semmais 01 novembro 2014

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Sábado | 1 novembro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 832 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Política 10 Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, encerra hoje convenção do PSD em Palmela. Atual 4 Cultura 9 PÁG. 6 Baia do Tejo recupera casas antigas para alojar estudantes do IPS ATUAL A empresa que gere o parque industrial do Barreiro recuperou, por dentro e por fora, quatro moradias do antigo Bairro Operário. Os beneficiá- rios são estudantes da Escola Superior da Tecnologia do Barreiro, do Instituto Politéc- nico de Setúbal. Região tem menos 4856 pessoas com RSI NEGÓCIOS O número de benefi- ciários do Rendimento Social de Inserção está a reduzir de forma drástica no distrito. Em 2013 eram 22 405 pessoas a receber o subsídio, agora são 17 549, segundo dados do PORDATA. O pico deste apoio na região ocorreu em 2010, com 34 937 beneficiários. PÁG. 11 Musical "As aventuras de Ron Ron e Fofoca" para ver quarta-feira no Forum Luísa Todi. A estilista Ana Salazar vai 'fardar' músicos da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela. ABERTURA A economia parece melhorar, mas as situações de pobreza na região estão a aumentar. O alerta surge do Banco Alimentar Contra a Fome, em Setúbal, que já duplicou a distribuição de alimentos para 100 toneladas e apoia diretamente 30 mil pessoas. Em fila de espera estão outras dez mil. Pub. Fotos: DR Banco Alimentar de Setúbal alerta para casais que já só pedem para os filhos PÁG. 10 Oposição em peso chumba orçamento para 2015 na Câmara de Montijo POLÍTICA Os vereadores do PSD e da CDU na Câmara do Montijo chumbaram esta semana o orçamento para o próximo ano. A oposição acusa o presidente Nuno Canta (PS) de arrogância e de não ter projeto estratégico. O edil fala em «irresponsabilidade»

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Edição do Semmais de 1 de Novembro

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Page 1: Semmais 01 novembro 2014

Sábado | 1 novembro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 832 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Política 10Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, encerra hoje convenção do PSD em Palmela.

Atual 4Cultura 9

PÁG. 6

Baia do Tejo recupera casas antigas para alojar estudantes do IPSATUAL A empresa que gere o parque industrial do Barreiro recuperou, por dentro e por fora, quatro moradias do antigo Bairro Operário. Os beneficiá-rios são estudantes da Escola Superior da Tecnologia do Barreiro, do Instituto Politéc-nico de Setúbal.

Região tem menos 4856 pessoas com RSINEGÓCIOS O número de benefi-ciários do Rendimento Social de Inserção está a reduzir de forma drástica no distrito. Em 2013 eram 22 405 pessoas a receber o subsídio, agora são 17 549, segundo dados do PORDATA. O pico deste apoio na região ocorreu em 2010, com 34 937 beneficiários.

PÁG. 11

Musical "As aventuras de Ron Ron e Fofoca" para ver quarta-feirano Forum Luísa Todi.

A estilista Ana Salazar vai 'fardar' músicos da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela.

ABERTURA

A economia parece melhorar, mas as situações de pobreza na região estão a aumentar. O alerta surge do Banco Alimentar Contra a Fome, em Setúbal, que já duplicou a distribuição de alimentos para 100 toneladas e apoia diretamente 30 mil pessoas. Em fila de espera estão outras dez mil.

Pub.

Fotos: DR

Banco Alimentar de Setúbal alerta para casais que já só pedem para os filhos

PÁG. 10

Oposição em peso chumba orçamento para 2015 na Câmara de MontijoPOLÍTICA Os vereadores do PSD e da CDU na Câmara do Montijo chumbaram esta semana o orçamento para o próximo ano. A oposição acusa o presidente Nuno Canta (PS) de arrogância e de não ter projeto estratégico. O edil fala em «irresponsabilidade»

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2 ESPAÇO PÚBLICO Sexta • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

A descrença nos partidos polí-ticos é uma realidade deste mundo novo, com marcha

de futuro incerto.Só quem não quer mesmo ver

não reconhece que os cidadãos se têm afastado de forma crescente dos partidos políticos e Portugal não foge à regra.

A forte abstenção e os votos brancos e nulos nas últimas elei-ções autárquicas e para o Parla-mento Europeu, são tradução dis-so mesmo.

Quer isto dizer que os respon-sáveis partidários têm e devem cuidar muito do reforço da credi-bilização militante e dos próprios partidos, tendo presente que es-tes são os pilares da democracia.

No que me respeita, essa preo-cupação tem diretamente a ver com o PS, por ser há muito militante des-te partido, com responsabilidades num dos órgãos dirigentes - a Co-missão Política Nacional.

Das recentes eleições internas, no PS, para o cargo de candidato a Primeiro Ministro, levado a efei-to em eleições primárias, que se realizaram pela primeira vez, re-

sultaram várias consequências.A primeira é que a forte parti-

cipação de inscrições de simpati-zantes e o afluxo às urnas signifi-cou a vontade dos eleitores em pe-nalizarem o Governo, afastando--o nas próximas eleições, o que exigia a substituição da liderança existente por uma liderança mais forte e credível, protagonizada por António Costa.

A segunda, decorrente da pri-meira, é que o eleitorado quer um PS que conceba e leve à prática políticas diferentes das do Gover-no de coligação de direita, o que só pode implicar uma rutura cla-ra com aquelas políticas.

Este objetivo é exequível, im-pondo uma clarificação sobre o entendimento das funções do Es-tado – incluindo a defesa do Esta-do Social – a definição das empre-sas estratégicas de domínio pú-

blico, a condenação da venda do país a retalho, levada a efeito pelo atual Governo, a afirmação do im-portante papel de Portugal no mun-do, a defesa dos princípios da dig-nificação do trabalho e da igual-dade de oportunidades e de géne-ro, o combate ao flagelo do desem-prego numa lógica que correspon-da às crescentes assimetrias re-gionais.

A prossecução do que se sus-tenta impõe que o PS intervenha com unidade de pensamento e que este conduza à unidade de ação.

Daí o colocar-se a questão de se saber como é que um partido com várias sensibilidades forja a unidade de pensamento.

Só há uma maneira e não duas – conceber-se a unidade polariza-da em princípios e no programa.

A unidade não é o somatório de partes mas a convergência de-las, num todo, que se suporta no ideário e agora na clareza da ru-tura.

Não duvido que é esta via que se vai prosseguir com António Cos-ta, contrária à junção “em molho e com fé em Deus”.

Vítor RamalhoEconomista

Princípios e unidade no PS

No passado sábado teve lugar no Fórum Lisboa o 9º Congresso do MDM (Movi-

mento Democrático de Mulheres). A sua componente interna-

cional - internacionalista - regis-tou a participação de mulheres de organizações e movimentos con-vidados congéneres do Brasil, Cabo Verde, Cuba, Guiné-Bissau, Gré-cia, Itália, Palestina, Rússia e Saha-ra Ocidental (a colónia). Mas ela, com o MDM, não se confinou àque-le espaço da capital: durante seis dias, de sexta, 24, até à quarta des-ta semana, percorreram outros es-paços de Lisboa (incluindo a As-sembleia da República), da Penín-sula de Setúbal e do Alentejo.

Deram resposta a mil solicita-ções (falaremos de “Mil Olhos”) e por isso se dividiram e sub-dividiram em muitos percursos, apenas estiveram todas juntas, fora do Congresso, em Almada, na Costa da Caparica, no Convento dos Capuchos. Lá onde viram os “Mil Olhos”, a escultura--Monumento de José Aurélio dedi-cado a Pablo Neruda. O sítio chama--se também Panorâmica, porque de lá se avista todo o oceano arredon-dado que ruma até ao Continente e Ilhas de Bolivar e de Marti.

As questões da Palestina e do Sahara não puderam deixar de ser as mais prementes nos muitos en-contros e partilha de conhecimen-tos e sentimentos ao longo da qua-si-semana, E logo foi recordada essa outra sessão do MDM há exac-tamente três anos, a 30 de Outu-bro de 2011, na Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, que teve a participação do Embaixador da Pa-lestina, Mufeed Shami.

De entre o público presente sur-giu uma pergunta, algo embaraça-da e muito embaraçosa, porventu-ra, para alguns: - «Sr. Embaixador, que nos diz da ‘Primavera Árabe’»?

A resposta (de memória) foi compassada, de propósito com-passada:

- “ A Primavera Árabe? Pois fo-mos nós que a começámos... há mui-tos, muitos anos... Com a Intifada, com as pedras levantados do chão, lutamos por uma Pátria livre, sobe-rana e democrática”.

Pareceu perceptível um suspi-ro de alívio, os primeiros revoltosos da “primavera”, mirando ditaduras, eram comandados pela aposta im-perialista (nestas coisas, ganha-se e/ou perde-se) que hoje, tão poucos anos depois, mete medo a toda a gen-

te, por cá também. Nos Capuchos Pablo traz-nos

Jorge Amado, porque os dois, numa praia do hemisfério-sul americano, em 1954, decidiram escrever numa noite, até ao alvorecer, para a cam-panha também internacional pela libertação de Álvaro Cunhal («Na-vega, Portugal, a hora chegou... agre-ga a tua luz, volta a ser lâmpada apren-derás de novo a ser estrela»)

Foi no domingo que todos es-tiveram na Panorâmica. Uma bra-sileira estava, como já foi dito. Afir-mou: «Dilma vai ganhar».

Uma re-eleição que «assumiu uma grande importância para o Bra-sil, mas também para toda a Amé-rica Latina e para o seu contributo na resposta às enormes exigências da soberania, progresso social e paz que a situação internacional, em profunda mudança marcada por uma profunda crise do capitalismo, comporta» (Jerónimo de Sousa, logo na segunda-feira).

Tudo a propósito de um Con-gresso num dos meses do ano do 40º aniversário do 25 de Abril.

Valdemar SantosMilitante do PCP

Panorâmica

O governo da coligação do PSD/CDS e a maioria parla-mentar que o suporta têm

desenvolvido uma ação legislativa que, amiúde, viola direitos e prin-cípios inscritos na Constituição da República Portuguesa.

O Tribunal Constitucional tem sido o garante, a âncora, que tem ze-lado pelo cumprimento das normas constitucionais.

O poder local, as autarquias lo-cais, municípios e freguesias, gozam do princípio da autonomia e subsi-diariedade previstos nos artigos 6º, nº1, 237º e 242º da CRP. A estes prin-cípios juntam-se os da Carta Euro-peia da Autonomia Local, em vigor na Ordem Juridica Portuguesa des-de abril de 1991.

A Constituição da República e a Carta impõem ao poder legisla-tivo, ao poder executivo e ao po-der judicial, no quadro da separa-ção de poderes, o respeito e a ob-servância da autonomia das au-tarquias locais. No âmbito da le-gislação em vigor para as autar-quias locais, as de controvérsia e contestação mais recente, por vio-lação dos princípios constitucio-nais da autonomia local, são as que aprovaram a duração do horário de trabalho para os trabalhadores da administração pública e a lei que regulamenta o Fundo de Apoio Municipal. Até agora o Tribunal Constitucional já se pronunciou sobre o aumento da duração do horário de trabalhos para as 40 horas, considerando que esta ma-téria pode ser objeto de negocia-ção entre as entidades públicas e os sindicatos respetivos. Pelo que as referidas leis, as suas normas, estão em vigor tal como constam das publicaçõesna folha oficial, o Diário da República, I série.

No entanto, a confusão está ins-talada com autarquias a cumprir a lei e aplicar aos seus trabalhadores as 40 horas semanais e outras que entretanto negociaram com os sin-dicatos, mas que ainda não foi pu-blicada a alteração a praticarem já as 35 horas semanais. Autarquias a fazerem constar nos seus orçamen-tos a contribuição já em 2015, a trans-ferir para o Fundo de Apoio Muni-cipal e outras não. É a confusão no poder local democrático com pre-juízo para quem está a cumprir a lei. Vejamos: os trabalhadores das au-tarquias que prestam 40 horas de trabalho semanal estão a ser preju-dicados face aos trabalhadores que prestam 35 horas. Fixando-se, a fi-nal, a duração do trabalho nas 35 ho-ras, o que é desejável, como com-

pensar os trabalhadores que têm rea-lizado 40 horas de trabalho?

Quanto ao Fundo de Apoio Mu-nicipal – FAM, que envolve o Es-tado e todos os municípios numa apregoada lógica de solidariedade para prestar assistência financei-ra aos municípios, que dela care-çam, mediante a celebração de con-trato de mutuo, empréstimo, para por em pratica os chamados Pla-nos de Ajustamento Municipal – PAM, mais não é do que prejudi-car as populações de um municí-pio a favor das populações de ou-tro município, numa violação cla-ra do artigo 235º da Constituição, que define as autarquias locais como pessoas coletivas territoriais do-tadas de órgãos representativos, que visam interesses próprios das respetivas populações. O FAM, nada tem de solidário, constituindo-se numa entidade de crédito financia-da em 50% pelos municípios, co-locando municípios contra muni-cípios, quando deve ser o Estado através do Governo da República e do Orçamento de Estado a pro-mover a coesão social e territorial.

Os municípios que precisam de financiamento por dificuldades financeiras, por falta de recursos, por incompetência ou má gestão, entre outras causas, querem re-ceber, os que têm a sua situação financeira regularizada têm de pa-gar. Os municípios que desde já vão cumprir a lei, procedendo à inscrição no seu orçamento da res-petiva verba como serão compen-sados, se a final, vier a lei a ser jul-gada inconstitucional? No nosso Estado de Direito Democrático compete aos tribunais julgar os conflitos de interpretação das leis que não são mais que conflitos de interesses. No entanto, até que a decisão transite em julgado, a lei mantem-se em vigor, ou pode acon-tecer que a lei seja alterada ou re-vogada, cessando então os seus efeitos. É o que se espera que acon-teça em breve para pôr fim a esta perturbação e conflitualidade des-necessárias com os inerentes pre-juízos para as autarquias, os tra-balhadores e a prestação do ser-viço público.

Autonomia local

Maria Amélia AntunesAdvogada

há pouco mais de uma dezena de anos.

Antes, apesar da existência de uma oferta robusta, de algum esfor-ço empresarial e privado e de uma atenção política, nomeadamente com sinal autárquico, o turismo na região era pouco mais que um marasmo.

A ‘descoberta’ do nosso Alente-jo é agora, e ainda assim, uma pedra bruta a esculpir. E por isso gaba-se

a tom estratégico da Entidade Re-gional de Turismo do Alentejo, que pretende ir muito para além do ni-cho ‘sol-e-praia’.

O ambicioso processo de certi-ficação e internacionalização do des-tino é a pedra de toque, mas há tam-bém um caminho de solidez a ga-nhar fôlego para a gestão territorial como um todo, e segmentos em cres-cimento, como o golfe e os despor-

tos náuticos, o turismo rural, patri-mónio, a cultura endógena e até a certificação da restauração.

Trata-se de uma empreitada que prepara, desta feita com ‘cabeça, tron-co e membros’ a derradeira oportu-nidade dos fundos comunitários, ba-lizados pelo período 2014/2020. E nela todos os agentes políticos, so-ciais, empresariais, públicos e priva-dos, estão a ser chamados à liça.

É uma janela aberta para a po-tenciação económica deste trunfo que a região nunca aproveitou na di-mensão devida.

Esperemos que, a par do que está a ser realizado institucionalmente, não se fique pelos meios caminhos, responsáveis, aliás, pelos atrasos de desenvolvimento e progresso que padecemos em tempos de crise, mas também em tempos de bonança.

EDITORIALRaul Tavares

O ‘cluster’ turístico do Alen-tejo, onde se enquadra e se destaca o nosso Litoral Alen-

tejano, está a repaginar os seus conteúdos e a procurar consolidar um registo de moda que arrancou

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ABERTURA

Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 3

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Há casais na região a passar fome que só pedem comer para os filhos

É o alerta vermelho acio-nado pelo presidente do Banco Alimentar Contra

Fome (BACF) de Setúbal. Estão a chegar à instituição casais, em que marido e mulher se encon-tram ambos no desemprego e sem qualquer rendimento, para pedirem apenas comida para os filhos. «Dizem-nos que eles nem querem, que aguentam e não

precisam de comer. Só pedem que ajudemos as crianças», denuncia António Alves.

Todas as semanas o BACF de Setúbal (BACF) distribui cerca de cem toneladas de alimentos por um total de 30 mil pessoas, por todo o distrito, mas, mesmo as-sim, já não tem como fazer face a tantos pedidos de ajuda. O agra-vamento da crise fez disparar as carências e, neste momento, já há uma lista de espera de 10 mil utentes entre um total 60 insti-

tuições, segundo revelou ao Sem-mais António Alves, avisando que «as pessoas com fome não pa-ram de aumentar na região».

Segundo o mesmo dirigente a situação é tão mais preocupante depois de ter acontecido na re-gião «o que até há algum tempo era impensável. Nós fornecíamos cerca de 50 toneladas de alimentos e neste momen-to estamos a duplicar, por-que atingimos uma situa-ção muito grave», denun-cia, numa altura em o BACF sadino chega a 145 instituições, conseguindo agora garantir um apoio extraordinário a mais algu-mas pessoas devido a estar a re-ceber produtos com os quais não contava, por força do embargo de-cretado pelas autoridades russas.

Aliás, um pormenor curioso

a favorecer a solidariedade na re-gião, na medida em que o embar-go de produtos europeus por par-te da Rússia tem permitido ao Banco Alimentar fornecer pro-dutos às instituições que não são habituais, sobretudo fruta, como pera, maçã e ameixas.

Segundo o mesmo dirigente, não há mãos a medir desde há uns tempos a esta parte. «Temos pessoas mais velhas, gente mais nova e agora estamos a

constatar o aumento de pedidos de casais, em que ambos estão de-sempregados, que nos chegam com os filhos ao colo a pedir alguma cosia só para matar a fome às crian-ças», insiste, alertando que «é aqui que as coisas se estão a agravar» ao nível do distrito, sublinha.

Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal tem dez mil necessitados em lista de espera

Roberto Dores

Ajuda equivalente de 5 milhões de euros ano Através dos armazéns de Vila Amélia, em Palmela, e de Vila Nova de Santo de André, em Santiago do Cacém, o BACF, que abas-tece ainda os concelhos do Litoral Alentejano até Odemira - onde as listas de espera também se avo-lumam - chega a entregar às instituições da região mais de quatro mil tone-ladas de alimentos por ano, o que equivale a cerca de 5 milhões de euros, segun-do António Alves. O diri-gente avança ainda que este ano já foram entre-gues 21 toneladas de pei-xe fresco provenientes das lotas de Sines, Setúbal e Sesimbra.

As notícias da melhoria da economia não refletem a situação social do distrito. O Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal duplicou a distribuição de alimentos, num total de cem toneladas. Apoio a 30 mil pessoas, através de 145 instituições diz tudo. A lista de espera é enorme.

Embargo russo tem ajudado à chegada de mais oferta

DR

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ATUAL

4 Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Pub.

O mês de outubro é dedicado à prevenção do cancro da mama, uma patologia que,

em Portugal, conta entre quatro mil e quinhentos e cinco mil novos casos anuais e que corresponde à segunda causa de morte por cancro na mulher.

Na unidade de Senologia do Ser-viço de Cirurgia Geral do Cento Hos-pitalar de Setúbal registam-se anual-mente mais de centena e meia de no-vos casos de cancro da mama em

mulheres com idades compreendi-das entre os 21 e os 96 anos, situan-do-se a média etária entre os 50 e os 60 anos. Segundo dados avançados ao Semmais há uma percentagem inferior a um por cento de novos ca-sos em homens.

«O cancro da mama não tem uma causa específica conhecida» confor-me explicou ao Semmais o Coorde-nador da Unidade de Senologia do Hospital de São Bernardo, Manuel Vítor Rigueira, no entanto, o especia-lista alerta para a existência de fato-res de risco biológicos e ambientais, que estão associados a um aumento da incidência da doença. Há carac-terísticas perante as quais as mulhe-res devem ter especial. «Uma menar-ca (primeira menstruação) precoce, a menopausa tardia, a primeira gra-videz inexistente ou tardia e a ausên-

cia de aleitamento materno estão en-tre os fatores de risco biológico» enu-mera o clínico identificando também os fatores de risco ambiental como «a terapêutica hormonal de substi-tuição acima dos 50 anos, radiação ionizante, dieta rica em gorduras, ál-cool, tabaco e sedentarismo» como pontos a considerar. «No caso das mulheres mais jovens o principal fa-tor de risco é hereditário», esclarece

Manuel Vítor Rigueira que revela tam-bém que «não há evidência de que o traumatismo direto ou o tipo de sou-tien utilizado estejam relacionados com o cancro da mama».

Não existindo uma forma pre-ventiva que não seja o evitar os fa-tores de risco sempre que possível, a melhor forma de combater o can-cro na mama é com a identificação precoce. Para o coordenador da uni-

dade de senologia «o diagnóstico e tratamento precoce são a única for-ma conhecida de melhorar o prog-nóstico da doença» daí que alerte para a necessidade de a mulher co-municar de imediato ao médico de família «qualquer alteração deteta-da no autoexame da mama» e para o cumprimento do rastreio de can-cro da mama segundo o calendário estipulado pelo médico.

Dados confirmam que cancro da mama é a segunda causa de morte por cancro na mulher

DR

Outubro é o mês dedicado à prevenção do cancro da mama, altura para relembrar cuidados a ter.

Marta David

Laço e lenço cor-de-rosa

A Europa Donna Portugal, atra-vés da da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro, desafiou os homens portugueses a colocarem um lenço cor-de-rosa na cabeça, real ou virtual, durante a sema-na de 27 a 31 de Outubro. Esta foi a forma escolhida para assi-nalar o Dia Nacional de Preven-ção do Cancro da Mama, que se comemora a 30 de outubro. A iniciativavisou promover um movimento nacional capaz de mostrar a solidariedade dos ho-mens para com as mulheres que sofrem de cancro da mama.

Hospital de S. Bernardo com 150 novos casos por ano

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ATUAL

6 Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Retinopatia diabética

A retinopatia diabé-tica consiste numa complicação ocular

que afeta pessoas com diabetes. Esta pode levar a uma diminuição da visão ou mesmo à cegueira. Tem maior incidência em diabé-ticos que não controlam os seus níveis de açúcar.

Esta doença ocorre quando há uma alteração nos vasos sanguíneos da retina (uma parte do olho). Estes ficam frágeis, rom-pem, permitindo a passa-gem de sangue para a re-tina, esta fica edemacia-da (“inchada”) e a pessoa começa a perder a visão lentamente, e de forma ir-reversível se não forem to-madas as devidas precau-ções.

Existem dois tipos de retinopatia diabética, uma menos grave, que normal-mente ocorre quando a doença está no início em que não há desenvolvi-mento de novos vasos san-guíneos, a este tipo de re-tinopatia dá-se o nome não proliferativa. O outro tipo de retinopatia é mais gra-ve, ocorre num estádio mais avançado da doen-ça e neste estádio existe o desenvolvimento de no-vos vasos sanguíneos anormais na retina, que são bastante frágeis e como tal rompem-se com bas-tante facilidade. A este tipo

de retinopatia dá-se o nome de proliferativa.

FATORES DE RISCOA retinopatia diabética está relacionada com os seguin-tes fatores de risco:• Duração da doença• Hipertensão arterial• Dislipidémia – níveis anor-mais de lípidos (colesterol e triglicéridos) no sangue.• GravidezTodas as pessoas com dia-betes (tipo I e tipo II) po-dem vir a desenvolver re-tinopatia diabética, pelo que a melhor forma de o evitar é prevenindo. A pre-venção é o melhor que uma pessoa com diabetes pode fazer pela sua saúde visual.

Pessoas com diabetes tipo I devem iniciar o ras-treio visual anual, com des-piste para a retinopatia dia-bética, 3 a 5 anos após o diagnóstico da diabetes. Pessoas com diabetes tipo II devem iniciar imediata-mente após o diagnóstico o rastreio anual com des-piste para a retinopatia dia-bética. Na gravidez a vigi-lância deve ser feita de 3 em 3 meses. E sempre que uma pessoa com diabetes note alguma alteração vi-sual deve consultar o of-talmologista.

SINAIS E SINTOMASA retinopatia diabética evolui de forma silencio-

sa, o que significa que mui-tas vezes a pessoa só se apercebe que algo está er-rado quando a doença já está num estado muito avançado. Daí a importân-cia do rastreio oftalmoló-gico para o despiste da re-tinopatia diabética.Os sintomas que podem surgir são:• Visão turva – em que a pessoa pode começar a sentir maior dificuldade a ler, a conduzir ou dificul-dade em reconhecer pes-soas;• Pontos negros ou flutuan-tes no campo de visão;• Flashes de luz;• Perda súbita de visão.DiagnósticoPara detetar a retinopatia diabética, o oftalmologis-ta efetua alguns exames para perceber se existem lesões:• Exame com a pupila di-latada – em que o médico coloca umas gotas no olho para que a pupila dilate (abra) tornando assim mais fácil a observação do olho.• Fotografia da retina – é um exame que consiste em tirar uma fotografia ao in-terior do olho (retinogra-fia).

TRATAMENTOO melhor tratamento que uma pessoa com diabetes pode fazer é manter os ní-veis de açucar no sangue,

os valores de tensão arte-rial e os níveis de coleste-rol e triglicéridos contro-lados para impedir que a doença se desenvolva, mesmo quando já existe mas ainda se encontra num estádio inicial.O oftalmologista pode ain-da sugerir tratamentos como:• Fotocoagulação – con-siste num tratamento a la-ser que serve para impe-dir o aparecimento de va-sos sanguíneos anormais, ou para travar o cresci-mento dos mesmos.• Injeção intravítrea – este tratamento consiste na in-jeção intraocular de com-postos que vão impedir o desenvolvimento de va-

sos sanguíneos anormais.• Vitrectomia – consiste numa cirurgia que permi-te retirar o sangue que pode sair dos vasos san-guíneos da retina para o humor vítreo (parte cen-tral do olho).A retinopatia diabética é uma doença crónica, como tal os tratamentos que existem não curam a doen-ça, apenas atrasam o seu desenvolvimento. Pelo que o melhor que a pessoa com diabetes pode fazer pela sua visão é o rastreio anual com despiste para a reti-nopatia diabética, bem como o controlo dos seus valores de glicémia, ten-são arterial, colesterol e triglicéridos.

No âmbito do projeto “Pre-venir para Ganhar”, que visa a deteção precoce de patologias cérebro-car-diovasculares, respirató-rias, auditivas e visuais, a Associação de Socorros Mútuos Setubalense en-contra-se a realizar ras-treios até ao mês de De-zembro em vários pontos da cidade de Setúbal. Apro-veite para fazer o seu ras-treio!

FONTES: Grupo de Estudos de Retina de Portugal; Médicos de Portugal e Portal da Diabetes.Enf. Patrícia Garcez (Associação de Socorros Mútuos Setubalense)

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Baía do Tejo recupera casas antigas e garante alojamentos aos estudantes do IPS no Barreiro OS ESTUDANTES do Instituto Po-litécnico de Setúbal (IPS), que fre-quentam a Escola Superior de Tec-nologia do Barreiro, devido à gran-de procura, já podem ficar alojados no local onde estudam, graças ao protocolo que acaba de ser celebra-do com a Baía do Tejo e a Rumo.

Assim, quatro moradias do an-tigo Bairro Operário, que fazem par-te do Parque Empresarial, vão ser recuperadas, por dentro e por fora, para servirem de residência. As mo-radias terão uma ocupação de 3 es-tudantes cada e são constituídas por três quartos individuais devidamen-te equipados e dotados dos eletro-domésticos básicos.

Pedro Dominguinhos, presiden-te do IPS, que aplaude esta iniciativa, refere que os estudantes do Barreiro

ficam agora «melhor servidos», pois já não são obrigados a ficar na resi-dência de Setúbal, que está dotada de 294 camas. Além disso, «caso os alu-nos sejam bolseiros, podem benefi-ciar de um complemento de aloja-mento, que é quase semelhante ao valor que eles pagam de renda».

O líder do IPS garante que os alo-jamentos são de «grande qualida-de» e que oferecem «muito boas con-dições» aos estudantes, sublinhan-do que este passo permite «o reju-venescimento» deste bairro.

Sérgio Saraiva, vogal do conse-lho de administração da Baía do Tejo, adiantou ao Semmais que o referi-do protocolo dá «nova vida urbana» ao bairro de St.ª Bárbara, ao mesmo tempo que o torna «mais vivo, mais próximo das empresas e integrado

na própria cidade». E acrescenta que a Baía do Tejo,

além destas moradias agora cedi-das, está disponível para reabilitar e ceder «mais moradias» ao IPS, caso surgir mais procura. E recorda que o protocolo com o IPS é a segunda acção concretizada no bairro, sen-do que a primeira ocorreu «com a mudança da Escola Bento de Jesus Caraça, que trouxe para este bairro cerca de 150 jovens», além de já es-tarem instaladas no bairro duas ins-tituições culturais, a Hey Pachuco e a Lugar Improvável.

Como se trata de um bairro do início do século XX, a palavra de or-dem da Baía do Tejo para estas ha-bitações é «reabilitar e revitalizar», onde 30 habitações estão ocupadas por antigos operários da CUF.

Momento da assinatura do protocolo, com Pedro Domingui-nhos, do IPS, e Sérgio Saraiva, da Baia do Tejo, ao centro.

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Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

Aqui estou, num banco, no Parque das Nações. E está tudo dito, esta é a única

descrição possível – em Lisboa todos os lugares são físicos, nada mais se pode acrescentar.

Sinto falta de um rio limpo e sem pontes, um rio que traga o puro odor a maresia, um rio cuja cor se equipare a matizes azuis e celestiais, chegando a ultrapas-sar a inigualável beleza do límpi-do céu.

Sinto que o sol aqui é outro – este sol não aquece, não ilumina, não incute a ânsia de viver, a pai-xão imaterial por tudo, o inque-brável estado de felicidade e o de-sejo fervoroso de alcançar um ou-tro patamar de alegria.

Sinto que este chão atraiçoa, consome, exigindo um respeito que não lhe é merecido, mostran-do a sua prepotência, fazendo uso dos seus direitos adquiridos, re-voltando-se contra quem o pisa.

E quem olha para mim, aqui, fisicamente serena, de lápis e pa-pel na mão, pensará, esboçando meio sorriso, que o Tejo é fasci-nante, que Camões estava certo, que as Tágides sopram, realmen-te, brisas de inspiração, escolhen-do não reparar na respiração ace-lerada que carrego e na pequena lágrima que se forma no canto do olho, entristecido por contem-plar um Tejo e não um Sado. Sim!, porque conhecesse Camões o rio Sado e não veria necessidade de evocar as ninfas do Tejo...

Fecho os olhos e desejo estar num recanto da Arrábida, inspi-rando o doce odor da vegetação; desejo arrecadar todos os raios de sol que incidem no ponto mais alto da serra, contemplando Se-túbal em toda a sua extensão; de-sejo esquecer, por momentos, to-das as bases científicas e focar--me numa descrição subjetiva e sensorial de tudo o que observo, sinto, toco, sou.

Abro esperançosamente os olhos, mas ainda vejo Lisboa.

E aqui estou, na cidade que me viu nascer, pensando na que me viu crescer, desejando, inu-tilmente, ser feliz. Sim, porque a felicidade, essa, está do outro lado do rio.

Margarida NietoEstudante

Felicidade Geográfica

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

Banda da Humanitária de Palmela vai ter fardas desenhadas por Ana Salazar

A Sociedade Filarmónica Humanitária, de Palmela, está a preparar três novi-

dades para os seus associados, no âmbito dos seus 150 anos de existência.

A sua prestigiada banda de mú-sica vai ter as fardas desenhadas pela estilista Ana Salazar, fruto de uma parceria com a marca Ana By Herself, que está «associada à modernidade e carácter inovador e que, desde logo, se identificou com o nosso espírito e a nossa forma de estar na vanguarda», co-meça por explicar a líder da co-letividade.

Além disso, está também nos planos da coletividade lançar um CD com obras originais escritas pelos professores, músicos, maes-tros e compositores, nomeada-mente João Camacho, José Con-dinho, Lino Guerreiro, Fernando Lobo e Jorge Salgueiro. «A estreia da obra de Jorge Salgueiro, inti-tulada “Humanitás”, aconteceu no concerto de aniversário, no pas-

sado dia 8, e significa humanida-de, benevolência, civilidade, cor-tesia, afabilidade e cultura», expli-ca Maria João Camolas.

Por outro lado, a Humanitária tenciona lançar um livro, dentro de um ano, que retrata os 150 anos

de história da coletividade, da au-toria do professor João Ribeiro. «Vai ser contada a história possí-vel deste tempo, incluindo o ano 150, que agora começou a ser as-sinalado», conta a presidente, que acrescenta: «A sua gestação deve-

rá ter a participação de muita gen-te. Convido os associados e ami-gos interessados em participar, mesmo que de uma forma discre-ta, pois isso será de grande valor e ajudará a cimentar este projeto».

As 40 fotografias mais vota-das pelos sócios, numa exposi-ção na coletividade, serão as que integrarão o livro. «Vamos pedir aos sócios que nos emprestem fo-tos de atividades ligadas à histó-ria da coletividade. As 40 mais vo-tadas serão publicadas no livro, que será subscrito e pago pelos associados, mas, a obra poderá ser adquirida por quem não seja subscritor», sublinha.

Na sua ótica, trata-se de três projetos que comprovam «o per-curso brilhante e incontornável de história cultural, recreativa, social e educacional no concelho de Pal-mela, distrito de Setúbal e Área Me-tropolitana de Lisboa, um percur-so feito de muitos momentos vi-vidos por muitas gentes e atraves-sando muitas gerações».

A estilista lançou o ano passado um vinho na Cooperativa Agrícola de Palmela

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Joaquim Gouveia retrata figuras públicas em livro e exposição no Mercado do Livramento

O jornalista Joaquim Gouveia inaugura este domingo, pelas 16h30, no Mercado

do Livramento, a exposição da segunda série de 74 entrevistas realizadas a figuras públicas de Setúbal e inseridas na iniciativa “Gente Gira da Região”, de sua autoria. Na ocasião, o jornalista apresentará o livro “Como pensam os setubalenses”, o qual faz uma abordagem a cem entrevistas a figuras públicas já realizadas.

Sobre as entrevistas as 170 en-trevistas do “Gente Gira da Re-gião” já realizadas, Joaquim Gou-veia afirma que se trata de uma tarefa «árdua mas muito compen-satória», acrescentando que, com este trabalho, tem ganho «mui-tos amigos».

Com o livro, Joaquim Gouveia diz que pretende «perpetuar» os seus entrevistados. «Tenho a cer-teza que daqui a 3 anos, quatro

ou cinco décadas, a obra “Como pensam os setubalenses” será vis-ta pelas gerações vindouras que poderão perceber o que pensá-

vamos sobre alguns temas em 2014, por exemplo». Por outro lado, é como uma «prenda que ofereço aos meus entrevistados enquanto estão vivos e que pode ser repartida com familiares e ami-gos».

E recorda que “Gente Gira da Região” nasceu há três anos atrás, no jornal “Diário da Região”. De-pois, foram publicadas no blog que foi criado para o efeito (gen-tegiradaregiao.blogs.sapo.pt), uma vez que Joaquim Gouveia já não colabora com o referido órgão de comunicação social.

A tarde será animada por Guer-ra Henriques, que irá interpretar fados de Coimbra, e pelo grupo Jazz do Sado. Já o livro, com pre-fácio de João Reis Ribeiro, será apresentado por Raúl Tavares, di-retor do Semmais, que fará uma abordagem da obra e da própria exposição.

Rio Frio apresenta programa equestre para 2015A SOCIEDADE Agrícola de Rio Frio apresentou já o calendário para a próxima época equestre com des-taque para o CCE Iniciação Prelimi-nar, a 28 de Março, e a abertura da Academia de Equitação de Rio Frio, a 18 de Abril.

Para além disso ao longo de 2015 vão realizar-se o Festival de Endu-rance da Primavera que decorre no final do mês de Maio e a Festa do Ca-valo Rio Frio, a 6 de Junho, entre um conjunto vasto de iniciativas para a promoção da atividade equestre.

O anúncio do plano de ativida-des aconteceu no passado fim-de--semana, altura em que decorreram também concursos de endurance onde participaram algumas dezenas de atletas portugueses e espanhóis.

O Concurso de 40 Km’s foi o mais participado com 20 conjuntos ali-nhados à partida e que terminou com o triunfo de Gonçalo Saragoza, com Mantorras D’Ibérica. No CEP de 80 Kms, o vencedor foi João Comen-da, com Dim Dim, Miguel Louren-ço, montando Eferia de Rio Frio, da Sociedade Agrícola de Rio Frio, ga-nhou o CEPI de 20 Kms.

O autor Joaquim Gouveia

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Temos 4 inscrições para ofere-cer aos nossos leitores para par-ticiparem na 1.ª edição da prova Arrábida Ultra Trail, que tem lu-gar a 16 de Novembro na nossa região. Com mais de 700 atletas

inscritos, até à data, o evento di-vide-se em percursos de 12, 22 e 80 quilómetros. Além da inscri-ção, os leitores terão também di-reito a uma T-Shirt. Para se ins-creverem devem enviar um email

para: [email protected]., indicando o nome completo, email, data de nasci-mento, número de contribuinte, tamanho da T-Shirt e qual o per-curso que pretendem correr.

Semmais oferece inscrições para o Arrábida Utra Trail

Prova deste ano foi um êxito

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CULTURA

8 Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Sapatinho de cristal, de cetim, de vidro, ferro, ouro, pano ou couro. Sapato

bordado. Sandálias, chinelas e socas. Botas ortopédicas, botins, botas militares. Sapatos de dança, sabrinas, pantufas, sapatos de vela, mocassins, sapatilhas. Sapatos de bebé. Sapatos de ballet. Sapatos de palhaço. Bota d’ouro. Sapatos de verniz, de pele; de fivela; de biqueira ou redondos. Sapatos de «vamp». Sapato desportivo. Sapatos sóbrios ou excêntricos.

A forma do pé, a forma dos sapatos – rasos, de tacão, sal-to, sola de borracha; com ve-lcro, fitas, atilhos ou atacado-res - atar os sapatos é uma das conquistas da infância

Sapateado, sapatear: a dan-ça ao som do sapato. Sapatos e som: chinelar, pisar, arrastar. Passo seguro, rápido, pesado, nervoso, leve, arrastado, salti-tante, hesitante, violento.

Palmilhar, andar, caminhar, percorrer - «e andou, andou, andou até que rompeu os sa-patos de ferro»: o tempo e o es-paço. Os sapatos têm história(s). Sapato e moda. Binómios: sa-pato/pé; sapato/meia; sapato/mala; sapato/cinto. Sapatos e estações: clima e ecologia do pé - cortiça, esponja, pele, ma-terial sintético. O universo dos sapatos: calçadeiras, pomada, banha, brilho, escova, pano ou esponja.

Sapatos e terra; sapatos ala-dos, sapatos para a água – bar-batanas.

Sapatos «por medida», me-dida dos sapatos. Em criança, tiravam-me a medida ao pé colocando-o sobre um cartão e, com um lápis, desenhavam--me os contornos, o molde.

Os sapatos moldam-se aos pés e estes aos sapatos. Nun-ca temos os dois pés iguais. «O Senhor Valéry andava na rua com um sapato branco no pé esquerdo e um sapato pre-to no pé direito. Às vezes é ao contrário. Mas nunca se en-gana», Gonçalo M. Tavares.

Pai Natal põe as prendas «no sapatinho». «Pôr-se nos sapatos de alguém»: capaci-dade de empatia. «Não chegar às solas dos sapatos de al-guém»; «Saber onde lhe aper-tam os sapatos»; fazer de al-guém «gato sapato»; dar «uma sapatada»; ter «uma pedra no sapato». «Sola, sapato, rei, rai-nha /foi ao mar buscar sardi-nha…», cantavam as crianças no recreio. «O que é que anda atado e pára desatado?» ques-tiona adivinha popular.

Há, porém, que não esque-

cer que «Todo o sapato lindo dá em chinelo velho» e que «Há mais ingratos que sapatos» porque a alguns(mas) «foge--lhes o pé para a chinela».

Ser (ou não) «sapato para o meu pé». Os sapatos exis-tem aos pares e só assim fa-zem sentido. Sapato fetiche. Inquéritos recentes mostram que muitas mulheres «prefe-rem sapatos a sexo» e que as mulheres «mentem aos ho-mens em relação ao preço dos sapatos». O sapato é, para Freud, «substituto do pénis» - «There was an old woman /who lived in a shoe/ she had so many children/ she didn’t know what to do» , repete uma nursery rhyme inglesa.

«Gata Borralheira», o con-to mais antigo e mais amado – a escolha é feita pelo tamanho do pé. «Os Doze Sapatos das Princesas», «Os Duendes e o Sapateiro», «O Gato das Botas».

O sapato-ícone de Joana de Vascocelos - escala gigan-tesca. As várias botas e socas campesinas de Van Gogh; as botas-pés de Magritte. «As Bo-tas do Sargento», de Vasco Gra-ça Moura a propósito de um quadro de Paula Rego. «A Chi-nela Turca», de Machado de Assis; «Sapateiro Remendei-ro, muito trabalho, pouco di-nheiro», de António Torrado.

Afonso Cruz, na sua «Enci-clopédia da Estória Universal»: «os sapatos e os chapéus, para os Viyhokim, têm sempre de ter, pelo menos, um homem de distância». Fotos poderosas: sapatos (d)e mortos : imagem de guerra, sapatos empilhados, pilhados, sem pés – sapatos de-sabitados. Numa mesquita, num templo, os sapatos não entram - deixar o mundo (terra) à por-ta. O sagrado e o profano. No Êxodo (3:5): «E disse: Não te chegues para cá; tira os sapa-tos dos teus pés porque o lu-gar que pisas é sagrado.»

Para Epicteto, sapato e pé servem para explicar «a justa medida»: «as necessidades do corpo são a justa medida do que cada um de nós deve pos-suir. Exemplo: o pé só exige um sapato à sua medida». O sapato é o menor espaço onde um pé pode habitar. O sapato é, antes de mais, sinal e sím-bolo da nossa condição de bí-pedes. E não foi, ao libertar-mos da locomoção os mem-bros anteriores, que passámos a poder andar erectos, usar as mãos, desenvolver cérebro e sistema nervoso, e olhar mais facilmente o céu?

[email protected]

Sapato

O Coral Luísa Todi (CLT) festejou, no passado dia 25, 53 anos de atividade.

Como prenda, Luís Fernandes, o ‘homem do leme’, confessa que gostaria de receber «o reconhe-cimento público e oficial do impor-tante papel que a instituição vem desempenhando na vida cultural de Setúbal e, um cada vez maior envolvimento de todos os cida-dãos na sua atividade».

Com dificuldades de ordem fi-nanceira, Luís Fernandes conside-ra que o CLT recebe «escassos apoios» e, além disso, sublinha que a atividade da instituição «ainda não é geradora dos necessários en-caixes financeiros que permitam o desejável equilíbrio das contas». O apoio mais significativo é oriun-do da Secil, havendo também um subsídio do município, os quais têm vindo a sofrer forte decréscimo.

Com cerca de 500 sócios, o CLT dinamiza dois grupos corais, o adul-to, formado por 50 coralistas, e o infantil, por 15 crianças. Este ano já atuou nas Caldas da Rainha e em Évora, embora em cima da mesa estejam a ser analisados outros con-vites. «Somos, por vezes, obriga-dos a declinar convites por falta de apoio para as deslocações», vinca

o presidente Luís Fernandes. Dinamiza, ainda, o Conserva-

tório de Artes, reconhecido oficial-mente pelo Ministério da Educa-ção e Ciência, que desenvolve pro-jetos musicais em conjunto com as escolas do concelho, além de cursos oficiais e cursos livres de canto e de vários instrumentos, sendo que em Janeiro de 2015 vão arrancar cursos na área de teatro musical e de jazz.

A última atuação do coral no estrangeiro aconteceu em Espa-nha, no passado dia 10 de Junho de 2013, tendo sido apresentado, com «enorme êxito», na catedral de Vigo, o concerto “Fado em Coro”. Ao CLT já chegaram, entretanto,

convites para dois concertos na Bélgica, em Junho de 2015, no âm-bito das Comemorações dos 8 Sé-culos de Língua Portuguesa e do Dia de Portugal.

Quanto ao futuro, Luís Fer-nandes aponta para um «cresci-mento» do CLT em todas as ver-tentes da sua atividade. Estão aber-tas inscrições para a seleção de coralistas e para as aulas no Con-servatório de Artes. O coral adul-to, que vai receber em breve no-vos coralistas, vai manter em cena o “Fado em Coro”, e preparar um concerto só de musicais da Broa-dway, para depois ser apresenta-do no Forum Luísa Todi, a 11 de Julho de 2015.

Coral Luísa Todi aponta para crescimento em todas as vertentes

53 anos de atividade foram festejados no passado dia 25

O autor/compositor e intérprete José Cid dá um concerto na próxima sexta-feira, dia 7, no Forum Luísa Todi, em Setúbal, no âmbito da tour “Voz & Piano”, com uma produção especial, nova ima-

gem e novos temas interpretados apenas com re-curso à sua intemporal voz e ao piano. O concer-to conta com a participação especial do fadista João Ferreira Rosa.

José Cid canta sexta-feira no Forum Luísa Todi

António Luís

Juventude e alegria é o prato forte da nova revista do Parque Mayer, em Lisboa“TUDO isto é faRdo” é a revista po-pular que continua em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa, com lotações esgotadas. Com textos de Mário Rainho - que também encena -, Flávio Gil e a colaboração de Nuno Nazareth Fernandes, que também assina a música, ao lado de Eugé-

nio Pepe e Carlos Dionísio, tam-bém responsável pelas orquestra-ções. A coreografia ficou a cargo de José Carlos Mascarenhas, que faz o seu grande regresso, enchen-do esta revista de fabulosas dan-ças. A cenografia é de José Costa Reis, Helena Reis, Eduardo Cru-zeiro e Avelino do Carmo.

Alegria, juventude e muitas gar-galhadas são as palavras de ordem desta nova revista, que conta no elenco com Vera Mónica, Paulo Vasco, Vanessa Alves (atração do fado), Flávio Gil, Élia Gonzalez, Sara Inês, Nuno Pires, Diogo Cos-ta e Filipa Godinho, não esquecen-do o seu jovem corpo de baile.

“Tudo isto é FaRdo”, que cri-tica a situação social do País e relembra a extinta Feira Popu-lar de Lisboa, veio comprovar que este tipo de espetáculo está vivo e recomenda-se na capital por-tuguesa.

Com sessões de quinta a do-mingo, às 21h30, e matinées aos sábados e domingos, às 16h30, “Tudo isto é faRdo” é uma produ-ção de Hélder Freire Costa.

As audições de novos coralistas para o coral vão arrancar em breve

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Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

1Sábad

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Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Ganhe convites para “Portugal à Gargalhada”Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Poli-teama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchique, José Raposo, Paula Sá e Ri-

cardo Soler são os cabeças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbran-tes e critica e satiriza os principais acontecimen-tos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 918 047 918 ou 969 431 085.

Os Circolando levam à cena “Sopa de Jerimu”, uma criação e interpretação de Graça Ochoa, que conta uma história de grande sensibilidade que nos fala de alguém que mergulha em si, descobrindo coisas que não conhecia.Centro Cultural do Poceirão, 16 horas.

Dança de Almada mostra-se nos palcos da ChinaA COMPANHIA de Dança de Al-mada (Ca.DA) partiu ontem, dia 31 de Outubro, em digressão à Repú-blica Popular da China, onde se apresentará no reputado festival internacional “Shanghai China In-ternational Arts Festival”, no Zen-dai Himalayas Arts Centre DaGuan Theatre.

O convite surgiu de um produ-tor local, que se interessou pelo tra-balho de criação de espetáculos in-terativos especialmente dedicados ao público infantil, desenvolvido há vários anos por esta companhia.

Nas cidades de Hangzhou, Xan-gai e Pequim, serão assim apresen-tadas duas criações do seu repertó-

rio: “Jogos de Letras”, espetáculo destinado ao público infanto-juve-nil e suas famílias, e “Casa do Rio”, do coreógrafo Benvindo Fonseca.

A Companhia de Dança de Al-mada tem andado em digressão e

participado em numerosos festivais e encontros de dança, em Portugal e no estrangeiro, sendo esta a pri-meira vez que se apresenta na Ásia. Ficará na China até dia 16 de No-vembro.

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5Quarta

1Sábad

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7Sexta

Tunas atuam no Forum de SetúbalA ESTUNA – Tuna de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia realiza o 19.º Bocage – Festival In-ternacional de Tunas de Setúbal, que traz ao palco do Forum Luísa Todi, em Setúbal, este sábado, às 21h30, a Farra Académica de Coim-

bra; a Tuna Académica da Facul-dade de Letras da Universidade de Lisboa; a Tuna Masculina do Ins-tituto Politécnico de Leiria; e a Tuna Agrícolas de Sevilha (Espanha).

Este é um dos maiores even-tos de tunas a nível nacional e o

mais antigo de Setúbal, que ano após ano traz ao nosso distrito as melhores músicas e atuações dos principais grupos artísticos uni-versitários do país e do estrangei-ro. O público em geral paga 4 eu-ros e os estudantes apenas 3.

História de grande

sensibilidade

“Casa dos Ventos”, pelo Teatro e Marionetas de Man-drágora, narra uma viagem de duas personagens em busca de manterem a sua forma de estar, o seu espaço de afetos e emoções num mundo em transformação.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

Musical para toda a família“As aventuras de Rom Rom e Fofoca”, um musical para toda a família, com texto de Fernando Guerreiro e encenação de Miguel Assis, faz um apelo à consciência ecológica e em especial ao respeito por todos os seres vivos do planeta. Repete no dia 6, à mesma hora. Forum Luísa Todi, Setúbal, 10h30.

Viagem pela Casa dos Ventos

Mandarim de Queiroz em Almada“O Mandarim”, de Eça de Queiroz, com dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira, estreia esta sexta-feira. Com André Alves, Catarina Campos Costa, Celestino Silva, João Far-raia, Maria Frade e Pedro Walter no elenco. Mantém-se em cena até dia 23 de Novembro. Teatro Joaquim Benite, Almada, 15h00.

Sérgio Rossi na Feira do Chocolate O popular cantor Sérgio Rossi canta no palco de mais uma edição da Feira de Chocolate de Grândola, a qual se prolonga até ao dia 9. Divirta-se e aproveite para adoçar a sua vida. Parque e Feiras e Exposiçõesde Grândola, 22h15.

7Sexta

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POLÍTICA

15 Sábado • 1 novembro • www.semmaisjornal.com

Oposição em bloco chumba orçamento para 2015 no município do Montijo

Os vereadores do PSD e da CDU na Câmara do Montijo chumbaram esta semana a

proposta de orçamento da maioria PS para 2015, por considerarem que o documento não apresenta qualquer estratégia de desenvol-vimento para o concelho.

O vereador da CDU, Carlos Al-meida, considera que o executivo municipal do PS tem pautado pela «arrogância, falta de humildade e dificuldade em gerir a sua relação com os outros». Na sua opinião, o

PS tem desenvolvido uma gestão «sem desenvoltura, preparação ou programa, distante dos agentes do território, isolada e desgastada no plano institucional e em fim pe-noso de ciclo, entrou em exercí-

cio de mera gestão corrente, pre-parando o ato eleitoral de 2017, e afetando apenas 13,5 por cento do Orçamento (menos 1,31 por cen-to) do que o previsto para 2014, a despesas de capital».

Já os vereadores do PSD, di-zem que a autarquia, depois de um ano de mandato, «está praticamen-te sem atividade nem executa mi-nimamente as tarefas básicas, como por exemplo a manutenção das estradas, jardins e espaços verdes, bem como a limpeza das ruas e contentores do lixo».

«A autarquia não promove a dinamização económica, os em-presários estão pratica-mente abandonados à sua sorte. Não há qual-quer política para a cria-ção de emprego nem para instalar novas atividades econó-micas», apontam.

Os ‘laranjas’ acrescentam que «não há política de apoio social, pois a autarquia nem sequer colabora de forma efetiva com as instituições de solidariedade social existentes no concelho, disso é exemplo a não execução do protocolo das residên-cias do Montepio».

O edil Nuno Canta (PS) classi-

fica a atitude política da oposição de «irresponsável, incompreensí-vel e injustificável», que votou a «uma só voz» o orçamento para 2015, ape-sar de «termos vindo a desenvolver uma plataforma de diálogo com os vereadores da oposição» e de «ter-mos feitos reuniões com eles para apresentar o documento e acolher propostas». No documento, segun-do Nuno Canta, foram considera-

das algumas propostas da oposição que iriam be-neficiar Sarilhos Grandes e Canha, freguesias go-vernadas pela CDU e PSD.

«É inexplicável como é que a opo-sição vota contra este documento, que garantia a requalificação do lar-go da feira de Canha e a recupera-ção do polidesportivo de Sarilhos Grandes», explica Nuno Canta, que conclui que houve «mais vontade em obstacularizar o funcionamen-to do município do que a vontade de contribuir para o progresso do concelho».

Presidente Nuno Canta acusa oposição de assumir atitude «irresponsável, incompreensível e injustificável»

O edil do Montijo, Nuno Canta, continua a vida autárquica muito difícil

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“Conquistas da Revolução” e “Vasco: Nome de Abril” são apresentados hoje, às 16 horas, no Fórum do Seixal. “O primeiro livro reú-ne os principais diplomas que consagraram

as grandes conquistas do povo em 1974, e o segundo contém depoimentos de persona-lidades para assinalar os 40 anos da toma-da de posse do 2.º governo provisório.

A DORS do PCP de Setúbal considera que o novo Mapa Judiciário que veio dividir a Península, é «uma estratégia que aposta na diminuição do papel do Estado na Justiça,

concentrando e desqualificando tribunais, preparando assim o seu encerramento a médio prazo, abrindo cada vez mais o es-paço da Justiça aos privados.

Seixal é palco de lançamento de livros políticos PCP contra novo mapa judiciário

Catarina Marcelino visitou terreno do novo Centro de Saúde de Sines

A DEPUTADA do PS, Catarina Mar-celino, no âmbito da sua interven-ção para o início da obra do novo Centro de Saúde de Sines, visitou, no dia 27 de Outubro, o terreno onde vai ser construído o novo Centro de Saúde, no dia em que a empresa que vai realizar a obra iniciou os trabalhos.

A visita revestiu-se de parti-cular significado uma vez que Ca-tarina Marcelino, na audição ao Ministro da Saúde, na Assembleia

da República, a 8 de Outubro, ques-tionou o Ministro sobre os atra-sos na construção daquele Cen-tro de Saúde.

A deputada questionou o Mi-nistro sobre a consignação e iní-cio da obra do novo Centro de Saú-de de Sines num terreno cedido pela autarquia, que tem verbas do QREN aprovadas desde 2011 para 50 por cento do financiamento e cujo processo administrativo está terminado há meses, à espera de luz verde do Ministério das Finan-ças.

Esta intervenção da deputada, conjuntamente com uma pergun-ta feita pelo grupo parlamentar do PS ao Ministro e a intervenção do presidente da autarquia de Sines, levou à consignação da obra no dia 20 de Outubro, sendo esta jus-ta pretensão da população do con-celho finalmente respondida po-sitivamente.

PSD distrital em convenção hoje trás ministra das finanças para debater oportunidades com novos fundos«O NOVO Quadro Comunitário de Apoio vai, naturalmente, constituir uma oportunidade para o desenvol-vimento do País, da região e das pe-quenas e médias empresas, institui-ções de solidariedade social, bem como para a sua competitividade econó-mica», afirmou ao Semmais Bruno Vitorino, o líder da distrital do PSD, sobre a V Convenção Social Demo-crata do Distrito de Setúbal, sob o lema “Portugal 2020: Uma Oportunidade”, que decorre este sábado no Cine-Tea-tro S. João, em Palmela.

Bruno Vitorino realça que esta Convenção, aberta a toda a socieda-de, pretende dar continuidade ao su-cesso das anteriores edições, sendo apontado como um «espaço de de-bate sobre um tema com grande re-levância para o nosso distrito». «En-quanto distrital do PSD não podía-mos deixar de debater este assunto com as nossas estruturas e os nos-sos militantes. Os agentes económi-

cos têm de estar atentos para as opor-tunidades que vão surgir para que possam trazer para o distrito mais riqueza e capacidade para as suas empresas e para que o distrito pos-sa dar o seu salto em termos de de-senvolvimento económico», subli-nhou Bruno Vitorino.

Os trabalhos começarão por vol-ta das 10 horas, com uma interven-ção de Pedro do Ó Ramos, presiden-te da mesa da Assembleia Distrital de Setúbal, vogal da comissão polí-

tica nacional e deputado do PSD, se-guindo, depois, a participação de Car-los Vitorino, presidente da Comis-são Política da secção de Palmela.

Por volta das 10h15, dá-se início à palestra, intitulada “Competitivi-dade e Internacionalização”, que terá como intervenientes Castro Almei-da, secretário de Estado do Desen-volvimento Regional, Miguel Fras-quilho, presidente da AICEP, e An-tónio Saraiva, presidente da Confe-deração Empresarial Portuguesa, com moderação de Paulo Ribeiro.

Após as intervenções segue-se o debate, estando previsto o encer-ramento da V Convenção Social do PSD do distrito de Setúbal para as 12h30, sendo o mesmo presidido pela ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que conta também com as intervenções de Bru-no Vitorino, presidente da CPD de Setúbal, e de José Matos Correia, vi-ce-presidente do PSD.

O documento mereceu votos contra do PSD e da CDU e acusa maioria de ser arrogante. Nuno Canta fala em irresponsabilidade.

Deputada com o edil de Sines

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Ministra vai estar hoje em Palmela

DR

Oposição diz que autarquia não dinamiza o concelho

António Luís

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NEGÓCIOS

Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 15

Região tem menos 4856 beneficiários do RSI comparando com há um ano

Na península havia 17549 pessoas a receber o Rendi-mento Social de Inserção

(RSI) no final de Junho, traduzindo uma redução de 4856 beneficiá-rios face a 2013, quando aquele apoio financeiro do Estado contem-plava 22405 carenciados. O pico fora atingido em 2010, o ano em que 34937 pessoas receberam o subsídio, vindo depois a baixar até Março deste ano, quando se regis-taram dos valores mais reduzidos de sempre em termos de benefi-ciários do RSI (16567), superados apenas por 2003 quando a região somava 14901 apoios.

Os números são revelados no Pordata, mostrando ainda que o salário mínimo diminuiu 12 eu-ros em comparação com a remu-neração auferida por cada pes-soa em 1974, levando já em linha de conta o efeito da inflação, sen-do que quem recebe as pensões mínimas de velhice e viuvez tem menos dois euros mensais.

Outro dado curioso no estudo

recentemente apresentado sobre a pobreza em Portugal – e que co-loca o distrito no terceiro lugar en-tre os que mais beneficiam do RSI, apenas atrás do Porto e Lisboa - mostra ainda que uma em cada quatro pessoas da região está em risco de pobreza. Isto porque uma família é considerada pobre des-de que o rendimento mensal por adulto seja cerca de 400 euros.

Ainda segundo avança o Por-data, quase metade das pessoas que recebe o RSI no distrito de Se-túbal tem menos de 25 anos, en-quanto, por sexos, é curioso cons-tatar a aproximação entre homens e mulheres que beneficiam daque-le apoio do Estado, não chegando

à diferença de mil pessoas, sendo as mulheres as mais apoiadas.

Os valores mais atualizados de 2013, também de acordo com o Pordata, indicam que é no conce-lho de Almada onde há mais be-neficiários dos RSI e Rendimento

Mínimo Garantido (3319 pessoas), seguindo-se Setúbal (2227), Moita (1949), Barreiro (1782) e Seixal (1715). O Alentejo Litoral tinha 3309 bene-

ficiários em 2003, registando 2279 no final do ano passado.

Recorde-se que no país 3% dos 113 mil que perderam este subsídio desde a última mudan-ça de regras eram menores, sen-do que as famílias numerosas fo-ram as mais afetadas. Desde Maio

de 2012, antes da última altera-ção de regras do RSI, 113 mil pes-soas perderam o RSI, que pas-sou de 334 mil beneficiários para 221 mil. Dos que perderam, 49 mil eram crianças e jovens com me-nos de 18 anos.

Em junho deste ano recebiam este subsídio 17549 pessoas no distrito

A redução e retirada do RSI acaba por deixar famílias em situação dramática

DR

O pico relativo ao número de pessoas no distrito a receber Rendimento Social de Inserção ocorreu em 2010, quando este subsídio era atribuído a cerca de 35 mil pessoas. E também decresceu a média do valor pecuniário, em cerca de doze euros por beneficiário.

Roberto Dores

Dos ricos aos pobres

Quanto às desigualdades en-tre os mais risco e os mais po-bres, a região de Setúbal en-quadra-se nos parâmetros da maioria dos distritos, que co-locam Portugal em sexto lu-gar da União Europeia, fican-do ainda a saber-se que os ren-dimento dos mais riscos e é seis vezes superior aos rendimen-tos dos mais pobres.

Quase metade dos beneficiários tem menos de 25 anos

Mediaction lança portal ‘low cost’ para espevitar empresas da Península

A MEDIACTION – Sociedade de Comunicação apresentou esta se-mana o diretório de empresas e ne-gócios Aquitá, um portal ‘low cost’ que foi criado com o objetivo de proporcionar notoriedade às em-presas da Península, de modo a au-xiliá-las a dinamizar a sua ativida-de e a fazer frente à crise económi-ca que se faz sentir na região.

«A dois dias do lançamento, já temos 37 empresas no Aquitá e ou-tras sete com entrada negociada. Estes números foram conseguidos praticamente apenas em Setúbal, ainda com o site em construção e sem qualquer campanha de divul-gação nem presença nos motores de busca, o que nos permite acre-ditar no sucesso da nossa ferra-menta. A isso não será, certamen-te, alheio superpreço que estamos a praticar, de apenas 60 euros por ano, o que representa um investi-mento de apenas cinco euros men-sais em notoriedade. Acreditamos que no primeiro mês de atividade vamos facilmente duplicar o nú-mero de empresas aderentes», re-fere o responsável Emídio Simões.

O Aquitá, que vai estar disponí-vel em www.aquita.pt a partir de 1 de Novembro, apresenta caracte-rísticas únicas, nomeadamente um conjunto de informação que não está disponível noutras ferramen-tas similares, um design apelativo e adaptável a qualquer dispositivo de consulta (computador, tablet ou telemóvel), uma galeria de pesqui-sa agrupada por setores de ativida-de e uma caixa de pesquisa através da qual é possível fazer a procura por tex-to, categoria ou área de atividade e região.

Porto de Sines fecha 3.º trimestre deste anocom 27,5 milhões de toneladas movimentadasO PORTO de Sines fechou o ter-ceiro trimestre com um crescimen-to expressivo no segmento da car-ga contentorizada, com um total de 926.531 TEU, correspondendo a cerca de 34 por cento mais do que o conseguido em igual perío-do de 2013, o que levou a que ti-vesse sido já ultrapassada a bar-reira de um milhão de TEU no cor-rente mês de Outubro.

Nos primeiros nove meses de 2014, o Terminal de Contentores

de Sines – Terminal XXI, teve um impacto significativo no aumen-to da carga geral, que ultrapassou os 11 milhões de tonela-das, correspondendo a um incremento de 22 por cento. De facto, desde Abril passado foram mo-vimentados sistematica-mente mais de 100.000TEU em cada mês, tendo Setembro sido o melhor mês de sempre com 113.484 TEU operados.

No que diz respeito ao total glo-bal, Sines registou uma movimen-tação total de 27,5 milhões de to-

neladas, representando um crescimento de 0,3 por cento, em relação ao período homólogo de 2013. De lembrar que o início deste ano ficou

marcado pela paragem técnica da Refinaria da Petrogal, que durou cerca de 2,5 meses.

De destacar ainda o aumento

de carga com origem e destino em países fora da EU, da ordem dos 5,5 por cento e, principalmente, o importante incremento na carga à exportação, com mais 5,2 por cento.

Embora o número de navios em operação comercial registe apenas mais dez embarcações que em 2013, o GT Total aumentou 9 por cento, em consonância com a vocação de Sines para a receção de grandes navios.

Emídio Simões, responsável pelo novo portal de serviços

Contas afetadas pela paragem da refinaria da Petrogal

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Mau ano para o tomate e menos bom para a uvaO BOLETIM Mensal da Agricultura e Pescas do Ins-tituto Nacional de Estatís-tica (INE), referente a Se-tembro, confirma os pio-res cenários para as cultu-ras de Primavera/Verão. Segundo o Instituto, na co-lheita do tomate para a in-dústria, uma quantidade significativa da produção ficou por apanhar, o que praticamente anulou o ex-pressivo aumento da área plantada. No milho prevê--se a manutenção da pro-dutividade do ano anterior, embora se verifiquem di-ficuldades na redução do teor de humidade do grão. A produção de uva deverá cair 5% face à campanha anterior. A chuva criou pro-blemas aos produtores de tomate, milho e uva.

O Boletim do INE real-ça que «o mês de Setembro

caracterizou-se, em termos meteorológicos, por valo-res de temperatura médias acima do normal e por va-lores de precipitação mui-to elevados». O INE subli-nha que «os prados e as pas-tagens apresentavam o as-peto habitual para a épo-ca». As chuvas desencadea-ram a renovação das pas-tagens de sequeiro. O Bo-letim de Agricultura real-ça que «apesar de existi-rem condições razoáveis de pastoreio, o esgotamen-to das áreas dos restolhos de cereais e dos pousios vai progressivamente obrigan-do a um aumento do recur-so a alimentos armazena-dos para a alimentação dos efetivos, nomeadamente fenos, palhas, silagens e ra-ções industriais, ainda den-tro dos parâmetros normais para a época»

Made In Café avança com remodelação do seu interior com materiais reciclados O CAFÉ/restaurante Made In Café, loca-lizado no Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal, com seis anos de atividade, pre-para-se para avançar com uma remode-lação interior do seu espaço, em termos de decoração, para o tornar mais arejado e atraente, à base de materiais reciclados. Entre o próximo Carnaval e a Páscoa, a nova imagem deverá estar concluída.

Ontem, dia 31, houve festa rija com um jantar/festa integrado no Dia das Bruxas, com diversas atividades para os mais no-vos, um evento que já juntou, em anos an-teriores, 60 crianças.

O sócio gerente Amílcar Caldeira, ao fazer um balanço do seu negócio à beira-

-rio, realça que as coisas têm corrido «mui-to bem». «Setúbal está a evoluir bastante e gostamos muito de cá estar, é um sítio muito bonito e estamos contentes. Além deste espaço temos um outro no Restelo, em Lisboa, o Clube do Parque, que com-pletou agora um ano de vida, e que tem associado um ginásio com escola de Taekwondo».

Já Ângela Sá, a gerente do Made In café, destaca a partir do dia 1 de Novembro, as tábuas de queijo com enchidos e patés, que podem ser acompanhadas com vi-nho da região.

Durante cinco anos, o Made In Café desenvolveu um projeto «muito gratifi-

cante» dedicado à infância, num outro pa-vilhão do Parque Urbano de Albarquel, só que fechou porque «não podia estar aber-to todos os dias, como pretendia o muni-cípio, porque não valia».

Com música que oscila entre o Jazz, clássicos e Bossa Nova, o Made In Café tem como especialidades gastronómicas a produção própria de pastelaria, como os bolos de leite deliciosos, e o chocolate quente «imbatível», confecionado com

chocolate derretido. Aos almoços há sopa prato e prato do dia, mas o ponto forte da casa são os jantares de grupo e a área da cafetaria.

O Made In Café, com um target de pú-blico «transversal», recebe este sábado, a partir das 21 horas, o concerto dos State of Soul, formada por jovens que partici-param no programa “Ídolos”. Para breve, está prevista uma noite de fado com Deo-linda de Jesus, entre outros eventos.

NEGÓCIOS

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ADEGA Cooperativa de Pal-mela, Xavier Santana, Baca-lhôa, Brejinho da Costa, Casa Ermelinda Freitas, Coopera-tiva Agrícola de Pegões, Her-dade da Barrosinha, Herda-de da Comporta, Horácio Si-mões, José Maria da Fonse-ca, Malo-Tojo, Quinta do Pi-loto, Serenada - Serras de Grândola, Sivipa e Venâncio da Costa são as adegas da re-gião que marcam presença, este sábado e domingo, na 1.ª edição do “Vinhos no Pá-

tio”, que decorre no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e que reúne 30 pro-dutores, doçaria tradicional, queijos e petiscos.

Com entrada livre, a ini-ciativa, com produção da EV-Essência do Vinho, reú-ne os vinhos de Setúbal e Lis-boa, duas das principais re-giões vitivinícolas portugue-sas no coração de Lisboa, e contempla ações temáticas e degustação de outros pro-dutos emblemáticos.

Promovido pela Entida-de Regional de Turismo da Região de Lisboa, o “Vinhos no Pátio” conta com três pro-vas comentadas diárias, em que o sommelier Manuel Mo-reira explora temas tão di-versos, como a harmoniza-ção entre vinhos e queijos, a seleção de vinhos brancos jovens ou ainda de vinhos tintos que permitem acom-panhar vários momentos.

A Rota de Vinhos da Pe-nínsula de Setúbal também

diz presente ao evento, que terá também a participação dos expositores queijaria ar-tesanal Fernando & Simões (Quinta do Anjo) , com os fa-mosos queijos de Azeitão; e a Confraria Santa Coina (Bar-reiro), com as famosas ‘coini-nhas’, o pudim de nozes e o bolo de laranja, entre outros.

Pode visitar o “Vinhos no Pátio”, no sábado, das 14 às 22 horas, e no domingo, en-tre as 14 e as 19 horas. O copo de provas custa 4 euros.

Vinhos de excelência da região para provar no Pátio da Galé

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LOCAL

Grândola saboreia chocolate

Produtos biológicos em Alcochete

A 8.ª FEIRA do Chocolate realiza--se de 6 a 9. O certame aposta no-vamente no show-cook, um espa-ço equipado e destinado à realiza-ção e demonstração de trabalhos ao vivo e degustações e que este ano conta com participação espe-cial das juntas de freguesia que da-rão a conhecer doces da região.

No último dia, no espaço do show-cook vai ter lugar o lança-mento nacional de “Glugarfree”, um subproduto de panificação, da autoria do mestre Chocolatier Paulo Santos, feito a partir de fa-rinhas específicas para celíacos e produzido com chocolate para diabéticos.

A JUNTA de Freguesia de S. Fran-cisco realiza, este domingo, dia 2, a 1.ª edição da Feira de Produtos Bio-lógicos e Regionais, junto aos Ar-cos do Convento de S. Francisco.

Esta iniciativa visa fomentar a economia local e regional e nela po-derão ser adquiridos produtos da época, assim como produtos de agri-cultura biológica.

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Cultura biológica ganha peso

Santiago abre nova sala da Hora do ContoO MUNICÍPIO inaugura a sala da Hora do Conto da Biblio-teca Municipal Manuel José “do Tojal”, em Vila Nova de Santo André, este sábado, dia 1, às 16 horas, com a partici-pação da Escola Municipal de Música.

A Sala da Hora do Conto está renovada. Este espaço com grande adesão das famí-lias, proporciona às crianças um regresso ao mundo encan-tado das histórias mais conhe-cidas dos livros infantis. Tra-ta-se de um projeto pedagó-gico do município de promo-ção do livro e da leitura junto dos mais novos.

O MUNICÍPIO volta a sofrer novo corte nas transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), de acordo com a proposta de Orça-mento do Estado (OE) 2015. Desta vez, o corte é superior a 270 mil eu-ros face a 2014.

A verba transferida do FEF para o município tem sido alvo de «cor-tes consecutivos», vinca o edil Nuno Canta. Desde 2011, que as políti-cas de austeridade e de empobre-cimento do país executadas pelo Governo impuseram à edilidade um corte de 700 mil euros nas transferências do referido Fundo.

Esta diminuição de receitas do OE é «atenuado» pelo pagamen-to de IRS pelas famílias que, na par-te que cabe ao município, e ape-sar da redução de 1 por cento apli-cada por decisão da Câmara, au-

mentou em 440.374,00 euros. Apesar do Governo colocar

«graves dificuldades» à gestão fi-nanceira do município, a Câmara continuará empenhada «numa ges-tão séria e rigorosa, que se reflete

no facto de ter as contas em dia, num prazo médio de pagamento a fornecedores de 42 dias e na ga-rantia de manutenção de serviços de proximidade fundamentais para a população».

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Montijo ‘sofre’ com corte de mais 270 mil euros do OE de 2015

Sapadores de Setúbal participam em prova internacionalUMA EQUIPA dos Bombeiros Sa-padores representa Portugal no Fi-refighter Combat Challenge 2014, que decorre entre 3 e 9, nos Esta-dos Unidos. Pedro Gomes, Abraão

Borges, Daniel André, Edi Silva e Mauro Castro vão participar no campeonato do mundo de bom-beiros após vencerem, em maio, o 1.º Firefighter Combat Challenge.

Roteiro destaca locais de interesse

Sesimbra faz parte de roteiro mineiroO GEOCIRCUITO de Sesimbra pas-sou a integrar o Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geo-lógico de Portugal, que visa a valo-rização destes sítios. O roteiro des-taca a abundância de locais identi-ficados, bem como o valor científi-co, pedagógico e cultural, das jazi-das de icnofósseis de Pedra da Mua, Lagosteiros e Pedreira do Avelino.

A capacidade de investimento na Câmara de Montijo fica mais reduzida

Vaivém Oceanário em Alcácer do Sal O VAIVÉM Oceanário vai estar na Praça Pedro Nunes, entre 5 e 9. Com entrada livre, o projeto visa alertar o público para a im-portância de alterar os compor-tamentos para com o meio am-biente e proteger o património natural. O Vaivém vai receber visitas de alunos, professores e educadores que vão ter oportu-nidade de participar num workshop sobre educação am-biental.

O público também pode vi-sitar o Vaivém, a 8 e 9, para fi-car a conhecer a rotina diária do biólogo no Oceanário de Lisboa, a diversidade e adaptação de ani-mais e ambientes marinhos, a extensão do território marítimo e a proposta de extensão da Pla-taforma Continental.

Almada delega competências nas freguesiasO MUNICÍPIO assinou ontem cin-co acordos de execução de delega-ção de competências do município nas freguesias do concelho, com vis-ta à melhoria da qualidade dos ser-viços prestados às populações e a racionalização dos recursos.

Os acordos dizem respeito a ges-tão e manutenção de espaços ver-des; recolha regular de monos do-mésticos e aparas de jardim particu-lares; manutenção, reparação e subs-tituição de mobiliário urbano insta-lado no espaço público; gestão e ma-nutenção corrente de feiras e mer-cados municipais e realização de pe-quenas reparações nos estabeleci-mentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do básico e manutenção dos espaços envolventes.

Barreiro festeja S. Martinho O S. MARTINHO vai ser assina-lado com magusto, dia 8, às 16 horas, no polidesportivo “da Praia”, com muita animação e castanhas à borla. Este evento realiza-se no âmbito do projeto de Dinamização da Avenida da

Praia. Tem como parceiros o mu-nicípio e os estabelecimentos de restauração da zona “Posto3”, “Bartolo”, “InOut” e “Casa Trans-montana”. Conta, ainda, com a colaboração de todos os “ato-res” locais.

Feira do artesanato avança na Moita NO MÊS de novembro, a feira de artesanato “Artes e Talentos” rea-liza-se nos dias 1 e 8 de novembro, a partir das 9 horas, no interior do Mercado Municipal da Moita.

Aqui está uma sugestão para começar a pensar nos seus pre-

sentes de Natal. Nesta feira, vai encontrar artesãos locais com as mais diferentes peças produ-zidas em crochet, madeira, fer-ro, cortiça, bijuterias, doces tra-dicionais, entre muitas outras artes.

Câmara de Sines pondera apresentar queixa na EU contra maus cheiros

POR CAUSA dos maus cheiros, o município já solicitou reunião urgente ao Ministro do Ambien-te. Caso nada seja feito, poderá avançar uma queixa junto de ins-tâncias comunitárias.

Nuno Mascarenhas, o presi-dente da Câmara de Sines, diz não admitir que as entidades com-petentes que fiscalizam estas si-

tuações «continuem a ignorar to-dos estes acontecimentos. O pro-blema, que se arrasta há anos, é uma autêntica agressão à quali-dade de vida».

O autarca alerta que a popu-lação deve continuar a apresen-tar queixas de maus cheiros no formulário disponível no site do município.

Palmela debate questões sociais O 6.º FÓRUM Social decorre no dia 13, na biblioteca local. Com o tema “Portugal 2020: que oportunidades para um crescimento inclusivo?”, des-tina-se à partilha e ao debate entre os parceiros da rede so-cial, de organizações locais com

intervenção social no conce-lho, e outras entidades da so-ciedade civil. Em foco vai es-tar a apresentação do Portu-gal 2020 e a reflexão sobre os impactos dos financiamentos comunitários nos territórios, entre outros.

Seixal promove jardins comunitários

OS JARDINS Comunitários estão a propor uma parceria entre a au-tarquia e os munícipes para con-servação de espaços verdes. A ideia destina-se a todos os que tenham interesse por jardins e que podem assim participar na manutenção dos espaços públicos localizados

junto às suas residências. Os mo-radores que aceitem este desafio inovador terão sempre o acom-panhamento e as sugestões téc-nicas, que garante ainda novas es-pécies provenientes do viveiro mu-nicipal, soluções de rega e o for-necimento de água.

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DESPORTO

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O nadador Tiago Venâncio vai integrar a seleção nacional de natação que participa no I Meeting Internacional do Algarve, que se realiza nos dias 8 e 9 de novembro em

Vila Real de Santo António. A chamada do atleta à seleção resulta do regresso aos trei-nos e à competição com bons resultados .

Na quarta eliminatória da Taça de Portu-gal, marcada para 23 de novembro, o Vitó-ria desloca-se ao terreno do Clube Orien-tal de Lisboa. Após o afastamento do Cova

da Piedade e do Amora, o Vitória é a única equipa do distrito em competição. O últi-mo encontro entre o clube do Bonfim e o Oriental ocorreu em 1987.

Tiago Venâncio na seleção nacional de natação Taça de Portugal - Vitória visita terreno do Oriental

É certo e sabido que a qualifi-cação de equipas, das moda-lidades colectivas de base,

vai sendo cada vez mais difícil para os Jogos Olímpicos, de 4 em 4 anos. Portugal é dos países que mais tem sentido esse “travão” de lícitos anseios, no futebol mas também no Basquetebol, Voleibol e Andebol.

Aproximamo-nos a passos largos da nova edição dos J.O., no Rio de Janeiro, com as varia-das espécies de qualificações a decorrer.

E justifica-se a referência às boas hipóteses do Futebol para conseguir, na capital “carioca”, a sua 3ª presença olímpica, após Amesterdão (1928) e Atlanta (1996). E vamos relembrar o por-quê de tão animosa perspectiva, daqui por 20 meses.

O Torneio Europeu para de-nominada classe dos “Sub-21” serve de trampolim super-dese-jado para a qualificação para o Rio de Janeiro -2016.

A competição olímpica faz--se para equipas de Sub-23, à épo-ca, um controverso limite de ida-des, que a FIFA, nos tempos do Dr. João Avelange, conseguiu im-por ao COI, contrariando o que é claramente estabelecido na Car-ta Olímpica.

A FIFA temeu a concorrência do Torneio Olímpico face aos “Mundiais” e com o poderio do seu presidente, membro muito prestigiado do COI conseguiu essa estranha excepção de limi-te etário.

A competição envolve 16 se-lecções com o país onde se efec-tuam os Jogos a ter lugar certo que é o caso do Brasil em 2016.

A Europa apurará 4 ou 5 paí-ses e será na República Checa que se saberá quais são.

Portugal é um belíssimo can-didato aos lugares de topo não tendo sido, embora, “cabeça--de-série”, com alguma estra-nheza de contornos da UEFA de Platini.

No apuramento, os nossos Sub-21 registaram 10 vitórias em 10 jogos, com significativo “sco-re” e um elogiável “sprint-final” frente à Holanda (2-0 e 5-4).

Um dos designados “cabeças--de-série” – República Checa, In-glaterra, Itália e Rússia – será o principal obstáculo para as as-pirações de Portugal.

Há que esperar até Junho 2015 para se saber se a equipa de Rui Jorge vai estar no Rio de Janei-ro, cumprindo uma 3ª presença olímpica do futebol.

Até lá, alguns seleccionáveis lesionados podem e devem re-cuperar para reforço do conjun-to de belíssima qualidade. Como exemplos citamos Gonçalo Pa-ciência, Tiago Illori e Bruma e re-lembramos que já estão no pa-tamar da Selecção A valiosos ci-meiros como André Gomes, João Mário e Rui Neves.

Nunca é demais relembrar o que de muito meritório conse-guiram os futebolistas portugue-ses nos J.O. de Amesterdão, em 1928.

A equipa “capitaneada” por Jorge Vieira, tendo António Ro-quete como “keeper”, de ópti-mos recursos e contando com dois setubalenses de gema, João dos Santos e Armando Martins, figuras gradas daquele tempo (há 86 anos!) esteve à beira do “podium”, podendo queixar-se de falta de sorte no jogo que a afastou de mais altos voos, em 11 de Junho (1928) frente ao Egip-to (1-2). A perder por 2-0 no iní-cio do 2º tempo, Portugal viu--lhe ser recusado um golo per-feitamente legal, antes que Ví-tor Silva, a 14 minutos do fim re-duzisse para 1-2, ficando o em-pate sob densa e lógica expec-tativa. Mas tal não aconteceu. Portugal pagou 50 florins (uma boa maquia) para protestar o jogo mas não foi atendido.

O Egipto, muito injustamen-te, passou às meias-finais mas não se aguentou.

E os internacionais lusos de 1928 foram recebidos em Lis-boa com entusiasmo e muito apreço.

O que não se conseguiu há 86 anos vai ser possível em 2016?

Esperamos bem que sim. O alvo dos J.O. requer pontaria cer-teira e há que esperar, calmamen-te, pelo teste qualitativo na Re-pública Checa, daqui por uns es-cassos 7 meses.

David SequerraColaborador

O alvo do futebol nos J.O. - 2016, Rio de Janeiro

Pescador d’Os Amarelosé o melhor do mundo

Bruno Cabrita, do Grupo Desportivo “Os Amarelos”, de Setúbal, é o vencedor

individual do 7º Campeonato do Mundo de Pesca em barco fundeado realizado entre os dias 28 e 30 de Outubro, em Setúbal. Por equipas, a vitória coube ao Lenza Emiliana Tubertini, de Itália, e a equipa de Setúbal foi a terceira classificada. No segundo lugar do pódio ficou a equipa do Clube de Pesca Despor-tiva de Albufeira.

Ao longo da última semana, mais de meia centena de pesca-dores desportivos, representan-tes de treze clubes oriundos de Itá-lia, Luxemburgo, Bélgica, Espa-nha, Suíça e Portugal bateram-se pelos títulos individuais e coleti-vos na modalidade de pesca em-barcada, naquela que foi a segun-da competição desta natureza rea-lizada em Setúbal.

Com um total acumulado de 115 pontos referentes ao valor atri-buído ao pescado capturado, Bru-no Cabrita conseguiu ir subindo na tabela ao longo dos três dias alavancando assim, da mesma for-ma o Grupo Desportivo “Os Ama-relos” a um lugar no pódio. João Farinha, Pedro Galiar e Bruno Fer-reira foram os restantes elemen-tos da formação setubalense.

Os restantes clubes do distrito cumpriram um bom campeonato

conseguindo classificar-se a meio da tabela. O Botafogo, de Palmela, foi sexto classificado, e o Clube Na-val de Sesimbra foi sétimo. O me-lhor dos pescadores de Palmela foi Ricardo Lavandeira, que se classi-ficou na 14ª posição individual. En-tre os pescadores de Sesimbra a me-lhor classificação foi obtida por Ivo Machado que ficou em 35º lugar.

Os atletas, com idades com-preendidas entre os 30 e os 45 anos, foram pontuados de acordo com a quantidade de exemplares pesca-dos, cada um com um determina-

do valor unitário. O peixe captura-do ao longo dos três dias de prova pelas várias equipas foi entregue ao Lions Clube de Setúbal para ser pos-teriormente distribuído a institui-ções de solidariedade social.

Para além da competição os atle-tas tiveram a oportunidade de par-ticipar num programa social desti-nado também aos acompanhantes para dar a conhecer os principais pontos de interesse turístico da ci-dade de Setúbal e da região.

Marta David

7.º Campeonato do Mundo de pesca decorreu na costa de Setúbal

Bruno Cabrita foi o melhor e a equipa sadina alcançou o terceiro lugar

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Já é conhecido o programa da Sesimbra Summer Cup 2015 O TORNEIO Internacional de Fute-bol Sesimbra Summer Cup para o próximo ano decorre entre os dias 24 e 28 de Junho.

A iniciativa levada a cabo pela Junta de Freguesia do Castelo, em Sesimbra, destina-se a jovens fute-bolistas masculinos e femininos até aos 18 anos nas modalidades de fu-tebol e futebol de praia.

Para além da atividade despor-tiva, o evento conta com colóquios e debates relacionados com a temá-tica do futebol destinados a treina-dores e agentes desportivos. O pro-grama para o próximo ano dedica ainda especial destaque a visitas de

cariz turístico e promocional voca-cionadas para os acompanhantes das equipas visitantes oriundas não só de Portugal como do estrangeiro.

A promoção da gastronomia, enologia e cultura da região é outro dos objetivos do Torneio promovi-do desde 2012.

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ÚLTIMA

16 Sábado • 1 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

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Corrida Montepio bateu recorde e rendeu 55 mil euros para a Cáritas

Mais de dez mil pessoas partici-param na 2ª Corrida Montepio cujas verbas angariadas rever-

teram a favor do programa “Priori-dade às crianças”, da Cáritas Portu-guesa, num valor total de 55 mil euros.

O programa destina-se, segun-do Eugénio Fonseca, a «facilitar a ajuda da permanência de crianças filhas de pais desempregados em jar-dins-de-infância, creches e ATL’s, assim como para a aquisição de ócu-los e próteses auditivas».

A corrida Montepio, apadrinha-da por Rosa Mota, teve um percur-so de 10 quilómetros ou, em opção, uma caminhada de cinco para quem não está em tão boa forma. A corri-da solidária contra a pobreza infan-til tinha ainda a particularidade de incluir a “Corrida pelicas”, especial-mente destinada a crianças que as-sim, juntamente com os pais pude-ram participar.

Para o presidente da Cáritas esta

foi também «uma forma de educar para a solidariedade». Eugénio Fon-seca mostrou-se «imensamente fe-liz e grato pela forma como as pes-soas corresponderam em massa a esta iniciativa voltando a depositar confiança no trabalho da Cáritas».

Já o administrador do setor do mutualismo do Montepio Geral, Car-los Beato, ex-presidente da Câma-ra de Grândola, um dos mentores da corrida, que ocorreu pela segunda vez, considerou que a prova «ultra-passou todas as expectativas, tal como

aconteceu no ano de arranque. «O ano passado eram esperados cinco mil participantes e conseguimos a adesão de cerca de sete mil e este ano a participação cresceu de for-ma inesperada», disse ao Semmais.

O mesmo responsável afirmou--se ainda «muito satisfeito» pelo fac-to de as receitas reverterem integral-mente a favor da Cáritas. «O Mon-tepio ocupa-se destas causas com espírito de missão e a Cáritas Dio-cesana é um das instituições que mais gosto dá em apoiar pelo trabalho que desenvolve no terreno, que conhe-ço e acompanhe muito de perto», sa-lientou.

Para a história da prova ficam os 55 mil euros doados à Cáritas e a vitória de Hermano Ferreira, com o tempo de 30 minutos e 24 segundos, em masculinos, e de Jéssica Augus-to, sétima da geral e primeira mu-lher a cortar a meta com o tempo de 33 horas e 45 minutos.

Segunda edição da prova juntou mais de dez mil participantes sob o signo da solidariedade

Tomás Correia (direita) e Carlos Beato, presidente e administrador do Montepio

DR

O turismo rural vai ganhar um novo fôlego no turismo do Alentejo e Ribatejo, com a im-plementação de «agenda com-pleta» para o seu desenvolvi-mento. Este objetivo central foi traçado quinta e sexta-fei-ra, no Congresso Internacio-nal de Turismo Rural, em Re-guengos de Monsaraz, sob a batuta da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Riba-tejo. Uma das metas passa pela certificação de toda a cadeia de valor deste importante ‘cluster’ que detém grande im-portância estratégia no Alen-tejo Litoral. Ideias não falta-ram como a criação de corre-dora turísticos e de platafor-mas logísticas rurais.

Turismo rural ganha peso em congresso internacional

Ceia da Silva, presidente da ERT/Alentejo