semmais 2 novembro

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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos NEGÓCIOS Melo Pires descartou a possibilidade do novo modelo Taigun vir a ser produzido em Palmela. Mas acredita que a empresa possa contar com um novo automóvel para massas. POLÍTICA O presidente da Câmara de Alcácer, Vitor Proença, foi eleito presidente da CIMAL, que gere os municípios da Costa Alentejana. Carlos Humberto, por sua vez ainda não foi reconduzido à frente da AML. A CDU, com mais autarquias, não quer ceder o lugar ao edil socialista de Lisboa. Líder da Autoeuropa afasta hipótese de produção do Taigun Proença vai liderar CIMAL e Carlos Humberto luta pela presidência da AML www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 785 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 2.Novembro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR PÁG. 2 PÁG. 14 PÁG. 10 ACTUAL PÁG. 6 Na semana em que o Conselho Distrital da Ordem dos Médicos arrasou o serviço de urgências do S. Bernardo, em Setúbal, este hospital deu a conhecer uma nova unidade de combate à dor crónica que é pioneira no país. Cultura “Em direcção aos céus” sobe em Almada 9 Actual Setúbal ganha parque de lazer e combate cheias 7 Desporto Tróia recebe Portugal Match Cup em Vela 15 Pub. Invasão de macroalgas ameaça a nossa costa ABERTURA A biodiversidade ao largo da costa do distrito está cada vez mais ameaçada por um conjunto de espécies de “algas invasoras” que, nos últimos anos, tem vindo a chegar às nossas águas. São provenientes dos quatro cantos do mundo, mas em especial do sudoeste asiático. São trazidas à boleia dos grandes navios que operam na costa atlântica. O alerta partiu de um biólogo de Coimbra, Leonel Pereira, para quem «está em marcha» um processo de «colonização» das algas autóctones que habitam a região. Pub.

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Edição 2 de Novembro

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Page 1: Semmais 2 novembro

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

NEGÓCIOS Melo Pires já descartou a possibilidade do novo modelo Taigun vir a ser produzido em Palmela. Mas acredita que a empresa possa contar com um novo automóvel para massas.

POLÍTICA O presidente da Câmara de Alcácer, Vitor Proença, foi eleito presidente da CIMAL, que gere os municípios da Costa Alentejana. Carlos

Humberto, por sua vez ainda não foi reconduzido à frente da AML. A CDU, com mais autarquias, não quer ceder o lugar ao edil socialista de Lisboa.

Líder da Autoeuropa afasta hipótese de produção do Taigun

Proença vai liderar CIMAL e Carlos Humberto luta pela presidência da AML

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 785 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 2.Novembro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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PÁG. 2

PÁG. 14 PÁG. 10ACTUAL PÁG. 6

Na semana em que o Conselho Distrital da Ordem dos Médicos arrasou o serviço de urgências do S. Bernardo, em Setúbal, este hospital deu a conhecer uma nova unidade de combate à dor crónica que é pioneira no país.

Cultura“Em direcção aos céus” sobeem Almada

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ActualSetúbal ganha parque de lazere combate cheias

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DesportoTróia recebePortugal Match Cupem Vela

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Pub.

Invasão de macroalgas ameaça a nossa costa

ABERTURA A biodiversidade ao largo da costa do distrito está cada vez mais ameaçada por um conjunto de espécies de “algas invasoras” que, nos últimos anos, tem vindo a chegar às nossas águas. São provenientes dos quatro cantos do mundo, mas em

especial do sudoeste asiático. São trazidas à boleia dos grandes navios que operam na costa atlântica. O alerta partiu de um biólogo de Coimbra, Leonel Pereira, para quem «está em marcha» um processo de «colonização» das algas autóctones que habitam a região.

Pub

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Page 2: Semmais 2 novembro

A biodiversidade ao largo da costa do distrito está, cada vez mais, ameaçada pelas

designadas «algas invasoras» que, nos últimos anos, têm chegado à região provenientes dos quatro cantos do mundo. Algumas vêm mesmo à «boleia» de navios. O alerta é dado pelo biólogo Leonel Pereira, docente na Universi- dade de Coimbra, para quem está em marcha uma espécie de processo de «coloni-zação»

junto das algas autóctones. O espe-cialista diz que se trata, no fundo, de uma «invasão biológica», que, para já, não tem solução à vista.

Referindo-se à faixa costeira que se estende da Costa de Capa-rica até Sines, o biólogo garante que se está a assistir a um «problema grave», que já descambou em «acções nefastas contra as algas nativas», numa altura em que alguns ecossistemas desapareceram. «As macroalgas que estão a conquistar as nossas pradarias podem crescer até aos 50 a 60 metros, o que impede o acesso à luz das algas mais pequenas, condenando-as à morte», alerta.

Há cinco macroalgas mais ameaçadoras (ver caixa) que têm sido observadas na costa da região. Terão chegado do Sudeste Asiá-tico, mas também há espécies oriundas da Austrália e Nova Zelândia, África do Sul e América do Norte. «As algas que cá estão não lhes resistem, porque as inva-soras tomam conta do habitat», insiste o docente, admitindo que

uma das justificações para a crise nas algas nas prada-

rias da costa alen-tejana está

associada às alte-

rações climáticas, sendo que as ditas «inva- soras» exibem mais capa-cidade de responder à mudança do clima.

Aumentam biomassa e conquistam território

«Logo, estas algas vão aumentar e s u a biomassa e c o n q u i s t a r mais território às espécies n a t u r a i s » , i n s i s t e L e o n e l Pereira, admi-tindo que muitas das algas invasoras que temos na região nem têm sido trazidas de forma consciente. São os pequenos pedaços de algas que em lugar de se fixarem em rochas, acabam por se fixar ao casco dos barcos sendo transpor-tados ao longo de largos milhares de quilómetros.

Quando a embarcação acosta

num porto, que tenha um ambiente propício para se dar a reprodução, elas lançam as sementes, sendo o Sargaço um dos maiores exemplos de alga

invasora

que já exibe u m a significa-t i v a mancha

na costa. «As algas exóticas

têm outra capa-cidade de repro-

dução e fixação, sendo grandes competidoras,

podendo mesmo chegar a eliminar as reservas naturais de minerais que fazem falta às ´portuguesas´, acabando por as destruir», insiste.

ABERTURA

Sábado //2 . Nov . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

As macroalgas que estãoa ameaçar a nossa costa

São de uma beleza singular e um ‘petisco’ para o mergulho, mas também são um terror para a biodiversidade da nossa costa. As algas invasoras estão aí, muitas vezes à boleia de navios que escalam os nossos mares. E Ficam!

São cinco espécies oriundas do sudoeste asiático e trazidas por navios

Não é fácil prevenir invasão

A ameaça à biodiversidade das algas estende-se à fauna. Com o avanço dasinvasoras só ficarão as algas mais resistentes, o que poderá mudar o espetro de espécies, provocando um efeito em cadeia. Os peixes que se

alimentam das algas e outros invertebrados,

como o ouriço-do-mar, irão desaparecer à procura de alimento noutras paragens.«Toda a cadeia trófica será afetada, até o homem, porque também nos alimentamos das algas», refere o também biólogo Fernando Correia, colega de investigação de Leonel Pereira, admitindo que, para já, não vai ser tarefa fácil combater o avanço desta

«praga», como já é apelidada pelos pescadores. «Em teoria, teriam de ser arrancadas à mão, o que é totalmente inviável. Mas também não é com dragagens que as vamos eliminar», avisa, alegando que bastaria desprender-se uma ínfima parte da lâmina da alga para que voltasse a crescer noutro lado.Só a prevenção poderia aligeirar o problema, mas era necessário que limpar todos os barcos antes de ser iniciada uma nova viagem, para eliminar as incrustações de algas. «Mas isso também é quase impossível. Quem vai limpar um navio de transporte de contentores?»

As cinco macroalga mais temidas»» Undaria pinnatifida. Alga castanha de tonalidade castanho-dourado. Pode atingir até dois a três metros de comprimento, também conhecida por “Wakame”. Reproduz-se todo o ano.»»Sargassum muticum. É uma alga castanha que pode atingir os quatro ou cinco metros de comprimento. Possui vesículas flutuadoras, que permitem à alga manter-se em flutuação.»» Grateloupia turutur. Ainda não se pode afirmar que esta alga vermelha é uma espécie «invasora», sendo considerada apenas como uma espécie «introduzida».»» Symphiocladia marchantioides. É uma alga filamentosa, formada por pequenas frondes vermelhas, com bordos relativamente irregulares, que atapetam o substrato e hábito prostrado.»» Codium fragile. Alga verde perene com textura esponjosa, com talo cilíndrico, presente em biótipos fotófilos, desde a superfície (no patamar médiolitoral), até 12 metros de profundidade no patamar infralitoral, sobretudo em zonas estuarinas.

Roberto Dores

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EspaçoPúblico

Sábado // 2 . Nov . 2013 // www.semmaisjornal.com

Na semana em que o Governo apresentou a espécie de ‘Guião’ para a tão famigerada reforma do Estado, tivemos o excelso presidente da República a nos coibir de «excitações», presume-se dirigindo-se à oposição, e o nosso ‘primeiro’ a prevenir-nos do «stress», como sinal vermelho aos juízes do Tribunal Constitucional.

São, na verdade, dois cuidados alertas para um país que está bem perto de enlouquecer, governado por um conjunto de figuras que já fintaram todos os químicos da pró-sanidade e que, na tresloucada cruzada de nos transformar numa gaiola de loucos (gaiola está muito em voga), persiste numa obsessão.

Esta reforma do ministro antes irrevogável, apresentada num mar de folhas A4 (por sinal sem os cálculos do Excel), é uma peregrina brincadeira de garotos que assume, em definitivo, a total ausência de futuro deste Governo. Ideias soltas, desgarradas, sem estudos, sem método, sem sustentação, apenas para provar que o Estado neste país deve ser uma filial de interesses privados. E quando não houver Estado, apaga-se o deficit, arruma-se a dívida e viveremos de ‘Deus-Pátria e Família’.

O pior é que estes e outros ministros, com formação intensiva nas políticas que reinam a Ocidente, e em especial na nossa pobre Europa, já ganharam lugar no topo da escala. Já garantiram emprego e bom sustento num servicinho qualquer do universo privado. E resto que se dane.

Proponho um guião para reformar o Governo… mas acho que vou demorar até ao final da Legislatura. É assim a democracia num país que não sabe o que fazer à vida.

Guião para reformareste Governo…

Editorial // Raul Tavares

Na passada sexta-feira, a Assembleia da República aprovou na generalidade

a reforma do IRC. Esta reforma assenta em três pilares: COMPE-TITIVIDADE, SIMPLIFICAÇÃO e PROMOÇÃO DE INVESTIMENTO.

Esta reforma, bem como a proposta de Orçamento do Estado para 2014, prevê a descida da taxa nominal máxima de IRC em dois pontos percentuais, de 25% para 23%. O objectivo é de fixar a taxa entre os 17% e os 19% até 2016.

Actualmente, à taxa legal de 25% somam-se as derramas esta-dual (3% a 5%) e municipal (até 1,5%), o que eleva a taxa nominal para 31,5%. Com esta redução, as empresas não terão uma taxa de imposto superior a 29,5%. Com estes cortes, a taxa do imposto em Portugal aproxima-se daquela que é praticada por países com quem Portugal concorre direta-mente na atração de investimento externo, como Polónia e Repú-blica Checa.

A descida da taxa de IRC é considerada, por muitos, como uma medida importante para tornar a economia portuguesa mais competitiva. Esta redução da carga fiscal vai beneficiar todas as empresas a operar em Portugal, mas em particular as pequenas e médias empresas (PME), que são os principais responsáveis pela criação de emprego, inovação e aumento das exportações.

Apesar desta redução, as grandes empresas, com lucros mais elevados, continuarão sujeitas à derrama estadual, garantindo assim que estas continuarão a manter um contributo acrescido em cinco pontos percentuais - para além da taxa - para efeitos de consolidação orçamental.

Outras das características desta reforma do IRC é a simplificação que vem trazer à vida das empresas. Deste modo, é alargado o regime simplificado para pequenos empre-sários em nome individual. Conco-mitantemente, pretende-se a simplificação da taxa, a redução ou eliminação de mais obrigações. O regime simplificado de tribu-tação, destinado a micro e pequenas empresas com um volume de negó-cios até 200 mil euros, poderá abranger mais de 330 mil empresas (74% do tecido empresarial portu-guês). A adesão ao regime simpli-ficado é facultativa. Estas altera-ções permitirão reduzir a carga fiscal que incide actualmente sobre estas empresas, uma vez que as pequenas empresas ficarão dispen-sadas do pagamento especial por

conta e das tributações autónomas relacionadas com a sua atividade. Simultaneamente, esta reforma vem também simplificar as obri-gações fiscais das pequenas empresas. Esta simplificação é um imperativo ético, pois, actualmente, as empresas portuguesas estão sujeitas a um total de 68 obriga-ções acessórias e declarativas. Hoje, Portugal é o quarto país da União Europeia onde os custos de cumpri-mento são mais elevados. Estima-se em média que uma empresa portuguesa gaste 23 horas adicio-nais por ano, face à média euro-peia no cumprimento das suas obrigações fiscais. Por isso, o Governo propõe a redução ou eliminação de mais de 20 obriga-ções declarativas e acessórias, ou seja, mais de um terço.

A nova reforma do IRC tem como objectivo central o investi-mento produtivo e a atracção de investimento estrangeiro para Portugal. O investimento é essen-cial para dinamizar a economia. É também aprovado um novo regime de incentivos fiscais para lucros retidos e reinvestidos por pequenas e médias empresas (PME), por forma a promover a capitalização das empresas e aumentar o nível de investimento produtivo. Em causa está a medida, prevista no Orçamento deste ano, que permite às PME reduzir na sua tributação 10% dos lucros retidos e reinves-tidos em actividades produtivas. Este incentivo à captação de inves-timento é reforçado por um conjunto de medidas fiscais, com o objetivo de atrair investimento directo estrangeiro (IDE) e promover a internacionalização das empresas.

Esta reforma do IRC é uma verdadeira reforma, que vai para além de uma simples descida das taxas. Um dos seus objectivos é uma grande simplificação fiscal, sem que isso constitua uma perca de eficiência no combate à evasão fiscal e economia paralela.

Por fim, seria muito bom que a reforma do IRC pudesse ser um compromisso dos partidos que tradicionalmente assumem responsabilidades governativas, porque é muito diferente do ponto de vista de investimento falarmos de uma reforma que merece um amplo consenso de médio e longo prazo, ou falamos de medidas que variam perma-nentemente, de ano a ano.

Paulo RibeiroDeputado do PSD

A Reforma do IRC: uma necessidade

Política, político ( e polícia ) têm como étimo a palavra grega “Polis” que significa

“cidade”. A Política é, pois, a arte ou a ciência da organização, da direcção e da administração de nações ou Estados ( A “Polis” moderna ). Polí-tica, será, então, aquele que trata ou se ocupa da política e também aquele que revela polidez e cortesia ( Dicionário Houaiss ).

Com estas premissas, como vai a polidez e a cortesia dos nossos políticos lusos? Será que a tipo-logia mais comum que os define constitui um paradigma com elevados quilates para a nossa juventude, viveiro dos políticos de amanhã? Quantas vezes só depois de ocupadas as “tarimbas” do poder é que os olheiros das oposições e de certa Comunicação Social vão descobrir petróleo no Sará.

Além disso, como, invariavel-mente, as cadeiras do Parlamento – falando, agora, do Parlamento – plasmam sempre uma cacofonia assimétrica e sistemática, na globa-lidade do mesmo, onde se sentam os políticos mais impolutos e verda-deiramente defensores da “Pólis” que os nossos avós nos legaram com tanto amor e tantos suores?

Comumente é o voto democrá-tico – o mesmo que coloca na governação os mais apetecidos em cada estação – a alterar a melodia daquele hemiciclo. Todos os que são chamados a timoneiros do País passam logo a gravitar na órbita dos condenados às galeras. Isto significa que, só a perenidade e a continuidade no Parlamento asse-guram ser alguém um bom polí-tico?

É verdade que o País atravessa um pântano fétido que não gerou mas acalenta. E todos nós conhe-cemos ou encarnamos a álea infin-dável de almas sem pão e sem lar que grassam pelos caminhos que palmilhamos. Compete aos polí-ticos – a todos os políticos eleitos democraticamente e com sede nos diversos níveis do poder – pelo diálogo político e pela concertação de posições positivas, debelar ou minorar esta endemia com laivos de gangrena. Porque será, então, que quanto mais a crise se agrava mais os políticos dirimem estra-tégias e tácticas nada recomendá-veis e absurdas?

Não seria recomendável acon-selhar aos nossos políticos várias jornadas de reflexão democrática?

Álvaro TeixeiraPadre

Política e políticos, um binómio arrevesado

Em meias palavras,verdades inteiras

Porque dar a nossa opinião não ofende e pode até ser um gesto de compromisso

na construção de uma sociedade melhor, venho partilhar convosco um texto enviado entretanto para a RTP1, como sugestão à progra-mação apresentada:

“Boa tarde!Chamo-me Cristina Figueiredo,

tenho 36 anos e sou professora. Não dedico muito do meu tempo (escasso) à televisão, mas descobri há pouco tempo a vossa série “Bem-vindos a Beirais”, e costumamos vê-la em família.

Começo por vos felicitar pela mesma, porque, não se identifi-cando com uma novela (que envolve enredos e histórias com dramas que vêm, não raras vezes, sobrecarregar a mente das pessoas), esta série, sem especial “transcen-dência”, favorece um momento

leve, de descontração em família, pelas histórias caricatas que apre-senta.

Não posso, contudo, deixar de lamentar que, na mesma, se ponha em causa a importante figura dos sacerdotes jovens de aldeia que, vivendo com verdadeiro sentido o seu celibato apostólico, prestam às respetivas comunidades um serviço de grande entrega e dedicação. A personagem em causa, apesar da aparente boa vontade, faz trans-parecer mais a fraqueza dos homens do que a graça de Deus e a verda-deira religião. A isto também não ajuda a figura caricaturada da pessoa crente que vive uma Fé de sacristia (a Dª Olga). De facto, com as duas personagens, e sem que exista um contraponto, nem qualquer refe-

rência positiva à verdadeira Fé – a da maioria dos portugueses, note-se -, ela aparece como uma superfi-cial vivência de aparência, para gente que “não pensa”, afastada daquilo que efetivamente é: um caminho vocacional, de chamada para todos nós e de seguimento pessoal e alegre da Pessoa de Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem.

Sugiro portanto as melhorias adequadas neste campo, no ulte-rior desenrolar do argumento. Agra-deço a vossa atenção e espero podermos, juntos, contribuir para um serviço público de qualidade.

Subscrevo-me atentamente,Cristina Figueiredo”Tudo se resume, simplesmente,

a uma achega de uma espectadora que embora admire o trabalho apre-sentado, reconhece uma oportu-nidade para guionista e restantes responsáveis contribuírem para um serviço público de maior quali-dade, mais íntegro e equilibrado. Afinal, melhor é sempre possível!

E como dar a nossa opinião não ofende, animem-se a escrever! Deixo o endereço apropriado ao caso: [email protected]

Cristina FigueiredoProfessora

Beirais e outras coisas mais…

Page 4: Semmais 2 novembro

Engenheiros à bica de ‘prémio’ GNR apreende espécies selvagens

DOIS engenheiros da Escola Superior de Tecnologia do IPS estiveram nomeados para o Green Project Awards Portugal, na categoria “Infor-matin Techonology”, no âmbito do seu projecto final

de curso o “GeOberver – sistema de Informação Geográfica (SIG) da Serra da Estrela. Os licenciados Paulo Barbosa da Silva e José Araújo acabaram por não vencer o galardão.

NA sequência de uma denúncia via Linha SOS Ambiente, a GNR, deteve um indivíduo na Charneca da Cotovia, em Sesimbra, por caça de espécies selvagens não cinegéticas. O indivíduo,

que foi apanhado em flagrante delito, tinha já em sua posse quatro pintassilgos, um tendi-lhão-comum, um pintaroxo-comum, um Bico de Lacre, um Bico Grossudo e um Pinta-roxo-comum.

ACTUAL

Sábado //2 . Nov . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

Um dos quatro elementos (quente e húmido, mascu-lino), uma das «raízes do

universo», de acordo com Empé-docles.

Na sua versão depurada, espi-ritual, o ar torna-se Éter.

Pneuma. O sopro de vida. Respi-ração boca-a-boca, passagem de vida (e de alma?)

Ar: aspecto, aparência, fisio-nomia. Ter «um ar de enfado», «um ar suspeito», um «ar de poucos amigos» ou ter, pelo contrário, «bom ar».

«Beber o ar que alguém respira» - adorar, idolatrar.

Maus ares, maus olhares. Ar e cheiro. O ar como condutor. «Olfactar». Ar, arejar, arejado, areja-mento. O ar que respiramos. Expi-ração-Inspiração. A inspiração de quem cria vem do (bom) ar que inspira? Meditar: sentir a própria respiração; o ar que entra e sai. Vital. Vive-se sem comer nem beber, não sem respirar. Ar, falta de ar, asma, asfixia, disfunções e dificuldades várias de respiração – o ar que não

entrou ou não sai. Claustrofobias: nariz tapado, salas fechadas, o Metro, elevadores, espaços exíguos, ruídos. Se o que acabo de ouvir me enerva – falta-me o ar. O sem-sentido das coisas dá-me falta de ar. A injustiça também. «Ir aos ares», a raiva, uma momentânea falta de ar. Assim como a paixão. (Ou não?)

Vogais: do «A» ao «U» - do maior ao menor fechamento da boca. «Ar» só poderia começar pela letra «A». Assim como «Abrir». «Anima» e «Alma» também. A letra «A» faz-nos sorrir. Proponho que, nas fotos, se peça para dizer «A» em vez de «cheese» que, além do mais, engorda. Algumas pessoas, eu sei, engordam «só com o ar que respiram».

«Estar/andar no ar», aéreo, nas nuvens, sonhador. Sentirmo-nos a um palmo do chão.

Oxigénio, oxigenar, inalar, inspirar, expirar, cheirar, espirrar, tossir, ressonar, arfar.

O Elemental do Ar é a Sílfide. Seres do ar – a leveza, a asa e o voo.

«Planar» = em pleno ar? Ar e Plenitude.

«Dar um ar da sua graça», ser engraçado ou desgraçar-se de vez.

Argumentar: respirar fundo e avançar, o ar está no início e no final da palavra.

Ar: no princípio de «arma» e de «armadilha»; no final de «amar». Ironias.

O ar segue diferentes ritmos - brisa suave de Zéfiro ou fúria de furacão, destemperado. Instrumentos de sopro. Ar-pejo. O Ar nos instru-mentos de corda, a vibração.

«Andar ao ar livre», o contacto com a Natureza. O «ar livre» é a verdadeira liberdade do ser. Liberta-acção: libertAr.

E as «correntes de ar», serão liber-dade ou prisão?

Ar

Autor do ter disparado em ajuste de contas com rua cheia e crianças a assistir foi detido

TRÊS tiros lançaram o pânico entre dezenas de crianças que frequentam o Externato Papa-Léguas. A rua Sociedade Filarmó-nica União Arrentelense, em Arren-tela (Seixal), estava cheia de pessoas, pelas 15.00 horas da tarde de 3 de Setembro. O autor dos disparos pôs-se em fuga, deixando Elvis Pires, de 34 anos, a esvair-se em sangue. Tinha sido alvejado numa perna e na cara, no que, segundo a inves-tigação, terá sido um ajuste de contas devido a «negócios que correram mal». A vítima sobreviveu e o suspeito foi agora detido, encon-trando-se em prisão preventiva, onde vai aguardar julgamento.

O autor dos disparos, que andou

mais e um mês a monte, apresenta antecedentes criminais por intro-dução de moeda falsa e extorsão, estando acusado de um crime do homicídio na forma tentada. A PJ confirma que a actuação do autor dos disparos provocou «perigo para terceiros» que circulavam na rua.

Suspeito usou armade 6.35 milímetros

Vendedor de carros, o suspeito terá usado uma pistola de calibre 6.35 milímetros, que a PJ não conse-guiu recuperar, para disparar sobre Elvis, após uma alegada discussão entre ambos dois dias antes. O atirador surpreendeu a vítima, que

ainda terá tentado fugir ao ver a arma. Elvis «gritou por ajuda e pediu calma», relatam testemunhas, mas não escapou a dois dos três disparos.

Um dos projécteis entrou e saiu de uma das pernas, enquanto o segundo apanhou a cara da vítima de raspão, provocando-lhe uma lesão grave num olho, que obrigou a uma cirurgia urgente, para reti-rada do globo ocular e a sua troca por uma prótese. A PJ adjectiva o motivo da agressão de «fútil», reve-lando que desde o dia do tiroteio que o suspeito esteve em «parte incerta», pelo que só agora foi possível deter o homem.

Roberto Dores

Buscas domiciliárias da GNR detêm 4 assaltantes de residências

AS ONZE buscas domiciliárias desencadeadas no início desta semana pelo destacamento terri-torial de Almada da GNR, no âmbito de investigações que decorriam já há alguns meses nas zonas da Char-neca da Caparica e Corroios, levou à detenção de quatro indivíduos suspeitos dos vários crimes de furto qualificado e recepção.

Na mesma operação, em que foram apreendidas três viaturas, uma caçadeira e várias munições, para além de duas dezenas de computadores, 18 play stations, 19

máquinas fotográficas, 14 LCD’s e de dezenas de eletrodomésticos entre outro tipo de material furtado, foram constituídos arguidos outros seis suspeitos.

Apreendidas cobraspiton e papagaio

Numa das residências ‘visitadas’ pelo corpo militar da GNR, do SEPNA de Almada, foram ainda apreendidos três animais exóticos, entre estes duas cobras piton, de 2,5 e 4 metros.

Sines encerra, Alcacer do Sal muda perfil e Moita perde valências

Reforma judiciária deixa região em polvorosa

A última proposta do Ministério da Justiça para a reforma judi-ciária mantém o encerramento

do tribunal de Sines e a substituição do tribunal de Alcácer do Sal por uma secção de proximidade. O documento vai, contudo, mais longe e prevê, no caso do tribunal da Moita, a perda de valências a nível criminal e cível. O executivo da Moita, liderado por Rui Garcia, está frontalmente contra.

Em declarações ao Semmais, o autarca afirma ver com «maus olhos» esta intenção da tutela e sublinha que, a concretizar-se a intenção, esta será «mais um duro golpe nas funções do Estado, dificultando a igualdade do acesso à Justiça pelas pessoas». «A justiça já é difícil e morosa e esta decisão só vai sobrecarregar outros tribunais de proximidade, nomeada-mente no Barreiro, Setúbal, Almada e mesmo Lisboa», lamenta Rui Garcia

A Ordem dos Advogados da Moita já fez chegar à autarquia as suas preo-cupações pela eventual perda de valên-cias no tribunal da vila. «A autarquia vai abordar esta questão e tomar uma posição na próxima reunião cama-rária, sendo desde já certo que nesse documento será manifestado a nossa preocupação relativamente às preten-sões do Ministério da Justiça», acres-centa Rui Garcia. O autarca não descarta também o desenvolvimento de outras acções, inclusive judiciais, para travar este processo futuramente.

Câmaras de Sines aguarda parecer da ANMP

O Semmais tentou inclusive obter declarações sobre este assunto junto

de Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines. Numa declaração por escrito, a autarquia diz apenas que não irá neste momento tomar uma posição isolada sobre o anteprojeto de Decreto-lei - Regime de organização e funcionamento dos tribunais judiciais. «A Câmara Muni-cipal de Sines aguarda reunião da Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre este assunto, a realizar no dia 7 de novembro, de que deverá resultar uma posição concer-tada», lê-se ainda na mesma decla-ração.

Já o presidente da Câmara Muni-cipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, não fez declarações sobre este assunto, a tempo útil do fecho mais de mais uma edição.

Proposta antevê fecho de tribunal de Sines e substituição da de Alcácer por secção de proximidade. Tribunal da Moita também perderá valências.

Bruno Cardoso

O encerramento do tribunal de Alcácer esteve previsto e motivou protestos

DR

Page 5: Semmais 2 novembro

A campanha “Homens de Setúbal contra a violência doméstica”, promovida pela SEIES no âmbito do projeto VAIVÉM Contra a Violência, acaba de lançar a ação DIGO NÃO! que pretende levar mais longe este movimento de repúdio contra a violência doméstica. O movimento começou com 31 homens de Setúbal mas pode chegar a todo o lado com a sua cola-boração.

Esta ação nasceu a partir das reações do público à campanha e das opiniões que as pessoas foram manifestando na página de facebook,dizendo do seu desejo de participar ativamente num movimento coletivo contra a violência doméstica. A ação DIGO NÃO! é isso mesmo – um ato de cidadania, de todas

as pessoas que aceitam o desafio de tirar uma fotografia, ajudando assim a romper com a invisibilidade e o silêncio em que violência doméstica habitualmente se esconde.

Este é um desafio que se lança a todos os homens e a todas as mulheres! E às crianças e jovens também! Às famílias! Aos grupos de amigos/as! Aos vizinhos e às vizinhas! Aos colegas do trabalho e da escola! Às empresas e instituições de todo o país! A todas as cidades, vilas e lugares!

Basta que escreva numa folha “DIGO NÃO” e tire uma fotografia (individual ou de grupo, com 1 ou vários cartazes). Depois, ENVIE-NOS A SUA FOTO para [email protected] ou publique-a diretamente na página da campanha

no facebook:www.facebook.com/Homens-DeSetubalContraAViolenciaDomestica

Todas as fotos recebidas estão a ser publi-cadas nesta página. Ao visitá-la irá já encon-trar muitas fotografias que têm chegado todos os dias, de várias pessoas que dão a cara e DIZEM NÃO à violência doméstica. Junte-se a elas, o seu gesto conta.

Ajude-nos a divulgar esta iniciativa, falando dela às pessoas que conhece, organizando um grupo para DIZER NÃO e tirar uma foto. Faça “gosto” na página da campanha e partilhe o que mais gostar.

FICAMOS À ESPERA DA SUA FOTOGRAFIA! Todos/as somos precisos para DIZER NÃO à violência doméstica.

CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, DÊ A SUA CARA E DIGA NÃO!

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ACTUAL

Ordem dos Médicos arrasa urgências de Setúbal e Barreiro/MontijoUM relatório do Conselho Distrital

de Setúbal da Ordem dos Médicos lançou esta semana grande polémica nas estruturas hospitalares de Setúbal e do Barreiro/Montijo, ao denunciar «múltiplas anomalias no funciona-mento das urgências», situação que a Ordem considera de «muito graves».

O documento, que é também um «alerta», de acordo com fontes médicas contactadas pelo Semmais, alude a perigos vários para utentes e profis-sionais de saúde. «Ficou demonstrada a existência de uma completa sobre-lotação das estruturas disponíveis para acolher doentes, quer em ambu-latório, quer sobretudo no interna-mento, sendo esta situação mais premente no Centro Hospitalar

Barreiro/Montijo», refere o relatório.Uma das notas mais críticas

prende-se com os doentes crónicos, nomeadamente os do foro psiquiá-trico, os quais, segundo o Conselho Distrital «não estão a ser transferidos das urgências para os respectivos serviços de acolhimento», com casos de espera prolongada na sala de obser-vação, que podem durar dois dias e três noites. Estes episódios, diz a Ordem, «deveriam merecer uma queixa formal».

Para agravar a situação os clínicos da Ordem que visitaram as duas unidades, afirmam que constataram «a completa ausência de especialistas em diversas áreas», casos de Urologia, Otorrinolaringologia, Oftalmologia,

Psiquiatria e Cirurgia Plástica e Reconstrutiva», o que implica, diz o relatório, «a transferência de todos os doentes com patologias urgentes destes foros para Lisboa».

Escassos recursose violação de direitos

«Ficou demonstrada a insufici-ência de recursos humanos para a constituição de equipas de trabalho minimamente suficientes, em parti-cular na Cirurgia Geral. A sobrelo-tação e a permanência prolongada dos doentes em Sala de Observação põem em causa a capacidade de pres-tação e cuidados, quer médicos, quer de enfermagem, e violam os mais elementares direitos», conclui o docu-mento.

Entretanto, em declarações à Agencia Lusa, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo,

disse desconhecer qualquer visita dos representantes do estrutura distrital da Ordem dos Médicos. Nem em que condições a mesma terá sido realizada. João Silveira Ribeiro, acrescentou que os serviços de urgência «têm uma classificação tipificada legalmente» que, segundo o próprio, «descreve de forma pormenorizada a composição da carteira de serviços a garantir por cada nível de urgência».

Também o Centro Hospitalar de Setúbal, através de uma nota à comu-nicação social, afirmou que o seu serviço de urgências «cumpre a legis-lação em vigor», explicando que o Centro está incluído na Rede Nacional de Referenciação.

Centro Hospitalar de Setúbal é pioneiro no combate à dor crónica

No que consta esta técnica pio-neira em Portugal praticada pela Unidade de Dor deste Hospital?Consiste em implantar um peque-no electrodo na coluna, próximo da espinhal medula, que é conec-tado a um gerador de impulsos, um estimulador. O gerador de im-pulsos, parecido a um pacemaker, produz uma corrente eléctrica que

estimula a zona onde se instalou o electrodo. A estimulação que se sente, favorece o alívio do sinto-ma doloroso.

Como se coloca?Para implantar o electrodo e o ge-rador de impulsos é necessária uma pequena intervenção cirúr-gica. Sob anestesia local, introduz-se um electrodo a nível epidural, que se conecta a um gerador de impulsos debaixo da pele, o que lhe permitirá realizar uma vida normalizada dentro das suas li-mitações.

Esta técnica pode encontrar con-traindicações?Sim. Recusa do doente, angina ins-tável, reduzida capacidade inte-lectual ou doença psiquiátrica não controlada. Condição física des-favorável, fracção de ejecção, ou outros problemas relacionados com a idade que impeçam, por

exemplo, o posicionamento exi-gido para a técnica.

Estamos a falar de uma técnica infalível, ou em algum momento o formigueiro que substitui a dor pode ser perturbador impedindo uma vida dita normal?Em Medicina não há técnicas in-falíveis, pois estas dependem de múltiplos factores, como doente, técnica, material. Relativamente ao estímulo provocado (formiguei-ro), pode ser regulado pelo pró-prio doente através de um coman-do que permite aumentar ou re-duzir a intensidade do estímulo ou mesmo desligá-lo.

Quais as dores mais frequentes que dão entrada na unidade?As dores músculo-esqueléticas que são uma consequência conhe-cida do esforço repetitivo, do uso excessivo e de distúrbios relacio-nados com o trabalho e envelhe-

cimento. Essas lesões incluem uma variedade de distúrbios que cau-sam a dor em ossos, articulações, músculos, ou estruturas adjacen-tes. A dor lombar é o exemplo mais comum da dor músculo-esquelé-tica crónica. Outros exemplos in-cluem a tendinite, neuropatias, mialgias e sequelas de fracturas.

As dores oncológicas são as mais difíceis de combater, ou estão num patamar idêntico a qualquer ou-tra dor aguda?Não. Mais uma vez as dores mús-culo-esqueléticas principalmen-te em populações em idade labo-ral são as mais problemáticas. É necessário tratar a dor e manter a funcionalidade de forma a permi-tir a reabilitação.

O que determina uma dor crónica?A dor crónica é geralmente defi-nida como uma dor persistente ou recorrente durante pelo menos

três a seis meses, que muitas ve-zes persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente.

A população já tem noção que uma dor crónica, que à partida é inca-pacitante, pode ser atenuada ou minimizada em caso de acompa-nhamento especializado, ou ain-da há muito caminho a percorrer em termos de sensibilização?Há ainda muito caminho a per-correr. Grande parte dos doen-tes não procuram ajuda médica atempada e outros, infelizmen-te, não encontram no seu médi-co assistente a informação, orien-tação e a resposta de que neces-sitam. Permanece o conceito de dor como algo de inevitável, con-sequência da vida terrena, alia-do a um sentimento de fatalida-de ou resignação.

Roberto Dores

É um sistema inovador em Portugal. Dá pelo nome de neuromodelação para angina refratária. A técnica, desenvolvida na Unidade da Dor do Centro Hospitalar de Setúbal, dirige-se a doentes cardíacos, que já tenham sido operados mais do que uma vez, sem indicação para qualquer outro tipo de intervenção. Ou seja, quando não existem mais soluções. Jorge Cortez, coordenador da unidade, define mesmo a angina refratária como uma situação extrema de doença coronária crónica, caraterizada pela manutenção de queixas, “apesar da terapêutica médica máxima possível”.

Dor crónica afecta 20% da população do distritoMais de 150 mil habitantes do distrito sofrem de dor crónica, segundo um estudo Nacional levado a efeito pela Faculdade de Medicina do Porto, em 2008. A prevalência de Dor Crónica na península varia de 15,1 a 20%, mas no Litoral Alentejano chega a ultrapassar os 25%.Contudo, a esmagadora maioria das pessoas afectadas não recorre a ajuda de especialistas. Os dados fornecidos pelo Hospital de Setúbal espelham esta a realidade, já que, segundo revela Jorge Cortez, em 2012 a Equipa da Unidade Multidisciplinar de Dor do Centro Hospitalar efectuou 2557 consultas em regime ambulatório.

Jorge Cortez, coordenador do serviço, no centro da foto, com os restantes profissionais

Urgências do Barreiro/Montijo

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Sábado // 2 . Nov . 2013 // www.semmaisjornal.com 7

Vivemos tempos difíceis em que a palavra poupança se encontra por todo o lado,

na rua, no supermercado, pelo tele-fone na oferta de novos produtos mais baratos, nos mais variados canais de informação.

Nem sempre é fácil realizar essa poupança de forma efetiva. No entanto, se tomarmos a opção certa no momento certo podemos efetiva-mente poupar.

Grande parte do nosso consumo energético, é feito em nossa casa, pelo que é aqui que podemos realmente fazer a diferença. Aliar uma maior eficiência energética a uma poupança energética representa um fator cada vez mais importante para a susten-tabilidade económica das famílias.

Deixamos alguns exemplos de como muitas vezes é fácil poupar.

- Desligue as luzes sempre que uma divisão está vazia;

- Substitua lâmpadas incandes-centes pelas economizadoras, não espere pela altura em que as primeiras cheguem ao fim de vida. Há lâmpadas que poupam mais de 80% em energia. Este gesto permitirá reduzir em 25% o consumo energético anual;

- Desligue – mesmo – os apare-lhos eletrónicos, uma vez que estes continuam a consumir eletricidade no modo stand-by;

- Retire o carregador do telemóvel da tomada quando o seu aparelho estiver carregado. Ele continua a consumir energia;

- Aproveite, ao máximo, a ilumi-nação natural;

- Evite abrir desnecessariamente a porta do frigorífico, do congelador ou da arca. Assim, irá também levar à diminuição da acumulação de gelo, aumentando a capacidade de refri-

geração e congelação;- Retire os alimentos do conge-

lador atempadamente, de forma a estes terem tempo de descongelar, e não necessitar de recorrer ao micro-ondas;

- Evite abrir a porta do forno durante o cozinhado;

- Prefira programas económicos das máquinas de lavar loiça e roupa, que gastam menos água e energia, especialmente se os utilizar com a carga máxima.

- Tome banho de chuveiro em vez de imersão;

- Experimente tomar um duche mais rápido, cada dois minutos a menos no seu duche pode representar até uma poupança entre 30 a 40 litros de água por dia;

- Procure puxar o autoclismo uma vez a menos por dia, poderá poupar até 17 litros de água por dia, a mesma quantidade de água que uma pessoa em África utiliza em média por dia para beber, cozinhar, tomar banho e limpezas;

- Utilize autoclismo com descargas de água económica. Se não quiser comprar um autoclismo novo, coloque uma garrafa cheia de água no respe-tivo depósito, diminuindo assim o volume total de cada descarga.

- Feche bem as suas torneiras.Estes são alguns exemplos em

que é possível poupar e ver refletida essa poupança na sua carteira.

Desta forma não só poupamos financeiramente, como ao mesmo tempo ajudamos a poupar o ambiente e o nosso planeta, deixando com o nosso exemplo, um legado mais sustentável às novas gerações.

Junte a sua à nossa energiaem www.ena.com.pt

31 de Outubro foi o Dia Mundial da PoupançaRP da Autoeuropa reconhecida

como Profissional do Ano

CARMO Jardim, responsável pelas relações institucionais da Autoeuropa, foi reconhecida como Profissional do Ano pelo Rotary Club de Palmela. Durante a reali-zação de mais um momento alto do movimento rotário, a home-nageada afirmou estar «muito sensibilizada» com a distinção e lembrou que, na área das rela-ções públicas, aquela em que trabalha, «tendencialmente tende-se a abrir portas apenas para os outros, sendo mediadores de contactos, facilitadores e articu-ladores de interesses, buscando sempre notoriedade para os outros».

Ao Semmais, a responsável acrescentou também estar a viver «um momento raro», que resulta não só do amor à camisola da VW Autoeuropa, que veste «diaria-mente», mas também do trabalho voluntário que desenvolve na província de Inhambane, em Moçambique, junto das comu-nidades de Inhassoro, Vilanculo e zona norte da ilha do Bazaruto. «Esse é um trabalho realizado principalmente nos campos da saúde, através de consultas médicas e de acções de sensibi-lização, da educação, com a garantia de refeições diárias na escola aos alunos e distribuição anual de material escolar, e a nível

do ambiente/sustentabilidade, com a limpeza das praias e cons-ciencialização para uma utili-zação responsável dos recursos naturais», afirma.

«Sou conhecida como a mãe Carmo por aquelas crianças e isso é muito reconfortante», realça Carmo Jardim, impulsionadora da Organização Não-governa-mental SIM – Solidariedade Inter-nacional a Moçambique. Foi pelo amor a Moçambique, mas também pelo trabalho desenvolvido na Autoeuropa, «que influencia posi-tivamente toda a região na qual a empresa está inserida», que o nome de Carmo Jardim foi

proposto. «E foi logo aceite por unanimidade no club», gaba Pedro Nunes Rodrigues, presidente do Rotary Club de Palmela.

Rectidão, competência e huma-nidade como características

Durante a cerimónia em que foi homenageada, a anterior e o actual presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente e Álvaro Amaro, respec-tivamente, deixaram palavras de cordialidade, salientando a «rectidão e a determinação da profissional». Já o director-geral da Autoeuropa, António de Melo Pires, lembrou que Carmo Jardim «expressa a sua alma e capaci-dade profissional na comuni-cação».

«Ela soube estabelecer rela-ções com vários poderes polí-ticos ao longo dos anos e a empresa não seria hoje a mesma senão tivesse tido a marca inde-lével da Carmo Jardim», acres-centou. A afilhada e sobrinha da homenageada, Catarina Jardim, referiu que o prémio faz jus à «grande» profissional que a sua madrinha é. «É uma pessoa de valores e princípios e muito humanitária», resumiu.

Bruno Cardoso

Carmo Jardim foi unânime dentro do Rotary Club de Palmela

Carmo Jardim recebeu a distinção visivelmente emocionada. Na ocasião, garantiu que iria continuar a trabalhar a 100 por cento pela unidade fabril do grupo VW em Palmela, sem esquecer a sua ONG, que leva, literalmente, solidariedade internacional a Moçambique.

Carmo Jardim na cerimónia

Setúbal ganha parque de lazer que também combate cheias

A CÂMARA de Setúbal tem em marcha um ambicioso projecto que pretende juntar três bacias de retenção de água a um imenso jardim, que, numa fase inicial, irá somar cerca de 40 hectares. Será o futuro «pulmão verde» da cidade. Já está baptizado com o nome de Parque Urbano da Várzea (PUV), apesar de ainda não ter prazo de execução nem orçamento.

Ainda assim, a autarquia admite que serão sempre neces-

sários mais de 2 milhões de euros para dar corpo ao PUV, sendo que um dos atractivos em carteira aponta para a requalificação dos degradados terrenos da várzea, para onde não há interesse imobi-liário, já que integram a Reserva Agrícola Nacional.

As obras poderão dar entrada

no terreno em 2014, para a cons-trução dos três lagos destinados a reter a água e uma estação de tratamento de esgotos. Diz o projecto que a modelação dos terrenos vai permitir ultrapassar o pesadelo das cheias imposto pela passagem na zona da ribeira do Livramento. É este curso de

água que contribui para a situ-ação de risco de cheia, admitindo os técnicos que ao ser encanada com a zona da baixa, a ribeira deixa de ter os impactos brutais, como os que se registaram em 2008.

Protocolos com privadospresos por detalhes

Os protocolos com os proprie-tários dos terrenos estão presos por detalhes, sabendo-se que 20 hectares vão ser ocupados pelas bacias de retenção e que além de espaço verdes, o parque vai dispor de diversos equipamentos, como parque infantil, percursos, pomares e ligação à agricultura. Numa segunda fase o parque deverá estender-se para norte ocupado mais 30 hectares em terrenos do Ministério da Agri-cultura.

Segundo os arquitectos respon-sáveis pelo projecto, a área mais a sul está ocupada com antigas quintas de produção, onde os terrenos outrora cultivados deram lugar ao abandono. Já na área norte o uso agrícola continuado dos terrenos permitiu manter viva a paisagem.

Roberto Dores

É um projecto ambicioso que pretende juntar três bacias de retenção de água num jardim gigante. A autarquia sadina promete ser o futuro “pulmão” da cidade.

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Simulação do enquadramento e arranjo urbano da pérgola da Várzea Aspecto do Mirante

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Danças tradicionais em Palmela

A BIBLIOTECA de Palmela acolhe, este domingo, às 16 horas, um baile de danças tradi-cionais europeias, com Leónia de Oliveira e os Parapente 700. Com Eva Parmenter, na concertina e voz, e Denys Stet-

senko no violino, os Parapente 700 transformam músicas tradicionais e compõem outras, fundindo as inspirações actuais com os traços do passado. Bilhetes a 4 euros. O baile dura hora e meia.

CULTURA

Sábado //2 . Nov . 2013 //

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VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos VALE PEREIRO TINTO.Esta adega produz algumas referências de vinhos, que vão desde Vinhos de Mesa até aos Vinhos Certificados (com Denominação de Origem) e ainda o famoso Moscatel de Setúbal.( Melhor Moscatel do Mundo )VALE PEREIRO TINTO é uma marca recente desta adega. Conjuga na perfeição duas castas modernas atuais: Castelão e Aragonez. Apresenta um perfil moderno e saboroso.

Caldeirada(“Festival de Caldeirada

Casa do Peixe”)

Cozidoà Portuguesa

Nota: Informamos os nossos clientes e amigos que a partir de 26 de outubro, iremos dar início ao “Festival de Caldeirada Casa Do Peixe”. Todos os sábados e domingos até ao final do ano Tacho para dois - 15€ / Tacho para três - 20€ / Tacho para quatro 25 €.De terça a sexta continua ao vosso dispor o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

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Tema de banda setubalense passa na telenovela “Belmonte”

A banda pop/rock setubalense Radiophone, com três anos de existência, orgulha-se de o

tema “Wonder Woman” fazer parte da trilha sonora da telenovela portu-guesa “Belmonte”, em exibição na SIC. A música dá nome ao álbum de estreia da banda, com onze temas originais e que deverá ser lançado muito em breve.

João Mondonza, o vocalista, afirma que «é sempre bom fazer parte de um conteúdo televisivo que tem grandes audiências pois o nosso trabalho chega a milhares de portu-gueses todos os dias», acrescentando que «é uma forma de levarmos o nosso projecto ao público e, sendo uma novela diária, em horário nobre, chegamos mais facilmente às pessoas».

Apesar de ainda não terem actuado no estrangeiro, os Radio-phone gabam-se de os temas “Wonder Woman” e “Your destiny is to be mine” estarem a passar com regularidade em rádios americanas e noutras partes do Mundo e, com isso, «vamos angariando fãs para, quem sabe, nos aventurarmos no estrangeiro. Mas, para já, preten-demos divulgar o nosso trabalho no nosso País sem fechar outras

portas», sublinha o músico. Promover “Wonder Woman”

em todo o Pais, para já, é a grande meta da banda que canta em inglês e diz já ter «ideias a fervilhar para um segundo álbum».

Os Radiophone surgiram no Verão de 2010 e são formados por João Mendonza (vocalista), Carlos Barreto Xavier (teclas), Pedro Almeida (guitarra eléctrica), Tiago Oliveira (guitarra clássica), Reinaldo Pinhão (baixo) e João Colaço (bateria). O álbum de estreia foi gravado no BBS Estúdios, em Vendas Novas, que pertence a Pedro Almeida, o guitarrista.

À excepção de João Mendonza,

que terminou este ano o Conserva-tório Nacional e estuda Comuni-cação Social, todos os outros elementos dos Radiophone vivem e dedicam-se à música ou a activi-dades relacionadas. O Carlos Barreto Xavier é produtor musical e professor no Instituto Politécnico de Setúbal, o Pedro Almeida é produtor musical e membro dos Santos & Pecadores, o Tiago Oliveira faz parte dos Rua da Lua e, actualmente, acompanha na viola o António Chaínho e Gisela João, o Reinaldo Pinhão toca com a Helena Kupert e o João Colaço trabalha com diversos grupos e artistas, entre eles os More Than a Thousand e Edmundo.

António Luís

“Wonder Woman” , dos Radiophone faz parte da trilha sonora da novela

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Clemente prepara álbum com maiores êxitos O CANTOR setubalense

Clemente está a preparar um disco de carreira intitulado “Clemente Essencial”, que inclui as canções gravadas ao longo dos 41 anos de actividade mas também alguns temas novos. Além disso, o cantor está a gravar, há três anos, um outro disco no Canadá.

Clemente considera que se

trata de um disco de «revisitação de carreira», editado pela Ovação, que já tinha editado o álbum “cantigas que o Povo fez”, há cerca de doze anos atrás. O trabalho duplo, que deverá ser lançado em Março do próximo ano, contém 28 temas.

Clemente revela que foi o público que o tem escutado, um

pouco por todo o Mundo, que sugeriu um trabalho discográfico que englobasse as suas canções de maior sucesso. «Os meus discos que tinham as canções mais conhecidas esgotaram e, agora, aproveitei para fazer este ‘Clemente Essencial’, talvez o meu penúltimo trabalho em formato de CD».

Clemente regressa em força

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Cartaz...

XVIII Bogace – Festival Internacional de Tunas da Cidade de Setúbal. Espectáculo com algumas das melhores tunas de diferentes pólos académicos e geográficos do nosso País e estrangeiro. Participam as tunas das universidades de Granada e da Madeira.

Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

“Adormecida” é o espectáculo, pela Marionetas da Madragôa, concebido a convite da Companhia Limite Zero para o Kiosque das Marionetas, no âmbito da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura.

Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

Tunas aquecem Setúbal

Marionetas da Madragôa

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Em direcção aos céus“Em direcção aos céus”, de Odon von Horvát, com encenação de Rodrigo Francisco, é a comédia que estreia em Almada, com 19 actores em palco, que denuncia a corrupção e as lutas pelo poder entre as classes sociais dirigentes.

Teatro Joaquim Benite, Almada | 21h30.

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Setúbal promove jovens cantores líricos no Luisa Todi

AS INSCRIÇÕES para o projecto “Luísa Todi – Jovens Clássicos”, destinado à promoção das carreiras de cantores líricos, prolongam-se até dia 25.

Esta data corresponde à primeira etapa das candidaturas, em que um júri selecciona até um máximo de 22 cantores para parti-ciparem nas audições quer se realizam entre 26 e 28 de Dezembro.

Para a primeira fase das candi-daturas os interessados devem enviar inscrições com uma gravação recente em DVD de inter-pretações de uma obra “lied” e outra de ópera/oratória, de composi-tores diferentes e em línguas distintas.

Os cantores seleccionados na primeira etapa das candidaturas asseguram a participação nas audi-ções mediante o pagamento de 80 euros, correspondente à inscrição, devendo fazê-lo entre os dias 1 e 15 de Dezembro.

O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis em www.forumluisatodi.pt ou podem ser solicitados através do ende-reço [email protected].

Entre os dias 26 e 28 de Dezembro, no Fórum Luísa Todi, decorrem as audições do “Luísa Todi – Jovens Clássicos”. No dia 26, às 15 horas e às 21 horas, realiza-se a apre-sentação da iniciativa e as elimina-tórias. A 27 de Dezembro, às 15 horas, são anunciados os cantores a parti-cipar na finalíssima do dia 28, às 21h30, no Fórum Luísa Todi.

O projecto, uma iniciativa do director do Fórum Luísa Todi, João Pereira Bastos, organizado pelo município, visa que cantores líricos portugueses ganhem projecção no panorama cultural do País.

Além da divulgação de talentos na música lírica, a iniciativa procura que, entre os cantores seleccio-nados em Setúbal e os instrumen-tistas que se destaquem no Prémio Jovens Músicos da RTP, se lancem bases sólidas para a criação de elencos de jovens artistas, poste-riormente responsáveis pela apre-sentação de reportórios no Fórum Luísa Todi, assim como em digres-sões nacionais. O objectivo é aumentar uma lista de possíveis intérpretes para contratações anuais e participação em concertos remunerados.

João Pereira Bastos é o mentor

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagoni-zado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e soli-citar a sua oferta.

Fabi Lima estreia-se na música com um disco romântico que fala de histórias de amor positivas. “Amor de Verão” é composto por doze fortes melodias pop de sua autoria e por dois bónus track. Para se habilitar a CD´s de Fabi Lima “Amor de Verão”, editado pela Faro Música, basta ligar 918 047 918 ou enviar email para [email protected]. Não enviamos os CD´s pelos CTT. Os prémios têm de ser levantados nas nossas instalações em Setúbal.

Ganhe convites para “Grande Revista”

Ganhe CD s de Fabi Lima

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Educação especial preocupa PS AMRS a votos em Novembro

OS DEPUTADOS socia-listas na AR requereram ao ministério de Nuno Crato um conjunto de dados a fim de avaliarem o estado da educação espe-cial na região. Segundo os

eleitos, as preocupações devem-se «à austeridade desbragada imposta aos portugueses pelo Governo que limita o acesso de crianças e jovens ao ensino».

OS NOMES que deverão compor os órgãos da Asso-ciação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) serão conhecidos ainda durante o mês de Novembro. Actualmente, as autarquias

da península estão a definir os seus representantes na associação. O nome de Rui Garcia, outrora vice-presi-dente, pode estar em cima da mesa para a nova lide-rança da AMRS.

POLÍTICA

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CDU não cede presidência da AML a Costa

A CDU não pretende ceder a liderança da Área Metropolitana de

Lisboa (AML) ao PS e pretende sentar no lugar de presidente do conselho metropolitano o actual presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto. Em declarações ao Semmais, é o próprio autarca, que já liderava no anterior mandato a Junta Metropoli-tana, que lembra que a coli-gação unitária detém a presi-dência de 9 das 18 câmaras da AML, pelo que é inconce-bível que os «socialistas tentem transformar a maioria relativa da CDU numa maioria abso-luta do PS».

Esta posição choca fron-talmente com a defendida pelos socialistas que se escudam no facto de o PS ter ganho câmaras como Lisboa

ou Sintra e, como tal, ter tido maior número de eleitores do que a CDU nas últimas autár-quicas. Mas Carlos Humberto lembra António Costa, presi-dente da autarquia de Lisboa, que aquilo que tem prevale-

cido «sempre» é o número de presidências de câmara. «É essa a prática defendida na Associação Nacional de Muni-cípios Portugueses e na Anafre e foi assim que foi feito na própria Junta Metropolitana do Porto», explica o autarca.

A proposta da coligação unitária, que detém 8 câmaras municipais na Península de Setúbal, bem como Loures, na margem Norte, passa por ceder ao PS a vice-liderança do conselho metropolitano (de cariz deliberativo e formado pelos presidentes de Câmara Municipal) e a liderança da comissão executiva metro-politana. Mas o PS quer para si a liderança nos dois órgãos que compõem a AML. A CDU

e o PS fazem assim interpre-tações distintas da lei graças à prevalência de um duplo critério, relacionado com as presidências de câmaras e o número de eleitores.

Posições continuamextremadas

Depois de não ter havido consenso na reunião da semana passada, um novo encontro está marcado para segunda-feira. A CDU e o PS já fizeram saber, contudo, que não cedem um milímetro nas suas posições. O impasse pode provocar o bloqueio dos órgãos da AML. Ainda assim, Carlos Humberto pede «esforço a todos para que a

Junta Metropolitana de Lisboa funcione de forma plural, até porque há mais coisas que unem todos, do que aquilo que nos separa».

Das 18 presidências de câmara, 9 são da CDU, 6 do PS, 2 do PSD e uma (Oeiras) é gerida por independentes. Caso prevaleça o critério das presi-dências de Câmara, o PS pode ainda formar uma aliança com o independente Paulo Vistas, de Oeiras, e com as duas câmaras social-democratas, Mafra e Cascais. Neste cenário, haveria um empate de câmaras entre os comunistas e a aliança socialista, que teria a seu favor, por fim, o facto de ganhar destacadamente no número de eleitores.

Posições extremadas podem bloquear formação de órgãos

Coligação quer sentar na liderança o anterior presidente. E acena com 9 das 18 presidências da AML. Mas os socialistas respondem com o número de eleitores.

Bruno Cardoso

Carlos Humberto

Vítor Proença é o novo presidente da CIMAL

Oposição fica com pelouros no Seixal

VÍTOR Proença, presi-dente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, é o novo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL). A eleição do conselho intermunicipal, que lança ainda para a vice-presidência do órgão os nomes de Figueira Mendes (Grândola) e de José Alberto Guerreiro (Odemira), foi feita por unanimidade.

Depois da eleição deste órgão deliberativo da CIMAL, será posterior-

mente constituída a Assembleia Intermuni-cipal (o outro órgão deli-

berativo), composto por representantes das assem-bleias municipais de Alcácer, Grândola, Santiago, Sines e Odemira, que elegerá em seguida o secretariado executivo, ainda por constituir. O nome de Vítor Proença sucede assim ao de José Alberto Guerreiro, que por sua vez assumiu o cargo quando Carlos Beato, então presidente da autar-quia grandolense, renun-ciou ao mandato.

OS VÁRIOS partidos da oposição na Câmara Muni-cipal do Seixal, PS, PSD e BE, vão voltar a assumir pelouros no actual mandato. Paulo Edson Cunha, do PSD, fica com a pasta da Fiscalização Muni-cipal, enquanto a Protecção Civil passa agora para as mãos do bloquista Luís Cordeiro.

A novidade neste mandato recai, porém, sobre o socialista Samuel Cruz, que vai assumir as pastas da Defesa do Consu-midor e da Segurança Alimentar. Em 2009, o ante-

rior presidente da Câmara Municipal do Seixal, Alfredo Monteiro, tinha proposto ao socialista ficar apenas com a Defesa do Consumidor, situ-ação que o vereador qualifi-cava de «ultrajante, por resultar da cisão em dois do anterior pelouro gerido pelo PS na autarquia». «O esvaziamento das atribuições, ao arrepio da representatividade eleitoral do PS, só pode ser interpretado como uma ofensa e ao mesmo tempo um sinal claro demons-trado pelo PCP de que teme

partilhar a gestão com um partido que é capaz de fazer mais e melhor», sublinhavam na altura os vereadores do PS.

A distribuição de pelouros pela oposição é recorrente na Câmara do Seixal. «A possibi-lidade de partilhar as respon-sabilidades por todas as forças políticas é uma das mais valiosas características do Poder Local Democrático, uma forma de estar que defende Abril e os interesses da popu-lação do concelho», lê-se em comunicado.

Vítor Proença

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Metrologia com certificação

O SERVIÇO Municipal de Metrologia de Palmela obteve a renovação da certificação conferida por Despacho do IPQ, na sequência da auditoria anual, realizada a 8 de Outubro, pelos respectivos técnicos. A reno-

vação do despacho de quali-ficação deste serviço teve por base o cumprimento de todos os requisitos exigíveis, apoiados por um sistema de gestão de qualidade adequado às neces-sidades.

LOCAL

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Moita exige melhores condições para funcionamento da GNR

O presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Garcia, exige que o Minis-

tério da Administração Interna construa as novas instalações da Guarda Nacional Republicana (GNR) na vila. As actuais insta-lações encontram-se em adian-tado estado de degradação e são, hoje em dia, um obstáculo ao desempenho da missão da GNR no território e à eficaz garantia de segurança das populações.

A tutela, em Abril de 2009, adquiriu as instalações do antigo quartel dos Bombeiros da Moita para aí instalar o novo posto da GNR, após a realização de obras de adaptação que fossem consi-deradas necessário. Mais tarde, após se ter entendido que seria técnica e economicamente mais vantajoso construir instalações de raiz, o MAI contactou a Câmara Municipal para indagar da disponibilidade desta para permutar o edifício do antigo quartel dos Bombeiros por dois terrenos do domínio público municipal, disponibilidade essa

prontamente confirmada pelo Município.

Autarquia expressa vontadepara melhorar condições

Desde então, lamenta o presi-dente, não têm sido orçamen-tadas verbas pelo Governo para construir as novas instalações. As preocupações foram dadas ao conhecer ao Comando do Destacamento Territorial e do

Posto Territorial da Moita, numa reunião destinada à apresen-tação de cumprimentos do novo executivo, a quem foi expressa a vontade e o empenhamento de exigir condições de trabalho mais dignas para esta força de segurança, designadamente através da melhoria das «péssimas» condições em que se encontram as actuais insta-lações da Guarda Nacional Repu-blicana na Moita.

Novo quartel prometido desde 2009

QREN leva sensibilidade artística a Sines

Bolsas no Montijo combatem abandono escolar

SIC exibe documentário sobre Almada

Alcochete dá a conhecer trilhos salineiros

Santiago recebeu gerações ‘em torno da palavra’

Município do Seixal comemora 177 anos

Regeneração no Barreiro vai replantar árvores

Sesimbrapromove gastronomia

Álvaro Cunhal vai estar em destaque em Grândola

Palmela quer fim das obras em Secundária de Pinhal Novo

Alcácer na caminhada do magusto

A CÂMARA Municipal de Sines vai promover cerca de 30 oficinas de sensibilização artís-tica para a população, um projecto cofinanciado por fundos europeus e executado pela Escola das Artes do Alen-tejo Litoral. A música é a base da oferta destas oficinas.

A CÂMARA do Montijo vai voltar a atribuir bolsas de estudo para combater o insucesso e aban-dono escolar. As candidaturas estão abertas até 15 de Novembro e podem concorrer alunos, com idade não superior a 25 anos, resi-dentes no concelho do Montijo há, pelo menos, um ano.

É JÁ amanhã que o programa “Vida Selvagem”, emitido pela SIC, vai revelar o património valioso da frente Atlântica de Almada. O docu-mentário vai mostrar uma outra perspectiva do concelho, focando a riqueza natural da costa. A autarquia co-produziu o filme.

A AUTARQUIA de Alcochete vai promover amanhã um passeio de 25 quilómetros em BTT pelas salinas do Samouco. Este percurso tem início e término junto à estátua de D. Manuel I, situada no largo Marquês de Soydos, e tem passagem assegurada pelos trilhos antigos dos salineiros.

A BIBLIOTECA Manuel da Fonseca, em Santiago, acolheu uma iniciativa do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal que reuniu várias gerações em torno da palavra.

Partindo do livro De Gante a Samo-trácia-Poemas Ocasionais de Joaquina Soares, responsável pelo museu, foi inaugurada uma exposição coletiva de Ana Férias, Catarina Garcia, Eduardo Carqueijeiro, Luís Valente e Rosa Nunes que aceitaram o desafio da recriação visual do livro.

UM EXTENSO programa de acti-vidadesno Seixal vai decorrer durante todo este mês, altura em que o muni-cípio comemorará o seu 177.º aniver-sário. Do programa fazem parte a aber-tura do 30.º Festival de Teatro do Seixal, os concertos de Olga Prats e António Zambujo, o XXIV Corta-Mato Cidade de Amora, a inauguração do Pólo do Seixal da Escola de Música do Conservatório Nacional e o 7.º Fórum para a Cidadania. A sessão solene e a cerimónia de atribuição de medalhas têm lugar no dia 6.

A REGENERAÇÃO da área ribei-rinha de Alburrica (Repara), no Barreiro, prevê a replantação de um total de 142 árvores, 30 na zona de Alburrica e 112 na zona da “Miguel Pais”. As actuais árvores estão a ser retiradas do local, prevendo-se que a sua replantação, em maior número face ao actual, esteja mais adaptada aos espaços em causa. A intervenção prevê outros trabalhos de arranjo paisagístico que incorporam a colo-cação de espécies diversas.

MAIS de duas dezenas de restaurantes participam na 8.ª Semana Gastronómica Sabores de Outono, que decorre de 9 a 17 deste mês, em Sesimbra, e apresenta diversas sugestões confeccionadas com produtos típicos da época, como a castanha, a batata-doce ou a romã. O certame visa reforçar a presença dos produtos rurais típicos do Outono na ementa dos restaurantes e contribuir para dina-mizar a actividade económica.

O MUNICÍPIO de Grândola está a assinalar o centenário do nasci-mento de Álvaro Cunhal, com a expo-sição intitulada “Álvaro Cunhal - Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro”. A exposição, que aborda o percurso de vida do histórico e emblemático líder do PCP, dando a conhecer a sua dimensão humana política, intelec-tual e artística, ficará patente ao público na Biblioteca Municipal de Grândola até 16 de Novembro.

O MUNICÍPIO, face à falta de diálogo do Ministério da Educação e da Ciência, exige a conclusão urgente da requalificação da Secun-dária de Pinhal Novo, de forma a garantir condições de aprendi-zagem adequadas e a segurança dos alunos.

Segundo o município, as obras,

cuja conclusão esteve prevista para o final do ano lectivo 2011/2012, foram suspensas, em Março de 2012, numa fase «já bastante adiantada» da última parte da empreitada, sem que, na altura, o Ministério da Educação e da Ciência tenha «dado qualquer justificação».

A autarquia considera que da

conclusão da obra depende o aumento do número de salas para disciplinas específicas, «impres-cindíveis» à organização curri-cular e aos planos de estudo dos alunos, assim como a ligação dos pavilhões já concluídos com os que ainda «não foram» interven-cionados.

A FREGUESIA de S. Martinho recebe, no dia 9, a II Caminhada do Magusto, uma iniciativa que integra o programa turístico do município “Alcácer dos 5 Sentidos”, e que visa promover o interior do concelho.

Com início às 14 horas, o percurso pedestre com cerca de dez

quilómetros vai ser feito entre Case-bres e o lugar da Serrinha, onde foi edificado um conjunto habitacional de apoio a um hospício e retiro de monges no século XVIII/ XIX.

Os interessados em participar podem inscrever-se até dia 6, no posto de turismo de Alcácer.

Vinhos de Setúbal em destaqueSETÚBAL vai ser uma das duas

regiões portuguesas representadas na 14.ª IberoVinac, feira ibérica de vinhos e produtos regionais que decorre entre 5 e 8 de novembro, em Almendralejo, Espanha. A presença sadina, na qual é dado

destaque à divulgação da oferta de turismo de natureza e cultural, da gastronomia e dos vinhos, surge no seguimento do trabalho desenvol-vido com a região da Extremadura, durante a realização em Setúbal do Festival Ibérico do Vinho.

Tutela nunca mais cabimentou verbas para construção de instalaçõesDR

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Este arranque do ano escolar, com múltiplas actividades, tem vindo a demonstrar a pujança do projecto escolar e comunitário. Damos conta nesta página da entrega dos diplomas de reconhecimento e mérito, no âmbito do prémio “Mais saber, Mais Valer”, do arranque da ‘Cátedra do Tempo’ e do êxito da peça “O Preço”, de Arthur Miller.

Cátedra do tempo presente “Que início fantástico”

Com o propósito de desenvolver compe-tências de pensamento

crítico e global, iniciou-se, no Colégio Campo de Flores, a “Cátedra do Tempo Presente”. Este estabelecimento de ensino propõe-se concretizá-la, este ano letivo, através de sete conferências coordenadas pelo Professor Doutor Regi-naldo Rodrigues de Almeida. O “arranque decorreu acima das expetativas através de uma extraordinária comuni-cação pelo Dr. José Eduardo Moniz, personalidade de refe-rência dos media que desen-volveu o tema: “Os media ainda serão terra de oportu-

nidades?”. A numerosa assis-tência, que encheu o auditório do Colégio, teve o privilégio de partilhar uma verdadeira lição de vida, plena de humil-dade, franqueza e conheci-mento. Os media atravessam um período de franca mudança mas há valores que nunca se alterarão: independência e intransigente ética profis-sional garantiram e garantirão a qualidade na escolha dos conteúdos, seja qual o tipo de media trabalhado. A riqueza nos conteúdos aparece com a melhor e única via para diferenciar as propostas de media e torná-las sustentá-veis num mundo em que já

não basta fazer igual a quem lidera.

O debate, longo porque muito participado, permitiu a alunos e suas famílias rasgar horizontes de reflexão para uma ação mais informada e esclare-cida. O desenvolvimento

de competências de pensa-mento crítico para que nos tornemos, cada vez mais, agentes ativos num mundo global, exigente, e carente de criatividade e sustenta-bilidade. Bravo Colégio Campo de Flores pela magnífica iniciativa.

Reconhecer o mérito,um imperativo de estímulo

A cerimónia de entrega de diplomas de reconhecimento do mérito, no âmbito do prémio “Mais saber, Mais Valer”, é um momento catalisador da comunidade escolar para dar sentido a uma das Regras de Ouro do Colégio Campo de Flores: “Dá sempre o teu melhor, não percas tempo.”. Com uma mensagem inicial do director do Colégio, João Rafael Almeida, centrada na importância de todos os alunos, recebessem ou não o diploma, por serem tão valiosos na sua individualidade, e na necessidade de

sermos humildes, de queremos aprender sempre e partilhar o que sabemos, para construímos um mais solidário e justo.Para além da entrega de um prémio especial ao melhor aluno do ensino secundário, o Colégio, foi muito bem acompanhado pela Câmara Municipal de Almeida, representada pelo Vereador António Matos igualmente, entregou o prémio “Almada, Cidade Inteligente”. A Excelência é o horizonte, o trabalho exigente e rigoroso o caminho!

O Dr. José Eduardo Moníz foi o primeiro convidado da Cátedra

O “Preço” foi Excelente! E um êxito!

A PRIMEIRA iniciativa do programa cultural do Colégio no presente ano letivo não podia ter corrido melhor. Incluída no projeto “PENSAR/THINK GLOBAL”, foi uma óptima oportuni-dade poderem, alunos e famí-lias, assistir à peça de teatro “O Preço”, de Arthur Miller, em cena no Teatro Aberto. Em duas sessões o número de aderentes a esta iniciativa ultrapassou os cento e setenta, demonstrando a mais-valia para o desenvol-vimento de competências informais deste nosso programa e projeto.

A encenação de João Lourenço, a adaptação do texto, o trabalho cenográfico e a representação de António

Fonseca, João Perry, Marco Delgado e São José Correia são simplesmente soberbas, colocando múltiplos desa-fios à nossa reflexão. Passando-se nos anos sessenta, “O Preço”, é uma peça de temática muito atual que nos confronta com as diferenças de perspetiva sobre as decisões que tomamos na vida e suas implicações com o quadro de referência e valores que vamos construindo. A parti-cipação no programa cultural, orientado pelo professor António José Silva Marques, representa uma abertura para novas dimen-sões do pensar, não sendo inocente a proposta junto das famílias, pois permite

transportar e prolongar a reflexão para momentos posteriores de partilha fami-liar. Neste momento novas propostas surgem – as expo-sições: “Os anos felizes do consumo”, no Centro Cultural de Belém”, e “A Última Fron-teira – Lisboa em Tempos de Guerra” no Torreão Poente do Terreiro do Paço.

Este programa marca, de forma clara, o pendor diferenciador do Colégio Campo de Flores, onde, à exigência e rigor na aprendizagem, se alia o trabalho de competências informais e transversais à formação do indivíduo como um todo. Fora da Escola também se aprende, e muito!

Momento em que o aluno Miguel Marques, do 12ºano, recebeu o prémio “Almada, Cidade Inteligente”

Sala cheia de alunos, pais e colaboradores do Colégio numa iniciativa de grande êxito

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Porto de Sines e Trade Facilitation APSS com Gestão reconhecida

O PORTO de Sines acolheu esta semana o encontro anual do Trade Facilitation & Port Community System Committee da IAPH - International Asso-ciation of Ports and Harbors, que tem por objectivo fazer a

ponte entre portos associados e organismos internacionais na facilitarção do transporte marítimo e relações comer-ciais. França, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Letónia e Tanzânia marcaram presença.

A AUDITORIA da Lloyd´s Regiter Quality Assurance (LRQA) deu luz verde à manu-tenção do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente, segundo o referencial NP EN ISO 9001:2008, da Adminis-

tração dos Portos de Setúbal e Sesimbra. A empresa diz que o sucesso alcançado resulta do «empenho de todos os cola-boradores num esforço contínuo de superação e bene-fícios para os clientes».

NEGÓCIOS

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António Melo Pires descarta produção do Taigun em Palmela

O director-geral da Autoeuropa, António de Melo Pires, colocou de parte a possibilidade de

a Autoeuropa vir a produzir futu-ramente o SUV compacto Taigun, desmentindo assim notícias recentes veiculadas pela comunicação social. Em declarações ao Semmais, Melo Pires adiantou ainda que esse modelo «será produzido fora da Europa» e que a unidade fabril da Volkswagen (VW) continua a estudar com a casa-mãe do grupo «qual a melhor hipó-tese para Palmela». «Há várias hipó-teses em cima da mesa», reforçou o director-geral da unidade quando confrontado com a possibilidade de

a empresa vir a produzir um modelo para massas, nos moldes do Polo ou do Golf.

Certo, para já, é que o investi-mento recente de 38,2 milhões de euros, que prevê a actualização tecno-lógica de áreas de produção e de não produção, ao nível da pintura, cunhos e cortantes, deixa a empresa bem colocada para receber um novo modelo no seio de todo o grupo. Sobretudo agora que o VW Eos está a chegar ao fim da linha. «É, clara-

mente, o modelo mais penalizado porque o segmento dos descapotá-veis, a nível mundial, está também em recessão», afirma António de Melo Pires. O novo modelo deve chegar a Palmela ainda em 2015.

O homem forte da fábrica confirma que a quebra produtiva na Autoeuropa rondará mesmo os 20 por cento em 2013, estimando assim que a empresa produza pouco mais de 90 mil unidades. «É um ano mau devido à conjuntura, porque todos

os mercados para os quais expor-tamos se encontram em recessão ou a crescer menos do que antigamente, como é o caso da China», explica. E, por isso, Melo Pires não arrisca prog-nósticos para 2014: «é um ano mau se a Autoeuropa se ficar de novo pelas 90 mil unidades, mas há mercados que dão sinais claros de recuperação».

Despedimentos em 2014não estão em cima da mesa

Apesar de o actual volume de produção estar bem abaixo de preen-cher toda a capacidade instalada na fábrica, é praticamente certo que não vão existir despedimentos em 2014, apesar de o acordo actual estabele-cido com os trabalhadores e a sua comissão só vigorar até Outubro. «Nessa altura, discutir-se-á um outro, mas haveremos de chegar a consenso de modo a alcançar a flexibilidade que hoje em dia já temos e é tão neces-sária», afirma.

Há, por isso, a possibilidade de uma nova leva de trabalhadores rumar a outras empresas do grupo, principalmente as sedeadas na Alemanha, caso se justifique. Os cerca de 300 colaboradores que se encon-tram a trabalhar no exterior «estão a dar cartas lá fora, demonstrando bem o potencial e os recursos da Autoeuropa».

Investimento recente de 38,2 milhões pode ser crucial para Autoeuropa captar novo modelo. Director-geral confirma «ano mau», mas diz que despedimentos para 2014 não estão em cima da mesa.

Crescimento de alguns mercados pode levar a aumento de produção para o ano

Bruno Cardoso

Moviflor vai encerrar loja do Barreiro

O PLANO de recuperação da Moviflor (PER) prevê o encerra-mento da loja do Barreiro de forma imediata ou, mais tardar, até final do ano. A informação, avançada ao Semmais por Célia Lopes, diri-gente do CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escri-tórios e Serviços de Portugal), consta na segunda versão do PER da Moviflor, na qual o grupo se propõe a encerrar um total de 7 lojas em todo o país, colocando no desemprego mais 325 pessoas. Actualmente, não se sabe o número de trabalhadores da loja do Barreiro abrangidos no âmbito desse processo de despedimento colectivo, nem a quantidade de colaboradores a quem a empresa propôs, eventualmente, vir a traba-lhar noutras unidades do grupo.

Em declarações ao Semmais, Célia Lopes diz que este PER «está envolto numa grande neblina de dúvidas» e acrescenta que «a empresa se escusa a esclarecer as coisas aos seus funcionários». A empresa, segundo explica a sindicalista, alega quebra acen-tuada nas vendas para despedir 325 colaboradores e encerrar 7 lojas. Há funcionários que estão sem receber ordenados há, apro-ximadamente, três meses. «Não se percebe muito bem como é que as coisas chegaram a este ponto, principalmente depois de anali-sados os últimos investimentos recentes da Moviflor em países como Angola ou Moçambique», lamenta.

A empresa propõe-se, assim, a encerrar as lojas que têm «deficit de exploração crónica» por forma a melhorar a sua «eficiência produ-tiva». Os «fortes desequilíbrios financeiros» e a crise macroeco-nómica, acumulados com as «fragilidades endógenas da empresa», justificam este plano de recuperação do grupo. O Semmais não conseguiu obter reacções da Moviflor sobre este assunto, nem da Câmara Muni-cipal do Barreiro. Actualmente, a rede da Moviflor é composta por 24 lojas, três das quais no distrito (Barreiro, Setúbal e Corroios) e 4 centros de armazenamento e distribuição.

Bruno Cardoso

Electro-Arco vai despedir de 52 colaboradoresA ELECTRO-ARCO vai encerrar

mesmo a secção de produção do fio MIG/MAG, na Venda do Alcaide (Palmela), lançando no desemprego mais 52 pessoas. Inicialmente, a empresa previa despedir 60 pessoas, 50 por cento do total dos seus cola-boradores, mas voltou atrás após negociações com o Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL) acau-telando o caso de trabalhadores actu-almente abrangidos pela lei da pater-nidade, com incapacidades compro-vadas ou que estejam em situação de poder negociar a reforma ante-cipada ou a pré-reforma.

Em declarações ao Semmais, Rosa Maria Fernandes, do SINDEL, afirma que «não tem sido fácil gerir todo este processo», sobretudo porque entre a maior parte dos trabalhadores visados existe um

grande «sentimento de revolta e de medo do futuro, tendo em conta a situação económica em que o país se encontra». As negociações com a administração da empresa foram uma constante ao longo da passada semana e acabaram mesmo por fazer diminuir o número de trabalhadores inicialmente

abrangidos pelo processo de despe-dimento colectivo.

Nessas ocasiões, o SINDEL expôs à Comissão Negociadora da Electro-Arco algumas ques-tões que considera não terem sido ponderadas e que poderiam salvar os postos de trabalho ameaçados. Entre as possibilidades abordadas estiveram a de a empresa poder pedir apoio ao Estado, no sentido de aferir se existem medidas que possam apoiar a empresa finan-ceira ou estruturalmente, e a hipó-tese de ser pedido um último esforço ao grupo Lincoln Elec-tric, detentor da Electro-Arco, de modo a canalizar sinergias que permitam apoiar Portugal nesta matéria concreta, evitando a saída de know-how na produção do fio MIG/MAG.

Empresa não prestadeclarações

O presidente da Câmara Muni-cipal de Palmela, Álvaro Amaro, já se solidarizou com os trabalhadores. A empresa, que produz consumíveis para soldadura e equipamentos, alega querer deslocalizar a produção para mercados considerados «mais estra-tégicos». A quebra na produção nos últimos três anos também é apresen-tada como justificação para o despe-dimento colectivo. A Electro-Arco, fundada em 1937, encontra-se insta-lada na Venda do Alcaide há década e meia. O Semmais contactou a empresa para obter esclarecimentos sobre assunto, mas ninguém da admi-nistração quis fazer comentários.

Bruno Cardoso

Empresa está em dificuldades

O director-geral da Autoeuropa não descarta produção de novo Polo ou Golf

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Recorde na corrida Halloween Finalistas a desportista do ano

A HABITUAL corrida nocturna das quintas-feiras, em Setúbal, atingiu um número recorde de participantes na edição do Halloween. Com máscaras alusivas à data ou equipados a rigor, mais de 250 pessoas

percorreram, a caminhar ou a correr, a distância entre a Praça do Bocage e a Praia da Saúde. O objectivo destas corridas nocturnas é, segundo os promo-tores «tirar as pessoas de casa e pô-las a fazer desporto».

A JUDOCA Telma Monteiro e o velejador Álvaro Marinho estão entre os finalistas do prémio desportista do ano de 2013 atribuído pela Confede-ração do Desporto de Portugal.De uma lista de pré-nomeados

onde se encontravam dois trei-nadores e oito atletas do distrito, apenas os dois atletas olím-picos conseguiram chegar ao top 20 e competem pelo título de melhor desportista femi-nina e melhor treinador.

DESPORTO

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Extremo direito dos célebres “ Violinos” verde e brancos e notabilíssima figura dos

tempos áureos do hóquei em patins já lá vai bem mais de meio século, Jesus Correia pertence ao mais rico historial do Desporto lusitano.

Conhecemo-lo bem, estimamo-lo muito e evocamo-lo hoje por três espécies de razões, de inso-fismável oportunidade:

a) As complicadas situações em que tem estado envolvido um outro Jesus- o Jorge, treinador de futebol do S.L. Benfica;

b) Os brilharetes interna-cionais do vizinho Atlético de Madrid (ex- Aviacion), um clube de muita história;

c) A repetida inviabilidade de reconquista do título máximo, à escala mundial, do hóquei em patins.

Tudo isso tem que ver com o tão saudoso Jesus Correia. E vamos explicar o porquê.

Jesus Correia era um “gentleman”. Foi Prémio “Fair Play” do Comité Olímpico e constituiu um exemplo magnífico de despor-tivismo. E sentimos muita pena, sinceramente, que o seu homó-nimo ao serviço do Benfica não o possa seguir em facetas várias de boa conduta e convívio.

O pai de Jorge Jesus foi colega e amigo de Jesus Correia e toda a iniciação desportiva do “mister” benfiquista, desde os primórdios dos anos 70 não fazia prever o que de menos bom se tem vindo a assi-nalar-lhe, a nível temperamental.

Mas Jesus está muito a tempo de arrepiar caminho e é isso que se deseja, evocando a figura notável de um outro Jesus – o Correia, “violino” do Sporting Clube de Portugal.

A segunda razão deste exer-cício evocativo tem que ver com a bem conseguida vitória do Atlé-tico de Madrid, no Dragão em 1 de Outubro próximo passado.

Os denominados “colchoneros”, por mor da listagem das suas cami-solas, estão a ter um belíssimo prin-cípio de temporada como há tempos não sucedia.

Na década de 40, o Clube madri-leno tinha outra designação: Atlé-tico de Aviacion, com magníficos componentes como Aparício, Riera e Escudero, de bitola internacional.

Aconteceu que, acedendo a um especial o convite, o Sporting dos “Violinos” deslocou-se à capital de Espanha para um jogo amigável com o “Aviacion”. Resultado: vitória dos “leões” por 6-3 com a sempre lembrada proeza de Jesus Correia ter feito todos os golos do Spor-ting!

Foi uma tarde de gala que o nada vaidoso Jesus Correia recor-dava, várias vezes, com o justifi-cado orgulho que bem se pode calcular.

Finalmente, uma 3ª razão para evocar Jesus Correia: o nosso “falhanço” da Selecção vencer o título mundial de hóquei em patins, no mês passado, em Luanda.

Quando Portugal “dava contas” na modalidade, há uns longos 60 anos, a dupla dos primos Correia, de Paços d’Arcos, Jesus e Santos, atingia níveis de eficácia e fulgor que os actuais hoquistas não conse-guem.

A hegemonia lusitana na moda-lidade durou anos com naturais lembranças dos valorosos compa-nheiros do goleador Jesus Correia, dos irmãos Serpa ao “keeper” Emídio Pinto, dos Sintrenses António Raio e Edgar aos jovens “craques” do Campo de Ourique.

Outros tempos que o recente inêxito de Luanda obrigou a relem-brar.

E que bom seria se o Sesim-brense de gema, Prof Luís Sénica, pudesse contar com o hoquista Jesus Correia, em plena forma!

P.S. – António Jesus Correia, natural de Paço d’Arcos, rondou as 100 internacionalizações como hoquista e no futebol foi 13 vezes internacional (anos 40).

David SequerraColaborador

Razões para evocar Jesus Correia

Evento decorre entre 14 e 17 deste mês

Foi uma tarde de gala que o nada vaidoso Jesus Correia recordava, várias vezes, com o justificado orgulho que bem se pode calcular.

Portugal Match Cup regressa à Península de Troia

Troia volta a receber, entre os dias 14 e 17 de Novembro, o Portugal Match Cup em vela

onde estarão presentes alguns dos melhores skippers do mundo.

Depois de nos últimos três anos a competição ter tido lugar em Portimão, o rio Sado volta a acolher estas regatas que normalmente oferecem um espectáculo compe-titivo único, ao mais alto nível técnico e de extraordinária beleza. O facto de as embarcações competirem muito próximo de terra permite aos espec-tadores assistirem de perto aos emocionantes despiques entre as várias equipas.

Depois de ter recebido a prova que integra o World Match Racing Tour entre 2007 e 2009, onde se destacou a presença da equipa olím-pica do actual seleccionador nacional de vela, Álvaro Marinho, Troia volta a ser palco desta competição de projecção mundial.

Segundo os anfitriões do evento, esta competição «pretende promover a belíssima região do Alentejo, a sua célebre e extensa Costa Vicentina, e em particular a Península de Tróia, cujas infra-estruturas e vasto patri-mónio natural moldado pelo Rio Sado pelo Oceano Atlântico, a transformam num destino privilegiado para a

prática de desportos e realização de grandes eventos náuticos».

Alguns dos melhores skippers do mundo vão marcar presença na troiamarina para uma das maiores provas internacionais da modali-dade a realizar-se em águas nacio-nais. Nomes como James Spithill (vencedor da America’s Cup), Ben Ainslie, Dean Barker e Peter Holm-berg têm marcado presença nesta competição. Ian Williams, o actual campeão em título, é um dos skippers confirmados para a edição deste ano.

Esta modalidade transformou o

desporto da Vela em desporto espec-táculo, criando uma nova dimensão e requerendo tripulações hábeis, não só na manobra dos barcos, como também nas tácticas das embarca-ções.

O Match Racing é praticado com barcos iguais e uma boa largada signi-fica, muitas vezes, ser vencedor nessa regata. No entanto, com a adopção das chegadas à popa, uma pequena vantagem conquistada pode não ser suficiente para assegurar a vitória o que transforma cada regata num espectáculo emocionante.

Vitória passa na Taça da Liga e quer manter tradiçãoO VITÓRIA de Setúbal

venceu o Portimonense por uma bola a zero, em casa, e garantiu o acesso à fase de grupos da Taça da Liga, prova da qual foi o primeiro vencedor e que continua a ser uma das apostas do clube na corrente época.

Após o empate a duas bolas, em Portimão, os sadinos conse-guiram, com um golo logo nos primeiros minutos da partida, assegurar a continuidade em prova e, simultaneamente voltar a entusiasmar os adeptos do clube que ansiavam por bons resultados.

A equipa que do Bonfim mudou de treinador há cerca de um mês e José Couceiro

parece ter trazido uma dinâ-mica diferente ao balneário. Apesar de durante as primeiras sete jornadas do campeonato os sadinos terem sofrido 17 golos, nos últimos jogos a tendência mudou significati-

vamente. Para a Taça de Portugal, o Vitória venceu por três a um o Alcanenense, empatou com o Belenenses a zero para a I Liga e triunfou sobre o Portimonense.

José Couceiro espera agora que os bons resultados se mantenham e que a concen-tração dos jogadores no sector defensivo deixe de ser um problema. O treinador admite que a equipa «precisa de mais confiança», mas que essa só se adquire com bons resultados que espera possam acontecer já este domingo, no estádio António Coimbra da Mota, na partida referente à 9ª jornada da Liga.

Marta David

Primeira Taça está no Bonfim

A equipa de Álvaro Marinho tem obtido êxito nesta prova mundial

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ÚLTIMA

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Erro humano ou chuva a mais derrubaram cisterna no Poceirão

A Refer admite várias hipóteses para explicar a origem do descarrila-

mento do vagão que transpor-tava a cisterna com 35 tone-ladas de amoníaco na estação de comboios do Poceirão (Palmela). Erro na manobra do próprio maquinista, abatimento do solo como consequência da intensa chuva, ou alguma deficiência no material circulante são três situações que estão a ser alvo de uma investigação interna.

A revelação foi feita ontem pela empresa ao Semmais, quando no Poceirão os habi-tantes ainda têm bem presente o susto. «Só voltámos a respirar de alívio quando os bombeiros disseram que a trasfega estava feita e que o produto já tinha seguido viagem», diz o presi-dente da Junta, José Silvério.

«Noites mal dormidas» com receio de novos derrames

O autarca acrescenta que apesar da garantia de que a população não seria afectada

pelo gás da Amoníacos Portugal - empresa do parque da Quimigal (Barreiro) - uma vez que não houve derrame, «as noites têm sido mal dormidas. «E se acontece uma coisa mais grave? A toda a hora estão aqui a passar vagões com cisternas», refere, questionando «o que poderia ter acontecido a esta terra – atravessada pela linha do comboio - se o vagão seguisse a grande velocidade com esta matéria tão perigosa?»

Porém, explica a Refer, o vagão descarrilou quando estava quase parado, durante

uma manobra de entrada em agulha, ao se preparar para mudar de linha. Na estação do Poceirão existem várias vias que respondem a um intenso transporte de mercadorias, tendo sido num local resguar-dado que ocorreu o incidente.

O descarrilamento ocorreu dia 24 de outubro, pelas 16.00, gerando o pânico na popu-lação, ao se aperceber que no interior da cisterna, que seguia no sentido do Alentejo, estava um gás altamente tóxico e corrosivo quando entra em contacto com a água.

Investigação interna da Refer ao descarrilhamento do vagão com amoníaco está ainda a decorrer

Roberto Dores

UNISET tem nova direcção

China acolhe vinhos da região

ARMANDO Sacra-mento é o novo presidente da direcção da Universi-dade Sénior de Setúbal (UNISET), liderando uma equipa composta por Arlindo Mota e Eduarda Caridade, após a demissão polémica do anterior presi-dente, Brissos Lino.

A nova direcção, que vai agora assumir um período de «profundas mudanças», entre as quais a transferência de instala-ções, garantiu já a criação de novas disciplinas e novas actividades, que «comple-mentem e valorizem a oferta da Universidade».

As alterações vão passar ainda pela desti-tuição de cargos de reitor e vice-reitor, por não terem «cobertura legal» ao abrigo dos estatutos. Para essas funções serão colocados em exercício os lugares de director administrativo, directo financeiro e director pedagógico.

OS VINHOS da península de Setúbal arrecadaram 21 das 74 medalhas atribuídas aos vinhos nacionais no concurso Decanter Asia Wine Awards 2013, em Hong Kong. O resul-tado evidencia a adequação destes vinhos ao mercado chinês, confirmando o exce-lente desempenho da Penín-sula neste país, que é já o 5.º destino mais importante das exportações extracomunitá-rias do vinho da Região, consu-mindo só em 2013 253 mil litros

Dos 5 vinhos premiados com a prata, quatro são da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões e um da Casa Ermelinda Freitas. A empresa de Pegões foi mesmo a mais premiada da região tendo levado para casa 10 das 21 medalhas atribuídas.

DR