semmais 18 janeiro

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Actual Saiba os novos direitos dos ciclistas 7 ABERTURA www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 794 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 18 .Janeiro.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Cultura Camané canta no Luísa Todi 13 Pub. Leonor Freitas e Maria Dores Meira estão entre as trezes mulheres candidatas a Personalidades Femininas Lux ÚLTIMA Opinião Arlindo Mota Lança uma crónica a demonstrar as contradições do actual poder. João Serra Relembra as mudanças dos novos tempos e as adaptações que são urgentes. Vítor Ramalho Fala das insensibilidades sociais do Governo e diz que está a «semear tempestades» Valdemar Santos Alude à cultura de Bento Jesus Caraça e a outras lembranças. Caldeira Lucas Afirma que a ligação ferroviária à Europa é vital para o progresso da região. ÚLTIMA Um conjunto de alunos oriundos do Brasil estão a ser formados pela Escola de Hotelaria de Setúbal para grandes eventos desportivos, como o próximo mundial. ACTUAL “El Doctor” foi apanhado em Junho de 2012 na Costa da Caparica com 340 de cocaína, numa acção policial que mais parecia um filme americano. Esta semana foi condenado a 11 anos de cadeia. ACTUAL Armando Pires, líder do IPS, diz-se «ofendido e lesado» pelas últimas declarações do ministro da Educação. Esta quinta-feira pediu a ‘cabeça’ de Crato. Hotelaria de Setúbal forma brasileiros para Mundial 2014 Colombiano mais procurado condenado em Almada Presidente do IPS quer ver Nuno Crato pelas costas PÁG. 16 PÁG. 6 PÁG. 5 Distrito com menos vítimas nas estradas As mortes em acidentes rodoviários nas estradas do distrito voltaram a cair no ano passado. Segundo as contas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, perderam a vida, em 2013, 42 pessoas, menos seis do que as registadas em 2012. Também o número de feridos graves quebrou de forma significativa, com 121 registos, contra os 156 de 2012. Negócios Falências e criação de empresas aumentaram 12

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Page 1: Semmais 18 janeiro

ActualSaiba os novos direitos dos ciclistas

7

ABERTURA

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 794 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 18 .Janeiro.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

CulturaCamané canta no Luísa Todi

13

Pub.

Leonor Freitas e MariaDores Meira estão entre as trezes mulheres candidatas a Personalidades Femininas Lux

ÚLTIMA

Opinião

Arlindo MotaLança uma crónica a demonstrar as contradições do actual poder.

João SerraRelembra as mudanças dos novos tempos e as adaptações que são urgentes.

Vítor RamalhoFala das insensibilidades sociais do Governo e diz que está a «semear tempestades»

Valdemar SantosAlude à cultura de Bento Jesus Caraça e a outras lembranças.

Caldeira LucasAfirma que a ligação ferroviária à Europa é vital para o progresso da região.

ÚLTIMA Um conjunto de alunos oriundos do Brasil estão a ser formados pela Escola de Hotelaria de Setúbal para grandes eventos desportivos, como o próximo mundial.

ACTUAL “El Doctor” foi apanhado em Junho de 2012 na Costa da Caparica com 340 de cocaína, numa acção policial que mais parecia um filme americano. Esta semana foi condenado a 11 anos de cadeia.

ACTUAL Armando Pires, líder do IPS, diz-se «ofendido e lesado» pelas últimas declarações do ministro da Educação. Esta quinta-feira pediu a ‘cabeça’ de Crato.

Hotelaria de Setúbal forma brasileiros para Mundial 2014

Colombiano mais procurado condenado em Almada

Presidente do IPS quer ver Nuno Crato pelas costas

PÁG. 16

PÁG. 6

PÁG. 5

Distrito com menos vítimas nas estradas

As mortes em acidentes rodoviários nas estradas do distrito voltaram a cair no ano passado. Segundo as contas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, perderam

a vida, em 2013, 42 pessoas, menos seis do que as registadas em 2012. Também o número de feridos graves quebrou de forma significativa, com 121 registos, contra os 156 de 2012.

NegóciosFalências e criação de empresas aumentaram

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Page 2: Semmais 18 janeiro

IAs mortes em acidentes rodo-viários voltaram a diminuir na região. Em 2013, 42 pessoas

perderam a vida nas estradas do distrito, menos seis do que em 2012 e menos 15 do que em 2011, segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodovi-ária (ANSR). O número de sinis-tros também diminuiu, havendo ainda a registar uma redução subs-tancial de feridos graves.

Despistes, mau estado das vias e condições climatéricas adversas, são ainda os três factores que explicam a ocorrência dos acidentes mais graves registados nas estradas da região em 2013, como o sinistro, com duas vítimas mortais, ocor-rido numa ultrapassagem no concelho do Seixal, em manhã de nevoeiro, que envolveu três viaturas, em Novembro.

Foi um dos acidentes que engrossou ainda a lista de 121

feridos graves na região, com três vítimas, apesar de em 2012 o distrito ter lamentando 156 feridos graves e 165 em 2011. As autoridades congratulam-se, ainda assim, com a redução de acidentes nas estradas regionais, de 8827 em 2012 para 8652 em 2013. Em 2011 tinha ocor-rido 10092 sinistros.

GNR aposta nas acções preventivas

Fonte da GNR diz que «são melhorias significativas e temos que considerar o ano positivo», sendo que para 2014, as autori-dades prometem canalizar esforços para a «acção preventiva» nas estradas da região, admitindo-se que o objectivo é, decididamente, apostar forte na «redução da sinis-tralidade grave» ao longo do ano.

Em 2012, a ANSR chegou a fazer referência à região como um dos exemplos mais positivos do ano, perante um decréscimo da sinis-tralidade para níveis inferiores aos

dos anos 60, levando em conta o número de viaturas em circulação nas nossas estradas.

A tendência mantém-se relati-vamente aos locais mais atingidos

pela sinistralidade, sendo que a maioria dos acidentes acontece em rectas, com embates ocorridos devido a despistes, enquanto uma significa percentagem os sinistros

tiveram origem no excesso de velo-cidade, embora os dados oficiais permitam concluir que os automo-bilistas estão mais cautelosos à hora de carregar no acelerador.

ABERTURA

Sábado //18 . Jan . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Número de feridos graves também tem vindo a reduzir de forma significativa

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Prego Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Distrito reduz mortes na estrada

As contas às vítimas em acidentes rodoviários no distrito registaram

42 mortes, menos seis que em 2012 e menos 15 que as ocorridas

em 2011. Bons sinais num cenário em que o número de feridos

graves também caiu.

Roberto Dores

DR

Mesmo com a redução de vítimas mortais a sinistralidade rodoviária registou acidentes com grande impacto

DR

Page 3: Semmais 18 janeiro

Longe vão os tempos em que tinhamos um lapis,uma borracha, um afia, uma caixa de lapis

de cores, e mais tarde, já podíamos ter uma esferofrafica, um previ-legio ter uma “BIC”. Na mala da escola, havia espaço para o livro de leitura, de aritmética, e para o lanche. Assim, todos de igual, de bata branca, caminhávamos sozi-nhos, pelas ruas e travessas, em direção à escola. Sim! Meninas e meninos iam tranquilamente a pé para a escola.

De igual forma, no regresso a casa, as mães encarregavam-se de por os filhos a fazer os trabalhos de casa. Se eventualmente, aparecesse-mos com objetos desconhecidos, ou em duplicado, estava tudo estragado. Repreenda pela certa, e mais tarde,

castigo mais severo do Pai. Essa era a parte mais branda do castigo, comparativamente com a vergonha, de no dia seguinte, ter que entregar o material indevido à professora.

Esses eram os primeiros e deter-minantes ensinamentos, que o que não é nosso, não é para mexer, muito menos, para ficarmos com eles.

Princípios que, em devido tempo, ficam para todo o sempre.

Os tempos mudaram. Hoje traz-se e leva-se, troca-se e dá-se, empresta-se e esquece-se. A abundância tornou-os mais novos insaciáveis. Eu “Quero” passou a ser a palavar de ordem dos

filhos. O posso ter? O Obrigado, caiu em desuso para muitos,

Pais e filhos, ficam delirantes com a azáfama do regresso às aulas. Já nao se vende um lápis, só meia dúzia, mas porque não, levar também um estojo temático, completo com tudo o que só servirá para mais tarde. As marcas e a quantidade, sobrepõem-se aos valores e aos saberes.

É certo que temos hoje jovens com mais habilitações, mais poli-glotas, mais Livres, mas também, temos a geração mais enrascada, mais dependente de terceiros e com poucas referências ideológicas. Poli-ticamente distantes e desatentos da realidade social que os rodeia.

Os tempos que vivemos são penosos para todos, e em particular, para os Jovens que viveram as suas memorias no facilitismo e na abun-dancia, e não tomaram consciência que o mundo mudou. Infelizmente para pior.

A frustração e o desencanto serão

o presente, e esperemos, que não seja o futuro. Os progenitores esgotaram as disponibilidades físicas e materiais para continuarem a apoiar os filhos como outrora. O confronto geracional avizinha-se para desnorte de ambos.

O Anos “dourados” de progresso, de bem-estar, de solidariedade, de liberdade, estão a ser substituídos pelo modelo “Neoliberal Asiático”, onde os direitos sociais são seria-mente ameaçados, as preocupações ambientais esquecidas, onde o “Voto” e a “Opinião pública” são banalizadas e inócuas de conteúdo.

Empobrecer passou a ser o discurso dominante dos tecnocratas, dos políticos, e dos intitulados mercados, como sendo a solucao para todos os nossos males.

Nesta equação, questiona-se onde ficam as “PESSOAS”, e muito em particular, os “Jovens”, que inega-velmente são Futuro de uma Nação.

Emigrar é o Caminho? Certa-mente que não. Investimos na

formação dos jovens, e o produto desse investimento, será capitali-zado por outros de forma garciosa. Perda irreparável, pois se é certo que alguns regressarão mais experientes, boa parte, globaliza se e já não volta.

A solução passa por fomentar-se e dinamizar-se a iniciativa Jovem.

“OS JOVENS” devem ser Desígnio Nacional.

Apoiar o empreendorismo, através de linhas de apoio a criação de empresas de iniciativa jovem, com salvaguarda do retorno desse apoio com mecanismos simples e claros. Permitirá rentabilizar-se o investi-mento alocado aos Jovens, criando emprego, aproveitando-se recursos qualificados, aumenta-se e valori-zando-se o orgulho Nacional.

O Estado deve assumir se como frachisador na criacao de empresas de iniciativa jovem.

O Capital Semente dará, certa-mente, mais resultado que o Capital Emigrado.

Sábado // 18 . Jan . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

O ensino superior está a viver um dos momentos mais dolo-rosos de sempre. Os cortes colos-sais de que têm sido alvo espe-lham a doutrina dos actuais senhores do poder, incapazes de reconhecer o desenvolvimento e a potencialidade que as nossas universidades e politécnicos geraram no ambiente cientifico dos tempos presentes.

Há, pelos vistos, grande unanimidade nas críticas ao actual ministro na forma como tem lidado com estes centros de excelência, maternidades de conhecimento e padronizadores de um futuro para a já chamada geração melhor formado em Portugal.

O Instituto Politécnico de Setúbal tem uma história de sucesso. Com os cortes pode defi-nhar. Lembro os tempos em que se reclamava ensino superior em Setúbal. Não foi fácil a sua implantação. Valerá a pena deitar tudo a perder?

Apoio ao Instituto Politécnico de Setúbal

Editorial // Raul Tavares

João Serra

Economista

Agarrem o Futuro

Depois de um interregno na colaboração por razões pessoais, Alice vem encon-

trar uma realidade bem diferente: Portugal depois da tanga de Durão Barroso e do célebre PEC IV de Sócrates acabou por mergulhar numa crise profunda que o levou a uma situação de pré-bancarrota e a um pedido de ajuda que nos trouxe ao convívio não desejável um conjunto de credores.

O primeiro-ministro passou a ser Passos Coelho que prometeu um governo pequeno e eficiente, uma governação que eliminasse as gorduras do Estado e uma rege-neração moral e política. De facto o governo era pequeno em número de ministros mas nem por isso eficiente; a prometida eliminação das gorduras do Estado tradu-ziram-se num ataque cego e feroz aos funcionários públicos e pensio-nistas, às leis laborais e a um desa-fiar sem precedentes ao Tribunal Constitucional; a eliminação dos vícios que os partidos do arco da governação haviam sucessiva-mente prometido introduzir no sistema rapidamente passou à história e jovens boys dos partidos

da coligação no poder enxame-aram os gabinetes ministeriais e em torno das privatizações das empresas públicas mais apetecidas logo se levantaram suspeitas gene-ralizadas quanto aos objectivos e transparência das mesmas (desde logo a ida para o Conselho de Admi-nistração da EDP privatizada de um personagem como o inefável ex-ministro Eduardo Catroga deu um sinal claro de que tudo ficaria na mesma ou pior, e que esta semana viria a ter a suprema expressão com a falada ida de Vítor Gaspar para o FMI, de Álvaro Santos Pereira para a OCDE e de António Arnault, por cujo gabinete de Advogados passara tudo o que era importante, quer se tratasse de privatizações, de swapps, de parcerias público- privadas, para um lugar destacado do famigerado banco de investimento Goldman Sachs cujo papel na crise que o mundo tem vindo a atravessar com os chamados produtos complexos foi altamente perverso.)

Mas Alice não se surpreende com a política promovida por um governo que impõe duríssimas medidas de austeridade, umas previstas no chamado memorando de entendi-mento, outras que decorriam da ideologia liberal que o núcleo duro do governo arvorava com orgulho. A economia naufragou, o emprego

precarizou-se e diminuiu, os impostos aumentaram enorme-mente. O sistema bancário atraves-sava grandes dificuldades, fruto de uma gestão imprudente e teve de ser o contribuinte a salvar alguns dos principais bancos. E não se surpreende porque havia lido um livro de George Lakoff, autor ameri-cano, que analisa com argúcia e empenhamento o modo como os conservadores se foram apoderando daquilo que durante muito tempo constituíra um património da esquerda: o mundo das ideias e onde se demonstrava que a nova direita, depois de Tactcher e Reagan, havia produzido literatura que ultrapas-sava em muito a esquerda. Assim a hegemonia do pensamento neo-liberal consagrou-se em pensamento único: salários baixos e precários; desmantelamento do estado social; privatizações, mesmo das empresas públicas que davam excelentes resul-tados; introdução desproporcio-nada de parcerias público-privadas assentes em contratos leoninos favo-ráveis aos privados…

Não se surpreende mas também não se conforma. Não quer para Portugal um futuro em que os seus filhos se vejam obrigados a emigrar para exercer competências profis-sionais que os portugueses lhes proporcionaram e os contribuintes pagaram (como a sua filha Catarina com quem, por via Skype, acabara de falar, ela que, enquanto jovem enfermeira, estava a pôr a sua energia e saber ao serviço dos doentes do Estado alemão). E, acima de tudo, surpreende-a o frio que emana não do clima, mas da voz do primeiro-ministro, que fala de números e feitos como se a miséria em Portugal não tivesse rosto e se medisse pelo sistema decimal. Alice, premoni-tória, vai adivinhando o discurso que a aguarda à medida que se apro-xima das próximas eleições: Portugal, graças à firme vontade e suprema inteligência deste governo saiu com êxito do programa de “ajustamento” (mais um dos muitos eufemismos com que os responsáveis haviam travestido a realidade, como, entre outros, “recalibrar”). E percebe que as palavras e os sentimentos que assomam por detrás das palavras destes políticos não é o amor ao outro, nem contêm escondida “a violência de uma esperança” expressão que rouba ao enorme Herberto Hélder e com que finaliza a presente crónica.

Passos, em volta

Crónica Semmais // Arlindo Mota

Escolas públicas ou privadas, eis a questão! Naturalmente que a opção cabe única e exclusivamente aos encarregados de educação, de acordo com o seu projecto educativo pessoal, vocacional ou outros.

Em cada agregado familiar haverá um desejo acalentado para o futuro dos seus filhos, urge que se facilite a sua concretização com uma oferta-alargada de hipóteses de escolha, de realização de sonhos e objectivos, com liberdade e qualidade, marcas indeléveis dos estados democráticos.

Modelo único é sinónimo de tirania, imposição e convite à pequenez. Variados são os planos pessoais, as capacidades, as necessi-

dades, os valores e os credos. Impor é uma violência castradora. Oferecer várias escolhas significa, tão só, cada um poder eleger o modelo com o qual se identifica, se sente integrado, mais pessoal e, logo ,mais concretizável, na medida em que poder optar implica responsabilidade, participação e envol-vimento de quem procura o caminho para a sua realização pessoal, humana e profissional. O estatuto do ensino particular e cooperativo vem não só

reforçar estas possibilidades, com também criar uma necessária empatia com o modelo livre, conscientemente escolhido pelos interessados, ao encontro dos seus objectivos, quer seja uma escola pública ou privada. Qualidade na diversidade poderá ser uma aposta inteligente na construção duma aprendizagem formadora de carácter, de profissionalismo, de humanismo e de partilha.

Escolhas conscientes e adequadas

farão mais felizes as famílias e os alunos, com reflexos em toda a malha social, que se tornará mais consciente do seu dever a cumprir e empenhada na construção duma sociedade livre e pluralista. E quem sabe se o remédio para o insucesso escolar não passa mesmo por aí: escolher para ser, optar para concretizar, colaborar para realizar.

Susana Mexia (Professora)

Liberdade de escolha, claro!

Page 4: Semmais 18 janeiro

Sábado // 18 . Jan . 2014 // www.semmaisjornal.com4

EspaçoPúblico

Pub.

Está outra vez no etéreo, em online, mas sempre edição para “uma passagem de ano”,

veremos abaixo porquê, que se não fora eu um leitor atento ao que escrevi há algum tempo prova-velmente não retomaria tão cedo a leitura da conferência de Bento de Jesus Caraça “A cultura inte-gral do indivíduo - um problema central do nosso tempo”, profe-rida em Lisboa em 1933. Porque a propósito dos olhos claros de Clara Zetkin (“olhou claramente de perto e em redor e denunciou os pode-rosos inimigos da paz e dos povos e lhes prometeu combate, enquanto os fascistas, os nazi-fascistas, os imperialistas foram e são os exímios em golpes de espessa penumbra para procurar escapar à derrota que a determinação da luta, em todo o mundo, lhes dita”), fiz duas perguntas:

“ - Sim ou não na década de 60 os Estados Unidos da América eles próprios trataram de afundar um vaso da sua marinha de guerra fundeado no porto de Saigão para pretextar o início dos ataques a Norte? Que responder a um incrédulo?”

Ora alguém entretanto me questionou: “E então a Holanda, em 1933?”, encaminhando-me para a “época em que é possível um tal campear do cinismo que um ministro holandês propõe, numa conferência internacional, a inter-dição do bombardeamento aéreo do inimigo em tempo de guerra, para que alguns dias depois um avião holandês lance, sobre um

barco holandês, em tempo de paz, uma bomba que semeia a morte a bordo” (itálicos do autor, ou seja de Jesus Caraça).

Na segunda edição do texto o matemático e militante comu-nista enfatiza este facto em nota de rodapé, acrescentando que “o cinismo campeava já, mas não tinha sido ainda arvorado em método político. Largo caminho andado nestes seis anos”. De certo modo, estava ali já a supressão pura e simples do benefício da dúvida que eu próprio colocara sob forma de pergunta – mas no percorrer de olhos de tão somente duas páginas do documento em causa, ali mesmo onde o grande intelectual português do século XX proclamava um código de conduta que fez escola: “se não receio o erro, é só porque estou sempre pronto a corrigi-lo”, eis-nos absorvidos naquilo a que poderíamos chamar uma jóia da capacidade de síntese política num estilo tão caro ao humanismo de Bento de Jesus Caraça: “Época em que se verifica um tão grande desprezo pela existência alheia que na sombra se prepara, meto-dicamente, sistematicamente, cientificamente, a destruição do homem; mas em que ao mesmo tempo existe uma tal admiração pelo corpo humano que, num vasto

movimento de cultura física, ele se enaltece e glorifica no que tem de belo e nobre – antítese simbó-lica do nosso tempo: preparação da guerra química e salão do nu fotográfico”.

O “realismo explosivo” de Gustave Courbet, que recuperou esse “sentido de dignidade e majes-tade do corpo humano que se tinha perdido desde Rembrandt” (J. Pijoan, in História da Arte, Edições Alfa), só pela cor podia fazer-se escola. Nasceu, grosso modo, com o advir da Comuna, que do pintor fez delegado de Belas-Artes e responsável pelo derrube da Coluna do Grande Exército que, com 44 metros e construída em plena Praça de Vendôme com o bronze de 1200 canhões tomados aos inimigos, simbolizava preci-samente, aos olhos dos revolu-cionários, a exaltação do belicismo napoleónico.

A partir de 1873 a recuperação burguesa, com o marechal Mac-Mahon na Presidência da Repú-blica, conduziu Courbet ao desterro na Suiça, onde morreu passararam 136 anos a 31 de Dezembro.

Bento de Jesus Caraça foi preso em 1946, dois anos antes de falecer com a saúde desfeita.

Nenhuma cor contra a guerra lhes era indiferente. Daqui que a reprodução infindável deste texto seja hoje propaganda (o tal termo que não nos queima os lábios) à Exposição “Percursos de Álvaro Dias”, fotos da década de 40 do século passado, recortadas e bem da Edição da Universidade Popular de Setúbal Bento de Jesus Caraça, de 2006, “Em terras de rio feito mar”, com textos de Luísa Antunes e Regina Marques. Na Casa da Cultura, em Setúbal, até 4 de Feve-reiro.

Valdemar SantosMilitante do PCP

Álvaro Dias na Casa da Cultura

As propostas apresentadas e aprovadas pela maioria na Assembleia da República

respeitante ao período de transição da lei do arrendamento, à cláu-sula de salvaguarda do imposto municipal sobre imóveis (IMI) e mais recentemente as respeitantes à contribuição extraordinária de solidariedade que incide sobre as pensões acima de mil euros bem como o aumento da taxa da ADSE merecem ponderação.

É que estas medidas são parte, de, uma política de empobreci-mento do país e, só podem levar, a prazo, à gestação da revolta e à imprevisibilidade sobre o que podere vir a acontecer.

Explico-me.O PSD apresentou-se ao elei-

torado com um programa que garantia ir propor a fixação de um período de transição da lei do arren-damento de quinze anos. Essa promessa foi reiterada no programa do Governo. Está lá escrito. Preto no branco.

Sucede que a lei que foi apro-vada pela maioria estipula um prazo de cinco anos. A maioria votou contra o que próprio havia prome-tido!!!

O que é que isso significa? Que ao fim deste prazo de cinco anos passam a aplicar-se mecanismos que conduzem à liberdade de fixação das rendas para habitação. Face à diminuição das pensões e ao facto de milhares de arrenda-tários serem pensionistas idosos com pensões muito baixas isso conduzirá, inevitavelmente à gene-ralização de despejos, pelo facto

dos arrendatários não poderem suportar as rendas que livremente passarão a ser fixadas, depois de passarem cinco anos sobre a entrada em vigor da lei.

O Governo demonstrou a mesma insensibilidade social ao votar contra a prorrogação do prazo da cláusula de salvaguarda do IMI (imposto municipal sobre imóveis), clausula essa que vigora até 2015, e que esta pela que até 2015 o aumento da taxa do IMI não possa ser superior a 75 euros.

Isto significa que, com as atua-lizações fiscais generalizada que esta em curso dos imóveis e a supressão da cláusula de salva-guarda a partir de 2015 (respei-tante ao IMI de 2014), os valores a suportar serão em inúmeros casos verdadeiramente incomportáveis.

Este Governo está mesmo a semear ventos …

É por isso que, a prazo, o país será confrontado com situações sociais muito graves.

Não poderá deixar de ser, sabendo-se, como se sabe que de par com estas medidas decorrem outras, como as do agravamento da taxa da ADSE e os cortes nos salários da Função Pública.

O Governo está mesmo a semear ventos e tudo indica que poderemos todos vir a colher tempestades.

Vítor RamalhoAdvogado

Semear Ventos…

Sempre com a região, sempre pela região...

Page 5: Semmais 18 janeiro

Atlanti Ferries avança com internet wi-fi nos barcos para TróiaACTUAL

A ATLANTIC Ferries – conces-sionária do transporte fluvial de passageiros e veículos, entre Setúbal e Tróia – já está a dispo-nibilizar, nos ferries que garantem a deslocação entre as duas margens do Sado, o serviço

de internet wi-fi.A concessionária torna-se, desta forma, na primeira empresa de transporte fluvial em Portugal a disponibilizar esta comodi-dade aos seus utilizadores desde o início do presente ano.

Para João Madeira, adminis-trador da Atlantic Ferries, «A instalação de internet wi-fi a bordo dos ferries é uma das medidas previstas na estratégia da Empresa para 2014, com o objectivo de tornar a deslocação

de todos os seus passageiros mais cómoda.” E acrescenta: “Com a sua implementação, a empresa pretende continuar a reforçar a qualidade do serviço público que presta aos seus clientes».

Sábado //18 . Jan . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Pais de Azeitão desiludidos com Parlamento

A comitiva de Azeitão que se deslocou à Assembleia da República para reclamar a

requalificação da Escola Básica 2,3, onde o amianto continua ser uma ameaça, ouviu o que não queria: a falta de financiamento não permite, para já, o arranque das obras. Uma «desilusão» para Iolanda Rebelo, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação, que tinha conseguido reunir mais de cinco mil assinaturas à volta de uma petição, que pedia ainda o alargamento do ensino naquela freguesia de Setúbal até ao 12º ano.

Numa espécie de caderno de encargos que enumera as carên-cias do estabelecimento, com 39 anos e cerca de mil alunos, os encarregados de educação dão especial relevo às placas de fibro-cimento, com amianto à vista. «É

uma ameaça para a saúde pública, porque pode ser cancerígeno», alerta Iolanda Rebelo, recordando a «intensa luta» dos pais, que há um ano chegaram a fazer um cordão humano em torno do recinto, para reclamar a substi-

tuição de um telhado que caiu com a chuva.

«Lá decidiram arranjar o telhado e depois substituíram outro, mas tem sido tudo pontual. Ainda há telhados com amianto em dois blocos e nos passadiços», relata, defendendo que a escola da terra «precisa é de ser requalificada». Argumenta que além da degra-dação e da falta de salas, que obrigou mesmo os alunos a terem aulas no refeitório e na biblioteca, chegou a hora de se investir num polidesportivo - uma vez que as aulas de Educação Física conti-nuam a ser ao ar livre - e abrir o estabelecimento ao ensino comple-mentar. «Não faz sentido que os nossos alunos cheguem ao 9º ano e tenham que ir para Setúbal, Palmela e Sesimbra, a andar diaria-mente duas horas de autocarros», lamenta Iolanda Rebelo.

Projecto de resolução chumbado pela maioria

Entretanto, o PCP já viu chum-bado pelo PSD e CDS um Projecto de Resolução que apresentou na Assembleia da República, onde recomendava ao Governo que

elaborasse um levantamento exaus-tivo das necessidades e insufici-ências físicas da escola, projec-tando ainda espaços e valências «para assegurar o cumprimento dos programas curriculares das disciplinas, o desenvolvimento do desporto escolar e do projecto educativo da escola».

Os deputados comunistas recla-maram que se “proceda com urgência à requalificação e ampliação da escola, contemplando a construção de um pavilhão gimno-desportivo e o arranjo do espaço exterior, assegurando a remoção total do fibrocimento e a substi-tuição das infra-estruturas básicas».

O PCP alerta ainda que o PSD e CDS afirmaram que o amianto já foi removido da escola, consi-derando o próprio Governo que a remoção do amianto está concluída. «Tal não corresponde à verdade, já que ainda existem coberturas de amianto na escola, que se está a deteriorar. Os Serviços Munici-palizados da Protecção Civil de Setúbal continuam a considerar que a cobertura deve ser remo-vida devido aos perigos para a saúde pública», insistem os comu-nistas.

Tutelas do IPS querem ‘cabeça’ do ministro Nuno Crato

ARMANDO Pires, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, consi-dera que o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, não reúne condi-ções para continuar a tutelar a pasta do ensino superior. «Sinto-me lesado e ofendido pelas declarações do ministro relativamente aos diferentes graus de exigência dos cursos que formam docentes. Foram afirma-ções inoportunas, proferidas a quente. O ensino superior é fundamental e tem de ser visto como um grande desígnio nacional na formação dos portugueses para que haja um melhor desenvolvimento. E esse papel não deve ser colocado em causa».

Armando Pires falava no anfite-atro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal,

na passada quinta-feira, durante uma jornada em defesa do ensino politéc-nico, a que se juntou a presidente do município sadino, Dores Meira, entre outras individualidades. «Em todo o País, as escolas superiores de educação públicas decidiram realizar uma jornada de afirmação onde se abriram à sociedade e mostraram o seu trabalho e importância no contexto do sistema educativo nacional», acres-centando que «não existe ensino supe-rior a mais em Portugal, mas sim um défice de formação nesta área por parte da nossa população, sendo que Portugal atinge os 29 por cento de formação a nível europeu».

A edil sadina afirmou que «o pres-tígio e a qualidade do ensino poli-técnico» não podem ser postos em

causa em afirmações «impróprias» do ministro Nuno Crato. «Aqui são formados, ano após ano, milhares de novos quadros que fazem avançar o nosso e outros países», vincou, lamentando as declarações de Nuno Crato «pouco ou nada fundamen-tadas» sobre a qualidade do ensino nas escolas superiores de educação.

«Colocar em causa estas escolas de forma genérica, sem apontar quais os supostos defeitos a corrigir na formação que aqui é ministrada, é mais do que motivo para um lamento, é um lamento estranho e impróprio de alguém que tutela tão importante sector».

Por seu turno, Ana Bettencourt,

ex-dirigente da ESE/IPS, considera que «o sistema necessita das ESE´s, da formação do pré-escolar e de mais investigação autónoma». E conclui: «As mudanças na avaliação dos professores têm de ser participadas e não de alguém que está na tutela, e têm de ter em conta os problemas identificados».

As placas de fibrocimento que continuam com amianto à vista continuam a ser uma ameaça à saúde dos estudantes. A luta pela retirada total tem sido dura. E há outros problemas para

Os problemas de amianto na escola de Azeitão tem originado contestação

Ainda o caso da ameaça de amianto nas instalações da Escola Básica 2,3

Roberto Dores

A edil Dores Meira esteve presente para demonstrar solidariedade

Investigação autónomaArmando Pires, que se baseou num estudo internacional, revelou que 38 por cento dos jovens que estudam no secundário manifestam dificuldades económicas que os impossibilitam de prosseguir os estudos no ensino superior. «É um dos valores mais elevados do estudo e dá-nos que pensar. E pede a criação de centros de investigação aplicada ou apoio à investigação própria dos politécnicos».D

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ACTUAL

Pub.

“El Doctor” — o colombiano mais procurado acabou condenado pelo tribunal de Almada

APRESENTOU-SE ao Tribunal de Almada como um «pequeno comerciante» de Huila, uma localidade colom-biana onde predomina a agri-cultura. Figura franzina, cabelo grisalho, 66 anos e casado. Eis um dos homens mais procurados por tráfico de droga no seu país. Pelos Estados Unidos da América e Interpol. Chama-se a Luís Macias Nieto, mas é conhe-cido por «El Doctor». Seria detido na Costa de Caparica, em Julho de 2012 quando transportava 340 quilos de cocaína. Foi esta semana condenado a 11 anos de cadeia, com o Tribunal de Almada rodeado de forte aparato poli-cial, mas vai recorrer.

Sobre Nieto recai um pedido de extradição para os EUA, o que só será possível após cumprir a pena em Portugal. Na justiça ameri-cana tem pendente outros processos relacionados com narcotráfico. O seu nome está

referenciado judicialmente em vários países.

Por cá, «El Doctor» e Edil Sua Luna, outro colombiano e seu braço direito, transpor-taram 340 quilos de cocaína da Colômbia para Portugal, em Julho de 2012, tendo guar-dado vários fardos num barracão abandonado na zona de Casal Frade (Sesimbra).

Contaram com a ajuda de

três espanhóis. Alejandro Bedmar, Joaquin Torcuate e Joaquin Martos, todos de Granada. Também respondem pela coautoria de um crime de tráfico de estupefacientes agravado. O objectivo seria vender a droga num elevado estado de pureza no mercado europeu. Poderia render cerca de 12 milhões de euros.

Segundo a investigação,

o distrito de Setúbal já seria bem conhecido por Nieto, tendo sido na região que se refugiou da «caça ao homem» lançada pela DEA (agência antidroga dos Estado Unidos) e Interpol, que activou mesmo um «alerta vermelho» dirigido a «El Doctor» e que esteve na origem do nome «Red» (vermelho) dado à operação

da PJ que permitiu deter a rede a 31 de Julho de 2012.

Até ser capturado, Macias Nieto movimentava-se pela zona. A investigação admite que seria a partir daqui que terá chegado a gerir uma rede de tráfico de droga. A mesma que trouxe o carregamento para Portugal e que levou ao seu desmantelamento. A presença de «El Doctor» em Portugal terá sido identifi-cada pela DEA, alegadamente através de elementos de ligação colocados na embai-xada norte-americana em Lisboa.

Colaboração entre Interpol e PJ

Com a colaboração da Interpol, a PJ localizou os suspeitos, tendo montado vigilância apertada, na qual, durante vários dias, os agentes seguiram cada gesto dos suspeitos, junto das suas próprias residências e de um

armazém que utilizavam, onde seriam encontrados mais cem quilos de cocaína.

Eis a razão pela qual a defesa de «El Doctor», o advo-gado Carlos Mello Alves, garantiu sempre que Luís Macias Nieto foi levado a cometer o crime num processo que envolveu um agente infiltrado da DEA. A defesa arrisca mesmo em afirmar que o carregamento de droga chegou a Portugal pelas mãos da polícia, como forma de deitar mão aos cinco suspeitos.

Ou seja, como o instigar à prática de crime, com recurso ao método de agentes infiltrados, não é permitida à luz da lei portuguesa, Carlos Mello Alves não hesita em afirmar que «El Doctor» foi alvo de uma «investigação ferida de ilegalidade», pelo que reclama a «nulidade do processo».

Roberto Dores

Cena de filme na CaparicaO momento da detenção dos cinco suspeitos terá sido uma cena digna de filme policial. Os automobilistas que circulavam numa das principais vias da Costa de Caparica foram surpreendidos por um automóvel que tentava escapar pelo meio de várias viaturas paradas no sinal vermelho. Na tentativa de fugir à PJ, Joaquin Torcuate abalroou quatro veículos. Com a avenida cheia de pessoas, agentes à paisana puxaram de armas, mas não houve necessidade de efectuar qualquer disparo para garantir a prisão dos indivíduos. Momentos antes, já a PJ tinha interceptado uma primeira viatura, junto ao Parque de Campismo do Inatel, onde a droga estava escondida debaixo de um colchão, distribuída por oito sacos de serapilheira.

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2014, avizinha-se como um ano difícil para todos nós, no entanto, será também um

ano de desafios, de novos desa-fios aos quais importa dar o nosso maior empenho e energias para que dessa forma no seu final ele se torne um ano cheio de enrique-cimento para todos nós.

A ENA viu recentemente ser aprovados um conjunto de projetos financiados pelo Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC), num total de 12 em que a ENA estará envolvida como promotor de 2 e parceira dos restantes.

Num ano que termina e noutro que começa, a palavra mais ouvida por todos nós acaba por ser crise, os resultados alcançados durante o corrente ano e as perspetivas que se apresentam para o ano vindouro, a dinâmica exigida para a concre-tização destes projetos permitirá à ENA, encarar com algum otimismo o ano que se avizinha a par da continuação dos outros 2 projetos europeus em que se encontra envolvida.

A contínua aposta no trabalho desenvolvido junto dos seus asso-ciados com destaque para a inter-venção nos municípios da sua área de intervenção, são exemplos que apontam que estamos no caminho certo para o desenvolvimento sustentável da sua região.

Contudo o sucesso deste trajeto, incute-nos a responsabilidade de

prosseguir na procura de um envol-vimento ainda maior com todos os agentes sociais de forma a que os pressupostos da nossa ativi-dade, atinjam novos patamares de sustentabilidade e eficiência ener-gética na nossa região.

Como dizemos no nosso plano de atividades, em 2014 um novo ciclo de governação local se inicia bem como um novo quadro Comu-nitário de Apoio. Por outro lado estão criadas condições favorá-veis, quer junto da Comissão Euro-peia, quer junto do Banco Europeu de Investimentos para nos auxi-liar no desenvolvimento de projetos que, tendo por base as dimensões energética e ambiental sejam cata-lisadores de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável da região.

Esta região tem condições únicas para a implementação de uma estratégia de desenvolvimento assente no vetor ambiental, veja-se o caso da Arrábida e todo o processo de candidatura a patri-mónio da humanidade. A preser-vação deste valor pode e deve ser sustentada também na dimensão energética, assente quer na efici-ência quer na utilização das fontes renováveis.

Prontos para encarar os novos desafios que se colocam em 2014 a ENA, deseja a todos um feliz ano de 2014.

Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt

Novo Ano

É ciclista? Saiba quais são os seus novos direitos

É CASO para dizer que os ciclistas venceram uma batalha de anos. Acabou a equiparação das bicicletas a carroças. Os deputados votaram favoravelmente a introdução das novas normas, que, basicamente, introduzem vários direitos para quem circula a pedais. Porém, o presidente da Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária (ANSR) receia pelo aumento da sinistralidade e deixou o aviso na campanha nacional que já passou pela região.

Um dos novos dados com que os automobilistas vão ser confrontados no Código da Estrada, que entra em vigor em 2014, contempla a garantia de uma distância de 1,5 metros sobre a bicicleta durante a ultrapassagem realizada por qualquer carro, deixando de existir ainda a obrigatoriedade do ciclista ter de transitar colado à berma. Ou seja, terá de circular pela direita, como se de qualquer outro veículo motorizado se tratasse, mas fica a reserva da margem de segurança. Mas há mais.

A Associação para a Mobilidade Urbana da Bicicleta, designado de MUBI já adjectivou de «histórica» esta revisão do Código da Estrada, considerando Ana Pereira que durante longos anos «vigorou um arcaico Código, que não protegia nem digni-ficava peões e utilizadores de bici-cleta». A dirigente sublinha que, afinal, «estamos a falar dos meios de

transporte mais saudáveis para a sustentabilidade do ambiente».

Mas o presidente da ANSR, Jorge Jacobe, faz uma leitura menos opti-mista em torno destas alterações, assumindo que os ciclistas vão passar a correr mais riscos de serem abal-roados por automóveis. Na passagem pelo distrito inserida na divulgação nacional sobre as novas regras e trân-sito, este responsável salientou que estas alterações «vão levantar algumas dificuldades em termos de segurança rodoviária», avisando que os utentes das bicicletas «terão de começar a ser mais disciplinados e a perceber melhor como devem andar na via pública». Um dos receios do presidente da ANSR passa pelos novos direitos dos ciclistas quando entram nas rotundas.

«Enquanto os automóveis são obrigados a ir ao centro das rotundas, as bicicletas têm o direito de circular pela direita. O problema é que quando o carro quiser sair, o ciclista terá que lhe dar prioridade, porque se não der vai ser atropelado», sublinha Jorge Jacob, salientando que, por estas e por outras, «há o perigo deste novo Código poder vir a aumentar a sinis-tralidade», pelo que pede «bom senso». «Alertamos os ciclistas para terem cuidados redobrados. Não andem sem luzes, nem em contramão

e parem no STOP e semá-foros», resume.

Novas normas entram em vigor este ano e contempla a garantia de uma distância de 1,5 metros sobre a bicicleta

As principais alterações»» Acaba com a discriminação dos velocípedes na regra geral da cedência de passagem: tem prioridade quem se apresenta pela direita num cruzamento não sinalizado, seja um veículo a motor ou um velocípede.»» Fim da obrigatoriedade de circular o mais à direita possível. Pode reservar uma distância de segurança face à berma.»» Obriga o condutor a assegurar uma distância mínima lateral de 1,5 m relativamente ao ciclista e a abrandar a velocidade durante a sua ultrapassagem.»» Elimina a obrigatoriedade de os velocípedes circularem nas ciclovias, permitindo ao utilizador da bicicleta optar por circular juntamente com o restante trânsito, quando não considere a alternativa em ciclovia vantajosa em termos de segurança, conforto ou competitividade.»» Introduz a permissão de dois velocípedes circularem lado a lado numa via.»» Permite a circulação de velocípedes em corredores BUS, quando tal for autorizado pelas câmaras municipais.»» Equipara as passagens para velocípedes às passagens para peões, tendo agora os condutores dos outros veículos que ceder passagem aos condutores de velocípedes, nos atravessamentos em ciclovia.»» Prevê e permite o transporte de passageiros em atrelados com crianças e isto em qualquer via.

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Transtejo promove estágios para jovens maquinistas

A TRANSTEJO, em parceria com o IEFP, está a desenvolver estágios profissionais para maquinista de 3.ª classe, com o objectivo de potenciar a oferta desta categoria profissional.

Estes estágios permitem a jovens que cumpriram o curri-culum escolar no Instituto de Tecnologias Náuticas, a obtenção da qualificação de maquinista prático de 3.ª, com vista ao desempenho desta profissão. Depois de um ano de embarque, estes jovens poderão integrar uma tripulação.

Segundo João Pintassilgo, presidente da Transtejo, «preten-demos contribuir para a formação e o aumento da oferta destes profissionais constituindo uma reserva de recrutamento para as nossas necessidades, em parti-cular, e beneficiando também o sector dos profissionais ligados

ao mar, que é deficitário», além de que o projecto «insere-se também na nossa política de responsabilidade social».

João Pintassilgo

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Jantar solidário na Capricho

O JANTAR Solidário que vai ter lugar na Capricho Setuba-lense no dia 1 de Fevereiro, pelas 20 horas, une a degus-tação da boa gastronomia a um grande espectáculo musical. A acção envolve uma

parceria com o Interact Club de Setúbal, assinala a estreia da Capricho Setubalense Big Band, orquestra com 20 músicos e cantores, e visa angariar receitas para a escola de música da colectividade.

CULTURA

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“Retratos” está de volta aos palcos do Teatro Extremo

C A peça “Retratos”, uma criação colectiva, com coor-denação de Fernando Jorge

Lopes, que retracta as peripé-cias da invulgar família Barata, está de regresso aos palcos do Teatro Extremo, em Almada.

Não perca a história da invulgar família Barata, com um negócio de uma agência fune-rária em crise e convoca uma reunião para encontrar solu-ções, invocando os antepas-sados. Com a intervenção do público tudo faz para os trazer aos nossos dias e assim reanimam Bocage, Camões, Fernando Pessoa, a Marquesa de Alorna, Guerra Junqueiro, Antero de Quental e Eça de Queirós que nos trazem outras

visões de tempos difíceis no nosso país. Uma comédia musical que propõe divertir e surpreender a assistência.

As interpretações estão a cargo de Bibi Gomes, Fernando

Jorge Lopes, Francisca Lima, João Dacosta e Rui Cerveira.

Para ver todas as sextas e sábados, às 21h30, no palco do Teatro Extremo, até ao dia 29 de Março.

Família Barata possui negócio de agência funerária em crise

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Peça retrata peripécias de família invulgar

António Luís

Bandas de garagem abrem inscriçõesAS INSCRIÇÕES para o 10.º

Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, promovido pelo muni-cípio, no âmbito do programa m@rço.28, que assinala o Mês do Juven-tude, encontram-se abertas até 3 de Fevereiro.

Às melhores bandas são atri-buídos prémios monetários, corres-pondendo ao primeiro lugar o valor de mil euros e a actuação na Feira de Sant’Iago. Do segundo ao quinto lugar são atribuídos 700, 500, 200 e 100 euros, respectivamente.

A melhor banda de garagem do concelho de Setúbal é premiada com 500 euros e a possibilidade de

subir ao palco da Feira de Sant’Iago.Dividido em cinco actuações –

pré-eliminatória, três eliminatórias e final –, o Concurso de Bandas de Garagem procura proporcionar

oportunidades aos jovens na área musical, possibilitando o lança-mento no meio artístico.

As bandas nacionais interes-sadas em participar devem apre-sentar, além da ficha de inscrição, três temas originais, em suporte digital, bem como as respectivas letras dactilografadas.

A ficha de inscrição e o regula-mento da prova estão disponíveis em www.mun-setubal.pt, podendo ser solicitados através do endereço [email protected] ou no Gabinete da Juventude, a funcionar na Casa da Cultura, junto da Praça de Bocage.

Melhor banda ganha 500 euros

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De terça a sexta continua ao vosso dispor o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

OS NOSSOS PRATOS DO DIA (TERÇA A SEXTA)

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

FEIJOADA DE CHOCO (TERÇA FEIRA)

ARROZ DE PATO (QUARTA FEIRA)

COZIDO À PORTUGUESA(QUINTA FEIRA)

FEIJOADA À TRANSMONTANA

(SEXTA FEIRA)

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Cartaz...

Orquestra Gulbenkian no seu melhor

Piedade Fernandes promete relembrar êxitos de autores consagrados quer intemporais, como Luís Vaz de Camões, como contemporâneos vivos ou não, como Vasco de Lima Coto, Frederico Valério, Ari dos Santos, entre outros. Entrada livre.Casino de Tróia | 22h30.

Piedade Fernandes canta clássicos

18Sáb

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“Muito Chão” encerra a trilogia de comemoração dos 30 anos de carreira do bailarino e coreógrafo Benvindo Fonseca. Dela fazem parte as peças “Edzer”, “Casa do Rio” e “Muito Chão”. Movimentos com muita emoção vão estar em palco para proporcionar um bom espectáculoTeatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

Movimentos com emoção 18Sáb

ado

18Sába

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24Sext

a

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, român-tica e musical de Fernando Gomes, continua em cena no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local ArteViva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casamento”. No triângulo amoroso desta novela reencontramos as demissões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.Temos para oferecer convites aos nossos leitores. Para ser contemplado, basta ligar 918 047 918 e solicitar o seu convite duplo que depois levantará na bilheteira.

Ofertas Semmais - Ligue 918 047 918 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”

Mestre António Chainho celebra 50 anos de carreira artística na capital de distrito

UM ESPECTÁCULO de home-nagem a António Chainho pelos 50 anos de carreira realiza-se no dia 31, às 21h30, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, com as participa-ções de Rão Kyao, Marta Dias, Inês Pereira e Ana Vieira.

Integrado no ciclo “Luísa Todi homenageia…”, este é um tributo ao mestre da guitarra portuguesa que,

ao longo de meio século, divulgou-a em palcos por todo o mundo - do Brasil ao Japão, da Índia a Itália – até ao inevitável o reconhecimento inter-nacional e à fusão acústica de várias culturas e géneros musicais.

O acompanhamento da sua guitarra portuguesa às vozes brasi-leiras de Gal Costa e Fáfá de Belém, da espanhola Maria Dolores Pradera e da japonesa Saki Kubota é exemplo da fama conquistada pelo músico, natural de Santiago do Cacém, que se estreou na casa de fados A Severa, em meados dos anos sessenta, ao lado de Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Fran-cisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara e Hermínia Silva.

Vários álbuns depois, como “Fura Fura”, de José Afonso, e “Fado Bailado”, de Rão Kyao, Chainho continua a rein-

ventar a guitarra portuguesa e grava, em 1998, “A Guitarra e Outras Mulheres”, acompanhado por Teresa Salgueiro, Marta Dias, Filipa Pais, Ana Sofia Varela, Elba Ramalho e Nina Miranda, bem como por alguns músicos prestigiados de Nova Iorque, Bruce Swedien, Greg Cohen e Peter Scherer.

O mestre Chainho é convidado inúmeras vezes para actuar ao lado de vozes com registos bem diferentes, como o cantor lírico José Carreras, num concerto no Pavilhão Atlântico, a brasileira Adriana Calcanhoto, numa das suas digressões em Portugal, no Rio de Janeiro e em São Paulo a convite de Maria Bethânia e ao lado do músico de flamenco Paco de Lucía.

Os bilhetes, com um custo de 14 euros, podem ser adquiridos na bilhe-teira do Fórum, de 3.ª a domingo, das 11 às 20 horas.

Mestre da guitarra está em festa

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Camané actua em Setúbal para apresentar o melhor da sua carreira musical, num espectáculo integrado numa digressão nacional do fadista, que reúne os grandes clássi-cos interpretados entre 1995 e 2013.Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

Camané em digressão

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Este espectáculo prota-gonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, vive sobre-tudo da sátira política e social, não esquecendo os cenários e os figurinos de luxo.

Paulo Sousa Costa apresenta a peça “A Noite”, de José Saramago, no Teatro da Trindade, em Lisboa, aos sábados e domingos às 21h30. No elenco constam os nomes de Paulo Pires, Pedro Lima, Joana Santos, Victor Norte, Sofia Sá da Bandeira, João Lagarto, entre outros.Trata-se de uma peça com muita história, já encenada em 1979, com encenação de Joaquim Benite e direcção musical de Carlos Paredes.

“Grande Revista”

“A Noite”

A Orquestra Gulbenkian brinda o público com obras de Franz Schubert e Luís de Freitas Branco. O concerto abre com “Duas melodias”, de Luís de Freitas Branco, obra orquestrada pelo compositor português em 1909, seguindo-se depois para a Sinfonia N.º 9, em Dó Maior, D. 944 de Franz Schubert.Teatro Joaquim Benite, Almada | 21h30.

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Sesimbra desce rendas Branca de Neve e os 7 Anões

Os valores pagos pelos espaços de venda nos mercados muni-cipais vão ser desagravados este ano. A medida, aprovada pelo município visa minimizar os encargos associados a estas parcelas e as consequências

decorrentes da crise econó-mico-financeira, que afectam o pequeno comércio, quer pela redução significativa do consumo, quer pelo agrava-mento da carga fiscal impu-tada aos comerciantes.

O Cinema S. Vicente, em Aldeia de Paio Pires, recebe em palco este domingo, dia 19, pelas 16 horas, a peça infantil “Branca de Neve e os Sete Anões”, pela Companhia Byfurcação, de Sintra. Um espectáculo com

50 minutos de improviso inte-ractivo, cómico e divertido para toda a família, que regressa à mesma sala no próximo dia 26. O espectá-culo dura 50 minutos e o ingresso custa 4 euros.

LOCAL

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Orçamento realista a pensar na população

Grândola aprova orçamento de 21 milhões de euros

Setúbal procura novos valores

O município já aprovou as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2014, cujo

valor é superior a 21 milhões de euros. O novo executivo apresenta uma proposta de orçamento “realista assente numa estratégia democrá-tica, de visão, que tem por objec-tivo melhorar a qualidade de vida” da população.

Destaque para o Desenvolvi-mento Económico e a necessária cooperação com os agentes empre-sariais, agricultores, produtores locais e com os pequenos e médios empresários. Captar a instalação de novas empresas para Grândola, a Zona Industrial Ligeira; a possível instalação de uma plataforma logís-tica; o incremento das actividades agrícolas e florestais, e a dinami-zação do comércio tradicional; são assuntos chave em todo este processo que vão merecer uma atenção especial, com a criação de uma estrutura de apoio às activi-dades económicas.

A estratégia passa, também, por potenciar e apoiar os empreendi-mentos turísticos e hoteleiros exis-tentes, bem como projectos futuros a implementar no concelho, salva-guardando as mais-valias que possam trazer para este território, como oportunidades de emprego

e de negócio, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida dos grandolenses, por forma a eliminar as assimetrias e desigual-dades entre o litoral e o interior.

Algumas das apostas passam por especial atenção à Rota das Tabernas, à Feira de Agosto, Turismo e Ambiente, à Feira do Chocolate, ao Grândola Aventura e o retomar da Mostra Gastronómica.

Na Cultura, grande destaque para as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril e os 50 anos da canção “Grândola Vila Morena”.

No Desporto, realce para a Ultra Maratona Atlântica Melides-Tróia

e o regresso dos Jogos Tradicionais. Na Juventude, merece destaque

o Fórum da Juventude, e na educação, a reparação e manu-tenção do parque escolar.

No Planeamento e Urbanismo, serão lançados os processos de criação das áreas de reabilitação urbana dos centros de Grândola e de Melides, bem como a revisão do PDM.

A instalação do Posto de Turismo nos Paços do Concelho, os melho-ramentos em estradas municipais bastante degradadas, e o serviço de abastecimento de água ao Brejinho de Água são outras apostas.

As inscrições para o 6.º Concurso de Fado Amador de Setúbal, compe-tição organizada pelo município e Capricho Setubalense, aberta a cantores do País, está a decorrer.

Os candidatos, maiores de 16 anos em 2014, devem inscrever-se com cinco fados, sendo a selecção feita através de audições à capella.

Os fadistas amadores seleccio-nados pelo júri participam numa das duas semifinais, nos dias 8 e 15 de Fevereiro, às 21h30, na Capricho Setu-balense, parceira nesta iniciativa, sendo apurados três concorrentes em cada noite.

A sexta edição do Concurso de Fado Amador de Setúbal culmina com uma gala, a 22 de Fevereiro, às 20h00, em que é conhecido o vencedor, que recebe um prémio monetário de 500 euros e actuação garantida na Feira de Sant’Iago.

O segundo e terceiro classificados recebem 250 e 125 euros, respecti-vamente, enquanto o fadista eleito pelo público, no final do espectáculo, é premiado com 125 euros e com a possibilidade de subir ao palco da Feira de Sant’Iago.

O concurso conta com os patro-cínios da Fundação Buehler-Brockhaus e da Rádio Amália.

Estão abertas inscrições para a oficina de desenho de observação com a Câmara de Desenhar, na Casa da Cerca este sábado, entre as 15 e as 16h30. Cada um poderá fazer o seu auto-retrato.

Como num teatro de papel será feito um jogo entre a bidimensiona-

lidade e a tridimensionalidade das acções que livremente cada um irá escolher.

Interpretando as obras de arte que estão expostas na “casa ocupada”, será feita uma reflexão sobre como o nosso corpo ocupa o espaço da cidade onde vivemos.

A Junta de Freguesia do Torrão atribuiu esta semana seis bolsas de estudo a estudantes do ensino secun-dário e universitário. O presidente Virgílio Silva congratula-se com o apoio dado aos estudantes. «Trata-se de uma ajuda às famílias dos estu-dantes que têm bons resultados esco-lares, disse o presidente, que fez ainda um apelo. «No futuro perpetuem as potencialidades e o património da freguesia». Durante o ano lectivo, a Junta do Torrão atribui mensal-mente 100 euros ao estudante do ensino superior e 50 a cada estu-dante do ensino secundário.

Almada procura artistas para Casa do Desenho

Alcácer atribui bolsas a alunos carenciados do Torrão

Alcochete distingue filhos da terra

O grupo social da paróquia de S. Brás de Samouco é distinguido, este domingo, na sessão do 116.º Aniver-sário da Restauração do Concelho, com a Medalha Dourada da Restau-ração pela dedicação dos voluntá-rios num inestimável contributo para o bem-estar da comunidade local.

Desde 2010 que este grupo tem vindo a apoiar famílias carenciadas da freguesia, registando em 2013 um apoio a 47 famílias, num total de 124 pessoas.

Numa altura em que a situação económica do País afecta muitas famílias, este grupo «tenta contra-riar esta situação e dedica muito do seu tempo a ajudar quem mais precisa e a trabalhar em prol das pessoas», frisou o presidente Luís Franco, que acrescenta: «O seu contributo cons-titui um exemplo de cidadania activa, que valoriza a solidariedade e inclusão social, através do voluntariado, em prol dos desfavorecidos e fragili-zados».

Na sessão solene deste ano vão também ser distinguidos 11 funcio-nários da Câmara.

O executivo, liderado pela CDU, não vai esquecer o apoio aos empreendimentos turísticos e hoteleiros do concelho, sobretudo pela criação de riqueza e de postos de trabalho em prol das populações tão em crise.

Posto de Turismo muda-se para os Paços do Concelho para poupar verbas

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Palmela procura nova imagem para “Março a Partir”

Até final do mês, está a decorrer o II Concurso Imagem “Março a Partir”, que pretende seleccionar a imagem gráfica que servirá de base para a promoção do 19.º Março a Partir – Mês da Juven-tude no Concelho.

Aberto a todos os interessados, residentes em Portugal, que desejem concorrer individual-mente, o concurso terá uma fase de votação pelo público de todas as propostas recebidas, a decorrer na página Facebook do “Março a Partir”, entre 1 e 5 de Fevereiro, após o que serão seleccionados os cinco finalistas. O vencedor será escolhido pela organização.

Promovido pelo município e dinamizado em parceria com as associações juvenis, grupos infor-mais de jovens e outras entidades que, por vocação, trabalham direc-tamente com a população juvenil do concelho, o “Março a Partir” é uma Escola de Participação para

os jovens e para o associativismo, tendo por base princípios como participação, responsabilidade, tolerância, partilha e cooperação. Ao longo de quase duas décadas, o “Março” afirmou-se como um projecto de e para a juventude, transversal a várias áreas de actu-ação no campo juvenil. Desportos radicais, de aventura e natureza, música, cinema, teatro, dança, artes circenses, tecnologias de infor-mação e preservação do ambiente, são algumas das propostas.

Actividades ligadas à natureza

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Novo executivo apoia alunos

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INICIATIVAS

O auditório Augusto Cabrita, no Barreiro, recebe dia 25, das 14h30 às 17h30, o workshop de desenho e pintura “Artistas a Brincar”, no âmbito do projecto “Sonhar Acordados”. A inicia-tiva é dirigida a crianças dos 6 aos 12 anos e ministrada por Teodorico Mendes, artista plás-tico, e Sofia Jesus, psicopeda-goga.

De 28 a 30, a biblioteca de Pinhal Novo acolhe a exposição “Educação+ Financeira”. É da responsabilidade da Universi-dade de Aveiro e destina-se a jovens e ao público em geral e integra a realização de sessões itinerantes de norte a sul do país, pelo quarto ano consecutivo.

A homenagem ao actor Fernando Guerreiro, prevista para dia 26, foi adiada para 29 de Novembro, por motivos imprevistos. Um grupo de artistas está a preparar espec-táculo multidisciplinar de home-nagem ao actor, encenador e poeta falecido em 2013.

Nuno Antunes vai estar em Alcácer, no auditório, dia 23, às 18h30, para palestra sobre hiperatividade. O médico foi convidado pelo Agrupamento de Escolas n.º 1 e pelos pais e encarregados de educação. Vai abordar a hiperactividade e o défice de atenção, entre outros temas.

Atelier de artes no Barreiro

Exposição de Educação Financeira

Homenagem a Guerreiro adiada

Alcácer do Sal ouve palestra

O auditório António Chainho, em Santiago do Cacém, acolhe este sábado, às 14h30, uma sessão formativa destinada ao movimento associativo cultural, desportivo e recreativo. A organização está a cargo do município e da Federação de Colectividades do Distrito e visa esclarecer os participantes sobre temáticas pertinentes da vida asso-ciativa.

As sessões serão apresentadas por Sérgio Pratas e Maria João Santos, juristas do Conselho Nacional da Confederação Portu-guesa das Colectividades de Cultura, Desporto e Recreio.

Na primeira parte da sessão, será apresentado o Manual do Diri-gente Associativo e serão abor-dados temas do manual que reúne, de forma acessível, tudo aquilo que um dirigente associativo precisa de saber sobre o funcionamento

de uma associação do ponto de vista legal, desde a sua criação, passando pelo funcionamento dos órgãos sociais, pelas entidades inspectivas, pela prestação de contas, e até mesmo o que fazer em caso de extinção de uma colec-tividade.

Para Sérgio Pratas, «o quadro legal tem vindo a tornar- se cada vez mais complexo e difícil».

Segue-se, no final da primeira

parte, o debate para dar resposta a questões concretas dos partici-pantes.

Na segunda parte, será abor-dado o licenciamento e funciona-mento dos estabelecimentos de bebidas e restauração ligados às colectividades.

Segundo Sérgio Pratas, «nos últimos tempos, tem-se assistido a um conjunto de acções inspec-tivas por parte da ASAE e que têm resultado na aplicação de coimas, nalguns casos, de valores impres-sionantes e no encerramento de algumas colectividades. O que se tem feito ao nível da Confede-ração é um trabalho conjunto com a ASAE para articular e simpli-ficar a linguagem de maneira a que facilmente se possa perceber o que é que a colectividade precisa de ter para evitar problemas a este nível».

Santiago prepara movimento associativo sobre nova legislação

O Grupo de Samba Bota no Rego realiza este domingo, às 12 horas, a festa de inauguração da nova sede social situada na ex-escola básica da Maçã. A comemoração arranca com um almoço-convívio no espaço exterior da sede.

A participação tem um custo de 4 euros e exige uma pré-inscrição, que pode ser feita pelo

telefone 92 676 16 68 ou pelo [email protected]. Depois das 14 horas, a festa continua com música, dança e teatro.

Bota Big Band, e show de apre-sentação das passistas mirins, juvenis e seniores e mestre-sala/porta-bandeira fazem parte do programa.

Já na sua 24.ª edição, o Carnaval de Alhos Vedros, que este ano sai à rua nos dias 2 e 4 de Março, com o tema “500 Anos do Foral de Alhos Vedros”, continua a afirmar-se como uma iniciativa de prestígio não só para a freguesia de Alhos Vedros, mas para todo o concelho. São centenas de pessoas que volunta-riamente se envolvem para, ano após

ano, oferecerem um momento dife-rente e divertido a todos os que nos visitam. Assim, a Câmara Municipal da Moita aprovou a atribuição de um apoio financeiro, no valor de 10 mil euros, à Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense, assu-mindo-se, uma vez mais, como parceira na dinamização do Carnaval de Alhos Vedros.

Sesimbra dá nova sede à escola de samba Bota no Rego

Carnaval da Moita sai à rua nos dias 2 e 4 de Março

A Banda Democrática 2 de Janeiro comemorou, esta semana, o seu 100.º aniversário. O presi-dente do município, Nuno Canta, que marcou presença na cerimónia, onde foram entregues medalhas de mérito aos sócios que comple-taram 25 e 50 anos de associados, sublinhou a «relevância crescente que as associações e colectividades culturais e desportivas têm assu-mido nas sociedades contempo-râneas» adiantando que «É preciso transformar as associações em parceiros activos do município no

respeito emergente pela sua auto-nomia e independência».

«Nesta visão estratégica que queremos aprofundar nos próximos anos a nossa preocupação não é apenas apoiarmos as iniciativas, mas, principalmente, proporcio-narmos os meios e os equipamentos que permitam às colectividades desenvolver e melhorar a sua acção», sublinhou o líder. Nascida em 1914, a colectividade desenvolve actividades culturais e desportivas. Destaca-se nas suas actividades desportivas.

Montijo apaga velas da Banda Democrática 2 de Janeiro

Nuno Canta, edil montijense, apagou as velas do bolo de aniversário

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Paços do Concelho

Município dá formaçãoD

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Câmara de Sines aposta em educação ambiental nas escolas da ‘pré’ e 1.º ciclo

O Programa de Educação Ambiental (PEA) para o ano lectivo 2013/14, destinado à comunidade escolar de Sines, foi lançado no passado dia 7 de Janeiro. Promo-vido pela Câmara de Sines, o PEA pretende despertar as consciên-cias dos mais jovens para a impor-tância da preservação do meio ambiente e poupança dos nossos recursos.

O programa, destinado a mais de oitocentos alunos do ensino pré-escolar e 1.º ciclo, aposta num conjunto sistematizado de iniciativas nas

escolas, desde sessões teóricas e pales-tras, visualização de filmes e docu-mentários, ateliês práticos e activi-dades no terreno, coordenadas por técnicos da autarquia em colabo-ração com os docentes.

O objectivo é dotar alunos, professores e restante comunidade educativa de um conjunto de conhe-cimentos e ferramentas que lhes permita intervir directamente na construção de uma sociedade e de um ambiente mais sustentáveis e perpetuar esses comportamentos nas gerações futuras.

Barreiro testa segurança das escolas

Diversas escolas do concelho foram palco de exercícios de evacu-ação, esta semana, a simular situa-ções de incêndio, com o objectivo de treinar a retirada em segurança. Esti-veram envolvidos milhares de agentes escolares de 14 estabelecimentos do concelho.

Paula Almeida, do CDOS, referiu que o treino, por exemplo, na escola Mendonça Furtado, foi «relativa-

mente pacífico, cumprindo os objec-tivos designados na legislação em vigor», sublinhando que os partici-pantes demonstravam «alguma prática», assinalando, depois, algumas arestas a limar de modo a agilizar as condições de retirada em caso de necessidade. O balanço final é, na sua opinião, «positivo», reconhecendo o esforço da escola para garantir a segu-rança de pessoas e bens.

Seixal aceita candidatos para escola de música

Estão abertas as inscrições para o 2.º semestre na Escola de Jazz e Música Moderna de Almada-Seixal. O projecto proporciona descontos de 60 por cento.

A referida escola foi fundada em 2001 e dedica-se ao ensino e divulgação do jazz, através de cursos, workshops, organi-zação de eventos e concertos.

Entre a oferta estão os cursos de formação musical, harmonia/improvisação, de instrumento para jazz, de guitarra flamenca ou contem-porânea e curso geral de jazz. Também é possível aprender bateria, guitarra, contrabaixo, baixo eléctrico, piano, saxo-fone, trompete e voz.

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Adega de Palmela ‘brinda’ ao King Aeronáutica em força na EST

O restaurante Praxedes, em Setúbal, foi palco, sábado, de um almoço de homenagem a Eusébio, que reuniu algumas das maiores estrelas da história do Benfica e onde foram sabo-reados os vinhos de qualidade

da Adega de Palmela. Estiveram presentes o capitão Mário Wilson, o carismático Tony, o comandante José Luís Prata, os craques Joaquim Charouco e Vieira Dias, e o campeão de atletismo Bonga.

A EST de Setúbal abriu candi-daturas, até 10 de Fevereiro, para o curso de pós-gradu-ação em Tecnologia Aeronáu-tica. A aeronáutica tem vindo a crescer a nível mundial, factor decorrente do aumento

do número de passageiros e que culminará com a conse-quente necessidade de cons-trução de novas aeronaves. Portugal tem efectuado uma forte aposta na indústria de fabrico aeronáutico.

NEGÓCIOS

Sábado //18 . Jan . 2014 //

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JMF de Setúbal fecha ano com lucros

O Enoturismo da JMF fechou 2013, uma vez mais, com números record, tendência já assumida nos últimos anos, atingindo mais de 35 mil visitantes e mais de meio milhão de euros de facturação.

Em 2013 visitaram a JMF pessoas de 74 países distintos. Portugal está em 1.º lugar com 30 por cento do total de visi-tantes, seguido da Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca, Holanda e Espanha.

“O Enoturismo é umas das nossas melhores ferramentas de marketing. Damos a conhecer, diariamente e de forma apaixonada, a nossa história e os nossos produtos aos visitantes dos quatro cantos do mundo, lançando a semente a novos consumi-dores e fortalecendo relações com consumidores já exis-tentes” refere Sofia Soares Franco, responsável pelo Enoturismo da empresa.

A empresa realiza visitas guiadas às suas instalações em Azeitão desde os anos 60 do séc. XX. A Casa Museu está aberta diariamente com serviços variados como visitas guiadas, provas de vinhos e degustação de iguarias regio-nais, acções de team building e refeições para grupos.

Empresa com largas tradições

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2013 aumentou falências na região mas abriu 2165 novas empresas

Apesar da crise em que o país está mergulhado, a região conheceu 2165 novas empresas em 2013,

segundo dados revelados pelo Obser-vatório Racius. De acordo com as estatísticas empresariais, no distrito de Setúbal foram constituídas mais 378 unidades empresariais do que as 1787 registadas em 2012, tendo o comércio – excepto a venda de auto-móveis - e a restauração represen-tado as áreas onde recaiu o maior número de investimentos.

Trata-se de uma inversão na tendência registada nos últimos anos na região. Os dados oficiais, entre 1 Janeiro e 31 de Dezembro de 2013, mostram que 433 empresas constituídas no distrito estão rela-cionadas com o comércio a retalho, enquanto 259 se inscrevem na

restauração e similares, 249 no comércio por grosso e 141 pertencem às actividades especia-lizadas de construção. Mais abaixo surgem as actividades imobiliá-rias, com 128 novas empresas.

Janeiro 2013 foi o mais empreendedor

Curioso é ainda o gráfico que mostra quais foram os meses que reuniram mais propensão para empreendedorismo no distrito. Janeiro foi o preferido, com a criação de 353 empresas, seguindo

uma tendência de queda até Agosto (o pior mês do ano), que conheceu apenas 107 investimentos. Seguiu-se, então, nova subida. Setembro já chegou às 138, Outubro às 192 em Novembro atingiu as 190. Dezembro ficou-se pelas 145.

São números que, segundo os especialistas, traduzem «alguma confiança» de quem quis arriscar a montar o seu negócio, depois dos dados das insolvências marcarem ainda 2013 no sentido oposto. Ou seja, Setúbal voltou a exibir um aumento de empresas falidas comparando os últimos dois anos,

numa percentagem de 28,82%.Foram 341 os empresários que

faliram na região, mais 54 do que os 287 de 2012 e mais 124 do que os 217 de 2011, segundo o Instituto Informador Comercial (IIC), uma consultora especializada na gestão de créditos, sendo que a informação utilizada no Observatório de Empresas resulta do processamento diário de todos os anúncios de Acção de Insolvência publicados no Portal Citius e em Diário de República no âmbito do Serviço de Informação das Empresas em Processo de Insol-vência disponibilizado pelo IIC.

As insolvências continuaram a assolar a região, mas há sectores que começam a mexer. Comércio a retalho, restauração e até o imobiliário recuperaram um pouco. Apenas a venda de automóveis mantêm desvio.

Roberto Dores

O pescador Paulo Martins, da Costa da Caparica, lamenta o facto do sector não dispor de doca na zona

Dois vinhos da região entre os 50 melhores de Portugal

APSS draga doca e melhora piso do CNSO vinho branco “Dona Erme-

linda 2011”, da Casa Ermelinda Freitas, e o “Bastardo”, da Casa Horácio Simões, são os dois únicos vinhos da região que integram a lista dos cinquenta melhores vinhos portugueses para a revista Wine&Spirits. A lista foi dada a conhecer esta quinta-feira, na Biblio-teca de Nova Iorque, e baseia-se na análise feita por um dos mais impor-tantes críticos norte americanos, especialista em vinhos.

Joshua Greene esteve em Portugal, provou 600 vinhos e esco-lheu os melhores 50 entre verdes, brancos, tintos e generosos.

A iniciativa foi uma aposta da

Vini Portugal com o objectivo de promover os vinhos portugueses no mercado americano. Actualmente os Estados Unidos representam 8% das exportações de vinhos lusos, num volume de negócio de 25 milhões de euros, sem contabilizar o Vinho do Porto que, isoladamente, vale 20 milhões de euros.

Alentejano made by BacalhoaPara além do “Família Horácio

Simões Bastardo, 2009” e do “Dona Ermelinda branco 2011” a lista conta ainda com um vinho produzido pela empresa Bacalhoa , sediada em Azeitão, mas com denominação de região demarcado do Alentejo. Trata-se do Tinto da Ânfora 2010.

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), SA terminou, no passado mês de Dezembro, a empreitada de “recarga em pavimento betuminoso na área em frente da rampa do Clube Naval Setubalense”, bem como, a dragagem da entrada da doca.

Esta intervenção permitiu melhorar funcionalmente e visu-almente a área envolvente do CNS e as condições de operacionali-dade da doca, beneficiando aquele ecléctico clube, que para além de um relevante promotor de activi-dades ligadas à náutica de recreio

e desportos marítimos e de pavi-lhão, tem instalado, um restaurante especializado em peixe, com vista para a doca e para o rio Sado.

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Setúbal segue tendência do País

A região segue a tendência nacional em termos de insolvências, sendo que os sectores onde o recuo mais se sentiu foram os da fabricação de veículos automó-veis (com um decréscimo de 71,4%) e o da produção de equipamento eléctrico (com uma descida de 64,3%). Houve, no entanto, algumas actividades que tiveram um comportamento oposto, como foi o caso do ramo postal, onde as insolvências subiram 200%, ou do apoio social sem alojamento, que verificou um acréscimo de 192,9%. Já no que diz respeito aos sectores com maior número de falências judiciais, o comércio a retalho liderou em 2013 (mais 4% do que em 2012), roubando o lugar que tinha sido ocupado um ano antes pela promoção imobiliária. Este último ramo de acti-vidade ocupou a segunda posição, com uma queda homóloga de 23,1%. Em terceiro surge o comércio por grosso, com menos 18,8%.

Recarga do pavimento betaminoso

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Sábado // 18 . Jan . 2014 // www.semmaisjornal.com 13

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MERCADORIAS - A REFER anunciou que os gestores das infra-estruturas ferrovi-

árias de Portugal, Espanha e França, iniciam o “corredor ferroviário de mercadorias nº 4”, para ligar portos espanhóis e portugueses a França. A linha do lado de Badajoz ainda está em bitola Ibérica (será para defender os seus portos da concor-rência dos portos portugueses?) Será desta ? Em relação aos seus portos, Espanha já deu inicio à migração para a bitola Europeia. Porque não existe a ligação Évora-Badajoz ? Tem de ser Já. Os portos de Setúbal e Sines ainda só têm bitola Ibérica. Já se iniciaram as negociações com Espanha para as condições de utilização da infra-estrutura do lado espanhol ?

PASSAGEIROS - O “TGV” inte-ressa às indústrias ferroviárias de Espanha e França, mas é mau para Portugal. A RAVE previa 4 comboios diários de passageiros ligando Lisboa a Madrid, quando hoje existe 1 circulação em comboio

nocturno demorando 10,5h a ligar Lisboa-Madrid, com baixa taxa de ocupação. Mesmo que o tempo de viagem se viesse a reduzir para cerca de 3,25h, se o custo de viagem em TGV era estimado em cerca de 100€, e o custo de 1 viagem por avião é menos de metade, e com tempo de viagem inferior, como se explica que iria aumentar tanto a procura ? Mesmo que o investi-mento fosse técnica e financeira-mente viável com o apoio dos fundos comunitários, seria econo-micamente desastroso, conside-rando os custos de construção,

manutenção e exploração. Como: não está prevista uma ligação directa do TGV ao Novo Aeroporto de Lisboa, tanto mais que estava prevista 1 estação, obrigando à construção de um troço de AE a ligar o NAL à AE12/Ponte Vasco da Gama, e um “shuttle” ferrovi-ário que ligaria o NAL a Lisboa, deixando assim de se justificar a ligação do TGV a Lisboa ? Deve-se é fazer terminal no Pinhal Novo. Évora uma região com cerca de 60 mil habitantes ter uma estação para o TGV e, na Península de Setúbal a caminhar para cerca de 900 000 habitantes, não estar prevista estação para o TGV ?

AÇÕES PRIORITÁRIAS - Cons-truir a ligação mista Évora – Badajoz com travessas bi-bitola (Ibérica/Europeia). Colocar travessas bi-bitola na ligação Sines-Badajoz passando pelo Poceirão, e extensão ao Pinhal Novo (Entron-camento Ferroviário Sul) para quando Espanha decidir fazê-lo na fronteira com Portugal. Apro-

veitando o material circulante Alpha pendulares que transita na zona do Pinhal Novo a 220 km/h, e a 250 km/h (nova geração) em Velocidade Elevada Ferroviária, rentabilizando “know-How” exis-tente, em manutenção/condução, diminuindo tempo de percurso Lisboa-Madrid em 6,5h, mais 30min relação tempo percurso TGV, apro-veitando o material circulante exis-tente para mercadorias. Poten-ciando ligações portos Setúbal/Sines-Espanha: Plataforma Logís-tica Badajoz, Porto Seco Madrid, Plataforma Logística Sagaroça, França (Para o grande mercado do Norte da Europa, os navios por não competitivo, não descarregam mercadorias na costa portuguesa para depois serem transportados via ferroviária vão directamente para os portos do Norte da Europa (não se confunda “transhipment” com “hinterland”). E, e.v. das travessas bi-bitola, outra alterna-tiva seria a instalação de intercam-biador de última geração (passa-

geiros/mercadorias) na fronteira de Elvas-Caia-Badajoz, à imagem do que se está a desenvolver na fronteira com a Rússia (não bitola Europeia) mas temporalmente inexpectável, salvaguardadas as questões das cargas por eixo e pendentes (mercadorias) raios de curvatura (passageiros) e tensões eléctricas.

Obs.Final: Não se percebe porque o anterior Ministro dos Transportes e Obras Públicas assinou o contrato com o consórcio Elos, para a ligação CAIA-Poceirão em Alta Velocidade Ferroviária, dia 8.5.2010, potenciando mais uma PPP ruinosa para Portugal. Este governo, parece querer retomar este projecto, apesar de ter afir-mado que era só para mercado-rias, sendo que as mercadorias não circulam em AVF, acontecendo no transporte aéreo, no que refere aos produtos perecíveis e/ou mate-riais de alto valor acrescentado, em que o factor tempo de trans-porte é fundamental.

Caldeira Lucas(Engº, Gestor,Prof, Consultor)

Ligação ferroviária à europa

Colocar travessas bi-bitola na ligação Sines-Badajoz passando pelo Poceirão, e extensão ao Pinhal Novo...

Page 14: Semmais 18 janeiro

BE sugere criação de gabinete de apoio ao idoso

Os autarcas eleitos pelo BE no concelho de Palmela e uma delegação da Comissão Coor-denadora Concelhia daquela estrutura visitaram a sede social da Associação de Reformados

Pensionistas e Idosos do Pinhal Novo, no dia 11, e sugeriram a criação do Gabinete de Apoio ao Idoso, da autoria de Tânia Ramos, membro na Assembleia Municipal de Palmela.

Segundo o BE, com o começo de um novo ano, entra em vigor o novo Orçamento de Estado proposto pelo Governo PSD/PP e aprovado na Assembleia da República. Este orçamento

traz “novos cortes nos rendi-mentos para a grande maioria das pessoas, nomeadamente aquelas que mais sentem a austeridade imposta pela direita”.

POLÍTICA

Sábado //18 . Jan . 2014 //

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Distrital do CDS-PP ganha peso nas cúpulas nacionais no congresso de Oliveira do Bairro

A distrital de Setúbal do CDS-PP reforçou a sua influência

nos órgãos nacionais do partido, no decorrer do último congresso ocorrido em Oliveira do Bairro. No total, os dirigentes centristas da região com lugares na cúpula partidária passaram

a oito, contra os seis eleitos na assembleia magna ante-rior. «Trata-se de um reforço importante, que espelha o crescimento que o partido tem registado no distrito», disse ao Semmais Nuno Magalhães, o líder distrital do CDP-PP, e presidente da bancada centrista na Assem-

bleia da República.Magalhães, eleito como

um dos oito vice-presidente do partido, vai ser acom-panhado por Teresa Noronha (Alcácer do Sal), eleita para a Mesa do

Congresso, Francisco Piteira, (Palmela), na Comissão Nacional de Fiscalização e João Viegas, (Setúbal), Filomena Pinela, (Santiago do Cacém), António Pedro Maco,

(Almada), Abílio Baptista (Montijo) e Nuno Ribeiro (Seixal), estes últimos no Conselho Nacional.

Mais quatro a ser eleitos em assembleia distrital

A este grupo de diri-gentes dever-se-ão juntar outros quatro elementos a eleger na próxima Assem-bleia Distrital, que terá que ser realizada nos próximos três meses. «Um dos objec-tivos é proceder a uma renovação e refrescamento dos nossos dirigentes, e está assegurada, pelo menos, a indicação de dois dirigentes que nunca fizeram parte de qualquer estrutura do partido», afiançou Nuno

Magalhães.No balanço deste posi-

cionamento do PP da região nos quadros nacionais, a distrital de Setúbal passa a ser apenas suplanta por Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, pelo que Nuno Magalhães não tem dúvidas de que também se ganhou «prestígio» e o «reconhe-cimento» pelo trabalho que as equipas dirigentes da distrital têm vindo a operar. «Tem sido um trabalho de grande empenho, com resultados notórios e com militância em todos os concelhos de região elei-toral tão difícil como a nossa».

A distrital de Setúbal do CDS-PP viu reforçada a sua presença em todos os órgãos nacionais. O último congresso consagrou o «reconhecimento» do trabalho de ‘formiguinha’ sob a liderança de Nuno Magalhães.

Socialistas denunciam má gestão da CDU em Alcochete

A FEDERAÇÃO do PS, em comunicado enviado às redacções, diz que a Câmara de Alcochete, lide-rada pelo comunista Luís Franco, vai ser penalizada com a perda de mais de 327 mil euros, cujo montante será reduzido ao valor previsto no mapa de trans-ferências do Orçamento do Estado de 2013 e seguintes para o município. O despacho dos secretários de Estado da Administração Local e Ajunto já foi publi-cado em Diário da Repú-blica no passado dia 15.

Prossegue a Federação que, segundo o mesmo despacho, “após o apura-mento do endividamento da Câmara, em 31 de Dezembro de 2011, o muni-cípio não cumpriu com o limite de endividamento líquido no final do ano”. Acrescenta ainda, da análise realizada aos dados finan-ceiros de 2012 o município mantém-se em “situação de incumprimento face à legislação aplicável, que obriga a redução em cada ano subsequente de pelo menos 10 por cento do

montante que excede o seu limite de endividamento líquido, até que aquele limite seja cumprido”.

Para os socialistas, mais uma vez, “cai a máscara” à gestão PCP/CDU em Alcochete e no distrito, sublinhando que “em todos os municípios de gestão PCP/CDU são verificados incumprimentos finan-ceiros e aumento da dívida a fornecedores e emprei-teiros”.

Para a Federação do PS, “a arrecadação de receitas por parte dos municípios é cada vez mais difícil e os orçamentos municipais são constan-temente reduzidos por parte da receita. As trans-ferências do OE para os municípios são, ano após ano, reduzidas, e neste contexto, Alcochete deita à rua mais de 327 mil euros por manifesta incapaci-dade de gestão”.

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A líder distrital do PS, Madalena Alves Pereira

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Anabela Ventura

Delegados de Setúbal no congresso de Oliveira do Bairro

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Baptista está de volta ao ‘Santos Nicolau’

O 3.º Encontro Distrital de Traquinas, em futebol, tem lugar este sábado, à tarde, no estádio municipal de Sines e conta com a participação de uma dezena de clubes. As crianças com idades entre os

sete e os oito anos participam na terceira ronda de promoção ao futebol de base numa orga-nização conjunta entre a Asso-ciação de Futebol de Setúbal e o Vasco da Gama de Sines. Os jogos começam às 14 horas.

Vitória busca ânimo nas Antas Traquinas para animar Sines

Após o empate a uma bola frente ao Rio Ave que, por enquanto, vai valendo o segundo lugar no grupo A da Taça da Liga, o Vitória tem uma deslocação difícil ao terreno do Futebol Clube do Porto. Apesar

de conscientes das dificuldades que vão encontrar no Dragão, os jogadores do Vitória querem conquistar pontos. No início desta segunda volta da Liga, o clube sadino é 12º classificado com 16 pontos.

DESPORTO

Sábado //18 . Jan . 2014 //

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Quer a UEFA como a FIFA, ao mais alto nível e muito justificadamente, têm vindo

a preocupar-se com manifestações de racismo, totalmente despro-positadas nos campos de futebol, em especial na pseudo-civilizada Europa.

Em Milão e em Londres, joga-dores como Mário Balotelli (cidadão italiano de pleno direito) e Samuel Etto (camaronês de nacionalidade base mas conside-rado como ‘craque’ na zona euro-peia) têm sido alvos de actos de um sórdido racismo que nos apetece classificar como lamen-tável estupidez.

Imitação de sons de macacos zangados, arremesso de bananas para os relvados, exibição de cartazes indignos têm constituído alguns do meios selváticos para ofender jogadores de raízes afri-canas.

Em Portugal, felizmente, tais desmandos não têm acontecido o que não nos impede de trazer o assunto a este recanto de reflexão.

Para que se tenha uma noção de que tal problema não é novo relembramos um episódio muito antigo, decorrido em território português, exactamente na Ilha da Madeira, no longínquo ano de 1938.

Passou-se com o verdadeiro “gentleman” das práticas despor-tivas, Guilherme Espírito Santo, ao serviço do S. L. Benfica.

Com origem na África portu-guesa, bem radicado em Lisboa, Espírito Santo, futebolista e atleta (salto em altura) de eleição, foi o primeiro cidadão negro a repre-sentar Portugal, envergando a bonita camisola das quinas em Novembro de 1937, num contro-verso Espanha-Portugal, em Vigo, com vitória nacional por 2-1.

O jovem Guilherme entrou na segunda parte para o lugar do gole-ador Soeiro, do Sporting, e com a sua excepcional agilidade veio a ser terrível ameaça para o muito bem cotado “keeper” dos espa-nhóis, o célebre Eizaguirre. Depois, ao longo de oito anos, somou mais 6 internacionalizações, sempre a bastante bom nível.

Mais vamos à história de um frustrado racismo de que foi vítima.

Em 1938, para um jogo parti-cular com o clássico Marítimo, o Benfica deslocou-se ao Funchal, com Espírito Santo a fazer parte da comitiva.

À chegada ao hotel o insólito aconteceu: um sujeito provido de autoridade, fixando atentamente o elenco benfiquista, deliberou dizer que o ‘negro’ Espirito Santo, por tal condição bem visível, teria de pernoitar num anexo de 2.ª categoria ao contrário de todos os seus companheiros. Por incrível que pareça, o sujeito teve um tal desplante, de um racismo revol-tante e inqualificável.

A reacção foi, porém, imediata: se Espírito Santo ia para o tal anexo, iriam todos a acompanhá-lo, recusando as chaves dos aposentos principais que já estavam a ser distribuídas.

Perante tudo isso, o indese-jável cretino de mais instintos “meteu a viola no saco”, como soi dizer-se, e Espírito Santo pôde aperceber-se quanto era estimado - como sempre foi, aliás, até à sua morte, no ano passado.

E permitam-me que me sinta satisfeito ao evocar este episódio no Funchal.

Na sempre bem recordada selecção nacional de 1966, com o brilhante 3.º lugar no Mundial britânico, havia 5 jogadores de raízes africanas, sendo 4 de Moçambique.

No lote de selecionados por Paulo Bento para o complicadís-simo confronto com a Suécia, em Novembro passado, figuraram 5 africanos de boa estirpe – Nani, Varela, Éder, William Carvalho e Bruma, merecedores da estima e respeito de todos os que portu-gueses que, verdade se diga, não comungam com a estupidez do racismo que tanto está a preo-cupar as instâncias “top” do futebol internacional.

O agravamento de sanções aplicáveis e a prisão imediata de identificados provocadores devem acontecer em elevada escala.

Os actos selvagens têm que diminuir até à completa extinção. E depressa!

David Sequerra Colaborador

A estupidez do racismo

Em Portugal, felizmente, tais desmandos não têm acontecido.

António Batista acaba de ser eleito presidente do Núcleo dos Amigos do Bairro Santos

Nicolau, colectividade sadina que está a festejar 21 anos de vida e que nasceu por causa das marchas popu-lares. As eleições do dia 11 foram marcadas por grande «normali-dade e civismo». Dos 44 votantes, 25 sócios votaram a favor. Batista já esteve à frente da colectividade entre 1989 e 2003 e está de regresso ao clube do seu coração.

O fundador da colectividade, admite que o clube é como se fosse um «filho», não tendo dúvidas de que está rodeado de uma equipa «muito jovem, com muito valor» para dar continuidade às actividades.

A sua grande aposta para o mandato é proporcionar «mais alegria e dinamismo» aos sócios , sendo que o reavivar do Enterro do Bacalhau acontece já na quadra carnavalesca. «É uma tradição muito antiga e apre-ciada que não podia acabar», sublinha.

O regresso da marcha infantil

também é um desejo do novo presi-dente. «Desde que deixei a colecti-vidade nunca mais se fez a marcha infantil. É a melhor forma de come-morarmos 26 anos de marchas popu-lares em Setúbal», frisa, revelando que a procura de apoios já arrancou no terreno. No mínimo são neces-sários 5 mil euros. Além disso, relembra que a maior parte dos marchantes adultos começou a dar os primeiros passos na infantil.

Já Amilcar Caetano, presidente da Assembleia Geral e ensaiador da marcha popular, que já trabalhou com António Batista em anteriores direcções, confessa que a marcha infantil é algo «muito bom» nas colec-

tividades, dado que «reactiva e traz mais pessoas à colectividade e serve para colocar os filhos dos marchantes profissionais a desfilar, uma dor de cabeça que deixamos de ter porque todos os anos os anos há confusão entre pais que querem pôr os filhos como mascotes na marcha adulta».

Com 9 primeiros lugares conquis-tados nas marchas populares, o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau pretende desenvolver outras actividades para atrair mais pessoas à colectividade, como um grupo coral e um grupo cénico. «Uma colectivi-dade não pode ser um café, tem de ter ofertas culturais para a popu-lação», conclui.

António Luís

Moita reconhece atletas da terraÉ JÁ este sábado, dia 18, a partir

das 21 horas, no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, que vai decorrer a cerimónia de entrega de Méritos Desportivos/2013 e, simultaneamente, a atribuição dos Troféus do AtletisMoita – Torneio em Atletismo das Colectividades do Município da Moita, referentes à época 2012/2013.

Anualmente, o município distingue e reconhece publicamente os atletas e clubes que, na época desportiva passada, se sagraram campeões e vice-campeões nacio-nais, participando, individualmente ou em equipa, em campeonatos da Europa e do Mundo em diferentes modalidades, valorizando, desta

forma, a prática desportiva e o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelo movimento associativo. Nesta edição, vão ser cerca de uma centena os atletas a subir ao palco pelos bons resultados desportivos alcançados, levando o nome do município de norte a sul do País e além-fronteiras.

No AtletisMoita, vão ser 49 os premiados entre as quase duas centenas de atletas participantes neste torneio, na época passada, nos diferentes escalões previstos: benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores, seniores, vete-ranos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Durante esta cerimónia pública, estão previstos alguns momentos de animação a cargo dos ValArt –

Grupo de Teatro Fórum do Vale da Amoreira e também da classe de Hip Hop do Clube União Banhei-rense “O Chinquilho”.

Entrega dos prémios pelo edil local

O líder da colectividade quer manter fortes as tradições do clube de bairro

Coral das marchas em estudoAmilcar Caetano revela que é sua intenção criar o Coral das Marchas no Bairro Santos Nicolau. «Já há dois anos que ando a pensar neste projecto mas ainda não o apresentei

oficialmente à direcção», sublinha, acrescentando que «a intenção é reunir um variado naipe de boas vozes de toda a cidade para cantar apenas marchas de Setúbal».

DR

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Page 16: Semmais 18 janeiro

Sábado //18 . Jan . 2014 //

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ÚLTIMA

Diário: a escrita catarse, intimista, reflexiva, introspectiva.

Diário: a própria vida em acção, em construção.

O diário alicerça, sedimenta, apro-funda.

O diário orienta-nos, organiza-nos, oferece-nos aos nossos próprios olhos; escrever um diário é exterio-rizarmo-nos, para melhor nos vermos.

O diário é uma lupa, um mapa, uma bússola, um fio-de-prumo.

O diário é viciante, excitante, perturbante.

O diário aproxima-nos do centro, do núcleo, daquilo que é o nosso «íntimo».

O diário dilata a nossa existência; repercute o som dos nossos dias e permite a percepção de um ritmo próprio – dos ciclos e temas que se repetem na nossa vida.

A chamada escrita diária, do dia-

a-dia, é muitas vezes nocturna e implica uma espécie de reflexão/selecção do que vivemos horas antes. Exercício de memória, memória selec-tiva: de entre os vários aconteci-mentos do dia, escolhemos os que

mais nos marcaram pela positiva ou pela negativa.

De qualquer modo, o diário é sempre uma ficção.

Por vezes, o que escrevemos conduz à acção; outras vezes, inibe-a ou impede-a. Escrever um diário é renunciar ao futuro, escreveu Georges Sand.

Mas, à semelhança das cartas, não serão os diários de algum modo ridículos? Teolinda Gersão assim o afirma: Os diários são profundamente ridículos. O mundo não gira à volta do autor, está-se completamente nas tintas para o autor… E, no entanto, escrevemo-los.

Diário de bordo, de viagem, de noviciado; diário gráfico, diário pontual ou vitalício.

O diário como escrita fragmen-tada e feminina? «As boas meninas escrevem diários. As outras, não têm

tempo», afirmou a provocante Talhullah Bankhead.

Os primeiros diários de que há notícia são femininos e foram escritos no Japão, no séc. X – os chamados Livros de Cabeceira.

Frida Khalo escreveu um diário que também ilustrou soberbamente. Virginia Woolf escreveu como terapia e a conselho médico e tornou o seu diário um local de muitos segredos. Sylvia Plath escreveu um diário onde podemos acompanhar a sua desi-lusão para com a vida, o medo que tinha de ser enredada nos fios de Clotho, na cor amarela da loucura; Dora Carrington escreveu e dese-nhou no seu diário o seu amor-devoção a Lytton Strachey e todas elas trataram os verdadeiros temas das suas vidas em várias nouances e variações.

O diário como cadinho de artista.

Kafka, Tchekhov, Tolstoi, Montaigne, Rilke foram alguns dos escritores que escreveram (também) diários.

Dali escreveu um e chamou-lhe, modestamente, «Diário de um Génio».

Eduardo Prado Coelho, José Sara-mago, Miguel Torga, Vasco Graça Moura e Vergílio Ferreira são escri-tores portugueses que escreveram e editaram diários, mas quem os escreve com o intuito de os editar não cumpre de modo algum a clás-sica noção de diário «íntimo», antes exercita aquilo a que Michel Tour-nier chamou o diário «extime» – pensamentos e reflexões mais ou menos diárias escritas a pensar numa edição e na exposição porque, como reconhece uma das personagens de Oscar Wilde em «The Importance of Being Ernest»: «Nunca viajo sem o meu diário. É sempre preciso algo extraordinário para ler no comboio.»

Diário

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Universitários brasileiros em formação na Escola de Hotelaria de Setúbal

A Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal recebe desde o dia 18 de Dezembro e até ao dia 11

de Fevereiro um conjunto de alunos oriundos do Brasil que participam no primeiro intercâmbio cujo objec-tivo é complementar a formação dos alunos que estão a sair das univer-sidades brasileiras e que vão ser recrutados para o sector hoteleiro durante os grandes eventos despor-tivos que acontecerão nos próximos anos, nomeadamente o Campeonato do Mundo de Futebol, já em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

O protocolo de formação foi assi-nado entre o Secretário de Estado do Turismo português, Adolfo Mesquita Nunes, e o ministro do Turismo brasi-leiro, Gastão Vieira, e é o primeiro do género entre os dois países. Com estes

cursos, o Turismo de Portugal pretende dar «um primeiro passo para uma colaboração futura com outros países que necessitem de obter formação em turismo e hotelaria, designada-mente na comunidade PALOP», confirmou o Semmais.

O primeiro módulo deste programa que está a decorrer em Setúbal, com a duração de dois meses, aborda a temática do turismo aces-sível e de inclusão. Uma área do turismo onde Portugal ainda começa a dar os primeiros passos, mas cujas potencialidades são consideráveis.

Dinis Duarte é formador nesta acção e admite ao Semmais que «o mercado português do Turismo Aces-sível e Inclusivo é ainda bastante inci-piente», mas considera que existe «um enorme potencial que constitui

uma grande oportunidade de negócio neste setor estratégico para a economia do nosso país».

Só muito recentemente o Turismo de Portugal reconheceu a impor-tância deste segmento de mercado tendo-o inscrito no Plano Estraté-gico Nacional de Turismo para 2013-2015 com o objectivo de «tornar Portugal num destino acessível para todos». As Escolas de Hotelaria nacio-nais têm por isso vindo a desenvolver acções específicas de formação com o intuito de dotar os profissionais do turismo de «competências espe-cíficas e complementares necessá-rias para um atendimento com elevados padrões de qualidade de pessoas com necessidades especiais».

Marta David

Leonor Freitas e Dores Meira candidatas a Personalidades Femininas Lux

MARIA das Dores Meira, presi-dente da Câmara de Setúbal, reeleita em Setembro de 2013, e a empre-sária Leonor Freitas, gestora da Casa Ermelinda Freitas, são duas das candidatas ao prémio Perso-nalidade Feminina 2013 promo-vido pela revista Lux.

A iniciativa da revista pretende escolher treze mulheres que se destacaram em diversas áreas durante o ano de 2013 numa votação que decorre durante duas semanas e cujo resultado será conhecido no próximo dia 6 de Fevereiro.

Um júri constituído por várias

figuras da sociedade portuguesa, desde a literatura ao desporto, esco-lheu três mulheres por cada uma das áreas e agora cabe aos leitores da revista eleger a sua preferida de entre as nomeadas.

Maria das Dores Meira tem como opositoras nesta votação as ministras Assunção Cristas e Paula Teixeira da Cruz, enquanto Leonor Freitas mede forças com Catarina Portas e Manuela Tavares de Sousa.

A votação está a decorrer até às 18 horas de dia 28 de Janeiro e pode ser feita através de uma linha de valor acrescentado ou através do site da revista.

A autarca Maria das Dores Meira A empresária Leonor Freitas

Agitação marítima forteO Instituto do Mar e da Atmosfera prevê para os próximos dias o

agravamento do estado do mar com ondulação do quadrante de Noro-este, a aumentar até aos 7 metros de altura, para a costa de Portugal Continental e arquipélago da Madeira, prevendo-se que a área mais afectada seja a costa norte da Ilha da Madeira e Porto Santo, com a ondulação a poder atingir os 8 metros.