semmais 01 fevereiro

16
Desporto Região está a perder famílias numerosas 4 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 796 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 01. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Cristiana Oliveira no Luísa Todi 9 Cultura Barreiro aposta na observação de aves 15 ACTUAL O advogado que repre- senta as famílias das vítimas do Meco admitiu ao Semmais haver «fortes indícios» de que os sete jo- vens da Lusófona não estiveram sózinhos naquela noite. POLÍTICA Os deputados do PSD defendem que o modelo de financiamento para o Polis da Costa da Ca- parica não resultou e querem que Governo e autarquia encon- trem novas soluções. Há fortes indícios de que havia mais gente na tragédia do Meco... PSD quer solução conjunta para Polis da Costa PÁG. 6 PÁG. 12 NEGÓCIOS A administração do Porto de Sines considera que a fusão daquela plataforma com os portos de Faro e Portimão vai potenciar a penetração em no- vos mercados internacionais. E aposta na gestão integrada. Porto de Sines vai potenciar gestão de portos algarvios Região vai combater desertificação Opinião Arlindo Mota Faz contas aos brutal aumento do preço da água em mais um escrito de ‘Alice’. Demétrio Alves Lembra os ‘negócios’ das privatizações ao tempo de atcher e Reagan. Vítor Ramalho Critica as mais recentes notícias de que a crise está a abrandar. «É um foguetório». Álvaro Teixeira Recorda os tempos em que Eusébio era sinónimo de ‘manipulação de massas’ Paulo Edson Cunha Estreia uma nova rubrica com crónicas do seu “Café Com...” radiofónico. NEGÓCIOS A unidade de Pal- mela vai produzir mais 65 au- tomóveis por dia. Uma boa no- tícia que faz com que a empresa contrate de imediato 120 novos trabalhadores. NEGÓCIOS Especializada no comércio de peixe fresco, a empresa vai construir uma nova fábrica, com uma área de 1800 metros quadrados. Este Verão a unidade já deve funcionar para expandir o negócios. Autoeuropa vai aumentar produção com novo Sharan Oceanic investe 2 milhões em ‘peixe fresco’ de Sines PÁG. 13 PÁG. 5 ACTUAL A ministra da Agricul- tura e do Mar, Assunção Cristas, visitou as instalações da Arte- sanalpesca, em Sesimbra, agora ampliadas. Gostou do que viu e desafiou aos responsáveis a aproveitarem o novo Qren. Ministra Cristas exorta Artesanalpesca a ir aos fundos As zonas rurais do distrito vão ser uma das prioridades do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação. Em especial a faixa entre Alcochete, Montijo, Palmela, e sobretudo a Costa Alentejana. A discussão começou esta quarta-feira, e o objectivo é travar a degradação destes territórios em risco. ABERTURA PÁG. 2 PÁG. 10 PÁG. 12

Upload: mediasado

Post on 14-Mar-2016

253 views

Category:

Documents


23 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

DesportoRegião está a perder famíliasnumerosas

4

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 796 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 01. Fevereiro.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Foto

s: D

R

CulturaCristiana Oliveirano Luísa Todi

9

CulturaBarreiro apostana observaçãode aves

15

ACTUAL O advogado que repre-senta as famílias das vítimas do Meco admitiu ao Semmais haver «fortes indícios» de que os sete jo-vens da Lusófona não estiveram sózinhos naquela noite.

POLÍTICA Os deputados do PSD defendem que o modelo de financiamento

para o Polis da Costa da Ca-parica não resultou e querem

que Governo e autarquia encon-trem novas soluções.

Há fortes indícios de que havia mais gente na tragédia do Meco...

PSD quer solução conjunta para

Polis da Costa

PÁG. 6

PÁG. 12

NEGÓCIOS A administração do Porto de Sines considera que a fusão daquela plataforma com os portos de Faro e Portimão vai potenciar a penetração em no-vos mercados internacionais. E aposta na gestão integrada.

Porto de Sines vai potenciar gestão de portos algarviosRegião vai

combater desertificação

Opinião

Arlindo MotaFaz contas aos brutal aumento do preço da água em mais um escrito de ‘Alice’.

Demétrio AlvesLembra os ‘negócios’ das privatizações ao tempo de Thatcher e Reagan.

Vítor RamalhoCritica as mais recentes notícias de que a crise está a abrandar. «É um foguetório».

Álvaro TeixeiraRecorda os tempos em que Eusébio era sinónimo de ‘manipulação de massas’

Paulo Edson CunhaEstreia uma nova rubrica com crónicas do seu “Café Com...” radiofónico.

NEGÓCIOS A unidade de Pal-mela vai produzir mais 65 au-tomóveis por dia. Uma boa no-tícia que faz com que a empresa contrate de imediato 120 novos trabalhadores.

NEGÓCIOS Especializada no comércio de peixe fresco, a empresa vai construir uma nova fábrica, com uma área de 1800 metros quadrados. Este Verão a unidade já deve funcionar para expandir o negócios.

Autoeuropa vai aumentar produção com novo Sharan

Oceanic investe 2 milhões em ‘peixe fresco’ de Sines

PÁG. 13

PÁG. 5

ACTUAL A ministra da Agricul-tura e do Mar, Assunção Cristas, visitou as instalações da Arte-sanalpesca, em Sesimbra, agora ampliadas. Gostou do que viu e desafiou aos responsáveis a aproveitarem o novo Qren.

Ministra Cristas exorta Artesanalpesca a ir aos fundos

As zonas rurais do distrito vão ser uma das prioridades do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação. Em especial a faixa entre Alcochete, Montijo, Palmela,

e sobretudo a Costa Alentejana. A discussão começou esta quarta-feira, e o objectivo é travar a degradação destes territórios em risco.

ABERTURA PÁG. 2

PÁG. 10PÁG. 12

ABERTURA

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

2

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Prego Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Começou o combate à desertificação no distrito

As zonas rurais do distrito de Setúbal, na faixa entre Alcochete, Montijo, Palmela

e, sobretudo, os quatro concelhos do Litoral Alentejano, surgem entre as regiões prioritárias à procura de soluções no Programa de Acção Nacional de Combate à Desertifi-cação. A discussão começou quarta-feira, podendo a participação ser feita até dia 11 de Março. Segundo o Instituto de Conservação da Natu-reza e da Floresta (ICNF), os interes-sados poderão apresentar as obser-vações e sugestões que julgarem

pertinentes por escrito e durante as horas normais de expediente.

A proposta do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação preconiza uma nova avaliação do estado e da tendência de degradação da terra, sendo que há vários anos que a região reclama a implementação de medidas desti-nadas a travar a degradação dos territórios em risco, entre as quais se incluem as relacionadas com a protecção dos solos.

Combater inóspito deserto de terra sulcada

Não é de hoje que se fala no risco m torno da produção agrí-cola, admitindo os estudos que ela possa desaparecer um dia, dando lugar a um inóspito deserto com a terra sulcada, caso se cruzem os braços perante o avanço do deserto. Aliás, o alerta vermelho já se tinha feito ouvir desde há quatro anos «com a elevada mortalidade entre os sobreiros», de acordo com Luís Silva, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Os especialistas não têm dúvidas de que as alterações climá-ticas potenciam a desertificação, como pode ser notado pelo estado do tempo que se faz sentir em Portugal. Há mais ondas de calor, que provocam incêndios flores-tais, o principal factor de deserti-ficação, argumentam.

É por isso que os técnicos defendem ser fundamental uma «aposta forte na melhoria das condições de vida das pessoas resi-dentes nas regiões rurais através de um processo de desenvolvi-mento rural sustentável”, subli-nham os especialistas, visando impulsionar o desenvolvimento rural e combater a crescente deser-tificação do interior. Será ainda determinante criar condições que assegurem o regresso dos jovens à agricultura.

Caso sério que ainda não é fatalidade

Não é de hoje que o presidente

do Grupo de Estudos de Ordena-mento do Território e Ambiente

(GEOTA) considera que a deser-tificação no distrito pode ser ultra-passada se forem tomadas medidas que minimizem o avanço do deserto. «A desertificação ainda não é uma fatalidade», sublinha Joanaz de Melo, numa das posi-ções a reter perante a discussão pública em torno do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação.

Isto apesar dos dados chegarem a ser alarmantes, quando o rela-tório da Comissão Nacional de Combate à Desertificação indica que a área susceptível de ser deser-tificada cresceu 75 por cento no território continental português ao longo dos últimos dez anos, enquanto Joanaz de Melo já avisou que existem no país «problemas graves de ordenamento do terri-tório, que não têm merecido muita atenção das autoridades».

Ainda assim, o líder do GEOTA diz que esta realidade não cons-titui surpresa e pode ser invertida, havendo já medidas que podem ser desenvolvidas para combater esta situação. A título de exemplo

o GEOTA aponta a conservação do solo e a salvaguarda da vege-tação natural do país.

Já Nuno Sequeira, presidente da Quercus, reconhece que a deserti-ficação é um problema muito grave em Portugal e que 66% do país está à beira de ficar mais seco, acrescen-tando que Portugal elabora bons planos, mas tem dificuldade e colocá-los em prática. «Se nada for feito, a desertificação será uma realidade, um risco confirmado no espaço de duas décadas», alerta o dirigente.

Entre as propostas do Estado do Programa de Combate à Deser-tificação - o último programa tinha 14 anos – inscreve-se a revisão, até 2020, de todas as taxas, impostos ou subsídios que promovam a deser-tificação, admitidindo-se que ainda existem muitos incentivos e impostos que potenciam a deser-tificação que tem crescido nos últimos anos. A medição da chamada pobreza rural e a identi-ficação das zonas críticas de risco estão entre as prioridades, onde também surge o restauro de 15% das áreas degradadas.

Costa Alentejana, Alcochete, Montijo e Palmela no centro das atenções

As zonas rurais do distrito estão entre as mais prioritárias ao Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação. A discussão do plano arrancou esta quarta-feira.

Roberto Dores

DR

Eas sedes do capitalismo inter-nacional, com destaque para os EUA, prepara-se uma nova

onda de privatizações de tipo novo e radical: vender o máximo possível dos bens imobiliários estatais, incluindo patrimónios histórico-culturais caso seja considerado necessário.

Numa manobra de taticismo cinico reconhece-se, no entanto, que seria difícil avaliar alguns ativos como o Louvre , o Partenon ou Parque Nacional de Yellowstone, e, por isso, não se vê como serem incluidos. Ou seja, para já, o Mosteiro dos Jeró-nimos não será alvejado!

Na sua edição de 17 de janeiro a revista Economist não deixa margem para dúvidas quando, no editorial e sob o título “The $9 trillion sale”, se escreve que: Thatcher e Reagan usaram as privatizações como ferra-menta para transformar em receitas diversos serviços públicos, teleco-municações e transportes, e que os seus sucessores no século XXI, neces-sitam fazer o mesmo com os edifí-cios , terrenos e recursos naturais . É um enorme valor que está à espera de ser desbloqueado, dizem!

O recado está dado de uma forma

global quanto à nova onda de priva-tizações, desta feita centrada na propriedade imobiliária, dos edifí-cios públicos aos terrenos de vários tipos, passando pelos recursos exis-tentes no subsolo.

Por cá já se tem vindo a assistir a algumas alienações de edifícios e solos, por exemplo de origem militar e hospitalar, que, no mínimo, podem ser consideradas obscuras.

O editorialista, atento e mode-rado, alerta para as dificuldades que podem surgir por parte de “sensibi-lidades particulares”, como aquelas que afligiram Reagan quando pretendeu vender lotes de terrenos públicos no oeste americano e uma coligação de ecologistas e proprie-tários pecuarios se oposeram. Recorda, também, que o governo britânico encontrou grandes dificul-dades quando, em 2010, pretendeu por à venda partes significativas de

floresta pública.Para que tudo isto avance mundo

fora será necessários que os governos sejam “diligentes”, e, sobretudo, sejam “muito competentes” nas atualiza-ções cadastrais públicas. Para além disso, as avaliações devem ter na sua base critérios de medida usados pelas empresas financeiras privadas.

A Itália, lembra a Economist, carrega um fardo da dívida pública de 132% do PIB , mas, os seus planos de privatização são considerados “tímidos” , apesar do Estado ter proporcionalmente mais para vender do que a maioria dos outros países ricos, com participações societárias no valor de cerca de 225 biliões de dólares (mil milhões na europa) e - é aqui que está o novo filão - ativos não-financeiros que valem 1 600 triliões de dólares (ou 1 600 biliões na europa) .

Entre os diversos conselhos dados diz-se que “os governos devem suar para determinar o que resta nas mãos do Estado” e que, “não existindo um modelo único para a gestão de bens públicos”, uma norma se impõe: subs-tituir os funcionários públicos (desig-nados por camaradas) por “gestores experientes, protegidos das interfe-rências políticas”. Ora bem, e nós que ainda não tinhamos percebido!

Aqui chegados importa estabe-lecer conexão com algumas tendên-cias já evidenciadas pelos governos portugueses, com particular destaque para a comissão liquidatária insta-lada em S. Bento.

A proposta de Lei de bases do solo, em trânsito na Assembleia da República, apresenta alguns alça-pões no sentido de facilitar a concen-tração patrimonial imobiliária em mãos de centros financeiros pode-rosos, tal como, no que se refere à “politicamente correta” proposta de limpeza obrigatória das matas e florestas, subsistem dúvidas se os milhares de pequenos proprietários, que nem sabem, bastas vezes, onde estão as suas parcelas, não irão ser empurrados para alienações forçadas às celuloses.

No futuro, não serão apenas as poucas participações públicas sobrantes em empresas estratégicas que serão vendidas a chineses, indianos, espanhóis, árabes, ameri-canos e alemães. Para além dos imóveis particulares em venda acele-rada no âmbito do programa “vistos Gold”, será o solo e o património imobiliário público que serão alie-nados. E, quem sabe, parte do mar português.

Isto se nós deixarmos.

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

Não tenho nada contra os chamados vistos ‘gold’. Dizem que a sua emissão em barda está a radicar em Portugal gente com ‘muita massa’ e isso deve ser óptimo para um país assim tão paupérrimo como o nosso.

Nem discuto a sua importância para um turismo que se quer sempre a subir. E esta gente de milhões, oriunda de países tão impolutos como a China ‘imperialista’, a Rússia dos ‘chacais’, a Índia das ‘castas’, os Emirados dos ‘petrodólares’ ou a Colômbia das ‘colmeias de coca’, será pelos vistos um bom desígnio.

Mas que raio de país é este que desbarata as suas pérolas a cada diz que passa, que se escancara a quem se mostra de bolso cheio e que se curva aos mais fortes. E os hospi-tais que já fazem contas aos ‘doentes de luxo’ que se aprestam para chegar ao paraíso.

O embaixador chinês em Portugal já anteviu que vão chegar mais chineses a Portugal nos próximos anos. Charter’s deles, a dar razão a Paulo Futre, naquela mira-bolante conferência de imprensa que já fez história.

Com esta visão e com estas condições seremos em breve a Cuba mercantilista da Europa do Sul. Com guetos lusos a vegetar numa peri-feria social onde se mapeia a morte do interclassismo.

Este país é para ‘gold’s’

Editorial // Raul Tavares

UUm observador mais atento fica com a sensação de que é o governo que vai marcando

a agenda e que a oposição se vai limi-tando a reproduzi-la, invertendo-a. E nisto, como nas aporias de Zenão a tartaruga chegará sempre à frente de Aquiles por muito inferior que seja a sua velocidade. Pelo menos aos olhos da opinião pública, isto é, aos dos eleitores…

Escrito este primeiro parágrafo, o pai chama a atenção de Alice para a dificuldade que tem em entender onde ela quer chegar, o que tem como efeito imediato o fazê-la entrar no propósito a que vinha: a água vai aumentar com a concessão dos chamados sistemas multimunicipais que estão na forja! E porquê? E aqui entram os fami-gerados défices tarifários, que no caso da energia se situam em largos milhares de milhões de euros que os clientes da EDP estão conde-nados a pagar mais tarde ou mais cedo. Não entendem o que são, mas vão pagar. O leitor reparou como o diligente gestor da eléc-trica agora chinesa, o Dr. Mexia,, tem andado numa fona a vender nos mercados o chamado défice tarifário da energia, antes que o povo (e já agora um outro governo…) se debruce um pouco mais a sério sobre essa questão.

Quatrocentos milhões de uma vez, mais outro tanto de outra e no, fim o Estado Português está entalado pois já nem sabe quem são os seus credores.

E então que é isso do défice tari-fário: “resulta da prática de tarifas abaixo das necessárias para equi-librar os modelos económico-finan-ceiros que sustentam os contratos”. E quem é que controlou esses custos? Como foram avaliados?

Como em relação à energia são, como estamos a ver, coisas passadas, atentemos no que concerne á agua, pois aqui a procissão mal passou do adro. Em 2008, numa auditoria realizada pelo Tribunal de Contas à Adp – Águas de Portugal, SGPS, SA chamava-se a atenção para a ligei-reza como a Adp imputava ao Estado concedente esses desvios tarifários. E interrogava-se: a rotura desse equilíbrio não terá resultado antes de ineficiências de gestão e de riscos de negócio? A verdade é nenhum contrato foi objecto de renegociação e foi feita a reposição do respectivo equi-líbrio.

(Entretanto as Câmaras Muni-cipais foram “empurradas” a inte-grar esses sistemas multimunici-pais, sempre em posição minori-tária por imposição do Estado,

estão já a sofrer as consequências, mas o pior está para vir, com a privatização ou concessão desses sistemas. Não é por acaso que os especialistas designam a concessão por “quaseprivatização, signifi-cando desse modo o seu carácter praticamente irreversível).

As grandes consultoras, comprovam-no as estatísticas, estão sempre presentes nestes processos. Por isso, não surpreende que, num estudo promovido pela KPMG, o presidente da Associação de Empresas para o Sector do Ambiente (AEPSA) defende a concessão do grupo Águas de Portugal (Adp) e acrescenta: “a organização do sector das águas está falido” (a empresa terá uma dívida superior a 2,9 mil milhões de euros), referindo a exis-tência de um défice tarifário de cerca de 400 milhões de euros.

A questão é que, quando houver a concessão da Adp (e com este governo ela virá mais cedo do que tarde) a nova entidade concessio-nária não tardará a bater à porta do Estado (isto é dos contribuintes) para pagarem o défice tarifário entretanto “acumulado”. E aí, explica Alice, o preço da água lá terá de subir extraordinariamente para pagar não se sabe o quê. Queres apostar, rematou candi-damente…

O preço da água vai aumentar

EEusébio tinha a minha idade. Quando eu mais tempo passava a jogar e

a arbitrar football foi quanto ele começou a fazer as suas maravi-lhosas exibições pelo seu clube e pela Selecção. Com Joaquim Campos, árbitro português em Inglaterra e meu amigo, tive opor-tunidade de fazer estes comen-tários.

Não há dúvida de que este atleta foi uma das grandes “maté-rias primas” que nos chegaram das colónias de então. Tempos atrás, tinha admirado os joga-dores de hóquei em patins provindos do mesmo país, Moçambique, onde já estive duas vezes.

Portanto a morte de Eusébio marcou profundamente os seus admiradores e todos os que admiram quem faz tanto pelo seu clube e, sobretudo, pelo seu país, embora não tenha gostado muito do modo como o Benfica o “despachou”, no termo da sua carreira de atleta.

Mas, independemente de tudo isto, o que me custou imenso a engolir foi o dinheiro gasto nas suas exéquias. Ainda não conheci nenhum político português que tenha tido as mesmas e tão demo-radas celebrações públicas. Achei verdadeiramente um exagero – e o jornalista não deve escrever apenas o que poderá agradar a certos leitores … - a soma e os caríssimos dias de exéquias e o dinheiro gasto em tanta coisa supéflua. Afinal Portugal está em crise apenas quando não se trata de futebol? Porque é que os jogos dos três grandes atraem sempre tantos milhares de pagantes.

O mal da crise só estará em Passos Coelho e na Troika? Nós, os Portugueses, não estaremos a agravar a situação económica ao deixarmo-nos arrastar por demagogias como em tempos de Salazar?

Reflectir nisto talvez seja parte dum remédio à crise…

Álvaro TeixeiraPadre

Admirei eusébio mas não a manipulação das massas

Politólogo // Arlindo Mota

Ataque ao solo

Demétrio AlvesProfessor universitário

Aluno do IPS estagiou no Chelsea “Galinho Vaidoso” no Luísa Todi

Tiago Fernandes, estudante da licenciatura em Desporto da ESE de Setúbal estagiou, em Dezembro, no Chelsea, clube treinado por José Mourinho. O estudante, trei-nador de Iniciados do Spor-

ting, afirma que se tratou de uma «experiência fantástica, que me permitiu estar perto dos jogadores, ver a rotina de uma equipa profissional, o comportamento dos atletas e dos adjuntos».

Depois da digressão pelo país e Espanha (Madrid), onde a peça foi premiada com o Melhor Figurino e nomeada mais duas vezes para Melhor Espectáculo e Melhor Actriz Secundária (Céu Campos),

“Galinho Vaidoso” regressa à Setúbal e ao local onde estreou, em Maio de 2013. A 16 e 18 de Fevereiro vai estar no Forum Luísa Todi, em Setúbal, para ser vista todos os tipos de público.

ACTUAL

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

4

Famílias numerosas da região caem para metade nos últimos 30 anos

As famílias com seis ou mais elementos estão a ‘desaparecer’ no distrito

e Setúbal. Nos últimos 30 anos a tendência foi de queda permanente. Na década de 80 existiam 8687 famílias numerosas na região, mas enquanto em 2001 já se registava em queda para os 5629 agregados com seis ou mais elementos, hoje são apenas 4552 que se inscreve nesse escalão.

Segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em torno das 312122 famí-lias clássicas da península de Setúbal - de acordo com os Censos sobre o total de número de indivíduos - a maioria dos agregados familiares da região exibe entre dois a quatro elementos, embora aqui se tenha registado um aumento, numa altura em que também cresceu

o número de pessoas que vivem sozinhas e que este estudo consi-dera como sendo “famílias com um elemento”.

Na plataforma onde se inscrevem as famílias com três a cinco pessoas, o INE aponta um aumento que considera «significativo», testemunhado por estes dados: Eram 51947 agre-gados em 1960, que passaram a 114792, em 1981, chegando agora aos 131593.

Tendência transversal a famílias com duas pessoas

A tendência é transversal às famílias com duas pessoas. Também vale a pena recuar à década de 60, quando a região somava apenas 17560 casos, passando a 80024 em 2001, para hoje se situar nos 104856.

Porém, são as chamadas «famí-lias de uma só pessoa» que surgem à cabeça das preocupações das

autoridades. Os 6117 registos de 1960, a par dos 17341 de 1981, deram lugar hoje aos actuais 71121. Uma realidade que traduz, sobre-tudo, a problemática do envelhe-cimento da população, que provoca o isolamento de milhares de idosos, quer nas zonas mais interiores do distrito, quer mais a litoral, bem como nos próprios meios urbanos. Mesmo nos maiores.

A curva tem crescido todos os

anos. À agravante de estarem, repe-tidamente, a nascer menos crianças, junta-se o aumento da esperança média de vida. São dados que alertam para uma espécie de «bomba demográfica» que paira sobre a região, devido, precisa-mente, ao envelhecimento no Inte-rior e à fixação das famílias junto ao mar.

Distrito regista hoje apenas 4552 famílias inscritas neste escalação

As famílias numerosas estão a ‘desaparecer’ da região. Da década de 80 até à actualidade reduziram mais de 50 por cento. É uma tendência preocupante.

Roberto Dores

As evoluções mais curiosas

Entre os dados mais curiosos por concelhos, encon-tram-se Almada e Setúbal, no que a famílias numerosas diz respeito. O primeiro município chegou a ter 2295 famílias com seis ou mais elementos tendo agora 1007. Já Setúbal chegou às 1640 há 50 anos, para hoje exibir 715. O Montijo é o único município onde se regista uma subida de famílias numerosas. Os 258 registados em 2001 deram lugar aos actuais 277. Mas já tinham sido 625 em 1960. Já as famílias com três a cinco elementos sobem em toda a linha, mas é curioso constatar que no Seixal havia 3802 agre-gados em 1960, tendo dispa-rado para 27540 em 2011, retra-tando a maior subida no distrito.

Os especialistas falam de uma «bomba demográfica» que paira sobre a região, devido ao envelhecimento

Clube Sesimbrense celebra 161 anos e quer “gente gira”O CLUBE Sesimbrense assinala,

este domingo, 161 anos de história numa altura em que a nova direcção, empossada há menos de um ano, aposta na diversificação de activi-dades de forma a chamar mais jovens para um clube que, em tempos, teve um estatuto quase de feudal, mas que, com o passar dos anos se tornou um clube “envelhecido”.

A nova equipa directiva, que pela primeira vez integra uma mulher, quer, segundo o seu presidente, João Proença, «criar uma estrutura de atividades culturais para sócios de todas as idades onde se pode passar um bom serão, aprender, ensinar,

crescer, conhecer pessoas e celebrar a vida num espírito multigeracional».

Chamar novos sócios e criar «boa onda»

Para tal, refere o responsável, «é preciso chamar novos sócios sob o estandarte da cultura e por outro dar tempo para que os sócios mais antigos sintam que é possível coexistir e que o seu espaço secular é respeitado.»

Em tempo de aniversário, o presente já está escolhido. A direcção quer “gente gira”! «Lutamos todos os dias por construir uma Associação onde a cultura e a “boa onda” são

os actores principais. Esta direcção deseja que os mais de 80 novos sócios encontrem tempo para cantar os parabéns em uníssono com os mais de 100 sócios da velha guarda num ambiente de festa e espírito associativo em que respeito e alegria são “must haves”», afirma João Proença.

Para assinalar os 161 anos, o domingo começa com celebração de missa pelos sócios já falecidos, às 10:30. Durante a tarde, a partir das 15:30, realiza-se a sessão solene seguida do tradicional bolo de aniver-sário e espumante a partilhar entre os sócios.

DR

DR

A vetusta colectividade quer abrir novos horizontes e apostar na juventude

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 5

Pub.

As informações deste artigo são da responsabilidade

do Europe Direct Península de Setúbal

Os fundos europeus ajudam a democratizar o acesso à internet Em 1997, o número de assinantes do acesso à internet em Portugal estava longe de chegar aos 100 mil. Em 2011, já ultrapassava os dois milhões. Atualmente, para além dos assinantes das redes domésticas e/ou empresariais, existem milhares de utilizadores das redes disponibilizadas gratuitamente em espaços de fruição pública.

A agenda digital para a Europa é uma das iniciativas da estratégia 2020Retirar, de forma sustentável, benefícios do mercado único digital com base na internet de alta velocidade, permitindo que todos os cidadãos tenham acesso a informação de forma rápida. O crescimento inteligente – que promove o conhecimento, a inovação, a educação e a sociedade digital – é também um dos vetores da Estratégia Europa 2020.

Quando vota nas eleições europeias está a decidir o seu futuro!O Parlamento Europeu aprova leis (por exemplo, relativas à imigração, energia, transportes, ambiente e protecção dos consumidores) e orçamentos, que influenciam o seu dia-a-dia e o de mais de 500 milhões de pessoas. Para além disso, também controla a forma como as leis e orçamentos aprovados são aplicados.

media partner:apoio:iniciativa:

Evolução dos Assinantesdo Acesso à Internetem Portugal Fontes/Entidades: INE (até 2006);

INE-ANACOM; PORDATA

1997

2004

2011

88.670

1.223.566

2.212.4121.223.566assinantes

2.212.412assinantes

2004 2011

88.670assinantes

1997

Ministra desafia Artesanalpescaa aproveitar fundos comunitários

A ARTESANALPESCA, em Sesimbra, inaugurou esta semana as obras de ampliação da fábrica de transformação de pescado com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Na altura, a responsável governamental lançou o desafio à cooperativa de pesca de Sesimbra para que conti-nuasse a investir em melhores condições aproveitando os fundos disponibilizados pela União Europeia, nomeada-mente ao abrigo do PROMAR, o programa operacional de pesca, co-financiado pelo Fundo Europeu de Pescas onde ainda existem verbas não distribuídas.

Para além disso, a membro do Governo deu mostras de acreditar que em futuros quadros comunitários o sector das pescas será abrangido, não só na área da captura do pescado como também noutras actividades do mar. «Vamos ter previsivelmente

mais dinheiro», explicou a ministra, adiantando que «o Fundo Europeu de Assuntos Marítimos e da Pesca 2014/2020, tem uma dotação de 6,5 mil milhões de euros».

Depois de elogiar o inves-timento de sete milhões de euros realizado pela Artesa-nalpesca na fábrica de trans-formação de pescado, Assunção Cristas lançou um

desafio aos responsáveis pela cooperativa para que «avaliem as necessidades e a reflitam sobre o que ainda podem fazer de bom» aproveitando as ajudas disponíveis. A ministra fez questão de frisar, no entanto, que a sua preocu-pação é «gastar todo o dinheiro disponível» de forma «bem gasta».

A ampliação das instala-ções no porto de Sesimbra permite à ArtesanalPesca dispor de um equipamento com uma área coberta de cerca de 4500 metros quadrados. O equipamento, construído na década de 90 tem recebido sucessivas melhorias e obras de beneficiação num investi-mento que já ultrapassou os sete milhões de euros.

Câmara de congelados pode ser próximo passo

Depois de lançado o desafio da ministra, Manuel Pólvora, tesoureiro da Arte-

sanalpesca, assume que o objectivo agora poderá passar pela construção de uma nova câmara de congelados porque, frisou na ocasião, «o volume de peixe está a aumentar». Em declarações à agência Lusa, o responsável afirma ter «cons-ciência de que é preciso ir devagar» no que se refere aos investimentos.

A Artesanalpesca tem uma produção anual de mais de 20 mil toneladas de pescado, especialmente peixe-espada preto, sardinha, carapau, polvo e cavala. Para o corrente ano, Manuel Pólvora admite que a cooperativa deverá exportar mais de 10 mil toneladas de peixe congelado, mantendo a opção pelo pescado portu-guês e dando preferência aos seus associados que dispõem actualmente de sete embar-cações na pesca de cerco, quinze no peixe-espada preto e doze na pesca do polvo.

Marta David

Céu Campos

Espelho Mágicona Federação de Teatro

O GRUPO de Animação e Teatro Espelho Mágico, de Setúbal, representado por Céu Campos, foi eleito para o conselho fiscal dos novos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Teatro, que é presidida nesta nova direcção por Luís Mendes, da Compa-nhia de Teatro Passagem de Nivel, da Amadora.

Céu Campos, encenadora e actriz, afirma que é «uma honra para o grupo e para Setúbal termos sido convi-dados para pertencer aos órgãos sociais de uma estru-tura que representa 63 compa-nhias de teatro do país.

DR

DR

A ministra Assunção Cristas gostou do que viu

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

«Há fortes indícios de que havia mais gente na tragédia do Meco»Os familiares dos seis alunos da Lu-sófona que perderam a vida na praia do Meco passaram esta semana a contar com apoio jurídico e já fize-ram saber que vão constituir-se como assistentes ao processo para puderem acompanhar a evolução do inquérito que foi avocado pelo procurador-coordenador do Tri-bunal de Almada, Moreira da Silva. Vítor Parente Ribeiro é o advoga-do das famílias e garante há medi-da que o processo avança, vão sur-gindo novas descobertas que aden-sam o mistério sobre a noite trági-ca na Praia do Moinho de Baixo.

Faz sentido a versão, segundo a qual, os estudantes da Lusófona se inspiraram na «Obra do Diabo», de Fernando Pessoa, para reali-zarem um ritual que consta em atemorizar e vendar os olhos aos colegas abaixo na hierarquia do COPA (Conselho Oficial da Praxe Académica), como relatou a TVI?Isso já vinha ao encontro daquilo que os pais tinham sido informa-dos por algumas mensagens anó-nimas. Depois, quando se faz a con-jugação de outros elementos e se começam a juntar as várias infor-mações, chegamos à conclusão que naquele local esteve mais gente.

Ou seja, João Gouveia, o dux, não será o único sobrevivente?Acreditamos que não. Há fortes indícios de que havia mais gente

na tragédia do Meco. Eestariam por lá, pelo menos, mais três pes-soas. Mas também poderiam ser mais cinco. O sobrevivente não é o único a estar calado. Este géne-ro de praxes, já o sabemos, eram destinadas a dez a 12 pessoas, como já foi feito anteriormente.

Têm relatos que o sublinham?Temos. Recebemos já vários mail´s a dizerem que aquele tipo de prática era frequente. São mail´s anónimos de alunos que passaram por aqueles rituais. Contam como eram feitas as praxes e quantas pessoas envolviam. Juntando um mais um, dá dois.

Estamos perante uma investiga-ção complexa?Sim, mas principalmente demo-rada. Irá para lá dos oito meses previstos na lei.Há suspeitas de quem possam ser

as pessoas que lá estiveram.Não temos, para já, pessoas con-cretas, mas penso que facilmente se chegará a elas cruzando dados.

Como tem tanta certeza?Além do modelo de ritual que es-tavam a praticar, que se dirige a dez ou 12 pessoas, há a questão da lo-gística. A casa estava preparada para mais gente e há documentos que estavam com as vítimas e que os pais encontraram, que descre-vem o que cada um ia fazer e tinha que levar. Depois, como é que se percebe que a casa tenha sido ar-rumada durante a madrugada da tragédia se o sobrevivente esteve no hospital até às 11.00 horas? Esta questão tem que ser explicada, por-que as famílias não entende.

E quanto à universidade?Queremos saber se a Lusófona ti-nha informação destes rituais, se devia ter e se tinha, porque não os evitou.

O processo é complexo?E lento. Poderá ir além dos oito meses referenciados pela lei. Pode mesmo ir além de um ano. Basta haver perícias que atrasam logo tudo. Mas os pais querem ir até ao fim para saberem o que se passou. Se em Portugal não conseguirem, irão ao Tribunal Europeu.

Roberto Dores

Pub.

EditalMUNICÍPIO DE ALCÁCER DO SAL

ALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO URBANO Nº. 3/2002 EPAC Comercial-SA – Alcácer do Sal

Manuel Vítor Nunes de Jesus, Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:

Torna público nos termos do disposto no nº.1 do artigo 22º, do Decreto-Lei nº. 555/99 de 16 de dezembro na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objecto a proposta de alteração ao projeto de loteamento titulado pelo alvará nº. 1/2002 em nome da “EPAC COMERCIAL, Produtos para a Agricultura e Alimentação, SA”, a incidir sobre o prédio urbano denominado por Olival da Fonte Santa, da atual União de Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana.O presente procedimento tem como finalidade a afectação de área para construção de anexos, nos lotes 2 e 3, na proporção de 1/fogo, com a área de implantação e construção de 50m2, destinando-se a sua utilização para Arrumos/Garagem.

A alteração pretendida não tem qualquer implicação no desenho urbano do loteamento, mantendo-se válidos e inalterados os restantes parâmetros urbanísticos.

Assim, qualquer interessado poderá proceder à formulação de sugestões, observações ou reclamações, dirigindo-as à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, todos os dias úteis das 9,00 às 17,00horas

Alcácer do Sal, 6 de janeiro de 2014O Vereador do Pelouro

(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

A vida é finita. Todos o sabemos.Quando perdemos alguém,

tomamos uma consciência diferente do seu valor e da importância da sua perda. Infelizmente também todos o sabemos. Ou quase todos. Felizes aqueles inconscientes que não o sabem. Mas que essa incons-ciência nunca sejam a causa de o saberem da pior forma.

Nós, juristas ou profissionais do foro, estamos habituados à exigui-dade com que os tribunais tratam estes assuntos.

Estamos habituados a indem-nizações absolutamente vergo-nhosas em que o dano vida é avaliado, apesar de numa tabela em que conta a idade, o sexo, a saúde da pessoa, se era casado, ou casada, se tinha filhos, dependentes, etc, apesar de todos esses pressupostos no final a indemnização será sempre pequena, sobretudo se comparada com a perda que visa compensar - a vida. E, todos o sabemos também, a vida não tem preço..

Nos tribunais, recorrentemente nós, advogados, dizemos precisa-mente isso - todos sabemos que uma vida não tem preço e é bem verdade, mas também não deixa de ser verdade que podemos sempre optar pela solução menos má - a indem-nização possível por essa perda. Quando se faz prova de um nexo de causalidade na responsabilização de alguém, ou do Estado nessa perda

Vem esta dissertação a propó-sito da perda de seis vidas humanas, alegadamente quando estavam a ser praxados.

A discussão que se vai sobrepor nos tribunais, provando-se que efec-tivamente estava a decorrer um ritual da praxe no preciso momento em que a onda mos levou, vai ser essen-cialmente a do Nexo de causalidade entre esse ritual e a sua morte e se essa morte se deve ao facto de estar a haver esse ritual ou é um mero acaso.

No fundo vai-se discutir se aqueles seis jovens morreram por causa da praxe, mesmo que aciden-talmente, ou se foram levados pela onda sem qualquer tipo de relação com a praxe. Se, mesmo que não houvesse praxe, seriam levados pela onda, por exemplo por estarem a conversar à beira da praia, ou se mesmo que houvesse praxe todas as medidas de segurança tinham sido respeitadas e, no fundo, o mais prudente de nós faria igual e seria à mesma levado pela onda, dado a sua excepcionalidade. E nisto vai decorrer parte da discussão jurí-

dica. Pormenores como a anorma-lidade da escolha de s ir para uma praia, com aquele frio e aquele temporal, são importantes, mas late-rais ao problema, pois todos nós por vezes agimos desajustadamente na nossa vida e não estamos a cumprir nenhum ritual de praxe.

Claro que a outra discussão importante aqui é o consentimento. Claro que o “Bem Vida” é inalienável e qualquer declaração que o compro-meta é absolutamente nula. Mas estes jovens não abdicaram do bem vida. Aceitaram foi as regras da praxe. Mesmo que algumas absurdas. E os advogados do Dux, se tiverem necessidade de o defender (recordo que ele ainda não foi acusado e poderá não o ser) certamente vão tentar provar precisamente que não houve qualquer nexo de causali-dade entre o ritual da praxe e o infeliz acidente e se o provarem, provarão que foi um acidente devido a condi-ções climatéricos anormais que ninguém podia prever (a lei fala em “Bom Pai de Família”) logo, mesmo o Bom Pai de Família mais prudente não podia prever aquela onda. E se chegarmos a esse ponto, o desafio do seu advogado vai ser responder a uma outra questão: E qual seria o “Bom pai de Família” (no conceito que a lei o define, que num dia de temporal, com alerta amarelo, presumo, vai para a praia à noite, próximo da zona de rebentação (porque por muito distantes que estivessem, naturalmente que teriam de estar no areal e próximos da zona de rebentação das ondas) fazer seja o que for?

Pois, meus amigos, não sou de condenar por condenar, mas uma coisa vos digo: se esta tragédia serviu para alguma coisa, se estas vidas ceifadas podem ter algum valor, pelo menos que seja para reflec-tirmos muito bem sobre estes jovens e estes rituais parvos (nisso penso que estamos todos de acordo) e que se legisle e se ensine esta juventude que os Pais investem todo o seu amor, dinheiro e dedicação nos seus filhos, mas para os formar para a vida, para casarem, terem filhos, terem uma profissão, amigos, diver-tirem-se, mas para cumprirem esses designíos não precisam de ser praxados, nem de nenhum ritual, a não ser serem normais e agirem normalmente e com as regras da sociedade.

Nota: Esta crónica é feita em

parceria com a RDS, que pode ser ouvida na frequência 87.6 FM, às Sextas-feiras às 8:15 e 18:15, aos Sábados às “02H00 AM e 08H00 AM e aos domingos às 18H00.

Para que serve uma morte ou a insustentável leveza da vida

“Crónica um Café e dois dedos de conversa // Paulo Edson Cunha

O advogado Vicente Parente Ribeiro

DR

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 7

Amarelos avançam com projecto para duplicar atletas de formação

O GRUPO Desportivo “Os Amarelos”, de Setúbal, está a trabalhar para que os seus atletas deixem de praticar desporto no parque municipal da Bela Vista, uma vez que os jovens têm sido vítimas de diversos tipos de incidentes e as instalações alvo de assaltos. «Uma parte muito signifi-cativa de pais está a colocar objecções para que os miúdos deixem de praticar futebol naquela zona problemática e, por isso, estamos a preparar a mudança dos atletas para

outros campos despor-tivos», revela Júlio Adrião, o presidente da colectivi-dade.

O líder dos Amarelos conta que na nova época desportiva, depois do mês de Agosto, os atletas de futebol do clube poderão conhecer um novo espaço para treinar. «Estamos a tentar com a presidente da Câmara encontrar um novo espaço para desenvolvermos o projecto de formação de futebol, o qual nos irá permitir ter muitos mais jovens, sobretudo os mais pequenos. Temos 120 atletas, nos vários escalões, mas poderemos aumentar para o dobro quando estivermos a trabalhar num novo espaço desportivo da cidade que está subaproveitado», argu-menta Júlio Adrião.

Recintos do Curvas e do Praiense agradam

Os Amarelos têm dois locais debaixo de olho para colocar os seus atletas a praticar futebol: o campo desportivo das Curvas e o do Praiense. «São locais da periferia de Setúbal porque no centro da cidade não foi possível encontrar nada, uma vez que os campos estão bem ocupados por outros clubes e entidades», frisa, não tendo qualquer dúvida que esta aposta irá trazer «outra dimensão» ao clube.

Para que este projecto de formação em futebol seja realidade na colectividade do Bairro Santos Nicolau, vai ser fundamental a aqui-

sição de mais uma carrinha para o transporte dos atletas que se vai juntar às duas existentes na casa. «Temos o apoio do município, para o futebol de formação, e da Secil, o qual tem vindo a diminuir de ano para ano, e dos próprios dirigentes da colectividade que também investem do seu próprio bolso», sublinha, mostrando-se, por outro lado, orgulhoso pelo facto dos Amarelos «não ter dívidas e de dar lições de gestão a clubes da cidade muito superiores a nós».

Pub.

Os Amarelos têm um novo projecto para o futebol de formação. A nova aposta passa por encontrar um campo desportivo em alternativa ao do Bairro da Bela Vista, uma zona muito problemática que tem assustado os jovens atletas. Desta forma, será possível ao clube duplicar o número de atletas na prática do futebol.

Futebol de formação, pesca desportiva e damasOs Amarelos, além do futebol de formação, têm brilhado na secção de Pesca Desportiva de Alto Mar, com a participação os seus atletas em torneios internacionais, e na secção de Damas. Há dois anos o clube deixou de participar nas marchas de Setúbal, uma vez que «o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau desempenha com muita dignidade esse papel», opina Júlio Adrião. Com cerca de 500 sócios, o clube pretende em breve aumentar a quota mensal dos sócios dado que o valor da renda das instalações vai triplicar por causa da nova lei do arrendamento.

António Luís A formação de jovens atletas é uma das características do projecto do clube

Na penumbra da Arrábida

A EXPOSIÇÃO fotográfica e docu-mental “Na penumbra da Arrá-bida. O poeta Lucian Blaga e Portugal” é inaugurada este sábado, às 15h30, no Museu Sebas-tião da Gama, em Azeitão.A mostra documenta o período

em que o ministro plenipotenci-ário da Roménia Lucian Blaga permaneceu em Portugal, nos anos de 1938 e 1939. A sessão conta também com a actuação de jovens romenos que recitam em romeno.

CULTURA

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

8

Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€)Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

OS NOSSOS PRATOS DO DIA (TERÇA A SEXTA)

«Gosto de fazer música que toque as pessoas»

Semmais – Fale-nos do seu se-gundo álbum que vai ser lançado na próxima Primavera…

Celina da Piedade – É um disco es-pecial. É comercializado numa cai-xa que contém duas misturas de chá. Chama-se “O Canto das Er-vas” e é uma edição de autor. É um trabalho constituído por temas tra-dicionais, quase todos do Alente-jo, mas com arranjos diferentes. To-dos os temas falam de ervas aro-máticas.

Em que género de música se en-quadra o seu trabalho?

Enquadra-se na música folk, na música de raiz tradicional. Toquei muitos anos em bailes e dei aulas de dança e isso influenciou mui-to a minha linguagem musical. Gos-to muito de fazer música verda-deira que toque as pessoas. O fe-edback do público e da crítica tem sido o melhor.

A música sempre fez parte da sua vida… É verdade, sempre quis estar liga-da à música. Os meus pais dizem-me que a partir dos 3 anos come-cei a interessar-me por instrumen-tos e a estar atenta às lojas de mú-sica. Estudei piano e dei aulas no Conservatório de Música de Se-túbal, cantei na Festa das Vindi-mas, em Palmela, e ia à rádio to-car acordeão em programas in-fantis. Fiz uma pós-graduação em estudos de música popular, na Uni-versidade Nova de Lisboa. Depois fui convidada para tocar em vá-rios projectos em Évora e gravei canções em alguns projectos.

E quando começou a tocar com Rodrigo Leão, dos Sétima Legião?

Foi através de Paulo Marinho, que me aconselhou ao Rodrigo para substituir um músico no seu pro-jecto musical. Isso abriu-me mui-

tas portas. Não queria acreditar quando o Rodrigo Leão me ligou. Já toco com ele desde 2000. É mui-to simples, humilde, divertido e amigo. Temos feito muitos espec-táculos. Foi a minha grande expe-riência a cantar em palco.

Que recordações lhe deixam a Cesaltina, da concertina, dos Ho-mens da Luta?

Foi uma experiência muito inte-ressante e engraçada. Ganhámos o Festival da Canção da RTP em 2011 com o tema “A Luta é Alegria” mas não estávamos nada à espe-ra. Depois de ter terminado, à pou-co tempo, o nosso programa de televisão, deixámos de fazer con-certos, por enquanto. Não sei se voltaremos, mas tudo pode acon-tecer. Se for preciso haver luta, vol-taremos à luta.

A sua agenda de concertos para este ano está bem preenchida?

Tenho vários concertos marcados quer a solo quer com o Rodrigo Leão. Vou cantar ao Festival MED, em Loulé, e num encontro sobre património e música alentejana em Girona, Espanha, a fazer ofi-cinas e a dar um concerto. No Dia da Mulher vou estar a tocar em Al-mada. No ano passado toquei na Feira de Sant´iago, em Setúbal, no Festival Músicas do Mundo, em Sines, e em Cardiff, na Inglaterra. É claro que gostava de dar um con-certo no Forum de Setúbal. Mas não me posso queixar porque a Câmara apoiou o meu primeiro CD duplo, “Em Casa”, que conta com mais de 30 convidados.

António Luís

Celina da Piedade orgulha-se de tocar com Rodrigo Leão. A música está presente na sua vida desde muito nova. O segundo álbum a solo, dedicado às ervas aromáticas, deverá ser lançado na Primavera.

Cantora de Palmela é orgulho nacional

PEIXE FRITO COM ARROZ DE TOMATE

(prato alternativo de terça a sexta)

Oficinas de canto tradicional continuam em Palmela

Celina da Piedade, 35 anos, continua à frente do projecto “Oficinas de Canto Tradicional”, no teatro S. João, em Palmela, às segundas-feiras, a partir das 18h45, há mais de um ano. «É uma tertúlia de cante alente-jano para todas as idades, com entrada livre. Tem estado a aparecer imensa gente. Somos umas 15/20 pessoas por sessão»,

conta, acrescentando que se trata de um momento de «descontracção e diversão» para voltar a colocar as pessoas a cantar. «As pessoas precisam de cantar e isso faz-nos falta. Antigamente ouvia-se mais gente a cantar», sublinha. A mesma actividade repete-se às terças-feiras, na Casa do Alen-tejo, em Lisboa.

A cantora de Palmela Celina da Piedade e o seu acordeão mágico

DR

COZIDOÀ PORTUGUESA

(Quinta feira)

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

A arte (pintura, escultura etc.) junta à mesa boa disposiçãoe amizade. Obrigada pela visita.

Ivo Soares lança CD em Almada

O CANTOR Ivo Soares, 18 de anos, vai lançar o CD de estreia a 3 de Março, na Academia Almadense, às 21 horas. «É com grande prazer que lanço este CD de músicas que eu escrevi e produzi no meu estúdio em casa. Já tenho editora e manager, que são pessoas fantásticas que me estão a ajudar neste projecto», sublinha o cantor que brilhou nos programas da SIC “Portugal Tem Talento” e “X Factor”. Ivo Soares estreia-se nos discos

DR

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

01Sáb

ado

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, romântica e musical de Fernando Gomes, continua em cena no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local Arte-Viva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casa-mento”. No triângulo amoroso desta novela reencontramos as demissões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.Temos para oferecer convites duplos aos nossos leitores. Ligue e habilite-se a ganhar o seu convite que depois terá de levantar na bilhe-teira do ArteViva.

Ofertas Semmais - Ligue 918 047 918 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Este espectáculo protagonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, vive sobretudo da sátira política e social, não esquecendo os cenários e os figurinos de luxo.

Paulo Sousa Costa apresenta a peça “A Noite”, de José Saramago, no Teatro da Trindade, em Lisboa, aos sábados e domingos às 21h30. No elenco constam os nomes de Paulo Pires, Pedro Lima, Joana Santos, Victor Norte, Sofia Sá da Bandeira, João Lagarto, entre outros.Trata-se de uma peça com muita história, já encenada em 1979, com ence-nação de Joaquim Benite e direcção musical de Carlos Paredes.

“Grande Revista”

“A Noite”

Toy grava DVD ao vivo no Luísa Todi

Musical castelhano retrata bordel proibido

O TEATRO Joaquim Benite, em Almada, recebe esta noite, a partir das 21h30, “La Copla Negra”. Trata-se de um espectáculo musical onde se misturam o drama e a comédia. “La Copla Negra” acontece num bordel acabado de reabrir, depois de ter sido encerrado pelas autori-dades.

O título é inspirado na Copla Andaluza, género musical de tona-

lidades semelhantes ao flamenco, imensamente popular nos anos 40. As sete personagens, três homens e quatro mulheres, são todas inter-pretadas por mulheres: Las chiri-góticas, grupo que tem apresentado, ao longo da sua história de mais de 20 anos, uma versão inédita de temá-ticas especificamente femininas. O espectáculo, em castelhano, é legen-dado em português. Drama e comédia de mãos dadas

DR

TOY actua a 7 e 8, às 21h30, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, para gravar um DVD a lançar em Maio. Os concertos fazem uma retros-pectiva da carreira do cantor setu-balense.

Com apresentação do comuni-cador António Sala, contam com a participação de artistas conhecidos do grande público e são comple-mentados com a exibição de foto-grafias recentes e antigas de Toy.

António Ferrão foi seduzido pela música logo aos 5 anos e tinha

apenas 11 quando agarrou em defi-nitivo uma carreira musical.

Adepto da música romântica e em português, interpreta também com frequência temas célebres de cantores de origem francesa, inglesa e italiana.

Os bilhetes, 16 euros para a plateia e 13 para o balcão, estão à venda na bilheteira do Fórum, de terça-feira a domingo, das 11 às 20 horas, ou até meia hora depois do início do evento, bem como em www.bilheteiraonline.pt. Cantor leva convidados ao Forum

DR

A soprano Cristiana Oliveira e a violinista Tamila Ostapivna Kharambura apresentam-se em palco, com a Orquestra Metro-politana de Lisboa, dirigida pelo maestro Jean-Sébastian Béreau, no âmbito da Gala Luísa Todi – Jovens Clássicos.Forum Luísa Todi | 21h30.

Gala Luísa Todi

A peça “Senhor Imaginário”, nascida dos contos de Vergílio Ferreira, viaja com a loja às costas, transportando a dúvida sobre o local onde deverá construir-se a fonte da aldeia, e carrega a certeza sobre a grande razão que está por trás da sede de todas as nações. Teatro O Bando, Vale de Barris | 21h00

“Pisa Qu’é Coelho!” é uma peça humorística, com características de

revista popular, que é levada à cena pelo grupo de teatro amador do concelho. Boa disposição não vai faltar nesta primeira grande apresentação do grupo de teatro amador da Quinta do Conde. Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

A comédia “Vou já bazar daqui!”, protagonizada por Paula Mota, Paulo Oliveira, Natalina José, Vitor Emanuel e Ana Catarina faz um retrato cómico das peripécias da vida de um casal com um nome de família invulgar, o casal Morgasmo. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

01Sáb

ado Comédia anima Montijo

01Sáb

ado Teatro de revista

01Sába

do

Contos de Vergílio Ferreira

Área, dimensão, duração, extensão. Espaço, espaçado, espa-çamento, intervalo; lugar, sítio, local, imensidão. «espaço vital», «espaço de manobra», «espaço geográfico», «espaço arquitectó-nico», «espaço cultural», «espaço nacional»; espaços aéreo e terrestre, espaço marítimo - questões de pertença, jurisdição.

Noções espaciais: espaço e late-ralidade.

Espaço real e espaço virtual; as virtudes do espaço certo. Antro-pologia do Espaço. Henri Lefebvre e a unidade teórica entre espaço físico, espaço mental e espaço social – cada sociedade produz um espaço que lhe é próprio, um espaço que a define. Em «A Dimensão Oculta», Edward T. Hall reflecte sobre o espaço-distância que cada pessoa gosta de manter em relação às outras pessoas e/ou objectos. Questão de território, espaço de respiração. Encher, preencher; espaço e acumulação, sobrelo-tação - pressão, depressão, violên-cias. O espaço que precisamos ter para ser.

«a espaços»: de tempos-a-tempos; «de espaço»: devagar, pausadamente. Espaço e Tempo: questão de coordenadas e multi-dimensionalidades. Passos e ponteiros; medidas e medições; limites e (de)limitações.

«O espaço não se encontra, é sempre necessário construí-lo», escreveu Bachelard na sua «Poética do Espaço». O espaço é sempre uma conquista à indiferenciação, ao outro, ao espaço enquanto terra incognita: «organizamos o espaço» porque o espaço é o caos primor-dial.

Para Agostinho da Silva, «Só há espaço quando se vê e só há tempo quando se pensa.»: visão e pensamento tecem, assim, as coor-

denadas vitais.«Rato do Campo e Rato da

Cidade», uma fábula sobre dois espaços com características dife-rentes, dicotomia retomada por Eça de Queirós no romance «A Cidade e as Serras». Espaço rural e espaço urbano - humano ou desu-manizado?

Espaço-cosmos; espaço astral, sideral, celeste. O primeiro homem no Espaço foi Yuri Gagarín; o primeiro ser vivo, uma cadela: Laika. «Os invasores que vêm do espaço» ou os invasores que vão para o espaço? «2001 – Odisseia no Espaço», de Arthur C. Clarke: um espaço de fricção. A Terra vista do Espaço: o Planeta Azul – a Terra ganha cor apenas quando vista do espaço. Só o distanciamento nos permite a verdadeira visão.

«O Espaço é um corpo imagi-nário; o tempo, um movimento fictício», escreveu Paul Valéry. O espaço é o tempo da nossa imagi-nação, corpo fractal.

Espaço: o alto e o baixo; o superficial e o profundo.

Espaços sagrados e profanos, os espaços profanados, dessacra-lizações.

Espaços interior e exterior; público e privado. O espaço como pretexto. O texto como espaço de criação. Espaço do silêncio, respi-ração. Espaços em branco, inspi-ração.

Tudo o que existe exige espaço. Sem espaço, definhamos, conde-namo-nos à condição de inexis-tentes. […] Eu morro ontem / Nasço amanhã / Ando onde há espaço. / - Meu tempo é quando, escreveu Viní-cius de Morais.

Meu tempo é onde, também - Terra-Mãe, chão original.

E o primeiro espaço do homem, não esqueçamos, é a mulher.

[email protected]

Espaço

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Este sábado, dia 1, o Teatro Joaquim D´Almeida, no Montijo, recebe, às 21h30, o espectáculo “Vou Já Bazar Daqui!”. O elenco inclui Paula Mota, Paulo Oliveira, Natalina José, Vitor Emanuel e Ana Catarina. Um retrato cómico das peripécias da vida de um casal com um nome de família invulgar, o casal Morgasmo. O homem, desempregado, é obrigado pela mulher a contratar uma nova empregada para serviços domésticos, através de um anúncio na internet. Esta contratação vem desestabilizar a vida do casal.

“Vou Já Bazar Daqui” alegra cidade do Montijo

Deputados ‘rosa’ visitam Setúbal PCP irritado com GNR/Palmela

Os deputados do PS eleitos por Setúbal deslocam-se a Setúbal, para visita de trabalho, no dia 3 de Feve-reiro. Do programa consta uma reunião na Câmara, uma audiência com a PSP

distrital, sobre segurança pública, e uma visita à Quinta da Parvoíce, para avaliação de situações problemáticas. A comitiva é liderada pelo deputado Viera da Silva.

O PCP está irritado pelo facto de um militar da GNR de Palmela ter colocado um trabalhador na rua, na empresa Palmetal, que, sendo simultaneamente delegado sindical, defendia legitima-

mente o seu posto de trabalho, contra «a prepo-tência de uma administração que convive mal com os direitos laborais». O PCP já pediu explicações ao Governo.

POLÍTICA

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

10

PSD questiona financiamento do Polis da Costa que nem chegou a meio

Os deputados do PSD pelo distrito de Setúbal defendem que o «modelo de financiamento» para o Polis da Costa de Caparica “não resultou” e vêm agora a terreiro defender «uma solução conjunta» entre o Governo e a Câmara de Almada que atraia novos finan-

ciadores, que permitam concluir o projecto.

A posição dos social-demo-cratas foi revelada em resposta ao PS, que criticou o Governo pela dissolução da Sociedade Costa-Polis, garantindo o parlamentar Nuno Matias que «não foi a extinção da sociedade que colocou em causa o Plano de Desenvolvimento Estra-tégico da Costa de Caparica, mas sim o modelo em que foi assente e a forma como foi financiado».

Insiste o deputado que «o Governo PS, com a anuência da maioria PCP na Câmara de Almada, criou um modelo de financiamento que não era aconselhável e que não era realizável. Desde que a CostaPolis foi lançada que o PSD vinha a alertar para este desfecho», recorda, acrescentando que «já nessa altura era impossível vender terrenos para financiar esta obra».

Ainda assim, Nuno Matias defende que a Costa deverá ter «um processo de requalificação estru-tural e que aquilo que foi planeado

possa ser concretizado”, mas, neste momento, esse desígnio está muito longe de ser alcançado, num processo conturbado, quase desde o início.

Contagem decrescentefoi dada por Sócrates

Recorde-se que a contagem decrescente foi accionada, em 2001, pelo então ministro do Ambiente José Sócrates. O Polis da Costa anunciava uma metamorfose à beira mar. Sete planos de pormenor, orçados em 200 milhões de euros, haveriam de requalificar uma área de 650 hectares, transformando a Costa no «paraíso» às portas de

Lisboa. Mas a intervenção, que deveria estar concluída em 2006, ainda nem vai a meio, quase 13 anos volvidos. Cinco planos, orçados em cem milhões de euros, não chegaram a sair do papel, perante a falta de financiamento, enquanto o Governo acabou de aprovar a dissolução da sociedade gestora do programa – detida em 60% pelo Estado e 40 pela Câmara de Almada - levando a autarquia a ameaçar recorrer aos tribunais.

Há quatro anos que as obras estavam paradas, porque o dinheiro chegaria apenas para erguer os 26 restaurantes e bares da frente marí-tima - que cedo começaram a

revelar deficiências e a revolta dos empresários - o novo paredão que hoje faz a ligação entre as praias, mais de 300 lugares de estaciona-mento e o Jardim Urbano, que permitiu pôr fim às habitações precárias.

Ficou por aqui a intervenção. O realojamento das cerca de 200 famí-lias do clandestino bairro do “Campo da Bola”, por exemplo, mergulhou num impasse até aos dias de hoje.

DR

O Governo tem embandei-rado em arco sustentado em alguns indicadores econó-

micos, como os do crescimento do PIB e das exportações, da baixa de juros das operações de venda da parte da dívida, da diminuição da taxa de desemprego, enquadrando esses indicadores na proximidade do termo do Memorando de Entendi-mento com a Troika. Até parece que o país se libertará do fardo da auste-ridade no próximo dia 17 de Maio…

Como não podia deixar de suceder, o Presidente da Comissão Europeia e alguns Comissários têm pautado as suas intervenções com base na mesma linha de orientação. O Vice-Presidente Olli Rehn chegou mesmo a declarar que Portugal devia ter pedido a adesão às políticas de ajustamento em período anterior

àquele em que o solicitou. Como se a U.E. com a Comissão Europeia à cabeça não tivesse aprovado ou no mínimo, dado luz verde aos quatro anteriores programas de estabili-dade e crescimento, vulgo PEC’S.

Este foguetório do Governo encontra, no essencial, eco na gene-ralidade da nossa comunicação social, passando-se a ideia de que o caminho de empobrecimento do país, que vem sendo seguido, não só não tem alternativa como não há alternativa.

O ribombar do eco das políticas do Governo na comunicação social é facilitado por “comentadores polí-ticos”, criteriosamente escolhidos, que nos vêm “ensinar” a correção da ação política – de que não foram exemplo quando a exerceram – condicionando, porém, o debate sobre o nosso futuro coletivo à sinfonia da música do Governo.

Este tipo de condicionamento

da opinião publica tem conduzido à crescente generalização de uma inconformada resignação dos cida-dãos, apesar dos inaceitáveis e gravíssimos cortes nos salários, nas pensões, que penalizam quem trabalha uma vida inteira e à falta de horizontes dos mais novos, forçados a emigrarem de uma pátria que lhes é agora, de facto, madrasta.

A insensibilidade do Governo toca as raias da indignidade.

Os números não têm alma e o Governo é o primeiro a saber disso, escamoteando que, por mais que se esforce em apresentar sucesso nas políticas de empobrecimento, elas, por este caminho persistirão e a austeridade não abrandará nos próximos anos, haja ou não segundo resgate, cautelar ou não haja nada.

É uma ilusão pensar o contrário.Admitir-se que a alternativa a

esta política está numa ação mais

social, mantendo a essência das coisas como se a alternativa fosse apenas critério de gestão, só reforça a referida inconformada resignação dos cidadãos.

O caminho da alternativa está, na perspetiva em que analiso a situ-ação, no afrontamento coerente às políticas de austeridade e de empo-brecimento da troika, contrapondo-se as que se suportam num projeto patriótico e mobilizador dos cida-dãos, dinamizado por convicções fortes e, porque não dizê-lo, num ideário que não ceda ao eleitora-lismo nem ao desejo do poder pelo poder.

Em política e sobretudo na demo-cracia, para se ter verdadeiramente poder, não se pode desejar tê-lo, sob pena dele ser efémero, como se tem visto, se não assentar num rumo de marcha, forte nos alicerces, sabendo o que se quer e para onde se vai.

O resto é fantasia.

Vítor RamalhoEconomista

O deus lucro

Os deputados do PSD defendem uma solução conjunta entre o Governo e a Câmara de Almada que possa atrair novos financiamentos para concluir o projecto. E consideram que o anterior modelo foi um fiasco.

O que dizem governo e autarquiaO gabinete do secretário de Estado do Ordenamento do Território assegura que a liquidação da CostaPolis não põe em causa o projeto, garantindo a conclusão dos sete planos de pormenor. Justifica ter sido a solução encontrada face à disponibilidade financeira, mas que «possibilita a intervenção imediata e sustentável no território».Já o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, defende que o prazo de vigência da sociedade seja alargado até 2017, permitindo cumprir o programa, não excluindo o recurso aos tribunais se não forem salvaguardadas “questões urgentes de segurança”, como é o caso do risco de incêndios e de invasão da Costa pelo mar.

A polémica em torno da reconversão da marginal da Costa continua

Roberto Dores

Este foguetório do Governo encontra eco na nossa comunicação social, passando-se a ideia de que o caminho de empobrecimento do país, que vem sendo seguido, não só não tem alternativa como não há alternativa.

Vitorianos jogam regresso aos triunfos no Bonfim

O Vitória quer voltar aos triunfos no Campeonato depois do afastamento das Taças de Portugal e da Liga.A jogar no Bonfim, frente ao Rio Ave, o clube sadino quer fazer esquecer as quatro

derrotas consecutivas e começar desde já a garantir os pontos necessários à manu-tenção entre os maiores do futebol nacional.«Os meses de Fevereiro e Março são decisivos para a

equipa conseguir os objetivos a que se propõe» diz José Couceiro, treinador do Vitória, para quem é imprescindível voltar aos bons resultados para que aumentar os níveis de confiança dos jogadores.

DESPORTO

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

11

Taça do Mundo de Águas Abertas regressa aos Jogos do Sado

A 12ª edição dos Jogos do Sado, evento desportivo organizado pela Câmara Municipal de

Setúbal em parceria com os agentes desportivos do concelho, arranca este domingo, com a cerimónia de abertura a ter lugar no Fórum Municipal Luísa Todi, a partir das cinco da tarde, apresentando um conjunto de actividades despor-tivas e culturais.

O evento desportivo que se prolonga até Outubro volta a receber, na edição deste ano, uma etapa da Taça do Mundo de Águas Abertas prova que terá lugar no dia 28 de Junho ao largo do Parque Urbano de Albarquel, à semelhança do apura-mento olímpico de 2012.

Ainda como novidades este ano, o cartaz dos Jogos do Sado apresenta um Torneio Internacional de Ténis em Cadeira de Rodas e uma Descida do Rio Sado em kayak para além do regresso da Travessia do Sado a Nado.

Em destaque também uma vez mais está a Feira de Pesca que vai na terceira edição e que se realiza em Abril, no Parque Urbano de Albar-quel.

A edição deste ano conta com perto de três dezenas de provas de dezassete modalidades que ao longo de praticamente todo o ano vão

envolver centenas de atletas amadores e profissionais, federados e não federados, de todas as idades e tendo como objectivo principal a prática desportiva para todos.

A introdução do desporto adap-tado, com modalidades como o boccia e o ténis de mesa em cadeira de rodas, tem tornado nos últimos anos, o

evento ainda mais abrangente, permi-tindo também ao cidadão com defi-ciência uma participação activa.

Apesar das dificuldades finan-ceiras, Maria das Dores Meira, presi-dente da câmara de Setúbal, assumiu na conferência de imprensa de apre-sentação do evento, tratar-se de uma «enorme responsabilidade avançar para esta ambiciosa iniciativa», desta-cando o «papel fundamental que os Jogos do Sado assumem na dinâ-mica e nos objetivos do nosso movi-mento associativo, aproximando-o das suas populações».

Aliando as provas de âmbito popular, como a Regata de Banheiras e Insólitos ou o Setúbal Bike Tour, aos grandes eventos desportivos de caracter nacional e internacional, como o Raid Bicasco ou a Taça do Mundo de Águas Abertas, os Jogos do Sado têm conseguido nos últimos anos o envolvimento de mais de cinco mil pessoas em cada edição.

O objectivo da iniciativa, cujo modelo continua praticamente idên-tico desde 2003, é conciliar hábitos de vida saudáveis com o potencial de recursos naturais do concelho, como o rio, a serra e o estuário, promovendo não só a prática do desporto, como também impulsionar as áreas da educação, da economia e do turismo.

“Sevilhanas” no Desportivo Banheirense

O Fórum Cultural José Figuei-redo, na Baixa da Banheira, concelho da Moita, recebe no próximo dia 7 de Fevereiro, pelas 21h30, o 1º Encontro de Escolas de Sevilhanas.

O evento é promovido pelo Grupo «Sevilha Pura», da União Desportiva e Cultural Banheirense, e conta com os apoios da Câmara Municipal da Moita e da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira.

Este primeiro encontro conta com a participação de grupos dos concelhos de Almada, Barreiro e Moita e com a presença do grupo Karamelo, de Sevilha.

As emoções do motocross este domingo nas Pontes

A LOCALIDADE das Pontes, em Setúbal, recebe este domingo a 2ª prova de Motocross reali-zada pela TT Arena e destinada às classes de Elite, 85 cc e Pit Bike.

Durante a manhã terão lugar os treinos livres e a partir das 13 horas vai ser possível assistir ao evoluir dos pilotos das várias categorias.

A prova aberta a atletas fede-rados e não federados tem prémios monetários até ao sexto classificado e as inscrições podem ser feitas até ao dia da prova.

A pista das Pontes onde decorre a prova tem condições para a prática de motocross, supercross e freestlyle e é objec-tivo dos seus promotores conse-guir realizar eventos de carácter

nacional e internacional, mas acima de tudo proporcionar aos seus utilizadores momentos de diversão, emoção e pura adre-nalina, razões para atrair muitos entusiastas da modalidade.

A entrada para a 2ª Prova de Motocross TT Arena tem um custo de cinco euros.

Rui Baião despede-sedos relvados

O ANTIGO jogador do Benfica Rui Baião despediu-se no passado fim-de-semana dos relvados. Aos 33 anos, problemas de saúde impedem-no de conti-nuar a carreira de futebolista.

Rui Baião anunciou o aban-dono dos relvados devido a anomalia cardíaca, segundo deu conta o Sindicato de Joga-dores de Futebol Profissional. O último jogo do médio portu-guês foi no último fim-de-semana, ao serviço do Pinhal-novense.

O futebolista, que findou a formação como jogador ao serviço do Benfica, passou, entre outros clubes, por Gil Vicente, Alverca, Estrela da Amadora, Portimonense e Olhanense. Rui Baião passou toda a carreira em Portugal, com a excepção da temporada 2004/2005, onde jogou por alguns meses no Kerkyra, da Grécia.

DR

O NADADOR olímpico Tiago Venâncio assina contrato como trei-nador da Palmela Desporto na próxima segunda-feira, 3 de Feve-reiro, dia em que a empresa muni-cipal de desporto do concelho de Palmela celebra o 14º aniversário.

Depois de vários anos a defender as cores da Palmela Desporto enquanto atleta, o nadador, que fará 27 anos em Agosto, dá assim início à carreira de técnico na área em que se notabilizou concretizando assim um desejo pessoal e indo de encontro à vontade e condições da empresa municipal que assim encontrará um factor extra de motivação para os futuros nadadores ao manter nos seus quadros técnicos um dos nada-dores portugueses com melhor palmarés internacional.

O 14º aniversário da Palmela vai ser marcado pela inauguração da

sala “Mentes Desportivas”, um espaço destinado aos atletas federados, e ainda pela sessão solene a ter lugar a partir das 18:30 horas, na Piscina Municipal do Pinhal Novo, altura em que será assinado um protocolo de cooperação entre a Palmela Desporto e a Associação Humanitária dos Bombeiros do Pinhal Novo.

O nadador tem novo projecto

DR

As provas de ‘mar aberto’ nas águas do Sado são sempre espectaculares

DR

Prova aberta a federados e amadores

DR

A 12.º Edição do evento arranca este domingo no Teatro Luísa Todi

Marta David

Venâncio passa a treinador na Palmela Desporto

Adega de Palmela ultrapassa os 60 prémios e dois anos

A Adega Cooperativa de Palmela conquistou 32 medalhas em 2013, 28 das quais importantes galardões internacionais. Entre os prémios a nível nacional destaca-se a conquista, com o Vale de Barris Branco Moscatel

2012, do título de Melhor Vinho da Península de Setúbal,no XIII Concurso de Vinhos da CVRPS, em Maio, rótulo que, no mesmo evento, já havia conseguido duas outras meda-lhas. A empresa de Palmela

ultrapassou, no espaço de apenas dois anos, a marca simbólica dos 60 prémios, ao conseguir, nada menos, do que 66 prémios, a esmagadora maioria dos quais a nível inter-nacional.

NEGÓCIOS

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

12

Oceanic investe 2 milhões de euros em Sines

Uma empresa especia-lizada no comércio de peixe fresco prepara-se

para investir cerca de 2 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Sines, que vai permitir aumentar as exporta-ções e criar 15 postos de trabalho.

Actualmente, a Oceanic desenvolve a sua actividade na lota de Sines (Docapesca), onde compra e prepara uma parte do peixe que distribui pelos clientes, mas o espaço já é pequeno para o volume que a companhia transacciona, contou à agência Lusa um dos proprietários, Miguel Segundo.

A construção da fábrica vai ser feita em duas fases, adiantou o empresário, sendo que a primeira deverá começar em

Fevereiro, após a confirmação da comparticipação de 55 por cento de fundos comunitários.

A unidade, que vai ter uma área de 1 800 metros quadrados, deverá estar pronta a funcionar no início do Verão e vai permitir à Oceanic expandir o negócio, desde logo, com a instalação de uma “pequena” unidade de congelação, garantida pela venda de 3 mil toneladas anuais de alimento para aquacultura.

Em 2016, está previsto arrancar a segunda fase de investimento, de mais de 3 milhões de euros, para ampliação do edifício e insta-lação de uma unidade de conge-lação de pescado para consumo humano.

De acordo com Miguel

Segundo, trata-se de uma acti-vidade pouco expressiva para a empresa, à volta de 1 500 tone-ladas por ano, que actualmente é feita em fornecedores.

Empresa fundada há dois anos em Ermidas do Sado

A Oceanic foi fundada há cerca de dois anos, em Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, por Miguel Segundo e outro sócio.

No ano passado, a empresa facturou mais de 31 milhões de euros, o que representou um aumento de 15 por cento em relação a 2012.

Além das instalações em Sines, a Oceanic tem armazéns em Matosinhos e Portimão,

totalizando, em Portugal, cerca de 50 funcionários, aos quais se juntam 12 numa outra unidade em Tânger (Marrocos).

A distribuição das unidades é «estratégica», explicou o empresário, pois facilita a compra do pescado nas lotas e a importação, que representa aproximadamente 40 por cento da actividade da empresa.

A exportação já teve «melhores dias», reconheceu, uma vez que dependia em grande parte da vizinha Espanha, onde «baixou muito o consumo», mas, ainda assim, contribui com mais de 15 por cento da facturação. Número que o proprietário da companhia pretende aumentar, pois está convencido de que em Portugal «pouco mais» poderão crescer.

A empresa de comércio de peixe fresco está instalada há dois anos na localidade e vai agora construir uma nova fábrica com 1800 metros quadrados. A primeira fase deve estar a funcionar já este Verão.

António Luís

«Gestão integrada vai potenciar penetração no mercado portuário»

O que muda no figurino portuá-rio de Sines com a agregação dos dois portos algarvios?

José Pedro Soares - No figurino portuário de Sines não serão no-tadas grandes mudanças estrutu-rais, o que passará a existir é uma Administração única para Sines, Portimão e Faro, com gestão in-tegrada e dirigida para eficiência, visando o seu progresso e desen-volvimento e, incrementando des-

ta forma, maior capacidade de in-fluência e penetração nos diver-sos segmentos do mercado por-tuário internacional.

Qual a importância estratégica da fusão e que complementari-dades poder ser aferidas?Com a fusão será possível uma in-tegração de competências, valên-cias, uniformização de processos e partilha de meios, numa relação estratégica win win que permiti-rá um melhor serviço aos seus stakeholders.

Quais as maiores especificidades dos portos de Faro e Portimão?R.: O porto de Faro está vocacio-nado para a valência da carga ge-ral, nomeadamente, o cimento em-pacotado, alfarroba, sal-gema, en-tre outros produtos de exporta-ção, oriundos da região algarvia. Portimão está posicionado no seg-mento dos cruzeiros, com uma grande capacidade de crescimen-to, mas tem igualmente a valên-cia carga geral e ro-ro (ferry), que já teve uma grande expressão num passado muito recente.

A fusão do Porto de Sines com os portos comerciais de Faro e Portimão, aprovada a semana passada em conselho de ministros, vai obrigar a uma gestão integrada para melhorar eficiência e competitividade. O administrador da APS, José Pedro Soares explica o que está em causa.

Fusão do Porto de Sines com portos do Algarve abre nova oportunidade

José Pedro Soares, administrador do Porto de Sines

DR

Barreiro ‘sonha’ com porto de águas profundas

O presidente do município do Barreiro, Carlos Humberto, mostra-se satisfeito pela escolha do seu concelho para a alterna-tiva à construção de um porto de águas profundas na região de Lisboa. Esta escolha da Admi-nistração do Porto de Lisboa põe um ponto final na hipótese de Trafaria, no concelho de Almada.

Para Carlos Humberto, trata-se de um projecto «prioritário que me agrada bastante». Contudo, o autarca mantém «alguma reserva» no projecto, que pode gerar um investimento de 600 milhões de euros no Barreiro, dado que a tão dese-jada terceira travessia do Tejo não chegou a ligar a capital portuguesa ao Barreiro.

Deputados do PS querem justificações

Os deputados ‘rosa’ eleitos por Setúbal já pediram justifi-cações ao Governo para saber se o terminal de contentores vai ser construído no Barreiro ou em Algés, depois de o secretário de estado das infraestruturas, transportes e comunicações ter

apontado estas duas localidades em Novembro passado, em detri-mento da Trafaria. «Queremos saber qual o resultado do rela-tório do grupo de trabalho criado para avaliar a localização do novo terminal e se a posição do secre-tário de estado decorre das conclusões desse grupo de trabalho», afirma a deputada Eurídice Pereira.

Carlos Humberto

DR

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 13

NEGÓCIOS

Pub.

Novo modelo da VW Sharan faz crescer produção da Autoeuropa

A FÁBRICA Autoeuropa de Palmela vai aumentar a produção diária em 65 automóveis, passando das actuais 460 unidades para as 525, garantiu fonte da Autoeuropa ao Semmais Jornal, e chamar de imediato mais 120 trabalhadores. Esta subida deve-se à aposta da Volkswagen no novo modelo VW Sharan. Mas a partir de Julho, a produção deverá voltar a abrandar.

A Volkswagen está a apostar em fazer crescer o seu nível de resposta ao mercado, motivada

pelos «bons indicadores das encomendas na primeira metade do ano, com um crescimento de procura do mercado», refere fonte da Autoeuropa. Deste modo decidiu aumentar a produção na fábrica de Palmela em mais 65 carros por dia.

Esta subida das atuais 460 unidades para 525 permitiu que 120 trabalhadores que estavam a concluir, na Academia de Formação da Autoeuropa (ATEC), um curso de equivalência ao 12.º ano, fossem chamados de imediato para ajudar na

produção.Também a contribuir para

este aumento na produção, que ainda assim ficará muito abaixo dos 625 carros por dia fabricados em 2011 e 2012, está o novo modelo VW Sharan.

Ainda assim, segundo a mesma fonte, «estes números são só para o primeiro semestre até ao fim de Maio ou até Julho, dependendo do nível de produção final que se adopte». A fonte conclui que a produção do final do ano não deverá sofrer grandes alterações face ao ano passado.

Negócio da Portucel sempre em crescimento

As vendas do grupo Portucel em 2013 totalizaram 1 530,6 milhões de euros, cerca de 29 milhões acima do valor registado em 2012. Este aumento fica a dever-se ao contributo positivo do negócio da pasta e ao desem-penho da área da energia. O volume de negócios cresceu 1,9 por cento e as exportações rondaram os 1 215 milhões de euros para 118 países. O resul-tado líquido, que foi positiva-mente influenciado pelos bene-fícios fiscais associados a inves-timentos realizados e pela anulação de provisões registadas em exercícios anteriores nos impostos a pagar, foi de 210 milhões de euros.

JMF celebra 180 anos com a abertura de loja online

A JMF, o mais antigo produtor de vinhos de mesa e moscatéis de Setúbal em Portugal, está a cele-brar os seus 180 anos. A data vai ficar marcada pelo lançamento da primeira online da empresa de Azeitão.

A JMF pretende lançar várias acções para festejar tal data, desde o lançamento de alguns vinhos exclusivos comemorativos dos 180 anos, à realização e participação em alguns eventos onde irão ser comunicados o aniversário. Além disso, a Companhia do Periquita, que se realiza todos os anos a 31 de Maio, também terá como temá-tica os 180 anos da empresa.

O ‘patrão’ António Soares Franco realça que o feito repre-senta «uma enorme honra, dado tratar-se de uma empresa que já vai na 7.ª geração a trabalhar lado a lado connosco com o mesmo empenho e comprometimento das gerações anteriores», acrescen-tando que é «ainda, com enorme orgulho que vemos actualmente a JMF a produzir vinhos de cinco regiões vitivinícolas nacionais e os nossos produtos presentes em cerca de 70 países dos quatro cantos do mundo».

António Soares Franco não tem dúvidas de que o balanço de 180 anos a produzir vinho de alta quali-dade é «extraordinário», subli-nhando: «A vitalidade que a empresa demonstra, com quase dois séculos de História, é muito rara e faz da JMF um exemplo de longevidade e de capacidade de adaptação às mudanças que ocorrem ao longo dos tempos».

Projectos posicionam porto de Setúbal como referência ibérica

A Melhoria das Acessibilidades Marítimas e de Optimização dos Fundos do porto de Setúbal ficou em 4.º lugar, numa lista que elenca as infraestruturas estratégicas priori-tárias no sector dos transportes, até 2020.

Com um investimento de 25 milhões de euros, visa dotar o porto para receber navios de linha regular de média dimensão e permitirá apro-veitar a capacidade já instalada no porto, como o Terminal Multiusos Zona 2, com capacidade actual para movimentar 250 mil TEU/ano, utili-zada em apenas 25 por cento, podendo chegar aos 650 mil TEU/ano.

O mesmo grupo considerou como 18.º projecto prioritário, a expansão do terminal roll-on roll-off deste

porto, um investimento de 3,5 milhões de euros, que vai avançar este ano.

A estes projectos, junta-se a pretensão do porto em avançar com a melhoria da articulação da ferrovia com os terminais portuários, desta-cando-se o projecto de ligação ferro-viária à Mitrena, em estudo, um inves-timento com potencial para aumentar o movimento nacional anual de cargas por ferrovia até 2 milhões de tone-ladas, mais 20 por cento do total actual.

São três projectos que contri-buem para posicionar este porto como «solução ibérica disponível», rentabilizando as modernas infra-estruturas de que dispõe actualmente e reforçando o papel de porta atlân-tica de exportação da indústria da região de Lisboa.

Manuel Duarte vai dirigir Blue&Green Tróia Design Hotel

O Blue&Green Tróia Design Hotel tem, a partir deste sábado, um novo director-geral. Manuel Duarte, formado em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, com 17 anos de experiência no sector, dirigiu os hotéis do grupo Sousa, em Porto Santo, o grupo Char-ming Hotels, os hotéis Dom Pedro (Algarve e Madeira) e o Hotel Meliã Madeira. Mais recentemente foi admi-nistrador da Quinta do Lorde da Marina da Quinta do Lorde.

O hotel de Tróia foi distinguido pela quarta vez com uma Chave de Ouro “Boa Cama, Boa Mesa”, como o “Melhor Hotel para Eventos e Congressos” do país e, pelo segundo ano consecutivo, com um “Certifi-cado de Excelência” do Trip Advisor.

Montijo apresentou Agenda Alcácer melhora trânsito

A apresentação das activi-dades inseridas na Agenda Sénior 2014, decorreu no dia 29, no Teatro Joaquim D’Almeida Este projecto diri-gido à população sénior, que se realiza desde 2008, visa

combater o isolamento social e promover um envelheci-mento activo, através da promoção de iniciativas recreativas e sessões de informação ao longo de todo o ano.

O novo executivo já aprovou alterações no trân-sito. Victor Proença realça que «as medidas são reivin-dicação antiga que já deve-riam ter sido implemen-tadas há mais tempo». A

alteração da circulação na Rua Dâmaso Paula Leite e Largo Campos Valdez em Alcácer do Sal já foi efec-tuada, bem como no troço da Rua José Pomba Cupido e a Rua 31 de Janeiro.

LOCAL

Sábado //01 . Fev . 2014 //

www.semmaisjornal.com

14

O presidente do município, Vítor Proença, assinou no passado dia 27, na Comissão

de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo – CCDR de Évora, dois contratos de financia-mento comunitário.

O primeiro diz respeito à criação do Centro de Educação Pré-Escolar de Alcácer do Sal, através da requalificação e adap-tação da “Escola do Morgadinho” às necessidades e requisitos da

educação pré-escolar. Uma vez que este novo centro concentrará toda essa valência de Alcácer, o objectivo é que a infraestrutura disponha de condições ajustadas a aprendizagens qualificadas e qualificantes.

O segundo contrato, assinado pelo edil na qualidade de presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), é sobre o projecto “Património em Rede no Desenvolvimento Sustentável”, que está incluído na Estratégia de Efici-ência Colectiva PROVERE do Alen-tejo Litoral e Costa Vicentina. A candidatura ao INALENTEJO integra os cinco municípios asso-ciados da CIMAL e dois do Algarve,

nomeadamente Aljezur e Vila do Bispo. O objectivo geral é ir ao encontro das metas do programa de Acção PROVERE “Reinventar e Descobrir, da Natureza à Cultura”, no sentido da valorização dos recursos patrimoniais endógenos do território (naturais e culturais). Os objectivos específicos passam por: difundir o “Atlas do Património em Rede no Desenvolvimento Sustentável” via internet, através de um WebGis; produzir informação e cartografia de base temática para a elaboração das Cartas do Patri-mónio Cultural, Directório dos Desportos de Natureza, Vegetação, Avifauna, Biodiversidade Marinha e Geologia/Geomorfologia;

fomentar as vertentes mencionadas, tornando-as num factor de desen-volvimento regional.

Após a assinatura dos contratos, o autarca disse que Alcácer do Sal deu «mais um passo importante para a melhoria da educação, já que este novo executivo viabilizou, com a aprovação da Carta Educa-

tiva, a requalificação da escola do Morgadinho que, após a sua recu-peração, irá acolher o Centro de Educação Pré-Escolar de Alcácer». Relativamente ao contrato assi-nado pela CIMAL, Vítor Proença sublinhou a importância da valo-rização do património e dos recursos naturais da região.

Alcácer dá bom passo para criar Centro Pré-Escolar

Sesimbra candidatatrês praias à bandeira azul

A CÂMARA Municipal de Sesimbra vai candidatar as praias do Ouro, Califórnia, Moinho de Baixo e Lagoa de Albufeira – Mar, ao galardão da Bandeira Azul da Europa 2014.

Em relação a 2013, a novi-dade é a introdução da praia da Lagoa de Albufeira - Mar, praia que nunca hasteou este galardão, mas que pode vir a tê-lo na próxima época balnear, já que nos últimos anos foram

criadas diversas infraestruturas de apoio aos veraneantes, algumas das quais na sequência do projecto de requalificação da margem sul da Lagoa de Albufeira.

Recorde-se que o concelho de Sesimbra é um dos que há mais anos hasteia a Bandeira Azul, nomeadamente nas praias do Ouro e Califórnia, na Baía de Sesimbra, e no Moinho de Baixo, na Aldeia do Meco.

Alcochete festeja 29 anos da freguesia de S. Francisco

Montijo ganha nova Academia Sénior

Grândola reclama reabertura de SAP

A ACADEMIA Sénior da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia inaugurou, ontem, na antiga Junta de Freguesia do Alto Estanqueiro-Jardia.

Trata-se de uma das áreas chave do projecto Junto de Si, cuja meta visa criar, dinamizar, e organizar actividades culturais, recreativas, de convívio e de aprendizagem.

Depois da Academia Sénior de Pegões, este novo espaço vem reforçar a aposta do município na promoção e dinamização de espaços e actividades potencia-dores de um envelhecimento activo da população.

Esta academia destina-se a adultos com mais de 50 anos, inde-pendentemente do nível de esco-laridade, com vontade de aprender e de ensinar/partilhar experiên-cias vividas.

As actividades proporcionadas são aulas de diversas disciplinas em regime de ensino não formal, que proporcionam a aquisição de conhecimentos ao nível das novas tecnologias; permitem divulgar a história, as tradições, a cultura e arte locais; impulsionam o envol-vimento dos alunos em actividades culturais, de cidadania e de lazer, incentivando as relações interpes-soais entre várias gerações. A Academia conta com Atelier das Artes, Língua Portuguesa, Infor-mática, Desporto Sénior e Tardes do Chá.

O MUNICÍPIO acaba de exigir ao Ministério da Saúde a necessi-dade de reabertura do SAP 24 horas e do posto de atendimento do Canal Caveira, como forma de garantir a melhoria do serviço público de saúde proporcionado à população.

Os responsáveis da saúde garan-tiram que a maior dificuldade dos serviços prende-se com a insufi-ciência de recursos humanos, em especial médicos, razão pela qual não existem as condições para dar seguimento à resolução, existindo o compromisso de criar as condi-ções para no imediato aumentar o horário de funcionamento.

De acordo com ao município, a região necessita de 88 médicos para garantir o funcionamento em pleno de todos os serviços, embora se deparem com concursos que ficam desertos.

A presidente da ULSLA adiantou que o concelho é o que apresenta uma maior cobertura ao nível de médicos de família, não deixando os responsáveis municipais de regis-taram que mesmo assim mais de 12 por cento não dispõem desse serviço.

PELA PRIMEIRA vez, a Junta de S. Francisco comemorou, no dia 26, a criação da freguesia, numa ceri-mónia pública à qual não faltaram autarcas, entidades locais e popu-lação.

Presente na cerimónia o edil do município manifestou grande contentamento por assistir pela primeira vez à comemoração da criação da freguesia e sublinhou que «nestes 29 anos S. Francisco desen-volveu-se e cresceu demografica-mente e tem hoje um paradigma de gestão urbanística absolutamente exemplar, tem espaços verdes, boa qualidade de vida e o maior inves-timento de sempre do município que é o Centro Escolar».

Já o presidente da Junta começou por referir que assumiu com a popu-lação um conjunto de compromissos, entre os quais, «a dinamização de um plano de acção sócio-cultural, desportivo e ambiental, que inclui entre outras, a comemoração de datas e efemérides».

O presidente Vitor Proença durante a assinatura do s contratos

Luís Franco, edil de Alcochete

DR

Manifestantes saem à rua

DR

DR

Os dois contratos com CCDR de Évora são mais-valias para o concelho

A Ministra Assunção Cristas marcou presença na cerimónia

DR

Sempre com a região, sempre pela região...

Sábado // 01 . Fev . 2014 // www.semmaisjornal.com 15

O PRESIDENTE do município, Álvaro Beijinha, reuniu-se no passado dia 27 com a Adminis-tração do Porto de Sines para tratar de questões de ferrovia. No encontro, que incidiu também sobre os impactos económicos para o município e para a região, motivados pelo crescimento regis-tado pelo porto de Sines em 2013, Álvaro Beijinha sublinha o carácter «absolutamente funda-mental da ferrovia para o porto de Sines». O município quer recu-perar um assunto vital para o desenvolvimento socioeconó-mico da região e o objectivo primordial é «que as mercado-rias possam chegar a Espanha o mais rapidamente possível, mas salvaguardando questões que a Câmara já teve ocasião de colocar há alguns anos atrás», assentes numa «estratégia regional, com um traçado que não ponha em causa um conjunto de valores ambientais e do planeamento

urbanístico». Álvaro Beijinha recorda que «na altura o muni-cípio contestou a existência de divisão entre as duas cidades. Houve reuniões com a Refer e tivemos oportunidade de apre-sentar alternativas e expor as nossas críticas em relação ao traçado que foi apresentado».

O edil de Santiago do Cacém entende que «tudo aquilo que está

relacionado com o crescimento do porto reflecte-se positivamente na região, do ponto de vista do desenvolvimento económico» e assegura estar atento à situação: «em Santiago do Cacém, temos de saber tirar partido da melhor forma», sendo para isso condição fundamental «acompanhar de muito perto a realidade do porto de Sines».

Santiago defende ferrovia no porto

Seixal recebe ateliers no Espaço Memória

Almada sensibiliza para a reciclagem

Palmela recupera viaduto do Poceirão

FORAM depositadas em Almada, no ano passado, cerca de 90 mil toneladas de lixo nos conten-tores. Foram quase 250 toneladas de lixo que, diariamente, chegaram ao aterro sanitário, deixando de ter qualquer hipótese de valori-zação.

O “Papel e Cartão”, “Vidros”, “Plásticos” e “Metais”, em conjunto, constituem cerca de 40 por cento do lixo, depositado num contentor do concelho, que poderia ser reci-clado se fosse depositado no ecoponto ou num ecocentro.

A reciclagem contribui para reduzir o lixo enterrado nos aterros e a poluição associada; diminuir o consumo de recursos naturais; poupar energia, uma vez que se consome menos energia a reciclar do que a fabricar de novo, se contabilizarmos todo o ciclo do produto: desde a extracção da matéria-prima, passando pela sua transformação, transporte e deposição.

O MUNICÍPIO já arrancou com a recuperação da passagem supe-rior ao caminho-de-ferro junto a Poceirão, adjudicada por 57 mil euros. Trata-se de uma intervenção de emergência.

A obra, que decorrerá por ajuste directo e com um prazo de execução de 45 dias, tem um plano de segurança e saúde exigentes, uma vez que os traba-lhos decorrem numa zona elec-trificada, com passagem de comboios que circulam a 190 quilómetros/hora.

Durante a execução da obra, manter-se-á o desvio de trânsito assinalado no local. Quem circula no sentido Palmela/Poceirão, deverá virar à direita, no entron-camento das EM’s 533 e 564, e virar à esquerda, no cruzamento desta última via com o Caminho Municipal 1040. Depois, deverá virar novamente à esquerda, no CM 1040, até à EN 5, em direcção a Poceirão.

Gala dos Bombeiros Voluntários de Setúbal

VÁRIOS artistas vão marcar presença na Gala dos Bombeiros Voluntários, no Fórum Luísa Todi, a 22 de Fevereiro, às 21h30.

Pelo palco vão passar Lenita Gentil, Nuno da Câmara Pereira, Fran-cisco Naia, Carlos Alberto Moniz, Pedro Barroso, Padre Borga e Rui David, dos Hands on Aproach. As cheerleaders do V. Setúbal participam, também, para acompanhar, com uma coreografia preparada especialmente para este espectáculo, a marcha “Viva o Vitória”, interpretada por Lenita Gentil e ESTuna. Os bilhetes custam 15 euros.

O ESPAÇO Memória - Tipo-grafia Popular do Seixal recebe na última sexta-feira de cada mês o ateliê “Sextas às Seis”. O projecto convida os jovens e os adultos a passar um fim de tarde com algo relacionado com o património do concelho. Ontem, sexta-feira, dia 31, os participantes conhe-ceram e utilizaram as técnicas das artes gráficas tradicionais, com objectivo final de produzir e ilustrar blocos de notas e cadernos artesanais originais e personalizados.

INICIATIVAS

Estão abertas até 8 de Feve-reiro as inscrições para o Seixalmoda. Os alunos até aos 23 anos que frequentem as secundárias ou técnico-profissionais, podem parti-cipar como estilistas ou modelos. Os estilistas podem concorrer individualmente ou em grupo de dois ou três.

Este sábado, às 16 horas, no Fórum José Manuel Figuei-redo, na Baixa da Banheira, tem lugar mais uma edição do Projecto “De Pequenino…” com o espectáculo “L’Áquila: Um Violino Sobrevivente”, pela Escola de Artes SAMP – Paulo Lameiro.

No dia 12 de Fevereiro, às 10 horas, realizam-se em Sesimbra, hastas públicas para atribuição de bancas para venda de produtos hortofrutícolas, peixe e marisco no mercado da Quinta do Conde. Os interes-sados deverão preencher um formulário.

Seixalmoda abre inscrições

O município do Barreiro convida as crianças e os seus familiares a participar nas acti-vidades do “Palmo e Meio”, a partir de 1 de Fevereiro. Ao longo do mês decorre uma vasta programação para toda a família, com experiências divertidas e pedagógicas, em várias áreas.

Actividades “Palmo e Meio”

Espectáculos para bebés

Bancas em hasta pública

Artes e talentos mostram-se na Moita

A FEIRA de Artesanato “Artes e Talentos” que desde o seu início se realiza sempre no primeiro fim-de-semana de cada mês, passa agora a realizar-se ao primeiro e segundo sábado. Por isso, nos dias 1 e 8 de Fevereiro, entre as 9 e as 13h30, vários artesãos mostram e vendem as suas peças no interior do Mercado Municipal da Moita. A varie-dade de artesanato é grande, podendo encontrar peças de cortiça, malha, crochet, tecido, ferro, cerâmica, doces, entre outras. Esta feira de artesanato insere-se no Programa de Dina-mização e Animação do Mercado Municipal da Moita e requere inscrição prévia.

Contos para todos em Sines Barreiro observa aves na Mata da Machada e no Rio Coina

NA BIBLIOTECA municipal de Sines prosseguem a “Hora do Conto”, que apresenta novas histórias desde o dia 20 para o pré-escolar, nomeadamente “Obax”, de André Neves; para o 1.º ciclo, “A Grande Fábrica de Palavras”, de Agnès de Lestrade e Valéria Docampo. Dia 22 de Fevereiro, às 16 horas, há sessão

para famílias.Já o programa “Conta-me

histórias… daquilo que eu não li” tem como destinatárias as turmas dos 2.º e 3.º ciclos do básico e do secundário. Desde dia 27, a nova história levada às escolas é “O Caderno do Avô Heinrich”, de Conceição Dinis Tomé.

NO PRIMEIRO sábado do mês de Fevereiro regressa a iniciativa do município ‘Reserva o Sábado’ 2014. A ‘Observação de Aves’, agen-dada este sábado, é uma actividade gratuita mas limitada a 30 partici-pantes, pelo que os interessados deverão fazer a sua inscrição através da Linha Verde (gratuita) 800 205 681, ou pelo número 21 206 80 42.

O ponto de encontro com os participantes está marcado para as 9 horas nas instalações do Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina. Prevê-se que a actividade possa terminar por volta das 13 horas.

Espaço- Memória do Seixal

Pequenada fica animada

DR

O edil Álvaro Beijinha, ao centro, com responsáveis da APSD

R

DR

O cantor setubalense Rui David

DR