semmais 25 outubro 2014

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Sábado | 25 outubro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 831 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Desporto 15 Fernando Neutel quer lançar Academia de Golfe na cidade de Setúbal Atual 4 Cultura 9 Distrito conta com menos 4731 desempregados ABERTURA O número de desem- pregados baixou considavelmente na região, segundo dados reve- lados pelo IEFP. No espaço de um ano, a região conta com menos 4731 inscritos. PÁG. 3 Companhia Teatro de Almada apresenta "Cais Oeste", com Soraia no elenco da peça "Casa Ermelinda Freitas" dribla Messi duas vezes em defesa da marca 'Leo d'Honor' ATUAL Nos primeiros nove meses deste ano, os vitivinicul- tores da península de Setúbal exportaram para o mercado angolano 4 milhões de litros de vinho, mais cerca de milhão e meio do que no período homólogo do ano passado. Um crescimento sustentado, já que atualmente Angola representa 40 por cento das expor- tações extra UE no que concerne aos vinhos da região. E está em marcha um plano estratégico que, para além do país lusófono, visa novos mercados como Brasil, Chile e China. Pub. Edil de Almada entrega corrupção nas mãos da justiça LOCAL O presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, diz que o caso dos três funcionários acusados do crime de corrupção no tempo de Emília de Sousa, está bem entregue à justiça. PÁG. 10 Rio Frio estreia hoje 'cavalgada' equestre com 40 cavaleiros ATUAL É a primeira prova para consolidar o projeto equestre da Herdade de Rio Frio, que conta com uma coudelaria e centro hípico de excelência. O 'raide' apresenta cavaleiros experientes. PÁG. 4 Fotos: DR RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167 Vinhos da Península 'invadem' Angola

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Edição do Semmais de 25 de Outubro

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Page 1: Semmais 25 outubro 2014

Sábado | 25 outubro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 831 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Desporto 15Fernando Neutel quer lançar Academiade Golfe na cidade de Setúbal

Atual 4Cultura 9

Distrito conta com menos 4731 desempregadosABERTURA O número de desem-pregados baixou considavelmente na região, segundo dados reve-lados pelo IEFP. No espaço de um ano, a região conta com menos 4731 inscritos.

PÁG. 3

Companhia Teatro de Almada apresenta "Cais Oeste", com Soraia no elenco da peça

"Casa Ermelinda Freitas" dribla Messi duas vezes em defesa da marca 'Leo d'Honor'

ATUAL

Nos primeiros nove meses deste ano, os vitivinicul-tores da península de Setúbal exportaram para o mercado angolano 4 milhões de litros de vinho, mais cerca de milhão e meio do que no período homólogo do ano passado. Um crescimento sustentado, já que

atualmente Angola representa 40 por cento das expor-tações extra UE no que concerne aos vinhos da região. E está em marcha um plano estratégico que, para além do país lusófono, visa novos mercados como Brasil, Chile e China.

Pub.

Edil de Almada entrega corrupção nas mãos da justiçaLOCAL O presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas, diz que o caso dos três funcionários acusados do crime de corrupção no tempo de Emília de Sousa, está bem entregue à justiça.

PÁG. 10

Rio Frio estreia hoje 'cavalgada' equestre com 40 cavaleirosATUAL É a primeira prova para consolidar o projeto equestre da Herdade de Rio Frio, que conta com uma coudelaria e centro hípico de excelência. O 'raide' apresenta cavaleiros experientes.

PÁG. 4

Fotos: DR

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Vinhos da Península 'invadem' Angola

Page 2: Semmais 25 outubro 2014

2 ESPAÇO PÚBLICO Sexta • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 93 538 81 02 (geral). E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Meia culpae esperança

A Europa de Juncker promete--nos agora quebrar as polí-ticas de austeridade que

ajudaram a afundar a economia e as famílias dos países em crise e, por arrastamento, todos os outros.

É uma meia-culpa que confirma a ideia, que história depurará, sobre as causas desta crise que nunca tive-ram nada a ver com as dívidas sobe-ranas. Juncker apresenta agora um plano de estímulo ao investimento, crescimento e emprego de 300 mil milhões de euros. Afinal o dinheiro existe, as falácias perdem terreno e pode haver uma réstia de esperança, o sinal que os europeus precisam para seguir em frente.

A ver vamos no que esta nova folga vai dar ou se os senhores sobe-ranos da banca, da alta finança e da especulação, secundados por líderes políticas de chinelo não voltam a re-fazer os nós.

EDITORIALRaul Tavares

No final do verão (qual verão?) com um misto de pontuali-dade e de fatalidade saíram

os números do turismo português relativos a 2013. Logo 2013 está “fechado”. O que foi, foi.

Portugal teve o seu melhor ano turístico de sempre. Mais de 41 mi-lhões de dormidas na hotelaria. 41.569.716 exatamente. E a con-clusão só pode ser uma: a euforia é a pior das atitudes. A modera-ção e a persistência são, aqui e ago-ra, as melhores conselheiras.

Saíram também, como seria nor-mal, os números e as quantidades relativas à Península de Setúbal.

Neste particular, na nossa re-gião, existem os “números bons” e os “números maus”. Os núme-ros maus carregam consigo todas as nossas “imparidades”, incon-sequências e irrelevâncias. Por isso talvez seja boa ideia separá-los dos outros: os “bons”.

Os “maus” são o nosso peso re-

lativo. O turismo é dos setores mais competitivos da economia mundial (um lugar comum fica sempre bem). Por isso, no final do dia, o que con-ta é a nossa posição e relevância em relação a todos os outros destinos e municípios com quem estamos, de facto, a competir.

O nosso peso, o peso da Pe-nínsula de Setúbal, no contexto da Área Metropolitana de Lisboa, man-teve o valor do ano anterior, ou seja 7,6%. Um valor notoriamen-te baixo. Ainda assim “estancou” a descida de importância relativa que vínhamos a registar desde

2008, ano em que valíamos 8,8% da região metropolitana.

Depois temos ocupações, do nosso alojamento turístico, mui-to insuficientes. Menores, em 14%, do que a outra margem do Tejo. E 14% é muito por cento. É, frequen-temente, a diferença entre o su-cesso e a mera sobrevivência eco-nómica. A Grande Lisboa regis-tou, em 2013, 50,4% de taxa de ocu-pação enquanto nós, na Penínsu-la de Setúbal, registámos 36,9%. Ficaram assim muitos quartos de hotéis por ocupar na nossa região.

Talvez este indicador signifi-que que não precisamos de mais mas sim de melhor. Ou então mais com melhor. Confuso? Vou ten-tar descodificar. Muito provavel-mente precisamos de mais uni-dades hoteleiras mas que façam a diferença. E que diferença pre-cisamos que seja, realmente, fei-ta. Que mexam com o mercado. Que questionem a falta de perce-

ção sobre as nossas ofertas turís-ticas. E, finalmente, que aumen-tem a nossa escala. Ou seja, no-vas unidades que signifiquem ou-tra “dimensão” turística. Precisa-mos de “novo” e não mais do mes-mo “velho”.

Deixei o melhor propositada-mente para o fim. E o melhor são os “números bons”. A Península de Setúbal, como um todo, cres-ceu, entre 2013 e 2012, 5,7%. Um crescimento acima do crescimen-to nacional que foi de 4,8%.

E, como consequência, o cres-cimento relevante e simultâneo dos nossos “pesos pesados”: Al-mada, Setúbal e Sesimbra.

Almada cresceu 11%, Setúbal 7,6% e Sesimbra 2,7%.

Almada/Caparica é, hoje, o or-gulho turístico da Península de Se-túbal ao afirmar-se como o ter-ceiro mais importante município no turismo da Área Metropolita-na (logo a seguir a Lisboa e a Cas-

cais). Esse orgulho não esconde nem o muito que há a fazer, quer em Almada quer na Caparica, nem a dimensão dos desafios e das di-ficuldades que tem pela frente. Nem ainda o tanto que já foi feito.

A propósito, desse muito que foi feito, já foram à Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas? Se não fo-ram vão. Não conheço outro exem-plo de reconversão urbana, a sul de Lisboa, com a qualidade, a in-teligência e a construção de uma “atmosfera” como acontece em Cacilhas. Restaurantes, bares, ca-sas de chá, música ao vivo, hostel, piercings, bicicletas, skates, pes-soas. Muitas pessoas. O conceito de ARU (Área de Reabilitação Ur-bana) em Cacilhas é uma realida-de. Está nos sorrisos das pessoas. No seu convívio. Em noites de di-versão e de partilha.

O sucesso é o sucesso. E deve ser aprendido. E valorizado. E se possível replicado.

Os resultados do turismo em 2013. E, então, foram bons ou não?

Jorge Humberto SilvaTurismo Semmais

Começámos na semana passada os ensaios de Kilimanjaro, uma dramaturgia de vários

contos de Hemingway cuja estru-tura assenta no célebre As neves do Kilimanjaro, um dos contos mais conhecidos do Autor de O velho e o mar. O enredo explica--se numa dúzia de palavras: Harry, um alter-ego do próprio Hemin-gway, está a morrer em África. Causa da morte: gangrena originada por uma série de contra-tempos fatais. E enquanto a morte, anunciada pelo voo dos abutres e pela garga-lhada de uma hiena, se apodera dele, o escritor passa a vida em revista. Fazem parte do espectá-culo obras-primas como os contos Um sítio limpo e bem iluminado e Colinas como elefantes brancos, mas também textos menos conhe-cidos, como algumas das histórias de Nick Adams (um alter-ego da juventude do Autor), ou alguma da correspondência do próprio Hemingway, por editar em Portugal.

Encontramo-nos, portanto, perante o desafio de montar uma peça que nunca foi escrita – ou que pelo menos não foi escrita pelo Autor das palavras que nela constam. Hemingway, um inegá-vel mestre na técnica dos diálo-gos, escreveu apenas uma peça de teatro – A quinta coluna, so-bre a guerra civil espanhola, que não é um grande texto dramáti-co. Escreve ainda um sainete (po-deremos chamar-lhe assim?), no qual um grupo de soldados ro-manos conversa sobre a execu-ção de um condenado à morte que a dada altura percebemos tratar--se de Jesus Cristo. E a produção dramática de Hemingway ficou--se por aqui.

Kilimanjaro é um percurso en-tre a persona que Hemingway criou

de si próprio, através da sua bio-grafia acidentada e fulgurante, e a sua obra – que é onde o Autor de Fiesta porventura mais claramen-te se revela.

Tendo sido provavelmente o primeiro “escritor vedeta” da His-tória, num século no qual os meios de comunicação se impõem como um importante factor de influên-cia na vida das sociedades (tal como a publicidade, por sinal), Hemin-gway projecta em Harry, o homem que morre em África, a contradi-ção latente entre a Arte e o mun-danismo: se bem que as fotogra-fias de capa na revista Life façam disparar o número de leitores, en-quanto se está na caça, ou a pes-car, ou nas touradas – enquanto se vive não se escreve.

A correspondência de Hemin-gway (por editar em Portugal) dá conta desta contradição (melhor: angústia) por parte de um escri-tor que anotava metodicamente o número de palavras que escre-via por dia, qual lutador de boxe. O caminho que iniciámos na pas-sada semana levar-nos-á prova-velmente ao mesmo “nada” de que fala certo empregado de uma es-planada de Madrid. Ou o “nada” por que morre o leopardo cuja car-caça gelada é encontrada no topo do Kilimanjaro, em swahili cha-mado A casa de Deus. A nós, o que nos move (e nos dá algum prazer, por certo) neste momento é o ca-minho.

A subida do Kilimanjaro

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

A atualização do salário mínimo nacional (SMN) era dada como certa, assim

como a descida na sobretaxa de IRS também o era. Com as legisla-tivas num horizonte próximo, era de esperar que medidas consen-sualmente aceites fossem tomadas pelo Governo. Nisso apostaram comentadores, imprensa económica e até o vice-primeiro-ministro. Porém, Passos Coelho desmentiu toda a gente e, desafiando a lógica, decidiu que a sobretaxa no IRS não iria sofrer alterações em 2015. Da mesma forma, não é crível que o SMN sofresse qualquer alte-ração durante o próximo ano e permanecesse congelado.

Foi a pressão exercida pela UGT e por Silva Peneda - Presi-dente do Concelho Económico e Social, na tentativa de um acor-do em sede de concertação social ainda em 2014, quem impôs o de-bate e criou condições para a su-bida do SMN. Não seria admissí-vel, que após três anos de auste-ridade violenta, onde se aumen-tou tudo quanto diga respeito ao regime fiscal, se mantivesse o SMN congelado por mais um ano.

O pagamento mínimo pela dignidade do fator trabalho, tam-bém não poderia servir para sus-tentar um discurso que preten-desse concluir que “consolida-ção orçamental e aumento da produtividade rumam na mes-ma direção”. O SMN não serve esse propósito. A evolução da Re-tribuição Mínima Mensal Garan-tida (RMMG) tem um objetivo político e social, pretende elevar a retribuição dos salários mais baixos, contribui no combate à pobreza e nas desigualdades e constitui-se ainda, como instru-mento determinante nas políti-

cas de coesão social. Estão pois de parabéns aqueles que força-ram um acordo que responde de forma clara às dificuldades das famílias, que incrementa o con-sumo interno, que salvaguarda milhares de postos de trabalho e que dinamiza sobretudo as eco-nomias locais.

Também muito se tem espe-culado quanto á redução na taxa social única (TSU) em 0,75% PP. Tal benefício fiscal, só é aplica-do às empresas que evoluírem o salário dos trabalhadores de 485 para os 505 euros e durante um período limitado, até 31 de De-zembro de 2015. As partes acor-daram instituir esta medida ex-cecional de apoio ao emprego, mas a UGT quis garantias de im-pacto neutro na receita para a se-gurança social. A única central sindical que assinou o acordo deu avale esta medida temporária, garantindo todavia que nenhum pagamento de prestações sociais estivesse em causa.

Neste sentido, nunca conse-guirei compreender onde está a responsabilidade social daque-les que se colocaram de fora ape-nas por tática politica. Da mes-ma forma que considero inacei-tável que, pelo facto de se con-siderar que o aumento seja pe-queno, se defenda que seria me-lhor não fazer acordo e manter os 485 euros mensais.

Seriedade no salário mínimo

Manuel FernandesDirigente UGT

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ABERTURA

Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 3

Região começa a rebater desemprego

O desemprego baixou – e de forma significativa - na Península de Setúbal

entre Setembro de 2013 e Setembro de 2014. A queda é retratada pela inscrição nos centros de emprego do distrito e dá conta de que os 48436 nomes de há mais de um ano baixaram para os atuais 43705, traduzindo uma regressão de 4731 desocupados, segundo os dados revelados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Mas nem tudo são boas notícias. É que se levarmos em linha de conta

a realidade a que a região assistiu em Agosto, com 43449 pessoas sem trabalho na região, observa--se um agravamento, ainda que ligeiro, no período homólogo de Setembro.

Por sexos, continuam a ser as mulheres as mais afetadas pelo desemprego no distrito. A falta de saídas profissionais atingia no fi-nal o mês passado 22863 mulhe-

res e 20842 homens, sendo que, no total, a região registava 39537 inscritos nos cadernos do IEFP à procura de um “novo emprego”. Apenas 4168 dos nomes que cons-tam na lista nunca trabalharam, encontrando-se à procura do “pri-meiro emprego”.

Por concelhos, são os muni-cípios com maiores densidades populacionais que revelam os nú-

meros mais volumosos. Almada tem 9158 desempregados (4392 homens e 4766 mulheres), sendo que 8406 pessoas procuram um novo emprego. Segue-se o Sei-xal, com 8378 desocupado (3966 homens e 4412 mulheres), onde 7600 indivíduos tentam voltar ao mercado de trabalho.

Setúbal ocupa o terceiro lu-gar na amarga lista. 3231 homens e 3813 mulheres sem trabalho, perfazem um total de 7084 de-sempregado, onde 6464 tentam uma nova ocupação. Segue-se o Barreiro, com 4946 pes-soas inscritas no centro de emprego, Moita (4759), Montijo (3121), Palmela (2883), Sesimbra (2235) e Alcochete (885).

O concelho de Alcácer do Sal é o único da região – e um dos ra-ros casos no país – que exibe mais homens desempregados (269) do que mulheres (266), entre um to-tal de 535 pessoas sem trabalho. No final de Setembro 488 indiví-duos procuravam um novo em-

prego, enquanto Grândola soma-va 508 desocupados (2247 ho-mens e 268 mulheres) ao passo que Santiago do Cacém tem hoje 1572 desempregados (748- 824), concelho onde 1456 inscritos no IEFP procuram um novo traba-lho. Também Sines passava a bar-reira das mil inscrições, atingin-do um total de 1177 (526 homens e 651 mulheres).

Quanto ao total nacional, os 616622 desempregados inscritos nos centros de emprego de todo o País representam menos 80674 do

que em igual período do ano passado e me-nos 7608 do que em Agosto. Ao contrário do que sucede com o

Instituto Nacional de Estatística, estes números não apontam para taxas, mas para valores absolutos. Os valores medem-se em função do número de desempregados ins-critos nos centros de emprego de todo o país e ilhas. São um indica-dor para o estado do mercado la-boral português.

Estatísticas referem que o distrito tem menos 4731 desempregados do que há um ano

Fachada do centro de emprego de Setúbal

DR

Região com 11 mil formandos e 38 milhões de euros

O Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal quer aumentar a sua relação de

parceria com empresas e institui-ções da região, com o objetivo de ajudar a debelar «os problemas de emprego, qualificar e requalificar trabalhadores e ser parceiro do desenvolvimento». Esta foi a ideia base deixada esta segunda-feira, na abertura da Semana Aberta, deixada por Victor Gil, delegado--regional de Lisboa do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e Jorge Gaspar, presidente do mesmo instituto.

Para além da diminuição do desemprego na região e inscritos no Centro de Emprego de Setúbal, os responsáveis aludem ao facto de só este ano já ter sido dada for-mação a cerca de 11 mil formandos. «Trata-se de um enorme esforço, que implica dedicação e pro-fissionalismo por parte dos nossos responsáveis e técnicos», assumiu Victor Gil, du-rante a cerimónia.

Já antes, a diretora do Centro de Emprego e Formação de Setú-bal, Maria do Carmo Guia, havia manifestado a ideia de que neste período difícil «tem sido muito im-portante a relação ativa do Cen-

tro com o mundo empresarial», na busca de resultados que ajudem a procura de emprego e as atuais necessidades das empresas. Nes-te quadro, a responsável reputou de grande importância a “Sema-na Aberta” (que terminou esta sex-ta-feira) como a forma mais dire-ta de «dar a conhecer a atividade da formação desenvolvida» no cen-tro de emprego de Setúbal.

E ao contrário das dificulda-des económicas e financeiras que têm sido transversais no panora-ma nacional, o IEFP não tem fal-ta de recursos. «Tinha sido consi-derado um orçamento para este ano de 32 milhões de euros para o distrito e este ano dispomos de 38 milhões», afirmou o delegado--regional, Victor Gil.

Na mesma cerimó-nia, na sequência da qual representes do univer-so empresarial e institu-cional da região tiveram ocasião de visitar o cen-

tro de formação e as suas novas mais-valias, o presidente do IEFP, Jorge Gaspar, sublinhou o facto dos serviços e missão do organis-mo que dirige ser «uma ferramen-ta do país», não encarado apenas como uma dimensão do Estado. «A nossa função é servir os for-

mandos e as empresas e é isso que temos feito e vamos continuar a fazer de forma mais competente», salientou.

O mesmo responsável aludiu a um protocolo firmado esta se-gunda-feira com a Mecachrome Auronática, sob a chancela da AI-CEP – Agência para o Desenvolvi-mento e Comércio Externo de Por-tugal, que passa pela formação, em Setúbal, de trabalhadores especia-lizados na produção de chaparia em alumínio e inox para aviões. Um projeto que está a animar os res-ponsáveis do centro, por se tratar

de um cluster «muito especializa-do» e com grande futuro.

Para acolher o projeto, o Cen-tro de Formação de Setúbal criou uma nova sala, numa área for-mativa iniciada em 2011 e já com 800 formandos colocados em empresas como a Embraer, OGMA, TAP, Base Aérea do Mon-tijo, entre outras.

Recorde-se que o projeto da Me-cachorome, iniciado à cerca de um mês, pretende reanimar as antigas instalações do Entreposto e Renaul, em Setúbal, e prevê a criação de 500 novos postos de trabalho.

Semana Aberta como tónico para aumentar parcerias do Centro de Emprego e Formação Profissional

DR

Os números do decréscimo do desemprego na região são muito expressivos e indicam boas notícias. Almada, Seixal e Setúbal, continuam a ser os três concelhos mais afetados.

Só em Alcácer há mais homens sem trabalho, dizem os números

Aposta forte no cluster formativo na aeronáutica

Plateia composta por entidades públicas e muitos empresários

Carmo Guia (diretora do CEFS), Victor Gil (delegado regional do IEFP) e Jorge Gaspar (presidente do IEFP)

Page 4: Semmais 25 outubro 2014

ATUAL

4 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

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Messi quer lançar vinho na Europa mas ‘Casa Ermelinda Freitas’ não lhe dá espaço

“Leo D’Honor” não se deixa fintar por Messi

Com a bola nos pés está entre os melhores de sempre. Seis vezes

campeão de Espanha, três

Ligas dos Campeões conquis-tadas e quatro Bolas de Ouro. Só para citar os principais títulos de Messi. Mas fora

de campo o astro argentino tropeçou com a Casa Erme-linda Freitas, em Fernando Pó (Palmela). Quem diria! E

Leonor Freitas, a gerente da empresa de Palmela em defesa da sua marca

DR

O craque argentino quis lançar a sua marca de vinhos na Europa, mas perdeu nas duas disputas legais com a “Casa Ermelinda Freitas”, produtora do “Leo D’Honor”. A gerente Leonor Freitas está satisfeita e até nem se importava de oferecer o seu néctar para Messi provar.

poderá chegar, mas tenho in-formações de que dificilmen-te o tribunal vai contra as de-cisões do Instituto de Harmo-nização no Mercado Interno», diz a empresária, depois de aquele organismo ter consi-derando que a diferença en-tre Leo e Leo d’Honor é insig-nificante, pelo que isso pode-ria gerar equívocos.

Após uma primeira vi-tória da casa Ermelinda Frei-tas, assim que sou-be da tentativa de uma empresa ar-gentina (Bianchi) em fazer o registo europeu da marca “Leo”, em 2012, os advogados de Mes-si recorreram, mas voltaram a perder, tentando agora um último esforço, voltando a apresentar recurso para uma instância superior (Tribunal Geral da União Europeia). Se os advogados Rivas Zurdo e Toro Gordillo não conse-guirem ganhar, o jogador só vai poder registar na Euro-pa a sua marca em refrige-

rantes, águas e cervejas.«Se o Messi não me in-

terpretasse mal, eu até gos-tava de lhe oferecer uma das nossas Leo D´Honor, para ele provar a excelência do Cas-telão», admite Leonor Frei-tas, congratulando-se por sa-ber que o seu nome está a per-correr o Mundo à boleia des-ta inédita polémica.

De resto, o Leo D´Honor é vinho de topo da casa de

Fernando Pó - re-gistado em 2011, com direito sobre a marca até 2021 – tratando-se de

uma produção que só é rea-lizada em anos de elevada qualidade, com origem numa vinha antiga, ainda planta-da pelo pai de Leonor Frei-tas, pelo que este vinho ape-nas chegou ao mercado em 1999, 2001, 2003 e 2008. «Este ano foi o melhor vi-nho da região de Palmela e ficava bem com um dos me-lhores jogadores do mun-do», diz a empresária.

porquê? Porque o craque do Barcelona quis lançar a sua linha de vinhos na Europa com a marca «Leo», quando a adega da região é detentora da patente «Leo D´Honor». Para evitar confusões, a empresa da região contestou e o Instituto de Harmonização no Mercado Interno, órgão que cuida do registo de marcas na União Europeia, deu-lhe razão. E já por duas vezes.

O mais curioso neste pro-cesso, que se arrasta há mais de um ano, é que só muito re-centemente a gestora da em-presa, Leonor Freitas, soube que do lado de lá da barrica-da estava Leonel Messi. «Foi uma agradável surpresa. Não sabemos agora até onde isto

Alegações finais

Os advogados de Messi já procuraram justificar que exis-tem outras marcas vinícolas que utilizam nomes pareci-dos na Europa, como são os casos dos vinhos Leo Ripa-nus e o Leo Hillinger. Messi tornou-se sócio da empresa vinícola Bianchi em 2010, dando o nome à linha de vinho Leo, sendo anunciado que parte das receitas das vendas revertem para a Fundação Messi, que vem desenvolven-do projetos sociais.

Roberto Dores

De Messi só se for refrigerantes, águas e cervejas

Rio Frio recebe primeira prova equestre com a envolvência de 40 cavaleiros O PÓLO equestre da Herda-de de Rio Frio recebe este sá-bado, entre as 8h30 às 17 ho-ras, a 1.ª prova oficial da her-dade, que conta com a envol-vência de 40 cavaleiros, dos quais seis espanhóis.

Este é «um passo impor-tante na consolidação deste projeto, com fins agrícolas e turísticos, que culmina na abertura de um hotel rural em 2017», refere o administrador da Sociedade Agrícola de Rio Frio, Ramos Rocha, que acres-centa: «O nosso objetivo é a realização anual, de forma sis-temática, continuada e pro-gressiva, de um conjunto de eventos equestres e sua inser-

ção nos calendários nacionais e internacionais».

O “Raid” é coordenado pelo instrutor e cavaleiro da equipa nacional de enduran-ce, Filipe Caixeirinha, e inclui quatro concursos de endu-rance: 20 km de promoção ini-ciação, 40 Km de promoção, 80 Km de qualificação e 80 Km de velocidade livre.

O Raide é uma competi-ção contrarrelógio para tes-tar a velocidade e a resistên-cia de um cavalo. O conjunto que terminar o percurso no tempo mais reduzido será o vencedor da competição.

«A atividade equestre, nos seus diversos níveis, organi-

zada, desenvolvida e promo-vida de forma profissional e persistente, permitirá aumen-tar a diversificação da oferta turística e potenciar a região de Lisboa para que tenha maior protagonismo ao nível do Tu-rismo Equestre», de acordo com Vítor Costa, presidente da ERT-RL, que apoia o evento.

Além da Coudelaria, a her-dade inclui Centro Hípico, Academia de Equitação e mais de 180 km percursos eques-tres. Estas primeiras instala-ções serão ainda reforçadas com novas boxes, picadeiro coberto, novas pistas exte-riores, um Poney Club e um hipódromo.

Page 5: Semmais 25 outubro 2014

Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Enfermeiros denunciam doentes nos corredores do hospital Barreiro/Montijo O SINDICATO dos Enfermeiros de Setúbal alerta que o Centro Hospi-talar Barreiro/Montijo está a «inter-nar doentes nos corredores dos ser-viços» e acrescenta estar a causa a «a privacidade, dignidade e seguran-ça dos utentes». A denúncia é feita através de comunicado e adjetiva-da de «alarmista» pelo Conselho de Administração, para quem os ser-viços se limitam a tentar rentabili-zar o espaço da Centro Hospitalar.

Segundo fontes hospitalares, o clima ficou ainda mais tenso, depois dos enfermeiros terem avançado com o comunicado onde abordam mes-mo um alegado «ambiente desuma-no e caótico que tem vivido o Servi-ço de Urgência», citando o Hospital do Barreiro. Diz o documento que «o Conselho de Administração decidiu dissimular a situação e passou os doentes dos corredores do Serviço de Urgência para os corredores dos serviços de internamento.»

Uma medida que «merece o re-púdio dos profissionais», insiste o sindicato, tendo esta posição sido já transmitidos aos administradores pelos enfermeiros quando forma ou-

vidos sobre esta decisão.Mas nem por isso deixaram

de ser abrir camas extra-lotação «em detrimento do reforço das equipas e do aumento da capa-cidade de internamento», insis-te o sindicato, para quem os en-fermeiros «estão a proceder à de-núncia destas situações nos vá-rios serviços onde têm ocorrido, no estrito cumprimento do seu código deontológico e na defe-sa dos doentes».

O conselho de administração confirma a implementação de um plano de reorganização do Servi-ço de Urgência e gestão de camas do Centro Hospitalar, que atribuiu à necessidade de e procurar me-lhorar as respostas da unidade de saúde às situações de emergên-cia. A administração garante ain-da ter procedido à consulta dos vários profissionais

Roberto Dores

A situação no Centro Hospitalar do Barreiro/Montijo está cada vez mais complicada

DR

“The Voice Kids” rende-se à estrela Bruna GuerreiroAOS 12 ANOS, a cantora setuba-lense Bruna Guerreiro fez as três cadeiras do júri do “The Voice Kids”, da RTP-1, virarem-se, rapidamen-te, ao mesmo tempo, mal come-çou a cantar. Com grande à von-tade no palco, a sadina interpre-tou o fado de Ana Moura, “Desfa-do”, e Raquel Tavares, Anselmo Ralph e Daniela Mercury rende-ram-se ao seu talento.

Bruna Guerreiro, prima de Mi-guel Guerreiro, o “rouxinol de Se-túbal”, que venceu “Uma Canção para Ti”, da TVI, está a adorar a sua experiência no “The Voice Kids”, classificando-a de «inesquecível e muito enriquecedora».

A jovem cantora deposita ex-petativas «muito positivas» no pro-grama dos novos talentos e garan-te que vai dar «sempre o seu me-lhor e acreditar que pode chegar o mais longe possível». E acredi-ta que a sua participação no “The Voice Kids” lhe poderá abrir «no-vas portas» no Mundo da música e, caso vença o programa, diz que irá «aproveitar todas as oportu-nidades que surgirem», pois a mú-

sica será sempre o seu principal foco. «Não me consigo imaginar sem outra profissão», remata.

Bruna Guerreiro já venceu vá-rios festivais um pouco por todo o País e foi considerada a melhor voz em concurso. Este ano foi ma-drinha da marcha infantil do Bair-ro Santos Nicolau. O município sadino já lhe atribuiu o prémio de Jovem Revelação.

António Luís

Bruna Guerreiro encanta na TV

DR

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ATUAL

6 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

Não nos considerarmos polí-ticos, pelo menos daqueles que fazem política de carreira,

que a política é a sua profissão, ou porque não têm uma, ou por opção, é um verdadeiro problema.

A verdade é que a forma como encaramos a realidade é diversa da-quela com que um político “a sé-rio”, se me permitem a expressão, a encara, pois para este, todos os actos são analisados na perspecti-va do enquadramento político, da aprovação da sua conduta, do sound--byte e da sondagem, enquanto que para aquele, entre os quais orgu-lhosamente me incluo, todos estes factores obviamente contam, mas a consciência do dever cumprido, da consciência limpa, da defesa dos meus valores e princípios, sobre-põe-se claramente.

Vem isto a propósito de uma prá-tica que vem acontecendo na mi-nha autarquia e que eu venho con-denando. Primeiro apenas referin-do o meu desconforto, mas esta se-mana, vi-me obrigado a tomar mes-mo uma posição mais dura. Trata--se das “Tomadas de Posição do Executivo”. Como calculam e ten-do presente que as mesmas são maioritariamente apresentadas pelo partido que o governa com maio-ria (a CDU), essas tomadas de po-sição são quase exclusivamente con-tra o Governo.

Ora, sendo eu do PSD e o Go-verno igualmente do PSD e sendo essas tomadas de posição com uma forte carga ideológica e linguagem agressiva, facilmente não aderia, mesmo que até pudesse vislumbrar alguns laivos de razão nessas to-madas de posição.

Com o tempo, os eleitos da CDU foram aprimorando os textos, des-pindo-os de carga ideológica e eli-minando a agressividade léxica, o que foi merecendo o meu aplauso, pois apesar de o alvo se manter - O Governo - eu tenho presente que fui eleito para defender os interes-ses dos munícipes do Seixal e não apenas o meu partido, pelo que, com facilidade fui aderindo às tomadas de posição, de uma forma genéri-ca, mas deixando sempre conside-rações que me pareciam apropria-das e que me afastavam ligeiramen-te da totalidade do texto aprovado. E pedi que da mesma forma que sa-bia que iriam utilizar a minha apro-vação como arma de instrumento

político (não sejamos ingénuos, um vereador do PSD votar uma toma-da de posição contra o Governo é sempre um facto), pedia que tives-sem a ombridade de colocar, pelo menos no Boletim Municipal, as par-tes em que não estava de acordo.

Claro que nunca o fizeram. Mas mais grave foi o que fizeram na penúltima Reunião de Câmara, onde perante uma tomada de po-sição em defesa da escola públi-ca, com a qual concordava maio-ritariamente, contrapus argumen-tando que teriam o meu voto a fa-vor se no elenco das exigências ao governo, também fizessem uma auto-crítica e um assumir de res-ponsabilidades em relação ao que é da competência da Câmara Mu-nicipal (e que até nem está a cor-rer assim tão bem), repto a que ace-deram, para minha surpresa.

E mais surpreso fiquei quando o Vereador Samuel, propôs em con-creto os aditamentos (das tais res-ponsabilidades da Câmara) e os elei-tos da CDU aceitaram e introduzi-ram, tendo assim, o documento sido aprovado por unanimidade.

Qual não foi o meu espanto quando vejo na comunicação so-cial uma Nota de Imprensa a refe-rir essa tomada de posição, mas ape-nas com a parte da censura ao go-verno e, pior, no Boletim Municipal a ignorar olimpicamente as altera-ções aprovadas por todos e a limi-tarem-se ao texto original (ao da CDU, contra o governo, claro).

Ora, perante isto, decidi - “Não dou mais para este peditório” - e a CDU, que até tem maioria, se quer fazer “Tomadas de Posição” em nome da Câmara, que o faça, mas face ao histórico recente, ou o faz alterando as regras do jogo, ou não o faz com o meu voto. Depois não venham é demagogicamente dizer que eu não defendo os interesses da população do Seixal, para não melindrar o meu partido, porque sabem bem que não é verdade.

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

Já o disse várias vezes...

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Mais milhão e meio de litros rumaram a Angola

Nos primeiros nove meses deste ano, 4 milhões de litros de vinho da Península de

Setúbal foi exportado para Angola. Um crescimento de 1 milhão e 476 mil litros face ao período homó-logo que catapultou, este ano, a quota de mercado dos Vinhos da Península de Setúbal em Angola para os 17%. O mercado ango-lano representa actualmente 40% das exportações extra EU dos vinhos da região, sendo o principal destino fora da Europa.

O investimento nos últimos anos das entidades do sector e dos produtores da Península de Setúbal neste mercado, a par do aumento de qualidade dos vi-nhos da região e dos preços com-petitivos, explicam, segundo Hen-rique Soares, Presidente da Co-missão Vitivinícola dos Vinhos da Península de Setúbal (CVRPS), os números alcançados. “Os nú-meros são muito encorajadores e queremos trabalhar cada vez mais este mercado”, garante Hen-rique Soares.

Em marcha está o plano es-tratégico de promoção interna-cional 2014/2015 dos Vinhos da Península de Setúbal, que tem como mercados prioritários Bra-sil, China e Angola. As acções de

promoção no mercado angola-no no mês de Outubro contam com a 1ª Ronda Enogastronó-mica dos Vinhos da Península de Setúbal em Angola. Provas de vinhos, palestras e jantares de harmonização com gastrono-mia Angolana acontecerão em Luanda, Benguela e Huambo, a 22, 28 e 30 de Outubro respec-tivamente. Os Vinhos da Penín-sula de Setúbal estarão ainda pre-sentes no Angola Wine Festival que decorrerá entre os dias 23 e

25 de Outubro em Luanda. As acções de promoção, pen-

sadas para cativar a atenção dos profissionais do sector, críticos, jornalistas e importadores an-golanos, contam este mês com a presença dos produtores da re-gião: Adega de Pegões, Adega de Palmela, Bacalhôa – Vinhos de Portugal, Casa Ermelinda Frei-tas, José Maria da Fonseca, Quin-ta do Piloto, Herdade da Com-porta, SIVIPA e Venâncio da Cos-ta Lima.

Cresce exportação de vinhos da Península para Angola

Nos primeiros nove meses do ano as exportações somaram 4 milhões

DR

Centenas de participantes marcaram presença no On Troia AventuraO ON TROIA Aventura foi mais um sucesso na agenda de even-tos On Troia para a promoção des-te destino turístico. A iniciativa reuniu cerca de mil visitantes que tiveram oportunidade de parti-cipar num extenso programa ins-pirado nas condições privilegia-das que a Península apresenta para o turismo de natureza e des-porto.

Num fim-de-semana total-mente dedicado a actividades ao ar livre, famílias puderam desfru-tar de passeios de barco para a observação de golfinhos em que a lotação esgotou, ou experimen-tar o stand up paddle na caldeira de Troia. Aqui, foram muitas as gargalhadas que acompanharam as tentativas dos participantes em se manterem em pé em cima da prancha.

Também a observação de aves e plantas, os passeios pelas ruí-nas romanas ao longo da orla do

Estuário do Sado, os percursos pedestres e visitas guiadas às ruí-nas romanas de Troia contaram com muitas famílias a dedicarem o seu tempo ao conhecimento da riqueza natural que torna este des-tino único.

As modalidades de fitness tam-bém juntaram muitos adeptos, ao mesmo tempo que os ateliers de

arqueologia, as oficinas criativas de cortiça e workshops de pintu-ra em família fizeram as delícias dos mais novos.

Sem esquecer a animação mu-sical garantida pelos sons incon-fundíveis das gaitas de foles e per-cussões dos Garatuja, pela mú-sica tradicional da América La-tina dos Espírito Nativo e pela Cantadora d’Estórias, em mo-mentos de entretenimento para toda a família.

Para João Madeira, director--geral do Troia Resort, «O On Troia Aventura pretendeu dar a conhe-cer ao público a diversidade da oferta de actividades deste des-tino turístico ao longo de todo o ano, proporcionadas pelo seu en-quadramento natural». E acres-centa: «O sucesso desta primei-ra edição demonstra que estamos no caminho certo para tornar Tróia uma referência do Turismo de Na-tureza em Portugal».

Eventos em Tróia somam e seguem

DR

Sempre com a região,sempre pela região...

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POLÍTICA

Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

O PP Almada, ao ter conhecimento da ca-ducidade da utilidade pública que expro-priava agricultores da Costa para constru-ção da ER 377-2, reconhece que é «um pas-

so em frente para o enterro definitivo des-se crime ambiental e social que se prepa-rava para a zona». O partido entende que foi mesmo «uma derrota do executivo CDU..

O Movimento Democrático de Mulheres e a Junta de Freguesia de S. Sebastião pro-movem a sessão/conversa com as depu-tadas municipais do Tarrafal sobre a situa-

ção das mulheres em Cabo Verde e a vio-lência doméstica, no próximo dia 27 de ou-tubro, às 18 horas, no auditório Germano dos Santos Madeira.

PP festeja ‘enterro’ de crime ambiental MDM promove sessão com deputadas do Tarrafal

O Orçamento da Segurança Social acompanha o Orça-mento de Estado. Orçamento

que tem nos seus pressupostos falta de credibilidade, quer em termos de cenário macroeconómico, quer na previsão de receitas. Destaquemos três aspetos fundamentais:

1.O Governo prevê um cresci-mento de 4,1% nas contribuições para a Segurança Social, o que cor-responde a mais 571 milhões de Eu-ros, mas não tem em conta a extin-ção da CES- Contribuição Extraor-dinária de Solidariedade, o que leva a que a previsão de crescimento ain-da seja mais elevada, 5,8%. Contu-do, no que respeita ao emprego, úni-ca fonte para as contribuições, só prevê um aumento de 1%. E assim, através de uma simples constata-ção, se verifica que é impossível cres-

cer 1% no emprego e ter um cresci-mento de receita na ordem dos 6%.

2.A falácia continua quando o Governo apresenta como bandei-ra do combate à pobreza dos ido-sos o aumento das pensões míni-mas. Importa desmontar este em-buste propagandista. As pensões mínimas são uma resposta estru-tural da proteção social em Portu-gal, mas não são um instrumento específico de combate à pobreza. A

diminuição da pobreza dos idosos só teve resultados quando foi cria-da uma medida direcionada aos que têm baixos rendimentos, o CSI -Com-plemento Solidário para Idosos. O CSI permitiu que a pobreza deste grupo baixasse de 26,1% em 2005 para 22,8% em 2007.

Uma pessoa idosa que tenha uma pensão de 259€ e que não tenha mais nenhum rendimento, pode ver o seu rendimento crescer com o CSI mais 170€ por mês. Mas o que faz o Governo? Retira entre 2013 e 2014 55.000 pessoas da prestação alte-rando o valor de referência a partir do qual o direito é concedido, dimi-nuindo a despesa efetiva com a pres-tação, entre 2012 e 2015, em 72 mi-lhões de Euros.

Deixando cair o CSI para míni-mos, o Governo opta por aumen-

tar apenas as pensões mínimas em 1%, e não são todas como gosta de apregoar, porque deixa de fora os idosos com carreiras contributivas com mais de 15 anos. Estamos a fa-lar de valores reais de menos de 10 Cêntimos por dia. Não dá para com-prar um pão, um pacote de leite, nem mesmo para uma garrafa de água.

3.Mas a cereja no topo do bolo é o corte de 100 Milhões de Euros nas prestações sociais através “ da introdução de um teto global para as prestações sociais não contribu-tivas do rendimento de trabalho”. Que diz a Ministra das Finanças será calculado com base na remunera-ção média de um trabalhador não qualificado.

Só existe uma prestação não con-tributiva substitutiva do rendimen-to de trabalho, o Subsídio Social de

Desemprego. O Rendimento Social de Inserção é uma prestação fami-liar e em muitas famílias beneficiá-rias existem elementos do agrega-do que são trabalhadores.

Mas o Ministro da Segurança Social diz que vão contabilizar to-dos os apoios familiares, apoios ao arrendamento, à educação, subsí-dios de doença, enfim todos os que se conseguirem lembrar e até al-guns que não existem como invo-cou o Ministro na audição Parla-mentar, em que referiu o inexisten-te subsídio social de doença.

A verdade é que está inscrito um corte de 100 milhões de Euros nas prestações sociais do regime não contributivo, na altura em que as pessoas mais precisam, e o Gover-no só sabe que vai cortar e a quem vai cortar, só não faz ideia como.

Orçamento de Estado retira 100 Milhões às prestações socias

Catarina MarcelinoDeputada PS

Gracieta Baião, ex-autarca de Alcácer do Sal, morre aos 67 anos

Faleceu na manha do passado dia 22, Gracieta Baião, ex-presi-dente da Câmara Municipal

de Alcácer do Sal, entre 1986 e 1994. Vítima de doença prolon-gada, Gracieta Baião encontrava--se hospitalizada.

O atual presidente do municí-pio, Vítor Proença lamenta pro-fundamente a morte de um mu-lher que considera ser «uma mu-lher de causas, defensora dos mais carenciados, lutadora incansável por uma sociedade mais justa, mu-lher de Abril e da Liberdade».

Recorde-se que, no passado dia 5 de outubro, o município pro-moveu um ato público reconhe-cendo a atividade cívica e públi-ca de Gracieta Baião atribuindo o seu nome ao pavilhão municipal de atividades económicas, no re-cinto das feiras PIMEL e Feira Nova.

Gracieta Baião nasceu a 25 de janeiro de 1947 na povoação minei-ra de Junjéis, na freguesia de S. Su-

sana, concelho de Alcácer do Sal, onde a família estava estabelecida.

Filha de comerciantes oriundos das zonas centro e norte do país, quando a atividade da mina entra em declínio, e ainda criança de tenra idade muda-se com a fa-mília para vila de Alcácer, onde recebe a instrução primária e vive até aos 24 anos, tra-balhando no negócio da família.

Em 1971 muda-se para Beja

onde intensifica a atividade polí-tica já iniciada em Alcácer. Na clan-destinidade integra os movimen-tos anti-fascistas da altura.

Em 1972, inicia o cur-so de Auxiliares de En-fermagem, na Escola Ar-tur Ravarra, em Lisboa, concluindo o mesmo em 1974, com a média de 16

valores. Durante estes anos con-tinua a desenvolver atividade po-lítica, integrando as atividades e

manifestações do Movimento Es-tudantil.

Concluído o curso inicia ativi-dade profissional no Hospital Cur-ry Cabral, em Lisboa, onde aceita o convite para vir trabalhar para o Hospital Distrital de Setúbal e inau-gurar os Serviços de SO/Urgência, onde permaneceu até 1976.

Nesse ano regressa a Alcácer in-tegrada na equipa de Policlínicos do Serviço Médico à Periferia que deram início, em Alcácer, ao pro-cesso de criação e implementação do Sistema Nacional de Saúde atra-vés da criação de Postos Médicos e Agentes de Saúde Comunitária.

Em 1979, conclui o curso de Promoção a Enfermeira, com a classificação de 19 valores.

Em 1983, é eleita para o execu-tivo da Câmara de Alcácer do sal, tendo assumido o pelouro da Lim-peza, Higiene e Saúde Pública e, em 1984, assumiu ainda o pelouro So-ciocultural, áreas onde implemen-tou diversos projetos com vista à melhoria das condições de vida da população, em especial nas ques-tões ligadas à saúde pública.

Em 1986, foi eleita, por maio-ria absoluta, presidente da Câma-ra, cargo que desempenhou, por dois mandatos, até 1994.

Atual presidente, Vítor Proença, lamenta a morte de «uma mulher de causas»

A autarca de Alcácer teve sempre grande atividade política e cívica

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CIMAL elabora manual técnico para um Alentejo mais acessível

A COMUNIDADE Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) apre-senta, no próximo dia 29, às 15 horas, no teatro grandolense, o “Manual de Orientações Técni-cas” que resultou do projeto RAM-PA. Este manual pretende ser uma referência para futuras interven-ções no espaço público, conside-rando que este deve ser Acessí-vel para Todos.O projeto RAMPA debruçou-se sobre o espaço público, nas suas múltiplas dimensões, com enfo-que sobre a Acessibilidade Para Todos. Nesse sentido, foi levada a cabo uma análise detalhada das barreiras existentes que condi-cionem a mobilidade e a acessi-bilidade, num conjunto de estu-dos que consideraram os cinco municípios do Alentejo Litoral.

Entre os diversos resultados do projeto encontra-se este ma-nual, composto por boas práticas que permitirão uma maior demo-cratização do espaço público, tor-nando-o mais acessível e maxi-mizando o seu usufruto quer por residentes, quer por turistas.

Este manual, segundo a organi-zação, é «um referencial de boas prá-ticas a considerar no planeamento para futuras intervenções no espa-ço público, pelos municípios e por todos os restantes atores que agem na área do planeamento.

Foi uma das primeiras mulheres autarcas do distrito de Setúbal, à frente do município entre 86 e 94.

Enfermeira de profissão, era filha de comerciantes

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CULTURA

8 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Riscas, paralelismos, sime-trias, assimetrias, dico-tomias, grafismos, sinais,

sinalizações. Riscas oblíquas, diagonais, horizontais e verti-cais; largas ou estreitas. Riscas e bolas; riscas e estampados; riscas e liso; riscas e padrões. As riscas de Obelix. Riscas no pijama, na camisola «à marinheiro», no fato dos presidiários – Os Metralhas, os Dalton, as riscas dos conde-nados, dos marginais e dos margi-nalizados. Riscas nos bibes esco-lares, uniformes e bandeiras.

Riscos e rascunhos. Riscar é simultaneamente fazer riscos e apagar riscos - eliminar, excluir, suprimir, censurar: a risca é cor-te; o corte é um risco. O risco é margem, delimitação. Se risca e risco indicam a norma, correr o risco é saltar para lá do trilho, para um lugar ainda não trilhado - e o desconhecido assusta.

A risca decorativa: papel de parede, colchões, cortinas, corti-nados, mantas e lençóis.

A risca tem uma estação: o Ve-rão - toldos, guarda-sóis, toalhas e fatos de banho.

O risco a giz dos costureiros. «Patrão risca, a gente corta e cose», repete o provérbio. O fecho «éclair» é um risco. Riscas: ao alto, alon-gam; à largura, engordam. Riscos no corpo: costelas, estrias, cica-trizes. Risco(a) ao lado, risca(o) ao meio no cabelo; rastas.

As riscas como ícone: Picas-so; as riscas «revolucionárias».

As riscas exageram, exaspe-ram, enxameiam. Riscas agressi-vas, vociferantes ou em suaves dé-gradés. A risca agride o olhar e obri-ga-o a reagir e a redefinir. As ris-cas podem ser «chiques». «Quem usa a risca, arrisca ousar», pode-ria ser um slogan publicitário.

Livros de contabilidade: as riscas delimitam as colunas do ter e do haver. Contar é conter. Grelhas, pautas, espartilhos. Li-nhas e listas. A risca ordena, or-ganiza, sistematiza o espaço - folha pautada, pauta, cordas dos instrumentos; teclado: sistema binário, a preto e branco.

Travessões gráficos: o diálo-go é um risco - toda a linguagem é fonte de mal entendidos.

Campo lavrado, vinhas do Douro; Aveiro e Espinho - as ca-sas listradas dos pescadores.

Varandas, varandins, cance-las; estores e persianas. Escadas, escadotes, estantes, espaldar. Gra-des, sebes, gradeamento - com ris-cas que por vezes se cruzam es-

tabelecemos os limites e o risco da sua transgressão. As riscas da passadeira: interdição para uns, autorização para outros. O sim e o não em simultâneo.

Os relâmpagos são riscos no céu. Uma pista, uma estrada, um rio são riscos na paisagem. Serra do Risco, desportos «de risco». Gi-nástica nas barras – simétricas ou assimétricas; corrida com barrei-ras. Riscas velozes, vorazes. Ris-cas nas camisolas dos desportis-tas - movimento e jogo.

As riscas na Natureza: bicho--da-seda, zebu, abelha, vespa; ris-cas de peixes escalares. As zebras são brancas com riscas pretas (como defenderam os Europeus) ou pretas com riscas brancas (como sustentavam os Africanos)? As ris-cas da zebra servem para afastar insectos e confundir predadores. E as riscas dos predadores? Para poderem acercar-se sem serem vistos. Ilusões de óptica. Tigre: as suas riscas encontram-se «em ris-co de extinção».

Seguir «à risca» ou «andar fora do risco» - «Quem não arrisca, não petisca». «Aventurar-se causa an-siedade, mas deixar de arriscar--se é perder a si mesmo», afirma Kierkegaard.

«O Tecido do Diabo – uma História das Riscas e dos Tecidos Listrados», de Michel Pastoureu. Na Idade Média, a risca é infame e infamante. O Impuro. O bobo, o jogral, o louco, o leproso, car-rasco ou prostituta, todos eles usam obrigatoriamente tecidos listrados. As riscas, facilmente vi-síveis, funcionam como aviso e alerta. Mantêm a distância.

As riscas na heráldica, hie-rárquicas. A risca é cultural. Tem-poral.

«Riscava a Palavra Dor no Qua-dro Negro», de Luís Quintais; «O Rapaz do Pijama às Riscas», de John Boyne. «A Vertigem das Lis-tas», de Umberto Eco. «Spellbound», de Hitchcock. As riscas criam ob-sessões, patologias, associações.

«É muito melhor arriscar coi-sas grandiosas, alcançar triun-fo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os medíocres (…)», defendia Roo-sevelt. O perigo de arriscar; o perigo de não arriscar - vulga-ridade ou tédio. «Só os que se arriscam a ir longe demais são capazes de descobrir o quão lon-ge se pode ir», escreveu T. S. Eliot - e a lonjura é um risco perdido num ponto de fuga.

[email protected]

Riscas

A Água Ardente – Produções Teatrais estreia no próximo dia 31, a peça “Diário de Um

Louco”, pelas 21h30, no auditório municipal de Alcácer do Sal.

O texto, de autoria do russo Ni-kolai Gógol, apresenta alguns tra-ços autobiográficos do autor e re-vela a história de vida de um ho-mem simples, angustiado com a realidade quotidiana que, a pou-co e pouco, vai cultivando peque-nas loucuras como forma de es-cape a uma condição ultrajante.

Miguel Assis é o responsável pela encenação, caracterizada pela simplicidade e centralidade no ator, e Olavo Nóbrega é quem dá cor-po à personagem de um homem simples que evolui, de modo pro-gressivo, para um estado de alie-nação e loucura, pondo em evi-dência a fragilidade da condição humana. De forma caótica, mor-daz e desconcertante, os espeta-dores são levados a desvendar o sinuoso labirinto que se instala na mente de um homem.

Olavo Nóbrega, que vai inter-pretar o monólogo, explica que “Diário de Um Louco” foi o primei-ro projeto que a Água Ardente pro-duziu em 2008, e que saiu de cena com casa cheia e com necessida-de de visitar mais públicos. Seis anos depois juntou-se a mesma equipa que quis transformar o mes-mo texto numa encenação diferen-te. O ator, que vive agora em Alcá-cer do Sal, sublinhou que «o espe-táculo que vai estrear agora está

um pouco distante em termos de encenação do que esteve em cena em 2008». «As histórias de vida que passaram por nós modificaram--nos e depois há uma maturidade artística que acompanha quem fez parte do processo, caso do Miguel Assis que está a construir um es-petáculo completamente diferen-te», completou.

Questionado sobre o desafio da interpretação, Olavo Nóbrega assu-me que «há um antes e um depois desta peça, afinal são 70 minutos a falar num palco. O texto da peça é

dramático e o autor, logo de segui-da, fechou-se numa instituição psi-quiátrica». «É um texto denso, mas a magia desta peça, a meu ver, é que se trata de um homem que fala 70 minutos sem achar que está louco», acrescentou Olavo Nóbrega. A per-sonagem «é um homem aparente-mente normal que fala da sua vida, do seu amor não correspondido, da sua incapacidade de lidar com a so-ciedade e, chega a meio da peça, des-cobre que é o Rei de Espanha. Isso tudo faz com que a peça tenha mo-mentos cómicos», referiu o ator.

Água Ardente conta histórias de um louco no palco de Alcácer do Sal

Olavo Nóbrega é o protagonista deste monólogo russo

A companhia Animateatro apresenta, este domingo, às 16 horas, a peça “Tom Sawyer”, no cinema S. Vi-cente, em Paio Pires. Produzida pela Byfurcação, “Tom Sawyer” é inspirada na obra de Mark Twain e conta

as divertidas histórias de Tom, um menino órfão, so-nhador e muito esperto que mostra a importância das amizades e faz reviver uma história única e in-temporal. Tem a duração de 50 minutos.

As aventuras de “Tom Sawyer” em Paio Pires

António Luís

Sara Margarida defendeu o fado no “Factor X” A MADRINHA das madrinhas das marchas de Setúbal, Sara Margari-da, já não está no “Factor X”, da SIC. A concorrente interpretou “O Fado da Procura”, de Ana Moura, e “Lis-boa e o Tejo”, de Marina Mota, mas não passou à fase das cadeiras, an-tes das galas em direto.

Contudo, Sara Margarida con-siderou positiva» a passagem pelo programa. «Arrisquei, conheci pes-soas com vozes maravilhosas e mui-to porreiras, das quais fiquei ami-ga», conta, emocionada.

«Não fiquei nada desanimada

por ter saído, pois também ficaram muitas pessoas para traz, mas, é cla-ro que gostaria de chegar às galas», argumenta a cantora, acrescentan-do que, em relação ao futuro, vai «vi-ver um dia de cada vez e agarrar os projetos que vão surgindo».

Sara Margarida, que traz a mú-sica no coração, confessa que não gosta muito de pensar no futuro, uma vez que aprendeu a viver um dia de cada vez. «O que mais gosto de fa-zer na vida é cantar e isso já faz par-te de mim. Tenho de aproveitar esse dom que Deus me deu», remata.

“O Diário de um Louco” vem depois fazer carreira em Setúbal

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DR

“Diário de um Louco” conta a história de

vida de um homem simples e angustiado

com a realidade quotidiana

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Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

25Sáb

ado

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Poli-teama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Raposo, Paula Sá e Ri-

cardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbran-tes e critica e satiriza os principais acontecimen-tos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 918 047 918 ou 969 431 085.

Viagem à essência de cada um“The Elements” é o espe-táculo de dança de Daniel Cardoso para o Quorum Ballet, que pretende levar o espectador numa viagem à essência de cada um, demonstrando que a terra, o ar, o fogo e a água são imprescindíveis para a harmonia e equilíbrio do nosso ser.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

Soraia Chaves integra elenco

A Companhia de Teatro de Almada apresenta

“Cais Oeste”, de Bernard-Marie Koltès, encenado pelo croata Ivica Buljan,

com as interpretações de Soraia Chaves, Ana Cris, António Fonseca, Diogo Dória, José Mata, Pedro Walter e Teresa Gafeira.Teatro Joaquim Benite,

Almada, 21h30.

O sonhode StrindbergEm “O Sonho”, de Au-gust Strindberg, o TAS convida o espectador a fazer uma viagem profunda por um ambiente onírico com momentos de drama, poesia e comédia. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

“Loucura dos 50”, com Almeno Gonçalves, António Melo, Fernando Ferrão e Joaquim Nicolau, é uma viagem cómica e real ao universo dos homens de 50 anos. Fala dos seus problemas e desejos. Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo, 21h30.

Casa da Poesia promove dinâmica cultural UM GRUPO de poetas da região acaba de lançar o “Movimento Cul-tural Casa da Poesia de Setúbal”. Alexandrina Pereira, Fernando Paulino, Eduarda Gonçalves e Ma-ria do Carmo Branco pretendem, com esta iniciativa, criar em Se-túbal «uma dinâmica cultural que englobe a expressão poética, a pin-tura, a fotografia, a música e ou-tras expressões artísticas».

É através de “O Café com Ver-sos”, com a periodicidade mensal, que se vão realizando, em vários locais públicos de Setúbal, encon-tros de poesia e palestras com os autores a falar dos seus livros. Ao projeto “Casa da Poesia” já se as-sociaram as escolas de Bocage, Se-bastião da Gama e Aranguês. «Que-remos envolver os professores e alunos de Português, Música, Fo-tografia e Pintura para, depois, rea-lizarmos saraus, exposições e de-bates», conta Alexandrina Perei-ra, a porta-voz do movimento, acrescentando que o movimento «faz visitas às bibliotecas escola-res e desafia os alunos a expres-

sarem-se através da poesia», pelo que tem sido «uma agradável sur-presa a espontaneidade com que os jovens aderem» .

No que ao futuro diz respeito, Alexandrina Pereira revela que a iniciativa visa contribuir para «tor-nar mais forte a envolvência da comunidade escolar nas ativida-des da Casa da Poesia, fazer um acervo de livros de autores por-

tugueses, apoiar a apresentação de novas obras, trazer a Setúbal autores de outras zonas do País e inovar na forma de apresentar a poesia e os poetas da cidade».

Ainda sem sede social, uma vez que aguardam por um espaço que foi prometido pelo município lo-cal, o movimento vive, sobretudo, da quotização dos seus 150 asso-ciados.

Alexandrina Pereira (à direita) é a principal mentora deste projeto cultural

Musical hip-hop “Mundos” é o um musical hip-hop, com entrada livre, que conta uma história de amor, que une dois povos e cria um novo universo, onde lendas e realidade se misturam.Centro Cultural de Poceirão, 21h30.

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Os desejos dos homens de 50

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O Ministério Público acusou três funcionários da Câmara Municipal de Almada dos

crimes de corrupção passiva para ato ilícito e de prevaricação, ilícitos alegadamente cometidos no desem-penho das suas funções, no mandato da presidente Maria Emília de Sousa (CDU). Os três arguidos são dois homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 49 e os 50 anos. Um dos arguidos foi detido em flagrante delito pela Polícia Judiciária.

Os três funcionários são um de-senhador do Departamento de Ur-banismo e Rede Viária, um fiscal e uma assistente administrativa da Di-visão de Fiscalização, informou o site da Procuradoria-Geral Distrital de

Lisboa (PGDL). Os três funcionários dos Servi-

ços de Fiscalização da Câmara Mu-nicipal de Almada foram detidos em julho de 2013 pela Polícia Judiciária de Setúbal.

“De acordo com os indícios, os factos decorreram entre 2011 e 2013, preexistindo um acordo entre os ar-guidos e uma execução conjunta do mesmo, no sentido de se valerem do acesso que tinham aos processos e ao expediente entrado nos serviços camarários para solicitarem dos mu-nícipes com obras em curso ou em fase de licenciamento, quantias mo-netárias que não eram devidas”, re-fere a PGDL.

Segundo a mesma informação, os arguidos prometiam que com o pagamento das verbas não seriam instaurados alegados processos de contraordenação, ou que esses pro-

cessos seriam eliminados, caso os munícipes entregassem dinheiro em mão aos arguidos.

“Estas quantias, efetivamente en-tregues, oscilaram entre os 50 mil e os 500 mil euros e beneficiaram ili-citamente os arguidos”, acrescenta.

Depois de presentes a primeiro interrogatório judicial, o tribunal de-cretou como medidas de coação a suspensão da atividade profissional, a proibição de efetuar contactos en-tre si e apresentações periódicas às autoridades. A Polícia Judiciária rea-lizou também buscas nos serviços de fiscalização municipal.

O semanário Semmais Jornal obteve uma reação do presidente da Câmara Municipal de Almada, Joa-quim Judas, que afirmou: «Este é um assunto do foro da justiça e impor-ta que as instituições desempenhem o seu papel».

LOCAL

10 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

LOCAL LOCAL

Três funcionários do município de Almada acusados de crime de corrupção já estão suspensos do trabalho

Siemens ajuda a requalificar vários locais de Alcochete

Montijo abre candidaturas para bolsasde estudo

A VILA do Samouco foi palco, na última quinta-feira, dia 23 de Ou-tubro, de uma intervenção de be-neficiação de vários locais da fre-guesia, numa acção de responsa-bilidade social corporativa levada a efeito pela Siemens Portugal.

A ação incidiu no Jardim de In-fância, Escola EB1, Parques Infan-tis, Cemitério e Capela, Depósito da Água, espaços públicos e em vá-rias secções do CENSA.

Realizou-se, também, uma ação de formação sobre a elabo-ração de currículos e prepara-ção de entrevistas de emprego e os mais novos tiveram ao seu dis-por os kits de experiência Sie-mens. Esta iniciativa, que con-tou com o apoio de cerca de tre-zentos voluntários da Siemens Portugal, dos habitantes da vila, das forças vivas da região e da autarquia local, terminou com uma grande festa.

ATÉ 15 DE NOVEMBRO, estão aber-tas as candidaturas às bolsas de es-tudo “Cidade de Montijo”, para o ano letivo 2014/15, atribuídas pelo mu-nicípio, para incentivar jovens a pros-seguir os estudos de no secundário e superior.

Podem concorrer alunos, com menos de 25 anos, residentes no con-celho há, pelo menos, um ano, ma-triculados e inscritos em estabeleci-mento de ensino secundário ou su-perior, público ou particular e coo-perativo, tutelado pelo Ministério da Educação e Ciência, com aproveita-mento escolar no último ano letivo frequentado e que não possuam ha-bilitação ou curso de nível equiva-lente ao que atualmente frequentam.

Estas bolsas, segundo o municí-pio, é «uma medida de intervenção socioeconómica, complementar à ação social escolar, junto dos alunos com menores recursos económicos e das respetivas famílias».

A Sociedade Filarmónica Palmelense “Lou-reiros” está a comemorar os seus 162 anos de existência. Para celebrar tal data, a cole-tividade leva a efeito, este sábado, às 21h30,

o concerto comemorativo deste aniversá-rio, o qual conta com as atuações do Gru-po Coral e da Banda de Música desta pres-tigiada coletividade.

“Ouvir a População, Construir o Futuro” é o programa que o município leva a efeito entre 27 e final do ano, em várias freguesias. Encontros com associações, coletividades

e instituições locais, a par de empresas e es-tabelecimentos de ensino, assim como aten-dimentos personalizados com munícipes, fazem parte do método de trabalho .

Loureiros dão concerto de aniversário Setúbal ouve a população

O presidente Joaquim Judas reagiu afirmando que se trata de um assunto do foro da justiça

Os factos decor-reram entre 2011 e 2013, ainda durante o mandato de Emília de Sousa

O ESFORÇO desenvolvido em Setúbal na recuperação da fren-te ribeirinha foi um dos temas apresentados no 10.º Congresso do Clube das Mais Belas Baías do Mundo,.

Durante o congresso, que de-correu entre sexta-feira e domin-go, em Yeosu, República da Co-reia, Dores Meira fez uma exposi-ção sobre as políticas que têm sido implementadas em Setúbal no âm-bito da regeneração e requalifica-ção da frente ribeirinha e que en-volvem investimentos em equi-pamentos e infraestruturas que têm devolvido aquela frente à po-pulação.

Dores Meira apresentou um relatório sobre a participação que teve, na qualidade de dirigente do clube, no Fórum Internacio-nal Sobre Gestão Sustentável de Baías, realizado em setembro, em Salvador, Baía.

Do encontro que decorreu no Brasil, Dores Meira transmitiu igualmente no congresso de Yeo-su o desejo de Salvador em for-malizar uma candidatura ao clu-be internacional que notabiliza as baías mais belas do mundo e que, apadrinhado pela Unesco, impõe aos respetivos membros critérios ambientais e de susten-tabilidade exigentes.

Seixal recolhe sangue para salvar vidas OS DADORES Benévolos de San-gue do Seixal realizam este domin-go, na igreja de Corroios, uma ses-são de dádiva de sangue. A 9 e 23 de Novembro, e a 21 de Dezembro, as recolhas têm lugar no Mercado de Fernão Ferro, na Sociedade 5 de Outubro e na Timbre Seixalen-se, respetivamente. Nas dádivas, que ocorrem entre as 9 e as 13 ho-ras, podem participar pessoas sau-dáveis entre os 18 e os 65 anos.

DR

Dadores dão sangue

António Luís

A PJ deteve três funcionários, os quais estão já suspensos da sua atividade profissional, por pedirem verbas avultadas a munícipes com obras em curso ou em fase de licenciamento.

Setúbal promove baía em congresso internacional

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Moita debate questões relacionadas com o poder local

“O PODER Local: Uma Perspetiva Histórica” é o colóquio que o muni-cípio promove este sábado, a partir das 9h30, no Moinho de Maré de Alhos Vedros. “Origens Medievais do Poder Municipal”, “Municípios na Época Moderna: A Reforma Manue-lina”, “Poder Municipal no Antigo Re-gime”, “Municípios no Século XIX: Aspetos das Reformas Liberais” e “Eu Trato o Poder Local por V. Exa. – Um Depoimento de Quem Viveu a Cru-zada Autárquica de 1976 a 2009”, são temas a abordar.

Grândola recupera igreja históricaA PARÓQUIA local continua a apos-tar na preservação, recuperação e valorização do património religio-so do concelho tendo em curso, des-de Agosto, uma intervenção de con-servação e restauro em quatro re-tábulos da nave da igreja matriz.

A intervenção está a ser realiza-da na talha dourada, em algumas imagens, azulejaria e pintura mural. Esta compreende em termos gerais

a limpeza química, levantamento de repintes, consolidação da pintura, tratamento biológico das madeiras de cariz preventivo e curativo, con-solidação e reforço das estruturas de madeira, preenchimento e col-matação de lacunas, assim como a consolidação de argamassas de pin-tura mural e estuques. A obra, que conta com vários apoios, deverá es-tar pronta em dezembro.

Barreiro dedica mês à fotografia O BARREIRO recebe, em novem-bro, o “Mês da Fotografia”. O pro-jeto visa possibilitar a criação e fi-delização de novos públicos, atra-vés do incentivo ao gosto por esta arte. A sessão de abertura decor-reu no dia 18, no auditório Augus-to Cabrita. O evento vai receber nomes de referência da fotogra-fia em Portugal e promover um contato mais direto da população

com estes artistas e com esta arte. Na abertura, o edil Carlos Hum-

berto disse que, com este ciclo, «podemos mostrar que o Barrei-ro é bonito, é fotogénico, tem qua-lidade e vale a pena visitar e des-cobrir coisas que muitos não co-nhecem». Há exposições, cinema, encontros, formações, passeios fotográficos, concurso, maratona e raid-fotográfico.

DR

Encontro decorre no Moinho

PAZOA de Alcácer apaga 135 velas

Confraria da Sopa de Palmela recebe 18 confrades

A CONFRARIA da Sopa Caramela, criada em Outubro do ano passado, por um grupo de pessoas ligadas ao Pinhal Novo e por apaixonados pe-las gentes caramelas, recebeu dezoi-to novos confrades. A cerimónia do 1.º Capítulo da Confraria, decorreu no dia 19, no auditório do Pinhal Novo.

Esta Confraria, com 28 associa-dos e 18 confrades, visa defender a sopa caramela, de um modo geral, mas, sobretudo, «o receituário oriun-do da região caramela», sublinhou Luís Fernandes, responsável pela ini-ciativa.

Ainda em sede social, a Confra-ria tem como madrinha, a Confra-ria Gastronómica de Palmela.

A curto, médio e longo prazo, a Confraria da Sopa Caramela preten-de divulgar esta deliciosa sopa e os restaurantes aderentes, bem como criar o Mercado Caramelo, talvez no início do próximo ano.

A SOCIEDADE Filarmónica Matos Galamba (PAZOA) celebra este do-mingo 135 anos de vida. Para cele-brar a data, decorre este sábado, às 21 horas, no Teatro Pedro Nunes, uma sessão solene, onde são en-tregues diplomas a sócios e músi-cos. Atuam a banda de música e as classes de ballet e sevilhanas da Es-cola de Dança.

Armando Vaquinhas, presi-dente da PAZOA, revela que as dificuldades económicas têm sido o principal obstáculo desta di-

reção. «É difícil para os sócios manter as suas cotas atualiza-das e, por isso, é complicado para nós contornar a falta de recei-tas», esclarece o presidente, acres-centando que a direção está a lu-tar para poder «realizar algumas obras de recuperação da sede».

Ainda este mês vai realizar--se uma aula aberta ao público de Sevilhanas e está agendada, para o início de dezembro, a es-treia da nova revista do grupo cénico desta coletividade.

Santiago distingue Henrique Madeira no 10.º concurso de conto

HENRIQUE Madeira venceu o 10.º Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, com a obra “Contos Infalíveis”. A cerimónia da entre-ga do prémio no valor de 4 mil eu-ros, realizou-se na biblioteca lo-cal no passado dia 18.

O vencedor afirmou sentir «uma enorme honra e uma grande sa-tisfação por ter ganho este pré-mio», agradecendo ao município por «persistir nesta ideia de ho-

menagear a memória e obra de Ma-nuel Fonseca e fazê-lo da melhor maneira, que é lançando desafios».

Com 22 originais a concurso, o evento entregou menções hon-rosas a “Ruído de Fundo”, de Rui Herbon, e a “Os Filhos Bastardos e Outros Contos Uterinos”, de Mar-lene Correia Ferraz.

O júri foi constituído por João Morales, José Correia Tavares e Paula Rodrigues.

O MUNICÍPIO aprovou uma mo-ção onde reivindica a colocação de profissionais de saúde em falta nas unidades de cuidados de saúde per-sonalizados do concelho, e a ga-rantia de instalações que permi-tam aos utentes o direito aos cui-dados essenciais de saúde.

No documento, a autarquia re-pudia ainda a forma como o pro-cesso foi conduzido, nomeadamen-te a tentativa do Ministério da Saú-de de afetar aos municípios os en-cargos com o alojamento dos mé-dicos, entendendo que esta é uma competência da exclusiva respon-sabilidade da tutela.

Esta posição é semelhante à de outros municípios da área de inter-venção do Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida (ACES Arrá-bida), e foi tomada na sequência do acordo entre o Governo português e o Estado cubano, ao abrigo do qual foram disponibilizados dois médi-cos cubanos para o Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida, que engloba Palmela, Setúbal e Sesim-bra sob condição de disponibiliza-

ção gratuita de alojamento para os mesmos. Os médicos viriam depois a ser colocados noutras zonas devi-do à posição tomada pelos municí-pios do ACES Arrábida.

Além de considerar este núme-ro insuficiente, a autarquia defen-de que a colocação de médicos não pode estar dependente de uma dis-puta entre os municípios, pois isso conduziria a maiores desigualda-des no país e na relação entre Go-

verno e autarquias locais, pondo em causa a coesão social.

A moção lembra ainda que a Direção do Agrupamento de Cen-tros de Saúde da Arrábida reconhe-ce a necessidade absoluta de su-prir a insuficiência de médicos no concelho de Sesimbra.

A situação já foi, por diversas vezes, comunicada ao Ministério da Saúde por parte do município e de várias outras entidades.

DR

Sesimbra reclama mais médicosMisericórdia de Sines ganha 10 mil eurosA SANTA Casa da Misericór-dia de Sines venceu o Prémio BPI Seniores, no valor de 10 mil euros, que distingue institui-ções que promovem a inclu-são social e o envelhecimen-to activo de pessoas com mais de 65 anos.

A instituição terá, assim, de pôr em prática um projecto que complemente o serviço de apoio ao domicílio, que ocor-re uma vez por dia, acrescen-tando um serviço de teleassis-tência que proporciona um acompanhamento ao idoso 24 horas por dia, 365 dias por ano, e equipar uma sala da institui-ção com equipamento snoe-zelen, que proporciona mo-mentos de estimulação senso-rial, disponível a idosos da ins-tituição mas também aberto à comunidade.

INICIATIVAS

“Discurso Digital” no MontijoO teatro Joaquim d´Almeida é palco, no dia 31, do encontro internacional “Discurso Digi-tal”. A linguagem dos novos media e os discursos nas re-des sociais serão alguns dos temas abordados por investi-gadores de diversas institui-ções académicas. As inscrições estão abertas até 29.

Cantares alentejanos O Cante Alentejano está em des-taque este domingo, às 17 horas, no auditório de Grândola. A ses-são conta com a atuação do Gru-po Coral Moços da Aldêa, se-guindo-se uma conversa com Paulo Lima, Diretor da Casa do Cante. A seguir passa o docu-mentário “Alentejo, Alentejo”.

Setúbal debate turismo“Desenvolvimento do Destino Turístico Sustentável para Se-túbal” é o tema de uma apresen-tação pública e de um workshop, a realizar, respetivamente, nos dias 5 e 17 de novembro. As ini-ciativas, interligadas, destinam--se a agentes com atividades li-gadas ao turismo e resultam de um protocolo de colaboração entre o município e o IST, cele-brado recentemente.

Dia das Bruxas no SeixalA biblioteca do Seixal comemo-ra o Dia das Bruxas com o ate-liê “As Bruxinhas” e a iniciativa By Night. Este sábado, entre as 21 e as 24 horas, a biblioteca está reservada para a iniciativa By Night, onde os jovens dos 13 aos 18 anos terão a oportunidade de entrar dentro do imaginário do “Estranho Mundo de Jack”, de Tim Burton. Os participantes deverão usar a imaginação e ves-tirem-se a rigor.

Palmela promove economiaO município promove a 6 de no-vembro, às 14 horas, no Espaço MOJU, no parque Venâncio Ri-beiro da Costa, uma sessão de partilha de experiências em-preendedoras denominada “Um Centro Histórico de Oportuni-dades”. Na iniciativa, três em-presárias de sucesso – Ana Cra-vo, Vanda Brito e Sofia Fortuna falarão sobre o processo de cons-tituição das suas empresas.

Além de mais médicos, o município pede melhores condições de trabalho

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FESTA TODOS OS SANTOS

12 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

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Junta de Freguesia de Quinta do Anjo

Município de Palmela

A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, saúda mais uma edição da Festa de Todos os Santos que se realiza na Aldeia de Quinta do Anjo, entre os dias 31 de Outubro e 02 de Novembro.

Festa de Todos os Santos junta famílias em tradição secular

A Festa de Todos os Santos, que decorre de 31 de Outubro a 2 de Novembro, está orçada

em cerca de 12 mil euros. Realiza--se há 258 anos e este ano recebe apoios financeiros de 2 900 euros do município de Palmela e 500 euros da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo.

Embora sejam festas de cariz

essencialmente religioso, o even-to «une famílias à volta da tradi-ção secular daquilo que mais as identifica ‘ser montanhão’, o que é algo que não se explica mas que se sente», sublinha Tomé Martins, o presidente da associação que or-ganiza estas festas tradicionais que agradecem a proteção concedida ao povo de Quinta do Anjo aquan-do do terramoto de 1755, que ocor-reu no Dia Litúrgico de Todos os Santos.

E não tem dúvidas de que a po-pulação de Quinta do Ano recebe sempre, «com muita satisfação», este evento onde se «reú-nem famílias à volta da mesa, com produtos da região, e na procissão que perpetua a memó-ria de um povo e a promessa dos nossos avós».

Da programação é de destacar as inaugurações do polidesporti-vo do Quintajense e da sede do

Agrupamento 504 da Quinta do Anjo do Corpo Nacional de Escu-tas, as homenagens a Venâncio da

Costa Lima e a António Matos Fortuna, bem como lançamento de bombons artesanais de queijo de Azeitão, a car-

go da queijaria Fernando de Oli-veira Simões.

Tomé Martins, que se queixa de um orçamento «muito limi-tado», assim como de recursos

humanos envolvidos, refere que a festa conta sempre com o apoio do tecido empresarial do conce-lho e da região de Setúbal, bem como de firmas de fora do dis-trito.

A Festa de Todos os Santos de 2014 conta apenas com cinco expositores, dado que as insta-lações da Sociedade de Instru-ção Musical (SIM) estão em obras e não há capacidade para aco-lher mais stands.

Programa arrancou sexta-feira e vai até ao próximo domingo

A Festa de Todos os Santos é uma tradição para ficar na Quinta do Anjo

DR

Inaugurações, homenagens e o lançamento de bombons artesanais de queijo de Azeitão marcam a 258.ª edição da Festa de Todos os Santos de Quinta do Anjo, no concelho de Palmela. A organização está confiante que a aldeia de Quinta do Anjo vai reviver e honrar a tradição dos seus antepassados e comprovar que se trata de uma das mais antigas do concelho e do distrito.

Programa inclui inauguração do Polidesportivo do Quintajense

António Luís

31 Outubro19 horas – Abertura e inauguração da 258.ª edição da Festa de Todos os San-tos, no espaço Lima Fortuna;19h30 – Inauguração da exposição de peças escultóricas do museu de arte rural Duarte Fortuna, no espaço Lima Fortuna;21h00 – Procissão noturna da Quin-ta do Anjo em direção à igreja paro-quial;22h00 – Animação com o Rancho Fol-clórico Os Rurais de Lagoa da Palha e Arredores e o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pinhal Novo, na ten-da principal;00h00 – Animação musical com o DJ Martek;

1 Novembro9h00 – Campeonato Distrital de Ben-jamins (5.ª jornada): Quintajense FC vs Futebol Clube Barreirense, no cam-po do Quintajense FC;10h15 – Arruada matinal com o gru-po Bardoada;10h30 – Eucaristia da Solenidade de Todos os Santos, na igreja paroquial;

11h00 – Campeonato Distrital de In-fantis (6.ª jornada): Quintajense FC vs Associação Desportiva de Quinta do Conde, no campo do Quintajense;12h00 – Inauguração do novo recin-to desportivo do Quintajense FC, com desfile de todos os atletas do clube;15h00 – Procissão de Todos os San-tos;17h00 – Homenagem a Venâncio da Costa Lima, com recolocação de bus-to no Jardim da Casa do Povo;18h00 – Homenagem a António Ma-tos Fortuna, no largo do Poço Novo;21h30 – Animação pela In´Spiritus Tuna, do Instituto Superior de Ciên-cias da Saúde Egas Moniz, na tenda principal;22h30 – Atuação da Big Band, na ten-da principal;00h30 – Animação musical pelo gru-po Vinyl, na tenda principal.

2 Novembro8h30 – XII Passeio de BTT Festa dos Santos, com concentração junto à igre-ja paroquial;9h00 – Passeio Pedestre “Quinta do

Programa

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Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 13

FESTA TODOS OS SANTOS

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«As festas realizam-se num quadro de grandes condicionalismos financeiros»

Semmais - Quais as expetativas que deposita este ano na Festa de Todos os Santos? Valentim Pinto – A Festa de Todos os Santos, que se realiza entre 31 de Outubro e 2 de Novembro, será, seguramente, um momento de afir-mação da identidade do povo des-ta freguesia e, em particular, da al-deia de Quinta do Anjo.

Qual a importância das festas para a população da freguesia de Quinta do Anjo?Estas festas são importantes, não só pelas razões já atrás referidas, mas, também, porque permitem um maior convívio entre os resi-dentes locais e o aprofundamen-to de laços de solidariedade, mes-mo com os forasteiros que nos

procuram para assistirem a este evento.

Que apoio disponibiliza este ano a Junta de Freguesia para as fes-tas?A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, além do apoio financei-ro, dá, igualmente, algum apoio logístico, no quadro dos condi-cionalismos por que passa o po-der local.

Que momentos quer destacar da programação deste ano?A festa irá ter vários momentos de particular interesse, como a inau-guração do ringue do Quintajen-se Futebol Clube e da sede do Agru-pamento 504, e a recolocação do busto de Venâncio da Costa, a con-

ferência promovida pelo Grupo de Amigos do Concelho de Palme-la, entre outras atividades. Natu-ralmente que, sendo uma festa de génese religiosa, destaco ainda a procissão em honra de Nossa Se-nhora da Redenção, que é a cen-tralidades das festas.

A comissão organizadora tem desempenhado um papel impor-tante nas festas?Sim, claro. As festas realizam-se num quadro de grandes condi-cionalismos financeiros e, por esse facto, deve ser sublinhado o tra-balho e o empenho de toda a co-munidade local envolvida na or-ganização das festas, com parti-cular destaque para a comissão organizadora.

Valentim Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, lamenta situação económica

Valentim Pinto

DR

«Um momento de afirmação da identidade de Quinta do Anjo». É assim que o presidente da Junta, Valentim Pinto, enaltece o empenho da comissão e da comunidade na organização do evento, uma vez que a mesma ocorre num «quadro de grandes condicionalismos financeiros».

Anjo com História”;9h30 – Arruada matinal com o Grupo de Gaiteiros;10h30 – Eucaristia – XXXI Domingo do Tempo Comum/Comemoração de To-dos os Fiéis Defuntos, na igreja paro-quial;11h30 – Inauguração da sede do Agru-pamento 504 de Quinta do Anjo do CNE;15h00 – Campeonato de Promoção de Futebol Feminino (5.ª jornada): Quin-tajense FC vs CAC Pontinha, no cam-po do Quintajense;15h00 – Lançamento e degustação de bombons artesanais de queijo de Azei-tão, uma iniciativa da Queijaria Fer-nando Simões, na espaço Lima For-tuna;15h30 – Romagem ao cemitério;16h00 – 8.º Encontro Regional de Co-ros do Concelho de Palmela;17h30 – Conferência “A Quinta do Anjo e a sua Festa de Todos os Santos”, por Colin Marques;21h00 – Animação musical por Diana Cravo e Violão, na tenda principal;22h30 – Atuação da Orquestra Ligeira da SIM, na tenda principal.

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NEGÓCIOS

14 Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com

Criámos 5789 empresas na hora em 9 anos e 43 em Setembro

No distrito de Setúbal foram criadas 43 empresas na hora durante o mês de Setembro,

com Almada e Seixal a liderarem a lista, com o lançamento de 11 novas firmas cada concelho. Porém, em nove anos – a partir de Julho de 2005 até aos dias de hoje - o site da “Empresa na Hora” indica que a região registou um total de 5789 unidades empresariais, com um tempo médio de constituição a ser

próximo dos 60 minutos.Ainda relativamente ao mês de

Setembro, atrás do Seixal e Alma-

da, surge o Barreiro (com cinco em-presas), Moita e Palmela (quatro), Montijo (três), Setúbal (duas), Al-

cochete, Santiago do Cacém e Si-nes (uma), sendo que Alcácer do Sal, Grândola e Sesimbra não exi-bem qualquer registo.

Já em relação à totalidade dos nove anos da “Empresa na Hora”, o distrito assiste as grandes discrepân-cias nos vários concelhos. A Moita lidera a lista de forma destacada, com 1603 registos, enquanto Barreiro está no segundo posto, com 1171, seguin-do Almada com 1170. Seixal criou 661 empresas e Setúbal 401. Santia-go do Cacém vem a seguir (220), à frente do Montijo (154) e de Grân-dola (124). Palmela constituiu 88 em-presas, Sines 73, Sesimbra 55, Alcá-cer do Sal 36 e Alcochete 33.

Recorde-se que a “Empresa na Hora” permite constituir uma so-ciedade unipessoal, por quotas ou anónima, no momento e num só posto de atendimento. O proces-so de constituição de sociedades através desta iniciativa é simples e rápido.

Concelhos de Almada e Seixal lideraram lista com a criação de onze empresas cada

Tempo médio de criação de empresa no distrito é de 60 minutos

DR

No total dos nove anos do serviço a Moita lidera com a criação de 1603 registos, seguido do Barreiro, Almada, Seixal e Setúbal. No litoral Santiago vai à frente.

Adega de Palmela lança vinho Bongaem Angola

O CHE, em Luanda, será, este sá-bado, pelas 19 horas, palco do lan-çamento oficial da nova estrela da Adega Cooperativa de Palmela, o vinho tinto Bonga. Trata-se de um vinho especial que resulta da cres-cente amizade entre esta casa e o famoso cantor angolano, que, ago-ra, além de estrela maior do Sem-ba, é também nome de vinho.

Estarão presentes no evento, além do cantor, o enólogo e o pre-sidente da direcção da Adega Coo-perativa de Palmela, Luís Silva e José Carlos Caleiro, respectivamente.

O lançamento do vinho Bonga acontece no âmbito do Angola Wine Festival, evento destinado à promo-ção e celebração da cultura do vi-nho, cuja 2.ª edição tem lugar este mês, em Luanda, mais precisamen-te entre os dias 23 e 25.

O anúncio do lançamento do vi-nho Bonga foi feito por José Carlos Caleiro, a 3 de Março, durante um concerto do Bonga, que prometeu que o vinho irá surpreender.

Autoeuropa dá aumento salarial de 2 por centoaos trabalhadores OS TRABALHADORES da Volks-wagen Autoeuropa vão ter um au-mento salarial de 2 por cento no próximo ano. A empresa de Pal-mela compromete-se também a não fazer um despedimento cole-tivo até 31 de Dezembro de 2015.

A Comissão de Trabalhadores, através de António Chora, confir-ma este aumento, que correspon-de a 20 euros, e que irá substituir o anterior, negociado há dois anos. «Ao contrário dos outros acordos que tinham a duração de dois anos, o atual terá a vigência de um ano, entre 1 de Outubro de 2014 e 30 de Setembro de 2015», refere, relem-brando que no ano passado o au-mento salarial foi de 1,6 por cen-to.

O conteúdo total do pré-acor-do será distribuído durante a pró-xima semana aos mais de 3 mil trabalhadores. Para dia 29 está agendado o plenário com os tra-balhadores, sendo que o pré-acor-do vai a votação dois dias depois.

A Volkswagen Autoeuropa compromete-se, em conjunto com a CT, continuar a trabalhar junto da Volkswagen para manter e, se necessário, ampliar o programa ‘interchange’ como ferramenta

para manter o emprego.Assim, 30 dias após a assina-

tura do acordo, passam a perma-nentes todos os trabalhadores abrangidos ou a abranger pelas re-novações especiais. A VW Autoeu-ropa compromete-se a não fazer qualquer processo de despedimen-to coletivo até 31 de dezembro de 2015, refere o comunicado.

Entre Janeiro e Setembro, a fá-brica de Palmela produziu 77 762 unidades, o que representa um au-mento de 12, 6 por cento face a igual período de ano passado.

PSA Sines celebra movimentação de 1 milhão de TEUs A PSA Sines celebrou a movimen-tação do seu milionésimo TEU no espaço de um ano, no dia 23, pe-rante diversos convidados, atra-vés de um carregamento de con-tentor a bordo do navio Thasos.

Nestes dez anos, a PSA Sines cres-ceu de um projecto de raiz para um terminal que está a movimentar vá-rios navios de 14 000 TEUs por se-mana. Desde o início das obras para a construção do terminal, a PSA Si-nes tem investindo continuamente na sua expansão e aperfeiçoamen-to. Até ao final deste ano, terão sido investidos mais de 200 milhões de euros em infra-estruturas. Quando a expansão em curso terminar, no final de 2014, o terminal terá um cais de 940 m de comprimento e uma área de armazenagem de 35 ha.

No final deste ano, a PSA Sines empregará cerca de 750 trabalha-dores, tornando-a numa das maio-res empresas empregadoras da re-gião.

John Phillips, diretor da PSA Sines expressou a sua gratidão aos trabalhadores, Governo, autori-dades e clientes pelo seu continua-do apoio que permitiu à PSA po-sicionar-se como um dos princi-pais portos de contentores do Sul da Europa e o maior Hub Atlânti-co da Península Ibérica.

Roberto Dores

Galp quer reduzir despesas elétricas das PMEA GALP Energia vai lançar o Galp ProEnergy PME. Trata-se de um pro-grama de formação gratuito e de âm-bito nacional, que pretende acon-selhar as pequenas e médias em-presas sobre as melhores práticas na utilização de energia elétrica.

Tem como público alvo os ges-tores de topo e quadros decisores das PME, em especial das que apre-sentem maior potencial para redu-ção dos consumos de eletricidade. O projeto é financiado no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica.

O programa de formação tem a duração de 5 horas, sendo prece-dido de um diagnóstico inicial que avaliará as práticas de utilização de energia eléctrica de cada uma das empresas. Após a formação, as em-presas são convidadas a elaborar um plano de ação de eficiência ener-gética, que implementarão sozinhas, ou com a colaboração das agências de energia e ambiente locais. As PME com melhores resultados na imple-mentação dos referidos planos se-rão distinguidas com o selo Galp ProEnergy.

Portucel bate recordeO GRUPO Portucel Soporcel atin-giu, nos primeiros nove meses des-te ano, um novo máximo histórico de produção de papel, tendo aumen-tado o volume de vendas em 3,3 por cento para mais de 1,147 milhões de toneladas. Este aumento no volu-me de vendas de papel permitiu ate-nuar o efeito negativo da evolução dos preços da paste e papel neste período, possibilitando que o Gru-po tenha alcançado um ligeiro au-mento do seu volume de negócios para 1 138 milhões de euros.

Nos primeiros nove meses do ano, o grupo continuou a eviden-

ciar uma elevada capacidade de geração de caixa, tendo atingido os 200,3 milhões de euros de cash flow livre. No mesmo período, o endividamento líquido manteve--se em níveis muito conservado-res, com um rácio de Dívida Lí-quida/Ebitda de 0,9.

No quadro do seu programa de expansão comercial, o grupo Por-tucel Soporcel alargou a sua ativi-dade de 118 para 127 países no final do terceiro trimestre, tornando-se assim a empresa portuguesa com a mais ampla presença a nível inter-nacional.

Aumento corresponde a 20 euros

DR

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DESPORTO

Sábado • 25 outubro 2014 • www.semmaisjornal.com 15

Elementos da companhia de bombeiros sa-padores de Setúbal participam entre 2 e 9 de Novembro no Firefighter Combat Chal-lenge, um exercício físico dentro de uma

competição que demonstra à generalida-de da população o rigor e exigência da pro-fissão. A competição a ter lugar em Phoe-nix, nos Estados Unidos.

Maria Correia, Inês Moreira, Catarina Lo-pes e Rui Domingos são os quatro atletas do Vitória que participam entre os dias 12 e 17 de Novembro, em Daytona Beach, nos

Estados Unidos, no Campeonato do Mun-do de Ginástica de trampolins. Os jovens atletas, foram recentemente homenagea-dos pela Câmara de Setúbal .

Firefighter Combat Challenge nos sapadores Ginastas do Vitória no Campeonato do Mundo

Pescadores oriundos de todo o mundo discutem título ao largo de Setúbal

Entre os clubes portu-gueses representados estão o Grupo Despor-

tivo Amarelos, de Setúbal, o Botafogo Futebol Clube, de Palmela, o Clube Naval de Sesimbra e o Clube Pesca e Náutica Desportiva, de Albu-feira, o único clube fora do distrito de Setúbal a repre-sentar as cores lusas neste campeonato. Os restantes onze clubes em competição são oriundos de Espanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Suíça.

A competição de pesca a decor-rer durante cinco horas por dia, em três dias, acontece ao largo de Setú-bal, a aproximadamente dez

milhas da costa numa área frente ao Carvalhal e à Com-porta.

O evento de pesca des-portiva é o segundo conse-cutivo realizado em Setúbal que, no ano passado, rece-beu a 49ª edição do Cam-peonato do Mundo por se-leções. Os bons resultados organizacionais, como as condições criadas para a pro-va assim como os momen-tos protocolares e o acom-

panhamento que foi dado às comi-tivas, foram o «cartão-de-visita ideal» para que o

rio Sado voltasse a receber uma competição interna-cional.

Os atletas, com idades compreendidas entre os 30 e os 45 anos, vão ser pontua-dos de acordo com a quan-tidade de exemplares pesca-dos, cada um com um deter-minado valor unitário. O pei-xe capturado é depois entre-

gue a instituições de solida-riedade social, através do Lions Clube de Setúbal.

A cerimónia de abertu-ra do campeonato decorre domingo, a partir das 15h30, com concentração das co-mitivas no Largo José Afon-

so. As várias formações des-filam depois pela Avenida Luísa Todi, acompanhadas pela fanfarra dos Bombei-ros Voluntários de Setúbal, até à doca de recreio das Fontainhas, onde, por vol-ta das 16h00, são içadas as bandeiras dos clubes.

A cerimónia inclui ain-da discursos de abertura, contando-se com a presen-ça, além das instituições par-ceiras da organização, da Confederação Internacio-nal de Pesca Desportiva e da Federação Internacional de Pesca Desportiva de Mar, que apoiam o evento, entre outras.

Segunda-feira as várias equipas realizam treinos de adaptação e nos três dias, de terça a quinta-feira, rea-lizam-se as provas que vão dar a conhecer os campeões mundiais de clubes na mo-dalidade de pesca embar-cada.

Organização conta com meia centena de atletas, alguns deles com grande currículo

Este desporto atrai cada vez mais entusiastas

DR

Escola de golfe poderá nascer em Setúbalnum investimento de 64 mil eurosA FN GOLF ACADEMY, com escritórios abertos em Setú-bal desde 2013, tenciona cons-truir na região um Kit Driving Range, ou seja, um local onde se aprende e treina golfe, es-tando já a decorrer negocia-ções com o município de Se-túbal. Trata-se de um projeto autárquico integrado, uma vez que congrega desporto e cul-tura, e que serviu de projeto fi-nal do Curso de Treinadores de Golfe da Federação Portu-guesa de Fernando Neutel.

Além da FN Golf Acade-my, são promotores do proje-to a Golf Design e o arquiteto de campos de golfe Jorge San-tana. O custo de implementa-ção, para o modelo mais sim-ples, ronda os 64 mil euros, e já há patrocinadores. «Temos financiadores para parte do projeto, que está a ser prepa-

rado há dois anos, mas procu-ramos potenciais interessados que comparticipem a parte res-tante», conta Fernando Neu-tel, o mentor do projeto.

Dadas as dimensões redu-zidas de implantação, o equi-valente a um corte de ténis, com as dimensões de 20 por 40 me-tros, o Kit Driving Range pode

ser construído num jardim pú-blico, numa escola, universi-dade, empresa, condomínio privado ou qualquer terreno particular. «Neste momento, o Kit Driving Range está a ser negociado com o município de Setúbal para ser construí-do num dos parques verdes da cidade», desvenda.

Fernando Neutel refere que a iniciativa tem como princi-pal objetivo «dinamizar os es-paços públicos e contribuir para que as pessoas tirem par-tido dessas zonas privilegia-das das cidades, vila e aldeias».

Segundo o responsável, o projeto é «inovador, a nível na-cional», e pode ser internacio-nalizado. A Federação Portu-guesa de Golfe poderá vir a apoiar a iniciativa, através da assinatura de um protocolo de promoção e divulgação.

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Mais de meia centena de atletas, oriundos de sete países participam, a partir de domingo e até quinta-feira, no VII Campeonato do Mundo de Pesca Embarcada na versão clubes.

Cerimónia de abertura marcada para domingo à tarde

Fernando Neutel lança livro“O Golfe - a Ferramenta de Excelência”

Fernando Neutel, um aman-te ferrenho do Golfe há 45 anos, lançou o livro “O Gol-fe – a Ferramenta de Exce-lência”, no passado dia 18, na Casa da Cultura, em Se-túbal. A obra, que funda-menta o conceito que está por detrás do projeto “Gol-fe Autárquico – Kit Driving Range”, desmistifica que este desporto «não é um des-porto de ricos e que pode

ser praticado por qualquer pessoa. Encaro o Golfe como uma filosofia de vida e é uma ferramenta de valorização pessoal e académica». O li-vro foi apresentado por Luís Lourenço, amigo de longa data de Fernando Neutel, que considera que a obra «traz uma lufada de ar fres-co aos amantes do Golfe e aproxima o Golfe das pes-soas».

Arrábida Ultra Trail corre entre trilhos da Arrábida O ARRÁBIDA Ultra Trail rea-liza-se a 16 de Novembro com três percursos diferentes. A prova promove o trail running como uma das mais saudá-veis e aventureiras activida-des, desafiando os limites de cada um e convidando a uma nova descoberta da capaci-dade humana e individual e à libertação de emoções no seio da pura natureza.

O Arrábida Ultra Trail 2014 pretende posicionar-se como referência internacional des-ta categoria desportiva, é or-ganizado pelo consórcio em-presarial DoltSports, com o apoio dos municípios de Se-túbal e Palmela.

Ultra Trail (80 quilóme-tros), Trail (22 quilómetros) e Mini Trail (12 quilómetros) são os três percursos disponíveis aos participantes. Serra, mar, praia e cultura fazem parte da essência dos percursos, inse-ridos numa das mais belas baías do Mundo. Inscrições abertas no site www.arrabi-daultratrail.com.

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