semmais 19 outubro

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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ACTUAL A falta de maioria da CDU na Junta de Freguesia de Palmela está a ser polémica. A oposição, PS e PSD, querem mais um elemento de cada força partidária no Executivo, mas o presidente eleito, Fernando Baião, não está pelos ajustes. ACTUAL As Câmaras do distrito vão receber no próximo ano dos cofres do Estado menos dinheiro. No total, os trezes municípios vão receber apenas 108,7 milhões de euros, menos quase 5 por cento do que receberam em 2013. A Câmara do Montijo é a que sofre mais cortes. ACTUAL Álvaro Amaro, Nuno Mascarenhas, Dores Meira, Augusto Pólvora e Rui Garcia, nas câmaras de Palmela, Sines, Setúbal, Sesimbra e Moita, respectivamente, tomaram posse oficial do cargo. E já começaram a trabalhar. Braço-de-ferro pode repetir eleições na Junta de Palmela Orçamento de Estado transfere menos 3,7 milhões para a região Cinco novos presidentes já tomaram posse ABERTURA Os consumidores do distrito estão a levantar cada vez menos dinheiro das máquinas multibanco instaladas na região. É a reacção à crise que se tem vindo a acentuar de forma drástica. Estes números, que traduzem a quebra de consumo, está também a concorrer para o declínio do comércio local, com encerramento de empresas e cada vez mais desemprego. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 783 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 19.Outubro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA A região conta com uma zona costeira e uma frente ribeirinha nem sempre aproveitadas da melhor maneira. Mas as riquezas e as oportunidades são de vulto. A maior preocupação de momento é a erosão das nossas praias. Joanaz de Melo, do GEOTA diz que podemos perdê- las. Fotos: DR PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 2 Multibancos do distrito «perderam» 84 milhões de euros Cultura Fados de Cuca Roseta no Barreiro 15 Actual Rui Godinho reeleito líder da UGT/Setúbal 6 Negócios Fábricas de tomate da região reforçam volume de negócios 12 Opinião Demétrio Alves Fala da algazarra em torno das relações luso-angolanas e preocupa-se com escaladas revanchistas. David Sequerra Lembra o Torneio de Montaigu, em França, e alguns atletas ‘cinquentões’ dos seus tempos de seleccionador. Maria Teresa Meireles Atribui significados e significantes e outros afins à palavra Água, no seu Dicionário Íntimo. E há muito para dizer. Álvaro Teixeira O padre Álvaro Teixeira aborda a questão da gratidão entre uns e outros como falha de valores. Pub. CENTRAIS 1 2 3 5 6 4 2,01 mil milhões foram levantados em 2012 59,80 euros foi o valor médio diário por habitante 38,8 valor médio anual de levantamento por pessoa Almada liderou em 2012 com 453 milhões 84,6 foi a média de compras por habitante Alcochete liderou média com 149 compras por pessoa

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Edição 19 de Outubro

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Page 1: Semmais 19 outubro

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ACTUAL A falta de maioria da CDU na Junta de Freguesia de Palmela está a ser polémica. A oposição, PS e PSD, querem mais um elemento de cada força partidária no Executivo, mas o presidente eleito, Fernando Baião, não está pelos ajustes.

ACTUAL As Câmaras do distrito vão receber no próximo ano dos cofres do Estado menos dinheiro. No total, os trezes municípios vão receber apenas 108,7 milhões de euros, menos quase 5 por cento do que receberam em 2013. A Câmara do Montijo é a que sofre mais cortes.

ACTUAL Álvaro Amaro, Nuno Mascarenhas, Dores Meira, Augusto Pólvora e Rui Garcia, nas câmaras de Palmela, Sines, Setúbal, Sesimbra e Moita, respectivamente, já tomaram posse oficial do cargo. E já começaram a trabalhar.

Braço-de-ferro pode repetir eleições na Junta de Palmela

Orçamento de Estado transfere menos 3,7 milhões para a região

Cinco novos presidentes já tomaram posse

ABERTURA Os consumidores do distrito estão a levantar cada vez menos dinheiro das máquinas multibanco instaladas na região. É a reacção à crise que se tem vindo a acentuar de forma

drástica. Estes números, que traduzem a quebra de consumo, está também a concorrer para o declínio do comércio local, com encerramento de empresas e cada vez mais desemprego.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 783 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 19.Outubro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

A região conta com uma zona costeira e uma frente ribeirinha nem sempre aproveitadas da melhor maneira. Mas as riquezas e as oportunidades são de vulto. A maior preocupação de momento é a erosão das nossas praias. Joanaz de Melo, do GEOTA diz que podemos perdê-las.

Foto

s: D

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PÁG. 4

PÁG. 4

PÁG. 4PÁG. 2

Multibancos do distrito «perderam» 84 milhões de euros

CulturaFados de Cuca Roseta no Barreiro

15

ActualRui Godinhoreeleito líderda UGT/Setúbal

6

NegóciosFábricas de tomate da região reforçam volume de negócios

12

OpiniãoDemétrio AlvesFala da algazarra em torno das relações luso-angolanas e preocupa-se com escaladas revanchistas.

David SequerraLembra o Torneio de Montaigu, em França, e alguns atletas ‘cinquentões’ dos seus tempos de seleccionador.

Maria Teresa MeirelesAtribui significados e significantes e outros afins à palavra Água, no seu Dicionário Íntimo. E há muito para dizer.

Álvaro TeixeiraO padre Álvaro Teixeira aborda a questão da gratidão entre uns e outros como falha de valores.

Pub.

CENTRAIS

1

2

3

5

6

42,01 mil milhões foram levantados em 2012

59,80 euros foi o valor médio diário por habitante

38,8 valor médio anual de levantamento por pessoa

Almada liderou em 2012 com 453 milhões

84,6 foi a média de compras por habitante

Alcochete liderou média com 149 compras por pessoa

Page 2: Semmais 19 outubro

ABERTURA

Sábado //19 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

2

A utilização de glucosamina com condroitina, dois extractos estimuladores da cartilagem sob a forma de comprimido, pode ajudar a ultrapassar o Inverno, com menos dores e um melhor funcio-namento das articulações.

Se tem cerca de 50 ou 60 anos e dores nas articu-lações, existe a hipótese de sofrer de osteoartrose, uma perda gradual da cartilagem articular que afecta algumas pessoas em determinado momento da vida. O problema é agravado pelo tempo frio e húmido, mas existem soluções de melhoria sem recorrer a medicamentos analgésicos. A glucosa-mina e a condroitina, dois extractos naturais que demonstraram aliviar as dores nas articulações e melhorar o seu funcionamento quando tomadas regularmente, são utilizadas por um número cres-cente de pessoas com osteoartrose – principal-mente por serem de origem natural, eficazes e extre-mamente seguros.

• Glucosamina + Condroitina podem aliviar a dor tão eficazmente como os AINE’s (medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides)• Glucosamina + Condroitina são componentes naturais da cartilagem

• Glucosamina + Condroitina apresentam poucos efeitos secundários e ligeiros

Trava a deterioração da cartilagemO facto interessante acerca deste novo tratamento é que previne efectivamente a degradação da carti-lagem e ajuda a recuperar alguma da que está em falta. Até ao momento, nenhuma outra substância demonstrou efeitos semelhantes. Glucosamina é uma substância natural extraída do marisco, enquanto a condroitina é feita, normalmente, a partir da cartilagem de porco ou vaca (em alguns casos até a partir da cartilagem de tubarão). A gluco-samina e a condroitina estimulam a síntese corporal de cartilagem e são constituintes da cartilagem articular.Estudos demonstram que a glucosamina e a condroi-tina podem prevenir a progressão da degradação da cartilagem e alguns investigadores afirmam que podem recuperar lentamente parte da cartilagem degradada.

Segura e eficazA extensa investigação que tem sido realizada com glucosamina e condroitina demonstrou que estas substâncias actuam geralmente em 8 a 12 semanas. Uma vantagem muito importante é o facto de não apresentar praticamente efeitos secundários, uma vez que a glucosamina e a condroitina são compo-nentes naturais da cartilagem e não substâncias estranhas. Teoricamente, a única preocupação será a alergia ao marisco, mas as modernas técnicas de produção tornaram possível produzir gluco-samina completamente isenta de agentes alergé-

nicos. De qualquer modo, os produtores informam cautelosamente do risco poten-cial, mesmo sabendo que é insignificante.Actualmente, é seguro afirmar que a gluco-samina juntamente com a condroitina é uma solução altamente eficaz e com efeitos comprovados na prevenção e trata-mento da osteoartrose. Muitos médicos Reumatologistas estão a recomendar como terapêu-tica de primeira linha.

(*) Farmacêutica

Tempo frio e articulações dolorosas: Como gerir a osteoartrose

Dra. Inês Veiga (*)

A cartilagem, tal como qualquer outro tecido do corpo humano, depende dum fornecimento constante de nutrientes que participam nos mecanismos de cons-trução e recuperação que possibilitam o bom funcionamento dos tecidos. Ao contrário de outros tecidos, não existem vasos sanguíneos na cartilagem. Deste modo, um mecanismo bastante conve-niente é utilizado para transportar os nutrientes para as células da cartilagem.Pense na sua cartilagem como uma esponja. Uma esponja pode absorver um líquido e libertá-lo novamente quando a aperta. A cartilagem funciona mais ou menos do mesmo modo. A cartilagem recebe a maior

parte dos seus nutrientes para reparação de um líquido que se encontra dentro da cápsula articular. Este líquido designa-se líquido sinovial e contém algumas subs-tâncias designadas ácido hialurónico e lubricina. Quando a articulação se move na sua maior amplitude de movimento, a cartilagem (ou “esponja”) é comprimida e expandida. A compressão liberta os desperdícios materiais das células vivas da cartilagem e, quando a cartilagem volta a expandir, os nutrientes são absorvidos pelas células. Além de funcionar como um acesso para os nutrientes, o líquido sinovial actua como lubrificante e amor-tecedor das articulações.

Porque se degrada a cartilagem?

Multibancos do distrito «perderam» 84 milhões de euros

A reacção dos consumidores à crise no distrito de Setúbal começou logo após as compras de Natal

de 2011. A queda nas compras a débito através da rede Multibanco espelha a resposta à austeridade. Segundo a SIBS, entidade que gere a rede Multi-

banco em Portugal, no ano passado foram movimen-tados na região menos 84 milhões de euros face ao ano anterior. Uma travagem de 2,09 mil milhões de euros, para 2,01. O número médio de levantamentos por habitante também caiu no último ano para 38,8, depois de 39,6 em 2011 e dos 40,8 em 2010.

Almada liderou o distrito nos valores levantados nas ATM`s em 2012, com um total de 453 milhões de euros, enquanto o Seixal chegou aos 319 milhões e Setúbal aos 295 milhões de euros, o que representa uma redução face ao ano anterior numa média que ronda os 4% e que é transversal à tendência dos restantes concelhos da região.

Outro sinal de contenção surge associado ao valor médio de levan-tamentos por habitante, que no ano passado rondou os 59,80 euros, quando em 2011 era de 61 euros. Aqui

é Sesimbra que regista a média mais elevada com

63,5 euros por levan-tamento, embora

tivesse tendo chegado aos

64,8 em 2011. S e g u e - s e

Setúbal e Montijo, ambos com uma média de 62,4 euros.

Mas é em Sines onde se registam mais levantamentos

de notas por habitante, apesar de também aqui o decréscimo se acen-tuar. Em 2012 cada pessoa realizou 62,8 operações do género, depois de em 2011 o registo ser de 70,4. Segue-se o Barreiro, com 46 levantamentos por habitante, sendo o único concelho onde é exibido um aumento, face a 2011, quando chegou aos 45,5.

Contagens curiosaspor concelho

Depois está Alcochete, com 45,8, mas caiu face aos 48,8 de 2011, e, sobre-tudo, diante dos 52,5 de 2009. Neste

“campo”, Grândola também chegou aos 43,3 em 2012, depois de atingir os 44,9 em 2011, enquanto Setúbal e Montijo chegaram aos 39,5.

Já nas compras efectuadas por habitante em 2012, a média também caiu face aos períodos homólogos de 2011 e 2010. Isto é, em 2011 cada pessoa realizou 88,3 compras nas lojas do distrito com recurso a débito bancário através de Multibanco, superando mesmo as 87,6 de 2010, enquanto 2012 se ficou pelos 84,6. Ainda assim, mais do que os 79 registados em 2009.

Aqui a liderança distrital é assu-mida pelo concelho de Alcochete, que é mesmo o terceiro do país no número de compras efectuadas. Mas os números não escondem os tempos de recessão. No ano passado Alco-chete chegou às 149 compras efec-tuadas por habitante, depois de em 2010 ter atingido a média de 173,9, baixando no ano seguinte para as 161. Sines também supera a barreira da centena de compras por habitante em terminais de pagamento automá-tico, com um total de 101,8.

A reacção do consumidor à carga fiscalSegundo fonte da área financeira do distrito contactada pelo Semmais, esta realidade espelha bem o impacto das medidas de consolidação orçamental, nomeadamente «ao nível das remunerações no sector público, das prestações sociais e da carga fiscal», mas também fica evidente uma reacção do consumidor à redução das remunerações no sector privado e do aumento significativo do desemprego”. A mesma fonte admite que a própria rede Multibanco está a procurar adaptar-se à nova realidade, havendo hoje na região, por exemplo menos habitantes com cartões, após um pico recente que terá chegado a ultrapassar o milhão. Porém, há um dado a reter, segundo este especialista: «quando as famílias compram menos, o primeiro efeito colateral fora da economia doméstica é no orçamento».

Consumidores da região confirmam baixa de poder de compra

É a reacção dos consumidores à acentuada quebra do poder de compra. Os movimentos médios por habitante também estão a cair. Almada registou o maior volume de levantamentos. Mas em média por habitante Sines liderou.

Roberto Dores

Page 3: Semmais 19 outubro

Luanda é, num sítio magnifico, uma cidade excessiva.

A propósito daquela urbe, das relações pessoais, familiares, amorosas, sociais, económicas e polí-ticas dos seus habitantes, criou Pepe-tela mais um dos seus escaldantes murais.

Trata-se do novo romance “O tímido e as mulheres”, leitura indis-pensável para quem queira que ir mais fundo na compreensão das coisas angolanas, não se limitando aos vulgares lugares comuns.

A algazarra que por aí vai sobre as relações políticas e económicas luso-angolanas, atesta a existência de profundíssimas incompreensões mútuas.

E não será através do espalha-fato oportunista que se aprofundarão laços entre os dois povos e países.

Por cá, o ministro foi lorpa nas suas declarações e correções.

Mas, mais grave, é a escalada revanchista dos lusos que se arvoram em padrões de ética e democracia. Principalmente dos saudosistas do Savimbi. Foi confrangedor ouvir João Soares tentar contrariar , quase histé-rico, o embaixador Gomes da Cruz quando este lhe demonstrava a consa-bida aceitação internacional dos últimos atos eleitorais angolanos.

Por lá, também alguns sinais de um excessivo e incomum nervo-sismo. Não é legível a declaração presidencial de que “têm surgido incompreensões ao nível da cúpula política [portuguesa] ”, porque, do que é conhecido publicamente, não são as cúpulas políticas portuguesas que se têm pronunciado contra os governantes angolanos.

Por experiência própria, funda-mentada em diversas deslocações realizadas no âmbito empresarial e

político, conhecem-se algumas das potencialidades e das dificuldades do trabalho e das relações entre portu-gueses e angolanos.

Sim, é óbvia a necessidade do respeito mútuo e bom senso.

Mas, quando estão em jogo inte-resses económicos, financeiros, sociais tão grandes - é bom não esquecer o grande fluxo migratório bidirecional -, não ignorando os valores culturais e políticos, a coisa não chegará a porto seguro apenas com boas intensões e palavras mansas.

Com Angola não pega o discurso como o de há séculos centrado em conceitos como hermanos e irmãos.

Aliás, nem com a Espanha ou com o Brasil isso algum dia resultou, salvo num imaginário serôdio de cunho paternalista e salazarento.

Embora, no âmago do atual desa-guisado, também haja uma ponta de maka histórica e cultural, a questão de fundo radica, do nosso ponto de vista, nos interesses económicos característicos de sociedades ajoe-lhadas perante o referencial capita-

lista, sobreaquecidas pelos oportu-nismos, pelos novo-riquismos e pela concorrência desumana, agora extre-mada pelas crises e pelas desigual-dades. E isso aplica-se tanto em Angola como a Portugal.

Ainda com referência à citada ficção romanesca, pode afirmar-se que, na vida real angolana, existem, de facto, muitos Jeremias Guerra. Mas, é incontornável reconhecer que, também em Portugal, no Brasil, em Espanha e em muitos outros países ditos “civilizados”, se trata de um personagem comum. Só que, nestes países, tiveram anos para enriquecer, de tal forma que hoje já podem passar por prestigiados senadores e capi-tães de industria.

Conhece-se, de experiência vivida, o lamentável espetáculo dado por dirigentes empresariais portugueses, que, hipocritamente críticos da muito celebrada corrupção angolana, a primeira coisa que fazem quando lá chegam é tentar comprar corpos e almas. E diversas vezes se espalham devido à sua alarve apreciação de Angola e dos angolanos.

Mas, é imperioso dizê-lo, também convivemos com atitudes de prepo-tência inaceitável por parte de alguns responsáveis empresariais ango-lanos, impantes no seu novel poder, pretensiosos justiceiros de velhas contas coloniais aplicadas impro-priamente a sujeitos inocentes.

À política o que é da política, à justiça o que é da justiça, aos jornais o que lhes é devido no seu papel infor-mativo e, se possível, formativo.

Que os julgamentos, os ordálios e as aferições políticas sejam feitos por quem tem verdadeira legitimi-dade para os realizar.

Aos povos, isto é, a uma grande maioria de trabalhadores e desem-pregados esmifrados, de cá e de lá, o que daria muito jeito seria o desen-volvimento de relações com inte-resse mútuo, equitativo e cooperante.

E que vivam os tímidos, porque deles será o regaço das mulheres.

A palavra AGRDECER teve uma formação histórica muito incerta: no séc.XIV

“agardeçer”; no séc. XV “agra-descer” e, mais tarde, também no séc. XV, “guardecer”. Desta forma, dá a impressão de que todos duvi-davam da verdadeira identidade da GRATIDÃO.

Algumas perguntas poderão ajudar a compreender este enigma. Quantas vezes já gradecemos a Deus o dom da VIDA? Quantas

vezes, em muitos anos de convi-vência, é que o marido e a esposa agradeceram, um ao outro, a dádiva do amor tão enriquecedor da personalidade de ambos? Quantas vezes já agradecemos aos nossos pais o amor com que nos geraram e com que nos ajudaram a ser pessoas felizes? Mais! Quantas vezes já agrade-cemos a quem nos ofendeu a opor-tunidade que nos brindou para podermos mostrar a grandeza do

nosso coração, PERDOANDO?Agradecer requer de todos nós

um acto de fé muito grande tanto em Deus como nos homens. Todos rezamos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdo-amos a quem nos tem ofendido”. Se queremos que Deus nos perdoe tantos desvarios, teremos de ter a ousadia de perdoarmos a todos os que gostaríamos de ver atrás das grades duma cadeia… por nos terem ofendido… cientes, claro está, de que muita gente também teria gostado de nos ver, a nós mesmos, num calabouço infame.

Quando é que será mesmo patente uma realidade tão urgente como é a de sermos suficiente-mente capazes de dizer: “obri-gado”? Aliás “OBRIGADO” é uma palavra muito mais expressiva que “Muchas gracias”, que “Grazzie tante”, ou “merci”…

Sábado // 19 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Água: fria, húmida, feminina por oposição ao fogo – quente, seco, masculino.

Água que flui, que desce, que cai; água que pára ou (es)corre. Chuva, cascata, rio, lago ou lagoa. Água doce ou salgada. No mar habitam os monstros sem nome ou os seres irascíveis e impensáveis. Mar, maresia, onda, tempestade, vaga. Água intempestiva. Água domes-ticada: torneira, mangueira, depó-sitos vários, tanques e alguidares. Em pequena, um alguidar era um mar. Lembro o cheiro do sabão azul-e-branco derretido na água, as bolas de sabão que subiam e sabiam a sonho e o cheiro a terra molhada.

Água do poço, do rio, da cascata, do lago, da fonte. Água-espelho, espelho d’água.

A água no imaginário tradicional: por castigo de Deus (a água e a lua «juraram falso»), foi obrigada «a nunca estar queda». «Guarda-te del água mansa», avisava Calderón.

Narciso, Adamastor, Monstro de Lochness , Vénus saindo da concha, Neptuno, tritões, sereias e ninfas, mouras e muitos outros seres mito-ilógicos.

Águas-furtadas. Água oxigenada. Aguarrás. Água-ardente. Água-pé. Água de pé: aguaceiro, chuva, bátega («O que é, o que é, que cai de pé e corre deitada?»).

Aguarela. Arco-íris, água-cor. Saber de cor o sabor da água nos seus diferentes matizes.

Água primordial, líquido amni-ótico, água corporal: 70% do nosso corpo é água; «romper as águas», nascer, irromper, água-corpo – sobrevida. Água vida, seminal.

Água: ouro líquido; a diferença entre a vida e a morte; entre a selva e o deserto; a riqueza e a miséria.

Água-Tempo, clepsidra, pingo-a-pingo escorre a hora-a-hora. Tempo a-todo-o-vapor, vapor de água, gelo, neve – os estádios de uma matéria. Volúvel, a água assume a forma do que a contem. E fura. «Água mole em pedra dura…». A vocação feminina.

Água fresca, água limpa, límpida - «inodora, incolor e insípida»? Água e poluição: o cheiro, a cor, o sabor.

Água temperada, destemperada, água tempero, temperamental.

Água colo, balanço, embalo. Água-benta; água do baptismo e da extrema-unção.

O som da água sempre me arre-piou. Arrepio: uma água que escorre por dentro e fora de nós? Som: uma água que perdeu o peso e se tornou asa?

ÁguaSe os portugueses já

viviam com medo do presente e sobretudo com medo do futuro, ameaçadas fatalmente que estão as suas expectativas de vida, o orçamento do próximo ano assumiu o pânico.

A mesma receita que tem dado os resultados conhecidos no empobrecimento do país é agora uma machadada irreversível, atingindo o âmago da classe média e estendendo-se aos reformados e pensionistas.

Dizem que é inevitável. E, com esse quase dogma, desmantela-se o Estado social e afogam-se as escassas résteas de esperança que ainda assim nos poderiam manter a coesão e afinar uma viragem, quando os loucos do actual regime se definhassem com o tempo.

Mas o que é mais aviltante é o jogo de sombras, os truques, os enganos e as mentiras escondidas num documento que nos aponta a insanável ruina. O que se vem dizer nos briefings bacocos para «sossegar» os portugueses não corresponde à verdade. E a cruzada do deficit é um exercício de penalização assombrosa de quem trabalha e de quem ainda vai fazendo alguma coisa para que o país se mantenha riste.

E as manifestações próximas poderão ser o rastilho de que tanto se vem falando. Tudo isto seria evitável se este Governo tivesse feito opções diferentes. A Troika pesa, mas não governa. E essa verdade virá sempre ao cime do cume, caso ainda nos salvemos do precipício.

Um orçamento de pânico e as mentiras dissimuladas

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A gratidão é um valor ignorado

O tímidode Pepetela

Álvaro TeixeiraPadre

Demétrio AlvesProfessor Universitário

Em meias palavras,verdades inteiras

E não será através do espalhafato oportunista que se aprofundarão laços entre os dois povos e países. (Portugal e Angola).

Page 4: Semmais 19 outubro

Gastronomia em livro no Barreiro Bando leva Jangada ao S. Luiz

A CÂMARA Municipal do Barreiro e a “Caminho das Palavras” lançam, este sábado, dia 19, o livro “Sabor do Rio”. A apresentação pública desta obra, dedicada aos dez primeiros anos do Concurso

de Gastronomia Ribeirinha, promovido pelo município, realiza-se no mercado muni-cipal 1.º de Maio, pelas 11 horas. A entrada para esta iniciativa cultural, no inte-rior do mercado, é livre.

NOS 39 anos do Teatro O Bando, João Brites foi buscar Saramago para o levar ao palco com a “Jangada de Pedra”. Há muito que João Brites perseguia esta ideia do livro de José Saramago. João

Brites quer com esta peça olhar a solidariedade com outros olhos, para todos os que se sentem à deriva empur-rados por um poder que os quer descartar. Está no S. Luiz, em Lisboa, até ao dia 26.

ACTUAL

Sábado //19 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

4

Pub.

Polémica por gerar novas eleições na Junta de Palmela

A CDU, o PS e a coligação PSD/CDS-PP não se entendem relativa-

mente aos nomes que devem compor a lista para o execu-tivo da Junta de Freguesia de Palmela. A coligação unitária, liderada por Fernando Baião, ganhou a autarquia nas últimas eleições, mas sem maioria abso-luta e com 39% dos votos. A oposição está, porém, em maioria e exige ter um elemento, cada, no executivo que teima em não ser formado. E nenhuma das partes admite ceder.

Inicialmente, Baião, queria uma lista constituída por elementos apenas da CDU.

Voltou atrás na decisão, quarta-feira, ao propor o nome da socialista Helena Gaspar para esse executivo. A proposta caiu que nem uma bomba na oposição, que acusa o autarca de «não saber conduzir os trabalhos da reunião e de cometer ilegalidades». «Não se propõe o nome de ninguém sem se falar previamente com a pessoa, e isso aconteceu», lamenta Jorge Mares.

O cabeça-de-lista para a Junta de Freguesia de Palmela nas últimas autárquicas acusa Fernando Baião de ser uma «força de bloqueio à formação de executivo», acusação que lhe é devolvida pelo presidente da Junta. «Propus o nome de Helena Gaspar porque tenho

confiança nela para integrar o executivo», justifica. O autarca nega também ter deficit democrático e diz que a oposição não conhece o regi-mento das assembleias de freguesia. «Não tenho de dar palavra à oposição, tal como diz o regimento, e foi por isso que não o fiz», vinca.

Presidente garante não ceder lugar à oposição

O autarca já garantiu que não vai ceder mais um vogal à oposição, embora o PS e o PSD/CDS-PP reclamem que, em conjunto, tiveram 44,63 por cento da votação. E não abdicam, por isso, de ter um elemento no executivo da

junta. O PS vai mais longe e também não abre mão de que o presidente da Assembleia de Freguesia seja socialista. «É uma proposta que continua em cima da mesa porque reflecte o resultado eleitoral e deixa ao presidente e à CDU maioria absoluta na junta e espaço de manobra suficiente para trabalhar» alega.

O impasse já impediu por duas vezes a instalação daquele órgão autárquico. Na

2ª, será feita uma nova tenta-tiva, a última antes de se avançar para «outros trâmites legais», ou seja, eleições. E nenhum dos lados parece ter medo de submeter a popu-lação de novo a votos: a CDU aposta que vai conseguir reaver a maioria absoluta se forem convocadas de novo eleições, enquanto a oposição acredita no castigo dada à coli-gação pela população de Palmela.

OE2014 transfere menos 3,7 milhões para autarquias

AS CÂMARAS munici-pais do distrito vão receber no próximo ano dos cofres do Estado menos 3,7 milhões de euros. No total, o conjunto das autarquias vai receber 108,7 milhões de euros, segundo o mapa das trans-ferências que consta na proposta de Orçamento de Estado para 2014. É um corte de quase 5 por cento nas transferências e que complica, em muito, a gestão autárquica.

A Câmara Municipal do Montijo vai ser a mais pena-lizada sofrendo um corte de 600 mil euros, seguida da de Almada, que vai receber menos meio milhão. A única que vai receber um corte que pode ser considerado resi-dual, por não atingir sequer os 100 mil euros, é a autar-quia de Alcochete, que vai receber do Estado os mesmos 2,7 milhões do ano passado.

Durante a sua tomada de posse, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, criticou fortemente o corte de 300 mil euros de que a autarquia vai ser alvo no próximo ano, acrescentando que são polí-ticas como estas que «afastam os cidadãos da vida política». Já Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, consi-derou que a medida «é um retrocesso de anos», uma «forte machadada ao poder local democrático», e recordou que, de 2010 a 2013, a soma de todos os cortes já ascende a 4,5 milhões de euros.

«Isto vai acabar por se reflectir na vida das popula-ções porque as autarquias têm menos capacidade para ajudar quem precisa delas», lamenta. Também o conjunto das juntas de freguesia da região vai agora receber um total de 8,9 milhões de euros, menos 122 mil euros do que no ano passado. O Semmais não conseguiu falar em tempo útil sobre este assunto com Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo.

Santiago pisca olho a mercados estratégicos

A VISITA esta semana de representantes de embai-xadas e de câmaras de comércio e indústria poderá abrir a porta a futuros inves-timentos em Santiago do Cacém. Em declarações ao Semmais, Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Muni-cipal, reforçou que na origem desses futuros investimentos de mercados estratégicos para o desenvolvimento da região poderão estar «a curio-sidade e o interesse desper-tados», nesta que foi mais uma iniciativa da rede urbana Corredor Azul, constituída por diversos municípios do Alentejo, de entre os quais Santiago do Cacém e Sines.

Na ocasião, os represen-tantes das embaixadas alemã, brasileira e colombiana, bem como das Câmaras de Comércio e Indústria Luso-Brasileira e Luso-Britânica tomaram conhecimento de que Santiago tem inúmeras potencialidades ao nível agrí-cola e pecuário, bem como «uma elevada zona de exce-lência ambiental, como a Reserva Natural da Lagoa de

Santo André e da Sancha». «Mas o município tem igual-mente seis parques empre-sariais capazes de captar agora novos investimentos já que todos estão infra-estru-turados e aptos a isso», diz.

A iniciativa está integrada no projecto “PROMOINVEST – Rede de Promoção Empre-sarial” da Rede Corredor Azul, liderado pelo Município de Vendas Novas e é apoiada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo – InAlentejo. Da comitiva faziam ainda parte repre-sentantes da Portugal Global/AICEP. Horas antes, os representantes passaram igualmente pelo Porto de Sines.

O edil Álvaro Beijinha

Presidente eleito Fernando Baião está cada vez mais isolado

Bruno Cardoso

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Sábado // 19 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

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Estradas do distrito registam menos 20 mortesO DISTRITO de Setúbal

acaba de registar a mais baixa mortalidade em acidentes de viação da última década. As 38 mortes ocorridas no período compreendido entre 8 de Outubro de 2012 e 7 de Outubro de 2013 traduzem uma redução de 20 vítimas mortais face ao período homólogo de 2011 e 2012, quando se perderam 58 vidas nas estradas da região.

O número de feridos graves também baixou nos primeiros

nove meses de 2013. De um total de 6538 acidentes resul-taram 79 feridos, enquanto os 6834 sinistros registados em 2012 fizeram 117 vítimas. Já em 2011, um total de 7164 colisões provocaram 118 feridas graves.

Os dados revelados pela Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária (ANSR) reportam-se a acidentes na via pública que tenham envolvido, pelo menos, um veículo em movimento e que seja do

conhecimento das entidades fiscalizadoras e da qual resultem vítimas ou danos materiais.

Mais acidentes em estradas em melhor estado

Segundo o presidente da Associação para a Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária (GARE) Adérito Araújo, continua a ser «nas vias em melhor estado que surgem

os acidentes mais graves». O cenário mais perigoso para os automobilistas na região apre-senta-se, sobretudo, nas vias do Litoral Alentejano, onde se concentram estradas bem alca-troadas, a par de grandes exten-sões de rectas, sobretudo, em zonas planas, onde as bermas não são dotadas de sinalização horizontal trepidante e surgem repletas de árvores perfiladas.

«Além de haver tendência para acelerar, a monotonia das

estradas sem curvas leva alguns condutores a distraírem-se, pegando nos telemóveis, por exemplo, ou mesmo a ador-mecerem ao volante. Depois dá-se o despiste que termina num acidente grave»,explica Adérito Araújo.

Eis a explicação para que neste momento as estradas a sul da península se perfilem como as que reúnem mais preocupação no que diz respeito ao designado «Índice

de Gravidade (IG)», que faz dife-rença entre o número de acidentes e em determinada via e o número de acidentes com vítimas mortais.

«Na prática, até pode haver poucos acidentes, mas quando temos sinistros, regra geral, são bastante graves, o que dá uma relação muito alta no índice de gravidade», justifica Adérito Araújo.

Roberto Dores

Anjos animaram jantar de aniversário da Humanitária

AMRS cria sinalética para candidatura da Arrábida

A SOCIEDADE Huma-nitária realizou o seu jantar do 149.º aniversário, no passado sábado, com a presença de cerca de 400 pessoas. O ponto alto da festa foi a actuação dos Anjos, um duo do distrito de Setúbal, um concerto «fantástico», segundo a presidente Maria João Camolas. A líder da colec-tividade faz um balanço «muito positivo» da festa, sublinhando que gostou de ver «muitos jovens» entre os presentes.

Depois da remodelação do palco, que permitiu a criação de uma sala de ensaios da banda e das

várias orquestras, graças a uma candidatura ao QREN, Maria João Camolas diz que em breve irão avançar novas obras na casa para que os alunos e os sócios possam trabalhar em melhores condições. «A terceira fase da obra tem a ver com a remodelação do bar, cozinha, hall de entrada, casas de banho e a criação de mais salas para as direcções», conclui.

No Conservatório Regional de Palmela, que funciona na Humanitária, estudam cerca de mil alunos.

António Luís

Maria João Camolas entre os manos Nelson e Sérgio

A AMRS promoveu a implementação de sinalética, no âmbito da Candidatura Arrábida a Património Mundial, num investimento de 11 mil euros. No global, foram colocadas no terreno 21 estruturas, dos quais destacam-se sítios como os miradouros da estrada do alto da Serra, o monumento da Roça do Casal do Meio e Outeiro Redondo, o Convento e a Fortaleza de St.ª Maria. Estas estruturas visam a

criação de uma primeira rede de sinalética, idêntica para toda a área da candidatura em termos de simbologia e aspecto.

São 21 estruturas na região

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Sábado // 19 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

MUNICIPIO DE ALCÁCER DO SALAVISO

ALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO URBANO Nº. 1/1990

Horta do Cano – Alcácer do Sal

Isabel Cristina Soares Vicente, Vereadora do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:

Torna público nos termos do disposto no nº.1 do artigo 22º, do Decreto-Lei nº. 555/99 de 16 de dezembro na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objecto a proposta de alteração do projeto de loteamento titulado pelo alvará nº. 2/93 em nome da firma “ALGARSADO, LDA”, promovida por Manuel António Gervásio dos Santos, respeitante ao prédio situado na Horta do Cano, lote 8-Fracção C, nesta localidade, da Freguesia de Santa Maria do Castelo, deste Concelho.O presente procedimento tem como finalidade o aumento de volumetria da edificação com mais um piso, que corresponderá um aumento da área de construção de 84,80m2, passando a área bruta de construção inicial do loteamento de 2.925,55m2 para 3.010,35m2, correspondendo o índice de utilização de 0,68.

A alteração pretendida enquadra-se nos pressupostos do PDM de Alcácer do Sal, dado tratar-se de uma área urbana consolidada, mantendo-se todos os demais indicadores iniciais do loteamento.

Assim, qualquer interessado poderá proceder à formulação de sugestões, observações ou reclamações, dirigindo-as à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, todos os dias úteis das 9,00 às 16,00horas

Alcácer do Sal, 10 de outubro de 2013A Vereadora do Pelouro

(Isabel Cristina Soares Vicente)

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Rui Godinho reeleito para a liderança da UGT de Setúbal

RUI Godinho, 38 anos, bancário, foi reeleito coor-denador da delegação de Setúbal da UGT para um segundo mandato de quatro anos, com 102 votos a favor e 2 em branco, num universo de 104 delegados que exer-ceram o seu direito de voto.

O acto eleitoral decorreu no passado sábado, no audi-tório Charlot, em Setúbal, durante o II Congresso da UGT Setúbal, que contou com a presença de 135 parti-cipantes, sob o lema “O Emprego e o Desenvolvi-mento Social para o Distrito”.

Rui Godinho deixou garantias de que a equipa eleita promete trabalhar «com todos, de uma forma muito honesta e sincera» para levar as ansiedades e problemas dos trabalhadores junto dos governos. A UGT Setúbal, que trabalha em parceria com IEFP, vai conti-nuar a apostar em acções de formação e a ajudar os desempregados a procurar trabalho. «Temos de informar as pessoas e enca-

minhá-las para os trabalhos que existem. O diálogo e contacto com as empresas também é importante para que possamos saber quais as necessidades dos empre-gadores. Temos de estar mais junto das pessoas e não podemos ser indiferentes aos seus problemas», sublinha.

Por seu lado, Luís Correia, secretário-geral adjunto da UGT, revelou que a delegação de Setúbal da UGT destacou-se «sempre» das outras, a nível nacional, na «defesa e proximidade dos trabalha-dores», dado que está implan-tada num distrito que tem sido «corroído, ao longo dos anos, pelas políticas nefastas

dos sucessivos governos». Luís Correia endereçou «sinceros parabéns» ao trabalho desenvolvido pela UGT Setúbal e garantiu «soli-dariedade e apoio» da UGT central. E deixou um recado ao Governo: «As centrais sindicais, e a UGT em parti-cular, são parte da solução e nunca parte do problema. Desempenhamos um papel fundamental nas sociedades modernas».

Já António Neves, presi-dente da mesa, realça que o congresso provou «a força e o poder» que a UGT assume no distrito. «Foi cumprido, estamos satisfeitos. Todos os delegados responderam à chamada e, quando isso

acontece, só temos motivos de orgulho de estarmos à frente da mesa de um congresso onde os seus traba-lhadores e representantes se sentem devidamente repre-sentados», frisa.

António Luís

Os novos líderes regionais

Secretariado:Rui Godinho (SBSI), Conceição Pinto (SINAPE), Carlos Cunha (SISEP), Manuel Fernandes (SINDETELCO), Nuno Soares (SINTAP), Jaime Santana (SINDEL) e Ilídio Loução (STE).

Conselho geral: António Neves (SINDEP), Mónica Vitoriano (SBSI), António Jorge (SINDEQ), Helena Madeira (FNE) e Isidoro Barradas (SINDEL).

Conselho fiscalizador: Emerenciana Cardoso (SINTAP), Belarmino Guerra (SINDEP) e João Pedrosa (SINDITE).

Sindicalista da região foi eleito por esmagadora maioria. E prometeu estar mais próximo dos trabalhadores.

No congresso, Rui Godinho pediu «trabalho sério e honesto»

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102 escolas do distrito concorrem ao Heróis da Fruta

102 escolas do distrito são candidatas à 3.ª edição do “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”, promovido pela Associação Contra a Obesidade Infantil nas escolas, em todo o País. O arranque da iniciativa teve lugar recentemente, numa escola de Cascais, com a presença da actriz Carla Andrino.

A nível do nosso distrito, Setúbal é o concelho com mais escolas candidatas (22), seguindo-se o Seixal (15), Almada (14), Moita (11), Sesimbra (8), Barreiro (6), Montijo (5), Palmela (3), Alcochete (3), Alcácer do Sal (1), Grândola (1) e Santiago do Cacém (1).

Mário Silva, presi-dente da APCOI, mostrou-se satisfeito pelo facto de esta 3.ª edição ter superado todas as expectativas da orga-nização em termos de participantes. «Conse-guimos envolver mais crianças do que o total das duas edições ante-riores juntas. Este número só foi possível alcançar graças ao envol-vimento das autarquias», sublinhou

No ano lectivo

2013/14 são abrangidos 70 357 alunos de creches, pré-escolares, jardins-de-infância e escolas básicas do 1.º ciclo do País.

A iniciativa visa incen-tivar os alunos a consumir mais fruta e ensina-lhes lições importantes sobre saúde, alimentação, culi-nária, agricultura, activi-dade física, respeito pelo ambiente e bem estar-emocional de forma a crescerem saudáveis, activas e felizes. Todas as turmas terão de compor a letra para o Hino da Fruta e enviar o vídeo com os alunos a interpretá-lo. Estarão disponíveis para votação de 10 de Feve-reiro a 10 de Março de 2014, no sítio www.herois-dafruta.com.

Adrepes ganha ‘luz verde’ para gerir bolsa para transação de terras

‘Papel por Alimentos” ultrapassa as 5 mil toneladasA ADREPES, localizada

em Palmela, em conjunto com outras entidades, está a desenvolver o “Bolsa de Terras”. Trata-se de um projecto que facilita o encontro entre quem procura e quem oferece terras.

A Bolsa de Terras é um mecanismo de facilitação de terras para quem as queira explorar para acti-vidades dos sectores agrí-cola, florestal e silvo-pastoril. São disponibili-zadas – para arrenda-mento, venda ou para outros tipos de cedência – terras pertencentes ao Estado, autarquias locais, entidades públicas e proprietários privados. Os proprietários podem colocar terrenos para

venda, arrendamento ou outros afins. Os interes-sados podem pesquisar prédios para compra, arrendamento ou outros afins, instalar-se, aumentar a exploração e reestruturar a exploração. No início estarão dispo-

níveis as terras perten-centes a privados, prevendo-se para breve a disponibilização das terras do Estado.

A Adrepes é uma das entidades autorizadas a praticar actos de gestão operacional da Bolsa de Terras, no âmbito da parceria liderada pela Federação “A Minha Terra” e que junta outras 28 asso-ciações de desenvolvi-mento local.

Para pesquisar as terras disponíveis ou para obter outras informações, os interessados devem visitar o site www.bolsa-nacionaldeterras.pt ou contactar a Adrepes através do email [email protected] ou do telefone 212 337 930.

A CAMPANHA ‘Papel por Alimentos’, dos Bancos Alimentares, já ultrapassou as 5 mil toneladas de papel recolhido, cujo valor mone-tário, de cerca de 500 milhões de euros, foi conver-tido em 203 mil litros de leite, 143 mil latas de salsichas, 142 mil latas de atum, 54 mil litros de óleo e 16 mil litros de azeite.

A campanha visa incen-tivar a troca de papel usado por alimentos e por cada tonelada de papel são entre-gues cerca de 100 euros em alimentos.

Para Isabel Jonet, presi-dente desta federação, «um produto que parece não ter qualquer valor pode ser conver-tido em alimentos».

Vida rural está a crescer

Bons hábitos alimentares

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Vitorino em comissão da NATO Magalhães reeleito líder do PP

O DEPUTADO e candidato do PSD à Câmara do Barreiro, Bruno Vitorino, foi eleito vice-presidente da Sub-Comissão de Energia e Segurança Ambiental na NATO, durante a 59.ª Assembleia Parlamentar

daquela organização que decorreu na Croácia. Vitorino é um dos sete membros que representam Portugal no ‘parlamento’ da Nato, insti-tuição que integra 28 Estados, da América da Norte e Europa.

UMA esmagadora maioria dos deputados centristas reelegeram, esta semana, o líder distrital de Setúbal do CDS-PP, Nuno Magalhães, como líder parlamentar. O reputado deputado, que já

foi secretário de Estado da Administração Interna, ‘bateu’ o candidato José Ribeiro e Castro, que se candidatou ao lugar contra Magalhães, que obteve 22 dos 23 votos da bancada.

POLÍTICA

Sábado //19 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Ramalho reúne militantes para ‘analisar’ resultados do PSVÁRIAS dezenas de militantes

socialistas reuniram, terça-feira, a pedido destes, num encontro informal com o ex-líder da federação, Vítor Ramalho, com o objectivo de avaliarem os resultados das autárquicas.

Na origem da reunião, esteve a posição de Ramalho, logo após o acto

eleitoral, considerar urgente «uma reflexão serena» no interior do partido no distrito, mas sem «noites de facas longas».

Durante a sessão, que contou com militantes de todo o distrito, em especial de Alcácer e Almada, Vitor Ramalho fez questão de sublinhar

que tendo em atenção o histórico dos actos eleitorais, a abstenção não pode ser invocada como razão para os resultados do PS no distrito, uma vez que «todos os partidos perderam votos». A maioria dos presentes concluíu pela necessidade do PS reco-nhecer «com humildade» que os

resultados no distrito foram «muito negativos» em contraciclo com os nacionais, com excepção de Sines e, «em parte», do Montijo.

Em jeito de conclusão, os socia-listas presentes no encontro assu-miram que é preciso «encontrar as causas na concepção da militância,

na transigência com militâncias ocasionais que reforçam o sindicato de voto e vitimizam lideranças».

Ramalho, que diz ter convidado um membro da federação a estar presente, prometeu dar conta das conclusões do encontro à direcção nacional do partido.

Reivindicar equipamentos prometidos

Emprego e turismo como alavancas

Recuperação financeira e mais desenvolvimento

RUI Garcia, novo presidente da Câmara Municipal da Moita, endu-receu o discurso na sua tomada d e posse e apontou baterias ao Governo a quem acusa de não construir o centro de saúde da Baixa da Banheira, de não requalificar o existente em Alhos Vedros e de não dar luz verdade para a execução do novo quartel da GNR na Moita. Na mesma ocasião, o autarca lamentou a intenção de retirar valências ao tribunal da localidade e lembrou a «famigerada» lei das finanças, que «atenta contra o poder local demo-crático».

«Defendê-lo é exercer uma gestão autárquica guiada pelos valores de Abril», vinca. E dá o exemplo do novo regime jurídico das autarquias locais, da nova lei de finanças locais, da reor-ganização «forçada» da estrutura municipal pela obrigação da «redução absurda do número de dirigentes» como alguns exemplos «das peças com que se vai cerrando a muralha com que se pretende asfixiar, e em última instância destruir, o Poder Local tal como o conhecemos».

Mas do lado democrático, diz, o trabalho «acentuará o seu carácter profundamente democrático», fomentando a proximidade com as populações, com instituições e o movimento associativo. Paralela-mente, Rui Garcia prometeu pros-seguir uma política de ordenamento do território, estruturada na requa-lificação dos espaços urbanos, na consolidação e desenvolvimento das actividades económicas e na preservação dos recursos naturais e dos espaços rurais, promover polí-ticas de apoio à economia local, criando emprego.

O NOVO presidente da Câmara Muni-cipal de Sines, Nuno Mascare-nhas, quer ver criada uma dinâmica turística em todo o concelho cujo vector será o nome e a figura de Vasco da Gama. Durante o seu discurso de tomada de posse, o novo edil subli-nhou que a prioridade do novo execu-tivo será a criação de condições para atrair novos investimentos e empresas, gerando em simultâneo novos postos de trabalho. «Esta é a primeira vez que o PS é chamado a assumir os destinos da autarquia e vai fazê-lo num momento difícil a nível económico, tendo em conta as medidas do poder central e a própria situação financeira da autarquia», sublinhou.

Nuno Mascarenhas traçou ainda a modernização administrativa, a melhor rentabilidade dos recursos disponíveis e a diminuição da carga fiscal como objectivos, sem esquecer a mudança que terá de se operada ao nível dos bairros e espaços públicos do município. O autarca prometeu simultaneamente aumentar as trans-ferências para as duas juntas de freguesia do concelho, potenciar a actividade logística e piscatória da cidade, de braços dados com o porto.

«É um mandato com grandes preocupações ao nível do desenvol-vimento económico, dos apoios às pessoas, da fixação dos mais jovens e do respeito pela história e gentes locais», resumiu. Além de Nuno Mascarenhas, o PS conseguiu mais três mandatos na edilidade, alcan-çando a maioria absoluta. A oposição, constituída por dois vereadores do movimento independente Sines Inte-ressa Mais e por um da CDU, ficarão sem pelouros atribuídos.

AUGUSTO Pólvora, que foi empossado como presi-dente da Câmara de Sesimbra pela terceira e última vez, acredita na recuperação financeira da edilidade já a partir do próximo ano, caso não existam mais cortes ao nível das transferências do Orçamento de Estado e mantendo-se o actual nível de receitas. Na ocasião, o autarca lembrou que a dívida de médio e longo prazo da autarquia não aumentou, não esque-cendo que a de curto prazo se voltou a reaproximar dos 10 milhões. «É uma dívida sustentável», garante.

O presidente da admitiu ainda não estar satisfeito com o nível de abstenção verificado no concelho nas últimas autárquicas, embora considere que tal não deve ser utili-zado pela oposição como arma de arremesso para criticar a legitimi-dade da maioria. Do mesmo modo, Pólvora reconheceu que o eleito-rado poderá ter penalizado a CDU pelas obras de saneamento que ainda decorrem em algumas localidades, pelo actual estado da rede viária e pela instalação de novos parquíme-tros pagos no centro da vila.

E foi para a melhoria do estado dos dois primeiros problemas no próximo mandato que o presidente alertou. Somado a isso, Augusto Pólvora enfatizou a necessidade de serem criadas condições para poten-ciar o desenvolvimento económico e a criação de emprego, sem esquecer os mais desfavorecidos e as gentes, a cultura e as tradições locais. «Queremos um concelho mais vivo, dinâmico, atractivo, onde valha a pena viver e trabalhar», resumiu.

Textos de Bruno Cardoso

Cinco novos presidentes já tomaram posse na região

Rui Garcia, na Moita; Álvaro Amaro, em Palmela; Nuno Mascarenhas, em Sines; Dores Meira, em Setúbal e Augusto Pólvora, em Sesimbra, são os primeiros no arranque do novo mandato autárquico. Fizeram honras e promessas.

Captação de fundos comunitários

Maior aposta nos produtos locais

MARIA das Dores Meira, empossada pela segunda vez como presidente da Câmara de Setúbal, prometeu tudo fazer para voltar a beneficiar neste mandato dos fundos disponibilizados ao abrigo do próximo quadro comunitário de apoio. Tal como a autarca subli-nhou, existem candid aturas a serem elaboradas nesse contexto, algumas das quais capazes de viabilizar alguns dos grandes projectos para a cidade.

A recuperação completa do Convento de Jesus e de toda a sua área envolvente, a construção da nova biblioteca municipal, a criação do novo parque urbano na Várzea, de um estacionamento subterrâneo na baixa da cidade e no centro de interpretação do mar são disso bons exemplos. «Vamos também criar condições para intervir nos centros históricos de Setúbal e de Azeitão com a criação de áreas de reabili-tação urbana», lembrou a edil.

Na ocasião, Dores Meira prometeu ainda manter diversos programas de intervenção social, em particular nos bairros sociais. «Setúbal é, sem qualquer margem para dúvidas e sob todos os pontos de vista, uma das mais importantes cidades de Portugal», reforçou. A autarca referiu também que a votação do passado dia 29 de Setembro foi o reconhecimento do trabalho realizado há 4 anos atrás, permitindo agora «prolongar o ciclo de extraordinário desenvolvimento e transformação do concelho».

O NOVO presidente da C â m a r a Municipal de P a l m e l a , Álvaro Amaro, quer assumir-se como parceiro na defesa e promoção dos produtos locais, de que os vinhos são o melhor exemplo, procurando assim novas áreas de actividade que dêem cartas e explorando novas potencialidades. Durante a ceri-mónia em que tomou posse, Álvaro Amaro prometeu fortalecer a economia local e a criação de novos empregos, gerando, por outro lado, serviços básicos de qualidade.

Do mesmo modo, o novo presi-dente pretende apostar na requa-lificação urbana e do espaço público, simplificando licenciamentos e reduzindo taxas municipais de forma progressiva e implemen-tando medidas e acções várias que facilitem a contratação de mão-de-obra local. «Tudo faremos para que seja possível retomar os apoios ao movimento associativo, que acres-centam valor cultural, social e desportivo ao concelho de Palmela», continuou.

Álvaro Amaro não esqueceu, contudo, a elevada taxa de abstenção registada no município nas últimas eleições, «uma das mais altas em todo o país». Apesar de não estar insatisfeito com a maioria absoluta conseguida, à custa da manutenção dos 5 vereadores que a CDU já detinha, o autarca reco-nhece que a população «está insa-tisfeita e não acredita na classe polí-tica, sobretudo devido às acções do Governo e da Troika».

Page 8: Semmais 19 outubro

ESTUÁRIOS E FRENTE

RIBEIRINHASábado //

19 . Out . 2013 //www.semmaisjornal.com

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O avanço do mar é amea-çador e o elevado risco de erosão uma certeza. Como o Semmais avançou na última edição, as praias do distrito não escapam à tendência nacional, podendo o mar vir a roubar até cem metros à terra, se não forem tomadas medidas eficazes para travar o fenómeno. O presidente do Grupo de Estudos de Orde-namento do Território e Ambiente (GEOTA), Joanaz de Melo, admite que há vários factores a ameaçar as praias e que as soluções não são fáceis de implementar no terreno.

A que se deve tão elevado índice de erosão na costa, como é o mais recente exem-plo da praia do Portinho da Arrábida, onde as pedras praticamente substituíram a areia?Há vários factores que levam a que 95% da nossa costa es-teja em risco e erosão. É pre-ciso que as pessoas tenham consciência disto. É evidente que corremos o risco de per-der as nossas praias, porque a tendência é o mar avançar sempre mais.

Mas o fenómeno está a ser muito rápido nos últimos anos?A erosão pode ser um fenó-meno mais rápido ou mais len-to, porque a erosão é irregu-lar e cíclica, havendo casos no país mais vulneráveis.

Que fenómenos favorecem, efectivamente, a erosão?Deixou de haver cheias de pe-quena dimensão, que são o principal factor de transpor-te da areia dos rios para o mar. Uma parte da areia fica reti-da a montante das albufeiras, tornando muito difícil a sua aproximação ao mar.

Mas também passámos a ter grandes cheias...Mas nas grandes cheias, o flu-xo é de tal ordem, que a areia é atirada para cotas de pro-

fundidade elevada, acima dos 20 metros, pelos fortes cor-rentes e deixa de estar dispo-nível para as praia.

Há quem alerte para a ques-tão das dragagens. Até que ponto têm influência?Terá que ser feito um estudo para se perceber se há influ-ência. É óbvio que sempre que se retira areia do sistema, essa areia deixa de estar disponí-vel para o litoral. Se a areia vai para uma obra ou é despeja-da em locais profundos do oceano já não volta.

E as alterações climáticas?Também é uma possibilida-de, com a subida do nível do mar, tal como o aumento de fenómenos climáticos ex-tremos, que era uma coisa prevista há várias décadas e que se começa a confir-mar, com os grandes tem-porais e grandes secas. De-pois temos a construção no litoral, que diminui a resis-tência dos ecossistemas na-turais a ataque do mar. Uma duma tem menos defesas se a sua vegetação natural foi destruída.

Que eficácia revelam as obras de protecção costeira, como quebra mares, campos de esporões ou os molhes?Protegem ou cristalizam ape-nas aquele bocadinho do li-toral onde são construídos, mas aumentam a capacida-de erosiva do mar, porque quando as ondas batem ali, em vez de dissiparem ener-gia, reflectem energia que vai prejudicar outros lados.

E o recurso à reposição de areias?É uma solução que em termos transitórios evita males maio-res. Não resolve o problema na totalidade, mas minimiza o problema. Agora, não po-demos passar a vida a encher praias, temos que estudar ou-tras medidas. Esta é como se fosse uma aspirina para a dor de cabeça.

«Corremos o risco de perder as nossas praias»

Costa e frente ribeirinha da região com potencialidades

Joanaz de Melo, presidente do GEOTA

O ambientalista do GEOTA faz alertas urgentes

Dispomos de uma região singular e bafejada pelos deuses, no que diz respeito ao património natural, ecossistemas e biodiversidade. Um amplo território de oportunidades.

Dois estuários ricos em biodiversidade e onde prolifera a economia do

mar; dois sapais de importância crucial para a nidificação de centenas de espécies raras; centenas de quilómetros de areais de costa, praias inte-riores, lagoas e marinas são algumas das riquezas das águas que banham o distrito de Setúbal.

De uma beleza e potencial incomparáveis é também nesta região costeira que se encontra uma das mais belas baías do mundo: a baía de Setúbal, no estuário do Sado, tendo ganho ainda mais importância, o ano passado, com a eleição da presi-dente da autarquia sadina, Dores Meira, como presidente da do Clube das Mais Belas

Baías do Mundo.Um património de valor

incalculável quer para a defesa do ambiente quer para o desen-volvimento económico, e cujo desenvolvimento tem vindo a ser equilibrado no ‘fio da navalha’ entre o crescimento de empresas ligadas ao sector e a preservação das zonas natu-rais protegidas: Parque Natural da Serra da Arrábida, Parque Luís Saldanha, Reserva Natural do Estuário do Sado, Reserva Natural do Estuário do Tejo, Reserva do Sapal de Coina e Lagoas da Sancha, de Santo André, de Albufeira. Um dos exemplos desse esforço no sentido de um desenvolvimento sustentado, está na mudança de atitudes das grandes indús-trias como a Lisnave, a Portucel,

a Secil e a Siderurgia, cujos cuidados ambientais dão agora exemplos de boa conduta na sustentabilidade entre cresci-mento e ambiente.

Outra das actividades que mais se destaca, e que ao longo dos anos, tem vivido em simbiose com a biodiversidade das nossas águas, é a do apro-veitamento dos recursos do mar, embora estejam longe os tempos em que a pesca era a principal actividade econó-mica no distrito de Setúbal.

Com uma vasta costa à disposição, as populações da região, com especial destaque para as de Sesimbra, Sines, Setúbal, Almada e Seixal, ainda hoje a actividade retira dos rios e do mar o sustento de muitas famílias.

NEGÓCIOS DE MAR E DE RIO

Turismo em alta

Praias de sonho

Requalificação

Lotas e pesca

Indústria de peso

Sado e Tejo

O cluster turístico tem cres-cido de forma sustentada em toda a região. A Costa Alentejana tem ganho uma nova dimensão, com empreendimentos de relevo e pela primeira vez o Golfe está num crescendo para empurrar a sozano-lidade para baixo.

Nos últimos anos, as praias da região tem galgado a sua qualidade, mercê de um esforço das autarquias locais. As distinções recor-rentes de bandeiras azuis, douradas e de acesso para deficientes constituem a prova desta realidade.

Mau grado os impasses de um conjunto de investi-mentos que ficaram travados com a crise financeira que se abateu sobre o país e a região, as frentes ribeirinhas da Península de Setúbal têm projectos de requalificação executados e muitos outros a aguardar melhores dias.

As lotas de Sesimbra, Setúbal e Sines, as principais têm perdido alguma força de pescado transacionado, mas na Caparica e na Trafaria a actividade incrementou-se de forma clara. A região continua a ser um ícone neste sector nevrálgico da nossa economia.

É uma das principais alavancas do distrito em termos económicos e as dez maiores empresas do distrito representam mais de metade do volume de negócios da região. Após um período largo de negligência, hoje são também garante de atenções ambientais.

As duas reservas estuarinas são trunfos de uma região bafejada pelos deuses. A Arrábida está a um passo de se tornar património mundial e a sua baia das mais concei-tuadas a nível internacional. O sapal de Coina, as Salinas do Samouco e outras são pequenas maravilhas.

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Plataformas portuárias ganham força e peso

Biodiversidade singular para conhecer melhor

Piscicultura volta a dar cartas no Sado e no Tejo

Turismo da natureza é uma nova dimensão de oferta

AS DUAS plataformas portuárias do distrito, situadas em Sines e em Setúbal, têm vindo a bater todos os recordes em movimentação de mercadorias e em volume de negócios. São as duas principais alavancas do desenvolvi-mento da região e o seu maior trunfo para a captação e instalação de empresas. No Porto de Sines, um dos mais importantes à escala nacional, a grande novidade da sua estratégia é a aposta na abertura do Canal do Panamá. E no Porto de Setúbal, para além do cresci-mento na transfega automóvel, desponta a simultaneidade da actividade logística e portu-ária com o desenvolvimento das actividades ligadas ao mar e ao turismo.

A BIODIVERSIDADE nas zonas costeiras do distrito apresenta uma dimensão desconhecida da maioria da população. O Parque Luiz Saldana, na Arrábida, é um exemplo desta realidade, com a implementação de um projecto que já fez regressar à Costa Arrabina mais de 200 novas espécies marinhas. A comu-nidade de roazes-corvineiros, conhe-cidos como os golfinhos do Sado são outro ícone a preservar. A cegonhas, os flamingos que habitam o sul e o norte do distrito apenas uma parte visível de dezenas de espécies que fazem parte deste ecossistema.

A PRODUÇÃO ostreícola nos estuários do Sado e do Tejo já tiveram melhores dias, mas continuam a ter uma importância estra-tégica relevante, após anos em que o TBT (Tributil de Estanho) usado na decapagem de navios fez recuar a sua vivificação. E há também unidades de engorda de peixe, que faz cada vez mais acreditar na pujança da piscicultura. Há quem defende que o passo seguinte é a certificação de qualidade, mas os níveis de produção têm-se mantido sólidos, numa actividade que carece apenas de aposta e investimento.

HÁ CADA vez mais na região um inte-resse crescente para as aptidões que o nosso território oferece neste segmento turístico. Passeios pedestres, expedições fotográficas, percursos interpretativos e actividades de observação de fauna e flora características de muitas zonas da região, estão a florescer no cardápio da oferta turística. Outra acti-vidade que está em franca expansão é a náutica de recreio que mobiliza milhares de adeptos, em especial no estuário do Sado, bacia do Tejo e nas lagoas de Albufeira, St. André e Sancha, na Costa Alentejana.

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Recentemente, na área periférica do Estádio do Bonfim, junto do memorial do Vitória ao seu

“craque” Jacinto João, reencontrei um “jovem” cinquentão, bem-disposto e bem-parecido, feliz por executar a memória de há quas 40 anos: Crisanto, ex-jogador dos sadinos, originário de Alcochete onde começou a distinguir-se em 1975, com 12/13 anos de idade.

O tempo voa e reencontrando Crisanto, “voámos” juntos até ao evento sucedido em Março de 1976 quando a F.P.F. decidiu sancionar a ideia de constituição de uma 1º selecção de principiantes (14 anos) para se apresentar no já bem conhe-cido Torneio Internacional de Montaigu, em França.

A ideia foi minha, com contatos iniciais com a Federação gaulesa através do meu muito saudoso amigo George Boulogne e permita-se-me uma pontinha de orgulho, com laivos de auto-estima por ter sido o respon-sável de tal novidade que o decorrer dos anos tem perpetuado.

Pois bem: um tanto à pressa, com o Prof. José Moniz como treinador o “catraio” Crisanto, em destaque no seu Alcochetense e daí esta evocação ditada pelo reencontro no Bonfim…

Curiosamente, entre os 16 viajantes para Montaigu, contavam-se promis-sores principiantes de clubes de menor nomeada, tal qual o Alcochetense: Coimbrões, Candal, Pedrouços, Alhandra, Seixal, F.C. Foz e Penafiel.

A “sementeira” deu “frutos” não só porque se têm repetido as presenças de Portugal na pequena cidade de Montaigu como se afirmavam na ribalta do futebol alguns dos compo-

nentes dessa 1ª Selecção, tais como Crisanto.

Estamos a lembrar-nos dos inter-nacionais do F.C. Porto Coelho e Quinito (ex-Penafiel e Coimbrões, respectivamente) e também do vito-riano Fernando Cruz que, à última hora, por arreliadora lesão, não pode seguir viagem.

A participação lusa, em estreia não foi famosa mas “abriu portas” a sucessivas presenças, algumas bem melhores. O Prof. José Moniz, meu colaborador direto tal qual Manuel Jesualdo Ferreira, também lançado nestas andanças em 1975/76, não deixou de se queixar da falta de tempo para um melhor apuro dessa alegre rapaziada, hoje um bom lote de “cinquentões” de que não temos tudo notícias mas que recordamos, caras e nomes, em exercício comum com Crisanto: Sérgio, Leite, José João, Pinheiro, Horácio – que será feito deles?

Já lá vão mais de 37 anos e o ocasional encontro com Crisanto, às portas do Bonfim, com o testamento do incansável “carola” do futebol juvenil Nicolau da Claudina, deu azo a este apontamento em jeito de auda-cioso “mergulho no tempo”.

É quase certo que em 2014 Portugal vai voltar a Montaigu onde ainda há devotados dirigentes de 1976. E eu prometo enviar esforços para esta crónica no “Semmais” viagem até Funchal às mãos do Técnico José Moniz um dos audaciosos “bandei-rantes” de Montaigu/76.

Voluntários pintam Bonfim Atas do Palmelense online

MAIS de 300 voluntários parti-ciparam, recentemente, na 1.ª fase da campanha “Vitória Ma Bonite”, com a execução de um conjunto de acções de embe-lezamento e reabilitação no Estádio do Bonfim, em Setúbal.

A iniciativa, organizada por vitorianos, materializa um desafio lançado pela presidente do município, Dores Meira, que dá continuidade ao projecto camarário de embelezamento urbano “Setúbal mais Bonita”.

ESTÃO disponíveis, no sítio oficial do município, as actas do Palmelense, entre 1924 e 1927. A disponibilização ao público destes documentos, que testemunham a consti-tuição e os primeiros anos da

vida do clube acontece em resultado do protocolo cele-brado com o município, no âmbito do qual serão progres-sivamente digitalizados e abertos a consulta os seus documentos históricos.

DESPORTO

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David SequerraColaborador

Os “Cinquentões”Estreantes de Montaigu

Como sabem, a nossa Associação, apoia famílias carenciadas e neste momento estamos a debater-nos com falta de LEITE, MASSA, ARROZ pelo que vimos por este meio apelar aos vossos corações. Doando apenas um destes produtos poderá fazer toda a diferença na vida de quem depende da boa vontade de todos.A ABSHALOM agradece a boa vontade e generosidade de todos os que se juntam a esta causa:

“Ajudar o próximo só custa LEITE, MASSA, ARROZ”

P.S: Todos os bens podem ser entregues na Rua Campo Rodrigues nº46A todos os dias até às 13h ou na Creche “Voar Mais Alto”,na Rua dos Limoeiros, Quinta da Amizade, em Setúbal.

Campanha de recolha de alimentos

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Setúbal com três clubesna eliminatória da Taça

A terceira eliminatória da Taça de Portugal, já com as forma-ções da I Liga, conta com

apenas três equipas do distrito entre os 64 clubes participantes.

Nos jogos que se realizam este fim-de-semana, o Vitória de Setúbal recebe o Alcanenense, equipa que milita na série F do Campeonato Nacional de Seniores. A maior preo-cupação de José Mota é a defesa, uma vez que o clube do Bonfim tem sofrido muitos golos esta época.

A formação sadina é a que tem a pior defesa da Liga, com 17 golos sofridos, e o treinador vitoriano quer que o jogo de domingo, às 15 horas,

no Bonfim, seja o primeiro em que a formação da casa não sofre golos. O encontro contra uma equipa teori-camente mais acessível pode ser a solução para que os sadinos se reen-contrem com os bons resultados depois da derrota frente ao Spor-ting e do empate, a dois golos, em Portimão, numa partida referente à Taça da Liga.

As outras duas equipas da Asso-

ciação de Futebol de Setúbal ainda em competição são o Cova da Piedade e o Grandolense. A equipa de Almada vai defrontar precisa-mente o último adversário do Vitória de Setúbal, o Portimonense, no domingo, às 16 horas, no Algarve, enquanto a equipa de Grândola desloca-se ao terreno do Sertanense. Ambas as equipas militam no campe-onato nacional de seniores.

Vitória, Cova da Piedade e Grandolense

O Vitória de Setúbal tem aspirações num troféu que já venceu. E os dois clubes de Almada e Grândola representam a força da segunda linha.

Grandolense foi campeão da Taça da AFS referente à época passada

Bruno Paixão e Cláudia Pereira vencem Maratona da Moita

Duatlo de Setúbal junta 70 atletas

BRUNO Paixão, do Atletismo Clube de Portalegre, foi o grande vencedor da 16.ª Meia Maratona Ribeirinha da Moita, que decorreu durante a manhã do dia 13 de Outubro, cortando a meta em 1:05:55. O 2.º lugar do pódio foi ocupado por Hermano Ferreira, da Confor-limpa, e o 3.º por Hélio Fumo, da Odimarq Alumínios, que percor-reram os 21 097 metros em 1:06:07 e 1:06:26, respectivamente.

Nos femininos, ganhou Cláudia Pereira, do Clube Juventude Operária de Monte Abraão, logo seguida por Vera Nunes, do Benfica, e por Cátia Santos, do Garmin Olím-pico de Oeiras. Por equipas, o Grupo Desportivo e Recreativo da Rebo-leira sagrou-se campeão desta prova. Em 2.º lugar, ficou o Clube Despor-tivo e Recreativo O Ribeirinho, da freguesia da Baixa da Banheira, e,

em 3.º, o Núcleo Oeiras Sportzone.A atleta olímpica Vânia Silva foi

a madrinha da Meia Maratona Ribei-rinha, uma prova organizada pelo município da Moita, que contou com a participação de cerca de 700 atletas.

Em simultâneo, decorreu a 13.ª Mini/Caminhada Ribeirinha da Moita que contou com cerca de 600 participantes.

CERCA de 70 atletas são espe-rados no “I Duatlo Cidade de Setúbal”, competição federada com provas combinadas de canoagem e corrida, a realizar este sábado de manhã, a partir do Parque Urbano de Albar-quel.

O evento, a decorrer entre as 10 e as 13 horas, organizado pelo muni-cípio e pelo Clube de Canoagem de Setúbal, junta naquele espaço urbano de lazer da cidade atletas de vários clubes do distrito numa prova de preparação para a época desportiva.

A competição é iniciada com 4 mil metros em canoagem, seguindo-se uma etapa com mil metros de corrida, que se prolonga por um percurso até à praia da Saúde. A prova culmina novamente no Sado, com os atletas a competir em mais 2 mil metros de canoagem.

O “I Duatlo Cidade de Setúbal” é a última prova do calendário despor-tivo dos “11.os Jogos do Sado”, programa municipal.

Prova teve 600 participantes

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Marta David

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Forninho com obras na rede

O ABASTECIMENTO de água na localidade do Forninho será interrompido no próximo dia 21. A interrupção, que decor-rerá durante cerca de sete horas, nomeadamente entre as 9 e as 16 horas, deve-se à

necessidade de manutenção do sistema de abastecimento de água àquela localidade. A autarquia palmelense agra-dece a compreensão dos muní-cipes e lamenta o incómodo causado pela intervenção.

LOCAL

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1,7 milhões viabilizam unidade de cuidados continuados no Montijo

O Secretário de Estado da Soli-dariedade e Segurança Social, Agostinho Branquinho, gabou

esta semana a persistência da Santa Casa da Misericórdia do Montijo por ter concretizado o projecto de uma unidade de cuidados continu-ados, uma infra-estrutura com capa-cidade para 30 utentes, que eleva para 1474 o número de camas deste género em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo. «É de bom senso que nós encontremos aqueles que, em termos locais, na proximidade da comunidade, podem fazer melhor e mais barato do que o Estado», acrescentou o governante.

Já o provedor da Santa Casa do Montijo, João Gaspar, não esqueceu a felicidade por ver concretizado este projecto, orçado em 1,7 milhões de euros, dos quais 950 mil oriundos dos cofres da instituição. Segundo João Gaspar, a construção da nova unidade permitiu alargar o lar de idosos, aumentando a sua capaci-dade de resposta, melhorando também as condições de trabalho ao nível administrativo e logístico, promovendo sinergias «com reflexo

na economia dos custos e na resposta aos novos equipamentos, caso essa possibilidade venha a estar de novo em cima da mesa».

Maria Amélia Antunes, que esteve no seu último acto público enquanto presidente da Câmara Municipal do Montijo, também reconheceu a importância da infra-estrutura e lembrou que a autar-quia isentou a Santa Casa do Montijo do pagamento de mais de 35 mil euros referentes ao licenciamento

de construção e à licença de utili-zação.

A nova unidade tem como objec-tivo promover a autonomia e melhorar a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através de um processo activo e contínuo de reabilitação, readaptação e rein-serção familiar e social. Tem uma equipa multidisciplinar, médicos, enfermeiro, assistente social, entre outros, e está a funcionar desde o final de Agosto.

Projecto da Santa Casa da Misericórdia

Centro de tumores nasce em Almada

Moitadebate terceira idade

Sines‘pisca olho’ a investidores

Grândola adoça boca com feira do Chocolate

Loureiros dão músicaa Palmela

Alcácer do Sal vive mês da Música

Matado Barreiro distinguida

Santiago do Cacém lança livro de Herbon

Alcochete ensina auto-protecção para sismo

Seixal dá a provar sopas de qualidade

Sesimbra inaugura Centro Náutico

NO DIA 12, no Hospital Garcia de Orta foi assinado protocolo entre os 3 hospitais da Península para a criação de um Centro de Tumores Cerebrais e a formali-zação da doação de equipamento de última geração, destinado ao tratamento da patologia onco-lógica do sistema nervoso.

“O ISOLAMENTO e a Saúde: Com/Viver Bem com a Idade” é o tema do IV Encontro sobre a 3.ª Idade que o município promove dia 24, às 9 horas, na biblioteca. O encontro irá abordar “O Isolamento e a Saúde Mental” e “Auto-Estima e Motivação”, entre outros.

UMA comitiva de represen-tantes de embaixadas, câmaras de comércio e associações empre-sariais visitou, esta semana, o Terminal XXI. A visita visou apro-fundar relações entre os partici-pantes com vista a futuras parce-rias e dar a conhecer as condi-ções de Sines para acolher novos investimentos.

DE 7 a 10 de Novembro, o Parque de Feiras e Exposições de Grândola recebe mais uma edição da Feira de Chocolate, com entradas a um euro. Como é tradição, o evento integra ateliers de chocolate e expo-sição e venda de produtos à base de chocolate.

A SOCIEDADE “Os Loureiros” está a promover, até ao dia 27, o IX Festival Internacional de Música Palmela “Terra de Cultura”. Jazz, rock, canto coral, bandas de sopro e grupos de música de câmara são algumas das propostas integradas no programa desta edição. Além das salas de espectáculo da vila, também as igrejas, bares e adegas da região são palco dos espectá-culos, proporcionando noites dife-rentes e ambientes intimistas.

A SOCIEDADE Matos Galamba (Pazôa) está a celebrar 134 anos, assinalando a efeméride com o 28.º Mês da Música, uma iniciativa que envolve a realização de diversas actividades levadas a cabo ao longo do mês de Outubro. Neste âmbito, realiza-se este sábado, pelas 17 horas, o desfile de bandas convi-dadas. A partir das 21 horas, o Teatro Pedro Nunes recebe os concertos das Sociedades Filar-mónicas Recreio Alverquense e Montemorense.

O CENTRO de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina acaba de ser distinguido pelo Instituto de Tecno-logia Comportamental, no âmbito do concurso ‘Projectos para serem Vividos”. Fruto de uma candida-tura apresentada pelo município, o CEA venceu a categoria ‘Ambiente’. Dos critérios de avaliação fizeram parte a inovação do projecto, o potencial de amplificação e a execução e gestão do mesmo.

INTEGRADO no IX Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, promovido pelo muni-cípio, é lançado este sábado, pelas 16 horas, na biblioteca municipal Manuel da Fonseca, o livro “O Prazer dos Estranhos”, de Rui Herbon, que venceu o referido concurso. É natural de Lisboa e tem 41 anos. Publicou vários romances. Participou em diversos encontros literários e, em 2009, esteve na residência de escri-tores da Dinamarca.

A BIBLIOTECA de Alcochete foi palco, esta semana, do exercício “A Terra Treme” que visou preparar a auto-protecção para o risco sísmico, no qual participaram utentes e funcionários daquele equipamento.

Durante um minuto os parti-cipantes executaram 3 gestos simples, que podem salvar vidas, nomeadamente baixar, proteger e aguardar. O exercício foi promo-vido pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

O SEIXAL é palco, até dia 18, da Semana da Sopa. Este ano, o evento conta com a participação das escolas básicas 2/3 Paulo da Gama e 2/3 Nun’Álvares, bem como da secun-dária José Afonso. Durante esta semana, os refeitórios servirão sopa de legumes e cada aluno participante terá um passaporte que será carim-

bado por cada dia que consuma este alimento. No final, quem tiver preen-chido o passaporte receberá algumas lembranças.

Ainda esta semana será lançado o concurso das sopas, em que cada escola poderá apresentar em Abril uma sopa e um spot publicitário para a promoção do seu consumo.

O consumo diário de sopa contribui para uma alimentação equi-librada e saudável por ser rica em vitaminas, minerais, fibras, antioxi-dantes e água mas também por apre-sentar um baixo valor calórico.

A alimentação saudável contribui para que os mais jovens adquiram comportamentos saudáveis.

PROMOVER o ensino e a prática da vela e canoagem, proporcionando experiências náuticas a diversos jovens no concelho de Sesimbra é o prin-cipal objectivo do Centro Muni-cipal de Actividades Náuticas, que abre portas este sábado, a

partir das 9 horas, na Lagoa de Albufeira.

Ambas as actividades destinam-se a crianças dos 6 e os 15 anos, e têm um custo mensal de 10 euros.

Há descontos para benefici-ários da Acção Social.

Setúbal arranja caminhosA LIMPEZA e arranjo de cami-

nhos, com recurso a meios mili-tares, para prevenção de incên-dios, está a ser promovida pelo município na Arrábida. A inter-venção terminará no final do primeiro trimestre de 2014. A

obra inclui a limpeza de mato e a abertura, correcção e alarga-mento de caminhos e trilhos rurais para acesso a viaturas de socorro em caso de situações de emergência e de perigo naquela área da Arrábida.

O provedor, João Gaspar, e o secretário de Estado, Agostinho BranquinhoDR

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Porto de Setúbal recebeu Tarros Futre dá autógrafos na Multiauto

O PORTO de Setúbal recebeu, dia 9, a escala do navio “Marguerite A”, da Tarros Line, que marcou a estreia deste armador como representante directo da linha em território nacional, sob a designação

Tarros Portugal. A Tarros Portugal resultou da consti-tuição de uma joint-venture entre a Horizon View e a Tarros, S.p.a., tratando-se de um reforço da relação de parceria entre ambas.

A MULTIAUTO de Setúbal realiza, até domingo, mais uma “Operação Portas Abertas Renault”, onde convida a conhecer e experimentar as últimas novidades da gama Renault. Vão estar disponíveis

para Test Drive os três novos modelos de automóveis. No sábado, o ex-jogador de futebol Paulo Futre está presente às 17H30, para uma sessão de autógrafos do seu mais recente livro “Futrinho, a Lenda”.

NEGÓCIOS

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Região dá cartas a nível nacional na indústria de tomate

As duas fábricas de trans-formação de tomate do distrito, a FIT e a

SUTOL, processaram no ano de 2012 mais de 210 mil tone-ladas deste produto, contri-buindo decisivamente para colocar o país no posto de quarto maior exportador inter-nacional de tomate transfor-mado. Segundo dados avan-çados ao Semmais por Miguel Cambezes, Secretário-Geral da Associação dos Industriais de Tomate (AIT), Portugal exporta mesmo mais de 95 por cento de toda a produção, gerando um volume de negócios supe-rior a 250 milhões de euros em exportação e um Valor Acrescentado Bruto expor-tado de 200 milhões, o equi-valente a 7 por cento do total das indústrias agro-alimen-

tares nacionais.Os números este ano não

serão, ainda assim, melhores do que estes porque 2013 foi um ano de «campanha difícil». As chuvadas de Abril, durante a quase totalidade do mês, impediram os produtores de plantar. Os aguaceiros mais recentes também trocaram as voltas aos produtores. «A SUTOL, em Alcácer do Sal, não tem, por exemplo, aprovei-tado toda a capacidade que tem instalada, tem falta de tomate», descreve o secretário-geral da AIT. Miguel Cambezes acrescenta que o problema daquela unidade está também relacionado com questões do foro fitossanitário e com o

pouco fomento da cultura na região.

Em conjunto, a FIT e a SUTOL empregam, durante a campanha, quase 400 traba-lhadores, embora apenas 80 colaboradores sejam, de facto, efectivos. «Existem boas pers-pectivas para as duas empresas caso o sector beneficie de algumas mudanças, designa-damente ao nível dos custos com a energia e da nova Polí-tica Agrícola Comum», enfa-tiza Miguel Cambezes.

Custos de energia e nova PAC preocupam

Para a Associação dos Industriais de Tomate, é urgente que o Governo reveja os custos de produção asso-ciados à energia, reduzindo «significativamente as tarifas de acesso», expanda ao sector a possibilidade de aumentar as quantidades transportadas

desde que sejam de e para os portos nacionais e crie, em última instância, linhas de seguro de crédito de custo unitário baixo. Aliado a estas medidas nacionais de susten-tação do sector, é necessário desenvolver ainda mais a investigação, para que a produtividade agrícola por hectare suba, aumentar a duração de campanha dos 70 dias actuais para 85/90 dias e, por fim, criar seguros de colheita que se estendam até 15 de Outubro, cobrindo assim os riscos de chuvas persis-

tentes. Tudo para que, futu-ramente, se atinjam os 2 milhões de toneladas de tomate processado ao ano, valor considerado de refe-rência e estratégico para o futuro do sector.

A aposta na inovação e na tecnologia tem sido apontada como uma das razoes que explicam o bom desempenho do sector industrial do tomate, tendo o país investido 60 milhões de euros na última década. No total, o sector gera 6 mil postos de trabalho, 4 mil dos quais no campo.

Unidades fabris da região chegam a dar emprego a mais de 4 centenas de pessoas durante a altura da campanha. Mas a ausência de tomate e outras adversidades tem quebrado a produção.

Bruno Cardoso

Uma das unidades da FIT localizada em Águas de Moura

JMF lança espumante de moscatel

Porto de Sines cresce 76,5 % nos contentores

A JOSÉ Maria da Fonseca acaba de lançar o seu primeiro espumante premium, o Colecção Privada Domingos Soares Franco Espumante Moscatel Roxo Rosé 2012. De cor salmão claro, este néctar tem um aroma a meloa, rosas e lichies. No paladar, é muito frutado, macio e aveludado. Deve ser servido como aperi-tivo ou a acompanhar refeições ligeiras.

Os vinhos da Colecção Privada Domingos Soares Franco são vinhos que traduzem o espírito criador e a paixão de Domingos Soares Franco pela viti-cultura e enologia. Domingos Soares Franco é o representante mais novo da sexta geração da família.

O PORTO de Sines movi-mentou nos primeiros nove meses do presente ano 692 011 TEU através do Terminal XXI, correspondendo a um cres-cimento homólogo de 76,5 por cento. Relativamente ao total de mercadorias foram movi-mentadas 27,4 milhões de tone-ladas, o que representa um crescimento de 29 por cento relativamente a 2012. Os segmentos de carga que apre-sentaram uma melhor pres-tação foram os graneis líquidos e a carga geral.

Os novos serviços regu-lares que passaram a utilizar o Terminal XXI, com forte destaque para a dupla paragem semanal do serviço de Extremo Oriente, bem como a nova dinâmica associada à nova unidade de produção da refi-naria de Sines que motivou um aumento das exportações de refinados, foram dois dos motivos que estiveram na origem do crescimento do porto.

Relativamente aos navios

entrados foi registado um total de 1 477 embarcações, com um crescimento de 36 por cento do GT acumulado.

Porto de Sinesno Open Days

O porto de Sines participou

no “Open Days – 11th Euro-pean Week of Regions and Cities”, que teve lugar em Bruxelas de 7 a 10. A partici-pação foi enquadrada na sessão “Maritime and fluvial borders: sharing regional expe-riences”, organizada pela Eurorregion Alentejo Algarve Andaluzia.

Porto de Sines em alta

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Semmais - Que balanço faz dos 39 anos de actividade de O Ban-do?João Brites – Um grupo profis-sional como o nosso, completar esta idade, é uma excepção, so-bretudo quando somos uma co-operativa cultural formada por 22 pessoas. Temos aqui um gru-po de resistentes que consegue sobreviver tanto tempo, por ve-zes com momentos muito difíceis, por sermos um grupo muito vul-nerável. Começámos por ser um grupo de teatro para a infância, depois não temos sala e estamos nas margens das fronteiras. Mas sabemos, também, que a nossa existência deve-se ao apoio do Estado, mais ou menos regular, ao longo dos 39 anos de vida, que ajudou a criar uma estrutura que permite a sobrevivência de um grupo. Além disso, não podemos esquecer o apoio, nos últimos 12 anos, do município de Palmela. E sentimos carinho e que existe von-tade de continuarmos neste con-celho. Além disso, temos uma lin-guagem muito própria e diferen-te de outros grupos. Isso foi fun-

damental para a existência de vá-rios estilos de espectáculos. So-mos pela diversidade cultural e artística. Tudo isso contribuiu, in-directamente, para a resistência do Bando.

Como está o processo de bene-ficiação das vossas instalações?Estamos a tentar encontrar so-luções, desde 1999, de acordo com as normas exigidas pelo Par-que Natural da Arrábida, para que possamos ter melhores con-dições de trabalho em Vale de Barris, sem mexer na volume-tria nem no aspecto exterior. Pre-cisamos de mais sanitários e de cobertura no interior das insta-lações. Fizemos vários projec-tos de arquitectura e alguns até foram aprovados. Mas, depois, os responsáveis do PNA, que têm uma leitura diferente da Lei, exi-gem outras coisas. Depois as equipas da PNA mudam e os cri-térios acabam também por ser alterados.

Por que motivos as vossas peças têm estreado, nos últimos tem-

pos, fora da vossa sede?Isso deve-se à redução de apoios que temos sofrido do Estado e da Câmara de Palmela, bem como ao decréscimo de vendas de es-pectáculos. Estreamos fora de Palmela porque temos co-pro-dutores que nos ajudam, finan-ceiramente, a apresentar espec-táculos fora de Palmela.

Levante-nos um pouco do véu de “A Quarentena”…É uma homenagem aos escrito-res que criaram peças que já le-vámos ao palco. “A Quarente-na” é um asilo que vai receber as personagens excêntricas, que não se enquadram na socieda-de, dos vários espectáculos que já representámos. Ali podem so-breviver e encontram outros que são parecidos com eles. Nos dias pares, o espectáculo vai ser mais optimista, e nos dias ímpares, os personagens dão um tom mais cinzento. O projecto, com mú-sica de Jorge Salgueiro, envol-ve 24 actores e 16 músicos, ou seja 40 personagens que repre-sentam os 40 anos do Bando.

Montijo acolhe Olga Roriz

O ESPECTÁCULO “Solos”, da companhia Olga Roriz, sobe ao palco do cineteatro Joaquim D´Almeida, no Montijo, este sábado, às 21h30. “Solos” revisita momentos de eleição do

repertório da companhia. É interpretado por 6 bailarinos numa sequência de solos retirados do seu contexto dramatúrgico.Não perca, os bilhetes custam apenas três euros.

CULTURA

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VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos novamente a Herdade do Cebolal.Trata-se de um projeto familiar, localiza-se no litoral alentejano, no extremo sul da região demarcada Península de Setúbal, junto à aldeia de Vale das Éguas e a cerca de 17 Kms de Santiago do Cacém – Alentejo Litoral

Luís Aleluia Dina Aguiar

Nota: Informamos os nossos clientes e amigos que a partir de 15 de Outubro (terça a sexta), A Casa do Peixe tem ao vosso dispor o prato do dia, como por exemplo: Caldeirada, Feijoadas, Cozido à Portuguesa, Leitão, entre outros. Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

QUEM ESTEVE POR CÁ...

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Em dia de aniversário Bando mostra produção para 2014

Várias personagens de trabalhos do Bando inspiram nova produção

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O Bando apagou as velas dos 39 anos de vida na terça-feira, em Vale de Barris. João Brites, o director, faz balanço positivo da actividade mas queixa-se da crise que está a afectar o grupo profissional.

António Luís

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Cartaz...

A Estação Teatral (ESTE) conta-nos uma história da sua região através da peça “A Verdadeira História da Tomada do Carvalhal”, com gestos, movimentos e muita música. A entrada é livre.

Fórum José M. Figueiredo, Baixa da Banheira | 21h30.

O fadista Pedro Lisboa, que reside em Aires, celebra os seus 40 anos de uma longa carreira dedicada ao fado com um espectáculo que conta com a envolvência de várias artistas convidados.

Teatro S. João, Palmela| 16 horas.

O espectáculo de Zeca Medeiros tem como fio condutor os temas do seu último disco “Fados, Fantasmas e Folias”, que é considerado um dos melhores discos de música portuguesa de 2011 pelo Jornal de Letras.

Teatro João Mota, Sesimbra| 21h30.

A tomada do Carvalhal

40 anos de fado

Tom rouco de Medeiros

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Cuca Rosetano AMACCuca Roseta é uma das grandes revelações do Fado em Portugal nos dias de hoje. No ano da reabertura do auditório Augusto Cabrita, o município pretendeu marcar o Mês da Música com o fado, declarado, em 2011, Património Imaterial da Humanidade.

Auditório Augusto Cabrita,Barreiro | 21h30.

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adoMostra de Teatro

de Almada regressa com 8 estreias nacionais

DE 8 a 24 de Novembro, catorze companhias e grupos de teatro apresentam na 17.ª Mostra de Teatro de Almada dezanove espectáculos, entre os quais oito estreias nacio-nais, no teatro Joaquim Benite, auditório Fernando Lopes-Graça no Fórum Romeu Correia, Teatro Extremo, Incrível Almadense, Casa da Juventude de Cacilhas, audi-tório da Pluricoop, no Pragal, e Recreios Desportivos da Trafaria.

A Mostra de Teatro de Almada (MTA) traz-nos, de novo, «a opor-tunidade de conhecer a diversi-dade da criação teatral produzida ao longo do ano pelos grupos de teatro amadores e profissionais de Almada», refere a porta-voz do evento.

Na 17.ª MTA participam A Menina dos Meus Olhos, Artes e Engenhos, Cénico da Incrível Almadense, Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria, Grupo de Teatro do Beira Mar, Grupo de Teatro da Manuel da Fonseca, Ninho de Víboras, Novo Núcleo de Teatro, O Grito, Produções Acidentais, Teatro ABC.PI, Teatro de Areia, Teatro & Teatro e o Teatro Extremo.

Dirigida a públicos de todas as idades, esta edição da Mostra aposta num programa que põe em cena criações originais, bem como obras de autores tão diversos quanto Salomão, Herberto Helder, Raúl Brandão, Álvaro Cunhal, Jacinto Lucas Pires, Sarah Adamopoulos, Javier Tomeo, Georg Büchner, Frances Goodrich, Albert Mackett e Anton Tchekhov.

A programação da 17.ª MTA inclui, também, um espaço para a tertúlia “mostra.reescritas”, nesta edição sobre o tema da dramaturgia e um espaço de convívio entre o público e os artistas “mostra.ponto de encontro” que acontece após os espectáculos.

Passados 17 anos da primeira edição em 1996, a Mostra de Teatro de Almada, organizada anualmente pela Câmara Municipal de Almada em parceria com os grupos do concelho, é um «espaço privile-giado de encontro com o público, criadores, actores, técnicos, produ-tores e estruturas que participam neste evento único e singular a nível nacional».

Grupo A Menina dos Meus Olhos

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagoni-zado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e soli-citar a sua oferta.

Ganhe convites para “Grande Revista”

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Volta da Pedra D´Ouroestá de volta aos palcos

O GRUPO Desportivo da Volta da Pedra, depois do sucesso que foi a 1.ª edição do Festival Infantil/Juvenil da canção em 2012, volta este ano a organizar o agendado no dia 27.

Este certame, que atraiu dezenas de crianças de várias localidades do País, conta com o apoio das entidades autárquicas, várias empresas e de algumas colectividades, das quais se destaca a banda da Academia da

SFUA, que actuará no intervalo do evento.

No que concerne a prémios, serão entregues troféus para a Melhor Música e Melhor Letra, para cada um dos escalões; o Prémio do Público; e os três primeiros lugares de cada um dos escalões.

No final do festival haverá um lanche, oferecido pela colectividade, o qual será partilhado com todos.

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