semmais 9 novembro

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Última Almada recebe ‘Liga dos Campeões’ em Futsal 16 ABERTURA O ano transacto foi traumático no que diz respeito à violência envolvendo crianças. Segundo dados do Instituto de Apoio à Criança (IAC), foram sinalizados 92 casos graves, em que as vítimas menores foram maltratadas, mesmo por causa de pequenas birras. Segundo os mesmos dados a que o Semmais teve acesso, 53 por cento deste tipo de situações ocorreram nas próprias residências. E há casos de castigos extremos que foram denunciados pela linha SOS Criança. «Sempre que se provoque dor de forma deliberada a uma criança, física ou psíquica, isso é um mau trato que deve ser denunciado», afirma Manuel Coutinho, secretário-geral do IAC. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 786 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 9.Novembro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Zambujo canta fado no Seixal 8 Última Corrida à presidência do IPS tem três candidatos 16 Pub. Tivemos 92 crianças maltratadas no distrito em 2012 PÁG. 2 ÚLTIMA A empresa vitivinícola José Maria da Fonseca, de Azeitão, arrecadou pela segunda vez consecutiva, o “Gyllene Glaset” (copo de ouro) atribuído pela revista ‘Allt om Vin’, que distingue a Empresa do Ano entre os fornecedores de vinho do mercado sueco. ACTUAL O novo presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, exige que a administração dos CTT reabra a estação da Baixa da Serra, na Baixa da Banheira. Os utentes têm feito filas intermináveis na única estação agora em funcionamento. José Maria da Fonseca ganha ouro na Suécia Autarcas da Moita contra fecho dos CTT PÁG. 16 PÁG. 4 As empresas e as famílias da região contrataram junto da banca em 2012 menos 1,5 mil milhões de euros do que em 2011. Em 2010, registou-se o maior pico de crédito, com 13,029 mil milhões de euros. ÚLTIMA PÁG. 11

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9 de Novembro

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Page 1: Semmais 9 novembro

ÚltimaAlmada recebe ‘Liga dos Campeões’em Futsal

16

ABERTURA O ano transacto foi traumático no que diz respeito à violência envolvendo crianças. Segundo dados do Instituto de Apoio à Criança (IAC), foram sinalizados 92 casos graves, em que as vítimas menores foram maltratadas, mesmo por causa de pequenas birras. Segundo os mesmos dados a que o Semmais teve acesso,

53 por cento deste tipo de situações ocorreram nas próprias residências. E há casos de castigos extremos que foram denunciados pela linha SOS Criança. «Sempre que se provoque dor de forma deliberada a uma criança, física ou psíquica, isso é um mau trato que deve ser denunciado», afirma Manuel Coutinho, secretário-geral do IAC.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 786 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 9.Novembro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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s: D

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CulturaZambujocanta fadono Seixal

8

ÚltimaCorrida à presidência do IPS tem três candidatos

16

Pub.

Tivemos 92 crianças maltratadas no distrito em 2012

PÁG. 2

ÚLTIMA A empresa vitivinícola José Maria da Fonseca, de Azeitão, arrecadou pela segunda vez consecutiva, o “Gyllene Glaset” (copo de ouro) atribuído pela revista ‘Allt om Vin’, que distingue a Empresa do Ano entre os fornecedores de vinho do mercado sueco.

ACTUAL O novo presidente da Câmara da Moita, Rui Garcia, exige que a administração dos CTT reabra a estação da Baixa da Serra, na Baixa da Banheira. Os utentes têm feito filas intermináveis na única estação agora em funcionamento.

José Maria da Fonseca ganha ouro na Suécia

Autarcas da Moita contra fecho dos CTT

PÁG. 16 PÁG. 4

As empresas e as famílias da região contrataram junto da banca em 2012 menos 1,5 mil milhões de euros do que em 2011. Em 2010, registou-se o maior pico de crédito, com 13,029 mil milhões de euros.

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ABERTURA

Sábado //9 . Nov . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos VENÂNCIO COSTA LIMA - PALMELA RESERVA.Esta adega produz algumas referências de vinhos, que vão desde Vinhos de Mesa até aos Vinhos Certificados (com Denominação de Origem) e ainda o famoso Moscatel de Setúbal.(Melhor Moscatel do Mundo )VENÂNCIO COSTA LIMA - PALMELA RESERVA, elaborado com Castelão, este é um excelente exemplar desta casta. É um vinho intenso, encorpado e com grande potencial de envelhecimento.

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Casa do Peixe”)

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OS NOSSO PRATOS

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Especialistas reafirmam que sempre que se provoque dor de forma deliberada a uma criança, física ou psíquica, isso é um mau trato

Descem maus tratos e aumentaa sinalizaçãoO presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), Armando Leandro, confirma que o número de crianças maltratadas desceu nos primeiros seis meses de 2013, face ao ano passado - o relatório dos dados oficiais serão revelados em breve - mas registou a existência de um «aumento significativo» dos casos sinalizados pelos técnicos do CNPCJR. Apesar de admitir que essa subida não corresponderá a um maior número de crianças maltratadas, Armando Leandro encara a sinalização de casos de maus tratos como um passo «muito positivo». Alega tratar-se de uma intervenção importante para «a proteção de crianças e jovens», acrescentando haver «uma consciência pública mais aprofundada de que não podem ocorrer estas situações e que a sinalização é crucial».

Tivemos 92 crianças maltratadas no distrito

De repente, o pequeno Luís – nome fictício - começou a ser muito

dado a birras a partir dos quatro anos. Esta criança, que residia com o pais no Seixal, passou a chorar porque não queria comer, não queria dormir, deixou de falar com os adultos e passou a urinar frequen-temente na cama. Decorria o mês de Dezembro de 2012 quando os avós começaram a achar que o menino andava «muito estranho». Aparecia frequentemente com nódoas negras e garantia que o pai lhe batia com «muita força». O progenitor desvalorizava e o argumento de que seriam apenas «enxota-moscas» até foi convencendo a família. Pelo menos à noite em que o pai bebeu de mais e libertou a

ira em público com as birras do Luís, espancando a criança ao ponto de necessitar trata-mento hospitalar.

Esta é apenas uma das famílias do distrito sinali-zada por uma das comissões de proteção de menores, sendo que enquanto o pai enfrenta a justiça e o divórcio da mãe, o filho estará ainda entregue aos avós, surgindo nas estatísticas como uma das 92 crianças que foram vítimas de violência na região em 2012, segundo dados do Instituto de Apoio à Criança, com base nas denúncias feitas para a linha SOS Criança, que, ainda assim, estará a registar um fluxo menos robusto de chamadas em 2013, embora os resultados só possam ser conhecidos no próximo ano.

Sabe-se que ao nível distrital 53% dos casos de violência sobre crianças ocorrem nas próprias resi-dências, sendo que 16% dos casos surgem em bebés entre um e seis meses de vida, 14% vitimam crianças entre os sete meses e um ano, enquanto a maioria das agressões a menores afecta a faixa etária dos dois aos seis, alegadamente por causa de se tratar da idade em que as crianças são mais vulne-ráveis às designadas «birras».

«Ainda há quem prefere não denunciar»

«É muito possível que o número de casos seja maior, mas ainda há muita gente que prefere não denunciar o que sabe», lamenta o secretário-geral do IAC, Manuel Coutinho, que inscreve o episódio do pequeno Luís, entre a maioria das crianças vítimas de violência. «É, de facto, na idade das birras que surgem mais casos de crianças maltratadas», sublinha, justi-ficando que a fronteira dos maus tratos é ultrapassada quando um adulto aplica um «castigo desadequado à idade da criança».

Esclarece Manuel Coutinho que «sempre que se provoque dor de forma deliberada a uma criança, física ou psíquica, isso é um mau trato que deve ser denunciado», alertando que um telefonema para o número gratuito «116111» traduz a linha directa rumo à prevenção de menores em perigo, vítimas de maus tratos ou negligência, embora admita que já houve mudanças nos últimos anos.

«Diria que hoje não há mais crianças maltratadas em Portugal. O que existe é mais denúncias», refere, admitindo que a crise social que percorre o país pode justificar «alguns» casos de violência junto de crianças, sobretudo devido a «situa-ções de stress» nos adultos provocados pela falta de

emprego. «Há pessoas que resistem menos à frustração e acabam por se entregar ao álcool tornando-se mais violentas para as crianças, também devido à falta de paciência», sublinha.

São casos graves que chegam à Comissão de Protecção de Menores. 53 por cento dos casos denunciados no distrito ocorrem nas próprias residências e há 16 por cento ligados a maus tratos a bebés.

Roberto DoresD

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Page 3: Semmais 9 novembro

Editorial // Raul Tavares

Já lá vai o tempo em que fazer um curso superior era uma rari-dade. Tantos fatores se conju-

gavam no impedimento desse obje-tivo. Coimbra, Lisboa e Porto, eram locais distantes onde se podia cursar para médico, engenheiro, arquiteto, economista e um pouco mais.

Regredirmos no espaço temporal de quase quarenta anos e ter o 5ºano da Escola Técnica ou do Liceu, era distinção que dava emprego certo, mais que não fosse como funcionário público ou perseguindo uma carreira militar promissora.

Como tenho bem vivas essas difi-culdades e anseios, esta reflexão não é norteada por qualquer pendor saudosista. Antes é o pretexto para evidenciar preocupação sobre os atuais tempos em que a lentidão de resposta aos novos desafios, a ausência de uma visão prospetiva, a falta de uma monitorização atenta do sistema educativo e das solicitações do mercado de emprego, convergiram para a triste e penosa realidade, que

hoje confronta os nossos jovens. E como se não bastasse, a tudo isto se juntou um tempo de crise cerceador de oportunidades e propiciador da descrença e desconfiança duma socie-dade sem resposta.

Sempre há quem diga que somos um país do improviso, do desenrasca, da moda que se copia (tanto melhor se vem de fora!) e do “oito ou oitenta”. E não há melhor exemplo, que o pano-rama que foi a profusão de Escolas e de Universidades, de cursos supe-riores espalhados por tudo quanto era sítio, numa ementa variada e difusa, ao gosto do cliente.

Situação, que mais tarde se tentou colmatar nos seus desmandos e efeitos nefastos, consequência duma polí-tica educativa irresponsável dos governos de Cavaco Silva, do início dos anos 90, mas que ainda hoje se fazem sentir, atingindo a maioria das

famílias portuguesas. Panorama que se agudizou pela

destruição de postos de trabalho, consequência duma crise sem par que vivemos, em particular no nosso país. Uma crise que mais se fez sentir a partir de 2008, fruto dos desvarios da “inteligência financeira” mundial, culminando, com todos os impactos e consequências, numa anemia das economias mais fracas, incapazes de responder às dificuldades, nomea-damente as da Europa do Sul, inte-gradas no euro.

Se por um lado traz satisfação ver como se esbateram as barreiras de antigamente e se facilitou o acesso a patamares quase impensáveis para a grande maioria dos portugueses, por outro é muita a tristeza e a preo-cupação com o que se passa. A revolta cresce na medida em que se toldam os sonhos e as expetativas radiosas desses tantos jovens. E vão definhando, reduzidas à inutilidade dum esforço dedicado de tantos anos.

Se há uma década já se fazia sentir a necessidade de implementar um conjunto de medidas preventivas na interação do sistema educativo com o mercado de emprego, e a urgência de acudir com a correção dos desvios evidentes, o desemprego generali-zado destes jovens, merece ser tido

como um dos problemas maiores da atualidade.

É preciso operacionalizar um conjunto de respostas que suplantem as interrogações que se nos colocam. Como é possível, um país pequeno, de fracos recursos, se dar ao luxo de ser “exportador” de massa cinzenta, aquela de quem se diz ser a geração melhor preparada do nosso país? Uma geração de jovens formados com cursos superiores, em que se investiu milhões de euros e que emigram e são recebidos a custo zero pelos países desenvol-vidos de destino? Seremos assim tão ricos para nos darmos a tamanho desperdício.

Uma interrogação maior se nos afigura como mais gritante por ser uma hipoteca do nosso futuro, enquanto sociedade livre e democrá-tica e enquanto país soberano e inde-pendente: - Que país seremos daqui a uns anos?

Para já fica-nos a angústia de tantas famílias que veem partir os seus filhos à procura duma vida melhor em que seja permitido ter confiança e esperança no futuro.

(Este artigo quase replica um outro aqui publicado em Janeiro de 2004, de título “A nova cara do desemprego)

O abrandamento do desemprego estes últimos meses é uma boa notícias, mas não afoga o

fenómeno já em marcha de uma geração arredada a um ‘limbo’ e presa a uma encruzilhada de futuro.

O cerne da questão está no efeito nocivo que a debandada de jovens qualificados vai produzir a prazo, com consequências nefastas para o enriquecimento político, social e cultural do país. Estas dezenas de milhar de jovens, que custaram ao país a sua educação, são ‘ferramentas’ essenciais que estamos a exportar sem dó nem

piedade. E isso é crime de lesa pátria.Portugal tem hoje mais de 700

mil jovens, entre os 15 e os 24 anos de idade, absolutamente inactivos. Isto é: não trabalham e não procuram emprego.

Os números divulgados esta semana pelo Eurostat dizem tudo e espelham uma atroz verdade: dos 1,2 milhões de jovens nesta faixa etária, apenas 226 mil trabalham e só 161 mil consta dos ficheiros de desemprego.

Se juntarmos os cerca de 70 mil jovens que, nos dois últimos anos, nem sequer tiveram hipóteses ou ânimo familiar para manter-se na escolaridade ou para seguir o passo universitário, percebe-se o alcance da hecatombe.

Na verdade, há uma cortina de fumo sobre a realidade actual que agrava o desespero e antevê um futuro sem rumo, capaz de transformar Portugal num país de velhos e arruinado no seu âmago.

A verdade dramática dos jovens em Portugal Barulho

Sábado // 9 . Nov . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

José António Contradanças

Economista

Um desemprego especial

Ruído, chinfrim, estrépito, estar-dalhaço, alvoroço, agitação, confusão, desordem. Barulhar, barulho, baru-lhento. Barulho e barulheira: no femi-nino torna-se mais intenso e estri-dente? Barulho, marulho, mergulho, embrulho, atulho, entulho …

O barulho brutaliza. O barulho baralha. Atrapalha. Se «o Inferno são os outros», o verdadeiro Inferno acon-tece quando os outros fazem barulho. Todas as descrições do Inferno têm cheiros nauseabundos e sons infer-nais (por oposição à musica ange-lical e à das esferas). O inferno é o local dos sentidos exacerbados.

Hoje em dia, somos perseguidos pelo barulho. O barulho desorienta, agride, impede-nos de pensar. Nas ruas, nos cafés, nos restaurantes, nas casas-de-banho dos Centros Comer-ciais, o Grande Irmão esforça-se para nos estupidificar. Somos perseguidos por doses maciças e ininterruptas de ruído e nele submergimos ou esbra-cejamos a custo para nos mantermos à superfície. O barulho barrica-nos. O barulho impede o pensamento, o sono, a relação connosco e com os outros. Barulho exterior vs Silêncio Interior? Silêncio: a quietação por oposição ao movimento que todo o som implica? «Silêncio é o barulho baixinho», lê-se no Cancioneiro Infanto-Juvenil do Piaget (X-XI)

Bandas sonoras: o poder do som. Sem elas, o filme seria outro. O som e a cor. Qual a cor do ruído? «Ruído Branco», de Don de Lillo. E a solidão? «Uma Solidão demasiado Ruidosa», de Brohumil Hrabal. O som das pala-vras marulha, não barulha. «Dema-siado barulho para nada», de Shakes-peare: a montanha pariu um rato. Sem barulho?

O barulho tem hora e local. À noite, e em zonas residenciais, é pior - por isso a legislação prevê a sua punição. Poluição sonora, poluição mental.

Barulho: um baralho de sons. Baru-lhos embaraçantes: todos os ruídos corporais. Barulhos irritantes: um insecto que voa à volta da nossa cabeça (sobretudo se à noite), motores, motas de água, motosserras, buzinadelas. Barulhos arrepiantes: o giz no quadro preto, um grito, o travão de um carro, uma ambulância, vidros que se partem, a broca do dentista, um instrumento desafinado. Barulhos desconfortá-veis: o choro aflitivo de uma criança, o ganir de um cão. Barulhos intri-gantes, inquietantes: uma porta que range, gatos em cio, uma discussão. Barulhos enervantes: um martelo, o som de uma lima, um corta-unhas.

«A música é o barulho que pensa.», escreveu Victor Hugo. Ou o barulho que se pensa e se ordena. O barulho não pensa. Des-pensa. E eu dispenso-o também.

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

BonsVentosde Espanha

Decorre este fim de semana em Madrid uma impor-tante conferência do PSOE,

centrada no debate das ideias para o projeto a apresentar ao eleitorado para a próxima década.

Esta conferência ocorre numa altura em que, após o rescaldo das eleições de 2011 as sucessivas sonda-gens e estudos de opinião não revelam uma descolagem do PSOE apesar das graves consequências para Espanha e para os espanhóis de gestão do governo da direita.

Aos efeitos económicos e sociais da crise há a acrescentar o reforço de pulsar das ideias independentistas ou, no mínimo, das autonomias em particular da Catalunha, facto que a conferência procurará neste caso ladear, em função do novo modelo

territorial federalista que em Julho o PSOE outorgou com o PSC (Partido Socialista da Catalunha).

Um grupo de destacadas perso-nalidades da esquerda em que se incluem ex-dirigentes da IU (esquerda unida) assinaram uma carta aberta dirigida à conferência sustentando que o período que se vive exige a colaboração e coope-ração dos homens e mulheres de esquerda tendo como objetivo a derrota da direita, com vista a mudança para um novo tempo, que sustente outra politica e outra forma desta ser exercida.

É muito importante que essas

personalidades o tenham feito, reconhecendo a importância e o papel do PSOE que procurou, com humildade, após a derrota de 2011 preparar a conferência com uma grande participação militante, tendo a organização recebido mais de 12.500 contributos nos nove meses que antecederam a reali-zação do evento deste fim de semana.

O debate do ideário do socialismo democrático está hoje, mais do que nunca, na ordem do dia e por isso mesmo é de saudar a iniciativa do PSOE que vai no sentido de credibi-lização da política e dos políticos, da abertura à sociedade e do alarga-mento da base de apoio da alterna-tiva de esquerda ao desgoverno da direita.

Alguns sinais muito preocupantes que surgem de França, com o cres-cimento da extrema direita, com sondagens em que o partido da senhora LE PEN aparece em primeiro lugar nas próximas eleições, para o parlamento europeu, mais reforçam

a necessidade de resposta coerente por parte de todos quantos se revêm nos ideários de esquerda e do socia-lismo democrático em particular.

O que se passa também nalguns países nórdicos da europa, em parti-cular na Suécia, que nos deu práticas exemplares do socialismo democrá-tico e agora suporta governos de direita, tal como a Holanda, por exemplo, não nos podem deixar indi-ferentes.

Estas mesmo preocupações devem estar presentes entre nós devendo levar à congregação de esforços dos homens e mulheres de esquerda para que o governo do PS/PSD seja forçado a cessar funções o mais rapidamente possível.

Os ataques que o governo do PSD/PP vem fazendo à Constituição à democracia, são razões mais que suficientes para que a esquerda se una com este objetivo. Não há tempo a perder.

Os ventos que não chegam de Espanha, com a conferência do PSOE são encorajadores nesse sentido.

Vítor RamalhoAdvogado

Page 4: Semmais 9 novembro

A EMPRESA Pereira Pisco Arqui-tectos, com sede em Setúbal, dese-nhou o projecto «arrojado e único» da nova igreja da Comunidade do Faralhão da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima do Faralhão e Praias do Sado, que vai substituir o velho edifício dos anos 50 que já não dá uma boa resposta à comunidade e as condições de segu-rança deixam muito a desejar. No global, a obra está orçada em cerca de um milhão de euros.

O gerente Paulo Pisco garante que o projecto foi «bem acarinhado» pela comunidade e que a sua elaboração deu «uma grande satisfação» à empresa Pereira Pisco. «Estamos muito satisfeitos com este projecto arrojado. Desde o início, a comuni-dade agarrou o projecto como seu. É inspirado no Sagrado Coração de Maria e é único no Mundo, porque é original. Possui uma grande cúpula, ao centro, tal como as grandes igrejas italianas, e uma imagem muito própria».

O arquitecto refere que o

projecto, que começou a ser traba-lhado em 2003 e que já foi apro-vado pelo município, sofreu altera-ções por duas vezes devido a ques-tões financeiras e pequenos ajustes. «É um projecto ambicioso que contempla, além da igreja, uma capela mortuária, um grande salão com salas de catequese e um centro de dia», acrescentando que é uma obra que vai engrandecer a comu-nidade do Faralhão, que sonha com a nova igreja desde 1999. «Só vamos deitar abaixo a velha igreja quando a nova for construída na zona do actual pátio. As duas igrejas podem coexistir no tempo. Esta é uma das boas valências deste projecto».

Já o padre Martins Ferreira, da paróquia do Faralhão e Praias do Sado, diz que as estruturas de sustentação da actual igreja, construída pelo povo, estão «muito degradadas» e que parte do telhado está em «ruínas», pelo que se justifica a construção de um novo templo. «A actual igreja é pequena para o culto, porque a comunidade

cresceu bastante. Vai servir muito bem a população porque no Fara-lhão não existe nenhum centro de dia nem uma capela mortuária condigna», vinca.

O lançamento da primeira pedra está agendado para este domingo, após a missa das 11 horas, seguindo-se um almoço para angariação de fundos no Estrelas do Faralhão Futebol Clube. A primeira e segunda fase da

obra, a construir pela Ramos Cata-rino, deverá arrancar, o mais tardar, em Dezembro. Compreende todas as estruturas basilares da igreja, sendo que o interior ficará a aguardar pelas ajudas da comunidade e de mecenas. O município isentou de taxas a cons-trução da igreja, que estão avaliadas em 67 mil euros.

António Luís

IEFP inaugura novo centro de certificação HTEC

NO PRÓXIMO dia 12, pelas 10 horas, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, em parceria com a HAAS – Portugal, vai inaugurar um novo centro de certificação HTEC, o qual funcionará nas instalações do Centro de Emprego de Setúbal.

Durante a tarde decorrerão sessões técnicas nas quais participam várias empresas como a MasterCAm, a Sandvik, a Cimcool e a Renishaw.Este centro de certificação direc-tamente relacionado com a formação profissional, já exis-

tente, na modalidade de apren-dizagem na área/cursos de ‘Técnico de maquinação e progra-mação CNC’, possibilita aos formados a aquisição dos conhe-cimentos e competências técnicas de excelência, ajustadas às neces-

sidades actuais das empresas, nomeadamente, no que respeita à produção de peças tecnoló-gicas complexas, permitindo, ainda, a obtenção de uma certi-ficação específica em máquinas HAAS.

ACTUAL

Sábado //9 . Nov . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Encerramentos dos CTT na Moita preocupam eleitos e população

O presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Garcia, exige que a adminis-

tração dos CTT reabra a estação de correios da Baixa da Serra, na Baixa da Banheira, por considerar que a situação actual não se adequa às necessidades das populações que

têm feito filas intermináveis na única estação dos CTT da freguesia, que agora responde perante cerca de 20 mil utentes. O autarca diz não entender os motivos que ditaram o encerramento da estação, mas levanta, ainda assim, a possibili-dade de «razões puramente econo-micistas estarem por detrás».

Para impedir que a situação se repita, visando agora encerrar as outras três estações que funcionam no município, e tendo em conta o

processo de privatização da empresa, a autarquia, em colaboração com as juntas de freguesia locais e com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, colocou online uma petição que visa tornar públicas estas preocupações e reunir assinaturas suficientes para agendar a discussão do tema na Assembleia da República. São precisas 4 mil assinaturas.

Além desta frente de luta, a autarquia abriu entretanto uma

outra visando reunir de emergência com a administração dos CTT. «Representamos os interesses da população e, como tal, temos de fazer chegar esta voz o mais longe possível, manifestando-nos contra todas medidas», sublinha.

Petição jácircula on line

O presidente da Câmara da

Moita diz que a decisão de encerrar a estação da Baixa da Serra fez o município regredir nesta área «várias décadas atrás», tendo em conta as filas no atendimento na Baixa da Banheira que se fazem sempre que as pessoas tentam levantar as suas pensões e/ou reformas. «E o que se vislumbra no horizonte, com a privatização dos CTT e a perda de mais serviço público fundamental, não é nada animador», acrescenta. A petição, que já se encontra em circulação, pode ser também consultada online nos sites oficiais dos vários órgãos autárquicos.

Em causa estação da Baixa da Serra, na Baixa da Banheira

Fecho da estação da Baixa da Serra tem gerado filas intermináveis na estação da Baixa da Banheira, o único posto que responde agora a mais de 20 mil utentes. Autarquia teme que outros fechos se avizinhem com privatização da empresa.

O edil da autarquia está ao lado dos trabalhadores

16 anos por matar ex-mulher em Alhos Vedros

FLAMÍNIO Sousa ainda recorreu para a Relação de Lisboa, mas não escapou à pena de 16 anos de cadeia já decretada pelo Tribunal da Moita, que não teve dúvidas sobre a forma “fria, bárbara, gratuita e cobarde” como o homem de 56 anos matou Ana Paula Sousa, de 45 anos, a sua ex-mulher, à porta da danceteria Kleopatra, a 13 de Junho de 2012.

Os juízes deram como provado que a vítima era amea-çada pelo ex-marido desde a altura em que decidiu sair de casa e pedir o divórcio, vindo Ana Paula Sousa a apresentar queixa às autoridades, que retiraram a caça-deira que Flamínio possuía, proi-bindo-o de se aproximar da vítima. Ao sair de casa, Ana Paula levou os três filhos consigo - o mais velho tem 12 anos - mas António queria a todo o custo reatar o casamento.

Mas foi movido pelos ciúmes que o agressor ignorou a ordem do tribunal e na tarde de 13 de Junho do ano passado surpre-endeu a ex-mulher à saída da discoteca. Disparou vários tiros sobre a vítima e deixou-a morta no local, indo entregar-se à GNR.

No recurso apresentado na Relação o agressor pedia uma redução da pena aplicada na primeira instância, alegando que Ana Paula manteria relações extraconjugais ainda quando eram casados e que por esse motivo cometeu um acto de loucura. Porém, o colectivo rejeitou o recurso.

Roberto Dores

DR

Bruno Cardoso

Pereira Pisco desenhou projecto arquitectónico ambicioso para nova igreja do Faralhão

Projecto arrojado vai gerar metamorfose num edifício dos anos 50

DR

Cadeia para homicida ‘bárbaro’

DR

Page 5: Semmais 9 novembro

Sábado // 9 . Nov . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Associações apoiam milhares de animais abandonadosAS ASSOCIAÇÕES de

protecção aos animais estimam em largas centenas, talvez milhares, o número de animais abandonados na região, apurou o Semmais junto de várias entidades que se dedicam ao voluntariado animal.

Embora a contabilização seja difícil de fazer e de siste-matizar, as associações contactadas pelo nosso jornal recebem e apoiam anualmente milhares de animais. A ‘Sobreviver’, sediada em Setúbal, recebe diariamente entre dez a quinze pedidos de ajuda, que variam entre denúncias de mais tratos, pedidos de ajuda para pagamento de despesas de veterinários e para este-rilizações, mas acima de tudo para recolha de animais abandonados.

Em Sesimbra, a ‘Bianca’ recolhe anualmente mais de 600 animais e, por todo o distrito, várias associações e também muitos particu-lares resgatam animais e dão-lhes acompanhamento.

O número de abandonos

«aumentou consideravel-mente» nos últimos tempos, diz ao Semmais Ana Duarte, da Associação Bianca. «Nunca se viu tanto animal abandonado, é uma catás-trofe!», afirma, categórica.

As dificuldades finan-ceiras das famílias e a sua incapacidade para suportar as despesas inerentes a um animal de estimação têm resultado nesse aumento de abandonos, mas as respon-sáveis pelas associações de apoio reclamam que «as difi-

culdades financeiras não podem ser desculpa para o abandono de animais». Há também os casos de animais que são entregues à sua sorte, ou são dados para adopção, porque, explicam as nossas fontes, «a família aumentou ou as crianças são alérgicas, ou um sem números de desculpas.» Diana Melo, da ‘Pravi’, consi-dera mesmo que «à margem da crise financeira vivemos também uma enorme crise de valores».

A força de apoiodas redes sociais

As redes sociais têm sido uma forma de algumas asso-ciações divulgarem o seu trabalho e pedirem ajuda para as dezenas de animais que todos os dias procuram novos donos, até porque esta

é uma forma económica de pedir ajuda.

As instituições de apoio animal vivem essencialmente de trabalho voluntário e, do ponto de vista financeiro, dependem largamente dos donativos e das campanhas que promovem para angariar rações e medicamentos. Um

trabalho que nem sempre é reconhecido, como lamenta Cláudia Mata, da Associação Sobreviver, já que, prossegue, «muitas vezes as pessoas não compreendem por que não se consegue fazer mais. Acham que pelo facto de sermos uma associação temos a obrigação de ajudar e solucionar todos os problemas, mas esquecem-se que também temos limites monetários, físicos e humanos.»

Habituadas a encontrar animais nas piores condições de salubridade, mal tratados, com fome, espancados e feridos, as voluntárias destas associações reclamam a inexis-tência de uma lei que defenda os animais. Diana Melo defende que «têm que existir leis que criminalizem o abandono e os maus tratos». E que esse deve ser o ponto de partida, até porque enquanto assim não for, teme Cláudia Mata, «o aban-dono de animais tenderá a aumentar por não existirem leis de defesa animal eficazes e enquanto os maus tratos não tiverem punição.»

Marta David

Como ajudar e porquê…

As campanhas de recolhas de alimentos e medicamentos para animais acontecem ao longo de todo o ano em vários super e híper mercados do distrito, no entanto, as necessidades nunca são totalmente colmatas e, apesar de todo o trabalho ser praticamente voluntário, existem sempre despesas com veterinários, esterilizações ou acolhimentos temporários. Ao abrigo da lei do mecenato, as associações passam recibos dos donativos

angariados e esta é, muitas vezes, a única forma que têm de dar resposta às centenas de apelos recebidos.

Associação Sobreviver, Setúbal – [email protected]: 0035 0774 00139251330 43Pravi Núcleo de Setúbal – [email protected]: 0033 0000 45415942813 05Associação Bianca, Sesimbra – [email protected] NIB: 0035 0771 00016360530 29

Abate de sobreiros poderá ser feito sem autorização

AS ASSOCIAÇÕES ambientalistas Quercus e LPN exigem explicações ao Governo sobre uma proposta de lei elaborada pelo Instituto de Conser-vação da Natureza e das Florestas (ICNF) que «ameaça uma percentagem substancial dos sobreiros adultos que se encontram em plena produção» em regiões como a de Setúbal.

«Estamos bastante preocupados com a possível alteração da legis-lação de proteção do sobreiro em preparação no ICNF», confirma Domingos Patacho, da Quercus. Eugénio de Sequeira, da LPN, vai mais longe: “Estão a preparar-se para acabar com a proteção ao sobreiro e isso seria um erro crasso”.

Em causa está uma proposta de alteração legislativa que simplifica o processo de autorização de corte de sobreiros. Se esta legislação entrar em vigor, um qualquer proprietário deixa de necessitar de autorização

do ICNF para cortar uma árvore, sempre que esta não esteja integrada num povoamento. Basta-lhe efetuar uma comunicação prévia.

Roberto Dores

IPS emprega 75% dos licenciados

O INSTITUTO Poli-técnico de Setúbal realizou recentemente um estudo que revela que após um ano da conclusão da licencia-tura, 75 por cento dos seus diplomados encontra-se inserido no mercado de trabalho, em áreas próximas ou relacionadas com a sua área de formação académica.

O estudo incidiu sobre os diplomados que concluíram os seus estudos no ano lectivo 2010/11, e teve como prin-cipal objectivo analisar o seu percurso profissional.

O estudo concluiu ainda que 52 por cento dos diplomados estão concentrados no distrito de Setúbal e que cerca de 47,3 por cento dos licen-ciados possuem contrato de trabalho sem termo e 37,1 por cento dispõem de contrato a prazo. A média dos ordenados dos licenciados ronda os 880 euros.

Alteração ameaça espécie

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Animais aguardam abate para breve no canil de Setúbal

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Sines recebe plenário do PS BE exige defesa das urgências

EURICO Dias, do secretariado nacional do PS, vai estar presente, hoje, no Auditório Municipal de Sines, num dos plenários que os socialistas estão a empreender para debater a situação política. Estas

acções decorrem até ao dia 22, no fecho deste ciclo, com a presença do líder ‘rosa’. Para estes debates estão a ser convi-dados militantes e candidatos autárquicos independentes que figuraram nas listas do PS.

O GRUPO parlamentar do BE quer saber o que se passa exac-tamente com a situação das urgências hospitalares na península de Setúbal, após as denúncias da delegação regional de Setúbal da Ordem

dos Médicos. Os bloquistas exigem do governo medidas para combater a sobrelotação dos centros hospitalares de Setúbal e Barreiro/Montijo, e quer as especialidades com número de médicos adequados.

POLÍTICA

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal.Certifico, para efeitos de publicação que no dia quatro de Novembro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 62 do livro 261 – A, de escrituras diversas, na qual:a) Maria Amélia da Silva Emílio de Jesus, casada com Adriano Nunes de Jesus sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Rodrigo Ferreira da Costa, nº22, 1º Esquerdo, em Setúbal, contribuinte número 106055690.b) Odete dos Santos Emílio Soares, casada com Humberto Canhenha Soares sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Dom Pedro Fernandes Sardinha, nº1 B, 1º Esquerdo, em Setúbal, contribuinte número 117378062, justificaram a posse, invocando a usucapião de um Prédio Urbano, composto de casa de madeira, de dois pisos, destinados a habitação, com a área coberta de vinte e nove vírgula sessenta e cinco metros quadrados, sito na Rua E (atual Rua Dr. José Guimarães e Torres, nº 33, Bairro Santos Nicolau, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, que confronta do norte com Rua Dr. José Guimarães e Torres, do sul com Ventura Silva Martins, do nascente com Francisco Aveiro e o poente com caminho de serventia, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 3287.Está conforme.

Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 4 de Novembro de 2013.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Pub.

Ministra garante que reforma vai aproximar populações da justiça

A Ministra da Justiça garantiu esta semana em Setúbal que a reforma judiciária

vai restaurar a justiça de proximi-dade junto dos cidadãos levando para o interior do país especia-lizações como o Trabalho, os Menores ou o Comércio. Paula Teixeira da Cruz não precisou se o encerramento do tribunal de Sines, entre outras mudanças a nível local, são mesmo para

avançar, mas garantiu desde já que o processo «respeita a realidade sociológica do país, havendo estudos que sustentam as conclusões agora alcançadas».

A governante acrescentou ainda que a reforma em questão visa «especializar a justiça», tendo em conta que os tribu-nais actuais «julgam tudo, demoram muito tempo e tratam dos processos com pouca quali-dade». «E é disso que aqui se

fala, de uma justiça de melhor qualidade para todos os cida-dãos», reiterou a ministra.

No distrito, a reforma judi-ciária, tal como o Semmais referiu na edição da semana passada, prevê o fecho do tribunal de Sines, a transformação do de Alcácer do Sal numa secção de proximidade e a perda de valên-cias a nível criminal e cível na Moita. As autarquias, especial-mente a da Moita, já vieram a

público mostrar o seu desagrado pelas mudanças anunciadas e prometem dirimir forças para travar o processo. Nem que tenham de recorrer… aos tribu-nais.

Jornada paradebater OE 2014

As palavras da Ministra da

Justiça foram proferidas durante uma iniciativa organizada pelo PSD para debater as propostas do Orçamento de Estado para 2014. Sobre esse assunto, a governante sublinhou que o povo português «não se verga ou dobra em momentos difíceis» e garantiu que o actual orçamento «é o último degrau a subir para que o país se liberte da Troika».

Paula Teixeira da Cruz referiu ainda que as reformas feitas pelo Governo nos últimos anos têm dado sinais positivos, designa-damente ao nível do endivida-mento, «que acabou», da redução do deficit primário, do menor desemprego e do aumento do PIB ou das exportações. «Estamos a dar a volta e com isso estamos a desipotecar as futuras gera-ções», acrescentou.

Paula Teixeira da Cruz esteve em Setúbal numa iniciativa do PSD

Paula Teixeira da Cruz sublinhou que as mudanças anunciadas para os tribunais respeitam a realidade sociológica do país. E deixou, em Setúbal, palavras de encorajamento para os portugueses, saliente que o OE 2014 é o «último degrau» para deixarmos a Troika.

Bruno Cardoso A membro do Governo assumiu as reformas que prevê fecho do tribunal de Sines

Quinta do Conde homenageia Álvaro Cunhal

Bloquistas ‘recusam’ eleitos do PSD no Afonsoeiro

A JUNTA de Freguesia da Quinta do Conde assinala, este domingo, dia 10, às 11 horas, o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, com a inauguração de um mural, localizado na Rua António José de Almeida, num espaço requalificado pelo urbanista Domingos Vaz.

A obra, em baixo relevo com a efígie e alguns traços simbólicos da personalidade de Álvaro Cunhal, foi concebida e executada pelo escultor Hugo Maciel, no âmbito de um protocolo de colaboração entre a Junta de Freguesia da Quinta do Conde e o artista.

«Assinalar este centenário é um imperativo moral e o reconheci-mento dos democratas e patriotas, dos operários, dos trabalhadores, dos jovens, dos intelectuais, dos

homens e mulheres da ciência, da arte, da cultura, do povo portu-guês, àquele que foi um dos mais consequentes lutadores pela liber-dade e pela democracia, que se destacou também nos campos das artes e da escrita», revela a Junta de Freguesia na sua página da Internet.

O PSD Montijo acusa o BE de «falta de abertura democrática» na União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro. Os ‘laranjas’ lamentam que os bloquistas tenham imposto ao PS, como condição para a sua participação no executivo a exclusão do PSD do mesmo. Para os social-democratas, o BE tocou «o limiar do extremismo político, uma opção política com a qual não nos conseguimos identificar».

O BE perante a situação de impasse na constituição da Junta da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, que começa a ser «insustentável» para a população, visto o PS ter elegido 6 membros, que não são suficientes para a cons-tituição de um executivo para a Junta, sugeriu que a inclusão de um autarca seu no executivo, caso a CDU concorde. Como imposição, o BE não pretende fazer parte da Junta de Freguesia com os eleitos do PSD. «O BE terá total indepen-dência nas votações das propostas e nas suas intervenções políticas, tanto na assembleia como na junta de freguesia», vincam os bloquistas, que acrescentam: «Mesmo que não venhamos a fazer parte do execu-tivo, não iremos inviabilizar a sua constituição com outras forças políticas».

O centenário do eterno líder do PCP

Maioria chumba‘IMI mais baixo’do PSD Barreiro

A PROPOSTA do PSD para redução do Imposto Sobre Imóveis no Barreiro, de 0,4 para 0,35 por cento, foi chumbada esta semana. No Barreiro, o IMI arrecada de 8 milhões de euros (2012), podendo nos próximos 4 anos ascender a 10 milhões, o que representa um aumento de 25 por cento.

O PSD sublinha que nos prédios já avaliados a taxa pode variar entre 0,3 e 0,5 por cento. Actualmente a taxa é de 0,4 por cento. «Se a taxa não baixar, o valor vai ser incomportável para as famílias», defendem os social-democratas.

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Mourisca acolhe 6.ª Feira de Outono

A 6.ª FEIRA de Outono, decorre domingo, na Mourisca, em Setúbal, para promover os produtos gastronómicos da época, conta com um magusto acompanhado de música e poesia. O “Magusto no

Moinho”, pelas 16 horas, é um dos pontos altos do certame de exaltação dos produtos do Sado e da Arrábida, como hortofrutícolas, mel, sal, ostras, pão, vinho, queijo e ervas aromáticas.

LOCAL

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Setúbal avança com expropriação da Casa das 4 Cabeças

A autarquia de Setúbal vai avançar com a expropriação litigiosa da Casa das 4 Cabeças,

situada na rua Fran Pacheco, por considerar que o imóvel de inte-resse cultural, histórico, arquitec-tónico e artístico se encontra em «estado severo estado de degra-dação, sem condições de utilização e com a sua integridade amea-çada». A câmara já aprovou, desse modo, requerer o carácter urgente da declaração de utilidade pública da expropriação da Casa das 4 Cabeças e respectiva posse admi-nistrativa para recuperação deste imóvel de interesse municipal.

A edilidade tomou a decisão depois de os proprietários do

imóvel não terem realizado as necessárias obras de conservação do edifício, considerado desde 1977 imóvel de interesse muni-cipal. O estado de degradação aumentou consideravelmente no último Inverno, pelo que a autar-quia decidiu agora enveredar pela expropriação de modo reverter a situação de «perda irreparável» em que este actualmente se encontra.

Uma avaliação feita deter-minou ainda como valor da justa indemnização a aquisição por 86

mil euros, tendo a Câmara Muni-cipal notificado os interessados sobre esta proposta. «Das sete cartas enviadas, duas foram devol-vidas, duas mereceram resposta de concordância e as restantes não obtiveram resposta», explica a edilidade. A autarquia tem neste momento uma candidatura apro-vada junto do Instituto da Habi-tação e Reabilitação Urbana desti-nada à reabilitação do edifício, estimando assim adjudicar futu-ramente a empreitada no prazo de sete meses.

Santiago do Cacém promove oficinas de artes

Castanhas assadas e água-pé em Almada

Interacção cultural entre imigrantes no Seixal

Moita conhece dificuldades das instituições

Palmela celebra Dia Europeu do Enoturismo

Sesimbra requalifica Casa da Água

Montijo contra Orçamento de Estado

Barreiro sensibiliza para ruas limpas

Alcochete dinamiza mercadoprodutos da terra

Alcácer do Sal ajuda comércio local com financiamentos

Magusto no mercado de Grândola

O MUNICÍPIO vai promover as Oficinas de Artes Plásticas, a partir do dia 13, às quartas-feiras, pelas 15 horas, quinzenalmente, em cada biblioteca, para crianças e jovens dos 10 aos 14 anos. Experimenta, explora e cria. A inscrição deve ser feita previamente.

ALMADA celebra este sábado o S. Martinho. Entre as 9 e as 13 horas a festa vai animar o centro de Almada. À tarde, após as 13 horas, a festa passa para Cacilhas. Há castanhas assadas e água-pé. Às 21h30 actua a Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O SEIXAL aderiu novamente ao “Família do Lado”, que promove a interacção entre imigrantes e locais. O projecto reforça as rela-ções sociais entre famílias através de um encontro na casa de uma delas para a realização de um almoço típico. O “Família do Lado” tem contribuído para uma inte-gração mais efectiva dos partici-pantes, ao mesmo tempo que expo-nencia a ideia e promove a diver-sidade cultural. Os encontros terão lugar no dia 24, pelas 13 horas.

O PRESIDENTE do município Rui Garcia visitou, no passado dia 1, o Lar S. José Operário, na Baixa da Banheira, onde reuniu com os representantes da Mise-ricórdia de Alhos Vedros. Estes contactos pretendem estreitar relações com as forças vivas e conhecer as suas dificuldades. O provedor da Misericórdia, Alberto Morgado, agradeceu “a colabo-ração que a Câmara tem dado, na cedência de terrenos e no apoio a projectos”.

ATÉ dia 11, Palmela aposta em várias iniciativas para os amantes do vinho e do turismo, no âmbito das comemorações do Dia Europeu do Enoturismo, promovidas pela Rede Europeia de Cidades do Vinho e a Associação de Municípios do Vinho. O programa do município integra os Fins-de-Semana Gastro-nómicos do Moscatel, um Curso de Vinhos, um Circuito Enoturís-tico, concertos musicais, visitas e provas de vinhos e a celebração do S. Martinho.

A CANDIDATURA apresentada pelo município ao Programa de Desenvolvimento Rural para a requa-lificação da Casa da Água e do antigo horto comunitário do Cabo Espichel foi aprovada. O investimento ronda os 144 mil euros.

A intervenção contempla a recu-peração da traça arquitectónica, bene-ficiação do espaço da antiga horta, fontes e bebedouros para os animais. A obra contempla ainda a construção de uma cerca junto à falésia para protecção dos visitantes.

O MUNICÍPIO está contra o OE do Governo, sublinhando que estamos perante «uma limitação da autonomia municipal, em grande medida originada pelo corte nas trans-ferências do OE para os municípios».

Para o município, «esta circuns-tância é agravada pela imposição de redução dos dirigentes/funcioná-rios, os cortes nos salários e reformas da Função Pública, a redução de freguesias, o Novo Regime Jurídico das Autarquias Locais e a nova Lei das Finanças Locais».

A CAMPANHA “Onde Eu Brincar, o Cocó Tens de Apanhar”, promovida pelo município em cola-boração com as escolas, contou, no dia 6, com a participação de mais de 60 alunos da Básica de Coina. Os alunos distribuíram folhetos nas ruas, em lojas, nas caixas do correio, no CATICA, na extensão de Saúde, na Junta, entre outros locais.

A V FEIRA Produtos da Terra realiza-se no dia 16, entre as 8 e as 16 horas, no Mercado Municipal de Alcochete. O evento visa dinamizar o Mercado Municipal e divulgar os produtos que são produzidos no concelho. A iniciativa tem registado adesão positiva por parte dos muní-cipes que têm oportunidade de conhecer os produtos locais.

OS EMPRESÁRIOS do concelho de Alcácer do Sal vão, no próximo dia 14 de Novembro, conhecer a medida de financiamento “Comércio Investe”, que se destina à moder-nização e valorização da oferta no comércio da cidade. A sessão de esclarecimento, organizada pelo município com o apoio do Insti-

tuto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, decorre na biblioteca local, entre as 20h30 e as 22 horas.

Vítor Proença, presidente da autarquia, vai abrir a reunião onde os empresários terão acesso às linhas mestras do “Comércio Investe”, que prevê incentivos não

reembolsáveis correspondentes a 40 por cento, podendo atingir 35 mil euros por projecto. São elegí-veis intervenções ao nível da requa-lificação de fachadas, remodelação da área de venda ao público, toldos e reclamos, áreas de decoração, design de interiores e vitrinismo, entre outras.

O S. MARTINHO é assinalado em Grândola com um tradicional Magusto, que regressa ao mercado municipal, após a requa-lificação de que foi alvo o edifício. No dia 11, às 19 horas, não irão faltar as tradicionais castanhas assadas, fritas ou cozidas acom-panhadas de vinhos da região e

muitos petiscos como miolos com carne frita, carne assada com castanhas, linguiça frita e assada, moelinhas, tapas variadas, batatas-doces fritas e assadas e bolos. Não vai faltar a música popular ao vivo, que promete brindar os presentes com muita animação.

Sines festeja S. Martinho O BAIRRO 1.º de Maio é o

cenário da 2.ª feira de S. Martinho, este sábado, entre as 10 e as 17 horas. Trata-se de uma inicia-tiva conjunta da Associação Prosas, Missão Coragem e Câmara Municipal de Sines. A

feira de S. Martinho é uma feira de produtos artesanais e regio-nais, com magusto e animação. É uma forma de animar o bairro e dar a conhecer as associações que nele têm a sua sede. A Câmara dá apoio logístico.

A fachada tem inegável interesse cultural, histórico, arquitectónico e artístico

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Os proprietários recusam proceder a obras de conservação e a autarquia vai agir de forma litigiosa. A utilidade pública do edifício é o próximo passo.

Bruno Cardoso

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Dança no Augusto Cabrita

O AUDITÓRIO Augusto Cabrita, no Barreiro, recebe este sábado, pelas 21h30, a companhia Olga Roriz com o espectáculo de dança “A Cidade”, pela Arte-mrede. A pressão, contami-nação, alienação e desgaste

que as cidades causam no ser humano é o enfoque do bailado. Não perca o desfilar de momentos solitários, sem passado nem futuro, suspensos num curto tempo de vida em quadros vividos ou imaginados.

CULTURA

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Cartaz...

O Casino de Tróia festeja o S. Martinho com a actuação da madeirense Vânia Fernandes, que venceu o programa “Operação Triunfo” e representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção. A artista promete um espectáculo muito caloroso.

Casino de Tróia | 23h30.

Com o seu timbre quente alentejano e interpretação muito própria, André Batista apresenta o segundo álbum “Gentes do Fado”, integralmente composto por poemas escritos por diversos fadistas.

Centro de Artes de Sines| 22 horas.

O “maior conjunto musical de todos os tempos” dirão uns, “peça fundamental na história da arte contemporânea e não só”, dirão outros, o que é certo é que em ano de comemorações do 20.º aniversário de uma longa carreira recheada de sucessos e actuações um pouco por todo o lado, os Duendes do Umbigo preparam-se agora para a grande gala da consagração dos 20 anos.

Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo | 21h30.

Vânia festeja S. Martinho

Segundo álbum de André

Duendes animam Montijo

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do

Fados de ZambujoAntónio Zambujo apresenta-se promete um óptimo espectáculo de fado a solo. O fadista, nascido em Beja, cresceu a ouvir o cante alentejano, onde a harmonia das vozes, a cadência das frases e o tempo de cada andamento foram sempre uma influência no seu trabalho.

Forum do Seixal | 21h30.

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Fontenova repõe peça e abre portas a companhias

O Teatro Estúdio Fontenova mantém em cena, até domingo, no seu espaço da Quinta Alves

da Silva, a peça “A Noite Antes da Floresta”, de Bernard-Marie Koltés e encenação de José Maria Dias. O trabalho, protagonizado por Eduardo Dias, que sobe ao palco às 21h30, destina-se a maiores de 16 anos e tem a duração de uma hora. Estreou a 25 de Agosto, na XV Festa do Teatro, no Forum Luísa Todi.

A peça apresenta o encontro de dois seres que vagueiam na noite, estrangeiros e marginalizados. Numa esquina de uma cidade qual-quer, um homem que, sem ter para onde ir e completamente enso-pado pela chuva, tenta comunicar com outro homem na rua, estabe-lecer um contacto humano em condições desumanas de sobre-vivência. Quem será esse interlo-cutor? Pode ser o próprio espec-tador ou ainda um duplo do perso-

nagem, um espectro?“A Noite Antes da Floresta” é

uma descida aos infernos, é a voz de um imigrante, de um marginal, de um excluído. Não se sabe o seu nome, nem quem é, somente que está sozinho e que fala, fala sem parar. Trata-se de um vigoroso grito de amor que se perde numa noite fria e chuvosa.

Entretanto, o Fontenova acolhe este mês, no seu espaço, os Artistas Unidos com a peça “A 20 de Novembro”, entre 14 e 17. De 21 a 24 é a vez do Grupo de Teatro Metá-foras levar à sede do Fontenova o trabalho “Antes de Começar”. A 29

e 30 o Alouette Projects apresenta “A Almofada da Paula”, uma core-ografia teatral e grotesca inspirada na obra de pintora Paula Rego.

Graziela Dias, directora de produção companhia, realça que a reposição da peça “A Noite Antes da Floresta” permite a que um maior número de pessoas possa assistir à produção. «Como a peça foi ao palco apenas uma vez, durante o festival, achámos por bem dar oportunidade a quem não viu o espectáculo nesse período, ter agora essa possibilidade de concretizá-lo», frisa.

Sobre o convite a outras compa-nhias de teatro, para actuarem no espaço Fontenova, localizado na Quinta Alves da Silva, Graziela Dias explica que «já não é a primeira vez» que se faz acolhimento a outros grupos naquele espaço. «Penso que, acima de tudo, o espaço não é unicamente do nosso grupo, mas sim, sobretudo, da cidade e da sua comunidade, pelo que este tipo de convites está a crescer de ano para ano, cada vez com mais regularidade. Os públicos também se constroem com a partilha de redes entre as companhias da região e do País. É graças a estas partilhas que todos nós podemos crescer, tanto as companhias de teatro como o público em geral», conclui Graziela Dias.

António Luís

O Fontenova continua a dinamizar o teatro em Setúbal, como forma de criar novos públicos.

Eduardo Dias, actor do TEF

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Almada vive Mostra de Teatro com estreias e peças para todos os gostosA 17.ª MOSTRA de Teatro de

Almada abriu portas na passada quinta-feira, com a estreia de “A Partir”, do Teatro de Areia.

Este sábado, é reposto o “Auto da Barca do Inferno do Séc. XXI” pela Incrível Almadense, às 16 horas, naquela colectividade. A peça apre-

senta uma reciclagem da obra de Gil Vicente, procurando estabelecer um paralelismo entre a sociedade de então e a actual, de forma divertida.

Segue-se, às 21h30, a estreia de “Deambulações ou possíveis regressos”, na Casa da Juventude de Cacilhas, com base na versão de

Herberto Helder de “Húmus” de Raúl Brandão.

Domingo, cem anos após o nasci-mento de Álvaro Cunhal, o Teatro Extremo apresenta a versão cénica de Catarina Pé-Curto e Jorge Feli-ciano do conto para crianças “Os Barrigas e os Magriços”, às 11 horas,

no Teatro Extremo. Às 21h30, o Teatro&Teatro volta a pôr em cena no auditório Fernando Lopes-Graça a obra de Jacinto Lucas Pires “Universos e Frigoríficos” que promete momentos divertidos e poéticos.

Até dia 24, são várias as oportu-nidades para ver 19 espectáculos de

14 grupos de teatro em diferentes espaços de Almada como o antigo Casino da Trafaria e o Teatro Joaquim Benite e, ainda, participar na Tertúlia “Mostra.Reescritas” sobre o tema da dramaturgia com Anabela Mendes, David Antunes e Mickaël de Oliveira. Vá ao teatro!

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilhe-teira. Este espectáculo protagonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, vive sobre-tudo da sátira política e

social, não esquecendo os cenários e os figurinos de luxo.

Já estreou no Teatro da Trindade, em Lisboa, o musical “Zorro”, protago-nizado por Cláudia Vieira, numa produção da Elenco Produções e Yellow Star Company. O musical, para toda a família, conta a história da maior lenda de todo os tempos, num dos mais emblemáticos teatros do País. “Zorro” sucede a “Aladino no Gelo” e “A Ilha do

Tesouro”, das mesmas produtoras, que foram vistos por 60 mil pessoas.

Para se habilitar a ganhar convites para a 17.ª Mostra de Teatro de Almada para assistir às peças “Universos e Frigoríficos” (dia 10, 16 horas), “O Peso de uma Semente” (15, 21h30), “O Cântico do Sulamita” (17, 21h30), “Ferida Aberta Woyzeck” (21, 21h30), “Monólogos – Os Malefí-cios do Tabaco” (22, 21h30), basta ligar 918 047 918 e escolher o espectáculo que

pretende ver. Há cinco duplos para oferecer para cada espectáculo.

Paulo Sousa Costa apre-senta a peça “A Noite”, de José Saramago, no Teatro da Trindade, em Lisboa, aos sábados e domingos às 21h30. No elenco constam os nomes de Paulo Pires, Pedro Lima, Joana Santos, Victor Norte, Sofia Sá da Bandeira, João Lagarto, entre outros.Trata-se de uma peça com muita história, já encenada em 1979, com encenação

de Joaquim Benite e direcção musical de Carlos Paredes.

Ofertas Semmais - Ligue 918 047 918

“Grande Revista” Musical “Zorro” Mostra de Almada “A Noite”

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CNLA com boa estreia em Évora Corta Mato Juvenil da Moita

SALDO positivo para o Clube de Natação do Litoral Alente-jano, de Sines, na estreia em competição da época 2013/14, no torneio de aniversário do Aminata, em Évora, que foi também a primeira sob a orien-

tação do técnico Marc Moreira. A grande maioria dos atletas melhoraram as suas marcas pessoais. Em termos de clas-sificações absolutas, destaque para o 2.º lugar da estafeta masculina de 4x50 Livres.

O 18.º CORTA Mato Juvenil com provas extras, este sábado, pelas 15 horas, marca o arranque da nova época desportiva do Torneio em Atle-tismo das Colectividades do Concelho da Moita. O tiro de

partida é dado às 15 horas, junto ao viveiro. Nesta prova, promo-vida pelo município e Clube Amigos do Atletismo da Moita, está também integrado o Corta Mato de Abertura da Asso-ciação de Atletismo de Setúbal.

DESPORTO

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em Setúbal.Certifico, para efeitos de publicação que no dia trinta e um de Outubro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 55 do livro 261 – A, de escrituras diversas, na qual: Simonutti Dino e mulher Maria de Lourdes de Mello Simonutti, que também usa de Melo Simonutti Maria de Lurdes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Estrada de Peçoilos, Vale de Ana Gomes, em Setúbal, contribuintes números 206938560 e 207893340, justificaram a posse, invocando a usucapião de um Prédio Urbano, composto de cave e rés do chão e logradouro, destinado a habitação, com a área coberta de cento e trinta e sete metros quadrados e logradouro de oitocentos e oitenta e três metros quadrados, que confronta do norte com Francisco Correia de Melo, do sul com Joaquim da Silva Melo, do nascente com Francisco de Melo e do Poente com Estrada Municipal, sito no Vale Ana Gomes, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 13932.Está conforme.

Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21 – D em Setúbal, 31 de Outubro de 2013.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Não, não é “gralha” em título, pensando em cromos de colecção. É mesmo “Kronos”, em sentido

figurado que vamos já explicar.Nos meandros da Antiguidade

Clássica, o Monte Kronos surge como ponto de referência vis a vis com Olímpia, de indispensável conexão com os primórdios do ciclo das Olim-píadas, desde 776 A.C..

A escalada até ao Kronos (Kronion) constituía uma prova que perdurou até aos nossos dias no sentido figu-rado de uns quantos pseudo-ilumi-nados que visam topos de forma numa desmedida ânsia de protagonismo. E é para esses rotulados “Kronos” da Bola que apontamos o nosso desafio para “enfiar de carapuças…”.

Médicos consagrados, advogados de renome, economistas de bom nível, psicólogos e filósofos de reconhecida bagagem cultural têm vindo a surgir, com frequência e retumbância, nos órgãos de comunicação social de vários tipos, teorizando factos e ideias na base dos meandros do futebol. Quase todos pecam pelo manifesto “deficit” de experiências concretas na modalidade, emitindo juízos de valor e insólitos argumentos totalmente destituídos de bom senso.

Procuram subir até onde não conhecem e arriscam-se a “quedas” de inevitável ridículo. São os “Kronos” da bola com maior proeminência em sessões televisivas, em todos os canais.

Para mim, com alguns anos de experiência vivida no futebol- jorna-lista, comentarista, 7 anos como Selec-cionador Nacional de Juniores- esse “insigne” lote de “grandes senhores”, de palavra fácil e, muitas vezes, impen-sável descaramento, constitui motivo de apreensão e até de tristeza.

Personalidades afamadas nas suas opções profissionais, aquém e além

fronteiras, pecam por superficiali-dade de análises e, muito em espe-cial, de doses mínimas de bom senso.

Não cito nomes mas quem me ler nesta simples crónica facilmente descobre a quem me estou a referir.

E até me apetece evocar, com a devida vénia, o título de obra recente da autoria de Octávio Machado, um “Setubalão” de justa popularidade. O livro, datado de 2006, diz-nos: “Vocês sabem do que estou a falar”, consti-tuindo um testemunho chocante de várias situações.

Repito a ideia e julgo que me enten-derão sobre essa prole de “Kronos” da bola que não deveriam ter espaço, em especial televisivo, para todas as incongruências de que são lamentá-veis autores.

Gente válida, com o saber de expe-riência feito, constitui um bom contraste com esses “paraquedistas”, de palavras vazias. E estou a lembrar-me, como exemplos de Pedro Henri-ques, Vítor Manuel, José Eduardo, Túlipa, António Pacheco, Vítor Paneira, Toni, Carlos Mozer e António Simões que, estou certo disso, muitas vezes se “arrepelam” face às cretinices e facciosismo dos tais “Kronos” aos quais me apetece mostrar cartões vermelhos pelo mal que fazem aos ideais do futebol.

E repito sempre o desassombrado Octávio Machado, figura cimeira de Palmela e de Setúbal: “Vocês sabem de quem estou a falar”- neste caso a escrever sob o signo de convicta espe-rança de ser bem entendido por quem gosta, a sério, de futebol.

David SequerraColaborador

Os “Kronos” da bola…

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Jogadores formados no Bonfim brilham fora de portas

A saída de Rúben Vezo do Vitória de Setúbal para o Valência, em Espanha,

resultou num encaixe financeiro de 1,6 milhões de euros para os cofres do clube, mas não deixou de gerar alguma controvérsia entre sócios e simpatizantes uma vez que, segundo foi tornado público, a cláusula de rescisão do jogador seria de 7,5 M€.

Rúben Vezo, central de 19 anos, foi uma aposta de José Mota, antigo treinador do clube do Bonfim que o foi buscar à equipa júnior. A humildade do jogador e o seu empenho foram, segundo o treinador, os motivos que o levaram a evoluir e a chegar à equipa principal tendo sido chamado oito vezes esta época. O Valência abre agora ao jovem jogador a possibilidade de se mostrar num campeonato bastante competitivo e onde as

suas qualidades como futebolista poderão «a curto prazo, a tornar-se um dos melhores valores do futebol português», defendeu José Mota em entrevista à Antena 1.

A transferência de Vezo traz à memória outros jogadores como Bruno Ribeiro, Sandro Mendes e Nuno Frechaut, criados nas escolas de formação do Bonfim, que alcançaram também resultados além-fronteiras e entre os melhores clubes nacio-nais, nas duas últimas décadas.

Estrelas sadinas de uma grande geração

Bruno Ribeiro, que iniciou a carreira de treinador também no Bonfim, deixou o clube em 1997 rumo aos ingleses do Leeds United, onde esteve durante duas temporadas, assinando depois pelo Sheffield United.

Tal como Rúben Vezo também Sandro Mendes rumou a Espanha, no final da década de 90, tendo passado pelo Villar-real e pelo Salamanca antes de voltar a Setúbal de onde se trans-feriu para o Futebol Clube do Porto.

O defesa Nuno Frechaut que aos 21 anos integrou a equipa principal do Bonfim também fruto das escolas do clube, saiu de Setúbal no ano de 2000 e durante cinco anos fez parte do plantel do Boavista. O jogador, que foi 17 vezes internacional, teve ainda uma passagem pelo Dínamo de Moscovo e pelo Spor-ting de Braga.

Escola sadina continua a dar cartas

Transferência de Vezo para o Valência foi a mais recente cartada

Clubes da região recebem equipas de Barcelos

O VITÓRIA de Setúbal e o Cova da Piedade defendem este fim-de-semana a continuação na Taça de Portugal em futebol. Os clubes de Setúbal e Almada são os únicos do distrito ainda em competição nos 1/16 avos de final.

A jogar em casa, o Cova da Piedade defronta o Gil Vicente, actual quarto classificado da I Liga de futebol. Apesar da dife-rença entre as duas equipas (uma na primeira divisão e outra a militar no Campeonato Nacional de Seniores), os jogadores de Almada esperam conseguir repetir o resultado obtido frente ao Porti-monense e eliminar assim o clube de Barcelos, no jogo que tem lugar este sábado, pelas 15 horas.

No Bonfim invertem-se as posições. Os primodivisionários recebem os Galegos de Santa Maria, equipa de Barcelos a competir no Nacional de Seniores. O jogo marcado para domingo às 16 horas é uma das apostas do treinador sadino José Couceiro que quer levar o clube por diante numa competição que já ganhou por três vezes, a última em 2004/2005.

Piedade eliminou Portimonense

DR

Vezo é a mais recente bem sucedida transferência, que lembra a geração de ‘ouro’ com Bruno Ribeiro, Sandro ou Frechaut que prosseguiram carreiras brilhantes além-fronteiras.

Marta David

DR

Page 15: Semmais 9 novembro

Porto de Setúbal no 11.º congresso da ADFERSIT

A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra apoiou o 11.º Congresso da ADFERSIT, realizado em Outubro. A ADFERSIT pretendeu relevar a importância dos trans-portes, nos seus diversos modos, como um dos motores do desen-

volvimento da economia nacional. A sessão de encerramento contou com a presença do secretário de Estado das Infraestruturas, Trans-portes e Telecomunicações, Sérgio Monteiro, que anunciou a assina-tura de um acordo entre os governos

de Portugal, Espanha e França e o vice-presidente da Comissão Euro-peia, Siim Kallas, em Tallin, na Estónia, para a implementação de um corredor ferroviário de merca-dorias, em bitola europeia, entre os três países.

NEGÓCIOS

Sábado //9 . Nov . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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SENTE-SE VOCACIONADO PARA AJUDAR O PRÓXIMO?GOSTA DE DESENVOLVER ATIVIDADES DE APOIO SOCIAL?

Se SIM, candidate-se à SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA e integre um dos estabelecimentos para crianças e jovens, tais como Creches, Jardins de Infância, Centros de Acolhimento de Mulheres com Filhos, Centro de Acolhimento Temporário (CAOT), Lares de Infância e Juventude, Centro de Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência; Pode também exercer funções junto das crianças hospitalizadas no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, que admite:

AUXILIAR DE EDUCAÇÃO (M/F)Breve descrição funcional: Acompanhar e apoiar a criança na realização das atividades lúdicas e pedagógicas desenvolvidas pelo responsável educativo, bem como prestar cuidados pessoais, de acordo com o projeto educativo e as orientações da equipa técnica da SCML.

Perfil Pretendido:• Experiência profissional mínima de um ano em estabelecimentos para crianças e jovens (a exercer atualmente ou no passado recente);• Habilitações mínimas ao nível do 12º Ano de Escolaridade;• Curso de Técnico de Ação Educativa (preferencial - Nível 4 de qualificação);• Curso de Segurança Infantil;• Curso de Suporte Básico de Vida/ Socorrismo Pediátrico;• Formação contínua nas áreas relacionadas com a segurança infantil, pedagogia, fenómenos de exclusão social e situações de risco e outras consideradas relevantes;• Disponibilidade para trabalhar por turnos;• Idade, preferencialmente, entre os 30 e os 45 anos;• Motivação para trabalhar com crianças e jovens.

A Empresa oferece:• Contrato Individual de Trabalho;• Enquadramento Técnico;• Remuneração ajustada à atividade;• Oportunidade de valorização profissional.

Todos os interessados, e que correspondam ao perfil pretendido, deverão enviar o CURRICULUM VITAE por e-mail (preferencial), correio ou entregá-lo presencialmente com os seguintes documentos:• Fotocópia do Documento de Identificação;• Cartão da Segurança Social;• Número de Contribuinte;• Certificados de Cursos de Formação;• Certificado de Habilitações Literárias;• Comprovativo de inscrição no Centro de Emprego, para desempregados.

Aguardamos o envio da sua candidatura, para:[email protected] CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOADireção de Recursos HumanosLargo Trindade Coelho1200-470 Lisboa

SENTE-SE VOCACIONADO PARA AJUDAR O PRÓXIMO?GOSTA DE DESENVOLVER ACTIVIDADES DE APOIO SOCIAL?

Se SIM, candidate-se à SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOA e integre um dos equipamentos de apoio a idosos, que admite:

AJUDANTE DE LAR E CENTRO DE DIA (M/F)

Perfil Pretendido:• Experiência profissional mínima de um ano em Lar ou Apoio Domiciliário (a exercer atualmente ou no passado recente);• Cursos de Formação Profissional na área de Geriatria, nível III EU;• Habilitações mínimas ao nível do 9º Ano de Escolaridade;• Disponibilidade para trabalhar por turnos (Manhã/Tarde/Noite – Rotativamente);• Idade preferencial entre os 30 e os 45 anos;• Motivação para trabalhar com idosos.

A Empresa oferece:• Contrato Individual de Trabalho;• Enquadramento Técnico;• Remuneração ajustada à atividade;• Oportunidade de valorização profissional.

Todos os interessados, e que correspondam ao perfil pretendido, deverão enviar o CURRICULUM VITAE por e-mail (preferencial), correio ou entregá-lo presencialmente com os seguintes documentos:• Fotocópia do Documento de Identificação;• Cartão da Segurança Social;• Número de Contribuinte;• Certificados de Cursos de Formação;• Certificado de Habilitações Literárias;• Comprovativo de inscrição no Centro de Emprego, para desempregados.

Aguardamos o envio da sua candidatura, para:

[email protected] CASA DA MISERICÓRDIA DE LISBOADireção de Recursos HumanosLargo Trindade Coelho1200-470 Lisboa

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Travagem no crédito chega a 1,5 mil milhões de euros no distrito

O recurso ao crédito conce-dido pelos bancos do distrito baixou mais de

1,5 mil milhões de euros em 2012 face a ano de 2010, segundo os dados divulgados pelo Insti-tuto Nacional de Estatística (INE), o que representa uma inversão da tendência regis-

tada na última década. Só os concelhos do Barreiro, Moita, Sesimbra exibem um ligeiro aumento face aos anos ante-riores. Almada lidera a lista de empréstimos junto da banca.

Em 2010 o distrito atingia um pico no recurso ao crédito junto dos bancos, com um total 13,029 mil milhões de euros, mas os dados oficiais agora revelados mostram que em 2011 esse montante baixou para os 12,930 mil milhões, sendo que em 2012 caiu para os 11,453 mil milhões de euros.

O quadro estatístico ilustra a tendência registada na última década. Em 2000, os residentes no distrito pediram 7,788 mil milhões de euros a crédito, para no ano seguinte o valor ter

subido mais de 400 milhões de euros.

Densidade de Almada com maior peso de crédito

Por concelhos, Almada, também pela maior densidade populacional, surge nesta lista com mais recurso ao crédito, com um total de 3,258 mil milhões de euros, em 2012, interrompendo uma curva de constante subida, que se traduzia numa quebra de 180 milhões de euros face a 2011. Também Setúbal exibe uma

redução, comparando os 2,463 mil milhões do ano passado e os 2,522 do ano anterior. Seixal confirma a regra nas principais cidades do distrito. Foram 1,636 mil

milhões em 2012, menos 60 milhões do que em 2011 e menos cem milhões do que 2010.

Os dados oficiais, a que o Semmais teve acesso, mostram que só três municípios inver-teram a tendência, embora com ténues aumentos. O Barreiro subiu de 1,065 mil milhões para 1,097, enquanto a Moita foi de 687 milhões para 692 e Sesimbra subiu dos 547 para os 552 milhões de euros.

No Litoral Alentejano é Santiago do Cacém que apre-senta maior impacto em termos de crédito, tendo chegado aos 518 milhões de euros, em 2011, embora no ano passado tenha caído para 497 milhões, enquanto Sines chegou aos 314 milhões há dois anos, mas também baixou para os 308 milhões em 2012.

Região em linha com a EuropaPelo menos a julgar pela análise do Banco Central Europeu, a realidade vivida pelo distrito de Setúbal esta em sintonia com a zona euro, onde os empréstimos bancários a particulares voltaram a contrair-se desde Dezembro de 2011, com a crise das dívidas soberanas a contribuir para o congelamento dos pedidos de crédito. O BCE tem afirmado que a queda dos empréstimos ao sector privado deve-se mais à fraca procura de crédito do que a condições de empréstimos mais apertadas e justifica a situação com as perspetivas pessimistas de crescimento da zona euro e com a aversão a elevados riscos em plena crise.

Após um pico de crédito registado em 2010, com mais de 13 mil milhões, as empresas e as famílias retraíram em 2012. Barreiro, Moita e Sesimbra é que têm subido.

Roberto Dores

Jornalistas alemães no Porto de Sines

TRINTA jornalistas alemães visitaram o porto de Sines, para conhecerem as caracte-rísticas desta infraestru-tura portuária, as boas práticas administrativas e operacionais. João Franco, presidente da APS, apresentou os prin-cipais factores críticos de sucesso que têm servido de base ao cres-cimento da actividade portuária, sublinhando ainda os investimentos para acompanhamento desta evolução. A comi-tiva visitou os terminais e o Centro de Controlo de Tráfego e o Planea-mento e Controlo de Processos.

Comitiva na APS

DR

Page 16: Semmais 9 novembro

O complexo municipal dos desportos “Cidade de Almada” vai acolher

o grupo D da ronda de elite da UEFA Futsal Cup, conside-rada a Liga dos Campeões da modalidade, que tem o Sporting como equipa anfitriã. António Matos, vereador do Desporto na Câmara Municipal de Almada, espera que o clube encontre «um ambiente desportivo muito caloroso, capaz de fazer com que este repita os bons resul-tados que já alcançou nesta modalidade antigamente».

Os jogos de futsal que vão opor o Sporting ao Gyóri Eto FC (da Hungria), CF Eindhoven (da Holanda) e ao MFC Araz-Nakhchivan (do Azerbeijão) decorrerão no pavilhão às 20:30 dos dias 21 e 22 de Novembro e, ainda, às 17:30 do dia 24. Todos os jogos do grupo terão transmissão tele-visiva n’A Bola TV. «Esta é a prova mais importante de

clubes da modalidade a nível europeu e, nesta ronda, só participam os clubes que venceram nos seus respec-tivos países», explica Miguel Albuquerque, director do departamento de futsal do Sporting e director da prova.

Segundo o mesmo responsável, o objectivo passa por atingir uma «organização de excelência, capaz de envolver a comunidade alma-dense, projectando a cidade

no país e lá fora». De cada um dos quatro grupos constitu-ídos para a ronda de elite da UEFA Futsal Cup sairão quatro vencedores que dispu-tarão entre si a última fase, a Final Four. Os ingressos para a prova já se encontram à venda na loja verde do estádio José Alvalade. No complexo municipal dos desportos, os bilhetes só estarão à venda no próprio dia das partidas. O bilhete diário, que inclui os

dois jogos do dia, custa 5€. Já o bilhete de competição para os 3 dias, que inclui 6 jogos, custa 10€.

Portugal tem quase74 mil praticantes

A candidatura de Almada

e do Sporting à organização desta fase vem no seguimento do crescimento da modali-dade no país, que ascende a 73 485 praticantes actual-mente, e ao enorme sucesso desportivo alcançado pelo clube nas épocas de 2010/11 (na qual se sagrou vice-campeão europeu, depois de perder frente ao italiano Montesilvano por 5 a 2) e de 2011/12, onde se classificou em 4.º lugar. O Sporting, que é um dos clubes mais antigos a destacar-se nesta modali-dade no país, venceu 11 campe-onatos nacionais, 4 taças de Portugal e 5 supertaças.

Sábado //9 . Nov . 2013 //

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ÚLTIMA

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Almada vai acolher faseda ‘Liga dos Campeões’da UEFA Futsal CUP

Disputa acesa pela presidência do IPS

JMF recebe copo de ouro na Suécia

Sporting, a equipa anfitriã, conta com forte apoio para passar para a fase final da UEFA Futsal Cup. Os bilhetes para os três jogos da fase já estão à venda.

Bruno Carvalho esteve presente no lançamento do evento

CALDEIRA Duarte, João Francisco e Pedro Domingui-nhos estão na corrida à presi-dência do Instituto Politécnico de Setúbal, cuja assembleia eleitoral decorre na próxima sexta, dia 15, naquela que promete ser a disputa mais acesa dos últimos mandatos pelo ‘poder académico’ em Setúbal.

A escolha cabe ao Conselho Geral da instituição, presidido por António Melo Pires, director-geral da Autoeuropa, e constituído por 15 representantes dos profes-sores e dos investigadores, 4 representantes dos estudantes, 2 representantes do pessoal não docente e não investigador e 8 personalidades externas de reconhecido mérito, não pertencentes à instituição, com conhecimentos e experiência relevante para o Instituto.

Caldeira Duarte é professor adjunto da Escola Superior de Tecnologia do IPS, João Fran-cisco, é professor-coordenador da mesma escola, tendo já sido o seu director, e Pedro Domin-guinhos, é professor-coorde-nador da Escola Superior de Ciências Empresariais.

A REVISTA Allt om Vin, considerada a mais prestigiada publicação de vinhos e gastro-nomia sueca, premiou este ano com o “Gyllene Glaset” (copo de ouro) a José Maria da Fonseca. O “Gyllene Glaset” distingue a Empresa do Ano de entre todos os fornecedores de vinho do mercado sueco.

No evento, que se realizou em Estocolmo, estiveram presentes para receber este importante prémio os admi-nistradores e irmãos, António e Domingos Soares Franco.

A JMF tem sido há décadas responsável por grande parte das exportações de vinhos portugueses para a Suécia, facto que foi mencionado pelo júri, sendo a primeira empresa a receber este prestigiado prémio pela segunda vez, o primeiro havia sido atribuído em 1997.

António Soares Franco, presidente da JMF, refere ainda «é para nós uma grande honra este prémio e um incentivo a continuarmos a fazer mais e melhor todos os dias e levarmos o nome de Portugal e dos produtos portugueses aos quatro cantos do mundo».

DR