semmais 14 março 2015

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Pub. Sábado | 14 março 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 846 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA CULTURA 8 Leonor Andrade do Barreiro para vencer Festival RTP da Canção NEGÓCIOS 13 Presidente Cavaco Silva em Pegões em périplo pela floresta, recorda 'Portugal líder' SOCIEDADE 4 Angariação de verbas a metade decidem paragem forçada do Festróia Terciário ajuda distrito a duplicar oferta de emprego NEGÓCIOS A oferta de emprego na região registou o ano passado o maior aumento dos últimos anos, quase duplicando os valores médios do ano anterior, com 609 novas vagas. Boas notícias. PÁG. 13 Mulheres na Net chantagiam homens do distrito A FECHAR As autoridades ploi- ciais do distrito têm recebido várias queixas de homens que estão a ser alvo de chantagem depois de terem sido vítimas de um esquema de falsos perfis na Internet. PÁG. 16 Paulo do Carmo é o novo líder da Quercus do Litoral SOCIEDADE O ex-vereador da Câmara de Grândola, Paulo do Carmo, que sempre tutelou a área ambiental da autarquia, foi eleito presidente do Núcleo da Quercus do Litoral Alentejano. PÁG. 3 RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE, 138 960 331 167 Mesmo com a demora do fecho das negociações entre Governo, Porto de Sines e o concessionário PSA, sobre a terceira fase de expansão do mega terminal de contentores do Porto de Sines, algumas obras de ampliação vão avançar. É uma espécie de pré-acordo. Terminal XXI avança em jeito de pré-acordo PÁG. 2

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Edição do Semmais de 14 de Março de 2015

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Page 1: Semmais 14 março 2015

Pub.

Sábado | 14 março 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 846 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

CULTURA 8Leonor Andrade do Barreiro para vencer Festival RTP da Canção

NEGÓCIOS 13Presidente Cavaco Silva em Pegões em périplo pela floresta, recorda 'Portugal líder'

SOCIEDADE 4Angariação de verbas a metade decidem paragem forçada do Festróia

Terciário ajuda distrito a duplicar oferta de emprego NEGÓCIOS A oferta de emprego na região registou o ano passado o maior aumento dos últimos anos, quase duplicando os valores médios do ano anterior, com 609 novas vagas. Boas notícias.

PÁG. 13

Mulheres na Net chantagiam homens do distrito A FECHAR As autoridades ploi-ciais do distrito têm recebido várias queixas de homens que estão a ser alvo de chantagem depois de terem sido vítimas de um esquema de falsos perfis na Internet.

PÁG. 16

Paulo do Carmo é o novo líder da Quercus do LitoralSOCIEDADE O ex-vereador da Câmara de Grândola, Paulo do Carmo, que sempre tutelou a área ambiental da autarquia, foi eleito presidente do Núcleo da Quercus do Litoral Alentejano.

PÁG. 3

RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Mesmo com a demora do fecho das negociações entre Governo, Porto de Sines e o concessionário PSA, sobre a terceira fase de expansão do mega terminal de contentores do Porto de Sines, algumas obras de ampliação vão avançar. É uma espécie de pré-acordo.

Terminal XXI avança em jeito de pré-acordo

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ENFOQUE

O IMPASSE nas negociações para a terceira fase de expansão do Terminal XXI, na plataforma por-tuária porto de Sines, na sequên-cia de um memorando assina-do entre o Governo, a adminis-tração do Porto (APS) e a PSA, concessionária daquela infraes-trutura, vai ser minimizado com algumas intervenções avulsas já este ano para «melhoria das operações no terminal», sem lu-gar a nenhum investimento da APS nem a prorrogação do pra-zo de concessão ao operador pri-vado.

João Franco, presidente da Administração do Porto de Si-nes, chama-lhe «uma pré-ter-ceira fase da expansão do ter-minal», que vai permitir, afirma, «aumentar ainda mais a capa-

cidade» daquele importante ter-minal de contentores, já com uma capacidade instalada de 940 me-tros, capaz de receber dois na-vios de grande porte em simul-tâneo e um parqueamento de 35 hectares. «É essa capacidade adi-cional, na sequência da segun-da fase de expansão concluída o ano passado, que nos permi-te continuar a projetar para os próximos anos um crescimen-to deste segmento», afirmou ao Semmais, durante um encontro com jornalistas.

Mas as negociações com a PSA para a terceira fase de ex-pansão não estão fechadas. A ad-ministração do Porto de Sines deseja uma «posição equilibra-da» entre um eventual aumen-to do prazo da concessão e a quem caberá proceder aos in-vestimentos futuros calculados em cerca de 212 milhões de eu-ros.

Segundo João Franco, a pro-posta da PSA pretendia dilatar a concessão por mais quinze anos e manter o nível de investimen-to previsto, o que obrigaria a APS a injetar os restantes 70 milhões de euros das empreitadas. Mas as autoridades portuguesas pre-ferem reduzir o prazo de con-cessão para doze anos e não de-sembolsar fundos. «Compreen-demos que tratando-se de uma investimento tão avultado a PSA tenha que refletir sobre o que

está em causa, mas não tenho dúvidas que quer o Governo por-tuguês, quer a APS, quer a PSA, estão de boa-fé e empenhados em chegar a um acordo defini-tivo», garantiu João Franco. E a preocupação de um «entendi-mento equilibrado e fundamen-tado» é tão mais importante, ten-do em conta que qualquer de-sembolso da administração por-tuária terá que passar pelo cri-vo do Tribunal de Contas.

Daí que as intervenções no Terminal XXI para este ano, sen-do um pré-terceira fase já assi-nalam «boas notícias», segundo João Franco, que recusou sem-pre admitir tratar-se do desfe-cho final das negociações.

E para já, o que se sabe, é que o negócio dos contentores está a crescer a um ritmo constante, 6 por cento ao ano. Um estudo recente, segundo o líder da APS, aponta para que os quatro gran-des portos que operam entre o Mediterrânico e o Atlântico (como o de Sines) tenham ne-cessidade de somar uma capa-cidade instalada no mínimo de 40 milhões de TEUS nos próxi-mos dez anos.

«Estamos a falar de Sines, Al-geciras, Valência e Tânger Med, sendo que o nosso porto apre-senta muitas vantagens com-parativas nesta competição in-ternacional», afirma o presiden-te da APS.

DR

Não é bem a terceira fase de expansão, mas ajudará a melhorar as condições operacionais e aumentará a capacidade adicional. A prorrogação do prazo de concessão à PSA pode ficar-se por mais doze anos. No final, procura-se um acordo «equilibrado e fundamentado».

Texto Raul Tavares

Meta ambiciosa de chegar aos 40 milhões de faturação em 2015

Com anos de crescimento em mo-vimentação de mercadorias e re-sultados líquidos, o Porto de Si-nes espera para 2015 atingir um volume de negócios perto dos 40 milhões de euros, e prepara-se para novos investimentos que ron-dam, segundo João Franco, em mais de 21 milhões de euros, dois dos quais nos portos de Faro e Por-timão, agora sob a jurisdição da autoridade portuária de Sines.

«No caso de Sines, trata-se de investimentos em diversas áreas, em especial em dragagens, mas também recuperação paisagísti-ca, melhorias no cais de carga, no edifício da autoridade aduaneira, energias renováveis e outros», ex-plica João Franco.

Outra garantia é a de que o fi-nanciamento das intervenções nos portos algarvios não vai ser su-portado diretamente pela APS, uma vez que será integralmente suportado pelos reembolsos de-vidos ao Estado. «Em vez de en-tregarmos todos os dividendos fa-remos essa aplicação na exata pro-porção que vier a ficar definida», exemplifica o presidente da APS.

Obras no Terminal XXI avançam sem custos para Porto de Sines

Impasse nas negociações para terceira fase de expansão do Terminal de Contentores da PSA aligeirado com pré-acordo

A difícil fusão com os portos do Algarve a caminho da consolidação

A fusão orgânica do Porto de Sines com os portos de Faro e de Portimão vista de «forma egoísta» seria sempre um «mau negócio». Mas do ponto de vis-ta estritamente do interesse público foi «uma excelente decisão». É desta forma que o agora responsável pelas três plataformas portuárias explica a partilha destas responsabilidades.

E o processo não foi fácil, até por-que há mais de quinze anos que os su-cessivos governos não faziam inves-timentos de monta naqueles portos. «Havia certamente outras prioridades e nesta fase, tivemos que proceder a intervenções urgentes. Para além de que tivemos que resolver o problema do pessoal e a sua afetação a cada área, a questão das pescas, entregue a quem sabe do negócio (Docapesca) e todos os sistemas de funcionamento e ope-racionalidade», explica o responsável.

Mas João Franco, que afirma ter ganho uma nova bandeira, com o seg-mento de cruzeiros, em Portimão, quer assumir uma ideia central: «Não que-remos ser os donos dos portos de Faro e Portimão, sem temos um sentido de posse, apenas estamos a emprestar a capacidade e experiência que temos em gestão portuária».

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SOCIEDADE

O município é contra a redução dos servi-ços da Segurança Social na Amora, que pas-sará a funcionar com apenas às terças e quintas-feiras, e só para os munícipes de Corroios. “Nem todos os munícipes têm a

mesma igualdade de acesso aos serviços da Segurança Social. Corroios está sem aten-dimento social descentralizado, por não ha-ver contratualização com uma IPSS local”, refere a autarquia.

A peça “O Homúnculo”, de Natália Correia, estreia dia 20, no Fórum Luísa Todi, em Se-túbal, pelo Fontenova. A história relata um território chamado Mortocália, controlado pelo rei autoritário Salarim. Nesta obra é

notória a relação entre ficção e realidade, em que o nome Salarim e o lugar mortuá-rio Mortocália são referências ao ditador e ao país que sacrificava os jovens na guerra colonial de 1961.

Seixal contra menos serviços da segurança social Fontenova estreia nova produção no Luísa Todi

O que disse o juiz para não levar o ‘Dux’ a julgamento no caso dos seis estudantes mortos

O JUIZ Nelson Escórcio não tem dú-vidas: João Miguel Gouveia está ino-cente. O único sobrevivente da tra-gédia do Meco, na madrugada de 15 de Dezembro de 2013, não vai a jul-gamento. Pelo menos, para já, por-que os pais das seis vítimas vão re-correr para o Tribunal da Relação de Évora. Mas o que pesou na deci-são do juiz neste debate instrutório? Vamos por partes. Todas elas favo-ráveis ao ex-dux da Lusófona, aliás.

Logo no requerimento de abertura de instrução os pais da-vam ênfase às práticas de pra-xe, mas, segundo Nelson Escór-cio «fizeram-no e fazem-no es-quecendo o contexto, a idade, o propósito dos jovens», diz a de-cisão instrutória, que alude à «voluntariedade dos atos, o pra-zer que manifestamente retira-vam de comportamentos que, visto de modo descontextuali-zados, se poderiam facilmente

ter por tontos, absurdos ou hu-milhantes, como rastejar».

Ou seja, o juiz considerou que todos os seis estudantes que vi-riam a morrer arrastados por uma onda foram passar o fim-de-se-mana a Aiana de Cima porque “quiseram” e até “sabiam ao que iam. «E, nesse mesmo contexto, se naturalmente integra a proi-bição de uso de telemóveis, o con-sumo de álcool. E, inevitavelmen-te e afinal, não se duvida, cansa-ço e desgaste», diz o documen-to, que aconselha a recordar tem-pos da «nossa infância e juven-tude, das nossas brincadeiras,

tontices, clubes secretos, segre-dos e sacrifícios por causas que agora temos como tolas».

E vai mais longe. “As muitas mensagens transcritas pelos as-sistentes e trocadas entre os tele-móveis dos jovens falecidos e ami-gos ou colegas revelam um mani-festo divertimento na sujeição a práticas de praxe que individua-lizadamente se terão necessaria-mente por desagradáveis», disse.

«E isso não significa, eviden-temente, que os jovens não mos-trassem desagrado, contragosto, saturação ou mesmo antipatia por este ou aquele colega, indepen-

dentemente da sua posição na COPA ou mesmo pelo arguido. Significa apenas que o conjunto, a sensação de pertença a um gru-po fechado, unido, com um pro-pósito definido, lhes era, mani-festamente, apelativo”, insistiu Nelson Escórcio, recordando o antigo provérbio que «quem cor-re por gosto não cansa».

Sem surpresa, o juiz viria a dar razão ao despacho final do Ministério Público de Almada – que já tinha arquivado o proces-so – corroborando da inexistên-cia de indícios de que João Mi-guel Gouveia tenha «sujeitado,

pelo menos conscientemente, os colegas falecidos a um perigo que não pudessem eles próprios avaliar e evitar», ou que tenha deixado os seis jovens estudan-tes «já no mar à sua sorte».

Declarações que emociona-ram o pai do sobrevivente. João Eduardo Gouveia quer agora que «a paz seja reposta e que o meu filho possa prosseguir com a sua vida. Já chega, isto foi demais», sublinhou o progenitor, embo-ra as famílias, que acusam o dux do crime de exposição ao peri-go ou abandono, tivessem refor-çado o que já tinham dito quan-do na última sessão do debate instrutório ouviram a Procura-dora assegurar que não havia in-dícios suscetíveis de consubs-tanciarem ilícito criminal.

«Vamos continuar até onde fizer falta e o próximo passo é já o recurso para o Tribunal da Relação (Évora). Isto não vai pa-rar», insistiu Fernanda Cristó-vão, que já tinha um comunica-do dos pais pronto a ler à saída da sala de audiências, denun-ciando que era muito baixa a ex-pectativa de ver o dux ir a julga-mento. «Não concordamos com a decisão, porque achamos que há indícios de crime mais do que suficientes para levar este pro-cesso a julgamento, apesar das tentativas que foram feitas para os ocultar», insistiu Fernanda Cristóvão.

As dúvidas e as litigâncias do caso da tragédia do Meco que ainda está para durar

DR

O tribunal parece ter acabado com a polémica judicial e ‘absolveu’ o dux João Gouveia da culpa pela morte dos seis jovens estudantes no Meco. Os país não e resignam. Explicamos as certezas do juiz Nelson Escórcio.

Texto Roberto Dores

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos e para os efeitos previstos no nº 1 do Artigo 20º, conjugado com o nº 1 e nº2 do Artigo 22º, Secção Segunda; Capítulo III, do Estatuto da Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo. Convoco a Assembleia Geral Ordinária da LAHSB, para reunir na sala de sessões do Hospital de São Bernardo em Setúbal, no dia 30 de Março de 2015, pelas 16H00, com a ordem de trabalhos seguinte:1. Apreciação e aprovação do relatório e da conta de gerência do ano anterior;2. Outros assuntos de interesse para os Associados da LAHSB.Nota: Nos termos da Lei e em conformidade com o previsto no nº 4 do Artigo 22º do Estatuto da LAHSB, se na hora marcada não estiverem presentes o número de associados com direito a voto que assegurem o quórum, a Assembleia Geral Ordinária reunirá uma hora depois – (17H00), com qualquer número de associados presentes.

Setúbal, 24 de Fevereiro de 2015

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Eugénio José da Cruz Fonseca Prof.

Memorial inaugurado este fim-de-semana no MecoO Monumento Memorial, obra do mestre João Cutileiro, vai ser inau-gurado este domingo na praia do Moinho de Baixo, prestando ho-menagem aos jovens que perde-ram a vida na tragédia de 15 de Dezembro de 2013. A cerimónia tem lugar pelas 15 horas. António Soares, pai de Catarina Soares, con-firma a realização da homenagem, onde vai participar o presidente Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora.

O juíz considerou que os estudantes foram a Aiana porque quiseram e sabiam ao que iam

Paulo do Carmo, ex-vereador de Grândola, wé o novo líder da Quercus do Litoral AlentejanoO EX-VEREADOR da Câmara de Grândola, Paulo do Carmo, é o novo presidente do núcleo regional da Quercus do Litoral Alentejano e su-cede a Dário Cardador, um dos mais conhecidos ambientalistas da região.

O novo presidente, que nos últi-mos anos tem acumulado uma enor-me experiência na área ambiental e que tutelou este pelouro como au-tarca, disse ao Semmais que o seu de-safio para este mandato será defen-der a matriz da organização, que pas-sa por «pugnar pela salvaguarda e valorização dos valores ambientais deste território de excelência». Pau-lo do Carmo assume, no entanto, que havendo uma nova liderança «a abor-dagem pode ser diferente, mas have-

rá sempre um trabalho em equipa».«O nosso programa implica maior

envolvimento com a Sociedade ci-vil, nomeadamente as escolas, as as-sociações e as empresas do Alente-jo litoral, apostando mais na cons-ciencialização e no diálogo», afirma o novo líder da Quercus no Litoral Alentejano, que foi eleito apenas com um voto em branco.

Confessando que a sua candida-tura resultou de «uma reflexão in-terna do próprio núcleo, que enten-deu que deveria haver renovação», Paulo do Carmo identifica como pon-tos críticos da sua atuação futura «a violação dos valores ambientais na Rede Natura que se tornou comum, os problemas gravíssimos dos efluen-

tes não tratados em diversos lo-cais, nomea-damente na Comporta, na praia de Me-l i d e s , afetando a pró-pria Lagoa, bem como a poluição atmosférica que se veri-fica na zona de Sines, um problema que è preciso, de uma vez por todas, resolver porque afeta a qualidade de vida das pessoas».

Recorde-se que o Núcleo tem cerca de 20 anos de existência, cer-ca de 130 associados e funciona em conjunto com um espaço de recu-peração de aves selvagens.

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SOCIEDADE

Município de Alcácer do Sal EDITAL

CONCURSO PÚBLICO DE CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DO “QUIOSQUE” NA MARGEM SUL – ALCÁCER DO SAL

MANUEL VITOR NUNES DE JESUS, Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:

FAZ PÚBLICO QUE, de acordo com a deliberação de Câmara de 12/02/2015 se vai proceder à abertura de concurso público para atribuição da concessão de “quiosque” na Margem Sul, na modalidade de apresentação de propostas em carta fechada.O concurso é realizado nos termos expressos no Programa de Procedimento e respetivo Caderno de Encargos, que se encontra para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística.Para esclarecimento dos interessados, informa-se que:1. Só podem concorrer as pessoas singulares ou coletivas respetivamente residentes ou com sede na área do Município de Alcácer do Sal há pelo menos um ano à data do edital do concurso;2. Os concorrentes têm que se inscrever previamente nos Serviços da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística do Município de Alcácer do Sal, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da publicação do último aviso, mediante o pagamento do correspondente a 1% (um por cento) do valor base de adjudicação e o preenchimento de uma ficha facultada pelos Serviços, à qual será atribuído um número de ordem que o concorrente utilizará em todos os documentos relativos ao concurso;3. As propostas deverão ser apresentadas até às 16,00horas no prazo de 10 (dez) dias úteis, contados da publicação do último aviso, pelos concorrentes ou seus representantes, na Câmara Municipal de Alcácer do Sal, contra recibo, ou remetidas pelo correio, sob registo e aviso de recepção.4. A concessão do espaço será atribuída pelo prazo de 5 (cinco) anos, renováveis por iguais e sucessivos períodos de 5 (cinco) anos, se nenhuma das partes denunciar o contrato5. O valor base da adjudicação é de €1. 500,00 (mil e quinhentos euros);6. O valor base do pagamento mensal é de € 80,00 (oitenta euros);Deverá ser feita oferta para o valor da adjudicação bem como para o valor do pagamento mensal.Este valor será atualizado anualmente a partir do início do segundo ano de vigência do contrato de acordo com o índice de inflação publicado pelo Instituto Nacional de Estatística;7. Os concorrentes deverão apresentar “declaração e currículo”, “projeto” e “preço”;8. O ato público de abertura das propostas realizar-se-á no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas 10 horas, do primeiro dia útil imediatamente posterior ao termo do prazo para apresentação das propostas;9. As propostas serão apreciadas pelo Júri do concurso, no prazo de 10 (dez) dias contados, do ato público ou da notificação da deliberação da Câmara, sobre os recursos interpostos;10. A adjudicação será efetuada de acordo com os critérios: Qualidade e Preço da Proposta, aos quais são atribuídos os fatores de ponderação, respetivamente de 60% e 40%;11. A Câmara Municipal tomará uma decisão definitiva no prazo de 30 dias contados do termo fixado para a apreciação das propostas; 12. Todos os interessados devem consultar nos Serviços Administrativos da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, durante as horas normais de expediente, ou mediante o pagamento do seu preço, pedir cópia dos vários elementos que integram o concurso, nomeadamente “Programa de Concurso” e “Caderno de Encargos”;Para constar e devidos efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais do costume. Alcácer do Sal, 20 de fevereiro de 2015

O Vereador do Pelouro

(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

Perigo ainda espreita no IC1 entre Grândola e Alcácer do Sal

Cortes financeiros do Governo e da Europa inviabilizam realização do 31.º Festroia

ANTÓNIO MATOS já conta quatro acidentes – um deles grave - quase à porta da sua casa, situada na lo-calidade de Albergaria, no troço de estrada do IC1 entre Alcácer do Sal e Grândola. O despiste de uma car-rinha de caixa aberta carregada de porcos, uma colisão frontal, o ca-potamento de um ligeiro que des-colou do asfalto após passar com as rodas por cima de uma lomba e outro acidente com um motociclo quando tentou encostar à berma para permitir a passagem de um ca-mião. E não tem dúvidas: «o medo

está sempre presente. Andamos sempre aqui. Esta estrada já não de-via existir nos dias de hoje».

Por tudo isto, moradores e au-tomobilistas manifestaram-se con-tra o estado da via. São 20 quilóme-tros entre Alcácer e Grândola, onde cada vez há mais buracos, exibindo rodeiras «ameaçadoras? para quem vai ao volante. «Já nem deixo a mi-nha mulher atravessar a estrada para ir ao café», diz António Matos, justi-ficando que «a estrada está horro-

rosa, mas é uma longa recta que con-vida a acelerar. Quando os carros precisam de travar a fundo e encos-tar, começam aos saltos e alguns per-dem o controlo», sublinha.

Num dos mais frequentados res-taurantes na beira da estrada, os ca-mionistas lamentam estar na pre-sença do «pior troço de via entre Lis-boa e Algarve», segundo Júlio Cae-tano, motorista de Palmela que se desloca a Faro três vezes por sema-na. «Já lá vai o tempo em que se ia

por autoestrada, mas hoje as empre-sas não pagam isso», diz para justi-ficar o seu conhecimento das zonas mais críticas do IC1.

E as queixas não param, pelo que a Comissão de Utentes decidiu vol-tar a sair à rua para uma marcha--lenta, com o propósito exigir ao Go-verno «que promova, com carácter de urgência, as necessárias obras de reabilitação de todo o troço rodo-viário que liga estas duas importan-tes e estratégicas cidades do Litoral Alentejano», sublinha Manuel Ro-cha, da organização da «manif», ga-rantindo que «os cidadãos do Lito-ral Alentejano e em particular dos concelhos de Alcácer do Sal e Grân-dola, têm vindo a sofrer, de alguns anos a esta parte, com as inaceitá-veis e revoltantes condições de de-gradação e insegurança da via».

Daí que tenham voltado a exi-gir «infraestruturas rodoviárias de qualidade e com segurança para que se termine, de vez, com este grave flagelo que tem sido, um acen-tuar significativo de acidentes, tra-duzidos muitos deles, em perdas humanas».

O FESTIVAL Internacional de Cinema de Setúbal não se vai realizar este ano uma vez que a organização conseguiu apenas metade dos cerca de 220 mil euros que custariam a 31.ª edição do Festroia. O Eu-ropean Creative cortou o apoio e o Ins-tituto do Cinema e do Audiovisual redu-ziu a ajuda para 50 por cento. Fernanda Silva, diretora do Festroia, la-menta que, apesar das reduções orça-mentais, de ano para ano, este ano foi «completamente impossível» organizar o evento que tem trazido até Setúbal cen-tenas de estrelas, bom cinema europeu alternativo e convidados estrangeiros da sétima arte nacional e internacional. «Per-demos o apoio do European Creative, que o festival recebeu durante mais de 20 anos, sendo que nos últimos anos ron-dava os 75 mil euros, sempre o apoio má-ximo. Não percebemos porque é que o festival não foi contemplado, apesar da grande qualidade do mesmo e do gran-de reconhecimento internacional. Isto é completamente absurdo».

Além disso, o ICA, que atribuía 47 mil euros ao Festroia, este ano ia dar 21 mil euros, o que significa que cortaram «mais de metade», enquanto o município ga-rantia o mesmo apoio do ano passado, ou seja, 80 mil euros, enquanto a Região de Turismo «talvez mantivesse os 8 mil euros». «Esta verba não chega. Conse-guimos apurar apenas 100 mil euros mas faltam outros 100 e tal mil euros. Pensá-mos em encurtar a duração do festival e de convidados mas não adiantava mui-to», explica Fernanda Silva, que acres-centa que o festival corria o risco de «não ter ninguém».

«Recorremos a todas as empresas da re-gião mas as respostas foram zero e outras

disseram-nos que se dedicavam ao apoio social. E tive conhecimento que uma dessas empresas atribuiu 500 euros a uma institui-ção particular de solidariedade social, o que, na minha opinião, é uma esmola», revela, la-mentando e criticando que «empresas tão grandes na região, que ganham lucros de milhões, não apoiem a cultura».

O município, principal financiador do festival, lamenta, “profundamente”, a im-possibilidade de realizar este certame “de-vido ao corte de apoios financeiros” do Estado.Tais cortes representam um “duro golpe” na promoção e divulgação das artes, que “muito penaliza” Setúbal, mas também para todos os apreciadores da sétima arte que, todos os anos, desde 1985, acorrem a esta festa do cinema.

A Câmara foi, desde a primeira hora, quando o festival tinha ainda sede em Troia, “um dos principais parceiros” do certame e “nunca regateou apoios finan-ceiros ou logísticos à sua realização”.A autarquia acrescenta que, ao longo dos 30 anos do Festroia, “sempre disponibi-lizou salas, transportes, instalações ou apoios à promoção e divulgação, entre muitas outras ajudas”. Só desde 2002, os apoios financeiros diretos aprovados pela edilidade ascendem a 1 633 400 euros, va-lor que indica “a real dimensão do empe-nhamento municipal” na iniciativa.

O município reconhece que, “isolado, é, porém, incapaz de garantir todos os meios financeiros necessários à concretização do festival” e, por isso, apela “a que os orga-nismos do Estado que gerem os meios fi-nanceiros para apoiar o cinema, em espe-cial o ICA, reconsiderem a decisão de re-duzir o apoio ao Festroia, no que é um ina-ceitável ataque à cultura”.

Automobilistas colocaram a semana passada painéis a mostrar o seu descontentamento

Os acidentes graves sucedem-se neste intenerário do litoral e as obras tardam. Os automobilistas da zona estão à beira de ataque de nervos e prometem aumentar a pressão. Os camionistas são os mais afetados.

Texto Roberto Dores

Pub.

Autarca de Santiago agradece ajuda comunitária

O AUDITÓRIO António Chai-nho, em Santiago do Cacém, en-cheu-se de empresários, no dia 10, para o seminário “Alentejo 2020 − Instrumentos de Apoio às Empresas”, promovido pela Associação de Apoio ao Empre-sário do Alentejo Litoral, que contou com a presença do pre-sidente do município, Álvaro Beijinha, um dos oradores.

O novo quadro comuni-tário Portugal 2020 «vai final-mente disponibilizar o apoio que o país e os empresários tanto precisam», destaca Ál-varo Beijinha, que considera esta fase «absolutamente de-cisiva». O edil frisou a impor-tância dos empresários «es-tarem preparados para os no-vos desafios que esta opor-tunidade oferece. Estamos a trabalhar nestas áreas há bas-tante tempo, a própria Câma-ra está a preparar-se para po-der aproveitar esta oportuni-dade naquilo que são as suas áreas de competência».

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«Naturalmente que a construção desta oferta formativa implicará esforços», afirma Pedro Dominguinhos

Estado defende cursos “pragmáticos e de curta duração”

O SECRETÁRIO de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, marcou presença no se-minário “Criação de CTeSP no ensino superior: Construindo re-des, promovendo o emprego no estreitamento das relações com a Comunidade”, realizado, na passada quarta-feira, pelo Ins-tituto Politécnico de Setúbal. Na iniciativa, inserida no âmbito da criação dos novos Cursos Téc-nicos Superiores Profissionais (CTeSP), o Secretário de Estado falou da importância das novas formações de curta duração, su-blinhando que esta nova oferta irá aumentar o número de alu-nos a ingressar no ensino supe-rior, em cerca de 10 por cento.

«Esta proposta feita pelos po-litécnicos pretende responder a uma necessidade das empresas, da própria sociedade e, nomea-damente, dos jovens que aspi-ram chegar ao ensino superior

mas não têm essa possibilida-de”, referiu o Secretário de Es-tado, no seminário que promo-veu o esclarecimento e a refle-xão sobre este novo tipo de for-mação de curta duração do en-sino superior, em particular, jun-to dos parceiros institucionais e empresariais.

Realçando que Portugal está abaixo de outros países da União europeia no que diz respeito ao nível de qualificações, devido ao «atraso na difusão do ensino obri-gatório», José Ferreira Gomes frisou que, atualmente, 40 por cento dos jovens frequentam uma instituição de ensino supe-rior, um número que irá crescer com a implementação dos CTeSP. «Neste momento, há um públi-co-alvo de mais de 10 mil estu-dantes para ingressar nestes cur-sos, o que deverá representar um aumento de 40 para 50 por cen-to, no que diz respeito ao núme-

ro de alunos que irá frequentar futuramente o ensino superior».

«Estamos no ponto de par-tida para uma experiência nova que permitirá aos jovens um novo perfil formativo, dando-lhes mais experiência para entrar no mer-cado de trabalho. É importante esta ligação entre os politécni-cos, as escolas profissionais e secundárias e as empresas», re-feriu o secretário de Estado do Ensino Superior.

O governante enalteceu o tra-balho dos professores e o envol-vimento das empresas e dos mu-nicípios por quererem dar res-posta a uma necessidade real dos estudantes e das organizações, atuando numa lógica de proxi-midade. «Houve um trabalho in-tenso por parte dos professores, mas estou certo de que será gra-tificante para todos. Tenho a cer-teza de que a resposta ao desa-fio vai ser positiva”.

NESTE ÂMBITO, na sessão foi assinado um Protocolo de Re-des de Escolas Profissionais e Se-cundárias da Península de Setú-bal e Litoral Alentejano, que visa a criação de uma rede de ensino profissional para a região, de for-ma a construir uma fileira for-mativa desde o nível 4 até ao ní-vel 6. «Mais de 30 instituições de ensino aderiram a esta propos-ta, o que demonstra a confiança no IPS», afirmou o presidente do Instituto Politécnico de Setúbal,

Pedro Dominguinhos, salientan-do que a criação da nova oferta formativa «implicará, natural-mente, esforços» por parte do IPS e dos seus parceiros.

«O IPS apresentou dezano-ve propostas que estão a ser ana-lisadas. Este foi um trabalho in-tenso de um conjunto de docen-tes e de não docentes. Um tra-balho intenso no contacto com cerca de 200 organizações do território», frisou o responsável do IPS, acrescentando que vão

ser realizados 500 estágios. «Com esta rede que hoje for-

malizamos estou certo de que sai-rão novas propostas. Esperamos angariar estudantes a partir de Se-tembro, aumentado, assim, a qua-lificação da população activa».

Pedro Dominguinhos realçou ainda que o financiamento dos cursos será feiro através do Or-çamento de Estado e que o mes-mo deverá corresponder a dois anos, tal como acontece com as licenciaturas.

IPS assinou protocolo para criação de ensino profissional na região

Melo Pires fala em «dia histórico para o IPS e para a região»O SEMINÁRIO contou também com a presença e intervenção de António de Melo Pires, pre-sidente do Conselho Geral do IPS, que enalteceu as mais-va-lias dos CTeSP. «Este é um dia histórico para o IPS, para a re-gião e para o país. Com estes cursos estamos a dar um pas-so na direcção certa para dar a resposta mais adequada à si-tuação actual do país».

«Estas novas formações têm como objectivo preparar e qua-lificar os alunos para a entrada nas organizações, permitindo ainda uma abertura do IPS à co-munidade e às empresas”, afir-mou António de Melo Pires.

O programa do seminário in-cluiu ainda uma conferência in-titulada “Short Cycle Higher Edu-cation – An European perspecti-ve”, que contou com a participa-

ção de Armando Pires, anterior Presidente do IPS, e de Alicia-Leo-nor Sauli-Miklavčič da Association of Slovene Higher Vocational Col-leges (AHVC, Slovenia).

Esta iniciativa esteve inse-rida na Semana da Emprega-bilidade do IPS, decorrida de 3 a 6 de março, nos campi de Se-túbal e Barreiro do IPS, que con-tou com a presença de mais de 60 empresas e organizações.

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LOCAL

O 21.º Festival do Queijo, Pão e Vinho, orçado em 40 mil euros, realiza-se de 27 a 29 deste mês, em S. Gonçalo, na freguesia de Quinta do Anjo, para promover os produtos locais de qualidade. Com cerca de 50 expositores, o certame, com entradas a um euro, espera receber cerca de 15 mil vi-sitantes. O município apoia com 4 mil euros.

Luís Macheta, da organiza-ção, deposita boas expetativas

no festival que, devido ao fim--de-semana da Páscoa, realiza--se «uma semana mais cedo do que o habitual». «Temos muitos visitantes da área da Grande Lis-boa, que gostam de ver os ani-mais e as paisagens, e pessoas da própria região, que já é tradi-ção virem ao festival», sublinha.

Já o vereador Luís Calha, du-rante a apresentação do progra-ma, que decorreu quinta-feira, no Espaço Fortuna, destacou três momentos altos, nomeadamen-te as Provas de Vinhos Comen-tadas, a Homenagem ao Cante Alentejano e as Atividades Eques-tres e ligadas à Natureza. «É o mais prestigiado evento de pro-moção dos produtos locais da nossa região que proporciona um encontro emotivo de milhares de

pessoas com três diamantes da nossa gastronomia local», acres-centando que, ao longo dos anos, o certame, com programa «di-versificado», conseguiu «melho-rar e inovar».

Para que continue a conquis-tar «novos públicos», o certame foi promovido este ano na Bol-sa de Turismo de Lisboa e, tam-bém, no Algarve, no âmbito de um protocolo celebrado com o município de Silves. «Além do pão, queijo e vinho, queremos que os turistas venham conhe-cer outras potencialidades turís-ticas do nosso território, como a Arrábida, os circuitos enoturís-ticos, o património cultural e a gastronomia», vinca o autarca, acrescentando que em paralelo com o evento irão decorrer os

fins-de-semana gastronómicos do queijo de ovelha, que este ano contam com maior envolvência de restaurantes.

Além do queijo de ovelha, dos vinhos da Península de Setúbal e do pão tradicional, o festival é palco privilegiado para a fruta,

licores, compotas, doçaria, mel e outras riquezas gastronómi-cas. Aposta num programa de animação diversificado, com mú-sica, desporto, atividades eques-tres e muitas oportunidades para conviver de perto com o mun-do rural.

Pão, Queijo e Vinho espera 15 mil visitantes em Palmela

Setúbal visitada por mais turistas

Movimento associativo de Santiago recebe verbas

Sesimbra tenta conquistar melhor prato de arroz

DEZASSETE, coletividades aca-bam de receber as verbas corres-pondentes ao protocolo entre a au-tarquia e a Galp Energia. Foram dis-tribuídos, no global, 150 mil euros.

Álvaro Beijinha voltou a lem-brar uma reivindicação antiga da autarquia, agora atendida pela pe-trolífera. «Considerávamos que ha-via uma discrepância muito signi-ficativa entre aquilo que a Galp dava no município de Sines e aquilo que vinha para o nosso município».

Além das verbas transferidas para as coletividades, o valor cor-respondente ao aumento da con-tribuição da Galp – que passa de 68 mil euros para 150 mil euros – destina-se ao investimento «num equipamento municipal, que é um campo alternativo em Santiago do Cacém, que está pelado, e nós que-remos que ele venha a ter um rel-vado sintético».

O SNACK Onda-Bar, na vila de Sesimbra, volta a marcar presen-ça no concurso o Melhor Arroz de Portugal depois de, em 2014, ter conquistado o 1.º no distrito de Setúbal e a 8.ª posição a nível nacional.

Desta vez, o estabelecimento vai participar com um prato con-fecionado com arroz e marisco -Arroz à Pescador com Marisco. No concurso anterior a cozinhei-ra do Onda Bar apostou num ar-roz com camarão e garoupa.

Com mais de mil restauran-tes inscritos, de norte a sul do país, o passatempo pretende numa primeira fase encontrar os me-lhores pratos de arroz de cada distrito, que estarão nas meias--finais do Melhor Arroz de Por-tugal 2015. Até 3 de maio pode votar em www.melhorarrozde-portugal.pt.

OS POSTOS de turismo do con-celho de Setúbal receberam mais 10 mil visitantes em 2014 do que em 2013, crescimento verifica-do igualmente nas dormidas, se-tor em que o concelho registou o maior aumento de toda a re-gião de Lisboa.

Entre janeiro e novembro de 2014 os cinco pontos de infor-mação turística receberam 26 719 visitantes, o que dá um aumen-to de 58,7 por cento em relação ao mesmo período do ano ante-rior.

O Moinho de Maré da Mou-risca foi onde se verificou o maior número de atendimentos, com um total de 8 167, e a Casa da Baía ficou em segundo valor, com 6 695 visitantes. Os Paços do Con-celho, com 4 709, o posto junto aos catamarãs para Troia, com 4 191, e Azeitão, com 2 957, com-pletam as estatísticas.

Provas de vinho comentadas, homenagem ao cante alentejano e ao mundo equestre vão reinar.

Cerca de 50 expositores dão a conhecer produtos de qualidade

Recinto onde decorre o certame tem sido qualificado ano após ano

Investidores chineses visitaram futuro território do terminal de contentores do Barreiro COM VISTA a conhecer e de-bater as potencialidades do con-celho, nomeadamente a cons-trução do novo Terminal de Con-tentores de Lisboa, no Barrei-ro, o responsável do Banco In-dustrial e Comercial da China visitou, no passado dia 11, o ter-ritório da Baía do Tejo acom-panhado pelo presidente Car-los Humberto, o vereador Rui Lopo, a presidente do Conse-lho de Administração da Admi-nistração do Porto de Lisboa, Marina Ferreira, e membros do conselho de administração da Baía do Tejo.

A visita destes investidores chineses foi, na opinião do Pre-sidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto, «positiva». Esta foi uma opor-tunidade para «tomarem co-nhecimento das potencialida-des do Porto e dos territórios adjacentes», referiu.

Até ao momento da toma-da de decisão, o presidente do município considera estas «conversas exploratórias im-portantes, pois pelo que nos pareceu este é o maior Banco do mundo».

Garantiu que da parte da Câ-

mara Municipal e de outras en-tidades envolvidas existe «aber-tura para recebermos toda a gente e potenciar o interesse económico na operação logís-tica portuária e industrial de cada uma das entidades inte-ressadas».

De referir que esta é a ter-ceira de um conjunto de visitas realizadas, esta semana, ao ter-ritório da Baía do Tejo. Na se-gunda-feira, o local foi visita-do pelo presidente do conselho de administração do Porto de Santander, José Sieso, e na ter-ça-feira foi a vez da delegação da União Europeia ficar a co-nhecer a zona onde se prevê a construção do novo Terminal de Contentores.

Investidores chineses no terreno

Moinho de Maré da Mourisca Votação decorre até 3 de maio

A apresentação do novo livro do jornalis-ta Pedro Pinto, “Serpa Pinto, o Mistério do Sexto Império”, acontece este sábado, às 21 horas, na biblioteca de Palmela. Haverá ses-são de autógrafos e livros à venda. O seu

primeiro romance, “O Último Bandeiran-te”, também foi apresentado em Palmela. A partir da casa em ruínas de Serpa Pinto, em Cinfães do Douro, o autor guia-nos numa viagem no tempo até ao século XIX.

A Sociedade de Rio Frio associa-se aos “500 Anos do Foral de Alcochete” e promove o Festival de Endurance da Primavera, de 29 a 31 de maio, e a Festa do Cavalo Rio Frio, a 6 de junho. A Herdade apresenta ainda ou-

tros eventos, focados na vertente equestre com a promoção de concursos e iniciati-vas regionais, nacionais e internacionais. Depois da abertura do pólo equestre, é inau-gurada a Academia de Equitação.

Pedro Pinto apresenta novo livro “Serpa Pinto” Rio Frio associa-se aos 500 anos do foral

Galp Energia deu 150 mil euros

Texto António Luís

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A CRIPTA Arqueológica do Cas-telo de Alcácer do Sal recebeu 5 868 visitantes em 2014, mais 1 097 em comparação com 2013. Segundo dados recolhidos pelo serviço de arqueologia do muni-cípio, os turistas nacionais conti-nuam a ser os que mais visitam este espaço museológico, repre-sentando cerca de 85 por cento do número total de visitas. Para além destes, também o número de vi-sitas de turistas estrangeiros au-mentou significativamente. Em 2014, estiveram 876 visitantes es-trangeiros na Cripta, maioritaria-mente vindos do Reino Unido (437) e Espanha (269), sendo os restan-tes provenientes de países como a França, Holanda, Dinamarca e Brasil.

O número de visitantes jovens também aumentou em 2014, num total de 2 114 pessoas com idades até aos 40 anos. Apesar deste cres-cimento, continuam a ser os tu-

ristas com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos de idade que visitam mais vezes a Cripta Arqueológica, com o turismo sé-nior a representar 63% do núme-ro total de visitantes.

Outro fator a destacar é a maior

proximidade da Cripta com os es-tudantes de Alcácer, com os alu-nos do 1.º e 2.º ciclos a realizarem mais visitas guiadas ao espaço mu-seológico e aqui a participarem noutras atividades desenvolvidas neste núcleo.

Grândola ensina pais a proteger os seus filhos

Seixal promove visita a horta urbana

Xutos & Pontapés atuam no Sol da Caparica de Almada

Assembleia Municipal de Alcochete tem novo presidente

NO ÂMBITO das comemorações do Dia Mundial da Agricultura, que se celebra dia 20, tem lugar nesse dia, entre as 10 e as 12.30 horas, uma visita à horta urba-na do Monte Sião, na Torre da Marinha.

Trata-se de um espaço de ges-tão municipal composto por 16 hor-tas sociais, inaugurado em maio de 2014, onde os visitantes podem ob-servar culturas diversas, produtos da época, ferramentas utilizadas, técnicas de cultivo tradicionais e contactar com os hortelãos.

XUTOS & PONTAPÉS, Jorge Palma, Richie Campbell, Regula e o rapper brasileiro Marcelo D2 vão atuar no 2.º Sol da Caparica, que decorre de 13 a 16 de agosto, no jardim da Cos-ta da Caparica.

Os primeiros bilhetes, já estão à venda, mas apenas nas lojas FNAC. O Fã Pack FNAC é uma edição li-mitada, que inclui um passe para os quatro dias do festival, entre ou-tras ofertas exclusivas. Tem o cus-to de 35 euros, o mesmo valor do ano passado.

Na edição deste ano são espera-dos mais de 30 artistas ou bandas, 11 horas de música, três palcos, uma avenida dedicada ao surf e muitas iniciativas ligadas à cultura.

Distinguido com o Prémio Me-lhor Contributo para a Divulgação da Música Portuguesa, a edição es-treia do Sol da Caparica contou com 65 mil pessoas.

A ASSEMBLEIA Municipal elegeu, no dia 9, com 16 votos a favor e 6 em branco, o seu novo presidente, Fer-nando Leiria, na sequência da renún-cia ao cargo de Miguel Boieiro por motivos de saúde.

O presidente e os deputados municipais felicitaram o novo pre-sidente. «É um homem com larga experiência ao nível do movimen-to associativo e tem uma larga ex-periência autárquica», disse o edil Luís Franco.

A COMISSÃO de Proteção de Crianças e Jovens de Grândola, em colaboração com a Associa-ção Quero-te Muito, realiza este sábado, dia 14 de março, a partir das 15h30, na Biblioteca Muni-cipal de Grândola, um workshop denominado “Regras e Limites”, com a participação de Cristina Fonseca, Educadora Parental e Family Coach.

Este workshop é destinado a pais que quebram as suas pró-prias regras e que procuram uma nova abordagem para um dia--a-dia mais feliz e seguro..

Das regras que o seu filho não cumpre às que gostaria de ver cumpridas passando pelas “re-gras para construir regras. A ins-crição, que pode ser feita junto da CPCJG, tem um custo de cin-co euros. A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Grândola .

Moita investe no espaço público do Vale da AmoreiraJÁ TERMINOU o 1.º ciclo do Ro-teiro de Freguesias. O executi-vo, acompanhado pelos eleitos da freguesia, falou com a popu-lação e visitou coletividades, em-presas, o bairro PER e o patri-mónio habitacional do IHRU, tendo assumido o compromis-so de tentar resolver os proble-mas existentes junto do Minis-tério da tutela.

O presidente Rui Garcia, con-firmou a importância dos inves-timentos realizados na fregue-

sia, em várias áreas, na sequên-cia dos programas de reabilita-ção urbana, destacando o Cen-tro de Experimentação Artísti-ca, que «nasceu em prol da de-mocratização das condições de acesso à cultura e do apoio à cria-ção artística».

No que se refere às hortas ur-banas, está previsto para breve o ordenamento destes espaços, onde serão investidos 40 mil euros, per-mitindo que cerca de 90 utilizado-res usufruam destas hortas.

DR

Sines melhora comportamento de alunos nas escolas do 1.º ciclo O MUNICÍPIO, em parceria com o Agrupamento de Escolas, está a desenvolver um projeto de in-tervenção nos comportamen-tos sociais dos alunos nos es-paços exteriores das escolas do 1.º ciclo do concelho, designa-do de SER.

Através de abordagem ino-vadora e participativa, autarquia e agrupamento, estão a envolver alunos, professores, coordena-

dores e assistentes operacionais neste projeto, dando um contri-buto para a modificação das ati-tudes e comportamentos nas can-tinas, intervalos, corredores, en-tradas e saídas dos alunos.

O plano está dividido em três etapas, tendo sido concluída a 1.ª etapa, “Problema”, baseada na vi-sualização de um vídeo, onde fo-ram espelhados comportamen-tos inadequados.

Cresce o interesse dos turistas pela cripta arqueológica de Alcácer

Em 2014, a Cripta foi visitada por 5 868 pessoas, mais 1 097 que em 2013

Boeiro abandona cargo por doença

Montijo acolhe jornadas da informáticaA GALERIA municipal recebe, dia 28, às 9 horas, as V Jornadas de Informática InforAbERTA da Universidade Aberta, uma ini-ciativa desta universidade. O en-contro, organizado pela Secção de Informática, Física e Tecno-logias do Departamento de Ciên-cias e Tecnologia da Universi-dade Aberta, tem como princi-pais destinatários a comunida-de de alunos, docentes, empre-gadores e outras entidades que colaboram nos cursos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos da área de Informá-tica da Universidade Aberta.

A iniciativa funciona como espaço de divulgação dos tra-balhos de projeto de licenciatu-ra, dissertações de mestrado e teses de doutoramento, assim como de experiências inovado-ras a nível das tecnologias in-formáticas.

INICIATIVAS

Maratona da poesia A V Maratona de Poesia de Se-túbal, subordinada ao tema “A poesia de Orpheu”, realiza-se no dia 20, na biblioteca munici-pal. Durante mais de 12 horas, o evento promove atividades para os diferentes escalões etários. A edição arranca às 9h30, com ses-sões para as crianças dos 1.º e 2.º ciclos ouvirem e dizerem poe-sia. À tarde, das 14h30 até às 17 horas, é a vez dos jovens do en-sino secundário. Às 21h30 de-corre uma conferência.

Mês da JuventudeMais de 40 atividades decorrem este mês para celebrar o Mês da Juventude. Uma iniciativa do município de Grândola que con-ta com a colaboração de 20 en-tidades e a envolvência de mais de 50 jovens. O evento está a ser comemorado em todas as fre-guesias através de várias ativi-dades. A programação privile-gia a criatividade, o talento e o trabalho dos jovens artistas da vila, celebra os 20 anos do Es-túdio Jovem, e aposta no futu-ro através de lançamentos.

Movimento grevista visita Seixal

O movimento grevista do ano 1943, resultado do contexto po-lítico-económico que se vivia na época, em particular nos cen-tros fabris, são o mote para a vi-sita temática “Ao longe a guer-ra, aqui as greves”, que decorre este sábado, entre as 15 e 18 ho-ras, nos núcleos urbanos anti-gos de Arrentela, Amora e Sei-xal. A iniciativa está inserida na comemoração dos 70 anos do final da II Guerra Mundial.

Workshop de desenho e pintura

A biblioteca do Barreiro recebe, este sábado,das 14h30 às 17h30, o workshop de desenho e pin-tura “Artistas a Brincar”, subor-dinado ao tema “Há Magia na Primavera”, no âmbito do pro-jeto “Sonhar Acordados”. Os pro-fessores Sofia Jesus, Psicope-dagoga e Arte-Educadora, e Teo-dorico Teixeira Mendes, Artis-ta Plástico e Designer de Comu-nicação, orientam este workshop. As crianças, entre os 6 e os 12 anos, devem levar roupa con-fortável e lanche.

Horta urbana do Monte Sião

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O GRUPO e de teatro Espelho Mágico vai estrear o musical “Fei-ticeira de Oz, outra veZ”, no dia 27, no auditório Charlot, em Se-túbal. Trata-se, segunda a dire-tora Céu Campos, de uma his-tória «fantástica», criada há mais de 100 anos e que, agora, ganha uma nova versão no palco.

Este espetáculo foi incluído na plataforma PPL, que visa «ape-lar à sociedade civil, aos amigos e parceiros do Espelho Mágico para uma participação solidá-ria nesta fase, possibilitando as-

sim a estreia desta produção», revela Céu Campos, que acres-centa que «os donativos, podem ser entregues até ao dia 27, às 18 horas» e que, «a partir de 1 euro, o grupo oferece recompensas fantásticas e a nossa amizade».

Assim, a «pedido de muitas famílias vamos trazer de volta uma peça de teatro com a his-tória para o Espelho Mágico. Um novo elenco, para a mesma equi-pa técnica e artística que ganhou em 2010 a última edição do Tea-tralia do Inatel».

Além da Doroteia, do Espan-talho, do Rapaz de Lata e do Leão, novas personagens vão surpreen-der e encantar toda a família. Tudo começa com a jovem Do-roteia, muito sonhadora, perdi-da num sítio misterioso, no mun-do mágico de Oz, tudo pode acon-tecer. Um sonho tornado reali-dade de florestas encantadas, de espantalhos que falam, de leões medrosos e rapazes de lata sem coração. Uma história extraor-dinária sobre o poder da amiza-de transmitindo valores que de-

vem nortear o nosso dia-a-dia.A partir da peça vencedora

da última edição do Teatra-lia/2000, organizado pela Fun-dação Inatel, o musical é uma adaptação livre de Céu Campos, da obra de Frank Baum “The Wi-zard of OZ”. Tem

Músicas de Tó Carlos, poe-mas de Mário Gomes Silvério e cenografia de Céu Campos.

O musical “Feiticeira de Oz, outra VeZ” vai fazer carreira aos domingos às 10h30, no auditó-rio Charlot.

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

TEMOS CONVITES para oferecer aos nossos leito-res para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politea-ma, em Lisboa, com sucessivas lotações esgotadas.

Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchi-que, José Raposo, Paula Sá e Ricardo Soler são os ca-beças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes, e critica e satiriza os prin-

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na Capricho

CULTURA

Espelho Mágico estreia “Feiticeira de Oz” com algumas surpresas

Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”TEMOS CONVITES para oferecer aos nos-sos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, com sucessivas lotações esgotadas. Mari-na Mota, Maria João Abreu, Joaquim Mon-

chique, José Raposo, Paula Sá e Ricardo So-ler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbran-tes, e critica e satiriza os principais aconte-cimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 969 431 085.

O cineteatro grandolense recebe este sá-bado, às 22 horas, o concerto dos Couple Coffee, dupla formada pela luso brasilei-ra Landa Cozetti, na voz, e o brasileiro Nor-ton Daiello, no baixo elétrico. Neste es-

petáculo os Couple Coffee vão tocar te-mas dos quatro CD’s já editados: “Puro” (2005); “Co’as Tamanquinhas do Zeca” (2007); “Young and Lovely – 50 anos de Bossa Nova, e “Quarto-Grão” (2010).

O VI Festival Encontro de Culturas - Cores, Sons, Sabores e Saberes, que decorre nas escolas do concelho, de 4 a 7 de maio, e na Praça de St.ª Cruz, de 8 a 10 do mesmo mês, já tem ‘Casa-Mãe’. Inaugurada recentemen-

te, na presença do presidente do municí-pio, esta casa acolhe a exposição “Raízes”, composta por objetos de várias associa-ções. Estão representados o Brasil, Moçam-bique, Angola, Moldávia e Guiné-Bissau.

Couple Coffee dão concerto em Grândola Festival do Barreiro ganha ‘casa-mãe’

Convites para comédia musical de Fernando Gomes A ARTEVIVA, companhia de teatro do Barrei-ro, tem em cena a comédia musical “Rosa En-jeitada”, de Fernando Gomes, com encenação de Luís Pacheco, que conta a história dos amo-res e desamores de uma prostituta. É a quarta comédia da autoria de Fernando Gomes que

o ArteViva leva à cena. As interpretações es-tão a cargo de Ana Sofia Samora, Manuela Fé-lix, Sara Santinho, Alexandre Antunes, Bruno Vitoriano, Henrique Gomes, Rui Félix e Vítor Nuno. Em cena às sextas e sábados, às 21h30. Para se habilitar aos convites ligue 969 431 085.

ArteViva mantém em cena comédia delirante com sucessivas lotações

A ARTEVIVA, ecompanhia de tea-tro do Barreiro, estreou dia 6 a comédia musical de Fernando Go-mes, “Rosa Enjeitada”, que vai con-tinuar em cena no teatro muni-cipal, às sextas e sábados, às 21h30.

Jorge Cardoso, o diretor da companhia, realça que após o êxi-to de “Viva o Casamento”, a sua expetativa é a de que «o público aprecie igualmente este espetá-culo». “Rosa Enjeitada” é a quar-ta comédia da autoria de Fernan-do Gomes que o ArteViva leva à cena. «Em 35 anos de atividade,

não se pode dizer que seja exage-rado. Afinal, também foram qua-tro os espetáculos que realizámos com textos de Gil Vicente», relem-bra o diretor.

O responsável pela compa-nhia barreirense confessa que “Rosa Enjeitada” é uma «boa co-média» e que o público, apesar da crise, irá acorrer em «grande nú-

mero», acrescentando que a Ar-teviva «tem quatro encenadores residentes e o público aprecia a diversidade das escolhas da com-panhia. Acaba de sair de cena “As Criadas”, de Jean Janet, e a res-posta foi igualmente positiva».

No bas-fond de um prostíbu-lo, encontros e desencontros, ca-nalhas com namoros e naifas, li-

gas e rosas, música e dança, po-pulam o enredo de “Rosa Enjei-tada”, uma farsa delirante de Fer-nando Gomes.

A Arteviva conta com o apoio financeiro do município do Bar-reiro para a produção de espe-táculos e para a sua escola de tea-tro que mantém em funciona-mento.

Com encenação de Luís Pa-checo, “Rosa Enjeitada”, com bi-lhetes individuais a 5 euros e a 3 euros para grupos de dez pessoas, fará carreira até maio. As inter-pretações estão a cargo de Ana Sofia Samora, Manuela Félix, Sara Santinho, Alexandre Antunes, Bru-no Vitoriano, Henrique Gomes, Rui Félix e Vítor Nuno.

Para os mais jovens, a Arte-Viva estreia dia21, “A Odisseia de Ulisses… Manuel”, de Maria Al-berta Menéres, com adaptação e encenação de Paula Magalhães, com exibição aos sábados, às 16 horas. Os preços dos ingressos são idênticos aos de “Rosa En-jeitada”.

É o quarto trabalho que Fernando Gomes preparou para a companhia do Barreiro

O musical, com encenação de Luís Pacheco, faz carreira até ao mês de maio

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“Rosa Enjeitada”, com muita música e dança, é a quarta comédia de Fernando Gomes para a ArteViva, que vai ficar em cena até maio, para contar a história louca e divertida da prostituta Rosa.

Texto António Luís

Barreirense vence Festival RTP da Canção

A JOVEM barreirense Leonor An-drade, 20 anos, vai representar Portugal no Eurofestival, que de-corre em Áustria. A cantora, que venceu o Festival RTP da Can-ção, com o tema “Há um Mar que nos Separa”, de Miguel Gamei-ro, vai entrar na 2.ª semi-final, a 21 de maio. «É um desafio bri-lhante, estou muito contente».

Leonor, residente em Palme-la, foi uma das participantes do “The Voice”, o que lhe valeu um lugar na novela “Água de Mar”.

Sobre o seu futuro, afirma: «A experiência na novela foi óti-ma. Cresci enquanto pessoa. Mas aquilo que eu quero mesmo é focar-me na música».

Leonor Andradre tem 20 anos

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OS ALEX PAGE, de Almada, reser-varam um lugar na final do 11.º Con-curso de Bandas de Garagem de Setúbal ao vencerem a 1.ª elimina-tória da prova, no passado sába-do, na Capricho Setubalense, com quatro conjuntos em competição.A estreia absoluta em espetáculos ao vivo não podia ter corrido me-lhor à banda, formada por Alexan-dre Matias, Cláudio Pinto e Ricar-do Neves. «Que melhor maneira de começar ao vivo podíamos pedir? Foi uma sensação muito boa», con-fessa o vocalista Alexandre Matias.A banda foi criada em 2013, mas só este ano começou a apostar mais a sério na construção de uma so-noridade inspirada em vários gé-neros musicais. «A nossa música vai beber a vários estilos, do rock ao pop, das novas tendências ao dance. Dizer que so-

mos uma banda alternativa é re-dutor. Somos um projeto que, a par-tir de vários estilos, constrói algo diferente e que acaba por ser algo alternativo», sublinha o músico.Participaram ainda Modern Lights, Hotkin e Caffeinna, banda do Sei-xal classificada em 2.º lugar e que ainda pode almejar um lugar na fi-nal do evento pelo método de re-pescagem.A 2.ª eliminatória realiza-se este sá-bado, às 22 horas, na Capricho Se-tubalense, com entrada livre, em que participam mais quatro grupos.O grupo vencedor do concurso é premiado com uma atuação na Feira de Sant’Iago, bem como com a gravação de um EP e mil euros. Também há prémios para os cin-co primeiros classificados, bem como para a melhor banda do concelho.

Alex Page garantem lugar na final do concurso de bandas de garagem da região

Anjos acústicos Os Anjos, um dos grupos na-cionais mais emblemáticos, que comemoram 16 anos de carreira, dão concerto acústico, num ambiente intimista de maior intera-ção e proximidade com o público. Os irmãos Nelson e Sérgio Rosado, recuperaram os seus êxitos e deram-lhes novos arranjos. Bilhetes a 7,5, 10 e 12,50 €.Teatro Joaquim d’Almeida, Montijo, 21h30.

A ilusão e arte do Mário O mágico Mário Daniel o espetáculo “Fora do Baralho”, em que se misturam a ilusão e a arte cénica. O autor, apresen-tador e ilusionista do “Minutos Mágicos”, da SIC, garante entretenimento para toda a família. Bilhetes: 12 e 14 €. Fórum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

Oquestrada tocam novo CDOs Oquestrada apresentam

“AtlanticBeat mad’in Portugal”, o mais recente álbum da banda

que nasceu em Almada em 2001, e que conta já com centenas de

atuações em alguns dos mel-hores festivais do Mundo e em salas de renome internacional.

Bilhetes: 7,5 a 15 €.Teatro Joaquim Benite,

Almada, 21h30.

Legendary passa por PalmelaThe Legendary Tigerman apre-senta o mais recente CD “True”. Entre o rock’n roll, os blues e uma atitude punk, o artista despe-se de outras peles e mostra-se fiel às suas raízes musicais. The Legend-ary Tigerman é Paulo Furtado, que atingiu a platina pelas vendas de “Femina” e venceu o prémio de Melhor Banda Sonora 2013. Bilhetes: 10 €.Teatro S. João, Palmela, 21h30.

Júlio Resende recorda Amália RodriguesO pianista Júlio Resende interpreta temas célebres da fadista Amália Rodrigues. No concerto, Júlio Resende revisita o reportório da maior fadista portuguesa, num disco emocional, o seu primeiro trabalho discográ-fico a solo. Bilhetes: 4 e 10 €.Auditório António Chaínho, S. Cacém, 22 horas.

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POLÍTICA

Ilda Figueiredo e Maria das Dores Mei-ra participam num debate, este sábado, na biblioteca pública de Setúbal, sobre o tema “Construir a Paz com os valores de abril”, título também da exposição a

inaugurar no mesmo local. A iniciativa tem início às 18 horas. A mostra apre-senta dez cartazes de grande formato so-bre a temática e pode ser vista até 28 des-te mês naquele espaço cultural.

O deputado José Luís Ferreira, de “Os Ver-des”, confrontou esta semana na Assem-bleia da República, o Ministro da Saúde so-bre o atraso na construção do prometido Hospital do Seixal. O PEV lamenta que Pau-

lo Macedo tenha afastado a hipótese de cons-trução daquele hospital por falta de recur-sos humanos, desvirtuando assim uma pro-messa feita há largos anos pelos sucessivos Governos.

Debate e exposição sobre o 25 de abril “Verdes” lamentam atraso no Hospital do Seixal

Jerónimo celebra 94.º aniversário do PCP com almoço-convívio O SECRETÁRIO-GERAL do PCP, Jerónimo de Sou-sa, participa este domin-go, dia 15 de março,, no tra-dicional almoço regional do comemorativo do 94.º aniversário do partido, em Santiago do Cacém.A iniciativa, organizada pela Direção Regional do Alentejo do Partido Comu-nista Português, tem lugar no pavilhão do Parque de Feiras e Exposições, a par-tir das 13 horas.

Neste evento, que conta com a presença de largas centenas de camaradas e amigos de todo o Alente-jo, participarão também diversos dirigentes do par-tido e da JCP, sendo que o líder comunista Jerónimo de Sousa fará o encerra-mento das intervenções políticas por volta das 15 horas. O tradicional almoço, além do convívio e das interven-ções políticas, vai contar

com a animação musical a cargo do Grupo Coral Alentejano da Casa do Povo de Cercal do Alentejo e do Grupo Coral e Instrumen-tal Afluentes do Sado.Os militantes, simpatizan-tes e a população em ge-ral da região que preten-dem participar nesta ini-ciativa do PCP, devem ins-crever-se, rapidamente, junto dos Centros de Tra-balho do PCP ou junto de qualquer ativista.

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«Os movimentos de cidadãos têm assumido uma importância crescente na sociedade»CARLOS SARGEDAS, líder do movimento de cidadãos “Sesimbra Unida” , revelou que estes grupos «têm as-sumido uma importância crescente, como é o caso de Sesimbra, nas últimas au-

tárquicas, devido à descren-ça dos cidadãos nos parti-dos políticos». E lamenta que estes projetos sejam «tratados de forma desigual em relação aos partidos».Para combater a abstenção

em atos eleitorais, tanto a nível local como nacional, é necessário «novos líde-res, novos políticos e no-vas políticas».

«As pessoas estão far-tas de ver os mesmos polí-

ticos, nos mesmos cargos, a fazer as mesmas coisas, ao longo dos anos e, depois, os interesses partidários não se podem impor aos in-teresses das populações», sublinha Carlos Sargedas.

Carlos Sargedas falava durante a Convenção Au-tárquica MSU, que teve lu-gar recentemente em Se-simbra.

A iniciativa dividiu-se em dois painéis de debate, subordinados aos temas “Ci-dadania Activa: como mo-bilizar os cidadãos para mais participação e melhores de-cisões nos Municípios e nas Freguesias” e “Movimentos independentes, requisitos, objetivos, dificuldades, pa-pel na sociedade, perspeti-vas de futuro”.

A Convenção contou, como oradores, com a pre-sença de António Capucho, antigo quadro do PSD e atual líder do Movimento de Ci-dadãos “Sintrenses com Marco Almeida”, bem como Odete Graça, Joel Hasse--Ferreira, Luís Rodrigues e

Argentina Marques.António Capucho des-

tacou a importância da cons-tituição de qualquer movi-mento de cidadãos como as-sociação, com todas as van-tagens inerentes, a nível de organização, financiamen-to e credibilidade, mas, aler-tou para «o risco do seu des-virtuamento por causa dos seus membros mais proe-minentes poderem respon-der afirmativamente ao cha-mamento dos partidos ou de uma excessiva institucio-nalização». Já Argentina Marques, ex--autarca e militante ativa do PSD, salientou a importân-cia de Quinta do Conde como pioneira no surgimento de movimentos independentes no panorama autárquico.

Joel Hasse-Ferreira, ex--autarca do PS em Sesim-bra, opinou que «quem está nas organizações políticas tem de passar a estar mais ocupado com o contato às populações do que com a gestão dos seus conflitos in-ternos», pelo que os movi-

mentos de cidadãos «po-dem ter um papel muito im-portante».

Luís Rodrigues, ex-ve-reador do PSD em Setúbal, defendeu que o espaço de participação de cidadãos nas assembleias municipais deve passar para primeiro pon-to e criticou o facto de as es-truturas partidárias estarem «muito condicionadas» pe-los mais novos, que são, em geral, «pessoas menos inte-ressadas pela política».

Por seu turno, Odete Graça, presidente da Assem-bleia Municipal de Sesim-bra, afirmou que «há mo-delos que podem mobilizar as pessoas e que isso não se esgota nos partidos po-líticos» e que, também, é ne-cessário «responsabilizar as pessoas no exercício dos cargos para que foram elei-tos», concluindo que a ci-dadania «é uma obrigação de todos os cidadãos», dan-do como exemplo os mais de 50 mil dirigentes asso-ciativos que prestam o seu trabalho voluntário.

Carlos Sargedas, do Movimento “Sesimbra Unida”

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A Convenção do “Sesimbra Unida” contou com a presença de ilustres autarcas da região e foi muito participada pelos sesimbrenses

Texto António Luís

O líder do Movimento “Sesimbra Unida”, Carlos Sargedas, quer igualdade de tratamento em relação aos partidos

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Sábado • 14 março 2015 • www.semmaisjornal.com 11

DESPORTO

EDITAL

CARLOS RABAÇAL, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL:

FAZ PUBLICO QUE, no uso de competência delegada pelo Presidente da Câmara, desconhecendo-se o paradeiro do Sr. António Manuel Domingos Marques e nos termos do artº 70º do CPA, procede-se à notificação edital, nos seguintes termos:O Município de Setúbal, vem comunicar a V. Ex.ª a resolução do contrato de arrendamento da habitação social sita na Praceta das Amendoeiras, 1- 1º Esq., em Setúbal, em nome do Sr. António Marques, por não uso do locado e abandono da habitação, contrariando o disposto na cláusula V, nº 4 do contrato de arrendamento, in fine, nos termos do nº 2 alínea a) e d) do artº 1083ºdo Código Civil.O contrato de arrendamento, ficará assim, exclusivamente em nome da Srª Anabela da Silva Ascenso, na qualidade de segunda titular do contrato de arrendamento.Mais se informa que nos termos do art.º 101º do Código do Procedimento Administrativo concede-se um prazo de 10 dias (úteis) para se pronunciar, querendo, ao abrigo da audiência prévia. Findo o prazo e caso não haja uma resposta da parte de Vª Exª, considera-se que nada tem a opor.Para constar se lavrou o presente edital e outros de idêntico teor que vai ser afixado nos lugares públicos do costume e na última morada do mesmo.

O Vereador

(Carlos Alberto Mendonça Rabaçal)

Número: 32/2015

Data: 4-03-2015

EDITAL

CARLOS RABAÇAL, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL:

FAZ PUBLICO QUE, no uso de competência delegada pelo Presidente da Câmara, desconhecendo-se o paradeiro do Sr. Nuno Paulo de Jesus da Silva e nos termos do artº 70º do CPA, procede-se à notificação edital, nos seguintes termos:O Município de Setúbal, vem comunicar a V. Ex.ª a resolução do contrato de arrendamento da habitação social sita na Rua Ema Grill, 53, 2º Dtº, em Setúbal, em nome do Sr. Nuno Silva, por não uso do locado e abandono da habitação, contrariando o disposto na cláusula V, nº 4 do contrato de arrendamento, in fine, nos termos do nº 2 alínea a) e d) do artº 1083ºdo Código Civil.O contrato de arrendamento, ficará assim, exclusivamente em nome da Srª Laura Maria Nunes Ribeiro, na qualidade de segunda titular do contrato de arrendamento.Mais se informa que nos termos do art.º 101º do Código do Procedimento Administrativo concede-se um prazo de 10 dias (úteis) para se pronunciar, querendo, ao abrigo da audiência prévia. Findo o prazo e caso não haja uma resposta da parte de Vª Exª, considera-se que nada tem a opor.Para constar se lavrou o presente edital e outros de idêntico teor que vai ser afixado nos lugares públicos do costume e na última morada do mesmo.

O Vereador

(Carlos Alberto Mendonça Rabaçal)

Número: 31/2015

Data: 2-03-2015

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“Correr com Sentido” é uma corrida inter-cultural que a Fundação Santa Rafaela Ma-ria, em parceria com diversas entidades, realiza este sábado, às 16 horas.A prova tem partida e chegada em frente

ao Grupo Desportivo da Fonte da Prata, em Alhos Vedros, num percurso de 5,5 quiló-metros. A corrida a favor da Intercultura-lidade insere-se no “Integrar com + Senti-do”, financiado pelo Fundo Europeu.

O Grupo Desportivo de Sesimbra orga-niza o 1º. Torneio de Futebol da Páscoa de Sub 15, no dia 4 de abril, no Complexo Desportivo da Maçã, com a participação para além do clube local, das equipas do

C.D. Arrudense e Estrelas de Santo André.O torneio será disputado no sistema de todos contra todos, com prémios de clas-sificação final, melhor marcador e me-lhor guarda-redes.

“Correr com Sentido” na Moita Torneio de Futebol da Páscoa sub 15 na Maçã

Até ao fim a fazer contas

Península brilha no Corta Mato nacional

DEPOIS de uma fase menos má que aconteceu logo após a chega-da de Bruno Ribeiro ao Bonfim, a equipa teima em não se encontrar e os maus resultados têm sido uma constante. As derrotas seguidas com o Benfica, para a Taça da Liga e para o Campeonato, parecem ter feito tremer a equipa que depois da chicotada psicológica mostrou alguma vontade de dar a volta por

cima. Os empates e derrotas amea-lhados contra equipas com os mes-mos objetivos têm feito o Vitória cair na tabela jornada após jorna-da e o espectro da descida volta a ensombrar o Bonfim.

O próximo embate é com o Guimarães, na cidade berço, es-tando os vimaranenses numa po-sição bastante confortável na ta-bela com o dobro dos pontos dos do Bonfim e a lutar por um lugar nas competições europeias do próximo ano.

As contas começam a ser com-plicadas. Até ao final da época a equi-pa de Bruno Ribeiro tem ainda pela frente jogos com o Porto, Sporting e Braga. Pelo caminho há ainda o Marítimo e o Estoril e equipas que lutam, tal como o Vitória, pela ma-nutenção. E a linha d’água está ape-nas a um ponto. Gil Vicente com 19 pontos e Penafiel com 16 são as úni-cas equipas abaixo do Vitória.

A deslocação, este sábado, a Guimarães não vai ser fácil. O Vi-tória ainda não conseguiu ganhar qualquer jogo fora de portas esta época e já vai para um ano que não triunfa em terreno alheio.

No duelo entre Vitórias, nos úl-timos dez anos, no estádio D. Afon-so Henriques, a vantagem é favo-rável aos de Guimarães, tendo o Vi-tória de Setúbal ganho apenas por uma vez, a época passada e por uma confortável margem de quatro a um. Entre os dois clubes, o resultado mais comum tem sido o empate, sempre com golos.

Para o confronto com o Guima-rães, Bruno Ribeiro já deve poder contar com Hélder Cabral e Suk. O defesa esquerdo esteve parado pra-ticamente um mês, por lesão, e o avançado sul coreano já treinou sem limitações esta semana. O jogo é no estádio D. Afonso Henriques, este sábado, a partir das 19 horas.

COM A conquista de cinco me-dalhas e muitos lugares a “chei-rar a pódio” a equipa da Penín-sula de Setúbal deu nas vistas no Corta Mato Nacional do Des-porto Escolar, realizado no Par-que Urbano do Rio Diz, na Guar-da.

David Ferreira, da Escola Se-cundária Alfredo dos Reis Sil-veira, no Seixal, foi o único atle-ta da Península a subir ao lugar mais alto do pódio ao conquis-tar o triunfo no escalão de Ju-venis masculinos.

Os mais novos parecem ter sido os atletas que mais vezes subiram ao pódio. Em infantis B, masculinos e femininos, con-quistaram-se três medalhas, duas de prata e uma de bronze. Ra-quel Aleixo, do Agrupamento de Escolas de Vale Milhaços, e Rui Sousa, do Agrupamento de Es-colas Daniel Sampaio, de Alma-da, conseguiram alcançar o se-gundo lugar no escalão. Já João Silva, do Agrupamento de Esco-las Carlos Gargaté, na Charne-ca da Caparica, foi o terceiro clas-

sificado. A única medalha coletiva foi

conquistada pelos alunos da Es-cola Secundário do Bocage que ficaram em segundo lugar no es-calão de iniciados masculinos com uma equipa co , Miguel Pedro, Jorge Gonçalves e Tiago Corrêa.

Marta David

30 pontos em jogo até terminar a época

A equipa profissional do V. Setúbal, para fugir à despromoção, acredita pontuar no terreno do V. Guimarães já este sábado à tarde

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A dez jornadas do fim do Campeonato, o Vitória de Setúbal volta a pegar na máquina de calcular e a fazer contas para fugir à despromoção que paira cada vez mais sobre os sócios como uma preocupação.

Texto Marta David

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David Ferreira evidenciou-se nos juvenis

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EDUCAÇÃO

Modelação 3D e realidade virtual novos desafios para o Clube

Clube da Robótica e Automatismos no Colégio Campo de Flores

O futuro (in)certo das dinâmicas demográficas – Portugal no mundo

JUNTÁMOS a necessidade de pro-duzir os nossos objetos técnicos com a curiosidade de explorar o mundo da realidade virtual e mo-delação tridimensional. Desta for-ma entrámos num outro concei-to que é o da Fabricação Digital. Sabemos que o design industrial e o desenvolvimento de produtos e equipamentos de engenharia são o motor das indústrias atuais e um dos fatores de competitividade dos países e organizações moder-nas. Quisemos desta forma levar este universo tecnológico aos nos-sos alunos fazendo com que o con-tacto e a experimentação os le-vasse ao saber e ao saber fazer, lema pelo qual o clube se orienta.Com algumas ferramentas de mo-delação assistida por computa-dor e com a aquisição recente de um robô de impressão 3D (impres-sora 3D) conseguimos aliar o de-senvolvimento de produtos de uma forma séria com a parte mais divertida da impressão 3D.

Alguns alunos já modelam e imprimem os seus objetos téc-nicos e lúdicos, como por exem-plo a estrutura dos seus robôs. Estas atividades de modelação

tridimensional e realidade vir-tual incluídas no programa da disciplina de Aplicações Infor-máticas do 12º Ano têm como ob-jetivo explorar as novas tecno-logias de CAD/CAM, promoven-do a aquisição de novas compe-tências e saberes adequados a um público que antecede o En-sino Superior.

Professor José Fernandes (Coordenador do Clube da Ro-bótica no Colégio Campo de Flores)

A ROBÓTICA na educação é um meio para a aprendizagem, com ela potenciamos a criatividade, o raciocínio lógico, a organiza-ção e o trabalho colaborativo. Aprende-se a lidar com os suces-sos e insucessos e a valorizar o trabalho em equipa. O estudo da robótica ajuda-nos a entender os limites da tecnologia e apura-nos a técnica para implementar os projetos.

Iniciámos um percurso que nos permite percorrer os cami-nhos da mecânica, eletrónica, au-tomatismos, informática e pro-gramação. A necessidade de pro-gramar surge na sequência da operação com os automatismos e da utilização da informática. Ini-ciamos com a limguagem visual Scratch (com os alunos do 1ºciclo) eo que nos permite a passagem gradual para a linguagem BitBloq que é utilizada na programação do kit Arduino da BQ “My First Robotics”. Posteriormente entra-mos no mundo das placas Rasp-berry Pi com outra linguagem de-nominada Pyton.

Paralelamente a estas lin-guagens utilizamos a lingua-gem HTML para realizar ensaios nas páginas Web do clube.

A frequência dos alunos no Clube da Robótica é gratuita e muito heterogénea em termos

etários (desde o 1ºciclo ao 12ºano). Este projeto, no âmbi-to das atividades de enriqueci-mento curricular, foi desde o seu início acarinhado pela Di-

reção do colégio pretendendo assim proporcionar o contac-to com as tecnologias numa perspetiva do Saber e Saber Fa-zer pela experimentação.

O nosso colégio não cessa atividades e continua numa

política de envolvimento de docentes, alunos e suas

famílias. Sempre a empreender. Aprendendo com o futuro

NA QUARTA-FEIRA dia 25 do pas-sado mês de fevereiro, a Cátedra do Tempo Presente trouxe ao Colégio Campo de Flores uma das mais pres-tigiadas investigadoras no campo da historiografia social e demográfica da sociedade portuguesa.

A Professora Doutora Teresa Ro-drigues leciona no Departamento de Estudos Políticos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Uni-versidade Nova de Lisboa, onde é coordenadora de cursos de douto-ramento e de mestrado. Trabalhan-do em diversos organismos de pes-quisa social e história política, tem vindo a desenvolver uma intensa ati-vidade de investigação e de publica-ção de estudos científicos. É também Auditora de Defesa Nacional.

Com esta conferência, o Cam-po de Flores pretendeu iluminar uma zona de intervenção social onde se instalou um nevoeiro que nos tem impedido, nos últimos anos, de ter-mos uma ideia clara e bem definida de quem somos, quantos somos e como somos.

Nesta terceira conferência do ano letivo de 2014/2015, tivemos o ense-jo de sermos guiados numa análise prospetiva que ajudou alunos, pais e professores a planear um futuro mais consistente e bem informado.

Numa primeira fase da apresen-tação, a Doutora Teresa Rodrigues deu-nos a conhecer um mundo a di-ferentes velocidades e quais os maio-res desafios globais a nível demo-gráfico num universo tão desigual.

Com previsões até 2050, ficá-mos a saber mais sobre a globaliza-ção do envelhecimento, nomeada-mente que, dos quinze países mais envelhecidos do mundo, só um de-les não é europeu.

A Europa é um continente enve-lhecido, com uma maioria de países com elevadas percentagens de ido-sos e fracas percentagens de jovens. No entanto, as políticas públicas e sociais dos países europeus conti-nuam a não reconhecer este facto.

E Portugal? Onde e como fica-mos nesta fotografia?

Portugal conseguiu nas últimas décadas enormes progressos so-ciais, nomeadamente ganhos a ní-

vel dos cuidados de saúde, que se traduziram em inegável conforto, em especial na terceira idade, e se-gurança, em particular no campo materno-infantil.

Mas a sociedade portuguesa é manifestamente assimétrica. Por-tugal continua sem conseguir a con-vergência dos indicadores de bem--estar.

Por exemplo, ficámos a saber que o surto imigratório da década de noventa foi uma oportunidade perdida, nomeadamente devido ao elevado índice de natalidade que os imigrantes trouxeram.

Sem dúvida, o nosso processo de envelhecimento persistirá e acen-tuar-se-á nos próximos anos, acom-panhado pelo despovoamento de grandes áreas territoriais e pelo au-mento da concentração urbana e da litoralização.

Os baixíssimos índices da nata-lidade portuguesa vieram para fi-car (desde o início da década de oi-tenta) e não se vislumbra, nem a ní-vel estatal, nem a nível da socieda-de como um todo, uma resposta con-sistente que procure inverter esta tendência.

Certo, certo, é que o envelheci-mento nas próximas gerações é ir-reversível.

A desproporção inativos/ativos tenderá a aumentar e, com ela, o peso das reformas. Ao invés, a pressão demográfica no sistema escolar ten-derá a diminuir.

Está em curso uma “revolução grisalha”.

Algumas questões ficaram no ar, perturbadoras.

Que diferença entre esperança de vida e esperança de saúde?Será de admitir uma “guerra de ge-rações” onde os ativos não querem pagar mais, os idosos votam para não perder privilégios e os jovens não aceitarão perder direitos?

O que é ser velho no século XXI?O que são os “novos novos”?Todos os nossos conceitos e va-

lores referentes à demografia e a vas-tíssimos setores da nossa vida te-rão de ser repensados, e já o estão a ser efetivamente, a nível dos agen-tes económicos e políticos.

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Cavaco Silva defendeu a floresta em Pegões

Distrito duplicou oferta de emprego à boleia do terciário

O PRESIDENTE da República ga-rantiu em Pegões que «há trabalho a fazer» no domínio da produção flo-restal «para atenuar a escassez de matéria-prima» no país, pelo que Ca-vaco Silva defendeu a certificação da floresta nacional rumo «à quali-dade e competitividade dos seus pro-dutos», numa altura em que apenas 10% da área detém o estatuto de «ges-tão certificada».

O apelo do PR foi feito quarta--feira, dia que Cavaco Silva dedicou à floresta portuguesa, tendo alerta-do os empresários da região para a necessidade de se mobilizarem em nome das dimensões «ambiental, so-cial e económica da floresta», garan-tindo desta forma «uma maior ren-tabilidade», mas sempre sem perder de vista os requisitos ambientais.

«É esse um dos grandes desafios que temos à nossa frente», sublinhou Cavaco Silva perante produtores e investigadores dedicados à flores-ta, que considerou serem o futuro desta fileira, que depende da inova-ção. Afinal, justificou, será este o ca-minho que irá permitir «encontrar

novos produtos, desenvolver novos processos, novas formas de chegar aos exigentes consumidores dos pro-dutos da floresta».

A jornada florestal, designada por «Floresta com Vida», foi coorgani-zada pela Associação para a Com-petitividade das Indústrias da Filei-ra Florestal com os seus associados, dedicada à inovação na indústria de base florestal e à floresta portugue-

sa que pretende chamar a atenção para o valor ambiental, social e eco-nómico da floresta nacional.

O périplo começou na herdade da Caniceira, uma unidade de pro-dução de pinheiro e eucalipto do gru-po Portucel Soporcel, o maior pro-dutor no país de pinheiro e eucalip-to, numa altura em que, sobretudo, a produção de pinheiro manso ga-nha espaço na franja entre Alcácer

do Sal e Montijo, apesar da campa-nha do pinhão deste ano ter sido mui-to fraca, seguindo a tendência dos últimos três anos.

Nada que surpreenda o presiden-te da Associação de Industriais de Miolo de Pinhão, Hélio Cecílio, um empresário do ramo, que investiu na construção de uma fábrica de trans-formação de pinha em Coruche, mas lamenta «a falta e matéria-prima para

trabalhar», associando a quebra a pi-que ao aparecimento do inseto su-gador designado por Leptoglossus occidentalis. Também conhecido como «bicho do pinheiro», alimen-ta-se de pinhas e, segundo o mesmo dirigente, será o responsável pela di-minuição de peso do fruto.

Ou seja, diz, «em 2010, cada cem quilos de pinhas dava quatro quilos de pinhão e hoje dá um quilo a qui-lo e meio», revela, alertando para a necessidade das autoridades inves-tigarem o inseto, que foi detetado em Portugal em 2010, depois de ter chegado à Europa em 1999, fixan-do-se em Itália. O «bicho» é oriun-do dos Estados Unidos e Canadá.

«Precisamos de saber como é que se mata o inseto, que até morre com facilidade, para que o sector volte a ter rendimentos que permitam aca-bar com os preços insuportáveis. Fo-mentou-se a plantação de milhares de hectares e agora deixa-se que isto aconteça», refere Hélio Cecílio, que em 2010 chegou a vender o quilo de pinhão a 25 euros, enquanto hoje o vende por 43.

Já Pedro Silveira, diretor da União da Floresta Mediterrânica, não so-brevaloriza o ataque das pragas. Re-conhece que têm contribuído para as fracas produções, mas admite ser a conjugação entre problemas fi-siológicos dos pinheiros, sujeitos a ciclos de produção, e as condições climáticas «que provocam estes maus resultados», numa altura em que Portugal é, sobretudo, um país exportador, consumindo apenas 5 a 6% do pinhão que produz.

A OFERTA de emprego no distri-to de Setúbal registou em 2014 o maior aumento dos últimos anos, tendo quase duplicado os valores médios do ano anterior, ao pas-sar de 313 vagas para 609, segun-do revela o Pordata, com base nos dados oficiais recolhidos nos cen-tros de emprego e de formação profissional. O sector terciário re-vela-se o «grande responsável» por esta subida, onde a capital de distrito, por exemplo, cresceu de três para 114 ofertas.

O ano de 2013 já tinha tradu-zido um aumento de emprego na região, face aos anos anteriores, interrompendo um ciclo de que-das sucessivas, mas ainda se re-gistaram muitos alto e baixos en-tre os vários concelhos. Desta vez, apenas Sesimbra e Palmela não acompanharam a tendência distrital. A primeira caiu de 47 ofertas para apenas seis e segun-

da baixou de 58 para 41.Os restantes municípios exibem uma realidade bem mais optimis-ta. Se Setúbal assistiu a um aumen-to de cinco para 136 ofertas, Al-mada viu o número de vagas na suas empresas subir dos 111 de 2013 para 174. Seixal passou de 24 para 79, Montijo de 13 para 70, Barrei-ro de 47 para 78 e até Alcochete de seis para oito. Moita oferecia 15 postos de trabalho.

Por sectores, o primário (onde se inclui a agricultura, pecuária, pescas ou caça) representou uma evolução de quatro para 18 e o secundário (que prevê transfor-mar a matéria-prima extraída ou produzida pelo sector primário em produtos de consumo) subiu de 48 para 95.Mas no sector terciário (onde se inscrevem os serviços em contex-to económico, envolvendo, por exemplo, a comercialização) que

se verificou o maior salto, passan-do de 260 para 496 empregos dis-poníveis. Setúbal exibiu um au-mento de 111 vagas, Almada 58, Sei-xal 41 e Montijo 40.Entre os cinco municípios do Li-toral Alentejano, que surgem inte-grados na Nomenclatura de Uni-dade Territorial (NUT) do Alente-jo, o destaque vai inteiramente para Odemira, que exibe nos «cadernos» uma média anual de 124,5 vagas. O Alentejo Litoral registou um au-mento de 75 ofertas de emprego em 2014, chegando às 380, sendo que no sector primário Odemira chegou às 124 vagas, quando em 2001 se ficava pelas sete. Alcácer do Sal também seguiu a tendência do aumento (de 22 para 43), tal como Sines (77-120), embora Grândola (21-22) e Santiago do Cacém (21-19) tivessem baixado.

Roberto Dores

Deslocação foi coorganizada pela Associação para a Competitividade das Indústrias da Fileira Florestal

Apenas os concelhos de Sesimbra e Palmela não acompanharam tendência distrital em 2014

Cavaco Silva fez um périplo pela floresta da região e defendeu a certificação rumo à «competitividade». Não é por acaso que o distrito é uma das fileiras mais importantes do país.

Texto Roberto Dores

DR

NEGÓCIOS

Forum Montijo ganha nova praça de lazer

A Broadway Malyan concebeu uma nova praça de restauração para o Forum Montijo para maior satisfa-ção e conforto aos clientes.

O novo espaço apresenta ima-gem «cuidada e sóbria», que combi-na «luz e tranquilidade», segundo Sara Santos, diretora do shopping, que acrescenta que se apostou nas zonas de lazer, de Ipads com acesso à internet e Baby Care, com aquece-dor de biberões e aquecimento de refeições.

«Após 12 anos, sentimos que era preciso melhorar a nossa oferta e de reforçaras o conforto para os nos-sos clientes», conclui. A nova praça passa também a ofe-recer sessões de piano ao vivo às sex-tas, sábados e domingos, das 17 às 21 horas.

Desemprego continua a cair na região

Quando Portugal era líder

Os números oficias do Instituto-de Emprego e Formação Profis-sional (IEFP) indicam um abran-damento da crise, tendo a nossa região logrado baixar a taxa de desemprego nos últimos dois anos em mais seis mil pessoas, totali-zando uma recuperação média diária superior aos oito postos de trabalho.

O desemprego registado nos cadernos do IEFP confirma a ten-dência de redução que vem sen-do verificada praticamente des-de o início do ano de 2014, corres-pondendo a um recuo de quase 13% face ao período homólogo de 2013. O maior volume de ofertas de emprego teve origem nas ac-tividades imobiliárias, administra-tivas e de serviços de apoio (15,8%), seguindo-se o comércio por gros-so e a retalho (14,7%), a adminis-tração pública (10,4%) e o aloja-mento e restauração (10%).

Portugal foi líder de mercado mundial de pinhão há 40 anos, quando havia uma série de fábricas concentradas nas cooperativas de produtores, vindo a perder de know-how após o 25 de Abril de 1974. Há vários anos que a Itália ultrapassou Portugal, dominan-do o mercado internacional, sendo o pinhão o principal ingrediente de um célebre molho que acompanha o esparguete.

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OPINIÃO

MUITAS das declarações de “ilus-tres personalidades” que são con-vocadas para prestarem depoimen-tos na Comissão de inquérito da As-sembleia da República ao caso BES, conduzem-nos para o acerto com que os nossos grandes romancistas do seculo XIX caraterizaram então as elites portuguesas.

É útil relê-los. Particularmente Eça, Ramalho ou Camilo.

Sem que lhes trema a voz, a maio-ria dos depoentes chamados à Co-missão de inquérito, totalmente in-sensíveis à repercussão nos bolsos dos portugueses dos efeitos do que ocorreu no BES e na PT, bem como ao crescente empobrecimento de Portugal, dizem nada saber do que ocorreu, esqueceram-se de fatos que nenhuma criança passaria em cla-

ro e atiram culpas para terceiros sem os nomearem.

Tudo ocorreu porque segundo eles tinha de ocorrer! Neste desfile que envolve administradores, ges-tores, fiscais, e todos os que eram se-rem supostos guardiões do templo do património de terceiros, que so-mos todos nós, não tiveram, insi-nuam ou dizem, qualquer respon-sabilidade.

O depoente mais recente, um ges-tor premiado como um dos melho-res dos melhores do mundo, mercê de uma comunicação social total-

mente dependente da engenharia financeira que controlava, no caso Zeiral Bava, foi mesmo inverosímil Será possível?

Infelizmente já tínhamos visto antes este filme com os Oliveira Cos-tas, Dias Loureiros que, como é sa-bido, continuam a circular livremen-te pelo mundo como se nada se ti-vesse passado no BPN.

Naturalmente que ao invocar estes personagens, que se preten-dem lídimos representantes das nossas elites empresariais, não os confundo com os empresários que, conscientes do papel que têm na sociedade, correm riscos de toda a sorte mercê da política de auste-ridade cega e que mata, mas que não é para todos.

Como mais uma vez se viu o pri-meiro ministro Pedro Passos Coe-lho tem o direito de se esquecer de pagar a segurança social e é mesmo louvado por isso por um dos minis-tros de serviço, no caso Pedro Mota

Soares, que não tem seguramente a consciência do papel que lhe é atri-buído e lhe pedem para fazer.

Lesto, este membro do Gover-no veio não só elogiar o primeiro mi-nistro por ter ao fim de vários anos pago o que devia apesar de só o ter feito depois da denuncia da comu-nicação social, como passou a cul-pa do ocorrido para a negligência dos serviços em não o terem notifi-cado a tempo! … Claro … a culpa é mesmo no final dos trabalhadores da Segurança Social.

E no entanto foi este mesmo mi-nistro que despediu da Segurança So-cial várias centenas de trabalhado-res, nomeou dezenas de partidários seus para cargos de responsabilida-de na Função Pública como nunca se vira e, sem qualquer autoridade moral vem pregar, com subserviên-cia que o primeiro ministro a tem.

Por favor – tirem-nos rapida-mente deste filme. O povo português não merece isto.

NO PRÓXIMO, dia 27 de Mar-ço celebra-se o Dia Mundial do Teatro. Todos os anos o Ins-tituto Internacional do Teatro faz divulgar uma mensagem que é lida, a 27 de Março, nos teatros de todo o Mundo an-tes da representação da noite, quando é caso disso. Na CTA, é tradição que se leia a Men-sagem antes do espectáculo, e é também tradição oferecer--se um cravo e um cálice de moscatel. O Dia Mundial do Teatro é ainda uma espécie de Natal para aqueles que traba-lham no teatro, como nós. Pelo menos nesse dia temos a ga-rantia de que os orgãos de co-municação se lembram de que existimos. E de que as salas es-tarão cheias. Convém dizer que nesse dia não se paga.

Este ano teremos em cena dois espectáculos: um na Sala Principal (“Mana solta a gata”, de Adília Lopes, uma encena-ção de António Pires para o Teatro do Bairro) e outro na Sala Experimental (“Nossa Se-nhora da Açoteia”, de Luís Cam-pião, encenação de Luís Vicen-te para a Companhia de Tea-tro do Algarve). E lançamos também no dia 27, às 19h00, o livro que resultou do curso que Luis Miguel Cintra levou a cabo no último Festival de Almada: chama-se “Luis Miguel Cintra: cinco dias de conversa”. Ao longo de 5 tardes o director do Teatro da Cornucópia, home-nageado no ano passado pelo Festival, conversou com estu-dantes e pessoas do público sobre a actividade teatral — so-bre os vários saberes que se acham reunidos para que o tea-tro aconteça.

Na mensagem deste ano,

Tirem-nos deste filme

O Dia Mundial do Teatro

Vítor Ramalho Advogado

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Depois da crise virá o marasmo?O PAÍS político está a cair num caos. A catadupa de incidentes, trafulhi-ces, baralhadas, omissões e amné-sias inusitadas, confundem a nossa serenidade num período em que de-veria ser tudo um pouco mais linear, dada a aproximação de escolhas elei-torais.

A prisão de Sócrates parece não desarmar, com enredos que não abo-nam a favor do nosso estado judi-cial e podem até, em última instân-cia, prejudicar o desfecho de uma eventual culpa provada. Vamos ver o andar da carruagem.

Sucedem-se os casos de cor-rupção, compadrio e influências torpes na administração pública, o que pode levar-nos a duas lei-turas, neste caso opostas: ou es-tamos a investigar melhor; ou os últimos anos foram perniciosos no fartar vilanagem em lugares de topo dos quadros da administra-ção central, do SEF às finanças.

Depois os banqueiros, essa linha-gem azul, dos ‘donos de tudo isto’, que são hoje zombies da nossa cul-tura financeira, capazes de tudo para alimentar ganâncias e encher alguns dos cofres mais reluzentes da nação.

E, finalmente, para não nos ma-çarmos, os esquecimentos do nos-so ‘primeiro’, que agora já passa por um entre iguais, com legitimidade para deixar passar alguns calotes à Segurança social e fugir ao fisco.

É este país que vai a votos para escolher os seus novos figurantes de governo, num momento em que as portadas da nossa (de)união eu-ropeia parecem querer abrir-se um pouco à plebe dos cidadãos. Uma oportunidade para que os países mais curtinhos podiam aproveitar para se agigantarem e fazerem a sua re-volução política entre portas.

Depois da crise, surge o maras-mo. Não há meio de nos deixarem em paz, de modo a podermos op-tar por um futuro com alternativas, porque o flagelo de caminho único é ainda muito contagioso.

EDITORIALRaul Tavares

da autoria do encenador po-laco Krzystof Warlikowski, de-seja-se a todos “os trabalha-dores, tanto àqueles que tra-balham no palco, como àque-les que se sentam na plateia” que possam desfrutar de um “teatro ancorado na verdade” e que busque o “inexplicável”, tal como era vaticinado por Kafka.

Agrada-me o conceito da reunião entre trabalhadores (os da plateia e os do palco) por-que desmistifica qualquer áu-rea transcendente em relação àquilo que eu e os meus cole-gas fazemos ao longo do ano, e que não é mais do que fazer ouvir as inquietações daque-les que (esses sim) se aproxi-maram muito mais do “inex-plicável” do que nós. Estou a falar dos Autores, claro está. Utilizando as palavras de Hei-ner Müller, um Autor que es-treamos aqui em Maio, o nos-so trabalho consiste em “fazer com que falem os mortos”. É um trabalho feito de trabalha-dores para trabalhadores.

No dia 27 de Março cá esta-remos, então, à vossa espera.

Até já.

“ Agrada-me o conceito da reunião entre trabalhadores (do palco e da plateia) porque desmistifica áureas transcendentes ”

O TÍTULO deste texto nada tem de metafórico, nem se reveste de qual-quer intencionalidade poética. Pelo contrário… Tristemente literal, enun-cia apenas a prosaica e crua reali-dade das condições de funciona-mento de muitos dos estabeleci-mentos escolares do nosso país.

A Escola de Música do Conser-vatório Nacional de Lisboa, foi en-cerrada pelos alunos, pais, funcio-nários e professores, na sequência da interdição forçada da utilização de 10 salas, que não ofereciam con-dições mínimas de segurança.

Completando 180 anos em 2015, a última vez que o imóvel teve obras, dignas desse nome, foi nos anos quarenta do século XX, já lá vão sete décadas. Desde então até ago-ra, as intervenções no edifício têm--se limitado a remendar buracos.

Uma vistoria realizada pela Câ-mara de Lisboa em meados de 2014, a pedido da direção do Conserva-tório, alertou para a existência do risco de queda de elementos das fachadas, para o risco de incêndio e para a insalubridade do edifício. Chove nas salas e nos corredores; os tetos falsos vão caindo aos pou-cos; numa das casas de banho, em vez de uma janela, a parede tem um enorme buraco…

O colapso eminente do Con-servatório, sendo possivelmente o mais grave, está longe de ser caso único. A profunda degradação dos estabelecimentos escolares é uma realidade que se multiplica por todo o país. Desde 2011 que o in-vestimento na manutenção dos edifícios escolares está parado. Muitos são os casos de escolas onde os telhados e as coberturas estão degradados; onde há buracos nos pavimentos; fissuras largas e pro-fundas; e infiltrações nas paredes.

Se um vidro se parte, se uma torneira se avaria, se a maçaneta

de uma porta se estraga, não há nas escolas recursos para a repa-ração. A maior parte dos agrupa-mentos tem orçamentos que não são suficientes para as despesas correntes. Nalguns casos, o sim-ples pagamento das despesas de água, energia e telecomunicações estão comprometidos.

No distrito são gritantes os ca-sos da Escola João de Barros, em Corroios, onde os alunos têm au-las em contentores, depois de as obras de requalificação dos edifí-cios terem sido interrompidas há mais de dois anos. Nas mesmas con-dições tem funcionado a Escola se-cundária de Monte da Caparica. Faltam pavilhões para a prática de educação física em diversas esco-las, podendo referir-se, a título de exemplo a Secundária de Palmela e a Francisco Simões, em Almada. Preocupante é também o facto de persistirem os telhados de amian-to em muitos estabelecimentos.

As nossas crianças e jovens, os nossos filhos, merecem e neces-sitam que se assegurem condições seguras e dignas de funcionamen-to das escolas. Sem determinis-mos, importa ter presente que o espaço que nos rodeia nos impõe limitações e nos gera possibilida-des. As políticas educativas têm de acautelar a construção e a re-qualificação dos edifícios escola-res, percebendo que delas depen-dem as condições para o desen-volvimento adequado das situa-ções de aprendizagem. Delas de-pende o sucesso educativo das crianças e jovens de hoje. Delas depende o futuro de Portugal.

Educação em Ruínas

João CouvaneiroProfessor Ensino Superior

EDUCAÇÃO & CIDADANIA

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TURISMO SEMMAIS

MILHÕES, milhões e mais milhões. 46 milhões de dormidas. 16 mi-lhões de hóspedes. 10,4 mil mi-lhões (€) de receitas. 2014 foi o ano do turismo. Foi, aliás, o melhor ano de sempre do turismo.

Tanto foi o ano do turismo que a última BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa, o principal evento tu-rístico do país) foi visitada por nada menos do que o primeiro-minis-tro, o ministro da economia e o ministro-adjunto. Não só não fal-taram ministros como não falta-ram discursos.

Escutei atentamente o discur-so do nosso primeiro-ministro e logo de seguida o discurso do mi-nistro da economia. Pelo conteú-do dos discursos fiquei pessoal-mente convencido de que um tem um hotel (talvez o primeiro-mi-nistro) e o outro uma cadeia de restaurantes. Pela forma como o Governo e os números do turis-mo se colaram (honrosa exceção para a lucidez e a frontalidade do secretário-de-estado do turismo) parece que o Conselho de Minis-tros se transformou num verda-

deiro operador turístico.Curioso e atabalhoado este gé-

nero de discurso quando, na ver-dade, o setor do turismo e os seus resultados são, antes de mais, o reflexo do investimento e do tra-balho. Investimento e trabalho dos hoteleiros, dos agentes de viagens, dos operadores turísticos, das com-panhias aéreas, das empresas de turismo ativo, dos restaurantes.

Os empresários que investi-ram e os trabalhadores que se em-penharam e deram o melhor do seu esforço são as mulheres e os homens por detrás dos sucessos de 2014.

Quando voltar a entrar num hotel olhe para a (o) rececionista. Observe a (o) diretora a fazer con-tactos e a coordenar todo o traba-lho. Tenha atenção aquela senho-ra a carregar uma pilha de toalhas lavadas em direção a um dos pi-sos. São elas e eles os donos dos números do turismo.

Da próxima vez que se sentar na mesa do seu restaurante favo-rito observe quem o serve. Esprei-te a azáfama na cozinha. Imagine a vida dura de quem tantas vezes, entre o abastecimento manhã cedo e a despedida do último cliente, não tem espaço para muita vida própria. Estas pessoas são as do-nas dos números do turismo.

Então o Estado é irrelevante

no turismo? Claro que não! Quan-do a administração pública e as associações do setor promovem, incentivam e financiam mais com-panhias aéreas a voar para Por-tugal estão, naturalmente, a con-tribuir para os bons resultados do turismo. Quando convidam e acompanham jornalistas que es-crevem, para milhares de leitores, sobre as nossas cidades e as nos-sas regiões, estão, também, a con-tribuir para o turismo. Estes são apenas dois exemplos. Ou melhor: dois bons exemplos. Mas não são o turismo.

O turismo são os empresários que investem. E, apenas este ano, abrirão na Região de Lisboa entre 20 e 25 novos hotéis.

O turismo é quem trabalha no setor. Quem sorri. Quem dá um rosto e um nome a um serviço de hospitalidade. Quem dá a cara pelo país e por quem nos visita.

Os trabalhadores do turismo são os verdadeiros responsáveis pelas experiências únicas e pelas memórias inesquecíveis, tantas vezes o essencial do turismo.

Os discursos passam. Trans-formaram-se, até, numa forma de preencher o vazio.

As experiências ficam. Quem nos visita descobre que Portugal vale a pena. Num mundo com tan-tos destinos turísticos Portugal (nada mais do que as mulheres e os homens deste país) descobre o seu lugar. Entre o Atlântico e a Eu-ropa. Continente e ilhas. Um lugar de lugares. Uma identidade feita de rostos e de pessoas.

Rostos e pessoas que são ver-dadeiramente a razão e os prota-gonistas dos excelentes números do turismo em 2014.

Turismo em 2014. Números. Mais números. E os Donos dos Números.

Jorge HumbertoColaborador

SOU o sócio número 665, José Ma-nuel Neves Faustino, assisto todos os dias à vida do clube, resido mesmo em frente ao recinto desportivo, a minha porta é Parque de Estacionamento para o clube, portanto sou um sócio ativo, e foi nessa qualidade que compareci à Assembleia Geral a 27/02/015.

O meu entendimento sobre estas coisas das coletividades, não vai além da participação ativa do cidadão co-mum, que na sua necessidade de ser um Ser eminentemente social, neces-sita de pertencer a algo.E foi imbuído desse sentimento que me apresentei por volta das 21 horas.

Casa cheia! Mais de duzentos ci-dadãos e cidadãs, com roupa domin-gueira para o solene ato que ao que fui sabendo se esperava à mais de dois anos! Feitas as apresentações come-çou a Assembleia, fiquei a saber que as contas não estavam certas, não ha-viam documentos a comprovar as des-pesas e receitas, que havia dívidas a bancos mas não se sabia quais a ins-tituições bancárias em causa, também percebi por douto esclarecimento da S.rª Presidente da Junta, que isso não

fazia mal, pois não eram profissionais que as pessoas ali trabalham muito, e os resultados estavam à vista.

O Sr. Contabilista também infor-mou que estas coisas dos Clubes e Co-letividades não podiam levar as contas muito a sério, senão não sobreviviam, o fisco parece que não deixaria!!!

Houve pessoas (Sócios) que insis-tiam em perceber a dinâmica da Co-letividade, e da sua transparência, mas também haviam pessoas (sócios!!!!) que estavam com pressa pois queriam votar, foi para isso que lá foram!!!.

Havia uma lista (A), mas depois, logo ali, apareceu outra, era a das pes-soas que já estavam na Direção atual, como tinham muito trabalho não ti-nham tido tempo de apresentar antes, e foi ali que tudo aconteceu em menos de cinco minutos, a S.rª Presidente Jun-ta ficou muito feliz, e ganhou as elei-ções para mais dois anos de muito tra-balho e muita Democracia.

Gosto muito do CCDBA e passei a gostar também muito da S.rª Presiden-te, que nos deixa trabalhar à vontade.

José Faustino (Azeitão)

É SEMPRE bom relembrar que o Dia 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, é assinalado para recor-dar as desigualdades entre mulhe-res e homens mas também a luta e as conquistas das mulheres e dos ho-mens que acompanham esta causa, pelos direitos humanos para todos.

Não nos esqueçamos que num passado não muito distante, em Por-tugal, as mulheres precisavam de au-torização dos maridos ou dos pais para viajar, ou para ter o seu próprio negócio e o direito ao voto, em mui-tos casos, estava-lhes vedado. Esta realidade absurda afetou muitas mu-lheres portuguesas e só foi possível erradica-la com o 25 de Abril de 1974. Mas há aspetos que ainda hoje são sentidos na nossa sociedade como desigualdades inaceitáveis.

As mulheres ganham em média menos 18% que os homens, a taxa de desemprego é mais elevada, a pobre-za atinge mais as mulheres do que os homens, na violência doméstica são as principais vítimas. No mercado de trabalho as mulheres portuguesas são das que mais trabalham na eu-ropa a tempo inteiro, contudo, a par-tilha de responsabilidades no seio da família está desnivelada, são as mu-lheres que continuam a ter a princi-pal tarefa de cuidar e de assumir as tarefas domésticas. Enquanto as mu-lheres forem sobrecarregadas na vida familiar e a partilha não for simétri-ca, a igualdade de oportunidades fi-cará sempre comprometida.

É bom realçar que a desigualda-de pressupõe dois lados e os homens também sofrem discriminações , no que diz respeito ao seu papel na fa-mília e ao acompanhamento dos fi-

lhos e filhas. Uma Sociedade só é jus-ta se homens e mulheres caminha-rem no mesmo sentido, se houver igualdade de circunstâncias e não existir divisão sexual do trabalho. Precisamos de uma sociedade em que verdadeiramente homens e mu-lheres tenham igualdade enquanto produtores de riqueza e enquanto reprodutores e cuidadores.

A realidade que vivemos, leva a que, apesar das mulheres terem mais sucesso académico, esse sucesso não se reproduz na progressão das car-reiras. Vários estudos demonstram que quando as mulheres ocupam cargos de chefia, há um resultado positivo efetivo na produtividade, na eficácia e na eficiência, mas ape-sar desses estudos, muitos deles le-vados a cabo por grandes consulto-ras internacionais como a Mckin-sey, os estereótipos e os preconcei-tos continuam a predominar.

O PS sempre defendeu e promo-veu políticas de igualdade de géne-ro. Hoje na “Agenda para a década”, documento estratégico do Secretá-rio-geral do PS, António Costa, a igual-dade e a não discriminação estão pre-sentes e honram o histórico do PS, com medidas efetivas, sempre na di-mensão dos direitos humanos, para uma sociedade mais Justa, coesa e igualitária, em áreas como o merca-do de trabalho, a violência domés-tica ou a educação para a igualdade.Que a luta pelos direitos humanos seja uma luta de todos os tempos.

Eleições para Corpos Gerentes do CCDBA

Dia internacional das mulheres

Ana Isabel SantosPres. Mulheres Socialistas

A PRAIA estendia-se diante os seus olhos: a visão lenta e ar-rastada de cada um dos grãos de areia encontrava-se com a borbulhante espuma láctea que alcançava o mar azul, verde, se-reno. O céu alastrava-se para além de tudo, suportando os raios de sol amarelos e fracos que deixavam no ar um leve sa-bor a primavera. Atrás, a serra verde observava, paciente, toda aquela melodia visual, libertan-do os seus aromas – rosmani-nho, pinho, alfazema – que se fundiam com perfume da ma-resia.

E os seus olhos cor de amên-doa absorviam todo aquele es-plendor, o seu nariz inspirava toda aquela exultação balsâmi-ca, os cabelos escuros esvoa-çavam ao som da brisa maríti-ma, os seus dedos percorriam

distraidamente alguns grãos de areia e os lábios, de um verme-lho esbatido, sorriram duran-te uns lacónicos segundos. Ves-tia umas calças de ganga azuis escuras e uma camisola larga e quente, bege. Um cachecol cas-tanho, umas botas práticas e a viola. Dedilhava melodias ba-ralhadas nas cordas soltas por-que a outra mão estava ocupa-da, apreciando a areia, enquan-to vislumbrava todo aquele es-plendor.

Filha de fazendeiros, vivia numa quinta, algures na serra – criavam porcos, vacas, gali-nhas, coelhos, cultivavam os ve-getais mais suculentos e robus-tos das redondezas, produziam licores singulares com aromas fragrantes e colhiam os seus próprios frutos, que brotavam das imensas árvores plantadas

no vasto terreno. No entanto, antes de viver numa quinta, na serra, Francisca vivia num ex-plosivo desejo de evasão: não gostava de viver longe da cida-de, dos amigos, das lojas, do ba-rulho citadino, das luzes treme-luzentes dos automóveis e dos candeeiros de rua. É claro que valorizava os odores frescos da serra e as paisagens exóticas, aliás, aquele depósito de arbus-tos, flores e animais eram o seu refúgio, mas desejava mais al-guma coisa, ansiava conhecer o mundo, ambicionava estudar e descobrir tudo o que há de científico para saber.

As Intrínsecas Questões do Ser (Parte I)

Margarida NietoEstudante

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

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A FECHAR

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Falsos perfis de mulheres usados para chantagear homens do distritoAS AUTORIDADES do distrito têm recebido várias queixas de homens que estão a ser alvo de chantagem depois de terem sido vítimas de um novo esquema através da Internet, segundo confirmou fonte policial ao Semmais. As já «dezenas de de-núncias» chegaram à PSP, GNR e PJ com as autoridades a alertarem as vítimas de que nunca deverão ceder à chantagem, recusando-se a pagar o que lhes é exigido, cor-tando também o diálogo com o ameaçador. «Se pagarem uma vez, os autores deste esquema nunca mais os largam», avisa.

O caso é conhecido ao nível na-cional. O isco tem sido a criação de falsos perfis com fotografias de mu-lheres atraentes, que começam por pedir amizade no Facebook. Depois convidam os homens a continuar a conversação com videochamada, através do Skype, até que, a dada al-tura, convencem as vítimas a tira-rem a roupa.

Do outro lado alguém está a gravar as poses comprometedo-ras, sendo que depois as imagens que causam grande constrangi-mento social, vão servir para ex-

torquir dinheiro, sob a ameaça da sua divulgação na rede de con-tactos da vítima no Facebook. «As pessoas chegam mesmo a ver o vídeo que foi feito e toda a sua lis-ta de amigos com quem os auto-res da burla ameaçam partilhar as imagens», sublinha a mesma fonte, revelando que no caso do distrito de Setúbal a maioria dos homens que apresentaram quei-xa têm entre os 40 e 60 anos.

A primeira denuncia até é re-cente – início do ano – mas nas

últimas semanas as queixas au-mentaram significativamente, le-vando as autoridades a admiti-rem estar em curso «uma massi-va forma de extorsão cometida pela Internet, junto de utilizado-res das redes sociais», segundo tem apurado a investigação.

Ainda de acordo com a infor-mação oficial da PJ, as pessoas que montam o esquema estão «apa-rentemente sedeadas no estran-geiro», utilizando o tradutor do Google com comunicar com as ví-

timas, a quem exigem que trans-firam «valores elevados» para pes-soas fora de Portugal. «As exigên-cias de transferência de dinheiro vão sendo mantidas, mesmo nas situações em que as vitimas cede-ram à chantagem, acabando por serem divulgadas as imagens nas redes sociais, sob o pretexto de que a pessoa ali visível é um pedófilo que, daquela forma, assediou crian-ças», descreve a PJ.

Roberto Dores

Denúncias já chegaram às autoridades

DR

Todos os cuidados são poucos

Recorde-se que recentemente a GNR promoveu uma campanha para uso correto da Internet, dirigida a alunos do ensino básico e secundário, mas que também visou mobilizar os próprios pais, trazendo ainda a debate aos malefícios da pirataria para a economia portuguesa. O capitão da GNR Ri-cardo Silva alertou os alunos que sempre que detetem alguma anormali-dade «deverão comunicar às autoridades», para que se proceda à investi-gação. Entre os conselhos prioritários está a «fuga» aos sites sexualmen-te explícitos e violentos”, mas também é preciso cautelas nos jogos online. Há risco de vício e alguns são próximos de jogos a dinheiro. Os jovens fo-ram ainda aconselhados a saírem de casa e a procurarem conviver com os amigos. Longe do mundo online.

IEFP de Setúbal dá diplomasVICTOR GIL, delegado regional de Lisboa e Vale do Tejo do IEFP, dei-xou uma mensagem de otimismo e felicitação aos 24 formandos que ter-minou a formação de “Chaparia Ae-ronáutica”, com um total de 300 ho-ras, no IEFP de Setúbal.

«Estes jovens que aqui forma-mos estão a ter emprego nas empre-sas de Setúbal nesta área», sublinhou, elogiando as «boas instalações» do IEFP de Setúbal e a área da aeronáu-tica que está em crescimento «na re-gião e no País».

Paul Mirad, diretor da Mecachro-me, em Setúbal, que elogiou as ins-talações e a ação de formação, reve-lou que a empresa, que já deu traba-lho a alguns formandos, tenciona em breve recrutar mais jovens.

Armando Gomes, diretor da Lauak, outra empresa da aeronáu-tica de Setúbal, referiu que «sem es-tes cursos não poderiamos estar em Portugal», porque «não temos a vo-cação de formar de raiz».