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Pub. Distrito corre o risco de perder 17 escolas primárias ainda este ano São gaivotas urbanas que começam a ser uma praga, nomeadamente em Setúbal e Sesimbra. A comunidade tem vindo a crecser e é uma ameaça. Já nem conhecem a rota para o mar. ATUAL PÁG. 4 Sexta | 7 junho 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 813 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Negócios 14 PIMEL deste ano apresenta-se para retomar tradições que se perderam. Atual 6 Praias da região vão ter bandeiras para delimitar zonas de banhos. Cultura 9 Paulo Gonzo em concerto no Pinhal Novo na próxima terça-feira. Fotos: DR AGORA, DURANTE AS TARDES, A PARTIR DAS 16H00, JÁ PODE DESFRUTAR DO NOSSO JARDIM DOS PETISCOS gaivotas que desconhecem que o mar existe Carlos Beato no Conselho das Ordens Nacionais e no “El País” O EX-PRESIDENTE da Câmara de Grândola e comendador da Ordem da Liberdade, Carlos Beato, foi nomeado pelo presi- dente da República vogal do Conselho das Ordens Nacio- nais, uma distinção honrosa que chancela aquela figura pública da região. Carlos Beato foi indigitado entre um grupo de três novos vogais, de que fazem parte João Proença e Rui Lopes Ramos. A tomada de posse ainda não tem data marcada, mas a nomeação foi esta semana publicada em Diário da República. O atual administrador do Montepio Geral, com o pelouro mutualista, que no final de Abril foi brindado com uma entrevista de página inteira no reputado “El País”, na qual reconta as suas façanhas militares na coluna de Salgueiro Maia, disse ao Semmais tratar-se de «uma honra e um orgulho pessoal» ter sido convidado para «tão nobre» função do Estado. PÁG. 5 Carlos Humberto acredita no porto para o Barreiro ATUAL O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, garantiu ao Semmais estar «otimista» com a possibilidade do novo terminal de contentores de Lisboa poder vir a 'aportar' no concelho. E afirma que essa é a única solução que está em cima da mesa. PÁG. 13 Terminal XXI do Porto de Sines assinala 10 anos NEGÓCIOS O ministro Pires de Lima foi o convidado de honra das cerimónias que assi- nalaram dez anos de atividade do terminal da PSA, uma das plataformas mais impor- tantes instalada no Porto de Sines. O terminal tem vindo sempre a crescer. O ano passado acima dos 68 por cento. ABERTURA PÁG. 2 FECHO

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Semmais 7 de Junho

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Page 1: Semmais 7 junho 2014

Pub.

Distrito corre o risco de perder 17 escolas primárias ainda este ano

São gaivotas urbanas que começam a ser uma praga, nomeadamente em Setúbal e Sesimbra. A comunidade tem vindo a crecser e é uma ameaça. Já nem conhecem a rota para o mar.

ATUAL PÁG. 4

Sexta | 7 junho 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 813 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Negócios 14PIMEL deste ano apresenta-se para retomar tradições que se perderam.

Atual 6Praias da região vão ter bandeiras para delimitar zonas de banhos.

Cultura 9Paulo Gonzo em concerto no Pinhal Novo na próxima terça-feira.

Fotos: DR

AGORA, DURANTEAS TARDES, A PARTIR DAS 16H00, JÁ PODE DESFRUTAR DO NOSSO JARDIM DOS PETISCOS

gaivotasque desconhecemque o mar existe

Carlos Beato no Conselhodas Ordens Nacionais

e no “El País”O EX-PRESIDENTE da Câmara de Grândola e comendador da Ordem da Liberdade, Carlos Beato, foi nomeado pelo presi-dente da República vogal do Conselho das Ordens Nacio-nais, uma distinção honrosa que chancela aquela figura pública da região.

Carlos Beato foi indigitado entre um grupo de três novos vogais, de que fazem parte João

Proença e Rui Lopes Ramos. A tomada de posse ainda não tem data marcada, mas a nomeação foi esta semana publicada em Diário da República.

O atual administrador do Montepio Geral, com o pelouro mutualista, que no final de Abril foi brindado com uma entrevista de página inteira no reputado “El País”, na qual reconta as suas façanhas militares na coluna

de Salgueiro Maia, disse ao Semmais tratar-se de «uma honra e um orgulho pessoal» ter sido

convidado para «tão nobre» função do

Estado.

PÁG. 5

Carlos Humberto acredita no porto para o BarreiroATUAL O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, garantiu ao Semmais estar «otimista» com a possibilidade do novo terminal de contentores de Lisboa poder vir a 'aportar' no concelho. E afirma que essa é a única solução que está em cima da mesa.

PÁG. 13

Terminal XXI do Porto de Sines assinala 10 anosNEGÓCIOS O ministro Pires de Lima foi o convidado de honra das cerimónias que assi-nalaram dez anos de atividade do terminal da PSA, uma das plataformas mais impor-tantes instalada no Porto de Sines. O terminal tem vindo sempre a crescer. O ano passado acima dos 68 por cento.

ABERTURA PÁG. 2

FECHO

Page 2: Semmais 7 junho 2014

Mais uma vez o governo teima em disputar poder com o Tribunal Consti-

tucional (TC) ao arrepio da sepa-ração de poderes que é a base da nossa democracia. Não renego que no seio das decisões dos juízes do TC possa haver algum sentido político. Terá começado, aliás, quando os cortes atingiram também esta classe, como acon-teceu com o próprio presidente da República. Cavaco Silva, quando viu menos dinheiro no bolso, saiu a terreiro pela primeira vez contra a «austeridade cega».

Mas a verdade é que, no essen-cial, o TC tem razão e age de acor-do com as suas competências. Um governo que o confronta perma-nentemente perde a legitimidade.

É um passo em falso, sobretudo quando insiste, provocatoriamen-te, em medidas que saem fora das balizas constitucionais.

Tal como na origem e gestão da crise há um conjunto de equívocos que conduzem o país a um beco sem saída. O governo tem preferido, na sua senda de cortar rendimentos ao trabalho, retirar direitos a torto-e--a-direito, deixando de parte a re-forma da administração pública, onde poderia e deveria poupar mui-to mais.

No clausulado posto em causa pelo TC estão em causa pouco mais de 600 milhões de euros. Mas Pas-sos Coelho esqueceu depressa o tra-balho encomendado ao super con-sultor António Borges (já falecido) que apontava para um ganho líqui-do de 15 mil milhões de euros por via da extinção de organismos públicos e afins. São opções que revelam à sa-ciedade a forma como este Gover-no atende as prioridades e a sua tei-

ABERTURA

2 Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O Direcção-Geral de Educação contactou a Companhia de Teatro de Almada e várias

dezenas de outras estruturas de criação teatral do País para realizar uma Oficina de Teatro com professores de vários níveis de ensino, com o objectivo de levar a cabo “um conjunto de refle-xões sobre metodologias pedagó-gicas e estratégias de comunicação, tendo em vista o trabalho na sala de aula ou com grupos de Teatro na Escola”. Há anos que se vem chamando pela necessidade da acção conjunta entre o Ministério da Educação e o (entretanto extinto) Ministério da Cultura, se se quiser pensar a sério na formação de cidadãos tendo em conta o 78.º artigo da Constituição Portuguesa – o tal que diz que é dever do Estado “incentivar e assegurar o acesso de todos os cidadãos aos meios e instrumentos de acção cultural”. Como é hábito, por detrás de uma instituição há sempre alguém dispo-nível para vencer a inércia, quando iniciativas louváveis como esta se dão: no caso, o actor Jaime Soares, que fazendo parte do “monstro” que é o Ministério da Educação, conhece no entanto como poucos o tecido teatral português (conseguiu obter para esta iniciativa o financiamento da Organização de Estados Iberoa-mericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura).

E foi assim que a actriz Teresa Gafeira, o professor de Voz Luís Ma-dureira e eu próprio conhecemos as 70 professoras (eram 72, incluin-do dois professores que desistiram entretanto) com quem no próximo mês vamos estar quase todos os dias, em duas turmas que contabi-lizarão 25 horas de formação cada uma. São 70 mulheres de várias ida-des, com percursos e ambições bem distintas. Em comum, só o facto de serem professoras – e não serem umas professoras quaisquer. Serem professoras daquelas dispostas a

participar num curso em horário pós-laboral, com a perspectiva não apenas de que tínhamos alguma coisa para ensinar-lhes (quem apren-de mais? Quem estuda, ou quem ensina?), mas sobretudo de pensar sobre aquilo que fazem, e sobre até que ponto a Arte, neste caso o tea-tro, pode ser útil na formação da ci-dadania.

Em Março tropecei no número 72 da revista dos profissionais de es-pectáculo franceses La scène, que in-cluía uma entrevista com o pedago-go Philippe Meirieu. De imediato a traduzimos e divulgámos junto dos professores com quem trabalhamos. A dada altura, afirma Meirieu: “O pro-fessor necessita, certamente, de in-formações; no entanto, precisa so-bretudo de se encontrar com profis-sionais da arte e da cultura. Porque ele não transmite apenas um saber, transmite uma ligação ao saber: aqui-lo que o aluno percebe, aquilo que compreende com toda a rapidez, aqui-lo que o mobiliza, é sentir que o seu professor não tem com a arte e a cul-tura uma relação ‘bancária’, mas sim uma relação existencial”.

O professor é, sobretudo, um exemplo, afirmo eu, e observo cada uma das caras das cerca de 30 mu-lheres com quem estou sentado à mesa, na Sala de ensaios. E aquilo que a mim me assustaria (a cons-ciência de ser um exemplo para quem quer que seja), para estas 30 professoras não é mais que a cons-tatação de uma evidência. Claro que são exemplos, e com muito or-gulho em sê-lo.

Regresso à Escola – Parte II

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Há 17 escolas primárias que podem fechar este ano

Santiago do Cacém surge à cabeça da lista como o concelho do distrito onde mais escolas

primárias, com menos de 21 alunos, poderão fechar. Um total de nove estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico estão aqui referen-ciados para encerrar entre um total de 17 por toda a região. Três em Grândola, dois em Alcácer do Sal e um em Almada, Moita e Setúbal.

Pais e encarregados de educa-ção já começaram a pedir explica-ções aos agrupamentos de escolas onde constam os estabelecimentos que poderão, inclusivamente, não abrir no início do próximo ano leti-vo, mas têm faltado respostas.

«Mais do que a destruição da es-cola pública, esta medida do Gover-no está a provocar uma grande ins-tabilidade nas famílias e, sobretudo, nos miúdos», contesta Amílcar Se-queira Matos, encarregado de edu-cação subscritor de uma das várias petições que já estão em marcha no distrito, dando o caso de Santiago do Cacém como um exemplo do que pior que aí vem. «Vamos começar a ter crianças que terão de se levantar a horas impróprias para chegarem a tempo à escola. Isto não é justo para miúdos tão pequenos», insiste este pai, que também exerce a pro-fissão de professor do se-cundário.

As queixas aumentam quase diariamente junto do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) que se junta ao protesto. «Encaramos o fecho das nossas es-colas com grande preocupação,

mas posso assegurar que não es-tamos de braços cruzados», subli-nha ao Semmais Albertina Pena, dirigente do SPGL, admitindo es-tar em causa «mais uma medida economicista que vai provocar pro-blemas aos alunos que terão de se deslocar para mais longe de casa».

Isto, enquanto nas zonas mais rurais do distrito o fecho de escolas, dizem os sin-dicalistas, terá uma in-fluência direta no aumen-to da desertificação. Jus-tificam que as crianças

estarão longe do seu ambiente na-tural, quebrando laços familiares de grande importância para o seu equilíbrio emocional, obrigando a alterações de horários e a des-locações desnecessárias não res-

peitando as cartas educativas.«Resta-nos, para já, acompanhar

caso a caso, com os dirigentes da zona e com a direcção de cada agrupa-mento, para tentarmos perceber as condições de encerramento», acres-centa Albertina Pena, para quem «há tantos problemas na educação que o encerramento de escolas do 1º ci-clo não devia ser prioritário».

Para a mesma dirigente, ne-nhuma escola deve encerrar sem a definição de critérios que se ajus-tem a cada realidade. «A questão dos 21 alunos é apenas uma va-riante. Depois há os pais, as terras onde se localizam as escolas, os alunos, as distâncias e as condi-ções físicas de cada estabelecimen-to. Tudo terá que ser tido em con-ta», resume.

Podem encerrar escolas em Santiago, Alcácer, Almada, Moita e Setúbal

DR

A luta de equívocos

EDITORIALRaul Tavares

O encerramento de escolas volta à ordem do dia, com Santiago no topo da lista negra a nível nacional. São 17 estabelecimentos de ensino da região que estão na berlinda. Uma luta que não cessa.

Tutela confirma processo em curso O processo de encerramento

de escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos para o ano letivo de 2014/2015 já teve início, segundo avançou o gabinete de comuni-cação do Ministério da Educação, mas a decisão sobre as escolas que vão encerrar em cada concelho está a ser feita em articulação com as respetivas autarquias e vai se-guir a mesma metodologia utili-zada nos anos anteriores. Ou seja,

será tido em conta o número mí-nimo de alunos que tem servido de referência para os encerramen-tos, bem como a abertura de no-vos centros escolares. A tutela ga-rante que «uma vez que este tra-balho ainda está em curso, não existem números definitivos». En-tre as escolas a encerrar estarão também estabelecimentos de en-sino que este ano funcionam com uma autorização especial.

Roberto Dores

Sindicato dos professores não está «de braços cruzados»

Page 3: Semmais 7 junho 2014

Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com ESPAÇO PÚBLICO 3

Errata

Na última edição, por lapso, no fecho de edição, foi publicado o texto da autoria de Nuno Miguel Ribeiro, do Movimento Sesimbra Unida, que erradamente foi apontado como sendo membro da JSD de Setúbal. Pelo facto pedidos as devidas desculpas aos visados e aos leitores.

Nas últimas eleições para o Parla-mento Europeu votaram nas dezasseis listas que se apre-

sentaram a sufrágio apenas 26% dos inscritos nos cadernos eleitorais.

A abstenção foi superior a 66% e os votos brancos e nulos somaram cerca de 8%.

Quer isto dizer que o partido que venceu as eleições, o PS, teve menos de 10% dos votos expressos nas lis-tas candidatas.

É um resultado que fica muitís-simo aquém do apelo que foi feito aos eleitores para a mudança.

Devemos ser realistas – o eleito-rado esteve muito longe de corres-ponder à fasquia colocada pela pró-pria direção do PS.

A direita teve um profundo re-vés, como era de esperar. Os eleito-res que condenam de forma muito vigorosa o rumo para o abismo des-te (des)governo, vedou a possibili-dade que a governação da direita continuasse caso estas eleições fos-sem para o parlamento nacional. Sendo isso certo não é menos certo

que o eleitorado não deu também ao PS nesta hipótese, margem para governar, ficando muito longe de uma maioria confortável.

Houve um número muito ele-vado de votos do PS que migraram para o candidato Marinho Pinto. O eleitorado não se comporta desta forma quando se mobiliza e é mo-bilizado para uma alternativa con-sequente. Não só comparece como vota em massa.

Os resultados do PS quando cru-zados com o das eleições autárqui-cas naquilo que interessa conside-rar, que é o número de votos real-mente arrecadados pelo PS naque-las eleições e o número de votos ob-tidos incluindo nos municípios que tem capitais distritais, como é o caso de Setúbal, suscitam muitas duvi-das quanto à obtenção de uma maio-ria muito confortável ou de uma maioria absoluta, reiteradamente pedida pela atual direção do parti-do.

Na altura devida fiz a análise das consequências dos resultados das

autarquias incluindo no distrito de Setúbal e os efeitos disso.

Daí ser inteiramente legitimo num partido livre de homens e mulheres livres, como é o PS, abrir-se um de-bate sobre o rumo de marcha a se-guir para que o partido se reforce para ser uma alternativa consequen-te à atual (des)governação que tan-to mal tem feito ao país. Agora a di-reita nem se coíbe de ofender gra-vemente um outro órgão de sobe-rania que são os tribunais, a pretex-to do acórdão recente do tribunal constitucional.

Houve um militante do PS, An-tónio Costa com créditos políticos firmados, atual presidente da capi-tal do País, sufragado em dois atos eleitorais sucessivos que se chegou à frente, pretendendo disputar a li-derança do partido ao atual líder.

Fui sempre contra a fulanização na política. Este debate, envolven-do naturalmente protagonistas, tem muito a ver com visões diferencia-das sobre o rumo da marcha que o PS deve seguir. Não se trata de mera substituição de um militante por ou-tro, apesar de no meu entendimen-to o povo português já ter interiori-zado a escolha.

Entendo que o rumo seguido no atual estado de coisas pelo PS deve clarificar-se, sem tibiezas, à esquer-

da, contra esta política cega de aus-teridade, rompendo com ela e re-criando-se um projeto de esperan-ça.

É nesta lógica que apoio e dou a cara por António Costa. Conscien-te que sempre que o PS aprofundou o debate de ideias em torno de de-bates com militantes prestigiados saíu reforçado. Foi assim com Má-rio Soares e Manuel Serra, com Sam-paio e Gama, também com Sampaio e Guterres e mais recentemente com Sócrates, João Soares e Alegre. De alguma maneira isso também ocor-reu com Soares e Zenha.

A direita que se desengane. Des-te debate o PS vai sair mais reforça-do e é este um anseio muito profun-do do povo português. Os debates nunca dividiram e só uniram o PS. Espero que porém haja realismo e bom senso.

A recente mobilização que ape-nas em vinte e quatro horas foi fei-ta por SMS pelos apoiantes de An-tónio Costa no distrito de Setúbal, tendo respondido à chamada lar-guíssimas dezenas de militantes, num dia de semana, à noite, o que há mui-to não se via, é um sinal muito im-portante sobre a vontade real das bases do PS. Admito que este senti-mento seja generalizado no PS como é sem sombra de dúvida no País.

Vítor RamalhoEconomista

A vontade das bases do PS

Desde que foi eleito para o cargo de Secretário-Geral do PS, António José Seguro

percorreu o país denunciando as políticas de austeridade da coli-gação de direita, defendendo o rigor orçamental, mas propondo um caminho alternativo assente no crescimento,no emprego, no desenvolvimento económico.

Durante quase três anos, An-tónio Jose Seguro andou também pela Europa, ganhando aliados con-tra as políticas de austeridade, na UE. Muitos o criticaram na altura para, não muito tempo depois, “da-rem a mão a palmatória” e consi-derarem que ele tinha razão.

Durante quase três anos, os co-mentadores de direita e a coliga-ção PSD/CDS procuraram isolar o Secretário-Geral do PS dizendo que ele era um sohador e não tinha os pés assentes na terra.

A realidade acabou por dar ra-zão a Seguro.As política de auste-ridade traduzidas em cortes suces-sivos de salários e pensões, em mais 300 mil desempregados, em milha-res de emigrantes, no aumento da divida pública e na destruição de milhares de empresas portuguesas.

Muitos, como o Tribunal Cons-titucional, obrigam o Governo a re-por os salários inconstitucional-mente retirados.Os cidadãos elei-tores penalizaram o governo em duas eleições sucessivas.

Nas autárquicas, o PS conquis-tou 150 dos 308 municípios por-

tugueses, a maior vitória de sem-pre do PS em eleições autárquicas. Nas Europeias o PS ganhou as elei-ções e apenas mais dois partidos socialistas na oposição, ganharam as eleições para o PE.

É neste contexto,que a lideran-ça de António José Seguro é posta em causa. Perante a derrota esma-gadora da direita não vêm ques-tionar a coligação PSD/CDS e exi-gir, por exemplo, eleições anteci-padas, o que vem exigir é a demis-são do Secretário-Geral do PS,levando atrás de si,a seu favor,os comentadores de direita...

Em vez de estarmos a discutir a derrota da direita e o fortaleci-mento do PS para enfrentar vito-rioso as próximas eleições legisla-tivas, estamos a discutir a lideran-ça legítima do PS.

Na verdade, a direita ficou re-duzida à sua expressão mínima.Contudo, em nome da verdade, não podemos esquecer que a tentati-va de associar o PS ao Memoran-do de Entendimento (que António José Seguro não negociou nem as-sinou, mas assumiu por inteiro) fei-ta pela direita, pelo PCP e pelo BE não deixou de surtir os seus efei-tos, prejudicando o PS e favorecen-do partidos à sua esquerda.Tudo isto não pode ser esquecido e va-

lorizado nos resultados eleitorais de 25 de Maio.

Todavia, os eleitores sabem dis-tinguir eleições autárquicas e eu-ropeias de eleições legislativas e, perante o perigo de continuidade das politicas de direita , os cida-dãos eleitores não deixarão de pe-nalizar a direita e de concentrar o voto, de forma expressiva, no Par-tido Socialista e nas suas propos-tas.

No decurso de três longos anos, o PS tem vindo a acumular um ca-pital político precioso, que se tra-duziu em duas vitórias eleitorais seguidas, fruto de um trabalho po-litico intenso, dedicado e incomen-surável de António José Seguro.

Em política, a defesa dos prin-cípios e dos valores aconselhavam a pensar mais nos interesses do país e do PS do que nos seus interesses pessoais. Optaram por escolher o caminho da tentativa de destrui-ção da credibilidade de um parti-do e do seu líder, o caminho do pro-tagonismo pessoal em vez de de-fenderem o interesse geral.

Ao não se demitir de Secretá-rio-Geral do PS e ao propor elei-ções primárias no PS, abertas a mi-litantes e eleitores não militantes para escolher o candidato do par-tido a primeiro-ministro, António José Seguro mostrou ser um líder sem medo, democrático, inovador.Podia não o fazer, uma vez que está legitimado pela esmagadora maio-ria dos militantes do PS que o ele-geram.

Ao contrário dos seus adver-sários, Seguro mostrou ser um ho-mem com valores, princípios, sen-tido ético e de Estado.Por tudo isto estou convictamente com António José Seguro.

Em defesa da verdade e de valores

Maria Amélia AntunesMembro do S. N. do PS(Ex-Pres.da Câmara do Montijo)

A primavera despertou e trouxe o intenso sabor a verão. O sol desponta no céu azul vencendo as

nuvens escuras e os seus raios atingem--nos impiedosamente com o calor e com o gosto de viver. Os indispensá-veis raios ultravioleta trazem a molé-cula da felicidade – formam-se sorrisos inconscientes, os cabelos crescem ao sabor de um tom mais claro e a pele aproxima-se de um matiz carameli-zado, gritando vida e saúde.

Largamos a pesada roupa de tons outonais para a indumentária fresca que chama o verão – azul, verde, rosa, amarelo, encarnado, violeta – e, ma-gicamente, de repente, todas as cores condizem.

Longas caminhadas na Serra, sob o sol escaldante, gotas de suor escorrem pelas faces rubras, – são o que são, brin-dando ao amor pela vida – os pulmões festejam apreciando o ar rico em oxigé-nio, - o peito sobe, desce, sobe, desce, cada vez mais rápido face à pureza da atmosfera, mais hematoses sincroniza-das, dessincronizadas, não importa, abun-dam no corpo – as narinas contentam--se com o sinal enviado ao cérebro que nos permite decifrar o intenso odor doce da vegetação – as moléculas viajam de-sordenadamente pelas narinas e, então, evocam-se as memórias dos momen-tos já vividos ao som deste odor, com a certeza de que esse momento presente é o que reflete com maior pormenor pos-sível essas recordações.

É um êxtase de emoções, é uma embriaguez salutar, um lado mal es-tudado da sensualidade, um orgasmo mental que, estando relacionado com os cinco sentidos, nada tem que ver com estes.

O volume da música aumenta, con-trastando com o baço som do fundo do mar, característico de um mergu-lho na primeira pessoa. Ahh!, e quan-do o mar nos envolve? É como se to-dos os mergulhos fossem o primeiro e não existisse um último. A pele mo-rena contrasta com os grãos de areia branca, essa rocha sedimentar indis-pensável a uma boa tarde de verão.

E a cidade sorri – mais límpida, co-lorida, fluida, estridente, como se an-siasse ganhar vida.

E a magia do verão quer dominar--nos, algemar-nos (magia ou seroto-nina*?). Mas sim, domina-nos.

E o que fazer quanto a isso?- Deixar-se dominar…

É Um Sabor Amarelo

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

*A serotonina é uma molécula cuja produção no nosso corpo é estimulada pelos raios sola-res. Uma elevada concentração desta molé-cula no nosso organismo, depois de vários pro-cessos biologicamente complexos, regula o nosso humor.

Margarida NietoEstudante

mosia ideológica de atacar os que mais precisa. Não tenho dúvidas de que o país, quando acordar des-ta tragédia, vai necessitar da força de trabalho que está agora a ma-tar aos poucos.

E não bastam os números da recuperação de emprego para nos dar alento. Até porque esse sinal não advém diretamente da melho-ria da economia e do investimen-to, cujos sinais têm sido contradi-tórios (basta atender à última que-bra do PIB) mas sim da debanda-da de portugueses que deixaram de contar para as estatísticas e do emprego apoiado pelos programas almofadados pelos fundos comu-nitários.

Vivemos num cenário de fa-lácias, de interpretações anacró-nicas e um mundo enviesado pela politiquice. E esta teatralização tem que ter um final, porque o seu pre-ço está ser cada vez mais onero-so e difícil de suportar.

Page 4: Semmais 7 junho 2014

ATUAL

4 Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com

Pub.

Setúbal e Sesimbra já têm gaivotas que desconhecem que o mar existe

Os biólogos chamam-lhe gaivotas urbanas e até começam por as considerar

como uma nova praga para locali-dades como Setúbal ou Sesimbra. Aproveitaram de tal forma o que o homem lhes foi oferecendo - sobretudo lixo – para triplicarem a população em apenas 30 anos. E na última década eis que surge um novo fenómeno: Milhares de gaivotas nem conhecem o mar.

Nascem, vivem e morrem em plena cidade de Setúbal ou vila de Sesimbra sem se aproximarem da água. O que encontram para comer lá no bairro onde nasceram chega e sobra para os 40 anos de esperança média de vida.

«Este fenómeno contribuiu de forma decisiva para o aumento exponencial desta ave, que pas-sou a fazer os ninhos em telha-dos das casas, demonstrando que tem uma facilidade de adaptação que faz dela quase um todo-o-ter-reno», explica Luís Costa, direc-

tor da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), aler-tando para os perigos inerentes à propagação da espécie nas ci-dades costeiras

Diz o mesmo especialista que as gaivotas «têm causado proble-mas nos meios urbanos. Para além da sujidade que provocam até já chegaram a atacar pessoas para roubar comida e matar pombos para os comer», admitindo que, sobretudo, a gaivota de asa escu-ra tem sido avistada um pouco por todo o lado ao longo dos anos.

«Neste momento até já emigra-ram, mas largos milhares de ban-dos já que ficam o ano inteiro e a sua presença nas cidades costei-ras, longe do mar, até já deixou de ser propriamente novidade», sublinha.

Aliás, Luís Costa revela ainda que algumas destas aves já op-tam para fazer os ninhos nas zo-nas mais interiores do país, sub-

vertendo a tendência da maioria das espécies marinhas. «Não têm qualquer preocupação em fazer as posturas nas fendas das rochas ao longo da costa. Qualquer te-lhado serve», reitera, sendo pos-sível encontrar gaivotas ao lon-go do rio Sado, mas longe da água e sem nunca experimentarem a «vida selvagem» naquilo que se-ria o seu habitat natural.

DR

São gaivotas urbanas e começam a ser uma praga. Aproveitam o que o homem lhes oferece e em trinta anos já triplicaram a sua população. O novo fenómeno e que já deixaram de ir ao mar.

Roberto Dores

Vivem quatro décadas e têm 27 filhos por anoO aumento das gaivotas terá começado em força em meados do sé-culo XX, quando a espécie se começou a fazer notar com mais frequên-cia nas zonas costeiras, mas seria a partir da década de 80 que se deu o grande «boom», estimando os biólogos que a ave tenha triplicado a população no país. Perante os riscos apontados para a saúde pública e ambiental, alguns municípios costeiros têm procurado fazer o con-trolo da espécie, apontada como «inteligente» e praticamente sem pre-dador. Pode viver até aos 40 anos – bastante para uma ave – e tem duas a três posturas anuais, podendo ter nove crias, à ordem de 27 por ano, o que sublinha o seu fácil aumento populacional.

Page 5: Semmais 7 junho 2014

Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Carlos Humberto otimista com opção contentores no Barreiro

O PRESIDENTE da Câmara do Bar-reiro, Carlos Humberto, está otimis-ta com a possibilidade da instala-ção do novo terminal de contento-res no seu concelho e acredita que até ao final deste ano o governo tome «uma decisão definitiva».

Esta posição, manifestada ao Semmais esta semana, é alicerçada, segundo o autarca, pelo fato de lhe ter sido garantido que a opção Tra-faria, que levantou um coro de crí-ticas por parte dos seus congéneres de Almada, ter sido, afastada. «A úni-ca coisa que está certa é que a úni-ca opção que está em cima da mesa é a do Barreiro. Isso foi-me garan-tido pelo ministro, secretário de Es-tado e todas as autoridades que es-tão ligadas ao processo», afirmou Carlos Humberto.

Outra nuance importante que

pende a favor do empreendimento terá a ver, explica o edil, com o fac-to de «todos os estudos técnicos pro-varem que esta opção é a melhor, incluindo nas questões ligadas à sus-tentabilidade ambiental».

Segundo as fontes do Semmais, a eventual implantação no Barrei-ro do novo terminal de contento-res, na sequência da política de ex-pansão do porto de Lisboa, está ba-lizada pelos estudos realizados no âmbito da nova travessia do Tejo. Embora, aduz o presidente da câ-mara do Barreiro, faltem ainda con-

cretizar uma séria de documentos do género, incluindo a hipotética necessidade de fundear a área de rio a considerar, aumentando ligei-ramente o calado da zona a inter-vencionar.

Com este otimismo, Carlos Hum-berto aponta a gestão dos próximos fundos comunitários como «uma questão a ter em conta». E admite que logo que todos os estudos es-tejam concluídos haverá uma deci-são, não sem antes advertir para o fato de que «a ponte também esta-va decidida e não avançou».

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Edil barreirense confirma ao Semmais ter garantias do Governo

Os estudos elaborados para a nova travessia têm servido de base para projeto de contentores

Carlos Humberto acredita numa decisão ainda este ano.

Baia do Tejo requalifica via estruturante e quer ganhar centralidadeA BAIA do Tejo, Galp e Câmara do Barreiro vão avançar em parceria com a requalificação da Avenida das Nacionalização, a principal via estruturante no interior do par-que industrial do Barreiro. A obra, orçada em 350 mil euros, deverá avançar ainda este ano e incluirá a construção de duas rotundas, de modo a facilitar o tráfego e a mo-bilidade na zona.

«É mais um passo importante para a requalificação urbana que pretendemos concretizar no qua-dro do plano traçado para a Baia do Tejo e um forte impulso para me-lhorar a atividade empresarial no

parque», considerou Jacinto Perei-ra, presidente do CA da Baia do Tejo.

O líder da empresa aproveitou a cerimónia de lançamento do pro-tocolo para dar a conhecer a estra-tégia de desenvolvimento da em-presa, lembrando o recente acordo com a Invest Lisboa, e a «importân-cia vital» do parque do Barreiro no quadro do desenvolvimento do eixo Uma Cidade duas Margens. Presen-te na sessão, o edil barreirense, Car-los Humberto, garantiu que vai con-tinuar a insistir numa «política de parcerias e concertação», a única forma de pugnar pelos interesses do concelho e da região.

Jacinto Pereira, líder da Baia do Tejo, na apresentação do protocolo

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ACTUAL

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É UMA inovação que vai ser in-troduzida nas praias com vigilân-cia do distrito de Setúbal: os ba-nhistas vão começar a encontrar bandeiras amarelas e vermelhas a delimitarem as zonas onde será aconselhável nadar. À medida que as correntes sofrerem alterações também as bandeiras vão ser des-localizadas para a direita ou es-querda, consoante a decisão dos nadadores-salvadores.

A revelação foi feita ao Sem-mais pelo presidente da Federa-ção Portuguesa de Nadadores Salvadores, Alexandre Tadeia, na sequência do alerta lançado nas várias praias do distrito, que este Verão se irão apresentar mais pe-rigosas, com fundos marítimos alterados – face aos anos ante-riores – devido ao efeito do In-

verno rigoroso.«A introdução das bandeiras é

mesmo a grande novidade que os banhistas vão encontrar este ano e é muito importante que as pes-soas respeitem as indicações que lhes vão ser dadas pela sinaléti-ca», sublinha Alexandre Tadeia, reiterando que «é muito possível» que em qualquer praia, da Costa de Caparica a Porto Covo, os ve-raneantes se deparem com cor-rentes e fundos «completamente diferentes» daqueles que conhe-ciam nos últimos anos.

Já nas praias não vigiadas está garantida a presença do Corpo de Fuzileiros, que volta a prestar apoio à Autoridade Marítima Nacional na segurança, através da operação dos meios complementares de so-corro do Instituto de Socorros a

Náufragos atribuídos às Capitanias.Alguns dos 80 militares vão es-

tar no distrito depois de terem re-cebido formação específica de na-dador-salvador «e deslocam-se em viaturas Amarok e motos 4x4, disponibilizadas através da par-ceria entre o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e a SIVA Portu-gal, que estão equipadas com dis-positivos de comunicação móveis fornecidos pela Fundação Voda-fone, outra parceira do ISN», se-gundo revelou a Marinha, para quem «o sistema implementado já provou a sua eficácia em anos anteriores, o que se pode compro-var pelo baixíssimo número de aci-dentes fatais registados durante a época balnear passada».

Roberto Dores

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Praias da região vãoter bandeirasparadelimitar zonasde banhos

Escola de Cuba vence concurso Escola Aberta A ESCOLA Básica Fialho de Al-meida, de Cuba, com o tema “A Arte de Incluir”, sagrou-se ven-cedora do 11.º concurso Escola Aberta, uma iniciativa do Insti-tuto Nacional para a Reabilita-ção, cuja cerimónia de entrega de prémios teve lugar, quinta-feira, na Escola Técnica Profissional da Moita.

Este ano o concurso, que visa a construção de uma sociedade «sem barreiras» e a «inclusão de todos numa sociedade com me-lhor qualidade de vida e respei-tando os direitos que estão pre-vistos na convenção sobre os di-reitos das pessoas com deficiên-cia», registou a entrada de 24 tra-balhos provenientes de 18 esco-las de 9 distritos.

Alexandre Oliveira, director da Escola Técnica Profissional da Moita, afirmou que o “Escola Aber-ta” é «meritório», uma vez que promove «a igualdade de opor-tunidades, o combate à discrimi-nação e a valorização das pessoas com deficiência».

Já José Serôdio, presidente do Instituto Nacional de Reabi-

litação, fez um balanço «bastan-te positivo» do Escola Aberta, re-conhecendo que foi «difícil» se-leccionar os seis melhores tra-balhos a nível nacional. «As par-ticipações têm vindo a aumen-tar, de ano para ano, mas quere-mos conquistar mais escolas. Queremos que seja uma festa so-bre os direitos e a inclusão da es-cola para todos», vincou.

A sessão contou com anima-ção a cargo dos alunos da esco-la e a participação da Fundação Benfica e da Associação Jorge Pina, que apresentaram modali-dades de desporto adaptado.

EP da Moita foi o palco do concurso

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Marchas relembram tradições

OS TEMAS das dez marchas popu-lares de Setúbal do concurso promo-vido pelo município foram revela-dos à imprensa na sexta-feira O in-vestimento ronda os 130 mil euros.

Eis os temas: “Tela de Pintores e Floristas” (Bairro Santos), “Arrábida de Setúbal e do Mundo Inteiro” (In-dependente), “No meu bairro tão ve-lhinho… foi a nossa inspiração” (Os 13), “Painéis do Livramento. No res-tauro de um azulejo mora todo um só desejo” (Pontes), “A Marcha da Per-pétua na Espiral do tempo 1989 - 2014” (Perpétua Azeitonense), “Já sabem que eu estou aqui?” (ACTAS), “Peda-ços de um passado uma História uma lição” (Bicross), “A minha aldeia, o meu bairro, a minha rua” (Faralhão), “O Amor em Azeitão é Tradição” (Dia-bo no Corpo) e “A Magia do Amor nas Marchas Populares” (Brejos de Azeitão). Para a edil Dores Meira, as marchas são «escolas de amizade e solidariedade» e o «espelho da cria-tividade popular», frisando que que o certame é o «resultado do empe-nho organizativo de centenas de pes-soas que «participam ativamente na vida da cidade».

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POLÍTICA

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

SANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

EU, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e nove de Maio de dois mil e catorze, a folhas cinquenta e uma e seguintes do Livro Nove - A, que MARIA GABRIELA ASSUNÇÃO SANTOS COSTA, natural da freguesia de Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, casada com José Maria Pereira da Costa sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Caixinhas, CCI 7909, Algeruz Gare, Águas de Moura, Palmela, DECLAROU que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do seguinte imóvel:

PRÉDIO URBANO, com a área coberta de cento e vinte metros quadrados, composto por edifício destinado a habitação, sito em Algeruz – Gare, freguesia e concelho de Palmela, a confrontar a norte, a sul, a nascente e a poente com a própria, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela, inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 4397, (anteriormente artigo 5834), da freguesia de Palmela.

Que a declarante adquiriu por Escritura Pública de Justificação, outorgada no extinto Cartório Notarial de Setúbal do Lic. João Farinha Alves, a dezanove de Agosto de dois mil e treze, a folhas sessenta e duas e seguintes do Livro número Cento e Setenta e Três – A, por usucapião, o prédio rústico, sito em Algeruz, concelho de Palmela, com a área de cinco mil cento e trinta e cinco metros quadrados, que confronta a norte e a poente com Carlos Manuel Assunção Santos, a sul com Olímpio Guerreiro e Herdeiros de Henrique Carreira e a nascente com Rua Caixinhas, inscrito na matriz predial rústica sob parte do artigo 28, da secção M1, da freguesia de Palmela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número quinze mil quinhentos e noventa e dois.

Que a justificante é filha de Maria Elvira Assunção e de João dos Santos e neta de João da Assunção. Que o mencionado prédio rústico chegou à posse da justificante por doação verbal realizada por seu avô, João da Assunção, no ano de mil novecentos e setenta e dois.

Que no decurso do exercício da sua posse, o pai João dos Santos, edificou uma construção para habitação futura e exclusiva da declarante. Que no ano de dois mil e treze, no dia nove de Fevereiro faleceu João dos Santos, e por ocorrência do seu óbito torna-se juridicamente impossível a alteração na titularidade do imóvel.

Que, assim, a declarante adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e setenta e dois, o direito de propriedade sobre o objecto da presente pretensão e nela devidamente identificado.

ESTÁ CONFORME.

Setúbal, a vinte e nove de Maio de dois mil e catorze.

A Notária

Câmaras do distrito pagam subsídios de férias sem cortes

A Câmara Municipal de Alcochete adiantou--se a todas as outras

câmaras do distrito e pagou o subsídio de férias aos seus funcionários esta sexta-feira, dia 6 de Junho, no segui-mento do chumbo do Tribunal Constitucional (TC) aos cortes salariais da função pública previstos para este ano.

Segundo o Semmais con-seguiu apurar praticamente todas as autarquias do distri-to de Setúbal vão proceder ao pagamento dos subsídios de férias, na íntegra, juntamen-te com o vencimen-to no final do mês de Junho, ou até dia 15 deste mês.

As várias au-tarquias contactadas refor-çam a ideia de a decisão do Tribunal Constitucional vem reforçar aquilo que tem sido «uma luta constante pelos direitos dos trabalhadores» e que tem sido levada a cabo pelas câmaras municipais

em conjunto com os sindi-catos do sector.

Já antecipando que os juízes do Palácio Ratton to-massem esta posição, mui-tos orçamentos municipais já tinham previstos os valo-res para os pagamentos sa-lariais na íntegra não haven-do agora dificuldades de maior na gestão corrente, uma vez que as tesourarias das câmaras estão em con-dições de fazer face aos pa-gamentos. Álvaro Beijinha, presidente da câmara de San-tiago do Cacém, avançou ao Semmais que no processo de elaboração do orçamen-to «foi tido em conta o valor

salarial dos funcio-nários sem qual-quer corte, pelo que a autarquia está em condições

de efetuar os pagamentos e vai fazê-lo já este mês».

Recorde-se que o Gover-no tinha definido, para o ano em curso, cortes nos salários acima de 675 euros, manten-do as reduções aplicadas, des-de 2011, aos vencimentos su-

periores a 1500 euros.Com base no chumbo do

Tribunal Constitucional, a Câ-mara de Setúbal, por exem-plo, «vai repor os salários e os subsídios dos trabalhadores com base nas tabelas remu-neratórias de 2010», assim como irá processar o subsí-dio de Natal, em duodécimos, a partir de Junho, sem que «o subsídio deixe de estar sujei-to às reduções», sendo que o valor mensal será calculado com base nas remunerações agora atualizadas.

De um modo geral, todas as autarquias receberam de forma positiva face ao acór-dão do TC, salientando que se têm «manifestado contra as fortes medidas de austerida-de que atingem as autarquias locais, e em particular os seus funcionários» admitindo que as decisões governamentais para além de «enfraquecerem a qualidade dos serviços pres-tados» põem em causa a «ca-pacidade de resposta dos mu-nicípios e, consequentemen-te, a qualidade de vida dos ci-dadãos».

O Partido Socialista vive um momento que não pode nem deve

deixar espaço para dúvidas ou para zonas cinzentas! E foi isso mesmo que escolhi fazer no dia em que António Costa se mostrou disponível para liderar o maior e o mais democrático partido polí-tico português. Mas fi-lo na minha humilde qualidade de militante de base e no uso dos direitos que me são dados pelos estatutos de um partido que sempre defendeu o debate interno, a discussão de ideias sem complexos e que sempre primou pela afirmação da pluralidade como um dos seus mais básicos princí-pios estruturais.

Apoio António Costa! E apoio-o não em rutura in-terna, mas em rutura com um modelo de governação à direita que o Governo PSD/CDS impôs ao país sob o pre-texto da Troika! Apoio-o porque Portugal e os Por-tugueses precisam de espe-rança e confiança no futu-ro! Apoio-o porque o país precisa de uma liderança à esquerda que garanta esta-bilidade governativa e o

combate ao modelo neoli-beral imposto pela direita!

Na verdade, o que ago-ra se sente no PS é um novo fôlego e uma renovação na dinâmica das bases que es-tavam entorpecidas com a violência dos cortes que to-dos sofremos nos últimos 3 anos. Mas também uma manifestação clara de con-fiança das pessoas que ou-vimos na rua e que se diri-gem a nós com vontade de dizer em voz alta que o país precisa de António Costa. E de facto Portugal precisa de António Costa!

E para esta decisão firme de apoio tive em considera-ção tudo o que já escrevi, e ainda mais! Tive em consi-deração a vontade que escu-tei de muitos militantes do PS Grândola, onde presido à con-celhia. Tive em consideração

a vontade de muitos militan-tes do PS do Litoral Alenteja-no com quem partilho um conjunto de preocupações regionais que se agravaram ao longo dos últimos anos. E tive em consideração a de-terminação e força de Antó-nio Costa, mas sem nunca me atrever a colocar em causa o percurso de ninguém.

Como já é tradição no PS, as batalhas internas são sempre feitas na rua, e para os que esgrimam argumen-tos de defesa usando para isso argumentos de ataque, permitam-me relembrar que os valores morais, os princípios éticos, a hones-tidade, a seriedade, a defe-sa dos valores e a defesa dos interesses do país são co-muns a António Costa e An-tónio José Seguro! E disso não deve restar qualquer dúvida! Mas o que os sepa-ra são as necessidades do país e dos portugueses, e aí António Costa faz falta! Por isso, com muita firmeza de convicções, seguirei o con-selho de Mário Soares so-bre António Costa: ““E bas-ta isso para que todos nos disponhamos a lutar ao lado dele. É o que farei.”

Pedro RuasPres. da Concelhiado PS Grândola

Razoes para apoiar Antonio Costa

Logo que o TC chumbou os cortes salariais do Governo, as autarquias do distrito trataram de repor as remunerações aos trabalhadores.

Marta David

Setúbal repõe remunerações com base em 2010

Pub.

Mais de duzentos militantes e dirigentes socialistas do distrito reuniram esta sema-na em Setúbal numa manifestação de apoio a António Costa, o presidente da Câma-ra de Lisboa, que disputa a liderança do partido a António José Seguro. Os organiza-dores falam de «uma mobilização inédita», com o objetivo de «forçar com urgência um congresso que clarifique a situação da liderança do PS».A reunião foi marcada por sms, logo após a presidente da distrital do PS, Madalena Alves Pereira, ter feito declarações públicas a favor das posições do líder do partido. «Estiveram dirigentes locais, concelhios, distritais e nacionais, que vieram defender a necessidade de devolver a voz aos militantes e apoiar a candidatura de António Costa», afirmou um responsável pelo movimento “Setúbal com António Costa».

Socialistas da região mobilizam força no apoio à candidatura de António Costa

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CULTURA

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Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Livro, livraria, livreiro, livresco. Biblio, biblio-teca.

Livro de Horas, de cabe-ceira, de ponto, livro-caixa. Livro de bolso, de colecção, de luxo; livro de autor, de ilus-trador, de prateleira, de mala ou carteira.

Livro decorado (de-cora-ção) ou livro-decoração. Al-farrabistas e incunábulos.

Livro científico, utilitário, de ficção, poesia ou drama; o livro-guia, guru.

«Livros cerrados não fa-zem letrados»; «Ser um livro aberto»; «Os Livros são me-dicina do esquecimento». O livro e a memória. Sociedades orais e sociedades da escrita. O livro determinava o poder e a petrificação da palavra. Todo o conhecimento escon-de em si um certo poder. Uma das primeiras acções de qual-quer ditadura é listar livros perigosos e queimá-los. «Fa-renheit 451», de Bradbury. Au-to-da-fé.

Muitos autores pediram para que os seus livros fos-sem destruídos pelo fogo – Ka-fka com toda a sua obra, por exemplo, ou Virgílio com a «Eneida».

Tipos de autor, autor-tipo, tipologias de escrita. Autor, no sentido de hoje em dia («direi-tos de autor») é coisa bem re-cente. Antigamente, o que im-portava era copiar - a autori-dade do que se escrevia era es-timada pelo autor citado.

O livro sacramento, sacri-légio, o livro primogénito.

O livro reduto, oculto, o li-vro de culto. Livros de luz e sombra. Assombramentos.

O livro como entidade, identidade, identificador — so-mos o que lemos.

O livro liberta-nos, pren-dendo-nos a atenção — biblio-tropismos.

O protestantismo, na sua crença no contacto directo do fiel com O Livro (Bíblia) le-vou ao ensino da leitura em massa. As Religiões/Povos «do

Livro»: Cristãos, Judeus e Mu-çulmanos. Homens que in-fluenciaram a Humanidade de uma forma única, não escre-veram: Sócrates, Jesus, Buda.

O livro começa no título. O livro pode, também, acabar no título, como um «conto de bur-la ou enfado». O livro-objec-to: texto, ilustração, forma, cor, textura, estrutura, peso, tama-nho. O livro produto. Nem só de literatura vive o livro. Li-vros de auto-ajuda, (auto)bio-grafias de celebridades conhe-cidas pelas piores razões pos-síveis, livros de dieta, de culi-nária, de desportos vários – os Top Venda de livros contêm pouca Literatura. Indústria li-vreira recente, o declínio da Li-teratura. O livro vendável, ime-diato, «fast-food» cerebral, de preferência superficial. Nada que imponha o silêncio.

Folhas impressas, impres-sionáveis, impressionadas, im-pressionantes, impróprias ao fechamento – livro aberto, li-vro desperto. O livro e a lei-tura; o livro e o contar; a ima-ginação de quem escreve e a de quem o lê - a ponte. Pon-tos de contacto.

Livro e Literatura não são binómio obrigatório: nem to-dos os livros são literatura e a literatura pode existir num e-book, num jornal, numa re-vista… A Era Gutenberg vs o livro virtual, digital, livro em rede e teias várias. Livro vs «disquete»/suportes moder-nos: podemos ter um livro com séculos, mas tudo o que pos-suímos em suporte digital obri-ga a uma permanente actua-lização e a uma efemeridade perigosa. Há muito que se va-ticina o fim do livro – e o su-porte escolhido é precisamen-te o livro. Papel.

O livro é o espaço que ocu-pa em nós; o tempo que vive em nós e nos sobrevive.

O livro é vegetal e ecoa; é ani-mal e hiberna; é mineral e brilha – pura alquimia do verbo.

[email protected]

Livro

A Junta do Torrão realiza este sábado vá-rias atividades de homenagem a Bernar-dim Ribeiro, escritor e poeta nascido nes-ta vila. Pelas 17h30, na Praça Bernardim Ri-

beiro, José Vilela coordena o debate “Tem-po de Bernardim”. Em seguida, será decla-mada a écloga “Joana e Jano”, por Álvaro Alexandre. Às 19h30 atua o Coro Arsis.

De 9 a 15 deste mês, a Casa da Cultura da Comporta acolhe a exposição “Golden Li-ghts”, de Paul Mathieu, composta por obras de pintura, fotografia e tapeçaria. As luzes

douradas são o fio condutor da mostra, pre-sentes em obras que revisitam a luz dos fi-nais de tarde e atmosferas envolventes de tons quentes, românticas e intensas.

Concerto a Bernardim Ribeiro Comporta recebe “Golden Lights”

Festa da Eurovisão apenas no Forum Luísa TodiO 6.º EUROVISION Live Concert Portugal realiza-se a 12 e 13 de Se-tembro deste ano no Forum Luísa Todi, em Setúbal, abandonando as-sim o auditório do Largo José Afon-so. Durante dois dias, mais de duas dezenas de artistas, nacionais e es-trangeiros, vão passar pelo palco do certame que tem como princi-pal patrocinador o município.A abertura do certame vai ficar marcada com um espectáculo de-dicado aos 50 anos do Festival da Canção, intitulado “Portugal – 50 Anos de Canções”, o qual vai percorrer a história do certame e tentar proporcionar o encon-

tro do público com as canções mais emblemáticas da música li-geira portuguesa. Nomes como Armando Gama (1983), Rui Ban-deira (1999) e Filipa Sousa (2012) estão já confirmados.

No espectáculo de abertura irá ser feita uma homenagem a Jan Van Dyke e está garantida a presença de Henrique Feist, como convida-do especial. A maior festa europeia, dedicada ao Festival Eurovisão da Canção, tem trazido até Setúbal um con-junto de artistas provenientes dos mais diversos países associados da União Europeia de Radiodifu-são. Além disso, também já pres-tou homenagem a figuras que ven-ceram o Festival RTP da Canção e que marcaram presença na Eu-rovisão, como Simone de Olivei-ra e António Calvário.

Henrique Feist é atracção

Adaptar a companhia, fundada por Carlos César, aos novos tempos está nos planos de Célia David

Célia David volta a liderar TAS

A atriz Célia David foi convidada a regressar à liderança da direção do Teatro Animação

de Setúbal. Carlos Curto deixa esse cargo e fica agora apenas com a pasta da área artística. A decisão, segundo a própria, foi «consensual e inteligente» de toda a coopera-tiva desta companhia profissional setubalense.

«A cooperativa do TAS chegou à conclusão que eu seria útil na direção e penso até que essa ideia partiu do próprio Carlos Curto, com a concordância dos restan-tes elementos», pormenoriza Cé-lia David.

Para os próximos tempos, Cé-lia David tenciona «equilibrar o passado do TAS com estes tem-pos tão complicados para a arte e para a cultura que estamos a atra-vessar, do ponto de vista de apoios financeiros substanciais», acres-centando que «a companhia tem de se adaptar e estamos a prepa-rar um plano de intervenção mais abrangente a nível nacional».

A diretora reconhece a dificul-dade em acumular cargos numa companhia de teatro como o TAS. «É difícil acumular várias funções nesta área. Penso que o Carlos Cur-to está melhor nas funções que ocupa actualmente, porque assim

tem mais disponibilidade para criar. O trabalho burocrático é exi-gente e cansativo e não é propria-mente o seu espaço», vinca.

Célia David revelou que o TAS está a preparar um espectáculo para o Forum Luísa Todi que «deve abranger vários tipos de público mas não se trata de uma revista». Na sua opinião, o TAS é uma com-panhia profissional de «repertó-rio e tem de continuar a oferecer

António Luís

uma programação ecléctica». Já em Outubro, a companhia irá es-trear “O Sonho”, de August Strin-dberg.

Além de se dedicar ao teatro, Célia David dá aulas de teatro e expressão dramática, há 13 anos, na Academia de Dança Contem-porânea de Setúbal, e mantém em actividade dois workshop´s, na Casa da Cultura, para crianças e adultos.

“Apostamos numa programação eclética”

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Cartaz...

As cantigas do Carlos“Carlos Mendes - Festa da Vida” é o título do concerto que o artista, com o apoio da Antena 1, dá no auditório do Forum Cultural do Seixal este sábado. Carlos Mendes, que venceu duas vezes o Festival da RTP, vai recordar os principais êxitos da sua carreira. Fórum Cultural do Seixal • 21h30.

Ofertas Semmais • Ligue e peça os seus convites

A 30.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Setúbal – Festroia está a decor-rer entre 6 e 15 de Junho no Forum Luísa Todi, auditório Charlot e auditório José Afonso. A cinematografia alemã está em

destaque e o produtor português Paulo Branco vai receber o Golfinho de Ouro. Com uma secção oficial muito forte, o Fes-troia vai exibir 188 filmes provenientes de mais de 40 países, sendo que o País home-

nageado inclui 35 filmes, 21 longos e 14 cur-tos. Para comemorar os 30 anos de acti-vidade, o certame aposta em cinema di-versificado e de qualidade. Para se habili-tar aos convites, basta ligar 918 047 918.

Ganhe convites o Festroia - Festival Internacional de Cinema de Setúbal

Coral Luísa Todi leva “Fado em Coro” à arena da Moita DEPOIS dos êxitos das apresen-tações em Setúbal, Santiago do Ca-cém e Vigo (Espanha), o Coral Luí-sa Todi prepara uma reapresen-tação do “Fado em Coro”, a acon-tecer desta vez no ambiente mui-to especial na arena da Moita.

Espectáculo inédito, que tenta recrear em arranjos especialmen-te concebidos para coro misto a 4 vozes alguns dos mais belos temas da canção nacional, “Fado em Coro” é um espectáculo a não perder, em que o Coral Luísa Todi se faz acom-panhar por Jorge Pimentel, na gui-tarra portuguesa, Carlos Sequeira, na guitarra de fado, Luís Martins, no contrabaixo e Rui Rosado ( Ruca), no djambé, num concerto que con-ta também com a participação das fadistas Deolinda de Jesus e Elsa Gomes.

Num ambiente especial e di-

ferente das anteriores apresenta-ções, este concerto é aguardado com bastante expectativa, tratan-do-se também de um concerto de solidariedade organizado pela pa-róquia da Moita.

Marcado para dia 14, a partir das 22 horas, os bilhetes já se encontam à venda na Moita, nos locais habi-tuais e na sede do coral.

“Fado em Coro” tem sido sucesso

Paulo Gonzo é uma refer-ência obrigatória na música pop produzida em Portugal

nas duas últimas décadas. Graças a uma voz de car-

acterísticas únicas, canções marcantes e uma forte

personalidade, Paulo Gonzo é um artista que consegue apelar a vários públicos e

escalões etários. Praça da Independência,

Pinhal Novo • 23 horas.

Voz de características

únicas

Pub.

ATA estreia nova produção O ATA — Teatro Artimanha estreia este sábado, no auditório do Pi-nhal Novo, pelas 21h30, a sua nova produção “Está Lá?”, uma comé-dia de André Brun, que conta com as interpretações de Gonçalo Ma-teus e Ruben Martins. A peça con-ta a história de um maluco que in-

vade o escritório de um tabelião disposto a passar por cima de tudo e de todos para alcançar os seus objectivos.

A secção infantil do ATA, o ATA Brinca, leva à cena “Teatro Sem Fa-las”, no mesmo local, também este sábado, às 15, 15h30 e 16 horas.

Reviver o musical “Grease”O musical “Grease Remix” vai recordar alguns dos hits dos anos 60 remixados, batidas vibrantes, os cabelos com bril-hantina, as saias às bolinhas e boa disposição estão garantidos numa produção Estúdio Digital. É o regresso do afamado musi-cal, mas agora com adaptação à realidade actual. Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo • 21h30.

7Sábad

o

Estreia no Terras sem Sombra O sexto concerto do 10.º Festival

Terras Sem Sombra dá a conhecer um programa raramente ouvido

em Portugal. “Espaço, Ritmo, Tempo: Feldman versus Bach” é

o mote para a estreia, no nosso País, da obra The Viola in My Life, de Norton Feldman.

Igreja do Santíssimo Salvador, Sines • 21h30.

7Sábad

o

Noite de guerra No âmbito da 15.ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André, uma organização da Ajagato, sobe ao palco a peça “Noite de Guerra no Museu do Prado”, com encenação de José Peixoto, pelo Teatro dos Aloés, em coprodução com o TNSJ. Auditório António Chaínho, S. Cacém • 22 horas.

8Dom.

10Ter

ça

7Sábad

o

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LOCAL

10 Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com

A 20.ª edição da Rota das Tabernas que arrancou ontem, dia 6, na taberna do Agostinho, segue

depois para a tabernas dos Mosquei-rões (dia 7), A Venda (dia 14), Café Triunfo (dia 21), A Taberna (dia 27), Taberna de Baixo (dia 28), Tasquinha Zé de Moura (4 de Julho), Casa Dimas (5 de Julho),e Justense (12 julho). A Rota das Tabernas termina dia 19 de Julho na taberna Verga a Mola.

Salada de bacalhau com pimen-tos, torresmos do rissol, açorda de beldroegas, cachola de porco, mio-los com carne de vinha d’alhos são alguns dos tradicionais petiscos alen-tejanos que poderá degustar nas dez tabernas aderentes à rota.

As iguarias a saborear são acom-panhadas por animação nas taber-nas com poetas populares, cante alentejano, fado e música popular.

Todas as tabernas aceitam re-servas, que são da exclusiva res-ponsabilidade dos proprietários. A animação nas tabernas arranca

a partir das 20 horas.A iniciativa é da responsabilida-

de do sector de turismo do municí-pio, em estreita parceria com os pro-prietários de diferentes estabeleci-mentos do concelho de Grândola. Ao município cabe a responsabili-dade da organização da animação e a divulgação da iniciativa. As esco-lhas da animação constituem sem-

pre um factor-surpresa, uma vez que nunca são divulgados antecipada-mente os grupos/indivíduos presen-tes em cada uma das noites.

«A curiosidade é crescente e o aumento de público que nos visita, todos os anos é exemplo disso, fa-zendo assim cumprir os objectivos principais do evento que são divul-gar a gastronomia e a música popu-

lar alentejanas e manter viva a me-mória, a convivialidade e a ambiên-cia das tabernas, principal propósi-to dos mentores da iniciativa que em 1995 deu os primeiros passos com uma participação e um público bem mais reduzidos, que ia pouco além da capacidade dos estabelecimen-tos aderentes na altura 20/30 pes-soas», refere fonte do município.

Petiscos para provar em GrândolaO evento deste ano, com fado, poesia, petiscos e cante alentejano, envolve dez tabernas típicas

Limpeza de jardins, plantação de árvores e pintura de muros e edifícios são algumas das intervenções que decorrem até domin-go, no âmbito do 4.º “Setúbal Mais Bonita”.

Com o voluntariado e o mecenato como bases de apoio para a concretização deste projeto, o município volta a promover mais uma reabilitação do espaço urbano.

A partir das 21 horas deste sábado, no Jar-dim Casa Mora, no Montijo, decorre o des-file “Montijo na Moda”, uma organização do Grupo Mãos à Obra, um projeto pro-

movido por um conjunto de montijenses que pretende aplicar os seus conhecimen-tos em prol do Montijo e da comunidade, com a dinamização de atividades.

Setúbal mais bonita melhora qualidade de vida Montijo na moda no Jardim Casa Mora

A "Rota das Tabernas" continua a crescer e a despertar o interesse dos turistas

Sines com teatro para todos os gostos NUMA nova iniciativa que se pretende tornar regular na pro-gramação cultural do conce-lho, o município organiza, en-tre 7 e 28 deste mês, o progra-ma “Em Junho Há Teatro em Sines”, com nove espetáculos de teatro na cidade de Sines e em Porto Covo. Na programa-ção participam companhias de Portugal, Espanha, Itália e Co-lômbia. Além de teatro, reali-zam-se várias atuações musi-cais, nomeadamente quatro arruadas pelo grupo de per-cussão siniense Skalabá Tuka, nos dias 7, 14, 21 e 28, entre as 10 e as 12 horas, nas ruas de Si-nes, e apresentações por for-mações musicais da Escola das Artes do Alentejo Litoral.

A animação e a prova de petiscos tem sido uma constante na "Rota", evento promovido pelo município

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Festas populares em Palmela Moita valoriza rede social A 18.ª edição das Festas Popula-

res do Pinhal Novo, considerado o maior certame da freguesia, de-corre até dia 10, com música, tea-tro, gastronomia e muita anima-ção. A promoção e valorização das potencialidades da região e da cul-tura caramela - com destaque para a saborosa Sopa Caramela, estre-la de uma quinzena gastronómi-ca com várias atividades — são os

principais objetivos das festas, pal-co de convívio e encontro entre pinhalnovenses e visitantes.

As festas abriram quinta-fei-ra, com um concerto com Herman José. Mas ainda vão actuar os UHF (dia 8) e Paulo Gonzo (dia 10). Em paralelo decorre a V Feira do Li-vro de Pinhal Novo "Festas com Livros", com muitas propostas li-terárias.

NO ÂMBITO do “Reforçar a Demo-cracia, Preparar o Futuro”, o muni-cípio deu início, dia 3, ao Roteiro So-cial, o qual visa aprofundar o conhe-cimento, valorizar e acompanhar os resultados das atuais estratégias in-tegradas de atuação, priorizando as que são competência da rede social.

O roteiro iniciou-se com visita às atividades da Universidade Sé-nior, que organiza acções para cer-ca de 400 munícipes, envolvendo 43 turmas e 35 professores volun-tários. Prova atrai turistas à cidade

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Universidade envolve 400 idosos

Alcácer recebe europeu de cavaleiros A HERDADE de Vale Sabroso rece-be de 16 a 21 de setembro o Campeo-nato Europeu para Jovens Cavalei-ros, o qual o presidente Vítor Proen-ça descreve como «de grande en-vergadura, pois trata-se de uma pro-va rainha na equitação», onde são esperados 90 jovens cavaleiros pro-fissionais. O edil destacou também a importância do evento para Alcá-cer pelo seu «impacto turístico, des-portivo e económico».

Seixal apela para deposição correta de resíduos

“SEJA responsável, coloque o lixo no sitio certo!” é o apelo da campa-nha Fernão Ferro Limpo que arran-cou no passado dia 1 de junho e sen-sibiliza a população para a deposi-ção correta dos resíduos. Esta ação surge na sequência de se ter verifi-cado que não estão a ser cumpridas as boas práticas no tratamento dos resíduos o que tem causado proble-mas de salubridade em vários lo-cais de Fernão Ferro.

A campanha é realizada pela au-tarquia e envolve a Junta de Fregue-sia de Fernão Ferro, associações de moradores, escolas, escoteiros e a GNR, bem como voluntários que irão dar a conhecer os procedimen-tos corretos. Além da sensibilização, vai também haver fiscalização com a aplicação de coimas para quem for detetado em incumprimento.

O CENTRO de Atividades Ocupa-cionais, bem como as Residências Autónomas e o Serviço de Apoio Do-miciliário da NÓS - Associação de Pais e Técnicos para a Integração do Deficiente foi inaugurado na pas-sada quarta-feira. Trata-se de um projeto que dará três novas respos-tas sociais, a um total de 80 utentes com deficiência. O Centro localiza--se em Santo André, em terreno ce-dido pelo município. O investimen-to é superior a 1 milhão de euros.

«É uma alegria para a família NÓS a inauguração deste equipamento social», afirmou Mário Durval, pre-sidente da NÓS, que admitiu que as instalações representam «um gran-de salto. Da loja passámos para este espaço, é como passar do bairro da lata para a Quinta da Marinha».

Barreiro ganha novo equipamento social

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Investimento superior a 1 milhão

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Alcochete previne comportamentos de riscoO MUNICÍPIO, em parceria com a Unidade de Cuidados da Comu-nidade Alcochete/ Montijo, orga-niza a IV Feira da Saúde que está a decorrer até este domingo, no Largo S. João, em Alcochete. Vin-te e quatro entidades estão repre-sentadas neste certame dedicado à “Prevenção de Comportamen-tos de Risco”.

Venda de produtos biológicos, rastreios, massagem terapêutica, acunpuntura, terapia quântica, con-sultas de nutrição e workshops de

beleza são algumas das sugestões que poderá encontrar nesta Feira que é uma montra de sugestões que promovem hábitos e comportamen-tos de uma vida saudável.

Além destas propostas, haverá ainda espaço para a realização de actividades desportivas e de rela-xamento como aulas de zumba fit-ness, ginástica, tai-chi, hip-hop, dan-ças orientais, attack e combat.

Decorrem ainda no certame várias palestras e acções de sen-sibilização.

Almada repõe salários O MUNICÍPIO vai repor, já no ven-cimento do presente mês, o valor dos salários a pagar a todos os seus trabalhadores sem qualquer cor-te salarial, respeitando integral-mente o Acórdão do Tribunal Cons-titucional do passado dia 30 de maio sobre esta matéria.

Também o valor do subsídio de férias, que será pago até dia 15 será reposto pelo município sem qualquer corte salarial, nos ter-mos daquela decisão do daquele

tribunal.O município relembra que

“assumiu desde sempre uma po-sição clara de defesa dos inte-resses dos seus trabalhadores repudiando as injustas reduções de salários de que os trabalha-dores da administração pública foram vítimas pela política do Governo, que se traduziu numa fortíssima redução da capacida-de económica de muitos milha-res de famílias”.

Setúbal aliena património

A ALIENAÇÃO de 79 fogos de pa-trimónio municipal da Quinta de St.º António, com a fixação dos respe-tivos valores de venda, foi agora apro-vada em reunião pública. A aquisi-ção das casas à CHE Setúbal permi-tiu criar nos inquilinos “legítimas expectativas de poderem adquirir as respetivas habitações”, destaca a deliberação camarária.

Na medida em que o regime de propriedade “proporciona melhor segurança e qualidade na conser-vação e manutenção das habitações”, indica o texto, a autarquia “desen-cadeou o processo de alienação das habitações municipais naquela zona aos respetivos inquilinos”.

O município fixou preços de ven-da mais favoráveis, beneficiando os inquilinos que pretendam pagar in-tegralmente a aquisição da casa ou que procedam a entregas superio-res a 50 por cento.

Montijo divulga trabalho da universidade sénior OS ALUNOS da Universidade Sé-nior, entre 9 e 14, vão divulgar os resultados do trabalho realizado ao longo do ano. É mais uma “Se-mana Aberta” através de espetá-culos, exposições e workshops.

Depois da abertura da expo-sição com os trabalhos dos alu-nos das disciplinas de Costura, Desenho e Pintura, Artes Deco-rativas e Fotografia, intitulada “Há (Cri) Atividade na Universidade”, na galeria municipal, que ficará patente até dia 14, segue-se, no dia 9, às 10h30, a apresentação do projeto “Banco de Tempo”, no auditório. A iniciativa visa sensi-bilizar as famílias e a comunida-de para a criação de redes de en-treajuda, com base em afinidades e interesses comuns.

No dia 11, às 15 horas, na gale-ria municipal será apresentado o

livro “A Heráldica e a Rosa”, da alu-na de Heráldica, Rosa Rocha.

O jantar de encerramento do ano letivo 2013/14 terá lugar dia 14, pelas 20h30, na Sociedade 1.º Dezembro, com animação cultu-ral a cargo de Noélia Costa.

No dia 26, às 21 horas, a uni-versidade leva à cena a peça de tea-tro “Confusões”, no cineteatro Joa-quim D’Almeida. Trata-se de uma adaptação livre da revista popu-lar “Saídos da Casca”, feita pelos alunos da universidade.

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Alunos da Universidade do Montijo fazem balaço do traalho anual

AS HORTAS Solidárias estão a dar uma nova vida à várzea da ribei-ra de Coina, na Quinta do Conde. No local, foi construído um Cen-tro Agrícola e Ambiental e estão a ser desenvolvidos diversos pro-gramas e projetos ambientais, des-tinados ao público em geral. A inau-guração é este sábado, às 10h30.

Nos últimos meses, a Várzea da Quinta do Conde ganhou uma nova vida com as Hortas Solidárias, de-senvolvido pelo município, com o apoio do EDP Solidária 2013. O ter-reno foi dividido em 61 parcelas, 55 para famílias e seis para orga-nizações não-governamentais. Apoiar os cidadãos interessados em praticar a horticultura como atividade de complemento econó-mico e de subsistência, difundin-do assim o uso de práticas agríco-las amigas do ambiente e hábitos alimentares saudáveis são os prin-cipais objetivos da iniciativa.

Com cerca de 200 metros qua-drados, o Centro Ambiental será o principal apoio do futuro Par-que Ecológico. Promover o con-tacto dos hortelões com as técni-

cas de produção biológica, forne-cer ferramentas ao público para a aquisição de conhecimentos so-bre a biodiversidade local e orga-nizar e desenvolver atividades que permitam o encontro entre os hor-telões, consumidores e técnicos especialistas são alguns dos ob-jetivos do edifício, que vai acolher ainda diferentes valências, proje-tos e serviços.

A autarquia submeteu nova candidatura ao EDP Solidária 2014, para continuar e rentabilizar o in-vestimento efetuado. A segunda fase do projeto prevê, não só a cria-ção de mais 35 talhões a fim de dar resposta ao grande número de fa-mílias que procuram este tipo de resposta social, mas também uma estufa para germinação e um par-que de merendas.

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Sesimbra abre Hortas Solidárias

Hortas Solidárias ajudam orçamento familiar de agregados pobres

Tasquinhas promovem SantiagoSANTIAGO vai receber, de 12 de Junho a 27 de Julho, a 1.ª edição das Tasquinhas Mercado à Mesa, uma iniciativa que visa a promo-ção e divulgação da gastronomia, artesanato, serviços e cultura.

O mercado municipal funciona-rá durante a manhã para compra de produtos frescos mas durante a tar-de e noite será transformado num local onde esses mesmos produtos serão confecionados e onde os vi-sitantes podem experimentá-los.

O espaço de circulação do mer-cado irá ser ocupado por mesas e cadeiras para que os visitantes pos-sam experimentar os petiscos da re-gião. Irá ainda contar com show-cooking, provas de vinhos, de quei-jos, animação cultural, entre outros.

De acordo com Nuno Santos, promotor do evento, «Queremos com esta iniciativa divulgar e pro-mover a região de Santiago, com os produtos e serviços que temos, da forma mais genuína e fresca possível: diretamente do produ-tor para o consumidor».

INICIATIVAS

Mercado AgrobioO Mercado Agrobio, espaço de venda de produtos bioló-gicos dinamizado mensalmen-te, às quintas-feiras, no Jar-dim do Quebedo, em Setúbal, passa a funcionar entre as 9 e as 14 horas. O novo horário visa otimizar as condições de funcionamento do mercado, uma iniciativa do município.

Oficina de competências

A biblioteca do Seixal promo-ve mais uma edição do Apren-der numa Tarde – Oficina de Competências Básicas em Tec-nologias da Informação. A ini-ciativa decorre este mês, to-dos os sábados, das 15 às 18 horas. A ação é para maiores de 16 anos e as inscrições são gratuitas

Por trilhosdo TorrãoRealiza-se este sábado o 6.º Encontro de 4L " Por Trilhos do Torrão". A iniciativa con-ta com o apoio do município e da Junta do Torrão. A con-centração está marcada para as 8 horas no parque de esta-cionamento da Margem Sul em Alcácer do Sal, seguindo--se uma visita à Cripta Arqueo-lógica. Em Portocarro há pro-va de vinhos.

As viagens de Anabela “Traços de Momentos e Via-gens”, de Anabela Simões Fer-reira, é o título do livro que é apresentado este sábado, às 16 horas, na biblioteca Ma-nuel da Fonseca, em Santia-go do Cacém. Anabela Fer-reira nasceu na Guiné-Bis-sau e viveu em Vila Nova de Santo André. Aos 18 anos, dei-xou a Costa Alentejana e par-tiu para a sua primeira gran-de viagem, Itália.

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O Projeto de Solidariedade do Colégio Campo de Flores tem, ao longo dos

anos, procurado consciencia-lizar os alunos para as neces-sidades que os rodeiam e da urgência em ajudar quem mais precisa. Este ano letivo, fruto da implementação do Programa Consigo no ensino secundário (cada aluno terá de cumprir anualmente vinte cinco horas de serviço comunitário) este nosso objectivo ganhou nova e relevante dimensão.

Integrando-se, através de iniciativa pessoal, em diver-sas instituições como o Cen-tro Juvenil Padre Amadeu Pin-to, Associação Almadense Rumo ao Futuro, Canil da Aroeira, Santa Casa da Mise-ricórdia, Creches e Igrejas do Concelho de Almada, cada aluno traçou os seus objeti-vos, procurou uma oportu-nidade de serviço comunitá-rio e deu um pouco mais de si mesmo a uma causa que abraçou.

Assim, é com muita satis-fação que verificamos que os nossos alunos estão a inte-riorizar cada vez mais estes valores e estão a construir um projeto pessoal de interven-ção social.

Para além do serviço co-munitário a empreender, as-sume especial relevo a Sema-na do Voluntariado. Em par-ceria com a Associação Alma-dense Rumo ao Futuro (ins-tituição que acolhe deficien-tes profundos), dez alunos dos

10º e 11º anos, dedicaram a pri-meira semana das suas férias da Páscoa à VI Semana de Vo-luntariado do nosso Colégio. O envolvimento, o compro-misso, a responsabilidade e a alegria dos alunos foram in-descritíveis e insuperáveis, o que nos leva a crer que esta é a senda que devemos conti-nuar a percorrer.

O espírito empreendedor e solidário dos nossos alunos, no entanto, transcendeu, o en-sino secundário e, como sem-pre, é transversal ao Colégio. “Prendas de Sonho” em be-nefício dos utentes do Lar de Jovens D. Nuno Álvares Pe-reira; “Bolsas Desportivas” a favor das crianças e jovens do Centro Juvenil Pe. Amadeu Pinto; recolha de géneros ali-mentícios em prol do Banco Alimental e do Apoio Frater-no da Paróquia da Sobreda,

apoio à Sala Brincar do Hos-pital Garcia de Orta, são al-gumas das mais marcantes actividades a que se somam tantas outras, quer com foco local quer mesmo internacio-nal (crianças São-Tomenses).

Fiquemos com alguns dos muitos testemunhos:

“A VI Semana de Volun-tariado na Associação Alma-dense Rumo ao Futuro foi uma semana diferente, que nos muda e nos faz pensar que os nossos problemas em com-paração com os de outras pes-soas são insignificantes. Gos-tei muito dessa semana e aprendi muito também.”

Carlos Xavier – 11º ano“Foi um gosto partilhar,

pela segunda vez, uma sema-na fantástica com os utentes da Associação Almadense Rumo ao Futuro. Uma gran-

de casa cheia de pessoas ma-ravilhosas.

Foi e será sempre um pra-zer! Ali sinto-me verdadeira-mente em casa!”

Pedro Vieira – 11º ano

“Foi um prazer realizar vo-luntariado no Canil da Aroei-ra. Sentir que se está a ajudar, mesmo com pouco, é sem-pre algo gratificante e ver o canil a poder desenvolver-se, ainda que lentamente, com a ajuda dos voluntários foi o nosso maior presente.

Resta-me agradecer à ins-tituição e aos seus responsá-veis pelas experiências e va-lores que me passaram.”

Margarida Rolo – 12º ano

*horas relativas a alunosdo ensino secundário**lema do movimento Rota-ry International

As Cátedras do colégio continuam com a qualidade

de sempre e os projetos de solidariedade também

1217 horas de Serviço Comunitário*

“…Ao ajudarmos outros jovens ajudamo-nosa nós próprios”DURANTE o ano letivo que chega agora ao seu término, os alunos Ale-xandre Bernardo, Ana So-fia Domingos e Mariana Chaves, no âmbito do novo programa do Colégio Cam-po de Flores CONSIGO, prestaram serviço comu-nitário voluntário no Cen-tro Juvenil Padre Amadeu Pinto (centro que dá apoio ao estudo a mais de uma centena de crianças e jo-vens do Monte da Capa-rica).

Nesta instituição os alu-nos desempenharam dois tipos de funções: apoio ao estudo a jovens em condi-ções desfavorecidas e a in-teracção em momentos de lazer. Por um lado, os alu-nos do Colégio auxiliam jo-vens dos 5 aos 15 anos no

estudo para os testes e con-solidação da matéria dada na aula; por outro lado, num espaço apropriado os jo-vens desenvolvem capaci-dades artísticas e motoras através de jogos lúdicos.

Esta actividade foi--nos muito útil na medi-da em que explorou uma enorme diversidade de conhecimentos e compe-tências, nomeadamente a autonomia, a responsa-bilidade e a organização. Mas para além disso, o que predomina no espí-rito de todos nós, após este ano de experiências, é a realização pessoal pelo facto de os termos perce-bido que ao ajudarmos outros jovens ajudamo--nos a nós próprios. Va-leu bem a pena!

Adolfo Silveira, arqueólogo do museu nacional de arqueologia

«A arqueologia é uma área interessante e com boas saídas profissionais»

O Tempo Resgatado ao Mar” é o título da palestra que o arqueó-logo Adolfo Silveira proferiu

no passado dia 8 de Maio, ao final da tarde, no auditório do colégio Campo de Flores, na freguesia de Caparica, no âmbito do ciclo de conferências “Clube da História”, para uma plateia superior a cem pessoas.

Adolfo Silveira deixou à plateia, constituída por alunos, professo-res e alunos, uma mensagem de «es-perança no futuro». «Vim mostrar o trabalho técnico, de conhecimen-to e de contributo que o Museu Na-cional de Arqueologia desenvolve no sentido de dar a conhecer a nos-sa identidade», vinca. Na sua opi-nião, a arqueologia possui um «mé-todo próprio de análise e de inter-

dos no fundo do mar», sublinhou. Adolfo Silveira falou da expo-

sição “O Tempo Resgatado ao Mar”, que esteve patente ao público no Museu Nacional de Arqueologia, que pretendeu dar a conhecer os principais resultados de 30 anos da actividade arqueológica náu-tica e subaquática em Portugal. «A arqueologia é como ler um livro que se baseia na preservação do registo».

Por seu turno, João Rafael, di-rector do colégio, fez um balanço «muito positivo» da conferência, su-blinhando que foi «uma excelente aula de história e de ciência, e da in-terdisciplinaridade que hoje é abso-lutamente crítica. Todas as discipli-nas devem interagir», acrescentan-do que a «arqueologia é uma área extremamente aliciante e tem bas-tante saída profissional».

pretação, baseada sobretudo na lei-tura interpretativa que as fontes ma-teriais lhes podem facultar».

O arqueólogo realçou que a cos-ta portuguesa, desde norte a sul, tem sido um território de passagem, so-bretudo do Mediterrâneo para o nor-te da Europa, desde os tempos pré--romanos até aos dias de hoje. «Te-mos testemunhos bastante interes-santes de várias cronologias e pe-ríodos», frisa. Na zona ao largo de S. Julião da Barra, revelou, já foram en-contrados «muitas e diversificadas» peças históricas, como astrolábios.

Ao Museu Nacional de Arqueo-logia costumam chegar, segundo Adolfo Silveira, diversos alertas e a Marinha Portuguesa está atenta aos ‘caçadores de tesouros’ submersos na costa marítima portuguesa. «Já houve acções judiciais e captura do material recolhido de navios perdi-

Perfil de Adolfo Silveira Adolfo Martins é doutorado em História Moderna e Mestre em His-tória Medieval. Exerce funções, como arqueólogo, no Museu Na-cional de Arqueologia. É forma-dor e coordenador da Rede Por-

tuguesa de Museus e orientador de doutorandos no domínio da in-vestigação da arqueologia naval, conservação e preservação de bens culturais, provenientes de meios submersos.

Alunos “Deram de Si antes de pensar em Si”**

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NEGÓCIOS

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No passado dia 31 de Maio, comemorou-se o 10.º aniver-sário da primeira escala do

Terminal de Contentores de Sines. Há 10 anos, o MSC Cristiana foi o primeiro navio a escalar o Terminal XXI, tendo movimentado cerca de 200 contentores. Com um compri-mento fora-a-fora de 184m e um calado da ordem dos 10m, o MSC Cristiana tinha capacidade para 1.095TEU, bem longe da capacidade do MSC Katie, navio em operação durante a cerimónia, com capaci-dade quase 12 vezes superior ao primeiro (12.400TEU), um compri-mento fora-a-fora de 366m e um calado de cerca de16m.

A cerimónia contou com a pre-sença do ministro da Economia, António Pires de Lima, que este-ve acompanhado do secretário de Estado das Infraestruturas, Trans-portes e Comunicações, Sérgio Monteiro. Por parte da PSA este-ve presente o responsável da PSA Europa, David Yang, Carlos Vas-concelos representou a MSC, prin-cipal armador do termi-nal, cujo sucesso muito se deve à forte aposta que fez em Sines desde o início. João Franco, presidente da APS e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mas-carenhas, estiveram também en-tre os diversos ilustres que parti-ciparam na cerimónia.

Na sua intervenção, o ministro

da Economia enalteceu o sucesso de Sines e, mostrando-se confian-te em relação à evolução deste ter-minal, cuja expansão figura entre os 59 projetos de investimento prio-ritários do PETI, afirmou que o Go-verno «está convicto de que será possível chegar a um entendimen-to com a PSA, de forma a viabilizar o investimento a que a concessio-nária do terminal se propõe, após a conclusão da presente fase de ex-pansão, que prevê alargar a frente de cais até aos 1.350m, e uma capa-

cidade de movimentação de cerca de 2.7 MTEU».

Por sua vez, João Franco, presidente da APS, orgulha-se de o ter-

minal de contentores de Sines ser «um dos maiores da Península Ibé-rica» e de «continuar a crescer». «Em 2013 cresceu acima dos 68 por cento, e em 2014 estima-se que movimente mais 35 por cento do

que no ano passado Já o presidente do município

de Sines, Nuno Mascarenhas, afir-mou que comemorar esta data é sempre um momento solene para Sines, dado que se trata de «um terminal não só fundamental para esta região mas também para o País». E conclui: «Tudo o que for feito em prol do desenvolvimen-to deste porto e desta região é sem-pre benvindo».

Neste momento decorre a se-gunda fase de expansão que, até ao final do ano dotará o Terminal

XXI de 940m de cais e 36ha de área de parqueamento, com a operação de 9 gruas super post-panamax e uma capacidade de 1.7MTEU. De lembrar que em 2013 o Terminal de Contentores de Sines movimen-tou 931.000TEU e obteve uma taxa de crescimento de 68 por cento, em relação ao ano transato. As ex-pectativas de movimentação para 2014 cifram-se nos 12 MTEU.

A cerimónia contou ainda com um espectáculo a cargo da canto-ra/actriz Wanda Stuart e dos seus bailarinos.

Terminal da PSA de Sines comemorou dez anos de atividade

Em 2013 a plataforma cresceu acima dos 68%

O ministro da Economia, Pires de Lima, na cerimónia da PSA

Pires de Lima foi o convidado de honra para testemunhar os feitos do terminal de Sines

António Luís

Terminal XXI comemora década de grande pujança

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NEGÓCIOS

MUNICÍPIO DE ALCÁCER DO SAL

AVISOALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO URBANO DE INICIATIVA MUNICIPAL Nº. 6/2001Bairro dos Castelos (AUGI) -TorrãoManuel Vítor Nunes de Jesus, Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:Torna público nos termos do disposto no nº.1 do artigo 22.º, do Decreto-Lei nº. 555/99 de 16 de dezembro na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objecto a proposta de alteração ao projeto de loteamento da AUGI do Bairro dos Castelos, nº. 6/2001, requerida por Gertrudes Virgínia Pires Murcho e Outra a incidir sobre o prédio urbano situado em Torrão, da Freguesia do Torrão.A presente alteração tem como finalidade a inclusão na área do loteamento de uma parcela de terreno, que se agregará aos atuais lotes 9,10 e 11, reconfigurando-se a geometria dos lotes resultantes, que terão a designação de lotes 9 e 11, com a consequente eliminação do lote 10, destinando-se ambos a habitação, respectivamente com áreas de 562,05m2 e 347,25m2.As alterações referidas incidem essencialmente sobre a área do loteamento que passa a ter 12.096,00m2, na área total de lotes que passará a ser de 9.311,60m2. O número de lotes passa a ser de 25, numerados de 1 a 9 e de 11 a 26, com um total de 22 fogos.Os indicadores e demais condicionamentos urbanísticos resultantes contêm-se dentro dos valores previstos no PDM, dado que o local se insere em área consolidada do perímetro urbano da vila do Torrão, bem como nas regras iniciais da AUGI demarcada.Assim, qualquer interessado poderá proceder à formulação de sugestões, observações ou reclamações, dirigindo-as à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, todos os dias úteis das 9,00 às 16,00horasAlcácer do Sal, 19 de maio de 2014

O Vereador do Pelouro(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

PIMELA PIMEL 2014 - XXIV Feira do Turismo e das Atividades Económicas, que decorre de 20 a 24 deste mês, vai recu-perar algumas iniciativas que estavam afastadas do certa-me há algum tempo, como o 5.º Concurso de Cães Rafei-ros Alentejanos, as activida-des equestres e a pecuária.

Na apresentação à im-prensa marcaram presença, patrocinadores, artistas como Mafalda Veiga e Francisco Sa-bino, dos Chave D’Ouro, e os cavaleiros António Telles e João Salgueiro da Costa.

O presidente do municí-pio, Vitor Proença, deposita «excelentes» expectativas na edição deste ano, uma vez que se trata de um certame que «mobiliza as actividades económicas e o turismo». Sob o lema “Alcácer do Sal – Um destino de excelência”, o cer-tame aposta numa progra-mação cultural «fortíssima», merecendo destaque o con-certo de Pedro Abrunhosa e

o 1.º Festival Internacional de Folclore.

O edil sublinhou que a PI-MEL é «uma grande aposta de divulgação do que de melhor existe e se produz na região», relembrando também a reali-zação de um desfile equestre, com cavalos e campinos com cabrestos, pelas ruas da cida-de, com bênção dos Cavalos e Cavaleiros e Homenagem ao

Dr. Alegre, veterinário alcace-rense que introduziu na feira a vertente dos cavalos.

Não falta o espaço Crian-ça, com atividades para os mais novos, provas de vinho, arte-sanato , exposições, torneio de damas, demonstrações des-portivas, torneio de boccia e de futebol, e cozinha ao vivo. A feira vai ainda ter um espa-ço radical e um balão de ar

quente disponível para os vi-sitantes poderem usufruir da paisagem de Alcácel, bem como uma corrida de touros e Dj’s todas as noites.

Já o presidente da Entida-de Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Ceia da Sil-va, valorizou a introdução de novas melhorias no espaço da feira e na sua programação. «Esta imagem da PIMEL trans-

porta-nos para uma visão mo-derna e com uma visão de gran-deza extraordinária», disse, re-forçando a intenção da cria-ção de marcas próprias e de união de todos para que o Alen-tejo Litoral possa ser promo-vido e “vendido” no mundo. «As feiras, como o caso da PI-MEL, são o cartaz mais mediá-tico de promoção de uma re-gião», referiu Ceia da Silva.

O edil Vítor Proença na apresentação do evento

DR

Pavilhão e recinto da feiraO executivo vai apostar na requalificação do pavilhão e do recinto da PIMEL, sen-do que todo o pavilhão é alvo de profunda requali-ficação. «Ainda não vamos ter, para já, as novas insta-lações sanitárias, embora haja outros espaços do gé-nero distribuídos pelo re-cinto», revela, acrescentan-do que a intervenção vai tor-

nar o pavilhão «mais ade-quado a certames». Por ou-tro lado, revelou que está a ser desenvolvido «um pro-jecto de requalificação da envolvente da Praça de Tou-ros, com a colocação de cal-çada, alteração das estru-turas eléctricas, criação de zonas verdes e de meren-das, parque infantil e cons-trução de palco fixo.

Hyundai regressa a Setúbal pelas mãos da SGS CarA MARCA Hyundai, que há cerca de um ano estava sem concessionário no distrito, está de regresso ao conce-lho de Setúbal, desta feita à SGS Car, que trabalha com diversas outras marcas. A SGS Car Hyundai, que foi re-centemente inaugurada, jun-to à Quinta Tomé Dias, em Setúbal, dispõe dos serviços de venda, pós-venda e co-lisão.

Bruno Gomes Vaqueiro, responsável comercial pela Hyundai na SGS Car, realça que a gama dos veículos Hyundai foi «totalmente re-formulada», oferece cinco anos de garantia, sem limi-te de quilómetros, o que cons-titui, a seu ver, uma «mais--valia» no nosso mercado.

Todos os segmentos da Hyundai foram renovados, e, além disso, a marca está as-sociada ao World Rally Cham-pionship e ao Mundial de Fu-tebol do Brasil. «A gama Hyun-dai é uma das mais amplas do mercado em termos de ofer-ta. É, talvez, a única marca co-reana que possui um centro de estudos na Europa, o que quer dizer que os modelos es-tão europeunizados e isso é

uma mais-valia devido à gran-de especificidade do merca-do europeu», explica.

Bruno Gomes Vaqueiro refere que a marca nipónica possui um parque circulan-te «significativo» no conce-lho de Setúbal e são esses clientes que a SGS Car pre-tende voltar a cativar. «Até final do mês de junho, esta-mos a oferecer 25 por cento de oferta da manutenção e um check-up gratuito para os clientes da Hyundai resi-dentes em todo o concelho de Setúbal, de modo a cati-var aqueles clientes que du-rante um ano ficaram sem

assistência Hyundai na re-gião», vinca.

Destinada ao público que aprecia carros «fiáveis» e com «presença e estilo», a gama Hyundai está a ser alvo por parte do importador de um grande investimento na rede, sob o slogan “Se acha que co-nhece a Hyundai, pense de novo”. «Os carros estão a ser concebidos de forma dife-rente e a marca está a ser re-lançada pela SGS Car, que ar-rancou com a SOONDA, há mais de 20 anos e, nos dias de hoje, trabalha com 13 mar-cas espalhadas pela margem sul», adianta.

Bruno Vaqueiro, da SGS Car e o novo automóvel da Hyundai

DR

Adrepes mostra projetosCEM promotores continuam a dar a conhecer este sábado os seus projectos e estratégias futuras nas instalações da Adre-pes, em Quinta do Anjo, no âm-bito da mostra de projectos “Consolidar o Passado, Pla-near o Futuro – Península de Setúbal, Território de Terra e Mar”, que arrancou ontem, com a presença do secretário do Mar, Manuel Pinto de Abreu, e do presidente do município de Palmela, Álvaro Amaro.

Durante a manhã de on-tem foi assinado um protoco-lo, no âmbito da Rede Euro-peia de Pousadas Equestres, e durante a tarde, cerca de 50 empresas, com projectos apoia-dos pelo PRODER e PROMAR, na Península de Setúbal, teve a oportunidade de explicar os seus projectos.

Paulo Cipriano, presiden-te da Adrepes, revelou que este encontro é de «grande impor-tância» para os promotores, uma vez que lhes abre portas para a celebração de acordos e parcerias, com projectos li-gados ao turismo, enoturismo, mundo rural, entre outros.

Pub.

retoma tradições que se foram perdendo ao longo do tempo

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DESPORTO

Sábado • 7 junho 2014 • www.semmaisjornal.com 15

O tão contestado (e muito ansiado) “Mundial” brasileiro vai começar. É a repetição do

clamoroso evento de 1950 quando uma final Brasil-Uruguai terminou em choros, raivas e críticas porque os “canarinhos” se viram vencidos por 2-1, contra todas as expectativas.

Portugal, às ordens de Paulo Bento está de malas aviadas, rumo a Manaus, às portas da gigantes-ca Amazónia, cidade de profun-das raízes lusitanas.

Dos 23 eleitos para a compe-tição de alem-Atlântico ressalta a elevada percentagem de “craques” que não actuam em Portugal, uma autêntica “legião estrangeira”, do “keeper” Beto (Sevilha) ao consa-gradíssimo Cristiano Ronaldo (Ma-drid). E há gente que provem de Valência, Manchester, São Petes-burgo, Mónaco e Moscovo.

A tão badalada globalização tem vindo a acentuar-se nos do-mínios do futebol, em todas as la-titudes. O que se passa com a nos-sa Selecção principal, “capitanea-da” por Cristiano Ronaldo é um flagrante exemplo a citar.

Também as jovens Selecções de Sub. 21 (no topo do seu esca-lão) e de Sub.20 (que competiu em Toulon), integram futebolistas que actuam além fronteiras, em meia dúzia de países, reforçando assim o conceito enunciado de “legião estrangeira” que tende a aumen-tar sem espécie de dúvida.

E esse fenómeno de expansão futebolística não se limita aos joga-dores, estendendo-se a um cada vez mais alargado leque de treinadores, desde José Mourinho (orgulhosa-mente “Big One”) ao bem cotado J. Caixinha (bem longe, no México).

E há portugueses de boas ac-tuações na Tailândia, Pérsia, Costa Rica, Sérvia, Guiné, Angola, Moçam-bique, Marrocos, Israel, Chipre, Rús-sia e por aí fora, em surpreenden-tes aventuras, dignas de registo.

E não pode ficar sem referên-cia, de ênfase muito especial, o su-cesso de Helena Costa, técnica di-plomada, de notável carreira, que conduziu a equipa profissional de Clermont-Ferrand (II Divisão) à vitória no seu Campeonato, com acesso ao escalão principal.

Tudo isso concorre muito po-sitivamente para o lugar cimeiro de Portugal no “ranking” oficial da F.I.F.A.

E neste âmbito elogioso apraz--nos relembrar dois nomes de por-

tugueses que há bem mais de meio século encetaram este desfile que apelidamos de “legião estrangeira”: o técnico Severiano Correia, na Gré-cia e o talentoso Rogério Lantres de Carvalho, o “PiPi” do Benfica, que trocou Lisboa pelo Rio de Janeiro, ao serviço do clássico Botafogo.

Por mera curiosidade, na con-vicção de que me desculpam, ima-gino uma Selecção Nacional exclu-sivamente composta por cidadãos portugueses que actuam no estran-geiro, completando assim a inten-ção imaginativa desta crónica. To-mem nota, s.f.f: Beto (Sevilha); João Pereira (Valência), Pepe (Real Ma-drid), Bruno Alves (Fenerbahçe) e Coentrão (Real Madrid); João Mou-tinho (Mónaco), Miguel Veloso (Dí-namo M.) e Raul Meireles (Fener-bahçe); Nani (Manchester United), Hugo Almeida (Galatasaray) e Cris-tiano Ronaldo (Real Madrid).

E há margem para uma com-penetrada meia dúzia de suplen-tes, a saber: Antonhy Lopes (O. Lyon), Ricardo Costa (Valência), Neto (Zenit S. Petersburgo), An-tunes (Málaga), Nelson Oliveira (Rennes) e Vieirinha (Wolfsburg).

E podíamos citar, sem custo, mais uma dezena de componen-tes dessa cada vez maior intensa “legião estrangeira”, tema fulcral da nossa reflexão de hoje.

Exceptuando o caso muito es-pecial dos brasileiros que abundam por cá, pode dizer-se que são mais os portugueses a actuar no estran-geiro do que futebolistas de outras nacionalidades em equipas dos nos-sos campeonatos. E porque o “Sem-mais” abrange um público leitor de Setúbal, adiante-se que o Vitória, em 2013/14, contou com 8 não por-tugueses no seu plantel.

A Legião Estrangeira4ª Sesimbra Summer Cup

A IV edição do torneio inter-nacional de futebol infantil, Sesimbra Summer Cup, desti-

nado a jovens entre os oito e os deza-nove anos, tem lugar entre 25 e 29 de Junho, e envolve mais de dois mil participantes integrados em perto de setenta equipas oriundas não só de Portugal como de outros destinos.

A cerimónia de apresentação do torneio está marcada para o próximo fim-de-semana, no dia 14, a partir das 16 horas, altura em que decorre-rá também o sorteio para a primeira fase de gru-pos da competição.

Para além das provas despor-tivas nas modalidades de futebol e futebol de praia, a organização

preparou um conjunto de inicia-tivas de âmbito social, cultural e de promoção do fair-play com des-taque para alguns seminários e co-lóquios que abordam a questão desportiva e o seu papel no desen-volvimento da consciência cívica e social dos jovens.

A organização do Sesimbra Sum-mer Cup salienta a importância do

evento para a promoção turística da região tendo como ponto de partida o alojamento direto de mais

de 600 participantes e seus acom-panhantes, assim como o forneci-mento de mais de quatro mil refei-ções em restaurantes locais.

Entretanto, o Coloquio subordi-nado ao tema “Caminhos para o De-senvolvimento da Formação Des-portiva”, integrado na Cerimónia Ofi-cial de Abertura, que decorre no Cine Teatro Municipal João Mota em Se-simbra, na noite de dia 25 de Junho, vai contar com a presença de um conjunto de intervenientes de pres-tígio do desporto nacional.

O selecionador nacional de hó-quei em patins, Luís Sénica, natural de Sesimbra, é um dos convidados deste colóquio, que contará ainda com as intervenções do ex-árbitro internacional João Ferreira, e de re-presentantes da Federação Portu-guesa de Futebol.

O Rio Sado recebe, no próximo dia 28 de Ju-nho, a única etapa europeia da Taça do Mun-do de Águas Abertas, prova de dez quilóme-tros de natação, que contará com a presen-

ça de alguns dos mais conceituados atletas mundiais da modalidade. Depois de em 2012 ter sido palco do apuramento olímpico, Se-túbal volta a estar na rota da elite mundial.

A Associação de Basquetebol de Setúbal em colaboração com a Câmara de Alma-da leva a efeito no feriado de 10 de Junho, o Dia Nacional do Minibasquete. A prova

a ter no lugar no Complexo de Desportos marca o encerramento das atividades des-portivas da modalidade para os jovens com idades compreendidas entre os 8 e 12 anos.

Melhores do mundo em águas abertas no Sado Minibasquete fecha época em Almada

“ Há portugueses de boas actuações na Tailândia, Pérsia, Costa Rica, Sérvia, Guiné, Angola, Moçambique, Marrocos, Israel, Chipre, Rússia e por aí fora, em surpreendentes aventuras, dignas de registo. ”

A prova decorre entre 25 a 29 de Junho e inclui iniciativa culturais

Milha nocturna da Moita soma e segueA XII Milha Ribeirinha Noc-turna da Moita, corre-se esta segunda-feira, a par-tir das 20:45 horas, com partida na Praça da Repú-blica, na Moita.

A prova organizada pelo Clube Amigos do Atle-tismo da Moita, com o apoio da Câmara Munici-pal, e está incluída no âm-bito do AtletisMoita – Tor-neio em Atletismo das Co-letividades do Concelho.

A Milha Noturna é di-rigida a atletas federados e não federados, de ambos os sexos, agrupados pelos vários escalões definidos no torneio AtletisMoita.

O objectivo da prova, que foi criada em 2003, é o de fomentar o apareci-mento de novos adeptos do atletismo, assim como de novos valores para a modalidade. Para além dis-so, a organização preten-de contribuir para a pro-moção da prática despor-tiva regular e de um estilo de vida saudável.

O torneio das coletivi-dades tem sido o motor para que muitos jovens do concelho da Moita tenha passado a interessar-se pelo atletismo e daí tenham resultado alguns bons va-lores para a modalidade.

A iniciativa tem ganho grande prestígio

DR

David SequerraColaborador

Mais de dois mil participantes vão animar Sesimbra na IV edição do torneio de futebol infantil Summer Cup. É já no final deste mês. A vila ‘piscosa’ prepara-se afincadamente.

Colóquio de abertura conta com Luís Sénica

Marta David

Direito de superfície “caducou” no VitóriaUM GRUPO de sócios do Vitória quer que a direc-ção do clube avance com as formalidades neces-sárias para requerer a ex-tinção do direito de su-perfície dos terrenos do Bonfim, vendido à Pluri-par em Março de 2004.

Em declarações à agência Lusa, João Mar-tins, um dos signatários do pedido entregue esta quinta-feira à direcção do Vitória, adianta que «que o direito de super-fície dos terrenos do es-tádio do Bonfim está ex-tinto, porque já passou o prazo máximo de dez

anos, que está previsto na lei, sem que a Pluripar tivesse concluído a obra.»

É com base nesta pre-missa que o grupo de só-cios, próximo de Júlio Adrião, candidato derro-tado nas últimas eleições, quer ver a anulação da escritura de constituição.

Os signatários da car-ta argumentam que «não se trata de rasgar con-tratos, apenas aplicar à “letra”, o que a lei esti-pula», e pedem a marca-ção de uma Assembleia Geral para discutir e vo-tar o requerimento da ex-tinção.

com mais de dois mil participantes

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