jornal do cariri - 02 a 08 de agosto

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Edição do Jornal do Cariri da semana de 02 a 08 de agosto

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Page 1: Jornal do Cariri - 02 a 08 de agosto

CÂMARA DE JUAZEIRO

ARTE

CRATO

MESA BRASIL

O periódico do Cariri independente REGIÃO DO CARIRI l DE 02 A 08 DE AGOSTO DE 2011 l ANO XIII l NÚMERO 2493 R$ 1,50

Denúncias de corrupção marcamvolta dos vereadores ao trabalho

Times de Juazeiro lutam por apoio financeiro

ESPORTE

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CULTURA

Cariri terá segundo Forró das Antigas

FAÇA PARTE DA NOSSA EQUIPE

COMERCIAL

INFORMAÇÕES:

(88)3511-2457

A quantidade de diagnósticos de glaucoma é crescente e tem preocupado as autoridades de saúde. Mas, os números que se tem andam longe de representar a realidade dos casos da doença. A grande dificuldade é a falta de informação que impede as pessoas de procurarem atendimento oftalmológico para diagnosticar o glaucoma. Especialistas alertam para a necessidade da realização de campanhas públicas voltadas para a saúde ocular nos municípios. Juazeiro, que vem realizando levantamento desses números, diagnosticou 307 casos em duas semanas. Barbalha e Crato não dispõem de dados oficiais.

Rosário Lustosa lança livro cordel sobre JN

Mototaxistas reivindicam capacitação pelo DetranPrograma doa

toneladas de alimentos a 14 municípios Instituições de quatorze municípios da região do Cariri são beneficiadas com doações de alimentos arrecadados pelo Programa Mesa Brasil do Sesc/Juazeiro, em campanhas realizadas periodicamente na terra do padre Cícero.

Em um contexto de símbolos e relíquias, o livro 100 anos de Juazeiro Registrados no Cordel, da autora juazeirense Rosário Lustosa, pretende contar de forma poética toda a história da cidade.

Foto: Cícero Valério

n Pacientes desconhecem o glaucoma por causa da falta de informação sobre a saúde ocular

Mototaxistas do Crato querem explicação do Departamento Estadual de Trânsito sobre a não realização do curso de capacitação que lhes credencia para exercer a profissão, que já é reconhecida por Lei Federal, aprovada há dois anos, no Congresso Nacional. De acordo com as normas, somente o Detran é autorizado a ministrar o referido curso, que terá duração de 30 horas.

CAMPANHA OABBARBALHA

Juizado faz levantamento de paternidade em escolas

O reconhecimento paterno de muitas crianças e adolescentes é o principal objetivo do trabalho que o Juizado da Infância e Juventude de Juazeiro do Norte inicia neste terça-feira (2), em escolas das redes municipal, estadual e particular.

Preparação para prova é árdua para bacharéis em DireitoA reprovação de mais de 88% dos 106.891 bacharéis em Direito inscritos para a seleção da OAB preocupa mestres e alunos em todo o país. Os números resultaram em um aumento da procura por cursinhos e conteúdos específicos também no Cariri.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) estipulou um novo prazo para que a empresa Nassau/Itapuí, em Barbalha, apresente um estudo das fontes poluentes da fábrica. A empresa deve ser oficiada esta semana e tem 30 dias para cumprir a determinação. Após a análise desse estudo, deve ser assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), de adequação à legislação ambiental.

Semace dá novo prazo para Nassau

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DIAGNÓSTICO

Glaucoma cresce e assusta autoridades de saúde

As Câmaras de Vereadores do Crajubar retomam as atividades após o recesso do primeiro perído legislatvo em um clima de tumulto. As sessões preveem a discussão sobre desvio de conduta ética, denúncias de corrupção, tráfico de influência, uso de laranjas - pessoas contratadas para assessoria parlamentar com o objetivo de dividir ou desviar dinheiro de salários, e suspeita de fraudes em votações de doação e permuta de terrenos.

Editorial, 3 e coluna Donizete Arruda

Page 2: Jornal do Cariri - 02 a 08 de agosto

Existem certas situações que atingem rapidamen-te o nível da tolerância, ultrapassando-o. Uma delas é a questão ambiental. Não há riscos imaginários diante de elementos visíveis ou sensíveis nesse campo. Um coisa é se falar em aquecimento global ou em estudos sobre o de-gelo do Polo Norte. Outra coisa é ver a poluição saindo de chaminés, o despejo de resíduos tóxicos e a situação cala-mitosa da saúde comunitária por efeito dessas duas cau-sas. Em sendo assim, não há muita margem de manobra. Não há explicações, até porque palavras não interrompem o fluxo poluidor, nem restituem a saúde aos doentes.

É precisamente no nível do intolerável o ponto em que se encontra a situação da fábrica de cimento de Bar-balha, objeto de matérias em edições anteriores do JC e que teve anunciada sua sujeição aos mecanismos legais e administrativos contra agentes poluidores. Na prática, a Secretaria do Meio Ambiente deu mais prazo à fábrica e, de modo concreto, pouco ou nada foi realmente feito em benefício da população do entorno do empreendimento, que permanece submetida ao risco ambiental.

No Direito Ambiental, prevalece o princípio da pre-caução. Não se espera chegar ao dano para se comprovar sua existência. Não se aguarda que a vítima prove que está submetida a lesões ambientais. A mera noção de ati-vidade de risco já envolve quem a desempenha em uma rede de obrigações preventivas, que podem chegar inclu-sive à interrupção dos processos econômicos em nome da preservação ecológica. Parece que esse princípio não tem sido considerado pelos empresários da fábrica de cimento de Barbalha e que ele é objeto de uma visão mais, diga-mos, tranquila por parte dos que são obrigados por lei ao exercício da fiscalização e do controle ambientais.

Salvo a ação de alguns poucos abnegados e o teste-munho das vítimas desse problema, pouco tem sido fei-to em relação ao problema da fábrica de cimento, que se instalou na área há muitos anos, em uma época de quase nenhuma consciência ambiental. Os tempos são outros. A agenda ecológica pauta a ação de Governos e empresas. Não existe mais governança corporativa sem se levar em conta o problema ecológico. O que tem o povo de Barba-

lha? É inferior a outras populações onde a Nassau está instalada no País? Por que esse preconceito? O que leva os barbalhenses a serem submetidos ao risco ambiental sem maiores limites?

Todas essas questões devem e merecem resposta. E imediatamente. E para já. O Ministério Público, a Secretaria de Meio Ambiente e os órgãos municipais competentes pos-suem um amplo cabedal de meios jurídicos para embargar a ação poluidora, de modo preventivo, seja administrativa, seja judicialmente. Não é o caso de pagar para ver e sim de evitar que a população pague com sua saúde, seu futuro e sua sanidade pela continuidade de uma indústria que não provou ser totalmente segura em termos ambientais.

Testes científicos são realmente necessários. Mas, em Direito Ambiental, deve-se interromper a atividade até que se prove que ela não polui. É exatamente o contrá-rio da lógica que parece estar sendo a reitora da ação de muitos organismos neste processo.

O JC continuará esperando uma resposta e fiscali-zando a ação dos responsáveis.

EditorialFÁBRICA DE CIMENTO DE BARBALHA: ATRASO OU LENIÊNCIA?

2Opinião

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

Exped

iente

:

Fundado em 5 de setembro de 1997O Jornal do Cariri é uma publicação

da Editora e Gráfica Cearasat Comunicação Ltda

CNPJ: 34.957.332/0001-80

O periódico do Cariri independente

Diretor-presidente: Luzenor de Oliveira Diretor de Conteúdo: Donizete Arruda Diretoria Jurídica: Vicente Aquino Chefe de Redação: Jaqueline Freitas Editora Responsável: Elizabeth Rebouças

Administração e Redação: Rua Pio X, 448 - Bairro Salesianos - CEP: 63050-020 - Juazeiro do Norte – Ceará - Fone (88) 3511.2457Sucursal Fortaleza: Rua Coronel Alves Teixeira, 1905, sala 05, Telefone: 085.3462.2607 - Celular: 085.9161.7466Sucursal Brasília: Edifício Empire Center, Setor Comercial Sul, Sala 307, Brasília-DF

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores

Conselho Editorial: Geraldo Menezes Barbosa | Francisco Huberto Esmeraldo Cabral | Napoleão Tavares Neves e Monsenhor Gonçalo Farias Filho

Fale conosco Redação w [email protected] w [email protected] w [email protected] w [email protected] w [email protected] Departamento Comercial w [email protected] | Diretoria w [email protected] | Geral w [email protected]

Envie sua carta para [email protected] e dê sua opinião faça sua sugestão, uma crítica. Esse espaço é aberto para você, caro leitor.

SEXTILHA CARTA

UMA PALAVRINHA AMIGAUM SORRISO DE ESPERANÇAUM ABRAÇO COM AMORFAZ NASCER A CONFIANÇAA FÉ REMOVE MONTANHASE QUEM ACREDITA ALCANÇA!

Welington Costa

Muito bem elaborado o caderno especial sobre o centenário de Juazeiro do Norte. Estava escutando a rádio Padre Cícero quando ouvi os comentários sobre a edição. Boa iniciativa por parte do Jornal do Cariri. Nunca houve um material tão diversificado sobre a nossa cidade. Ficará na história, servindo como um documento sobre os 100 primeiros anos de Juazeiro.

Maria Natércia, estudante de História

COMPRAS PELA INTERNET: SAIBA COMO FUNCIONA O DIREITO DE ARREPENDIMENTO

Hoje em dia, fazer compras é uma tarefa fácil. A gente não precisa nem sair de casa. As lojas virtuais, os catálogos e os serviços de televendas proporcionam uma comodidade sensa-cional. O problema é que às vezes não gostamos da mercadoria. Quando ela chega em casa, ao vê-la melhor, per-cebemos que não fizemos um bom negócio. Aí surge a dúvida: É possível desistir da compra, devolver o produto e pegar o dinheiro de volta?

Sim, é possível. O Código de De-fesa do Consumidor prevê o direito de arrependimento quando o produto é

adquirido fora do estabele-cimento comercial (art. 49). O consumidor tem o prazo de 7 dias, a contar do rece-bimento da encomenda, para desistir da compra. O direito de arrependimento não pre-cisa de justificativa, ou seja, você pode simplesmente de-sistir da aquisição, mesmo que o produto não tenha nenhum defeito. Nesse caso, a empresa tem que devol-ver imediatamente os valores recebi-dos, inclusive o relativo ao frete.

Para garantir o seu direito, é im-

portante guardar uma prova do comunicado de arrependi-mento (número do protocolo, aviso de recebimento, e-mail, fax etc.). Assim, se a empresa descumprir a lei, você poderá registrar uma reclamação no Procon. Se essa providência não resolver o problema, a

solução será recorrer ao Poder Judiciário (ação judicial).

Thiago Garcia IvassakiAdvogado

“EM PÉ DE IGUALDADE”Há uma corrente de estudiosos

do comportamento humano tupini-quim com direcionamento ao março do desenvolvimento do feminismo no pais e se tem esse mérito ou não, é difícil saber. Certo mesmo é que, um a enxurrada de estudos e pesquisas comportamentais e mercadológicas trouxe a tona a crescente importância que o “sexo frágil” vem conquistando na sociedade. Da década de 70 até os anos 90, as mulheres traçaram um ca-minho sem precedentes.

Se antes elas se viam apenas no papel de “donas de casa” dedicadas, mães e esposas perfeitas, o bonde da história lhes trouxe novos caminhos e outros horizontes. Conquistas, der-rotas, vitórias e frustrações diante de uma nova perspectiva de vida torna-ram a mulher um ser complexo.

E, em meio a tantas transforma-ções, elas entraram em profunda crise de identidade. Em meados de 1991, importante observador do assunto, que vinha investigando tendências do comportamento brasileiro, tornou pú-blica essa crise feminina de divulgar os resultados da pesquisa, onde 330 mu-lheres entrevistadas se mostraram divi-didas entre a realização pessoal e pro-

fissional. No estudo fica claro o conflito existente entre a independência que conquis-taram e os sonhos que ainda acalentam.

A pesquisa a época serviu como ponto de refle-xão para o sexo feminino e mostrou, também, como a mulher moderna acumulou tarefas. Sua responsabilidade no con-texto social cresceu vertiginosamente, chegando ao ponto de equipará-la até mesmo economicamente, ao sexo masculino. Essa ascensão, embora te-nha trazido doces vitórias, foi marcada por batalha amarga e preconceituosa. Em documento da ONU, intitulado “as mulheres do mundo”, fica claro que muitos dos benefícios que as mulheres obtiveram no âmbito trabalhista, edu-cacional e de saúde poderiam se rever-ter a qualquer momento.

É que, conforme o levantamen-to, em época de recessão a mulher é a primeira a ser afastada quando há redução na oferta de emprego. Dis-criminação? Sim, afirmava o relatório, acrescentando que, em todos os países do planeta são encontrados traços de preconceitos contra o sexo feminino.

Dificuldades e preconceitos a parte, a mulher não se in-timidou em sair a luta. Sua presença no mercado de trabalho foi, pouco a pou-co, se tornando uma reali-dade irreversível. Em 1970, elas representavam 24 por cento da população econo-micamente ativa. Dez anos

mais tarde, alcançaram 31 por cento, chegando a 35 por cento, próximo ao ano de 1990.

Um dos fatores que levou a mulher ao marcado de trabalho foi o aumento do seu nível de escolaridade um menor número de filhos também liberou mais a mulher para o trabalho fora de casa. A redução da taxa de fe-cundidade acentuou-se e a expectativa é que esse número venha a diminuir mais ainda. Assim, a independência econômica da mulher, ao longo dos últimos anos, transformou-a num ape-titoso mercado potencial para as mais diferentes indústrias de produtos e ser-viços.

Almerio CarvalhoRadialista Secretario Geral

Câmara Municipal do Crato

UM BEATO PERFUMADOOs bea-

tos que conhe-ci na década de cinqüenta, do século pas-sado, em Jua-zeiro, não ti-nham nada de p e r f u m a d o s . Eram homens magros, barbados, mal vestidos e fedorentos: se fossem beatas não se distancia-vam muito destas carac-terísticas.

Lembro-me das pregações desventuradas do beato José e de sua ojeriza a homens efemi-nados; quando os encon-trava, vociferava:

Homem rapariga, você está no inferno!

Existiam outros que não me recordo dos nomes.

Da ala feminina, só consegui lembrar da beata Júlia, que cuidava do urubu-rei, remanes-cente dos viveiros do Padre Cícero.

Porém, nas primei-ras décadas do século, habitou em Juazeiro um beato, que apesar de analfabeto, exerceu so-bre a comunidade, mais conhecida como caldei-rão, uma liderança sem precedentes na região: José Lourenço. Essa lide-rança começou a surgir quando o padre Cícero alugou um terreno de João de Brito, irmão do meu avô paterno, no mu-nicípio de Crato.

O sítio Baixa Dan-tas estava semi abando-nado quando o negócio foi fechado.

O beato mudou--se para lá e começou a

fomentá-lo para receber romei-ros “flagelados” que chegavam a Juazeiro, de toda parte do Nordeste. Bas-tou dois anos para o beato

transformar o sítio numa verdadeira “terra prome-tida”.

Segundo meu avô Britinho (Manoel Viei-ra de Brito), o beato era um homem prático, de boa aparência, de con-versa fluente e sociável. Conhecia e visitava os ri-cos da época e também os recebia na sua comu-nidade. Quando algum deles se deparava com um problema agrícola ou agropecuário, já sabia onde ir buscar a solução.

Disse-me também que quando o beato es-tava na sua comunidade e sem visitas, vestia-se igual aos comuns e não encontrava rival no tra-balho pesado; porém, quando ia à cidade ele mudava de figura: usa-va terno bem talhado, botas polidas, chapéu e muita água de cheiro. E quando montado em seu cavalo “trancelim”, se aproximava, sentia-se logo o aroma de perfume importado.

J. Ronald BritoProfessor

Page 3: Jornal do Cariri - 02 a 08 de agosto

3REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

PolíticaPolítica

DONIZETE ARRUDAPolítica

VOLTA AO TRABALHO

Vereadores de Juazeiro são alvo de denúncias de corrupção

A s Câmaras do tri-ângulo Crajubar retomam as ati-vidades do se-

gundo período legislativo de 2011. Em Juazeiro, as sessões desta semana serão marcadas pelas discussões e repercussão de denúncias de uso de servidores laran-jas para desvio de dinheiro destinado ao pagamento de salários, suspeita de fraude na votação de mensagens sobre doação de terrenos e rachadinha de salários.

Está prevista para a pri-meira sessão, a leitura do pedido de cassação do Pre-sidente da Câmara, José de Amélia Junior (PSL), solici-tado pelo presidente do di-retório do Partido Socialis-ta Brasileiro (PSB), Carlos Macedo. O pedido foi mo-tivado por uma denúncia de suposta ilegalidade na lei municipal 8.323, que foi sancionada em 27 de maio de 2011, autorizando a ce-lebrar instrumento de per-muta de bens pertencentes ao patrimônio público mu-nicipal por imóvel recente-mente adquirido por José Washigton Dantas dos San-tos.

Os vereadores Tarso Magno da Silva (PSL), Ro-berto Sampaio Lima (PSB), Gledson Bezerra (PTB) e Antônio Ferreira dos Santos (PC do B) expuseram que a permuta do terreno não ha-via sido submetida à apre-ciação do plenário naquela ocasião. “Como não foram apresentadas imagens nem

áudio dessa data, configu-ramos um crime de falsida-de de documento público”, declarou Gledson. Uma vez comprovada à irregularida-de, caberá a cassação.Mais denúncias

Também estão em pauta denúncias contra os vereadores Gledson Bezer-ra, acusado de efetuar “ra-chadinha” de salário com servidores públicos; Ro-berto Sampaio, que foi sub-metido à acusação de fa-vorecimento em saques do Programa Bolsa Família, e a Tarso Magno, por suposto uso de laranjas.Barbalha

O retorno das ativi-dades da Câmara de Bar-balha ocorrerá no dia 8 de agosto. Está previsto para a primeira sessão a discussão concernente a denúncia fei-ta no período de recesso ao

Centro de Apoio Psicosso-cial - Álcool e Drogas (Caps AD), que estaria sendo be-neficiado com recursos, embora sem funcionamen-to. “Precisamos envolver o Ministério Público Federal nessa questão por se tratar de recursos federais. Bem como, obter respostas das solicitações que fizemos aos outros órgãos”, decla-rou o vereador Rildo Teles (PSL).

Rildo também men-cionou que será feita uma investigação da causa e dos componentes que vazaram ao chão, oriundos do aci-dente que vitimou seis pes-soas no dia 16 de julho “(O caminhão que transportava uma carga de tinta automo-tiva bateu na traseira de um ônibus que levava cerca de 30 pessoas). “Foi feita uma limpeza superficial a cargo

da Prefeitura, mas solicita-mos a Semace que seja feita uma avaliação físico quími-ca dos produtos liberados ali, para que obtenhamos uma resposta contundente sobre os danos que os pro-dutos possam causar aos moradores, já que as árvo-res que ficavam ali morre-ram.Crato

A Câmara Legislativa em Crato retomou as ativi-dades nesta segunda-feira (1). Os vereadores propu-seram o projeto que visa o aumento de vagas dos edis na Câmara, de 12 para 19, firmado pela Constituição. E a implementação da Zona Azul no município para di-namizar o fluxo de veículos e auxiliar na falta de estacio-namento nas principais vias. Colaborou:Jacqueline Dantas

n Câmara de Juazeiro deve colocar em pauta denúncias que podem incidir em infrações político administrativas

O vereador Tarso Mag-no Teixeira Silva (PSL) reba-teu as acusações protocola-das no dia 26 de julho, pelo presidente da Câmara, José de Amélia Júnior (PSL), me-diante denúncia de infração político administrativa, cuja autoria é de Francisco Al-ves da Silva. Tarso defendeu que as pessoas com as quais trabalha (em particular sua assessoria) comparecem a to-das as sessões da Câmara, e prestam esclarecimentos de suas atividades. Portanto, não seria legítima a denúncia de utilização de “laranjas”,

pelas quais o dinheiro públi-co seria desviado.

Tarso referiu-se a uma cisma política por estar con-trariando os interesses de José de Amélia. “Tenho apre-sentado uma postura dife-rente da dele. É certo que ele tome atitudes para tentar me intimidar, mas diferente do que ele pensa, eu quero que apurem a denúncia passo a passo. Permanecerei no man-dato e vou defendê-lo até o final, pois estou no cargo por vontade do povo”, afirmou.

O vereador ainda fri-sou que acatará as devidas

ordens: “Espero que sejam tomadas as decisões necessá-rias. Faço questão de ajudar na fiscalização, bem como aguardo a vinda do Ministé-rio Público para que apurem rigorosamente. Só não quero ficar refém”. Garantiu ainda o seu interesse na punição caso achem qualquer tipo de irre-gularidade. “Tenho uma vida pública limpa”, destacou.

“Roberto Sampaio (PSB), Gledson Bezerra (PTB) e eu conseguimos revogar a liminar a cerca da permuta dos terrenos, a contragosto de José de Amélia, que forjou

a ata”. O vereador se refere a permuta de três terrenos com 60 mil metros quadrados de áreas verdes do Município, localizados na Lagoa Seca, por 1 gleba de seis tarefas do Sítio Chumbada, zona rural do município, em uma transação entre a Prefeitura Municipal e a SR Empreendi-mentos Ltda, do empresário Sílvio Rui.

Procurado pela repor-tagem do JC, José de Amélia optou pelo silêncio, não re-tornando os recados deixa-dos com assessores e na cai-xa postal do seu celular.

Tarso rebate uso de laranjas para desvio de dinheiro

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Podridão na Câmara de Juazeiro

A reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Juazeiro será marcada pela tensão. A lama invadiu corredores e gabinetes do Legislativo juazeirense. Nada menos que quatro vereadores – Zé de Amélia, Gledson Bezerra, Tarso Magno e Roberto Sampaio - enfrentam denúncias graves da prática de irregularidades que comprovadas podem levar a cassação. Todos sem exceção estão na berlinda. Até o próprio presidente Zé de Amélia enfrentará um pedido de afastamento já apresentado pelo PSB por supostamente ter fraudado a Lei Municipal No 8.323 que trata de permuta de bens pertencentes ao patrimônio público de Juazeiro. Zé de Amélia reage. Sustenta não haver irregularidade na aprovação dessa lei. E garante estar sendo vítima de uma armação do “corrupto” ex-prefeito Carlos Macedo.

Vice-presidente da Câmara bem enrolado

O vice-presidente da Câmara de Juazeiro, Gledson Bezerra, é acusado de se apropriar indevidamente de parte dos salários da servidora pública Marlene Brasil. Veja a denúncia no vídeo divulgado no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=tBrgC_7FPIo . O Ministério Público já está investigando a acusação. Marlene conta em detalhes da fraude. Com medo de morrer fugiu de Juazeiro e ninguém sabe seu destino. Escondida, teme ser morta como queima de arquivo. Gledson Bezerra alega inocência, mas também está seriamente ameaçado de sofrer um processo de cassação de seu mandato.

Nem a oposição escapa da lama

O principal nome da oposição na Câmara de Juazeiro, Tarso Magno, é outro vereador enrolado. A acusação contra ele é a mesma feita ao vice-presidente Gledson Bezerra. Tarso Magno utilizaria nomes de laranjas como assessores para receberem seus salários. O dinheiro seria desviado para a conta de Tarso Magno. São 34 denúncias protocoladas na Câmara para que sejam investigadas de desvio e apropriação indébita. Tarso Magno justifica não proceder as acusações e estar sendo vítima do presidente Zé de Amélia. Alega que todos os seus servidores comparecem ao trabalho e acompanham as sessões no Poder Legislativo.

Velha denúncia continua sem apuração

Outro vereador juazeirense implicado em denúncias de corrupção é Roberto Sampaio. O Ministério Público Federal apura o pagamento do Bolsa Família a Sampaio. Apesar de ser uma acusação bem antiga, as investigações não foram ainda conclusivas. Porém, mesmo assim existe um pedido de cassação do mandato de Roberto Sampaio.

Lama permanente na Câmara juazeirense

Atônita, a população de Juazeiro tem um remédio para tantas denúncias de irregularidades no parlamento. No ano que vem deve se achar por bem promover uma faxina moral. Um slogan batido resolve como solução: para vereador não vote em vereador. Antes das eleições chegarem, a sociedade deve se mobilizar e apelar ao Ministério Público do Estado para concluir as investigações que estão em andamento sobre as fraudes ocorridas na Câmara de Juazeiro. O lamentável é que entra ano, e sai ano, e os vereadores juazeirenses não conseguem ficar distantes das páginas policiais.

Disse me disse...

· Nas festividades do Dia do Município, o prefeito de Campos Sales, Paulo Ney, reuniu lideranças e vereadores em almoço em sua casa para anunciar apoio a candidatura do deputado estadual Moesio Loyola a sua sucessão.

· Deputado federal José Guimarães não perdoa o PT de Jardim,leia-se Coutinho Junior, por ter aberto mão da candidatura própria para apoiar um nome do PSDB.

· As eleições em Jardim estão tão acirradas que o governador Cid Gomes enviou seu assessor especial Danilo Serpa na semana passada para pedir calma aos dois candidatos.

Desculpe a ignorância, quando será que os vereadores de Juazeiro do Norte vão parar de se envolver em escândalos de corrupção?

Page 4: Jornal do Cariri - 02 a 08 de agosto

REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 20114Cidades

SAÚDE OCULAR

Falta de diagnóstico impede tratamento de glaucomaMirelly Morais, Jacqueline Dantas, Yaçanã Neponucena, Wilson Rodrigues

A falta de informação e de campanhas pú-blicas para o diag-nóstico e tratamen-

to do glaucoma tem levado muitas pessoas a perderem a visão por causa do aumento da pressão interna do olho. Em apenas duas semanas de campanha, Juazeiro diagnos-ticou 307 casos de glaucoma e esses dados andam longe de representar os reais números da doença.

O oftalmologista, Mar-celo Antunes adverte que o problema pode ser diagnos-ticado preventivamente, evi-

tando danos irreversíveis aos olhos, como a cegueira defini-tiva. “No Brasil, e em particu-lar no Nordeste, ainda temos uma cultura de não fazermos o diagnóstico preventivo. Muita gente tem perdido a visão, in-clusive numa fase produtiva da vida”, afirma o oftalmolo-gista, que também reclama de problemas no sistema público de saúde, por não fornecer atendimento adequado, “o acesso é escasso, por isso a in-cidência é tamanha”.

Nenhum dos três mu-nicípios do Crajubar dispõe de números oficiais sobre os pacientes acometidos pela doença. Os dados de Juazeiro são referentes à campanha que vem sendo realizada nas duas últimas semanas, em parceria com o Hospital Geral de Of-

talmologia (HGO) e que deve seguir até o próximo dia 5. A Secretaria de Saúde do Crato não tem registros de casos e Barbalha apresenta apenas o número de oito pacientes en-caminhados para cirurgia.

De acordo com o secre-tário de Saúde de Juazeiro do Norte, Antônio Bonaparte, o objetivo principal da campa-nha é justamente catalogar os casos de glaucoma, uma vez que os números tem crescido e precisam ser tratados.

Segundo a coordena-dora da Atenção Básica, Shir-ley Kaliny, todos os pacientes com diagnóstico positivo re-cebem a medicação adequada durante três meses e nos casos de cirurgia, alguns são reali-zados no município e outros encaminhados para o HGO.

EDITAL DE CITAÇÃO – PRAZO 20 (VINTE) DIAS. Processo n° 576.01.2005.084327-6/000000-000 Ordem n° 3866/2005. O (a) Doutor(a) JAIME SILVA TRINDADE, MM. Juiz(a) de Direito Titular da 6ª Vara Cível da Comarca de São José do Rio Preto-SP, na forma da lei... FAZ SABER a M C A SILVA ME, CNPJ 044769790001-20 e MICHELLE CRISTIANE DE ALMEIDA SILVA, RG. 12.627.045-3, CPF 087.886.747-38, que lhe foi proposta uma ação de Procedimento Sumário (em geral), Processo n° 576.01.2005.084327-6/000000-000, Ordem n° 3866/2005, em trâmite pela 6ª Vara Cível da Comarca de São José do Rio Preto- SP, requerida por TARRAF ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S/C LTDA, constando da inicial que o(a) autor(a) requereu condenação das requeridas para que paguem a quantia de R$ 93.698,53, valor atualizado até Outubro de 2005, acrescido ônus sucumbenciais, referente a débito remanescente oriundo de consórcio de veículo junto à requerente, cota n° 046. Foi requerida a citação dos requeridos, mas, constando nos autos que a requerida M C A SILVA ME e MICHELLE CRISTIANE DE ALMEIDA SILVA se encontram em lugar incerto e não sabido, expediu-se o presente, com prazo de 20 (vinte) dias, para cita-los da ação que lhes é movida. Dessa forma, ficam M C A SILVA ME e MICHELLE CRISTIANE DE ALMEIDA SILVA, devidamente CITADAS dos termos da presente ação, podendo apresentar contestação à presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias. Ficam os interessados advertidos de que, não sendo contestada a ação no prazo de 15 dias, presumir-se-ão aceitos pelo mesmo como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente, nos termos do artigo 285, 2ª parte, do Código de Processo Civil, e que, o prazo mencionado terá início quando findar o prazo do presente edital, o qual começará a fluir da primeira publicação do mesmo, tudo de conformidade com o despacho do ter seguinte: “Defere-se a citação por edital com prazo de 20 (vinte) dias. Expeça-se o instrumental necessário, devendo a autora providenciar as devidas publicações em jornal local e o recolhimento da taxa devida para publicação na imprensa oficial. Int.” NADA MAIS. Dado e passado nesta cidade e comarca de São José do Rio Preto, 07 de abril de 2011. Eu, (Angélica Farias Marini Moreira), Escrevente, digitei. Eu, (Paulo César do Carmo), Diretor, subscrevi. JAIME SILVA TRINDADE – Juiz(a) de Direito.

INDÚSTRIA DE CALÇADOS BRASIL LTDA EPPCNPJ: 08.220.180/0001-29

Torna Público que recebeu da Superintendência do Meio Ambiente - SEMACE a LICENÇA DE OPERAÇÃO LO Nº 559/2011 com validade até 20/07/2012, para Fabricação de Calçados Injeta-do no Município de Juazeiro do Norte - CE na Rua Josias Inojosa de Oliveira, 6000 Bairro Distrito Industrial do Cariri.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

Rua Senador Pompeu, Nº 429 - Centro - Crato-CEFone/Fax (88) 3523 1080

ALFARMA, a primeira farmácia de manipulação genuinamente Cratense.Diretora TécnicaDrª Fabiana Pereira Rodovalho Alencar Gomes

n Em Juazeiro, mais de 300 casos de glaucoma foram diagnosticados em apenas duas semanas de campanha municipal

A doença

O glaucoma é uma das mais graves doenças oftalmo-lógicas e é causada pela lesão do nervo óptico, relaciona-da à pressão ocular alta, que pode ocasionar a perda pro-gressiva do campo de visão periférico, ou o estrago súbi-to e grave da visão. Os sinais da doença só aparecem nos glaucomas agudos, quando o paciente sofre fortes dores de

cabeça, fotofobia, enjôo e dor ocular intensa.

Os pacientes com diagnósticos de glaucoma são encaminhados para tra-tamento e recebem medica-ção gratuita. As cirurgias de glaucoma, que podem ser de alta ou média complexida-de, custam ao SUS o equiva-lente a R$ 513, 34. O tempo de duração das operações, em média, é de 40 minutos, sendo o paciente liberado logo após o procedimento.

Os baixos índices de glaucoma em Barbalha po-dem estar relacionados tam-bém à falta de informação. Apesar da rede hospitalar está habilitada para atender uma demanda mais alta, du-rante este ano, foram realiza-dos apenas oito cirurgias da doença. Além da demanda da cidade, a rede oftalmoló-gica atende ainda aos pacien-tes de Missão Velha e Jardim.

Quando a demanda de casos aumenta, os hospitais encaminham os dados da fila de espera à Secretaria de Saú-de para que sejam realizadas as campanhas cirúrgicas, que na maioria das vezes são para combater a catarata.

Mas, de acordo com Antônio Ernani de Freitas, diretor do Hospital São Vi-cente de Paulo, apesar da procura ainda ser pequena,

pode haver mais casos da doença, sem diagnóstico. “O índice que chega a nos-sa instituição é considerado baixo, o que pode significar a existência de falta de in-formação e acesso por par-te da população quanto ao tratamento. A gente acredi-ta que deve haver um índice maior faltando ser diagnos-ticado”, releva.

Já o coordenador do Controle e Avaliação, Ro-gério Gonçalves, acredita

que a Secretaria deveria se engajar junto aos hospitais para desempenharem uma campanha de conscienti-zação. “A nossa demanda maior é em catarata. Não sabemos porque a incidên-cia de glaucoma é tão bai-xa. Os pacientes não têm procurado atendimento nos serviços do Município. Temos todo o aparato de tratamento, mas acho que deve ser falta de informa-ção mesmo”, conta.

Barbalha poderia tratar mais

Crato sem dados

Maria de Lourdes Coe-lho, coordenadora regional da delegacia de saúde, disse que o Crato aguarda, por parte do Governo do Estado, a implan-tação de serviços exclusivos de doenças oftalmológicas e só a partir daí é possível saber o número exato dos casos de

glaucoma no município. O médico oftalmologista, Dal-ton Sampaio Teles informou que em seu consultório é bas-tante significativo o número de pessoas acometidas pelo glaucoma. Segundo ele, os casos vêm crescendo de acor-do com o aumento do índice populacional, haja vista que a doença é contraída por pesso-

as de diferentes idades, sen-do o tipo mais comum o de ângulo aberto, em pacientes a partir dos 35 anos. O médi-co explicou que, apesar dos avanços da doença, o contro-le vem se tornando mais fácil com o surgimento de novas medicações e exames comple-mentares que ajudam bastan-te no diagnóstico.

O pior do glaucoma é que o paciente não percebe que é portador. Os sintomas são vagos como, por exem-plo, a dificuldade para adap-tar-se a obscuridade, perda da visão lateral ou visão embaçada, além de apareci-mento de halos coloridos ao arredor das luzes e cefaléia ou muita dor ocular.

Cinco formas de glaucoma:

w 1 - GLAUCOMA CONGÊNITO, que incide em bebes recém nascidos. Após o parto, a pressão começa a aumentar. É também monocular, ou seja, um olho toma um tamanho diferente do outro. Nesse caso, o bebe tem que ser operado imediatamente, para que não haja danos irreparáveis.

w 2 - SINTOMAS SECUNDÁRIOS. O glaucoma vem em consequência de outro problema. Pode ocorrer de um trauma, uma perfuração ou de alguma doença inflamatória que possa modificar o fluxo de líquido, alterando o equilíbrio. Entretanto, é mais fácil de ser diagnosticado porque há um efeito causador.

w 3 - GLAUCOMA AGUDO. Apresenta os piores sintomas, é o que mais incomoda. A pressão sobe a níveis violentos, com dor intensa. Acarreta vermelhidão, a visão embaça de imediato, pode vir acompanhado de náuseas e vômitos. Trata-se de uma

emergência médica. O paciente tem de ser socorrido em no máximo 24h, caso contrário, pode causar uma cegueira definitiva.

w 4 - GLAUCOMA CRÔNICO. É o mais freqüente de todos e raramente perceptível por às vezes não apresentar incômodo. Nesse caso, o nível de pressão sobe pouco. As pessoas descobrem quando recorrem ao médico por outro motivo. Quando há a suspeita oftalmologista solicita exames específicos.

w 5 - GLAUCOMA DE PRESSÃO NORMAL. É o tipo mais raro e também o mais perigoso, porque o tratamento carece de recursos terapêuticos, e ainda são pouco eficazes. Os sintomas acabam evoluindo para a cegueira.

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5REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

Cidades

NASSAU/ÍTAPUÍ

ALIMENTOS

Semace estipula novo prazo para adequação ambientalMirelly Morais

A empresa de ci-mento Nassau/Itapuí, em Barba-lha, deve ser ofi-

ciada nos próximos dias, pela Superintendência Esta-dual do Meio Ambiente (Se-mace), para que num prazo de 30 dias apresente dois estudos de suas atividades poluentes.

O novo prazo, segun-do o assessor especial da Se-mace, Tiago Celite, foi dado em virtude da complexida-de dos estudos que devem ser apresentados. “Na reu-nião do dia 28 de junho, ha-víamos decidido pelo prazo de 20 dias para a adequação, vencidos na última semana, porém, a equipe técnica rea-valiou a decisão e estipulou o novo prazo de 30 dias a contar da data de notifica-ção da empresa”, explica.

Após a apresentação

e análise desse estudo será elaborado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “O TAC será assi-nado para que o empreen-dimento seja ajustado à le-gislação ambiental vigente e em caso de descumprimen-to, a empresa será embarga-da”, confirma Tiago.

Segundo o assessor, a empresa deve elaborar dois estudos: um de emis-são do material particulado e outro do uso do coque de petróleo. E baseado nes-ses estudos serão definidos os parâmetros e as metas a serem determinadas pela Superintendência de Meio Ambiente.

De acordo com Tiago, “a medida é necessária uma vez que a empresa não se adéqua à Resolução nº 382, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que estabelece parâmetros de emissão de gases e ma-terial particulado. Ele lem-

bra que “a multa de R$ 1,5 milhão, aplicada anterior-mente, permanece valendo e está sendo executada na dívida ativa da Semace”.

O Conselho Nacional de Justiça (CNI) foi informa-do que existem cerca de cinco mil crianças e adolescentes estudando em escolas das re-des municipal, estadual e par-ticular de Juazeiro do Norte, sem o devido reconhecimento paterno. Por conta de tal situ-ação, determinou que fosse feito um levantamento neste sentido. A informação é do diretor do Juizado da Infância e Juventude de Juazeiro do

Norte, Francisco Pedro Rodri-gues – conhecido com o Chico Velho. “O objetivo é verificar a extensão dessa demanda de menores e adolescentes sem o inteiro reconhecimento pater-no”, afirma.

Segundo ele, equipes de todos os setores do judiciá-rio estão envolvidas nesse tra-balho. “E como já realizamos uma série de outras diligên-cias, ficamos também respon-sáveis para desempenharmos

parte dessa tarefa, que consi-dero de grande importância”, assinala.

São alunos de escolas localizadas nas zonas urbana e rural deste município. O trabalho, que será iniciado a partir deste dia 2 de agos-to, consiste, inicialmente, em contatos com a direção de cada estabelecimento de ensi-no, que deverá prestar infor-mações neste sentido. Poste-riormente, com próprios pais

dos alunos. “Primeiro, vamos conversar com os diretores das escolas e depois retor-naremos para conversarmos com os próprios pais dessas crianças e adolescentes. O re-conhecimento do filho será feito através da assinatura de um termo de responsabilida-de que será encaminhado à Justiça”, explica Chico Velho.

Outras atividades Ao fazer uma avaliação

das atividades do Juizado da Infância e Juventude no pri-meiro semestre de 2011, Pedro Rodrigues diz que foi muito trabalhoso, tendo em vista o número de adolescentes apreendidos por diferentes motivos, principalmente, uso de drogas. “Essa questão de drogas é preocupante, porque tem gerado muita violência entre os jovens. Temos crian-ças com 10 anos de idade, usando crack, inclusive, já na

situação de dependente. E ou-tros, na faixa etária de 16 anos, já repassando drogas. Mui-tos traficantes estão usando crianças e adolescentes para vender drogas, facilitando as-sim, seus negócios”, lamenta Chico Velho, conclamando os educadores sociais para que desenvolvam um trabalho junto aos adolescentes e suas respectivas famílias, buscan-do visando pelo menos redu-zir o problema.

Juizado fará levantamento sobre reconhecimento paterno

n Empresa Itapuí/Nassau já recebeu multa de R$ 1,5 milhão, por não seguir parâmetros ambientais

Chagas Lima

Durante o primeiro se-mestre de 2011, o Programa Mesa Brasil, desenvolvido pelo Sesc/Juazeiro arrecadou 274 toneladas de alimentos não perecíveis, através de diver-sas campanhas, incluindo 113 obtidas no Parque de Eventos Padre Cícero, durante a Sema-na do Centenário de Juazeiro. A Coordenadora do Programa Mesa Brasil, Ediane Santos define o trabalho como funda-mental, tendo em vista o gran-de número de pessoas que são beneficiadas, por intermédio das 178 instituições que rece-bem esses alimentos nos mu-nicípios atendidos pelos Sesc de Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Mauriti, Jati, Jardim, Brejo Santo, Milagres, Barro, Penaforte, Porteiras, Caririaçu, Granjeiro, Aurora e Quitaiús.

Para Ediane, a boa cam-

panha realizada no primeiro semestres é resultado das par-cerias com empresas privadas e o poder público, incluindo, agora, a prefeitura local. Ela ex-

plica que afora essa doação de alimentos é feito também um trabalho sócio-educativo den-tro das instituições. Um deles é a capacitação das merendeiras

ou pessoas que manuseiam os alimentos em cada uma dessas instituições, “porque o valor nutricional do alimento é 100% mas não apresenta boa aparên-

cia. Tem supermercados, por exemplo, que se uma banana se desprende da penca, eles não vendem mais porque os clien-tes não querem. Esse alimento está 100%, nutricionalmente falando, por isso, a gente traz e faz doação para as instituições. Ministramos, periodicamente, capacitações para essas pesso-as que trabalham na cozinha das instituições, sobre como é o aproveitamento correto dos alimentos”, comenta.

Desperdício De acordo com Ediane

Santos, apesar do trabalho do Projeto Mesa Brasil, arreca-dando alimentos para doação junto às instituições filantrópi-cas, infelizmente, ainda existe muito desperdício. “Lamenta-velmente, alguns segmentos da população não tem a sensi-bilidade de entender que deve

evitar o desperdício. Mas, gra-dativamente, isso tem diminu-ído. Estamos fazendo um tra-balho de conscientização junto aos funcionários de supermer-cados, sobre como armazená--los, manuseá-los, colocá-los em prateleiras. Tudo isso, vi-sando o nosso foco maior que é evitar o desperdício dos pro-dutos”, observa.

Para o gerente regio-nal do Sesc/Juazeiro, Paulo Damasceno, “o desperdício é uma situação caótica, mas que com a união de todos é possí-vel resolver e combater à fome. O Mesa Brasil, ao captar ali-mentos de onde está sobran-do, tem levado para onde está faltando. O alimento que está sendo desperdiçando pode saciar a fome de muita gente e vai para as mesas de quem precisa. Pode não está bom para ser vendido, mas para o consumo sim”, finalizou.

Mesa Brasil arrecadou 274 toneladas no primeiro semestre

Wilson Rodrigues

A Lei Federal 12.009, que reconhece a profissão de mototaxistas no Brasil, com-pletou, no último dia 29, dois anos que foi aprovada pelo Congresso Nacional. Mas, a categoria ainda continua aguardando a realização de um curso obrigatório de ca-pacitação, para só assim a profissão ser regulamentada. No Ceará, nenhum município

realizou o curso, que terá du-ração de 30 horas e deve ser ministrado exclusivamente pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em par-ceria com os órgãos munici-pais ligados ao setor.

No Crato, segundo mu-nicípio do Estado a implantar o serviço de mototaxista, são quase três mil profissionais que esperam uma resposta dos Departamentos Estadual e Municipal de Trânsito, sobre a

realização das aulas. O diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) do Crato, Luiz Joatan de Sousa, juntamente com o procurador geral do município, Ernani Brígido Silva Neto e o presi-dente da Associação da cate-goria, Carlos Alberto Ricardo da Silva (Molão) estão em Fortaleza, para a realização de uma audiência com o superin-tendente estadual do Detran, João Pupo, para saber da via-

bilidade da realização do cur-so o mais rápido possível.

Luiz Joatan disse que o Município está devidamente preparado, com instrutores e apoio logístico para minis-trar as aulas, mas não pode realizá-las, sem a autorização do órgão estadual. Conforme o diretor do Demutran, o De-tran precisa explicar a razão de tanta demora na realiza-ção do curso, que é obrigató-rio. “Sem ele, o mototaxista

não pode exercer a profissão. Para fazer o curso e se capaci-tar, o profissional terá que ser maior de 21 anos, ter no mí-nimo dois anos de habilitação na categoria A e não possuir antecedentes criminais, den-tre outras exigências”, finali-zou Luiz Joatan de Sousa.

Carlos Alberto Ricardo da Silva (Molão), presidente da associação municipal da ca-tegoria, explicou que não exis-tem exigências semelhantes

a outras categorias profissio-nais, como o taxista, transpor-te alternativo em D-20, cami-nhões transportando material de construção e pau de arara que, segundo ele, são meios de transportes não regulamenta-dos, possuem placa vermelha e recebem benefícios do poder público. “Só a profissão de mototaxista, agora reconheci-da por leis federal e municipal, sofre esse tipo de constrangi-mento”, asseverou.

Crato pode ser o primeiro na capacitação de mototaxista

n Cerca de 180 instituições dividiram as 274 toneladas de alimentos arrecadados no primeiro semestre de 2011

Entenda o caso

Fiscalizações da Semace identificaram ir-regularidades, no que diz respeito as leis ambientais, no funcionamento da Nas-sau. Foram estabelecidas um conjunto de medidas que deveriam ser adota-das para que a empresa pudesse ser licenciada e assim, funcionar de for-ma ambientalmente legal, mas a fábrica não tomou as providências. Então, a Semace aplicou uma multa de R$ 1,5 milhão e a Itapuí ainda não pagou, nem se adequou a Lei ambiental. Agora, deve cumprir as exigências para não ter as atividades embargadas.

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6 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

Cidades

OAB

Jacqueline Dantas

O Ceará é líder no ranking nacional de aprovação no exa-me da Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB), apesar do péssimo rendimento a nível nacional, que reprovou 88, 275% dos 106.891 bacharéis em Direito inscritos na última seleção. O professor e coorde-nador do curso de Direito da Universidade Regional do Ca-

riri (Urca) e também secretário geral da OAB-Crato, Antônio Ambrósio de Oliveira ressal-tou que a Urca tem obtido bons resultados, mas reclamou que outros cursos no Brasil foram um desastre. “Isso nos leva a pensar que a forma e os con-teúdos do curso de Direito no país precisa ser repensado. Não se admite algo como no caso da Bahia, em que 10 universidades zeraram o índice de aprovação no exame da ordem”.

O secretário comentou

sobre a visão industrial oriun-da dos concursos. “O exame da OAB busca que o aluno pense, para que não seja algo tão me-canicista”. E adverte aos alunos que se detenham exclusiva-mente a prova, “isso o condi-ciona, deixa-o sem analisar os princípios, as regras, os funda-mentos, a lógica, e enfim, sem se apaixonar pelo Direito como instrumento para fazer valer a Justiça no espaço concreto”.

Ambrósio enfatiza que as universidades tanto públi-cas quanto privadas precisam rever seus conteúdos, trazer mais Filosofia, Sociologia Jurí-dica e Antropologia, que são as matérias básicas.

O coordenador do curso de Direito, professor Giácomo Tenório Farias e o diretor geral da Faculdade Paraíso (FAP), João Luis Alexandre Fiúsa, co-mungam da ideia de promover

ações diferenciadas de ensino, pesquisa e extensão contribuin-do para a formação de recursos humanos, fundamentados em valores éticos e de cidadania, vivenciando-se uma renovada visão de mundo e de ativo es-pírito crítico reflexivo sobre o homem e a realidade regional.

ExameCarlos André Nascimen-

to Costa, recém formado em Direito, comentou que O último exame de Ordem (OAB), indis-cutivelmente foi a prova mais difícil dos últimos 10 anos. “In-crível como a cada ano aumenta o nível de dificuldade da prova. O requisito para ser aprovado nessa primeira fase era acertar no mínimo 50% da prova obje-tiva, que constaram de 80 ques-tões, envolvendo o conteúdo dos cinco anos de curso”.

O aluno do 9º semestre

da Urca, Francisco de Moraes Alencar Filho mencionou as mudanças no exame da OAB, “essa prova fugiu dos padrões a que vínhamos estudando. Os cursinhos não previram o con-teúdo que iria ser abordado, foi muito diferente das provas anteriores. Costumávamos res-ponder as questões passadas, executar algumas dicas”.

Cursinho preparatório

A advogada e coorde-nadora da rede de cursinho preparatórios Luis Flávio Go-mes (LFG), Candice Gonçalves asseverou que o curso motiva o aluno a se preparar e obter su-cesso no exame. As simulações da prova fazem com que o alu-no aprenda a calcular o tempo, cronometrando as suas ativida-des e expondo-o a exaustão.

O curso é telepresen-cial, produzido em São Paulo e transmitido nacionalmente, permitindo a democratização do ensino. “Com isso, os alu-nos da região têm a mesma chance de passar que outro da capital ou regiões mais desen-volvidas”, afirma Candice.

ExpectativaRafaelly Alves de Lira,

aluna do 8º semestre da FAP, comentou que os últimos exa-mes da ordem dos advogados do Brasil vêm claramente sen-do elaborados visando à repro-vação do graduado. “A OAB faz uso da legislação estadual num exame de nível nacional, questões que necessitaram de um tempo muito maior do que o disposto para ser resolvido, tendo em vista a complexidade e o número das mesmas.

Exame eleva nível de dificuldade e gera preocupação entre bacharéis

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Page 7: Jornal do Cariri - 02 a 08 de agosto

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7REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO DE 2011

Social Cultura

CASAMENTO MENINA LIMÃOPRÍNCIPE

Esteve no Cariri, recentemente, visitando parentes e amigos, a minha querida Michelle Ferrúcio Pontes. Residindo no Rio de Janeiro, Michelle fez faculdade de artes cênicas e já trabalhou com grandes nomes globais como Claudia Raia, na novela TI-TI-TI. Criadora da personagem Menina limão, ela sempre nos presenteia com sua atuação.

Olha que soninho tranqüilo...Esse príncipe é Piedro Henrique, filho de Junyor Santos e Lucia Melo. Ele completa um mês neste dia 04 de julho. Os pais são só alegria com esse presente de Deus. Muitas felicidades!

Neto Menezes esteve presente no restaurante Sal e Fogo, onde realizou-se a festa dos ex- alunos do colégio Salesiano. Na foto, com sua irmã Fernanda e a esposa Adriana. Muita música e animação deram o tom da festa.

REENCONTRO

SIMPATIA

Em uma conversa rápida e muito agradável, tive o prazer de conhecer Júlia Figueiredo Rocha, conhecida como Professora Dozinha Figueiredo. Ela nos contou que estava em Juazeiro participando dos festejos do centenário e a sua maior felicidade era de ter reencontrado seus alunos. Professora da antiga Escola Normal Rural de Juazeiro, hoje Instituto Moreira de Sousa, essa pessoa simpática fez e faz parte da nossa História.

Uniram-se em matrimônio o jovem casal Ana Raquel Aguiar e Ivanildo Henrique, em uma bela cerimônia realizada neste dia 23 de julho, na Igreja do Menino Jesus. A recepção teve um toque especial. Com muita alegria, os noivos e convidados curtiram a noite, ao som de muito forró pé de serra. Desejo, com um carinho especial, muitas felicidades e que Deus os abençoe todos os dias dessa nova vida.

Nas comemorações do centenário da Terra do Padre Cícero, o turismo religioso aca-ba sendo um dos setores mais beneficiados, gerando renda e contribuindo para desenvolvi-mento de atividades como o ar-tesanato local. Uma mostra da admiração dos turistas pode ser constatada no Centro de Cultura Popular Mestre Noza. Se você não mora na região e gostaria de conhecer algumas obras dos artistas locais como as estátuas do padre Cícero esculpidas em diversos ma-teriais e estilos, basta dar um passeio pela galeria localizada na Rua São Luiz, s/n (Antigo Quartel), Centro (telefone 88 - 3511.3133). Ou acessar na web o endereço www.lojavirtual-mestrenoza.blogspot. O nome do local é uma homenagem a

Inocêncio Medeiros da Costa (Mestre Noza), artista popular pernambucano que veio para Juazeiro do Norte em 1912, de-

pois de caminhar 600 quilôme-tros. Tornou-se santeiro e xilo-gravurista. Expôs suas obras em todo o país e no exterior.

Arte do Centro Mestre Noza é referênciaFoto: Wilson Bernardo

Cordel conta a história dos 100 anos de Juazeiro

Forró das Antigas promete agitar o Cariri

Yaçanã Neponucena

Dividido nos perí-odos História do Juazeiro Antigo, Juazeiro de Hoje e

Relembrando o Juazeiro, o li-vro em cordel 100 anos de Ju-azeiro Registrados no Cordel, da autora juazeirense Rosário Lustosa, que foi lançado em comemoração ao centenário de Juazeiro do Norte, é um apanhado histórico de tudo que aconteceu na cidade ao longo dos anos.

A publicação é com-posta de 306 estrofes, que contabilizam cerca de 10 cor-déis convencionais. De acor-do com a escritora, o volume é como se fosse uma grande poesia. A introdução é do renomado professor da Uni-versidade Federal do Ceará

(UFC), Gilmar de Carvalho, que elaborou o texto O cordel e o Juazeiro. Já o jornalista Geraldo Meneses cuidou da apresentação.

O título traz um con-texto de símbolos e relíquias, como a letra dos hinos da ci-dade, da bandeira e informa-ções sobre os primeiros cape-lães, vigários, políticos, além de uma listagem de constru-tores que ajudaram a cidade progredir. Estão citados no-mes representativos nas áre-as da saúde, educação, cultu-ra, comunicação, entre outros segmentos.

Escrito a partir dos cor-déis O retrato do Juazeiro, A escolha do cearense do Século, Reabilitação do Padre Cícero e Padre Cícero e... Quem é ele? - de autoria da própria Rosário Lustosa, o livro 100 Anos de Juazeiro Registrados no Cor-

del foi escrito para quem des-conhece a história do municí-pio. Ao todo foram impressos mil exemplares, que estão à venda na Norte Plástico, Rua Alencar Peixoto, 583.

Segundo Rosário Lus-tosa, o livro chega como uma declaração de amor. “Escrever esse livro foi muito prazeroso. Teve dias que eu liguei o com-putador às 4 horas da manhã e desliguei as duas da manhã seguinte. Tudo foi feito moti-vado pelo amor que tenho a esta terra querida”, afirma.

Junto à obra foi lança-do também o CD Tributo ao Centenário Relembrando o Juazeiro, onde estão grava-dos todos os hinos contidos no livro. Entre eles, o Hino do Centenário, de autoria de Paulo Souza, e uma oração a Nossa Senhora das Dores, re-zada pelo Padre Cícero.

Após o sucesso do ano passado, os organizadores do projeto Forró das Antigas, es-tarão realizando em Juazeiro do Norte o segundo show. A festa que acontecerá no próxi-mo dia 20 de agosto, no Parque Padre Cícero, reunirá em um mesmo palco as bandas de for-ró que mais fizeram suces-so durante a década de 90.

Em uma noite de re-cordações, as bandas Mas-truz com Leite, Magníficos e Limão com Mel prometem agitar os amantes do forró no Cariri. As canções que marcaram gerações preten-dem se confundir com as batidas dos corações apai-xonados. A qualidade dos artistas e os trabalhos que são apresentados no For-ró das Antigas vem sendo

sucesso de público e crítica. O mesmo show já pas-

sou pelas principais capitais nordestinas. No ano passado, em Juazeiro, mais de 10 mil pessoas conferiram o espetá-culo. Segundo o produtor do evento, Francisco Ferreira Filho, a festa deverá superar a estima-

tiva anterior. “Esse é um evento diferenciado porque as ban-das tocam músicas que fazem parte da história das pessoas. No dia 20, esperamos repetir o sucesso do ano passado e ba-ter recorde de público”, revela.

Toda a história do pro-jeto começou há dois anos, no

Estado de Sergipe, devido à carência por música com boas letras. O resgate pelas canções antigas foi tomando forma e hoje representa um dos mais grandiosos shows do gênero no Brasil. O pionei-rismo deste formato de forró aconteceu quando Emanuel Gurgel criou a banda Mastruz com Leite, que ao longo de 20 anos emplacou nas paradas de sucessos e até hoje ainda é um dos nomes que causam impacto entre os ouvintes.

CULTURA

n Rosário Lustosa diz que cordel é um apanhado histórico de Juazeiro

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8 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO DE 2011

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DESPEDIDA GREGA

O leão está com a corda no pescoço. Estou falando do Fortaleza , que na série C

já sofreu duas derrotas. Uma contra o CRB, por 1 a 0, na primeira rodada, e ao ceder a virada para o América de Natal, na despedida do treinador Ferdinando Teixeira. Se existe despedida grega, essa foi uma.

BOM ELENCOA imprevisibilidade no futebol me dá o direito

de dizer que o empate do leão do mercado contra o Santa Cruz, em pleno Mundão do Arruda, com 42 mil pagantes, não foi um absurdo, pois o Guarani tem um elenco mesclado, com os experientes Zé Augusto, Valdo Cristovão e o zagueiro Alan. Juventude e maturidade é uma mistura que no futebol dá resultados.

ESTRELISMOA atitude de Ronaldinho gaúcho e Thiago Neves,

que provocaram o terceiro cartão amarelo no jogo diante do Palmeiras, para não jogar contra o Ceará, arranhou o comando do treinador Wanderley Luxemburgo. Esse tipo de decisão, geralmente, é tomada pela comissão técnica. Até que ponto o estrelismo atrapalha a caminhada de uma equipe de futebol?

JUAZERENSE X SANTA CRUZO Santa Cruz está atravessado com o futebol

juazeirense, pois vejamos: nos idos de 74, o industrial e presidente de honra do Icasa, Feijó de Sá conseguiu um amistoso contra o Santa Cruz, no Mundão do Arruda, e o placar foi 2 a 2. Pela serie C, em 2009, foram duas vitórias, ambas por 1 a 0 . Pela serie D, o Guarani foi ao Recife e conseguiu um empate de 0 a 0. Vamos aguardar o jogo de volta, aqui no Romeirão ou na minha querida João pessoa.

n Sem dinheiro, os dois times do Juazeiro lutam para permanecer no Brasileirão

“Da fazenda Tabulei-ro fez se uma grande cidade, atraindo para cá gente de todo lugar, e para nossa alegria, com a beata Maria, aconteceu o milagre...”. Essa é a primeira estrofe da letra da música “Um santo chamado Cícero”, de au-toria do ex-jogador de futebol, Cícero Nicássio, e de Rubens Santos, em homenagem aos

100 anos de Juazeiro do Norte. A canção retrata a história da cidade, desde a sua fundação até os dias de glória, alcançada através do desenvolvimento.

Segundo Nicássio, o trabalho estava guardado há mais de 20 anos e só agora, em parceria com Rubens, a canção pôde ser lançada. Ele espera que a música tenha boa aceita-ção entre os ouvintes. “Fiz essa letra baseada nos exemplos deixados pelo Padre Cícero. Minha expectativa é que a mú-sica comova, principalmente, os romeiros”, diz ele.

A música foi gravada na voz de Jota Farias, no CD 100 Anos de Bênçãos, que será lançado pela Fundação Educativa Salesiana Padre Cícero, durante a romaria de Nossa Senhora das Dores, no próximo mês de setembro. “Um santo chamado Cícero” enfoca a presença constante dos romeiros na terra do Pa-dim, que com o poder da ora-ção venceu a guerra de 1914.

O CD traz 12 canções ro-meiras de vários artistas regio-nais e nacionais. Em conjunto, será lançado um DVD com documentário da trajetória da cidade e das romarias.

Yaçanã Neponucena

Com uma situação téc-nica boa e financeira-mente preocupada, a diretoria do Guarani

de Juazeiro enfrenta dificulda-des em quitar a pequena folha de pagamento. Os atletas estão com os salários em atraso e o time não tem patrocínio.

Correspondendo dentro de campo, a equipe mantém a liderança do grupo A3 da série D do Campeonato Brasileiro. Segundo o diretor de futebol do leão do mercado, Kleber La-vor, sem ajuda financeira, fica-rá difícil de o time continuar na competição. “Estamos alcança-do bons resultados. Espero que o prefeito se sensibilize e faça um convênio com o Guarani. Os nossos jogadores estão es-perando o pagamento e não te-mos idéia do que faremos para quitar a dívida. Até agora, es-tamos esperando o repasse do Governo do Estado”, releva.

Com a entrada de recur-sos, o time espera fazer novas contratações. Dois jogadores estão entregues ao departa-mento físico, mas serão pagos com a contribuição da torcida.

Segundo o Secretario Municipal de Esportes, Aurélio Matias, este ano, a Prefeitura já repassou ao Guarani R$ 95 mil. “Da mesma forma que fizemos com o Icasa, estamos vendo

outro patrocínio para o Guara-ni. O que pudermos fazer, nós faremos”, afirmou.

Em condição contrária está o Icasa. Na série B do Brasi-leirão, o time não teve uma boa atuação. Na 14ª rodada conse-guiu vencer de 2 x 0 contra o Bragantino e deixou a zona de rebaixamento. Mas, com difi-culdade de contratações de jo-gadores em atividade, devido às competições simultâneas, o verdão do Cariri também se depara com problemas finan-ceiros.

Sem dinheiro, a direto-ria do Icasa tem dificuldades em manter o elenco. No entan-to, a folha de pagamento está em dias. Recentemente, a equi-pe contratou os atletas Leandro Assis e Luiz Ricardo como vo-lantes, o meio campista Sérgio Mota e o lateral direito Osmar Coelho. O reforço foi um pedi-do do treinador Márcio Bitten-court para qualificar o elenco, há ainda a expectativa de mais duas contratações.

Segundo o diretor de Futebol da equipe Icasiana, José Gomes, os novos refor-ços deverão ajudar a equipe a se manter na competição. “Estamos em busca de novos jogadores para fechar o gru-po. A gente espera se manter entre as dez primeiras coloca-ções e dessa forma, confirmar a permanência no brasilei-rão”, revela.

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Ex-jogador faz música para homenagear JN

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9REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

Cidades

SÃO JOSÉ

SINDSAÚDE

Frequência de roubos e furtos intimida a população do bairro

Os moradores en-contram-se ame-drontados pela falta de segurança

no bairro São José, em Juazei-ro do Norte. Comentam que tem sido muito frequentes os roubos e furtos em seus domicílios, tendo de recorrer à segurança privada, pois, segundo os denunciantes, as viaturas da polícia já não fazem mais a vigilância em tempo integral e quando são acionadas demoram a chegar ao local da ocorrência.

O aposentado Ema-nuel Pinheiro de Oliveira relatou que pelo menos uma vez por semana alguém é assaltado nas imediações da sua casa. “Não há mais como trafegar calmo por aqui. Já vi mocinhas sendo abordadas pelos marginais no final da tarde, queriam os celulares. Eu temo acontecer algo pior”.

Na Rua Zeferino Pedro dos Santos, o morador José Luiz do Nascimento denun-

O Programa de pós graduação em Desenvolvi-mento Regional Sustentável (Proder), da Universidade Federal do Ceará (UFC), realizou um projeto para debater sobre as mudanças climáticas, reunindo pesqui-sadores de diversas nações. A coordenadora do mestra-

do da UFC, Campus Cariri, Suely Chacon ressaltou a vi-sibilidade que o projeto traz ao curso, permitindo que os alunos se envolvam, tro-quem experiência, questio-nem, investiguem e façam desse o seu objeto de pes-quisa. “Para nós gestores, trata-se do reconhecimento

do nosso trabalho”, com-pletou.

Cerca de 40 pessoas reuniram-se para participar do evento, entre professo-res e universitários. Alguns desses com pós doutorado. O professor Marcel Bur-sztyn, da Universidade de Brasília (UnB), e do Centro

UFC promove parcerias para analisar as mudanças climáticas

n Moradores do bairro São José reclamam da falta de segurança no local

Yaçanã Neponucena

Para protestar contra a implantação do banco de horas dos trabalhadores de nível mé-dio da saúde, vários profissio-nais foram às ruas das cidades de Barbalha e Crato. Os funcio-nários que hoje recebem ape-nas um salário mínimo, sem benefícios, reivindicam melho-rias nas condições de trabalho, aumento salarial de 20%, piso salarial para os técnicos em en-fermagem e laboratório, recep-cionistas e auxiliares.

Em uma Convenção Coletiva de Trabalho, realiza-da no ano passado, o Sindica-to das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado do Ceará (SINDHEF) propôs a cláusula que inclui o banco de horas, mas sem a aceitação, o contrato não foi re-novado e até hoje os trabalha-dores permanecem sem reajus-

tes. Desde o início deste ano, o Sindicado dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (SindSaúde) enviou a minuta da convenção, mas não haverá negociação enquanto houver pendências.

A diretora do SindSaú-de, considera ilegal a implan-tação do banco de horas. Para ela, vai aumentar consideravel-mente a jornada de trabalho. “Isso é um retrocesso dos direi-tos dos trabalhadores. É voltar à escravidão. Já foi aprovada em Brasília a redução da jor-nada de trabalho de 44 para 40 horas e 30 para os profissionais de enfermagem. Falta apenas a aprovação da Câmara dos De-putados e Senado. A gente es-pera conseguir essa melhoria”, diz ela.

Na região do Cariri, cer-ca de cinco mil trabalhadores prestam serviços em quatro

hospitais filantrópicos. A falta de informação e conhecimento dos direitos trabalhistas ainda é uma barreira para a quebra da submissão as imposições patro-nais. De acordo com a diretora Regional do SindSaúde, Márcia Vieira Coelho, a implantação do banco de horas irá obrigar os trabalhadores a trabalhar por um período maior do que eles podem executar. “Se esse banco de horas for implanta-do, a situação vai ficar ainda pior porque vamos ficar esgo-tados de tanto trabalho. Além de gerar a não remuneração e valorização dos trabalhadores que ficarão mais propensos a adquirir doenças”, afirma.

O SindSaúde vai averi-guar a situação de trabalho nos hospitais da região e levar as denuncias dos trabalhadores à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

Trabalhadores lutam contra implantação de banco de horas

Operaçõesdo Ronda

Fazendo um com-parativo estatístico entre o primeiro semestre de 2010 ao primeiro semes-tre de 2011, em Juazeiro, o tenente revelou que con-seguiram apreender 88% a mais de armas de fogo. Aumentou em 156% o número de apreensão de drogas e diminuiu em 27% os homicídios. Isso denota o trabalho incessante do Ronda do Quarteirão, objetivando maior segurança à co-munidade. “Obviamente que o trabalho é muito árduo e ainda há muito o que ser feito, mas a gente está à disposição da so-ciedade para diminuir a criminalidade”, garantiu o tenente Guedes.

ciou que a sua filha havia sido furtada durante o horário co-mercial. Levaram da residên-cia a moto, a televisão e mais alguns eletrodomésticos. E mencionou que próximo ao bairro há regiões onde circu-la o tráfico de drogas, como o Mutirão e Cidade de Deus.

Os conjuntos habita-

cionais foram construídos em locais ermos. As pessoas reclamam muito dos arrom-bamentos, devido a pouca movimentação. A maioria trabalha no centro de Jua-zeiro ou em Crato, deixando as casas trancadas sem nin-guém. Às vezes, as viaturas vão fazer visitas comunitárias

e não encontram quem lhes atendam. “Se nós que somos policias percebemos essa ausência, imagine os margi-nais que apenas aguardam a oportunidade de cometer um delito”, revelou o comandan-te do Ronda do Quarteirão em Juazeiro, tenente Guedes. “Aconselhamos à população

que aumentem seu aparato de segurança com cercas elé-tricas e qualquer outro meca-nismo que achem necessário. Mas, de antemão, eu e minha equipe colocamo-nos à dis-posição dos moradores do bairro para prestar qualquer esclarecimento”, completou.

Lá, a segurança é feita por uma única viatura (RD 1222), mas o tenente garan-te que há um patrulhamento constante e diário naquela região, durante os três tur-nos. “Obviamente é uma área bastante extensa e não somos nem onipresentes, nem onipo-tentes”, frisou. O tenente tam-bém assevera que precisa da ajuda da população. Que ela entre em contato, por telefone, mesmo que anonimamente, no número 190, para que pos-sam potencializar o patrulha-mento, e direcioná-lo ao foco de forma mais eficaz. Denun-ciando onde ficam as bocas de fumo e quais os locais onde os suspeitos costumam se reunir.

n Trabalhadores de hospitais filantrópicos fizeram manifestações nas ruas de Barbalha e Crato

n Estudiosos e pesquisadores discutiram as alterações climáticas

de Desenvolvimento Sus-tentável (CDS), explicou que o governo brasileiro gerou em 2009, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia e liderado pelo Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Inpe), o programa Rede Clima para tratar das enchentes e das secas, que tem sido muito contundentes. A previsão para a conclusão da pesqui-sa é para abril de 2012.

A partir desse pro-grama tanto o Inpe, quanto Ministério das Ciências e Tecnologias e a Fundação de Apoio a Pesquisa de São Paulo (Fapesp), reuniram--se para estimular os es-tudos. Atualmente são 13 grupos divididos em temas como saúde, cidades e pro-blemas urbanos associados ao clima, agricultura, a qual é a própria Embrapa, recur-sos hídricos, biodiversida-de, as zonas costeiras, eco-nomia e sobre as mudanças climáticas que vão gerar efeito sobre o desenvolvi-mento regional. Os dados

do Inpe que projetam o cli-ma no futuro, apontam uma tendência de redução da quantidade e distribuição de chuva ao longo do ano, que já tendem a ser cada vez mais concentradas. Di-ficultando a convivência e produção familiar dentro do semiarido.

Conforme Diego Pe-reira Lindoso, doutorando pelo Centro de Desenvol-vimento Sustentável da UnB e pesquisador da Rede Clima, o projeto visa enten-der a vulnerabilidade da produção familiar no Brasil como um todo. Especial-mente, sobre os quatro bio-mas: amazônia, semiárido, serrado e pantanal.

Projeto de análiseOs pesquisadores es-

tão mapeando os tipos de conhecimento sobre o clima e percepção das eventuais mudanças nos padrões cli-máticos. “Essa análise é mui-to difícil no semiárido por-que o padrão dessa região é errático, muda independente

dos fatores que possamos as-sociar ao mundo”, asseverou o professor Marcel.

A análise é feita com base nos bioindicadores e re-latos da população. Os bio-indicadores são processos biológicos sintomáticos, como mosquitos comuns em deter-minadas épocas e locais, que não mais aparecem. Ou quan-to ao período das chuvas que estão atrasando em média de 20 dias em relação ao padrão histórico. E quem sabe sobre isso, em geral, são os mais ve-lhos por razão da própria ex-periência.

Stéphanie Nasuti, dou-tora em Geografia pela Uni-versidade Paris 3 e pós dou-toranda no CDS/UnB, é uma coparticipante do projeto. “Fiz questão em participar desse fórum, quero desenvolver o meu conhecimento. O Brasil e a França têm apresentado perspectivas muito diferentes quanto à pesquisa. Lá, os estu-dos sobre as ciências humanas estão quase estagnando, en-quanto o Brasil tem apresenta-do um elevado esforço”.

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10 REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

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11REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 2011

PolíticaInforme Publicitário

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REGIÃO DO CARIRI(CE), DE 02 A 08 DE AGOSTO 201112Cidades

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MOBILIDADE REDUZIDA

Terceirização para serviços deve ser licitada em agostoMirelly Morais

A licitação do pro-jeto de presta-ção de serviços t e r c e i r i z a d o s

para o Judiciário cearense acontece no próximo mês de agosto. O diretor do de-partamento de manuten-ção de serviços gerais, do Tribunal de Justiça do Es-tado do Ceará, engenheiro Edson Nascimento percor-re as quatro macro regiões em que foi subdividido o Estado para apresentar o projeto às empresas inte-ressadas na concorrência pública. De acordo com ele, “o intuito é divulgar o projeto, apresentando as características e as exi-gências para que o maior número de empresas cons-trutoras ou prestadoras de serviços de manutenção predial se interessem em participar da licitação”.

Yaçanã Neponucena

Como parte das come-morações alusivas ao cente-nário de Juazeiro do Norte, a Secretária Municipal de Infra-estrutura vai entregar as obras dos galpões do Mercado Cen-tral Governador Adauto Bezer-ra. No local, serão alocados os feirantes que foram removidos da Rua São Paulo, no ano pas-sado, e que atualmente estão ocupando uma garagem na mesma rua.

Com uma área de 300 metros quadrados, cada galpão deverá movimentar a parte su-perior do Mercado que estava ociosa. Além de proporcionar mais comodidade aos com-

pradores e aos vendedores de frutas, verduras e legumes que terão acesso as redes de energia elétrica e água. Para garantir as condições de acessibilidade, fo-ram construídas rampas e uma passarela.

Para o feirante, Aluizio Dantas de Oliveira, a instalação das bancas nos galpões será uma oportunidade de superar os prejuízos causados duran-te o período que permaneceu na garagem. “Eu espero que a gente recupere os prejuízos que tivemos. Essa mudança foi me-lhor, acredito que a gente vai ter mais espaço para receber nossos clientes. Foi uma das melhores coisas que fizeram para nós feirantes”, expõe.

Segundo o secretário de Infraestrurura, Rafael Apo-linário, nos dois galpões será possível acomodar 250 vende-dores de hortifruti. “Estamos dando um local definitivo para os vendedores que ocupavam a Rua São Paulo. Iremos me-lhorar também os banheiros do Mercado, para dar um melhor conforto e higiene aos comer-ciantes”, disse.

Em uma visita ao local, o prefeito Manoel Santana pro-meteu fazer a doação das ban-cas que serão instaladas. Cada uma deverá medir dois metros quadrados por um. Ele ainda planejou restaurar o Mercado até o final do ano. Os feirantes devem ser alocados em 30 dias.

João Carlos Barbosa

Bairro Pirajá, forte cen-tro comercial de Juazeiro, re-cebeu a terceira agência do Banco do Brasil na cidade. Segundo o superintendente

de varejo da instituição, Luís Carlos Moscardi, o banco está no Cariri há 75 anos e home-nageia, com a nova unidade, o Padre Cícero Romão Batista. “Com esta agência estamos aumentando o efetivo de pes-

soal no Cariri em 48% numa agência com 700 metros qua-drados.

O gerente Raimundo Dias Pedrosa comentou o apoio público na expansão das agências. “O poder pú-

blico é um grande parceiro do Banco do Brasil através do in-centivo e estímulo, tão neces-sários para agregar valor ao já desenvolvido bairro Pirajá”, ressaltou.

“O Pirajá é um cen-

tro comercial fortíssimo e a inauguração da nova agên-cia do Banco do Brasil é o reconhecimento a isso. Não tenho receio em afirmar que o Banco do Brasil sairá ga-nhando, futuramente, com

a procura. Os comerciantes, comerciários, empresários e moradores do bairro tam-bém estão ganhando com a implantação”, argumentou o Prefeito de Juazeiro, Ma-noel Santana.

Galpões do Mercado Central serão entregues no próximo mês

Juazeiro ganha terceira agência do Banco do Brasil

Yaçanã Neponucena

Para proporcionar mais mobilidade às pessoas com ne-cessidades especiais está sendo implantado, em Juazeiro do Nor-te, o serviço de Táxi Inclusivo. Serão três automóveis adapta-dos paratransportar cadeirantes e pessoas com limitações físicas ou mobilidade reduzida. O ser-viço já está disponível desde o último dia 18, mas com apenas um carro.

A modalidade é uma aquisição dos próprios taxistas, que investiram cerca de R$ 95 mil nos equipamentos. O progra-ma faz parte do processo de re-gularização e padronização dos táxis no Município e obedece ao Art. 20 da Lei Federal nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000, que visa acabar com as barreiras ur-

banísticas, arquitetônicas, de transporte e comunicação.

Cada veículo recebe uma plataforma elevatória eletrôni-ca e cinto de segurança que são acionados para proporcionar a fixação dos passageiros que não precisam sair de suas cadeiras, elas entram completas no carro e o transporte tem o mesmo valor da tarifa dos taxis comuns.

Porém, somente o serviço de taxi não proporciona a total acessibilidade em Juazeiro. Na cidade, 99% dos seus estabele-cimentos comerciais ainda não dispõem de rampas de acesso. Apesar de o transporte coletivo dispor de ônibus adaptados, os pontos de paradas são inacessí-veis.

Para o presidente da As-sociação Defensora das Pessoas com Mobilidade Reduzida (AN-

DARE), Jonatas Dvi de Lima, o serviço de Táxi Inclusivo é essencial. “A gente que usa ca-deira motorizada só visita algu-mas cidades se existir esse tipo de transporte, já que as cadeiras motorizadas não desmontam e algumas pessoas não podem ser transferidas da cadeira para ta-xis comuns. Uma cidade turísti-ca como Juazeiro não podia ficar sem um serviço como esse, que com certeza proporciona mais acessibilidade”, revela.

Segundo o taxista Lúcio Flavio Lima Feitosa, a popula-ção precisa saber que o serviço de Táxi Inclusivo existe. “É tudo muito prático e rápido, mas ain-da vai levar um tempinho para começar a vir o retorno financei-ro, porque as pessoas ainda não sabem que está disponível”, re-vela.

Táxi inclusivo já está disponível em Juazeiro

O engenheiro expli-ca que optou-se por fazer a terceirização dos serviços para que se possa continu-ar gastando o dinheiro do Estado nas manutenções dos fóruns cearenses, que deve ser um trabalho con-tínuo, de forma mais cons-ciente. Segundo Edson, a maior parte da demanda apresentada no projeto já existe, pois muitos fóruns apresentam vários proble-mas, mas também deve ser feito um trabalho preven-tivo. “Precisamos de pre-venção para que em épo-cas de inverno não haja problemas de inundação, goteiras ou outros danos aos prédios públicos e as documentações”, ressalta.

O projeto prevê que cada fórum mantenha uma equipe de plantão para pe-quenos reparos. As empre-sas que vencerem a concor-rência pública assinarão contrato de um ano e os

serviços que deverão co-brir são de recuperação de sistemas hidráulicos, elé-tricos, de esgoto, telhados e coberturas. Os valores dos contratos seriam da or-dem R$ 800 mil para cada uma das quatro regiões.

De acordo com ava-liação feita pelo estudo do Tribunal não são só os pré-dios da Justiça que apre-sentam problemas. “De forma geral, a maioria dos prédios públicos passaram por uma fase grande de abandono e precisam co-meçar a ter uma manuten-ção contínua”, ressalta.

Dos 44 municípios da macro região do Cari-ri, entrarão no projeto 40 comarcas, uma vez que Assaré, Crato, Milagres e Várzea Alegre ganharão novos fóruns, com licita-ção já marcada para o mês de agosto. Além da nova vara da comarca de Jua-zeiro. n Fórum de Juazeiro do Norte é um dos que ganharão nova Vara

n Tarifa do taxí inclusivo tem o mesmo custo do carro de aluguel padrão

n Reforma do Mercado deve ser entregue a população dentro de 30 dias