semmais 01 março 2014

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www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 800 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 01. Março.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA ACTUAL Uma avaliação da MarMat considera a Praia do Queimada, nas vizinhanças da Ilha do Pessegueiro, em Sines, a menos poluída da Europa. Os especialistas afirmam ainda que a zona é um autêntico santuário ambiental e de biodiversidade. A ideia é protegê-la. Praia do Queimado, em Sines, é a mais pura da Europa PÁG. 6 NEGÓCIOS A fábrica de transformação de carnes da Carmonti, no Montijo, retomou a laboração, seis meses após o incêndio que consumiu as instalações. Com equipamentos novos, num investimento de 15 milhões de euros, a unidade renasceu das cinzas. Carmonti aposta forte na retoma da laboração PÁG. 13 Fotos: DR ACTUAL Francisco Branquinho e José Condeça foram convidados a ensaiar a marcha popular de Car- nide, no concurso das Marchas Populares de Lisboa. Os dois en- saiadores subiram à 1.ª Liga. Ensaiadores de Setúbal vão às marchas de Lisboa PÁG. 7 ÚLTIMA É um novo crime que está a atingir os apicultores da Serra da Arrábida. Só nos últimos dias foram conhecidos quatro casos de roubo de abelhas. Com a campanha em baixa, os prejuízos aumentam. Ladrões de abelhas atacam apiários da serra da Arrábida PÁG. 16 contamina distrito Folia O mau tempo e as fortes ondulações dos últimos tempos estão a provocar dramas familiares junto da comunidade piscatória do distrito. Há barcos parados há dois meses. ACTUAL PÁG. 2 POLÍTICA Pedro do Ó Ramos, Bruno Vitorino, Luís Rodrigues, Miguel Salvado, Inês Rocha, José Rosário e Paulo Ribeiro, fazem parte dos órgãos nacionais do par- tido, eleitos no último congresso. PSD distrital assume posições fortes nas cúpulas nacionais PÁG. 10 Ondas ‘arrasam’ pesca nas docas da região

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Page 1: Semmais 01 março 2014

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 800 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 01. Março.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

ACTUAL Uma avaliação da MarMat considera a Praia do Queimada, nas vizinhanças da Ilha do Pessegueiro, em Sines, a menos poluída da Europa. Os especialistas afirmam ainda que a zona é um autêntico santuário ambiental e de biodiversidade. A ideia é protegê-la.

Praia do Queimado, em Sines, é a mais pura da Europa

PÁG. 6

NEGÓCIOS A fábrica de transformação de carnes da Carmonti, no Montijo, retomou a laboração, seis meses após o incêndio que consumiu as instalações. Com equipamentos novos, num investimento de 15 milhões de euros, a unidade renasceu das cinzas.

Carmonti aposta forte na retoma da laboração

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ACTUAL Francisco Branquinho e José Condeça foram convidados a ensaiar a marcha popular de Car-nide, no concurso das Marchas Populares de Lisboa. Os dois en-saiadores subiram à 1.ª Liga.

Ensaiadores de Setúbal vão às marchas de Lisboa

PÁG. 7

ÚLTIMA É um novo crime que está a atingir os apicultores da Serra da Arrábida. Só nos últimos dias foram conhecidos quatro casos de roubo de abelhas. Com a campanha em baixa, os prejuízos aumentam.

Ladrões de abelhas atacam apiários da serra da Arrábida

PÁG. 16

contamina distritoFolia

O mau tempo e as fortes ondulações dos últimos tempos estão a provocar dramas familiares junto da comunidade piscatória do distrito. Há barcos parados há dois meses.

ACTUAL PÁG. 2

POLÍTICA Pedro do Ó Ramos, Bruno Vitorino, Luís Rodrigues, Miguel Salvado, Inês Rocha, José Rosário e Paulo Ribeiro, fazem parte dos órgãos nacionais do par-tido, eleitos no último congresso.

PSD distrital assume posições fortes nas cúpulas nacionais

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Ondas ‘arrasam’ pesca nas docas da região

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ABERTURA

Sábado //1 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 93538810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Ondas são o cabo das tormentas para os pescadores do distrito

O barco de Manuel Reis é de anzol, pouco mais de nove metros. Foi cons-

truído para se fazer ao mar atrás do peixe-espada, que raramente está tanto tempo parado como nos últimos três meses. Saiu da

Doca de Sesimbra apenas umas oito vezes condicionado pelo mau tempo. «A média aponta para as três saídas por semana. Veja lá o dinheiro que estamos a perder. As pessoas têm que se aguentar com o pé-de-meia que já se habituaram a fazer», lamenta o pescador, enquanto os mais de 2 mil profissionais da região já desesperam pelo fim da forte agitação marítima. Embora os milhares de gaivotas em terra pareçam querer anunciar que o mar não terá boas notícias tão depressa.

Centenas de embarcações estão atracadas nas docas de Sesimbra, Setúbal e Sines, igual-mente paradas há mais de dois meses. As rampas de acesso à água não têm actividade. Os pescadores são quase miragem. «Se os barcos maiores não têm condições de sair, aqueles barquitos nem chegavam ao mar», diz Manuel Reis.

«A maioria dos pescadores não faz nada nestes dias e outros vão arranjando redes e anzóis», diz, numa iniciativa de amor à camisola, para passar o tempo, que não rende dinheiro. «No fundo, estamos preparados para isto. É quase cultural o facto de não termos salário fixo e rece-bermos em função do que pescamos. Este inverno é mais rigoroso que o habitual e com ondas anormais», justifica, o que explica que alguns pescadores já estejam a recorrer ao adian-tamento de salários para susten-tarem as famílias.

Viver apenas do que o mar lhes dá

Mas Paulo Silvestre diz que nem essa alternativa tem. Este pescador de 57 anos vive apenas do que o mar lhe dá, juntamente com o filho, o seu único compa-nheiro de trabalho. «Ele tem mais

despesas do que eu e já deve a escola dos miúdos. Mas não podemos arriscar», diz, enquanto o filho Ricardo tenta convencer os camaradas a pintarem os seus barcos, oferecendo-se para o fazer a troco de 100 euros. «Mas os outros também não têm dinheiro», justifica o pai.

Não admira que o Fundo de Compensação Salarial para os profissionais de pesca seja tema de conversa na Doca de Sesimbra. O subsídio pode ser accionado após cinco dias consecutivos de inactividade, mas «é pouco apli-cável», segundo os sindicatos do sector. Alegam que a maioria dos barcos não tem corrente de 220 voltes, funcionando apenas com 24. Ou seja, voltagem insu-ficiente para que pôr a trabalhar o monicap (caixa azul que controla os movimentos de pesca), pelo que «não conseguem provar que estiveram parados», explica.

A crise quefaz preço subir

Segundo já tinha avançado ao Semmais Ricardo Santos, dirigente da Sesibal, o efeito do temporal nas casas dos profissionais da pesca agravou um ano que já tinha sido mau, impedindo a criação do habi-tual fundo de maneio para fazer face à época baixa. «O carapau que capturámos teve muita dificuldade de venda e mandámos cerca de cem toneladas de oferta para o Banco Alimentar Contra a Fome. Depois, foi ainda um ano marcado pela falta de sardinha».

Os consumidores também sentem no bolso os efeitos das redes em terra. Basta conferir os preços do pescado em lota. Meio quilo de salmonete a 18 euros, um quilo de corvina a 12, ou dourada e robalo próximo dos 15 traduzem as difi-culdades do momento. Em tempos de maior abundância, o salmonete andaria pelos 11 a 12 euros, a corvina a sete, enquanto a dourada e o robalo rondariam os dez.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas quarenta e seguintes do Livro Sete – A, que MARIA DE LURDES MOREIRA PEREIRA MARQUES, natural da freguesia do Carvoeiro, concelho de Mação, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Bernardino Gonçalves Marques residente na Rua dos Combatentes, número 52, Santo Ovídio, em Setúbal, DECLAROU que é dona e legítima possuidora com exclusão de outrem, de PRÉDIO RÚSTICO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma por uma parcela de terreno com a área de cinco mil e cem metros quadrados, inscrita na matriz predial rústica sob parte do artigo 78, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Rua Esteiro do Almo, a Sul com Adelino Baguiço, a Nascente com caminho e a Poente com Jesuíno Moreira Pereira.No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D.Que por escritura pública lavrada no dia doze de Dezembro de mil novecentos e cinquenta, a folhas setenta e sete verso, do livro Cento e Cinquenta e cinco, do Cartório Notarial do Doutor Osório de Castro, em Setúbal, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardoso, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de dois mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, MARIA DE LURDES MOREIRA PEREIRA MARQUES, entrou de imediato na posse efetiva e material do que lhe ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vêm justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, MARIA DE LURDES MOREIRA PEREIRA MARQUES adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 149

Mau tempo e ondulação fora do normal, estão a provocar desespero junto dos armadores do distrito. Parados há cerca de dois meses, centenas de embarcações acumulam prejuízos. Há já dramas familiares.

Roberto Dores

Recordar a tempestade que levou o River Gurara

AS RECENTES tempestades que fusti-garam todo o país não deixaram boas recor-dações, com estragos materiais no valor de milhares de euros. Um pouco por todo o lado se ouvem histórias de grandes ondas e marés que invadiram a terra. Muitas pessoas afirmam que nunca viram nada igual. Mas não é bem assim, já houve mais Invernos rigorosos e marés furiosas que ceifaram bens materiais e vidas humanas. Foi o que aconteceu no dia 26 de fevereiro de 1986, há 25 anos, quando o cargueiro nigeriano River Gurara embateu violen-tamente contra os rochedos do Espichel.

Os 175 metros deste cargueiro e a experiência do seu comandante, não foram suficientes para vencer as vagas de mais de 6 metros que fustigaram a costa portuguesa. Uma avaria na casa das máquinas terá estado na origem desta tragédia que teve início pouco depois das duas horas da madrugada. Em terra, dezenas de pessoas assistiram à operação de salvamento por parte a Marinha Portuguesa.

A fragata “Comt. Hermenegildo Capelo”,

comandada pelo CFr Mota e Silva deu o apoio necessário à operação, para a qual foram necessários meios aéreos e grande bravura por parte da equipa de resgate, que nunca desistiu face à intempérie. Várias pessoas perderam a vida naquela que é considerada a pior tragédia em águas portu-guesas nas últimas 3 décadas.

Vinte e cinco anos volvidos, o River Gurara é um dos maiores atrativos turís-ticos na área do mergulho em Portugal. Centenas de mergulhadores, oriundos de vários países, visitam todos os fins-de-semana o naufrágio do River Gurara, desco-nhecendo, muitos deles, a história deste cargueiro.

A Câmara de Sesimbra e os vários centros de mergulho sedeados no concelho irão realizar um Dive Paper, no dia 8 de março, que pretende promover e divulgar o património subaquático de Sesimbra, a atividade de mergulho e a beleza da nossa costa que se pode observar com apenas um passeio de barco. Esta iniciativa irá também assinalar a efeméride dos 25 anos do naufrágio do River Gurara.

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Sábado // 1 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

O semmais vai debater na próxima sexta-feira alguns dos desafios mais rele-vantes para o nosso futuro próximo. É uma iniciativa com a nossa marca, que impõe

uma lógica de discussão assertiva, orien-tada estrategicamente para o aprofunda-mento de um conjunto de áreas e de polí-ticas sobre as quais importa reflectir e encontrar saídas.

Sou dos pensa que esta região não pode mais suster o seu ‘grito de Ipiranga’. Entre os grandes avanços e sinais de forte desenvolvimento e progresso, reacendem-se estigmas inusitados, fantasmas do passado, que justificam um combate de ideias e acção concertada, em todos os patamares.

Neste propósito, sem lutas ideológicas

ou partidárias, estamos todos convocados, particularmente os múltiplos agentes da região e a nossa administração central.

É este modelo que pretendemos enfa-tizar, numa comunhão de esforços derru-bando os peregrinos da falta de identi-dade e da mácula força de um centro gravi-tacional que pretensamente nos ofusca.

PS: A comunicação social em Setúbal é paradigmática. Estamos a viver um momento de loucura desatinada. Mais uma vez se prova que passamos numa vertigem do ‘oito para o oitenta’. Será a loucura ideal?

O Semmais e o debate sobre a região

Editorial // Raul Tavares

O mundo está mesmo perigoso, como disse oportunamente Vasco Pulido Valente. Acrescento – está tudo de pernas para o ar.

Não me refiro apenas ao que se passa fora de portas quando abrimos o noticiário de qualquer televisão. Olhemos para dentro da nossa casa.

Há duas semanas, a revista Visão e o Correia da Manhã, reconfirmaram, sem recurso à palavra segredada – está claro, preto no branco, que a compra dos dois submarinos, que custaram mais de mil milhões de euros ao erário público, envolveu o pagamento de subornos em Portugal. Sendo mais explícito – houve corrupção, com corruptos que foram condenados na Alemanha e corrompidos que em Portugal não foram.

Até à data nada se passou. Na Grécia e na África do Sul, onde o fabricante dos submarinos, a empresa alemã FERROSTAL foi também a adjudica-tária do fornecimento de submarinos, houve responsáveis governamentais que se demitiram e prisões.

Assim vai a nossa justiça, à solta, também com os mais altos responsá-veis pelo assalto ao BPN a circularem livremente pelo mundo.

O que dizem a isto a Senhora Procu-radora Geral e a Senhora Ministra da Justiça?

Não é de admirar que nada digam. O presidente do PSD e Primeiro Ministro,

Passos Coelho, resolveu no último Congresso do partido dar um exemplo de grande alcance pedagógico, para a generalidade dos portugueses, sobre-tudo para as famílias que, com grande esforço económico, suportam os encargos com a frequência universi-tária dos filhos.

O ex-Ministro Miguel Relvas foi politicamente reabilitado e encabeçou a lista co Conselho Nacional do PSD, confundindo-se assim o amiguismo com a responsabilização política!

Não sei o que pensará o Ministro da Educação, Nuno Crato, que por causa da licenciatura do seu ex-colega do Governo, Relvas, abriu um inquérito com participação ao Ministério Público.

Seguramente não pensa nada porque não está no Governo para isso, mas apenas para se manter nele a qual-quer preço. Sabemos ao que conduzem as demissões irrevogáveis, caso o dissesse mesmo quando feitas com estrondo público. E porque o mundo está de pernas para o ar a voz não tremeu ao líder da bancada do PSD que em pleno Congresso afirmou que o país está muito melhor mas o povo ainda não o sente.

Que visão! Que coerência!A mesma visão e coerência que teve

o Ministro da Economia quando referiu que Portugal é um exemplo de milagre económico. Pudera! Só mesmo com a invocação de milagres será possível ver o que ninguém vê.

Até o FMI e a própria Comissão Europeia tornaram público a debili-dade da consolidação das nossas contas, com a dívida a crescer em exponen-cial, atingindo valores superiores a 130% do PIB, com a estimativa do desem-prego para 2015 também a subir.

Para o Governo, quando a emigração envolve 1000.000 portu-gueses ao ano, quando o desemprego atinge os valores que apresenta, quando a dívida pública ultrapassa os 130%, quando os responsáveis do BPN, que obrigou todos os portugueses a contri-buírem para a cobertura do desfalque com mais de sete mil milhões de euros, continuam à solta, quando se insultam as famílias que suportam elevados custos para terem os filhos na Univer-sidade, premiando quem se diz licen-ciado não sendo, quando nada se passa com a corrupção dos submarinos e dos carros de combate Pandur, quando se perseguem os mais velhos, cortando nas baixas pensões e os mais novos, retirando-lhes esperança, quando depois de tanta austeridade ainda vem mais austeridade, como requerem o FMI e a Comissão Europeia, é caso para perguntar — o país mesmo vai bem?

Nem sequer treme agora a mão o escrevem?

Portugal vai bem?

Portugalvai bem?

Vítor RamalhoAdvogado

E de repente andamos todos a discutir se vamos ter uma saída “limpa – à Irlandesa” ou outra coisa qualquer.

Engraçado. Sempre ouvi dizer que os Portugueses têm os hábitos mais higiénicos da Europa. Preo-cupamo-nos com a nossa aparência e com a nossa higiene como poucos os países mais a norte, mas de repente, parece que os asseadinhos são os Irlandeses.

Claro que estou a ironizar. Devemos olhar para os bons exem-plos e segui-los. A Irlanda era um exemplo na Europa e no Euro. Portugal e os seus responsáveis citavam-nos como uma referência.

Lembro-me há alguns anos, ainda Durão Barroso era o líder do PSD antes de ser Primeiro-Ministro e estava num jantar em Setúbal, em que tive o raro prazer de me sentar ao seu lado e onde o questionei direc-tamente sobre o caso Irlandês que ele tanto louvava e que mais tarde, numa conferência onde era o convi-dado de honra voltou a referir, como um exemplo a seguir. Ouvi-o aten-tamente e percebi os motivos pelos quais ele tanto apregoava esse bom exemplo.

Mais tarde, com a bolha do imobiliário nos Estados Unidos e com as consequentes crises na Europa, a Irlanda foi apanhada “pela onda” e percebeu-se que aqueles números que eles ostentavam, eram mais fictícios do que outra coisa. Quem explica muito bem esse fenó-meno é José Rodrigues dos Santos no livro “A mão do Diabo”.

Mas a verdade é que estamos fadados para, mais uma vez seguirmos o exemplo Irlandês, desta feita pela forma como eles supe-raram a ajuda económica externa e como se entregaram aos mercados,

sem protectorado, sendo que isso de “protectorado” tem muito que se lhe diga pois não deixa de ser o BCE a vigiar e monitorizar as idas ao mercado.

Acredito que teremos uma saída limpinha, limpinha, limpinha, como dizia o técnico do F.C.Porto na última época, seja lá o que ele quisesse dizer com aquilo, ou seja, entre o que para ele era limpinho, limpinho, aos nossos olhos víamos muita suji-dade.

Com a escolha dos cabeças de lista para as Europeias pratica-mente completa, sobretudo dos dois maiores partidos (coligação PSD-CDS/PP) e PS assistir-se-á a uma discussão à volta deste tema que prevejo sujinha, sujinha, sujinha e, pior, demagógica, mas indepen-dentemente do que ouvir, olhando para o que se passa na Europa, ante-vejo uma saída à Irlandesa, limpinha, com o protectorado do BCE ao seu bom aluno, mas o que eu queria mesmo é que o mercado se porte com Portugal, como se porta por exemplo com a Espanha, o mesmo é dizer que gostaria que o preço do dinheiro que nos emprestam seja o mesmo que custa aos outros Países, nomeadamente à Espanha e à Irlanda, que há poucos meses eram nosso companheiros de infortúnio.

No fundo o que digo, quando o mundo dos negócios olhar para nós, como olha para os outros Países, então temos uma saída limpinha. Assim, opto por alguma contenção na euforia, sem contudo deixar de felicitar o governo por ter condu-zido o nosso País, por entre mares e tormentas poucas vezes nave-gadas pelo nosso País, deixando em águas calmas, navegáveis e até elogiadas por quem antes nos clas-sificava de lixo.

É caso para dizer, nestes anos de intervenção da troika, levámos todos uma grande banhada nas nossas vidas e vamos sair remen-dados, atrofiados, abananados e com os bolsos vazios, mas … limpi-nhos.

“Crónica um Café e dois dedos de conversa // Paulo Edson Cunha

Presenças não previstas: Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes e Luis Filipe Menezes. Ausências: Manuela Ferreira Leite, Rui Rio e João Jardim. O coordenador das comemorações dos 40 anos do PSD é Francisco Balsemão.

Foram aprovadas 25 Propostas de Moção, onde constam temas que pedem ao Executivo que faça o contrário daquilo que o Governo tem feito, onde se destacam: regresso à matriz social-democrática, descida da taxa intermédia do IVA da restauração, que os políticos sejam condenados por gestão danosa, redução das listas de espera na Saúde, combate à desertificação do interior do país, redução do número de depu-tados e exclusividade para as funções parlamentares, aumento do salário

mínimo, reavaliação do aborto, redução do IRS e IMI. O PSD-Setúbal apresentou a moção apostar em setúbal, e os tsd-retomar o desenvolvimento econó-mico e o bem-estar social.

Passos Coelho fez o balanço justi-ficativo de 2 anos de muita exigência e sacrifícios, e lamentou as críticas internas. Elencou a evolução dos indi-cadores económicos e alinhou os argu-mentos de defesa do partido para o combate das eleições europeias. Referiu “ninguém tem dúvidas de que o país

está melhor, mas pagou-se um preço elevado”. Defendeu-se das críticas de neo-liberalismo que têm sido feitas a este executivo, reafirmando os valores da Social-Democracia. Enunciou as revisões constitucionais dando recado ao PS para que “fiquem descansados. É mais importante recuperar econó-mica e socialmente o país do que iniciar um debate constitucional”. Mas defendeu as vantagens de uma nova constituição que mais se ajuste às neces-sidades. Reiterou ainda que a receita PS é insustentável. Por último mani-festou esperança na vitória nas legis-lativas de 2015, para acelerar a reforma do estado e a revisão da constituição.

Surpresas foram: o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa – autêntico ABANÃO no Congresso - num discurso descontraído/eficaz foi entusiastica-mente aplaudido pelos congressistas, mostrando que o PSD não é proprie-

dade do actual líder. Sobre uma even-tual candidatura a Belém, deu a entender que é o melhor candidato que o PSD pode apoiar...se quiser, apesar do prema-turo não de Passos Coelho ao seu perfil. A reabilitação de Miguel Relvas, para encabeçar a lista de Passos Coelho ao CN, tendo obtido o pior resultado do Passismo (18 lugares em 70) faz prever mau ambiente na vida interna do PSD.

Morais Sarmento pediu um acordo de convergência nacional para o Pós-Troika que inclua o quórum mínimo PSD e PS, e que a esmagadora maioria das pessoas não estão melhor do que há 2 anos. Fernando Costa apelou aos ministros da Saúde e da Justiça que tenham em linha de conta preocupa-ções essenciais para as populações, e que o “Estado corte nas gorduras, mas não no osso”. Paulo Rangel reconheceu que há necessidade de outras medidas para manter a disciplina orçamental,

sem agravar o sacrifício. Que Portugal está melhor e que os portugueses percebem isto, que a distribuição dos sacrifícios tem sido progressivamente equitativa. “Não há Estado Social se não houver dinheiro para o pagar”. “A alter-nativa que tínhamos era a bancarrota, e com isso não estaríamos a pagar aos funcionários públicos nem aos pensio-nistas”. Por último, Rangel “obrigou” o PS a acelerar a apresentação do seu cabeça-de-lista. Santana Lopes disse que há limites para as divergências internas no PSD, que as contas das famí-lias não estão melhores do que há 2 anos, que a Saúde é o 1º dos bens função do Estado referindo a necessidade de investimento nesta área, bem como na acção social. Questionou se é errada a mutualização de parte da dívida tendo em atenção que parte desta foi por culpa de Bruxelas, e se a entrada no euro foi a melhor ?”

Caldeira LucasEconomista

XXXV congresso do PSD

Page 4: Semmais 01 março 2014

ACTUAL

Sábado //1 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Festejos carnavalescos animam e dão colorido a uma região ‘quente’ Corsos, bailes e concursos de máscaras, desfiles de palhaços, concertos e muitas iniciativas vão animar os nossos foliões.

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O Carnaval é festejado com o concerto dos Voodoo Marmalade, este domingo, às 16 horas, na Praça S. João. Os músicos prometem um concerto hipnotizante. Dance, salte e cante nesta festa de Carnaval, com entrada livre.

O Núcleo dos Amigos do Bairro S. Nicolau orga-niza um desfile este domingo, às 15 horas, no seu bairro. A intenção é animar o bairro e levar pessoas à colectividade. A iniciativa é aberta a todos os foliões e colectividades que queiram aderir.

Os Loureiros e a Humanitária realizam Bailes de Carnaval este sábado e segunda-feira. No domingo, nos Loureiros a concen-tração para a arruada carnavalesca tem lugar às 15 horas, seguindo-se, às 17 horas, uma matiné e um concurso infantil de máscaras.

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Os desfiles têm lugar a 2 e 4, às 15 horas, e no dia 3, às 21 horas, com a envolvência de escolas de samba, grupos foliões, carros alegóricos, carros foliões e mascarados, num total de cerca de 2 mil figurantes. Os embaixadores do Carnaval de Sines 2014 são Merche Romero e José Figueiras. O Enterro do Entrudo é no dia 5, às 22 horas. As entradas custam 5 euros.

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O pavilhão de feiras recebe a festa carnavalesca este sábado, às 22 horas, com baile ao som da banda 3 G e animação com DJ´s. Também há bailes no Carvalhal e no Canal Caveira. No dia 3 há desfile de Carnaval nas ruas de Grândola, às 14h30. No dia 4 decorre um concurso de máscaras no Grandolense. O Enterro do Bacalhau decorre no dia 5.

GRÂNDOLA

O corso desfila nos dias 2 e 4, às 15h30. Um concurso vai premiar o grupo mais numeroso e a máscara mais original. Dia 5, às 21h30, o jardim da vila acolhe o Enterro do Baca-lhau. Há bailes nos dias 1 e 3, às 21h30, nos bombeiros locais. No dia 1, às 15h30, decorre o “Carnaval na biblioteca”, em Pinhal Novo, com coreografias e mostra de fatos com materiais reci-cláveis.

PINHAL NOVO

Cerca de mil foliões, divididos por 7 escolas e 3 grupos, cada um com o seu tema, participam nos desfiles de domingo e terça-feira, a partir das 14 horas. É consi-derado um dos mais belos Carnavais de Portugal. Os desfiles das escolas de samba são os momentos mais visíveis de um programa que inclui ainda cortejos das escolas, cegadas, desfile trapalhão, bailes e o desfile dos palhaços na tarde de segunda-feira.

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O corso, sob o tema “25 Anos de Carnaval… é obra!”, sai às ruas da vila nos dias 2 e 4, pelas 15 horas. É composto por 5 carros e cerca de 400 figurantes. A entrada é livre. Este sábado à tarde, nas bibliotecas da Baixa da Banheira e de Alhos Vedros há pinturas faciais para os mais novos. A

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Sábado // 1 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas trinta e cinco e seguintes do Livro Sete – A, que ALBERTO MOREIRA PEREIRA, natural da freguesia do Carvoeiro, concelho de Mação, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Maria da Silva Pedro Pereira residente na Rua Esteiro do Almo, número 65, em Setúbal, DECLAROU que é dono e legítimo possuidor do PRÉDIO RÚSTICO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma por uma parcela de terreno com a área de três mil e centro e setenta e seis metros quadrados, inscrita na matriz predial rústica sob parte do artigo 75, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Rua Esteiro do Almo, a Sul com REFER, a Nascente com Maria Júlia Pereira Pinho e a Poente com caminho.No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D.Que por escritura pública lavrada no dia doze de Dezembro de mil novecentos e cinquenta, a folhas setenta e sete verso, do livro Cento e Cinquenta e cinco, do Cartório Notarial do Doutor Osório de Castro, em Setúbal, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardos, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de dois mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, ALBERTO MOREIRA PEREIRA, entrou de imediato na posse efetiva e material do que lhe ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vem justificá-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, ALBERTO MOREIRA PEREIRA adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 146

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas vinte e cinco e seguintes do Livro Sete – A, que JESUÍNO MOREIRA PEREIRA, e mulher ARMINDA DE MATOS ALVES PEREIRA, ambos naturais da freguesia do Carvoeiro, concelho de Mação, casados sob o regime da comunhão geral de bens residentes na Rua das Túlipas, número 117, Vale Ana Gomes, em Setúbal, DECLARARAM que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO RÚSTICO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma por uma parcela de terreno rústica com a área de cinco mil e vinte metros quadrados, inscrita na matriz predial rústica sob parte do artigo 78, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Rua Esteiro do Almo, a Sul com Fernando Vale, a Nascente com Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques e a Poente com Cecília Ribeiro Cardoso e Maria dos Anjos Pereira do Vale.No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de São Sebastião e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D, ficou somente com a área de dezasseis mil novecentos e vinte e cinco metros quadrados.Que por escritura pública, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardoso, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de dois mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, JESUÍNO MOREIRA PEREIRA e mulher ARMINDA DE MATOS ALVES PEREIRA, filho e nora, entraram de imediato na posse efetiva e material do que lhes ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vêm justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, adquiriram por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 140

Distrito é dono da praia mais pura da Europa

A AVALIAÇÃO é feita pelo desig-nado MarMat, uma ferramenta de avaliação ambiental que junta mar, elementos biológicos e matemática, inserido na Directiva Quadro da Água. Feito o exaustivo levantamento a litoral, de norte a sul, eis que se conclui que «mora» no distrito a praia menos poluída da Europa. Fica ali para os lados de Porto Covo (Sines), junto à célebre Ilha do Pessegueiro. É a praia do Queimado, a mesma que tem logrado escapar à intervenção humana. Os especialistas garantem que é, justa-mente aqui que reside o segredo de tamanha conservação ambiental.

A garantia é dada ao Semmais pelo botânico marinho e docente na Universidade de Coimbra, Leonel Pereira, que encontrou uma praia num invulgar estado selvagem, durante o estudo realizado ao longo da costa portuguesa, entre o Minho e o Algarve. «Foi a única praia que nos mereceu a classificação de exce-lente”, revela o especialista.

Afinal, entre a longa costa portu-guesa apenas a praia do Queimado revelou uma tão grande diversidade biológica e algas que já não se encon-tram em mais nenhum lado. «Podemos garantir, sem margem de erro, que já não temos praias assim

na Europa», reforça o investigador, para quem a maior prova de que a poluição ainda aqui não chegou surge associada à «flora nativa e variada», mantendo-se o ecossistema, para já, isento das designadas «algas opor-tunistas», que há uns anos vêm ator-mentando a costa portuguesa.

Algas determinamqualidade ecológica

Explica Leonel Pereira que a avaliação de uma massa de água costeira é feita com base, sobretudo, na análise de elementos biológicos no ecossistema. Isto porque são as

algas presentes numa praia, que «vão determinar a qualidade ecológica da mesma», diz o docente, ressalvando que «não tem a ver com quantidade, mas com a diversidade».

No caso da praia do Queimado foram mais de 60 as variedades estu-dadas pela equipa de investigadores, que reuniu botânicos e biólogos, considerando mesmo esta praia do Litoral Alentejo, na fronteira entre Sines e Odemira, um autêntico «labo-ratório científico».

Eis a razão pela qual Leonel Pereira receia as intenções de investimento urbanístico para esta zona. «Se vão erguer unidades hoteleiras, também irão construir estradas, o que vai acabar com a tranquilidade que ainda por ali existe, porque irão chegar multi-dões de pessoas. Isso será estar a matar o último santuário ambiental da Europa à beira mar», garante. Isto porque, revela, o estudo realizado do Minho ao Algarve demonstrou como os humanos «são os principais destrui-dores dos ecossistemas ao não fazerem deles uma utilização ambientalmente sustentável».

Roberto Dores

Com flora nativa, única e diversificada, a Praia do Queimado, junto à Ilha do Pessegueiro, Sines, é a mais pura da Europa, com classificação de excelente. Agora é preciso protege-la.

A lenda que lhe dá o nome

Reza a lenda que o nome de «Queimado» lhe vem dos tempos da guerra miguelista (1828-1834), por ali ter sido queimada uma santa proveniente da vizinha ilha do Pessegueiro, que, afinal, não ardeu. Já o epíteto de «santuário» é mais terreno. Tem por base um estudo realizado ao longo da costa portuguesa, entre o Minho e o Algarve, inse-rido na Directiva Quadro da Água, pelo designado MarMat, uma ferramenta de avaliação ambiental que junta «mar, elementos biológicos e mate-mática» - porque exige cálculos com base nos dados recolhidos no terreno – tendo atribuído à praia do Queimado a classifi-cação de “excelente”, numa escala que contempla ainda o “mau”, “suficiente”, “bom” e “muito bom”.

A praia do Queimado fica junto à Ilha do Pessegueiro, na costa de Sines

A zona é um dos últimos santuários ambientais da Europa à beira marDR

Page 7: Semmais 01 março 2014

Sábado // 1 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 7

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas quarenta e seis e seguintes do Livro Sete – A, que MARIA JÚLIA PEREIRA PINHO, viúva, natural da freguesia do Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, residente na Rua dos Sete Olhos, número 37, em Setúbal, DECLAROU que é dona e legítima possuidora do PRÉDIO MISTO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma parcela de terreno com a área de três mil duzentos e setenta e quatro metros quadrados, inscrita na matriz sob parte do artigo 75, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), e a parte urbana composta por prédio de um piso destinado a habitação com quatro divisões, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 17, da mencionada freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra com inscrição na matriz no ano de mil novecentos e trinta e sete, confrontando a Norte com Rua Esteiro do Almo, a Sul com REFER, a Nascente com Dília Rita Pereira Alves e a Poente com Alberto Moreira Pereira.No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D.Que por escritura pública lavrada no dia doze de Dezembro de mil novecentos e cinquenta, a folhas setenta e sete verso, do livro Cento e Cinquenta e cinco, do Cartório Notarial do Doutor Osório de Castro, em Setúbal, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardoso, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de dois mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, MARIA JÚLIA PEREIRA PINHO, entrou de imediato na posse efetiva e material do que lhe ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vêm justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, MARIA JÚLIA PEREIRA PINHO adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 152

Ensaiadores de Setúbal marcham para Lisboa

FRANCISCO Branquinho e José Condeça foram convidados para ensaiar e coordenar a marcha popular de Carnide no concurso das Marchas Populares de Lisboa, na edição deste ano.

Os dois ensaiadores setuba-lenses que trabalharam juntos o ano passado na marcha do Comércio Indústria, em Setúbal, e que conseguiram classificar-se em segundo lugar, mostram agora o seu trabalho «na primeira Liga das marchas populares», como explicaram ao Semmais.

«Um convite desta natureza deixa-nos sempre com um orgulho imenso no trabalho que realizamos, é o reconhecer do valor e quali-dade que temos, é um projecto que vamos abraçar como sempre, com toda a força e paixão», diz Fran-cisco Branquinho, adiantando que o objectivo é «elevar bem alto o nome do bairro e da colectividade que vamos representar, sempre com dignidade». Quanto a resul-tados é algo com que os ensaia-dores sadinos não estão preocu-pados «o resultado será o júri a decidir, para nós o importante é que Lisboa goste da nossa marcha».

Satisfeitos com o projecto, que entrou já em ritmo de cruzeiro, José Condeça e Francisco Bran-quinho não deixam de frisar o muito trabalho que têm pela frente nos próximos meses uma vez que toda a concepção da marcha é da sua responsabilidade. Mas, acima de tudo, “alimenta-os” o sentimento de que em Lisboa «há mais espaço para a criatividade» e «uma meto-dologia que em setúbal não se aplica» assim como «uma forma diferente de encarar o espectáculo que se vai proporcionar».

Pub.

Filipe Blanquet gere “Ritália & Bocage” com doces criativos

O ESTILISTA dos vestidos com açúcar, Filipe Blanquet, está a gerir há cerca de 9 meses o Ritália & Bocage, na Praça do Bocage, em Setúbal, com duas sócias, depois de exercer, durante três anos, a profissão de pasteleiro, no Tróia Design Hotel.

Filipe Blanquet confessa que decidiu largar o Tróia Design Hotel para se aventurar como empresário num espaço próprio, familiar e cria-tivo. «Aqui dou a conhecer o meu trabalho na área da pastelaria tradi-cional e, também, executar e expor as minhas peças em lingerie e vestidos em açúcar», realça.

O Ritália & Bocage possui uma alma «muito característica e típica do início do século XX», afirma, recor-dando que ali funcionou durante muitos anos o restaurante “Bocage”, uma referência em Setúbal. Mas, hoje, o velhinho “Bocage” deu lugar a um espaço «acolhedor e muito familiar», onde são visíveis várias peças perten-centes ao antigo restaurante. «Quisemos preservar os elementos típicos desta casa, como toda a arqui-tectura do interior e as portas, com o logotipo impresso. Fizemos questão

de comprar as cadeiras e mesas origi-nais do restaurante, as quais foram devidamente restauradas».

Filipe Blanquet promete, de quinze em quinze dias, vários tipos de animação aos sábados à noite, como teatro, tertúlias, concertos de bandas, não esquecendo os jantares temáticos para grupos.

Na área da doçaria, Filipe Blan-quet destaca os mini cupcake, scones, queijadas de frutos vermelhos, de cenoura, laranja e canela, tarteletes de chantilly e morango, entre muitas outras surpresas, como o bolo Bocage e a Ritália. «Tenho aqui uma paste-laria criativa, com algum requinte, muito acessível ao público», sublinha.

O descanso semanal do Ritália & Bocage, onde também são servidos almoços, é ao domingo.

Makro de Palmela celebra 23 anos com prendas para os clientes

OS 23 ANOS da loja Makro de Palmela foram celebrados de 21 a 23 de Fevereiro c com muitas ofertas, concurso de bolos, degustações, preços especiais, demonstrações de cozinha, vales de desconto, entre outras acções, para os clientes que fizeram compras naquelas datas.

Isabel Caeiro, responsável pela comunicação da empresa, realçou que o balanço dos dois dias de festa é «extremamente positivo». O feed-back dos clientes que ali se deslocou foi «muito positivo», uma vez que participaram nas degustações e demonstrações, uma forma terem contacto com os produtos.

Com a aposta num novo conceito operacional dos espaços, que permitiu recuperar bastantes clientes e satisfaze-los de uma forma «mais rápida e organizada», a Makro de Palmela ofertou à entrada da loja gerberas para as senhoras e livros de culinária para os homens que celebraram o aniversário no mesmo dia da Makro. «É a primeira vez que estamos a lançar esta iniciativa e a receptividade foi muito boa.», afirmam os responsáveis da empresa.

Tradição sadina tem talentos

Page 8: Semmais 01 março 2014

Extremo oferece bilhetes no CarnavalESTE SÁBADO, se for assistir à peça “Retratos”, do Teatro Extremo, em Almada, às 21h30, tem direito a outro bilhete grátis para o acompanhante. Deixe-se enfeitiçar pela família Barata que com astúcia e irreverência

lhe revela a chave para o sucesso. Trata-se de uma criação colectiva, com ence-nação de Fernando Lopes e interpretação de Bibi Gomes, Fernando Lopes, Francisca Lima, Dacosta e Rui Cerveira.

CULTURA

Sábado //1 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Companhia de Teatro de Almada estreia comédia “Tartufo”, de Molière

A Companhia de Teatro de Almada (CTA) estreia, no dia 7 deste mês, pelas 21h30,

no seu espaço, a peça “Tartufo”, de Molière, com encenação de Rogério de Carvalho, ficando em cena até final do mês.

É a terceira vez que Rogério de Carvalho dirige “Tartufo”, uma das obras mais importantes do drama-turgo francês, peça que o próprio Molière se viu forçado a escrever e reescrever até que fosse, final-mente, autorizada a sua represen-tação.

“Tartufo” é uma comédia séria, um «espelho levantado à cara dos impostores deste Mundo, e um escândalo que rebentou numa sociedade beata que se viu reflec-tida impiedosamente no texto. A peça continua a ser representada por todo o Mundo e pelas mais importantes companhias, sinal inequívoco da sua actividade», refere Rodrigo Francisco, director da CTA. Só a Comédie-Française representou a história do beato Tartufo 172 vezes entre 1680 e 1700, 791 vezes no século XVIII, 1 100 no século XIX e mais de 3 200 vezes desde a sua criação.

Alexandre Pieroni Calado, Ana

Cris, André Gomes, Catarina Reis, Celestino Silva, João Farraia, Maria Frade, Marques D´Arede, Miguel Eloy, Pedro Walter, Teresa Gafeira e Teresa Mónica são os intérpretes em palco.

A peça “Tartufo” tem a duração de duas horas, com intervalo, e o preço dos bilhetes situa-se entre os 7 e os 13 euros. Pode ser vista de quarta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 16 horas.

António Luís

Rogério de Carvalho assina encenação

“Tartufo”, de Molière, ficará em cena até ao final deste mês em Almada

DR

O Bando convida outras companhiasO ESPAÇO do Bando, em

Palmela, recebe, nos dois primeiros fins-de-semana de Março, a visita do Teatro de Montemuro, com a comédia “Ping Pong Pau”, e a Cia. de Um Actor Só (Brasil) com “Modesta Proposta”, no âmbito do ciclo “Vale dos Barris – Lugar de Espectáculo”.

“Ping Pong Pau” é o mais recente espectáculo do Teatro de Monte-muro. Trata-se de uma comédia, com texto de Ricardo Alves, música de José Salgueiro e encenação de Gonçalo Amorim, numa copro-dução com o TEP.

Do Brasil, chega a Cia. de Um Actor Só para uma residência artís-tica, que culmina na apresentação do monólogo “Modesta Proposta”.

Com base no texto homónimo do escritor irlandês Jonathan Swift, o espectáculo reflecte sobre o problema da pobreza infantil.

Até Maio, esta programação proporcionará, nos primeiro e segundo fins-de-semana de cada

mês (sábados e domingos, às 21 e 17 horas), produções próprias, estreias na sequência de residên-cias artísticas e criações de grupos de todo o país, parceiros de uma rede informal que tem como objec-tivo a troca e a partilha.

“Ping Pong Pau”, do Teatro de Montemuro, tem música de Jorge Salgueiro

DR

Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€)Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

Olá amigas!

Já sabem onde vão jantar dia 8 DE MARÇO?

Nos temos a solução!

Pois, além de uma ementa muito especial iremos ter muita animação e boa música com João da Ilha Versons Duo.

Boas vindas com Periquita Rosé

EntradaRequeijão da serra com doce

de abóbora e nozesPrato de peixe

Massinha de peixePrato de carne

Lombo assado guarnecidocom arroz árabe e fruta da época

SobremesaSonhos do bosque

ou mousse de chocolateCafé

Vinho tinto, branco ou sangria(1/2 lt por pessoa), águas e sumos

Preço por pessoa : 15€

EMENTA DIA DA MULHER

Page 9: Semmais 01 março 2014

O TEATRO S. João, em Palmela, recebe, no próximo dia 7, o novo espectáculo dos Anjos, que revisita os sucessos da banda e assinala os 15 anos de carreira. O concerto, em formato acústico e com novos arranjos, integra a digressão acústica que teve início em Outubro de 2013, no Campo Pequeno, em Lisboa. Trata-se de um espectáculo criado para salas com plateia sentada, proporcionando um ambiente intimista, de maior interacção e proximidade com o público. Os irmãos Rosado propõem, assim, perfor-mances exclu-

sivas e únicas, numa noite mágica e imperdível.

Além do duo Nelson e Sérgio Rosado, a banda é composta por Eduardo Krithinas (guitarras e piano),Pedro Vaz (guitarras), Paulo Machado (baixo), Alex Jorge (percussões) e Helder Franco (teclados).

Com organização da Ponto G – Produção, Imagem & Comu-nicação e apoio do município, o espectáculo dos Anjos tem a duração de 90 minutos e um preço de bilheteira de doze euros.

Sábado // 1 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

1Sáb

ado

No âmbito dos 40 anos do 25 de Abril, os UHF prepararam um concerto designado de “Filhos da Flor de Abril”. Às canções do CD de estúdio de 2013, “A Minha Geração”, reúnem-se os sucessos que o público elegeu, as canções de referência e intervenção e um momento especial dedi-cado a José AfonsoForum Luísa Todi, Setúbal | 22 horas

“Os Filhos da Flor de Abril” em concerto

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, romântica e musical de Fernando Gomes, continua em cena, com grande êxito, no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local ArteViva. Fernando Gomes inspirou-se na novela de Eça de Queirós “Alves & Cia” ao (re)escrever “Viva o Casamento”. No triân-gulo amoroso desta novela reencontramos as demissões e ambiguidades do quotidiano. A acção decorre em Lisboa, no início dos anos 60.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Este espectá-culo protagonizado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, vive sobretudo da sátira política e social, não esquecendo os cenários e os figurinos de luxo. Divirta-se e assista a um espectáculo de luxo.

“Grande Revista”

Os Bon Sauvage apresentam o primeiro álbum da banda composta por Jorge Moniz (teclados e coros) e Margarida, Beatriz e Carolina (coros e violinos). Os Bom Sauvage são um grupo de amigos que se juntou para gravar algumas canções que andavam nas gavetas de casa. Auditório Augusto Cabrita, Barreiro | 21h30.

1 Sáb

adoSauvage lançam CD

O grupo de teatro amador “O Norte”, da Associação de Reformados da Baixa da Banheira, apresenta a revista à portuguesa “Raios Partam a Crise”. Este espectáculo estreou em 2013 e integra um elenco com 22 elementos, dos 20 aos 79 anos. Teatro S. João, Palmela | 15h00

5Qu

arta

Revista à portuguesa em PalmelaO duo João Coutinho aposta num espectáculo com sons actuais que cativam o público em todas as suas actuações. Do reportório fazem parte 14 temas originais e cerca de 40 covers de diversos estilos musicais. É bastante aplaudido pela energia contagiante e pelo reportório sempre animado. A entrada é livre. Casino de Tróia | 22h30

7Sext

aAs melodias de Coutinho

Anjos comemoram 15 anos de carreira em Palmela

Filipe La Féria continua a apre-sentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da lite-ratura de aventuras.Nesta nova viagem de Filipe La Féria ao imaginário mundo dos heróis da literatura de aventuras, o director artístico do Politeama aposta no mítico Príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-da-lei. Este espectá-culo é representado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

“Robin dos Bosques” para miúdos e graúdos

Este sábado, a partir das 21h30, o teatro S. João, em Palmela, recebe “Commedia Gourmet”, o espectá-culo ao vivo de Eduardo Madeira, que abre as comemorações do Dia Mundial do Teatro no concelho.

Eduardo Madeira está em digressão nacional, a solo, com este espectáculo de stand up comedy, música e boa disposição. Humorista, actor e argumentista, nasceu em Bissau em 1972 e foi um dos pioneiros da stand up comedy, em Portugal. Começou a carreira nas Produções Fictícias, fez teatro e participou em projectos como “Os Contemporâ-neos”, “Clube de Comédia”, “O Para-doxo da Tangência” e “Estado de Graça”.

O espectáculo “Commedia Gourmet”, organizado pela Produção & Consultoria Artística, com o apoio do município, destina-se a maiores de 12 anos e as entradas têm o valor de 9 euros.

Comédia de Madeira no palco do teatro S.João

Em “Materiais Diversos”, com coreografia de Tiago Guedes, o espectador é convidado a elaborar livremente as suas próprias narrativas. Gestos modestos abrem o cadeado do vasto imaginário. O trabalho é metódico e escrupulosamente ritmado. Teatro Joaquim Benite, Almada | 21h30

1Sába

do

Músicas e danças de Tiago Guedes

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Deputada PS questiona ministro PCP exige reabertura dos CTT

A deputada ‘rosa’ eleita pelo distrito Eurídice Pereira está preocupada com os danos materiais causados pelo mau tempo na Costa de Caparica. Eurídice Pereira questionou o ministro do Ambiente sobre

quem paga o quê e quando? O ministro comprometeu-se que seria a CostaPolis a suportar 600 mil euros. «É necessário saber da justeza destes montantes face aos estragos», frisa.

O grupo parlamentar do PCP exige a reabertura dos CTT da Baixa da Serra, na Moita. Alega que a única estação dos CTT que serve, actual-mente, uma população de mais de 20 mil habitantes,

não se adequa às suas neces-sidades como têm sido recor-rentes, por exemplo, nos dias do levantamento das pensões e reformas, as filas intermi-náveis de utentes que tentam aceder a este serviço.

POLÍTICA

Sábado //1 . Mar . 2014//

www.semmaisjornal.com

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas cinquenta e um e seguintes do Livro Sete – A, que DÍLIA RITA PEREIRA ALVES, natural da freguesia do Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com ARTUR JOSÉ de JESUS ALVES, RESIDENTE na Rua Esteiro do Almo, número 61, em Setúbal, DECLAROU que é dona e legítima possuidora de DOIS PRÉDIOS RÚSTICOS, ambos destinados a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica fazem parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal: a) Prédio rústico, constituído por uma parcela de terreno com a área de mil e oitocentos metros quadrados, inscrita na matriz sob parte do artigo 75, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Rua Esteiro do Almo, a Sul com REFER, a Nascente termina em bico e a Poente com Maria Júlia Pereira Pinho.b) Prédio rústico, constituído por uma parcela de terreno com a área de dois mil trezentos e noventa metros quadrados, inscrito na matriz sob parte do artigo 78, da Secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a norte e nascente com Maria dos Anjos Pereira do Vale, a Sul com Vítor Manuel do Vale e a Poente com caminho alternativo (REFER).No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil e setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D.Que por escritura pública lavrada no dia doze de Dezembro de mil novecentos e cinquenta, a folhas setenta e sete verso, do livro Cento e Cinquenta e Cinco, do Cartório Notarial do Doutor Osório de Castro, em Setúbal, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardoso, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, DÍLIA RITA PEREIRA ALVES, recebeu em doação verbal dois prédios, atrás devidamente identificados, fisicamente separados pela linha do caminho de ferro, tendo sido compensada com dois prédios em virtude da diminuta área de cada um (em relação aos demais irmãos), e cada um dos filhos, inclusive a Dília, entrou de imediato na posse efetiva e material do que lhe ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direto pelas vias extrajudiciais normais e por isso vem justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, DÍLIA RITA PEREIRA ALVES adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois, o direito de propriedade sobre os prédios que são objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 155

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas trinta e seguintes do Livro Sete – A, que MARIA DOS ANJOS PEREIRA DO VALE, natural da freguesia do Carvoeiro, concelho de Mação e marido FERNANDO DUARTE DO VALE, natural da freguesia de Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua da Estanqueira, número 15, Pontes, em Setúbal, DECLARARAM que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO RÚSTICO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma parcela de terreno com a área de dois mil quatrocentos e cinco metros quadrados, inscrita na matriz predial rústica sob parte do artigo 78, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Cecília Ribeiro Cardoso, a Sul com Zilda Guilherme e Manuel Guilherme, a Nascente com Jesuíno Moreira Pereira, e a Poente Dília Rita Pereira Alves e caminho alternativo (REFER).No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respectiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de São Sebastião, provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que o prédio tanto na matriz, como na respectiva Conservatória consta de uma área total de vinte e seis mil duzentos e cinquenta metros quadrados, tendo o artigo 75 a área de oito mil duzentos e cinquenta metros quadrados, e o artigo 78 a área de dezoito mil metros quadrados.Que após a expropriação da área de mil e setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D.Que por escritura pública lavrada no dia doze de Dezembro de mil novecentos e cinquenta, a folhas setenta e sete verso, do livro Cento e Cinquenta e cinco, do Cartório Notarial do Doutor Osório de Castro, em Setúbal, Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Cecília Ribeiro Cardoso, em segundas núpcias dele, sob o regime imperativo da separação de bens, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus filhos. Que no ano de mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, e cada um dos filhos, neste caso concreto, MARIA DOS ANJOS PEREIRA DO VALE e marido FERNANDO DUARTE DO VALE, filha e genro, entraram de imediato na posse efectiva e material do que lhes ficou a pertencer.Que não possuem, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vêm justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, MARIA DOS ANJOS PEREIRA DO VALE, e marido FERNANDO DUARTE DO VALE adquiriram por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e dois. O direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 143

Setúbal reforça peso nos órgãos nacionais do PSD

A distrital de Setúbal do PSD saiu reforçada do 25.º Congresso Nacional do partido, tendo

sido eleitos cinco militantes do distrito para o Conselho Nacional e um para vogal da Comissão Polí-tica Nacional (CPN).

Pedro do Ó Ramos, deputado pelo distrito e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, foi eleito vogal da CPN, voltando assim a distrital a ter um representante neste órgão vários anos depois.

Neste Congresso foram ainda

eleitos cinco militantes do distrito para o Conselho Nacional: Paulo Ribeiro, vice-presidente da distrital; Inês Rocha, presidente da JSD Almada; Luís Rodrigues, da secção do Seixal; Miguel Salvado, perten-cente à secção de Almada e José Rosário, presidente do secretariado distrital dos TSD.

Bruno Vitorino, líder da distrital do PSD, sublinha o resultado obtido no Congresso, especialmente a eleição de uma pessoa do distrito para a Comissão Política Nacional.

«É um facto que considero muito importante, pois o Pedro do Ó Ramos pode ser o porta-voz do distrito na Comissão Política Nacional, numa altura em que pretendemos relançar os temas que julgamos serem essen-

ciais para o desenvolvimento da região», explica.

Importa ainda referir que a moção “Apostar em Setúbal”, apresentada no Congresso por Bruno Vitorino, foi aprovada por larga maioria.

No documento apresentado, foi defendido que o distrito reúne cada vez mais condições para assumir um papel fundamental no desenvolvi-mento de Portugal. «Setúbal é um distrito com grande potencial para o desenvolvimento nas áreas do trabalho, economia, turismo e conhe-cimento, devido à proximidade ao mar, à eficiente rede de transportes e vias de comunicação e à captação de investimentos em sectores produ-tivos e tecnológicos», defende o presi-dente da distrital.

O distrito colocou cinco elementos nas estruturas nacionais da cúpula do partido.

DR

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Regionais de atletismo Atleta do Vitória bate recorde

Centenas de jovens partici-param esta semana nas duas finais regionais de atletismo do desporto escolar nas provas de pista. Alunos dos vários escalões competiram nas provas de salto em compri-

mento, velocidade e quiló-metro de forma a apurar os finalistas que voltarão às pistas em Março para encontrar o vencedor distrital em cada uma das categorias que represen-tará o distrito nos nacionais.

Patrícia Alminhas, atleta do Vitória de Setúbal, bateu no passado fim-de-semana, o recorde regional de iniciadas na prova de 250 metros barreiras, durante a terceira jornada dos Campeonatos

Regionais de Benjamins e Iniciados, realizada na pista do complexo municipal Carla Sacramento, no Seixal.A jovem velocista correu os 250 metros com barreiras no tempo de 38,39 segundos.

DESPORTO

Sábado //1 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas dezanove e seguintes do Livro Sete – A, que CECÍLIA RIBEIRO CARDOSO, viúva, natural da freguesia e concelho de Proença-a-nova, com residente na Rua Esteiro do Almo, número 55, em Setúbal, DECLAROU que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem do PRÉDIO RÚSTICO, destinado a horta e plantio de árvores de fruto, sito em Brejos de Canes, Cotovia, que pela sua situação geográfica faz parte da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, concelho de Setúbal, constituído por uma por uma parcela de terreno com a área de dois mil e dez metros quadrados, inscrita na matriz sob parte do artigo 78, da secção D, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), confrontando a Norte com Esteiro do Almo, a Sul com Maria dos Anjos Pereira do Vale, a Nascente com Jesuíno Moreira Pereira e a Poente com caminho alternativo (REFER).No tocante ao registo predial faz parte do prédio misto descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número MIL SEISCENTOS E NOVENTA E SETE, da freguesia da Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e em virtude de ser atravessado pela linha do caminho de ferro (Linha do Sul), desde a implementação do cadastro, a parte rústica está inscrita na respetiva matriz cadastral sob o artigo 75 e artigo 78, ambos da Secção D e da freguesia de Setúbal (São Sebastião), provindos do artigo pré-cadastral 347, de Setúbal (São Sebastião) e do artigo urbano 17, da freguesia da Gâmbia, Pontes, Alto da Guerra. Que após a expropriação da área de mil e setenta e cinco metros quadrados à REFER, o artigo 78, da secção D, ficou somente com a área de dezasseis mil novecentos e vinte metros quadrados.Que por escritura pública Viriato António Pereira, que também usava Viriato Pereira, no estado de casado com Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, compraram o prédio mãe, ou seja, o prédio misto inscrito na matriz sob o artigo pré-cadastral 347, da freguesia de Setúbal (São Sebastião) e na matriz predial urbana sob o artigo 17 da freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra. Que no dia vinte e sete de Novembro de mil novecentos e setenta e dois, faleceu Irene Rita Moreira, que também usou Irene Moreira ou Irene Rita, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão geral de bens, com Viriato António Pereira, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, os filhos: Jesuíno Moreira Pereira, Maria dos Anjos Pereira do Vale, Alberto Moreira Pereira, Maria de Lurdes Moreira Pereira Marques, Maria Júlia Pereira Pinho, e Dília Rita Pereira Alves. Que no dia vinte e dois de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, faleceu o Viriato António Pereira, no estado de casado com a hora justificante, Cecília Ribeiro Cardoso, deixando por seus únicos herdeiros, por força da lei, a identificada mulher e os seus mencionados filhos.Que no ano de mil novecentos e sessenta e dois, ainda em vida dos referidos, Irene Rita Moreira e Viriato António Pereira, estes dividiram verbalmente o seu prédio em oito novos prédios, e deles fizeram doação verbal a cada um dos seus filhos, tendo reservado para eles um desses prédios, o que constitui o objeto da presente pretensão, entrando os filhos de imediato na posse efetiva e material do que lhes ficou a pertencer. Que verificado o óbito da Irene Rita Moreira, a parcela que o casal tinha reservado para eles próprios, fica na posse do viúvo e de seus filhos. Que no ano de dois mil novecentos e setenta e três, no início do mês de Janeiro, Viriato António Pereira, seus filhos e respectivos cônjuges, doaram verbalmente, esse prédio à justificante CECÍLIA RIBEIRO CARDOSO, o prédio que é objeto da presente pretensão, entrando ela de imediato na posse efetiva e material do que lhe ficou a pertencer. Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vêm justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, CECÍLIA RIBEIRO CARDOSO adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e setenta e três, o direito de propriedade sobre o prédio justificado.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e um de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 137

Polémica no hóquei afecta três clubes da região

O afastamento dos clubes do distrito do Campeo-nato Nacional de Sub-20

em Hóquei em Patins, por decisão da Federação Portuguesa de Pati-nagem, está a gerar polémica entre as entidades que regem a modali-dade, os três clubes envolvidos e a câmara de Setúbal que decidiu tomar posição na defesa do clube setubalense.

As equipas do Naval Setubalense, Grupo Desportivo de Sesimbra e Seixal Futebol Clube garantiram o apuramento para o campeonato de sub-20 ao classificarem-se nos primeiros lugares do distrital, mas viram-se arredadas da prova nacional após uma decisão da Associação de Patinagem. Em causa está o facto de apenas cinco equipas terem concluído o campeonato regional após uma

sanção disciplinar aplicada à Juven-tude Azeitonense que levou à sua exclusão da prova local.

O regulamento desportivo define que os campeonatos distritais têm de iniciar-se, no mínimo, com seis equipas para que os resultados sejam homologados. No entanto, um dos artigos esclarece que «qualquer equipa que seja excluída ou desista da competição antes ou depois desta ter sido iniciada não contará como dela tenha feito parte» o que, aos olhos da Federação, determina que a sanção e exclusão da Juventude Azeitonense, implique que apenas cinco forma-ções tenham participado no campe-onato distrital.

Dirigentes acusam «danos colaterais»

Esta é uma visão contrariada pelos dirigentes que entendem estar a sofrer «danos colaterais» apesar de terem cumprido os requisitos

impostos pelas normas federativas e defendem que «todas as provas desportivas são homologados no início e não no fim dos campeonatos. Porque se assim fosse, corria-se o risco de todos os anos haver equipas a desistirem do seu campeonato, “proibindo” outras de participarem».

Tanto os clubes como a Asso-ciação de Patinagem já apresentaram processos de reclamação ao Conselho de Justiça e à Direcção da Federação que estão ainda a ser analisados. Em declarações ao Semmais, Paulo Rodri-gues, vice-presidente da Federação, explicou que a análise das reclama-ções apresentadas «ainda está a decorrer» não querendo adiantar qualquer esclarecimento adicional. O dirigente federativo admitiu, no entanto, que o facto dos processos ainda estarem a decorrer inviabiliza a participação dos clubes do distrito na segunda jornada do Campeonato de Sub-20 que decorre este fim-de-semana.

Clube Naval Setubalense, Seixal Futebol Clube e o Grupo Desportivo de Sesimbra foram ‘apanhados’ nas teias burocráticas ditadas pela interpretação de regulamentos.

Federação recusa reunir com autarca

Na sequência das reclama-ções apresentadas por pais e diri-gentes desportivos, a presidente da câmara de Setúbal solicitou à Federação uma reunião com caracter de urgência no sentido de avaliar as razões que estiveram na na base do afastamento dos clubes do distrito, nomeadamente do Naval Setubalense, que se sagrou campeão regional.

Em resposta ao pedido de Dores Meira, a Federação consi-dera que se trata de um caso do foro desportivo e como tal deve ser tratado nas instâncias compe-tentes não reconhecendo «qual-quer legitimidade à autarquia para interferir no caso.

Marta DavidHóquei da região em ‘bolandas’

Pub.

Page 12: Semmais 01 março 2014

A consciência fonológica e a aprendizagem da leitura e da escrita

Nos códigos alfabéticos, tal como o Português Europeu, as letras representam unidades segmentais (sons e outros cons-tituintes), pelo que a compreensão deste código implica a noção desta relação bem como a execução de operações para a conversão e análise destas unidades.

São inúmeros os estudos que demonstram que melhores resul-tados em tarefas de consciência silábica e fonémica promovem a facilidade e o sucesso na apren-dizagem da escrita e da leitura, já que facilitam a conversão fonema-grafema e permitem aceder à informação e organi-zação das unidades do oral neces-sárias na representação escrita. Assim, para juntar as sílabas ba-ta-ta necessitamos da capa-cidade de realizar uma tarefa de síntese silábica. Por conseguinte, um condicionamento na execução de tarefas fonológicas terá influ-ência na aprendizagem da escrita e da leitura.

Para se ser um bom leitor ou um bom escritor, para além de outras competências neurobioló-gicas e psicocognitivas, é absolu-tamente necessário um bom conhe-cimento linguístico (ser implici-tamente dotado de um sistema de regras adequado à norma e funcional) e um bom desempenho em tarefas de consciência linguís-tica (ser explicitamente capaz de executar tarefas com diferentes unidades linguísticas), de forma a

assegurar as principais vias de processamento da informação lida e escrita.

A Implementação do Programa de Estimulação da Consciência Fonológica no Colégio de Campo de flores

O programa de estimulação da consciência fonológica foi conce-bido e adaptado de acordo com o perfil linguístico das crianças do Colégio Campo de Flores que se encontram entre os 3 e 5 anos. A sua concepção e adaptação resultam de uma parceria do Colégio com a linguista e terapeuta da fala Dina Caetano Alves e a tera-peuta da fala Tânia Reis (Relicário de Sons).

Este programa consiste na implementação de atividades (2 a 3 x por semana) que envolvem tarefas de segmentação de frases em palavras, manipulação de

sílabas, identificação da sílaba tónica, identificação de fonemas, etc. As atividades são desenvol-vidas maioritariamente em grupo, no entanto, foram criados momentos de trabalho individual de forma a acompanhar o desen-volvimento das competências de cada criança e desta forma responder às necessidades indi-viduais do aluno.

O programa tem como prin-cipal objetivo a estimulação da consciência fonológica e das suas diferentes unidades: palavra, sílaba, fonema e acento. Esta estimulação é realizada através de tarefas de consciência fonológica (segmen-tação, supressão, manipulação, etc.) envolvendo as diferentes unidades.

Pretende-se que as crianças desenvolvam uma capacidade metafonológica (conhecimento explícito) sobre as diferentes unidades fonológicas trabalhadas

já que estas competências são fundamentais para o sucesso da aprendizagem formal da leitura e da escrita.

A consciência fonológicadesde o pré-escolar

As crianças demonstram desde muito cedo (2/3 anos) uma sensibilidade para diferentes unidades fonológicas, bem como para algumas tarefas de cons-ciência fonológica. São capazes de segmentar palavras em sílabas,

de realizar tarefas de recons-trução silábica, de percepcionar diferenças de acento e entoação e até de realizar identificação fonémica.

As crianças em idade pré-escolar parecem conseguir melhores resultados nas tarefas

de síntese, análise ou deteção de sílabas e mais dificuldade em tarefas que implicam a supressão das unidades silábicas. Contudo, falham muito em tarefas que implicam a análise de segmentos (sons da fala). Apesar disto, diversos estudos têm demons-trado que após a aplicação de programas de estimulação da consciência fonológica, os resul-tados nas tarefas de consciência fonémica em crianças do pré-escolar, melhoram muito signi-ficativamente.

Compare-se os resultados:

Fica claro que a estimulação das competências que favorecem uma futura boa aprendizagem da leitura e da escrita representa um valor acrescentado aos alunos do Colégio Campo de Flores, afir-mando o seu lema “Mais Saber, Mais Valer”.

Inovação pedagógica como nova ferramenta do nosso ensino

A inovação pedagódica dos novos tempos aposta na estimulação fonológica

No dia 19 de Fevereiro, ao final da tarde, o auditório do colégio Campo de

Flores, na freguesia de Caparica, foi palco da quarta conferência, no âmbito da “Cátedra do Tempo Presente”, a cargo do Juiz Desem-bargador Rui Rangel, que falou a pais, alunos e professores sobre o tema “Portugal: Justiça Útil ou Justiça Cega?”. Na plateia estiveram mais de cem pessoas a ouvir a sua interessante palestra.

Rui Rangel deixou no ar a mensagem de que «estamos a viver uma fase de enormes dificuldades, não só uma crise económica mas também uma crise de valores, de organização das sociedades e de justiça. A justiça tem de ser uma componente útil à sociedade. Mas, apesar da crise, vale sempre a pena tentar conquistar o futuro. Temos de mudar o paradigma da sociedade e da justiça. Temos de estar mais vigi-

lantes e organizados para nos indig-narmos e combatermos as nossas elites políticas que são muito fracas. É um desafio que esta crise global vem lançar a todos nós, sobretudo à população escolar, que tem um papel decisivo e importante», sublinha, reconhecendo que «nenhum sector do Estado isolado consegue fazer o que quer que seja. Tem de ser numa teoria de bases comunicantes para que se consiga produzir uma sociedade melhor».

Na sua opinião, em Portugal existe uma justiça «útil» e uma justiça «cega». É útil quando se realiza «em tempo razoável» e é cega «quando se transforma numa justiça para ricos e para pobres, ou seja, só julga os mais pobres e nunca julga os mais poderosos. Ainda existe uma enorme desigualdade no acesso à justiça».

Para Rui Rangel, é «imperioso» um novo paradigma de justiça para que os cidadãos confiem mais na justiça. «Temos de ter menos juízes autoritários e a resolução dos conflitos tem de ser feita num prazo aceitável. A justiça em Portugal, que precisa de uma reforma cirúrgica,

tem fracassado e tem sido manipu-lada, com arquivamentos duvidosos, sobretudo nos casos mais mediá-ticos», opina.

«Devemos ser mais proactivos»

João Rafael, director do colégio, fez um balanço «extremamente posi-tivo» da quarta conferência, uma vez que a assistência esteve muito atenta e interessada no tema da Justiça. «Foi uma excelente conferência, que

apelou muito à nossa formação cívica, alertando que devemos ser mais proactivos. Os portugueses reagem de quatro em quatro anos, quando votam, mas temos de ser proactivos em cada dia que passa. Devemos exigir e estar atentos para que as rotinas perversas, na justiça e na sociedade, possam ser diferentes», vincou.

Depois de “A Importância dos Media na Actualidade”, com José Eduardo Moniz, “A Economia Portu-guesa: porquê tantos resgates”, por Manuel Farto, “O que são as Leuce-mias? Como se diagnosticam e como se tratam?”, por António Parreira, e “Portugal: Justiça Útil ou Justiça Cega?”, por Rui Rangel, segue-se, no dia 20 deste mês, pelas 18h30, a confe-rência “Bullying e Cyberbulliyng: porque não acontece só aos outros”, por Carlos Anjos, investigador em criminalidade informática.

O ciclo de conferências “Cátedra do Tempo Presente”, promovido ao longo do ano lectivo 2013/2014, no colégio Campo de Flores, é coorde-nado por Reginaldo Rodrigues de Almeida e tem entrada livre.

A interessante palestra do juíz Rui Rangel em mais uma “Cátedra do Tempo Presente”, e a inovação

pedagógica.

«Temos de estar mais vigilantes para combatermos as nossas elites políticas que são muito fracas»

Rui Rangel, Juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, em mais “Cátedra do Tempo Presente”

Juiz, professor e comentador Rui Rangel é Juíz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa. É docente na Universidade Autónoma de Lisboa, nas áreas de Direito Penal e Direito Processual e Processo Civil. Tem participado em

vários debates televisivos e integra o painel de comentadores do programa semanal “Justiça Cega, da RTP Informação. Assina artigos em vários jornais nacionais e tem vários livros publicados.

Ano letivo Média de Provas de CFPré-Estimulação – Fonémica

Média de provas de CFPós-Estimulação com Programa

de Estimulação - Fonémica

Pré-escolar(5 anos)

0,11 (em 2) 1,26 (em 2)

Ano letivo Média de Provas de CF Pré-Estimulação

Média de provas de CF Pós-estimulação com Programa

de Estimulação

Pré-escolar(5 anos)

0,86 (em 2) 1,55 (em 2)

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Schindler equipa Alegro de Setúbal

A SCHINDLER foi seleccionada para equipar o novo centro comercial Alegro de Setúbal, gerido pela Immochan. O contrato contempla o forneci-mento de 11 ascensores, uma plataforma de escadas, 18 escadas

e 11 tapetes rolantes. “A Schin-dler está orgulhosa pela distinção e por ter sido seleccionada como fornecedor do equipamento deste tão prestigiado empreendimento do Auchan», refere fonte da empresa

NEGÓCIOS

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Pub.

Carmonti retoma laboração e vai ampliar instalações

A Carmonti, fábrica de trans-formação de carne do Montijo, retomou a labo-

ração no passado dia 25 de Feve-reiro, seis meses depois do incêndio que consumiu parte das suas insta-

lações, incluindo toda a fábrica de transformação de carne. A adminis-tração apostou em equipamentos de última tecnologia, sendo que o investimento global situa-se entre os 10 e os 15 milhões de euros e o número de postos de trabalho é de 230 empregos.

Amândio Ferreira, adminis-trador da Carmonti, recorda que para reabrir a empresa foram neces-sários «cinco meses de grande luta», sublinhando que foi graças aos trabalhadores, seguros e à banca que foi possível reactivar uma fábrica de referência do Montijo, criada em 1985. «Apostámos em equipamento do melhor que existe no mercado», refere. Quanto ao futuro, Amândio Ferreira revela

que tenciona ampliar a empresa, em mais cerca de 7 mil metros quadrados, até ao final do ano, e criar mais cem postos de trabalho. «Com esta ampliação pretendemos também alcançar novos mercados internacionais», sublinha. O empre-sário recorda que, segundo a PJ, as causas do incêndio tiveram origem na «explosão de um detector de metais» que consumiu 6 mil metros quadrados das instalações.

Farol de esperança para o desenvolvimento económico»

O presidente do município do Montijo, Nuno Canta, mostrou-se «muito satisfeito e orgulhoso» com a reabertura da Carmonti. «É uma

empresa que sustenta, do ponto de vista económico, geração de riqueza e de emprego. Nos dias que correm representa um farol de esperança para o desenvolvimento económico e do emprego do concelho», sublinha, acrescentando que o novo equipa-mento é «inovador e moderno», o que muito contribuirá para «o aumento da sua produção e de postos de trabalho».

O autarca relembrou que a «indústria de transformação de carne é hoje um dos elementos mais impor-tantes da base económica do Montijo. Ter um grupo económico a investir na cidade é um exemplo de confiança e um apelo para que tenhamos a cons-ciência da necessidade de desenvol-vimento económico sustentável».

A Carmonti está a laborar com equipamento de última tecnologia. Até final do ano, deverá passar a barreira dos 230 funcionários, com nova ampliação.

António Luís

A Carmonti recebeu este ano o Prémio Excelência atribuído pelo IAPMEI. Amândio Ferreira não esconde que para tal foi necessário «muito trabalho». E recordou que a actual gerência conseguiu recuperar o passivo «muito negativo» da empresa, de há quatro anos a esta parte. Com um volume de negócios de cerca de 52 milhões de euros, a Carmonti abate 1 300 porcos por dia, o que se traduz em mais de 500 toneladas de produtos, provenientes da transformação de carne de porco, enviados semanalmente para o mercado.Dos seus vários produtos de qualidade é de destacar os chouriços argola e corrente, morcela, farinheira, bacon e os fiambres.

Prémio Excelência

Amândio Ferreira, patrão da empresa

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Em visita efectuada na passada terça-feira à Costa de Capa-rica, o ministro do Ambiente,

Jorge Moreira da Silva, anunciou a disponibilidade do Governo para intervir na reparação dos danos causados pelas últimas intempé-ries, cujos prejuízos são superiores a um milhão de euros.

Jorge Moreira da Silva garante que o Governo vai tomar medidas com vista à salvaguarda de pessoas e bens em face a novas ameaças provocadas pelo mau tempo e garantir as necessárias condições

para o usufruto das praias na próxima época balnear.

Para tal, o Governo propõe-se concretizar, até ao início do Verão do corrente ano, a recarga de um milhão de metros cúbicos de areia nas praias da Costa de Caparica, reparar com obras a iniciar no prin-cípio de Abril as estruturas aderentes (esporões e paredão), reforçar o cordão dunar e reparar os acessos às praias e as estruturas de apoio concessionadas, num investimento que, segundo o ministro, poderá chegar aos oito milhões de euros.

Satisfeito com este gesto do Governo, o presidente da Câmara Municipal de Almada, Joaquim Judas, ao mesmo tempo que reafirma a sua disponibilidade para, no âmbito das suas competências, contribuir para os esforços de repa-

ração da frente atlântica do concelho, nomeadamente na Trafaria e na Costa de Caparica, sublinha «o papel decisivo da mobi-lização das populações para que os propósitos agora anunciados pelo Governo sejam efectivamente concretizados em tempo útil».

Por outro lado, o edil almadense insiste em que «a sustentabilidade das medidas a tomar e a valorização da Costa de Caparica exigem o cumprimento do Plano de Desen-volvimento Estratégico da Costa da Caparica, iniciado no âmbito do Programa Polis».

O mau tempo que ocorreu na Costa de Caparica, nos últimos dias, provocou estragos avultados em bares e restaurantes. Depois de a Agência Portuguesa do Ambiente revelar que os danos são na ordem

dos 760 mil euros nas defesas longi-tudinais, a Associação dos Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa

de Caparica garantiu no início da semana que os prejuízos nos bares ascendem a mais de 250 mil euros.

Santiago espevita comércio local Setúbal promove choco e polvo

O presidente de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, reuniu-se dia 24 com a dele-gação local da Associação de Comércio e Serviços do Distrito. A dinamização do comércio local esteve no topo

da agenda do encontro soli-citado pela Câmara. «Tivemos oportunidade de apresentar vários projectos e ideias que têm como prin-cipal objectivo dinamizar o comércio local», adianta.

O choco e o polvo são alvo de acções promocionais, entre 5 e 7 de Março, em mercados de Setúbal, onde decorrem aulas. A iniciativa consiste em duas aulas de cozinha por dia, com sessões

dedicadas ao choco, das 10 às 11 horas, e outra ao polvo, das 11 às 12 horas. Cada aula gratuita e limitada a um máximo de dez a 12 pessoas, é conduzida por um professor de escola de hotelaria.

LOCAL

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Câmara e Governo unem esforços na recuperação

Setúbal investe nos bombeiros sapadores da cidade

A MELHORIA das capacidades operacionais dos Bombeiros Sapa-dores e o reforço do investimento municipal em matéria de protecção e segurança foram destacados, no dia 21, pela presi-dente da autarquia nas comemo-rações dos 228 anos da instituição.

A modernização e ampliação do Centro Municipal de Opera-ções de Socorro (CMOS), a funcionar no quartel dos Sapa-dores, nomeadamente com a instalação de novos equipa-mentos de comunicação são algumas das principais novidades adiantadas por Dores Meira.

«A ligação desta central à rede Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, de comunicação entre todos os agentes de segurança e protecção civil», é uma das inovações asseguradas neste serviço, sublinhou a autarca.

A disponibilização de 25 equi-pamentos «dotados de tecno-logia que permite a utilização em atmosferas explosivas» foi igual-mente destacada pela edil, medida que materializa «uma conside-rável melhoria da segurança para os bombeiros que operam nestas

circunstâncias específicas».A entrada de novos elementos

da Cruz Vermelha para a equipa do CMOS, através de um proto-colo a firmar em breve entre a autarquia e aquele agente de protecção civil, foi também anun-ciada.

«Esta modernização é, sem dúvida, um factor de enorme importância na melhoria das condições em que prestamos socorro às nossas populações, em especial porque, a partir de agora, temos mais agentes de protecção civil envolvidos na prestação do socorro e com mais e melhores meios», frisou.

Seixal procura famílias poupadasem energia

Sines capta jovens para Férias da Páscoa

Alcácer do Sal quer restaurantes de referência

O MUNICÍPIO vai organizar um programa de Férias Activas nas férias da Páscoa, entre 7 e 11 de Abril. O programa destina-se a crianças dos 6 aos 14 anos e acon-tece ao longo do dia, com possi-bilidade de almoçar nas cantinas escolares municipais, com vigi-lância assegurada nesse período.

As actividades são diversifi-cadas, incluindo passeios cultu-rais, artes plásticas, actividades desportivas, dança, teatro e hora do conto.

O custo da inscrição é de 15 euros, acrescido do valor das senhas de almoço, se as crianças almoçarem nas cantinas munici-pais. Aplicam-se a ambos os custos os benefícios dos escalões do apoio social escolar. Todos os partici-pantes são cobertos por um seguro.

As inscrições para as férias são limitadas e decorrem no Pavilhão Municipal dos Desportos até 7 de Março.

Este ano, no sentido de ocupar os jovens de uma faixa etária mais elevada, dos 15 aos 18 anos, a autar-quia recebe também inscrições para voluntários que queiram parti-cipar como acompanhantes dos grupos. A participação dos volun-tários é gratuita, com oferta de almoço.

A ENTIDADE Regional de Turismo do Alentejo apresentou esta semana, na biblioteca local, a iniciativa que visa promover a restauração em território alente-jano. O referencial da “Gastronomia Alentejana – Alentejo Bom Gosto” é projectado para promover a certi-ficação dos restaurantes do Alen-tejo, para responder às exigências de consumidores e dos estabele-cimentos de restauração, em diversas áreas.

O presidente do município Vítor Proença disse que a certificação pode ajudar os restaurantes a «dar um salto em frente, já que após o processo irão fazer parte de um guia referencial para a restauração alentejana e Alcácer, sendo um concelho marcado por várias tradi-ções e povos, com uma gastro-nomia variada e de grande quali-dade deve aproveitar esta opor-tunidade para a valorização da sua gastronomia».

ESTÃO a decorrer, até dia 17, as inscrições para o EcoFamílias, aberto a 30 munícipes interessados em reduzir o seu consumo ener-gético. Os participantes receberão visitas técnicas nas suas residên-cias, para avaliar os consumos energéticos, bem como o perfil de aquisição de bens, serviços e de produção de resíduos, entre outros.

O projecto, realizado desde 2008, promove o consumo susten-tável, através da avaliação do consumo energético das famílias e do potencial de redução do mesmo, quer pela alteração de hábitos de utilização dos equipa-mentos, quer pela sua substituição por outros energeticamente mais eficientes.

Vitor Proença ajuda restaurantes

Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, viu os estragos no terreno

O EcoFamílias é para 30 pessoas

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Com prejuízos superiores a 1 milhão de euros, os bares foram os mais afectados

Meira em revista aos bombeiros

Almada recebe garantia do Governo para intervir nos danos do mau tempo na Costa

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O PRESIDENTE do município Nuno Canta, prossegue as visitas às escolas. Dia 25, o encontro na EB do Esteval, abrangeu também as básicas do Areias, Afonsoeiro e Rosa dos Ventos.

Nuno Isabelinho, da Associação de Pais, apelou ao rejuvenescimento da EB do Afonsoeiro, uma vez que o espaço de recreio é em gravilha, o acesso ao refeitório está a desco-berto e as casas de banho são antigas.

O edil recordou que se trata de uma das escolas mais antigas do Plano Centenário que «foi inter-vencionada pela autarquia mas a remodelação é sempre muito limi-tada pela estrutura do próprio edifício e pela sua antiguidade em termos de concepção».

Nuno Canta referiu que seria mais eficaz «construir um centro escolar que permitisse albergar várias escolas, só que faltam meios financeiros».

O autarca garantiu a inter-venção pontual naquela escola para que ela possa continuar a fazer a sua função e, assim que possível, aumentar a área de recreio e ampliá-la de modo a ter a valência de Jardim de Infância.

Outra das questões levantadas foi a capacidade e funcionalidade do refeitório da EB do Esteval.

Helena Lourenço assumiu que o espaço teve algumas dificuldades a nível de equipamento e de espaço.

No encontro, o edi frisou que é necessário «continuar a trabalhar para uma comunidade escolar coesa, que interaja e que se interrelacione, no caminho da escola pública de qualidade e da democratização do sucesso dos alunos».

Nuno Canta quer comunidade escolar coesa no Montijo

Oficinasde Carnavalem Alcochete

Moita apoiaas Freguesias

Literaturae ciênciaem Grândola

Bares abertos em Sesimbra

O MUNICÍPIO já aprovou os contractos de competências dele-gadas, a celebrar com as quatro juntas de freguesia. A freguesia é, na perspectiva do município, o «primeiro degrau do edifício do Poder Local, assumindo um papel privilegiado na maior proximidade às populações e da sua directa apre-ciação dos problemas e intervenção na sua solução». Assim, estes contractos são um pequeno mas significativo contributo do muni-cípio «a favor da descentralização e democratização das estruturas do Estado e da vida política, a favor dos interesses populares e do direito de participação das populações».

Pequenas obras nas escolas e manutenção dos espaços envol-ventes, concessão de licenças de publicidade nos painéis laterais dos abrigos não concessionados das para-gens dos autocarros são algumas das competências descentralizadas.

JORGE SERAFIM tem um novo livro “A Minha Boca Parece um Deserto“. Trata-se de uma pequena história que gira em torno da escassez da água e da forma como as pessoas ultrapassam um dia de cada vez. A edição de autor, com ilustrações de José Francisco, é apresentada às 16 horas deste sábado, no auditório da biblioteca municipal de Grândola.

Entretanto, o Centro de Ciência Viva do Lousal vai dinamizar a iniciativa “Cheira a Ciência”, momentos lúdicos que envolvem a utilização de materiais de uso corrente na vida doméstica e que nos remetem para uma divisão da casa. Durante o Mês da Juventude os jovens do concelho podem usufruir gratuitamente da visita e de todas actividades promovidas pelo CCV Lousal. A atividade decorre entre as 10 e as 18 horas

DURANTE o período da quadra de Carnaval os estabelecimentos de restauração e bebidas do concelho vão poder estar abertos até às 8 horas da manhã.

O alargamento do horário foi aprovado pelo município, no dia 19 de Fevereiro, e tem em conta o impacto social, cultural e econó-mico desta festividade, qua atrai milhares de visitantes, contribuindo assim para dinamizar as actividades locais.

A BIBLIOTECA de Alcochete realizou, ontem, sexta-feira, uma Oficina de Carnaval para crianças a partir dos 6 anos. A iniciativa visou a construção de máscaras originais e divertidas para todos participarem no Carnaval. A oficina teve uma duração de 120 minutos. O Carnaval é uma festa que surgiu na Antigui-dade Clássica, na Grécia, uma come-moração séculos depois adoptada pela Igreja Católica que corres-ponde a um período de folia e diver-timento antes da Quaresma. A festa estende-se aos bares

INICIATIVAS

A Capricho Setubalense é palco, este sábado, às 22 horas, da pré-eliminatória do 10.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal para os grupos setuba-lenses Emma, Ol’Jolly Roger, Tio Rex e Oleo do concurso inte-grado no m@rço.28, programa organizado pelo município em colaboração com o movimento associativo.

Com entradas a três euros, o pavilhão de feiras e exposições de Santiago do Cacém acolhe este sábado, dia 1 de Março, a partir das 21h30, um concerto rock que conta com as partici-pações das bandas Viralata, Fábrica D Brinquedos, Suspeitos do Costume e Dado Ataque. Divirta-se.

A Feira de Artesanato “Artes e Talentos” continua a realizar-se, no Mercado Municipal da Moita, mas sempre no primeiro e segundo sábado de cada mês. Assim, a 1 e 8, entre as 9 e as 13h30, vai encontrar artesãos de várias áreas: madeira, tecido, metal, cerâmica, cortiça, crochet, entre outras.

Após várias sessões esgotadas consecutivamente, desde a sua estreia em Janeiro, o Arte-Viva, companhia de teatro do Barreiro, decidiu prolongar o espectáculo de comédia “Viva o Casamento”, de Fernando Gomes, até ao dia 29 de Março. No Dia Mundial do Teatro, dia 27, haverá sessão extra.

Bandasde Garagem

Concerto rock em Santiago

Feirade Artesanato

“Vivao Casamento”

Santiago abre lagoa de Santo André ao mar

A LAGOA de Santo André foi aberta ontem, dia 28 de Feve-reiro, ao mar. Este processo, que já foi da responsabilidade do município e da Reserva Natural das Lagoas de Santo André da Sancha, pertence agora à Agência Portuguesa do Ambiente e visa a renovação da água da lagoa, a limpeza e lavagem do seu fundo e a entrada de algumas espécies piscícolas. O processo, outrora feito pela força de “braços e bestas”, foi substituído já há vários anos por máquinas. A abertura desta lagoa é feita todos os anos numa altura sempre próxima do equinócio da Primavera.

Barreiro assinala o dia internacional da mulher com teatro e exposições

Palmela planeia centro comunitário mais vivoem Águas de Moura

O MUNICÍPIO assinala o Dia da Mulher, no dia 8, com a peça “Coragem hoje, abraços amanhã”, com Joana Brandão & Nova Companhia, às 21h30, no Augusto Cabrita. Até dia 12, a exposição de Inês Didelet Santos, “Sedutoras”, é a sugestão para ver no espaço J.

Segundo a autora, «desde pequena que a representação da

mulher sempre foi um desafio, as suas formas, a sua delicadeza e elegância, talvez tenha sido uma procura e exploração da minha própria identidade feminina. Agora, inspirada por uma das mais famosas “pin ups” dos anos 50, a Bettie Page, divirto-me a explorar esses momentos de pura sedução e flirt».

ESTÁ A DECORRER o concurso público para as obras de benefi-ciação do Centro Comunitário de Águas de Moura, espaço cuja utili-zação e dinamização foi objecto de reunião de trabalho, esta semana, entre a autarquia e associações locais, algumas das quais terão ali a funcionar um espaço próprio.

Os trabalhos, que deverão ser adjudicados durante esta semana, iniciam-se com a remoção da

antena desactivada no topo do edifício, antigo quartel, e a recu-peração de caixilharias, entre outras beneficiações.

Numa 2.ª fase, que se prevê que ocorra em Setembro, após a partida das andorinhas e de acordo com a imposição do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, será concluída a emprei-tada com a limpeza e pintura da fachada.

Meninos construiram máscaras

A banda Viralata

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Nuno Canta, o líder do Montijo, durante a sua intervenção na EB do EstevalD

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Ladrões de abelhas «limpam» apiários na Serra da Arrábida

Só pode ser trabalho de profis-sionais, dizem os produtores de mel da região. Num dia, as

abelhas estão no apiário. No outro, desapareceram para nunca mais voltar. É um novo tipo de crime que está a atingir os apicultores da Serra da Arrábida e só nos últimos dias foram conhecidos quatro casos de roubo de abelhas.

A denúncia é feita ao Semmais pelo presidente da Associação de Apicultores da Península de Setúbal, Manuel Barros, numa altura em que já são várias as queixas feitas na GNR, embora ainda não haja suspeitos.

«Começa a ser um problema complicado, porque é um grande prejuízo para as pessoas”, diz o

dirigente, reiterando que «quem leva as abelhas, têm de ser pessoas que percebem deste ramo de acti-vidade. É que antigamente havia curiosos que levavam uma ou duas abelhas para terem no quintal, mas agora estão a levar os apiários completos», alerta, admitindo que até as autoridades encontrarem uma ponta do novelo para iniciar a investigação, vai ser difícil travar este novo fenómeno.

Fenómeno acentua campanha pouco animadora

A notícia dos ladrões de abelhas em plena Arrábida surge numa altura em que os apicultores já estão a contas com mais uma campanha de mel pouco anima-dora, à semelhança do que tem acontecido nos últimos anos. Ou seja, o excesso de chuva e o frio não permitiu que as abelhas

chegassem ao mel de alecrim, entre Janeiro e Fevereiro.

«O alecrim agora está a acabar e temos que esperar pela próxima flora. Se o tempo melhorar, é natural que tenhamos uma boa flora, mas se continuar a chover na Primavera, vai ser mau», explica Manuel Barros.

Aliás, os últimos anos já não deixaram saudades aos apicultores da região. Sobretudo em 2012, a falta de chuva e as elevadas tempe-raturas de Inverno provocaram grandes prejuízos aos produtores que tentam agora recuperar tempo e dinheiro. Foram muitos os milhões de abelhas que morreram em vários pontos da região, por falta de alimento, originando a perda de centenas de colmeias - cada uma pode chegar aos 80 mil insectos – provocando uma quebra na produção nacional de mel supe-rior aos 50%. O recurso à impor-

tação da Argentina, México e China foi mesmo a alternativa sabendo-se que cada português consome em média 420 gramas de mel por ano.

Novo seguroOs apicultores já têm um

seguro de protecção das colmeias contra roubos, incêndios ou actos de vandalismo. Manuel Gonçalves frisou que o seguro é inédito em Portugal, dado não existir nenhum seguro específico para a apicul-tura, tratando de uma reivindi-cação antiga do sector devido à sua «extrema importância» para evitar que os apicultores suportem as perdas de «grande valor». Ainda assim, as perdas de colónias por doença ou preda-dores, explicou, não estão previstas no seguro.

Sábado //1 . Mar . 2014 //

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