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REGIÃO A organização do Su- per Bock Super Rock apresen- ta melhorias no campismo e no recinto. E promete um fes- tival de arromba. Câmaras do distrito ‘obrigadas’ a recorrer a dinheiros da Troika ACTUAL Centenas de pesso- as participaram, quarta-feira, num protesto contra a falta de médicos e serviços de saúde. ACTUAL O pescado na lota de Sesimbra aumentou com menos pescadores no activo. A tutela gostou da dinâmica. www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares Sábado | 2.Junho 2012 semanário - edição n.º 717 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. Pub. Pub. Anti-stress Paulo Gonzo apresenta-se na Santiagro 12 Caderno CVRPS e CCAM premeiam melhores vinhos Centrais Abertura Ostras do Sado voltam a dar cartas 2 POLÍTICA Ma- nuel Malheiros, o último governa- dor civil do distri- to, é candidato à li- derança dos socia- listas de Alcácer. A reaparição de Ma- lheiros na políti- ca partidária não deixou de ser uma surpresa. ACTUAL Os tribu- nais de Alcácer do Sal e de Sines vão mesmo ser extin- tos. A decisão já foi confirmada pela tutela. Pedro Pare- des e Manuel Coe- lho prometem luta. PÁG. 10 PÁG. 4 PÁG. 10 PÁG. 5 PÁG. 11 PÁG. 8 Ex-governador corre por Alcácer Litoral vê confirmado fim de dois tribunais Super Bock do Meco sem pó Governo gaba pesca ‘pexita’ Manif exige mais médicos em Grândola ospitais da região devem 144 milhões de euros ACTUAL Os quatro hospitais públicos da região acumularam uma dívida significativa às as- sociadas da APIFARMA. O Sem- mais apurou que o valor em cau- sa vai a caminho dos 150 milhões e os prazos médios de pagamen- to ultrapassam os 730 dias. PÁG. 5 Indústria farmacêutica desespera

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Semmais 2 Junho 2012

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Page 1: Semmais 2 Junho 2012

REGIÃO A organização do Su-per Bock Super Rock apresen-ta melhorias no campismo e no recinto. E promete um fes-tival de arromba.

Câmaras do distrito ‘obrigadas’ a recorrer a dinheiros da Troika

ACTUAL Centenas de pesso-as participaram, quarta-feira, num protesto contra a falta de médicos e serviços de saúde.

ACTUAL O pescado na lota de Sesimbra aumentou com menos pescadores no activo. A tutela gostou da dinâmica.

www.semmaisjornal.comDirector: Raul TavaresSábado | 2.Junho 2012 semanário - edição n.º 717 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Pub.

Pub

.

Pub.

Anti-stressPaulo Gonzoapresenta-sena Santiagro

12

CadernoCVRPS e CCAMpremeiam melhores vinhos

Centrais

AberturaOstras do Sado voltam a dar cartas

2

POLÍTICA Ma-nuel Malheiros, o último governa-dor civil do distri-to, é candidato à li-derança dos socia-

listas de Alcácer. A reaparição de Ma-lheiros na políti-ca partidária não deixou de ser uma surpresa.

ACTUAL Os tribu-nais de Alcácer do Sal e de Sines vão mesmo ser extin-tos. A decisão já foi

confirmada pela tutela. Pedro Pare-des e Manuel Coe-lho prometem luta.

PÁG. 10

PÁG. 4 PÁG. 10

PÁG. 5

PÁG. 11

PÁG. 8

Ex-governador corre por Alcácer

Litoral vê confirmado fim de dois tribunais

Super Bock do Meco sem pó

Governo gabapesca ‘pexita’

Manif exige mais médicos em Grândola

ospitaisda região devem144 milhõesde eurosACTUAL Os quatro hospitais públicos da região acumularam uma dívida significativa às as-sociadas da APIFARMA. O Sem-

mais apurou que o valor em cau-sa vai a caminho dos 150 milhões e os prazos médios de pagamen-to ultrapassam os 730 dias.

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Indústria farmacêutica desespera

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2 S á bado | 2 . Ju n . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Abertura

O plano que pretende recu-perar a célebre ostra do rio Sado já está a dar resultados

no terreno, segundo avança o Insti-tuto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). «Ainda não podemos aferir qual a quanti-dade de toneladas de ostras, mas as monitorizações permitem-nos garantir que a melhoria da quali-dade da água no estuário propor-cionou um aumento destes bivalves», revelou ao Semmais Rui Costa, do ICNB, ressalvando que ainda há caminho a percorrer até serem recuperados os bancos de ostras que em tempos deram trabalho a centenas de pessoas.

O projecto consiste no repo-voamento dos principais bancos deste apreciado bivalve, na espe-rança de que algum dia a abun-dância se aproxime ao abastado cenário que caracterizou a década de 60.

«Ainda não dará para uma acti-vidade económica de grande rele-vância», ressalva Rui Costa, apon-tando o exemplo da exportação, que iria exigir «quantidades bastante elevadas», o que ainda não é proporcionado pelos bancos do estuário. Contudo, insiste, «a tendência é bastante boa, embora ainda não saibamos quanto anos vamos ter que trabalhar nisto por forma a favorecer a economia.»

Redução de poluição é o grande trunfo

De facto, os últimos anos têm confirmado uma recuperação dos bancos naturais de ostras, o que os biólogos não hesitam em asso-ciar a uma redução da poluição no estuário do Sado. Ou seja, a qualidade das águas representa para esta actividade uma impor-tância fundamental, tal como «o papel que as entidades adminis-trantes deverão desempenhar neste capítulo. A transposição para zonas mais limpas dentro e fora do estu-

ário, para unidades de piscicultura ou mesmo para a zona de «offshore», são apontadas como soluções para a melhoria da quali-dade do produto final.»

As frequentes monitorizações aos bancos naturais vêm confir-mando que as ostras juvenis são abundantes, apresentando «um bom aspecto visual, com uma casca pouco deformada». Ainda assim, nos espécimes adultos observa-se o espessamento da casca, «consequência óbvia da poluição química, bem como um aumento significativo da mortalidade», segundo assinala o documento do ICNB a que o Semmais teve acesso.

Quando retirados espécimes destes bancos e colocados em locais com boa qualidade de água, o cres-cimento faz-se já sem o espessa-mento da casca e a ostra apresenta um óptimo factor de condição, existindo então condições para a sua comercialização.

Ostras ganham segunda vida no SadoO repovoamento deste tipo de bivalves do estuário sadino está a dar resultados. A qualidade da água melhorou. Mas estamos ainda longe da recuperação dos antigos bancos ostraícolas que deram trabalho a centenas de pessoas.

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

Os primeiros ensaios foram feitos em 2002 e revelaram resultados muito positivos. Em apenas oito meses as ostras angulatas (assim se designam) de aquicultura, banhadas pelo estuário do Sado atingiram o tamanho comercial. Em França este processo demora dois anos. Melhor ainda: a casca era fina e um miolo bem mais avantajado que as congé-neres do meio natural, ali a poucos metros.

Quer isto dizer, que a experiência realizada pela bióloga Fernanda Pessoa, da Universidade Nova de Lisboa, garantia a viabilidade de exploração de ostriculturas no rio Sado, abrindo um nicho de negócio que poderá vir a pôr termo à deca-dência da ostra, iniciada na década de 60 como consequência da poluição industrial. Já na década de 80, os poucos exemplares que iam surgindo apresentavam uma casca

muito grossa, enquanto o miolo era minúsculo, traduzindo as reacções produzidas pela defesa do orga-nismo da ostra à agressão do meio externo, que motivou o desinteresse comercial.

Isto depois dos anos dourados, entre 60 e 70, em que o mercado externo reconhecia as ostras portu-guesas, sendo ainda hoje recordadas pelos franceses como «Les Portugaises». Porém, os produtores nacionais

assumem que terão dificuldades em retomar o negócio, justificando que em Portugal não existem seguros nesta actividade contra as intempéries, não existem preços reduzidos para a energia (electricidade ou gasóleo) e, de uma forma geral, não têm quaisquer apoios à sua actividade.

Os produtores também não conseguiram, até ao momento, cons-tituir organizações associativas que lhes permitissem ganhos de escala

e a criação de estruturas comerciais, não tendo qualquer hipótese de competir no mercado global contra empresas estrangeiras, muito bem organizadas e com fortíssimos apoios de toda a estrutura do estado (seguros com garantias financeiras, inovação promovida por unidades de investigação, baixos preços da energia, constituição de organiza-ções de produtores, apoios à expor-tação).

«Les Portugaises» regressam em grande força mas falta associativismo empresarial

O projecto consiste no

repovoamento dos principais bancos deste apreciado bivalve, na esperança de que algum dia a abundância se aproxime ao abastado cenário que caracterizou a década de 60”

Sem

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3S á bado | 2 . Ju n . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

As parcerias público/ privadas, que hoje levantam grande celeuma, foram atingidas por uma catadupa de abusos e peregrinas intenções de interesse, que as marcaram definitivamente como um dos maiores ‘cancros’ financeiros do país.

O modelo não é muito plausível na maioria dos países europeus, sendo que apenas sete dos parceiros – onde se inclui Portugal – as invocam como trunfo para o desenvolvimento das obras públicas.

A questão não está no modelo, mas sim na sua exagerada e faustosa aplicação, que acabou por ser uma regra e não o seu contrário.

Vejamos o exemplo das SCUT’s pelo lado de um estudo recente: A construção das sete SCUT’s implementadas no nosso país, comparadas com a adjudicação directa da obra pelo Estado, valeram mais 80% de custo. Mesmo atendendo a eventuais derrapagens financeiras destes ajustes directos, calculados à volta dos 32 %, as diferenças de perdas para o Estado são gigantescas.

Acresce que o Estado paga chorudas compensações devido à falta de tráfego e por largas gerações.

E que dizer dos terrenos ‘confiscados’ pelo Estado em nome do interesse público, em razão de que os utilizadores não pagariam portagens?

Na soma das partes, o que fica claro é um benefício escandaloso para os privados e uma sonegação de direitos dos antigos proprietários e do próprio Estado.

É este tipo de contratos leoninos que está em causa.

Na fase em que estamos a viver, com a queda abrupta de direitos adquiridos, não há muito a conversar. É acabar de vez com este tipo de negociatas e levar a sério o inalienável interesse público.

O exemplo das SCUT’s

Editorial // Raul Tavares

Sendo a informação que se trans-creve (conservando rigorosamente erros ortográficos de nenhum

acordo vigente) património que a dita-dura e a PIDE nos legaram, à nossa mercê nos arquivos da especialidade, a delícia pode estar em tentar desco-brir se “D.MARIA” era uma mulher ou antes homem. Será também natural que algum leitor reaja: “Isto das Secretas já cansa!”, cabendo a este fim-de-semana elucidar-nos, em particular pela via da comunicação social, se sim ou não é matéria perene – à data.

Tem uma lição, contudo: o inter-nacionalismo da resistência anti-fascista unia-nos a Madrid e a toda parte, mas dois parágrafos antes já o comando da troika andava por cá.

«INFORMAÇÃO “D. MARIA” EM 17 de Janeiro de 1941

Cuidado com um rapaz que está no escritorio do Avenida Palace. Dá por 3 nomes: FRANCISCO RAMOS COSTA, AYRES COSTA e outros.

Por escrito é impossível contar tudo, mas posso dizer que a colega dele LAURA sabe e está ao par de muita coisa. É contra a Situação e já lhe tem visto papeis compro-

metedores, tudo comunista.Ele é que se meteu com um policia

que foi aí vigiar Mme LE JEUNE, quarto nº 121. Coitado do policia, adormeceu e o COSTA andou fugido com ela 2 dias.

Fala constantemente com o CAMPOS LIMA (filho), com um Dr. BIBERFELD, na Rua de Artilharia Um nº 22-2º Esq. e com um Dr. AMZALAC e a senhora do quarto 121.

Tem conversas constantes com estrangeiros contra a Situação e ficou radiante com a “sena da facada” e até disse que parece impossivel que fosse preciso vir a Portugal a policia alemã organizar a nossa. Diz que tem na Policia grandes amigos etc.

Faz-se muito insinuante, tanto assim, que caí das nuvens quando soube isto, nada tenho contra ele senão muita amabilidade, mas acho dever contar isto.

Este homem está em comunicação com muita gente sobre o mesmo assunto e falam-lhe muitas vezes de Madrid e de toda a parte e que espera no momento oportuno tomar parte num movimento e tomar conta do Hotel».

*Militante do PCP

Novos desafios… ValdemarSantos*

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O Partido Socialista depois de ter arrumado a casa a nível nacional encontra-se, atual-

mente, em processo de mobilização interna para escolher os seus diri-gentes, tanto distritais como conce-lhios. Este é, por isso, um momento de reflexão e de assumir as opções que irão condicionar a ação polí-tica dos próximos dois anos.

Acabado de fazer trinta e nove anos de existência no atual formato, mas tendo raízes no século XIX, o PS tem sido um alicerce fundamental do nosso sistema democrático e uma escola de cidadania para todos os que optaram por entregar parte da sua liberdade ao projeto comum de defender as causas do socialismo democrático e/ ou da social-democracia, conforme o léxico que mais se adequa à visão de cada um dos seus militantes.

No distrito de Setúbal, por limite de mandato, o atual Presidente da Federação Distrital, pessoa de créditos firmados e de impoluta intervenção cívica, não irá continuar a dirigir esta barca de complexa marinhagem, de mar truculento e de fortes ventos. Há, por isso, que fazer opções e esco-lher entre os que com coragem e abnegação decidiram candidatar-se ao lugar de timoneiro.

O debate que inicialmente é interno mas que, pela importância do Partido Socialista, assume um significado externo indiscutível obriga-nos a ter uma visão mais abrangente da proble-mática atual e dos caminhos que queremos trilhar. O PS tem tido, ao longo dos últimos anos, uma posição clara de abertura à sociedade, dos grandes temas que marcam a matriz de desenvolvimento que queremos partilhar para que o nosso País e a nossa região caminhem de forma solidária e sustentada num futuro que todos auguramos para as novas gerações.

Vítor Ramalho foi um exemplo desse trabalho, que permitiu evoluir para uma nova cultura de intervenção, em que a cidadania assume um papel crucial na criação de políticas que, inte-grando a matriz ideológica do PS, fossem sumativas das aspirações das populações do nosso Distrito, colo-cando a nossa região na senda das prio-ridades do desenvolvimento do nosso País. Agora encontramo-nos confron-tados com dois putativos candidatos à Federação Distrital, Eduardo Cabrita e Madalena Alves Pereira. Não estando em causa o empenho sério de cada um na atividade política e na atividade do PS, importa refletir onde se encontra a necessária diferença para decidirmos.

Permitam-me que, após mais de três décadas de atividade política, os quais esmagadoramente realizados no Distrito de Setúbal, esboce algumas linhas sobre este desafio em que nos encontramos envolvidos e para o qual teremos de encontrar resposta. A primeira das preocupações que me surge, é o facto de ver alguns militantes fazerem uma clara colagem entre a

decisão para a Distrital e a decisão para as Concelhias. Não me parece que a situação seja assertiva, partindo do princípio que não podemos abdicar, de que todos os militantes são iguais, centrando-se as opções no grau de confiança individual do projeto poli-tico e da forma como o aplicar, essa será a diferença com que olhamos para as respetivas candidaturas.

Reportando-me às duas candi-daturas parece-me fundamental salientar o contributo que o Eduardo Cabrita tem dado ao projeto do PS e o empenhamento que ao longo dos anos se tem traduzido numa clara aposta na região de que faz parte. O contributo que sempre teve na polí-tica autárquica, assumindo as mais diversas responsabilidades, o diálogo que sempre manteve com os mili-tantes e as estruturas do Distrito e o profundo conhecimento que tem dos respetivos dossiers, fazem dele o candidato que, no momento difícil em que nos encontramos, será uma mais-valia para as propostas polí-ticas dos socialistas no Distrito.

Acredito que a sua experiência, o seu conhecimento e o reconhecimento que os nossos concidadãos dele têm, serão determinantes para ajudar o PS a manter um papel de charneira no quadro distrital, e dar a confiança às estruturas concelhias para projetar o nosso reforço autárquico.

E o nosso reforço autárquico parece-me o desafio mais importante que temos pela frente. O PS tem autarcas que são modelos pelo desem-penho com que têm dirigido os seus concelhos, mas precisamos de alargar a nossa prestação, precisamos de contribuir para que o caminho da mudança possa também surgir nas nossas comunidades concelhias. É, por isso, que acredito que as opções devem resultar da análise que fazemos para cada um dos cargos a eleger, de forma autónoma e para que com toda a liberdade, que tanto nos caracte-riza, façamos as opções que nos parecem mais adequadas.

Há, assim, que fazer das escolhas momentos de decisão individual que se adaptem ao que achamos mais adequado às nossas propostas polí-ticas. É, por isso, que considero que, no caso distrital, quem tem melhores condi-ções para levar de vencida esta batalha é o Eduardo Cabrita e a nível do Concelho de Setúbal, de que faço parte, entendo que o Luís Gonelha é o candi-dato que está em melhores condições para ajudar o PS a projetar um modelo de desenvolvimento para o concelho de Setúbal que ponha fim ao marasmo em que a cidade está mergulhada.

Só com um PS reforçado, coeso e unido na sua diversidade e pluralidade é que podemos vencer os desafios que se nos colocam e garantir que Portugal levará de vencida esta batalha que está a minar a Europa e o mundo.

*Militante do PS

A encruzilhada em que se encontra o nosso país, quer no aspecto económico e de perspectivas

de futuro, quer ainda no plano mais subjectivo da moral e da ética, onde, principalmente, os actores políticos continuam a dar exemplos dos mais vergonhosos, deixa-nos impotentes perante os tempos que se aproximam. Com indicadores sociais a caírem (ou a subirem, como o desemprego) a valores de quase 3º Mundo, as perspectivas para os jovens (e menos jovens) é a de um futuro bastante negro. Muito mais que 100.000 jovens licenciados sem ocupação, cerca de 850.000 desempre-gados, mais de 200.000, além daqueles, que nem sequer procuram emprego, vencidos que estão pela vida, vivendo com a vergonha da mais completa exclusão, o desespero de quem cai no desemprego ou na doença e deixa de poder pagar a casa onde tem o seu tecto, o retrato de um país em que mais de 338.000 pessoas, em 2011, tiveram que recorrer ao Banco Alimentar contra a Fome.

No entanto, no país do faz de conta, dos bastidores, das secretas, das lojas maçónicas, dos sucateiros e outros que tais pavoneiam-se impantes por um país que forma-taram e lhes serve às mil maravilhas.

E temos o ministro Miguel Relvas a conviver alegremente com espiões que violam as leis do Estado e a ameaçar jornalistas que lhe são incómodas. E temos o autarca “modelo” e ex-ministro Isaltino Morais, corrupto provado, a poder pagar aos melhores advogados com o dinheiro que depositou na Suíça e a ver prescrever o processo por corrupção e a continuar solto mesmo acusado de fraude. E temos o beato Duarte Lima (que há 20 anos era um

dos mais poderosos políticos do país) a bolsar uma pequena parte da verdade, o suficiente para deixar a tremer alguns políticos e banqueiros, sempre prontos a frases grandiloquentes sobre Portugal, mas também lestos a furar a Lei e a deixar para trás a honra e a ética (se a tiveram alguma vez…).

Esta é uma das faces de Portugal: rasteira, insinuante, bem apresen-tável, sem escrúpulos, resguardada.

Mas temos o outro Portugal: soli-dário, aberto, franco, em que o ser conta mais do que o ter. E é aqui que trabalham, vivem, sofrem mulheres como a extraordinária Isabel Jonet, agora eleita presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, que tem sido um exemplo de perse-verança, solidariedade, trabalho, entrega a uma causa que é de todos. Mas também temos em Portugal os jovens cientistas que, de há una anos a esta parte, estão a levantar o nome do país neste ramo do saber, reco-lhendo prémios e honrarias do estrangeiro, agora com a ajuda pres-timosa da Fundação Champalimaud. Mas também de empresários cons-cientes, como João Gama Leão, da Empresa PREBUILD, que emprega cerca de 2.000 pessoas e que decidiu financiar os estudos superiores dos filhos dos seus empregados.

São, efectivamente, dois Portu-gais distintos. O dos esquemas, dos compadrios, dos fora-da-lei. E o dos que querem um país solidário, desen-volvido, justo.

Qual deste país vamos deixar aos nossos filhos e netos? Está nas nossas maõs.

*Colaborador

Delíciadas Secretas

Que país vamos deixar aos nossos filhos ?

Mário

Cristóvão*

AntónioMarquês*

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4 S á bado | 2 . Ju n . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Actual

Pub.

AVISO Nº 66

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador do Planeamento da Câmara Municipal de Grândola, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 77º do Decreto – Lei nº 380/99, de 22 de setembro com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 46/2009 de 20 de fevereiro e pelo Decreto-Lei nº 181/2009 de 07 de agosto que por deliberação de Câmara de 2012/05/12, irá proceder-se à abertura de um período de discussão pública, relativa ao Plano de Pormenor do Canal Caveira. --------------------Os cidadãos interessados dispõem do prazo de 22 dias seguidos, a contar do 5º dia a seguir à data da publicação do presente Aviso no Diário da República, para apresentarem quaisquer reclamações, obser-vações ou sugestões, que entendam dever ser consideradas. -------------------

O respetivo processo poderá ser consultado no sítio eletrónico do Município (http://www.cm-gran-dola.pt) ou nas instalações da Divisão de Planeamento da Câmara Municipal de Grândola, todos os dias úteis entre as 9 e as 16h. --------------------------------------------------------------------------

No âmbito da discussão pública serão consideradas e apreciadas todas as reclamações, observa-ções ou sugestões apresentadas, dirigidas ao Senhor Presidente da Câmara Municipal, por escrito, em que conste a identificação, o endereço dos seus autores, a qualidade em que se apresentam, e que especificamente se relacionem com a proposta do Plano de Pormenor do Canal Caveira, sempre que necessário acompanhadas por planta de localização, remetidas por correio, entregues na Divisão de Planeamento ou remetidos através do endereço eletrónico [email protected]. ------------------------Para constar e para os demais efeitos se publica o presente Aviso na 2ª série do Diário da República, e outros de igual teor vão ser afixados nos locais de costume e divulgados através do sítio eletrónico do Município de Grândola e da comunicação social. -------------------------------

Grândola, Paços do Concelho, aos 10 do mês de maio de 2012. ------------------------------------------

O Vereador do PlaneamentoAníbal Cordeiro

AVISO Nº 68

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador do Planeamento da Câmara Municipal de Grândola, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 77º do Decreto – Lei nº 380/99, de 22 de setembro com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 46/2009 de 20 de fevereiro e pelo Decreto-Lei nº 181/2009 de 07 de agosto que por deliberação de Câmara de 2012/05/12, irá proceder-se à abertura de um período de discussão pública, relativa ao Plano de Urbanização de Santa Margarida da Serra.---

Os cidadãos interessados dispõem do prazo de 22 dias seguidos, a contar do 5º dia a seguir à data da publicação do presente Aviso no Diário da República, para apresentarem quaisquer reclamações, observações ou sugestões, que entendam dever ser consideradas. -------------------

O respetivo processo poderá ser consultado no sítio eletrónico do Município (http://www.cm-gran-dola.pt) ou nas instalações da Divisão de Planeamento da Câmara Municipal de Grândola, todos os dias úteis entre as 9 e as 16h. --------------------------------------------------------------------------

No âmbito da discussão pública serão consideradas e apreciadas todas as reclamações, observa-ções ou sugestões apresentadas, dirigidas ao Senhor Presidente da Câmara Municipal, por escrito, em que conste a identificação, o endereço dos seus autores, a qualidade em que se apresentam, e que especificamente se relacionem com a proposta do Plano de Urbanização de Santa Margarida da Serra, sempre que necessário acompanhadas por planta de localização, remetidas por correio, entregues na Divisão de Planeamento ou remetidos através do endereço eletrónico [email protected]. -----------

Para constar e para os demais efeitos se publica o presente Aviso na 2ª série do Diário da Repú-blica, e outros de igual teor vão ser afixados nos locais de costume e divulgados através do sítio eletró-nico do Município de Grândola e da comunicação social. -------------------------------

Grândola, Paços do Concelho, aos 10 do mês de maio de 2012. ------------------------------------------

O Vereador do PlaneamentoAníbal Cordeiro

O Secretário de Estado do Mar reafirmou esta semana em Sesimbra

a intenção de o Governo rever o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA). Manuel Pinto de Abreu garantiu que o dossiê está em cima da mesa do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, que continua «a querer garantir a preservação ambiental da zona e a manutenção de recursos, no quadro da máxima racio-nalização possível».

As palavras do membro do Governo caíram bem a Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, que espera há muito pela revisão daquele instrumento de orde-namento do território. Em declarações ao Semmais, o autarca revelou que houve uma redução de cerca de 40 por cento das embarcações na zona nos últimos anos, tendo em conta que a maioria dos pesca-dores se foi reformando aos 55 anos. «Havia medidas exces-sivas, mas há que ter em conta que esta redução no número de embarcações é superior à do regulamento, permitindo assim um novo olhar sobre a pesca no Parque Marinho Luíz Saldanha», sublinha.

Porém, o edil reconhece que, do ponto de vista ambiental, a existência de um menor número de embarca-ções actualmente «é interes-sante para a preservação dos

recursos do parque», embora reitere a importância da manutenção da actividade piscatória no local. «É preciso antes uma nova abordagem sobre esta matéria que pode passar, a título de exemplo, pela resolução do problema da passagem da licença dos pescadores a outros», diz.

Peixe descarregado em lotaaumentou 10 por cento

Augusto Pólvora revelou também que o peixe descar-regado em lota em Sesimbra

aumentou 10 por cento nos últimos anos, para os 22 milhões de euros. O número

parece não reflectir a redução brusca do número de pesca-dores registados, que actu-

almente mal chega aos 600, longe dos 3 mil de alguns anos atrás. «Isto é mérito também dos nossos pescadores que conseguiram organizar toda a fileira, desde a captura até à distribuição, assegurando assim preços muito interes-santes», acrescenta.

Perante este cenário, o Secretário de Estado do Mar afirmou que Sesimbra «é o melhor exemplo daquilo que o sector pode representar para o país», sublinhando o facto de a vila «ter uma eficiência notável e uma determinação em fazer mais e melhor».

Bruno Cardoso

Membro do Governo visitou Docapesca da vila ‘piscosa’ no Dia do Pescador

Secretário de Estado diz que Sesimbra é exemplo nas pescasManuel Pinto de Abreu reafirmou que a revisão do POPNA não está esquecida. A garantia animou Augusto Pólvora, que destaca aumento do peixe descarregado em lota nos últimos anos. O maior problema é a continuada falta de pescadores.

A Artesanal Pesca espera que o projecto de ampliação das actuais instalações arranque no próximo mês de Julho. Em declarações ao Semmais, Manuel José, di rector da empresa, revela que o projecto está orçado em cerca de 3 milhões de euros, dos quais 1,2 milhões são fundos comunitá-rios. A Artesanal Pesca, que inau-gurou recentemente uma nova linha de produção, pretende fabricar, congelar e armazenar o produto no local. Além do peixe-espada preto e do polvo, a empresa aposta alto agora nos filetes de sardinha e cavala.

Investimento de 3 milhões avança em Julho

Carlos Gouveia Lopes, presidente do conselho de Administração dos Portos de Setúbal e de Sesimbra, sublinhou o interesse em avançar com a construção da quarta ponte-cais em Sesimbra. O projecto está dependente da inscrição de verbas do PIDDAC em 2013

e de uma candidatura que está a ser desenvolvida junto do PROMAR de modo a conseguir a libertação de verbas. O investimento vai permitir melhorar a opera-cionalidade, aumentar o espaço de acostagem e proteger as embarcações das intempéries.

Ponte-cais n.º 4 à espera de financiamento

FUNDO Eficiência Ener-gética é o nome do programa inserido na Rede Corredor Azul, a cargo da Câmara de Sines e a executar pelo Sines Tecnopolo, para ajudar inqui-linos ou proprietários de habi-tações e edifícios no concelho.

Apresentado oficialmente, esta semana, o programa conta com vários especialistas na área da eficiência energética de edifícios, equipamentos e hábitos de consumo, incluindo investigadores da Escola Supe-rior de Tecnologia do Insti-tuto Politécnico de Setúbal.

O objectivo é a elaboração de um estudo de eficiência energética a partir de uma amostra representativa do tecido habitacional do concelho, de forma a avaliar e melhorar os hábitos de consumo energético da popu-lação, difundir as boas práticas energéticas e fomentar uma cultura de sustentabilidade.

Os beneficiários deste programa são inquilinos ou proprietários de habitações e edifícios no concelho. Com este estudo pretende-se saber como é que as habitações de Sines empregam o forneci-mento de energia, como é que consomem esta energia nos seus processos, qual o impacto nos custos finais, qual o perfil do consumidor e quais as melhorias possíveis a aplicar para reduzir o consumo de energia e os seus custos.

O Fundo Eficiência Ener-gética tem como entidade promotora o município de Sines e entidade executante o Sines Tecnopolo.

Eficiência energética em Sinesmobilizaestudiosos

Augusto Pólvora e o secretário de Estado, Manuel Pinto de Abreu

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CENTENAS de grando-lenses saíram quarta-feira à rua, numa posição de força em defesa da reabertura do centro de saúde em horário completo.

Numa manifestação enca-beçada pelo presidente da Câmara, por representantes da Assembleia Municipal e pelos presidentes das cinco juntas de freguesia, a que se juntaram representantes da Misericórdia, associações de utentes de saúde e centenas de populares, o concelho mostrou a sua «indignação» pela falta de qualidade dos serviços de saúde.

«Ter um centro de saúde que abre um bocadinho de manhã e um bocadinho ao fim da tarde, quando devia funcionar 24 horas, e que trabalha com seis médicos quando devia ter pelo menos 12 para servir uma população de cerca de 12 mil utentes não é opção», assegura ao Semmais o edil socialista de Grândola.

Revoltado com a crescente degradação dos serviços de

saúde numa região «em franco crescimento, e onde a popu-lação triplica na época alta», Carlos Beato garante que não vai parar os protestos, tanto mais que «além de recusar à população um dos seus direitos fundamentais» a falta de serviços de saúde afecta a imagem do destino turístico.

De resto, os autarcas e a população estão mesmo dispostos a ir até às «últimas consequências» e, se for preciso, «interrompe-se o trânsito no IC1» para mostrar ao Governo que «deve

cumprir, de imediato, as promessas que fez».

Beato não entende o desinvestimento na saúde, numa região que atrai inves-timentos de milhões e denuncia a «crescente degra-dação da qualidade dos serviços de saúde» prestados no Centro de Saúde de Grân-dola, sublinhando os esforços que o município, as diversas entidades e a população têm feito «para procurar resolver os problemas pela via do diálogo».

Indignado com a situação,

o edil grandolense afirma, mesmo, que a falta de palavra «descredibiliza a política e os políticos». A ausência de resposta do Ministério da Saúde a uma carta enviada no ano passado deixa os gran-dolenses revoltados, tanto mais que «quando estavam na oposição, os dois partidos que suportam o Governo fizeram aprovar uma moção em que pressionavam o Ministério da Saúde» do então governo socialista «a reabrir o centro de saúde em horário completo», denuncia.

DECORREM desde ontem, no Hospital do Litoral Alentejano (HLA) as terceiras Jornadas de Enfermagem, este ano sob o lema Acres-centando Valor aos Cuidados de Saúde no HLA, integradas nas comemorações do 8.º aniversário do hospital.

O encontro, que junta enfermeiros, alunos de enfer-magem, outros alunos e outros profissionais da área da saúde, decorre no auditório do HLA em Santiago do Cacém,

Segundo a Comissão Organizadora, numa fase «importantíssima» do contexto actual, de redução de meios e custos na saúde.

«Os cuidados de enfer-magem não podem conti-nuar a ser vistos como meros custos, que têm que se controlar e reduzir; e porque a visão redutora dos cuidados de enfermagem tem que ser combatida e alte-rada, pois o corpo de enfer-magem constitui não só uma mais-valia, mas também um

investimento no contexto das organizações de saúde aos vários níveis de inter-venção, cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados», dizem os enfermeiros da região.

As III Jornadas de Enfer-magem pretendem, ainda, promover a imagem do HLA na comunidade, assim como dar visibilidade aos cuidados de enfermagem, desenvolver competências na área da formação, promover a parti-cipação intra e inter serviços na mudança organizacional e promover o benchmarking institucional.

OS QUATRO hospitais públicos da região devem quase 144 milhões de euros às empresas farmacêuticas associadas da APIFARMA (Associação Portuguesa da

Indústria Farmacêutica) e demoram em média 734 dias a pagar as suas dívidas. Os números foram avançados em exclusivo ao Semmais pela associação e surgem na sequência da denúncia de pressões dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sobre empresas farma-cêuticas, exigindo perdões significativos da dívida em atraso.

De acordo com os dados da APIFARMA, o Garcia de Orta, em Almada é a unidade que mais deve às empresas farmacêuticas, quase 58 milhões de euros, dos quais cerca de 49 milhões corres-pondem a dívida a mais de 90 dias. Ainda assim, o hospital é aquele que demora menos tempo a pagar às farmacêuticas, com uma média de 645 dias.

No sentido inverso está o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), que engloba o Hospital de São Bernardo e o Hospital do Outão. O CHS

demora em média 818 dias a pagar às empresas farma-cêuticas e acumula uma dívida que já está próxima dos 50 milhões de euros. Contactado, o CHS diz apenas que está a «elaborar o respectivo plano de paga-mento», embora preveja, «a breve prazo, reduzir signi-ficativamente o prazo médio de pagamento a fornece-dores», no seguimento da Lei n.º20/2012, de 14 de Maio, a qual inscreve a dotação necessária para o programa de regularização de dívidas a fornecedores do SNS.

HLA acusa subfinanciamento crónico

O problema das dívidas afecta também o Hospital

do Litoral Alentejano (HLA). A presidente do conselho de administração, Adelaide Belo, refere que na sua origem está o subfinancia-mento do hospital, uma vez que o orçamento deste foi calculado até 2010 tendo em conta o Hospital Conde do Bracial, que «não tinha a dimensão e as valências» do actual. Desde esse ano, 90% do orçamento é obtido

através de contrato-programa com a Adminis-tração Regional de Saúde do Alentejo.

Adelaide Belo esclarece também que as dívidas de produtos farmacêuticos e reagentes são de 13,5 milhões de euros e que o prazo médio de pagamento global do HLA é de 614 dias, segundo despacho do gabinete do Ministro das Finanças e Administração Pública. Por sua vez, a APIFARMA revela que o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, cuja admi-nistração não respondeu às questões colocadas pelo Semmais, tem uma dívida

global de quase 29 milhões de euros e que o prazo médio de pagamento é de 719 dias. Também o Garcia de Orta não teceu comentários sobre este assunto até ao fecho da edição.

A APIFARMA não revela se os hospitais da região pressionaram al -guma vez as empresas farmacêuticas associadas, mas acrescenta, em comu-nicado, que «o pagamento da dívida deve obedecer a princípios de transpa-rência negocial e antigui-dade das facturas».

Bruno Cardoso

Garcia de Orta lidera na dívida e Setúbal nos prazos

Hospitais da regiãodevem 144 milhões às empresas farmacêuticas APIFARMA revela que os quatro hospitais públicos da região têm uma média de pagamentos de 734 dias, mas não esclarece se as unidades já pressionaram alguma vez as empresas associadas. Hospitais são parcos em palavras.

Hospital Número de Dias*Garcia d’Orta 645

Centro Hospitalar de Setúbal EPE 818Centro Hospitalar Barreiro

Montijo EPE719

Litoral Alentejano EPE 755

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Enfermeirosem reflexãono Alentejo Litoral

Vila de Grândola unida contra falta de serviços de saúde ameaça cortar IC1

Manifestação juntou centenas de pessoas que mostraram grande revolta com a situação

Profissionais debatem sector

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O Club Naval Setubalense está de parabéns. No passado dia 26 foi servido o jantar do 92.º aniver-sário, no restaurante localizado dentro das instalações do clube. Quatro emblemas dourados e dois de prata foram entregues a sócios que completaram, respectiva-mente 50 e 25 anos de filiação.

Além desses emblemas, também foram distinguidos e entregues placas de mérito desportivo a atletas das diversas secções do Clube Naval Setubalense pelos resultados desportivos alcançados

em representação do clube, nome-adamente Afonso Costa e David Silva, do Remo; Ana Arsénio e João Rosa, do Hóquei em Patins; Helena Murta e Miguel Martins, da Vela; a própria secção de Patinagem Artística também foi distinguida pelo trabalho que tem vindo a desenvolver, assim bem com a equipa técnica da secção de natação pelo trabalho desempenhado.

Seguiu-se a entrega de uma pequena oferenda do clube entregue pelas mãos do seu presi-dente Hugo O´Neill, aos represen-

tantes das diversas entidades que foram convidadas e compare-ceram, nomeadamente o muni-cípio sadino, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a Associação de Patinagem de Setúbal e a Federação Portuguesa de Remo.

Compareceram no evento 74 pessoas, funcionários, elementos da direcção, atletas, convidados e representantes de entidades convidadas, assim bem como um vasto leque de sócios que quiseram comparecer e presenciar o evento.

Club Naval Setubalense distingue sócios e atletasna passagem do 92.º aniversário

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A PRAIA da Saúde vai reabrir ao público em breve, mas apenas como espaço de lazer. Os banhos ficam, para já, desaconselhados, por alegadas «questões técnicas», mas Setúbal passa a ter aqui a primeira praia urbana. A mesma que na década de 60 ficou vedada após a construção de vários esta-leiros navais e consequente ocupação do areal pelas embar-cações. Após vários anos de impasse, dão-se os últimos reto-ques, numa zona com capacidade para cerca de mil pessoas.

«Em lugar de irmos para as filas de trânsito da Figueirinha ou pagar um dinheirão para atravessar de barco para Tróia, trago os miúdos para aqui e vimos a pé», garante Paulo Carrilho, que já aproveitou os últimos dias de sol para ir com a família à praia da Saúde, refe-rindo apenas que o areal «só precisa de uma limpeza e isto fica um brinco», diz, numa opinião corro-borada por Marta Augusto, que reside a cem metros da praia.

«Parece mentira, mas hoje tenho uma praia à porta de casa. Quer maior privilégio?», questiona, admi-tindo que «talvez as coisas ainda não estejam em pleno e tenhamos que ter alguns cuidados, mas este ano vamos vir cá muitas vezes, de certeza.» Aliás, mesmo nos tempos em que tinha os estaleiros, a praia era frequentada por muitos banhistas.

Obra de lazerpara a população

«Durante muitos anos se ouviu dizer que isto iria ser uma zona de lazer. De facto, agora está aqui uma obra que deve ser bem aprovei-tada pela população», sublinhava Isidro George, enquanto se prepa-rava para introduzir a canoa na água. «Isto era uma coisa que dantes não se podia fazer e agora temos óptimas condições para o remo», justificou.

O vereador André Martins

anuncia que o município vai colocar placas a avisar que a zona não deve ser usada para banhos, admitindo os técnicos da edilidade que existem «alguns riscos» para os banhistas, depois da zona ter sido utilizada para a manutenção de navios durante mais de meio século. Existe mesmo

um pontão de ferro e betão que reco-menda prudência antes do parecer a Capitania do Porto de Setúbal, sendo que poderá haver resquícios das embarcações e dos estaleiros que foram desmantelados.

Roberto Dores

Praia da Saúde com procura mas sem banhos

A requalificação da Praia da Saúde inscreve-se entre os projectos aprovados em sede do Quadro de Referência Estratégico Nacional, com um montante global de 8,3 milhões de euros, onde surge ainda a remodelação das esplanadas na Avenida Luísa Todi, com a respectiva renovação do mobiliário urbano, bem como a conclusão da Casa da Baía, que alberga espaços dedicados a produtos identificativos da cultura setubalense, como o Moscatel, Queijo de Azeitão e doçaria. A recuperação da célebre «praça de Setúbal» (Mercado do Livra-mento) é outro dos pontos altos da intervenção.

Metamorfose à beira do Sado

ALMADA e Setúbal são dos concelhos do país que arrecadaram mais distinções de praias de ouro, atribuídas pela associação Quercus.

Na lista da associação, que a nível nacional distingue 290 praias de ouro em todo o país, o concelho de Almada surge em segundo lugar com 15 praias premiadas, e Grân-dola em 6º com 10 praias a quem os ambientalistas atribuíram o galardão qualidade de ouro.

Para a Associação Na cio nal de Conservação da Natureza atribuir a qualidade de ouro, as praias têm que obedecer a três critérios: quali-dade da água boa nas três épocas balneares entre os anos de 2007 e 2009, qualidade da água excelente nas duas últimas épocas balneares de 2010 e 2011 e ter um desem-penho excelente em todas as análises realizadas na época balnear de 2011.

‘Ouro sobre azul’numa costa de excelência

A distinção surge menos de um mês depois de o distrito ter arre-cadado 27 bandeiras azuis de quali-dade, atribuídas pela Associação Bandeira Azul da Europa.

A atestar a excelência da maioria das zonas balneares desde a margem sul do Tejo à margem sul do Sado, passando pelas praias oceânicas e pelas marinas e portos, está o facto de, este ano, a lista de bandeiras azuis atribuídas ter subido relativamente ao ano passado.

A bandeira azul é atribuída a zonas balneareas que cumpram critérios de qualidade na água, e nos areais, excelência nos apoios de praia e acessos garantidos, bem como informação aos utentes e programas de sensibilização ambiental.

Distrito ganha 25 praiasde ouro

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O GOVERNO pondera encerrar em breve o tribunal de Alcácer do Sal e o Juízo Misto do Trabalho e de Família e Menores de Sines. A extinção dos dois tribu-nais faz parte de um lote mais amplo de 57 tribunais a extin-guir em todo o país, dado a conhecer esta semana pela tutela através do Quadro de Referência para a Reforma da Organização Judiciária. O documento deixou o Litoral Alentejano em polvo-rosa, principalmente Alcácer do Sal, que tem a primeira acção pública de protesto já agendada para o próximo dia 11.

Em declarações ao Semmais, o presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal acusa o Governo de estar a empurrar «o muni-cípio para o extremo» e de propor algo «feito nos gabi-netes de Lisboa e de joelhos, que não está em consonância com a realidade». «Depois de várias audiências pedidas ao Secretário de Estado dos Transportes, devido ao facto de o InterCidades não passar mais por Alcácer do Sal, não vamos andar a correr agora atrás da Ministra da Justiça, para que reveja este

assunto», sustenta. Pedro Paredes não descarta a possi-bilidade de a autarquia reagir para os tribunais, tendo «em conta a situação desespe-rante de quem vive no inte-rior» e pelo facto de esta proposta assentar «em pres-supostos falaciosos e por consubstanciar mais um duro golpe na estratégia de desenvolvimento do concelho».

No documento que está no centro da polémica, a tutela escuda-se «nos redu-

zidos valores ao nível do movimento processual» e na evolução demográfica de Alcácer, cuja população resi-dente diminuiu 9,15% na última década.

Fim de tribunal de Sines era aguardado

Já a extinção do Juízo Misto de Trabalho e de Família e Menores de Sines, integrado na Comarca do Alentejo Litoral, deverá ter gerado menos surpresa do que a extinção do tribunal alcacerense, até porque este cenário já constava na proposta de novo mapa judi-ciário do país. Na altura, o

presidente da Câmara Muni-cipal de Sines, Manuel Coelho, estava frontalmente contra o encerramento e acusava a medida proposta por Paula Teixeira da Cruz de ser «desastrosa e irra-cional, feita com o objectivo de o país poupar mais em tesouraria».

A população de Sines terá assim de se deslocar ao Tribunal da Família e Menores de Santiago do Cacém ou quase 150 quiló-metros até Setúbal para resolver conflitos de trabalho. O autarca recorda que Sines tem o maior pólo portuário do país, bem como uma grande quantidade de

empresas e de trabalhadores a laborar, uma confluência de factores que, acrescenta, tem engrossado o número de processos no Tribunal do Trabalho da cidade.

De acordo com os dados

da tutela, a Comarca de Alcácer do Sal tinha uma média de 621 processos entrados entre 2008 e 2010. Em Sines, o volume proces-sual foi em média de 142 processos.

Ministério da Justiça justifica encerramento em Alcácer e Sines com «baixo movimento processual»

Litoral Alentejano em guerra contra fecho de tribunaisProposta da tutela avança com extinção de tribunal de Alcácer do Sal e confirma pior cenário possível em Sines. Autarcas prometem endurecer luta e acusam o Governo «de não dialogar».

Apesar de a reforma não afectar directamente o município de Santiago do Cacém, o presidente da câmara municipal, Vítor Proença, considera «inacei-tável» a proposta da tutela e revela ter endereçado uma carta à Ministra da Justiça, à qual não teve

resposta. Na missiva, o autarca afirmava estar preocupado com o «esva-ziamento de funções do tribunal de Santiago do Cacém», que podia obrigar a população a percorrer distâncias de até 150 quiló-metros para chegar à cidade de Setúbal.

Santiago também está preocupado

:::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::

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Com estes encerramentos muitos utentes vão ser obrigados a deslocar-se até à cidade de Setúbal

OS PRODUTORES de Palmela obtiveram três medalhas de ouro e seis de prata no XI Concurso Inter-nacional do Vinho “La Sele-zione del Sindaco”, que decorreu entre 25 e 27 de Maio, na cidade italiana de Lamezia Terme.

O total de nove medalhas fez de Palmela o município português mais medalhado no certame. Por sua vez, Portugal foi o segundo país participante com maior número de medalhas, com 40 vinhos distinguidos, prove-nientes de 18 municípios.

A Adega Cooperativa de

Palmela, a Casa Ermelinda Freitas Vinhos, Lda, a Xavier Santana Sucessores, Lda e a Sivipa, Sociedade Vinícola de Palmela, SA foram os produ-tores do concelho premiados na edição 2012 deste certame internacional, promovido pela Cittá del Vino – Associação de Cidades do Vinho Italianas e pela Rede Europeia das Cidades do Vinho, que contou, também, com o apoio da Asso-ciação dos Municípios Portu-gueses do Vinho.

O Concurso “La Sele-zione del Sindaco”, que tem como missão valorizar as produções, fruto da tradição

e de um território distinto, é o único que prevê a parti-cipação conjunta de produtor e município de proveniência.

Venâncio da Costa Lima entre os 16 melhores

O Moscatel de Setúbal

Reserva 2007, da Venâncio da Costa Lima, obteve a medalha de Prestígio no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados, em Santarém, que este ano contou com mais de duzentos júris que avaliam os melhores vinhos portugueses, durante 4 dias.

Este ano mais de 600 marcas de vinhos foram provadas e foram atribu-ídas 127 medalhas de Prata, 27 medalhas de Ouro e 16 medalhas de Prestígio. As medalhas de Prestígio distinguem os melhores vinhos, de entre os que têm pontuações para ouro.

O Moscatel da Venâncio da Costa Lima ficou entre os 16 melhores vinhos, o que leva Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima, a sublinhar que é com «muita satisfação que fazemos parte deste grupo restrito de vinhos portugueses de excelência».

Palmela arrecada três medalhas de ouro e seis de prata em Itália

Ouro:- Adega Cooperativade Palmela Adega de Palmela - Moscatel de Setúbal 2005- Adega Cooperativade Palmela Adega de Palmela Reserva Tinto 2009- Casa Ermelinda de FreitasCasa Ermelinda de Freitas Tinto (Syrah) 2010 Prata:- Casa Ermelinda Freitas Casa Ermelinda Freitas Tinto

(Touriga Nacional) 2010- Casa Ermelinda Freitas Casa Ermelinda Freitas Touriga Franca – Tinto 2010- Casa Ermelinda Freitas Terras de Pó – Tinto 2009- Xavier Santana SucessoresXavier Santana Reserva TintoTinto 2009- Sivipa, Sociedade Vinícola de Palmela Serra Mãe ReservaTinto 2008- Xavier Santana Sucessores Xavier Santana Moscatel Roxo 2009

Lista dos néctares medalhados

A proposta assenta em

pressupostos falaciosos e consubstancia mais um duro golpe na estratégia de desenvolvimentoplaneada para o concelho de Alcácer do Sal”, diz o presidente da Câmara, Pedro Paredes

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Instituto da segurança social, I.P.

conselho Directivo

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.CENTRO DISTRITAL DE SETÚBAL

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.º 9/2011REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimentoDenominação do estabelecimento “At Home We Care”Localização do estabelecimento: Rua Eduardo Viana, nº20 BC. Postal: 2810-055 Almada Localidade: FeijóDistrito: Setúbal Concelho: Almada Freguesia: FeijóTelefone: 210100981 Fax: 210100982 e-mail: [email protected]. Identificação da entidade gestoraNome completo: Tempo Positivo, LdaMorada: Rua Eduardo Viana, nº20 BC. Postal: 2810-055 Almada Localidade: Feijó3. Actividade exercida no estabelecimentoSAD – Serviço de Apoio Domiciliário4. Lotação máximaO estabelecimento pode abranger o número máximo de 40 (Quarenta) utentes.

5. EmissãoData 2011/06/16

Assinatura e selo branco

JOSÉ Mourinho é espe-rado no próximo fim-de-semana, em Setúbal, para acompanhar a prova de apura-mento para os Jogos Olím-picos em Águas Abertas da qual é patrono e que decorre no rio Sado, em frente ao Parque Urbano de Albarquel, de onde sairão os últimos 15 finalistas olímpicos de cada sexo para a competição que terá lugar precisamente um mês depois em Londres, no lago do Hyde Park.

O percurso no Sado, onde tem decorrido nos últimos seis anos a etapa portuguesa da Taça do Mundo de Águas Abertas,

recebe, este ano, a única prova de apuramento directo para os Jogos Olímpicos, desta feita na corrida dos 10 quilómetros.

Setúbal receberá alguns dos melhores nadadores do mundo da especialidade. Entre os mais de cem atletas inscritos, oriundos de 44 países, estão o britânico David Davies, dupla-mente medalhado nos Olím-picos e vice-campeão do mundo dos 10 mil metros, o búlgaro Petar Stoychev, seis vezes consecutivas vencedor do Circuito Mundial de Mara-tonas Aquáticas e campeão do mundo nos 25 quilómetros, e o italiano Valerio Cleri, com

títulos mundiais e europeus em várias distâncias.

No sector feminino destaque para a presença da campeã do Mundo em 2010 nos 25 quilómetros, a ucra-niana Olga Beresnieva e para a sul-africana Natalie du Toit, a primeira atleta de alta competição a ser porta-estan-darte nuns Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que já no ano passado competiu em Setúbal.

Os portugueses Arseniy Lavrentyev, Vasco Gaspar, Daniela Pinto e Angélica André tentam também o apuramento para Londres.

Marta David

Mourinho é patrono olímpico

OS REPRESENTANTES da delegação de Azeitão da associação CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo, receberam esta semana uma viatura adaptada oferecida pela Fundação Montepio, instituição que, no âmbito do projecto Frota Solidária, voltou a oferecer 20 viaturas especiais a 20 instituições de solidariedade social.

A iniciativa concretizou a quinta edição de um projecto que, desde o seu lançamento, já ajudou 82 instituições.

Para o presidente do Montepio, António Tomás Correia, o projecto Frota Soli-dária, resulta de «uma prática que assenta no ADN do Montepio. Trata-se de «uma

instituição à dimensão humana, razão pela qual os problemas que afectam a sociedade são problemas que nos preocupam. A Frota Soli-dária é um projecto que se inscreve no campo da nossa responsabilidade social e que confirma que olhamos a questão das parcerias de uma forma abrangente, pois só assim podemos chegar ao utente final com a maior eficácia possível», sustenta.

«Não estamos num país de ricos», afirmou, susten-tando ser necessário «confrontarmo-nos com a nossa dimensão humana, pois quando tomarmos cons-ciência disso encontraremos soluções para os problemas das pessoas e para os

problemas do país».Em 20112, a Fundação

Montepio recebeu, através do Ministério das Finanças, 414 mil euros resultantes de valores atribuídos, em 2009, no âmbito da Lei da Liber-dade Religiosa (Consignação Fiscal). O facto de este montante ter sido entregue, pelos contribuintes, ao cuidado e gestão da Fundação Montepio, levou a que esta instituição de utili-dade pública decidisse devolvê-lo à sociedade civil através da aplicação do montante na aquisição de veículos automóveis espe-ciais e adaptados para apoiar a actividade de instituições particulares de solidarie-dade social.

Montepio dá a mão aossem-abrigo de Setúbal

UMA EQUIPA de funcio-nários do Banco Espírito Santo lançou mãos à obra para melhorar as instalações do Centro de Acolhimento Temporário Sol dos Meninos, do Centro Social de São Pedro do Afonsoeiro, Montijo.

Cinco mil euros de inves-timento e mão-de-obra gratuita, oferecidos pelos voluntários do BES resultaram na total remodelaram do quarto dos bebés, na criação de uma sala de atendimento às famílias, de uma sala de actividades para as crianças e a instalação de um parque infantil no exterior.

Na iniciativa do Depar-tamento de Voluntariado do Banco Espírito Santo, que se insere na política de respon-sabilidade social da empresa, os voluntários oferecerem o dinheiro para o material e o trabalho de um dia inteiro para que as crianças em situ-ação de risco ganhem mais conforto e qualidade de vida.

O Centro Social de São Pedro, que conta com seis valências de apoio social, entre as quais o Centro de Acolhimento temporário Sol dos Meninos e o Lar Abrir Caminhos, está num processo de reestruturação interna que, sustenta a presidente Catarina Marcelino, permi-tirá uma melhor resposta às necessidades da comunidade.

Marcelino entende esta intervenção realizada pelo BES como «fundamental» para que a moradia onde funciona o Sol dos Meninos passasse a ter «melhores condições físicas para uma resposta mais adequada às necessidades das crianças acolhidas».

BESinveste nas crianças em risco

Como é sabido, o imposto municipal sobre imóveis (IMI) incide sobre o valor patri-monial tributário (VPT) dos prédios rústicos e urbanos situados no território portu-guês, constituindo receita dos municípios onde os mesmos se localizam.Das muitas das medidas impostas pela Troika, a reavaliação dos imóveis é sem dúvida uma das que afetará de forma significa-tiva o bolso de muitos portu-gueses.Até ao final do ano, cerca de três mil peritos avaliadores irão avaliar cerca de vinte mil imóveis por dia.Esta atualização do valor patrimonial tributário, junta-mente com o aumento das taxas de IMI, terá um efeito devastador, sendo como a “machadada final” em muitos agregados familiares. A final, é mais um fardo para quem foi incentivado pela banca a adquirir imóvel.Claro está que, o resultado será o entupimento dos Serviços de Finanças com processos de execução fiscal e o aumento significativo da penhora de imóveis. No entanto, quem não se conforme com os novos valores, pode sempre requerer uma segunda avaliação, e poste-riormente, impugnar judicial-mente o resultado daquela. Esta segunda avaliação, é efetuada por uma comissão composta por dois peritos regionais designados pelo diretor de finanças, e pelo sujeito passivo ou seu repre-

sentante. Ainda sobre esta matéria, e no que respeita às notifica-ções das avaliações efetu-adas, defendem alguns fisca-listas que a nota demonstra-tiva da avaliação, é insufi-ciente e carece de fundamen-tação, já que não explica ao contribuinte como se deter-minam os valores.No entanto, importa referir que a maioria dos tribunais não tem defendido tal entendi-mento. E isto porque, o “zona-mento”, e os “coeficientes de localização”, este último que tem em consideração a aces-sibilidade, proximidade de equipamentos socias, serviço de transportes públicos e o valor do mercado imobiliário, são publicados no site das finanças, podendo ser consul-tados por qualquer interes-sado, estando também dispo-níveis em qualquer Serviço de Finanças.Sendo que, o sistema de avaliação consagra regras objectivas e critérios de quan-tificação prévia e legalmente fixados que eliminam a discri-cionariedade e subjetividade dos peritos que agem, tendo como farol orientador o que exaustivamente se encontra regulado.

IMIPaulo Janela

[email protected]

Notas Físcais

«Esta actualização do valor patrimonial tributário, juntamente com o aumento das taxas de IMI, terá um efeito devastador»

Administração do Montepio e o Projecto CASA juntam esforços para ajudar vítimas da crise

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Política

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO

FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e oito de Maio do ano de dois mil e doze, lavrada de folhas cinquenta e uma e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e nove-A, deste Cartório, JOÃO ANTÓNIO e mulher MARIA DELFINA MARQUES MARTINS, segundo declarou, ambos naturais da freguesia e concelho de Vendas Novas, que declararam ser casadas sob o regime da comu-nhão geral de bens, residentes habitualmente em Foro António Galinha, Foros da Misericórdia, Vendas Novas, contribuintes fiscais, respectivamente, números 101500912 e 141868546, justificaram ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano composto de edifício de rés-do-chão, desti-nado a habitação, com a super-fície coberta de noventa e dois vírgula cinquenta metros quadrados, e logradouro com a área de mil duzentos e trinta e sete vírgula cinquenta metros quadrados, situado em Foros da Misericórdia, na freguesia e concelho de Vendas Novas, que confronta do Norte com Estrada Nacional número quatro, do Sul com Celeste Maria, do Nascente com Rua de serventia, e do Poente com Manuel Arsénio, que se encontra inscrito sob o artigo 10.015, da freguesia de Vendas Novas, com o valor patri-monial de 25.900,00 €, cons-tando como titular do referido artigo matricial João António, ora justificante marido. Que, no tocante ao registo predial, não se encontra descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Vendas Novas.

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal,

do Notário Lic. João Farinha Alves, aos vinte e oito de Maio do ano de dois mil e doze.

O Notário,(Lic. João Farinha Alves)

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Alguns presidentes de câmaras do distrito ponderam candi-

datar-se ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) acordado esta semana entre o Governo e a Asso-ciação Nacional de Municí-pios Portugueses (ANMP), mesmo sabendo que serão obrigados a exigir o máximo dos seus munícipes.

De acordo com a edição de 2010 do Anuário Finan-ceiro dos Municípios Portu-gueses, nenhuma das treze câmaras municipais da região estava, na altura, em ruptura financeira, uma situação que poderá dar alguma margem de manobra às autarquias do distrito, que não se verão obrigadas a candidatar ao programa I desta linha de financiamento de mil milhões de euros. Ainda assim, o Seixal poderá ser forçado a aumentar todos os seus

impostos municipais e taxas para o máximo, caso se confirme a situação de «dese-quilíbrio financeiro estru-tural» avançada esta semana pelo Correio da Manhã.

Mesmo não estando nesta condição, todas as câmaras municipais, à excepção de Almada, demo-raram em média mais de 90 dias a pagar aos seus forne-cedores no final de 2011, segundo dados divulgados recentemente pela Direcção-Geral das Autarquias Locais. Acumulavam quase 130 milhões em dívidas de curto prazo, uma situação que deverá levar as autarquias

a aceder ao Programa II do PAEL.

A presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, não descarta mesmo esta possibilidade, mas alerta para «determi-nadas condições leoninas» da proposta acordada entre o Governo e a ANMP. Uma delas, considerada a mais polémica, vai mexer direc-tamente nos bolsos dos contribuintes, dado o provável aumento das taxas de consumo, nos sectores do saneamento, água e resí-duos: a fixação da taxa no valor máximo da banda defi-nida pela Entidade Regula-

dora dos Serviços de Água e Resíduos é obrigatória.

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, prefere enfatizar o facto de os municípios que queiram recorrer á linha de crédito terem de retirar todos os processos judiciais em curso contra o Estado, nome-adamente a providência cautelar interposta recente-mente a propósito da retenção dos 5% do IMI, cuja medida foi aconselhada pela ANMP. «Isto não é aceitável», resume. A mesma posição é partilhada por Augusto Pólvora, que lidera Sesimbra, que se diz preocupado, ainda assim, com o volume das dívidas de curto prazo da sua autarquia, que atingem já cerca de 20 milhões de euros.

«ANMPvendeu-se»

Mais duro nas críticas é Vítor Proença. O presi-dente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém diz que a ANMP «se vendeu a troco de mil milhões de euros» em condições que não estão clarificadas, considerando que o acordo em causa «é um verdadeiro ataque à autonomia do poder local». «Dá-se com uma mão, mas tira-se com a outra», afirma, por seu lado, Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara do Montijo, que admite vir a estudar o dossiê, mesmo que isso leve alguns dos autarcas a perder eleitorado nas autárquicas de 2013.

Proposta ainda tem de ir a Conselho de Ministros para aprovação

Autarcas ponderam linhapara financiar dívidasCâmaras deverão candidatar-se ao programa II da linha de financiamento. IMI, Derrama, participação no IRS e taxas de consumo podem subir para níveis nunca antes vistos.

MURAIS pintados na freguesia de S. Simão, no concelho de Setúbal, onde se apelava à não destruição das freguesias, foi vandalizado no final da semana passada por desconhecidos.

A comissão de freguesia do PCP daquela freguesia repudia tal acto e diz que se trata de um atentado contra «os mais elementares direitos da actividade e intervenção política».

O PCP rejeita, frontal-mente, a extinção das fregue-sias de S. Simão e de S. Lourenço de Azeitão, para a criação de uma nova freguesia. «Não é com a destruição de legítimos instrumentos de propaganda política que nos combaterão. Desmascaram-se e revelem às populações o seu desrespeito pela Demo-cracia. Reforçam a nossa vontade de continuar a luta pela defesa do poder local».

Murais contra extinção de freguesias vandalizado

:::::::::::: Bruno Cardoso :::::::::::

MANUEL Malheiros, ex-Governador Civil de Setúbal, vai avançar com uma candidatura à comissão política conce-lhia do PS de Alcácer do Sal. Da sua lista constam os nomes de Joaquim Rosa, Mariana Caixeirinho, Décio Fava e Rita Rito, entre outros.

Este grupo de socialistas alcacerenses compromete-se a promover e a defender os «legítimos interesses» do concelho de Alcácer do Sal e da sua população junto dos órgãos do PS e de «todas as instituições polí-ticas». A outra aposta passa por conferir ao PS «mais visibilidade» e «mais credi-bilidade» junto da popu-lação residente no concelho.

O primeiro subscritor da Lista A, Manuel Malheiro, adianta que a equipa pretende desenvolver o dinamismo necessário para alcançar um espaço, na sede do concelho, para reunião dos militantes, apoiantes e simpatizantes socialistas.

Reactivar o debate polí-tico no seio dos militantes socialistas; participar nos debates e acções do PS, tanto a nível federativo como a nível nacional; e manter o contacto perma-nente com os militantes, apoiantes e simpatizantes do PS, a fim de discutir em conjunto as posições a assumir nas diferentes instâncias e informá-los dos resultados, são outras das metas a que se propõe atingir este grupo de alca-cerenses.

Manuel Malheiros avança para a concelhia alcacerense

MADALENA Alves da Silva, que disputa as eleições federativas do PS agendadas para o próximo dia 15, garantiu esta semana estar a «iniciar uma nova forma de fazer polí-tica», aludindo à necessidade de «credibilizar as políticas e os políticos».

A candidata que corre contra o deputado e ex-gover-nante Eduardo Cabrita, fez saber que esta «nova mensagem» está a chegar aos militantes e a galvanizar o partido na região para «preparar os combates que

se avizinham», nomeada-mente as autárquicas do próximo ano. «O PS tem que ser a esperança para o distrito, disse na apresentação da sua moção de estratégia denomi-nada “Ganhar o Futuro».

Dois dos combates mais acesos que Madalena Alves da Silva elege na sua orien-tação política futura, caso seja eleita líder dos socialistas no distrito é «a luta contra a corrupção e contra o desem-prego». Para a candidata, o PS distrital «vai criar uma agenda para o emprego»,

tendo em conta, frisou, «o enorme crédito do distrito» em relação ao país, por ter sido durante anos «um dos seus motores de desenvovi-mento».

A organização interna do partido, de modo a torná-lo «mais ágil, conse-quente e coordenado» e a criação de estruturas autó-nomas para a Península de Setúbal e para o Litoral Alentejano, constituem dois outros objectivos na carteira de intenções de Madalena Alves da Silva.

Cabrita faz balanço a quinze dias das eleições

A recusa de debates por parte da sua opositora e o que considera ser a «subversão» do partido através das «inscri-ções em massa», são os dois pontos negativos da corrida eleitoral à liderança dos socia-listas do distrito por parte de Eduardo Cabrita.

Em jeito de balanço e a pouco mais de quinze dias do congresso federativo, o candi-dato mostra-se «muito opti-mista com o apoio alargado»

que tem merecido as suas ideias. «Fizemos mais de 20 sessões e sentimos essa força. Reunimos jovens, mulheres e autarcas, bem como a larga maioria dos militantes mais activos do PS em Setúbal», afirma Cabrita.

O candidato afirma ainda que a nova forma de orga-nizar o partido com respon-sáveis pela área da rede social, associativismo, sector sindical e ligação às organizações não governamentais e movi-mentos cívicos teve «grande adesão».

Madalena quer PS na luta pelo emprego

O programa II do PAEL parece ser a solução para os municípios liquidarem parte das suas dívidas. Além de implicar a racionalização de actividades com impacto directo nas infra-estruturas municipais, o programa prevê, entre outras, a maxi-mização dos preços cobrados pelos municípios nos sectores

do saneamento, água e resí-duos. O prazo máximo de vigência para os municípios integrados no programa II é de 14 anos e as verbas serão libertadas em duas tranches, a primeira após a obtenção do visto do Tribunal de Contas. A taxa de juro corres-ponde à aplicada em Portugal acrescida de 15 pontos base.

As linhas do programa II do PAEL

Os presidentes de câmara avaliam recurso ao PAEL

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A Casa Ermelinda Freitas e a Coopera-tiva Agrícola de Santo

Isidro de Pegões foram as grandes vencedoras de mais uma edição do Concurso de Vinhos da Península de Setúbal, mesmo tendo arrecadado menos medalhas de ouro e de prata do que nos ante-riores. De entre o total de 33 medalhas do concurso, foram seis para cada lado, sete de prata e cinco de ouro. A 12.ª edição do evento, promo-vida pela Comissão Vitiviní-cola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado, coroou os néctares de 13 casas produtoras da região. A Xavier Santana e a Horácio Simões só foram premiadas uma vez, mas conseguiram arrancar o título de Melhor Branco e de Melhor Generoso, respec-tivamente. E o Melhor Vinho da Península da Setúbal, o Excellent – Superior DO Moscatel Roxo, também foi da Horácio Simões.

Durante a cerimónia de entrega de prémios, o presi-dente da CVRPS mostrou-se satisfeito com a qualidade dos vinhos a concurso e pediu «coerência» num tempo que disse «não ser de catástrofe natural». Henrique Soares não deixou de recordar a deterioração da conjuntura económica, mas pediu esperança num futuro que pode ser promissor: a quota de venda no mercado nacional não diminuiu no ano passado e as exporta-

ções até subiram. «O vinho generoso bateu recordes de vendas, pelo que o jovem moscatel está bem e reco-menda-se», afirmou.

A fasquia de pontuação para a obtenção das meda-lhas também aumentou face ao ano passado: para a prata, este ano, 80 pontos bastavam. Mais 7 eram requeridos para o ouro. Para os generosos, 90 pontos eram a pontuação mínima. O júri da prova classificou os vinhos brancos, rosados e tintos da península no passado dia 3 de Maio, tendo a 9 de Maio o painel de provadores avaliado os vinhos brancos, tintos, espu-mantes e licorosos da cate-goria DO Palmela e os gene-rosos Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. 95 vinhos regionais da península e DO Palmela e 13 vinhos DO Setúbal foram a prova, tendo o concurso obedecido a duas etapas realizadas na Casa Mãe da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal. «As provas foram um barómetro para comprovar que a média qualitativa dos vinhos continua a subir, razão pela qual mais consumidores preferem os vinhos da região», enfatizou Henrique Soares.

A Península de Setúbal ocupa a terceira posição no ranking nacional do consumo de vinho por regiões e detém actualmente uma quota de mercado de 9,4 por cento. A maior média de vinhos certificados foi atingida em 2009.

Néctares elevaram fasquia

XII Concurso de Vinhos da Peninsula de Setúbal

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As distinções dos vinhos da Península de Setúbal têm-se sucedido a um ritmo vertiginoso, mas o sector está já com os olhos postos no futuro.

O presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, Henrique Soares, fala na necessidade de as casas produtoras continu-arem a modernizar e a inovar nos processos produtivos, mediante o

rejuvenescimento conti-nuado das vinhas. Actual-mente, as vinhas da região de Setúbal são, em média, as segundas mais jovens de todo o país.

Divulgar sector é fulcral

A divulgação, acres-centa, é fulcral para que a estratégia do sector não se perca, até porque «continua a haver muito espaço para

crescer». Sobretudo, à custa das exportações, uma vez que o mercado nacional

está próximo da estagnação, dada a crise económica actual.

A seca dos primeiros meses do ano não deverá inclusive afectar a produção deste ano, tendo em conta as chuvadas dos meses de Abril e de Maio. «Até antes de Abril, estávamos muito preocupados, mas agora tudo tem decorrido na normalidade», afirma Henrique Soares, que espera que a região tenha, assim, este ano uma «vinha muito sã e uma vindima boa».

Os dados avançados ao Semmais por Henrique Soares são bem elucida-tivos do sucesso dos vinhos da Península de Setúbal. Em 2010 e 2011 os néctares da região atingiram um volume de vendas na ordem dos 15 milhões de euros, fruto de um cresci-

mento sustentado de 10% ao ano. E as exportações têm acompanhado a tendência.

O moscatel é de longe o elemento diferenciador da vasta gama de vinhos da região e tem ajudado as casas produtoras da península a penetrar em mercados emer-

gentes ou em países em que as comunidades de emigrantes estejam bem inseridas.

Henrique Soares diz que região produz uma média de 40 milhões de litros por ano, dos quais apenas 24 milhões são em média certi-ficados.

«Continua a haver espaço para crescer, embora se assista ao decréscimo das vendas a nível nacional», afirma o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal.

O preço médio da garrafa mantém-se nos €2,50.

Rejuvenescimento das vinhas e divulgação animam futuro do sector

CVRPS diz que vendas de vinhosatingiram 15 milhões no ano de 2011

O porta-estandarte da reigão

Henrique Soares aposta forte no futuro do sector

Este concurso confirma a qualidade dos nossos vinhos. Recebemos nota também de um concurso em Itália em que território da península foi a região com mais medalhas em todo o país, num total de 7, entre ouro e prata. A qualidade confirma a justeza da distinção de Palmela - Cidade Europeia do Vinho. As adegas têm muita qualidade, uns prémios puxam pelos outros.

Ana Teresa VicentePresidente da CâmaraMunicipal de Palmela

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IIIS á bado | 2 . Ju n . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.comXII Concurso de Vinhos da Peninsula de Setúbal

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DO PALMELA E IG PEN. DE SETÚBALVale dos Barris 2011Adega Cooperativa de Palmela

Malo Platinum 2011Malo – Tojo Estates

Dona Ermelinda 2011Casa Ermelinda Freitas

Xavier Santana 2009Xavier Santana Sucessores

Casa Ermelinda Freitas 2010Casa Ermelinda Freitas

Quinta da Mimosa 2009Casa Ermelinda Freitas

Palácio da Bacalhôa 2008Bacalhôa

Adega de Pegões 2010Coop. Agrícola de Santo Isidro de Pegões

Adega de Pegões 2010Coop. Agrícola de Santo Isidro de Pegões

Quinta da Invejosa 2009Filipe Jorge Palhoça

Sagres 2009Malo – Tojo Estates

DO SETÚBALExcellentHorácio dos Reis Simões

Adega de Palmela 2005Adega Cooperativa de Palmela

Bacalhôa 2007Bacalhôa

VCL 2007Venâncio da Costa Lima

Lista de Medalhados a Ouro

Melhor Vinho Branco Vale dos Barris 2011, Adega Cooperativa de Palmela, CRL

Melhor Vinho TintoXavier Santana 2009, Xavier Santana Sucessores, Lda.

Melhor Vinho GenerosoExcellent, DO Moscatel Roxo,Horácio dos Reis Simões

Melhor Vinho da RegiãoExcellent, DO Moscatel Roxo,Horácio dos Reis Simões

Prémio Revelação AVIPEXavier Santana 2009, Reserva, Vinho Tinto, DO Palmela, Xavier Santana Sucessores, Lda.

Prémio Câmara de SetúbalExcellent, Superior, Vinho Gene-roso, DO Moscatel Roxo, Horácio dos Reis Simões

Prémio Câmara do MontijoVale dos Barris 2011, Moscatel, Vinho Branco, Regional Penín-sula de Setúbal, Adega Coope-rativa de Palmela, CRL

Prémio Câmara de PalmelaDona Ermelinda 2011, Vinho Branco, DO Palmela, Casa Erme-linda Freitas - Vinhos, Lda.

Prémios Especiais

Os Melhores

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XII Concurso de Vinhos da Peninsula de Setúbal

Já é normal ganharmos a distinção do melhor vinho. Temos vinhos de alta qualidade, estando assim sujeitos a receber estas distinções. É sempre um prazer ganhar.

Este prémio dá visibili-dade à empresa, mas não acrescenta muito à nossa comercialização. Expor-tamos 30 a 40% do moscatel, mas nos vinhos não temos esse mesmo potencial. Somos uma pequena empresa, mas primamos pela qualidade em detrimento da quanti-dade. Temos preços acima da média, mas não vamos entrar na guerra das grandes superfícies e afins.

O presidente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Entre Tejo e Sado garantiu durante a cerimónia de entrega de prémios do XII Concurso de Vinhos da Península de Setúbal que a instituição vai manter abertas linhas de financia-mento aos vitivinicultores e ao sector primário em geral, apesar das dificuldades que afectam a banca portuguesa.

Paulo Ferreira recorda que a CCAM de Entre Tejo e Sado é «das instituições em

todo o país que tem passado ao lado da crise, com um rácio de solvabilidade de 12», superior ao mínimo exigido pela troika aquando da inter-venção em Portugal, e que continua a procurar traba-lhar junto dos produtores e de toda a reigão no geral.

«Temos a nossa essência na ligação às actividades do sector primário, embora estejamos igualmente receptivos a ajudar outros sector de actividade», refere.

O presidente da CCAM de Entre Tejo e Sado garante assim que a instituição vai continuar a apoiar o Concurso de Vinhos da Península de Setúbal nos próximos anos, «sobretudo pelo facto de os néctares serem facilmente reconhe-cimentos no exterior, não sendo apenas uma aposta da casa». «É uma iniciativa que é para continuar, com toda a certeza», reforça Paulo Ferreira, em declarações ao Semmais.

Estamos orgulhos. É o reconhecimento do nosso tra balho. Temos apostado na imagem do nosso produto para penetrar no mercado e as medalhas ajudam à divulgação dos vinhos. Temos procurado junto de algumas distribui-doras exportar. Traba-lhamos nesse sentido e esperamos resultados posi-tivos.

Estamos com 1 milhão de faturação, embora tentemos melhorá-lo todos os anos. Fomos fundados em 1926 e estamos agora na 4.ª geração, tendo já 12 medalhas de ouro.

É um orgulho, mas o trabalho é para continuar.

Tentamos todos os anos melhorar. Estes prémios são gratificantes para nós que estamos à frente da adega há dois anos. Sentimos orgulho. O ano passado foi mau em termos de produção, porque produzimos apenas 52% daquilo a que estamos habituados.

Estamos a conseguir arrancar nas exportações, nomeadamente para a China, Angola e Luxem-burgo, embora desejemos penetrar noutros mercados em breve, como a Rússia. Apostámos muito no engarrafamento e não mais no granel, porque os nossos vinhos ganhavam muitos prémios em marcas alheias.

As 6 medalhas arreca-dadas são um balanço posi-tivo. A entrega da CVR é sempre marcante para a região e acho que de ano para ano esta tem tido mais consistência e divulgação. É bom para todos.

Precisamos deste prémio. A península é muito boa e cada vez há mais vinhos. A competitividade dá equilí-brio à região. A concorrência é boa, amigável, saudável, fazendo-nos afirmar a região como região. Não nos quei-xamos da crise, porque temos mantido o nosso volume de negócios nos 9 milhões. Vamos aumentar as exportações. O projecto de ligação das duas adegas deve arrancar em três meses.

O ano passado tivemos mais medalhas, mas concor-remos com menos vinhos este ano.

Ainda assim, é um balanço positivo. Todos os vinhos que participaram obtiveram pontuações elevadas, mas só 30% rece-beram medalha protocolar. Os vinhos estão cada vez melhores e não são sempre os mesmos a ganhar.

As adegas têm sangue novo e estão-se a renovar, fazendo umas puxar pelas outras. É uma região dinâ-mica. Somos todos amigos. Os vinhos ganham quota de mercado nacional e para isso contribui e muito o aumento da qualidade dos produtores.

Os prémios são sempre positivos. É a distinção da qualidade. Tem um sabor doce ganhar em casa, porque dentro da região também somos reconhecidos. Não concorremos a muitos concursos por questões financeiras. O moscatel é o nosso porta-estandarte, chamando atenção poste-riormente para toda a gama.

As medidas protecio-nistas no Brasil vao preju-dicar muito os vinhos que exportamos para Brasil, a 1 de Julho. Se temos lá uma grande quota de mercado, podemos vir a ter grande prejuízo nos investimentos feitos. Estamos a falar de um futuro que pode vir a ficar hipotecado.

Horácio SimõesCasa Agrícola

Horácio Simões

André Pereira Xavier Santana

Indalécio Bastos Adega Cooperativa

de Palmela

Joana Freitas Casa Ermelinda Freitas

Filipe Cardoso Sivipa

Joana Vida Venâncio da Costa Lima

Paulo Ferreira saiu satisfeito de mais uma edição do Concurso de Vinhos da Península de Setúbal

CCAM Entre Tejo e Sado garantelinhas de apoio a vitivinicultores

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+ Região

Para minimizar os efeitos da poeira no 18.º Super Bock Super Rock, a organização

decidiu avançar com a colocação de um hectare de relva em frente ao palco principal do festival que este ano tem como cabeça de cartaz os Incubus e Peter Gabriel, que irá actuar, por volta das 22 horas, no dia 7, com uma orquestra de 50 músicos. O investimento ronda os 5 milhões de euros.

O terceiro ano do evento na Herdade do Cabeço da Flauta, entre 5 e 7 de Julho, vai ficar também marcado com a reorganização do acesso à praia e parque natural adjacente. Em conjunto com o Insti-tuto de Conservação da Natureza e a Quercus, a organização desco-briu um caminho pedestre para as praias, com a extensão de 1 800 metros, para evitar filas nos auto-carros nos dias do festival.

O parque de campismo, que abre na véspera do evento, vai ver reforçada a iluminação e a quan-tidade de chuveiros. Os arrua-mentos também vão ser alvo de melhorias, de forma a proporcio-narem maior segurança aos utentes. No ano passado foram 20 mil as pessoas que apostaram em acampar no recinto do festival. Vai haver mais um parque de estacio-namento e uma bilheteira numa

outra das entradas do recinto.Quanto ao trânsito, a organi-

zação também promete melho-rias para evitar os engarrafa-mentos. Rita Lourenço, dos TST, realçou que além da recolha de público na Praça de Espanha está também prevista nova recolha na Gare do Oriente. Os autocarros para o festival começam a funcionar no dia 4, pelas 10 horas. Junto à estação da Fertagus de Coina também vai estar dispo-nível um autocarro. Os bilhetes rondam entre os 2 e os 4 euros. Os autocarros descapotáveis para as praias são gratuitos. Haverá navetes de Alfarim e Marco do Grilo para o festival. «A forma mais fácil e segura para ir ao Super Bock é viajar de autocarro», frisa a responsável. Em 2011 os auto-carros dos TST transportaram 21 mil pessoas para o evento. A GNR, para evitar as filas intermináveis, apela às pessoas para que «vão com mais antecedência» para o recinto. Entre as 15 e as 3 horas da madrugada o trânsito estará condicionado entre a rotunda do Marco do Grilo e a Herdade do Cabeço da Flauta.

Público ganhacom melhorias

Luís Montez, director da Música no Coração, empresa que organiza o festival, garante que vai haver cartaz de luxo e melhores condições para o público. «Dezoito anos é uma idade para ter juízo. Gostaria de realçar o empenho da autarquia, que desde a primeira hora mostrou grande generosi-dade connosco, ao colocar funcio-nários e máquinas no terreno». E conta que a organização começou a trabalhar em Setembro de 2011 na edição que se avizinha. «Além das melhorias na zona do campismo e no trânsito, houve um grande esforço em trocar o

pó do recinto pela relva, sem consumo brutal de água. Foi insta-lado um prado que não exige custos de manutenção elevados e que está a ser regado todos os dias até ao início do festival», vinca.

Já Rui Freire, da patrocina-dora Unicer, orgulha-se de estarmos perante o festival de «maior longa duração em Portugal», com um cartaz de bandas equilibrado, que já foi presenciado por «mais de um milhão de pessoas». Além disso, destaca o cenário natural «fantás-tico» e a proximidade da praia do Meco, uma das candidatas às 7 Maravilhas das Praias de Portugal. A Unicer anunciou que, pela primeira vez na história do

festival, os campistas poderão refrigerar as suas latas de cerveja num super armazém que será montado no recinto.

Augusto Pólvora, presidente da Câmara de Sesimbra, por seu turno, referiu que é com «orgulho e prazer» que o município se associa a «um grande evento do concelho e a um dos maiores do País». Além da promoção e divul-gação do concelho, o Super Bock ajuda, também, segundo o autarca, a crescer o «comércio local e a hotelaria». O município garante apoio logístico, a recolha de lixo e a vigilância das praias durante o período do festival. «Tudo faremos para que este festival, um dos mais mediáticos do Verão, se mantenha, com qualidade e segu-rança, na Herdade da Flauta, uma área que pertence à Rede Natura 2000 e que fica a poucos passos de um importante observatório de aves», sublinhou Augusto Pólvora, que deposita as «melhores expectativas» para a presente edição. E relembra que «a relva, uma excelente medida, foi uma sugestão da autarquia, logo no primeiro ano de festival no Meco».

Relva substitui pó no Super Rock no MecoAs melhorias no campismo e o arrelvamento do recinto, em frente ao palco, são as grandes novidades do Super Bock Super Rock, que monta tendas no Meco, pela terceira vez consecutiva, para Peter Gabriel e Incubus brilharem no palco.

Os ingressos para o festival deste ano não sofreram aumento em comparação com o ano ante-rior. A organização, em tempo de crise, garante que vai assumir as despesas com o aumento do custo do IVA. Um bilhete diário custa 45 euros e um passe de três dias,

com campismo incluído, ronda os 80 euros. Apesar da crise, a organização não se queixa da procura de bilhetes. Os ingressos podem ser adquiridos na ticke-tline, nas lojas FNAC e no Auto-móvel Clube de Portugal, entre outros locais.

Entradas sem aumentos puxa pela bilheteira

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A colocação de relva em frente ao palco principal do festival é uma medida que visa acabar com a poeira durante os concertos na Herdade do Meco

ARRANCA este sábado, em Grândola, a já tradicional Rota das Tabernas, uma iniciativa promo-vida pela autarquia como modo de salvaguardar e promover a iden-tidade do povo grandolense.

Esta 18ª edição da Rota, que se prolonga até Julho, conta com oito tabernas típicas espalhadas por todo o concelho que, para além da gastronomia tradicional, trans-formam-se em autênticos centros de cultura, com música, fados, guitarradas, desgarradas e convívio popular.

Um «orgulho» para a autar-quia, é como o presidente da Câmara, Carlos Beato, classifica

a iniciativa que todos os anos leva milhares a Grândola para sabo-rear os autênticos ‘menus’ gastro-nómicos e culturais das tabernas típicas e, ao mesmo tempo, contri-

buir para o equilíbrio entre desen-volvimento e tradição, afirma o autarca socialista, que ao longo dos anos tem vindo a apostar num desenvolvimento sustentado do

concelho, em paralelo com a «consolidação da identidade cultural» da região.

Cachola de Porco, Galinha em Molho, Orelha de Porco de Coen-

trada, Migas de Tomate com Peixe Frito, Cozido de Feijão Verde com Chícharos, Caldo Verde com Chou-riço Caseiro”, Miolos com Carne de Vinha d’Alhos ou Feijoada de Lebre são alguns dos sabores tradi-cionais da melhor cozinha alen-tejana à disposição na Rota das Tabernas.

Locais privilegiados de encontro, convívio e palco de importantes manifestações de cultura popular, as tabernas foram desaparecendo, levando consigo os hábitos e histórias de uma terra. Recuperar e revitalizar estes locais de culto é o grande objectivo da iniciativa, que já vai na 18ª edição.

Rota das Tabernas promete animar vila de Grândola

Música e tradição são pratos fortes 18 anos a promover a cultura local Milhares acorrem ao convívio

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Anti-stress

FESTIVAL DE MÚSICA SETÚBALDIA 2 DAS 11H00 ÀS 12H00 NO Mercado do Livramento, “O Festival vai ao Mercado” – apre-sentação informal de Firmino Pascoal (Lindu Mona) e Elizabet Oliveira (Dama Bete), que irão dar a conhecer um pouco da sua música de fusão, que reúne os ritmos e as culturas portuguesa e dos países lusófonos de Africa./ Das 22h30 ás 00h30 na Casa da Baía – “O Estrangeiro na Cidade”, com Lindu Mona, Dama Bete e Milongo, Três formações de World Music em português, que que reúnem os ritmos e as culturas portuguesa e dos países lusófonos de África.DIA 14 DAS 11H00 ÀS 12H30 na Quinta da Bacalhoa, vila Fresca de Azeitão – Banda da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeito-nense e Solistas da Orquesta de Câmara Portuguesa./Das 16h00 às 17h30 no Auditório José Afonso, O Mundo Musical de

Setúbal – Coro Infantil e Orques-tra Orff de Setúbal da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi e ainda o Coro e Orquestra do Conservatório Regional de Setúbal./ Das 19h30 às 20h30 nos Claustros do Convento de Jesus – “Músicas de Longe e de Perto”, com Pedro Caldeira (percurssão), Solistas da Or-questra de Câmara Portuguesa (Quarteto de cordas), D.Scarlatti (sonatas para piano) e E. Grieg (quarteto de cordasem sol menor) e Fernando Altube Cantos Tonales (em épocas atonales)

HÁ FESTA NO PARQUE .- UMA FESTA PARA A FAMÍLIADia 2 e 3 das 10h-13h e das 14h-19h no Parque do Bonfim - Feira do Livro infanto-juvenil, animação, ativida-des desportivas, exposições, ateliês, música e mostra de cursos e profissões.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Senhora da noite “Senhora da noite” é o mais recente trabalho de Mísia e o mote para este concerto. Partindo do fado tradicional, o trabalho representa um marco claro no percurso da fadista, tão conhecida pelo seu estilo peculiar. Teatro Municipal de Almada, 21h30

Leandro dá concertoO jovem cantor romântico Leandro dá um concerto por ocasião da 16.ª edição das Festas Populares de Pinhal Novo, que têm como tema central a Sopa Caramela. Pinhal Novo | 22h

Paulo Gonzo e as cantoriasPaulo Gonzo canta os seus maiores sucessos musicais e “Só Gestos”, o seu mais recente trabalho, que faz uma viagem entre os estilos pop, soul, blues e os ritmos latinos.Recinto da Santiagro, S. Cacém | 22h

Sáb. 2

Revista popular A Universidade da Terceira Idade do Barreiro leva à cena o espectáculo de revista “Saídas da Casca”, com encenação de Luciano Barata, que mostra em palco o talento de 22 idosos.SIRB “Os Penicheiros”, Barreiro | 21h30

Comédia popularO grupo de teatro amador sesimbrense De Vez em Quando celebra os Santos Populares com mais uma divertida comédia, cuja história gira em torno de um taberneiro.Cineteatro João Mota, Sesimbra | 21h30

Sáb. 2

Qua. 6

Sáb. 2

Ter. 3

+ Cartaz...

O cantor setubalense Clemente está de volta às lides musicais com o álbum “Viagens”. O

disco inclui dez temas gravados ao longo dos seus 40 anos de carreira, em diversos locais do Mundo. É de realçar o tema “De que cor é o vento”, que abre o CD e que foi gravada no final do ano passado. A canção mais antiga intitula-se “Eu não tenho sonhos para dar”, que foi gravada há 20 anos.

«Este disco contém canções que não conheciam a luz do dia e que eram desconhecidas do público», refere o cantor, que acrescenta que o título do álbum “Viagens” tem a ver com aquilo que «eu tenho feito ao longo de toda a vida».

Clemente, que faz questão de referir que o novo álbum conta com o apoio da SIC Internacional, tem andado a actuar nos Estados Unidos e no Brasil para as comunidades

portuguesas. Segue-se a tournée nacional até Setembro e, em Outubro, parte para a Austrália e Cabo Verde, para promover “Viagens”.

Os 40 anos de cantigas do artista, com mais de «mil canções gravadas», c o m p r e e n d e ainda, no final do ano, a edição de um álbum com uma grande orquestra, que está a ser produzido pelo próprio, há três anos, no Canadá. «É um disco que irá fechar com chave de ouro os 40 anos de carreira e que deverá merecer um programa de televisão especial que ainda está a ser nego-ciado», frisa.

Satisfeito com a sua longa

carreira, Cle -mente espera, um dia, voltar a actuar na Feira de Sant´Iago, em Setúbal. «Tenho recebido muito carinho do público, tem sido fantástico, tenho um público muito fiel em Setúbal e, se Deus quiser, havermos de nos encontrar um dia destes».

Clemente celebra 40 anosde carreira com “Viagens”

Temos álbuns do cantor setubalense Toy para oferecer aos nossos leitores. “Enquanto estou vivo”, um disco de treze originais, é uma aposta romântica, que descreve histórias de amor e paixão. Ligue 918 047 918 para se habilitar ao disco.

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Page 17: Semmais 2 Junho 2012

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[ ALMADA ] [ SEIXAL ]

[ SESIMBRA ]

+ Região

ESTE domingo, a partir das 11h30, a Câmara do Seixal e o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul promovem as comemo-rações do Dia do Pescador para homenagear os homens do mar.

A homenagem está marcada para junto ao Monumento ao Pescador, na freguesia do Seixal.

Do programa das ceri-mónias constam, às 11h30, a homenagem oficial aos homens do mar, através da colocação de um ramo de cravos e uma coroa de flores, «simbolizando os caminhos de Abril e uma homenagem aos pescadores que perderam a vida na faina».

A homenagem prossegue com a actuação de uma banda de música e as inter-venções protocolares junto ao Monumento ao Pescador, terminando a cerimónia com um almoço de convívio entre autarquia, sindicato e pesca-dores.

Município celebra ‘lobos do mar’

ABRE hoje portas, no espaço exterior do Fórum Cultural do Seixal, a inicia-tiva Mercado das Histórias: feira de troca de livros para crianças, uma actividade de promoção do livro e do hábito de leitura nas novas gerações.

A acção, desencadeada pela autarquia, prolonga-se nos dias 9, 16 e 23 de Junho, prevê que, ao entregar um livro, as crianças recebem um vale para escolherem outra publicação para levar para casa. Por outro lado, diz a organização, não existe

limite de livros a facultar para troca.

A entrega de livros decorre até final deste mês, Junho, de segunda a sexta-feira, no Espaço Júnior da Biblioteca Municipal do Seixal, excepto durante o funcionamento da feira, altura em que a recolha é feita no quiosque criado para o efeito.

A feira, que decorre no espaço exterior do Fórum Cultural do Seixal, é orga-nizada pela secção de cultura e educação do executivo liderado pelo comunista Alfredo Monteiro.

Mercado dashistórias promove troca de livros

ATÉ dia 10 de Junho, decorre mais uma edição da Feira Festa condense, num certame que já vai na 22ª edição.

A feira festa começou por ser um ponto de encontro dos moradores, mas hoje é uma das prin-

cipais mostras de activi-dades económicas, que reúne dezenas de exposi-tores ligados às actividades económicas, movimento associativo, empresas e instituições.

Apesar disso, mantém o seu cariz popular, com

um programa que inclui espectáculos musicais para todos os gostos. À seme-lhança das edições ante-riores, a Câmara está presente com uma expo-sição sobre os equipa-mentos e investimentos na freguesia.

Promovida pela Co -missão Organizadora, com o apoio da autarquia sesimbrense e Junta de Freguesia da Quinta do Conde, a Feira Festa promete voltar a atrair milhares de visitantes ao cetame.

Feira Festa de regresso a Quinta do Conde

OS BONS sabores do mar de Sesimbra estão de regresso à mesa, na sétima edição da Quinzena Gastro-nómica do Peixe-espada Preto, que decorre até ao próximo dia 10 de Junho.

Algumas dezenas de restaurantes do concelho apresentam aos visitantes várias receitas à base desta espécie.

Desde os famosos filetes com arroz de tomate, ao peixe-espada preto guisado com ervilhas, passando por outras propostas mais sofis-ticadas, a restauração do concelho oferece as maiores iguarias tradicionais à base deste peixe.

Um dos destaques deste ano é a realização do workshop Peixe-espada

Preto na Sua Mesa, marcado para 9 de Junho, sábado, no restaurante O Canhão, onde

cada participante tem a oportunidade de confec-cionar a sua própria refeição.

A organização promove ainda o Dia do Peixe-espada Preto, no dia 7 de Junho, em que o prato fica pelo preço de 7 euros, e ainda um passa-tempo.

O programa está dispo-nível em peixeespadapreto.sesimbra.pt, que reúne toda a informação este aconte-cimento gastronómico.

A Quinzena do Peixe-espada Preto é promovida pela Câmara Municipal de Sesimbra, em parceria com a Junta de Freguesia de Santiago, ArtesanalPesca e associações de comerciantes.

Peixe-espada preto reina em Sesimbra

Este mês, os visitantes podem provar o ex-líbris

Promover a leitura é um dos objectivos do certame

ALMADA celebra o Dia Municipal do Bombeiro, com uma cerimónia pública na Praça da Liberdade, este domingo, a partir das 10 horas. A iniciativa da autar-quia visa homenagear e reco-nhecer o trabalho diário dos ‘soldados da paz’ de Almada, Cacilhas e Trafaria.

O programa inclui a entrega de medalhas muni-cipais de Ouro, Prata e Bronze, aprovadas em reunião extraordinária, a dezoito bombeiros com 30, 20 e 10 anos de distintos serviços prestados à causa pública.

O executivo decidiu ainda entregar a medalha de Ouro de Bons Serviços a José Manuel Baptista, presidente da Assembleia-Geral dos

Bombeiros de Cacilhas e presidente da Direcção da Associação Reviver Mais – Associação dos Operacio-nais e Dirigentes dos

Bombeiros Portugueses, por bons, distintos e brilhantes serviços à causa pública.

Da cerimónia consta ainda um desfile das forças

em parada, a deposição de flores no monumento ao bombeiro, e a exposição de vários veículos de bombeiros.

O 8.º CONCURSO Gastro-nómico de Almada, cujas provas arrancaram a 7 de Maio, prossegue em 25 restau-rantes até dia 10. Os preços

dos pratos oscilam entre os 9 e os 30 euros por refeição.

Organizado pelo muni-cípio, o evento visa promover a qualidade e a diversidade

da gastronomia, bem como o património cultural. Além das categorias a concurso de Cozinha Regional Portuguesa e Cozinha de Autor, serão

ainda distinguidos a melhor entrada/sopa, prato principal e sobremesa. A qualidade dos serviços e equipamentos também serão premiados.

Concurso de gastronomia conta com 25 restaurantes

Medalhas municipais para bombeirosD

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O voluntariado e esforço dos bombeiros almadenses vão ser reconhecidos pelo município

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Dia dedicado ao Pescador

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[ BARREIRO ] [ MONTIJO ]

[ MOITA ]

O PROJETO Tu Kontas (+ainda) vai levar ao palco do Cine Teatro Joaquim de Almeida, no próximo dia 6,

a terceira Gala da Academia de Talentos com o espectá-culo “Do meu bairro ao pôr-do-sol”.

Ao palco subirá o elenco das crianças e jovens do projeto Tu Kontas (+ ainda), sob a concepção e direcção

artística do Teatro do Elefante e com a participação especial do Conservatório Regional de Artes do Montijo.

UM CORTEJO turístico equestre, um derby de atre-lagem e concurso de desenho são as iniciativas que este sábado promete juntar centenas de pessoas no Pegões a Cavalo.

Esta acção pretende promover o Cavalo Puro-Sangue Lusitano e dinamizar Pegões, demonstrando assim as suas particularidades e apetências para o desenvol-vimento dos desportos equestres e para o lazer.

Durante a manhã, as ruas da freguesia serão percorridas pelo cortejo equestre, promo-vendo o convívio entre os prati-cantes e entusiastas.

A tarde será preenchida pelo Open de Atrelagem Adega de Pegões no Campo adjacente

à Escola Básica 2,3. Várias equipas de peso na

modalidade já confirmaram a sua presença. Pegões a Cavalo é promovido por uma comissão que inclui a Asso-ciação Amigos do Campo e

elementos do Grupo Amigos do Cavalo Puro-Sangue Lusi-tano. O evento tem o apoio da Câmara do Montijo e das juntas de Pegões e de Santo Isidro de Pegões.

Cortejo de Pegões mostra Puro Sangue Lusitano

Gala da Academia mostra talentos do projecto Tu Kontas

A SEXTA edição do Concurso Nacional de Poesia e Ficção Narrativa “Montijo Jovem 2012” tem inscrições abertas até ao final deste mês.

A iniciativa do Gabinete da Juventude da Câmara do Montijo tem por objectivo descobrir e divulgar novos talentos na área da literatura.

Qualquer cidadão nacional ou estrangeiro resi-dente em Portugal, com idade entre os 15 e os 25 anos, pode candidatar-se através do preenchimento de ficha de inscrição acompanhada de uma fotocópia do bilhete de identidade e de uma foto-grafia tipo passe.

Poesia e ficção a concurso nacional

Montijo ensina a arte de bem cavalgar

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A BIBLIOTECA Estival volta este sábado, à Praia Fluvial do Rosário. Até 31 de Agosto, os veraneantes podem encontrar, neste posto de leitura de verão,

livros, revistas, jornais e jogos tradicionais e didác-ticos para toda a família.

Fomentar o gosto pelo livro e pela leitura, bem como atrair novos leitores para as

bibliotecas municipais são os principais propósitos desta iniciativa da Câmara Municipal da Moita.

A Biblioteca Estival funciona de terça a sexta-

feira, das dez da manhã à uma da tarde, das duas às seis da tarde e, aos sábados, domingos e feriados, das nove às duas ou das duas às sete da tarde, consoante as marés.

DESDE o início do mês de Maio que o horário de funcionamento da

iluminação pública no município da Moita passou a estar regulado pelo

crepúsculo solar.Assim, as luzes passam

a ligar-se 20 minutos após o pôr-do-sol e desligando-se 30 minutos antes do nascer do sol.

De acordo com o execu-tivo de João Lobo, o esforço de rentabilização da energia leva, também a Câmara Muni-cipal da Moita, a desenca-dear a substituição dos candeeiros mais antigos e ineficientes e, por outro lado, desligar alguns pontos de luz em locais onde a iluminação é excessiva. O objectivo, assi-nala o executivo camarário,

tem em vista a optimização das condições de iluminação.

Estas acções inserem-se num conjunto de medidas de eficiência energética na

iluminação pública que a Câmara Municipal da Moita está a implementar, com o objectivo de adequar o serviço prestado às neces-

sidades efectivas do espaço público, através da intro-dução de tecnologias que permitem uma melhor gestão e eficiência da iluminação.

Câmara adopta eficiência energética

Biblioteca estival de volta à Praia do Rosário

Um novo horário de funcionamento e novos equipamentos são as novidades deste ano

D.R

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A MAIOR riqueza do concelho «são as nossas crianças e as nossas escolas; enfatizou o presidente da autarquia barreirense Carlos Humberto, quarta-feira, na abertura da XI Feira Peda-gógica.

Para o autarca, os grandes desafios de Portugal são «o ensino e o emprego», pois o país «precisa de gente qualificada», afirma, susten-tando, assim, a aposta do concelho na área da educação.

A Feira Pedagógica é

organizada pela Câmara Municipal do Barreiro e Comunidade Educativa do Concelho, em colaboração com as Juntas de Freguesia, e conta com o apoio da Universidade de Belas, Coração Tropical, e Renault Caetano Formula.

Neste certame, que fecha portas amanhã, participam mais de 40 entidades ligadas ao ensino público e privado.

A mostra dos projectos educativos das instituições do concelho do Barreiro está patente no Parque da Cidade.

ESPERANÇA no futuro e o incentivo ao trabalho em parceria com o intuito de ultrapassar as dificul-dades foram as mensa-gens do presidente da Câmara do Barreiro, no Dia de África, que se come-mora este sábado.

A iniciativa, no Cine Clube do Barreiro, incluiu projecção do filme “Gente como Nós. Vidas de Imigrantes em Portugal” (produção do ACIDI), reflexão e debate com a participação das associa-ções Africana, Angolana, Filhos e Amigos do Bachil e Filhos e Amigos da Ilha das Galinhas, lanche com gastronomia africana patrocinado pelas asso-ciações de imigrantes e, a

terminar, o desfile de trajes tradicionais, música e dança africanas “Undiman”.

O Dia de África teve como objectivo promover e divulgar as diferentes culturas que são parte integrante do Concelho, ao mesmo tempo que visa dar destaque ao exercício da cidadania activa de todos aqueles que vivem ou trabalham no Barreiro.

Na sessão de abertura, Carlos Humberto realçou a necessidade de África se tornar «cada vez mais um continente feliz, que encontre formas de dar sustentabilidade ao seu povo, que dê educação, cultura, habitação, condi-ções de vida».

Dia de África assinala culturas Cine Clube

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Ensino e emprego são desafios em Feira Pedagógica

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[ SETÚBAL ] [ ALCOCHETE ]

[ PALMELA ]

AS 16.ªs Festas Popu-lares de Pinhal Novo arrancam na noite do dia 5, com um orçamento de 185 mil euros. Durante os seis dias, a sopa Caramela vai estar em destaque. As atracções são Leandro (dia 5), os Amor Electro (dia 7) e Romana (10).

É de destacar a 1.ª Mostra de Vinhos, integrada no “Palmela – Cidade Europeia do Vinho”, e o espectáculo Piro-Áqua.

Armando Pires, presi-dente da associação de festas, durante a apresentação do evento, realçou que as festas, que assumem o papel de «um bom veículo de promoção dos produtos locais», vão ter por detrás uma «grande equipa» para que continuem a ser «uma referência na região e no País».

Manuel Lagarto, presi-dente da Junta, reconhece que a imagem da freguesia fica a ganhar com as festas, o «maior evento» da

freguesia, com fortes raízes populares.

Já o vereador Adilo Costa considera que a sopa Cara-mela deveria ser uma marca registada, uma vez que este

pitéu representa a «força e a identidade» das gentes de Pinhal Novo. Tourada, ranchos folclóricos, bailes e fados completam o programa.

CERCA de duas mil pessoas participam nos concertos do II Festival de Música de Setúbal, certame que decorre até domingo e inclui no cartaz artistas de renome internacional.

O envolvimento da popu-lação na participação de actuações, com ênfase na comunidade educativa e escolas de música do concelho, continua a ser uma das imagens mais marcantes do festival, criado com a fina-lidade de fomentar a auto-estima e o espírito de inclusão e de solidariedade entre as várias comunidades residentes em Setúbal.

Todos os espectáculos são gratuitos, excepto as

actuações do concerto Atlân-tico, de Pedro Caldeira Cabral, e de Pedro Carneiro e do quarteto de cordas. Os bilhetes para estes dois espectáculos custam 12 euros e podem ser adquiridos na Loja Coisas de Setúbal, na Casa da Baía ou no Posto de Turismo de Azeitão.

O hino do evento, composto por alunos de várias escolas primárias, por utentes da APPACDM e pelo Coral Infantil de Setúbal, num projecto coordenado por Carlos Barreto Xavier, é apresentado na presente edição. O espectáculo “Canções de Setúbal” realiza-se este sábado, às 16 horas, no auditório José Afonso.

UMA ACÇÃO de limpeza nas praias da Figueirinha e Albarquel realiza-se este sábado, de manhã, no âmbito da iniciativa “Amar Setúbal”, organizada pelo município e pela Associação Portu-

guesa de Inspecção e Prevenção Ambiental (APAMB).

Esta acção conta com a envolvência de dezenas de voluntários, que se juntam a partir das 9 horas,

nas referidas praias, munidos de sacos e luvas disponibilizados pela orga-nização.

Estava ainda prevista uma limpeza subaquática junto da muralha do Jardim

da Beira-Mar, por mergu-lhadores dos Bombeiros Sapadores, que não se efectua uma vez que a equipa tem de acompanhar, no mesmo dia, o “Troféu Kayak Mar”.

Acção de limpeza na Figueirinha e Albarquel

Festival da Música envolve dois mil

O Concerto Atlântico, de Pedro Caldeira Cabral, promete animar

Falta de médicos deixa a população com os nervos em franja

O LANÇAMENTO da primeira pedra do futuro quartel da GNR de Palmela, com um custo de um milhão e meio de euros, tem lugar no dia 5, pelas 17 horas, na Avenida do Palmelense Futebol Clube. A empreitada, da responsabilidade do município, que preparou o concurso, adjudicou e fisca-lizará os trabalhos, conta com financiamento do Minis-tério da Administração Interna (MAI). O terreno onde será construído o quartel foi adquirido pela edilidade, por 99 mil e 500 euros.

Esta obra, que vai ter de ser executada durante um ano, é o resultado do «diálogo institucional» que o muni-cípio mantém com a admi-nistração central e de uma política de «colaboração activa» com as entidades responsáveis pela segurança dos cidadãos.

Sopa Caramela reinanas festas do Pinhal Novo

Primeira pedrado quartel da GNR

As largadas de toiros são um dos pontos altos das festas

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MAIS condições de saúde e mais médicos para a Extensão do Centro de Saúde do Samouco foram as reivindicações que quarta-feira juntaram centenas de alcochetenses na Praça da República.

A acção popular, desen-cadeada pela Câmara e pela a Junta de Freguesia de Samouco, visou protestar contra a degradação contínua dos serviços de saúde locais. Desde Junho do ano passado, a população passou a ter cuidados de saúde num local moderno e acessível, num investi-mento da autarquia «que se substituiu ao Governo, levando a cabo uma obra com esforço financeiro

próprio, avaliado em cerca de 600 mil euros». Todavia, esse esforço não foi acom-panhado pelo devido inves-timento do Ministério da Saúde, denuncia o executivo de Luís Franco, uma vez que «não tem dotado o Centro de Saúde dos meios humanos necessários».

Um médico em regime de rotação, dois ou três meios-dias por semana, «é manifestamente insuficiente para uma população de 3.130 pessoas», afirma o execu-tivo comunista que, em conjunto com os autarcas da junta e os movimentos de utentes de saúde, exigem mais investimento gover-namental nesta área da saúde pública.

Junta de Samouco protesta contrafalta de médicos

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DESDE quinta-feira, as Festas de Confraternização Camponesa de São Fran-cisco têm vindo a mobilizar a população da freguesia.

Até domingo, os visi-tantes podem ver actividades de promoção das tradições locais, que ao longo do tempo têm sido preservadas

pela população. Do programa fazem parte

espectáculos musicais, bailes populares, iniciativas desportivas, assim como as tradicionais largadas de toiros, reflexo também de um forte enraizamento das tradições tauromáquicas nas gentes locais.

A ESCOLA Básica 2,3 El-Rei D. Manuel I abre as suas portas à comunidade na próxima segunda-feira, com a realização da 2.ª Mostra de Clubes, Projectos e Oficinas, promovida pelo Agrupa-mento de Escolas El-Rei D. Manuel I.

A escola sede do Agru-pamento vai mostrar algumas das actividades desenvolvidas com a parti-cipação de todas as escolas do 1.º Ciclo e do Pré-escolar do agrupamento e ainda do Desporto Escolar e da Educação para a Saúde e Educação Sexual.

Festa Camponesa junta populares em São Francisco

Escola D. Manuel I mostra projectos à comunidade

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[ LITORAL ]

CRIANÇAS de 10 anos e o grupo de teatro da Cercisiago juntam-se, hoje, no palco do auditório do Centro de Artes de Sines para reflec-tirem sobre os mistérios por trás de tudo o que a sociedade consi-dera ‘normal’.

Trata-se de um espectáculo introspectivo, numa co-produção do Serviço Educativo e Cultural do CAS, do Grupo de Teatro A Arca dos Sonhos – Cercisiago e da turma do 4.º D da Escola Básica n.º 1 de Sines.

Inspirado no livro Olá, Está Aí Alguém, de Jostein Gaarder, o espectáculo surge na sequência do trabalho de parceria entre a Cercisiago e o Centro de Artes de Sines nos últimos três anos.

Com 16 anos de existência, o grupo de teatro da Cercisiago já produziu mais duas peças em co-produção com o Centro de Artes de Sines - As Viagens de Gulliver, em 2010, e Vidas”, em 2011 - , bene-

ficiando do apoio dos técnicos do centro, em áreas como a sono-plastia, a cenografia, a música, a expressão dramática e a dança.

Desta vez, a parceria estende-se aos alunos do ensino básico, que até aqui apenas tinham partici-pado como espectadores.

O CONCELHO de Sines recebe, este fim-de-semana, o Encontro Vespista do Litoral Alentejano.

Trata-se do quinto encontro de vespistas a decorrer no concelho, e que todos os anos tem sido orga-nizado pelo Vespa Clube do Alen-tejo Litoral.

O Vespa Clube do Alentejo Litoral foi criado em 2006 com o objectivo de congregar os amantes

de um dos veículos míticos do motociclismo.

O encontro vai reunir, pelas ruas do concelho de Sines mais de uma centena de vespistas de todo o país, com um programa que lhes dá a conhecer algumas das principais riquezas e atrac-ções culturais, patrimoniais e paisagísticas da região.

A PARTIR de dia 23, e durante quatro dias, o pavilhão de expo-sições de Alcácer do Sal vai acolher a já tradicional Feira do Turismo e Actividades Económicas, Pimel 2012, com mega-mostras do potencial económico e turístico do concelho.

Ao longo desses dias, música, gastronomia, exposições, confe-rências e muita animação vão marcar

o evento, com destaque para os arte-sãos e para a economia local, através de produtos típicos e tradicionais.

A Pimel é organizada pela Câmara de Alcácer do Sal, lide-rada pelo socialista Pedro Paredes, e anualmente concentra centenas de expositores dos vários sectores da economia local, com destaque para o mel, o pinhão, a doçaria, gastronomia,

artesanato, bem como comércio, serviços e turismo. A autarquia, organizadora do evento, explica que o objectivo da feira é a divul-gação e promoção das activi-dades económicas da região, nas suas mais diversas vertentes, incluindo a tradicional, «valori-zando os investimentos concre-tizados e procurando atrair novos investidores».

Crianças e Cercisiago reflectem sobre a vida

Sines acolhe amantes das duas rodas

Pimel mostra potencial de Alcácer

O LABORATÓRIO de Águas de Santiago do Cacém foi esta semana acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) para a realização de amostragens e ensaios.

Uma acreditação que o executivo de Vítor Proença diz traduzir o «reconhecimento externo e independente da competência técnica» para assegurar a actividade de veri-ficação da conformidade da qualidade da água.

Ao Laboratório de Águas do município foi concedida a acreditação para a reali-zação da actividade de amos-tragem e de ensaios micro-biológicos e físico-químicos para os seguintes âmbitos: amostras de água natural, de consumo humano e de piscina, tendo, por isso, rece-bido o Certificado de Acre-ditação L0623.

A acreditação diferencia-se positivamente da certifi-cação por obrigar não só ao cumprimento pela imple-mentação de um Sistema de Gestão da Qualidade, mas também por impor a neces-sária competência técnica que garanta a confiança nos resultados e nos produtos das actividades acreditadas.

ENTRE Julho e Agosto, durante dez dias, treze jovens portugueses e igual número de jovens alemães vão visitar locais únicos no Alen-tejo litoral, nomeadamente o concelho grandolense.

A iniciativa vai decorrer no âmbito do Intercâmbio de Jovens Portugal – Alemanha, tem já inscri-ções abertas para os jovens estu-dantes portugueses entre os 15 e os 17 anos.

O objectivo, segundo explica o gabinete I-Agora, promotor da iniciativa, é partilhar experiências relacionadas com biodiversidade, reciclagem ou mudanças climá-ticas, entre outras actividades agen-dadas para estes dias, na zona do Carvalhal.

ESTIMULAR e divulgar estudos feitos acerca de Santiago do Cacém é objectivo da mais recente asso-ciação cultural do concelho. Trata-se do Núcleo de Estudos Mirobri-censes que já conta com cerca de 20 sócios.

Constituído por um grupo de pessoas que têm em comum o inte-resse no estudo e na pesquisa, pretende contribuir para o desen-volvimento de estudos na área das Ciências Sociais, numa vertente

pluridisciplinar, desenvolvendo esforços para actualização e divul-gação em matérias daquela área,

bem como estabelecer contactos com entidades com fins idênticos.

Vítor Barata, secretário da direcção do Núcleo, conta que, numa primeira fase, os estudos «vão ser publicados numa revista» cuja primeira edição deverá sair em Outubro, mas como já existem trabalhos mais do que suficientes para publicar várias edições, «a divulgação será feita em seminários, coló-quios, tertúlias e debates».

SEIS instituições do concelho de Grândola receberam, das mãos da autarquia, diverso material orto-pédico adquirido no âmbito da campanha O Tampas e o Caricas.

A campanha que mobilizou a população do concelho, foi iniciada em Setembro do ano passado pela Universidade Sénior e o Programa Viver Solidário e, no entender do executivo camarário, «reflecte bem o trabalho levado a cabo pelo muni-cípio ao nível do desenvolvimento social, nomeadamente na imple-mentação de medidas promotoras da qualidade de vida da população idosa e potenciadoras do envelhe-cimento activo».

Mais de uma tonelada de tampas de plástico e caricas (1729 quilos) foram recolhidas no âmbito da campanha de solidariedade, sendo o valor apurado com a reci-clagem convertido em material

ortopédico: três cadeiras de rodas manuais, duas calçadeiras de plás-tico, dois andarilhos com rofas e cesto, dois medidores de tensão arterial, uma bengala de madeira, duas canadianas de liga leve, duas canadianas normais e três bancos rotativos de poliban.

As instituições contempladas

são a casa do Povo de Melides, Casa do Povo de Azinheira dos Barros, Centro Social do Carvalhal, Santa Casa da Misericórdia de Grândola, AISGRA - Associação de Inter-venção Social de Grândola, e a Associação de Desenvolvimento Social de Santa Margarida da Serra.

População de Grândolauniu-se para ajudar seniores

IPAC certifica águas de Santiago

Jovens estudantes alemãesà descoberta do Alentejo

Estudos pesquisam história de Santiago

Caricas e tampas deram lugar a material ortopédico para as IPSS

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Terapia através do teatro no CAS

Grândola é um dos pontos a visitar

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Miróbriga deu nome à associação

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+ Desporto

O CAMPEONATO Nacional de Sub-18 masculinos conhece o vencedor este domingo. No pavilhão dos Desportos de Almada, Barreirense, Benfica, CS Vasco da Gama e FC Porto medem forças,

desde ontem, pela conquista do troféu da competição, que está na posse dos benfiquistas.

Os basquetebolistas barreirenses, como equipa representante da região no evento, deixam antever forte apoio nas bancadas.

Os derradeiros 90 minutos do Campe-onato da I Divisão

Distrital da Associação de Futebol de Setúbal 2011/12 jogam-se este domingo, a partir das 17 horas. Barrei-rense ou Vasco da Gama de Sines, uma das duas equipas vai conquistar o título e consequentemente a subida ao escalão nacional.

Mas há mais uma dúvida! Na parte inferior da classifi-cação Alcacerense e 1.º Maio Sarilhense vão disputar o último lugar de manutenção.

No Barreiro respira-se um clima de ansiedade pela última vitória na prova distrital. A equipa local, trei-nada por Duka, lidera a competição com 68 pontos e tem tudo a seu favor para

regressar aos nacionais de onde está arredada desde 2009/10.

De facto, o cenário que se coloca aos ‘alvi-rubros’ é amplamente favorável em relação ao Vasco da Gama, que segue na segunda posição da prova, também com o mesmo número de pontos do que o seu mais directo concorrente. No entanto, a vantagem no confronto directo entre barreirenses e sineenses

permite à equipa do emblema centenário, que joga em casa, frente ao já despromovido Marítimo Rosarense (16.º e último lugar) limitar-se à obtenção de um desfecho semelhante ao do clube de Sines.

Perante esta situação, ao Vasco da Gama, treinado por Carlos Lóia, que ao longo da prova lutou pelo topo, resta um resultado melhor do que o Barreirense para que a festa se faça em Sines, local onde

o Vasco recebe o Beira-Mar de Almada (10.º lugar).

Discussão pelapermanência

No fundo da classificação há ainda um lugar (13.º) que atira para a II distrital quem lá ficar. Na última ronda da prova, cabe a Alcacerense e 1.º Maio Sarilhense lutarem para evitar a queda.

Os alcacerenses seguem no 12.º posto, com 36 pontos, e recebem o Paio Pires (9.º). Menos acomodados estão os sarilhenses (13.º, com 35 pontos), obrigados, depois de receberem o despromovido Luso (14.º), a fechar as contas da prova com saldo melhor que o clube de Alcácer.

Joaquim Guerra

A moda é uma palavra simples mas de significado por vezes difícil.

Etimologicamente Moda é um gali-cismo que significa uso passageiro, maneira, costume, podendo ainda dizer-se de árias e cantigas populares.

Estar na moda ou passar de moda tem muito que se lhe diga e eu vou dizer, sob a forma de aligei-rada crónica sobre tal mote.

Vamos a isso.O rolar dos anos, feitos de

épocas, constitui uma espécie de destruidor de modas.

Exemplos disso mesmo são muitas e de variadas espécies, concretizadas em palavras que cheiram a mofo, caídas em desuso, tais como rapé, peliça, polaina, açougue e madrigal.

Os homens deixaram de ostentar solenes suíças e as mulheres aban-donaram os arrebicados “lorignons” e a apertados corpetes.

Entretanto, alastrou a moda dos ‘piercings’ nas ventas e nos narizes e a dos cabelos à escovinha da malta nova, passando pelas mini-saias, calças à boca de sino e suspensórios policromados.

E quanto a atitudes, mais ou menos censuráveis, também a moda tem vindo a marcar presença, com indesejável acento tónico nos meandros do futebol.

Falemos disso…Há ‘gaiolas’ e super-policia-

mentos nos jogos denominados de risco. Há lamuriosas queixas contra os árbitros e seus auxiliares. Há “chicotadas psicológicas” por tudo e por nada. Há obscenidades soezes em entoações “líricas” nos estádios, a cargo das ‘claques’?

Há repetidas e deploráveis infil-trações nas vidas particulares de joga-dores, técnicos, dirigentes e juízes de campo. Há estúpidos arremessos de bolas de golfe e de petardos luminosos, barulhentos e fumegantes, que assustam e queimam os relvados, com apelo a solícitos serviços de bombeiros.

E tudo isso está na moda, por assim dizer e infelizmente, nos domínios do futebol, que foi moda aristocrática há 100 anos e é hoje talvez demasiadamente popular.

E será que tudo isso que evocamos possa, a curto prazo, passar de moda?

Não pensamos que sim… E, daí, a nossa confissão, de repúdio e tris-teza em jeito de crónica com confes-sados intuitos de dar que pensar.

Voltar ao rapé e ao “lorignon” não! Mas estes exageros dos nossos dias não são de aceitar – longe disso!

Passarde moda

DavidSequerra

Futsal do Fabril falhou título nacional O GD Fabril venceu, 4-3, o Rio Ave, no segundo jogo do apuramento de campeão nacional da II divisão, mas falhou a conquista do título. O triunfo, por 6-3, dos vilacondesnses na primeira-mão, foi decisivo. Ambos seguem para a I divisão.

Sesimbra decide nacionais de hóquei em patinsO Pavilhão do Grupo Desportivo de Sesimbra, vai receber nos dias 7 e 8 deste mês a “Final Four” de Apuramento de Campeão Nacional de Hóquei em Patins – categorias de Juvenis e Infantis, referentes á época desportiva de 2011/2012.

Passes Curtos

Monte de Caparica é campeãoO triunfo, por 1-0, do Monte de Caparica, em casa, frente ao Almada, garantiu na antepenúltima jornada da II distrital, o título de campeão ao conjunto caparicano e o regresso à I divisão da AFS. Por seu turno, ao Almada, um ponto ganho este domingo, frente ao Arrentela, garante a vice-liderança e a subida de escalão.

Região perde três para o distritalO Alcochetense não evitou a despromoção da III divisão. Na última ronda, ‘os verde e brancos’, perderam no Cartaxo, por 2-1, e estão de regresso à I distrital. Com igual destino estão os Pescadores da Costa da Caparica e Olímpico do Montijo.

Barreirense e Vasco da Gamajogam festa da subida amanhã

O TORNEIO de Aniversário da Sociedade Recreativa da Baixa da Serra, em lutas amadoras, foi conquistado colecti-vamente pela equipa do emblema aniversariante.

No evento em que participaram 40 atletas (20 femininos e 20 masculinos) em repre-sentação de quatro

clubes sedeados no distrito, os lutadores da casa somaram 23 pontos nos diversos combates realizados nos vários escalões etários, mais seis em relação ao Clube do Bastos. GDR Portugal (10 pontos) e 1.º Agosto Paivense (8) fecharam a classificação.

Baixa da Serra conquista torneio de aniversário

Almada acolhe finalNacional de basquetebol

Urgênci5 euros6 euros7 euros8 euros9 euros

10 euros11 euros

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A equipa barreirense é a representante do distrito

1.º Lugar68 Pontos

2.º Lugar68 Pontos

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A edição do Portas Abertas da cimenteira Secil, no Outão, contou este ano com a envol-

vência de cerca de duzentas pessoas nos dois dias destinados ao público, sem esquecer alguns grupos orga-nizados. Os visitantes ficaram a conhecer as razões que estiveram por detrás da obtenção do Prémio de Inovação para a Sustentabili-dade, na categoria Gestão, numa iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, integrada no Concurso European Business Awards for the Environment realizado pela Comissão Europeia.

Nuno Maia, director de comu-nicação da Sécil, faz um balanço «muito positivo» do Portas Abertas, que arrancou em 2004, embora reconheça que o número de visi-tantes tenha decrescido em compa-ração com o ano anterior. A seu ver, outras empresas da região, com responsabilidade ambiental, deveriam seguir o exemplo da Secil.

«Nós achamos que o Portas Abertas é uma boa prática. Temos bons resultados e um bom feedback dos visitantes. Sabemos que existem outras empresas que seguem o nosso exemplo e creio que é uma prática que se vai alargar a outras empresas».

Sobre o prémio de gestão de excelência conquistado, Nuno Maia diz que o mesmo representa o reco-nhecimento da «excelência da

gestão ambiental», em que incor-pora a sustentabilidade em toda a sua actuação, desde a estratégia até à operacional. E realça que este galardão demonstra que «é possível estabelecer um perfeito equilíbrio entre a indústria e ambiente, contribuindo activa-mente para a economia e emprego na região de Setúbal, com todas as garantias de uma actuação sustentável».

A palavraaos visitantes

Maria Teixeira, 66 anos, que já participou em vários Portas Abertas da Secil, considerou a visita de «grande utilidade», pois serve para elucidar as pessoas sobre o funcio-namento de uma unidade fabril. «Eles dizem que estão a respeitar o ambiente e eu espero que seja verdade. No primeiro ano que cá vim ofereceram o almoço, mas este ano não houve nada. Se tivessem oferecido um bolinho e um cafe-zinho já era bom. Uma empresa como esta não ficava muito preju-dicada», desabafa.

Albano Vitorino, 65 anos, que também é repetente nesta inicia-tiva, também ficou satisfeito com as explicações dos técnicos. Além disso, gostou dos brindes que levou para casa. «Ofereceram-nos uma esferográfica, um livrinho e uma pen para computador, também está bem. O almoço também era bom, mas, se calhar, por causa da crise, não tiveram possibilidades», atira.

Outra habitué nestas andanças é Dorinda Luís, 67 anos, que reco-nhece que de ano para ano o Portas Abertas vai registando algumas novidades. «Acho bem que as pessoas de Setúbal venham conhecer esta fábrica, que vai modernizando, aos poucos, as suas instalações. Gostei muito».

Um visitante, de 76 anos, que preferiu ficar no anonimato, confessa que ficou satisfeito com a evolução da fábrica, sobretudo na área ambiental. «A Secil é uma grande empresa e ficava bem da parte deles oferecer o almoço às pessoas. Não dei a minha manhã por perdida, porque gosto destas coisas e já cá vim diversas vezes. Para o ano cá estarei, com ou sem almoço», frisa.

O DIRECTOR de desenvol-vimento estratégico e logístico dos Portos de Setúbal e Sesimbra é o novo presidente da Asso-ciação para o Desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Transportes (ADFERSIT), em resultado das eleições realizadas na terça-feira.

O novo elenco pretende «manter a isenção na defesa dos sistemas de transportes integrados, alargar o âmbito da ADFERSIT a todos os subsectores dos trans-portes e também a base dos asso-ciados e empresas apoiantes»,

Por outro lado, quer dinamizar a realização de sessões temáticas e desafiar os agentesdo sector a participar com estudos e traba-lhos de opinião e investigação técnica e científica.

A PRESIDENTE da Administração do Porto de Sines (APS), Lídia Sequeira, integrou a comitiva do Presidente da República que esta semana visitou o porto de Singapura.

A comitiva foi acompanhada por Fock Siew Wah, presidente da PSA - Port of Singapure Authority, que reforçou a vontade de investir em Portugal, tendo, mesmo, destacado as condições e a excelente locali-zação de Sines, considerando-o «um dos melhores portos europeus» para fazer ligação à Ásia e Europa.

Na altura, Cavaco Silva enfatizou a posição geográfica do porto de Sines

e o trabalho realizado pela PSA Sines, salientando a vontade da PSA «de investir em Portugal, não olhando apenas para o nosso mercado interno, mas também o resto da Europa».

Recorde-se que, através do

Terminal XXI, o porto de Sines tem uma ligação directa semanal com o Porto de Singapura, o terceiro maior porto do mundo em tonelagem movi-mentada e o segundo maior porto de contentores com cerca de 30 milhões de TEU movimentados em 2011.

O contrato de concessão do Terminal XXI com a PSA foi assinado em 1999, por 30 anos, prevendo a construção das infra-estruturas, super estruturas e equipamento do Terminal de Contentores de Sines (Terminal XXI), sendo o seu desenvolvimento realizado através do sistema BOT (Build, Operate and Transfer).

Lídia Sequeira e Cavaco ‘vendem’ Porto de Sines em Singapura

Caldeirinha lidera Sistema de Transportes

Repsol com 19 milhões de eurosde receitas

O RESULTADO líquido das empresas da Repsol em Portugal, em 2011, foi de 19 milhões de euros. Este resultado traduz uma performance sólida das activi-dades nos combustíveis e gás e um resultado negativo no negócio petroquímico, em linha com a conjuntura internacional nesta actividade.

A Repsol tem no nosso País activos de 1 200 milhões de euros e o número médio de trabalha-dores foi em 2011 de 1 228 contra 1 192 em 2010.

A facturação total das prin-cipais empresas do grupo Repsol em Portugal ascendeu a 3 029 milhões de euros, representando um acréscimo em relação ao ano anterior (2.600 milhões de euros), fruto da influência do preço final dos produtos petrolíferos.

Num ano em que a carga fiscal aumentou, a Repsol entregou ao Estado, entre impostos sobre os resultados, ISP e IVA, um total de 1 131 milhões.

Da actividade consolidada é de destacar a comercialização anual de cerca de 2 mil milhões de litros de combustíveis da Repsol Portuguesa, a manutenção de uma rede superior a 10 mil pontos de venda da Repsol Gás Portugal e da Repsol Polimeros, como a maior empresa química do país e uma das maiores expor-tadoras de Portugal.

A Repsol congratula-se pela assinatura, em Outubro de 2011, do contrato para pesquisa e exploração de gás natural no off-shore algarvio, cujos trabalhos de recolha de informação sísmica foram já realizados em 2012.

Secil dá a conhecer acção ambiental de portas abertasA Secil partilhou com os setubalenses o galardão de Inovação para a Sustentabilidade, pela sua gestão de excelência, em mais uma edição do Portas Abertas. Os participantes mostraram-se satisfeitos, pois notaram evolução e respeito pelo ambiente na fábrica do Outão.

A Secil é uma industria cimen-teira, quase centenária, que gere três fábricas de cimento em Portugal, uma delas localizada no Parque Natural da Arrábida, inte-grado na Rede Natura 2000. Dá emprego a trezentas pessoas, de forma directa, e a 3 mil de forma indirecta. Em 2011, a Secil foi o maior carregador do porto de Setúbal. No Portas Abertas, os visitantes tiveram oportunidade de visitar, em autocarro, todo o

perímetro da empresa, mas em especial a sala de comando, as pedreiras e os viveiros, destinados à produção de plantas para recu-peração paisagística. Ali são produzidas 6 mil toneladas de calcário e marga, por turno, que depois são transformados em cimento. Na área da biodiversi-dade, a Secil apostou na implan-tação de um charco artificial e na colocação de ninhos em árvores para morcegos e outras aves.

Uma cimenteira com responsabilidade social

Sequeira e Cavaco em SingapuraObjectivo é dinamizar a associação

Os setubalenses ficaram deslumbrados com o Portas Abertas da Secil

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A edição do Portas Abertas da cimenteira Secil, no Outão, contou este ano com a envol-

vência de cerca de duzentas pessoas nos dois dias destinados ao público, sem esquecer alguns grupos orga-nizados. Os visitantes ficaram a conhecer as razões que estiveram por detrás da obtenção do Prémio de Inovação para a Sustentabili-dade, na categoria Gestão, numa iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, integrada no Concurso European Business Awards for the Environment realizado pela Comissão Europeia.

Nuno Maia, director de comu-nicação da Sécil, faz um balanço «muito positivo» do Portas Abertas, que arrancou em 2004, embora reconheça que o número de visi-tantes tenha decrescido em compa-ração com o ano anterior. A seu ver, outras empresas da região, com responsabilidade ambiental, deveriam seguir o exemplo da Secil.

«Nós achamos que o Portas Abertas é uma boa prática. Temos bons resultados e um bom feedback dos visitantes. Sabemos que existem outras empresas que seguem o nosso exemplo e creio que é uma prática que se vai alargar a outras empresas».

Sobre o prémio de gestão de excelência conquistado, Nuno Maia diz que o mesmo representa o reco-nhecimento da «excelência da

gestão ambiental», em que incor-pora a sustentabilidade em toda a sua actuação, desde a estratégia até à operacional. E realça que este galardão demonstra que «é possível estabelecer um perfeito equilíbrio entre a indústria e ambiente, contribuindo activa-mente para a economia e emprego na região de Setúbal, com todas as garantias de uma actuação sustentável».

A palavraaos visitantes

Maria Teixeira, 66 anos, que já participou em vários Portas Abertas da Secil, considerou a visita de «grande utilidade», pois serve para elucidar as pessoas sobre o funcio-namento de uma unidade fabril. «Eles dizem que estão a respeitar o ambiente e eu espero que seja verdade. No primeiro ano que cá vim ofereceram o almoço, mas este ano não houve nada. Se tivessem oferecido um bolinho e um cafe-zinho já era bom. Uma empresa como esta não ficava muito preju-dicada», desabafa.

Albano Vitorino, 65 anos, que também é repetente nesta inicia-tiva, também ficou satisfeito com as explicações dos técnicos. Além disso, gostou dos brindes que levou para casa. «Ofereceram-nos uma esferográfica, um livrinho e uma pen para computador, também está bem. O almoço também era bom, mas, se calhar, por causa da crise, não tiveram possibilidades», atira.

Outra habitué nestas andanças é Dorinda Luís, 67 anos, que reco-nhece que de ano para ano o Portas Abertas vai registando algumas novidades. «Acho bem que as pessoas de Setúbal venham conhecer esta fábrica, que vai modernizando, aos poucos, as suas instalações. Gostei muito».

Um visitante, de 76 anos, que preferiu ficar no anonimato, confessa que ficou satisfeito com a evolução da fábrica, sobretudo na área ambiental. «A Secil é uma grande empresa e ficava bem da parte deles oferecer o almoço às pessoas. Não dei a minha manhã por perdida, porque gosto destas coisas e já cá vim diversas vezes. Para o ano cá estarei, com ou sem almoço», frisa.

O DIRECTOR de desenvol-vimento estratégico e logístico dos Portos de Setúbal e Sesimbra é o novo presidente da Asso-ciação para o Desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Transportes (ADFERSIT), em resultado das eleições realizadas na terça-feira.

O novo elenco pretende «manter a isenção na defesa dos sistemas de transportes integrados, alargar o âmbito da ADFERSIT a todos os subsectores dos trans-portes e também a base dos asso-ciados e empresas apoiantes»,

Por outro lado, quer dinamizar a realização de sessões temáticas e desafiar os agentesdo sector a participar com estudos e traba-lhos de opinião e investigação técnica e científica.

A PRESIDENTE da Administração do Porto de Sines (APS), Lídia Sequeira, integrou a comitiva do Presidente da República que esta semana visitou o porto de Singapura.

A comitiva foi acompanhada por Fock Siew Wah, presidente da PSA - Port of Singapure Authority, que reforçou a vontade de investir em Portugal, tendo, mesmo, destacado as condições e a excelente locali-zação de Sines, considerando-o «um dos melhores portos europeus» para fazer ligação à Ásia e Europa.

Na altura, Cavaco Silva enfatizou a posição geográfica do porto de Sines

e o trabalho realizado pela PSA Sines, salientando a vontade da PSA «de investir em Portugal, não olhando apenas para o nosso mercado interno, mas também o resto da Europa».

Recorde-se que, através do

Terminal XXI, o porto de Sines tem uma ligação directa semanal com o Porto de Singapura, o terceiro maior porto do mundo em tonelagem movi-mentada e o segundo maior porto de contentores com cerca de 30 milhões de TEU movimentados em 2011.

O contrato de concessão do Terminal XXI com a PSA foi assinado em 1999, por 30 anos, prevendo a construção das infra-estruturas, super estruturas e equipamento do Terminal de Contentores de Sines (Terminal XXI), sendo o seu desenvolvimento realizado através do sistema BOT (Build, Operate and Transfer).

Lídia Sequeira e Cavaco ‘vendem’ Porto de Sines em Singapura

Caldeirinha lidera Sistema de Transportes

Repsol com 19 milhões de eurosde receitas

O RESULTADO líquido das empresas da Repsol em Portugal, em 2011, foi de 19 milhões de euros. Este resultado traduz uma performance sólida das activi-dades nos combustíveis e gás e um resultado negativo no negócio petroquímico, em linha com a conjuntura internacional nesta actividade.

A Repsol tem no nosso País activos de 1 200 milhões de euros e o número médio de trabalha-dores foi em 2011 de 1 228 contra 1 192 em 2010.

A facturação total das prin-cipais empresas do grupo Repsol em Portugal ascendeu a 3 029 milhões de euros, representando um acréscimo em relação ao ano anterior (2.600 milhões de euros), fruto da influência do preço final dos produtos petrolíferos.

Num ano em que a carga fiscal aumentou, a Repsol entregou ao Estado, entre impostos sobre os resultados, ISP e IVA, um total de 1 131 milhões.

Da actividade consolidada é de destacar a comercialização anual de cerca de 2 mil milhões de litros de combustíveis da Repsol Portuguesa, a manutenção de uma rede superior a 10 mil pontos de venda da Repsol Gás Portugal e da Repsol Polimeros, como a maior empresa química do país e uma das maiores expor-tadoras de Portugal.

A Repsol congratula-se pela assinatura, em Outubro de 2011, do contrato para pesquisa e exploração de gás natural no off-shore algarvio, cujos trabalhos de recolha de informação sísmica foram já realizados em 2012.

Secil dá a conhecer acção ambiental de portas abertasA Secil partilhou com os setubalenses o galardão de Inovação para a Sustentabilidade, pela sua gestão de excelência, em mais uma edição do Portas Abertas. Os participantes mostraram-se satisfeitos, pois notaram evolução e respeito pelo ambiente na fábrica do Outão.

A Secil é uma industria cimen-teira, quase centenária, que gere três fábricas de cimento em Portugal, uma delas localizada no Parque Natural da Arrábida, inte-grado na Rede Natura 2000. Dá emprego a trezentas pessoas, de forma directa, e a 3 mil de forma indirecta. Em 2011, a Secil foi o maior carregador do porto de Setúbal. No Portas Abertas, os visitantes tiveram oportunidade de visitar, em autocarro, todo o

perímetro da empresa, mas em especial a sala de comando, as pedreiras e os viveiros, destinados à produção de plantas para recu-peração paisagística. Ali são produzidas 6 mil toneladas de calcário e marga, por turno, que depois são transformados em cimento. Na área da biodiversi-dade, a Secil apostou na implan-tação de um charco artificial e na colocação de ninhos em árvores para morcegos e outras aves.

Uma cimenteira com responsabilidade social

Sequeira e Cavaco em SingapuraObjectivo é dinamizar a associação

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A POSSIBILIDADE de uma parceria futura entre a Asso-ciação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e o porto de Setúbal que «traga futuras sinergias» às duas entidades foi o resultado da visita de repre-sentantes da APED ao porto de Setúbal, esta semana.

Satisfeita com a visita, a admi-nistração portuária levou as duas representantes da associação a uma visita guiada para conhecerem as infra-estruturas portuárias e os serviços oferecidos.

A directora geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, e Mónica Ventosa, coordenadora da Área Alimentar, Saúde e Bem-Estar, conheceram os terminais do porto de Setúbal.

A comitiva ficou «surpreen-didas» com a dinâmica do complexo e as áreas de expansão existentes, um agrado que levou a uma troca de ideias sobre «uma parceria futura que traga sinergias para ambas», revela a administração portuária.

O NAVIO porta contentores MSC DEILA atracou, esta semana, no Terminal XXI do porto de Sines, na sua viagem inaugural.

Este gigante dos mares apresenta um comprimento fora-a-fora de 365,8 metros, boca de 51,2 metros, capaci-dade para transportar 14.000 TEU e exige um calado máximo de 16 metros.

Esta gama de navios encontra em Sines excelentes condições opera-cionais, tanto no que respeita aos equipamentos de movimentação de contentores, de última geração, como no que se refere a acessos marítimos, com profundidades de -17,5 metros.

Por outro lado, a simplificação de procedimentos e a implemen-tação do despacho electrónico de navios e mercadorias permitem eliminar tempos de espera nas escalas destes megacarriers.

Construído na Coreia do Sul, o MSC DEILA saiu do estaleiro em Abril e foi integrado no Lion Service, um serviço directo semanal da MSC (Mediterranean Shipping Company) que liga o Extremo Oriente à Europa, com Sines a ser o primeiro porto de escala no velho continente.

O GRUPO Portucel Soporcel volta a apoiar este ano um projecto-piloto, dinamizado pela Escola Nacional de Bombeiros, intitulado “Floresta Segura”, que procura reduzir a ocorrência de incêndios através da sensibilização, formação e fornecimento de soluções neste domínio aos agricultores e outros habitantes do meio rural e peri-urbano.

Com um orçamento de 3 milhões de euros, o “Floresta Segura” visa ensinar os agricul-tores e população rural a fazer queimas, fogueiras e borralheiras com segurança e mobilizar as enti-dades locais para desenvolver processos que apoiem este público-alvo na eliminação de sobrantes agrícolas sem risco de provocar incêndios com danos para as pessoas, bens e floresta.

O programa contempla 20 sessões de formação levadas a cabo pela Escola Nacional de Bombeiros em nove concelhos piloto dos distritos do Porto, Coimbra e Lisboa.

Este programa de formação insere-se numa estratégia de defesa da floresta contra incêndios assente na prevenção, factor essencial para reduzir o impacto dos incêndios

florestais e diminuir o seu número. Em cada localidade serão apre-

sentadas estatísticas relevantes, como a evolução do número de incêndios ou a área ardida, as causas e motivações associadas, a legislação aplicável e as técnicas de eliminação de matos e silvados. No final da acção, os participantes deverão estar conscientes de que, em conjunto com os bombeiros e outras entidades locais, podem ser uma parte importante da solução para o problema dos incêndios florestais, através da correcta elimi-nação de sobrantes agrícolas, matos

e lixo. Estas acções de formação

destinam-se fundamentalmente a residentes permanentes ou temporários das localidades selec-cionadas, agricultores e utiliza-dores dos espaços rurais. No final de cada sessão, a Escola Nacional de Bombeiros emitirá certificados aos participantes nas acções de sensibilização.

De salientar que mais de 90 por cento dos incêndios florestais em Portugal resultam de práticas de uso do fogo negligente ou inten-cional.

Distribuidoras ‘namoram’ sinergias comporto de Setúbal

Portucel ajuda a prevenir incêndios Megacarrier escala Sines na viagem inaugural

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Portucel apoia projecto que reduz riscos de incêndios nas florestas

Page 25: Semmais 2 Junho 2012

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