semmais 28 fevereiro 2015

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Sábado | 28 fevereiro 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 845 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA SOCIEDADE 4 e 5 Alentejo é 'rei' na Bolsa de Turismo de Lisboa e região marca presença de luxo. NEGÓCIOS 12 Fim do EOS na Autoeuropa mantém trabalhadores tranquilos mas na expetativa. CULTURA 9 Magia de Luís de Matos leva ilusão ao Teatro Joaquim D'Almeida, no Montijo. A demissão dos 16 chefes de equipa das urgências do Hospital do Litoral Alentejano, caiu que nem uma bomba esta quinta-feira. Em causa, falta de condições que, segundo os clínicos, colocam em perigo a saúde e a segurança dos doentes. Tudo isto, na semana em que o Governo decidiu dar um 'bónus' para atrair e fixar médicos nos concelhos mais a Sul. PÁGS. 3 e 16 JOSÉ A. CONTRADANÇAS Fala sobre a 'eterna' ligação ferroviária Sines-Elvas (Caia). RODRIGO FRANCISCO E agora a dança, diz o nosso articulista em tom crítico. JORGE HUMBERTO A TINA para compreender melhor o tempo que corre. JORGE SANTOS O acreditar estranho em polémicas do futebol e política. ELISABETE CAVALEIRO Disserta sobre a morte para criticar política de funerais. DAVID SEQUERRA Releva a importância do futebol jovem e seus feitos. Alcácer vai ter Centro de Competência do Pinheiro Manso NEGÓCIOS O novo Centro de Competência do Pinheiro Manso e do Pinhão vai ser instalado em Alcácer do Sal, para coordenar a investigação nesta área. O acordo foi assinado, ontem, entre o muni- cípio e o ministério da Agricultura e do Mar. PÁG. 13 Pub. RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167 No dia em que choveram demissões no Hospital do Litoral, Governo dá 'bónus´ para atrair médicos Presidente da CIMAL em entrevista, afirma estar a ser desenhado um legado para o futuro ENFOQUE Em vésperas de assinar um histórico plano estratégico para o Alentejo, Vítor Proença, líder da CIMAL - Comunidade Intermun- cipal do LItoral Alentejano, afirma, em entrevista, estarem a ser dese- nhadas «as linhas de ação para um futuro legado do território do Litoral Alentejano. PÁG. 2 Fotos: DR Tribunal de Contas dá razão à maioria PS no Montijo e Nuno Canta 'desafia' oposição POLÍTICA O presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, exige que a oposição «tire consequências polí- ticas» da decisão do Tribunal de Contas, que lhe dá razão na polé- mica sobre a revisão dos contratos de execução de competências para as freguesias. O edil pede ainda consenso para aprovar orçamento. PÁG. 10

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Edição do Semmais de 28 fevereiro 2015

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Page 1: Semmais 28 fevereiro 2015

Sábado | 28 fevereiro 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 845 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

SOCIEDADE 4 e 5Alentejo é 'rei' na Bolsa de Turismo de Lisboa e região marca presença de luxo.

NEGÓCIOS 12Fim do EOS na Autoeuropa mantém trabalhadores tranquilos mas na expetativa.

CULTURA 9Magia de Luís de Matos leva ilusão ao Teatro Joaquim D'Almeida, no Montijo.

A demissão dos 16 chefes de equipa das urgências do Hospital do Litoral Alentejano, caiu que nem uma bomba esta quinta-feira. Em causa, falta de condições que, segundo os clínicos, colocam em perigo a saúde e a segurança dos doentes. Tudo isto, na semana em que o Governo decidiu dar um 'bónus' para atrair e fixar médicos nos concelhos mais a Sul.

PÁGS. 3 e 16

.

JOSÉ A. CONTRADANÇAS Fala sobre a 'eterna' ligação ferroviária Sines-Elvas (Caia).

RODRIGO FRANCISCO E agora a dança, diz o nosso articulista em tom crítico.

JORGE HUMBERTO A TINA para compreender melhor o tempo que corre.

JORGE SANTOS O acreditar estranho em polémicas do futebol e política.

ELISABETE CAVALEIRO Disserta sobre a morte para criticar política de funerais.

DAVID SEQUERRA Releva a importância do futebol jovem e seus feitos.

Alcácer vai ter Centro de Competência do Pinheiro MansoNEGÓCIOS O novo Centro de Competência do Pinheiro Manso e do Pinhão vai ser instalado em Alcácer do Sal, para coordenar a investigação nesta área. O acordo foi assinado, ontem, entre o muni-cípio e o ministério da Agricultura e do Mar.

PÁG. 13

Pub.

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

No dia em que choveram demissões no Hospital do Litoral, Governo dá 'bónus para atrair médicos

Presidente da CIMAL em entrevista, afirma estar a ser desenhado um legado para o futuroENFOQUE Em vésperas de assinar um histórico plano estratégico para o Alentejo, Vítor Proença, líder da CIMAL - Comunidade Intermun-cipal do LItoral Alentejano, afirma, em entrevista, estarem a ser dese-nhadas «as linhas de ação para um futuro legado do território do Litoral Alentejano.

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Fotos: DR

Tribunal de Contas dá razão à maioria PS no Montijo e Nuno Canta 'desafia' oposição

POLÍTICA O presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, exige que a oposição «tire consequências polí-ticas» da decisão do Tribunal de Contas, que lhe dá razão na polé-mica sobre a revisão dos contratos de execução de competências para as freguesias. O edil pede ainda consenso para aprovar orçamento.

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ENFOQUE

«Estamos a desenhar linhas de ação para um futuro legado do território do Litoral Alentejano»

SEMMAIS — O que está em cau-sa com esta iniciativa?VÍTOR PROENÇA — Esta sessão de apresentação do Plano Estra-tégico de Desenvolvimento do Alentejo Litoral 2020 encerra o ci-clo de planeamento. Mas abre uma nova fase, a da prossecução da Es-tratégia e dos objetivos nela ex-pressos. A Estratégia foi muito par-ticipada, bastante discutida, en-volveu um conjunto muito signi-ficativo de atores da região e con-gratulamo-nos com o facto de exis-tirem condições para a subscri-ção de uma Carta de Compromis-so para o Desenvolvimento Inte-grado entre todos. Estamos a ser consequentes com o trabalho dos últimos quase dois anos: se nos reunidos todos em torno da cons-trução de uma Estratégia para o Território, então devemos assu-mir um Compromisso de futuro.

Quais os prontos estratégicos que o Compromisso sistematiza?A Carta de Compromisso traduz dois aspetos que estiveram sem-pre presentes ao longo do planea-mento estratégico: não estamos a fazer uma Estratégia para os fun-dos comunitários, tão pouco uma Estratégia para investimentos mu-nicipais. Por estes dois factos é que as mais diversas entidades do Alen-tejo Litoral corresponderam sem-pre aos reptos que lhes foram lan-çados no âmbito da CIMAL – Co-munidade Intermunicipal do Alen-tejo Litoral para se sentarem to-dos à mesma mesa. A Carta de Com-promisso traduz essa dinâmica de partilha e comprometimento, de participação e amplitude na abor-dagem das questões que respei-tam a este território. Sem adian-tar muito mais, porque apresen-tamos a iniciativa no dia 3 de mar-ço, em Sines, posso apenas acres-centar que a Carta fixa a escrito o seguinte: revemo-nos nesta Estra-tégia e comprometemo-nos, cada

um na sua área de intervenção, a contribuir para que o Alentejo Li-toral no seu conjunto alcance es-tes objetivos, estas metas.

Em termos práticos como se ope-racionaliza no terreno?Temos de reconhecer que o Alen-tejo Litoral, nesta matéria, se po-sicionou um tanto na dianteira. Quero com isto dizer, simplesmen-te, que não estivemos à espera que o Governo apresentasse os instru-mentos do novo quadro comuni-tário, o Portugal 2020, para assu-mir compromissos. Este conjun-to de parceiros quis fixar-se já nos seus objetivos. Quando conhecer-mos todos os instrumentos para a territorialização das interven-ções entramos noutra fase do pro-cesso. Mas temos uma certeza: es-tas cerca de 50 entidades foram convidadas, e aceitaram, integrar um órgão consultivo da CIMAL, o Conselho Estratégico para o De-senvolvimento Intermunicipal, le-galmente previsto. E é nesse ór-gão que se baseará o modelo de governação, acompanhamento e monitorização da Estratégia. Aliás, esse órgão aprovou a presente Es-tratégia no passado dia 7 de no-vembro de 2014 numa reunião que decorreu em Alcácer do Sal.

Para além dos municípios que ou-tras entidades estão envolvidas?São quase 50 entidades, se enume-rar algumas serei injusto. Contu-do, essa informação é pública e pode ser consultada no sítio internet da CIMAL. Temos a honra de ter no Conselho Estratégico para o De-senvolvimento Intermunicipal as associações locais e regionais dos diversos setores de atividade, os organismos da Administração Pú-blica desconcentrada, institutos públicos, empresários e as gran-

des empresas, o universo acadé-mico, do ensino superior e da in-vestigação, os organismos da saú-de, entre outros. Aliás, é curioso que ainda exista quem defenda que não temos massa crítica nem densida-de. O Alentejo Litoral é uma sub--região com enorme vitalidade e repleto de iniciativa. Este proces-so de planeamento que empreen-demos é a prova disso.

é uma sub-região com enorme vitalidade e repleto

de iniciativa. Este

Que valores, no âmbito do novo Quadro Comunitário podem ser aproveitados pelo Litoral Alen-tejano e seus agentes?Até ao momento prendemo-nos muito pouco na discussão dos montantes financeiros. Estivemos preocupados em ter um Estraté-gia ampla e na qual todos se re-vejam. Na fase seguinte vamos preocupar-nos em estruturar s iniciativas, em apresentar bons projetos que produzam resulta-dos para o território e para as po-pulações. Como disse, desconhe-cemos, ainda, os conteúdos dos instrumentos que estão previs-tos no âmbito do Portugal 2020. O Programa Operacional Regio-nal do Alentejo tem uma dotação global superior a mil milhões de euros. Cerca de 126 milhões de eu-ros estão, digamos assim, cativos para iniciativas de âmbito muni-cipal a enquadrar em investimen-tos territoriais integrados a apre-sentar pelos Municípios no âm-bito das Comunidades Intermu-nicipais. Mas mesmo as iniciati-vas municipais têm outras fon-tes de financiamento possível e as iniciativas privadas igualmen-te. Não podemos especular um número. Devemos é orientar-nos

para os bons projetos e para os resultados que legamos ao terri-tório.

Quais são as áreas sensíveis a de-senvolver?A Estratégia que apresentamos no dia 3 de março assenta em dois pi-lares: primeiro, o desenvolvimen-to do Alentejo Litoral opera-se com base na procura externa, nacional e internacional, segundo a quali-dade de vida que a região oferece é distintiva. No primeiro pilar, da procura externa, identificámos

Presidente da CIMAL, Vítor Proença, em entrevista, explica os contornos do Plano Estratégico para o Alentejo

A carta de compromisso que é considerada histórica encerra um ciclo de planeamento. O presidente da CIMAL – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, Vítor Proença, explica o que está em causa, sem esquecer que o novo quadro de apoios comunitários brinda o Alentejo com mais de mil milhões de euros

Texto Anabela Ventura

O edil de Alcácer do Sal, Vitor Proença, preside à CIMAL e quer envolvimento dos agentes para os novos desafios

Meia centena assina terça- -feira, em Sines, compromisso histórico O Plano Estratégico de Desenvolvi-mento do Alentejo Litoral vai ser apre-sentado esta terça-feira, no auditó-ria da administração do Porto de Si-nes. A iniciativa, considerada histó-rica, reúne meia centena de entida-des que vão assinar a Carta de Com-promisso Sub-Regional.A sessão, onde marcará presença Au-gusto Mateus, responsável pela ela-boração do Plano, e António Dieb, presidente da CCDR Alentejo, para além dos presidentes da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e da APS, João Franco, será presidida pelo se-cretário de Estado do Desenvolvi-mento Regional, Manuel Castro Al-meida.Recorde-se que a CIMAL – Comuni-dade Intermunicipal do Alentejo Li-toral, presidida por Vítor Proença, in-clui os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Si-nes, do distrito de Setúbal, e ainda Odemira.

DR

como eixos fundamentais as ques-tões da afirmação do produto tu-rístico, dos recursos endógenos (desde a agricultura, setores agroa-limentar e hortícola, recursos do mar, entre outros) e evidentemen-te o polo económico de Sines. No segundo pilar, ao nível da quali-dade de vida, há que qualificar o território nas suas acessibilidades físicas e virtuais. Claro que subja-zem a estes eixos estratégicos um conjunto vasto de condições trans-versais que dependem menos do território. Falamos, por exemplo, de questões de governação terri-torial, de ordenamento, política fiscal, de infraestruturas e políti-cas públicas.A nossa aposta foi a de construir uma Estratégia ampla, ou seja, que não limite as iniciativas endógenas, mas que as enquadre. Por isso mes-mo, além da Estratégia propriamen-te dita, incorporámos um Plano de Ação para 2020 com sete iniciati-vas âncora que se desdobram em mais de 30 ações. E isto liga-se com a Carta de Compromisso que assi-namos no dia 3. Porquê? Porque os que os parceiros dizem naquela Car-ta é que se comprometem com ações que tenham cabimento nesse con-junto de ações e iniciativas. Não es-tamos a definir projetos, estamos a desenhar linhas de ação.

E que iniciativas âncora estão previstas?São sete iniciativas âncora: Orien-tar as empresas para a competiti-vidade e inovação; Montar expe-riências turísticas diferenciadas; Promover iniciativas empresariais geradoras de emprego; Garantir a sustentabilidade e a utilização efi-ciente dos recursos; Favorecer a coesão e inclusão social; Ordenar para atrair e povoar; Governar em rede. Cada uma delas subdivide--se em ações. E nessas ações estão identificados os potenciais parcei-ros ou promotores, o que se pren-de com os contributos que foram sendo sistematizados ao longo des-te tempo. Algumas das iniciativas e das ações enunciam projetos em concreto, mas isso não significa que naquelas iniciativas caibam ape-nas aqueles projetos ou que estes sejam mais prioritários que outros. As iniciativas âncora e as ações que as substanciam são, essencialmen-te, um referencial para o enqua-dramento do conjunto das inter-venções que se virão a implemen-tar no Alentejo Litoral. Neste mo-mento, quer os Municípios quer os restantes parceiros aprofundarão um trabalho de planeamento mais micro, relativo aos seus próprios projetos e intervenções, tendo sem-pre como suporte quer este enqua-dramento quer a articulação que se manterá em sede de Conselho Estratégico na CIMAL.

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A COMISSÃO Utentes de Saúde do Litoral Alentejano está «moderada-mente otimista» com os incentivos criados pelo Governo para tentar convencer os médicos a fixarem--se nas zonas do país que tenham falta destes profissionais. «O núme-ro de clínicos de que carecem as nos-sas extensões de saúde é tão eleva-do que esta medida até pode aliviar o problema, mas nunca o irá resol-ver», afirma Dinis Silva, lamentan-do que as urgências do hospital do Litoral Alentejano, por exemplo, «vi-vam à base de médicos tarefeiros e até a pediatria seja servida por mé-dicos de clínica geral».

Segundo a proposta do Minis-tério da Saúde, que já está em dis-cussão pública, a tutela aposta em dar aos médicos um incentivo de mil euros mensais nos primeiros seis meses, que serão reduzidos para 500, sendo que ao fim de um ano da colocação os clínicos ficarão a receber 250 euros por mês.

Ainda de acordo com o plano – contemplado no Orçamento de Es-tado para 2015 – os incentivos se-rão alargados a compensações para despesas de deslocação e de trans-porte e outros benefícios, como é o caso de mais dois dias de férias por ano, a garantia na transferência de escola para os filhos e facilidades na colocação de emprego para o cônjuge.

Por se tratar de uma das zonas do país mais desfavorecidas em nú-mero médicos, o Litoral Alenteja-

no estará na linha das prioridades, até porque os cem mil utentes anuais duplicam nos meses de Verão en-tre Alcácer do Sal, Grândola, San-tiago do Cacém, Sines e Odemira.

Porém, Dinis Silva diz que se o Governo pretende-se mesmo re-solver a escassez de médicos na re-gião nunca tinha acabado com o chamado Serviço à Periferia. O mes-mo que conduzia médicos em iní-cio de carreira para fora das gran-de cidades. Estávamos na década de 80. «Ainda hoje cá temos médi-cos que vieram nessas circunstân-cias e ficaram na região», sublinha o dirigente.

Na reação ao incentivo, que não existe em mais nenhum outro sec-tor da Função Pública, o bastoná-rio da Ordem dos Médicos, José Ma-nuel Silva, considera que se trata de «um passo positivo no bom senti-do. Não porque corporativamente nós queiramos qualquer discrimi-nação positiva, mas antes porque as regiões desfavorecidas necessi-tam de uma discriminação positi-va para fazer face às enormes ca-rências que tem».

Segundo o mesmo dirigente, se não houver incentivos, o mais pro-vável é que os jovens médicos con-tinuem a emigrar «porque sabem que lá fora ganham cinco vezes mais», insiste, recomendando ain-da que «a contratação seja agiliza-da e se facilite aos casais puderem continuar a viver juntos».

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SOCIEDADE

A importância de fixar pessoas à terra

De resto, esta solução do Governo vem ao encontro do que o que bastonário recla-ma há algum tempo, assumindo ser esta solução a única forma de inverter o fenó-meno da falta de médicos em zona como o Litoral Alentejano. «É essencial investir na fixação de pessoas em todos os sectores e a nível da saúde em particular», acres-centa, justificando que «os médicos portugueses têm muitas alternativas de traba-lho, no sector privado e através da emigração. Enquanto nos outros sectores de for-mação se começa a procurar emprego no final do curso, lá para os 24 a 25 anos, os médicos é só depois dos 30. Se não encontrarem uma situação que compense, em termos remuneratórios, vão ter que encontrar outras alternativas lá fora», insiste.

«Bónus» para os médicos que escolham o Litoral Alentejano não convence utentes

Mil euros por mês de incentivo nos primeiros seis meses, valor que reduz até 250 ao fim de um ano

É mais uma forma de atrair clínicos para as zonas rurais e interiores, porque a escassez de médicos no Litoral Alentejano é acentuada. A ideia é fixar estes profissionais à terra. O otimismo é moderado

Texto Roberto Dores

A Simarsul e a Câmara de Palmela vão assinar a consignação da empreitada de execução para a conclusão dos Sistemas de Drenagem e Elevatórios da Ligação entre os Subsistemas Brejos do Assa e

Montado – Fase 1 – Brejos do Assa e Pas-sadeiras, esta sexta-feira, na sede o Gru-po Desportivo “Estrelas de Algeruz”. A cerimónia vai contar com a presença dos respetivos presidentes.

O secretário de estado do Ensino Supe-rior, José Ferreira Gomes, vai estar pre-sente, quarta-feira, no seminário “Cria-ção de CTeSP no ensino superior: Cons-truindo redes, promovendo o emprego

no estreitamento das relações com a Co-munidade”, organizado pelo Instituto Po-litécnico de Setúbal (IPS), a partir das 14h00, no Auditório Nobre do IPS, Cam-pus de Setúbal do IPS.

Nova empreitada da Simarsul em Palmela Politécnico de Setúbal discute ensino superior

O DESAFIO assim por assim é muito interessante.

E lisonjeiro. Claro que vem em-brulhado com fina ironia.

Não. Não a ironia ao estilo do velho Jorge Nuno Pinto da Costa. Ah, esse era insuperável.

Velho? não. Digo velho no sen-tido do antigo Pinto da costa. o que tinha piada quando era novo. Não agora que está velho. Ora, o novo Pinto da costa, não tem piada. Está velho e a perder qualidades.

Resumindo, penso que fui cla-ro. O velho dirigente tinha mais pia-da que o novo dirigente. talvez por o novo estar mais velho. Tenho dito.

Ora, mas o novo Presidente da Câmara Municipal do Seixal, que é novo de idade e novo no cargo,

muitas vezes é velho no pensamen-to. Mantém a ortodoxia que todos conhecemos nos comunistas.

E semanalmente, ou quinze-nalmente, convoca-nos para as suas tomadas de posição, sempre tão ortodoxas que apesar de eu con-cordar com o objectivo (exemplos?

Defesa da construção do Hospital do Seixal. Defesa intransigente da construção do Centro de saúde de Corroios, etc, etc) quase nunca pos-so concordar com o papel em que ele embrulha tais tomadas de po-sição, em claros textos propagan-dísticos da obra CDU (obra? eu dis-se obra? devo estar a delirar e de tanto os ouvir falar, até me enga-no) e em ataques ferozes e doen-tios aos governos de direita.

Ora, o novo presidente da nos-sa edilidade, politicamente pensa como um “velho do Restelo”, amar-rado às amarras ideológicas do seu partido.

Mas tem piada. Ou tenta ter. E já ironizou em muitas reuniões de câmara, lançando um desafio

ao PSD. O tal que me lisonjeia, mas que simultaneamente não passa de puro escárnio: defende o Sr. Presidente que eu devia trocar com o nosso Primeiro-Ministro, tal a minha habilidade em defen-der o que para ele é indefensável: o nosso PM deveria vir para ve-reador no Seixal, para aprender o que é “sofrer na pele” o que é ser-se oposição minoritária de uma câmara maioritária comu-nista e composta por todos os restantes vereadores de esquer-da (CDU+PS+BE). Por acaso gos-tava de ver Pedro Passos Coelho a defender as suas políticas aqui, no Seixal. Sei que se safaria bem. E agora até tem o seu trabalho mais facilitado, porque basta pa-

rafrasear o seu maior opositor - Dr. António Costa e líder do maior partido da oposição e n.º 2 do an-terior partido do governo - PS, que em declarações aos Chine-ses teve um assomo de honesti-dade e declarou “preto no bran-co” que o País está melhor do que há quatro anos. Coitado. Bara-lhou-se e nesse assomo de ho-nestidade disse o que todos sa-bemos e que o PSD vai entregar o País ao próximo governo (que esperemos que se mantenha PSD) muito melhor do que o encon-trou das mãos do actual Prisio-neiro N.º 44. E não sou eu que o digo, pois eu sou parcial. Quem o diz é mesmo o líder do maior partido da oposição.

Paulo Edson CunhaVer. PSD/Seixal

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Utentes têm saido à rua em manifestações de desagrado pelos cada vez mais penalizados serviços de saúde

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O PRESIDENTE da Entidade Regio-nal de Turismo do Alentejo e Riba-tejo, António Ceia da Silva, revela que o Alentejo «é a região que mais cres-ceu em 2014 e que tem tido uma gran-de relevância no mercado nacional, nomeadamente Lisboa, e para nós é um grande orgulho sermos o des-tino convidado, associando aqui a recente conquista do Cante Alente-jano como Património Cultural Ima-terial da Humanidade, que irá pro-jetar claramente o destino nos pró-ximos anos e que terá grande im-portância na nossa participação na BTL».

Ceia da Silva falava no âmbito da BTL 2015, que tem o Alentejo como destino convidado, e que irá decor-rer até este domingo, na FIL, em Lis-boa. Durante os cinco dias do maior certame do turismo nacional, os pro-fissionais do setor e o público estão

a comprovar o destino de excelên-cia que é o Alentejo e dos seus pro-dutores estratégicos, nomeadamen-te o Turismo Ativo, de Natureza, Eno-gastronómico, Cultural e de Ativi-dades Sol e Praia.

António Ceia da Silva realça ain-da um aspeto relevante: «Cerca de 40 por cento dos turistas de Lisboa

visitam o Alentejo, o que, faz todo o sentido fazermos uma ação promo-cional na zona de Lisboa», acrescen-tando que, cada vez mais, as regiões têm de apostar na qualidade turís-tica. «Temos apostado nisso e temos tido resultados interessantes. Vamos continuar a trabalhar com o mesmo empenho para que o Alentejo con-

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SOCIEDADE

Pub.

Mais de 60 empresas na semana da empregabilidade do IPS

O INSTITUTO Politécnico de Se-túbal organiza, de 3 a 6 de março, nas suas instalações, a I Semana da Empregabilidade, a qual visa apoiar a integração dos estudan-tes e diplomados no mercado de trabalho com a realização de vá-rias ações, através das quais os participantes vão ter a oportuni-dade de estabelecer um primeiro contacto com o meio laboral.

No decorrer da semana têm também lugar conferências e

workshops, que pretendem con-tribuir para o desenvolvimento das competências pessoais e pro-fissionais dos estudantes e diplo-mados, no sentido de os preparar para vencer num mercado de tra-balho cada vez mais competitivo.

Será ainda dinamizada uma fei-ra de emprego no IPS em Setúbal (4 e 5 de março) e no Barreiro (6 de março), que contará com a par-ticipação de mais de 60 empresas e organizações.

Os responsáveis do IPS querem mais mercado para os seus alunos

DR

Alentejo é rei na Bolsa de Turismo de LisboaAs retenções e desistências de alunos à chegada ao 12.º ano na região de Setúbal supera os 40 por cento. Nos exames de fim do secundário o distrito apresenta o terceiro pior desempenho do país.

Texto António Luís

Ceia da Silva foi o cicerone do primeiro-ministro e outros membros do Governo

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tinue a sérum destino de referência para o turismo», vinca.

A seu ver, o Alentejo tem nos dias de hoje «equipamentos mais qualificados, mais empresas de promoção turística, mais agentes a trabalhar no turismo e as autar-quias estão mais empenhadas no desenvolvimento turístico. É um processo contínuo de evolução e de qualidade».

Os projetos turísticos de Troia, na sua ótica, são um dos que mais contribuiu para o crescimento tu-rístico do Alentejo. «Obviamente que Troia tem uma importância decisiva, uma vez que tem exce-lentes operadores que têm feito um excelente trabalho e isso con-tribuiu para fosse uma das zonas do Alentejo que mais procura tu-rística teve em 2014».

Montra de potencialidades

Vitor Proença, edil de Alcácer do Sal, considera que é «decisivo» para a divulgação turística, a par-ticipação do município na BTL. «Estamos a revelar aqui as poten-cialidades do Litoral Alentejano, a melhor costa alentejana do País. Está aqui o Rio Sado, a gastrono-mia, o pinhão, a paisagem única e o convite para as pessoas visita-rem Alcácer que é um rio de cul-turas e que em breve vai come-morar 800 anos como município»,

argumenta. Álvaro Beijinha, edil de Santia-

go do Cacém, afirmou que o Alen-tejo tem vindo a subir, em termos de procura de alojamento, de visi-tantes, de hotéis e restaurantes a abrir, o que demonstra que o tu-rismo tem evoluído e apostado na qualidade nesta região. «É bom para o Alentejo ter este destaque na BTL. O nosso município não podia dei-xar de estar presente para mostrar que o concelho tem riquezas na área turística que precisa de ser co-nhecida e disfrutada pelos turis-tas. O turismo faz parte do nosso plano estratégico para o concelho, com a realização de vários even-tos, com grande potencial, que es-tamos agora a divulgar na BTL», sublinha.

Já o presidente da Câmara do Barreiro realça que o concelho possui um conjunto «valioso» de património que pode contribuir para a atração turística. Carlos Humberto revelou que o municí-

pio vai promover Workshops, em Maio, e Rotas Turísticas, no pri-meiro semestre deste ano, sobre questões relacionadas com o pa-trimónio industrial e ferroviário e a recuperação da frente ribeiri-nha. Nesse sentido, conclui que a presença do Barreiro na BTL é de «grande importância» para mos-trar o trabalho do município que pode ser decisivo na atração de turistas.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, que inaugurou a BTL, no dia 25, elogiou a inovação, traba-lho e profissionalismo das empre-sas nacionais de turismo. Sobre a oferta das regiões portuguesas, afirmou que «o impulso do turis-mo pode ser ainda mais significa-tivo do que aquilo que se espera-va». No entanto, alertou que «uma vez que existe um potencial mui-to grande se, durante um período de tempo prolongado não existir oferta adequada, objetivamente as oportunidades perdem-se».

O presidente do Turismo do Alentejo no stand de Alcácer do Sal

O Alentejo em força, com o presidente da CIMAL, Vítor Proença, e Ceia da Silva

Presença de luxo da região na BTL 2015 Além dos treze municípios da região, também estão representadas na BTL 2015, o Troia Resort, os hotéis Aldeia dos Capuchos, Lisboa Almada Hotel, Club D´Azeitão, o Ever Caparica, o Alfoz (Alcochete), as pousadas de Alcácer do Sal, Palmela e Setúbal, o restaurante Amarro ó Tejo (Almada), a Bacalhôa Vinhos de Portugal, o Caparica Sun Center, o Centro de Arqueologia de Almada, bem como as Viagens Marranita.

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local

O ministrO da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Mota Soares, e o presidente do municí-pio, Nuno Canta, estiveram pre-sentes, no dia 20, na entrega à Mi-sericórdia em Canha de três no-vas viaturas ao abrigo do Fundo de Socorro Social. As viaturas vão estar ao serviço do Centro de Dia e do transporte de doentes.

A provedora da Misericórdia,

Honorina Silvestre, agradeceu a ajuda que tem recibo do estado através do Fundo de Socorro So-cial, desta feita para aquisição de três viaturas, cujo apoio ronda os 45 mil euros.

A provedora sublinhou, no en-tanto, que «fruto dos investimen-tos realizados a tesouraria tem um equilíbrio débil e precisa do vos-so apoio, para que voltemos a um equilíbrio desejado», recordando que a instituição serve uma co-munidade muito carenciada e tem um papel fulcral na freguesia. «So-mos o maior empregador da re-gião. Dificilmente encontrará em Canha uma família que não tenha um utente na instituição, ou um familiar a trabalhar connosco ou que de alguma forma receba o nos-

so apoio», disse.Mota Soares esclareceu ter no-

ção da realidade da instituição. «Percebo bem a dificuldade que é servir uma população muito dis-persa ao longo deste território, o que implica, como é óbvio do pon-to de vista das estruturas quer hu-manas e materiais, um apoio re-dobrado, por isso tivemos muito cuidado ao atribuir o Fundo So-corro Social e redirecioná-lo para uma área muito importante, exa-tamente a da qualidade que a ins-tituição precisa ter».

«O serviço que estas institui-ções fazem é essencial. Cabe ao es-tado dar-lhes condições, susten-tabilidade e o fortalecimento ne-cessário para que estas continuem a poder fazer aquilo que efetiva-

mente sabem. Sou daqueles que acredita que quando essa respos-ta é gerida por uma instituição so-cial, nós conseguimos chegar com os recursos financeiros que temos a mais pessoas, com mais qualida-de» afirmou o ministro.

A cerimónia contou também com a presença de Clara Birren-to, diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, e de Armando Piteira, presidente da Junta de Canha, entre outros con-vidados.

Montijo recebe viaturas para Misericórdia de Canha

Barreiro cede antiga escola Conde Ferreira à Rumo

Almada com novo percurso de carreiras TST

Alcochete assegura terapia da fala

Os percursOs das carreiras dos TST 126 e 159, da zona de Marisol, vão ganhar novo percurso, a par-tir de 1 de março, após as preocu-pações manifestadas por muníci-pes. As carreiras vão passar a cir-cular em ambos os sentidos, na Av. de Vale Boieiro e Rua Amadeu de Sousa Cardoso.

A Junta das Freguesias de Char-neca de Caparica-Sobreda reco-nhece que «com este novo percur-so estamos convictos que a popu-lação de Quintinhas/Marisol fica-rão com o acesso mais próximo ao serviço de transportes públi-cos».

Aquela Junta promete conti-nuar «a reclamar por mais horá-rios ao invés da sua supressão, no-vos trajetos, melhoria da qualida-de dos autocarros, alargamento da cobertura do passe intermodal L123 e criação de bilhete que permita a circulação em várias carreiras».

para melhOrar a qualidade de vida das crianças com pertur-bações de linguagem e de dimi-nuir o insucesso escolar, a Câma-ra vai celebrar com uma clínica um protocolo que facilita o aces-so dos alunos aos serviços de te-rapia da fala.

Aprovado por unanimidade na reunião de Câmara, o protocolo abrange os alunos do pré-escolar e ensino básico, com fragilidades socioeconómicas, que terão aces-so à terapia da fala mediante pa-gamento de valores solidários.

«As dificuldades de linguagem são das situações mais identifica-das, quer ao nível do pré-escolar, quer ao nível do 1.º ciclo», referiu a vereadora da Educação, Desen-volvimento Social e Saúde, Susa-na Custódio.

O municípiO e a associação Rumo, assinaram, dia 20, o contrato de comodato, no qual o município cede à instituição a antiga Escola Conde de Ferreira para que sejam desenvolvidas atividades de ani-mação sociocultural e artística no Barreiro antigo, com a participa-ção de moradores.

«Um polo de dinamização da atividade cultural e de integração das pessoas da comunidade» foi assim que o edil Carlos Humber-to definiu a futura escola, uma «casa» que o faz recordar a sua in-fância e a dos seus filhos.

Na sua opinião, o Barreiro an-tigo necessita de soluções multi-facetadas e deseja que este novo passo seja «elemento importante neste caminho exigente. É preci-so trabalho persistente, juntando muitos saberes e vontades».

As viaturas foram doadas no âmbito do Fundo de Socorro Social e vão estar ao serviço do Centro de Dia e do transporte de doentes.

As três viaturas estão orçadas em 45 mil euros

O ministro Pedro Mota Soares presidiu a cerimónia das novas viaturas

Setúbal apoia pequenas e médias empresas

O municípiO celebrou quin-ta-feira, no Ninho Empresarial, protocolos de colaboração que visam apoiar e incentivar o de-senvolvimento de pequenas e médias empresas no concelho.

A vereadora das Atividades Económicas, sublinhou que a autarquia tem feito uma apos-ta forte na melhoria dos servi-ços do Gabinete de Apoio ao Em-presário, até porque «muitas pes-soas procuram a Câmara todos os dias porque têm uma ideia e precisam de orientação para os implementar».

Para Carla Guerreiro, nesse processo de auxílio, «é muito im-portante contar com a colabo-ração dos parceiros da autar-quia».

Já a presidente Dores Mei-ra, salientou que estas colabo-rações representam um passo no sentido de Setúbal «aprofun-dar, de forma articulada com a estratégia de desenvolvimento regional e com a participação ativa dos diversos agentes eco-nómicos e sociais, a sua estra-tégia de desenvolvimento».

A autarca recordou que o concelho «tem enormes capa-cidades de gerar riqueza», em função de várias características que o distinguem, como o fac-

to de ser o «polo urbano mais autónomo e menos dependen-te das relações pendulares com Lisboa».

Dores Meira frisou também que Setúbal tem enorme poten-cial ambiental e paisagístico, apresenta-se como uma impor-tante cidade portuária e acolhe na Península da Mitrena um con-junto relevante de atividades económicas, «algumas delas res-ponsáveis pelos bons resulta-dos das exportações do País e, inclusivamente, por mais de um terço do PIB nacional».

A edil lembrou que o INE in-dicou Setúbal como o 4.º maior em Portugal ao nível das expor-tações durante 2013, com um va-lor global de 1 531 milhões de euros.

Cerimónia no Ninho Empresarial

O edil Carlos Humberto (à direita) Câmara celebra acordo com clínica

O Charlot, em Setúbal, está a promover uma campanha de fidelização de público com a atribuição de um cartão que oferece bilhe-tes para o cinema. Na compra de um bilhe-te para a assistir à projeção de um filme no

Charlot é entregue o “Cartão de Amigo”, no qual são registadas as aquisições de entra-das para sessões. O cartão é atribuído de forma automática e gratuita, sem necessi-dade de apresentação de identificação.

Há 850 anos, dia 21 de fevereiro, D. Afonso Henriques conquistava o Castelo de Sesim-bra. O município, para festejar, vai dinami-zar atividades cujo ponto alto é no Dia dos Monumentos e Sítios, 18 de abril, com a ati-

vidade de animação pedagógica À Desco-berta do Castelo, uma conferência na Igre-ja de N.ª Sr.ª da Consolação sobre a con-quista do Castelo, proferida por José Au-gusto Oliveira, e concerto Strella do Dia.

Charlot avança com Cartão de Amigo Sesimbra celebra conquista do Castelo

Protestos da população dão efeito

DR

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 7

O MUNICÍPIO está a preparar o Orçamento Participativo 2015, dan-do continuidade ao projeto de ges-tão pública participada, implemen-tado há mais de uma década e apro-fundado em 2014, com vários mo-mentos de partilha com a popu-lação, entidades locais e trabalha-dores do município.

O calendário contará com uma primeira ronda de reuniões du-rante abril, para recensear preo-cupações e propostas e priorizar opções no que respeita às áreas de intervenção municipal. Em se-tembro, será realizado o debate e a hierarquização das ideias apre-sentadas em abril, no sentido de integrar nas Grandes Opções do Plano 2016/19 o maior número possível de propostas consensuais e ao alcance das possibilidades do município. Em outubro, serão apre-sentados os resultados das ses-sões e a proposta de Orçamento 2016 e GOP.

As sessões contemplam en-

contros com os trabalhadores a 9 e 10, e reuniões com os muní-cipes em Marateca (6 abril), Pi-nhal Novo (7 abril), Poceirão (8 abril), Palmela (10 abril) e Quin-ta do Anjo (13 abril).

A participação tem sido aca-

rinhada, em Palmela, como “me-todologia privilegiada de traba-lho e como caminho de enrique-cimento da democracia e do po-der local, numa aposta forte na gestão partilhada com as pes-soas”.

Sines celebrao Dia da Mulher

Lagoa de Santiago abre-se ao mar

Sesimbra investe em novo mercado municipal

Grândola luta por melhor IC1 com marcha automóvel

A LAGOA de Santo André vai ser aberta ao mar a 19 de março, pe-las 15h30. Este processo está ago-ra a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente e visa a renovação da água da lagoa, a limpeza e la-vagem do seu fundo e a entrada de algumas espécies piscícolas, com destaque para os alvins e en-guias. A abertura da Lagoa de San-to André é feita todos os anos numa altura sempre próxima do equi-nócio da Primavera.

O MUNICÍPIO aprovou a abertu-ra de concurso público para a re-qualificação do mercado munici-pal da vila. A obra, orçada em 467 mil euros, prevê a renovação das infraestruturas, instalação de no-vas bancas de venda, com rede elé-trica, substituição do piso, reves-timento das paredes, cobertura com claraboias e isolamento tér-mico, renovação da rede de frio e uma nova imagem exterior.

No âmbito desta obra, todo o es-paço de venda será reordenado, o que permitirá transferir o mercado do peixe para o piso térreo, libertan-do a cave para as câmaras frigorífi-cas, e sala de formação, destinada a ações relacionadas com a promo-ção do pescado e tradições locais.

A valorização do mercado do peixe está incluída no programa de Valorização do Património Pis-catório.

O MUNICÍPIO, em conjunto com a câmara de alcácer e a popula-ção, continua a lutar pela conclu-são das obras do IC1. Ontem, dia 27, foi dia de mais uma marcha len-ta de viaturas, uma iniciativa das comissões de utentes para exigir a urgente reparação daquela via que se encontra bastante degra-dada. A concentração decorreu às 17 horas, em Grândola, junto ao parque de feiras, tendo seguido a marcha até ao quilómetro 10.

O MUNICÍPIO de Sines vai assi-nalar o Dia Internacional da Mu-lher com um vasto e rico progra-ma de animação, cultura e des-porto.

No dia 6, às 22 horas, a fadista Cristiana Águas apresenta o seu disco de estreia no auditório do Centro de Artes de Sines.

No dia 7, realiza-se uma cami-nhada, com concentração no pa-vilhão dos desportos, às 9 horas. No dia 8, às 15h30, o pavilhão dos desportos acolhe um lanche-con-vívio, com animação musical e uma conversa em torno dos direi-tos das mulheres, que conta com convidadas especiais.

O arquivo municipal de Sines assinala a efeméride com a 2.ª edi-ção do folheto “Dia da Mulher. As Mulheres no arquivo municipal. Época Moderna”, que inclui no-vas informações decorrentes do trabalho de tratamento documen-tal desenvolvido pelo arquivo mu-nicipal.

Seixal abre concurso para novos quiosques ENCONTRA-SE a decorrer um concurso público para a instala-ção de quiosques e esplanadas estivais nas frentes ribeirinhas e espaços verdes do concelho.

Trata-se de pequenos esta-belecimentos de instalação sa-zonal, pelo período máximo de 7 meses, que se destinam à pres-tação de um serviço de bebidas e cafetaria, sem lugares senta-dos no interior e com espaço para esplanada.

O concurso diz respeito a es-

paços nas frentes ribeirinhas do Seixal, Arrentela e Amora e em parques e jardins de Corroios e Fernão Ferro, nomeadamente em Parque dos Franceses; Seixal; Frente ribeirinha de Arrentela, junto à Quinta da Fidalga; Fren-te ribeirinha de Amora, em fren-te ao hipermercado E.Leclerc; Parque do Fanqueiro, Amora; Parque de Santa Marta do Pinhal, Corroios; Parque José Afonso, Corroios; e Rua Eça de Queiroz, Fernão Ferro.

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Alcácer do Sal fomenta hábitos saudáveis de alimentação O MUNICÍPIO e o Agrupamen-to de Escolas de Alcácer aderi-ram à campanha “Comer bem dá Saúde”, que a Liga Portugue-sa Contra o Cancro está a pro-mover a nível nacional junto dos alunos do 1.º ciclo do ensino bá-sico.

Destinada a fomentar hábi-tos saudáveis de alimentação en-tre as crianças dos 6 aos 10 anos, e a sensibilizar a comunidade es-colar e respetivas famílias para

a importância de uma alimen-tação saudável no desenvolvi-mento infantil, a iniciativa es-tende-se até março nos refeitó-rios escolares da responsabili-dade da autarquia e do Agrupa-mento de Escolas de Alcácer.

Todas as quintas-feiras é dis-ponibilizada uma opção alimen-tar saudável nos refeitórios es-colares e os professores dão a conhecer os seus benefícios para a saúde.

Palmela prepara orçamento participativo com população

A iniciativa tem sido acarinhada em Palmela como metodologia útil

Degradação do piso irrita utentes

Moita procede a poda de árvores na Teófilo BragaATÉ 6 de março, o município está a fazer a habitual inter-venção de poda das árvores na Av.ª Teófilo Braga. Assim, o trânsito vai estar tempora-riamente condicionado, até essa data, em diferentes tro-ços daquela avenida, entre as 7 horas e as 18 horas.

Entretanto, o Roteiro das Freguesias, no âmbito do “Reforçar a Democracia, Pre-parar o Futuro”, que teve lu-gar esta semana, foi dedica-do ao Vale da Amoreira. O presidente Rui Garcia, acom-panhado por vereadores e membros do executivo da União de Freguesias da Bai-xa da Banheira e Vale da Amoreira, contataram a po-pulação e visitaram vários equipamentos.

INICIATIVAS

Homenagem a Sidónio PereiraO teatro Joaquim d’Almeida, no Montijo, é palco, a 5 de mar-ço, de homenagem ao músi-co Sidónio Pereira. Um ano depois da sua morte, será re-cordado, a partir das 21 horas, no foyer, com a inauguração de exposição e concerto. A ex-posição poderá ser vista até 21 de março. Já o concerto con-tará com a presença de Ro-mana, António Pinto Basto, Nuno da Câmara Pereira, Jor-ge Ganhão, Susana Almeida, Luís Caeiro, entre outros.

Sensibilização para deposição de resíduosO município de Palmela e o SEPNA deram início uma ação de sensibilização para a im-portância de uma deposição correta de resíduos e entulhos, com vantagens diretas para o ambiente, mas também para a saúde pública e para a ima-gem do nosso território. Esta ação está a decorrer em toda a área de jurisdição do con-celho, ao longo de vários dias.

Dia da Proteção Civil em SesimbraO auditório Conde de Ferrei-ra, em Sesimbra, é palco, a 1 de março, às 10h30, de uma ação do Sistema Integrado de Emergência Médica, e Supor-te Básico de Vida. O auditório recebe ainda as ações de sen-sibilização Suporte Básico de Vida, dia 4, às 18 horas e, Como Manusear um Extintor, dia 6, às 18 horas. O programa é preenchido com uma simu-lação de socorro com resga-te de uma vítima, a 7 de mar-ço, às 17 horas, na fortaleza.

Oficinasdo consumidorno BarreiroA propósito do Dia do Consu-midor, que se assinala a 15 de março, a Câmara, vai promo-ver Oficinas do Consumidor, que terão lugar, sempre das 10 às 12 horas, na sala 1 dos Paços do Concelho, na Rua Mi-guel Bombarda, ações gratui-tas alusivas aos temas “Tenho deveres, logo tenho direitos” (sobre direitos e deveres na ótica do consumidor); “Espe-cialidades da minha terra” (se-gurança alimentar na ótica da qualidade alimentar); “Gosto, será que preciso?”.

O processo está a cargo da APA

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 8

CULTURA

A AUTORA e contadora de histó-rias Paula Farinhas está a dinami-zar no 1.º domingo de cada mês, a partir das 15 horas, no átrio do Ale-gro de Setúbal, e na FNAC do mes-mo shopping, nos restantes do-mingos do mês, está a fazer so-nhar a pequenada com as várias histórias.

“Andar à toa na estrada não é uma boa!”, uma edição de autor, em 2009, foi a sua estreia nos livros, numa parceria com o Governo Ci-vil de Setúbal, no âmbito de uma campanha de educação e preven-ção rodoviária. A autora deu bons conselhos rodoviários em escolas

dos treze concelhos da região. «Sempre gostei muito de ler e

de dramatizar as histórias para os mais novos», confessa, recordan-do que quando foi mãe começou a inventar histórias com mais fre-quência e, a força da escrita, «veio nessa altura dar mais luz à minha vida».

Paula Farinhas já percorreu es-colas do 1.º ciclo e Jardins de In-fância, bibliotecas municipais e eventos infantis, onde «o livro e a leitura possam marcar a diferen-ça». «Todos os anos tenho ativi-dades com histórias diferentes, umas para os mais pequenos e ou-tras para os mais crescidos», re-vela, orgulhosa.

Além dos livros e de contar his-

tórias, Paula Farinhas também gos-ta de promover ateliers de escri-ta criativa. «Adoro escrever. Dá--me imenso gozo contar e promo-ver sessões de escrita criativa. Ten-to contagiar a grupos de jovens e crianças o gosto pela escrita. Acho que sou uma sortuda», sublinha. De vez em quando, lá vai fazendo umas participações em projetos televisivos.

Sobre o jornalismo, confessa que foi uma «excelente experiên-cia», mas que o ‘bichinho’ ainda mora dentro de si. Começou na Rádio Voz de Setúbal, nos anos 90, e depois passou pela imprensa es-crita, no Semmais, e ‘pulou’ para a área da produção da RTP, onde trabalhou três anos.

A autora e contadora de histórias considera-se uma sortuda

DR

Texto António Luís

Com um livro editado, a jovem autora sadina, além de contar histórias, também costuma promover ateliers de escrita criativa em toda a região

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”TEMOS CONVITES para oferecer aos nossos leito-res para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politea-ma, em Lisboa, com sucessivas lotações esgotadas. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchi-

que, José Raposo, Paula Sá e Ricardo Soler são os ca-beças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes, e critica e satiriza os prin-cipais acontecimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 969 431 085.

A PEQUENA Companhia da Aca-demia de Dança Contemporânea de Setúbal culmina este sábado, às 21h30, no Forum Luísa Todi, a apresentação, do espetáculo Jo-vens Coreógrafos, depois de on-tem ter esgotado a sessão.

Este programa resulta do en-contro de três jovens coreógrafos, os bailarinos Inês Porfírio, Rita Carpinteiro e Gonçalo Andrade. «Este é um encontro que visa pro-mover o trabalho coreográfico dos mesmos e, em simultâneo, possi-bilitar novas experiências e desa-fios aos nossos alunos», refere a diretora Iolanda Rodrigues, que acrescenta: «É um programa de jovens talentos a não perder».

Estes três jovens coreógrafos, além de estrearem as suas peças, participam também como baila-rinos profissionais.

A Academia de Dança Contem-porânea de Setúbal (ADCS) é uma Escola de Ensino Artístico Voca-cional, patrocinada pelo Ministé-rio da Educação e apoiada pela Câ-mara Municipal de Setúbal, que funciona em regime articulado com as Escolas Básicas e Secun-dárias do ensino público.

O ensino na Academia tem como principais objetivos a edu-cação pelo movimento, que se de-senvolve nas classes de iniciação, e a formação de bailarinos nos cur-sos básico e secundário de dança, promovendo nos seus alunos uma intensa ligação à atividade céni-ca através de apresentações pú-blicas da escola e da Pequena Com-panhia, estrutura similar a uma companhia de dança profissional, onde os alunos, a partir do grau intermédio, se integram.

Jovens coreógrafos estreiam danças no Forum Luísa Todi

Paula Farinhas conta histórias e incute o gosto pela escrita

A Academia de Dança tem sido um ‘viveiro’ de excelentes bailarinos

DR

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na Capricho

Paula Farinhas está no Alegro aos domingos a entreter os mais novos com as suas histórias infantis e juvenis

“O PELICANO”, de August Strin-dberg, continua em cena no Tea-tro Joaquim Benite, em Almada, até dia 8

Na Idade Média, acreditava-se que o pelicano era uma das aves mais zelosas para com a sua pro-le, dando-lhe de beber do seu pró-prio sangue quando a comida es-casseava.

Nesta peça, Strindberg explo-ra a ambivalência do mito, a fron-teira ténue que este desenha en-tre a vida e a morte. Retrata, em palco, a vida caótica e disfuncio-nal de uma família que, no segui-mento da morte do pai e do casa-mento da filha com o amante da progenitora, se precipita para a tragédia. Uma mãe egoísta e ma-nipuladora é a origem e o fim de todas as tensões, nada fazendo,

por exemplo, para contrariar o rumo desolador de um filho en-tregue ao álcool e de uma filha que, por sua culpa, não conhece a felicidade conjugal.

Conta com interpretações de Adriano Carvalho, Joana Fran-campos, Maria Frade, Pedro Wal-ter e Teresa Gafeira.

“O Pelicano” prossegue carreira em Almada

Teresa Gafeira (à direita) no palco

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 9

DEPOIS DE ter trabalhado no Macdonald´s, a cantora Dora (na foto) volta a brilhar nos palcos do Casino Estoril, mas, desta vez, pela primeira vez, num musical de Filipe La Feria. A estreia de “A Noite das Mil Estrelas” está agendada para o próximo mês de Março no grande palco do salão Preto e Prata do Casino Estoril. O novo musical, que promete emoção e boa dispo-sição, retrata a história do Casino Estoril dos anos 30 à atualidade, revisitando a História de Portugal do século XX aos nossos dias.

Esta nova aposta de La Feria pretende ho-menagear as grandes estrelas que subiram ao palco do Casino Estoril, com as suas músicas, lendas e glamour, como Amália, Elis Regina, Charles Aznavour, Júlio Iglésias, Liza Min-nelli, entre mais de uma centena de persona-lidades que marcaram para sempre a nossa memória.

Desde as míticas princesas Grace Ke-lly, Margaret de Inglaterra, de Soraya Dali, todas elas fazem parte da história do maior casino da Europa e todas elas estarão em cena nesta “Noite das Mil Estrelas”.

Além de Dora, Filipe La Feria chamou, de novo, Alexandra, que vestiu a pele de Amália, Gonçalo Salgueiro e Pedro Barga-do, os protagonistas de Jesus Cristo Su-perstar, a cantora/atriz Vanessa, Rui An-drade, Cláudia Soares, David Ripado, João Frizza e a cantora lírica Catari-na Mouro.

La Feria estreia “Noite das Mil Estrelas“ no Casino Estoril

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Som jovem e contagiante Os D.A.M.A., um grupo com um som jovem, contagiante e com grande presença em palco, dão um concerto para divulgar os mais recentes sucessos musicais. Auditório António Chaínho, S. Cacém, 21h30.

Luís de Matos CHAOSDestinado a toda a família, Luís de Matos CHAOS é o novo espetá-culo de magia do mágico português mais premiado e distinguido de sempre. É uma experiência sem precedentes, uma viagem mágica pessoal, intransmissível e memorável. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo, 21h30.

Concerto intimista União das Tribos

Sérgio Lucas (vence-dor do programa

televisivo Ídolos, em 2004), António Côrte-

Real (UHF), Wilson Silva (More Than a

Thousand) e Cebola (UHF), decidem unir

talentos e trabalhar na União das Tribos. Depois de 1 ano de pro-moção do CD de estreia e de concertos, a banda aposta agora num

espetáculo mais intimista.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

Orquestras atuam em conjunto As orquestras Nova de Gui-tarras e a Philarmónica de Lis-boa, dirigidas pelos maestros Miguel Madaleno e Paulo Duarte, respetivamente, dão um concerto. Vocacionado para maiores de quatro anos, o concerto tem entradas a 5 euros.Teatro S. João, Palmela, 21h30.

Ensemble Juvenil apresenta-se

O Ensemble Juvenil de Setúbal, composto

por jovens ligados a diferentes géneros

musicais e proveniên-cias sociais, faz a

apresentação pública. O grupo interpreta temas de Tony Haynes, “As quatro estações”, de

Vivaldi, e “A Love Supreme”, de John Coltrane.Forum Luísa Todi, Setúbal, 17 horas.

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POLÍTICA

O deputado do PCP, Bruno Dias, e outros autarcas e dirigentes locais e regionais do PCP, vão estar, no dia 2 de março, pelas 9h30, no porto de Pesca de Sesimbra, em contac-to com pescadores e armadores, no âmbito

da apresentação e discussão na Assembleia da República do projeto de Resolução do PCP que “Recomenda medidas de proteção ao setor da pesca da sardinha e aos pesca-dores e armadores da pesca do cerco”.

O CDS/PP Almada, que continua a pug-nar pela construção do Hospital do Sei-xal, visitou na segunda-feira, a Unidade de Saúde Pública e o ACES Almada/Sei-xal. Há falta de profissionais de saúde, mais

concretamente médicos, bem como en-fermeiros e pessoal auxiliar, tal como mais equipamento informático adequado às exigentes funções e objetivos que estas unidades têm para desenvolver.

PCP contata pescadores e armadores de Sesimbra PP reclama melhor saúde em Almada

Tribunal de Contas ‘visa’ acordos com freguesias que deram confusão política

O TRIBUNAL de Contas vi-sou todos os contratos de execução de competências entre a Câmara e as cinco freguesias do Montijo, dan-do razão ao executivo so-cialista, liderado por Nuno Canta. O autarca desafia ago-ra a oposição a assumir «res-ponsabilidades políticas e as suas consequências».

Na origem do diferendo, estava a proposta da maio-ria, em sede orçamental, que

levantou, por parte dos par-tidos da oposição, suspeitas de ilegalidade na transferên-cia de verbas para a execu-ção das competências que a lei obriga. Uma suspeição que chegou mesmo à Assem-bleia Municipal (AM), que chumbou a proposta cama-rária. «A oposição aprovei-tou para levantar problemas e, mesmo com alterações no sentido de encontrar con-senso, a AM aprovou altera-ções que não são da sua com-petência, explicou ao Sem-mais Nuno Canta.

Nuno Canta diz que oposição perdeu argumentos e pede consenso para viabilizar orçamento

DR

A revisão dos acordos de execução de competências para as freguesias do Montijo lançou a confusão política. O Tribunal de Contas deu agora razão ao executivo socialista. O presidente Nuno Canta exige que «oposição assume as consequências políticas»

Texto Anabela Ventura

Município de Alcácer do Sal EDITAL

CONCURSO PÚBLICO DE CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DO “QUIOSQUE” NA MARGEM SUL – ALCÁCER DO SAL

MANUEL VITOR NUNES DE JESUS, Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:

FAZ PÚBLICO QUE, de acordo com a deliberação de Câmara de 12/02/2015 se vai proceder à abertura de concurso público para atribuição da concessão de “quiosque” na Margem Sul, na modalidade de apresentação de propostas em carta fechada.O concurso é realizado nos termos expressos no Programa de Procedimento e respetivo Caderno de Encargos, que se encontra para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística.Para esclarecimento dos interessados, informa-se que:1. Só podem concorrer as pessoas singulares ou coletivas respetivamente residentes ou com sede na área do Município de Alcácer do Sal há pelo menos um ano à data do edital do concurso;2. Os concorrentes têm que se inscrever previamente nos Serviços da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística do Município de Alcácer do Sal, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da publicação do último aviso, mediante o pagamento do correspondente a 1% (um por cento) do valor base de adjudicação e o preenchimento de uma ficha facultada pelos Serviços, à qual será atribuído um número de ordem que o concorrente utilizará em todos os documentos relativos ao concurso;3. As propostas deverão ser apresentadas até às 16,00horas no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados da publicação do último aviso, pelos concorrentes ou seus representantes, na Câmara Municipal de Alcácer do Sal, contra recibo, ou remetidas pelo correio, sob registo e aviso de recepção.4. A concessão do espaço será atribuída pelo prazo de 5 (cinco) anos, renováveis por iguais e sucessivos períodos de 5 (cinco) anos, se nenhuma das partes denunciar o contrato5. O valor base da adjudicação é de €1. 500,00 (mil e quinhentos euros);6. O valor base do pagamento mensal é de € 80,00 (oitenta euros);Deverá ser feita oferta para o valor da adjudicação bem como para o valor do pagamento mensal.Este valor será atualizado anualmente a partir do início do segundo ano de vigência do contrato de acordo com o índice de inflação publicado pelo Instituto Nacional de Estatística;7. Os concorrentes deverão apresentar “declaração e currículo”, “projeto” e “preço”;8. O ato público de abertura das propostas realizar-se-á no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas 10 horas, do primeiro dia útil imediatamente posterior ao termo do prazo para apresentação das propostas;9. As propostas serão apreciadas pelo Júri do concurso, no prazo de 10 (dez) dias contados, do ato público ou da notificação da deliberação da Câmara, sobre os recursos interpostos;10. A adjudicação será efetuada de acordo com os critérios: Qualidade e Preço da Proposta, aos quais são atribuídos os fatores de ponderação, respetivamente de 60% e 40%;11. A Câmara Municipal tomará uma decisão definitiva no prazo de 30 dias contados do termo fixado para a apreciação das propostas; 12. Todos os interessados devem consultar nos Serviços Administrativos da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, durante as horas normais de expediente, ou mediante o pagamento do seu preço, pedir cópia dos vários elementos que integram o concurso, nomeadamente “Programa de Concurso” e “Caderno de Encargos”;Para constar e devidos efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais do costume. Alcácer do Sal, 20 de fevereiro de 2015

O Vereador do Pelouro

(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

Depois de estar sob ‘fogo’ intenso por parte da oposição, Nuno Canta, parte para o contra--ataque

Cartório Notarial de SetúbalNotáriaMaria Teresa OliveiraSito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezanove de Fevereiro de dois mil e quinze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 33 do livro 277 – A, de escrituras diversas, na qual: Maria Alice Branca Mugeiro Neves da Silva e marido, Artur Fernando Neves da Silva, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Abel Salazar, n.º 1, 2º andar esquerdo, Pragal em Almada, contribuintes números 141545283 e 119804387, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel:Prédio Urbano, composto de edifício de um piso para habitação com garagem, anexo, com a área com coberta de duzentos e trinta vírgula quarenta e cinco metros quadrados e logradouro com a área de oitocentos e sessenta e oito vírgula cinquenta e cinco metros quadrados, sito na Rua das Videiras, n.º 3, Brejos de Azeitão, em São Simão, da União das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), concelho de Setúbal, que confronta do norte com Rua das Videiras, do Sul com Carlos Pires e outro, nascente com Rua Nova da Jardia, e do poente com Hélder Carlos Garcia Gavino, ainda por descrever na Primeira Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 10238, da mencionada freguesia.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 19 de Fevereiro de 2015.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Perante a polémica e a crise política gerada, o pre-sidente do município deci-diu remeter o processo para o Tribunal de Contas, que agora, num despacho data-do de 20 de Fevereiro, lhe dá razão e o respetivo ‘visto’. «Se a decisão fosse no sen-tido contrário, haveria já quem pedisse a minha de-missão, mas está na hora da oposição assumir as suas responsabilidades políticas e tirar todas as consequên-cias deste processo», afirma o autarca do PS.

A posição do edil mon-tijense, que diz ter sido pos-

to em causa a sua «honora-bilidade e a confiança entre da Câmara com os muníci-pes», é tanto mais forte, por-quanto, segundo diz, a ques-tão dos contratos com as freguesias foi o grande mo-tivo de chumbo do orçamen-to camarário: «O grande ar-gumento e ‘linha vermelha’ do PSD para aprovar ou não o orçamento tinha a ver com a revisão destes acordos, iniciados em 2013, no âm-bito da nova legislação. E agora caiu, faliu. Espero que haja o bom-senso de, em conjunto encontrarmos con-sensos para viabilizar o do-

cumento fundamental da vida da autarquia», desafia o presidente da Câmara.

Nuno Canta também lembra que um dos obje-tivos da oposição seria dei-xar as freguesias sem con-dições de «sobreviver» e sem capacidade para «exe-cutar as suas competên-cias» Mas, adianta o autar-ca, confrontado com o pro-blema, o município colo-cou nos acordos de execu-ção com as freguesias uma cláusula de retroativida-de. Em causa está um mon-tante de cerca 2,1 milhões de euros.

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DESPORTO

Câmara Municipal de Setúbal promove uma ação de formação sobre orientação e ca-minhada para monitores dos cinco bairros abrangidos pelo programa municipal se-tubalense “Nosso Bairro, Nossa Cidade”, da

zona da Bela Vista. A iniciativa dá segui-mento a um conjunto de ações formativas com o objetivo de dotar os participantes de competências que permitam o desenvol-vimentode atividades desportivas.

Este domingo a Baía do Seixal é palco do Campeonato Regional de Fundo de Canoa-gem. Trata-se de uma prova para atletas fe-derados na especialidade de fundo, dos ini-ciados a veteranos dos clubes da zona de

Lisboa e Vale do Tejo. A prova, organizada pela Federação Portuguesa de Canoagem, Associação de Canoagem da Bacia do Tejo e Associação Naval Amorense, decorre a partir da zona ribeirinha de Amora.

Formação de monitores no programa em Setúbal Campeonato Regional de Canoagem no Seixal

A MUITO importante classe dos Juniores, agora referidos como “Sub.19”, visando o Torneio de Eli-te europeia daqui por pouco mais de 2 anos, mereceu nota positiva no teste realizado em La Manga, estância de “nuestros hermanos”.

Sob a condução valiosa da du-pla de técnicos Edgar Borges e Rui Caçador, Portugal manteve-se in-vencível nos 3 jogos disputados (2 empates e 1 vitória) mas não con-seguiu o desejado 1º lugar que se-ria o 7º consecutivo em La Man-ga. Foi pena até porque, sem na-cionalismos inúteis, Portugal mos-trou-se a melhor equipa em com-petição.

Alguns bons valores desse es-calão etário não se deslocaram a Espanha, por lesões ou por acor-do com os seus clubes dado que já faziam parte dos planteis senio-res, em pleno exercício competi-tivo.

Nomes a ter em conta: Ruben Neves (F.C. Porto), Samuel (Boa-vista), Guedes (Benfica), J. Wilson e Riquicho (Sporting). E haverá mais que Edgar Borges, arguto e atento, não deixará escapar ver-sus Torneio da Elite, de acesso ao “Mundial” de 2016.

Os jogos disputados em La Manga tiveram direito a transmis-sões televisivas o que se regista e elogia.

Alguns dos jovens menos vis-tos, beneficiaram do ensejo de com-petir internacionalmente, suge-rindo alguns comentários rumo ao futuro.

Estiveram no Torneio 20 ju-niores, alguns em estreia absolu-

ta, e uma boa meia dúzia a dar apre-ciáveis indicações tais como de-fesa-central Ruben Dias (Benfica), o azougado Diogo Jota (Paços de Ferreira) e a muito recente reve-lação Belenense Dálcio Gomes, um esquerdino bem colocado como extremo-direito.

Como curiosidade refira-se que meia equipa dos mais utilizados era de jovens africanos, bastante promissores, como o “capitão” Ro-mário Baldé (Benfica) e o “ponta--de-lança” Alexandre Silva que a formação do Sporting deixou es-capar para o Vitória de Guimarães.

De um alargado lote de uns 30 jovens bem observados vamos ter, seguramente, uma boa Selecção junior para Maio p.f.

À eficaz dupla Edgar Borges- Rui Caçador desejamos as maio-res felicidades na difícil missão de escolha final.

Lembrando 1989 e 1991, de su-cessos mundiais, vamos acredi-tar que estaremos no “Mundial” de 2016, tendo uma palavra a di-zer. E que essa seja: Vitória.

O futebol português, face à in-quietante “invasão” de estrangei-ros, bem precisa de uma boa lu-fada de Sub.19 de nível interna-cional.

A “onda” positiva dos Sub. 19

David SequerraColaborador

Parceria entre Vitória e Pinhalnovense chega ao fim sem renovação

O ACORDO de cooperação cele-brado entre o Vitória de Setúbal e o Pinhalvovense no início da épo-ca desportiva, por um período ini-cial de dois anos, chega ao fim an-tes do final da temporada e sem renovação à vista.

O acordo permitiu, entre ou-tras coisas, ao clube do concelho de Palmela inscrever a sua equi-pa principal no Campeonato Na-cional de Seniores e deu ao clu-be do Bonfim a possibilidade de fazer rodar alguns dos seus joga-dores naquele que é o terceiro campeonato a nível nacional, mas a saída de Bruno Ribeiro do Pi-nhal Novo para Setúbal parece ter sido o início dos desencontros que levam agora ao “divórcio” entre os dois clubes vizinhos.

Bruno Ribeiro, atual treinador do Vitória, era o responsável téc-nico no Pinhalnovense até ao mo-mento em que foi chamado pela direção de Fernando Pedrosa para comandar a equipa sadina dei-xando o clube entregue ao seu ad-junto Sander Guerreiro, agora dis-pensado pelo Pinhalnovense, ape-sar de ter conseguido manter, até ao momento, o clube fora da zona de despromoção.

Em declarações ao jornal Re-

cord, o presidente do Pinhalno-vense diz que a troca de técni-cos, por decisão do Vitória, mos-trou que «as coisas não estavam a correr como devia ser». Para António Sousa o fim da relação de cooperação entre os dois clu-bes prende-se apenas com a equi-pa profissional, no entanto o Vi-tória já assumiu que o acordo chega ao fim antes do prazo es-tabelecido. O presidente do clu-be de Pinhal Novo acredita que esta é uma opção estratégica er-rada por parte do Vitória que mais tarde será avaliada pelos sócios.

Apesar de haver vontade de manter a parceria por parte do Pinhalnovense, a direção do Vi-tória considerou que não tinha condições de assumir o compro-misso de continuidade da parce-ria. No entanto, as direções asse-guram que «não estão de costas voltadas» embora o acordo tenha tido «momentos de altos e bai-xos».

Entretanto, no Pinhal Novo procura-se um substituto para Sander Guerreiro que deverá re-gressar ao Bonfim para fazer par-te da equipa técnica liderada por Bruno Ribeiro.

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Texto Marta David

Eliminatórias do “Football Fives World Championship” de 7 a 9 de MarçoO FOOTBALL Fives World Championship (F5WC) che-gou a Portugal através da Associação Portuguesa Mi-niFootball.

A maior competição a nível mundial de Futebol 5 amador é disputada em 48 países, sendo a primeira es-pecificamente para jogado-res amadores maiores de 16 anos e as eliminatórias lo-cais para o distrito de Setú-bal têm lugar entre os dias 7 e 9 de Março, em Corroios, Pinhal Novo e Setúbal.

As equipas presentes nas várias eliminatórias locais vão depois participar na Final Na-cional onde estarão as 32 me-lhores equipas do país. A ven-cedora nacional será a repre-

sentante lusa na Final Mun-dial do F5WC, a decorrer no Dubai, onde é disputado o tí-tulo de campeão mundial.

A última edição do F5WC, em 2014, contou com

32 países participantes e um total de 500 000 jogadores inscritos em todo o mundo e foi transmitida em direto na televisão em vários paí-ses.

As provas na região decorrem em Corroios

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Divórcio entre os dois emblemas teve a ver com escolha de treinadores

Sesimbra Summer Cup com perto de 2 mil participantesA EDIÇÃO 2015 do Sesim-bra Summer Cup vai ser a mais participada até ao mo-mento. O torneio interna-cional infantil de futebol e futebol de praia conta com a presença de mais de 80 equipas e perto de dois mil participantes.

A edição deste ano, que terá lugar entre 24 e 28 de junho, tem já confirmada a presença de várias equipas nacionais e estrangeiras. A seleção espanhola, através da sua escola de futebol, e várias equipas dos Estados Unidos da América, são al-gumas das presenças já as-seguradas na edição deste ano. Destaque também para a participação de um eleva-

do número de equipas da Região Autónoma da Ma-deira assim como dos prin-cipais clubes nacionais.

O Sesimbra Summer Cupa conta com o apoio de várias entidades públicas e privadas, com destaque para a Dagol, Câmara Municipal de Sesimbra, Federação Por-

tuguesa de Futebol, Asso-ciação de Futebol de Setú-bal, assim como o Institu-to de Desporto e Juventu-de.

O programa desta inicia-tiva conta para além das ati-vidades desportivas com um vasto programa cultural e de promoção turística.

A iniciativa é já um ícone desportivo no distrito

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 12

NEGÓCIOS

Produção do EOS acaba na Autoeuropa mas trabalhadores estão confiantes

O COORDENADOR da Co-missão de Trabalhadores da Autoeuropa, António Cho-ra, garante que os profissio-nais da fábrica de automó-veis sedeada em Palmela es-tão «confiantes» na manu-tenção dos seus empregos, mesmo depois do fim da pro-dução do Volkswagen EOS, prevista até ao mês Junho, como avançou esta sema-na um porta-voz do grupo alemão que seria citado pelo Automotive News Europe.

Contudo, o representan-te dos trabalhadores de Pal-

mela mostra-se confiante nos 3600 postos de traba-lho atuais, sobretudo porque estarão novos modelos a ca-minho da unidade fabril até 2017. António Chora diz mes-mo ter «a certeza» de que Pal-mela vai receber outros car-ros, que inicialmente se ad-mitia que pudessem chegar já para o próximo ano.

Encontrar soluções entre empresa e

trabalhadores

Até lá, acrescenta, «tra-balhadores e empresa vão voltar a encontrar soluções para manter todos os pos-

tos de trabalho», a grande prioridade da Comissão e Trabalhadores, para quem os 3600 profissionais são pessoas «bem qualificadas, bem treinadas e fazem um trabalho de qualidade», re-cordando António Chora que já em 2011 também foi pos-sível encontrar solução atra-vés do diálogo

O fim da produção do Eos a Autoeuropa era uma decisão já esperada há al-gum tempo, sendo que além do Volkswagen EOS, a Autoeuropa produz tam-bém os modelos Scirocco, Volkswagen Sharan e Seat Alhambra.

Unidade de Palmela deverá receber novos modelos até 2017

O fim de ciclo da produção do modelo EOS era esperado e estava na estratégia da empresa alemã. Os trabalhadores dizem-se tranquilos, pela voz do seu representante. Aguardam-se novos modelos, mas a expetativa não é disfarçada.

Texto Anabela Ventura

O porto de Setúbal fechou o janeiro com 652 mil toneladas de mercadorias movi-mentadas, o que significa crescimento de 16 por cento relativamente ao mesmo mês, em 2014, que movimentou 564 mil tonela-

das. Foi o 2.º melhor mês de janeiro de sem-pre no porto. Os bons valores de janeiro, foram impulsionados pelo desempenho dos terminais que cresceram 40 por cen-to, com 408 mil toneladas movimentadas.

O grupo Portucel Soporcel lançou, através da marca Navigator, um concurso mundial destinado a jovens profissionais e estudan-tes de design, desafiando-os a desenvolver o novo layout para “Navigator Students”,

um produto que se destina ao mercado es-tudantil, disponível durante o período de Regresso às Aulas e que se pretende venha a apresentar uma imagem moderna, dife-renciadora e adaptada aos novos targets.

Porto de Setúbal como melhor Janeiro de sempre Navigator lança concurso de design

Trabalhadores da unidade de Palmela esperam por novos modelos

Adrepres leva “O melhor peixe do mundo” a BruxelasO PROJETO “O melhor pei-xe do mundo.com”, que con-tou com o apoio do Eixo 4 do PROMAR, gerido pela ADREPES na Península de Setúbal, no âmbito do Gru-po de Ação Costeira – Alé-mTejo, vai estar em desta-que na conferência “Sailing Towards 2020”, que se rea-liza em Bruxelas nos próxi-mos dias 2 e 3 de Março.

O Melhor Peixe do Mun-do.com, promovido pela em-presa Fixe em Casa, Ld.ª foi selecionado entre 9000 pro-jetos, para ser apresentado na conferência promovida pela Rede Europeia de Gru-pos de Ação Costeira (FAR-NET), dedicada à discussão dos resultados do Eixo 4 do PROMAR e ao futuro do FEAMP nas Comunidades Costeiras no período de pro-gramação 2014-2020.

O projeto desenvolvido em Sesimbra tem como ob-jetivo entregar peixe fresco ao domicílio na zona de Lis-boa, através de cadeias cur-

tas de comercialização com encomendas on-line atra-vés do site www.peixefres-co.com.pt.

Valorizar a pesca arte-sanal, certificar a pesca sus-tentável, comercializar es-pécies menos conhecidas e promover o comércio jus-to são alguns dos princípios

do negócio desenvolvido pela Fixe em Casa, Lda.

A empresa conta neste momento com cerca de 500 clientes ativos, que realizam aproximadamente 80 enco-mendas por mês, originan-do um volume de negócios que ascende 250.000 euros/ano.

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Miguel Zegre é um dos promotores do projeto em Sesimbra

Governo garante terminal de Contentores no BarreiroO GOVERNO anunciou na quinta-feira que o Barreiro é a única localização em cima da mesa para a instalação do terminal de contentores, avançando agora a candi-datura a fundos comunitá-rios para a realização de es-tudos de impacte ambien-tal. O anúncio foi feito du-rante uma iniciativa da Ad-ministração do Porto de Lis-boa (APL), que juntou na Gare Marítima de Alcânta-ra, em Lisboa, o Ministro da Economia, António Pires de Lima, e o Secretário de Es-tado, Sérgio Monteiro.

A administração da Baía do Tejo, que foi uma das pri-meiras entidades a mostrar--se publicamente favorável à construção do novo Ter-minal de Contentores de Lis-boa no Barreiro, vê de for-ma positiva o fato de o Go-verno apontar o Barreiro como localização para a construção de tal projeto, uma vez que vai ser cons-truído nos territórios da Baía

do Tejo, mais concretamen-te no Parque Empresarial Baía do Tejo do Barreiro.

Segundo o presidente da Baía do Tejo, Jacinto Perei-ra, a plataforma logística e industrial anexa ao novo ter-minal de contentores vem «potenciar em definitivo a procura e o reforço da ati-vidade económica da região», o que irá permitir «concre-

tizar com um ritmo mais ele-vado a missão da Baía do Tejo ao nível do reordena-mento territorial e da requa-lificação ambiental de todo o Arco Ribeirinho».

A Baía do Tejo está en-volvida no processo do novo terminal de conten-tores de Lisboa, através de um protocolo assinado en-tre a APL, o município do Barreiro, a Refer e as Es-tradas de Portugal, entida-des que «têm vindo a tra-balhar em conjunto no sen-tido de se potenciar este in-vestimento como fator de desenvolvimento econó-mico e social».

Jacinto Pereira reconhe-ce que a construção do novo terminal no Barreiro vai ter um «grande impacto» no Parque Empresarial da Baía do Tejo, uma vez que «vai potenciar a procura e au-mentar, de forma significa-tiva», o número de empre-sas no parque, que atual-mente já são 177.

Baia do Tejo tomou posição

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Pub.

Centro de Competência do Pinheiro Manso e do Pinhão vai ser instalado em Alcácer

O CENTRO de Competência do Pi-nheiro Manso e do Pinhão vai fi-car localizado em Alcácer do Sal, mais concretamente na Mata Na-cional de Valverde. O protocolo de constituição do Centro foi as-sinado, no Ministério da Agricul-tura e do Mar, em Lisboa, ontem, dia 27, pelas 11 horas, na qual mar-cou presença o presidente Vítor Proença, na qualidade de mem-bro fundador do Centro. «Trata--se de um importante espaço de

partilha e articulação de conheci-mentos, capacidades, competên-cias e recursos, centrado no de-senvolvimento e sustentabilida-de do pinheiro manso», afirma Ví-tor Proença congratulando-se com a «vinda para o concelho deste cen-tro de investigação do Pinheiro Manso e do Pinhão».

‘Forum de partilha e articulação de conhecimentos’

Recorde-se que a criação des-te centro e a proposta de locali-zação no concelho já tinham sido avançadas pelo autarca e pelos produtores florestais ao Secretá-rio de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural em mar-ço de 2014, durante a visita de Go-mes da Silva à Mata de Valverde, por ocasião das comemorações do Dia Mundial da Árvore. Em se-tembro do mesmo ano, o edil par-ticipou numa reunião no Minis-tério da Agricultura com o Secre-tário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural e propôs que o futuro Centro ficasse em Al-cácer do Sal, mais concretamen-

te na Mata de Valverde, dado o «peso e a importância do Pinhei-ro Manso na zona do vale do Sado e em Alcácer do Sal, que contém uma das mais antigas manchas de Pinheiro Manso da Europa», afirmou o autarca.

O referido Centro é um «fó-rum de partilha e articulação de conhecimentos, capacidades e competências que congrega os agentes económicos envolvidos na fileira com os agentes das áreas da investigação, divulgação e

transferência do conhecimento, bem como os organismos da ad-ministração pública relevantes, potenciando a sua cooperação».

Pedro Silveira, presidente da Associação de Produtores do Vale do Sado, que se congratula com a localização do projeto, refere que o Centro vai coordenar toda a agenda de investigação da área do pinheiro manso. «Daqui sai-rão projetos que poderão ser apoiados por fundos comunitá-rios e nacionais para se aperfei-

çoar o conhecimento desta filei-ra e, assim, eliminarem-se as la-cunas existentes nesta área».

A defesa fitossanitária, para se evitar a propagação de pragas e doenças, o fenómeno de alternân-cia de produções, e a escolha dos produtores com melhor rácio de rendimento, são algumas das di-ficuldades que os produtores que-rem estudar melhor. «Queremos sempre melhor o nosso trabalho e estamos sempre em busca des-se conhecimento para melhorar as nossas condições de produ-ção», sublinha Pedro Silveira.

Alcácer do Sal e Grândola são os dois concelhos do País que pro-duzem maior quantidade de pi-nhão, ou seja, cerca de 50 por cen-to da produção nacional. «Alcá-cer e Grândola lideram o top da produção de pinhão no País, e este Centro faz todo o sentido, embo-ra não seja uma estrutura pesa-da nem de grande vulto, mas vai ser um projeto de referência e de grande importância para o setor», vinca um dos homens que este-ve, desde sempre, na defesa des-te projeto para o concelho de Al-cácer do Sal.

Os produtores de pinhão de Alcácer e de Grândola acabam de ganhar uma importante ferramenta de trabalho para a sua atividade. O Centro de Competência permite aos agricultores aperfeiçoarem os seus conhecimentos em diversas lacunas do setor

Texto António LuísA zona de Alcácer do Sal é uma das maiores do país em Pinheiro Manso

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 14

OPINIÃO

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Alentejo sob a crista da ondaO ALENTEJO está na moda. Nos últimos anos tem sido assim, dis-tinções internacionais como des-tino de excelência, das praias, ao lazer, às paisagens e à especifici-dade das suas gentes.

Durante anos, o Alentejo era um território quase inexplorado. A sua pacatez, a fuga demográfi-ca, a genética tímida e um certo comodismo imperavam na sua fuga para a frente.

O grito de Ipiranga não tem mais que quinze anos. Uma nova visão estratégica, com Grândo-la à cabeça, dinamitou esse atra-so e abriu portas ao desenvolvi-mento sustentado, nomeadamen-te no cluster do turismo e do ma-rketing associado. Incrementou--se o interesse dos investidores e arrancaram projetos âncora no terreno.

Os resultados estão à vista. O novo impulso, com trabalho de formiguinha do turismo do Alen-tejo, alavancou esta segunda fase, com planos estratégicos que vão muito para além do turismo resi-dencial, e apostam num território envolvido, integrado. Uma visão mais alargada, capaz de eviden-ciar a dimensão de excelência, no-meadamente do nosso Litoral Alen-tejano, no seu puzzle de diversi-dade.

O último ano foi o melhor de sempre para o turismo da região, o Cante Alentejano assumiu di-mensão de património histórico universal, Reguengos é este ano a capital europeia do vinho e a Bol-sa de Turismo de Lisboa colocou o Alentejo nos píncaros.

Agora, há a fase de constru-ção. A mais difícil, e para isso, se-rão necessárias verbas avultadas, que existem por via dos fundos comunitários, e vontade e acer-to político. É nesta variável que o futuro ditará o caminho. A não ser assim, será voltar à cada de partida.

EDITORIALRaul Tavares

NA PRIMEIRA semana de Feve-reiro de 2015, os presidentes das cinco câmaras do Alentejo Lito-ral reuniram-se com o Ministro da Economia para debaterem as acessibilidades, sobretudo rodo-viárias e ferroviárias da região. Um dos assuntos priorizados pelos eleitos autarcas de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Si-nes e Odemira, foi a ligação ferro-viária entre Sines e Elvas, como anunciaram ser “infraestrutura fundamental para o desenvolvi-mento do Porto de Sines, dinami-zadora do seu crescimento e da capacidade exportadora do país”.

Ao que parece, segundo notí-cias publicadas, o Sr. Ministro tran-quilizou-os anunciando não só a construção do troço em falta Évo-ra – Elvas (Caia) como também a construção duma outra ligação nova entre Sines e Casa Branca. Prometendo para breve o anún-cio do que será feito na futura Pla-taforma Logística do Poceirão, o que condicionará as obras inaca-badas no IP8/A26 e no IC33.

Não fosse este anúncio mais uma manobra de entretenimento e grave nas suas implicações e de-certo não merecia as linhas que nos propomos escrever, tentan-do evidenciar as nossas preocu-pações nesta matéria que, de go-verno para governo, se vai cons-tituindo como um folhetim a que não se lhe adivinha o fim.

Desde logo constitui-se como preocupação principal, a notícia deste troço novo entre Sines e Casa Branca, coisa que não esteve na base dos estudos até agora desen-volvidos e que, naturalmente, a ser verdade, motivará novos estudos e projetos, avaliação de impacto ambiental, expropriações, enfim um sem número de exigências co-locadas a uma obra desta nature-za e grandiosidade.

Apesar do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI 3 +) referir a possibilidade de uma nova linha entre Sines e Grândola, que constituiria um ata-lho em relação à ligação atual que passa por Santiago do Cacém, não previa uma extensão desta a Casa Branca, sendo novidade o agora anunciado. Sempre esteve previs-to o corredor internacional sul (Si-nes/Setúbal/Lisboa – Caia) para ligar o arco metropolitano de Lis-boa, incluindo os portos de Sines, Setúbal e Lisboa, aeroporto de Lis-boa e plataformas logísticas a Ma-drid e ao resto da Europa, contem-plando uma ligação ferroviária correspondente, incluindo o cor-redor Sines/Setúbal/Lisboa – Caia + Poceirão – Vendas Novas + Bom-bel – Casa Branca + Ramal Petro-gal Sines, com um investimento previsto entre os 800 e os 1000 milhões de euros, a ser feito por dinheiros públicos com compar-ticipação de fundos europeus. Mes-mo os mapas apresentados, em anexo, que projetam a rede ferro-viária nacional em 2020/22, pre-

veem uma nova ligação do Porto de Sines à linha do sul, no entron-camento com Ermidas do Sado. E ao que se sabe, nos estudos efe-tuados partiu-se do princípio que a linha até Évora já foi construí-da/modernizada e eletrificada, ape-nas sendo sujeita a algumas me-lhorias em certos troços, nomea-damente, fazendo-se a variante de Santiago do Cacém, no troço en-tre Sines e a linha do sul.

Em Abril de 2014 foi revelado e deu-se notícia dum estudo pro-movido pela REFER para o traça-do em causa (Sines/Poceirão/Évo-ra-Elvas (Caia)), prevendo-se a construção dum novo troço entre Évora e a fronteira, numa distân-cia de 90 Kms e com um custo es-timado de 220 milhões de euros. Dizia-se que “segundo os dados do estudo de custo – benefício deste projeto prioritário elaborado pela REFER e entregue aos partidos, o investimento de 738 milhões de eu-ros na ligação de Sines à fronteira gerarão um VAL (Valor Atual Lí-quido) financeiro negativo de 607 milhões de euros.” Por outro lado acrescentava-se que “o VAL eco-nómico (que inclui as externalida-des) será positivo em 67,3 milhões de euros.” Aliás, conclui-se que os números confirmam aquilo que já se sabia: “que os investimentos em ferrovia não são, por si só, rendí-veis, o que justifica a opção do Exe-cutivo de concentrar neles o inves-timento público e o cofinanciamen-to de Bruxelas.”

Segundo os estudos da REFER o que contribuiu para um VAL eco-nómico positivo foi a previsão de retirada de 720 camiões diários ao longo dos 200 quilómetros de tra-jeto (com ganhos ao nível da po-luição, congestionamento e sinis-tralidade) e o incremento de 18 comboios diários no horizonte de 2026.

Lembro-me que, por alturas do anúncio deste estudo e dos seus resultados, em Maio de 2014, foi noticiado que os Presidentes das Câmaras de Santiago do Cacém e de Sines, Álvaro Beijinha e Nuno Mascarenhas, tinham voltado apreensivos da reunião com o Pre-sidente da REFER, Rui Lopes Lou-reiro, ao tomarem conhecimento

do ponto de situação em relação à construção da ferrovia para trans-porte de mercadorias entre Sines e Elvas, que segundo o responsá-vel nunca acontecerá antes de 2020. Era transcrito que os mesmos te-riam afirmado a uma só voz: “não há uma decisão política para o iní-cio da obra, ou melhor, para o iní-cio de estudos prévios relativa-mente áquilo que será o novo tra-çado.”

Não sei se os edis referidos fi-caram ou não contentes com as últimas notícias, não se lhe conhe-cendo a reação. A meu ver, pelo que se disse, deviam ter ficados mais apreensivos do que há um ano, pois as implicações desta no-vidade passarão certamente por um atraso substancial, uma vez que será preciso reequacionar to-dos os estudos até agora feitos e revelados, nomeadamente, o que foi divulgado pela REFER. Para além de outros que será necessá-rio fazer para o troço anunciado Sines – Casa Branca, mesmo que se possam aproveitar algumas par-tes de estudos realizados no pas-sado. O que não obvia, certamen-te, uma avaliação do impacto am-biental e as demoradas expropria-ções para o efeito. E isto, não que-rendo acrescentar outras maté-rias, que irão decisivamente alte-rar os pressupostos dos estudos a realizar, se tivermos em conta as recentes notícias de suspensão dos investimentos previstos para a 3ª fase de expansão do Termi-nal de Contentores de Sines. E, igualmente, não se sabendo qual o ponto de vista do novo presi-dente da REFER, Dr. António Ra-malho, que pode muito bem (como é seu hábito) reavaliar os projetos anunciados.

Em minha opinião, reitero a necessidade urgente da constru-ção do troço em falta entre Évora e Elvas (Caia) e já pouparíamos cerca de 135 kms (mais de duas horas) em relação ao trajeto fer-roviário de mercadorias atual. Essa sim, uma prioridade que devia me-recer a união de esforços dos au-tarcas dos concelhos mais bene-ficiados.

Esta prioridade, tanto mais se justifica quando continuamos a ser enganados por notícias que pretendem distrair os menos avi-sados. Hoje, num jornal nacional de grande dimensão era anuncia-do que “a CE aprova milhões para projetos ferroviários na linha Si-nes – Elvas”. Esqueceu-se (ou não interessa) o jornalista de verificar que, afinal esse dinheiro destinou--se a comparticipar o investimen-to total de 267 milhões de euros em obras já realizadas entre 2007 e 2010. Obras feitas em tempo dos governos do Partido Socialista e que dizem respeito à denomina-da variante de Alcácer, oficialmen-te inaugurada em 19 de Dezembro de 2010 e à modernização do tro-ço Bombel e Vidigal a Évora, em Julho do mesmo ano.

Agora e sempre a ligação ferroviária Sines – Elvas (Caia)

José António ContradançasEconomista DEPOIS de termos transformado

o palco da Sala Principal do TMJB numa “sala extra” (e muitos foram aqueles que, de facto, não se aper-ceberam de que estavam no pró-prio palco, e não noutra sala…), em Março recebemos dois dos espe-táculos que marcaram a dança por-tuguesa no ano passado: “Zoo”, vindo do Porto, e “Fica no singe-lo”, da Companhia Clara Ander-matt.

John Berger escreveu “Why look at animals?”, o livro que inspirou Victor Hugo Pontes a criar “Zoo”, um espetáculo de dança que subi-rá ao palco do TMJB a 13 de Março. Para Berger, que reflete sobre as di-ferenças e as semelhanças entre aqui-lo que nos pode levar a visitar um jardim zoológico ou a assistir a es-petáculos, “o momento estético re-presenta esperança”, por nos dar a ver “uma espécie de chave para a ordem do Mundo”. Talvez seja por isso que tanto “Kilimanjaro”, como “O pelicano” (criações da CTA) es-gotaram quase todas as suas ses-sões. Mesmo uma tragédia como a de Strindberg, que mantemos em cena até 8 de Março, permite que reflitamos sobre as causas que le-vam uma família em luto até a um fatídico desenlace. Numa realidade acelerada até ao ponto em que o nos-so olhar parece prestes a perder a capacidade de focagem, ter moti-vos para refletir só pode ser, de fac-to, motivo de esperança. No texto em que Claudia Galhós, no Expres-so, justificava a sua escolha dos me-lhores espetáculos de dança de 2014 (nos quais incluiu “Zoo”), a jornalis-ta e crítica referia justamente que estes contestam “a ideia de escape por via da fantasia”, por contraria-rem as “velocidades máximas” tão na moda por culpa das experiências imersivas ditadas pelo mercado. No dia 20 de Março recebemos “Fica no singelo”, uma coreografia de Cla-ra Andermatt que cruza dança con-temporânea com dança tradicional, e que foi eleita pelo Público como o melhor espetáculo de dança do ano passado. Chamarrita, gota, fandan-go, corridinho ou muinheira são al-gumas das danças tradicionais por-tuguesas presentes num espetácu-lo que reinventa um “património performativo em que nos reconhe-cemos”. A experiência estética re-presenta esperança porque nos co-loca numa posição da qual ainda conseguimos observar e reconhe-cer. Uma posição em que nos é pos-sível sentir a distância entre nós e aquilo que nos apresentam. Mes-mo que seja aquela curta distância que separa os nossos corpos quan-do nos levantamos para dar uns pas-sos de dança.

Agora a dança

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

“ Não sei se os edis ficaram ou não contentes com as últimas notícias, não houve reação...”

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 15

TURISMO SEMMAIS

TINA quer dizer there is no al-ternative. O que quer dizer que quer dizer “come e cala-te”. Uma ementa de um só prato e um destino já traçado. Ou seja o mundo muda mas a arrogân-cia não. Temos braços mas só servem para permanecer “pen-durados”. Temos cabeça mas não para pensar.

O TINA é um verdadeiro pro-grama sem programa. Manter, a partir da inteligência de uns quan-tos, a ilusão de que tudo está pre-visto. Uma espécie de ADN social. De onde o social desapareceu.

Esta ideia, além de ridícula, apela ao pior do nosso tempo: a construção de uma colossal mi-noria que absorve e “nacionali-za” o rendimento disponível. Na verdade são estes “1%” a razão de ser do TINA. Uma razão, afinal, com um bolso gigantesco e uma sofreguidão sem fim. Um mundo desigual (cada vez mais desigual) que quer, afinal, parecer natural.

Voltando às alternativas: é cla-ro que existem. Não uma mas mui-tas. Não uma mas várias. As al-ternativas que os cidadãos qui-serem construir. E que aliás es-tão a construir. Alternativas mais do que alternativa é do que se tra-ta. Porque, afinal, fazer da alter-nativa um outro caminho único é como “matar” a alternativa an-tes dela o ser. Este tipo de “alter-nativa da alternativa” costuma ser a “evolução na continuidade”. Um “mais do mesmo” com um novo rosto e promessas recicladas.

A cidadania é a alternativa. Diversa, difusa, diferente e com-plexa resume a capacidade de uma sociedade e de um tempo construírem diferenças e cami-nhos alternativos.

Estamos em Portugal a vi-ver um prenúncio desta atitu-de. A esquerda questiona. A di-reita move-se. E quem não sabe o que é esquerda ou direita pro-cura reinventar a política.

Política que não deve ser dos políticos. Políticos que não o se-riam sem os cidadãos. Políticos que inventaram o “politicamen-te correto”. Para manter o es-sencial das incorreções e a in-sistência no ciclo de voltar a fa-

zer do mesmo modo como o que já foi feito e refeito.

Na realidade o caminho está por fazer. Todos os caminhos. Como todas as vidas. A coragem de os fazer é o mais difícil. Pa-rar e refletir. Voltar a andar e vol-tar a escolher resume o ar do tempo. A espessura da urgência em continuar diferente.

Não sei se a Grécia tem razão e a Alemanha não. Sei que a Gré-cia quer mudar e esse é um di-reito que tem. E se tem é para usar.

Não sei se a Alemanha é a má ou aquela que quer parar de pa-gar contas que não são suas.

Não me parece que o mun-do seja feito de “bons” e “maus”. Tudo muito simples. Mas tudo pouco credível.

A Alemanha tem certamen-te muitas “coisas” boas. Não apenas a música e a filosofia. Mas todos aqueles produtos que, aparentemente, todos que-rem ter e comprar. Onde foi fei-to o seu fogão? E quem inves-tiu naquela fábrica em Palme-la (de que agora não me lem-bro o nome)? Não tem, no en-tanto, o direito à arrogância ou o exclusivo da moral.

A Grécia ousa mudar. E isso é o princípio de um futuro. Tem todo o direito de decidir o caminho des-sa mudança. Até porque essa mu-dança, quem sabe, não é o princí-pio de muitas outras mudanças.

Em Portugal não temos de ser completamente a favor ou estupidamente contra. Temos de ter o nosso caminho. A nos-sa alternativa. E compreender que radical é quem não quer mu-dar. Radical é quem trata os mi-lhões de todos como se fossem a sua particular propriedade. So-mos tantas vezes penalizados por dezenas quando assistimos ao perdão dos milhões. Somos pouco cidadãos.

Cidadania, afinal a alterna-tiva.

Tina

Jorge HumbertoColaborador

COSTUMO dizer que não deve-mos acreditar em tudo o que ve-mos nem em tudo o que ouvimos.

Na maior parte das vezes, esta cautela nada tem a ver com o ân-gulo donde observamos a cena, nem com as condições acústicas com que nos deparamos no mo-mento.

Já me aconteceu, a mim e a outros camaradas jornalistas, ter

dúvidas sobre determinado lan-ce num jogo de futebol do qual tínhamos de fazer a crónica, e no

final lá fomos ouvir o que o ár-bitro nos poderia esclarecer.

O senhor contou-nos a sua versão do lance e eu – conven-cido de que o que estava a ou-vir não correspondia à verdade – lá fui tomando notas e escar-rapachei no jornal o que tinha ouvido.

À noite decidi “conferir” no «Domingo Desportivo» que pas-sava na RTP ao domingo à noi-te, e para meu espanto o lance correspondia ao que o então ár-

bitro Francisco Silva nos tinha descrito e que era muito diferen-te do que jurariamos que tinha acontecido.

Recentemente ouvi na «An-tena 1», António Costa, secre-tário-geral do Partido Socialis-ta, a dizer que “o País terá su-perado a crise e está hoje numa situação muito diferente do que em 2011”.

Quanto ao futebol posso di-zer que os prejuízos não são grandes, pois, mais golo, me-

nos golo, tudo se resume a um clube ser campeão, dois ou três participarem também nas com-petições europeias e os dois úl-timos serem despromovidos ao escalão secundário.

Na política tudo é diferen-te.

E é diferente porque, qual-quer coisa que se diga ou deci-da, terá influência em parte da população, umas vezes benefi-ciando uns, outras prejudican-do outros.

Acreditar

Jorge SantosColaborador

FIO DE PRUMO

EXISTEM dois momentos únicos na vida do individuo: O momen-to do nascimento e a hora da mor-te. É como o senso comum diz: “ Nada temos mais certo do que a morte! ”. Está é uma certeza, trans-versal a todos, que não reconhe-ce classes sociais, credos religio-sos ou crenças politicas. Não há nenhuma experiência humana que se possa comparar à morte, todos passamos por esse momento, o que a deferência de todos os ou-tros é o facto de quando essa vier a acontecer já não existimos, es-tamos perante a finitude da vida humana.

Numa sociedade altamente in-dividualizada, a ato de viver VS morrer, passa por um estádio de indiferença, de uns pelos outros. A condição humana (muita das ve-zes imposta por modelos sociais) de competirmos entre nós, alicer-çada no individualismo e no egoís-mo, deixa-nos ocos de existência empurrando-nos para a ideia de que a morte é algo distante à con-dição única de final de vida. Nas-cemos sós e morremos sozinhos. Morrer, é pois um ato unicamen-te individual e intransmissível. Mas afinal o que fica do Ser? Da pes-soa? Do individuo ou da sua es-sência? A busca da imortalização é tão antiga quanto a existência humana, esta busca incessante, tem sido perseguida e perpetua-da através de feitos nas áreas da poesia, da pintura, música ou em outras quaisquer formas de arte. A imortalização também tem sido alcançada através de diversos fei-tos, nomeadamente pelas diferen-

tes formas bondosas e habilido-sas como ajudamos o próximo, ou até mesmo pela forma como nos relacionamos entre pares. Vulgar-mente utilizada no lugar-comum a expressão: “ Sempre foi bom ra-paz!” ou ainda “era amigo de aju-dar os outros”, são classificações retóricas que todos nós, uns de uma maneira outros de outra, gos-tar-mos-íamos de ser recordados. A nossa busca incessante de imor-talidade, passa não só pela forma como nos relacionamos, mas tam-bém como tomamos as decisões certas de forma correcta e trans-parente. Em suma como ajudamos a construir o mundo, o nosso mun-do, num lugar melhor com mais qualidade e respeito pelas liber-dades e garantias de cada um dos indivíduos e não das individuali-dades. Afinal todos nós vivemos

daquilo que ajudamos a construir, partido da tradição daquilo que os outros nos deixam. Paralela-mente à imortalidade, outro dos aspectos que preocupam o nosso ritual de morte é a forma e o local que daremos aos nossos restos mortais, aquilo que vulgarmente chama-mos de “última morada”. Na maior parte dos tecidos urba-nos ocidentais, onde escasseia o espaço, a última morada é desti-nada ao equipamento público ce-mitério. Motivados pela tradição judaico-cristã, talvez pela espe-rança da ressurreição a sepultu-ra tem sido a opção que mais adep-tos tem reunido, no entanto a cre-mação, prática de origem orien-tal que crê na reencarnação, tem tido nos últimos tempos por par-te das sociedades ocidentais, no-vos seguidores. Seja qual for a nos-sa vontade ou escolha, o nosso úl-timo ato de crer, preconizado numa cerimónia pública, deverá home-nagear a nossa última vontade. Era bom que em Setúbal, os sadinos tivessem livre abri tiú de poder optar por qual dos métodos pre-ferem utilizar na sua última von-tade .Porque mais do que satisfa-zer um desejo individual, trata-se de cumprir e honrar uma inaugu-ração ocorrida, estranhamente no já muito passado Dia de todos os Santos e que ainda está por con-cretizar. Era bom que em Setúbal, para além do ato politico de pro-paganda, fosse possível aos sadi-nos a livre escolha de esperar pela ressuscitação ou quem sabe da consubstanciação dos seus cor-pos e\ou almas.

Nós , os outros e a morte

Elisabete CavaleiroCoordenadora Pedagógica

Sempre com a região, sempre pela região...

Todos os sábados, com o semanário Expresso, o seu jornal de referência, único com circulação em todo o distrito de Setúbal, oferece-lhe a análise mais cuidada e rigorosa da informação regional. Tiragens regulares de 40.000 exemplares e audiência média estimada em 160.000 leitores

“ A busca pela imortalidade passa pela forma como nos relacionamos, mas também com as decisões que tomamos”

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Sábado • 28 fevereiro 2015 • www.semmaisjornal.com 16

A FECHAR

Academia do Bacalhau de Setúbal soma e segue

A ACADEMIA do Bacalhau de Se-túbal, a única no distrito de Setú-bal, entre 56 espalhadas pelos qua-tro cantos do mundo, reuniu em as-sembleia de convivas quarta-feira, num ambiente de boa disposição. A Academia, que conta com 41 com-padres e comadres, e é presidida por Carlos Carvalho, tem um cariz al-truísta e pratica, a pretexto do ‘fiel amigo’, a solidariedade.

Marcas de bastão no corpo da vítima

O CORPO de Nuno Jorge Pires, o homem que viria a morrer após ser visto a falar com dois polí-cias junto da estação de com-boios de Setúbal, apresentava duas marcas de agressão: Uma na cabeça, compatível com um bastão, e uma outra nas costas, segundo revelou a autópsia. O caso está ser investigado pela PJ, mas até ao momento as autori-dades estão numa espécie de en-cruzilhada.

Recorde-se que Nuno Jorge Pires foi filmado pelo sistema de videovigilância da estação à con-versa com dois agentes da Bri-gada de Intervenção Rápida, jun-to à praça do Brasil, segundo re-velou o subintendente Paulo Flor, porta-voz da PSP, na madruga-da de dia 19. Momentos depois,

a vítima terá enviado um sms à namorada, a quem tinha deixa-do em casa minutos antes, quei-xando-se de ter levado uma “ca-cetada”.

Seria encontrado na estrada dos Ciprestes, junto a uma pas-sadeira próxima da estação, pelo INEM já em estado de coma, uns metros mais à frente da local onde alegadamente terá ocor-rido a intervenção. Transporta-do para o hospital, viria a mor-rer dois dias depois

Investigações vão decorrer

nos próximos diasQuinta-feira, o comandan-

te da Divisão de Setúbal e o da esquadra de Intervenção Rápi-da estiveram na PJ para serem ouvidos e visionarem o conteú-do das imagens de videovigilân-cia, sendo que nos próximos dias a investigação vai ouvir os agen-tes que estiveram de serviço na-quela noite.

Ainda segundo Paulo Flor, a própria PSP já abriu um pro-cesso de averiguações para ten-tar apurar os contornos da in-

tervenção policial e identificar quem esteve de serviço nessa noite. E, caso sejam recolhidos indícios do envolvimento de agentes na agressão e de que essa agressão causou a morte do jovem, serão abertos proces-sos disciplinares.

A zona onde decorreu a in-tervenção policial está referen-ciada pela Polícia como pro-blemática, porque ali ocorrem com frequência roubos, furtos e desacatos sobretudo duran-te a noite.

Ainda há muito por contar nesta história recambolesca. O jovem foi encontrado com marcas de agressão e foi avistado a falar com dois agentes da PSP junto à estação dos comboios de Setúbal. Faleceu dois dias depois. As investigações avançam

Texto Roberto Dores

Chefes da Urgência demitem-se no LitoralOS 16 chefes da equipa de urgência do Hospital do Litoral Alentejano demitiram-se em bloco na quinta--feira, alegando que a «degradação das condições de trabalho» verifi-cada desde novembro de 2014 já co-loca «em risco a segurança dos doen-tes», segundo justificaram os clíni-cos numa carta enviada ao diretor clínico.

Os médicos demissionários jus-tificam que a degradação das con-dições no Serviço de Urgência se tra-duz tanto na falta de material como de recursos humanos, dando ainda conta de «desconformidades siste-máticas da escala de urgência, no-meadamente do Atendimento Ge-ral e do Atendimento Pediátrico».

Entretanto, após reunião reali-zada ainda na quinta-feira, a admi-nistração da Unidade reconheceu, em comunicado, que existem pro-blemas, designadamente devido à “falta de médicos”, o que se reflete nas urgências “mas também nos res-tantes serviços. Os administradores avançam que já reuniram com al-guns dos médicos subscritores do documento tendo sido “avançadas algumas eventuais soluções para melhoria do serviço de urgência”.

Vitória no concurso de fado amador sorriu ao “outsider”

A FINAL da sétima edição do con-curso de fado amador de Setúbal contou com sete participantes, seis deles do distrito de Setúbal. A vi-tória sorriu, no entanto, ao único fadista de fora da região. Mickael Salgado, de Tentúgal, de 23 anos, conquistou o júri e o público que lotou o salão da Sociedade Musi-cal Capricho Setubalense, na pas-sada noite de sábado, deixando para trás Susana Almeida, de Se-túbal, e Sofia Ramos, de Almada, respetivamente segunda e tercei-ra classificadas.

Com os fados “Destino Mar-cado” e “Belos Tempos”, o cantor

que já tinha participado no pro-grama televisivo “Rising star” e que tem já uma carreira consis-tente no fado, inclusive com dois trabalhos discográficos editados, arrebatou fortes aplausos do pú-blico quer na fase eliminatória quer na final, e conquistou assim um prémio pecuniário de 625 euros para além da possibilidade de atuar na Feira de Sant’Iago, gravar um CD e fazer um show case na Fnac de Setúbal.

No final, manifestamente fe-liz, Mickael Salgado agradeceu ao público «a forma carinhosa» como foi recebido nesta sua primeira

experiência em Setúbal. Assumin-do que o seu sonho é tornar-se fadista profissional, o vencedor acredita que o triunfo na 7ª Edi-ção do Concurso de Fado promo-vido pela Câmara de Setúbal é «mais um passo para a profissio-nalização».

Susana Almeida, conhecida es-sencialmente dos setubalenses pela sua participação nas Marchas Populares, onde normalmente ven-ce o prémio de melhor madrinha, e também pela sua atividade mu-sical na área da dance music, en-veredou recentemente pelo fado e a participação no concurso «acon-

teceu naturalmente». Interpretan-do o tema original “Voz do meu povo”, com letra da poetisa Ale-xandrina Pereira, e “Estranha for-ma de vida”, a cantora setubalen-se emocionou os presentes e deu a conhecer uma outra faceta da sua atividade artística.

Sofia Ramos, atriz de forma-ção, foi a terceira classificada. A jovem que tinha já feito uma resi-dência artística na casa de fado “Povo” foi uma das favoritas do júri interpretando dois temas pou-co comuns no reportório atual. “Eu nasci amanhã” e “Epigramas” fo-ram os fados escolhidos.

Jovens cantores de fado abrilhataram a final da sétima edição do concurso de fado amador de Setúbal

O caso do jovem conhecido Jorge Panik ainda vai fazer correr muita tinta

DR

Misericórdia entra em campanha de recados

O SECRETÁRIO de Estado da Ju-ventude assinou, esta semana, em Se-túbal, um acordo de parceria com a Santa Casa da Misericórdia para apli-cação da ação de voluntariado “Re-cados & Companhia”.

Trata-se de uma ação de volun-tariado, ao abrigo do Programa “Ago-ra Nós”, que visa criar uma rede de voluntariado jovem de solidarieda-de intergeracional. Uma iniciativa que vai decorrer em vários concelhos do país e onde jovens com idades com-preendidas entre os 16 e os 30 anos podem ajudar idosos com mais de 65 anos em pequenas tarefas diárias, como a ida ao médico, uma ida ao supermercado, ou simplesmente acompanhá-los num passeio.