registo ed187

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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 29 de Dezembro de 2011 | ed. 187 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Joviano Vitorino Em entrevista ao Registo, o presidente da Câmara Municipal de Alter do Chão, Joviano Vitorino, aponta o despovoamento como um dos graves problemas do concelho e defende o turismo e a Coudelaria como apostas estratégicas para o desenvolvimento local. “A Coudelaria tem todas as condições para se emancipar e ser auto sustentável”, garante o autarca. 08 D.R. Sobreiro eleito árvore nacional Decisão unânime dos deputados. Nasceu um novo símbolo do País. O sobreiro passou a ser considerado Árvore Nacional de Portugal. Este acontecimento surge com a aprovação, por unanimidade, de um projecto de resolução apresentado na Assembleia da República e teve a ajuda de uma petição pública que reuniu mais de duas mil assinaturas. A decisão visa “contribuir para tornar mais visíveis alguns dos problemas associados à preservação desta espécie, contribuindo, simultaneamente, para se alcançarem as soluções necessárias”. Além do montado ocupar cerca de um terço da floresta portu- guesa, a cortiça representa 10% das exporta- ções nacionais. Alter aposta em Turismo e Economia Social Beja Orçamento chumbado Pág.04 Pela primeira vez, desde o 25 de Abril de 1974, a Câmara de Beja vai ser gerida em regime de duodéci- mos. A Assembleia Municipal chum- bou a proposta de orçamento apresen- tada pelo Executivo autárquico. CDU e Bloco de Esquerda votaram contra. O presidente da autarquia vai apre- sentar queixa ao Ministério Público. D.R. 06 06 D.R. Évora Parque de Ciência Pág.16 Universidade acolheu assi- natura da escritura da sociedade que vai gerir o Parque de Ciência e Tecno- logia do Alentejo, com um capital de 575 mil euros. Carlos Braumann ape- lou à “convergência de esforços”. D.R. 08

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Edição 187 do Semanário Registo

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Page 1: Registo ed187

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 29 de Dezembro de 2011 | ed. 187 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Joviano Vitorino Em entrevista ao Registo, o presidente da Câmara Municipal de Alter do Chão, Joviano Vitorino, aponta o despovoamento como um dos graves problemas do concelho e defende o turismo e a Coudelaria como apostas estratégicas para o desenvolvimento local. “A Coudelaria tem todas as condições para se emancipar e ser auto sustentável”, garante o autarca.

08

D.R

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Sobreiro eleito árvore nacionalDecisão unânime dos deputados. Nasceu um novo símbolo do País.O sobreiro passou a ser considerado Árvore Nacional de Portugal. Este acontecimento surge com a aprovação, por unanimidade, de um projecto de resolução apresentado na Assembleia da República e teve a ajuda

de uma petição pública que reuniu mais de duas mil assinaturas.A decisão visa “contribuir para tornar mais visíveis alguns dos problemas associados à preservação desta espécie, contribuindo,

simultaneamente, para se alcançarem as soluções necessárias”. Além do montado ocupar cerca de um terço da floresta portu-guesa, a cortiça representa 10% das exporta-ções nacionais.

Alter aposta em Turismo e Economia Social

BejaOrçamentochumbadoPág.04 Pela primeira vez, desde o 25 de Abril de 1974, a Câmara de Beja vai ser gerida em regime de duodéci-mos. A Assembleia Municipal chum-bou a proposta de orçamento apresen-tada pelo Executivo autárquico. CDU e Bloco de Esquerda votaram contra. O presidente da autarquia vai apre-sentar queixa ao Ministério Público.

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D.R

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ÉvoraParque de CiênciaPág.16 Universidade acolheu assi-natura da escritura da sociedade que vai gerir o Parque de Ciência e Tecno-logia do Alentejo, com um capital de 575 mil euros. Carlos Braumann ape-lou à “convergência de esforços”.

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Page 2: Registo ed187

2 29 Dezembro ‘11

A Abrir

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected]) Editor Luís Godinho

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial Teresa Mira ([email protected]) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Fotografia Luís Pardal (editor) Colaboradores Pedro Galego; Carlos Moura; Capoulas Santos; Carlos Sezões; Margarida Pedrosa; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; Luís Martins; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional

Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição Miranda Faustino, Lda

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

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w.egoisthedonism.w

ordpress.comPedro H

enriques | Cartoonista

“Ano novo, (dí)vida nova...”

2011 chegou ao fim! Um ano de profundas mudanças e grandes dificuldades para as Portuguesas e Portugueses, mas em espe-cial o ano da crise das instituições Euro-peias. No plano interno tivemos eleições Presidenciais e assistimos à renovação do mandato de Cavaco Silva.

A sua tomada de posse ficou marcada por ter ignorado a crise internacional. Uma atitude que veio a marcar os acon-tecimentos que se sucederam. A partir deste momento, ficou quebrada a relação de confiança institucional entre o Gov-erno e o Presidente da Republica.

Perante o agudizar da crise na Grécia, na Irlanda e a pressão exercida sobre Portugal e sem o apoio dos Partidos da oposição, que votaram contra o PEC IV, não restou outra saída ao Governo que não fosse a resignação. Entrou-se em campanha eleitoral, com o PSD e o CDS a ignorarem, mais uma vez a crise inter-nacional, a crise das dívidas soberanas, a crise financeira que deixou os Bancos sem capacidade de financiar a economia. As promessas eleitorais de não agrava-mento de impostos, de não cortar o sub-sídio de Natal caíram de imediato após a vitória do PSD.

Nunca antes um Partido da Oposição teve tanto conhecimento da situação real do estado das finanças públicas em Portugal. Recorde-se que o PSD (Dr. Catroga) negociou com o Teixeira dos Santos, o orçamento de 2011. A seguir, em Maio, nas negociações com o FMI, o BCE e a Comissão Europeia (Troika) o PSD e o CDS acompanharam todo o processo e as-sinaram o Memorando de Entendimen-to!!! Como foi possível terem realizado uma campanha eleitoral prometendo o que não podiam cumprir.

Havia apenas um móbil nesta cam-panha: não deixar escapar o momento de afastar de vez José Sócrates! Foi uma campanha fraudulenta no plano das ideias e das propostas, servindo aquele móbil principal! A realidade é que após a tomada de posse foram confrontados com a grave crise internacional e com a quebra continuada do PIB nacional.

As medidas de austeridade alimentam novas medidas de austeridade, a econo-mia afunda, as famílias asfixiam de im-postos, taxas; o desemprego aumenta e o Governo ao fim de 6 meses, surge sem rumo, sem estratégia, sem um discurso mobilizador, provando do pão que eles próprios amassaram durante a oposição.

À falta de ideias, dizem-nos para emi-grar! Se pensarmos bem, emigrando, morrendo, encerrando todas as portas, entregando os activos a quem tem din-heiro para nos pagar, como é o caso da veda da EDP aos Chineses, podemos re-solver o problema da tesouraria...mas não resolveremos o problema do Pais.

Este problema integra um outro de maior dimensão: o problema da con-

Balanço de 2011! 2012 apresenta-se...

António SerrAnoDeputado

strução do projecto da União Europeia. Ficámos a meio da ponte, sem União Fis-cal e Politica, fica mais complicado lidar com uma situação grave em que os agen-tes financeiros internacionais avaliam a capacidade de cada Estado, poder solver todos os seus compromissos.

Cimeira após Cimeira de Primeiros Ministros e Chefes de Estado, cada uma mais decisiva do que a anterior, a Europa vai capitulando perante a supremacia dos mercados face à fragilidade dos in-strumentos que são decididos e à len-tidão na sua implementação.

Sem uma Europa forte, sem uma Ale-manha decidida a enfrentar, sem reser-va, o âmago desta crise, a Europa definha e Portugal definha com ela. É pena que os nossos Governantes não falem aos Portu-gueses da dimensão real desta crise, das suas causas e das suas consequências; querer circunscrever a crise ao nosso es-paço, ao nosso território foi, é e será de uma miopia grave que impede desenhar novas soluções.

Se Portugal, na concertação entre os diversos Estados, não pugnar por uma agenda de crescimento e emprego, a par da consolidação das contas públicas, não será possível sairmos desta situa-ção na próxima década. Os nossos filhos seguirão o concelho de Pedro Passos Coelho e procurarão outras paragens e abandonam o nosso Pais e daqui a 10 anos não temos quadros qualificados para desenvolver a nossa economia. As pessoas e as suas qualificações são o ver-dadeiro Capital que o País tem e é este que pode ajudar na modernização das nossas empresas e da nossa administ-ração. Não o podemos perder! Neste con-texto 2012, adivinha-se ainda mais com-plicado, com mais austeridade, com mais impostos (que virão lá para Abril), com mais desemprego, com mais pobreza, com mais miséria. Atolados nesta crise, prometem-nos que em 2013 já teremos melhores dias. Queremos acreditar! Mas não sabemos como acreditar! Falta-nos confiança e lideranças capazes. Apesar de tudo desejo a todos os leitores um ano repleto de saúde e consigamos, juntos, atravessar o cabo das tormentas da crise Europeia.

Enquanto a maioria dos portugueses parece compreender o que está em jogo para o futuro do País, e o porquê de de-terminadas decisões, algumas vozes têm-se levantado para colocar em causa o rumo seguido pela actual governação.

Algumas mostram preocupações legítimas para com a coesão e o combate à exclusão social e procuram sensibilizar quem de direito para que os inevitáveis cortes não sejam cegos e não preju-diquem as franjas mais desprotegidas da nossa sociedade. Já outras intervenções, demonstram falta de bom senso, teimo-sia deslocada no tempo e algum saudo-sismo arcaico por coisas que nem sequer são essenciais. A questão da eliminação dos feriados é uma discussão típica desta última categoria.

Sejamos claros. Quando muitos falam e bem da necessidade de fomen-tar a economia e gerar empregos têm do compreender o conceito de produ-tividade. Para quem não sabe, a nossa produtividade é cerca de 30 por cento inferior à média da União Europeia. Te-mos obrigatoriamente de produzir mais com os mesmos recursos materiais e fi-nanceiros. Uma das formas de agir so-bre isto é através da variável tempo. Tra-balhar mais tempo tem, naturalmente, uma correlação mais ou menos directa nos resultados, especialmente nos sec-tores industriais. Se queremos, pois, ser mais produtivos e competitivos, sem medidas mais radicais como despedi-mentos e cortes salariais, penso que este é um caminho razoável, por muito desconfortável que seja para todos nós.

O tempo pode, pois, ser obtido através dos feriados. Em termos comparativos, temos hoje 13 feriados nacionais, en-quanto, por exemplo, a Espanha e a Ale-manha têm 9, o Reino Unido tem 8 e a Itália tem 10 – países sem os nossos refe-ridos problemas de competitividade.

Agora a discussão tem atingido níveis de intensidade próximos do ridículo. Por exemplo, o inevitável Manuel Alegre grita a plenos pulmões que “nós não somos escravos” e que “nem Sala-zar se atreveu a tocar no 5 de Outubro” como se isto fosse uma mera medida ideológica e atentadora dos símbolos nacionais.

Para mim, que gosto de simplificar as coisas, tudo isto é absurdo. Penso que o conceito de trabalho não deve ter um sentido tão indigno, tão ligado ao “sac-rifício”, ao ponto de ser incompatível com uma data festiva. Posso perfeita-mente sentir e regozijar por datas como a Independência ou a implantação da República e trabalhar nesses mesmos dias. Quem sente o simbolismo e vive genuinamente os feriados civis ou re-ligiosos vai manter essa atitude, quer trabalhe ou não. As comemorações e cerimónias oficiais podem e devem manter-se, no próprio dia ou no fim-de-semana mais próximo sem que daí venha grande mal ao mundo.

Quando se relativizam as coisas, percebe-se que o nosso tempo e energia será mais bem aplicado noutras causas, não tão “folclóricas”, mas mais impor-tantes para a nossa vida em sociedade. Haja bom senso!

Do ”conforto“ dos feriados ao ”sacrifício“ do trabalho

CArloS SezõeSGestor

“Um ano de profundas mudanças e grandes dificuldades para as Por-tuguesas e Portugueses, mas em especial o ano da crise das instituições Europeias”.

Page 3: Registo ed187

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ActualConcessão hidroeléctrica de Alqueva entregue pela eDiA à eDP em 2007. Autarquias querem indemnização.

Luís Godinho | Texto

Cinco municípios alentejanos exigem ser indemnizados em 5 milhões de euros pelas entidades produtoras de energia hidroeléc-trica em Alqueva, designadamente pela EDP e pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA). Em causa está o alagamento de milhares de hectares de solos nos concelhos de Alan-droal, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz em resultado da construção do empreendimento de Alqueva.

“Esta é a única barragem destinada a produzir energia hidroeléctrica em que não foi paga qualquer compensação aos municípios. Em todos os outros locais a EDP está a pagar indemnização”, diz um dos autarcas envolvidos, lamentando que as autarquias tenham “deixado andar” o processo ao longo dos anos.

O pedido de indemnização visa a EDIA (no período entre o encerramento das comportas de Alqueva em 2002 e Outu-bro de 2007) e a EDP, nos últimos quatro anos.

Só no caso de Reguengos de Monsa-raz está em causa uma área submersa de 6.400 hectares situados na zona de influ-ência de central hidroeléctrica de Alque-va, pela qual a autarquia reclama uma indemnização de 1,6 milhões de euros. “Estamos a desenvolver as diligências necessárias e adequadas para defender os interesses da autarquia num processo que tem sido esquecido pelas entidades produtoras de energia hidroeléctrica em Alqueva”, diz fonte autárquica.

O endurecer de posição por parte dos autarcas, no âmbito de um processo que se arrasta há cerca de 10 anos e que se-guirá para tribunal caso não haja acordo, surge numa altura em que os orçamentos municipais são afectados pelos cortes nas transferências do Estado - no próximo

Municípios alentejanos pedem indemnizaçãoPedido de indemnização as-cende a 5 milhões de euros para o período entre 2002 e 2010 por causa da submer-são de milhares de hectares.

ano, o Município de Reguengos de Mon-saraz receberá menos 780 mil euros do que em 2011.

A exploração hidroeléctrica das barra-gens de Alqueva e Pedrógão foi entregue à EDP em Outubro de 2007, por um perío-do de 35 anos, tendo a eléctrica nacional vencido uma “corrida” onde entraram empresas como a Galp, a Endesa e a Iber-

drola.O sistema é composto pelas centrais

hidroeléctricas de Alqueva (com uma potência de 260 MW, sendo a terceira em potência instalada e a oitava em produ-ção média anual, de entre as 27 grandes hídricas nacionais) e do Pedrógão (com uma produção anual média de 45 GWh), além de diversas mini-hídricas.

A energia representa para a EDIA uma renda anual superior a 12 milhões de euros.

João Barnabé | Texto

A Associação Académica da Univer-sidade de Évora (AAUE) organizou na noite de Natal uma ceia para os estudantes estrangeiros e portugue-ses impossibilitados de ir a casa na época natalícia.

Este convívio de culturas que juntou à mesa cerca de 50 estudan-tes africanos, timorenses, alunos do programa Erasmus e estudantes portugueses das ilhas proporcionou momentos de convívio natalício, compensando um pouco a ausência da família.

Nuno Croino, vice-presidente da AAUE explicou que “a ideia surgiu do facto de haver muitos estudan-tes que não tinham hipótese de ir passar o Natal a casa, tentando-se assim recriar um jantar que pudes-se recriar o espírito de uma grande família.”

Este evento foi apoiado pelos SASUE, pela Reitoria e por vários estabelecimentos da cidade ligados à hotelaria que se mostraram soli-dários contribuindo para a Ceia de Natal.

Paralelamente a esta iniciativa a AAUE fez ainda uma recolha de brin-quedos, roupas e outros bens para a Associação de Amigos da Criança e da Família “Chão dos Meninos”, efectuada através de vários pontos de recolha nos vários pólos e residências da UE.

Alunos celebram Natal

Universidade

A Universidade de Évora assinou um protocolo de cooperação com a Fun-dação Eugénio de Almeida no âmbito da atribuição de bolsas de estudo da Fundação Eugénio de Almeida a alunos da UE.

A Fundação Eugénio de Almeida concede bolsa de estudo a alunos residentes na região de Évora, de baixo rendimento económico e com apro-veitamento escolar, que frequentem cursos de 1º ciclo, 2º ciclo ou Mestrado integrado na UE.

Este programa de apoio social visa criar oportunidades para que os jovens com carências económicas prossigam a sua formação académica, reforçando o vínculo dos alunos com a região.

As candidaturas à Bolsa Eugénio de Almeida decorrem em simultâneo com as candidaturas ao Programa de Apoio dos Serviços de Acção Social da UE. Excepcionalmente e a título transitório, no ano lectivo 2011/2012, as candidaturas decorrem no mês de Janeiro de 2012.

Bolsas apoiamestudantes

Protocolo

D.R.

A produção energética representou uma receita de 5,8 milhões de euros para a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) no primeiro semestre de 2011, apurou o DN junto de uma fonte da empresa. Trata-se de uma receita substancial-mente superior à resultante da dis-tribuição de água pelas explorações

agrícolas: 131 mil euros no mesmo período.

EDIA e EDP assinaram em 2007 um contrato de concessão da exploração das centrais hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão por 35 anos, tendo o Estado encaixado 195 milhões de euros, além de uma renda anual de 12,6 milhões de euros.

Energia vale mais do que a água

O orçamento do Município de Reguengos de Monsaraz para o próximo ano será de 21,5 milhões de euros. Este documento e as Grandes Opções do Plano 2012/2015 fo-ram aprovados por maioria em Reunião de Câmara com os votos favoráveis dos quatro vereadores do PS e a abstenção do eleito da CDU.

As linhas estratégicas da gestão autár-quica focam-se nas medidas sociais de proximidade e inclusivas, qualidade de vida, ambiente e maximização da utili-

zação de energias sustentáveis, inovação, competitividade e desenvolvimento eco-nómico sustentável, entre outras.

O investimento municipal em obras públicas será sobretudo aplicado na construção de fogos de habitação social, na instalação da Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz no Palácio Rojão e na requalificação do Mercado Municipal.

José Calixto, presidente da Câmara Mu-nicipal d Reguengos de Monsaraz, diz

que a elaboração dos documentos “foi o mais difícil exercício desde que iniciámos funções autárquicas”.

“Em termos acumulados desde 2010 a 2012, os cortes nas transferências devidas pelo Estado por força do legislado na Lei das Finanças Locais, são superiores a 1,5 milhões de euros. No próximo ano, o Mu-nicípio de Reguengos de Monsaraz rece-berá menos 780 mil euros do que o valor que foi inicialmente aprovado no ano de 2010”.

Reguengos aprova orçamento de 21,5 milhões

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Actual

orçamento chumbado pela Assembleia Municipal com os votos contra a CDU e do Bloco de esquerda.

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Pela primeira vez, desde o 25 de Abril de 1974, a Câmara de Beja vai ser gerida em regime de duodécimos. A Assembleia Municipal chumbou a proposta de orça-mento apresentada pelo Executivo autár-quico. CDU e Bloco de Esquerda votaram contra. O PSD e um deputado municipal socialista abstiveram-se. O PS votou a fa-vor.

PS e CDU ainda tentaram chegar a um acordo político que permitisse a aprova-ção do documento mas, a separá-los, es-teve uma proposta dos comunistas para aumentar em, 200 mil euros as transfe-rências para as juntas de freguesia, para a Assembleia Distrital e para o Conservató-rio Regional do Baixo Alentejo.

Entre as propostas que causaram mais polémica inclui-se a relativa à distribui-ção de 1,4 milhões de euros pelas diversas freguesias do concelho, um corte de 125 mil euros comparativamente com 2011. Cada freguesia rural iria receber 84 eu-ros por habitante, e as urbanas 21 euros, tendo em conta os resultados apurados no último Censos e que traduzem uma diminuição significativa da população residente em meio rural.

“Os cortes previstos pelo município para 2012 reflectem a política de abandono das freguesias que o presidente da Câmara de Beja tem desenvolvido nos últimos dois anos e que pretende continuar a promo-ver”, disse à Voz da Planície o presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, Álvaro Nobre, eleito pela CDU.

Na sequência do “chumbo” do Orça-mento, o presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente, anunciou que vai avançar com uma queixa junto do Ministério Público, fundamentando esta decisão num parecer da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

De acordo com o presidente da Câma-

Município de Beja gerido através de duodécimosorçamento incluia corte nas transferências para as fre-guesias.

ra e Beja o Orçamento deveria ter ficado aprovado, segundo a Lei, o mais tardar no mês de Dezembro. “Como a responsa-bilidade pela reprovação é da Assembleia Municipal e não da Câmara (...) isto tem contornos de ilegalidade”, acrescentou o autarca, citado pela rádio Pax.

Pulido Valente acrescenta que a maio-ria CDU “não fundamentou tecnica-mente e politicamente a reprovação” conforme exige a Lei e para além disso a Assembleia Municipal não apresentou, formalmente, nenhuma recomendação à Câmara.

O autarca reconhece que a proposta orçamental de 38,5 milhões de euros era “muito condicionada” pela redução das transferências do Orçamento de Estado, pelas quebras nas receitas próprias da au-tarquia (como o IMI) e pela recabimenta-ção de verbas relativas a anos anteriores.

A Câmara de Beja vai entrar em 2012 com uma gestão através de duodécimos.

As Grandes Opções do Plano (GOP’s) e Orçamento do município de Vendas Novas, foram aprovados por maioria, com os votos contra dos vereadores do PS e PSD. Apesar da redução orça-mental e das medidas de contenção, o investimento direccionados para o apoio social vai subir em cerca de 20 por cento.

Segundo a autarquia, os documen-tos foram elaboradas tendo em conta o período político, económico e social que o país atravessa, “severamente li-mitativo para a acção das Autarquias Locais, em razão das restrições ante-riores mas igualmente por efeito de um Orçamento de Estado que impõe regras limitativas ao poder local”.

No próximo ano a autarquia irá im-plementar “medidas de contingência e de poupança” que “não comprome-tem o atendimento e os compromissos com as populações e os direitos dos trabalhadores”.

O orçamento será de 15 milhões de euros, menos 400 mil que o estipulado para 2011 e inclui a diminuição de encargos, suspendendo a realização de projectos e obras mas aumentando em 20% o investimento em funções sociais para “responder às principais necessi-dades das pessoas e do território”.

Outra aposta será em pequenas obras de proximidade e projectos que dão respostas “aos mais necessitados”.

Mais apoio social

Vendas Novas

“A maioria [da CDU na Assembleia Municipal] não fundamentou tecni-camente e politicamente a reprovação”, diz Jorge Pulido Valente.

Já se iniciaram as obras de constru-ção de uma central de gaseificação de biomassa em ferreira do Alentejo. Trata-se de um investimento de 11,3 milhões de euros, liderado pelo grupo Lena, que permitirá injectar na rede eléctrica nacional até 57 Gwb por ano. O projecto estará concluído em 2012 e permitirá criar 20 postos de trabalho.

Biomassa produz energia

Ferreira do Alentejo

D.R.

D.R.

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Actual

na sua mensagem de natal, o arcebispo de Évora, D. José Alves, lembra “aqueles que pouco ou nada têm”.

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A Assembleia Municipal de Arraiolos aprovou uma deliberação em que con-dena a reforma administrativa proposta pelo Governo e que irá conduzir à extin-ção de cerca de 1800 juntas de freguesia, ao mesmo tempo que defende a regiona-lização do país.

“A regionalização {é] indispensável para descentralização do Estado e para a coesão social e territorial”, refere a moção, onde se rejeita a “campanha de condicionamento da opinião pública para a menorização do Poder Local e de fomento de desconfiança sobre os eleitos”.

Segundo a assembleia, procura-se desta forma “justificar um ataque que, em última instância, é dirigido contra as populações e se destina a iludir o

Arraiolos contra extinção de freguesias

Arcebispo pede atenção a quem sofre na ”pobreza envergonhada“

O arcebispo de Évora apelou aos católicos a procurarem “atrás das portas onde mora a solidão e a pobreza envergonhada” para assim celebrarem o Natal anunciando a mensagem de Jesus. Na sua mensagem natalícia D. José Alves lembra “aqueles que pouco ou nada têm e não se abrigam apenas nas grutas de animais”.

“Também os podemos encontrar em barracas, nas camas dos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, no vão das escadas (…), nos rostos das crianças ca-renciadas de afecto e de esperança, nos corações dilacerados pelo abandono e em tantos seres humanos que vagueiam sem rumo no mar alto da vida”, indica o pre-lado.

Após afirmar que “nenhuma festa é tão profusa e insistentemente anunciada como a festa de Natal”, o arcebispo de Évo-ra sublinha que “o anúncio foi e ainda é essencial” para chegar ao “conhecimento

“o anúncio do nascimento do Salvador continua a ser necessário”.

do Deus de amor e misericórdia”.“Só quem escutou a palavra do anún-

cio, acreditou nela, se pôs a caminho e en-controu o que lhe fora anunciado poderia

reconhecer naquela criança o Salvador, adorá-lo e oferecer-lhe presentes, como prova inequívoca de gratidão e amor sin-cero”, refere.

Como há dois mil anos, prossegue D. José Alves, “o anúncio do nascimento do Salvador continua a ser necessário e há-de ser feito por mensageiros escolhidos e enviados por Deus”.

A mensagem natalícia admite, por ou-tro lado, que “a reacção ao anúncio conti-nua a ser muito diversificada”.

“A par das reacções de indiferença, de rejeição ou de hesitação reflexiva tam-bém existe a reacção daqueles que escu-tam o anúncio, acreditam nele e partem prontamente à procura do Salvador, como os pastores e os magos”, elenca.

Em conclusão, o arcebispo de Évora fala numa festa que anuncia à humanidade “uma grande alegria”: “O mesmo Salvador que nasceu em Belém, ‘hoje’ continua a nascer na vida daqueles que escutam o anúncio, o reconhecem revestido de hu-manidade e lhe fazem as suas ofertas, como os pastores e os magos fizeram a Je-sus, Filho de Deus e de Maria”.

Arcebispo apelou aos católicos a procurarem “onde mora a solidão” e assim celebrarem o Natal.

Assembleia Municipal apro-va moção contra reforma administrativa.

contributo insubstituível que as autar-quias locais deram para a melhoria das condições de vida e do progresso local, traduzido numa obra que, não isenta de insuficiências, está à vista e comprova o seu papel como factor principal de in-vestimento local e de rentabilização das verbas postas à sua disposição”

No texto, remetido ao Presidente da República e ao Governo, adverte-se para as “consequências nas condições de vida e nos condicionamentos ao desenvolvi-mento e progresso locais” que resultarão da reforma administrativa.

“Este ataque ao poder local é um ataque dirigido às populações, aos seus direitos e legitimas as aspirações a uma vida digna, é inseparável da ofensiva que, ao mesmo tempo, extingue serviços públicos, encerra escolas, nega o direito à saúde, reduz o direito à mobilidade, tudo num processo de desertificação e aban-dono que a liquidação das freguesias só acentuará”, conclui.

D.R.

D.R.

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6 29 Dezembro ‘11

Actual

o sobreiro passou a ser considerado Árvore nacional de Portugal, por decisão unânime dos deputados.

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Parlamento elege sobreiro como árvore nacional de PortugalPaís tem 716 mil hectares de montado e a cortiça repre-senta 10% das exportações.O sobreiro passou a ser considerado Ár-vore Nacional de Portugal. Este aconte-cimento surge com a aprovação, por una-nimidade, de um projecto de resolução apresentado na Assembleia da República e teve a ajuda de uma petição pública que reuniu mais de duas mil assinaturas.

A decisão visa “contribuir para tornar mais visíveis alguns dos problemas asso-ciados à preservação desta espécie, contri-buindo, simultaneamente, para se alcan-çarem as soluções necessárias”.

Apesar de a espécie se encontrar pro-tegida há mais de 10 anos, só podendo ocorrer o abate de árvores após licença do Ministério do Ambiente, a resolução aprovada no Parlamento reconhece que “há ainda um longo caminho a fazer para se alcançar um nível de consciencializa-ção que conduza a uma efectiva preser-vação desta espécie e dos valores biológi-cos, paisagísticos, económicos e culturais que lhe estão associados”.

O sobreiro (Quercus suber Linnaeus) é uma árvore mediterrânica com origem na Era Terciária, existente desde a forma-ção da bacia do Mediterrâneo, há mais de 60 milhões de anos. Independentemente da sua origem (que se julga ser a região actualmente coberta pelo mar Tirreno), estabeleceram-se centros genéticos im-portantes no Sudoeste da Península Ibé-rica, área actual de sobreiro mais extensa. Foram, aliás, descobertos no Alentejo fós-seis de sobreiro datados do Plioceno.

A árvore distingue-se em relação aos outros carvalhos por apresentar um tecido suberoso – a cortiça – a envolver o tronco e os ramos, sendo uma espécie muito resis-tente e pouco exigente em relação às con-dições ambientais em que se desenvolve.

“Nas condições tão frequentemente in-gratas de solo e de clima do nosso País, o sobreiro é uma árvore preciosa, já que ne-nhuma outra espécie florestal consegue resistir em terras tão secas e tão pobres e em condições de clima tão adversas por vezes à vegetação lenhosa. Nenhuma ár-vore dá mais exigindo tão pouco”, como destacou Vieira Natividade na sua obra Subericultura (1950).

Em Portugal, segundo o ultimo Inven-tário Florestal Nacional (2005/2006), a floresta ocupa mais de 3,45 milhões de hectares, sendo o sobreiro responsável por mais de 716 mil hectares (23% do total nacional e 32% da área que a espécie ocu-pa no Mediterrâneo ocidental).

E se a floresta está na base de um sector que é responsável por mais de 10% das ex-portações nacionais (no final de 2010, era já o 3.º principal cluster exportador) e 3% do PIB, o montado de sobro assume uma importância impar no país, particular-mente no Sul de Portugal, onde constitui a última barreira contra o avanço da de-sertificação.

Para além de que a cortiça – o produto mais nobre do montado de sobro – está na base da única fileira da economia em que Portugal é líder mundial na produção, transformação e comercialização. Por-tugal produz cerca de 200 000 toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial).

No II Congresso Mundial do Sobreiro e da Cortiça, realizado no passado mês de Setembro, foram deixadas mensagens de alerta para a preservação do sector, atenta a necessidade de garantir a sua sustenta-bilidade futura. No caso da cortiça, a sua exploração tem um impacto muito po-sitivo ao nível da sustentabilidade e da redução de C02, para além do peso que o sector detém nas exportações nacionais, com uma capacidade de inovação muito grande.

A cortiça está na base da única fileira da economia em que Portugal é líder mundial.

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“A Coudelaria tem todas as condições para se emancipar e ser auto sustentável”, diz o presidente da

”O que falta em Alter são as pessoas“

Joviano Vitorino, presidente da Câmara Municipal de Alter do Chão

A meio do segundo mandato, o autarca fala da obra feita, dos desafios que se colocam a Alter e da importância de investir no interior.

Pedro Galego | Texto

Qual o balanço que faz do seu mandato?

Foram cerca de seis anos bas-tante ricos, quer em termos

de experiência pessoal, nas relações humanas

que tenho tido com todos os intervenien-

tes e actores locais, quer na possibi-

lidade que a

população me deu, ao escolher-me para presidente de Câmara, de poder contri-buir para melhorar o concelho de Alter. Este município está numa região emi-nentemente rural e viemos numa época bastante difícil, em que o Quadro de Re-ferência Estratégica de Apoio que deveria ser 2007/2013 é na verdade 2010/2013. Ou seja, perdemos três anos e isso é visível em todo o País. A nível do concelho atra-sou os nossos projectos e veio-nos preju-dicar em termos de realizações no pri-meiro mandato, por isso só agora estamos a começar a desenvolver projectos que já tínhamos em mente.

Quando chegou à Câmara quais fo-ram as suas prioridades?

Tive a sorte de encontrar um concelho equilibrado. Temos quatro freguesias, com 372 km2 de território, com muitos ca-minhos e estradas municipais que preci-sam de manutenção e intervenção quase diária dos funcionários da Câmara, para

mantermos os acessos em condições transitáveis e em segurança, e foi isso

que procurámos desde logo assegu-rar.

A par da reconversão da urba-na?

Tivemos uma, penso que visível, preocupação em re-modelar a malha urbana da vila e das freguesias, fizemos uma piscina de Verão, que era uma das lacunas que nós tínhamos, embora houvesse nas freguesias, e desta forma acreditamos evitámos que os nossos jovens, por exemplo, vão para outros municípios à volta durante as férias. Fi-zemos um polidesportivo de livre acesso. E temos de con-seguir manter uma requali-ficação urbana porque uma das nossas apostas é o sector do turismo e como tal que-remos ter uma vila limpa e organizada, assim com os nossos jardins cuidados.

E a nível social?Além do apoio às ins-

tituições particulares de solidariedade social, cri-ámos ainda uma série de iniciativas, como o cartão do idoso, com uma redu-

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Câmara Municipal de Alter do Chão ao registo. “É preciso potenciar o Cavalo lusitano”.

“As políticas dos últimos anos têm sido todas in-clinadas para o Litoral, as pessoas deslocaram-se e nunca houve uma discrimina-ção positiva para o interior. É cada vez mais difícil fixar jovens que aqui não encon-tram trabalho”.

<Com um investimento previsto de 100 milhões de euros, a

barragem do Pisão é uma das reivindicações da autarquia.

Projecto que permitiria assegurar uma reserva estratégica de água.>

100NÚMERo

“O IC13 parou, para irmos a Lisboa ainda se demora quase duas horas, logo os custos de transporte de qualquer actividade industrial são importantes, o mesmo acontece com Espanha”.

ção de 50% por cento na factura da água, pagamento de medicamentos com um apoio mensal que este ano foi aumentado para 20 euros pois percebemos que havia muitos idosos que pura e simplesmente não estavam a comprar medicamentos porque não tinham meios financeiros. Apoiamos também, até cinco mil euros, pequenas recuperações que as pessoas queiram fazer nas casas, como a coloca-ção de um novo telhado ou a constru-ção de uma casa de banho que ainda há quem não tenha. Tudo isto vai de encon-tro às necessidades de quem tem mais di-ficuldades.

Em termos de regeneração urbana, há um conjunto de projectos que re-presentam um grande investimento.

Neste momento temos cerca de 23 em-preitadas no terreno que representam um valor global de cerca de seis milhões de euros, o que é muito para uma Câmara como a nossa. Mas estamos organizados e acredito que temos capacidade de respon-der a todas elas.

Está também previsto a construção de um Centro Escolar?

Sim, essa é outra obra importante, que vai consistir na construção no espaço da Escola Secundária de 12 salas de aulas, quatro salas para o pré-escolar e oito para o primeiro ciclo no mesmo local. Preten-demos com isto dotar Alter de um espaço escolar onde as crianças possam entrar com três anos e sair já com o 12º ano, o que também no vai permitir aproveitar recursos, quer em termos de equipamen-tos quer em termos de pessoal auxiliar.

Mas há quem não concorde com essa escolha?

Eu percebo que haja quem não esteja de acordo critique porque tínhamos uma escola a funcionar. Mas é preciso ver que com este projecto podemos oferecer às crianças uma escola moderna, com todas as condições e exigências da actualidade. Esse projecto ai também evitar que Câma-ra poupe, naquilo que muita gente não se apercebe, que é o transporte escolar diá-rio que a Câmara paga.

É uma despesa elevada?Para além dos transportes a Câmara

ajuda com apoios às refeições, aos livros, à fruta escolar, enfim uma série de apoios, que ao funcionar tudo numa só escola vai permitir fazer uma economia significati-va de recursos. É que sem termos compe-tências escolares neste momento temos 23 técnicos da Câmara afectos à Escola, o que já algo e tem um impacto financeiro gran-de. Mas penso que a maior crítica não é de se fazer uma escola nova, mas sim o que é que se vai fazer à escola que já existe.

Alter é um concelho com uma forte componente associativa?

Há um apoio incondicional por par-te da Câmara às Associações locais, que são fundamentais para a actividade da comunidade e felizmente Alter tem 19 associações que levam o nome do con-celho por todo o País e estrangeiro e nós reconhecemos isso apoiando as suas ini-ciativas e algo que temos de continuar a fazer.

O Hotel do Convento vai ser amplia-do, assim como o Varandas D’Alter. Há condições para investir?

O turismo tem que ser uma das nossas grandes apostas porque temos várias va-lências de atractividade, desde a Coude-laria ao nosso património, em que temos umas ruínas romanas, um Centro Histó-rico com um Castelo fantástico, o Palácio do Álamo, etc, e temos conseguido atrair muitos visitantes, o que se deve também à hotelaria que temos. O Hotel do Con-vento tem um projecto para a ampliação, assim como o Varandas D’Alter, o que é muito importante porque temos todas as condições para que as pessoas possam passar um fim-de-semana diferente em Alter. Por isso somos os principais inte-ressados em que haja investimentos nes-ta área para podermos receber ainda com melhor qualidade quem nos visita.

Para além do turismo, que outras áreas é possível desenvolver no con-celho?

Nós temos uma zona industrial fan-tástica, onde temos por exemplo uma fábrica de cortiça com 26 funcionários, e que vai ser ampliada, mas efectivamente não temos empresas interessadas em vir para cá. O IC13 parou, para irmos a Lis-boa ainda se demora quase duas horas, logo os custos de transporte de qualquer actividade industrial são importantes, o mesmo acontece com Espanha. E a verda-de é que nós somos uma zona eminente-mente agrícola que é um sector que temos que agarrar fortemente, mas esse é um mundo que não se faz sem água, pelo que a Barragem do Pisão era fundamental, in-clusive para toda a região.

Um investimento significativo?Ao que sei, com cerca de 100 milhões

de euros teríamos a Barragem que pode ter fins múltiplos. Mas precisamos ur-gentemente de uma solução, porque a Barragem da Póvoa não resolve os nossos problemas. Temos que ter uma reserva de água estratégica de consumo humano. Dizem que só com a agricultura não seria rentável, mas há muitos outros fins que esta barragem podia ter, mas infelizmen-te temos poucas pessoas, poucos votos e é aí que reside o problema.

Qual é, na sua opinião, o grande pro-blema desta região?

É a desertificação humana porque por muitas obras que se façam se não tiver-mos pessoas torna-se complicado, pois estamos a fazer investimentos que de-pois não têm utilização. As políticas dos últimos anos têm sido todas inclinadas para o Litoral, as pessoas deslocaram-se e nunca houve uma descriminação positi-va para o interior. É cada vez mais difícil fixar jovens que aqui não encontram tra-balho. Mas é urgente encontrar por parte da Administração Central sinergias que tragam pessoas para esta região, é preci-so também fazer aqui investimentos que lhe dêem valor e criem empregos. Nes-te momento são as Câmaras e as IPSS as grandes empregadoras e isso é mau por-que o desenvolvimento económico faz-se com a actividade privada. Nós temos aqui qualidade de vida, bons equipamentos, falta é pessoas que se fixem.

Sendo a Coudelaria o ex-líbris de Alter, esta poderia ser um grande “pulmão” económico, mas neste momento não o é. A passagem da Coudelaria para a Fundação Alter Real foi benéfica?

De facto temos passado nestes últi-mos cinco ou seis anos uma travessia no deserto. Como sabe, antes de apare-cer a Fundação Real havia o Serviço Nacional Coudélico, que tutelava a Coudelaria, o qual gastava cerca de três milhões e 200 mil euros por ano. No entanto a Fundação começou muito mal porque foi completamente politizada. Houve uma fase em que para além de três candidatos derrota-dos do PS às eleições autárquicas tinha também o responsável distrital, ou seja, eram quatro pessoas a quem eu pessoalmente não reconheço compe-tências técnicas para o trabalho que se desenvolve na Coudelaria.

Um palco de disputa política?A Coudelaria tem que ser protegida

disso. A Fundação funciona porque há muitos privados interessados, os quais investiram cerca de um milhão e 300 mil euros que foram depois gastos a pagar compromissos assumidos pelas obras feitas. Mas em tempos foi um projecto, do ponto de vista financeiro, completamente equilibrado porque era autosustentando. A Coudelaria tem a Escola Portuguesa de Arte Equestre a qual tem um défice anual a rondar os 500 mil euros e é isso que está a preju-dicar a gestão da fundação. Se o Estado quer ter uma Escola Portuguesa de Arte Equestre não se pode dissociar também de pagar. O dinheiro que tem sido ali investido não dá nem para pagar aos funcionários públicos, dai também as grandes dificuldades financeiras que a Coudelaria está a atravessar.

Não seria importante ter associado um conjunto de outras valências para cativar visitantes?

Há várias ideias que a Câmara tem para potenciar a Coudelaria. Temos um projecto pensado onde estão inseridas uma grande variedade de actividades, e que se prende com o desenvolvi-mento da área agrícola, actividades turísticas, naturais. É preciso potenciar o Cavalo Lusitano, que é uma espécie que está a ser bastante valorizada e a ganhar prémios ultimamente, por-que isso é algo pessoas do mundo do cavalo, os quais podem investir aqui. O que não pode acontecer é as pessoas deslocarem à Coudelaria e não terem nada para ver ou fazer. Ainda há muito a fazer mas penso que a Coude-laria tem todas as condições para se emancipar e ser auto sustentável. Não vamos esperar que seja o Estado a fazer grandes investimentos, até porque já os fez, temos sim que ser nós a potenciar o que temos de bom no concelho.

Com a gestão que tem sido feito, considera que também a imagem da Coudelaria acaba por ficar pre-judicada?

Sim, prejudica fortemente. Porque quando as coisas não correm bem é provável que isso possa afastar possí-veis investidores.

Coudelaria é prioridade

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Salvador Abreu, docente do departamento de informática da Universidade de Évora, dedica parte

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Professor da Universidade de Évora combate ”pirataria“ dos tempos modernos

Sofia Ascenso | Texto

Os navios de mercadorias e as cidades pilhadas, em busca de metais e pedras preciosas, foram o cenário de piratas malfeitores de pala no olho e espada à cintura cuja existência criminosa e pou-co pacífica atravessou os séculos e serviu de inspiração a histórias infantis e fil-mes em Hollywood. Fora dos mares das Caraíbas, os piratas no século XXI estão organizados em movimentos internacio-nais, usam tecnologia de ponta assente nas redes informáticas e atacam sites go-vernamentais, de ministérios, bancos ou partidos políticos. Objectivo: roubar e di-

A segurança dos sistemas informáticos é uma preocu-pação crescente, para cida-dãos e instituições.

ficultar o funcionamento do sistema ou simplesmente deixar uma marca da sua passagem.

Salvador Abreu, docente do departa-mento de Informática da Universidade de Évora, dedica parte da sua investigação à segurança e integridade dos sistemas in-formáticos e trabalha em vulnerabilida-de, em colaboração com o Laboratório de Segurança Informática do Instituto Poli-técnico de Beja.

Os sistemas informáticos, que podem ser o computador pessoal que temos em casa, todos os computadores da nossa em-presa ou o conjunto informático dos ser-viços secretos britânicos, estão, tal como as casas, sujeitos a assaltos e a acessos indevidos do exterior. Vulgarmente de-signado por hacking (na verdade o ter-mo correcto seria cracking, que significa desfazer ou encontrar uma maneira de aceder a algo) o “assalto” aos sistemas in-formáticos acontece na maior parte das

vezes através dos serviços de rede. “O computador é como uma loja, que

disponibiliza serviços, publicita-os e in-terage com o exterior. Os serviços são es-pecificidades de cada máquina, como o e-mail ou bases de dados. Uma pessoa mal intencionada pode querer subverter esses serviços e aceder à máquina que os ofere-ce” refere o professor que afirma haver di-versas maneiras de consegui-lo, bastando explorar alguma falha na estrutura de se-gurança do sistema.

Segundo o professor existem dois tipos de falhas. Aquelas que estão no núcleo do sistema informático e que fazem com que este seja intrinsecamente inseguro, ou falhas de segurança de componentes do sistema, e dá como exemplo o sistema de correio electrónico.

“Pela maneira como foi concebido, per-mite que eu me autentique como qual-quer pessoa, sem aceder ao seu compu-tador. O protocolo foi concebido numa

era em que se achava que na internet era tudo gente séria e não havia necessidade de pôr mecanismos de autenticação mais

Salvador Pinto de Abreu é doutorou-se em Informática (Inteligência Artificial) na Universidade Nova.

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Exclusivo

da sua investigação à segurança e integridade dos sistemas informáticos.

Frequentemente os emails não solici-tados remetem para páginas web que aproveitam vulnerabilidades conhe-cidas dos browsers para “tomar conta” do computador utilizado;

Ao aceder a sites sensíveis, como por exemplo de bancos online, deve certifique-se sempre que está a usar um canal seguro (https) e que o ende-reço do site é plausível;

Nunca deve comunicar informação confidencial (por exemplo um login e password) completa por email ou mensagens;

Três conselhos úteis

Salvador Pinto Abreu licenciou-se em Engenharia Informática na Universidade Nova de Lisboa em 1987 e fez o seu doutoramento em Informática (Inteligência Artificial) em 1994, na mesma Universidade. Em 2009, agregou-se em Informática na Universidade de Évora. É professor no departamento de Matemática da Universidade de Évora desde 1995.

Percurso académico

fortes. É muito fácil forjar uma identida-de.”

Demonstrar a invulnerabilidade de

um sistema informático é “impossível” em geral. “Se alguém está interessado em fazer qualquer coisa a um sistema vai ter de procurar os pontos de vulnerabilida-de. Quem o faz de forma pró-activa tem interesse”.

Os tipos de vulnerabilidade podem ter impacto nos sistemas todos ou podem ser localizados. “Há muitas vulnerabilidades e aproveitamentos que podem ser feitos das mesmas, alguns tem consequências sérias, como brechas de privacidade, ou-tros são simplesmente bloqueios de servi-ço.”

Como uma patrulha policial, que detec-ta movimentos suspeitos nas ruas, tam-bém nos sistemas informáticos, o meio circundante é passível de ser observado como forma de protecção de intrusão.

“A detecção de intrusão é uma área em que estamos a trabalhar de forma muito activa e consiste na observação de com-portamentos e na sua classificação. Os ataques a sistemas podem ser caracteri-zados por tráfego, mensagens a passar com determinado padrão, e o ser capaz de especificar esses padrões é uma forma de detecção de intrusão, que é um factor de segurança. Se tiver um mecanismo de detecção posso ser alertado de que algo se está a passar antes que tenha consequên-cias.

Na Universidade de Évora, Salvador Abreu desenvolve mecanismos e técnicas de monitorização de rede com capacidade de caracterização de intrusões, “que vão

para além daquilo que se faz noutros sí-tios, como ataques de tentativas de entrar em máquinas usando protocolos de aces-so remoto”.

O tráfego na internet, em ligações nor-mais, pode ser equiparado a um aquário, transparente e visível aos olhos de todos. Para uma comunicação segura, torna-se necessário assegurar que aquilo que está a ser enviado só pode ser descodificado pelo seu legítimo destinatário e quem está a receber tenha a certeza que foi a pessoa certa que o enviou.

O mecanismo de chave pública e de chave privada permite confiança nas li-gações informáticas e assegura que a co-municação é mantida confidencial, pois a mensagem é codificada com uma cha-ve e descodificada com outra. Um bom exemplo são os sites de homebanking.

“Os browsers mostram se uma ligação é segura, isso significa que a chave pública está associada à entidade que julgamos que está. O banco diz que esta é a sua cha-ve pública e eu digo: Como é que sei que é verdade? Porque há uma entidade certi-ficadora, uma super-estrutura que confir-ma que para aquela entidade a sua chave pública reconhecida é esta.”

A integridade dos sistemas tem, na opi-nião do professor, muitas vezes a ver com o modo como ele é gerido. “Nós próprios enquanto responsáveis pela administra-ção da nossa máquina, temos comporta-mentos que são determinantes em ter-mos de segurança”.

Salvador Pinto de Abreu é doutorou-se em Informática (Inteligência Artificial) na Universidade Nova.

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Radar

Símbolo da História portuguesa, a torre de Menagem de estremoz entrou em obras de requalificação.

A patrimonialização dos objectos (mo-numentos, paisagens, cidades) implica a imposição dum grande número de proibi-ções. Estas regulam o acesso dos cidadãos e as acções que cada um tem o direito de levar a cabo em relação com o objecto. Esse é o aspecto negativo da passagem dum objecto do domínio do uso normal para o domínio reservado do património.

Mas se o poder que patrimonializa age proibindo, nenhum poder se limita nun-ca a exercer apenas a proibição. O exercí-cio pleno do poder consiste em fazer pre-cisamente aquilo que proíbe aos simples cidadãos. Aqui como em toda a parte, ter verdadeiro poder (grande ou pequeno) é gozar do privilégio de não se submeter à lei comum, ou até às regras que o próprio poder fixou.

Na questão do património, para além de toda a retórica conservacionista, o ver-dadeiro privilégio do poder é ser capaz de destruir aquilo cuja estrita conservação impõe ao cidadão comum.

A maior parte das intervenções que agora, por antífrase, se designam como “requalificação” são na realidade destrui-ção, quase sempre irreversível, dos bens cuja conservação pretendiam justificar as inúmeras proibições. Não se pode abrir ou fechar uma porta numa fachada (mes-mo não “classificada”), mas constrói-se, se assim quem pode o decidir, um bloco de betão com volumes aberrantes, destrói-se a memória de masmorras inquisitórias. Em definitivo, o poder só é ele próprio na sua mais pura forma quando se exerce de modo livre, isto é, arbitrário.

O que o regime (conservador!) salazaris-ta impôs à cidade-museu foi uma série de “gestos” como o edifício dos Correios ou o “Salão Central”, edifícios que à miserável mistura entre os tiques arquitectónicos mussolino-hitlerianos então na moda e os elementos duma pseudo monumenta-lidade castrense evocando uma narrati-va que vai das caravelas ao querido líder António S., acrescentam o kitsch decorati-vo que tanto apreciava o narcisismo “por-tuguês suave”: “Necrópole XX”, enquanto não vem a “XXI”.

Cidade-museu: o Poder corta, arrasa, pespega. Arrancou as calçadas antigas (“não tão antigas como isso…”, dizem) de pedras pretas, encarnadas, amarelas, irregulares puzzles compostos sem rup-tura de estilo, e fez proliferar a lepra dos “paralelos”; agora escolhe nos catálogos os cubos de 5x5 encastrados nas quadrículas de lajes, como em trinta ou cem cidades clientes da mesma loja. E ai da velhota que pintou de azul as ombreiras da janela e o rodapé da sua casa!

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CI-

DEHUS, Universidade de Évora20 de Novembro de 2011.

[email protected]

Um olhar antropológico

Évora: Património e poder

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JoSÉ roDriGUeS DoS SAntoS*Antropólogo

Sou um homem de fé. Não sou religioso, não acredito na divina providência, nun-ca que me recorde, fiquei acordado à es-pera que o menino Jesus colocasse uma prenda no meu sapatinho. A minha fé não se espelha nesses recursos.

Tenho fé na natureza, num equilíbrio cósmico, na inevitável caminhada do ser humano em busca da equidade, da justiça.

Acredito na solidariedade, acredito na diferença enquanto motor do desen-volvimento, acredito piamente que um dia, no futuro, todos encontrarão o seu lugar no mundo, acredito que ninguém verá o seu espaço usurpado, a sua digni-dade abusada, a sua vontade subjugada a interesses egoístas de alguns, que no fito de atingirem poder e notoriedade, con-struíram uma sociedade à sua imagem, um imenso castelo de cartas sempre em precário equilíbrio.

Nesta época do ano, que é ao mesmo tempo de reflexão e de solidariedade, em que é suposto pararmos, repensarmos as nossas vidas, ponderarmos o nosso caminho, gostaria de poder dizer aos meus filhos que vivemos num mundo em que um por cento dos homens não detém mais de vinte por cento de toda a

SolstícioMiGUel SAMPAiolivreiro

dade que assumisse ser o colectivo muito mais do que a soma de todos os que a compõem, uma sociedade em que cada um pudesse dar o seu contributo escol-hido e não o que lhe é imposto para asse-gurar uma subsistência que deveria estar garantida desde o seu nascimento.

Gostaria de ter nas mãos a resposta, não apenas no coração.

Mas sou um homem de fé e sinto no fundo de mim… que um dia chegará essa alegria suprema de viver em liber-dade no meio de gente livre.

A minha fé é lutadora, porque sei da importância das coisas pequenas, sei que com pequenos passos se faz o caminho e sei também que os passos de um homem, podem ser os de todos, porque sempre foi assim, porque do exemplo se faz a luta.

Há quem diga que Natal é sempre que um homem queira, como não sou crente, prefiro recorrer à ancestralidade e festejar o Solstício de Inverno, o tempo que cele-bra um novo ciclo, o retomar da vida, as novas sementes que se lançarão à terra.

É isso que vos desejo nesta quadra, que lancem à terra novas sementes de igualdade e de solidariedade, e que elas floresçam e frutifiquem e que juntos cuidemos delas.

riqueza. Gostaria de lhes poder dizer que a

riqueza desse um por cento não se con-strói sobre o sofrimento dos demais, que não existem desigualdades que levem crianças como eles a trabalhar horas sem fim, fazendo brinquedos que outras cri-anças usarão.

Gostaria de saber que todos são de facto iguais perante a lei, que todos têm o mes-mo direito à educação, à saúde, que todos sem excepção podem decidir de igual modo sobre o que a todos pertence.

Gostaria de ver os velhos viverem o fim dos seus dias em conforto, com os sonhos cumpridos, arredados do fantasma da solidão. Gostaria que o homem fosse, ap-enas, e não que fosse aquilo que possui.

Gostaria de fazer parte de uma socie-

“Tenho fé na natureza, num equilíbrio cósmico, na inevitável caminhada do ser humano em busca da equidade, da justiça”.

A Torre de Menagem do castelo de Estre-moz, um exemplar da arquitectura gótica de finais do século XIII e início do século XIV, está a beneficiar de obras de conser-vação.

As obras são da responsabilidade da ENATUR - Empresa Nacional de Turismo, por o monumento integrar a Pousada da Rainha Santa Isabel e por a empresa con-siderar a importância de conservar este “símbolo da história nacional”.

Os trabalhos têm como objectivo a re-moção de todas as substâncias que efec-tivamente causam o processo de deterio-ração da pedra calcária, garantindo a sua limpeza e o restauro das suas característi-cas originais.

“O Município de Estremoz congratula-se por esta iniciativa da Enatur, na medi-da em que contribui para a conservação e recuperação do património arquitectóni-co concelhio. Estremoz, terra de reis e rai-nhas, continuará a ser palco de estórias e memórias que, conjuntamente com a sua beleza natural e patrimonial, fará as de-lícias dos seus visitantes”, refere a autar-quia em comunicado.

A Câmara anunciou igualmente um investimento de 29,7 milhões de euros na requalificação da praça de touros, obra que a autarquia pretende concretizar em 2012, a par da reabilitação do Palácio dos Marqueses de Praia e Monforte, onde funcionou durante muitos anos a Socie-dade Círculo Estremocense, e do restauro do antigo Convento de Santo António dos Capuchos.

Estremoz recupera patrimónioenatur avança com obras em monumento nacional.

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É decisivo reconhecer o valor do Cante como uma matriz de prácticas e de criação contemporâneas.

Radar

Como pode o Cante sobreviver aos seus criadoresJosé Rodrigues dos Santos | Texto

Tratando-se de manter vivo o Cante, seria insensato apostar para tal na manuten-ção de colectividades sólidas e activas de trabalhadores rurais sem terra, dispersas num vasto território e relativamente iso-ladas, como as que foram as criadoras e portadoras do Cante alentejano, para ga-rantir a salvaguarda e a transmissão às novas gerações. Essas colectividades, se não desapareceram de todo, extinguem-se a passos rápidos.

Assim sendo, a solução só pode vir da transmissão dos saberes do Cante para além do contexto de origem. Os proble-mas que se colocam são de ordem econó-mica, técnica e simbólica. Deixemos por ora de lado as questões económicas (os recursos necessários), porque as soluções são mais óbvias. Muito mais difíceis são as questões técnicas e simbólicas.

Os contextos da transmissão

É comum a ideia de que “se nasce” – ou não – com o dom de bem cantar o Cante (ou o Flamenco, etc.), e que aqueles que hoje cantam são os que possuem esse dom inato, o que exclui a aprendizagem deliberada. Mas assim que o inquérito de terreno aprofunda as “carreiras” dos cantadores, encontramos quase sempre a presença dum mestre, ou dum grupo que age, ao integrar um novo elemento, como um mestre colectivo. O grupo surgia mais como um contex-to de aprendizagem do que como lugar de transmissão deliberada, o que, a par com a homogeneidade cultural entre os mestres (ou as pessoas experientes, os bons cantadores) e os aprendizes, explica a relativa invisibilidade do processo de aprendizagem e até do ensinamento.

Estes contextos de aprendizagem es-pontânea eram numerosos e muito di-versos. A socialização ao Cante (à sua musicalidade própria) prolongava-se sem interrupção (“na nossa família toda a gen-te cantava”) da infância à idade adulta. Trabalho, festas, tabernas, os contextos in-formais eram múltiplos e os que “tinham jeito” eram encorajados, solicitados. Esses contextos informais tornaram-se cada vez mais raros e o saber deixa de renovar-se pela aprendizagem espontânea.

É pois necessário criar mecanismos e modalidades de transmissão (por apren-dizagem) prática que possam substituir progressivamente as formas de transmis-são que se extinguem.

Diferentes da simples imersão e do con-tacto informal, as modalidades a promo-ver são várias. Entre elas podemos suge-rir, dois tipos: “escolas de cante” e “cante nas escolas”.

- As primeiras, sendo especializadas no Cante, podem dispensar formação para grupos de aprendizagem em redor de mestres ou de praticantes reconhecidos como peritos, e/ou estágios intensivos

Desafio coloca problemas de ordem económica, técnica e simbólica.

que associem mestres tradicionais e do-centes de outras origens; este tipo de so-luções já teve algumas realizações, mas não mobilizaram os mestres tradicionais e portanto são muito limitadas. Verdadei-ros estágios, planeados e função de objec-tivos de transmissão, admitindo “apren-dizes” alentejanos, portugueses de outras paragens, e estrangeiros, com ou sem co-nhecimentos musicais teóricos e práticos deveriam ser organizados em torno dos mestres tradicionais.

- As soluções do segundo tipo consistem na introdução do Cante nos currículos universitários, ou em pequenos cursos especializados, e/ou nas escolas.

Todos sabemos que vários projectos deste tipo têm sido implementados pelas autarquias (Moura, Mourão, Vidigueira, Serpa, etc.). A adesão das famílias e das crianças é variável, mas coloca-se sobre-tudo a questão da qualificação dos mes-tres, garantia da qualidade do que será transmitido.

O “transporte” de formas culturais po-pulares, orais, (de definição difusa e su-jeitas a variações locais e individuais que eram uma parte da sua riqueza e da sua vitalidade), para contextos formais, eru-ditos ou pelo menos integrando noções e instrumentos teóricos eruditos, é uma via perigosa.

Esse perigo manifesta-se desde já nas tentativas escolares, que podem acen-tuar o movimento de “deriva” da forma cultural, orientando-a em direcções que dependem da concepção teórica e práti-ca (quando a têm) que os “novos mestres” veiculam.

O desafio consiste menos no facto de a estrutura do processo de transmissão ser

mais formal, mais “escolar” do que na própria distância cultural entre os deten-tores dos saberes práticos (o canto) e os no-vos públicos que podem ser envolvidos na transmissão.

A formação dos mestres torna-se cru-cial, dada a dificuldade de assimilar certas tradições complexas, difíceis de enunciar pelos melhores praticantes, por serem saberes tácitos.

Aos mestres antigos, pode faltar a capa-cidade para comunicar com populações de aprendizes que lhe são pouco fami-liares e podem ter dificuldade em inte-grar-se em processos de formação mais formais. Por seu turno, os mestres oriun-dos dos saberes eruditos precisariam de longas formações para assimilar versões não simplificadoras, não dogmáticas, dos saberes de tradição oral.

Mas esta via, apesar dos seus perigos (transmitir ideias e modalidades de prá-tica que se afastem do núcleo conceptual da forma cultural) é tão inevitável como a necessidade de criar novos contextos de transmissão.

O obstáculo simbólico: O Cante coisa de velhos, de trabalhadores analfabetos? Ou tesouro de todos?

Muitas das formas culturais que hoje figuram nas listas do património imate-rial da Unesco foram criadas por grupos sociais minoritários, entre os mais pobres e oprimidos (Tango dos bairros pobres de Buenos Aires e Montevideu, Tango de La Plata, Fado dos meios mais pobres de Lisboa e até das pessoas de “má vida”, Fla-menco dos Ciganos andaluzes, etc.).

Para garantirem o reconhecimento do seu valor e a sua sobrevivência todos ti-

veram que atravessar fronteiras sociais, libertar-se da imagem de marginalida-de que as suas origens lhe impunham e tornar-se atraentes para outros grupos ou até sociedades inteiras (ver o exemplo do Tango ou o do Fado).

Este é sem dúvida um dos maiores obs-táculos actuais à transmissão e à dissemi-nação do Cante, nomeadamente entre as jovens gerações alentejanas. Só se apren-de (se aceita, se procura aprender) o que valoriza quem aprende.

Tarefa difícil, valorizar o Cante como algo que vale por si mesmo, forma cul-tural musical cuja prática pode deixar de estar associada em exclusivo aos que a criaram e interessar sociedades intei-ras, como algo que faz parte dum tesouro comum e não só dum grupo restrito, é a primeira barreira que tem que ser trans-posta: mas há muitas décadas que o cante tem sido considerado no próprio Alentejo como uma música dos pobres, marginal na sua própria terra.

Para vencer o preconceito, é indispen-sável que os recursos científicos (musico-lógicos, antropológicos, literários, históri-cos) sejam mobilizados com este objectivo explícito: reconhecer o valor do Cante não como uma (bela) curiosidade de tempos idos e de velhos rurais, mas como uma matriz de práticas e de criação contempo-râneas. Só a criação de lugares que asso-ciem o rigor e o prestígio da investigação antropológica e musical à simplicidade e à atenção ao Cante antigo poderá renovar a imagem do Cante.

Projecto “Dinâmicas do “cante” na cultura popular alente-jana”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia

(FCT) - FCOMP-01-0124-FEDER-007036. No âmbito do CIDEHUS-UÉ – Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades

da Universidade de Évora, em parceria com a Associação “A Moda”.

Grupo de Cantares de Ervidel, um dos cerca de 120 grupos que se dedicam ao Cante alentejano.

D.R.

Page 14: Registo ed187

14 29 Dezembro ‘11 Anuncie no seu jornal REGISTOtodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

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Page 15: Registo ed187

15

Capitão América - O Primeiro Vingador

Sugestão de filme

Direcção: Joe JohnstonSinópse:

nascido durante a Grande De-pressão, Steve rogers cresceu como um garoto franzino em uma família pobre. Horror-izado por uma propaganda que mostrou a ascensão nazista na europa, o jovem é inspirado a alistar-se no exército. no entanto, por conta de sua saúde frágil, ele é rejeitado. Mas ao

Carta da semana: 9 de Paus, que signifi-ca Força na Adversidade.amor: O seu erotismo e criatividade vão fazer milagres na sua relação, o seu par gostará da surpresa.saúde: Período sem problemas.dinheiro: Nada o preocupará a este nível.

Carta da semana: A Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera.amor: Os seus familiares precisam de maior atenção da sua parte. Seja cari-nhoso. Que o amor esteja sempre no seu coração!saúde: Cuidado com possíveis dores de cabeça.dinheiro: Pode fazer aquele negócio que tanto deseja.

Carta da semana: A Imperatriz, que sig-nifica Realização.amor: O ciúme não é um bom conselheiro, aprenda a saber ultrapassá-lo.saúde: Poderá sofrer de algumas dores de cabeça fortes, que indicam que precisam de repousar mais.dinheiro: Graças ao seu bom desempe-nho poderá ganhar algum dinheiro extra.

Carta da semana: 4 de Espadas, que sig-nifica Inquietação, Agitação.amor: Não descarregue nas pessoas de quem mais gosta a má disposição. A feli-cidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar.saúde: Procure fazer um regime alimen-tar, só terá a ganhar com isso.dinheiro: Período pouco favorável para contrair empréstimos.

Carta da semana: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade.amor: Converse com o seu par, só ganhará com isso. Aprenda a aceitar-se na sua glo-balidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem!saúde: Descanse quando o seu corpo pedir.dinheiro: Cuidado, seja mais amável no local de trabalho.

Carta da semana: O Papa, que significa Sabedoria.amor: Os seus amigos poderão vir a estra-nhar a sua ausência, não se afaste deles. Que o Amor e a Amizade sejam uma cons-tante na sua vida!saúde: Procure não fazer muitos esforços físicos, respeite o seu corpo.dinheiro: O seu poder económico terá um aumento significativo.

Carta da semana: 8 de Ouros, que signi-fica Esforço Pessoal.amor: Pense mais com o coração do que com a razão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama!saúde: Cuide melhor da sua saúde espi-ritual procurando ter pensamentos mais positivos.dinheiro: As suas economias poderão so-frer uma quebra inesperada.

Carta da semana: Valete de Ouros, que significa Reflexão, Novidades.amor: Poderá ter de enfrentar uma forte discussão com um dos elementos da sua família. Seja verdadeiro, a verdade é eter-na e a mentira dura apenas algum tempo.saúde: O cansaço irá invadi-lo, tente re-laxar.dinheiro: A sua conta bancária anda um pouco em baixo, seja prudente nos gastos.

Carta da semana: 6 de Espadas, que sig-nifica Viagem Inesperada.amor: Procure encontrar mais tempo na sua vida para estar com as pessoas que realmente ama. saúde: Não cometa excessos alimentares.dinheiro: As suas finanças poderão sofrer uma quebra substancial. Não se deixe ma-nipular pelos seus próprios pensamentos!

Carta da semana: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexãoamor: Não pense que as pessoas são todas iguais, não descarregue na pessoa que tem a seu lado o que outras lhe fizeram que o deixou magoado. Seja honesto consigo próprio, não tenha receio de reconhecer os seus erros e traçar novas rotas de vida.saúde: Procure com maior frequência o seu médico de família.dinheiro: Tudo correrá dentro da normalidade.

Carta da semana: Cavaleiro de Copas, que significa Proposta Vantajosa.amor: Os momentos de confraternização familiar estão favorecidos. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida.saúde: Procure fazer uma alimentação mais equilibrada.dinheiro: Nada de marcante acontecerá, o que não significa que se pode deixar le-var pelos impulsos consumistas.

Carta da semana: 5 de Espadas, que sig-nifica Avareza.amor: A harmonia está neste momento pre-sente no seu ambiente familiar. Tanto a triste-za como a alegria são hábitos que pode educar, cabe-lhe a si escolher qual deles prefere!saúde: Cuidado com o sistema nervoso, pois está neste momento com tendência para as depressões.dinheiro: Não terá problemas de maior nesta área da sua vida.

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tratamento com um corpo mais perfeito que um ser humano pode ter. rogers então é submetido a um intesivo pro-grama de treinamen-to físico e tático. três meses depois, ele recebe a sua primeira

missão como Capitão América. Armado com seu escudo indestrutível ele combate o mal sozinho e como o líder dos Vingadores.

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escutar os apelos hones-tos do rapaz, o General Chester Phillips oferece a rogers a oportuni-dade de participar da operação: renascimento.Depois de semanas de testes ele recebe o soro do super-soldado e é bombardeado por “raios-vita”. emerge do

O Deus das Pequenas CoisasDirecção: Arundhati RoySinópse:

o Deus das Pequenas Coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no Sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. As histórias dos gémeos estha e rahel, nascidos em 1962, por entre

Chacko, que anseia pela visita da ex-mulher inglesa, Mar-garet, e da filha de ambos, Sophie Mol. A da sua tia-avó mais nova, Baby Kocham-ma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno

pelo padre Mulligan. estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época conturbada e de um país cuja essência parece eterna.

notícias de uma guerra perdida. A de sua mãe Ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. A da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guarda cicatrizes da violência de Pappachi. A do tio

mora

pintura de maurizio lanzilotta – “landsCape By heart”.Exposição Temporária, intitulada Mamíferos de Àgua Doce, e a nova Sala de Experimentação Animal, estão abertos ao público no Flu-viário de Mora. A par destas duas inaugurações, foi também lançado o Catálogo do Fluviário de Mora.Patente na exposição ficará um grande terrário que acolherá um casal de Musaranhos-de-água, um pequeno e interessante mamífero que ocorre no Norte e Centro do país e que depende dos cursos de água doce para sobreviver.Foi feita em colaboração com o De-partamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universi-dade de Lisboa, com produção de conteúdos pelo Doutor Francisco Petrucci-Fonseca.

évora

Chartres en lumiÈresAté 31 de Março de 2012 | Átrio dos Paços do ConcelhoMostra fotográfica do evento “Chartres en Lumières”, realizado na cidade francesa de Chartres, geminada com Évora, e que reúne todos os anos, desde 2003, quase um milhão de pessoas para assistir à iluminação cénica multicolor dos principais monumentos da cidade, durante mais de 100 noites.No dia da inauguração terá lugar uma conferência sobre o Patrimó-nio em Chartres. Info: 266 777 000Email: [email protected] | Site: www.cm-evora.ptOrg.: Câmara Municipal de Évora | Câmara Municipal de ChartresNota: Evento integrado nas Come-morações dos 25 Anos de Évora Património Mundial

exposiçãoredondo

noite de reis, Com grupo de Cantadores de redondo5 de Janeiro de 2012 | 21h30 | Praça da RepúblicaDando continuidade a uma longa tradição, cuja preservação depende largamente do rejuvenescimen-to das referências colectivas e do envolvimento da sociedade civil, a Noite de Reis continua a ser cele-brada todos os anos em Redondo, concluindo desta forma os rituais próprios da quadra natalícia. Assim, por entre ruas e vielas, o Grupo de Cantadores de Redondo desce do Castelo à Praça da República, aque-cendo a noite fria com os harmonio-sos cânticos pautados pelas vozes de Janita e Vitorino.

évora

danças do mundo para CriançasSEGUNDAS-FEIRAS | Espaço CeleirosAulas regulares de danças do mun-do para crianças.

redondo

Joel xavier28 de Janeiro de 2012 | 21h30 | AuditórioConsiderado um dos mais presti-giados guitarristas mundiais, Joel Xavier, tocou e gravou com Ron Carter, Tooots Thielemans, Paquito D’Rivera, Arturo Sandoval, Michel Camilo, Richard Galliano, Larry Coryell, Birele Lagrene, Tomatito, Luis Salinas, Rene Toledo, Joey de Francesco, Didier Lockwood, Ran-dy Brecker e Stanley Jordan.

músiCamonsaraz

“sementes do uni-verso” – ateliê de pinturaAté 8 de Janeiro de 2012Ateliê de pintura que Alice Alves realiza na Vila Mediaval de Mon-saraz, trabalhando ao vivo. Alice Alves é uma pintora autodidacta que iniciou a sua actividade ar-tistica há mais de uma década. Desde 2005 participou em expo-sições individuais e colectivas em França, Alemanha, e Portugal. Actualmente deseja desenvolver a sua arte como método de terpia para crianças com dificuldades e deficiencias. Esta Mostra Integra o Ciclo de Exposições Monsaraz Museu Aberto.Horário: das 10h ás 13h e das 14h ás 18hLocal: Casa Monsaraz

aguiar

saladas tipográFiCas e outras BarBaridades aFins Até Sábado 31 de Dezembro de 2011 | 17:30 | Teatro Bernardim RibeiroUma brincadeira gráfica, um jogo de escrita, uma construção de letras, estilos e imagens em combinações divertidas. É este o resultado do trabalho de Pedro Proença. A história da imprensa e da ilustração, assim como as van-guardas artísticas do princípio do século XX.

outros

Sugestão de livro

Radar

Page 16: Registo ed187

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A Universidade de Évora aco-lheu a assinatura da escritura da sociedade que vai gerir o Parque de Ciência e Tecnologia do Alen-tejo (PCTA). O Parque perspecti-va o desenvolvimento científico, tecnológico e empresarial, bem como a transferência de conhe-cimento entre instituições de Ensino Superior e empresas, “convergindo-se forças que be-neficiem o desenvolvimento do Alentejo”, como referiu o Reitor da UE, Carlos Braumann.

O PCTA tem um capital social de 575 mil euros, corresponden-tes a 575 mil acções com o valor nominal de um euro cada, sen-do que a Universidade de Évora é sócia maioritária da sociedade subscrevendo 435 mil acções.

A sociedade é composta pela Universidade de Évora, pelo Banco Espírito Santo, pela Agên-cia de Desenvolvimento Regio-

nal do Alentejo, pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), pelos Institutos Politéc-nicos de Beja, Portalegre, e San-tarém, pela Decsis e pela Glintt.

À medida que as infra-estru-turas forem sendo disponibili-zadas vão ser postas em funcio-namento, sendo que já existem outras infra-estruturas científi-co-tecnológicas que estão ao ser-viço do desenvolvimento e que poderão já colaborar na ligação às empresas e aos projectos de inovação que as empresas pre-tendam desenvolver em parce-ria com o parque.

Previsto para 2012, o parque vai agregar laboratórios para apoiar empresas em várias ver-tentes, como energias renováveis, ambiente e clima, agro-alimen-tares, protótipos e mecatrónica ou informática. Trata-se de uma infra-estrutura de acolhimento

e suporte às iniciativas de promo-ção e transferência de inovação e desenvolvimento.

O projecto surgiu no âmbito do Sistema Regional de Transfe-rência de Tecnologia (SRTT) que vai ser implementado no Alen-tejo e na Lezíria do Tejo, por um consórcio de 21 parceiros, entre os quais a edilidade eborense, e prevê um investimento global de 41,8 milhões de euros, dos quais 29,3 milhões são fundos comunitários (co-financiamento de 70 por cento), do Fundo Euro-peu de Desenvolvimento Regio-nal (FEDER).

Está ainda previsto um sis-tema de incubadoras de base tecnológica, cujo objectivo “é a criação de centros de incubação destinados a potenciar o surgi-mento de iniciativas empresa-riais inovadoras e de natureza tecnológica.

Desporto

Sousa no DakarAos 45 anos, e após um ano de ausência, Carlos Sousa está de volta ao Dakar e às pistas do continente sul-americano, onde a partir do próximo dia 1 de janeiro iniciará a sua 13ª participação no maior e mais difícil rali do mundo, desta vez em representação da Great Wall Motors, o maior construtor automóvel independente da China, e ao volante de um SUV Haval de motorização Diesel.“É uma marca ainda com pouca tradição no desporto automóvel e que só muito recente-mente despertou para o Dakar, como forma de potenciar a sua imagem nos mercados interna-cionais. Embora sem ter ainda os meios das principais equipas do pelotão automóvel, acre-dito que poderá uma das grandes surpresas desta edição”, antevê Carlos Sousa, neste seu regresso à América do Sul e à condição de piloto oficial

Constituída sociedade para gerir parque de ciência

Évora

D.R.

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Reitor da Universidade apela à “convergência”.

Cerca de 60 famílias desfavore-cidas da diocese de Portalegre – Castelo Branco tiveram este ano uma ceia de Natal mais compos-ta, com o apoio da Caritas local e de diversas empresas e institui-ções da região.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Caritas diocesana destaca o contributo prestado por pessoas e organi-zações, que permitiu servir os mais pobres com “qualidade e dignidade”. A entrega dos caba-zes, preenchidos também com bens de primeira necessidade, foi apenas uma das actividades que aquela instituição católica de solidariedade social promo-veu durante o mês de Dezembro.

“Num tempo marcado pela austeridade, pelo desemprego e pelo envelhecimento da popu-lação do interior do país”, a Cari-tas alentejana associou-se pelo oitavo ano consecutivo à Opera-ção “10 Milhões de Estrelas - um gesto pela Paz”. Entre eventos dedicados à educação para o vo-luntariado, a cidadania e a paz, foram ainda entregues brinque-dos a dezenas de crianças de fa-mílias carenciadas, envolvendo “padrinhos” de todo o país.

Cáritas entregacabazes

Solidariedade