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RELATÓRIO FINAL Estágio Profissionalizante do 6º ano Faculdade de Ciências Médicas | Universidade Nova de Lisboa Marta Penberthy Barbeitos de Noronha Bragança Nº 2008255 Turma 6 2014/2015 Todas as influências são parte de mim, que dão vazão na palavra, que constrói e inventa”. Mia Couto

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RELATÓRIO FINAL Estágio Profissionalizante do 6º ano

Faculdade de Ciências Médicas | Universidade Nova de Lisboa

Marta Penberthy Barbeitos de Noronha Bragança

Nº 2008255 Turma 6

2014/2015

“Todas as influências são parte de mim, que dão vazão na palavra, que constrói e inventa”.

Mia Couto

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Relatório Final de Estágio – 6º Ano do Mestrado Integrado em Medicina

Marta Penberthy Barbeitos de Noronha Bragança

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Índice

1. INTRODUÇÃO 3

2. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES 4

A. Medicina Geral e Familiar 4

B. Pediatria 4

C. Ginecologia e Obstetrícia 5

D. Saúde Mental 5

E. Medicina Interna 6

F. Cirurgia 7

3. OUTRAS UNIDADES CURRICULARES 8

A. Estágio Clínico Opcional – Medicina Geral e Familiar 8

B. Preparação para a Prática Clínica 8

4. ACTIVIDADES EXTRACURRICULARES 8

5. REFLEXÃO CRÍTICA 8

ANEXOS 11

Anexo I 12

Anexo II 15

Anexo III 16

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Relatório Final de Estágio – 6º Ano do Mestrado Integrado em Medicina

Marta Penberthy Barbeitos de Noronha Bragança

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1. Introdução

Ao terminar o 6º ano do Mestrado Integrado de Medicina (MIM) da Faculdade de Ciências

Médicas da Universidade Nova de Lisboa (FCML) no ano lectivo de 2014/2015 é importante

resumir o meu percurso até aqui chegar. Estudei em Lisboa até ao 10º ano, o 11º e 12º na Ecole

Européene Bruxelles II, em Bruxelas. Regressei em 2008 para iniciar o MIM na FCML. No 3º ano

do curso – ano barreira - fiquei retida por nota insuficiente na Unidade Curricular de Farmacologia

e decidi tirar partido deste facto para complementar a minha formação académica e pessoal.

Assim, intensifiquei a minha integração na Paróquia de Santa Isabel, iniciada em 2011 e que

mantenho até à data. Fiz o Cambridge English: Advanced Level, do Instituto Britânico e o Curso

de Primeiros Socorros da Cruz Vermelha Portuguesa. Entre Janeiro e Abril do ano 2012 fui

voluntária da ONG WAY na Ilha de Moçambique, onde colaborei no hospital local, dei palestras

de saúde e acompanhei alunos da área de ciências. Nos últimos três anos empenhei-me com

entusiasmo na concretização dos objectivos do MIM.

O presente relatório descreve as actividades que realizei durante o 6º ano do MIM. Este

estágio profissionalizante consiste em um ano de prática clínica tutelada, durante o qual o aluno

realiza um conjunto de estágios parcelares com o intuito de promover, por um lado a

consolidação de conhecimentos e a sua fundamentação científica e, por outro, o desenvolvimento

de capacidades essenciais ao médico recém-licenciado, nomeadamente a observação, o

diagnóstico, o pedido racional de exames complementares e a terapêutica das patologias mais

frequentes. O estágio fomenta, igualmente, a realização de procedimentos técnicos elementares,

bem como o desenvolvimento de atitudes de profissionalismo, de capacidades de comunicação,

de trabalho em equipa, de decisão clínica e de autocrítica.

O meu principal objectivo este ano foi preparar-me para o desempenho do trabalho de um

médico recém-formado, através da integração dos conhecimentos adquiridos ao longo curso e a

sua aplicação na prática clínica diária. Este objectivo complementou-se com a necessidade de

adquirir autonomia em ambiente hospitalar e cuidados de saúde primários, treinar competências

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de diagnóstico e terapêutica, desenvolver a capacidade de integração e de interacção com todos

os profissionais de saúde e desenvolvimento de uma boa relação médico-doente.

2. Descrição das Actividades

A. Medicina Geral e Familiar (15 de Setembro a 10 de Outubro de 2014) Regente: Profª. Doutora Maria Isabel Santos

Este estágio foi efectuado na Unidade de Cuidados de Saúde de Mértola, sob a orientação

do Dr. António Matos. Defini como principais objectivos a melhor compreensão do papel do

Médico de Família na comunidade em que se encontra inserido, reconhecer e adquirir

competências que me permitissem uma correcta abordagem diagnóstica e terapêutica das

patologias mais frequente nos diferentes meios e ainda colaborar no seguimento de grupos

específicos como mulheres em idade fértil, grávidas e crianças. No final do estágio realizei uma

prova oral de discussão do Diário de Exercício Orientado, do qual constava um registo da minha

actividade, um relato clínico, uma análise crítica de um caso e um posicionamento crítico em

relação ao estágio. Destaco neste estágio a autonomia que me foi dada para a realização de todo

o tipo de consultas, recolher histórias clínicas com base no Registo Médico Orientado por

Problemas, realizar e executar procedimentos práticos.

B. Pediatria (13 de Outubro a 07 de Novembro de 2014) Regente: Prof. Doutor Luís Varandas

Este estágio foi efectuado no Hospital CUF Descobertas sob a orientação do Dr. Paulo

Venâncio e da Profª. Doutora Ana Serrão Neto. Defini como principais objectivos o contacto

directo com os aspectos do desenvolvimento, nutrição e prevenção de doença; a sistematização

do exame objectivo na criança e consolidação da capacidade de realização da história clínica

pediátrica, da abordagem das principais patologias infanto-juvenis e ainda da construção da

relação médico-doente tanto com a criança como com a respectiva família. Na enfermaria

observei e realizei a história clínica e o exame objectivo da criança adequado ao seu contexto

clínico e grupo etário. No internamento e serviço de urgência treinei a abordagem clínica de

patologias frequentes. Na consulta externa observei o exame do desenvolvimento, conselhos de

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nutrição e prevenção de doença da maioria dos grupos etários. Elaborei uma história clínica

completa e, em conjunto com a minha colega R. Rodrigues, fiz uma apresentação intitulada

“Púrpura de Henoch-Schnolein”. Neste estágio destaco a oportunidade da passagem por várias

áreas dentro da Pediatria, nomeadamente o berçário e as consultas de cirurgia e ortopedia

pediátricas, que tornaram o estágio mais enriquecedor, alargando o horizonte relativamente à

patologia pediátrica.

C. Ginecologia e Obstetrícia (10 de Novembro a 05 de Dezembro de 2014) Regente: Dra. Teresa Ventura

Este estágio foi efectuado no Hospital CUF Descobertas sob a orientação da Dra. Cristina

Horgan e Dra. Conceição Telhado. Defini como principais objectivos para este estágio a prática

da realização de anamnese e exame objectivo ginecológico e obstétrico, aprendizagem das

principais patologias desta especialidade, valorização da importância da relação médico-doente,

do sigilo médico e do consentimento informado e ainda o acompanhamento da gravidez normal e

de risco, desde o aconselhamento pré-concepcional até ao parto e puerpério. Durante todo o

estágio acompanhei as actividades no Serviço de Urgência e pude participar como 2ª ajudante

em 8 cesarianas. Para além destas actividades, assisti também a reuniões de serviço e sessões

clínicas realizadas pelos médicos do serviço e apresentei o trabalho “Aborto Recorrente”. Neste

estágio a oportunidade de ter contacto com várias áreas desta especialidade, consultas de

obstetrícia, ginecologia, de patologia mamária e de trombofilias foi especialmente interessante por

permitir uma percepção global da especialidade.

D. Saúde Mental (09 de Dezembro de 2014 a 16 de Janeiro de 2015) Regente: Prof. Doutor Miguel Xavier

Este estágio foi efectuado no Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital São Francisco

Xavier do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, sob a orientação da Dra. Georgina Maia. Defini

como principais objectivos o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades de diagnóstico e

intervenção clínica nas principais patologias abordadas pela especialidade, não só com intuito

formativo mas também para a redução do estigma tão associado a estas doenças. O primeiro dia

de estágio destinou-se à participação em seminários, com o objectivo de abordar temas de

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marcada importância no âmbito da Psiquiatria mas também essenciais à formação global de

qualquer médico. Na minha passagem pelo serviço de Pedopsiquiatria atingi os objectivos gerais

a que me propus. Acompanhei doentes com patologia pedopsiquiátrica em consulta e em

reuniões de serviço, em que tive a oportunidade de compreender melhor o seu contexto familiar,

social e escolar. Foi-me possível realizar uma entrevista clínica a um doente com patologia

psiquiátrica e familiarizar-me com os diagnósticos mais prevalentes nesta área e com as

terapêuticas específicas a utilizar nessas patologias. Elaborei e discuti uma história clínica relativa

a um doente com perturbação de humor e, juntamente com a minha colega A. Canoso, fiz uma

revisão bibliográfica do tema Guia Curricular de Saúde Mental para Alunos do 3º Ciclo e

Secundário, em forma de apresentação e de artigo (Anexo I). Sublinho a oportunidade de assistir

a algumas conferências do Curso Internacional Primary Care Mental Health, em especial a

conferência do Professor Sir David Goldberg.

E. Medicina Interna (26 de Janeiro a 20 de Março de 2015) Regente: Prof. Doutor Fernando Nolasco

Este estágio foi efectuado no Serviço de Medicina 7.2 do Hospital Curry Cabral (HCC) sob

a orientação da Dra. Vera Bernardino, Dra. Ana Rodrigues, Dra. Ana Lladó e Dr. António Panarra.

Defini como principais objectivos a sedimentação de conhecimentos teóricos e práticos,

aplicando-os na formulação de hipóteses de diagnóstico, requisição de exames complementares

de diagnóstico e interpretação dos seus resultados, realização de diagnósticos, instituição de

terapêuticas e estabelecimento de prognósticos. Durante o estágio fui integrada na equipa

médica, realizando a observação diária de 2 a 3 doentes na enfermaria. Elaborei os respectivos

diários clínicos e um plano de pedido de exames e terapêutica que posteriormente discutia com a

minha orientadora. No seguimento dos doentes também treinei a comunicação com profissionais

e familiares. No serviço de urgência tive um grau de autonomia similar, observando doentes com

patologia de gravidade variável. Durante todo o estágio realizei procedimentos técnicos simples

como punções arteriais e venosas. Este estágio compreendeu ainda uma forte componente

teórica complementar, constituída por 10 seminários teóricos leccionados na FCM-UNL, 8 aulas

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teórico-práticas no HCC dadas pelos vários tutores de Medicina, as sessões clínicas do serviço e

ainda as apresentações realizadas pelos alunos. Em conjunto com os meus colegas A. Canoso,

A. Rodrigues, C. Branco, J. Aguiar e M. Dinis apresentei o trabalho intitulado “Icterícia: Etiologia e

Abordagem”. Destaco a oportunidade de ter um maior contacto com a patologia auto-imune,

através das consultas de doenças auto-imunes, da possibilidade de assistir à realização de

Capilaroscopias no Gabinete de Capilaroscopia da Unidade de Doenças Auto-imunes do HCC e

posteriormente ao estágio de assistir à sessão de internato médico do Centro Hospitalar Lisboa

Central leccionada pelas minhas orientadoras Dra. Vera Bernardino e Dra. Ana Lladó, intitulada

“Capilaroscopia Peri-ungueal: A importância de uma técnica não invasiva”.

F. Cirurgia (23 de Março a 22 de Maio de 2015) Regente: Prof. Doutor Rui Maio

Este estágio foi efectuado no Hospital CUF Descobertas sob a orientação do Dr. José Luís

Ramos Dias e do Dr. José Correia Neves. O estágio foi dividido em 1 semana de seminários

teóricos e teórico-práticos sobre temas clínicos e técnicas, mas também sobre comunicação,

apresentação de trabalhos entre outros; 3 semanas de Cirurgia geral e 1 semana de Urologia,

Gastroenterologia, Neurocirurgia e Unidade de Cuidados Intensivos (opcional). Defini como

principais objectivos o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades de diagnóstico e

intervenção clínica nas principais patologias agudas, emergentes e crónicas abordadas pela

especialidade, e ainda a aquisição de competências técnicas. Durante as semanas de Cirurgia

geral acompanhei o meu tutor no internamento, consulta externa e serviço de urgência, na

realização da história clínica e exame objectivo. No bloco operatório participei como primeiro,

segundo ou terceiro ajudante em cirurgias. Durante a rotação pelas especialidades as actividades

foram semelhantes. No final do estágio decorreu um Mini-Congresso de casos clínicos com

participação de alunos de todos os polos de ensino. Juntamente com as minhas colegas A.

Canoso, C. Mata, C. Figueiredo e J. Nachila, apresentei um caso de Neoplasia Gástrica Precoce,

intitulado “Terapêutica Cirúrgica – Importância da Abordagem caso a caso”. Considerei este

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Congresso de grande relevância académica, quer pelos temas abordados, quer pela excelente

oportunidade de praticarmos a apresentação de trabalhos científicos perante os nossos colegas.

3. Outras Unidades Curriculares

A. Estágio Clínico Opcional – Medicina Geral e Familiar Regente: Prof. Doutor José Delgado Alves

Realizei o meu estágio clínico opcional na Unidade de Cuidados Primários de Saúde de

Algés, durante duas semanas, sob a orientação da Dra. Lúcia Bragança. Neste período assisti a

consultas de Saúde de Adultos, de Saúde Materna, de Saúde Infantil e de Planeamento Familiar.

Este foi um estágio essencial para colmatar a curta experiência que tive na UCSP de Mértola no

âmbito da saúde materno-fetal e planeamento familiar.

B. Preparação para a Prática Clínica

Regente: Prof. Doutor Roberto Palma dos Reis

A Preparação para a Prática Clínica consistiu numa unidade curricular composta por sete

sessões teóricas, cada uma orientada para um tema específico, expostas na perspectiva de

vários médicos de diferentes especialidades. Esta abordagem permitiu uma visão abrangente e

prática das patologias mais frequentes e também um estudo prático de temas importantes da

Prova Nacional de Seriação. Os temas abordados foram os seguintes: Dor torácica, Síncope,

Cansaço, Edema dos Membros Inferiores, Perda de Peso, Dor Abdominal e Febre.

4. Actividades Extracurriculares

1º ABC de Imunologia para Médicos do Hospital CUF Descobertas (Anexo II)

Co-responsável de Enfermaria e Farmácia da Peregrinação MAJUNE 2015 (Anexo III)

5. Reflexão Crítica

Pretendo nesta reflexão crítica fazer não só um balanço do 6º ano do MIM, como também dar

nota do que este representou para mim enquanto ano de preparação para a prática clínica

profissional e para a minha valorização e crescimento pessoal.

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As minhas expectativas quanto ao curso de medicina foram sempre elevadas tendo a minha

actividade enquanto voluntária em Moçambique evidenciado ser possível concretizá-las. Todas as

situações clínicas que vivi no hospital da Ilha ajudaram-me a ter uma maior percepção daquilo

que é ser médico, assisti e ajudei em partos, dei palestras de saúde pública e assisti às mais

variadas consultas, tudo isto com o conhecimento de aluna de 3º ano do MIM. Estas experiências

Clarificaram qualquer dúvida que tinha sobre o que queria ser e fazer com o resto da minha vida.

esclareceram quais seriam os meus objectivos e ambições para a minha formação clínica e

criaram um conjunto de expectativas e receios sobre o que seria o estágio profissionalizante no 6º

ano do MIM. Essas expectativas baseavam-se sobretudo na vontade de aplicar conhecimentos

teóricos na prática clínica, de forma autónoma e num contacto mais próximo com os doentes.

Quanto aos receios, sublinho a ansiedade de “não estar à altura” no contacto directo com o

doente, de não saber responder às suas dúvidas e inquietações, de não lhes transmitir a

tranquilidade que devem ter quando falam com um médico. Assim, para corresponder às

expectativas e ultrapassar receios, este ano defini os seguintes objectivos transversais a todos os

estágios, tendo em consideração os objectivos específicos das Unidades curriculares:

1. Rever, consolidar e ampliar o conhecimento teórico e aplicá-lo na prática médica;

2. Aperfeiçoar a colheita de história clínica, exame objectivo e procedimentos práticos de uma

forma mais autónoma;

3. Estabelecer uma boa relação médico-doente, reforçando a noção de que a comunicação

depende de cada doente, do seu contexto pessoal, familiar e socioeconómico;

4. Reconhecer, com humildade, as minhas capacidades e limitações, pedir ajuda sempre que

necessário e ajudar sempre que me for pedido ou quando saiba que me a minha ajuda poderá ser

útil;

5. Integrar-me nos diferentes Serviços e Hospitais e na equipa de trabalho, através da criação

de uma relação profissional coerente com todos os profissionais de saúde.

De uma forma geral, considero ter atingido estes objectivos, devido à organização pedagógica

do ano, em geral, e dos estágios que, ao instituírem um rácio tutor:aluno de 1:1 promovem a

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autonomia dos alunos, destacando também a minha vontade de aprender e progredir como factor

determinante na concretização dos objectivos propostos.

Destaco o estágio de Medicina Interna como exemplo de excelência, pois foi aquele que senti

que mais me ajudou a crescer e a ganhar a autonomia e confiança, através da integração total na

equipa médica, no seu trabalho, na relação com todos os outros profissionais de saúde e na

relação com doentes e as suas famílias. Sendo este o ano profissionalizante, de transição entre o

estatuto de estudante e de médica, tenho de destacar este estágio e os meus tutores pela sua

capacidade de me inserir na actividade médica diária e de reforçar as minhas proficiências

adquiridas ao longo do curso, o que me possibilitou sentir, de uma forma segura e autónoma, a

responsabilidade que um médico enfrenta quando trata um doente.

Este ano foi essencial para me deixar satisfeita com a minha capacidade de abordar os

doentes no seu todo, integrar as suas patologias, queixas, crenças e expectativas, bem como o

impacto que estas podem ter nas suas vidas. Consolidei, ainda, o imperativo de honestidade,

humildade e preocupação com o bem-estar e necessidades dos doentes. Igualmente importante

foi a consciencialização do empenho que é indispensável ter, ao longo da minha vida profissional,

na aprendizagem dos avanços da Medicina, bem como na melhoria contínua das minhas aptidões

clínicas.

O ano que comecei como aluna cheia de expectativas e receios, termino agora, com a

sentimento de objetivo cumprido, mas com a certeza que estudante serei para sempre e que

novos desafios virão.

Termino com um sincero e profundo agradecimento a todos os Regentes, Professores e

Tutores que me acompanharam ao longo destes sete anos na Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Nova de Lisboa e nas várias unidades hospitalares onde estagiei, que contribuíram

exemplarmente para a minha formação médica e pessoal.

“Todas as influências são parte de mim, que dão vazão na palavra, que constrói e inventa”.

Mia Couto

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ANEXOS

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Anexo I

REVISÃO DO GUIA CURRICULAR DE SAÚDE MENTAL PARA O

3º CICLO E ENSINO SECUNDÁRIO Ana Canoso e Marta Bragança

14 Janeiro 2015

De uma forma global a maioria das doenças

mentais pode ser diagnosticada antes dos 25 anos.

Sabe-se actualmente que as perturbações mentais não

tratadas, têm resultados substancialmente negativos,

incluindo uma prestação escolar abaixo das

expectativas, fraca realização profissional, dificuldades

familiares e sociais, diminuição da EMV e morte

prematura (por suicídio).

O que é a literacia em Saúde Mental?

A literacia em saúde mental no 2º e 3º ciclo e

escola secundária tem sido definida como tendo

quatro componentes únicas, contudo integradas:

1. compreensão das formas de promover e

manter boa saúde mental;

2. compreensão das perturbações mentais e dos

seus tratamentos;

3. diminuição do estigma;

4. procura de ajuda de forma eficaz.

Esta via define-se como sendo a base para a

promoção da saúde mental, incluindo a prevenção e a

intervenção, no ambiente escolar. Os alunos que

dispõem de conhecimentos adequados sobre a saúde

mental estão mais conscientes da sua relevância e têm

maior tendência a procurar ajuda, o que poderá

aumentar o seu desempenho académico a longo prazo.

Têm sido estudadas e aplicadas muitas

estratégias para tratar as complexidades da abordagem

da saúde mental nas escolas. Embora os resultados

tenham sido ambíguos e a esperança em intervenções

universais que levem a resultados significativamente

positivos e substanciais na saúde mental seja elevada,

estes objectivos ainda não foram alcançados. No

entanto, os conhecimentos adquiridos decorrentes

destas experiências podem contribuir

significativamente para efectuar uma abordagem mais

ponderada e informada para fazer face à problemática

da saúde mental nas escolas.

As duas conclusões mais relevantes que se

podem retirar são:

1. a necessidade de intervenções baseadas na

investigação para atingir resultados positivos e

sustentáveis através da construção de

dinâmicas relacionais fortes das escolas;

2. a importância da criação de modelos que

integrem os diversos sistemas separados que

tradicionalmente são aplicados na prestação

de serviços a jovens.

As abordagens com essas características

podem evitar o elevado custo e muitas vezes os menos

que eficazes "programas em caixa" habitualmente

aplicados para implementar a Saúde Mental em

ambiente escolar e podem ser projetadas para fazer

face às necessidades de saúde mental dos jovens,

específicas dentro do contexto das realidades locais.

Guia Curricular de Saúde Mental para o 3º Ciclo e

Ensino Secundário

Este guia é um programa de educação para a

saúde mental para alunos do 3º Ciclo e Ensino

Secundário. Foi testado no Canadá e revisto com base

no feedback dos educadores em 2010. Este modelo foi

criado para abordar a saúde mental através da

facilitação de um quadro colaborativo holístico,

incluindo educadores e profissionais de saúde dentro

do contexto de um ambiente escolar secundário.

O Guia é constituído por uma componente de

auto-aprendizagem do professor e por seis módulos

para aplicação na sala de aula. Estes seis módulos

estão concebidos para serem ensinados em sequência

e focam-se em:

1. estratégias baseadas na evidência para

enfrentar o estigma;

2. estudo das funções básicas do cérebro;

3. informações sobre os diferentes tipos de

doença mental com início típico na

adolescência e os seus tratamentos;

4. contacto real com a experiência de doença

mental por parte dos jovens,

5. criação de competências para o correcto

acesso aos cuidados de saúde mental;

6. melhoria da qualidade dos cuidados

recebidos.

Modelo piloto: School-Based Pathway to Care Model

Este modelo, embora heuristicamente

atrativo, deve resistir ao teste da validação empírica

através de avaliações quantitativas e qualitativas.

Componente I - Literacia em saúde mental

para professores e alunos em sala de aula. O

Curriculum de Saúde Mental foi aplicado por seis

professores de 10º Ano em sala de aula. É composto

por um pacote de auto-aprendizagem para o professor,

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com seis módulos para os alunos, com os temas acima

referidos. O pacote de auto-aprendizagem fornece

informações básicas sobre as perturbações mentais

contextualizadas no ambiente escolar. Para facilitar o

ensino do Guia, a equipa elaborou um programa de

formação e de acompanhamento dos professores. A

formação incluiu uma visão geral da saúde mental e

das perturbações mentais contextualizadas no

ambiente escolar, bem como a revisão do Guia com

recursos educacionais complementares e estratégias

de ensino. Após a formação dos professores em sala de

aula, estes prepararam os materiais em conjunto e

tendo sido posteriormente divididos em grupos de

dois, cada grupo ensina dois módulos. A formação foi

dada ao longo de um período de 1 semana, tendo

cerca de 8 horas de duração total.

Componente 2 - "Go-to" formação de

educadores. Esta é uma importante componente da

School-Based Integrated Pathways to Care Model, que

interliga as escolas com os dadores dos cuidados de

saúde visando ir ao encontro das necessidades de

saúde mental dos jovens. O “Go-To” Educator Training

baseia-se na observação de que em cada escola

existem educadores com os quais os alunos formam

boas relações e a quem se dirigem naturalmente

quando procuram ajuda. Assim sendo, providenciar

treino a este grupo singular poderá promover a

identificação precoce de perturbações mentais levando

a uma intervenção eficaz mais precoce. Igualmente

importante é o facto de ser prestado o apoio

continuado dentro do ambiente escolar. Estes

educadores “Go-to” poderão incluir professores,

psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, directores,

etc. Estes serão identificados pelos administradores

das escolas e assumirão esse papel aderindo ao

programa educacional.

O “Go-to” Educator Training distingue-se pelo

facto de ajudar os educadores a adquirir as

competências necessárias. Quando este treino é

aplicado aos educadores caracterizados de “go-to” este

modelo tem um potencial acrescido para gerar

melhores resultados.

Existem no entanto algumas limitações: o

facto de serem os directores das escolas e não os

alunos, a identificar os educadores “go-to” pode

influenciar o estudo sendo portanto necessário

determinar a sua eficácia na identificação de jovens

com perturbação psiquiátrica no ambiente escolar.

Componente 3 - Os pais/ envolvimento

familiar. As estratégias para envolver os pais e as

famílias foram discutidas ao longo do processo. A

escola sugeriu uma combinação de informações on-line

e sessões presenciais de informação, como forma de

melhorar a compreensão da saúde mental por parte

dos pais e famílias. Foi proposto fornecer informações

no site da escola, por e-mail e folhetos informativos

fornecidos aos pais, além de três sessões de

informação em três locais dentro da área de influência

da escola.

Foi igualmente implementada uma outra

iniciativa, a Junior High Chat, na qual os pais e

professores de escolas secundárias locais se reúnem

com os membros da equipa para discutir todas as

preocupações dos pais relacionados com o

desenvolvimento dos adolescentes. Esta iniciativa tem

tido um feedback substancialmente positivo por parte

dos pais e das escolas. Além disso, foram elaborados

dois folhetos, Parenting Your Teens e Teening Your

Parents (ver www.teenmentalhealth.org), para

promover uma melhor compreensão do

desenvolvimento do adolescente e das perturbações

mentais. Estes são dirigidos não só aos pais como

também aos jovens para facilitar a discussão desses

temas.

Componente 4 – Formação Equipa de

Cuidados primários em Saúde Mental. Os clínicos gerais

e outros prestadores de cuidados de saúde primários

são muitas vezes o primeiro contato de saúde dos

jovens, sendo portanto essencial que estes sejam

capazes de identificar, diagnosticar e tratar muitas das

perturbações mentais comuns, leves a moderadas, em

jovens. Foi realizada uma avaliação das necessidades,

com oito clínicos gerais e um pediatra em Janeiro de

2010, no Canada, que identificou necessidades de

formação em cinco áreas:

1. Depressão;

2. Fobia Social;

3. Perturbação de Pânico;

4. Perturbação de Deficit de Atenção;

5. Perturbação Obsessiva Compulsiva.

Componente 5 - Criação de mecanismos de

Cuidados e Encaminhamento. "Go-to" educadores e

prestadores de cuidados de saúde mental locais foram

reunidos na formação "go-to" para identificar

estratégias para facilitar ligação entre a escola e os

prestadores de cuidados de saúde. Foi criado um

processo de triagem na escola para os alunos

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identificados e foi estabelecido um único ponto de

contato de referência entre a escola e a equipa de

saúde mental. Foi igualmente criado um método de

monitorização e avaliação dos tipos de referências e

um ciclo de feedback contínuo de apoio.

Aplicabilidade do Guia

É realizada uma sessão de formação sobre a

aplicação do Guia, com a duração de um dia, dirigida

aos professores que o vão implementar nas suas salas

de aula. A sessão inclui uma apresentação em power

point, vídeos, partilha de recursos online, discussão em

grupo e instruções passo-a-passo sobre a forma de

ensino de cada módulo. Após esta exposição, cada

professor acede às informações online, às actividades e

a outros materiais, utilizando por fim, os seus próprios

estilos de ensino. Esta sessão é conduzida por dois

profissionais de Saúde Mental que são também quem

desenvolve o Guia.

Avaliações anteriores mostraram que esta

abordagem não só familiarizou os professores com o

Guia como também teve grande impacto na melhoria

do conhecimento e noção que os próprios professores

tinham da saúde mental diminuindo o estigma.

Avaliações anónimas pré e pós-teste sobre o

conhecimento e as atitudes dos alunos foram

analisadas utilizando ferramentas previamente

validadas. Dois meses após o exame pós-teste ter sido

feito foi aplicado um teste follow-up. Os dados

demonstram que a simples acção de proporcionar

formação aos professores sobre a utilização o Guia e

ajudá-los a integrar este recurso nas suas

competências profissionais existentes tem um impacto

positivo significativo e substancial por conta própria na

literacia em saúde mental.

Dois estudos independentes realizados em

Ontario demonstraram que a utilização do Guia com os

alunos teve um impacto significativo e substancial

semelhante na abordagem curricular na sala de aula.

Um outro estudo demonstrou que alunos expostos ao

Guia na sala de aula melhoraram a sua literacia em

saúde mental, mostrando o aumento do conhecimento

e diminuição do estigma do pré-teste para o pós-teste.

Estes impactos positivos nos conhecimentos e atitudes

mantiveram-se durante um período de dois meses de

follow-up. Resultados semelhantes, bem como uma

melhoria significativa na procura de ajuda eficaz

reportada pelos estudantes, foram igualmente obtidos

num outro estudo realizado. O feedback qualitativo

dos professores foi positivo, foi identificada facilidade

na aplicação na sala de aula e não foram demonstrados

outcomes negativos.

Conclusão

No geral, a presente abordagem para tratar a

literacia em saúde mental como a fundação da

promoção de saúde mental, da prevenção e dos

cuidados de saúde mental junto dos professores e

alunos baseia-se na utilização dos pontos fortes das

dinâmicas existentes e das competências profissionais

dos professores, ao invés do recurso aleatório a

programas autónomos e dispendiosos nas escolas.

Trata-se de um método relativamente simples,

económico e eficaz de melhorar os conhecimentos, de

diminuir o estigma e de melhorar a procura de ajuda

eficaz quer em professores como em alunos.

A avaliação da aplicabilidade do Guia

demonstrou um impacto substancial e significativo que

foi mantido ao longo do tempo. Estes resultados foram

obtidos sem qualquer tentativa de abordar a fidelidade

com que o Guia foi aplicado pelos professores sem

qualquer intervenção educativa adicional

Esta abordagem reflecte um método através

do qual os professores geralmente aprendem e se

preparam para o ensino, e, integrando a aprendizagem

do aluno sobre a saúde mental no currículo existente,

evita-se isolar a saúde mental das atividades escolares

diárias.

A criação de equipas de formação que possam

fazer face às necessidades de formação dentro da

instituição, aumenta a probabilidade de uma

integração sustentável a um custo mínimo. Os

resultados positivos foram aplicados e avaliados,

tornando assim viável para uso em todo o mosaico

canadiano.

Como Aceder ao Mental Health Curriculum Guide:

Os recursos disponíveis online:

http://teenmentalhealth.org/curriculum

Para mais informações:

[email protected]

Bibliografia

Kutcher S. and Wei Y. (March 2014) School Mental

Health Literacy. Canada: Canadian Education

Association

Kutcher S.; Wei Y.; McLuckie A.and Hines H. (2014)

Successful Application of the Mental Health & High

School Curriculum Guide in the Toronto District

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Marta Penberthy Barbeitos de Noronha Bragança

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School Board: Increasing Student Mental Health

Knowledge and Decreasing Stigma. Canada:

teenmentalhealth.org

Kutcher S. and Wei Y. (2014) Innovations in

Practice: “Go-to” Educator Training on the Mental

Health Competencies of Educators in the Secondary

School Setting: a Program Evaluation. Halifax,

Canada: Child and Adolescent Mental Health 19,

Nº3, pp. 219-222

Kutcher S. and Wei Y. (March 2013) Challenges and

Solutions in the Implementation of the School-

Based Pathway to Care Model: The Lessons From

Nova Scotia and Beyond Canada: Canadian Journal

of School Psycology 2013 28:90 (originally

published online February 2913)

Anexo II

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Anexo III