. O curso será realizado na sede da Sub-seção, que fica localizada na Rua Manoel Pires, 555, Bairro Lagoa Seca. As inscrições são gratuitas. Mais informações pelo telefone (88) 3571-2262.

O Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia (CADAA), sob a coordenação do advogado José Alcântara Matos Filho, já está em pleno funcionamento no Crato para atender aos advogados do Interior do Estado. Apesar de ainda não ter espaço físico, o Centro oferece supor-te aos profissionais que tiverem seus direitos e prerrogativas profissionais tolhidos, minimizando as dificuldades que possam encontrar e garantin-do um melhor desempenho na atividade profissional do advogado. O atendimento está sendo feito na Subseção do Crato, pelo telefone (88 3523-1802). Lá, as atendentes recebem as demandas e encaminham à coordenação do CADAA.

A sede do Centro de Apoio do Crato está sendo montada e será inau-gurada na primeira quinzena de agosto. De acordo com o coordenador, o espaço está com instalação em andamento e comportará dois gabine-tes com computadores e escâneres e mesas de reunião. Além disso, um funcionário receberá as reclamações e dará o devido encaminhamento. O órgão foi criado no começo do mês de julho. Para Alcântara Matos, é uma responsabilidade defender os advogados no seu dia a dia diante das violações de suas prerrogativas.

O CADAA visa adotar providências necessárias à defesa do advogado e da advocacia, acompanhando, defendendo e assistindo o advogado quando atingido em suas prerrogativas profissionais ou quando prejudi-cado em seu exercício profissional.

Page 6: Jornal do Cariri

6 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

VozesdoCaririFotos: Arthur Luiz / Arte: Evando F. M

atias

Tive a sorte e a iluminação para fazer

a estátua do padre Cícero. Foi uma obra

que ainda hoje marca a história e a vida de

Juazeiro, em todos os aspectos. Tornando-se

conhecida internacionalmente.

“Jornal do Cariri –

Quando o senhor se formou em medicina?

Mauro Sampaio – Eu me formei em 1952, no Rio de Ja-neiro. Dois anos antes, ainda como estudante, trabalhei no Hospital da Gamboa, onde comecei a fazer cirurgias. Formado, continuei tra-balhando lá.

JC – Quando começou o esse trabalho como médico em Juazeiro do Norte?

MS- Depois de algum tempo no Rio, recebi um convite do grande amigo e médico, Mário Malzone, para trabalhar nos hospi-tais daqui de Juazeiro. De maneira, que a minha vida foi muito ligada ao Nordeste, porquanto o meu pai (Leão Sampaio) tinha uma família muito grande, treze filhos.

JC – Como foi iniciar esse trabalho ainda muito jo-vem em Juazeiro?

MS – Quando eu cheguei aqui, praticamente só eu fazia ci-rurgia, porque eu fiz o curso com-pleto. Adquirir uma experiência muito ampla lá no Rio de Janeiro e eu trouxe isso para cá, pelas mãos de Mário Malzone. Rapidamente criei uma clientela muito gran-de. Eu trabalhava dia e noite nos hospitais e em regiões pobres da cidade, atendendo principalmente pessoas carentes, e me identifican-do bastante com as camadas menos favorecidas da população. Recebi, também, convite de Frei Jesualdo para prestar assistência aos pobres dos Franciscanos e isso me possi-bilitou uma aproximação daquelas pessoas, que na época não tinha assistência médica, até por carência de profissionais.

JC – Quando o senhor passou a ser chamado de médico dos pobres?

MS – Na realidade, a mi-nha clientela era mais os pobres, porque prestava assistência no bair-ro Franciscanos. Eu me apaixonei muito pelo ambulatório que tinha lá. Sempre tive esse espírito soli-dário, por isso tinha uma enorme alegria de atender todas as pessoas que me procurava. E, pelas contin-gências da época e do trabalho que eu exercia, terminei entrando na política.

JC – Como o senhor en-trou na vida pública?

MS – Como se pode obser-var, naquela época, o povo ligava os agradecimentos por assistência po-lítica. Eu fui levado por essas con-tingências e fui eleito pela primeira vez prefeito de Juazeiro do Norte. Tive a sorte e a iluminação para fa-zer a estátua do padre Cícero. Foi uma obra que ainda hoje marca a história e a vida de Juazeiro, em todos os aspectos. Tornando-se co-nhecida internacionalmente. Inclu-sive, certa vez, eu estava em Lisboa (capital de Portugal) e assisti, na televisão local, uma reportagem so-

bre a estátua do padre Cícero. Todas as coisas de Juazeiro estão associadas a ela. Eu fico muito feliz por isso, porquanto o Juazeiro é a imagem do padre Cí-cero. Não se pode negar a influência política e religiosa da figura do pa-dre Cícero aqui nossa cidade.

JC – E como surgiu a idéia de se construir a estátua do padre Cícero?

MS – Quando fui eleito prefeito pela primeira vez, dois ou três dias depois, eu recebi a visita de um beato que se chamava beato da Cruz. Foi a única vez que eu o vi. Ele me pediu para construir um cruzeiro em homenagem ao padre Cícero. Eu disse a ele que já existiam tantos cruzeiros espalha-dos pelo Brasil a fora, porque não construir a estátua do padre Cíce-ro? Foi uma coisa assim de repente. O beato sorriu e me disse: “olhe Dr. Mauro, muitos prefeitos já me prometeram fazer o cruzeiro e não fizeram, quanto mais a estátua do meu padim”. Eu respondi que não estava lhe prometendo nem uma coisa nem outra. Mas se eu tivesse de fazer seria a estátua. Dias depois, recebi a visita de um senhor cha-mado Armando Lacerda, me per-guntando se era verdade que eu ia fazer a estátua do padre Cícero. Eu confirmei. Ele disse: ”pois eu posso fazer. Eu lhe pedi que me trouxesse uma amostra para ver se eu gostava e ele fez uma miniatura (maquete) de gesso. Gostei muito e o contratei para executar o projeto. Depois ele me doou essa maquete e ainda hoje eu a tenho em minha residência. Te-nho muita vontade de doá-la, mas tenho medo de não terem o mesmo zelo que eu tenho. Mas ela terá que ser pública, mais cedo ou mais tar-de. Não é egoísmo. É zelo porque eu quero que ela seja realmente conser-vada para o povo de Juazeiro.

JC – E como foi a constru-ção da estátua?

MS – Foi muito trabalhosa, porque ela tinha que ser copiada e moldada lá no horto. E o Armando Lacerda não sabia como copiá-la. Foi quando apareceu a figura de um cidadão chamado Jaime Magalhães, que sugeriu que a estátua fosse co-piada com gesso e agave. Assim foi feito e deu certo. Todas as placas foram feitas sob a sua orientação. Um detalhe: quando o padre Cícero tentou construir uma capela lá no horto, ele foi proibido. Pois bem, a estátua do padre Cícero foi cons-truída nos alicerces dessa igreja. Observem que coincidência! Du-rante a construção tivemos muitas dificuldades. Por exemplo, faltou cimento. Eu conseguir cimento da Rússia e da Hungria. Teve ci-mento também do Brasil, mas foi pouco. O governador do Ceará, na época Plácido Aderaldo Castelo, tinha conseguido importação de cimento da Rússia e da Hungria e me cedeu uma parte desse cimento

para que a estátua do padre Cícero fosse construída. Outra passagem muito interessante é da iluminação da estátua. Eu precisava iluminar a estátua e fui à antiga CELCA (Companhia de Energia Elétrica do Cariri), cujo diretor era Expedito Cornélio, para encomendar a ilu-minação. Mas, inexplicavelmente, ele disse que só fazia o serviço à vis-ta. O valor era de 16 mil cruzeiros. A prefeitura não dispunha dessa quantia naquele momento, mas já tinha feito diversas obras, com ele sempre parcelando. Eu estranhei aquela atitude dele porque já tinha feito diversas obras. E nunca deixei de pagar. Eu resolvi, então, inau-gurar a estátua sem a iluminação, mas quando eu cheguei à Prefeitu-ra, o tesoureiro me disse que tinham depositado um imposto atrasado, exatamente os Cr$ 16 mil. Eu pe-guei o dinheiro, voltei à CELCA, chamei Expedito Cornélio e disse que a iluminação não ia deixar de ser instalada por falta de dinheiro. Isso foi sem dúvida, outra grande e maravilhosa coincidência! São coi-sas que a gente procura explicação e não encontra. Assim, foi realiza-da a inauguração, com a presença de uma multidão calculada em 500 mil pessoas vindas de vários Esta-dos. Na época, era a terceira maior estátua do mundo. Hoje, deve ter outras maiores, porque sempre existe essa questão de disputa de tamanho, mas nenhuma tem o sig-nificado da estátua do padre Cícero. E o beato da Cruz, nunca mais nin-guém me deu notícia dele.

JC – O senhor também viabilizou a instalação da Facul-dade de Medicina de Juazeiro do Norte?

MS – Essa é outra coisa muito interessante. Quando fui prefeito a primeira vez (1966-1970), criei a Lei 360 de 1968, que criava a Faculdade de Medicina de Juazeiro. Eu ia construí-la, mas veio o mo-vimento militar que inviabilizou todo o procedimento. Afora isso, tivemos outras dificuldades porque não queriam criar mais faculdades de medicina. Mas, anos depois, na minha segunda passagem pela pre-feitura (1997-2000), eu consegui, com o então Ministro da Saúde, José Serra, a aprovação do projeto da Faculdade de Medicina. Enfren-tamos grande oposição, inclusive, de várias entidades médicas. Mas consegui superá-las. Tivemos todos os tipos de obstáculos, menos do Es-tado do Ceará. Depois que eu criei a Faculdade de Medicina houve uma verdadeira proliferação de faculda-des. Hoje, Juazeiro tem muitos cur-sos superiores. Isso é ótimo porque devemos sempre pensar no futuro. Não existe obstáculo nenhum que não possa ser vencido. Basta querer, procurando os meios cabíveis para realizar o que desejamos. Fico grato em poder levar ao conhecimento da população essas informações.

Mauro Sampaio, um médico dos pobres

Chagas Lima

O médico José Mauro Cas-telo Branco Sampaio, 85 anos, foi prefeito de Jua-zeiro do Norte por duas

vezes e deputado federal durante cinco mandados. Formado no Rio de Janeiro, voltou ao Cariri para exercer a profissão que escolheu, em algumas das comunidades consideradas mais pobres de Juazeiro. Também deu as-sistência às famílias menos favoreci-da do bairro F r a n c i s c a -nos, aonde adquiriu o título popu-lar de mé-dico dos pobres.

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7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

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Diretora TécnicaDrª Fabiana Pereira Rodovalho Alencar Gomes

ALFARMA, a primeira farmácia de manipulação genuinamente Cratense.

L é i a Simone e sua filha Yasmim são a prova que amizade entre mãe e filha tem que existir. Mãe coruja que só ela, Léia acom-panha, de perto, o crescimento da sua querida.

Os atletas do Cariri fizeram bonito no Campe-onato Mundial de Jiu Jitsu, realizado em São Paulo-SP. O grupo é lidera-dos pelo professor Yoshinori Mo-rimitsu (Japa), que conquistou pelo segundo ano consecutivo, o ti-tulo de campeão mundial na ca-tegoria Galo- 2012. Com disciplina e treinamentos diários, essa equipe promete brilhar ainda mais. Parabéns ao Japa e à Kimura Nova União!

Lívia Fernandes e Marcello Cruz selaram seu amor perante Deus e os homens. A recepção assinada por Ana Lourdes (Requinte Buffet) estava impecável e os noivos comemoraram com seus amigos e familiares, ao som da Orquestra Prisma. Foi diversão a noite toda! Que Deus abençoe essa união!

É DE BOLAR DE RIR FUTURO

M o t i v o de orgulho para os pais, Luiz Wellington e Iana Maria, a jovem Luiana Amorim Brandão come-morou a sua apro-vação no vestibu-lar de medicina.

CUMPLICIDADE

JUST MARRIEDFoi com

uma bela festa que Daniel Pereira Barros comemo-rou a sua forma-tura em Medicina. Filho de Francisco Barros e Maria de Lourdes Barros, ele teve como ma-drinha sua irmã Denise, que co-memorou muito a vitória e o início de uma nova fase na vida do recém--formado.

BICAMPEÃO MUNDIALFORMATURA

As queridas Veridiana, Gilmara e Eliana estão trazen-do ao Cariri os humoristas Ruanito e Edson, que vem fazendo su-cesso no programa Domingão do Faustão. Aguardem! Vai ser de bolar de rir.

COSPLAY

Cultura japonesa atrai seguidores no Cariri

Ingrid Monteiro

A prática do Cosplay cresceu significativa-mente nos últimos anos e conquistou

um grande número de adep-tos em muitos países, inclusive no Brasil. Considerado hobby ou até mesmo um novo estilo de vida, a atividade acumula, cada vez mais, seguidores no Estado do Ceará, considerado uma das grandes referências nacionais e que se destaca na seletiva do world Cosplay-Summit, campeonato interna-cional da atividade.

Um grupo de jovens que se vestem e interpretam seus personagens favoritos, sejam esses herois de quadrinhos, fil-mes, grupos musicais, games e animes. Essa é a principal característica do Cosplay, uma tribo urbana que teve início em uma feira de ficção científica nos Estados Unidos, em 1939, e se consolidou no Japão, na década de 1970. Nos últimos anos, a prática vem ganhando cada vez mais popularidade na região do Cariri.

Em Juazeiro do Nor-te, o fenômeno mundial atrai pessoas de diferentes idades.

Centenas de homens e mulhe-res praticam o cosplay, que sig-nifica “brincar de se fantasiar”. Engana-se quem pensa que a atividade é brincadeira de criança. Os praticantes levam esse trabalho a sério e são con-siderados cosplayers profissio-nais, que não medem esforços para se parecer com o persona-gem preferido.

De acordo com o pro-dutor cultural e integrante do grupo Akatsuki, Arthur Ro-drigues, o movimento cosplay caririense se expande a cada ano. “Antigamente, as pessoas tinham receio de se fantasiar, mas esta realidade mudou, principalmente por conta da realização de eventos e compe-tições, que atraem muitos pra-ticantes”, enfatiza.

Já o professor e inte-grante do grupo Katsu, Luiz Tavares, afirma que a região se tornou destaque em todo o País. “Temos cosplayers que estão representando o Cari-ri em eventos na capital cea-rense e em outros estados do Brasil”, enfatiza. “Existe uma grande expectativa que o nos-so trabalho seja reconhecido no exterior, mas ainda falta o incentivo e apoio necessário

para desenvolvermos nossos projetos”, acrescenta.

O universo cosplay es-timula a imaginação e criativi-dade dos participantes. O es-tudante Esdras Nogueira sabe bem disso. Ele conta que seu interesse por cosplay aumenta a cada dia, principalmente em relação à criação de suas fan-tasias, confeccionas manual-mente com material reciclável. “A cada evento que participo, tento melhorar a performance do personagem, sobretudo na interpretação de suas habili-dades e personalidade”, reve-la o jovem que conquistou o primeiro lugar no campeonato de cosplay, realizado no último dia 13, em Fortaleza.

Para a estudante Sammyle Barros ser cosplay foi algo que começou como brincadeira. Sua primeira par-ticipação em um evento foi em 2008. “Nunca tinha participado antes de uma competição desse tipo e não conhecia a prática de se fantasiar de um personagem favorito. Comecei a me inte-ressar pelo cosplay, passando a criar minhas próprias fanta-sias”, finaliza a universitária, que conta apenas com a ajuda de uma costureira.

n Jovens fantasiados de personagens, em invasão cosplay, em Juazeiro do Norte

Page 8: Jornal do Cariri

CÍCERO NICÁSSIO

TOQUE DE PRIMEIRA

EXAGEROS A carência de ídolos é tão grande que

boa parte da imprensa juazeirense fez um estardalhaço com a saída do centro avante Paulo Rangel. Ele marcou sete gols, seis em amistosos e um contra o Águia de Marabá, pela série C. Nunca vi tanto exagero em torno de um atleta, que não teve nem tempo de marcar a sua história no Verdão do Cariri. Marciano, que é o maior artilheiro, com 88 gols, já saiu várias vezes do Icasa e não houve nenhum alarde. Parece até que falta noticia.

MOTIVO

O treinador do Guarani, Antonio Luiz, foi demitido porque não aceitou as interferências do diretor de esporte, Luciano Basílio. O efeito Kleber Lavor fez mais uma vítima, quem não lembra que na penúltima rodada do Campeonato Cearense, o treinador W Luiz deixou o comando do Leão do Mercado pelo mesmo motivo. Um lembrete para os dirigentes: trocar ideias é diferente de impor.

RITMO

Quando um atleta passa um bom período machucado, no retorno para o campo, ele reclama de um tal ritmo de jogo. E alguns comentaristas analisam com esse mesmo raciocínio. Ritmo de jogo é simplesmente a condição física comprometida, mas isso não é uma regra, pois não acontece com todos os jogadores que passam um bom tempo no departamento médico. Joao Marcos, volante do Ceará, passou 150 dias sem jogar, votou contra o Asa e não desafinou.

REPRESENTATIVIDADE

Analisando bem a Copa Fares Lopes, dos times que tem condições de chegar à final é o único que não está disputando duas competições: o Guarani de Juazeiro. Icasa e Guarany de Sobral estão na série C e o bicampeão Horizonte está na série D. Na vitoria de 2 a 0 contra o Crato, o treinador Tarcísio Pugliese colocou em campo o famoso mistão. O time hotizontino sabe o que a Copa Fares Lopes vale, em termos de representatividade.

SABOR DO BOLO

Emprego de treinador é sempre interino. Na derrota de 2 a 1 contra o Águia de Marabá, pela série C, o zagueiro do Guarani de Sobral escorregou e o atacante do Águia marcou o gol da vitória, o que causou a queda do treinador Júlio Araújo. Treinador de futebol não é santo para fazer milagres, Joel Santana foi afastado do Flamengo, como o principal culpado pela péssima campanha que o time vem fazendo no Campeonato Brasileiro. No momento, o Flamengo não tem time nem elenco, a solução não é a troca de treinador. Não se muda o sabor do bolo, sem mudar os ingredientes.

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 31 DE JULHO A 06 DE AGOSTO DE 2012

ARTE MARCIAL

Procura pela prática do judô cresce no Cariri

Ingrid Monteiro

A prática de judô, esporte que traba-lha a parte física e mental do atleta,

faz sucesso entre a população infanto-juvenil. Em Juazeiro do Norte, educadores afir-mam que cresce o número de pais que matriculam seus filhos na aula esportiva, pois acreditam que a arte marcial japonesa ajuda as crianças a se formarem com valores fun-damentais, como o respeito, integridade e disciplina.

Inúmeros são os fatores que conduzem os pequenos à prática do judô. Muitas vezes atraídas pelos amigos, incenti-vadas pelos pais com o intuito de contribuir na continuidade do processo educacional ou até mesmo sob recomenda-ção médica, com o objetivo de corrigir problemas clínicos. No entanto, especialistas aler-tam que a criança, ainda em período de desenvolvimento ósseo, não pode ser submeti-da a um treinamento que exija grande esforço físico.

“Procuramos oferecer um treino diferenciado aos alunos conforme a sua faixa etária, principalmente em re-lação às crianças entre quatro e seis anos de idade, pois ain-da apresentam pouca coorde-nação motora”, explica o sen-sei, Roosevelt Warner Silva, que há 20 anos desenvolve trabalho esportivo no Sesc de Juazeiro do Norte.

Criado no Japão, em 1882, pelo professor Jigoro

Kano, que se dedicava em trabalhar a arte marcial vol-tada para educação infantil, o judô chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. A moda-lidade se diferencia das outras artes marciais porque conse-gue atender crianças de todas as faixas etárias, permitindo que o praticante conheça no-vos movimentos, aperfeiçoe sua coordenação e domínio corporal, além da influência direta no aprendizado esco-lar. “O aluno deve possuir um bom rendimento na escola e no ambiente familiar para que possa obter a troca de faixa, uma vez que esta arte tem sua filosofia voltada para o bem estar físico, mental e social”, enfatiza Warner Silva.

A dona de casa Ana Cleide Macedo já sabe os benefícios que a atividade proporciona a sua filha, Ali-cia Macedo, de apenas seis anos. “Ela começou a pra-ticar o judô recentemente, mas já posso perceber a sua menor timidez e maior capa-cidade de equilíbrio e resis-tência”, declara.

Já o estudante Fran-cisco Felipe Júnior diz que o judô contribui bastante para o seu estilo de vida. “Come-cei a participar das aulas por conta que precisava perder peso e me apaixonei pelo es-porte”, revela. “Hoje, sonho em me tornar judoca e parti-cipar de competições, repre-sentando a nossa região”, fi-naliza o jovem atleta de oito anos de idade.

n Judô auxilia no desenvolvimento físico e mental de crianças

Samuel Macedo

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