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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ACTUAL Muitos desempregados que passaram a dedicar-se à apanha de marisco nas águas da região estão agora à beira de um ataque-de-nervos, devido à interdição da actividade. Sem rendimentos ficaram de pés e mãos atados. POLÍTICA O tribunal Constitucional deu finalmente luz verde aos candidatos a braços com a Lei da Limitação de Mandatos. Vitor Proença assim consumada a sua candidatura a Alcácer. E quer vitória a 29 de Setembro. ACTUAL As centenas de peças que fazem parte do espólio de arte sacra da Diocese de Setúbal vão passar a ter uma espécie de bilhete de identidade. A ideia é inventariar as valiosas peças de arte, em defesa contra os roubos, que não param de aumentar. Interdição da apanha de bivalves está a lesar desempregados Proença é finalmente candidato a Alcácer com ‘benção’ da justiça Diocese de Setúbal vai inventariar a sua arte sacra contra roubos ABERTURA A Casa Fernando & Simões foi distinguida, num concurso internacional do Reino Unido, com um segundo prémio a nível mundial. O galardão pode valer muito mais que o prémio, e guindar a guloseima artesanal a outros patamares. O acontecimento pode valer milhões. Actual Divórcios na região caem pela primeira vez em 50 anos 6 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 777 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 7.Setembro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Especial Os nossos colégios de referência Caderno Cultura José Cid canta em Tróia 13 PÁG.2 PÁG.4 PÁG.9 PÁG.5 Pub. Queijo de Azeitão é o segundo melhor do mundo Opinião Vítor Ramalho Analisa as ‘rentrées’ políticas e as declarações que não batem com a realidade. Jorge Humberto Disserta sobre um turismo baseada em sol e praia e suas especificidades. David Sequerra Antevê o processo das várias candidaturas aos próximos Jogos Olímpcos de 2020. Pub.

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Edição 7 de Setembro

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Page 1: Semmais 7 setembro

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ACTUAL Muitos desempregados que passaram a dedicar-se à apanha de marisco nas águas da região estão agora à beira de um ataque-de-nervos, devido à interdição da actividade. Sem rendimentos ficaram de pés e mãos atados.

POLÍTICA O tribunal Constitucional deu finalmente luz verde aos candidatos a braços com a Lei da Limitação de Mandatos. Vitor Proença vê assim consumada a sua candidatura a Alcácer. E quer vitória a 29 de Setembro.

ACTUAL As centenas de peças que fazem parte do espólio de arte sacra da Diocese de Setúbal vão passar a ter uma espécie de bilhete de identidade. A ideia é inventariar as valiosas peças de arte, em defesa contra os roubos, que não param de aumentar.

Interdição da apanha de bivalves está a lesar desempregados

Proença é finalmente candidato a Alcácer com ‘benção’ da justiça

Diocese de Setúbal vai inventariar a sua arte sacra contra roubos

ABERTURA A Casa Fernando & Simões foi distinguida, num concurso internacional do Reino Unido, com um segundo prémio a nível mundial. O

galardão pode valer muito mais que o prémio, e guindar a guloseima artesanal a outros patamares. O acontecimento pode valer milhões.

ActualDivórcios na região caem pela primeira vez em 50 anos

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www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 777 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 7.Setembro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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EspecialOs nossoscolégios de referência

Caderno

CulturaJosé Cidcanta emTróia

13

PÁG.2

PÁG.4PÁG.9PÁG.5Pub.

Queijo de Azeitão é o segundo melhor do mundo

OpiniãoVítor RamalhoAnalisa as ‘rentrées’ políticas e as declarações que não batem com a realidade.

Jorge HumbertoDisserta sobre um turismo baseada em sol e praia e suas especificidades.

David SequerraAntevê o processo das várias candidaturas aos próximos Jogos Olímpcos de 2020.

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ABERTURA

Sábado //7 . Set . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Com esta distinção internacional, o queijo de Azeitão, que é um ícone da mesa da região, pode vir a ganhar uma nova dimensão além-fronteiras

Queijo de Azeitão é o segundo melhor do mundo

Um misto de ácido e salgado, com a presença, quase imper-ceptível, de um certo amargo

e picante, foi o suficiente para que o queijo de Azeitão caísse nas graças dos jurados do concurso interna-cional “Great Taste Awards – The guild of fine food”. E a classificação que se seguiu mais do que superou as expectativas de toda a gente, já que elevou o queijo de Azeitão à condição de segundo melhor em todo o mundo.

Nem a queijaria Fernando & Simões, que levou até ao Reino Unido o seu queijo, imaginava algum dia atingir este feito. Nem mesmo depois de já ter ganho no ano passado o Ouro na feira de Santarém, com o seu queijo fresco de ovelha, ou a prata, em Julho deste ano, por terras de França, país que domina como ninguém

as técnicas em torno da fabricação dos diferentes “fromages”.

O nosso queijo de Azeitão continua a primar pela tradição e por uma produção bem artesanal, passada de geração a geração a queijeiros-artesãos, desde pelo menos 1830. E isso fez, natural-mente, a diferença. Produzido a partir de leite de ovelha cru, ao qual se junta apenas cardo e sal, o queijo de Azeitão é um queijo curado em forma de cilindro achatado, sem bordos definidos e com uma crosta amarelada. A pasta, também ela amarelada, é amanteigada e untuosa. Já a cura, essa é efectuada num período mínimo de pelo menos 20 dias, durante os quais os queijos vão sendo diariamente virados e lavados à mão, para que a crosta se mantenha lisa e limpa.

Um trabalho meritório,reconhecido após 22 anos

Rui Simões, proprietário da queijaria que viu agora o seu queijo ser eleito o segundo melhor do mundo, segue como ninguém esta tradição à risca. E transborda feli-

cidade, agora que viu um trabalho que começou em 1992 ser mundial-mente reconhecido. «Iniciámos nessa altura apenas com o leite da nossa exploração, mas trabalho hoje em dia com leite arrendado, produzindo em média 700 queijos por dia», explica, ao Semmais. Agora, vai receber a distinção das mãos dos ingleses na próxima segunda em Londres. É obra.

Mas a sua queijaria também se tem ressentido com a crise que se vive em Portugal. A produção para o mercado nacional caiu, mas têm-lhe valido as grandes cadeias alimentares. «Este não é um queijo barato, mas também não é um produto de luxo», afirma, convic-tamente. Com a austeridade que vai cá dentro, Rui Simões tem procurado alargar o leque de países para onde comercializa o seu queijo de Azeitão. As exportações valem já 15 por cento da facturação da sua queijaria, «a única com certi-ficado artesanal», como, orgulho-samente, diz.

Produção de queijo na regiãogerou 2 milhões em 2012

A produção de queijo de Azeitão gerou em 2012 um volume de negó-cios a rondar os 2 milhões de euros. Das nossas sete queijarias da região certificadas saíram no ano passado aproximadamente 677 mil queijos, uma média de dois mil por dia. Ainda assim, a produção deste queijo já foi bem maior. A crise tem feito as suas mossas, gerando uma diminuição acentuada da produção de leite. O consumo também tem caído, embora nos últimos meses haja indicadores que provem o contrário.

Luís Macheta, da direcção da Associação Regional dos Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (Arcolsa), está por isso confiante relativamente ao futuro do produto, que gera, por alto, um milhar de postos de trabalho. A procura tem excedido a matéria-prima, as cerca de 12 mil ovelhas leiteiras que fazem parte do efec-tivo das queijarias. «A legislação nacional, que por vezes se sobrepõe às normas comunitárias, também tem ajudado mais, dado o regime de excepção dos produtos artesa-nais no que diz respeito a alguns aspectos», acrescenta.

Actualmente, entre 10 a 15 por cento desta produção é exportada para os PALOP, países do centro europeu, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos da América, onde a procura dá sinais claros de retoma. «Esta distinção do queijo de Azeitão como segundo melhor do mundo é o reconhecimento internacional do produto e ajuda a puxar pelo todo» enfatiza Luís Macheta, sem esquecer que o próprio queijo da queijaria Ambi-queijo, actualmente com produção suspensa, também ganhou o bronze no mesmo concurso há alguns anos atrás.

A produção artesanal e sabor inconfundíveis valeram ao queijo da “Fernando & Simões” a honrosa distinção. As consequências repercutirão agora muito positivamente no Queijo de Azeitão como um tudo: as exportações devem crescer, bem como o volume de negócios, que em 2012 se fixou nos 2 milhões de euros.

Bruno Cardoso

Denominação de Origem Protegida

A Arcolsa assumiu a competência de atribuição do uso da Denominação de Origem Protegida (DOP) «Queijo de Azeitão» somente a partir de 2003. Mas o processo de controlo e certificação iniciou-se oficialmente em 1994, desenvolvido também pela associação. Desde essa altura, é feito um controlo rigoroso através das condições higiénico-sanitárias de maneio e ordenha das explorações produtoras de leite e da verificação do estatuto sanitário dos rebanhos. O controlo nas queijarias incide na verificação das condições higiénico-sanitárias e tecnológicas de fabrico, sendo realizadas análises físico-químicas e microbiológicas regulares ao leite e ao queijo. Já o controlo da qualidade do produto final e a aferição da manutenção das características do queijo de Azeitão tem lugar na realização regular de provas organolépticas ao queijo, o qual é submetido, em painel de provadores, à avaliação das características exigidas por um grupo qualificado e autónomo.

Queijaria artesanal… desde 1914

É a mais velha queijaria ainda a produzir queijo de Azeitão segundo informação oficial da Arcolsa. A produção, inicialmente do tamanho do da Serra, começou no tempo de Gaspar Henrique de Paiva, bisavô do actual proprietário, Domingos Soares Franco, e evoluiu primeiro para o formato das 300 gramas, seguindo-se os

queijos de 250 gramas e, por fim, os de 110 gramas. Estes dois últimos formatos são os autorizados actualmente. A produção dessa queijaria viria a encerrar na década de 40, embora tenha sido iniciada mais tarde na Quinta de Camarate. A produção manteve-se até ao ano de 2012, ano em que foi arrendada.

Arcolsa está muito satisfeita com distinção, que ganha relevo em tempo de crise

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Há muito tempo atrás. No velho oeste ou no nordeste brasileiro, teve lugar um

duelo: entre o turismo e o sol. O sol ganhou. Ou não fosse o astro rei. Desde aí turismo e sol quase se tornaram sinónimos. E, no entanto, nada de mais errado. Pelo menos para nós, aqui na Península de Setúbal. Porque nós, se bem que no sul, estamos, na verdade, no sul do hemisfério norte. Portanto, para todos os efeitos, no hemis-fério norte. Logo, temos e somos um sul muito particular.

Temos 3 meses de verão. Só e apenas 3 meses. 3 meses de sol garantido. O resto são bónus. Even-tualidades. Dias lindos que podem acontecer. Ou não. Imaginem então que o nosso turismo dependia do sol. E só do sol. Como, aliás, alguns destinos. Teríamos 3 meses de “luxo” e 9 de “miséria”. Hotéis abertos 3 meses e fechados 9. Precaridade no trabalho e uma gestão intermitente. Gerir a prazo. Trabalhar a prazo. Ser a prazo.

Na verdade, e apesar das nossas magníficas praias, os nossos hotéis não fecham 9 meses. Estão abertos 12 meses. Todo o ano. E olhem que as nossas praias não são nada de se deitar fora. Senão, vejamos: Capa-rica, Lagoa de Albufeira, Meco, Sesimbra, Portinho da Arrábida, Galápos, Figueirinha. Já para não falar dos novíssimos membros do clube: a Ponta dos Corvos no Seixal e a Praia da Saúde em Setúbal. Além, claro, das fantásticas praias secretas de que eu não vou dizer nem o nome nem a localização. Segredo é segredo.

Voltemos então aos nossos hotéis. Abertos 365 dias por ano e não apenas 3 meses. Vejamos, então, o que vale o turismo de 3 meses; o que é dizer de verão; o que é dizer de sol e mar. Em Setúbal “vale” 39%, em Sesimbra “vale” 47% e em Almada “vale” 35%.

Embora estes números sejam significativos não são esmaga-dores. Revelam sazonalidade mas não uma dependência da sazona-lidade. Entretanto, mesmo no verão, temos muitos turistas que nos visitam não apenas pela praia mas também pelos eventos, pelos percursos pela região e, também, por reuniões profissionais. Ao passo que em novembro ou em março pura e simplesmente não temos praias.

Resta a pergunta. Então na Costa Azul. Exatamente costa e logo azul, os hotéis vivem, afinal, de quê? De quem? A resposta é: principalmente do turismo de negó-cios e das férias/percursos pela região (touring, em linguagem técnica).

E, quanto ao turismo de negó-cios, ele é determinante para manter as nossas empresas e os nossos empregos no turismo. Por uma destas contradições que dão um particular sabor à vida, que a tornam imprevisível e fascinante, são as indústrias, as atividades, as empresas e os portos que ajudam, e de que maneira, a “encher” os nossos hotéis. Mais atividade econó-mica significa maior movimento de pessoas. Logo, mais turismo.

Por esta razão o novo centro de congressos Freeport (CCF), em Alcochete, bem como o desenvol-vimento de estruturas de promoção do turismo de negócios em Almada (Plataforma de Atores do Turismo) e em Setúbal (Associação da Baía de Setúbal) são sinais de que estamos a construir um setor turís-tico mais complexo e mais diverso.

Também por isso o alojamento (a oferta hoteleira) é, ou por outras palavras, começa por ser, um serviço público. Tal como a energia, a água ou o saneamento. Uma cidade, média ou pequena, tem lugar para um hotel, também médio ou pequeno. Ainda assim um hotel.

Neste sentido, na Península de Setúbal, devemos ter um desígnio: cada um dos nossos municípios deve possuir, pelo menos, uma oferta hoteleira. Que é dizer um serviço público. Na verdade apenas dois dos nove municípios não têm qualquer, mas qualquer, oferta hoteleira. Não vou dizer os nomes. Porque tudo indica que mais cedo ou mais tarde, preferencialmente mais cedo, vão ter essa oferta. Vão certamente ser parte da oferta turís-tica da Península de Setúbal.

A nossa região tem então, no turismo, uma característica muito importante: não estamos depen-dentes de um só produto. Temos diferentes e vários produtos. Temos distintas opções turísticas. E, entre elas, também ofertas com praias; ofertas de verão.

Depois das férias. Que imagino foram ao sol. Respondendo aliás ao apelo do verão, chegou então o tempo de voltar. Por todas as razões e por todos os pretextos profissionais.

O nosso turismo precisa exata-mente do trabalho e da atividade económica. Essencialmente porque em setembro percebemos, de novo, que estamos, afinal, no hemisfério norte.

Espero por isso que não tenham deitado fora as camisolas de malha. Nem as gravatas. Nem os tailleurs.

Sábado // 7 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

Entramos agora na vertigem eleitoral das autárquicas. Resolvido que está a problema das candidaturas pendentes de decisão judicial, o cenário está composto e os eleitores poderão iniciar um processo mais assertivo sobre as suas escolhas.

O que está em causa não é de pouca monta. Os poderes autárquicos têm uma relação directa com o bem-estar e com a qualidade de vida dos nossos territórios mais próximos. São, regra geral, figuras que conhecemos, sobre as quais podemos e devemos aferir da sua honestidade, empenho, espírito estratégico e de missão, capacidade de gerir destinos comuns e colectivos. Há particularmente no nosso quadro distrital uma nuance nada despicienda, que tem a ver com o facto de sete dos anteriores presidentes de câmara terem terminado a sua gestão municipal e, são agora, substituídos por outros autarcas mais ou menos incógnitos. É um facto que poderá (ou não) ditar mudanças. Julgo que as forças partidárias que sempre almejaram reforçar o seu peso político não cuidaram deste aspecto mais virado para a luta partidária. Mas, como em qualquer desdita, vamos pensar que está tudo em aberto.

Resta-nos esperar uma campanha virtuosa, sem ataques, sem ruídos e sem barafundas. Uma campanha serena, que possa servir para que cada um de nós, sem sigla ou com sigla, possa julgar o voto como merecedor e escolher de consciência livre.

Nas próximas edições o Semmais vai procurar contribuir para esse debate pública e para uma informação mais assertiva sobre os vários projectos. É a nossa missão e é isso que faremos procurando cumprir essa tarefa em igualmente de circunstâncias.

Aí está o mêsdas autárquicas

Editorial // Raul Tavares

Vítor RamalhoAdvogado

Jorge Humberto Silva Técnico de turismo

Eles não sabem mas os números não têm alma

Turismo e verão. Um duelo ao sol.

A chamada reentrada polí-tica depois das férias de Verão foi assinalada mais

uma vez pelas declarações dos líderes partidários.

Nada de novo houve neste domínio.

À data em que escrevo o presente artigo, só falta conhecer a intervenção de Jerónimo de Sousa, que se resguarda para o final da festa do Avante.

Do que foi dito pelos demais líderes retive o óbvio, pela voz do presidente do PSD – que vem aí, a galope, o segundo resgate a Portugal. Com a pequenez polí-tica que se lhe conhece, sem rasgos e menos estratégica, Pedro passos Coelho culpa agora o Tribunal Constitucional pela inevitável ocorrência desse segundo resgate.

Faz, ou pretende fazer, de nós todos estúpidos, com a agra-vante dos demais responsáveis do “seu” PSD, que não o da maioria dos seus militantes, desde o primeiro presidente do partido ao líder do grupo parla-mentar, afinarem pelo mesmo diapasão.

É estranho que não lhes trema a voz quando falam ou a mão quando escrevem.

Estarão mesmo convencidos do que dizem, que a nossa Cons-tituição não deve mesmo ser cumprida e que os nossos males têm a ver agora com os “malan-dros” do Tribunal Constitu-cional?

Ou será para, na pequenez em que navegam, sustentada pela incapacidade e incompe-tência, fecham os olhos para não verem e tapam os ouvidos para não ouvirem?

É tudo isto e muito mais, uma vez que a principal e única preo-cupação é a de procurarem preservar na máquina do Estado os empregos dos seus apani-guados, enquanto fomentam em crescendo o desemprego e a baixa de salários dos mais desfa-vorecidos, não poupando os reformados e pensionistas.

É uma análise dura? É, mas é esta a nossa triste realidade. Nua e crua. O resto é conversa fiada.

E é a triste realidade porque, ao contrário do que dizem, a situação tenderá a agravar-se. Daí o segundo resgate.

Consciente disso, o presi-dente do CDS que procura passar sempre pelos pingos da chuva

colocando sempre um pé no Governo e outro na oposição, moderou a crítica ao Tribunal Constitucional, admitindo que o Governo encontrará solução alternativa ao facto de não poder agora contar com o corte das verbas da Lei da requalificação dos funcionários públicos.

Portugal e os portugueses que têm uma memória secular, fazendo parte da nação mais velha da Europa, já viram e expe-rimentaram muito.

Esta direita que nos desgo-verna pensa em resultado de não estudar a História e de ser incompetente e incapaz, que poderá continuar a iludir e a enganar de forma permanente o povo português.

Que ilusão! Quanto mais tempo passar pior será para ela. Disso não haja também ilusões.

O preço a paga r? Bem, isso é outra coisa, de que falarei em tempo oportuno, mas a tempo.

Chamando a atenção do que esta direita não sabe - que os números não têm alma e que basta espremê-los para eles confessarem o que queremos.

Não é assim com o povo português que têm uma alma com nove séculos de História e quando é muito espremido reage. Sobretudo quando não aguenta mais.

Esta direita que nos desgoverna pensa em resultado de não estudar a História e de ser incompetente e incapaz, que poderá continuar a iludir e a enganar de forma permanente o povo português.

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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PSP de Corroios ganha novas instalações

O MINISTRO da Administração Interna, Miguel Macedo, inau-gurou esta semana as novas instalações da PSP de Corroios, em Santa Marta do Pinhal. O novo equipamento, com capa-cidade para 60 efectivos, vai

ter serviço de atendimento, secretaria, gabinete de apoio à vítima, sala de comunica-ções e transmissões, entre outras. A Câmara Municipal do Seixal assinou em 2009 um protocolo com a Direcção Geral

de Infraestruturas e Equipa-mentos (DGIE) do Ministério da Administração Interna e a PSP, para a construção da esquadra, em terreno cedido pela autarquia avaliado em mais de 139 mil euros. Na

ocasião, Miguel Macedo reafirmou a necessidade de Portugal ver melhoradas as condições para as suas forças de segurança, assim que o país «tenha as condições finan-ceiras mínimas».

ACTUAL

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www.semmaisjornal.com

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Desempregados da região sem amêijoa em tempo de crise

As centenas de mariscadores da região, que diariamente procuram rendimento nas

margens do Tejo e do Sado, garantem que a proibição decretada em torno da apanha de bivalves os está a deixar sem alternativa ao desemprego de longa duração. A maioria já perdeu direito a qualquer subsídio. «Sem a apanha da amêijoa o que vai ser deste pessoal todo, que não tem mais nada para governar a casa?», pergunta Álvaro Ferreira, um dos moradores do Samouco, que há duas semanas está sem ir ao rio.

Recorde-se que a apanha de bivalves está proibida temporaria-mente em todo o litoral, justificando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que esta medida se deve à presença de «fitoplâncton produtor de toxinas marinhas ou de níveis de toxinas acima dos valores regulamentares». Entre Setúbal e Sines, a proibição diz espeito à

navalha, amêijoa-branca e a amei-jola, enquanto no Estuário do Tejo e Lagoa de Albufeira é o mexilhão que não pode ser apanhado.

«Esperemos que isto passe depressa e que ainda se consiga apro-veitar o que resta do Verão, porque a verdade é que sem a amêijoa não temos mais nada», insiste Álvaro Ferreira, assumindo-se como porta-voz de um grupo de “mariscadores sazonais”, como se designam estes residentes nos concelhos do Montijo, Alcochete e Barreiro. «Há quem continue a apanhar, às escondidas, mas não vale a pena arriscar, porque a Polícia Marítima anda sempre aí e já houve multas muito pesadas»,

insiste o mesmo mariscador, reve-lando que «os colegas que andam no Sado se queixam do mesmo. Ainda pensámos ir lá ver, mas é perda de tempo, porque as autoridades não dão hipótese».

Apanha no Samoucotem vindo a disparar

Recorde-se que o fenómeno não é novo, mas a apanha de amêijoa na zona do Samouco, por baixo da Ponte Vasco da Gama, tem vindo a «disparar», perante o aumento do desemprego na região, a que se junta a possibilidade de se garantir um rendimento médio diário de 30 euros.

Uma conjugação de factores que tem levado alguns grupos a arriscar nesta actividade. Deslocam-se para as margens do Tejo em grupos de quatro e cinco pessoas, dividem o combustível e chegam a dormir várias noites no interior das viaturas para aproveitarem os dias de melhores marés.

«Há aqui centenas de pessoas a tentar ganhar a vida. Até famílias para cá têm vindo. Um grupo de três pessoas pode levar quase cem euros para casa», atesta o grupo de Álvaro Ferreira, sendo que todos os elementos já ultrapassaram a barreira dos 40 anos e alguns até já atingiram o desemprego de longa duração, vivendo sem qualquer subsídio. «Enquanto a construção civil deu alguma coisa, ainda fomos ganhando algum. Mas já no ano passado não arranjei trabalho e este ano nada mexe no sector das obras», explicam

O negócio há muito que é conhe-cido por estas paragens. Antes da amêijoa ser apanhada já está toda vendida para Espanha, a dois euros o quilo. À distância, algumas carri-nhas aguardam os pescadores que ali entregam a mercadoria e recebem em notas a recompensa pelo trabalho. Para quem não conhece os mean-dros, há contactos telefónicos afixados nas paredes: “Compro amêijoa”. São os intermediários que se encarregam de transportar os bivalves para Espanha. Aliás, é para o país vizinho que é encaminhada quase a totalidade a amêijoa captu-rada no Tejo.

Bonga apadrinha vinhos da Adega de Palmela

A ADEGA de Palmela marcou presença na festa do 71.º aniversário do cantor Bonga, na passada quinta-feira, no restaurante “Mulemba Xangola”, em Lisboa.

A grande estrela da música angolana decidiu recentemente apadrinhar os vinhos da adega de Palmela por os considerar de «exce-lente qualidade e enrique-cedores dos mais variados momentos», já sem falar da importância que têm para o concelho e para o país. Quer a acompanhar uma refeição, um petisco, ou, simplesmente, a servir de aperitivo são «fantásticos».

O Vale dos Barris Syrah 2011, recentemente vencedor de uma Medalha de Ouro, na Alemanha, e reconhecido por Bonga como o seu «vinho preferido», abriu as portas à vontade do cantor de conhecer outras delícias da Adega de Palmela e o resul-tado não podia ser melhor: «São vinhos incríveis e por isso estou com a Adega para o que for preciso», frisou o cantor.

A forte amizade entre Bonga e a Adega de Palmela foi oficializada durante a festa de aniversário do cantor. No decurso dos festejos foram servidos os vinhos premiados e o enólogo, Luís Silva, deu a conhecer as suas caracterís-ticas e as melhores formas de serem apreciados.

A interdição da apanha dos bivalves está a deixar os mariscadores à beira de um ataque de nervos. Sobretudo os desempregados que encontraram nesta pesca uma forma de sustento.

Roberto Dores

O negócio contribuia para amenizar a falta de rendimentos

O cantor e José Carlos Caleiro

Barreiro arregaça mangas no combate à discriminação92,6 por cento das mulheres que

vivem no do Barreiro têm dificul-dades em conciliar a vida profissional com a educação dos filhos, enquanto 80 por cento tem necessidade de ter mais tempo para si próprias. Estas foram algumas conclusões do trabalho de diagnóstico levado a cabo pela autarquia nos últimos meses e que sustentam a base do Plano de Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação, que contou com o apoio do Plano Operacional do Potencial Humano.

Em declarações ao Semmais, Regina Janeiro, vereadora que tutela a Inclusão Social, explica, ainda assim, que o município «não tem, compa-

rativamente, a outros, elevados índices de discriminação», embora acrescente que «há sempre trabalho por fazer». «A história do município, a dinâmica das suas gentes e as conquistas vanguardistas de direitos

poderão justificar estas percenta-gens», acrescenta.

No plano de acção para o combate à discriminação vem também refe-rido que 40 por cento das mulheres acusam a sobrecarga das suas tarefas domésticas, enquanto 46 por cento considera ter «demasiadas tarefas a cargo». «Temos feito um esforço para abrir mais salas de pré-escolar, por forma a reduzir essas desigualdades sociais, e temos igualmente dispo-nibilizado terrenos a instituições particulares de solidariedade social para minorar estes dados», diz.

Plano contempla quatro eixos de acção

Segundo a autarca, o plano estru-tura-se em torno de quatro eixos de acção que passam pelo emprego e conciliação, pela educação e formação, pela saúde e estilos de vida saudáveis e pela solidariedade e coesão social. O trabalho da autar-quia foi desenvolvido em parceria com o Conselho Local de Acção Social do Barreiro e várias outras entidades.

«Independentemente da Cons-tituição não contemplar a discrimi-nação, é verdade que, quase 40 anos depois, há situações dessas a nível dos sexos, credos, entre outros, pelo que é responsabilidade das institui-ções minorar essas desigualdades», finaliza.

O fenómeno ainda preocupa

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Sábado // 7 . Set . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

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Diocese de Setúbal prepara acção parainventariar a arte sacra para combater roubos

A DIOCESE de Setúbal vai avançar com a inven-tariação dos bens cultu-rais da igreja no distrito, para tentar combater o roubo de arte sacra que se tem generalizado por todo o país, sobretudo, entre os templos situados nas loca-lidades do Interior, onde a falta de policiamento tem facilitado a vida a quem

se dedica ao furto destas valiosas peças. Mesmo em plena luz do dia. O projecto contempla o registo de centenas de obras de arte.

O anúncio é feito pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), sendo que esta inventariação conta com o apoio financeiro da Fundação Calouste

Gulbenkian, prevendo dotar a diocese de Setúbal dos meios técnicos neces-sários, com recurso a sistemas informáticos, para desenvolver este trabalho minucioso.

Setúbal está assim entre as dioceses portu-guesas que integram a primeira fase deste projecto, onde também

será dada formação em segurança, depois de há já algum tempo a direc-tora do SNBCI, Sandra Costa Saldanha, ter vindo a alertar que só com recurso à inventariação do património da igreja será possível travar o roubo de obras de arte, já que qualquer peça que não esteja identificada será

mais difícil de se lhe encontrar o rasto.

Peça sem identidade é como se não existisse

Sandra Costa Saldanha alerta mesmo que a ausência da inventariação significa que a determi-nada peça não tem um «bilhete de identidade», afirmando mesmo que «em caso de roubo, é com se nunca tivesse existido», sublinha.

Já numa segunda fase, anunciada para 2014, outras dioceses irão parti-cipar na inventariação das suas peças de arte sacra. De resto, esta aposta da igreja merece o «aplauso» das forças de segurança, numa altura em que, segundo a própria PJ, a crise económica está a provocar o aumento de roubos de arte sacra, sobretudo «por causa das dinâmicas dos mercados

estrangeiros».Ou seja, as investiga-

ções realizadas têm permi-tido apurar que existe hoje um mercado que está receptivo a este tipo de peças em Portugal, mas também no estrangeiro.

Sobretudo o Litoral Alentejano está entre as regiões que mais preo-cupam as autoridades, face ao isolamento que carac-teriza alguns templos nas zonas rurais, onde não faltam exemplos de igrejas roubadas em plena luz do dia, com fontes policiais a alertarem para o esquema dos falsos turistas munidos de mochilas. Também se acumulam relatos de igrejas arrombadas durante a noite, lamen-tando-se vários casos de sinos furtados, mas também o roubo de cruci-fixos, pias batismais, cálices, ou caixas de esmolas.

A vaga de roubos de arte sacra na região está a preocupar as autoridades da Igreja. A primeira medida é criar um ‘bilhete de identidade’ para as centenas de peças espalhadas pelas paróquias da diocese.

Projecto de voluntários a dormir em igrejas

Perante a recente onda de vandalismos que está a destruir monumentos reli-giosos do Litoral Alente-jano, o director do Depar-tamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, José António Falcão já admite vir a pôr voluntários a dormir nas igrejas, admi-tindo ser esta a reposta mais eficaz «num país onde não existe um plano nacional para salvaguarda do patri-mónio religioso», denuncia.

O mesmo responsável separa os dois fenómenos

que mais preocupam a igreja: furtos e vandalismo. Alega que em relação aos roubos há uma «dinâmica diferente», justificando que o objectivo de quem pratica este tipo de crime não pretende destruir obras de arte, nem de lesar directamente o património.

«Digamos que será antes um problema económico em que nós ainda deposi-tamos alguma esperança nas investigações da Polícia Judiciária em recuperar as peças», sublinha. Já em relação ao vandalismo, José AntónioFalcão considera

estar em causa a destruição de símbolos religiosos.

«No fundo, isto é ofender directamente a comunidade religiosa. Quando esse problema alastra como uma mancha de azeite, temos que fazer o que fizemos em 2005 e 2001, colocando pessoas a dormir no interior de igrejas», assevera, reve-lando que a diocese do Baixo Alentejo tem identi-ficados templos prioritá-rios na sua carta de risco.

Textos: Roberto Dores

Setúbal é uma das primeiras dioceses do país a proceder a este tipo de trabalho

Cinema no Rio Sul Shopping reabre até fim do

AS SALAS de cinema do Rio Sul Shopping encerradas no início do ano vão reabrir até 2014. Essa foi a garantia deixada pela operadora Orient Cineplace, a nova empresa responsável pela exploração de diversas salas de cinemas de centros comerciais da Sonae Sierra. Ao todo, a

empresa, pertencente a um importante operador com presença no mercado brasileiro há 20 anos, vai explorar no país 60 salas de cinema. «O Grupo Orient é um operador com experiência, conhe-cimento da indústria e capacidade comprovada para operar com sucesso», afirma, em

comunicado, Cristina Santos, responsável pela gestão dos centros comerciais da Sonae Sierra. O Semmais tentou contactar a Cineplace Portugal e a Câmara Municipal do Seixal para obter comentários sobre o assunto, mas não obteve respostas antes do fecho desta edição.

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ACTUAL

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Número de divórcios na região “caem” pela primeira vez em cinco décadas

NÃO se trata de uma travagem a fundo nos divórcios entre os casais da região. Longe disso. Mas 2012 fica marcado como o ano em que, pela primeira vez em mais de cinco décadas, o número de sepa-rações registou uma diminuição no distrito de Setúbal. Em 2012, verificaram-se 2070 separações na região, o que representa uma inversão da tendência que se vinha acentuando pelos tempos. Em 2011 separam-se 2209 casais.

Até aqui, a curva tinha sido sistematicamente ascendente, analisando os registos desde 1960, quando se consumaram 50 divór-cios nesta zona do país região, segundo revela o Pordata.

O ano de 1995 já exibia números significativos, com um total de 1299 separações, aumentando, em 2001, para as 1897, enquanto em 2011 o fim do casamento atingia 2209 casais, traduzindo um recorde absoluto.

Na capital de distrito a evolução dos divórcios ilustra a tendência que tem vindo a ser seguida pelo resto da região. Em 1960 regis-taram-se 24 divórcios, sendo que

em 1984 o fim do matrimónio atingiu 84 casais. Ainda assim, menos 200 divórcios do que em 1995, tendo chegado aos 355 em 2011, para baixar, finalmente, em 2012 para o 333.

C u r i o s o é ainda o regresso a 1960, ano em que A l m a d a r e g i s -

tava apenas

três separa-ç õ e s , enquanto Barreiro, Moita, Seixal e Sesimbra não exibiam divórcios. Já o Montijo atingiu os 23 e voltou a estar em destaque 24 anos depois com 51 separações, quando o Barreiro

atingiu 122 e Almada 75.Seixal manteve a taxa de divór-

cios em baixa até 2001, quando passou directamente para a «lide-rança» das separações matrimo-niais, com 458 divórcios, mais 29 do que Almada. E a curva pros- seguiu a tendência ascendente

até 2011.

S e i x a l , por exemplo, atingiu as 528 separações anuais e Almada chegou às 509, mas reduziu, pela primeira vez, no ano passado, quando Seixal baixou para 470 e Almada para 439.

Casais separados vivemdebaixo do mesmo tecto

Anália Cardoso Torres, inves-tigadora e socióloga que esteve envolvida na elaboração na nova lei do divórcio em 2008, acredita que o número de divórcios está a diminuir, ao mesmo tempo que estará a aumentar o número de casais que vivem na mesma casa e que, na prática, estão separados.

«Há cada vez mais pessoas que, não tendo meios económicos para se divorciarem e depois subsis-tirem em altura de crise, decidem continuar a viver na mesma casa. Não estão formalmente divor-ciados, mas estão efectivamente separados», diz a socióloga.

A crise pode ser, por isso, uma das razões que estão a fazer dimi-nuir o número de divórcios forma-lizados. «Momentos de crise como o que vivemos aumentam muito a conflitualidade nos casais, nome-adamente por dificuldades econó-micas e por um ficar desempre-gado», explica.

Roberto Dores

SEIES lança campanha contra a violência doméstica

ARRANCOU esta semana a campanha pública contra a violência doméstica, no âmbito do projecto VAIVÉM, promovido pela SEIES, Socie-dade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social. O projecto, que consiste na colo-cação de outdoors e outro tipo de publicidade com grande visibilidade pública contou com a participação de inúmeras figuras de Setúbal ligadas a diferentes áreas de actividade. Segundo os responsáveis da SEIES, a ideia é «promover uma onda colec-tiva de homens e mulheres que manifestam o seu repúdio contra a violência domés-tica», um fenómeno que continua a preocupar as auto-ridades e cujos números na região assumem grande relevo no quadro nacional.

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ACTUAL

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Musealização de galerias dá a conhecer história de Palmela

A HISTÓRIA do muni-cípio de Palmela vai passar a estar representada muse-ologicamente nas galerias do castelo da vila. As gale-rias, seis no total, foram requalificadas numa emprei-tada ao abrigo do plano de acção para a recuperação e dinamização do centro histó-rico palmelense, que contemplou também a consolidação da Casa Capelo e mexidas profundas a nível da água e da electricidade no local.

Adilo Costa, vereador da Cultura na Câmara Muni-cipal de Palmela, explica que o objectivo da autarquia passa por trazer mais pessoas ao castelo, fazendo-as interagir posteriormente com o núcleo histórico da

vila, que se encontra agora de cara completamente lavada. «Não basta que os cerca de 200 mil visitantes que anualmente vão ao castelo se fiquem por ali, é preciso que conheçam tudo o resto», sustenta o autarca.

Ao longo das seis gale-rias, todas elas requalifi-cadas, os visitantes do castelo poderão contactar com os vestígios da época árabe, com os artefactos neolíticos da Quinta da Cerca e com as descobertas do próprio centro histórico de Palmela, do Zambujalinho, de Chibanes e do Alto da Queimada. A maior atracção continua a ser, porém, o silo da época da Reconquista, do séc. XII. Já a Casa Capelo deverá, futuramente, voltar

a ser intervencionada para que a edilidade possa muse-alizar o espaço e ali reins-talar serviços.

Finanças não dão luz verde à muralha

«Infelizmente, não houve

dinheiro para tudo», diz Adilo Costa. Este conjunto vasto de empreitadas rondou os 415 mil euros e contaram com o apoio de fundos comunitários. A autarquia vai agora proceder a um ajuste directo para ver nova-mente explorado o bar do castelo. Na parte exterior à muralha, deverá nascer também um estacionamento para melhor acolher os visi-tantes.

À margem destas emprei-tadas, a autarquia continua a desesperar pela consoli-dação da muralha do castelo. O Ministério das Finanças, que tem responsabilidades directas na preservação deste monumento nacional, teima em não dar luz verde. Já o projecto da iluminação artís-tica foi «preterida», para já, por questões financeiras. «É um projecto que queremos, contudo, levar por diante», vinca Adilo Costa.

Bruno Cardoso

Casa do Capelo também foi alvo de empreitada de consolidação. Empreitadas rondaram os 415 mil euros. Consolidação da muralha do castelo continua adiada ad eternum.

Castelo de Palmela

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Junta Metropolitana garante que a concentração de urgências em Lisboa penaliza principalmente margem sul

O PRESIDENTE da Junta Metropolitana de Lisboa discorda «frontalmente» da reorganização das urgên-cias nocturnas na área metropolitana, que implica desde a passada segunda-feira a concentração rota-tiva das especialidades de oftalmologia e de psiquia-tria nos hospitais de Santa Maria e de São José, ambos

em Lisboa. Em declarações ao Semmais, Carlos Humberto diz que a decisão da tutela «não defende os interesses das populações, penalizando principalmente as populações de toda a margem sul».

O autarca lembra que não existe ninguém, que não seja o próprio Governo, a favor da decisão agora

tomada, lembrando posi-ções de autarcas, de movi-mentos de cidadãos, e dos próprios profissionais envol-vidos. A Ordem dos Médicos, citada pela agência Lusa, diz mesmo que «todo o processo foi conduzido secretamente, com o intuito de esconder as suas fragilidades e os problemas potencialmente graves que vão recair sobre

as vítimas urgentes e emer-gentes da Grande Lisboa».

Carlos Humberto acres-centa, por outro lado, que a concentração das urgên-cias será toda ela feita em hospitais da capital, deixando a Margem Sul de dar respostas mais céleres e eficazes aos utentes. «Isto distancia as pessoas da assistência», vinca. O presi-dente da Junta Metropoli-tana de Lisboa diz ainda que a decisão pode atentar contra o Sistema Nacional de Saúde e prepara-se para pedir uma audiência ao Ministro da Saúde, Paulo Macedo. «É uma decisão que afecta gravemente os 2,5 milhões de habitantes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa», diz.

Outras especialidades concentradas em breve

Num comunicado, a tutela diz que a reorgani-zação agora levada a cabo se deve à necessidade de melhoria da qualidade da assistência clinica, de um esforço de racionalização dos recursos disponíveis e da necessidade de melhorar o modelo de governação clínica dos hospitais. «O modelo de concentração de algumas especialidades tem funcio-nado na cidade do Porto, portanto, poderá ser repli-cado noutras regiões do país, com as devidas adap-tações», diz o Ministério da Saúde.

A Administração Regional de Saúde avisa que vai avaliar as experiências agora envolvendo as espe-cialidades de oftalmologia e cirurgia clínica para rever os prazos envolvendo as restantes. Nos próximos

meses, a ideia é concentrar, para efeitos de urgência, as especialidades de urologia e de cirurgia vascular, seguindo-se as especiali-dades de cirurgia plástica, cirurgia maxilo-facial, neurologia, gastrenterologia, cardiologia de intervenção e cirurgia cardíaca.

Os doentes devem conti-nuar, quando necessitem, a dirigir-se aos seus hospitais habituais, uma vez que estas alterações são do foro interno, coordenando-se as unidades posteriormente entre si. Durante o período diurno não existirão altera-ções no quadro das especia-lidades actualmente dispo-níveis. As câmaras do Barreiro e do Seixal, a título de exemplo, já vieram a pública mostrar total desacordo para com a medida.

Bruno Cardoso

Junta Metropolitana diz que decisão atenta contra Sistema Nacional de Saúde. Presidente vai pedir audiência a Paulo Macedo, Ministro da Saúde.

Médicos da região não querem fazer serviço na capital

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Seguro dá força a PS de Sines e PSD com ‘rentrée’ na Costa

O LÍDER do PS, António José Seguro, vai marcar presença, este domingo, em Sines, na apre-sentação dos candidatos socia-listas aos órgãos autárquicos daquele concelho. O partido da ‘rosa’ confia num bom resul-

tado em Sines, com a saída do ‘dinoussauro’ Manuel Coelho, eleito há quatro anos pelo Movi-mento SIM, e aposta em Nuno Mascarenhas. Entretanto, o PSD vai fazer, hoje, a sua ‘rentrée’ política no distrito

na Festa da Costa. A organização espera uma grande confluência de militantes de toda a região. Olíder da distrital, Pedro do Ó Ramos vai estar presenta, mas não foi anunciada nenhuma figura nacional.

AUTÁRQUICAS2013

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Constitucional desata nó de Vitor Proença em Alcácer

O candidato da CDU à presidência da Câmara de Alcácer do Sal,

Vitor Proença, já se livrou da incerteza que rodeou, a sua corrida à autarquia, devido às dúvidas levantadas pelo Movimento ‘Revoluçao Branca’ a propósito da Lei da Limitação de Mandatos. Esta quinta-feira foi confir-mado como candidato oficial, após acórdão do Tribunal Constitucional.

Os juízes desfizeram as dúvidas dando razão à «confiança» que Proença

sempre manifestou ao longo do processo. «O tribunal confirmou a nossa interpretação da Lei quanto à elegibilidade da nossa candidatura, pena que todo este processo não tenha deixado de perturbar o ciclo eleitoral junto das populações», disse o candi-dato ao Semmais, logo a

seguir a ter confirmado a notícia.

Um porta-a-portasurpreendente

Proença estava em campanha de «porta-a-porta» quando recebeu o telefonema do partido. E diz ter recebido, nas horas

seguintes, «centenas de mensagens e telefonemas», provando que a candida-tura «esteve sempre serena e confiante deste desfecho».

Agora refeito da incer-teza, Vitor Proença, não esconde que houve «alguma perturbação» durante algum tempo, nomeadamente em alguns sectores da candidatura, mas isso, confessa, «nunca aligeirou» a nossa força junto da população nem o esforço de campanha. «Houve pessoas que já preparavam uma caravana caso a decisão fosse dife-rente e tudo fizeram para que isso viesse a acon-tecer», criticou.

Sem grandes euforias, o candidato diz apenas que foi «uma pequena vitória», porque, acrescenta, a «grande vitória será no dia 29 de Setembro, quando através da voto a população de Alcácer confirmar a nossa vitória nas urnas».

Candidato estava em campanha quando recebeu notícia

A candidatura de Proença estava nas mãos dos tribunais, por causa da Lei de Limitação de Mandatos. Nas últimas semanas, as decisões foram contraditórias. Agora já é oficial.

João Ribeiro entusiasmaAzeitão

BE original com campanha no Barreiro

O CANDIDATO socia-lista à Câmara de Setúbal, João Ribeiro, defendeu esta semana, em visita às insta-lações da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão, um trabalho mais efectivo do CLAS e garantiu que caso seja eleito presidirá activamente nas reuniões. «Quero sentar todos à mesma mesa para garantir a sustentabilidade ás IPSS e cobrir as necessidades das freguesias, dividindo áreas de intervenção e valências e, dessa forma, aumentar a capacidade dos serviços de apoio domiciliário, centros de dia e lares de terceira idade», afirmou o candi-dato.

A visita de João Ribeiro aquela instituição, culminou uma série de iniciativas da candida-tura do PS em Azeitão, onde foi recebido pelos presidentes das juntas de freguesia de S. Lourenço e de S. Simão e visitou as quintas do Poial, do Alcube e do Paraíso, cujos proprietários estão a levar a cabo projectos de agri-cultura biológica. João Ribeiro, uma das apostas fortes dos socialistas nas próximas autárquicas no distrito, fez um périplo completo pela zona e contactou com as popu-lações locais.

O BLOCO de Esquerda inicia esta semana uma original campanha sob a sigla “procura-se”, durante a qual serão entre-gues à população cartazes com imagens de edifícios ou equi-pamentos desaparecidos, que fazem parte da memória colec-tiva dos barreirenses.

O BE diz que com esta iniciativa «pretende-se contri-buir para que não caia no esquecimento essa parte da história da vida local, que faz deste território uma comuni-dade, um lugar único e valioso e, simultaneamente, avivar a necessidade de proteger o património ainda existente». E dá exemplos: «Têm desapa-recido mais ou menos miste-riosamente vários elementos significativos da cultura desta cidade, tal como os Moinhos de Maré, e o Teatro Cine, entre outros.

On pe ad maio mo blaborist

Após algum tempo de impasse, Proença respirou de alívio

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A MAIOR escola do concelho de Almada é inaugurada este sábado, às 16 horas. Trata-se da Escola Básica da Charneca de Caparica, localizada na Quinta de Santa Teresa, que tem capacidade para 350 alunos. Dispõe de 12 salas para o 1.º ciclo e três para actividades de educação pré-escolar.

Está equipada com refeitório com cozinha, uma biblioteca escolar, uma sala polivalente/ginásio, para além instalações sanitárias e balne-ários, vários gabinetes de trabalho e sala de professores.

No exterior tem recreio coberto, campos de jogos com equipamentos desportivos, zona de jogos lúdicos

e horta pedagógica.Construída de raiz, a nova escola

representa um investimento do município de cerca de dois milhões de euros, que englobou o projecto, a obra e o apetrechamento.

Tróia fecha o Verão em festa Ideias para Mostra de Almada

ESTE SÁBADO, às 20 horas, as portas dos cafés, restau-rantes e das lojas do troia-resort estão abertas para realizar happy-hours temá-ticas, promoções, workshops e provas de vinhos. De

seguida, às 22h30 decorre o espectáculo de José Cid, no palco do Casino de Tróia, seguido, às 23h30 da grande festa de Verão no Casino de Tróia, com entrada livre, com DJ´s.

NO ÂMBITO da 17.ª Mostra de Teatro de Almada, o município está a promover a criação da imagem gené-rica da Mostra de 2013. A proposta deve ser original e inédita e terá de ser apre-

sentada, até dia 12, em vectores ou layers, de modo a poder ser trabalhada para inserção em diversos suportes, como cartazes, mupis, programas e folhetos, entre outros.

LOCAL

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Convento de Setúbal à beira da recuperação

Grândola dá a conhecer casas antigas da terra

Multiusos de Sines abre no dia 14

Santiago contra fim de pré-escolar

Almada inaugura a maior escola básica do concelho

NOS PAÇOS do Concelho continua patente “As Casas da Câmara de Grân-dola” que, através de uma mostra documental e de um conjunto de peças representativas do povo grandolense, dá a conhecer os edifícios onde, desde 1544, estiveram instalados os Paços do Concelho e as cadeias.

O edifício dos Antigos Paços do Concelho, não sendo um edifício monumental, constitui um dos mais antigos e emblemáticos exemplares do património construído do concelho, pelo seu valor histórico e patrimonial. Este facto justificou a decisão do município de procurar a devolução do edifício à população do concelho.

Após um longo processo, o edifício foi finalmente devolvido ao muni-cípio no final de 2012 e desde logo, por ser insustentável a manutenção da imagem degradada e o seu elevado impacto visual no contexto do centro tradicional de Grândola, o município fez obras de limpeza, conservação e restauro.

O NOVO pavilhão multiusos de Sines inaugura dia 14, às 17 horas, com um espectáculo dirigido pelo Teatro do Mar e com a presença de desportistas locais. Esta obra do município está orçada em cerca de 4 milhões e meio de euros.

Sob a direcção artística do Teatro do Mar e produção da autarquia, juntam-se neste espec-táculo os grupos Skalabá Tuka, Coral Atlântico, Marina Rodri-gues, Angélica Evrard, Ana Pontes, André Nunes, Miguel Tira-Picos, Natália Cerqueira, banda filarmó-nica da SMURSS e músicos da Escola das Artes do Alentejo Litoral.

O MUNICÍPIO de Santiago é contra o fecho duas escolas do pré-escolar itinerante, no Roncão e em S. Bartolomeu da Serra, que abrangem um total de 26 crianças.

O município já questionou a Delegação Regional de Educação do Alentejo, que tenciona avançar com esta medida mas, até à data, não houver qualquer resposta.

Para o presidente Victor Proença, trata-se de uma decisão «arbitrária, unilateral e lesiva dos interesses das crianças», pelo que o município tudo fará para que o Ministério da Educação autorize o funcionamento das duas escolas em risco.

O historiador setubalense Fernando António Baptista Pereira coordenou a visita da equipa às obras do Convento de Jesus

Se tudo correr como o planeado a obra pode avnçar já em 2014

A definição de um plano finan-ceiro especial de apoio à recuperação do Convento

de Jesus motivou uma visita reali-zada na quarta-feira, em Setúbal, por responsáveis da organização Europa Nostra e do Banco Europeu de Investimento (BEI).

«Este é um passo determinante

para a concretização de uma obra que todos queremos ver realizada», destacou a presidente do município, Dores Meira, à saída de uma reunião de trabalho realizada quarta-feira à tarde nos Paços do Concelho com a comitiva de responsáveis europeus.

Dores Meira adiantou que a deslocação da comitiva serve para, em conjunto com todos, «debater modelos de financiamento e definir a participação do Estado na execução do plano de financiamento para a execução da obra de reabilitação global do Convento».

Convicta da atribuição de um financiamento especial de apoio à recuperação total deste monumento, a presidente assinalou que, «se tudo

correr como planeado, estando todos os projectos concluídos, a obra pode avançar em 2014».

A visita ao Convento deixou os elementos da Europa Nostra e do BEI «muito agradados e impressionados com o trabalho já realizado na joia manuelina», sublinhou a autarca, refe-rindo-se à obra actualmente em curso no monumento nacional, assumida pelo município, que se destina a suster a degradação e a permitir a abertura parcial ao público.

A intervenção representa um investimento de 3 milhões e 200 mil euros, com comparticipação de fundos comunitários a 65 por cento.

A autarquia chamou a si a lide-rança deste processo após receber,

por protocolo, a posição de bene-ficiário da candidatura que pertencia ao IGESPAR, por este instituto da Administração Central.

«Aproveitar os fundos comuni-tários para avançar com uma obra para suster a degradação do imóvel foi uma oportunidade única que a Câmara não hesitou em agarrar», afirmou Dores Meira.

Guy Clausse, do Banco Europeu de Investimento, mostrou-se «impressionado com as obras e com o potencial do Convento», refor-çando que o objectivo principal «passa agora por melhorar ainda mais o estatuto do projecto» apre-sentado.

2 milhões de investimento

Investidores europeus ficaram satisfeitos com o andar das obras no Convento manuelino e prometem ajudar a recuperação

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Moita distingue duas colectividades

O MUNICÍPIO da Moita, no dia 10, feriado municipal, às 11 horas, vai ser palco da ceri-mónia pública de atribuição das medalhas municipais, um momento de reconhecimento público a personalidades e insti-tuições que, pelos mais variados motivos, têm contribuído para o engrandecimento do muni-cípio da Moita

Este ano, o município vai atribuir a Medalha de Honra do Município ao Ginásio Atlético Clube (75 anos de existência), na Baixa da Banheira, e à Socie-dade Filarmónica Capricho Moitense (85 anos), na Moita.

Ambas as colectividades têm-se distinguido, ao longo da sua já longa história, pelos serviços de cariz cultural e desportivo prestados à popu-lação do concelho, em parti-cular das freguesias da Baixa da Banheira e da Moita.

A cerimónia pública de atri-buição das medalhas munici-pais vai contar também com momentos musicais.

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Nova e moderna creche abre no Seixal

Alcochete recebe atletas do GDA

Transportesdo Barreirodão descontos

Dança dos candeeiros nas ruas do Montijo

Sesimbra requalifica marginal da Lagoa

Palmela celebra protocolocom o Comité para a UNICEF

NO DIA 9, às 17 horas, é inau-gurada a nova creche Sonho Azul, da Cooperativa de Solidariedade Pelo Sonho É Que Vamos, situada na Quinta do Moinho de Vento, em Paio Pires.

Trata-se de um equipamento construído de raiz, que representa um investimento de 615 mil euros, com uma comparticipação do Programa de Alargamento das Respostas e Equipamentos Sociais de 131 mil euros e da Câmara do Seixal no valor de 325 mil euros. O município cedeu o terreno, no valor de 150 mil euros, para a cons-trução da creche e arranjou os

espaços exteriores.A creche já está a funcionar e

pode receber 33 crianças, desde a aquisição da marcha até aos 3 anos de idade.

O equipamento surge para responder às necessidades nas áreas da primeira e segunda infância das freguesias de Arren-tela e Paio Pires, identificadas no diagnóstico social do concelho, bem como para combater o acolhi-mento irregular de crianças, quer por amas clandestinas ou ilegais, quer por estabelecimentos parti-culares a funcionar sem licencia-mento.

O PRESIDENTE da Câmara de Alcochete, Luís Franco, recebeu, no salão nobre, em finais de Agosto, toda a equipa desportiva do Grupo Desportivo Alcochetense.

Luís Franco fez votos para que os jovens «continuem a praticar desporto e a estudar porque é funda-mental. É fantástico existir uma colectividade que além das áreas do desporto tem preocupações acrescidas em relação ao estudo e progresso na escolaridade dos seus atletas».

O autarca endereçou também uma palavra aos seniores: «Há grande expectativa em relação à época que se vai iniciar em breve. Que essas expectativas também sejam factores de mobilização, que vos façam acreditar em vós, ter mais empenho, mais dedicação, e que consigam todos os vossos objec-tivos».

«Para a Câmara e para quem ama Alcochete ter este panorama com tantos jovens a praticar desporto é de facto motivo de grande grati-ficação e regozijo».

ATÉ 31 de Janeiro de 2014, os Transportes Colectivos do Barreiro estão a levar a efeito uma campanha destinada aos clientes utilizadores do Passe TCB Jovem, que consiste na atribuição de um voucher no valor unitário de 5,50 euros por cada aquisição/carre-gamento do título TCB Jovem.

Este vale de utilização na aqui-sição/carregamento futuro não é acumulável. Ou seja, um carre-gamento corresponde a um voucher com um desconto no carregamento seguinte. Mais infor-mações sobre os TCB no Sítio Oficial da Câmara.

“O BAILE dos Candeeiros” sai à rua este sábado, às 21h30. Esta animação de rua é promovida pela Artemrede e marca a abertura da nova temporada do Teatro Joaquim d’Almeida, no Montijo.

Todos nós temos um universo mágico que carregamos da nossa infância. Inspirada em rituais e tradi-ções que remontam ao final dos anos 60, a produtora Radar 360º foi buscar para esta criação o famoso Baile dos Cinco Candeeiros. Candeeiros humanos, autónomos, espalhados por pontos estratégicos, ganham as características dos espaços que habitam. Não percam.

A MARGINAL da Lagoa de Albu-feira, desde o final da Estrada do Casalão até ao estacionamento próximo da Lagoa–mar, continua a ser requalificada pelo município.

Os trabalhos, em fase de conclusão, incluíram a requalifi-cação da faixa de rodagem, a dupli-cação dos lugares de estaciona-mento, aumentando a oferta, a instalação de uma passadeira em material reciclado ao longo de toda a marginal e iluminação pública.

A entrada e saída de viaturas foi também salvaguardada com a criação de um troço com dois sentidos entre a Estrada dos Murti-nhais e a nova rotunda construída na marginal. O acesso pedonal contará agora com uma escadaria entre a Estrada da Mata e a praia, o que vai beneficiar os moradores e aqueles que optem por deixar as suas viaturas mais afastadas do areal.

Após o fim das obras, a praia apresentará mais condições para receber os milhares de pessoas que a procuram.

A CÂMARA Municipal de Palmela vai assinar, no próximo dia 11, às 18 horas, na Biblioteca de Palmela, um protocolo de colaboração com o Comité Português para a UNICEF.

O documento tem como objec-tivo desenvolver, em conjunto, o programa “Agir pelos direitos – Eu Participo!”, no âmbito da participação infantil e juvenil e da promoção dos direitos da criança, com entidades do concelho que trabalham com crianças e jovens, com vista ao seu reconhecimento como Entidades

Amigas das Crianças.Este programa pretende colocar

a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança no coração da cultura de espaços e enti-dades que trabalhem com crianças, de forma a promover um ambiente inclusivo, participativo e respeitador de todos os que nele convivem e promover mecanismos locais de participação direita das crianças/jovens, criando condições para fomentar atitudes e comportamentos inerentes à participação.

INICIATIVAS

ATÉ DIA 20 estão abertas as inscri-ções para a Escola de Música do Seixal, dirigida pelo Conserva-tório Nacional. Este pólo de ensino vai funcionar no edifício do Centro de Formação e Recursos, na Mundet, cedido pela Câmara do Seixal, com um programa pedagógico com o selo de quali-dade do Conservatório Nacional.

O CENTRO de Congressos do Freeport recebe o 7.º Fórum da Diabetes no dia 16 de Novembro, que levará a Alcochete 2 mil participantes. É um evento único, que envolve profissio-nais de saúde, pessoas com diabetes e familiares, sendo suportado por uma plataforma abrangente de Sociedades.

ESTE DOMINGO, às 9h30, realiza-se o passeio pedestre “Rota Agrí-cola das Figueiras”, organizado pela Sociedade das Figueiras com o apoio da Câmara e da Junta de Freguesia S. Isidro Pegões. No passeio poderá desfrutar da paisagem campestre e, assim, conhecer melhor o património ambiental do concelho.

ESTREIA dia 14, às 21h30, no Teatro Joaquim Benite, em Almada, “O Pelicano”, de August Strindberg, uma encenação de Rogério de Carvalho, com Teresa Gafeira e Pedro Lima nos prin-cipais papéis. “O Pelicano” retrata uma mãe que, ao invés do peli-cano proverbial, sonega aos seus filhos comida e amor.

Música abre inscrições

Diábéticos em Alcochete

“Rota Agrícola das Figueiras”

Almada estreia “O Pelicano”

 creche seixalense já está a funcionar e pode receber 33 crianças

Alcácer do Sal divulga acasalamento dos veados

A HERDADE de S. Bento, no concelho de Alcácer, recebe no dia 14, o próximo “Alcácer dos 5 Sentidos”, que dá a conhecer os rituais de acasalamento de veados.

Esta é uma oportunidade única de observar na natureza os rituais de acasalamento destes cervídeos, onde os machos, com os seus bramidos, tentam atrair as fêmeas e, ao mesmo tempo, afastar eventuais concorrentes, não sendo raro haver confrontos pela disputa da melhor fêmea e também pelo território.

O ponto de encontro está marcado para as 8 horas na margem sul, em frente à cidade

de Alcácer do Sal, devendo os interessados em participar nesta iniciativa inscrever-se até ao dia 11, no posto de turismo de Alcácer do Sal. O número mínimo de participantes para a realização da actividade é de oito pessoas e o máximo são 25. A inscrição para os adultos tem o custo de cinco euros, enquanto as crianças até aos 12 anos pagam três euros.

A acompanhar o programa está a mostra gastronómica “Sabores de Alcácer”, que inclui pratos temá-ticos que remetem para a época do ano e mostram uma riqueza gastronómica de influências costeiras e raízes alentejanas.

Campanha destina-se a jovens

Animação pela noite dentroTeresa Gafeira (à direita)

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Alcácer elege Miss UFC

O POLIDESPORTIVO do União Futebol Clube dos bairros de S. João e Olival Queimado, em Alcácer do Sal, recebe o concurso para eleição da Miss UFC este sábado. A partir das 21h30 há baile com Gonçalo

& Vidigal Animações, num evento que vai contar com a presença da Miss República Portuguesa 2012, Ana Rita Tavares, e no qual se vai assistir a três desfiles de uma dezena de candidatas ao título.

CULTURA

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Festa do Teatro com boa afluência de público

A afluência de público durante a XV Festa do Teatro, que se realizou entre 24 e 31 de Agosto,

em Setúbal, superou as expectativas da organização do certame, o Teatro Estúdio Fontenova (TEF).

A actriz Graziela Dias, do Teatro Estúdio Fontenova, companhia que estreou “A noite antes da floresta”, aponta que «o festival cresce de ano para ano», com o público a considerar que esta edição apresentou «progra-mação de excelência, uma oferta cultural diversificada e ecléctica».

Graziela Dias salienta que o certame já tem um público fiel, que também vem de fora de Setúbal, o que «é extremamente gratificante», uma vez que a Festa do Teatro, orga-nizada em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, foi destacada pela comunicação social nacional, como o jornal “Expresso”, a revista “Time Out” e o programa “Agora”, da RTP2.

A actriz do TEF confessa que com a “crise”, a organização estava com «algum receio» em relação à apresentação de quatro peças no Fórum Municipal Luísa Todi, que acabou por correr «muito bem», com a sala «quase cheia».

“A Estalajadeira”, pelos Artistas Unidos, e “Dos à Deux, 2.º Acto”, pelos franceses Dos à Deux, foram os espec-táculos que levaram mais público ao “Luísa Todi”. Já as vinte cadeiras extra, para “Que Raio de Mundo”, na noite da abertura, não chegaram para acolher tantos espectadores no Parque do Bonfim, acabando alguns por assistir de pé à encenação trazida pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro.

A organização da Festa do Teatro gostaria que houvesse, em futuras edições, uma «maior internacionali-zação», mas igualmente maior oferta durante o dia, com «ruas de Setúbal cheias de teatro». Para a concretização do «grande sonho» é fundamental o apoio empresarial.

A prioridade, garante Graziela Dias, é que a «qualidade se mantenha» na organização de um «certame para o público».

Organização satisfeita com evento

Os franceses Dos à Deux encerraram no Forum a Festa com sala cheia

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A Casa do Peixe continuaa oferecer Sextas ao Fado.Aconselha-se marcação prévia para o telm:969389809

VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos Herdade da Gambia, em plena reserva natural do Estuário do Sado.A Herdade da Gambia faz parte de uma paisagem natural que tem como pano de fundo o rio Sado, o azul do mar e a serra da arrábida, onde aloja um dos mais importantes santuários de aves migratórias.

QUEM ESTEVE POR CÁ...

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

“Verão Total” da RTP passa por SetúbalA GASTRONOMIA e os vinhos

da região estão em destaque no programa “Verão Total”, da RTP, com transmissão em directo no dia 9, a partir do Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal.

A presidente, Dores Meira, irá falar das potencialidades turísticas,

culturais e de desenvolvimento económico do concelho, bem como a Associação Baía de Setúbal e a Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

Ao longo de cinco horas, o programa, com início às 10 horas, mostra o melhor da gastronomia

setubalense e o Museu do Choco, acabado de abrir.

Os vinhos da região também estão representados com as adegas Malo Tojo e Herdade da Gâmbia. Ao vivo, o artesão Júlio Figueiras, pescador de profissão, mostra como faz réplicas das embarcações típicas.

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Cartaz...

A santiaguense Áurea, que continua a brilhar na música portuguesa, com o seu segundo álbum “Soul Notes”, está de regresso à região para animar tudo e todos com os seus maiores êxitos.

Festas da Moita | 22h30.

A peça de teatro “Woyzeck”, pelo Colectivo Vigilâmbulo Caolho, conta a história do soldado Friedrich que é usado no trabalho como cobaia das experiências do Doutor, em troca de um dinheirito a mais.

Auditório Augusto Cabrita, Barreiro | 21h30.

Notas soul de Áurea

O soldado cobaia

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As cantigas de Cid

José Cid é um dos maiores talentos revelados pela música portuguesa. É autor/compositor e intérprete de alguns dos maiores êxitos da música nacional. A sua versatilidade garantiu a José Cid um lugar muito especial no coração do público.

Casino de Tróia | 22h30.

7Sáb

adoPalmela com

desfile ecológico

A AMARSUL, empresa respon-sável pela valorização e tratamento de resíduos sólidos da margem sul do Tejo apresenta o IV Amarsul Eco Fashion, no dia 20 deste mês, às 21 horas, no Largo de S. João, em Palmela. O evento pretende promover o reapro-veitamento de materiais recicláveis a partir da concepção de colecções de moda.

A moda, a música, a arte contem-porânea, o enquadramento do evento aliado à requalificação histórica do património da sua área de intervenção, conferem versatilidade e dimensão ao Amarsul Eco Fashion, que já é consi-derado um evento de excelência em Portugal, tendo obtido reconheci-mento a nível nacional pela Asso-ciação Portuguesa de Comunicação de Empresa, e a nível internacional, pela Summit International Award.

A descoberta de novas aborda-gens e materiais é uma das experiên-cias que a iniciativa proporciona ao público, desde 2010. «O conceito da valorização dos resíduos numa socie-dade de consumo é extensível à moda, que é sinónimo de reciclagem e reuti-lização, não só em estilos e cortes, mas também em materiais e até nas próprias peças de vestuário antigas», refere a organização.

Como convidados, vão passar pelo evento, Storytailors, uma dupla de criadores de moda portugueses, composta pelos estilistas Luís Sanchez e João Branco, que vão apresentar uma colecção de roupa, de várias esta-ções, desenvolvida a partir de papel, páginas de revistas, folhetos de publi-cidade e jornais.

Emmy Curl, uma cantora de 23 anos, apresenta o álbum «Origins», que a própria define como «dream pop». A apresentadora de serviço é Merche Romero.

Desfile criativo apela à reciclagem

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagoni-zado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e soli-citar a sua oferta.

O 11.º Festival Internacional de Esculturas em Areia, que está a decorrer em Pêra, no Algarve, sob o lema “Música”. É conside-rado o maior evento do género, pois foram utilziadas 35 mil toneladas de areia na cons-trução das figuras, que representam vários músicos. Está aberto até Outubro e funciona das 10 à meia-noite. Para se habilitar aos convites duplos ligue 918 047 918.

Ganhe convites para “Grande Revista”

Ganhe convites para o FIESA

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Sons da Eurovisão brilham no palco do José AfonsoDEPOIS de espectáculos no

Forum Luísa Todi, na quinta e sexta-feira, o 5.º Eurovision Live Concert Portugal, encerra este sábado, às 21h30, no auditório José Afonso, com entrada livre, com a homenagem a António Calvário, o primeiro representante de Portugal no Eurofestival e o primeiro vencedor do Festival RTP da Canção. A maior festa eurovi-siva da Europa espera este ano ultrapassar as 6 mil pessoas do ano passado, que têm assistido em Setúbal à actuação de grandes nomes da música europeia e escu-

tado alguns dos grandes sucessos do Festival da Eurovisão.

O dia começa com uma aula de Fitness, pelas 10h30, na Av.ª Luísa Todi, ao som de alguns temas do Eurofestival, seguindo-se, às 16 horas, no coreto da mesma artéria, o concerto instrumental de rua “Êxitos do Festival da Canção”. A Casa da Cultura, às 18 horas, é palco da apresentação do CD do grupo Jalisse (Itália). A festa encerra, com chave de ouro, no auditório José Afonso, pelas 21h30, com o concerto dedicado ao Festival Eurovisão da Canção, com

entrada livre, que junta artistas da Bélgica, Islândia, Israel, Turquia, Chipre, Itália, entre outros.

A abertura do concerto, no audi-tório José Afonso, é protagonizada por um fã do Eurofestival, que este ano se tem destacado na área despor-tiva. Trata-se de Lenny Cunha, que conquistou nos Europeus de Istambul de Paralímpicos quatro medalhas de ouro e duas de prata. Há fogo-de-artifício, patinadores, bailarinos, coros e outras festas temá-ticas. Entre os apresentadores de serviço encontram-se Pedro Granger e Pedro Penim.

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PUBLIREPORTAGEM

Empresa sadina Gaiveo Luzio apaga 10 velas de um percurso sorridente

Semmais - Que balanço faz dos 10 anos da Gaiveo Lu-zio? Pedro Gaiveo Luzio - Faço um balanço muito positi-vo. Agradeço muito àquilo que aprendi na marinha, que me ensinou a ser organiza-do, disciplinado e bom lí-der. Somos uma empresa de referência e recomenda-da pela Robialac, com quem celebrámos um protocolo de cooperação desde o iní-cio. Somos a única empre-sa certificada do concelho de Setúbal em gestão de qualidade na área da pin-tura em construção civil. Temos muita credibilidade no mercado. Além disso, pertencemos ao BNI Atlân-tico, um grupo de 46 em-presários de áreas diferen-tes, que defendem regras muito rigorosas, com vista a ajudarem-se uns aos ou-tros, o que constitui uma mais-valia para a Gaiveo Luzio. Só em 2012, as em-presas agregadas a este gru-po conseguiram gerar uma facturação de 2 milhões e 600 mil euros.

A boa imagem e a credibi-lidade da empresa permi-tiu a expansão a outras zonas…Sim, como o projecto de Se-túbal tem corrido bem, a Ro-bialac sugeriu que crescês-semos para Almada e Lis-boa. Fui buscar os meus me-lhores trabalhadores e pro-pus-lhes uma sociedade para abrirmos escritórios em Almada e Lisboa. Os meus funcionários ficaram muito satisfeitos e estão a lutar por uma coisa sua.

Que trabalho já desenvol-veram em Setúbal desde o nascimento da firma?Só na cidade de Setúbal já pintámos 472 prédios. To-das as torres grandes de Se-túbal foram pintadas por nós. Sempre nos especiali-zámos em grandes edifícios. Pintámos os hospitais de Setúbal e do Outão. O maior edifício da Avenida Luísa

Todi, junto ao Largo José Afonso, e uma das torres da Reboreda também foi pin-tado por nós. Além dos gran-des edifícios, também tra-balhamos com condómi-nos.

Quantos colaboradores têm actualmente?Na época alta, agora, temos 42 colaboradores. Tenho pessoas muito bem forma-das que fazem um excelen-te trabalho. 2012 foi um ano de grande aposta na forma-ção. Demos formação a 32 pessoas, com o apoio da Ro-bialac e de um projecto co-munitário. Um dos grandes segredos da nossa empre-sa é a formação.

Trabalhadoressão a alma da casa

Que incentivos têm dado aos vossos colaboradores?Os trabalhadores têm sido fantásticos. Faço reuniões com os meus colaborado-res todos os meses. A em-presa é deles e incuto-lhes as missões para que pos-sam alcançar objectivos e ganhar prémios. Todos os meses são atribuídos pré-mios de melhor equipa e de produtividade. As equipas têm de cumprir as regras de segurança, produtividade, horários, satisfação do clien-te, entre outras áreas. Além disso, todos os anos reali-zamos as festas de aniver-sário e de Natal, e jogos de futebol com outras empre-sas.

Qual é o lema da Gaiveo Luzio?É a satisfação total do cliente, desde o início da empresa. Graças ao pro-tocolo que celebrámos com a Robialac, consegui-mos sempre resolver, em conjunto, muitas patolo-gias que existem na casa das pessoas na área da pin-tura. Conseguimos arran-jar sempre a melhor so-lução para cada caso. A nossa empresa tem cres-

cido bastante devido a este protocolo, porque trans-mite credibilidade ao cliente. A Robialac elabo-ra os cadernos de encar-gos das obras e atribui-nos certificados de garan-tia. O cliente fica com dois certificados de garantia, um da marca da tinta e ou-tro da Gaiveo Luzio.

A atenção pós-venda tam-bém faz parte do vosso trabalho?Claro. É importantíssimo. Se houver manchas ou um problema de infiltração de água numa casa, vamos ao local ver de imediato, mas apenas se estiver dentro da garantia. Estamos sempre ao lado do cliente, prontos para ajudá-lo a resolver os seus problemas. Somos uma empresa conceituada, que está bem vista no mercado. Temos uma excelente car-teira de clientes. Ainda hoje os nossos clientes continu-am a preferir-nos porque sabem que podem contar connosco. Também damos facilidades de pagamento aos nossos clientes.

Quer destacar algumas das vossas missões na área da responsabilidade social?Uma dessas missões é o am-biente. Temos uma forte aposta na reciclagem e ape-nas trabalhamos com tin-tas aquosas e não sintéti-cas. Além disso, gostamos de ajudar as colectividades e associações. As sobras das nossas tintas são doadas a quem necessita.

Porque foi escolhido o nome de Gaiveo Luzio para a vossa empresa?Gaiveo Luzio é o nome de duas famílias setubalenses de pescadores. Os Gaiveo são do Bairro de Troino e os Luzio são do Bairro San-tos Nicolau. As minhas fa-mílias sempre defenderam que a empresa deveria ser conhecida pelos nomes das famílias, porque somos gen-te séria e honrada.

Com uma boa imagem e credibilidade no mercado, a empresa de pintura de construção civil Gaiveo Luzio, está a celebrar os 10 anos de actividade. Famílias de pescadores setubalenses dão o nome a esta firma que já expandiu o negócio a Almada e Lisboa, sempre pautando por um serviço de total satisfação do cliente. Pedro Gaiveo Luzio, sócio gerente da empresa, fala de muita qualidade, profissionalismo e atenção pós-venda para vingar no mercado.

O empresário tem vindo a consolidar o seu projecto de forma sustentável

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Pedro Gaíveo mantêm uma relação muito próxima com os seus clientes

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AIP garante nova associação empresarial para o distrito

A REGIÃO de Setúbal vai voltar a ter uma nova associação empre-sarial já a partir de meados de Outubro. A garantia foi dada ao Semmais por fonte da Associação Industrial Portuguesa, cujos responsáveis têm vindo a desen-

volver contactos com empresá-rios do distrito desde há seis meses. O dinamização da movi-mento associativo empresarial na região de Setúbal vai passar ainda pela transferência de projectos e de um plano estra-

tégico, documentos que deverão estar concluídos até ao dia 15 deste mês, segundo nota enviada ao nosso jornal. Recorde-se que a anterior Associação Empresa-rial da Região de Setúbal (AERSET), liderada então por

António Capoulas, encerrou portas devido à acumulação de um passivo considerável. E também por um grande divórcio dos empresários do distrito em relação ao movimento associa-tivo.

NEGÓCIOS

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Casas c/3 assoalhadasNa Quinta da Horta SecaCom parqueamento(Baixa de Palmela)Contacto: 212 353 320 | 916 916 395

ALUGA-SE

Museu do Choco promete marcar a diferença com conceito inovador de pratos à base de choco frito

O MUSEU do Choco, restaurante de cozinha típica portuguesa especializada em choco, uma das especia-lidades da gastronomia setu-balense, foi inaugurado no dia 30, com a presença de diversos convidados, entre os quais o cantor Toy, a empresária de vinhos Leonor Freitas e a presidente do município Dores Meira.

Com gerência de José Santos, do grupo Batikanos, o Museu do Choco é um espaço, decorado em tons de branco e prata, que quer marcar a diferença em Setúbal. Localiza-se na Avenida Luísa Todi, ao lado do Forum Luísa Todi, e resulta de um projecto a cargo do arquitecto Romeu Martins. Além do restau-rante, o espaço disponibi-liza um pequeno museu alusivo à história do choco e da gastronomia setuba-lense. Maria João Aguiar é a chefe de cozinha. Os clientes podem experimentar cerca de uma dezena e meia de pratos confeccionados exclusivamente a partir do choco.

Dores Meira, presidente do município, referiu que o espaço insere-se na estra-

tégia de «desenvolvimento sustentado, alicerçado em ideias e projectos inova-dores». Além de «criar postos de trabalho e gerar riqueza», o Museu do Choco, um desafio da edil lançado a José Santos há cerca de um ano e meio, «atrai visitantes nacionais e estrangeiros, contribuindo para a promoção turística e para o desenvolvimento económico de Setúbal». Para a edil, o choco assume-se como «uma bandeira e uma marca» de Setúbal, a par das boas sardinhas assadas. Dores Meira confessou que o espaço está «lindíssimo», contribuiu para a recuperação de um

imóvel de interesse arqui-tectónico e da zona ribei-rinha, e vai, de certeza, «projectar Setúbal no Mundo».

Espaço agradávele simpático

Fernando Paulino, presi-dente da Junta de St.ª M.ª da Graça, reconhece que o Museu do Choco era um espaço que fazia falta em Setúbal. «Estou muito satis-feito por este espaço, muito agradável e simpático, estar implantado na minha freguesia. Os setubalenses irão apreciar bastante».

José Santos, que investiu 300 mil euros no projecto,

afirmou que o Museu do Choco apresenta «um conceito gastronómico dife-rente, ou seja, destaca o que há de melhor na gastronomia de Setúbal e vai ser bem aceite pelos setubalenses e visitantes».

Pedro Santos, filho do

proprietário do Museu do Choco, mostra-se orgulhoso pelo trabalho e coragem do seu progenitor, sublinhando que os objectivos foram alcançados em pleno. «São espaços como estes que acabam por animar e marcar a diferença em qualquer

cidade», vincou. O jornalista Luís Filipe

Estrela deu uma ‘mãozinha’ na montagem do espaço museológico. «Uni a comu-nidade cultural setubalense, nomeadamente fotógrafos, escultores, pintores, poetas e músicos, em prol de um projecto gastronómico que tem a ver com as nossas tradições e com a cozinha gourmet, tudo baseado em pratos à base do choco». E conclui: «Setúbal já preci-sava de um espaço desta natureza».

O lema é “O Melhor serviço e inovação gastro-nómica”. Criou 14 postos de trabalho. O Museu do Choco irá funcionar das 12 às 24 horas, sem interrupção.

António Luís

A presidente Dores Meira marcou presença Na inauguração muitos quiseram experimentar o ‘pitéu’

Grupo do Porto abraçaSetúbal com Hotel Premium

O Hotel Premium Setúbal, ex-Hotel Bonfim, de quatro estrelas e dez

andares, após avultada remode-lação, já está a funcionar desde o passado dia 15 de Agosto. Os investidores, um grupo do Porto, abraça, assim, a sua quinta unidade hoteleira no nosso País, sendo que a de Setúbal é a primeira a entrar em acti-vidade na zona Sul, depois de ter aberto as portas aos hotéis do Porto, Maia, Ovar e Chaves. Para breve está prevista a inau-guração oficial do hotel sadino, com pompa e circunstância, sendo que em construção estão um segundo no Porto e um

outro em Bragança. O Hotel Premium Setúbal

está dotado de 112 quartos, com Hi-Fi e amplas varandas, dos quais 72 são twin, 32 duplos, 7 suítes e 1 suite execu-tiva, 2 quartos twin para pessoas com mobilidade redu-zida, 8 quartos comunicantes, seis salas multiusos e terraço, com capacidade para receber entre 25 a 120 pessoas, podendo totalizar, em conjunto, um espaço com capacidade opara 225 pessoas, não esquecendo o restaurante, bar, cozinha, SPA (que poderá ser aberto ao exterior), ginásio, piscina aquecida, jacuzzi, banhos turcos e massagens.

Firmino Gomes, director-

geral do grupo Hotéis Premium, afirma que o hotel é «fantástico, bonito e está bem localizado». Sobre a beleza e hospitalidade da cidade de Setúbal realça que o grupo ficou surpreendido com o que viu. «Na verdade, trata-se de uma terra muito bonita e com uma grande hospitalidade. Ficámos muito surpreendidos com tudo e todos», vinca Firmino Gomes, que acres-centa que «o hotel vai brilhar em Setúbal, uma cidade muito bonita e barrista».

Já Herculano Pereira, o director-geral do Hotel Premium Setúbal & SPA, diz que a nova unidade hoteleira veio criar 17 postos de trabalho

directos e 25 indirectos. “Servir o cliente, acima de tudo” é o lema deste espaço, com exce-lente e abundante luz natural. Apesar dos 3 anos de activi-dade, o grupo Hotéis Premium decidiu agora proporcionar em Setúbal «conforto, deco-ração sóbria e vanguardista».

«Estamos em contacto com os responsáveis do V. Setúbal e com outras empresas para reavivar as boas relações que existiram no passado.

Somos marcadamente um hotel de negócios. Um ambi-cioso plano de marketing vai avançar, a curto prazo, em toda a cidade», sublinha Herculano Pereira.

Mais informações sobre o Hotel Premium Setúbal & SPA podem ser recolhidas junto do site www.hoteispre-mium.com, sendo que as reservas podem ser efectu-adas através de [email protected]

Porto de Setúbal cresce 42%

O PORTO de Setúbal movimentou, em agosto, 623 mil toneladas de mercadorias, um cresci-mento de 42%, comparado com as 438 mil toneladas movimentadas em agosto de 2012. Este desempenho coloca o Porto a crescer 3% face ao ano anterior. Agosto passa a ser o quarto mês, de 2013, em que se regista um movimento de merca-dorias superior a 600 mil toneladas, o que se só veri-ficou por duas vezes, em 2010, com recorde abso-luto, de 7 milhões de tone-ladas, e no ano de 2011.

Nova unidade hoteleira conta com 120 quartos

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António Luís

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APSS apoia Mundiais de Pesca V. Setúbal jogo com Comércio

A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra apoia os Campe-onatos do Mundo de Pesca Embarcada que decorrem, de 7 a 14, em Setúbal, orga-nizados pela Federação de

Pesca Desportiva do Alto Mar. O evento engloba o 49.º Campeonato do Mundo de Pesca Embarcada Sénior e o 13.º Campeonato do Mundo de Pesca Embar-cada Sub21.

O V. SETÚBAL defronta este sábado, às 10 horas, no Campo da Bela Vista, em Setúbal, o Comércio e Indústria. Trata-se de um jogo de preparação antes da equipa treinada por José

Mota receber, no Bonfim, o Marítimo. Este encontro aproveita a paragem da Liga Sagres, devido ao jogo Irlanda do Norte-Portugal, para apuramento do Mundial do Brasil.

DESPORTO

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David SequerraColaborador

Onde vão ser os Jogos Olímpicos de 2020?

Daqui a breves dias vai ficar-se a saber em que cidade-sede se realizarão os Jogos

Olímpicos de 2020 em sucessão directa da edição de 2016, no Rio de Janeiro.

A decisão, a cargo do “Arcó-pago” do Comité Internacional, vai ser tomada em Buenos Aires e é densa a expectativa envolvente de toda a vasta “família olímpica”.

Há 3 cidades concorrentes ao super-evento de 2020: Istambul, Madrid e Tóquio, por ordem alfa-bética como parece lógico referir.

A capital nipónica já foi sede de Jogos Olímpicos, no ano distante de 1964.

A Espanha, através de Barce-lona, já testemunhou a festa olím-pica em 1992.

Quanto à Turquia, através de Istambul, adiciona agora uma 4ª candidatura sem proximidades de êxito, em quadriénios anteriores.

O que irá acontecer em Buenos Aires?

É público e notório que tanto Madrid como Istambul passam por graves momentos de instabi-lidade social. Principalmente Istambul parece estar, uma vez mais, fora da corrida.

Para um número considerável de votantes a proximidade dos Jogos de Barcelona pode consti-tuir razão de recusa que a nós, portugueses, tão próximos da capital hispânica, não agrada nada.

Resta Tóquio, com toda a sua pujança urbana, a sua moderni-dade arquitectónica e, apesar de alguma recessão nos últimos tempos, bastante poderosa para

merecer um bom apreço dos senhores do Comité Olímpico Inter-nacional.

Do que conheço destas andanças eleitorais ao longo de sucessivas décadas, desde Baden-Baden, em 1981 versus Seoul/88, ouso vaticinar que a votação, cerra-díssima e complicada, ditará a eleição de Tóquio para 2020.

Haverá quem argumente que os jogos de 2008 decorreram em Beijing/Pequim, em proximidade geográfica com Tóquio. E, também, quem relembre que a edição mais próxima (Rio de Janeiro) vai cumprir-se fora da Europa, o Conti-nente-berço do Olimpismo couber-tiano, paralisado sem Jogos durante 2 ciclos.

Dos 108 membros do COI vão estar em Buenos Aires, nada menos do que 40 representam Comités Olímpicos de Ásia e de África, certa-mente aliados na votação pró-Tóquio, uma percentagem bastante significativa a pesar na suprema decisão.

Acresce que o Japão conta com 2 membros bastante prestigiados, capazes de mover influências nos demais 68 representantes de países da Europa, Américas e Oceânia. São eles Chiharu Igaya, da Japan Sports Academy e Shun Okano, um poderoso empresário, bastante ligado ao futebol, membro do COI há 23 anos. A acção de “catequese”, destes dois ilustres japoneses vai pesar bastante na votação de Buenos Aires. Resta-nos esperar para ver e, provavelmente, aplaudir.

Atletismo e cicloturismo percorrem hoje as ruas da Moita

ESTÁ marcada para este sábado, dia 7 de Setembro, às 17 horas, na Praça da República, na Moita, mais uma prova do AtletisMoita – Torneio em Atletismo das Colec-tividades do Concelho da Moita: 8 quilómetros ribeirinhos.

Podem participar nesta prova, atletas federados e não federados, de ambos os sexos e agrupados nos vários escalões deste torneio.

Às 9 horas deste domingo, dia 8 de Setembro, na Praça da Repú-

blica, na Moita, será dado o “tiro de partida” para o XXIX Passeio de Cicloturismo Moitense, inte-grado no programa das Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Nesta iniciativa, organizada pelo Núcleo de Cicloturismo Moitese, com o apoio da Câmara Municipal da Moita, entre outras entidades, os participantes irão percorrer cerca de 56 quilóme-tros.

Repsol dá 40 mil euros a colectividades de Sines NO ÂMBITO da colaboração

entre a Câmara Municipal de Sines, a empresa Repsol Polímeros e 13 colectividades do concelho, foram assinados protocolos relativos a 2013, no final do mês de Agosto, nos Paços do Concelho de Sines.

O montante dos apoios atribu-ídos pela empresa foi de 40 mil euros, destinado a apoiar financeiramente as colectividades e instituições que desenvolvem actividades no desporto, cultura e solidariedade social.

A distribuição dos montantes foi a seguinte: Academia de Ginástica de Sines (1 500 euros); Andebol Clube de Sines (2 000); Associação Cabo-verdiana de Sines (4 000 para apoio à construção do novo centro social e da interculturalidade); Associação dos Bombeiros Voluntários de Sines (10 000); Associação para o Desen-volvimento de Porto Covo (3 000);

Associação Recreativa de Dança Sineense (1 500); Clube de Natação do Litoral Alentejano (2 000); Clube de Ténis de Sines (500); Contra Regra/Teatro do Mar (4 500); Hóquei Clube Vasco da Gama (2 000); Indepen-

dentes Futsal (2 000); Siga a Festa - Associação de Carnaval (3 500) e

Vasco da Gama Atlético Clube (3 500).

No acto de assinatura dos proto-colos, o presidente da Câmara Muni-cipal de Sines, Manuel Coelho, destacou a importância das colec-tividades e instituições e manifestou o seu reconhecimento pelos serviços prestados pelo movimento associa-tivo à sociedade de Sines.

O presidente da Câmara mani-festou também o seu reconhecimento à Repsol pela atitude de apoiar as colectividades e disse esperar que, em próximos anos, o montante dos apoios possa aumentar, tendo em conta o que representam estas colec-tividades no seu trabalho em prol

do desenvolvimento de Sines.José Font, director-geral da

Repsol Polímeros em Sines, enqua-drou os apoios atribuídos na polí-tica de responsabilidade social da empresa.

O empresário disse que a fábrica da Repsol tem atravessado dificul-dades e mostrou-se esperançado de que em anos futuros o montante dos apoios possa aumentar, pois isso quererá dizer que os resultados da empresa melhoraram.

Ao longo dos quatro anos do mandato da Câmara Municipal que agora termina, o total de apoios proto-colados da Repsol às colectividades de Sines totalizou 155 mil euros.

Em todos os anos foi seguido o mesmo modelo de colaboração entre a Repsol e a autarquia, a quem coube indicar, com a aprovação da empresa, os montantes a atribuir a cada enti-dade, de acordo com as suas activi-dades e necessidades financeiras.

Na cerimónia de assinatura de protocolos, José Font fez questão de reiterar a sua confiança neste modelo de apoio ao associativismo local.

Assinatura do protocolo

Ramon Cardozo quer lutar pela Bola de Prata

O avançado paraguaio Ramón Cardozo, a figura desta época do V. Setúbal, confessa que

pretende lutar pela Bola de Prata na Liga Portuguesa, ao serviço da equipa sadina. «Quero estar na luta pelo melhor marcador e marcar 20 golos esta época. Esse foi o objectivo que tracei», afirmou Ramón Cardozo.

Sobre a qualidade do plantel do Vitória, Ramon afirma: «Temos um plantel muito forte. É óbvio que queremos um bom campeonato e podemos lutar por um lugar nas provas da UEFA se conseguirmos o primeiro objectivo», completou o paraguaio.

Antes de rumar ao V. Setúbal, Ramon esteve quase a alinhar pelo Dínamo de Bucareste, mas o clima e a língua fizeram-no pensar duas vezes. O empresário falou-lhe de Portugal e do V. Setúbal e Ramón arriscou. Confessa que está radiante com a escolha e adora o sol portu-guês.

Ramón Cardozo chegou a Setúbal por empréstimo do Tacuary. O contrato dura apenas até ao final da

temporada e, embora a saída em Janeiro não esteja prevista, nunca será colocada de parte. «Estou menta-lizado no Vitória. Logo se vê à medida que os jogos forem decorrendo. Se tudo correr bem, posso encontrar outro clube e um contrato melhor», completou.

«Começaram a chamar-me ‘Tacu-arita’ durante a Copa Sul-americana. E como era parecido com o Óscar Cardozo, do Benfica, e já havia um ‘Tacuara’, passei a ser o ‘Tacuarita’»,

contou o jogador sadino, que em três jogos já conta com 2 golos marcados na última partida da Liga, no terreno do V. Guimarães.

O avançado do V. Setúbal foi colega do novo reforço do Sporting, Iván Piris, no Cerro Porteño e faz uma descrição do lateral contratado pelos leões. «É um grande jogador, um lateral daqueles que ataca e defende , sem parar. É um lateral chato, nunca larga os avançados», referiu Cardozo.

Goleador do Vitória tem revelado grande confiança

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Colégios de referência do distrito de Setúbal

Novo ano lectivo prova consolidação e vai ser marcado por projectos inovadores

Com o arranque do ano lectivo, os nossos colégios de referência provam a sua consolidação e capacidade de oferta, registando um aumento de alunos, praticamente uniforme aos que fazem parte do grupo de frente. E não faltam novos projectos e muita inovação nos programas de enriquecimento curricular. São trunfos de uma região que combate estigmas, mas que prova, neste sector, grande empreendedorismo e projectos sustentáveis. Fazemos o retrato que se exige.

Caderno próximas 6 páginas

A realidade atual não nos dá espaço para grandes euforias e quer queiramos ou não, as notícias não nos parecem deixar lugar ao otimismo. Mas não podemos defraudar a nossa história, enquanto país, e a memória do nosso povo em parti-cular, o nosso caminho acredita no futuro, tem a direção do progresso e conheci-mento... As dificuldades fazem parte do nosso crescimento, é nessa altura que nós apren-demos, escolhemos o caminho mais certo e criamos amarras para preparar o futuro.Aqui o projeto Atlântico é um menino irrequieto, que quer sempre fazer mais e melhor, e está constantemente em renovação. A educação continua a ser o nosso sonho e a melhoria é um objetivo, em cada dia que passa, na vida do nosso colégio, os resultados e o vosso apoio animam-nos a continuar. Neste ano letivo, as bases sólidas do nosso projeto, em que acreditamos, vão ser reforçadas, mas como em qualquer processo dinâmico, é preciso coragem e inovação, vamos arregaçar as mangas e apresentar algumas “grandes” novi-dades para o ano que agora começa:O Atlântico passa a ser uma escola bilingue – Português e Inglês, a partir do 1º ciclo e em regime opcional, os alunos podem obter a certificação externa da

CAMBRIDGE UNIVERSITY.O Mandarim vai continuar a ser uma língua estrangeira, em oferta extracur-ricular, para preparar os nossos alunos no mundo cada vez mais global.A Educação para a Autonomia e Empre-endedorismo vai ser ainda reforçada:• Projetos “Junior Achievement” – 1º, 2º e 3º Ciclo• Projeto “I9atlântico”, em parceria com a Universidade de Lisboa – 6º e 9º ano • Projeto “Academia de Emprendedo-rismo”, em parceria com a BETWEIEN – 7º e 8º anoA Educação para a Saúde vai apostar forte na área de Desporto, nas modalidades de FUTSAL(federado), Voleibol e Badminton.O nosso colégio vai ser o responsável pela Parceria Multilateral, com escolas de 9 países da União Europeia(Chipre, Polónia, Holanda, Espanha, Roménia, Grécia, Lituânia, Turquia e Inglaterra) no âmbito do PROJETO COMENIUS, entre setembro/2013 e julho/2015, que vai abranger profissionais de todos os níveis de ensino.

O nosso lema para este ano será:

“NADA PESA DEMAISQUANDO SE TEM ASAS.”

Bem-vindos novamenteno início de mais um ano letivo!!...

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O ‘Campo Flores’ tem apostado muito num ensino que apela ao pensamento crítico. Quer-nos ex-plicar melhor em que consiste essa

filosofia?João Rafael – O nosso conceito abar-ca um tripé-base que consiste em três áreas metodológicas, o pensa-mento crítico, o pensamento criati-vo e, algo que é muito relevante nos dias de hoje, o pensamento global. Para além do conhecimento, do sa-ber, que gera as competências ne-cessárias para quando se é adulto arriscar, não desistir, saber fazer e

tudo isso com motivação acrescida. Acreditamos num ciclo positivo, em que as nossas acções curriculares, alicerçadas num tipo de ensino ri-goroso e exigente, ganhem um sen-tido crítico. Sem querer gerar dou-trina rígida, incentivamos a que os nossos alunos pensem sobre a rea-lidade de forma activa e precoce.Repare que actualmente as famílias tendem a dar aos seus filhos uma vi-

são muito limitada do seu espaço de actuação futura. A ideia é libertarem-se dessa fasquia e colocarem o pla-neta como horizonte. E para isso não basta deterem as ferramentas cog-nitivas e académicas, é preciso de-senvolver competências, de forma composta, ao nível do empreende-dorismo, da educação financeira, da atitude positiva e do conhecimento sobre si mesmo.

É uma visão muito abrangente e imagina-se uma complexidade de acções e programas específicos em curso…Uma das situações que estamos a desenvolver inclui antigos alunos e filhos de antigos alunos que se en-contram espalhados pelo mundo, em todo o tipo de situações profis-sionais e da investigação, e com quem vamos mantendo uma forte relação

Colégios de referência

7 de Setembro . 2013

Este ano letivo constituiu, sem dúvida, um marco importante na história do nosso Colégio, pois

completámos os nossos primeiros 20 anos e simultaneamente conso-lidámos o nosso projeto como uma Escola de todos, por todos e para todos, tendo sido publicamente conside-rado um Colégio de referência, com uma equipa reconhecida e que apre-senta o rigor, a qualidade de ensino, os valores, a segurança e os afetos como suas prioridades.

Ao longo destes vinte anos, a nossa família tem crescido e tem reforçado os seus laços, porque é com alegria que acrescentamos, a cada ano letivo, novos alunos, novos pais, novas famílias e novos amigos, fazendo todos parte do que somos e do que temos para contar. Na verdade, é com muito orgulho que vemos os nossos bebés crescer, tornarem-se crianças, adolescentes e agora reconhecê-los (a muitos deles!) como os pais que confiam em nós, para cuidar dos seus filhos.

Neste espaço, aprende-se regras, valores, mas, sobretudo, vive-se cada descoberta como algo único e essen-cial. Valorizamos a educação, a apren-dizagem, o respeito pelo próximo, a defesa dos princípios morais e dos valores. Acreditamos que as bases são essenciais para uma vida de sucesso e consolidamos todos os conhecimentos adquiridos de forma

a que os alunos saiam da nossa insti-tuição preparados para abraçar o futuro, qualquer que seja o desafio que tenham de enfrentar.

Assim, cada ano letivo que passa no nosso Colégio é uma página de um livro cheio de emoções, desafios, vitórias. As salas de aula contam a história de muitos que por aqui passaram, ganharam asas e hoje são profissionais de sucesso, vencedores num mundo nem sempre fácil, nem sempre justo, mas que enfrentam, com segurança, com os olhos postos no futuro. Enche-nos de orgulho conhecer o percurso de cada um deles e saber que tudo começou aqui.

O Colégio do Vale é uma insti-tuição com uma identidade muito própria e que vale a pena conhecer. Quem nos visita, quer ficar. Quem parte, nunca nos esquece nem é esquecido. E é por isso que, este ano, criámos a Associação dos Antigos Alunos, para que passado e futuro estejam de mãos dadas numa casa que é de todos e intemporal.

Temos um projeto forte, reco-nhecido, estamos conscientes do trabalho de excelência que reali-zamos, mas nunca nos conformamos com isso. Trabalhamos sempre mais e melhor e estamos muito atentos a tudo o que nos rodeia.

Apostamos cada vez mais no aluno, trabalhando no seu percurso de acordo com as suas caracterís-

ticas, procurando otimizar todos os seus desempenhos, oferecendo cada vez mais apoios individualizados, programas de tutoria, acompanha-mento pedagógico e outras medidas que têm dado os seus frutos, como a iniciação a duas outras línguas estrangeiras (Francês e Espanhol) a partir do 5º ano, para além da aposta que fazemos na língua inglesa (lecio-nada no Colégio a partir dos três anos de idade) e na língua espanhola, anual-mente reconhecidas pela certificação que fazemos em parcerias com o British Council/Cambridge Univer-sity e com o Instituto Cervantes, respe-tivamente, sendo Centro de Exames de ambos. Estamos também a apostar no mandarim em estreita parceria coma Escola Chinesa de Lisboa.

Dinamizamos também clubes, onde o Desporto, a Música, o Teatro e as Artes Plásticas contribuem para o desenvolvimento de cada criança

como um ser autónomo, criativo e capaz. Desta forma, os alunos do Colégio do Vale são reconhecidos frequentemente em campeonatos nacionais (sobretudo de ténis, atle-tismo e natação), trabalhamos em parceria com várias instituições, apos-tamos fortemente na aprendizagem da música e de instrumentos como o piano, o órgão, a viola e bateria, dinamizando ateliers artísticos e promovendo o teatro, apresentando todos os anos um musical ou uma peça de teatro, estando sempre presentes no Festival de Teatro de Almada.

Também na área científica somos ambiciosos. Desenvolvemos projetos, protocolos com escolas, universi-dades (sendo centro de estágios de muitas delas) e expomos trabalhos na comunidade. Frequentemente também dinamizamos concursos entre escolas do concelho (O nosso concurso regional “O melhor ditado” já conta com oito anos de existência, por exemplo).

Gostamos sempre de abraçar novos projetos. Estamos abertos à inovação e à mudança. Um Colégio jovem, dinâmico, que procura um compromisso sólido e responsável entre a qualidade do trabalho e a alegria com que o fazemos; entre o que a realidade nos apresenta hoje e os desafios de um amanhã impre-visível.

Nas vitórias dos nossos alunos e ex-alunos, reconhecemos também as nossas próprias e a do nosso projeto. Acreditamos no que fazemos e temos consciência da nossa contri-buição para um mundo melhor, mais estável e queremos continuar a crescer! Essa é também uma das razões porque tantas famílias investem no ensino das suas crianças/ adolescentes, optando pelo Colégio do Vale. E nós tudo fazemos para corresponder às expectativas, traba-lhando sempre com empenho e profissionalismo, sem fechar os olhos às dificuldades que nos rodeiam. Na verdade, assumimos também uma estratégia de apoio à comunidade de que fazemos parte, promovendo atividades de solidariedade a várias instituições, contribuindo de dife-rentes formas e, a título mais indivi-dual, escutamos as famílias e procu-ramos apresentar-lhes estruturas de apoio.

Não nos alhearemos nunca do nosso projeto comunitário. Estamos aqui para servir a nossa comunidade e queremos ser cada vez mais conhe-cidos como um Colégio de qualidade, responsável por lançar para o mundo aqueles que realmente hão de ser a voz de um mundo diferente, mais eficaz, mais determinado, mais justo, enfim, melhor!

www.colegiodovale.pt

Colégio do Vale – 20 anos a abraçar o futuro!

Colégio Campo Flores fideliza alunos e envolve famílias numa ‘cátedra’ de pensamento crítico

Líder optimista contra o estigma de falharJoão Rafael é homem do leme de uma instituição que já leva 45 anos de actividade. É também um optimista. Acredita nas novas gerações e numa revolução de mentalidades que acabará por singrar mesmo com o país em crise. «Falhar ainda é um estigma em Portugal, quando em outros países é a fórmula para não voltar a errar. E o empreendedorismo no ensino pode dar muitas novas empresas. Esse é um caminho», acentua. Confia, para isso, nas escolas e universidades portuguesas, cada vez mais reconhecidas no exterior, desde que se abram mais à criatividade, inovação e empreendedorismo.

O Colégio Campo Flores é uma das instituições de referência do ensino na região. A aposta no pensamento crítico, criativo e global constitui o tripé base da sua estratégia curricular. O líder, João Rafael, quer intensificar o conhecimento fora da escola com uma carteira de novos projectos de enriquecimento curricular. «Não queremos gerar doutrina, mas potenciar ferramentas para um saber critico», afirma.

O director do colégio, João Rafael, é um entusiasta de um ensino com autonomia e crescimento humano

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via Skype. É um processo de men-torado que estamos a estimular e a potenciar, com troca de experiên-cias e de vivências.E já este ano, a partir de Outubro, va-mos arrancar com um projecto de grande amplitude, que designamos por “Cátedra do Tempo Presente” em que todos os meses vamos convidar um personalidade de grande referên-cia e reconhecimento técnico e pro-fissional do país para vir ao colégio e emprestar-nos a sua experiência. Es-tamos a falar de figuras ligadas a ques-tões chaves da sociedade, da políti-ca à economia, da religiosidade às ci-ências ou às tecnologias.

A iniciativa dirige-se a toda a esco-la?O projecto, que vai ser coordenado pelo professor Reginaldo de Almei-da, grande referência universitária e presença habitual nos ‘media’, di-rige-se essencialmente às famílias dos nossos alunos. Mais uma vez o conceito é o envolvimento das fa-mílias no processo educativo. Sabe-mos que não basta apenas trabalhar com os alunos. Nunca se conversou tão pouco em casa como hoje em dia. Na maior parte das vezes, esta-mos juntos e a comunicar, por di-versas vias e cada um por si, pouco se conversa em conjunto. A inten-ção é promover, mesmo que seja em contraciclo, essa necessidade do en-contro e de partilha de ideias para aumentar a massa crítica dos jovens estudantes.

De facto, esse hiato é cada vez mais acentuado, numa altura em que a informação é vertiginosa e a tempo inteiro…Na verdade, podemos dizer que te-

mos muita informação, mas senti-mos que a sociedade recebe-a ten-do dificuldade de a gerir de forma crítica. Esta ‘Cátedra’ surge, sem qual-quer soberba, para trazer um saber, uma experiência acumulada e so-bretudo com a ideia de provocação, de agitar as mentes.

Espera grande adesão por parte dos encarregados de educação dos vos-sos alunos?Já temos uma grande experiência com tertúlias que envolvem os pais. Mas este formato é diferente porque se pretende abrir ao mundo e a um pensamento mais global, sem se fa-lar dos assuntos mais ligados da aprendizagem escolar. Temos a li-mitação do espaço, porque quere-mos fazê-lo em casa, e estamos cons-trangidos a 150 lugares.

Um clubede história peculiar

Neste momento qual é a vossa ofer-ta de enriquecimento curricular?Temo-la para todos os gostos. Nas áreas do desporto, da música e das artes. Esgrima, karaté, basquetebol e voleibol, órgão, guitarra, bateria, violino ou piano, artes plásticas, dan-ça contemporânea, ballet e vamos iniciar este ano um Clube de Histó-ria, abordando matérias de forma inovadora e moderna, nomeadamen-te falando do presente e procuran-do desmontar a informação, com trabalhos sobre os ‘media’, o cine-ma, teatro ou o vídeo. É um Clube aberto a todos os grupos etários e tem uma componente que passa pela saída da escola em actividade cul-tural durante os fins-de-semana. Já o fizemos este ano em parceria com o Teatro Aberto, com a Com-panhia de Teatro de Almada, com o Museu Nacional de Arte de Antiga, com a preciosa colaboração do pro-fessor António José Silva Marques.

Discute-se a peça, a encenação, as obras, as exposições e outros aspec-tos, directamente com o elenco no final dos espectáculos ou com his-toriadores da arte.

Dá para aferir que o Colégio está muito virado para o exterior e para a relação com a comunidade e seus agentes?Temos a convicção de que os alunos e as suas famílias têm de se envolver cada vez mais na realidade que a to-dos nos cerca. É uma parte curricu-lar importante. Considero que o Co-légio é a ‘casa do conhecimento’, mas o conhecimento não está totalmen-te encerrado na escola. Essa é uma das nossas filosofias estratégicas.

Daí os recentes protocolos com as universidades, como que uma ex-tensão do vosso trabalho?Celebrámos acordos com a Faculda-de de Ciências e Tecnologia do Mon-te de Caparica, com a Faculdade de Farmácia e com a Universidade Ca-tólica, para utilização dos seus labo-ratórios em determinadas áreas. É uma ligação que queremos amplifi-car, porque temos muito trabalho ex-perimental nos nossos laboratórios, mas precisamos aprofundar esses conhecimentos, em áreas como a quí-mica, as ciências sociais, a genética, a robótica, as engenharias.

Que outros projectos estão em cur-so?Estamos a lançar, também no secun-dário, já este ano, a obrigatoriedade de 25 horas anuais de serviço comu-nitário, mas com uma grande dife-rença, que passa por ser o próprio aluno a tratar do seu projecto, que pode ser dentro da escola, por exem-

plo no apoio a alunos com maiores dificuldades, ou no exterior. Nós já temos uma longa tradição em apoiar instituições de solidariedade social e queremos envolver ainda mais os alunos nesse contexto.O programa designa-se ‘Consigo’, que exprime duas ideias-força: de conseguir e de consigo com o outro. Depois temos o PIIN – Projecto In-dividual de Investigação, dirigido a alunos do 11.º ano e 12ºano, que dura os quatro semestres, e em que o alu-no escolhe a disciplina em que pre-tende desenvolver a sua investiga-ção, orientada pelo próprio, embo-ra sob a coordenação de um docen-te. Aqui pretende-se trabalhar a me-todologia, que é diferente de disci-plina para disciplina. E é também, mais uma vez, a antecipação do que o vai esperar no ensino universitá-rio, com muitos trabalhos e projec-tos. No 12.º ano temos o Projecto Em-presa, baseado num trabalho de equi-pa em que cada elemento assume uma função na empresa e desenvol-vem um plano de negócios, sempre na perspectiva da concretização de um produto inovador e útil. Sem esquecer, o fio condutor que va-mos ministrando ao longo do per-curso escolar, com projectos de Em-preendedorismo, Educação Finan-ceira e outros, dirigidos a outros ci-clos de ensino, com a semente de lhes transmitir confiança, autonomia e tornando-os capazes de aplicarem os conhecimentos e saberes com ati-tude e com valores, em prol da trans-formação da sociedade. Não tenha-mos dúvidas de que serão estas ge-rações (pais e filhos) os agentes de mudança tão necessária ao nosso mundo global. Tudo fazemos e fare-mos para lhes dar essa percepção.

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Mais de mil alunos este ano

O Colégio Campo Flores conta com um universo de 130 colaboradores, 80 dos quais docentes. Nos últimos sete anos foram investidos cerca de 2,5 milhões de euros. E já este ano cerca de 300 mil em novas salas e laboratórios. «Libertamos todos os recursos para investir nas condições do Colégio. E temos pena que deste montante tivéssemos liquidado ao Estado cerca de 600 mil euros que não puderam ser aplicados em novos projectos», critica o

responsável. Na forja está um pavilhão multiusos, orçado em cerca de 350 mil euros, que irá complementar os espaços desportivos existentes.A instituição, uma das mais antigas localizadas no distrito de Setúbal, em Lazarim, concelho de Almada, está longe de ser um ‘colégio elitista’ e por isso mesmo tem crescido em número de alunos, contando este ano lectivo com 1050 alunos, oriundos, sobretudo de Almada, Seixal, Sesimbra e Palmela.

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Colégios de referência

7 de Setembro . 2013

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Isabel Simão, directora pedagógica do colégio St. Peter s School: «Somos uma referência de grande qualidade na área educativa»

Semmais - Que balanço faz dos 20 anos de actividade do colégio St. Peter´s School?Isabel Simão - Faço um balanço mui-to positivo. A comunidade onde nos inserimos entendeu e permitiu alar-gar os horizontes geográficos do co-légio. Já temos alunos de Lisboa, San-to Estevão, Samora Correia, Alma-da e Sesimbra. Nos últimos anos, ve-rificou-se um aumento geográfico considerável dos nossos alunos. Nós, na margem sul, com este projecto educativo de grande qualidade e com excelentes resultados, somos, de fac-to, uma referência. Almada estava fora do nosso âmbito e, hoje, já te-mos muitos alunos de Almada e Lis-boa. Isto significa que o St. Peter´s School é um colégio de opção para muitas famílias. Aqui, nós marca-mos, também, a diferença, pelo tra-balho de grande proximidade e apoio

que se faz junto dos alunos. Eles sen-tem-se confortáveis e tranquilos no nosso colégio e os resultados, no fi-nal do ano lectivo, estão à vista.

Porque é que se rotula a vossa ins-tituição de referência incontorná-vel no panorama educativo nacio-nal?O nosso colégio é uma referência educacional no panorama nacional na medida em que tem vindo a de-senvolver um trabalho de grande qualidade. A sua perspectiva do en-sino assenta no rigor, na qualidade, mas também, numa gestão de trans-parência. É uma escola que permi-te às famílias colocarem os seus fi-lhos no Jardim de Infância e faze-rem o seu acompanhamento até à sua entrada na universidade, o que representa um grande conforto para os seus progenitores. Além disso, A directora Isabel Simão está muito satisfeita com o trabalho do colégio

Sempre a crescer e a renovar-se, o colégio St. Peter´s School, em Palmela, orgulha-se de brilhar nos rankings nacionais pelo trabalho de grande rigor, qualidade, proximidade e apoio que exerce junto dos mil e poucos alunos que ali se preparam para uma carreira profissional de sucesso.

António Luís

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também permite às famílias, ao lon-go do ano lectivo, terem uma noção, do trabalho de grande qualidade que aqui se desenvolve. Trabalhamos, essencialmente, para tornar os nos-sos alunos, jovens de sucesso, que primem pelo trabalho e competên-cia, ferramentas essas que vão per-durar por toda a sua vida profissio-nal. Permite, ainda, que estes jovens façam as escolhas acertadas nas uni-versidades, quer em Portugal, quer no estrangeiro, por forma a brilha-rem nas suas carreiras. Apostar num colégio de qualidade dá trabalho a todos nós, mas, o fundamental é pre-parar bem os alunos para o futuro.

St. Peter´s School continua no topo dos rankings dos exames nacionais… Qual é o segredo deste sucesso?É não descansarmos, é não pensar-mos que já está tudo dado como ad-quirido, é cada dia que passa tentar-mos fazer mais e melhor e sermos muito exigentes e autocríticos con-nosco próprios, de modo a que cada ano que passa, sermos cada vez me-lhores. É este o segredo do nosso su-cesso.

Aposta bilinguee o espanhol

O colégio de Palmela ministra um estilo de ensino baseado em que premissas?Apostamos num ensino bilingue. A grande carga curricular está na lín-gua inglesa, não esquecendo a lín-gua portuguesa. Mas, na realidade, hoje, apesar de sermos um colégio bilingue, somos, também, um cen-tro de exames de Alemão, Espanhol e Inglês, e damos aulas de manda-rim. E, além disso, os nossos alunos do 5.º ano começam a aprender La-tim. Somos um colégio bilingue mas muito abertos a outras línguas, com

a devida acreditação. Não basta en-sinar a língua, é necessário que os conhecimentos dos alunos sejam acreditados pelas entidades máxi-mas em Portugal. Tudo decorre aqui dentro do nosso colégio, através de protocolos estabelecidos com di-versas instituições. É uma mais-va-lia muito grande, para a grande com-petência futura dos alunos, que en-riquecem aqui os seus conhecimen-tos na língua inglesa mas, também, noutras línguas que atrás já referi, porque, cada vez mais, vivemos hoje numa aldeia global. É isso que se

pretende: uma educação ecléctica, abrangente e universal. Em termos de actividades extra-curriculares, quais são as mais procuradas pelos alunos?Temos cerca de 36 actividades ex-tra-curriculares. As mais frequen-tadas são a natação, o ténis, o fute-bol, o râguebi e a dança contempo-rânea. Para o próximo ano lectivo, vamos arrancar com a equitação, porque surgiu-nos uma proposta interessante de uma nova empre-sa equestre. Mas também existem

no colégio aulas de viola, guitarra, piano, ballet, esgrima, entre outras. Todas estas actividades encaixam-se numa educação abrangente para que os alunos cresçam com um gran-de conhecimento geral. Projectos para o futuro? Vamos avançar com a melhoria in-terna do novo edifício do 2.º ciclo. É o único edifício do nosso colégio que não está uniformizado com o modelo dos restantes, o qual será dotado de melhores condições de trabalho para os alunos e profes-sores.

O colégio de Palmela orgulha-se de ministrar um ensino de excelência e de pertencer às melhores escolas do País

Pavilhão gimnodesportivo em ‘stand-by’

De acordo com Engenheiro Armando Simão, o pavilhão gimnodesportivo, há muito ambicionado, teve de ser adiado. «Quando for oportuno, voltaremos a pensar no projecto, que já foi aprovado pelo Instituto do Desporto», frisa, acrescentando: «O projecto está concluído. É uma questão de nós compatibilizarmos as questões materiais com as institucionais», conclui. Nis nobistr umquidipsunt qui adipsam dolor audae. Us poreius, quam dolor re aut porepta sinvellApis is eum vit quo beati res peliquis etusand ipientio tem doluptaes eaqui soluptas dem latemporera cume raecto blaboreria

Áreas desportivas de luxo

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Colégios de referência

7 de Setembro . 2013

A Associação Baptista Shalom, IPSS sediada em Setúbal, inau-gurou no ano passado, a 1 de

Junho de 2012, o Edifício “Voar mais alto”, com capacidade em Creche para 81 crianças e no Pré-Escolar para 75 crianças. A Creche é cons-tituída por 6 salas, e o Pré-Escolar por 3 salas, sendo as crianças distri-buídas de acordo com a sua faixa etária. A estas salas acresce ainda as zonas de apoio de higienização e alimentação devidamente equipadas tendo em conta as necessidades espe-cíficas destas idades, assim como um parque infantil e um espaço poliva-lente onde se poderão desenvolver actividades de enriquecimento curri-cular, nomeadamente música e acti-vidades psicomotoras.

O Edifício “Voar mais alto” foi sonhado, pensado e projectado com o profundo desejo de criar um espaço educativo de excelência, onde cada criança possa vivenciar a diversi-dade respeitando a sua individuali-dade. Com este objectivo o edifício, o mobiliário, e o equipamento são de extrema qualidade e versatilidade, tendo em vista o desenvolvimento global de cada criança. A equipa educativa e de apoio é constituída por profissionais altamente qualifi-cados e empenhados.

Neste edifício no Piso 0 “Até às nuvens” localizam-se os serviços de cozinha, lavandaria e escritório.

No Piso 1 “Voa, treina, aprende!”, encontrará três salas de Pré-escolar para as crianças entre os 3 e os 5 anos, com capacidade máxima de 25 meninos e meninas cada: “Partilhar

descobertas”, “Voar além da perfeição” e “O Limite é o infinito”

No Piso 2 “A perfeição não tem limites”, poderá encontrar no 1º Berçário duas salas “Sorrisos de amizade” (capacidade máxima para 10 bebés) e “Sonhos de Luz” (capa-cidade máxima para 8 bebés) ambas para os pequeninos entre os 4 e os 12 meses, com chão radiante (aque-cido).

O 2º Berçário é constituído também por duas salas “O Brilho da lua” (capacidade máxima para 13 crianças) e “O Céu e as estrelas” (capa-cidade máxima para 14 crianças) entre os 12 e os 24 meses.

No 3º Berçário as crianças entre os 24 e os 36 meses terão ao seu dispor duas salas “Aventuras sem limites” e “Saltar até às alturas” com capaci-dade máxima de 18 crianças em cada

uma.O Edifício “Voar mais alto” está

aberto todo o ano, num horário bastante flexível, de modo a apoiar as famílias com horários de trabalho mais complexos. A Creche funciona das 07h30 às19h30, e o Pré-Escolar funciona de 1 Setembro a 31 Julho (assegura-se o período de interrup-ções letivas), entre as 09h00 e às 17h00 com a possibilidade de prolon-gamento (07h30 às 09h00 e 17h00 às 18h30).

O nosso primeiro ano letivo de funcionamento no “Voar Mais Alto” foi motivador e muito desafiante!

Para voar é preciso imaginar… E ser criança é sinónimo de sonhar, criar… acreditar que tudo é possível e de uma forma genuína, AMAR! Com o projeto “Na Terra do Sonhar” viajámos pelas mais variadas temá-

ticas, onde foi proporcionado expe-riências significativas na qual a criança foi respeitada como ser único, ativo e social, desde a creche ao pré-escolar.

É nosso desejo com o projeto “Na Terra do Sentir”, continuar a sonhar e voar para além da perfeição, onde o limite é o infinito, saltando até às alturas, com o brilho das estrelas, sempre com sorrisos repletos de AMIZADE e AMOR….

A temática escolhida pela Direção pedagógica para o presente ano letivo é: “Na terra do Sentir”. Com este tema pretendemos propor uma viagem pelo mundo dos seres vivos, come-çando por nos conhecermos a nós próprios e também aqueles que nos rodeiam. No entanto, este projeto contempla novas descobertas, pois pretendemos que as crianças inter-venham sempre que desejem, propondo novas atividades e expondo as suas ideias.

Continua a ser nosso objetivo proporcionar experiências adequadas em todas as áreas do desenvolvimento da criança, permitindo desta forma proporcionar-lhe uma aprendizagem ativa. Só uma interação afetiva adulto/criança possibilitará estabelecer rela-ções de confiança que lhe permitirão desvendar os mistérios com que se depara no seu mundo social e físico.

Por outro lado, o ambiente físico da nossa creche é seguro, flexível e pensado para a criança, de forma a proporcionar-lhe conforto e variedade, e a favorecer as neces-sidades e interesses que o desen-volvimento em constante mudança impõe. Este ambiente inclui uma

grande variedade de materiais que a criança possa agarrar, explorar e brincar à sua maneira e ao seu ritmo.

A prática pedagógica procura incutir valores de excelência, valores humanos, sociais e morais que ajudem a criança a conviver em grupo, a respeitar, e a treinar relações inter-pessoais. É importante proporcionar experiências positivas através de uma educação que forme atitudes coerentes em que as palavras são acompanhadas de ações e gestos que elevam compe-tências ao nível do ser e do estar. A partilha, a solidariedade, a amizade, o amor, (…) são e serão valores apre-ciados e valorizados no seio da Insti-tuição.

Nas nossas salas um dos princí-pios orientadores é a real afetividade, para que a criança se sinta bem quando entra na sala e sinta esta como sua.

Cabe aos adultos de referência proporcionar e promover momentos de afeto, brincadeira e descobertas valorizando cada conquista, incen-tivando a criança pela positividade e criando nela a vontade de explorar ainda mais. Pretendemos que exista cada vez mais um elo de ligação com a família para que esta participe e se sinta motivada em colaborar com a Instituição.

Mais informações e inscrições no site www.abshalom.pt.

Edifício Voar Mais Alto:

Quinta da Amizade - 2910 337 SetúbalTelefone: 265 720 380

Emails:creche- [email protected]

pré escolar - [email protected]

Creche Shalom continua a ‘voar mais alto’

A escola tem instalações modelares e está bem localizada

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Há uma filosofia muito própria do Atlântico que é uma espécie de en-sino familiar que promove a liber-dade e a autonomia. Qual a razão de ser deste conceito?António Pereira – Temos de facto uma cultura familiar e humana em tudo o que fazemos na nossa insti-tuição. O facto de não impormos far-damento, por exemplo, significa mes-mo esse pressuposto de proximida-de entre direção, alunos, docentes e pais. O vestuário é também uma ex-pressão da nossa própria liberdade, carateriza a personalidade e o nos-so estado de espírito enquanto pes-soa.

Mas isso não implica nenhum ali-geiramento das competências es-colares. O colégio é tido como rigo-roso em termos curriculares…Uma coisa está ligada a outra, por-que incentivamos, com essa postu-ra, a responsabilidade e o empenho dos nossos alunos. Temos uma apos-ta forte nos resultados escolares, pro-va disso é que nos aproximámos em média dos 70 por cento no Portu-guês e na Matemática, porque dis-

pomos de processos educativos efi-cientes. Este ano, por exemplo, estamos a testar as chamadas ‘turmas de ní-vel’, em que vamos construir gru-pos com resultados melhores e ou-tros menos satisfatórios, de modo a que possamos amplificar um apoio escolar mais substantivo e assertivo diferenciado. Adequar o apoio a cada aluno de acordo com as suas necessidades.

A grande novidade deste ano, contudo, é o ensino bilingue…Somos um projeto irrequieto e essa mudança sempre esteve no nos-so horizonte. Somos hoje, de fac-to, uma escola bilingue (português e inglês), a partir do 1.º ciclo e em regime opcional, com certificação externa assegurada pelo Cambrid-ge University. Mas também con-tamos com o Mandarim, já inicia-do o ano transato e que está a su-plantar todas as expectativas, por-que está a ter uma aceitação ex-traordinária.

O colégio prima por uma política de incutir autonomia nos seus alu-nos. Há novidades este ano a esse propósito?Temos o Projecto da Educação para a Autonomia e Empreendedorismo, que faz parte da nossa base de ação. E, neste sentido, são vários as inicia-tivas em curso. A parceria com a “Ju-nior Achievement”, que abrange alu-nos do 1.º ao 3.º ciclo. Mas também os projetos “I9atlântico”, em parce-ria com a Universidade de Lisboa, para os 6.º e 9.º ano, e a “Academia do Empreendedorismo”, com a Be-tweien, que envolve alunos do 7.º e 8.º anos.Esta é uma área essencial para ofe-recer aos alunos ferramentas neces-sárias no seu percurso de vida em todos os aspetos, fomentando a ideia de que “Eu sou capaz”. E com estes projetos queremos contagiar todo o nosso universo escolar, incluindo docentes, trazendo os alunos para fora das salas de aula, motivando-os para a aprendizagem e estudo – em suma preparando-os para a vida.

Há também a grande novidade de um intercâmbio com países europeus. É mais um trunfo es-tratégico do Colégio?É sobretudo uma grande aposta desta ‘casa’. Vamos ser responsá-veis pela parceria multilateral com escolas de nove países da União Europeia (Chipre, Polónia, Espa-nha, Roménia, Grécia, Lituânia, Turquia e Inglaterra), no âmbito do projecto Comenius, que decor-re entre Setembro deste ano e Ju-lho de 2015.

O que se pode saber deste pro-grama?Trata-se de um projeto ligado a histórias tradicionais destes paí-ses e de um forte intercâmbio cul-tural sobre essas temáticas. Alu-nos e docentes de todos os níveis de ensino do ‘Atlântico’ vão visi-tar todos os parceiros e o mesmo acontecerá na recepção a comiti-vas oriundas dos outros países.

Com estes avanços para quando a entrada em funcionamento do ensino secundário?Está para breve. Estamos a traba-lhar para isso e julgamos iniciar esse ciclo até 2015. Sempre fize-mos uma gestão muito racional dos nossos recursos. Estão a ser criadas as condições substantivas para arrancar com esse processo.

Que balanço se pode fazer da par-ceria com a Academia de Musica de ‘Os Anjos’ e da concessão da vos-sa piscina ao “Atlantic Dimension”?São apostas ganhas, que tiveram uma fase de arranque e que estão hoje absolutamente integradas na nossa escola, com resultados mui-to relevantes. Fazem parte da ‘casa’, estão abertas à comunidade local e são projectos para continuar. E já agora, não podemos esquecer a área da educação para a saúde, com o reforço forte na área des-portiva, nomeadamente no Fut-sal, que já é federado, no Voleibol e no Badminton.

Com uma filosofia de desafio constante e aposta num ensino de excelência, com base no empreendedorismo e na autonomia, o Colégio Atlântico não pára de surpreender. O ensino bilingue arrancou este ano, há novos programas de autonomia e uma maior ligação ao mundo global. E na forja uma empresa-escola que aposta tudo no voltar à terra.

Empresa-escola ligada ao cluster agrícola

O Colégio Atlântico vai lançar, em breve, a primeira empresa/escola do distrito de Setúbal e uma das primeiras iniciativas do género em Portugal. António Pereira está «muito entusiasmado» com o projeto, que deverá situar-se no Seixal ou no concelho do Montijo. A ideia é criar uma escola agrícola, com recurso a estufas hidropónicas, que permitem a produção horto-frutícola sem solo, alimentadas a água e a nutrientes essenciais no processo.«É um projecto que está consolidado e que pode fazer a diferença numa altura em que o regresso ao mundo rural está em cima da mesa», afirma o responsável.O conceito é ministrar os alunos de um saber fazer técnico, capaz de os dirigir à criação de empresas, numa lógica de rede. «Daremos numa fase posterior todo o apoio técnico, até na distribuição e pretendemos trabalhar em parceria com produtores locais, de pequena dimensão», explica António Pereira.A aquisição do terreno está para breve e os responsáveis do Colégio Atlântico esperam grande adesão e procura, porque, reafirmam, é um ensino com rumo e com «futuro assegurado». Mas a primeira investida é na criação das estufas, de modo a gerar as condições optimizadas para o arranque do projecto.

Estado desbarata recursos e não promove a verdadeira democratização do ensinoAntónio Pereira, que gere o colégio com a esposa Tina e com os dois filhos, não compreende como o Estado «esbanja recursos» por se recusar a democratizar o ensino com os privados. «A massificação do ensino público ofereceu o mesmo modelo de ensino para todos, não respondeu às necessidades individuais do aluno e, por isso, continua a conduzir a elevadas taxas de insucesso e abandono escolar: “definitivamente a mesma camisa não serve para todos os alunos”. No entanto, mesmo com uma drástica diminuição de alunos devido à diminuição da taxa de natalidade, a máquina da educação continua a investir

em escolas novas, quando podia integrar os privados nesse processo», afirma.Exemplo disso, são as inúmeras escolas privadas, mais pequenas, que continuam a fechar portas. «Era mais que óbvio a necessidade de utilizar os recursos instalados, através, por exemplos da extensão dos contratos de associação ou mesmo dos cheques escolares. Todos ganhariam com isso», atira. E acrescenta: «A verdadeira democratização do ensino passa por dar às famílias a oportunidade de escolherem as escolas e as vias de ensino que pretendem para a educação dos seus filhos - esta é a verdadeira democracia».

Atlântico abre ano com carteira de empreendedorismo António Pereira (director do Colégio Atlântico)

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