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Última Região lidera consumo de drogas 16 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 799 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 22. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Ala dos Namorados em Sesimbra 9 Última Casa Ermelinda Freitas brilha na Russia e ganha ‘Óscar’ do vinho nacional 16 ABERTURA Em 2013, o INEM registou na região mais de duas centenas e meia de cha- madas para acorrer a aciden- tes vasculares cerebrais. Um número muito preocupante. INEM socorreu 263 AVC’s no distrito o ano passado PÁG. 2 ACTUAL Os especialistas garan- tem que a austeridade e a crise es- tão a afectar demasiado as crianças e os adolescentes do distrito. O nú- mero de consultas de psiquiatria disparou nas unidades da região. Crianças e jovens da região ganham ansiedade com a crise PÁG. 5 NEGÓCIOS A unidade de Palmela está em festa. O seu director, Mário Campos, em entrevista ao Sem- mais, faz um balanço muito positi- vo e encara o futuro com optimis- mo. A loja prepara novidades. Makro de Palmela comemora 23 anos de actrividade PÁG. 12 DESPORTO O presidente do Vitó- ria de Setúbal, Fernando Oliveira, bateu com a porta, cansado das críticas de “má gestão”. por parte de grupos vitorianos oposicionis- tas. Mas garante que vai a votos nas próximas eleições. Presidente do Vitória demite-se para avançar contra oposição PÁG. 11 NEGÓCIOS Depois da desloca- ção da ministra das Finanças, foi agora a vez do secretário de Estado do Desenvolvimento Re- gional, Castro Almeida, medir o novo plano da empresa. Baia do Tejo dá a conhecer trabalho no terreno PÁG. 13 Como vai a nossa qualidade de vida? Setúbal, em 13.º e Almada, em 18.º lugar lideram os concelhos do distrito com maior qualidade vida a nível nacional. A região coloca ainda Sesimbra e Sines nos primeiros trinta. ACTUAL PÁG. 4 44º 177º 229º 18º 28º 13º 229º 70º 130º 46º 79º 85º 29º

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Page 1: Semmais 22 fev

ÚltimaRegião lidera consumode drogas

16

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 799 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 22. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Foto

s: D

R

CulturaAla dos Namoradosem Sesimbra

9

ÚltimaCasa Ermelinda Freitas brilha na Russia e ganha ‘Óscar’ do vinho nacional

16

ABERTURA Em 2013, o INEM registou na região mais de duas centenas e meia de cha-madas para acorrer a aciden-tes vasculares cerebrais. Um

número muito preocupante.

INEM socorreu 263 AVC’s no distrito o ano passado

PÁG. 2

ACTUAL Os especialistas garan-tem que a austeridade e a crise es-tão a afectar demasiado as crianças e os adolescentes do distrito. O nú-mero de consultas de psiquiatria disparou nas unidades da região.

Crianças e jovens da região ganham ansiedade com a crise

PÁG. 5

NEGÓCIOS A unidade de Palmela está em festa. O seu director, Mário Campos, em entrevista ao Sem-mais, faz um balanço muito positi-vo e encara o futuro com optimis-mo. A loja prepara novidades.

Makro de Palmela comemora 23 anos de actrividade

PÁG. 12

DESPORTO O presidente do Vitó-ria de Setúbal, Fernando Oliveira, bateu com a porta, cansado das críticas de “má gestão”. por parte de grupos vitorianos oposicionis-tas. Mas garante que vai a votos nas próximas eleições.

Presidente do Vitória demite-se para avançar contra oposição

PÁG. 11

NEGÓCIOS Depois da desloca-ção da ministra das Finanças, foi agora a vez do secretário de Estado do Desenvolvimento Re-gional, Castro Almeida, medir o novo plano da empresa.

Baia do Tejo dá a conhecer trabalho no terreno

PÁG. 13

Como vai a nossa qualidade de vida?Setúbal, em 13.º e Almada, em 18.º lugar lideram os concelhos do distrito com maior qualidade vida a nível nacional. A região coloca ainda Sesimbra e Sines nos primeiros trinta.

ACTUAL PÁG. 4

44º

177º

229º18º

28º

13º

229º

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130º

46º

79º

85º

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ABERTURA

Sábado //22 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 93538810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

socorreu 263 AVC s no distrito em 2013

O Instituto Nacional de Emer-gência Médica (INEM) anun-ciou ter encaminhado 263

doentes, no ano passado, para a Via Verde do AVC (Acidente Vascular Cerebral) no distrito de Setúbal. Segundo fonte oficial do INEM, na maioria dos casos houve necessidade de decorrer entre 30 minutos a uma hora e

quinze minutos desde o início dos sintomas, «para que fosse dado o alerta para o 112».

Segundo o mesmo instituto, a população deverá estar aler-tada que quanto mais cedo forem identificados os sinais de AVC mais eficaz vai o ser tratamento, numa altura em que a região soma cerca de cem mil habitantes que, embora não tenham qual-quer sintoma de poder vir a sofrer um Acidente Vascular Cerebral,

fazem parte do chamado grupo de «risco elevado», tal como os diabéticos ou os doentes com antecedentes, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Cardio-logia.

Agir perante sinais súbitos de alarme

Trata-se de doentes já com alguma idade, que fumam, que têm o colesterol um pouco elevado e alguma gordura a mais. Com a agravante de desconhe-cerem o risco que estão correr, diz o vice-presidente da SPC, Carlos Aguiar, enquanto o INEM dá algumas dicas a reter: “Falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldades em falar são alguns dos sinais súbitos de

alarme que podem indicar a ocor-rência de um AVC”. Eis os prin-cipais sintomas que deverão levar os pacientes a utilizar o 112 rapi-damente, avançando ainda o instituto que em 65,3% dos casos, os meios de socorro chegaram ao local em menos de 19 minutos.

Recorde-se que os cem mil homens e mulheres que estão em risco na região não podem ser incluídos no rol de indiví-duos relacionados com a falta de informação, simplesmente porque são pessoas que «não identificam qualquer sintoma». Isto é, explica Carlos Aguiar, são cidadãos que sentem de tal forma saudáveis que acreditam não haver qualquer necessidade de estarem atentos à sua saúde ou e irem ao médico.

O AVC é um défice neuro-lógico súbito, motivado por uma deficiente circulação arte-rial ou hemorragia no cérebro, que só pode ser confirmado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC). Continua a ser uma das prin-cipais causas de morte em Portugal. “Manter hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida seden-tária são formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão”, sublinha o INEM.

INEMSão números divulgados com alguma preocupação. O INEM recorda a necessidade do imediatismo do socorro. Tanto mais que a região soma 100 mil habitantes com possibilidades de virem a sofrer de AVC.

Roberto Dores

Instituto afirma que a região tem cem mil habitantes que podem vir a sofrer da maleita

O que é e como se previne?

DR

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Sábado // 22 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

Estamos sob um intenso programa de propaganda governamental acerca do próximo “QREN” para o período 2014-2020, que ficou precocemente conhecido por QEC (Quadro Estraté-gico Comum), embora rebatizado como Portugal 2020.

É necessário fazer uma apreciação objetiva sobre aquilo que nos espera.

Desde logo há que registar um facto: o envelope financeiro global do Portugal 2020, naquilo que é comparável (valores constantes; FEDER+FSE+FC), baixa um pouco face ao atual QREN 2007/2013. Andamos à volta dos 21 400 milhões de euros nos dois casos .

Mas, sobretudo, o que muda dras-ticamente são os conteúdos e as formas que os apoios financeiros terão no futuro.

As principais diferenças impostas pela UE são as seguintes:

1 - Existência de condicionalidades ex-ante. Isto é, são impostos condicio-nalismos que os países terão que respeitar para serem apoiados. Desde logo terão que garantir os já conhe-cidos rácios de “equilíbrio” no plano dos orçamentos de estado.

No domínio de várias políticas públicas há drásticas imposições que devem estar concretizadas/assegu-radas antes da aprovação final do Acordo de Parceria (Maio 2014).

Todas as imposições vão no sentido de maior liberalização, de intensificação da privatização, da flexibilização sócio-laboral e do managerialismo público. A europa neoliberal em toda a sua pujança ideológica, portanto.

2 - Passa a haver temas obrigató-rios para os projetos candidatáveis. A UE exige que uma parte muito impor-tante do financiamento seja destinados à competitividade/inovação das empresas, e outra à eficiência energé-tica e energias renováveis.

Nas regiões classificadas como “mais desenvolvidas”, Lisboa e Madeira (PIB per capita > 90%) no caso portu-guês, isto significa que 80% das verbas disponíveis têm que destinar-se a estes dois temas.

As temáticas, ambiental e da inovação empresaria, são os assuntos da moda nos últimos dez anos, em parti-cular depois de 2007 (Tratado de Lisboa).

Esta opção “politicamente correta” significa que, na realidade, uma enorme parte dos financiamentos se destinarão a empresas privadas, diminuindo as verbas para o sector público, em espe-cial para os municípios.

Como os dinheiros europeus são provenientes dos impostos pagos pelos cidadãos e, portanto, são dinheiros que se destinariam às funções de interesse público, poderemos dizer que haverá, por esta via, uma importante privati-zação de meios financeiros.

3 - Os financiamentos passarão a ser atribuídos prioritariamente aos projetos candidatados que apresentem melhores “resultados” previstos.

Haverá fixação de metas quanti-

tativas e qualitativas que darão priori-dade à eficiência económico-finan-ceira. Os indicadores estabelecidos, designadamente os qualitativos, respei-tarão critérios da economia privada, forçando a tendência neoliberalizante já referida.

4 - Complementarmente, haverá simplificação nos procedimentos e clarificação das elegibilidades. Trata-se, portanto, de um quadro estratégico pautado por três aspetos centrais:

a) Aprofundar o movimento da privatização das produções e dos serviços essenciais; incrementar a libe-ralização, presumindo que a concor-rência tudo resolve, mesmo quando se sabe que ela é fictícia (serviços das redes infraestruturais); forçar a desregula-mentação e aumentar a crença irra-cional na capacidade da autorregulação dos mercados.

b) Tentar minorar (ou disfarçar) os aspetos sociais mais bicudos que, sendo resultantes da prolongada crise finan-ceira e económica, poderiam levar à convulsão e ao confronto sócio-laboral. Assim, destinam-se importantes enve-lopes financeiros para amaciar os efeitos do desemprego jovem, da exclusão social, da pobreza e da desadequação formativa aos interesses do mercado.

c) Insistir nos conhecidos conceitos “politicamente corretos” em torno da resiliência, das parcerias estratégicas, da sustentabilidade (só ambiental), das alterações climáticas, da governança, do benchmarking e benchlearning , da visibilidade e do marketing urbano, etc., que, com o seu carácter entorpecente, facilitam a aplicação do essencial da receita antes já caracterizada.

A UE não quer, por exemplo, finan-ciar mais infraestruturas educativas (escolas básicas e secundárias), infra-estruturas rodoviárias de pequena e media extensão (fundamentais para a vascularização territorial e projetos económicos) e, no caso da regeneração urbana, só se facilitarão os projetos financiáveis no estilo Jessica (de inte-resse privado). No que respeita à habi-tação, apenas em casos pontuais que envolvam situações sociais extremas, mas sempre em baixa extensão.

Quanto água, esgotos e resíduos sólidos serão privilegiados os projetos que respeitem as já referidas condi-cionalidades ex-ante, ou seja, correla-cionados com a liberalização e priva-tização.

Até no que diz respeito às PME, tão referidas no discurso governamental, é necessário esclarecer que os apoios a fundo perdido serão reduzidíssimos. A grande parte do financiamento será canalizável através de empréstimos, de bonificações e dos instrumentos de engenharia financeira. Para isso servirá no designado “banco de fomento” que, como grossista, fará a gestão dos fluxos. O retalho será assegurado pela banca privada, claro!

Os resultados sobre a qualidade de vida no distrito são reveladores de um forte investimento no parque urbano, no desen-volvimento empresarial e na requalifi-cação de espaços públicos.

A região, ainda assim, é muito assi-métrica e o seu crescimento tem pade-cido de uma onda lusco-fusca de atenção por parte dos vários governos.

Demograficamente crescemos imenso, as acessibilidades registaram um ‘boom’, a sustentabilidade ambiental ganhou força

e o ensino universitário, que dá vida ás urbes, mostrou-se a grande nível.

Mas a proximidade de Lisboa ainda faz as suas mossas. A perda de fundos e a diferença das suas aplicações para outras regiões é uma pecha. Veja-se Braga e Viseu e depois compare-se. Nas duas últimas décadas são o dia da noite.

Por isso se pode afirmar que a região é um projecto pleno, vital, mas ainda adiado tendo em conta todas as suas potenciali-dades.

A qualidade de uma região ‘adiada’

Editorial // Raul Tavares

Alice arrepela os cabelos ao (re)ler o relatório da Comissão Europeia…então não dizia lá que “em Portugal, falta uma estratégia nacional de luta contra a corrupção e uma acção penal mais eficaz”, ou seja que os políticos estão bem assim e o sistema judicial não funciona (esclareça-se, para o sofis-ticado crime de colarinho branco). Pode lá ser quando a classe média é exter-minada e a pobreza deixa de ser enver-gonhada? Mas pensando bem, Alice não tinha motivos para surpresas: desde o célebre José Alfaia (ex-secretário de estado de um governo PSD) e o “caso Partex”, até ao BPN (ainda um inson-dável mistério pois mais parece um catálogo de horrores e perversidades, protagonizados por alguns destacados militantes do PSD) passando pelo Processo Amorim/Fundo Social Europeu, Setúbal Conection…enfim, um rosário que levaria longo tempo a desfiar…E ainda agora os arguidos num dos casos dos célebres submarinos adquiridos pelo então ministro da defesa Paulo Portas (sim aquele mesmo que tendo perdido as eleições passou os dias sofregamente a tirar fotocópias no seu ministério…dizem…)

E recorda-se do pai que sempre evocava conceituados mestres para afirmar que privatizações, externali-zações (outsoursing) e parcerias público-privadas têm sido usadas em excesso para recrutar pessoal e gerar receitas para os partidos (corrupção) no poder. Por isso, quando observa a “fúria” dos governos em privatizar o que dá lucro (veja-se a EDP, REN, CTT) enquanto nacionaliza os prejuízos (veja-se o BPN, e mais recentemente boa parte da banca) Alice sente-se angustiada.

Que fazer num país onde a “zona de conforto” é o desemprego ou uma precariedade sem horizontes? Onde os vencimentos baixam e os horários de trabalho sobem? Onde os jovens não têm trabalho e os mais velhos são espoliados das suas pensões, que amiúde são o sustentáculo de toda uma família…

Íamos, entretanto, a sair do nosso lugarejo, refúgio dos fins-de-semana, e naturalmente perguntámos à nossa vizinha e amiga, habitante da aldeia, se queria alguma coisa do talho da cidade. À nossa solicitude a vizinha pensou um

pouco e depois disse “obrigado, podia trazer-me um quarto de frango se faz favor?’ . “Um quarto de frango?” repetiu Alice julgando não ter ouvido bem. “Sim, sim” repetiu a vizinha.

Durante a meia hora de viagem até a vila o assunto fora inevitavelmente aquele. Um quarto de frango para quatro pessoas ou mais... Sim, recordava-me de um pedido idêntico, mas há uns quarenta anos, tinha eu a idade da minha filha agora. Na altura a subnutrição era comum e generalizada em muitos canti-nhos deste nosso Portugal (Há quem se tenha esquecido já?...).

Mas porque se repetia agora a mesma cena?…comida gourmet certa-mente não era, apesar da cozinha alen-tejana criada por pobres para poupar nos alimentos caros ou para aproveitar os restos, ser hoje muito apreciada e valorizada (enriquecida obviamente em ingredientes) em todo o Alentejo. Provavelmente, e isso eu temia mas não ousava perguntar, era um efeito da crise que afecta fortemente os portu-gueses (mais uns do que outros, como de costume…). Será que, e não por “estar na moda” mas por extrema carência económica, estava outra vez de volta o tristemente célebre “frango ao molho”, onde uma pequena porção daquela ave e muito pão dava de comer a uma casa de família, apesar do “milagre econó-mico” que o governo vai repetidamente propagandeando em véspera de elei-ções?

Frango ao molho… de volta?

Aqui vos entrego, prezados leitores breves impressões sobre o Artista, a propósito dos dois recentes concertos no palco do Fórum Municipal Luísa Todi. Os referidos espectáculos pres-taram-se - para além de proporcio-narem um aspirado reencontro com algum do seu público (o que lotou aquela sala durante dois dias) - à recolha de conteúdos para um DVD a editar em breve.

Desfilaram canções, ouviram-se também outras vozes e escutaram-se, em geral, grandes melodias. Também subiram ao palco muitas memórias de um percurso de Toy pela vida, pela carreira, denotando uma apaixonada ligação entre o cantor e o seu vasto público. Eis, pois, leitores, o que para mim ficou, de mais impressivo, a partir das duas prestações de Toy a que assisti:

A naturalidade de atitude em Toy é, para nós, o primeiro e mais cómodo acesso a um imenso capital de inven-

tividade melódica.Podemos arrazoar acerca da intrín-

seca qualidade de alguns dos versos que, aqui e ali, cria ou interpreta. Em todos, porém, sobressai a reserva de humanidade que nos convoca e apro-xima se carecemos de uma canção para fazer uma festa no nosso coração quando alegre ou se necessitamos de um alento, nos momentos em que nos magoa a saudade de uma ternura esfu-mada.

Toy é Voz, é Coração e Alma. Toy, ser caloroso de aprazível convívio é, por via disso popular, dirão. Há mal nisso? Não! Há virtude delicada e rara. Toy é igualmente um ser que se consome em entrega e isso, porventura, inco-moda, perturba, dados que somos a imaginar que os seres bons devem manter distância dos comuns e reservar-se com altivez. Atemoriza-nos, de certo modo, a desmedida proximidade. Mas a enorme capacidade de doação que o distingue, mais não é do que incontida urgência de constantemente subir até ao público que ele ama e respeita, incon-dicionalmente.

Cada espectáculo de Toy é verdade, porque nele superabunda pureza. Uma pureza que toca, comove e contribui para transformar o mais distraído ouvinte num amante da sua poderosa voz, adornada de singular beleza tonal, ao serviço de interpretações que inva-riavelmente nos arrebatam.

No programa geral dos seus discos e concertos escutamos, naturalmente, breves cantigas e admiráveis canções. Cabe-nos, enquanto ouvintes, sele-cionar o que o nosso ânimo pede ou quanto exige a nossa apetência ou expe-riência musicais.

Em tudo, Toy é. No sentido profundo e completo de Ser. O cantor intitulou assim os concertos que gravou em Setúbal, no Fórum Municipal Luísa Todi: “Toy – Um Amor Especial”.

Mas tão perfeito vínculo entre a personalidade e as inquestionáveis quali-dades de criador e de intérprete de músicas e canções que vão tornando sempre mais largo e abrangente o público admirador, defini-lo-íamos decidida-mente como: Toy, um amor feliz!

Horácio Pena

“Toy, Amor Especial”

A privatização dos fundos comunitários

Arlindo MotaPolitólogo

Demétrio AlvesProfessor universitário

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ACTUAL

Sábado //22 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Região coloca quatro concelhos no Top 30

O ranking «City Brand», que mede o valor das marcas dos 308 muni-

cípios, coloca Setúbal no 13º lugar entre as melhores cidades do país para se viver, visitar e investir, o que lhe confere a liderança entre os concelhos do distrito. Almada ocupa o segundo lugar da lista regional e o 18º no país, enquanto Sesimbra surge na terceira posição, ao alcançar o

28º lugar, à frente de Sines (29º).O 13º lugar sadino agrada à presi-

dente da autarquia. «O facto de estar no top 25 é extremamente impor-tante. É o reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos tempos», sublinha Maria das Dores Meira, ressalvando ainda o facto de que Setúbal se ter classi-ficado à frente de câmaras com situ-ação financeira bem mais desafo-gada, citando o exemplo de Almada.

A autarca destaca ainda a clas-sificação de Setúbal no seio da Área Metropolitana de Lisboa, onde o município conquistou o quinto lugar, sendo apenas suplantado por Sintra, Cascais, Oeiras e Lisboa. «É motivo de orgulho, porque demonstra que o trabalho desenvolvido tem sido feito de forma positiva e gradual», refere a presidente da Câmara de Setúbal.

Também o presidente de Sines mostrou-se satisfeito pela honrosa posição no ranking. Nuno Masca-renhas disse ao Semmais que a boa classificação do seu concelho «está em linha com os resultados obtidos ao longo dos últimos anos em outras avaliações». E lembra, a propósito, as posições cimeiras de Sines em indicadores do INE como o poder de compra e o salário médio.

«É esta constância de Sines em lugares de destaque nestes estudos, todos com metodologias diferentes, que ajuda a comprovar as condi-ções excepcionais como destino para investimento e como território de qualidade de vida», conclui o autarca.

Dez dos nossosno top 100

Além dos quatro principais, o distrito de Setúbal garante ainda a presença de mais seis municí-pios entre os cem primeiros. Por esta ordem: Seixal (44), Montijo (46), Palmela (58), Alcochete (70), Grândola (79) e Santiago do Cacém (85).

Segundo Filipe Roquette, director-geral da Bloom Consul-ting, responsável pelo estudo, o critério de avaliação levou em conta a melhor marca e uma melhor performance em três vertentes diferentes, onde se inscrevem os negócios, o turismo e o viver.

E é, sobretudo, no viver e nos negócios que Setúbal se destaca, com uma avaliações que lha atri-buem os lugares 13 e 14, respecti-vamente, enquanto na vertente do turismo a capital se ficou pelo 24º posto. Já Almada garantiu 14º lugar

no viver, 18º no turismo e 20º nos negócios, enquanto o turismo projectou Sesimbra com o 10º posto, baixando para os lugares 41 no viver e 51 nos negócios

Segundo Filipe Roquette, o ranking foi elaborado através do cruzamento de diversos dados estatísticos, como desemprego, número de hospitais, salário médio, taxa de criminalidade ou dormidas turísticas por município, com 15 grupos de perguntas-chave, que agrupam «o que as pessoas procuram no mundo inteiro num município». Depois esses dados são comparados com a comuni-cação online de cada município, o que comunica e o número de pessoas a quem chega essa infor-mação, tendo por base o site da autarquia e a sua presença nas redes sociais.

Quatro concelhos do distrito estão entre os trinta melhores de todo o país, com Setúbal e Almada à cabeça.

Roberto Dores

BARREIRO

Geral: 177ºNegócios: 140ºTurismo: 275ºViver: 46º

ALCOCHETE

Geral: 70ºNegócios: 50ºTurismo: 132ºViver: 65º

MOITA

Geral: 229ºNegócios: 106ºTurismo: 287ºViver: 96º

ALCÁCER

Geral: 130ºNegócios: 150ºTurismo: 112ºViver: 185º

GRÂNDOLA

Geral: 79ºNegócios: 98ºTurismo: 66ºViver: 93º

SANTIAGO

Geral: 85ºNegócios: 109ºTurismo: 83ºViver: 97º

44º

177º

229º18º

28º

13º

229º

70º

130º

46º

79º

85º

29º

Classificação1º Setúbal 132º Almada 183º Sesimbra 284º Sines 295º Seixal 446º Montijo 467º Palmela 588º Alcochete 709º Grândola 7910º Sant. Cacém 8511º Alcácer do Sal 13012º Barreiro 17713º Moita 229

Posição no Ranking nacional

0 — 3031 — 5051 — 100+ 100

ALMADA

Geral: 18ºNegócios: 20ºTurismo: 18ºViver: 14º

SEIXAL

Geral: 44ºNegócios: 56ºTurismo: 88ºViver: 21º

SESIMBRA

Geral: 28ºNegócios: 51ºTurismo: 10ºViver: 41º

PALMELA

Geral: 58ºNegócios: 49ºTurismo: 50ºViver: 90º

MONTIJO

Geral: 46ºNegócios: 37ºTurismo: 78ºViver: 44º

SINES

Geral: 29ºNegócios: 23ºTurismo: 30ºViver: 33º

SETÚBAL

Geral: 13ºNegócios: 14ºTurismo: 24ºViver: 13º

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Sábado // 22 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 5

Crise coloca crianças e jovens do distrito com ansiedade em alta

A CRISE está a deixar uma forte marca no distrito de Setúbal e parece que ninguém escapa aos seus efeitos nefastos. Sabe-se agora que os amargos tentáculos da austeridade até estão a afectar crianças e jovens residentes na região. Há cada vez mais menores que estão aparecer junto dos pediatras com problemas de «ansiedade» e de «depressão», devido aos contextos familiares estarem a ser afectados pela crise. Os números oficiais mostram que as consultas de psiquia-tria da infância e adolescência dispararam nos últimos três anos, superando os 20% face a 2010.

«É natural que isto esteja a acontecer nas famílias, porque as suas casas são,

infelizmente, invadidas com notícias sobre a crise», explica um dos pediatras da região, justificando que «mesmo as crianças mais novas, a partir dos sete ou oito anos, apercebem-se dos problemas dos pais, em termos de desemprego, de empobrecimento e até de emigração. Claro que a sua saúde mental não consegue passar indiferente a estes fenómenos», diz o mesmo especialista, para quem as zonas mais rurais do distrito e Setúbal «ainda vai tendo a vantagem das famílias viverem em comunidade, permitindo ajudas e gestos solidários que escasseiam em outros concelhos com maiores aglomerados popu-lacionais».

Ainda assim, faltam estudos sobre o fenómeno, como reconhece o pedop-

siquiatra Eduardo Banito, embora não tenha dúvidas em reafirmar que a «crise económica está a ter conse-quências na saúde mental das crianças e jovens». Alega tratar-se de uma ideia gene-ralizada, que merece um trabalhado ao nível do apoio junto das próprias famílias, diz, acrescentando, de resto, que «a fragilidade familiar

é que vai provocar, em termos imediatos, essa tal patologia. Tudo o que seja promover a melhoria da saúde familiar é extrema-mente importante», resume.

Austeridade com efeitos a longo prazo

Um apelo deste profis-sional à união das famílias,

enquanto para o director do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro Carvalho, o país não tem reagido da melhor maneira ao agravamento dos problemas de ansiedade e depressão das crianças e jovens em contexto de crise, admitindo que serão neces-sários alguns anos para se perceber, ao certo, o impacto da austeridade que cruza a região entre ambas as faixas etárias residentes.

O mesmo dirigente alerta que o problema é de difícil resolução, alegando que em cenários de crise emocional proporcionados por desem-prego e dificuldades econó-micas será necessário tomar medidas que potenciem a criação de postos de trabalho, o que considera ser bem mais «eficaz do que antidepres-sivos ou psicoterapias».

A crise está a provocar uma onda de ansiedade nas crianças e jovens da região. A prova-lo está o número de consultas de psiquiatria nas unidades hospitalares do distrito que dispararam nos últimos três anos.

Roberto Dores

Pub.

Especialistas afirmam que os efeitos vão manter-se no futuro

Nuno Canta defende novo aeroportoem Canha

O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, defendeu a cons-trução do novo Aeroporto de Lisboa em Canha como parte fulcral da estratégia nacional de infraestruturas de valor acrescentado.

«Não podemos deixar que o Governo continue a adiar a construção de uma infraestrutura que coloca o território de Canha no centro das redes nacionais de comunica-ções. A construção do novo aeroporto no nosso terri-tório deve representar uma oportunidade excepcional de desenvolvimento e servir para aumentar a qualidade de vida», afirmou.

Nuno Canta relembrou que o projecto pode reco-locar Canha na plena inte-gração da Área Metropo-litana de Lisboa».

DR

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Sábado // 22 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

Este ano o inverno trouxe a nu toda a insustentabilidade do tecido empresarial que o Estado permite para os empresários na área da restauração da nossa zona costeira em geral e, na nossa Costa de Capa-rica, em particular.

Digo nossa porque sou dos que defende que o governo, as Câmaras Municipais da Área Metropolitana de Lisboa e a Região de Turismo da mesma área – agora até a de Setúbal é gerida via Lisboa – deviam dar uma atenção diferente e privilegiada a uma área de excelência para o lazer, turismo, comércio e bem-estar.

Lisboa, a AML e o País foram abençoadas com praias fantásticas. Com todas as condições de exce-lência para serem uma praia metro-politana (que banha a outra margem

da capital) de referência mundial. Ao invés o que faz?

Um projecto que era muito bonito no papel, mas que transformou num pesadelo e num elefante branco, sorvedouro de dinheiros públicos e arrasou com a restauração, que ainda assim sobrevive graças ao investimento de meia dúzia de empresários que teimam em não desistirem. Vamos a factos, para que todos saibam. E olhem que sei do que estou a falar porque na quali-dade de advogado estive sempre envolvido nas negociações, em nome de alguns empresários e até da novel Associação dos Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa de Capa-rica.

Em 2001 a Câmara Municipal de Almada e o então Ministério do Ambiente e do Território aprovaram o Plano Estratégico da Costa de Capa-rica, que previa um conjunto de acções a desenvolver na Costa de Caparica, no âmbito do Programa Polis, entre elas as necessárias à requalificação da Frente de Praias Urbanas, plano esse aprovado pela Assembleia Municipal de Almada

em 31/03/2005, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 314/2000, de 2 de Dezembro e publicado em Diário da república, I Série, n.º 185, de 26 de Setembro;

No âmbito desse plano de Pormenor, todos os equipamentos/apoios de praia foram demolidos, sem qualquer compensação/indem-nização para os seus exploradores, alegadamente porque os mesmos iam ser relocalizados;

Assim, ao abrigo desse Plano os equipamentos foram demolidos e relocalizados, num critério muito discutível, atropelando-se equipa-mentos atrás de equipamentos, todos iguais, onde antes havia restaurantes bares e apoios de praia.

A propriedade dos apoios de praia, apesar de pagos pelos conces-sionários, são propriedade da “Costa-polis, SA” ate á sua extinção, sendo que os contratos salvaguardam que após a sua extinção, que foi agora publicamente anunciada, os equi-pamentos os bens que tenham sido afectados á “CostaPolis, SA” serão afectados ao domínio público do Estado.

Pasme-se, ninguém da “Costa-polis, SA” se dignou ainda informar formalmente nenhum dos conces-sionários sobre a dissolução. Mas curiosamente continuam a aceitar as rendas.

Pior, é do conhecimento público os graves erros de projecto, de cons-trução, dos materiais utilizados e até de estrutura da construção dos equi-pamentos, de tal forma que a “Costa-polis, SA” até accionou judicialmente o construtor, contudo, nunca a Costa-Polis aceitou reduzir o preço o que tem levado a um paradigma inul-trapassável:

Os concessionários confron-tados com uma crise económica sem precedentes, com um desinvesti-mento na zona por parte das auto-ridades, onde eles investiram todas as suas economias, sem o terem pedido, porque a isso foram obri-gados, pagam um preço como se estivessem num resort de luxo e estão numa zona que, para não vos chocar, direi apenas que deixa muito a desejar.

A agravar todas estas circuns-tâncias supra descritas, a falta de

areia é um problema fulcral, invia-bilizando o negócio em muitos casos e invernos rigorosos como o dos dois últimos anos, tem levado os empresários para situações de pré-falência, colocando muitos postos de trabalho em jogo.

Uma palavra final para a Câmara Municipal de Almada que depois de muitos anos de uma preocu-pante letargia, foi a primeira enti-dade a receber a nova entidade que representa os concessionários da frente urbana de praia e apresenta-se atenta, interventiva e colabo-rante. Um exemplo a seguir com atenção.

Outras entidades, como a Junta de Freguesia das Costa de Capa-rica ou os diversos partidos polí-ticos têm tentado estar ao corrente das preocupações dos concessio-nários que tudo têm perdido com as vagas do mar e não têm conse-guido trabalhar, mantendo-se os custos fixos, entre eles os orde-nados, mas é necessário o Estado olhar para estes empresários com outra atenção, senão um dia destes é muito tarde…

“Crónica um Café e dois dedos de conversa // Paulo Edson Cunha

Governador Fernando Martins visitou Rotary de Palmela

O GOVERNADOR Rotário do Distrito 1960, Fernando Martins, realizou no último sábado, uma visita oficial ao Rotary Club de Palmela (RCP). Esta foi a sua última visita a um clube do distrito enquanto governador, já que vai terminar o mandato a 30 de Junho.

Na iniciativa, que contou com mais de 50 pessoas, marcaram presença membros do RCP e de outros clubes convidados, bem como o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, o vereador Luís Calha e o presidente da Junta de Freguesia de Palmela, Fernando Baião.

Além do jantar festivo nos Loureiros e de uma visita à nova sede do RCP, houve também uma recepção de boas vindas na Casa Mãe da Rota de Vinhos, pelo edil palmelense.

Fernando Martins, que pertence ao RCP, afirmou que durante o seu mandato tem «unido e procurado resolver os problemas» dos clubes rotários, vincando que o ano rotário foi «calmo e diferente». «Apelei ao espírito de amizade e companhei-rismo entre todos, porque sem isso não conseguiremos fazer nada», vincou, deixando no ar a mensagem de que é fundamental os clubes continuarem a combater a fome e a pobreza na sociedade civil.

António Mendes, do Rotary Club de Almada, vai substituir, partir de 1 de Julho, Fernando Martins no cargo de Governador Rotário do Distrito 1960.

Ministério garante medidas para melhorar saúde no Litoral Alentejano

A COMUNIDADe Intermuni-cipal do Alentejo Litoral (CIMAL) reuniu com o Ministro e dois Secre-tários de Estado da Saúde para exigir melhores condições para os utentes dos concelhos do Litoral Alentejano, nomeadamente a ampliação do serviço de urgên-cias do Hospital e o reforço de profissionais de saúde em várias áreas. De Lisboa os autarcas trou-xeram algumas garantias de que as situações serão analisadas e serão encontradas medidas para resolver os problemas apresen-tados.

Um dos principais pedidos da CIMAL foi o aumento do número de psiquiatras na região atendendo ao «elevados índices de suicídios” nos concelhos de Odemira e de Santiago do Cacém, sendo esta a especialidade onde as necessidades são mais prementes, embora o reforço de profissionais de saúde se estenda a outras valências e especialidades.

Os representantes dos muni-cípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines explicaram também ao ministro Paulo Macedo a neces-sidade de ampliar o serviço de urgências do Hospital do Litoral Alentejano. Em declarações à agência Lusa no final da reunião, Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da CIMAL, diz que os autarcas

receberam garantias de que seriam encontradas soluções e que foram informados de que o processo para a ampliação da urgência hospi-talar está a avançar «no âmbito do próximo pacote financeiro da União Europeia».

Os autarcas propuseram ainda que fossem renovados os contratos de trabalho com os médicos estran-geiros, especialmente cubanos, que prestam serviço no litoral alen-

tejano uma vez que a falta de clínicos ao nível dos cuidados de saúde primários é outro dos problemas dos cinco concelhos do Litoral Alentejano.

A aquisição de uma viatura para a pres

A aquisição de uma viatura para a prestação de cuidados comuni-tários no concelho de Alcácer do

Sal e o facto de o Centro de Saúde de Grândola continuar a funcionar apenas durante 12 horas, ao invés de ter serviço permanente, foram outros assuntos que estiveram sobre a mesa da reunião onde se abordou também o “avolumar” das dívidas dos serviços de saúde às corporações de bombeiros, tendo o ministro reconhecido que tal situ-ação não se pode prolongar, segundo Vítor Proença.

Os problemas com as estruturas de saúde no Litoral Alentejano continuam na ordem do dia

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Sábado // 22 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 7

Pub.

Encontro debate Contratos Locais de Desenvolvimento Social contou com uma centena de técnicos

O MONTIJO recebeu o primeiro encontro de Contrados Locais de Desen-volvimento Social que contou com a participação de cerca de uma centena de técnicos de instituições locais que debateram ques-tões relacionadas com a implementação dos CLDS e a importância destes projectos de intervenção.

O encontro promovido pelo Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social em parceria com a Câmara Municipal de Montijo, o Centro Social de S. Pedro do Afonsoeiro e a Escola Profis-sional de Montijo decorreu nos dias 19 e 20 e contou com uma visita ao território onde vai ser desenvolvido o CLDS “Roda Livre”, um conjunto de workshops e um semi-nário onde participaram vários oradores, técnicos, dirigentes associativos e peritos nacionais.

O seminário contou com a presença da Presidente Nacional do Instituto da Segurança Social, Mariana Ribeiro Ferreira, e da Dire-tora do Centro Distrital de

Setúbal, Maria Clara Birrento, que afirmaram a importância destes projetos de inter-venção territorial assentes em parcerias e dinâmicas locais.

O debate, bastante parti-cipado, assentou em torno da morosidade dos processos de aprovação dos CLDS, que levaram 6 meses a serem concluídos quando a legislação previa 20 dias. Catarina Marcelino, presi-dente do Centro Social de S. Pedro do Afonsoeiro, e Clara Silva, vereadora da câmara do Montijo, foram bastante críticas focando as dificuldades financeiras acarretadas pela morosi-dade do processo e as expec-tativas goradas nas enti-dades parceiras e na comu-nidade.

Nesta segunda geração de Projetos CLDS foram aprovados 101 contratos em todo o país, sendo que quatro deles são no distrito de Setúbal, nos concelhos de Almada, Seixal, Barreiro e Montijo, com um financia-mento de cerca de 1,2 milhões de euros.

Humanitária festeja Carnaval com dois grandes bailes

A SOCIEDADE Filarmó-nica Humanitária, em Palmela, acolhe nos dias 1 e 3 de Março dois grandes Bailes de Carnaval, à seme-lhança dos últimos anos.

Como os resultados de anos anteriores tem sido um «sucesso», segundo nos confidenciou a presidente Maria João Camolas, a Humanitária volta à carga com a animação carnava-lesca. «O resultado tem sido espectacular, com animação até de madrugada ao som de música ao vivo. Vamos ter prémios para as melhores máscaras», sublinha.

A Orquestra da Vila e Jorge Nice prometem muita animação durante os festejos deste ano. Não faltam os concursos de máscaras, infantil e adulto,

bem como a apresentação da escola de samba “Batu-ques do Conde”.

As entradas apresentam vários preços. Os bem mascarados pagam 2 euros e os mal mascarados 5 euros. Os sócios desem-bolsam 4 euros e os não sócios 6 euros.

Iniciativa decorreu no Montijo

Folia a rodos em Palmela

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Michel Ghelderonde em AlmadaESTE SÁBADO, às 21h30, e domingo, às 16 horas, sobe ao palco do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, a peça “O Escurial”, uma das obras mais representadas de Michel Ghelderonde. O nome

“Escurial” alude ao célebre complexo palaciano nos arre-dores de Madrid, onde se passa a acção. Com Dinarte Branco, Tiago Barbosa e Tiago Nogueira no elenco. Mais uma produção de nível nos palcos de Almada.

CULTURA

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Perpétua estreia “Best Of”de revistas populares da casa

“É Pá! Não Pisem o Zé!” é o título da revista popular que a Perpétua Azeitonense

estreia este sábado, às 21h30, pelo seu grupo cénico Perpetuus, para proporcionar momentos divertidos.

Segundo Carlos Zacarias, actor e encenador, o espectáculo pretende provar que «a figura do Zé Povinho é transversal às várias épocas e que as críticas de outrora continuam actuais. Pretende ainda prestar homenagem aos vários autores que escreveram textos para revistas populares da Perpétua, desde os anos 50 do século passado, até à actualidade».

Carlos Zacarias realça que o

novo espectáculo, designado de “Revista das revistas”, pretende, por outro lado, «manter em acti-vidade um grupo cénico composto por 26 pessoas» e, também, pelo facto de ser um registo que «permite incluir todos os novos actores».

Para o mentor do espectáculo, é sempre um «desafio encenar uma revista deste género, não só pelo número de participantes, mas pela complexidade ao nível da mudança de cenas. Basta salientar que terá cerca de 500 peças de guarda-roupa e adereços».

Em palco vão estar 26 actores, seis bailarinas e seis cantores. O

espectáculo conta ainda com a participação da orquestra da colec-tividade, composta por 18 músicos.

“É Pá! Não Pisem o Zé!” volta a subir ao palco da Perpétua no dia 8 de Março, havendo, depois, outros espectáculos, se assim o público o desejar. 8 euros é o preço dos ingressos.

As próximas apostas da Perpétua passam por um musical baseado na obra de Sebastião da Gama e por um outro espectáculo à base de poesia e fado. «Vão ser apostas construídas de raiz, pelo que vão demorar algum tempo a montar», sublinha Carlos Zacarias.

António Luís

O melhor das revistas populares da Perpétua é relembrado sob a batuta de Carlos Zacarias. Animar a população e reactivar o grupo cénico são os objectivos do azeitonense

500 peças de guarda-roupa em palco

Carlos Zacarias, ao centro, durante a apoteose de uma revista popular

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Toy esgotou Forum Luísa Todi para gravar DVD “Um Amor Especial”

O CANTOR setubalense Toy viveu um fim-de-semana especial, com muitos convidados, no Forum Luísa Todi, em Setúbal, nos dias 7 e 8 de Fevereiro. O cantor do programa “A Tua Cara Não Me É Estranha”, da TVI, deu dois concertos, com casa esgotada, sendo que o de sábado foi gravado para uma edição especial em DVD, em Maio, com o título “Um Amor Especial”.

Toy viajou pelos grandes êxitos da sua carreira, como “Aguenta-te com esta”, “Estupidamente Apai-xonado” e “Rosa Negra”, e relem-brou as suas interpretações no programa de imitações da TVI “A Tua Cara Não Me É Estranha”, onde brilhou com temas de Bob Marley e Joe Cocker.

O actor Ruy de Carvalho, os

cantores Leandro e José Reza, Nélson Rosado, dos Anjos, a dupla Ricardo e Henrique, a taróloga Maya e o treinador Bruno Paixão, foram alguns dos convidados do cantor no Forum Luísa Todi, que

canta há mais de 25 anos. Toy fez ao Semmais mostrou-

se «muito feliz» pela boa recepti-vidade do público aos seus dois concertos, que visaram «colocar Setúbal no mapa dos grandes concertos». Toy ficou impressio-nado com o apoio do pai, da mulher Daniela, do filho e dos amigos, que marcaram presença nos concertos. «Foram dois grandes momentos, sei que veio gente de vários pontos do País e o esforço do público ter pago para me ouvir cantar em Setúbal deixou-me impressio-nado», confessou Toy.

O cantor confessou que gostava, um dia, de realizar um grande concerto com uma orquestra sinfó-nica e com convidados interna-cionais, de preferência na Austrália, Canadá ou Estados Unidos.

Toy reuniu vários amigos

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Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€)Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

OS NOSSOS PRATOS DO DIA (TERÇA A SEXTA)

SOPA DA PEDRA(terça feira)

ARROZ DE PATO(quarta feira)

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

Esta sexta comemorou-se o Dia dos Namorados ao som de João da Ilha Versons Duo.

COZIDO À PORTUGUESA (quinta feira)

FEIJOADA À TRANSMONTANA

(sexta feira)

INFORMAMOS QUE A SOPA DA PEDRA IRÁ ESTAR A VOSSO DISPOR AOS FINS DE SEMANA.

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Cartaz...

22Sáb

ado

Em véspera de comemorar 20 anos de carreira, e 5 anos depois da última aparição pública enquanto banda, a Ala dos Namorados regressa com “Razão de Ser”, um disco que revisita os grandes temas da carreira do grupo e que conta com diversas colaborações de cantores.Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

O regresso da Ala dos Namorados

Carlos Zacarias, ao centro, durante a apoteose de uma revista popular

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, romântica e musical de Fernando Gomes, continua em cena, com grande êxito, no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local ArteViva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casamento”. No triân-gulo amoroso desta novela reencontramos as demissões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Este espectá-culo protagonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, vive sobretudo da sátira política e social, não esquecendo os cenários e os figurinos de luxo. Divirta-se e assista a um espectáculo de luxo.

“Grande Revista”

A música eterna das grandes óperas! Alguns dos mais famosos e belos trechos das mais conhecidas óperas mundiais. Participam dois cantores líricos, seleccionados de entre os

melhores cantores operáticos portugueses. Uma verdadeira festa da música, do agrado da generalidade do público, habituado, aliás, aos grandes concertos do género que a televisão divulga.. Auditório António Chaínho, S. Cacém | 21h30

“Lusitânia Expresso” é uma viagem no tempo às várias paisagens estilísticas e um roteiro de homenagem aos nomes consagrados, não esquecendo os novos valores. Deixe-se guiar pela voz de David Ripado à boleia do piano de Nuno Louro e siga. Entrada livre. Casino de Tróia | 23h30.

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ado Viagem musical de Ripado

“Vamos lá então perceber as mulheres. Mas só um bocadinho…”, com Marta Gautier, é uma comédia, em forma de monólogo, que fala de uma viagem ao interior do mundo das mulheres e das suas inquietações, desde a adolescência à idade adulta, passando pela maternidade e as relações com os homens. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo |21h30.

22Sáb

adoComédia sobre mulheres

22Sába

do Gala de Ópera

em terras alentejanas

A Companhia de Dança Contemporânea de Évora apresenta o bailado “Romeu Julieta – Encontro, Desencontro”, com bilhetes a 6,09 euros. Gonçalo Lobato e Nélia Pinheiro são os bailarinos de serviço. Forum José M. Figueiredo, Baixa da Banheira | 21h30.

22Sáb

adoBailado romântico

para todos

FRANCISCO Valentim (45 anos, Alandroal), Joana Lança (16, Setúbal), Maria Ferreirinha, (55, Grândola), Raul Fernandes (34, C. de Caparica), Marília Pais (26, Setúbal) e André Gomes (24, Sintra) são os finalistas do 6.º Concurso de Fado Amador de Setúbal, que sobe ao palco da Capricho Setu-balense, este sábado, às 20 horas, depois de duas semifinais.

Dos 18 fadistas seleccionados para as semifinais estão encon-trados os seis que participam na gala final, que inclui jantar, a partir das 20 horas, e em que os artistas começam a actuar às 22 horas.

Os bilhetes para a gala final custam 13,50 euros, com jantar incluído. As entradas são adqui-ridas mediante reserva na Capricho Setubalense.

O concurso é organizado pelo município, em parceria com a Capricho Setubalense, e conta com os apoios da Fundação Buehler-Brockhaus, do Hotel do Sado, da Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, da empresa Gasvari e da Rádio Amália, que se associa ao evento como media partner. Joana Amendoeira é a convidada especial

Capricho Setubalense canta o fado

Dança para bebés estreia em Palmela O CINETEATRO S. João, em

Palmela, é palco, este sábado e domingo, da estreia de “Tarará-chim!” – dança e música para bebés, numa produção Passos e Compassos, com o apoio do muni-cípio local.

Trata-se da 7.ª criação da DançArte, companhia residente no Teatro S. João, e da Ária da Música para este público. O espec-táculo conjuga dança, música e outras artes, num contexto pensado ao pormenor, onde a luz, o som, o cenário e a imagem se interligam para estimular os bebés,

apelando à partilha e à interacção com os intérpretes e os acompa-nhantes. Com o objectivo de criar

novos públicos, desde tenra idade, a proposta estabelece, também, hábitos culturais para toda a família.

“Tarará-chim!” estará em cena no sábado, às 15h30 e às 16h30, e no domingo, às 11 e às 12 horas, e destina-se a bebés com idades compreendidas entre os 0 e os 36 meses, e respectivos acompa-nhantes. A lotação é limitada a 20 bebés por sessão e as entradas têm o valor de 5 euros para o bebé e um acompanhante, e 5 euros para cada um dos restantes acompa-nhantes, na plateia.

Produção de Passos e Compassos

Filipe La Féria continua a apre-sentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da lite-ratura de aventuras.Nesta nova viagem de Filipe La Féria ao imaginário mundo dos heróis da literatura de aventuras, o director artístico do Politeama aposta no mítico Príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-da-lei. Este espectá-culo é representado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

“Robin dos Bosques” para miúdos e graúdos

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PS Sesimbra discute temas quentes Arrábida na agenda do PCP

A concelhia do de Sesimbra vai realizar, quarta-feira, um “Encontro ao Pôr do Sol”,pelas 18h30, para dar a conhecer o programa de acção política para os próximos 4 anos de mandato da concelhia. Os socialistas vão

abordar temas como a gestão financeira do município e o seu impacto no estado social do concelho, as pescas, os problemas do tribunal, as rela-ções com a oposição, entre outros assuntos.

O Grupo Parlamentar do PCP, que reuniu em Setúbal as suas jornadas parlamen-tares, abordou a questão da Candidatura da Arrábida a Património Mundial. Respon-sáveis da Associação dos

Municípios da Região de Setúbal garantiram aos depu-tados que qualquer que seja a decisão internacional, o movimento já «gerou uma dinâmica imparável» junto da comunidade.

POLÍTICA

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Maioria chumba proposta socialista de orçamento participativo

OS VEREADORES do Partido Socialista na câmara de Setúbal apresentaram, na última reunião de câmara, uma proposta de orça-mento participativo onde defen-diam que 500 mil euros do orça-mento de 2015 fossem aplicados em projectos cuja decisão passaria pelos munícipes e que seriam criados de forma a adequarem-se às suas necessidades e expecta-tivas. A proposta que contou com o voto favorável do vereador da coligação PSD-CDS acabou por ser chumbada pela maioria.

Os eleitos socialistas consi-deram que este tipo de orçamentos «incentivam o diálogo entre eleitos e população e contribuem para uma maior educação e participação cívica» e acreditam que esta seria também um contributo para a dimi-nuição das taxas de abstenção.

A proposta foi amplamente discutida com socialistas e comu-nistas a esgrimirem argumentos. A maioria considera que as expe-riências desenvolvidas pelo execu-tivo, nos últimos anos, em inicia-tivas como “Ouvir a população, construir o futuro” que percorreu, ao longo de vários meses, as fregue-sias do concelho, detectando e resolvendo problemas, são mais eficazes do que a proposta socia-lista. Os projectos “Setúbal mais bonita” e “Nosso Bairro, Nossa Cidade” levados a cabo pela autar-quia no último mandato foram outros exemplos apresentados

pelo executivo e cujos valores orça-mentais superam largamente o meio milhão de euros e que por isso tornam redutora a proposta apresentada pelo PS.

Em declarações ao SEMMAIS, o vereador socialista Paulo Lopes assegura que a proposta apresen-tada não tinha como objectivo substituir nenhum dos projectos criados pelo executivo, mas sim complementá-los. «Não conse-guimos compreender o argumento de que ao criarmos um espaço onde o cidadão possa intervir, votando num projecto proposto pela própria comunidade, possa ser um retrocesso», disse ao mesmo tempo que lamentou o voto contra da maioria e a invia-bilização da proposta.

Seguro defende porto Sines intercontinental

António José Seguro defendeu, em Setúbal, que os gover-nantes portugueses deve-

riam dar maior importância aos recursos do mar assumindo que essa deveria ser uma prioridade. O líder socialista, que falou no encer-ramento da conferência distrital sobre “Conhecimento e Economia do Mar” no âmbito da convenção

“Novo rumo para Portugal”, consi-dera que o porto de Sines tem poten-cial desaproveitado e que poderia tornar-se numa grande plataforma logística intercontinental.

Para o líder da oposição é preciso «ligar Sines ao mundo, por via marítima, e ligar Sines à Europa pela via ferroviária» passando do discurso à acção até porque, consi-dera, que a disponibilidade de fundos comunitários para breve pode ser a alavanca necessária a essa projecção. «Vêm aí fundos comunitários. É necessário olhar para Sines de uma forma integrada e é necessário que Sines ajude ao desenvolvimento da economia e à criação de emprego», disse recor-dando que o alargamento do canal do Panamá abre novas oportuni-dades aquele porto do Litoral Alen-

tejano. António José Seguro quer que o porto de Sines seja um espaço onde se possam instalar empresas para além de um porto de conten-tores de onde entram e saem merca-dorias.

Assumindo a importância dos recursos do mar para a economia nacional, o líder do PS quer ver esta área potenciada não só ao nível da actividade portuária, mas também em outras vertentes como «as pescas, o turismo, o transporte de mercadorias, a construção e reparação naval ou as energias renováveis que têm uma impor-tância fundamental» para além do «potencial que advém da biodi-versidade que existe no nosso mar e dos recursos vivos, minerais e energéticos que devem ser explo-rados».

Bruno Vitorino quer Barreiro a cooperar com Baía do TejoO VEREADOR do PSD, Bruno

Vitorino, defende que o município do Barreiro deve ser parceiro da visão estratégica para a atracção de empresas e captação de investimento privado para o concelho, apresen-tando um estudo onde defina os seus contributos que vise políticas atrac-tivas para o investimento.

Numa moção apresentada esta semana em sessão de câmara, que

foi aprovada por unanimidade, o político recorda que o Parque Empre-sarial do Barreiro tem sido alvo de investimentos significativos.

«A sua imagem tem vindo a ser alterada e modernizada progressi-vamente, existindo diversos projectos de investimento para a melhoria de infraestruturas, através de obras em curso e de obras a lançar, havendo uma maior abertura à Cidade do

Barreiro, e tornando-o mais atrac-tivo para pessoas e empresas», sublinha.

Bruno Vitorino lembra que no dia 31 de Janeiro foi inaugurado o Business Center da Baía do Tejo, que é um espaço totalmente inovador no concelho do Barreiro e que vai permitir o apoio concreto a empresas recém-criadas ou a pequenas empresas, com possibilidade de

trabalho em regime de co-working.«Esta administração da Baía do

Tejo deu um novo impulso à requa-lificação e à recuperação ambiental e urbana e trabalhou no sentido de dar um novo impulso à promoção e sustentabilidade do Parque empre-sarial, apostou no desenvolvimento económico em detrimento da aposta no sector imobiliário habitacional», refere.

O líder do PS quer dar mais peso à plataforma portuária de Sines, que quer «ligar ao mundo», via marítima, e à Europa, via ferroviária.

O líder do PS esteve em Setúbal na conferência distrital sobre “Conhecimento e Economia do Mar”

Líder do PS quer país a apostar no cluster marítimo

Dores Meira

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Judoca sadino vence em França Volkswagen em Sochi

Guilherme Souza, judoca do Vitória de Setúbal, venceu a “Coupe Interna-cionale de Capbreton” para juvenis que teve lugar em França. O atleta derrotou judocas franceses e espa-

nhóis na categoria de -42 kgs. Entretanto, Ana Cachola, lesionou-se num joelho durante um treino no estágio e pode compro-meter a qualificação para os Jogos Olímpicos.

A Volkswagen patrocina oito atletas de seis países nos Jogos Olímpicos de inverno que se realizam, até ao final do mês, em Sochi, Russia, segundo nota enviada pela Autoeuropa, empresa sediada em Palmela.

“Ganha a amizade” é o nome da campanha da marca, que tem por objetivo mostrar ao mundo, através de vídeos diários no youtube, como é viver o sonho olímpico junto do melhor amigo.

DESPORTO

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Como o tempo passa! Esta banal exclamação, tantas vezes repetida, tem que ver com o que desejamos relembrar sobre a bem curiosa figura de Vagner, um brasileiro-lusitano, de há muito popularizado em Setúbal.

Há perto de 50 anos o Leixões, de Matosinhos, estava na ribalta do futebol caseiro.

Uma formação denominada dos “bébés”, muito talentosa fez época com os bem lembrados irmãos Horácio e Chico Faria, o habilidoso Praia, os alegres Cacheira e Nicolau Vaqueiro e o “central” Raul que viria a “botar figura” no Benfica lisboeta.

Para reforço dessa boa equipa leixonense, o Clube encontrou no Brasil três jovens jogadores, prati-camente desconhecidos, que se integraram facilmente nos desíg-nios competitivos das gentes de Matosinhos. Desse “triunvirato” bem cedo se destacou o poliva-lente Vagner, médio ala ou avan-çado, de longa simpatia pessoal, estabelecendo relacionamentos muito afáveis com toda a natura-lidade,

Foi assim nas cercanias do Douro e viria a ser de igual modo do Sado.

De facto, Vagner rumou a Setúbal após algumas boas tempo-radas no Leixões e “pegou de estaca”, como se costuma dizer, integrando uma equipa Sadina que fez história, sob as “batutas” de Fernando Vaz e José Maria Pedroto.

Fixando-se como interior direito, como então se dizia, Vagner era um bom municiador do “arti-lheiro” Guerreiro, fazendo ala com o hábil angolano José Maria numa equipa “capitaneada” por Carlos

Cardoso, figura histórica do Vitória. Nesse “onze” base dos anos 60 destacaram-se também o médio-ala Carriço, (campeão europeu junior, em 1961) e o inesquecível J.J. – Jacinto João- de rara habi-lidade e permanente fulgor.

Mas voltemos ao brasileiro Vagner.

Muito peculiar nas suas meri-tórias actuações, Vagner durou bastante tempo e, a pouco e pouco, tornou-se um convicto cidadão setubalense. Fez-se comerciante citadino, de parceria com sua mulher, e acedeu ao convite para treinar os mais jovens, desde os infantis, fazendo uso da sua muito apreciada simpatia pessoal.

Enquanto treinador e conse-lheiro da arraia miúda, Vagner tem comentado a sua especial condição de luso-brasileiro, primando pela modéstia e ilhaneza de conduta.

Os valores sadinos saídos das camadas jovens do Vitória, tais como Frederico Venâncio, Kiko, Moisés, Horta, Vezo, Lourenço e Hassan, entre outros, preservam de “mister” Vagner uma lembrança muito positiva.

Sempre que vamos até ao Bonfim e reencontramos Vagner acentuamos o nosso apreço e justi-ficada estima para com um bom profissional de futebol.

Esta nossa crónica de certeza surpreenderá e muito agradará ao ex-leixonense que fez carreira em Setúbal.

Terminamo-la com os votos de longa vida e manutenção de bom feitio para o cidadão Vagner Canotilho, talvez saudoso do seu Brasil mas muito bem aceite e feliz em Setúbal.

Para o Vagner- aquele abraço!

David SequerraColaborador

Vagner – de “adaptado”a “adoptado” cidadão setubalense

Fernando Oliveira demite-secontra críticas de má gestão

A direcção do V. Setúbal apre-sentou, na quinta-feira, a sua demissão. Esta é a reacção

ao grupo de sócios liderado pelo ex-dirigente Júlio Adrião, que acusa o líder Fernando Oliveira de má gestão.

«Chega de tanta mentira. Estes sócios, como o Vitória está no bom rumo, querem ganhar protago-nismo», desabafa o líder demis-sionário, que acrescenta que os contestatários só têm divulgado «números errados». De facto, «não sei o que os move para dizerem tantas mentiras. Cabe aos sócios classificar estas manobras».

Fernando Oliveira apela para que Júlio Adrião clarifique agora todas as críticas que tem feito publi-camente. «Se querem tanto ir para a direcção que apresentem agora o seu projecto, os recursos finan-ceiros que têm e quem vai assumir as responsabilidades», sublinhou

Fernando Oliveira.«Estão a enxovalhar-me, à

minha família e ao Vitória. Não tolero isso. A única maneira de clarificarmos isto é irmos para elei-ções», justificou Fernando Oliveira, que não confirma se se recandi-data.

O médico Júlio Adrião ameaçou no dia 15, em conferência de imprensa, num hotel de Setúbal, recorrer à via judicial para exigir a assembleia-geral requerida por uma centena de sócios, se o presi-dente do respectivo órgão não fizesse a convocatória nos próximos dias.

O clínico, que acusa Fernando Oliveira de «má gestão», considera ser a altura ideal para derrubar a direcção, sob pena de haver uma má gestão de todas as verbas que estavam penhoradas e que voltaram a estar disponíveis para o clube, graças à aprovação do PER.

Júlio Adrião, que já se assumiu como candidato à presidência, garante que a direcção de Oliveira se tem limitado a adiar os problemas e o pagamento das dívidas, o que terá tido como conse-quência um agravamento do passivo do clube em 6 milhões de euros nos últimos cinco anos.

O presidente do Vitória bateu com a porta após as críticas dos opositores à sua liderança. Mas já anunciou que vai a votos de novo.

Atleta do Vitória vence Corta-Mato

RITA Ribeiro, atleta juvenil do Vitória de Setúbal, foi a vencedora destacada e isolada do Corta-Mato Regional Escolar, realizado na quarta-feira, no Parque da Paz, Almada, e onde participaram centenas de atletas.

Entre mais de 300 atletas no seu escalão, Rita Ribeiro isolou-se logo à partida para a prova de 3 mil metros e terminou o percurso com grande avanço sobre a segunda classificada.

A jovem meio-fundista do Bonfim, que enveredou pelo atletismo há menos de um ano após ter praticado natação durante alguns anos, tem conseguido excelentes resultados nas provas de 800 e 1500 metros em pista, aos quais se juntaram esta época boas prestações em corta-mato.

Peace Run passa por Palmela e Setúbal

A PEACE Run, uma corrida de estafetas internacional que promove a paz, a amizade e a harmonia, passa por Palmela e Setúbal, este sábado à tarde. Às 14 horas a Tocha da Paz é entregue ao presidente da câmara de Palmela, Álvaro Amaro, e depois de um encontro com os jovens da “Questão de Equilíbrio – Asso-ciação de Educação e Inserção de Jovens”, parceiro local do evento, segue para Setúbal onde deverá chegar por volta das 15 horas. Na capital do Sado, uma equipa de quinze atletas inter-nacionais junta-se a desportistas locais e, após um percurso de cerca de cinco quilómetros, faz uma paragem na Praça do Bocage onde os corredores serão rece-

bidos por Maria das Dores Meira. A Peace Run, que este ano

começou o seu percurso em Portugal, passou por Lisboa, Barreiro e Seixal e segue depois para Grândola, Santiago do Cacém e alguns concelhos do Algarve.

On pe ad maio mo blaborist volu

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António Luís

Líder vitoriano cansou-se dos ataques constantes desferidos pela oposição

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Vinhos Barrosinha mudam imagem ENA e a Certificação energética

A nova imagem dos vinhos da Herdade da Barrosinha é apresentada este fim-de-semana, para assinalar o lançamento no mercado dos novos vinhos branco e rosé, colheita de 2013. Localizada

a dois quilómetros de Alcácer do Sal, esta herdade convida ao descanso e à contem-plação da natureza. A propriedade situa-se à beira do Sado, a pouca distância das praias da Comporta.

Promovida pela ENA, decorreu no dia 18, em Setúbal, a sessão “Certificação energética de edifícios e produtos”. A sessão abordou a importância da nova regulamentação deste sistema, uma vez que os edifí-

cios são responsáveis pelo consumo de cerca de 40 por cento da energia final na Europa e melhorar o seu desempenho energético é um factor chave para a sustenta-bilidade energética.

NEGÓCIOS

Sábado //22 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Makro de Palmela na vanguarda de melhor servir o cliente comemora 23 anos de vida

A loja Makro de Palmela está a celebrar os 23 anos de actividade na região. Este

fim-de-semana vai haver festa rija com descontos, ofertas e animações para os clientes. Desde 2010 aos tempos de hoje, a Makro evoluiu de tal forma que o centro das aten-ções é o cliente e não o produto armazenado em altas prateleiras.

Mário Campos, director de loja, faz um balanço «positivo» dos 23 anos da Makro de Palmela, que está localizada em zona «muito central». Tendo como lema ‘servir o cliente com qualidade e diver-sidade’, a Makro de Palmela destina-se sobretudo ao cliente dos cafés/restaurantes e do retalho alimentar.

O director destaca o Centro de Aconselhamento Profissional da Makro, que visa explicar ao cliente a melhor utilização, custo e renta-bilidade dos produtos. «Queremos prestar mais atenção ao cliente,

saber o que ele necessita, tentar responder às suas necessidades e adaptar a estrutura do cliente em particular. Esta é a grande dife-rença entre a Makro e os outros operadores de mercado», vinca, acrescentando que este tratamento pessoal conseguiu recuperar muitos clientes perdidos.

De salientar também a zona de “Poupança Máxima”, onde 35 produtos básicos por semana fazem toda a diferença em termos de

preços. «Temos o melhor preço de mercado, batemos toda a concor-rência. Estes produtos são apenas divulgados na loja. Os clientes aper-cebem-se que a visita semanal à Makro voltou a ser uma rotina, mesmo em período de crise».

Entrega aos clientes tem vindo a ganhar força

O serviço de entrega aos clientes, que desde 2012 tem

vindo a ganhar mais força na Makro, vem corresponder à necessidade dos clientes. «Estamos a apostar no mercado de distribuição porta-a-porta, com uma equipa de vendas na rua, que também apresenta solu-ções e aconselha, desde Almada ao Alentejo».

Na Makro Palmela também é possível comprar legumes frescos previamente prepa-rados. São os chamados

Produtos de 4.ª Gama que proporcionam ao cliente a «máxima rentabilidade».

A partir do dia 25, e durante um mês, irá decorrer uma Feira de Hotelaria na Makro de Palmela, com demonstrações de produtos diários. Uma campanha do Mundial de Futebol também será uma realidade lá mais para o Verão. Em Setembro será festejado o 50.º aniversário do grupo Metro, que gere a Mako.

Novo conceito operacional facilita clientes

A Makro de Palmela dá emprego a 122 trabalhadores (79 mulheres e 43 homens), a sua maioria residente em Setúbal. Desde 2012 que foi introduzida nas lojas Makro um novo conceito operacional dos espaços orientado para a lógica de consumo, de forma a melhor satisfazer as neces-sidades dos clientes, de uma maneira mais rápida e organi-zada. Na área da Responsabi-lidade Social, a loja de Palmela colabora regularmente com o Banco Alimentar Contra a Fome.

A Makro de Palmela está a celebrar 23 anos de actividade na região. Este fim-de-semana prepara uma festa rija para os comemorar. E há novidades na forja.

Mário Campos, director de loja, faz um balanço positivo destes vinte e três de actividade da marca em Palmela

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Obras do Terminal XXI do Porto de Sines arrancam em força até ao final do ano

AS OBRAS de expansão do Terminal de Contentores de Sines (TXXI) iniciadas em Janeiro deste ano, que irá aumentar a capaci-dade desta zona operacional de 1,1 para 1,7 milhões de TEU por ano, estão agora numa fase acele-rada.

Trata-se de um investimento de 89 milhões de euros, corres-pondente à fase 2, que vai proceder a um aumento do cais da ordem dos 210 metros, passando dos actuais 730 para um total de 940 metros de extensão.

Nesta fase, segundo o caderno de encargos, serão instalados três novos pórticos de cais super

post-panamax, com capacidade para movimentar 24 fiadas de contentores a bordo de navios de última geração de 18.000 e 19.000 TEU. O cais ficará também preparado para operar em simul-tâneo dois destes navios de maior porte, uma vez que a nova extensão comportará dois navios de 400 metros cada e nove pórticos no total.

Mais conjuntos tractor/trailer e novas gruas

O parque será igualmente ampliado para uma área de 36,4 hectares e ficará equipado com mais 28 conjuntos de tractor/

Trailer e mais 11 gruas, atingindo um total de 64 conjuntos tractor/trailer e 26 gruas de parque.

Esta fase deverá estar termi-nada no final do corrente ano, sendo disponibilizadas gradu-

almente para operação ainda durante a construção, sendo que, segundo os planos de inter-venção, os três novos pórticos de cais deverão ser já entregues durante este Verão.

Novos pórticos vão permitir uma maior e simultânea operacionalidade

Multiópticas regressaa Sines

A Multiópticas inaugurou, este mês, mais uma loja em regime de franchising, em Sines, a quarta de Brígida e Carlos Pita, num evento que contou com a participação de Ricardo Guedes. Sobre a parceria com a marca número 1 em serviços ópticos, o casal salienta «a grande diversidade de produtos de marcas ao melhor preço, os frequentes acordos com empresas e as campanhas de marketing, sempre atractivas», sem esquecer «as consultas de optometria e contactologia gratuitas ao público».

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Baía do Tejo dá a conhecer trabalho no terreno às tutelas regionais

CASTRO Almeida, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, e Eduardo Henriques, presidente da CCDR LVT, foram recebidos recentemente pela admi-nistração da Baía do Tejo para visita aos territórios e reunião de trabalho conjunta com os presidentes dos municípios do Barreiro e Seixal.

Entre os vários temas da reunião, esteve em análise o próximo Quadro Comunitário de Apoio e a importância da afectação de verbas para os territórios da Baía do Tejo, nomeadamente aqueles que vão permitir conti-nuar a eliminação dos passivos ambientais históricos e a requali-ficação ambiental no Arco Ribei-rinho Sul.

Tal como assumido recente-mente pela administração da Baía do Tejo e reconhecido pelos presi-dentes das Câmaras envolvidas, a continuidade da descontaminação dos solos nos territórios dos Parques Empresariais que a Baía do Tejo tem assegurado é de

«extrema importância». Esta é uma ferramenta «fundamental» para a valorização dos territórios que lhes confere «maior competitividade e permite a sua devolução às popu-lações e a possibilidade de novos

usos para os mesmos».A reunião que teve lugar na sede

da Baía do Tejo, e em que se discu-tiram as prioridades de intervenção nos seus territórios, foi seguida de visita aos parques empresariais

de Barreiro e Seixal. Castro Almeida reconheceu o grande potencial do Arco Ribeirinho Sul como «alavanca de desenvolvimento regional e nacional».

A Baía do Tejo tem a cargo a exploração de parques empresa-riais do Barreiro, Seixal e Estar-reja e a valorização dos territórios em que está presente através de instrumentos de requalificação e ordenamento, na sequência das atribuições de Desenvolvimento da Estratégia Arco Ribeirinho Sul.

Pub.

Comitiva teve reunião de trabalho

O membro do Governo ficou agradado com o plano da Baia do Tejo

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Portucel já o segundo maior exportador de Portugal

O grupo Portucel Soporcel tornou-se, em 2013, o segundo maior exportador em Portugal, tendo vendido pasta e papel no valor de 1 215 milhões de euros para 118 países nos cinco continentes.

Segundo dados divulgados pelo INE, o grupo foi respon-sável pela segunda fatia mais significativa das exportações nacionais de bens, tendo atin-gido o primeiro lugar na expor-tação de papel e pasta de papel, que no ano passado totalizou 1 703 milhões de euros. O grupo assume-se também como o exportador nacional que clara-mente gera o maior Valor Acrescentado Nacional, pelo facto de os recursos que o grupo usa serem maioritaria-mente produzidos em Portugal e adquiridos a empresas de todos os sectores do tecido económico nacional.

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Montaria ao javali na Barrosinha Feira da Ladra em Grândola

Este sábado, a Herdade da Barrosinha, em Alcácer do Sal, acolhe uma montaria ibérica ao javali, que envolve cerca de cem parti-cipantes portugueses e espanhóis. A montaria, que

está a gerar grande expec-tativa, decorre numa área cercada com cerca de 340 hectares, onde nunca foi efectuado este sistema de caça, desde que foi vedado para este efeito, em 2002.

A tradicional Feira da Ladra de Grândola decorre este sábado, dia 22 de Fevereiro, a partir das 9 horas, no Largo Catarina Eufémia, em frente aos CTT. É uma exce-lente oportunidade para

quem quiser vender o que tem a mais em casa ou vender o seu artesanato. Quem quiser participar basta aparecer com as suas ‘tralhas’. Não é necessária inscrição prévia.

LOCAL

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Os dois contractos de emprei-tada para a construção do Sistema Intercetor de Alcácer

do Sal – Fase 3, que vai transportar as águas residuais até à nova ETAR norte, e a construção do Sistema de Adução de água, que visa melhorar o abastecimento de água à popu-lação, foram assinados no dia 20

no Salão Nobre do município.A primeira empreitada vai fazer

chegar as águas residuais do sul da cidade à nova ETAR de Pinhal do Concelho. O sistema terá início na Estação Elevatória que vai ser construída por trás do quartel dos Bombeiros Mistos, compreendendo a construção de mais duas esta-ções elevatórias. Adjudicada à Tomás de Oliveira S.A por 1.594.866,50 euros, a obra, finan-ciada em 70 por cento pelo QREN, arranca em Março.

Também em Março, a Oliveiras S.A dará início à 1.ª fase da emprei-tada do Sistema do Alentejo Litoral Norte – Adução a Alcácer do Sal. Adjudicada por 972 mil euros e com comparticipação de 70 por cento pelo QREN, a obra visa aumentar

a garantia de abastecimento de água à cidade através da realização de duas novas captações subter-râneas na Ameira, sendo que o transporte da água até ao reser-vatório do Laranjal ocorrerá através de uma nova conduta elevatória. As células e câmara de manobras deste reservatório vão ainda ser remodeladas e será instalada uma nova célula de mil metros cúbicos.

Para o presidente Victor

Proença, trata-se de investimentos de «incalculável valor» para o desenvolvimento do concelho. O edil alcacerense desejou que «as obras decorram dentro dos prazos previstos e sem grande impacto na população». Também o presi-dente da Águas Públicas do Alen-tejo, Marques Ferreira, apelou aos empreiteiros para «apoiarem a economia local, através da criação de postos de trabalho».

FACE à grande procura e ao aumento de receitas, os Trans-portes Colectivos do Barreiro (TCB) vão prolongar, até ao dia 31 de Maio, a campanha destinada a clientes utilizadores do Passe Jovem, que consiste na atribuição de um voucher, não acumulável, no valor unitário de 5,50 euros por cada aquisição/carregamento do título TCB Jovem.

Durante Outubro a Dezembro de 2013, foram vendidos em média 650 títulos Passe Jovem mensal-mente, o que comparativamente com igual período de 2012, com uma média mensal de 409 títulos vendidos, significa um aumento de 58,9 por cento de utentes.

Em termos financeiros, passou-se de uma receita de 9.775,00 euros mensais durante este período, para uma receita bruta de 15.535,00 euros mensais durante períodos homólogos, o que representa um aumento de receita de 58,9 por cento.

Dos passes sociais TCB 30 dias, transferiram-se 126 passageiros para o passe jovem, representando uma perda de receita de 4013,10

euros, compensada pelo ganho de passageiros que não utilizavam os TCB e passaram a comprar o título Jovem, com um aumento de receita mensal médio de 5.760 euros.

Desta forma, conclui-se que os TCB aumentaram o número de passageiros transportados e as suas receitas, mantendo a sua responsabilidade social no trans-porte público dos estudantes.

Alcácer melhora abastecimento de água à população

TCB prolongam passe jovem no Barreiro

Moita reclama obras no Centro de Saúde de Alhos Vedros

Sopas atraem mais de mila Santiago

Palmela discute taxas de urbanização

A construção do Interceptor de Alcácer e do Sistema do Alentejo Litoral Norte, com adução no concelho, vão permitir mais qualidade da água aos municípes.

O PRESIDENTE da Câmara da Moita, Rui Garcia, reclama urgência nas obras de requalificação no Centro de Saúde de Alhos Vedros, cujos atrasos representam um claro prejuízo para as condições do serviço prestado às populações.

O edil alerta ainda para a falta de médicos de clínica geral no concelho, para fazer face aos cerca de 2 600 utentes sem médico família, bem como a falta de enfer-meiros, com prejuízo para a pres-tação dos cuidados domiciliários.

As obras de requalificação naquela unidade de saúde têm sido uma promessa dos sucessivos governos, cuja concretização continua a não sair do papel, pelo que o autarca assegurou que tudo será feito junto do Ministério da Saúde para que os utentes e profis-sionais não «esperem mais oito anos (tempo que duram as promessas) para ver o seu Centro de Saúde com as condições neces-sárias à prestação de um serviço público de saúde de qualidade», desabafa Rui Garcia.

O II Festival de Sopas foi sucesso, com mais de 2 100 sopas servidas nos pavilhões de feiras e exposições em Santiago do Cacém. O evento, organizado pela paró-quia de Santiago e pelos escuteiros, juntou mais de um milhar de pessoas, o dobro do ano passado. «Estávamos dependentes do tempo, pois tinha sido uma semana bastante agreste», recorda Pedro Guimarães, pároco de Santiago do Cacém. O S. Pedro foi um fiel aliado da organização e «acabou por correr muito bem. Tal como no ano passado, superámos e muito as expectativas criadas».

Pedro Guimarães diz que foram servidas «mais de 2 100 sopas», entre 29 variedades disponíveis, nunca esquecendo os objectivos centrais do festival, que passam «pelo convívio, pela interacção entre todos, a nível social, cultural e religioso». O pároco mostra-se cauteloso quanto a um futuro alar-gamento do evento, mas reconhece que houve grandes progressos entre a 1.ª e a 2.ª edição.

O MUNICÍPIO promove, no dia 24, às 21 horas, na biblioteca de Palmela, uma reunião para discussão do Regulamento e Tabela de Taxas Municipais e do Regulamento de Urbanização e Edificação do Muni-cípio. Depois do encontro com as associações e comissões adminis-trativas das Áreas Urbanas de Génese Ilegal do concelho, no dia 13, a reunião vai apresentar aos empre-sários e profissionais do sector da construção civil as alterações intro-duzidas nestes documentos e promover a participação e a partilha de ideias, no âmbito da política de participação e cidadania.

Grândola assinala mês da juventude

UMA VASTA programação que reflecte os valores de Abril marca o Mês da Juven-tude em Grândola. Em Março haverá espectáculos, dança, desporto, cinema, ciência, exposições, debates e campa-nhas de sensibilização, numa organização do município em parceria com as Juntas de Freguesia, o movimento asso-ciativo e a juventude do concelho.

A grande aposta vai para a valorização do trabalho desenvolvido por jovens. O talento, a criatividade e a arte saem à rua de Grândola. Exemplo disso é a estreia do filme “A Lenda do Cavalo Castiço” com realização e interpretação de jovens do concelho, o espectáculo de Tributo a José Afonso e a exposição “Esboços do Futuro 2 – pintura, desenho e escul-tura”.

Município aposta grande no sector

Reunião decorre na biblioteca

Empresa promove voucher

Vitor Proença durante a assinatura dos contratos

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NA ÚLTIMA reunião pública de Câmara foi aprovada, por unani-midade, a proposta de não aumento das rendas, para 2014 e 2015, rela-tivas às concessões municipais onde funcionam espaços comer-ciais e são exercidas actividades económicas comerciais. A decisão do município tem a ver, fundamen-talmente, com o «actual contexto de crise, as dificuldades e a situ-ação complexa em que vivem algumas famílias arrendatárias de espaços comerciais da autarquia».

As rendas em questão são respeitantes a imóveis propriedades do município, onde funcionam esta-belecimentos comerciais locali-zadas em diversos locais, como o Parque Municipal, a Montiagri, a Praça da República, a Quinta do Saldanha e o Centro Cívico do Esteval.

Para o executivo, é preferível a não actualização e o não aumento das rendas, à extinção das conces-sões por desistência e abandono dos concessionários devido à

impossibilidade de pagarem as respectivas rendas.

Face às difíceis condições que o país e algumas famílias arren-datárias do Montijo atravessam, a autarquia considera esta medida um apoio e um incentivo às acti-vidades económicas locais, desig-nadamente, ao comércio tradi-cional de proximidade.

A proposta segue para a Assem-bleia Municipal para aprovação.

INICIATIVAS

Câmara de Montijo ’congela’ rendas

Setúbal melhora cobertura da Igreja de Jesus

Almada debate terminal de contentoresem força

Carnavalde Sines já mexe

‘Cooperantes’ de Alcochete apresentam plano para bibliotecas

A IGREJA do Convento de Jesus, em Setúbal, vai estar fechada ao público entre 24 e 28 devido à reali-zação de intervenções na cobertura.

Esta operação, que consiste na execução de trabalhos de demolição de uma área da cobertura junto da zona do Coro Alto, decorre no âmbito de uma obra de reabilitação que dura há cerca um ano no Convento de Jesus, destinada a travar a sua degradação.

A realização destas intervenções motiva o encerramento ao público da Igreja de Jesus também nos primeiros dias de Março.

O investimento, superior a 3 milhões de euros, inclui, entre outras operações, a substituição integral da laje no primeiro piso, a criação de novas acessibilidades e o reforço do sistema de drenagem de águas pluviais no interior do imóvel e nas áreas envol-ventes, como a Praça Miguel Bombarda.

Máscaras de Carnaval em madeira, inspiradas nos motivos decorativos das embarcações tradicionais do Tejo, é a proposta para o ateliê deste sábado, dia 22 de Fevereiro, às 15 horas, no Núcleo Naval do Ecomuseu, em Arrentela. Mais informações e inscrições através do 210 976 112 ou do email [email protected].

O Teatro Pedro Nunes, em Alcácer, recebe este domingo, o concerto de inverno da Socie-dade Filarmónica Progresso Matos Galamba - Pazôa. Com início às 15h30, o concerto conta com a participação de Carlos Alberto Moniz, que interpre-tará a solo e com a banda alguns temas do seu novo CD que é lançado em Março.

O município de Palmela promove uma Hasta Pública para adjudicação de dois espaços de venda no Mercado Municipal, a 13 de Março, às 10 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Destinam-se à venda de peixe e terão, como base de licitação, 350 euros. Os interessados deverão apre-sentar requerimento em qual-quer atendimento municipal, até às 15 horas da véspera da Hasta Pública.

Durante o mês da juventude, o município de Grândola vai proceder à entrega de um importante prémio que reco-nhece o valor, o trabalho e o empenho das novas gerações. O prémio Dr. Evaristo Sousa Gago distingue os melhores alunos dos 2.º e 3.º ciclos e secundário. A cerimónia decorre a 7 de Março, onde vão ser entregues os prémios correspondentes aos últimos três anos lectivos.

UM ANO após o anúncio, pelo Governo, da construção de um mega terminal de contentores na Trafaria, nada está decidido. Neste contexto, a Associação Contentores na Capa-rica – Trafaria, com o apoio do muni-cípio, organiza um debate sobre este tema, com a presença de especia-listas nas diferentes áreas de impacto deste projecto, assim como algumas figuras públicas.

O debate, intitulado “Que Futuro para a Região?”, realiza-se este domingo, às 15h30, no auditório da Costa da Caparica, no Centro Comer-cial O Pescador, com as participa-ções de Joaquim Judas, edil de Almada, Marlene Marques (Geota), João Sousa Morais, presidente Conselho Científico Faculdade Arqui-tectura e especialista em desenvol-vimento regional,

Crespo de Carvalho, professor catedrático ISCTE-IUL, entre outros convidados.

A sessão, com entrada livre, conta ainda com a apresentação de sketches de teatro com Os Improváveis. Vasco Trigo é o jornalista que modera a sessão. OS DESFILES carnavalescos

estão de volta a Sines nos dias 2, 3 e 4 de Março e vão envolver a parti-cipação mais de 2 mil figurantes. O programa arranca já a 28 deste mês, às 10 horas, na Av. General Humberto Delgado, com o 23.º Carnaval dos Pequeninos, com a participação das crianças das escolas do concelho. O desfile contará também com a presença dos Pequenos Reis do Carnaval, Beatriz Santos e Mateus Henrique, acompanhados pela Mascote “O Folião”.

A PRIMEIRA reunião da assem-bleia-geral de Cooperantes da Rede de Bibliotecas de Alcochete, que se realizou no dia 17, na biblioteca local, contou com eleição para a presidência deste órgão da vere-adora da Educação, Susana Custódio, e a apresentação do Plano Anual de Actividades dos coope-rantes nos 2.º e 3.º períodos lectivos.

No que toca ao Plano de Acti-vidades, decorreram já no 2.º período lectivo as comemorações do Dia da Internet Segura, com

palestras na Escola Secundária e na Biblioteca de Alcochete, e o Encontro Intergeracional, com duas sessões na EB N.º 2 de Alcochete.

Neste período lectivo está ainda prevista a realização da Semana da Leitura, no mês de Março, e da Maratona da Leitura, no dia 20 de Março. Para o 3.º período, a rede vai realizar e promover as come-morações do Dia do Livro e dos Direitos de Autor, a iniciativa Na Voz dos Jovens e o Dia do Autor Português.

Dádivasde sangueno concelho do Seixal

Ateliêde máscarasde Carnaval

Concertode Invernoda PAZOA

Espaçosde venda em hasta pública

Grândola distingue alunosno mês da Juventude

A ASSOCIAÇÃO de Dadores Benévolos de Sangue do Seixal vai realizar sessões de dádiva de sangue entre Fevereiro e Maio. A iniciativa é apoiada pela Câmara, juntas de freguesia, colectividades e instituições, que colaboram com a cedência dos seus espaços para a reali-zação destas acções. Nas dádivas, que se realizam sempre de manhã, entre as 9 e as 13 horas, podem participar pessoas saudáveis entre os 18 e os 65 anos, que são acompanhadas por técnicos do Instituto Portu-guês do Sangue. Este domingo, a recolha decorre na Igreja Paroquial de Corroios.

A REQUALIFICAÇÃO da Forta-leza de Santiago, uma das mais importantes intervenções inclu-ídas no Programa Integrado de Valorização da Frente de Sesimbra, com apoio do QRENPor Lisboa, está praticamente concluída. As obras incluíram as zonas exteriores e as interiores.

A tarefa foi «bastante morosa», devido ao estado de degradação de madeiras, paredes e empedrados, mas também devido à descoberta de pormenores que se encontravam ocultos, e que agora poderão ser conhecidos pelos visitantes, como, por exemplo, uma antiga cozinha.

A reconstituição tem respei-tado ao máximo a traça original, aspecto bem patente na Sala do Governador, onde foi realizado um trabalho minucioso para manter o tecto, as portas e as janelas primi-tivas. Apenas o soalho antigo foi

substituído, embora continue a ser de madeira.

É de salientar a instalação de um elevador que permitirá o acesso de pessoas com mobilidade redu-zida ao andar superior e um deck em madeira, que estabelece a ligação a todas as áreas interiores

a partir da entrada do edifício.Depois de vários meses encer-

rada, a Fortaleza prepara-se para assumir um papel central na estra-tégia de promoção turística, pela abertura do Posto de Turismo, cafe-taria e implementação do programa de musealização.

Fortaleza de Santiago emSesimbra conclui requalificação

Município atento ao social

A devolução deste património ao usufruto público demorou décadas

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DR Projecto gera polémica

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ÚLTIMA

Fogo: um dos quatro elementos — «raízes do universo» — de acordo com Empédocles.

Fogo: vertical, quente e seco, masculino.

Dos quatro elementos, o fogo é o único que o homem pode (re)

produzir.Como interjeição, «Fogo!»

indica dor, raiva ou espanto.Fogo, fogueira, foguear,

fogacho, foguete, foguetão. Fogo, incêndio, labareda,

chama, pira, lume, lava - a beleza e o perigo do vulcão.

Fogo sol, cor, vida, calor, chispa, origem, «Big Bang» — a explosão.

Fogo final, apocalipse, fogo infernal. Fogo e fumo; fogo e cinza.

Fogo-posto; fogo-fátuo; fogo-de-artifício, fogo-de-vista.

Ao longo dos séculos, e desde os primórdios da Humanidade, quem possui o fogo detém o poder. Religiões e mitos aliam o Fogo ao Mal e tornaram a sua posse resul-tante de um furto, associando-o assim à ideia de punição.

Nos contos e lendas, a morte pelo fogo é castigo de traidores,

maldizentes e bruxas.O fogo desmaterializa, é

destruição: passagem de um estado de existência para o nada.

«Qual é o melhor companheiro e o pior inimigo?»; «O fogo e a água são maus amos e bons criados» - o fogo domado, domesticado, fogo-luz: archote, lâmpada, lamparina, vela, fogueira, lareira; o cru e o cozido; o fogo antropológico, o fogo-conhecimento. Fogo: fósforo, faísca, chispa, faúlha. Fogo acção, devastação. Fogo que galga, trepa, alastra, corre, percorre, lambe, insinua-se, destrói – o fogo perso-nificado, a ameaça.

Olhar o fogo convida à intros-pecção e à reflexão — «A Psicaná-lise do Fogo», Bachelard.

O fogo é um movimento e uma direcção: a verticalidade. Essa verticalidade espiritualizada deu origem ao simbolismo do Fogo-

Luz ou à aura luminosa de santos e eleitos. Fogo ascese, ascensão, evolução. O fogo como prova e provação - depuração.

«Mulher, fogo e mares são três medos», avisa o imaginário tradi-cional que criou e repetiu esta e muitas outras ideias e expressões relacionadas com o fogo: «brincar com o fogo», «onde há fumo, há fogo», «apagar o fogo com o azeite»; «pôr [ou não] as mãos no fogo por alguém». Se o fogo da lareira «estala», diz-se que «alguém fala mal de nós»; se uma criança brinca com as brasas, «certamente urinará de noite».

Fogo — armas de fogo. Cessar-fogo. Fogo: o ígneo masculino, agressivo. Marte, Deus da Guerra; as «línguas de fogo» de Javé, a «sarça ardente» - o deus mascu-lino. Poder. O fogo divino, o relâm-pago.

O fogo lendário do dragão.A salamandra e o trasgo.Fogo dos alquimistas, trans-

mutador, depurador.Fogo chaminé, caldeira,

combustão, vapor, fundição — a industrialização.

«O Homem tem o destino da faúlha», avisa Aragon.

O fogo define os movimentos rápidos, os sentimentos impetu-osos e devastadores. «Amor é fogo que arde sem se ver», chama invi-sível de todo o sentimento maior. Afogueado, afogueamento. Fogo do inferno, fogo do amor – metá-foras incendiárias, fogo paixão, perdição; fogo inquietação. Mas, alerta George Eliot, «o melhor fogo não é o que se acende mais rapi-damente», antes o que provém de melhor e mais rara madeira.

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Fogo

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Região entre as que consomem mais drogas

Os dados do Serviço de Inter-venção de Comportamentos Aditivos e Dependências colocam o distrito de Setúbal entre as regiões onde a prevalência de consumo de qualquer droga ficou acima da média nacional. Cannabis, cocaína e ecstasy terão sido as drogas mais consumidas na região por pessoas entre os 16 e os 64 anos em 2012, revelou o Serviço de Intervenção de Compor-tamentos Aditivos e Dependên-cias. Num relatório agoira apre-sentado, este serviço confirmou a descida das prevalências de consumo ao longo da vida e de consumo recente, mas referiu que aumentou a mortalidade. No que se refere aos tratamentos, este relatório revela que há cada vez um grupo de mais jovens de novos utentes, sendo que no que toca aos readmitidos são cada vez mais velhos.

A Casa Ermelinda Freitas continua em alta com a atri-buição, a semana passada,

do prémio “Empresa do Ano 2013” pela Revista de Vinhos, uma das publicações mais prestigiadas do sector em Portugal.

A distinção, integrada numa lista onde foram entregues diversos prémios especiais para os melhores vinhos e gastronomia do ano passado, foi mais um «grande reconhecimento do trabalho sustentável em nome da qualidade que a nossa Casa tem vindo a desenvolver nos últimos anos», disse ao Semmais Leonor Freitas, a gerente da empresa vitivinícola de Fernando Pó, Palmela, considerada uma das melhores empresárias do país.

Os responsáveis da publicação descrevem a Casa como uma “empresa de tradição familiar, com condições de produção favoráveis, produtos apelativos a preços imbatíveis, lide-

rança corporativa segura e estabili-dade na direcção enóloga”. E consi-deram-na mesmo como “uma refe-rência incontornável no Portugal viti-vinícola moderno”.

Prémio excelência para um vinho de eleição

Na cerimónia, considerada pela maioria dos especialistas como os “Óscares” do cluster no nosso país, o

vinho Leo d’Honor 2008 foi distin-guido e eleito como um dos melhores do país com o prémio de excelência.

«É sempre um grande orgulho para a nossa equipa, constatarmos que o nosso empenho colectivo e o carinho e qualidade com que desen-volvemos a nossa actividade, atinge este grau de competência. Só nos responsabiliza para continuarmos a fazer ainda mais e melhor», afirma Leonor Freitas.

Brilho na Russia com orgulho português e muitas medalhas

Entretanto, a Casa Ermelinda Freitas esteve também em grande destaque na Prodexpo, que se realiza anualmente na Russia, certame onde foi distinguida com 14 medalhas (9 de ouro e 5 de prata). Trata-se da maior feira agroalimentar realizada anualmente naquele país, sendo que a empresa da região de Setúbal acabou por ser a representante portu-guesa mais premiada deste prestigiado concurso internacional.

Casa Ermelinda Freitas ganha “Óscar” dos vinhos portugueses

Casa Ermelinda Freitas ganha “Óscar” dos vinhos portugueses

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