semmais 8 novembro 2014

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Sábado | 8 novembro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 833 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Atual 6 Seis concelhos da região receberam o selo de qualidade da água para consumo doméstico Negócios 13 Cultura 9 PÁG. 7 GNR apreende 60 toneladas de pinhas do Seixal ATUAL A GNR de Almada, após várias denuncias, apreendeu esta semana cerca de 60 toneladas de pinha de pinheiro manso que estavam armazenadas na zona de Paio Pires, concelho do Seixal. O furto das pinhas ocorreu em diversas zonas. A Naifa arranca "Concertos de Inverno" no Cine-Teatro João Mota, em Sesimbra Turismo do Alentejo quer "cooperação" na rede rural para potenciar negócios ABERTURA Relatório do Instituto Nacional de Estatística coloca cinco cidades da península nas primeiras doze que mais utilizam os transportes cole- tivos a nível nacional. Barreiro, Almada e Amora, lideram, seguidas do Seixal e Costa da Caparica. Pub. Fotos: DR PÁG. 12 Visteon investe 1,7 milhões no novo centro de engenharia da unidade de Palmela NEGÓCIOS A primeira pedra do novo centro de engenharia da empresa contou com a presença do ministro da Economia, Pires de Lima. A unidade consolida a aposta em Portugal e vai criar 60 postos de trabalho. LAHSB alerta para urgências na Arrábida ATUAL Em noite de aniversário, o presidente da Liga dos Amigos do Hospital de S. Bernardo, Cândido Teixeira, alertou para a necessidade da implementação de uma lancha rápida e um corredor de emergência em Setúbal. PÁG. 7 PÁG. 6 Quercus afirma que pendões de plástico ameaçam terra e mar na região ATUAL O distrito é um dos mais afetados do país pela multipli- cação de cartazes de plástico destinados à publicidade. O alerta é da Quercus que receia os impactos na ambiente e na saúde pública. População da região é a que mais utiliza transportes públicos a nível nacional Na próxima edição saiba tudo sobre as contas dos municípios do distrito Dossier Semmais/IPS Rankings e Mapas de Execução Orçamental/ Receitas Próprias e Despesas/ Passivos, Dívidas e outros Rácios

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Edição do Semmais de 8 de Novembro

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Page 1: Semmais 8 novembro 2014

Sábado | 8 novembro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 833 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Atual 6Seis concelhos da região receberam o selo de qualidade da água para consumo doméstico

Negócios 13Cultura 9

PÁG. 7

GNR apreende 60 toneladas de pinhas do Seixal

ATUAL A GNR de Almada, após várias denuncias, apreendeu esta semana cerca de 60 toneladas de pinha de pinheiro manso que estavam armazenadas na zona de Paio Pires, concelho do Seixal. O furto das pinhas ocorreu em diversas zonas.

A Naifa arranca "Concertos de Inverno" no Cine-Teatro João Mota, em Sesimbra

Turismo do Alentejo quer "cooperação" na rede rural para potenciar negócios

ABERTURA

Relatório do Instituto Nacional de Estatística coloca cinco cidades da península nas primeiras doze que mais utilizam os transportes cole-tivos a nível nacional. Barreiro, Almada e Amora, lideram, seguidas do Seixal e Costa da Caparica.

Pub.

Fotos: DR

PÁG. 12

Visteon investe 1,7 milhões no novo centro de engenharia da unidade de PalmelaNEGÓCIOS A primeira pedra do novo centro de engenharia da empresa contou com a presença do ministro da Economia, Pires de Lima. A unidade consolida a aposta em Portugal e vai criar 60 postos de trabalho.

LAHSB alerta para urgências na ArrábidaATUAL Em noite de aniversário, o presidente da Liga dos Amigos do Hospital de S. Bernardo, Cândido Teixeira, alertou para a necessidade da implementação de uma lancha rápida e um corredor de emergência em Setúbal.

PÁG. 7 PÁG. 6

Quercus afirma que pendões de plástico ameaçam terra e mar na região

ATUAL O distrito é um dos mais afetados do país pela multipli-cação de cartazes de plástico destinados à publicidade. O alerta é da Quercus que receia os impactos na ambiente e na saúde pública.

População da região é a que mais utiliza transportes públicosa nível nacional

Na próxima edição saiba tudo sobre as contas dos municípios do distrito

Dossier Semmais/IPS

�Rankings e Mapas de Execução Orçamental/ Receitas Próprias e Despesas/ Passivos, Dívidas e outros Rácios

Page 2: Semmais 8 novembro 2014

2 ESPAÇO PÚBLICO Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O exemplo da PORVID

Esta semana visitei em repor-tagem o excelente trabalho que está a ser desenvol-

vido pela Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira (PORVID), instalado nas proxi-midades de Pegões, liderado pelo professor Antero Martins, um dos mais profundos conhece-dores científicos da natureza e origem das castas vitivinícolas do país.

É um trabalho de grande di-mensão técnica e científica, que alavanca a atividade vitivinícola na região e no país, mas cuja par-te substantiva vale pelo empenho, dedicação, esforço e competên-cia de uma equipa formada por duas pessoas.

Na verdade, meios escassos para tamanhas proezas, capazes de suplantar o que de melhor se vai fazendo além-fronteiras, na busca genética das diferentes cas-tas e potenciação das mesmas, com resultados de eficiência e di-mensão económica muito signi-ficativa.

Trata-se de um bom exemplo que, embora conte no seu seio com grandes empresas deste cluster, falta-lhe o complemento expres-so de um governo que colocou o setor primário na linha da frente e esbanja futuro pela falta de vi-são estratégica em caos como este.

Bastaria menos de um terço dos fundos públicos entregues a uma qualquer fundação das que pululam por aí para realizar con-ferências, para que a PORVID pu-desse ainda fazer mais e melhor.

É neste tipo de situações que se percebe alguns dos nossos maio-res atrasos de desenvolvimento. Temos tudo, de todas as partes, mas o Estado demite-se das suas funções.

EDITORIALRaul Tavares

Quando surgiu o simpático convite para, quinzenalmente, aqui colaborar com a minha

modesta opinião, vários nomes me assaltaram para definir esta coluna que começa por assinalar o quase meio século que tenho de actividade jornalística dispersa pela imprensa local, regional e nacional.

Neto e filho de pedreiros, cedo comecei a fascinar-me com a faci-lidade e eficácia com que via o meu

avô paterno e o meu pai a mano-brarem, com sabedoria, o prumo para que a obra arquitectada se fos-se erguendo com a garantia de que a verticalidade fosse transmitindo segurança para que, no futuro, a

obra acabada nos mostrasse a be-leza do que está bem feito.

E foi nessa verticalidade que fui idealizando a sociedade onde me sinto bem rodeado de gente que anda de coluna direita e cabe-ça erguida sem se vergar ao servi-lismo mas não deixando de ser o suficientemente humilde para com-preender o próximo e se apetre-char de uma boa dose de tolerân-cia para compreender os que, por falha da comunidade, eventual-mente erraram, muitas vezes na impossibilidade de imprimirem

beleza à obra que lhes estava atri-buída.

Porque o mundo onde vivemos não se circunscreve ao espaço onde chega o nosso passo, aqui trare-mos temas que procurarão ser um contributo para nos ajudar a com-preender e colaborar na resolução de problemas com que, no dia-a--dia, nos vamos deparando.

Fica o juramento de que nun-ca nos serviremos deste espaço, nem da boa vontade de quem nos convidou, para nos promovermos pessoal e partidariamente.

Jorge SantosColaborador

Apresentação

Para quem duvidava das indubi-táveis vantagens da privatização dos Correios de Portugal, aqui

vão dois exemplos: um em Lisboa, outro em Almada.

Exemplo 1: A estação (ainda se chamará assim?...) dos correios do Largo Camões, em Lisboa, é proval-velmente aquela onde entram mais turistas do País. Também lá vai quem mora na zona e recebe as inefáveis multas das portagens-automáticas--disfarçadas-de-radares em casa e se desloca a essa “loja” (é mais ade-quado, o termo) para saldar a sua dí-vida com o Instituto da Mobilidade e Transportes (acho que é assim que se chama). Da última vez que lá fui, deparei-me com o espaço da sala de espera pejado de quinquilharia e li-vros de segunda. A meia dúzia de ca-deiras era ridícula para a quantida-de de clientela (é assim que nos tra-tam) em pé – nem todos eram turis-tas e piratas das auto-estradas; tam-bém havia senhoras de idade para pagar a conta da luz e da água. Como se não bastasse, uma das funcioná-rias ainda encontrava tempo e pre-

sença de espírito para impingir cau-telas a cada pessoa que atendia. Quan-do a inquiri acerca da transformação de um serviço (que já foi) público num bazar, e na indecência de não haver cadeiras no que devia ser uma sala de espera, a senhora retorquiu-me que havia uma sala, sim, ali ao lado – havia, de facto, uma passagem para um cubículo, de cuja presença nem me dera conta, e que ficava a dois ou três anos-luz de distância do balcão de atendimento. Quanto às cautelas, não tinha culpa se a “chefia” lhe tinha dito para fazer aquilo – e não queria perder o emprego. Pelo olhar que a colega do lado lhe lançou, percebi logo que não havia nenhuma cláu-sula no seu contrato que a obrigasse

a fazer de cauteleira. “O papel que re-presentamos nunca é tão ridículo que não o possamos representar”: Tho-mas Bernhard, dramaturgo austría-co.

Exemplo 2: O Teatro Municipal Joaquim Benite é um edifício que fica na Avenida Professor Egas Moniz, em Almada. Tem uma porta de serviço nas traseiras, onde existe um recep-cionista: a entrada principal do Tea-tro só está aberta a partir do meio--dia. No dia 19 de Outubro recebe-mos uma carta (registada, com avi-so de recepção – ou não estivesse-mos nós a tratar com os Correios de Portugal) a dar-nos conta de que tí-nhamos de instalar um RPD (Recep-táculo Postal Domiciliário, vulgo “cai-xa de correio”) sob pena de deixarem de entregar-nos a correspondência. Gostaria de explicar ao senhor José Redondo, o Chefe do Centro de Dis-tribuição Postal que assinava a mis-siva, que o edifício deste teatro, da autoria de Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, é um dos ex-libris arqui-tectónicos do concelho de Almada. Não há teatro nenhum do Mundo,

com a dimensão do nosso, que tenha uma caixa de correio! Tal como o Cris-to-Rei não tem caixa do correio (pelo menos à vista); nem os Jerónimos têm caixa do correio; nem as esta-ções de correios tem caixa de correio. O que é preciso é ter cérebro (e utili-zá-lo, mesmo que a espaços…). O De-creto Regulamentar que o senhor Re-dondo invoca (nº 8/90, de 6 de Abril) diz o seguinte: “Os receptáculos pos-tais a instalar nos edifícios serão co-locados preferencialmente nas por-tas principais ou nas paredes contí-guas ao imóvel, ou, quando tal não seja viável, poderão ser colocados nos átrios, em local de boa visibilidade e fácil acesso aos distribuidores”.

Por causa da má leitura da lei, pelos Correios de Portugal, o senhor Redondo vingou-se de não termos ligado peva à sua missiva e deixá-mos de receber correspondência e encomendas importantes, o que nos causou prejuízos. Vamos ter de pro-cessar esta empresa privada. Espe-ro que a indemnização que receba-mos não seja paga pelos contribuin-tes, coitados.

O Carteiro nem sempre toca duas vezes

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Estão a ver aquela situação da “Prova de Vida” onde de tempos a tempos o bene-

ficiário tem de comprovar que mantém o direito ao benefício?

Acontece nos Centros de Empre-go, na Segurança Social ou em qual-quer outra instituição que o requeira.

Ora, a verdade é que eu, enquan-to vereador, quinzenalmente (às ve-zes semanalmente) sinto-me na pele dos “prestadores” da “prova de vida”, ou seja, tenho de provar periodica-mente que mantenho determinada posição, que curiosamente já a ha-via expressado diversas vezes.

Não sei o que os meus adversá-rios políticos procuram, por vezes cansam-me, no entanto, confesso que a maior parte das vezes divir-to-me a observar o desespero des-ses mesmos adversários a não con-seguirem atingir o seu desiderato: que eu caia em contradição.

Vem esta dissertação a propósi-to de temas como a construção do Hospital no concelho do Seixal, onde já afirmei vezes sem conta que sou

um fervoroso defensor da sua cons-trução e que nunca tive problemas em afirmá-lo, quer nos locais apro-priados, como sejam reuniões de câ-mara, posições públicas como a Pla-taforma “Juntos pelo Hospital”, ou até em reuniões político-partidárias e dentro do meu partido, que como sabem, é o PSD.

Aliás, até junto dos membros do Governo, tenho pugnado pela sua construção.

Portanto, faço desde já e por esta via um apelo público: nesta matéria, como noutras, poupem-me a pró-ximas “Provas de Vida”, porque, se é verdade que apenas “os burros não mudam”, também é verdade que as

circunstâncias não se alterando, eu também não alterarei a minha posição.E se alterar, será sempre num fortalecimento dessa defesa, pois cada vez sinto uma maior justifica-ção, urgência e necessidade da sua construção.

Mas a semana ficou marcada pela vinda da Sra. Ministra das Finanças a Setúbal e, nesse particular parabe-nizo o Presidente da Distrital do PSD pela excelente Convenção autárqui-ca que realizou e, sobretudo, pelo sentido de oportunidade demons-trado ao lançar o repto à Sra. minis-tra para a mesma encabeçar a lista de deputados pelo círculo de Setú-bal nas próximas legislativas.

E, do meu ponto de vista, foi um desafio pleno de oportunidade na medida em que devemos creditar a esta ministra um excelente trabalho, muita competência e capacidade de realização. Aliás, estamos perante o rosto visível da saída limpa da troi-ka do nosso País e da verdadeira obreira do resgatar da nossa digni-dade perante os nossos credores.

Mas a Ministra fez tudo bem? cla-ro que não e, como sabem, sou até crítico da excessiva carga fiscal, da severidade com que os funcionários públicos foram e são tratados, com o lento decréscimo da despesa pú-blica, mas sabemos que para fazer face a um dos mais negros períodos da história contemporânea no nos-so País eram necessárias medidas de excepção e, boas ou menos boas, a verdade é que os resultados estão a aparecer e vamos do 20.º conse-cutivo a baixar o desemprego, as ex-portações continuam a subir, as fa-mílias estão a subir paulatinamen-te o seu nível de vida e a confiança está a ser restaurada.

Com este cenário e tendo em con-ta que se trata de uma política séria, competente, experiente e já muito conhecida, com uma imagem de pro--actividade positiva, entendo que se-ria uma honra tê-la como nossa ca-beça-de-lista.

Junto-me ao rol dos que defen-dem essa ideia. Seia uma honra para o nosso Distrito.

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

FIO DE PRUMO

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Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 3

Pub.

Uma das particularidades do atual Governo é a sua composição ministerial.

Particularidade porque para se ser ministro do atual Governo, bastou gritar mais alto na crítica ao Governo de Sócrates. É o Caso do ex-ministro da economia, Álvaro Santos Pereira.

Á data, o economista prestigia-do, professor de economia política na faculdade de Vancouver, era usei-ro e vezeiro das redes sociais, per-sonalidade sobejamente referencia-da na substituição da teoria econó-mica assente no investimento pú-

blico. “Desmitos”, o seu blog pessoal, foi a arma escolhida na crítica ao an-terior Governo. O seu blog era utili-zado pelos acólitos economistas que permaneciam por cá espreitando uma oportunidade de sucesso lá fora. Comentadores e comentadores-po-líticos, uma particularidade nossa, seguiam as reflexões do professor depositadas no blog e, replicavam

as suas profecias na comunicação social em trabalho conjunto na ar-quitetura da mudança.

Santos Pereira já não é ministro desde 2013, por razões que não in-teressa desenvolver, mas as suas teo-rias e reflexões continuam on-line.

Num texto de 31/05/2011, cujo título é “menos crescimento mais emigração”, o professor de Vancou-ver, explica, “uma das principais con-sequências da prolongada crise na-cional relaciona-se com o retorno em força da emigração portugue-sa”. No mesmo texto, Álvaro Santos Pereira avançava que, “a emigração verificada traz a vantagem da dimi-nuição das pressões sociais e da di-minuição do desemprego”.

Estas afirmações surgiam na se-quência de uma divida pública pró-xima dos 95%; o desemprego de 12,4%; e tinham saído do país entre 2007 e 2008 cerca de cem mil portugueses.

O cenário de 2011, suportado com gráficos de barras, eram o sustento de economistas e opinion makers na certeza de que a política económica assente no investimento público qua-se se assemelhava a gestão danosa.

Três anos de austeridade depois, e mais de 20 mil milhões de euros transferidos para fora do país, trou-xeram um cenário bem diferente. A divida pública representa hoje cer-ca de 130% do PIB; e o desemprego de 13,4% apresentado pelo INE e Eu-rostat, decorre de medidas que vi-

sam meter debaixo do tapete milha-res de desempregados. Quanto á emi-gração que anteriormente era utili-zada para reduzir a pressão social e atenuar os números do desempre-go, segundo o observatório para a emigração saíram do país desde 2012 cerca de 300 mil portugueses, na maioria qualificados. Bem se pode concluir que a austeridade agravou os mesmos indicadores económi-cos anteriormente apontados.

Se o blog do ex-professor e ex--ministro tivesse continuidade, hoje teria certamente gráficos difíceis de explicar. Desmitificar a bondade da austeridade hoje não é difícil. Difícil é reconhecer o erro de diagnóstico e inverter o caminho desde 2011.

Desmitos

Manuel FernandesMilitante do PS

A Lei de Bases Gerais da polí-tica publica de solos de orde-namento de território e de

urbanismo, Lei nº 31/14, de 31 de maio, prevê no seu artigo 62º, nº 4 a consti-tuição do fundo municipal de susten-tabilidade ambiental e urbanística.

As receitas deste fundo são as que resultarem da redistribuição de mais--valias ou outas receitas urbanísticas que o município decida afetar ao re-ferido fundo. Estas receitas são para promover a reabilitação urbana, a sus-tentabilidade dos ecossistemas e a pres-tação de serviços ambientais, entre ou-tros.

Este é um fundo que chega com

30 anos de atraso. Na verdade, tendo em conta a expansão urbana verifica-da nos últimos 30 anos e a formação de mais-valias obtidas pelos proprie-tários e promotores imobiliários o ob-jetivo deste fundo mostra-se hoje de-sadequado, sem relevância face ao que é hoje o mercado, saturado de imó-veis, a retracção da expansão urbana

e as dificuldades da promoção imobi-liária. Os nossos atuais legisladores são uns mãos largas a arquitetar a consti-tuição de fundos, as receitas que os de-vem sustentar é que são escassas, de difícil obtenção ou inexistentes. É o que pode acontecer a este fundo. No ac-tual contexto, os mecanismos de re-distribuição equitativa de benefícios e encargos urbanísticos que devem ser consagrados nos planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território bem como a demonstração do interesse económico e da susten-tabilidade financeira de infra-estrutu-ras urbanísticas serão de difícil apli-cação. É no âmbito dos planos territo-riais intermunicipais e municipais que o processo de formação de mais-va-

lias fundiárias deve ser fundamenta-do bem como a definição de critérios e parâmetros, tendo em vista a sua re-distribuição, diz a lei.

A actual Lei de Bases tem nos seus objectivos o reforço da reabilitação ur-bana para conter a expansão. Todavia, não é coerente quanto à forma de con-seguir aquele objectivo,pois, não clari-fica como resolver as generosas áreas de expansão urbana que os PDMS con-sagram ,e não será seguramente alcan-çado com a redistribuição de benefí-cios e encargos ou de mais-valias. Quan-to a aumentar a tributação do patrimó-nio imobiliário que já hoje representa um encargo excessivo para a genera-lidade dos proprietários, não será esta também a via para financiar o referido

fundo. Antes pelo contrário. O desagra-vamento tributário do património em sede de IMI é uma urgência pela via da avaliação dos imóveis cujo valor patri-monial tributário não está em linha com o mercado. É preciso rever a fórmula. Neste contexto a obrigatoriedade da constituição do Fundo é mais um en-cargo para os municípios sem qualquer utilidade ou beneficio no presente e para o futuro, com a agravante de estar a con-signar receitas que poderiam ser prio-ritárias para a execução de projectos que se revelem prioritários, colocando ainda em causa o princípio da não con-signação de receitas. O aparecimento do Fundo, nestas circunstâncias, lem-bra-nos o ditado popular «depois de casa roubada trancas à porta».

Mais um fundo

Maria Amélia AntunesAdvogada

Solução natural para o desgaste das articulaçõesÉ um facto que a cartilagem protectora das nossas articulações começa a deteriorar-se ao longo do tempo, levando eventualmente a uma situação dolorosa e debilitante designada osteoartrose. A boa notícia é que pode impedir o desenvolvimento desse desgaste – e provavelmente ajudar a repará-lo.

Existe um momento na vida de todos em que as arti-culações se tornam dolo-

rosas e a perda de mobilidade parece inevitável. A osteoartrose é uma dete-rioração gradual da cartilagem arti-cular que provoca sintomas como dor, inchaço e fraca mobilidade. A boa notícia é que investigadores identificaram algumas substân-cias no marisco que estão envol-vidas na síntese de cartilagem, um tecido extremamente elástico, forte e flexível que une as extremidades dos ossos e previne a sua fricção directa.

Travar a osteoartrose de forma natural A investigação científica descobriu um tratamento capaz de travar a de-terioração das articulações. A substân-cia eficaz, no extracto de marisco, para o tratamento e prevenção da osteoartrose chama-se glucosamina. No entanto, exis-tem outros factores envolvidos na saú-de da cartilagem articular. Uma subs-

tância activa designada sulfato de condroitina, um com-ponente estrutural im-

portante da cartilagem. Com a descoberta da glu-

cosamina e da condroitina, duas substâncias naturais com

um papel fundamental na síntese da cartilagem, parece ter sido encon-

trada uma solução para travar a dete-rioração da cartilagem relacionada

com a idade, que de outro modo li-mitaria a mobilidade. A utilização regular destas duas substâncias pode reparar a cartilagem já deteriorada, tornando possível a melhoria da os-teoartrose inicial. Até hoje, diversos

estudos realizados com glucosami-na e condroitina, combinadas ou iso-ladas, sustentam este efeito positi-vo. A parte importante é que estas

substâncias estão disponíveis em comprimidos nas farmácias e podem ser tomados para esti-mular a produção natural de car-

tilagem.

Sulfato de glucosamina – eficácia asse-guradaA glucosamina encontra-se comercialmen-te disponível sob 3 formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetilglucosamina. A única forma que demonstrou ter efeitos fiáveis foi o sul-fato de glucosamina. A explicação é a seguinte: a glucosamina neces-sita do grupo sulfato (que con-tém enxofre) para funcio-nar.

Como funciona a glucosamina e a condroitina ?Quanto a cartilagem se desgasta, os ossos ficam expostos entre si, causando inflamação, dor e ri-gidez das articulações e imobilidade. A glucosa-mina e a condroitina previne estes acontecimen-tos fornecendo a matéria prima necessária ao seu organismo, para produzir cartilagem arti-cular saudável, suave e elástica. A combinação das duas substâncias (sulfato de glucosamina e

condroitina) provou conseguir:- Reduzir a dor das articulações;- Aumentar a lubrificação das articulações;- Estimular a reparação da cartilagem;- Inibir as enzimas que destroem as cartilagens;- Preservar o espaço de articulação;- Actuar enquanto anti-inflamatório

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ABERTURA

4 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

O distrito de Setúbal é a região do país onde a população mais recorre ao transporte

público. A península surge com cinco cidades na lista dos 12 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, que mais usa os transportes cole-tivos, sendo que Barreiro, com 39%, Almada (38) e Amora (36) ocupam mesmo os primeiros três lugares.

Os dados têm por base os Cen-sos de 2011, tendo sido a primeira

vez que o INE divulga no portal oficial informação estatística para a caracterização das cidades por-tuguesas levando em conta os re-sultados definitivos dos Censos.

Enquanto o levanta-mento alerta ainda que o Barreiro é mesmo a única cidade do país onde o uso do transporte pú-blico supera a utilização do auto-móvel, Seixal e Costa de Caparica são as outras duas cidades cita-das pelo INE. Na primeira, 34% dos habitantes usam comboio, auto-

carro ou barco diariamente, en-quanto na segunda o valor apu-rado é de 30%.

Segundo a análise feita pelo INE, quer isto dizer que nestas cin-

co cidades mais de 30% dos empregados ou es-tudantes se deslocam em transportes coletivos, sendo que no Barreiro o

tempo médio despendido no tra-jeto entre casa-trabalho é de 33 minutos, enquanto na Costa de Ca-parica e Amora é de 30. A média nacional indica que os trabalha-

dores ou estudantes residentes nas cidades portuguesas demoram 20 minutos a chegar ao local de tra-balho ou estudo.

Já quanto às cidades com maior atratividade, é o Montijo que se des-taca neste relatório agora apresen-tado. Não só porque é líder na re-gião, com um aumento de 18% de população em apenas cinco anos – o que traduz mais de 9 mil habi-tantes – mas porque surge no se-gundo lugar do top nacional, ape-nas atrás do Caniço (Madeira).

O autarca Nuno Canta não fica surpreendido com o resultado, re-velando que nos últimos anos tem constatado a instalação de «jovens casais no concelho». Justifica, por isso, que a aposta do município está canalizada para «a qualidade

de vida, mas também para o de-senvolvimento empresarial, para que o Montijo não seja apenas um dormitório de Lisboa». Também a Costa de Caparica é citada após ter registado um aumento popu-lacional de 15% entre 2006 e 2011.

Avança também o documento que «as cidades constituem espa-ços privilegiados de concentração de recursos – população, ativida-des económicas e riqueza – sendo entendidas como territórios cen-trais de intervenção para a promo-ção do crescimento económico e da competitividade». Contudo, in-siste o INE, «a atenção sobre estes territórios a nível nacional e euro-peu está também associada à iden-tificação de questões complexas de âmbito social e ambiental».

Relatório do INE mede usufruto de transportes coletivos, atratibilidade urbana e concentração de recursos

DR

Os dados do INE incluem cinco municípios do distrito nos primeiros doze do ranking. Barreiro, Almada e Amora são as três localidades onde se usa mais os transportes coletivos na região, sendo que o Barreiro é a única cidade em que o transporte público supera o uso do automóvel.

Roberto Dores

Das casas que precisam de obras ao envelhecimentoUma das curiosidades apontadas no relatório indica que 13% dos alojamen-tos nas cidades da região estavam va-gos, enquanto 9% se encontravam so-brelotados, sendo que, em matéria de construção, o INE avança que nas ci-dades da região cerca de 3,9% dos edi-fícios clássicos recenseados em 2011 necessitavam de grandes reparações ou encontravam-se em estado de ele-vada degradação.Já quanto ao índice de envelhecimen-to, o mesmo indicador que relaciona a população com 65 ou mais anos com a população entre 0 e 14 anos, a soma dos concelhos da concelhos da região enquadra-se na realidade nacional, com uma média de 118 idosos por cada 100 jovens, mas quanto ao total do país – cidades, vila e aldeias – essa mé-dia sobe para as 128 pessoas com 65 ou mais anos, por cada jovem entre os 0 e os 14.

População da região é a que mais utiliza transportes públicos a nível nacional

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RESTAURANTE ● SETÚBAL ● PORTUGALRUA GENERAL GOMES FREIRE, 138  960 331 167

Montijo lidera aumento demográfico e é o mais atrativo

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ATUAL

6 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Os pendões de plástico na região que já ameaçam terra e mar

Os pendões de plástico com publicidade que, cada vez mais, costumamos encontrar

pendurados em árvores e postes nas bermas das estradas da região, estão a preocupar os dirigentes da Quercus. Alerta a associação ambientalista que a região é das mais afetadas pela multiplicação destes cartazes publicitários, sendo muitos os exemplos de plásticos que não são recolhidos para reci-clagem, acabando por se fragmentar e poluir o meio-ambiente. Alguns chegam mesmo ser comidos por animais, vindo a entrar na cadeia alimentar.

Quem o diz é Carmen Lima, di-rigente da Quercus, contestando esta modalidade publicitária por considerar ser bastante lesiva para o meio ambiente. «Qualquer plás-tico que se solte de um poste ou de uma árvore e seja levado pelo vento para um descampado, pode

demorar 500 anos a decompor--se», sublinha, considerando ain-da provável que ao mudarem de cor durante o processo de decom-posição sejam confundidos com alimento pela fauna.

«Desde que um animal o coma, todos estamos em risco. Por isso dizemos que se trata de uma ameaça para a saú-de pública», acrescenta, aconselhando quem ha-bitualmente recorre a esta prática a fazer apos-tas menos ameaçadoras para a na-tureza, justificando estar já pro-vado que o processo de recolha dos plásticos para posterior reci-clagem não se tem revelado efi-

caz, uma vez que têm sido encon-trados muitos exemplares perdi-dos nos campos, rios e mar do dis-trito.

Aliás, é nos meios aquáticos que mais se acumulam, onde se fragmentam em pequenos peda-ços, microplásticos (<5mm), sen-

do que também acarre-tam perigo para a saú-de, uma vez que ficam ao alcance dos peixes. Um estudo realizado pela Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa em 11 praias do litoral continental português (2010/2014) mostra uma predominância de ma-teriais de plástico em 97% das

amostras recolhidas, dos quais 27% são fragmentos de plástico e resí-duos de sacos.

A Quercus já apresentou ao mi-nistro do Ambiente e grupos par-lamentares, uma proposta que pro-põe a adoção de medidas graduais distribuídas em quatro anos, en-tre as quais a implementação e au-mento do número de eco-caixas (onde não oferecem sacos), mas alertam os ambientalistas que o recurso a um material alternati-vo aos sacos de plástico-descar-táveis não se perfila como resolu-ção do problema da poluição am-biental causada pelo uso abusivo de sacos descartáveis.

Aliás, há muito que os biólo-gos acionaram o alarme desde que ao longo dos últimos dois anos vêm encontrando fragmentos de plástico nos tubos digestivos e es-tômagos de espécies de aves, de-monstrando como a presença des-ta matéria nos organismos é cada vez mais comum e uma ameaça séria para cadeia trófica.

«É urgente travar as fontes de poluição. Já sabíamos que os peixes e os mamíferos, como gol-finhos ou cachalotes, estavam a ser atingidos, mas nas aves esta quantidade de plástico é algo de novo, que precisamos de estu-dar para avaliar os verdadeiros efeitos nas espécies», revela o investigador Paulo Catry, do Cen-tro de Ciências do Mar e do Am-biente.

Quercus adverte para riscos ambientais em especial nos meios aquáticos

Resíduos de plástica nas zonas marinhas podem ser atentado à saúde pública

DR

Para incentivar os proprietários a manter os seus prédios bom estado, o município tem vindo a aplicar aos prédios urbanos lo-calizados na área de Intervenção do Gabi-

nete de Recuperação do Centro Histórico, a redução na taxa de IMI, traduzindo-se em 30 por cento da taxa em vigor, podendo ainda ser reduzida em mais 20 por cento.

O município de Alcácer do Sal está a repa-rar os seus galeões “Pinto Luísa” e “Amen-doeira”. Os dois galeões do sal, embarca-ções tradicionais praticamente únicas no

mundo. A intervenção no “Pinto Luísa” está praticamente concluída, o “Amendoeira” irá ser reparado num estaleiro porque ne-cessita de uma reparação mais substancial.

Palmela reduz IMI no centro histórico de Palmela Alcácer do Sal recupera dois galeões do sal

O distrito é um dos mais afetados com a multiplicação destes cartazes que podem demorar 500 anos a decompor-se. E há até perigo de saúde público, por vis da ingestão do plástico por animais.

Roberto Dores

Recolha para sistemas de reciclagem não tem sido eficaz

“Sons do Vinho” passam pela Adega Cooperativa de PalmelaA ADEGA Cooperativa de Palme-la recebe este sábado, às 17 horas, o “Sons do Vinho”, evento que con-juga a música do quarteto de gui-tarras “4 de Nylon” com provas de vinhos, comentadas pelo produ-tor, e acompanhadas de produtos gastronómicos da região.

Esta é uma excelente oportu-nidade para ficar a conhecer a nova ‘estrela’ da Adega de Palmela, o vi-nho tinto Bonga, lançado - com grande sucesso - há cerca de duas semanas, em Luanda, Angola, no âmbito do Angola Wine Festival, e que celebra «a amizade entre esta casa e a grande estrela da música africana», diz José Carlos Caleiro, presidente da adega.

Trata-se da 3.ª edição do “Sons do Vinho” que este ano vai percor-rer cinco adegas da Península, no-meadamente a José Maria da Fon-seca, a Adega Cooperativa de Pal-mela, a Fernão Pó Adega, a ASL Tomé e a Casa Agrícola Assis Lobo.

A organização é da Rota de Vi-nhos da Península de Setúbal que, segundo o seu presidente, visa pro-porcionar «uma experiência dife-renciadora aos participantes, dan-do a conhecer as adegas da região numa perspetiva distinta, que, em simultâneo, permite realizar uma vi-sita guiada à adega, conhecer os seus vinhos e contatar com o produtor».

A iniciativa proporciona finais de tarde relaxantes, a decorrer em outubro e novembro, com concer-tos que são acompanhados por provas de vinhos selecionados, co-mentadas pelo produtor ou enó-logo e são acompanhados por de-gustação de produtos regionais, com queijos de Azeitão e seco de ovelha, chouriço, torresmos, com-potas de frutos e a tradicional Fo-gaça de Palmela.

A organização fala num crescen-do de participantes de ano para ano, sendo que em 2013 é de registar mais de três centenas de participantes, o que significou um aumento de 20 por cento em relação a 2012.

DR

Seis concelhos da região com selo de água excelenteSEIS dos treze municípios do dis-trito de Setúbal receberam o selo de “Qualidade do serviço de abas-tecimento público de água”, atri-buído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas.

As águas das câmaras muni-cipais de Alcácer do Sal, Barreiro, Moita e Seixal, assim como as Águas do Sado, de Setúbal, e os Serviços Municipais de Água e Saneamen-to de Almada foram os distingui-dos durante o ano de 2014.

A atribuição deste prémio pre-tende, segundo a entidade respon-sável, «contribuir para a melho-

ria da qualidade dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais ur-banas e gestão de resíduos sóli-dos urbanos» ao mesmo tempo que se divulgam os casos portu-gueses de excelência».

O selo de qualidade «preten-de ainda evidenciar as entidades prestadores de serviços de abas-tecimento público de água que, no último ano de avaliação re-gulatória, tenham revelado cumu-lativamente todos os critérios previstos no respetivo regula-mento». Grande parte dos concelhos do Distrito têm água de excelente qualidade

DR

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Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

«Se não fossem as empresas da minha terra não teria sido possível chegar até aqui»A ATLETA paralímpica de natação e pro-fessora de música, Simone Fragoso, foi eleita pelo Rotary Club de Palmela (RCP) como Profissional do Ano 2014. A entre-ga do distintivo teve lugar no dia 30 de Outubro, no Espaço Fortuna, na fregue-sia de Quinta do Anjo. A cerimónia con-tou com a presença do presidente do mu-nicípio de Palmela, Álvaro Amaro, e do presidente da Junta de Freguesia de Pal-mela, Fernando Baião, entre outros con-vidados.

Jaime Puna, presidente do RCP, re-velou que a distinção é «justa e mais do que merecida», sendo, também, uma ho-menagem «a todos os atletas paralímpi-cos do País».

Simone Fragoso, que começou a na-dar aos 6 anos de idade, confessou que sempre foi uma mulher de «desafios» e que, para ela «não há impossíveis» na vida. Queixa-se da «falta de apoios e de patrocinadores» e reconhece que «se não fossem as empresas da minha terra não seria possível chegar até onde cheguei».

O presidente do município afirmou que a escolha de Simone Fragoso para Profissional do Ano 2014 é «justíssima». «É uma mulher com uma história de vida extraordinária. Supera qualquer dificul-dade. É uma pessoa com muitos sonhos ainda por concretizar. Tem levado bem longe o nome do nosso País e é um pri-vilégio tê-la como madrinha do projeto “Aprender a Nadar”, que sen-sibiliza as crianças para o meio aquático».

Fernando Baião afirmou que a Junta de Palmela tem «acompanhado, com orgulho, o percur-so» de Simone Fragoso, acrescentan-do que «vamos continuar a acompa-nhar o seu trabalho e esperemos que

consiga marcar presença nos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil».

Maria de Lurdes Fragoso, a proge-nitora de Simone Fragoso, após des-

tacar o papel dos amigos que têm ajudado a filha, confes-sou que a homenagem veio em boa hora, uma vez que a atleta/professora de música

está no desemprego. «É um título me-recido que surge numa altura em que estava a fazer falta. Vai para três anos que ela não trabalha, como professo-

ra. Anda a candidatar-se a concursos para ser colocada em escolas».

Já Anabela Rito, a representante dos amigos de Simone, referiu que a atleta é «uma força da natureza e um exemplo de vida para todos nós», en-quanto a professora Paula Soeiro fri-sou que a homenageada «com empe-nho e capacidade, moldou a vida ao seu jeito, e é um exemplo de força, von-tade e vida».

António Luís

Simone Fragoso, distinguida Profissional do Ano 2014 pelo Rotary de Palmela

Simone com presidente do RCP

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Cândido Teixeira alerta para reforço de emergência nas praias da Arrábida

A IMPLEMENTAÇÃO de uma lancha rá-pida e a criação de um corredor de emergên-cia em Setúbal são duas sugestões lançadas por Cândido Teixeira, presidente da Liga dos Amigos do Hospital de S. Bernardo (LAHSB) de Setúbal, no jantar de aniversário realiza-do pelo seu corpo de voluntariado para fes-tejar o seu 27.º aniversário.

«Deixo aos autarcas desta terra e aos po-líticos deste País estas ideias para que, du-rante o período de verão, quando aconteçam situações graves nas praias da Arrábida haja uma evacuação rápida dos doentes para o Hospital», sublinhou Cândido Teixeira.

Sobre o trabalho das voluntárias da Liga, afirmou que «os doentes nunca estão sós. As nossas voluntárias têm sempre uma palavra amiga e prestam apoio aos doentes do Hos-pital de S. Bernardo. Garantimos-lhes algu-ma qualidade de vida, com muita dignidade, e apoiamos a aquisição de algum equipa-mento para que os serviços sejam melhora-dos», sublinhou.

Com 72 sócios e 235 voluntários, Cândi-do Teixeira realça que a Liga tem recebido «toda a colaboração» do conselho de admi-nistração do Hospital de S. Bernardo. «A co-laboração tem sido extraordinária só que este tipo de organizações vive sem nenhuns apoios. Vivemos graças à quotização dos nossos as-sociados e com a boa vontade de alguns me-cenas», vincou.

A Liga tenciona alargar o âmbito de co-bertura do projeto “Hospital da Comunida-de”, que tem estado a funcionar na Associa-ção Cristã da Mocidade, para atender os doen-tes fora do Hospital, num outro espaço da cidade. «Os profissionais, mediante uma es-cala rotativa, vão atender os doentes na As-sociação de Socorros Mútuos Setubalense para que os doentes, que estão tratados, não tenham de ir ao Hospital perder muito tem-po por causa de uma simples informação», explicou.

Na ocasião, foi festejado, também, o 23.º aniversário da LAHSB, fundada pelo padre Manuel Marques, e o 4. º aniversário do seu coro “Notas Soltas”. O jantar, onde não fal-tou o bolo de aniversário, as danças de salão e o bailarico, reuniu perto de 150 pessoas.

António Luís

«Simone é uma profissional muito querida em Palmela» Simone Fragoso, de 34 anos, é atleta paralímpica da seleção na-cional de natação e professora de música, exercendo a sua ati-vidade no concelho de Palmela, de onde é natural. Medalhada já várias vezes em diversas com-petições internacionais de nata-ção, tem projetado «significati-vamente» o nome de Portugal além-fronteiras. «Dedicada e pro-fissional em todas as suas ativi-dades, Simone Fragoso destaca--se também pela sua franqueza, honestidade, convicção e verti-calidade em tudo o que faz no dia--a-dia, sendo uma pessoa muito querida em Palmela», vinca Jai-me Puna, líder rotário.

GNR intensifica patrulhas nos campos agrícolas da região…A GNR começou a patrulhar as explora-ções agrícolas da região, através da ope-ração “AGRISEGUR”, com a qual preten-de «prevenir a criminalidade em geral e, em particular, o furto de produtos agríco-las, o furto de cobre e outros metais não preciosos e situações de tráfico de seres humanos», segundo justificou aquela for-ça policial.

A Guarda quer que as diversas cam-panhas agrícolas sejam realizadas «num clima de segurança, garantindo a prote-ção de pessoas e bens, procurando ainda identificar situações de tráfico de pessoas», depois dos vários casos que têm surgido

nos últimos anos. As autoridades assegu-ram ainda que «durante as diversas ações será ainda promovido o contacto com as comunidades rurais, muito especialmen-te dos agricultores, para alertar sobre me-didas de prevenção e proteção contra os furtos e ainda sobre a utilização segura dos veículos agrícolas”.

A GNR explica que a operação esteja agora a ser promovida por ser também este o período do (Novembro a Janeiro), que as explorações agrícolas levam a efei-to as campanhas de apanha, preparação, transporte e transformação para venda de produtos agrícolas.

… Apreende mais de 60 toneladas de pinhas no Seixal ENTRETANTO, a GNR de Almada, após vá-rias denúncias, apreendeu esta semana cer-ca de 60 toneladas de pinhas de pinheiro man-so, armazenadas na zona de Paio Pires, no concelho do Seixal.

O furto de pinhas teve lugar na Mata Bo-tânica Nacional dos Medos, Mata Nacional das dunas da Costa de Caparica e Trafaria, inseridas na Paisagem Protegida Arriba Fós-sil Costa da Caparica.

O produto foi apreendido após investi-gação por parte do Núcleo de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR de Almada, que deu, assim, cumprimento a três manda-dos de busca.

O Destacamento Territorial de Almada, concretizou, ainda, na semana anterior, a apreensão de um veículo pesado de mer-cadorias, com 26 toneladas de pinha de pi-nheiro manso, na área de Fernão Ferro, a par de demais ações que envolveram apreen-sões e recuperação de duas toneladas de pinha. Este ano, já foram apreendidas, pelo Núcleo de Proteção Ambiental, do Desta-camento Territorial de Almada, cerca de 88 toneladas de pinha, estimando-se o seu va-lor monetário em cerca de 70 mil euros.

As pinhas apreendidas vão ser ago-raser acondicionadas à guarda das au-toridades

Edil de Palmela fala em homenagem justíssima

Page 8: Semmais 8 novembro 2014

CULTURA

8 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Serpente, serpe, cobra, cobrelo, cobrão, bicha, víbora, cascavel, pitão,

verme, áspide, ofídio. Venenosa ou constritora. Réptil rastejante, língua bífida. Serpente emplu-mada, Quetzalcoalt. Verbos da serpente: ondear, colear, ziguezaguear, serpentear, deslizar, esgueirar-se, (des)aparecer, enfeitiçar, hipno-tizar, asfixiar, enrolar(-se), enlaçar(-se).

A serpente é um ser à par-te: «Passeio por onde quero, / Caminho com desafogo / To-dos os anos me visto / E sem-pre de trajo novo. / Como e bebo e nada me custa, / E quem me vê, logo se assusta». A cobra e o medo: «Mata-se a cobra e mos-tra-se o pau», «Gata a quem mor-de a cobra tem medo à corda» (mas ela própria não se assus-ta porque é «animal de sangue frio»).

Michel Tournier defende que «A serpente não é mais que um rosto, que um olhar». Atrai.

A cobra e a mulher: «A mu-lher é como a cobra, que amar-ra o sapo com os olhos»; «A lín-gua da mulher é viperina e ve-nenosa». É popular a crença de que as cobras gostam de leite e chegam a mamar nas mulhe-res, à noite, colocando a ponta da cauda na boca da criança que, deste modo, não chora nem aler-ta a mãe: «A cobra tem um ma-mar doce», diz-se.

Sempre que adquire forma humana pela metade (superior), torna-se «mulher-cobra», «mou-ra-encantada», «moura-serpen-te». No nosso imaginário tradi-cional, cabelos e cobras são iso-morfos: «Arrancando-se um ca-belo da cabeça com raiz e dei-tando-se na água, nasce uma cobra». A mesma associação com os cabelos-serpentes de Medusa.

Serpente e Medicina: o Ca-duceu; serpente e cura. Tirésias, o vidente, ganhou o seu dom em consequência de ter visto duas serpentes a copular. Hér-cules, no berço, mata duas ser-pentes. Foi com veneno de ser-pente que Cleópatra se matou. Buda foi repetidamente tenta-do por uma cobra-capelo. N’«O Principezinho», uma serpente é muito injustamente confun-dida com um chapéu. A equipa Slytherin, de «Harry Potter» - Snape/snake.

A serpente nasce de um ovo, como os peixes e as aves. No conto «A Serpente Branca» (dos Grimm) quem comer da sua car-ne poderá vir a entender «a lin-guagem das aves».

A serpente gosta de enga-nar os «encantadores de ser-pentes». Como é surda, o som da flauta não a seduz, o que ela segue é o ar e o sopro.

Amaldiçoada por Deus no princípio do mundo, perdeu as patas que originariamente pos-suía e viu-se obrigada a raste-jar para todo o sempre, lam-bendo o pó. Cedo aprendeu a subir às árvores, a esconder--se em grutas e buracos, a pe-netrar a terra até às suas en-tranhas-raízes ou a esconder--se sob as pedras. Considera-da «maldita entre todos os ani-mais», Deus ameaça ainda: «Po-rei hostilidade entre ti e a mu-lher; entre a tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmaga-rá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar». Foi assim que Or-feu perdeu Eurídice «Pois quan-do a nova esposa passeava num prado na companhia do gru-po de Náiades, morre com uma mordidela de serpente no cal-canhar» Por isso, na origem da descida aos infernos está a ser-pe, tal como na subida aos céus - e a iconografia cristã repeti-rá a imagem da Virgem vito-riosa esmagando o serpe-de-mo a seus pés.

Na «Epopeia de Gilgamesh», e depois de todos os riscos e fei-tos, o herói perde para a ser-pente a planta que dará a lon-gevidade/eternidade: «Gilga-mesh viu um poço de água fres-ca e desceu e banhou-se; mas no fundo estava uma serpente, e a serpente sentiu a suavida-de da flor (…) apoderou-se dela, e logo mudou de pele (…)

Para La Fontaine, «O sím-bolo do ingrato não é a serpen-te, é o homem». Píndaro consi-dera-a «prudente». Para a Filo-sofia Órfica, ela é sábia. Jung relaciona-a com sintomas de angústia. Para Freud: serpente é falo - o sexo como raiz de to-dos os pequenos e grandes ma-les e prazeres.

A serpente enrosca-se, po-derosa, no nosso imaginário.

Serpente: variações sobre uma linha (quase) uniforme. A serpente é um risco.

Se dividirmos o reino ani-mal em animais de Deus e ani-mais do Diabo, a serpente é o Ani-Mal por excelência: incor-pora e aceita todos os males e todos os medos da humanida-de ao mesmo tempo que pro-jecta noções mais elevadas como as de sabedoria e poder. Ani-mal minimal, ela é antes de mais a linha e, quando a linha se cur-va e se fecha, torna-se o círcu-lo, símbolo de perfeição.

[email protected]

Serpente

As comemorações do 162.º aniversário da Sociedade Filarmónica Palmelense

“Loureiros” tiveram lugar no dia 25 de Outubro. A sala dos Loureiros foi pequena para acolher as várias centenas de pessoas que fizeram questão de estar presente numa noite memorável.

Atuou o Grupo Coral dos Lou-reiros, dirigido pela maestrina Fi-lipa Palhares, que surpreendeu o público, bem como a banda da casa, dirigida por Pedro Ferreira, que também arrebatou forte ovação do público.

O presidente Rogério Almei-da, há mais de 10 anos na lideran-ça da coletividade, afirmou que «são 162 anos de um projeto que chegou ate aos dias de hoje fruto da colaboração, do empenho e do amor que muitos dedicaram a esta casa, com muita persistência e en-tusiasmo, contribuindo para man-ter bem viva a chama que a todos nos une e nos dá confiança e ex-pectativa para levar por diante os objectivos culturais, recreativos e desportivos a que esta coletivida-de se propõe».

Foi homenageado o sócio Ida-lécio Costa por registar 75 anos de dedicação aos Loureiros, incluindo o seu desempenho como músico e membro de vários corpos sociais.

Os Loureiros surpreenderam a assistência e brindaram a noite com “La Traviata”, interpretado pela so-prano Isabel Biu, acompanhada pelo coro da casa, antes de se partir o bolo de aniversário e cantar os “parabéns”.

Depois, no passado dia 1, teve

lugar o jantar de aniversário, com a atuação da banda lisboeta Big Show, e a entrega de emblemas/diplomas aos sócios que perfize-ram 25, 50 e 75 anos de associati-vismo. Os muitos petiscos, alguns confecionados pelos sócios, foram provados por 220 pessoas.

No próximo dia 16, pelas 17 ho-ras, é apresentada a Orquestra de Câmara dos Loureiros, formada por 15 jovens da região e dirigida pelo maestro António Campos. «Espe-ro que seja um projeto que possa vingar e ter continuidade para que estes músicos possam mostrar à co-munidade o que aqui de bom se faz», sublinhou Rogério Almeida.

Os Loureiros contam com o apoio de 2 800 euros, por ano, da Junta de Palmela, bem como de uma ajuda do município de 1 500 euros para Festival Internacional de Mú-sica, que já vai na 10.ª edição.

Com 2 150 sócios, os Loureiros dinamizam banda de música, or-questra juvenil, escola de música, coro, ballet, aikido, ginástica rítmi-ca e karaté.

Loureiros apagam 162 velas com boa música e merecidas homenagens

Prestigiada coletividade palmelense volta a apostar na revista popular

A Associação José Afonso inaugura, este sábado, pe-las 16 horas, na Galeria Municipal 11, em Setúbal, a exposição “Desta canção que apeteço – Obra disco-gráfica de José Afonso 1953//1985”. As obras expos-

tas são o resultado de uma pesquisa levada a cabo pela AJA sobre a obra discográfica de José Afonso, desde a edição, em 1953, do seu 1.º registo fonográfi-co, nos estúdios da Emissora Regional de Coimbra.

Obra discográfica de José Afonso exposta em Setúbal

António Luís

“Gata” dos Artistas Unidos passa por Setúbal OS ARTISTAS Unidos levam dia 15, às 21h30, ao Forum Luísa Todi, em Setúbal, a peça “Gata em Te-lhado de Zinco Quente”, do dra-

maturgo Tennessee Williams, ce-lebrizada na versão cinematográ-fica do final dos anos 50 com Eli-zabeth Taylor e Paul Newman.

A peça, com encenação de Jor-ge Silva Melo, conta com Catari-na Wallenstein e Rúben Gomes nos principais papéis. A produção con-ta ainda com as interpretações, en-tre outros, de Américo Silva, Isa-bel Muñoz Cardoso, João Meire-les, João Vaz, Tiago Matias, Vânia Rodrigues e Rafael Barreto.

A companhia cénica lisboeta

retrata o clássico de Tennessee Wi-lliams sobre a passagem do mun-do velho para um mundo novo que teima em não chegar. “Gata em Te-lhado de Zinco Quente” explora valores como a ganância, a super-ficialidade, o desejo, a falsidade, o recalcamento e a repressão, a par-tir da cultura dos EUA sulista.

Os bilhetes, a 8 euros, plateia, 6, balcão, e 4 para estudantes até aos 25 anos e cidadãos maiores de 65, podem ser adquiridos na bi-lheteira do Forum.

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Revista popular regressa à coletividade

José Condeça e Rui Terrinha são os autores da nova revis-ta dos Loureiros. No início de 2015 «vamos pôr em cena uma grande revista à portuguesa», confirmou Rogério Almeida, que se mostrou encantado com o projeto, que é também um reencontrar de muitos amigos. num especial destaque para o amigo Amílcar Caetano que assume a coreografia deste pro-jeto. É o regresso, 8 anos de-pois, a este espetáculo tão aca-rinhado pelas gentes de Pal-mela. «Vai ser um espetáculo dedicado à população, à vila, ao vinho e aos grandes com-positores de Palmela», concluiu o líder dos Loureiros.

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Cartaz...

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Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

Convites para Mostra de Teatro de Almada Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem aos espetáculos da 18.ª Mostra de Teatro de Almada, que se realiza de 7 a 23 de Novembro, em vários palcos do concelho de Almada. Para se habilitarem aos convites basta ligar 918 047 918 ou enviar um email para: [email protected].

Naifa nos concertos de InvernoA Naifa dá início aos Concertos de Inverno, que têm como desafio mostrar ao público que há bons motivos para vir a Sesimbra em qualquer altura do ano. Até março, vão ainda passar por Sesimbra os Dead Combo, Jorge Palma, Luís Represas e Rita Guerra.Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

A 18.ª MOSTRA de Teatro de Alma-da, que arrancou ontem e se pro-longa até dia 23, inclui na progra-mação 19 espetáculos de 17 grupos, entre profissionais e amadores.

Oito estreias compõem a pro-gramação: “Noite de Guerra no Mu-seu do Prado”, pelo Teatro & Tea-tro; “Ciclo do Amor”, do Teatro ABC.PI; “A Cadeira”, pelo Crème de la Crè-me; e “Monólogos Cruzados”, do Gitt.

Para os mais novos, a Academia Almadense apresenta o “Sítio do Pi-capau Amarelo”; o grupo Manuel da Fonseca traz à cena “Pássaro Bran-co” e “Na minha terra isto acontece (O Direito ao Sonho)”, enquanto Ma-rina Nabais apresenta “Dançário”.

Nesta mostra, participam, pela primeira vez, o Alpha Teatro; o Tea-tro na Gandaia da Costa da Capa-rica; e a produção Actos Urbanos do Teatro de Areia.

Participam, também, o Extre-mo, com “Depois de Darwin”; o Ni-nho de Víboras com “Até Ama-

nhã!”; O Grito, com “Itália-Brasil 3-2”; o Novo Núcleo de Teatro, com “Húmus: Recompostagem”; e a In-crível Almadense leva à cena “O amor é uma invenção do cinema”. O Artes e Engenhos apresenta “Me-deia” e “Woyzek 1978”.

No evento há espaços de conví-vio entre público e artistas, como a tertúlia dedicada a “Palcos da tec-nologia. Uma incursão da história da tecnologia no teatro”, e o ponto de encontro após os espetáculos, aos sábados, no café “Calhambeque”.

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Pecado Original lançam CDOs Pecado Original lançam o seu novo álbum intitulado “A Um Passo da Feli-cidade”. A banda é formada por Gabriel Costa (baixo), Jaime Oliveira (teclas), João Nunes (guitarras), Jorge Camacho (clarinete), José Almada (guitarra), Paleka (bateria) e Pandora (voz).Teatro S. João, em Palmela, 21h30.

CD s de música portuguesa da Espacial Disco do Ano 2014/15, “Sou um homem feliz” (Leandro) e “Dream” (FRAN) são os CD´s que temos para oferecer aos leitores que nos ligarem para o 918 047 918 ou enviarem um email para: [email protected]. Não enviamos os discos por correio. Têm de ser levantados nas nossas instalações, em Setúbal.

18.ª Mostra de Teatro de Almada já arrancou

Novo álbum de Márcia“Márcia” apresenta o seu mais recente trabalho “Casulo”, que sucede ao álbum de estreia “Dá”. Editado originalmente em novembro de 2010, “Dá” teve uma nova edição em novembro de 2011, na qual, ao alinhamento original, se juntou o tema “A pele que há em mim”, em dueto com JP Simões. Auditório Augusto Cabrita, Barreiro, 21h30.

Grande noite de fadosA II Grande Noite de Fados tem como cabeças de cartaz Celeste Rodrigues e Tiago Correia. Esta inesquecível noite de fados conta ainda com os fadistas Inês Pereira, Sara Correia, Rogério Alegria, Sandra Correia e Jorge Baptista da Silva. Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo, 21h30.

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aEm “Breviário Gota d´Água”, com encenação de Luísa Pinto, e adaptação de Heron Coelho, a acção é deslo-cada para um bairro degradado no Porto, em pleno séc. XXI. Segundo a encenadora, trata-se de «uma reflexão sobre aqueles que sofrem na carne as contradições e as injustiças de uma sociedade de aparência sorridente, mas implacável com os seus humilhados e ofendidos».Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

Reflexão sobre os que sofrem 14Se

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Alberto Rocco pode vir a filmar entre Azeitão e Sesimbra

O REALIZADOR Alberto Rocco, que será o presidente do Jurí da 4.ª edição do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival, pode vir a filmar uma das suas próxi-mas produções entre Azeitão e Se-simbra, com o Cabo Espichel in-cluído, na sequência de um con-vite feito por Carlos Sargedas, di-retor do Festival.

A ideia surgiu durante uma visita que o realizador fez à re-gião esta semana, a convite de Sargedas, que incluiu a presen-ça de Gabriel Moniz, da Staffims Portugal, que é membro da Ar-rábida Film Comission.

«Vamos aos poucos colocan-do Sesimbra e a zona da Arrábida no mercado nacional e internacio-nal, de forma mais reconhecida e identificada, ao contrário do que tem sucedido até aqui», disse ao Semmais Carlos Sargedas. E acres-centa: Muitos têm sido os filmes que passaram por aqui, mas mui-to poucas são as referências aos locais mencionando Sesimbra e a região da Arrábida».

O CANTOR espanhol Patxi Andión atuou no passado dia 31, à noite, em Setúbal perante um Fórum Muni-cipal Luísa Todi que encheu para ouvir as canções do prestigiado mú-sico e compositor.

Num espetáculo que teve a du-ração de pouco mais de uma hora, o cantautor, madrileno de nas-cença mas com muitas afinida-des ao País Basco, recuperou vá-rios temas que o tornaram famo-so, principalmente durante a dé-cada de 70.

Patxi Andión, que sempre foi muito acarinhado pelo público por-tuguês, apresentou ainda temas do

mais recente álbum, “Cuatro Días de Mayo”, gravado a partir de um conjunto de quatro concertos rea-lizados em Portugal.

Patxi Andion goza de um públi-co indefétivel muito especial em Por-tugal. A sua discografia da década de 70 correu paralela ao crescimento da canção nacional e a sua música era reverenciada com o mesmo fervor devotado a grandes como Jacques Brel, José Mário Branco ou Sérgio Go-dinho. Voz de uma geração. Ou de tantas gerações, que canções como “Puedo Inventar”, “Estrella de La Mar” ou “Como Tu” tiveram o condão de se afirmar no o tempo.

Espanhol Patxi Andión esgota Forum Luísa Todi

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uma reunião de parceiros para a discussão do Plano de Ati-vidades do Turismo do Alen-tejo, afirmou que estas dificul-dades acrescidas não se com-padecem «com as apostas no setor», alicerçadas no discur-so dos governantes. «O turis-mo é estratégico para a região e para o país e estas decisões podem comprometer o futu-ro», disse Vítor Proença, que

enalteceu a «competência e a determinação» do líder do Tu-rismo do Alentejo mesmo com estes revezes.

E lembrou o recente pro-tocolo com o Grupo Pestana, que detém a Pousada de Pal-mela, com o qual a autarquia alcacerense «restabeleceu li-gações. «Se não forem as au-tarquias e os privados a dar mais força ao que temos aqui,

quem fará esse trabalho», afir-mou o edil.

Antes desta sessão, Vítor Proença reuniu com o presi-dente da CCDR Alentejo, An-tónio Costa Dieb, e com em-presários do concelho com o objetivo de analisar o novo pa-cote financeiro da União Eu-ropeia e as perspetivas de in-vestimento para Alcácer do Sal.

Durante a iniciativa, o res-ponsável da CCDR/Alente-jo teve ocasião de visitar as muralhas de Alcácer, em es-tado de degradação, o par-que empresarial do conce-lho e, entre outros locais, o futuro centro náutico. «Esta visita de trabalho represen-ta mais um contributo da au-tarquia para captar mais in-vestimento no novo quadro comunitário de apoio e dar a conhecer aos empresários as oportunidades que podem aproveitar até 2020», resu-miu o autarca.

Anabela Ventura

POLÍTICA

10 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

A Federação do PS acusa a coligação «ne-gativa», constituída pela CDU e pelo PSD, que chumbou o Orçamento para 2015 no Montijo, numa «atitude infundada quanto

aos pressupostos». Para o PS, o município «distingue-se de muitas outras câmaras, li-deradas pela CDU no distrito, pelas boas con-tas e por uma gestão amiga das famílias».

O vereador do PSD na Câmara do Barreiro, Bruno Vitorino, critica o executivo CDU de impor um «brutal aumento» de impostos aos munícipes em período de crise. O autar-

ca reconhece que elaborar um orçamento municipal, neste período, «não é tarefa fá-cil», mas afirma que «seguiria outro cami-nho» mais amigo do desenvolvimento.

PS critica coligação CDU/PSD no Montijo PSD contra aumento de impostos no Barreiro

Autarca esteve presente na iniciativa da ERT do Alentejo, em Alcácer do Sal

Proença contesta cortes do Estado para o turismo do Alentejo

O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, mostrou-se esta

semana «muito preocupado» com o corte de 20 por cento do orçamento de Estado para o turismo do Alentejo situação que, segundo afirmou, «justi-fica uma grande criatividade» por parte dos responsáveis pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo (ERT/AR), liderada por Ceia da Silva.

O autarca, que falava em Alcácer, durante a abertura de

O presidente da Câmara de Alcá-cer, ao centro, elo-giou o trabalho do líder do turismo no Alentejo

DR

Pub.

Câmara Municipal da Moita

EditalExumações no Cemitério do Pinhal do Forno

Por despacho de 27 de Outubro de 2014 de Miguel Francisco Amoêdo Canudo, Vereador da Câmara Municipal da Moita, no uso das competências delegadas através do Despacho do Sr. Presidente da Câmara Municipal nº 14/XI/PCM/14 de 16/03/2014, designadamente o ponto c.2. da alínea c., e considerando as disposições constantes nos artigos 30º e 31º do Regulamento dos Cemitérios do Município da Moita, torna-se público que serão realizadas as exumações das ossadas existentes nas seguintes sepulturas temporárias, no período a seguir indicado:

Cemitério do Pinhal do Forno- No período de 23 de fevereiro a 19 de maio de 2015, abrangendo as sepulturas temporárias nºs 1 a 479 (correspondentes às inumações realizadas entre 12 de fevereiro de 2007 e 24 de janeiro de 2008).

Para constar e devidos efeitos, se lavrou este e outros de igual teor, que serão afixados nos locais habituais.

Moita, 27 de outubro de 2014

O Vereador do PelouroMiguel Francisco Amoêdo Canudo

PSD ‘força’ Maria Luís para cabeça de listaOS SOCIAIS-democratas do distrito querem voltar a contar com a ministra das Finanças, Maria Luis Albu-querque como cabeça de lista nas próximas eleições legislativas. O desafio foi lançado pelo presidente da Distrital, Bruno Vitorino, durante o encerramento da V Convenção Distrital, que decorreu no final da sema-na passada em Palmela.

«Sei que ainda não há indicações da nacional do partido sobre este tema, no entanto não posso deixar de enaltecer as qualidades humanas e políticas da atual ministra das Finanças, cuja competência é reconheci-da por todos, e que apesar de ter sempre uma agenda sobrecarregada nunca dei-

xou de acompanhar as questões da região», frisou o líder distrital do PSD.

E a presença na inicia-tiva do secretário-geral do partido, José Matos Rosa, serviu de balão de ensaio. O dirigente nacio-nal foi mesmo obrigado a aludir à «forma «entu-siástica» como o desafio de Bruno Vitorino foi re-cebido pelos social-de-mocratas presentes da ini-ciativa.

Maria Luís Albuque é que não respondeu ao repto, deixando apenas sair um toque de satisfa-ção e uns sorrisos. «São certamente palavras exa-geradas», disse em res-posta aos elogios do líder distrital.

O corte de cerca de 20 por cento no orçamento da Entidade Regional de Turismo do Alentejo levou o autarca de Alcácer do Sal a deixar críticas diretas ao Governo.

Consolidação da Austeridade

Nos últimos anos a conso-lidação das contas públicas foi sempre

o argumento de suporte às duras medidas empreendidas. Por conta desse propósito, foram-se somando subtra-ções aos bolsos dos portu-gueses, sempre na acei-tação de que tudo tinha de ser suportado, “custasse o que custasse”. Verdade seja dita que o 1º Ministro, após eleito, nunca escondeu que ir além da Troika , ou seja, ir além do que estava assumido no Memorando de Enten-dimento inicial, era a opção certa. Disse-o e concretizou.

Veja-se que o dito memo-rando apontava para medi-das sobre o IVA que fizessem arrecadar valores na ordem dos 410 milhões. A atual maioria governativa age e encaixa 2 mil milhões; o IRS aumenta 4 mil milhões e o IMI, com as medidas proje-tadas para o próximo ano, e a partir da receita de 2013, quase que duplica o objeti-vo inicial de 250 milhões. As privatizações, que não pa-ram, enfermam da mesma prática. O montante a arre-cadar, previsto inicialmen-te, na ordem dos 5 mil mi-lhões de euros, já foi larga-mente ultrapassado. De fac-to, com a alienação parcial da ANA, EDP e REN o encai-xe foi, logo, de 6,5 mil mi-lhões de euros

Esta gestão austera en-contra novamente sobrevi-vência, agora a solo, na pro-posta de Orçamento de Es-tado para 2015. Os poucos re-cuos resultam das ‘condena-ções’ do Tribunal Constitu-cional, mas depressa encon-traram medidas alternativas.

Hoje está provado que o caminho seguido pela gover-nação PSD / CDS-PP nunca foi só uma obrigação, foi tam-bém uma opção. E o que te-mos experimentado é a ado-ção, por e para Portugal, da linha predominante da atual Europa, com a direita à ca-beça.

É a marca da austerida-de como fim. É a busca da consolidação dessa austeri-dade independentemente dos custos sociais que são mui-tos e devastadores, agora e no futuro.

Em 2013, Portugal conhe-ceu o maior aumento da taxa de risco de pobreza ou ex-clusão e da taxa de privação material severa, dentro de todos os países da União Eu-ropeia, voltando aos valores de 2004, quando era lidera-do igualmente por um go-verno de coligação PSD/CDS--PP. Apenas a exemplificar, são cerca de 600 mil as crian-ças portuguesas ( 31,6%) em risco de pobreza ou exclu-são social. Um milhão 148 mil pessoas está em priva-ção material severa.

Cantam vitória pela ideia de ter diminuído o ‘desem-prego oficial’ mas não dizem que ‘o desemprego oficioso’ sobe. Os ‘desencorajados’ , os que desistiram de procu-rar emprego, são mais de 300 mil, 5,4%. Na verdade estas ‘duas vertentes’ do desem-prego representam perto de 1 milhão de pessoas. Recor-de-se que mais de 50% dos desempregados ‘oficiais’ não recebe qualquer tipo de apoio.

Mas há mais. Os ‘ocupa-dos’, aqueles que frequen-tam estágios profissionais, ações de formação,…, são mais de 150 mil desempregados de facto. Estes, cresceram desde o inicio de funções des-te Governo, 495%.

Por fim, mas não o fim, os emigrantes. Saíram do país, nos últimos 3 anos, 350 mil pessoas. Por volta de 40% desse número, partiram no ano passado. 177 mil adoles-centes e jovens foram ter ou-tra pátria. 39 mil adultos saí-ram, em principio nos últi-mos 15 anos da sua carreira contributiva.

Este é o devastador re-sultado da consolidação da austeridade. Há desprezo ab-soluto pela condição huma-na. Pela dignidade da pessoa.

Daqui a uns meses, quan-to esta maioria de direita se for embora, o legado é a ‘ban-carrota’ social.

Eurídice PereiraDeputada do PS

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DESPORTO

Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 11

Alcunha – S.f. (proveniente do árabe al- kunia) Epíteto, frequentemente depre-ciativo, que se dá a um indivíduo e que é derivado de qualquer particularidade física ou moral. Apelido grotesco

Repetidas vezes quando se fala do cidadão Edson Arantes do Nascimento, há quem não

saiba quem é. Mas se elogiar Pelé, a sua já ancestral alcunha, não há quem se penalize em desconheci-mento da personalidade em causa.

Contrariando um pouco a de-finição contida em dicionários, de base etimológica, as alcunhas tão correntes no âmbito do futebol só raramente são conectáveis com particularidades específicas, de carácter físico ou moral.

Pelé constitui um bom exem-plo de tal conceito, dividindo-se opiniões sobre a génese dessa al-cunha, a partir dos 16 anos de ida-de do super-craque brasileiro.

Achámos curioso “pegar” nes-te tema a partir do apelo do jovem jogador benfiquista, dito “Bébé”, para que o referissem por Tiago, o seu nome próprio.

E nos tempos que correm lem-bramos, entre outros, os casos do técnico Boavista, consagrado por “Petit” e do magnífico atacante sue-co, de ascendência eslava, em cons-tante evidência no poderoso Pa-ris Saint-Germain, Ibrahimovic apelidado de “Pencas”.

Recuando algumas décadas, nos domínios do futebol, exerci-tamos a nossa memória para alu-dir a uma boa dúzia de alcunhas que se projectaram para a poste-rioridade, algumas delas tocadas de um simpático sentido de hu-mor.

É o caso do de Leon Mokuna, congolês que veio de África para o Sporting, super-ansioso de en-contrar um bom substituo de Fer-

nando Peyroteo, Pujante, atrevi-dote, foi acolhido como “Fura-re-des” rivalizando com António Men-des (Benfica e Vitª de Guimarães), alcunhado de “Pé Canhão”.

Por cá também fizeram época os epítetos aplicados ao “capa-ne-gra” Bentes, o “Pato Atómico”, ao destemido “keeper” do Atlético, Correia, popularizado por “Car-vão”, ao estilista Rogério de Car-valho, do Benfica, o “Pipi”, o ines-quecível José Travassos, dos “vio-linos”, baptizado por “Zé da Euro-pa” e o azougado nº11 do Vitória de Setúbal, Carlos Santos, que to-dos conheciam como o “Puto de Sesimbra”.

Além fronteiras, jogadores de muito renome fizeram jus a ines-quecíveis alcunhas: “La Saeta Ru-bia” (Di Stefano), “Major Galopan-te” (Ferenc Puskas), “Kaiser” (Franz Beckenbauer), “Queixadas” (Ade-mir), “Pássaro Voador” (Lev Yashin) e o “Tanque” (Gunnar Nordahl), tudo gente de primeiríssima água.

A lista bem podia ser amplia-da mas acho que estes exemplos já chegam.

Mas ainda vos refiro epítetos actuais (ou quase), Shumacker, Zé do Pipo, Maniche, Kikas e Bigo-des.

Ao nível dos “Distritais” do Mi-nho ao Algarve, podemos encon-trar mais umas quantas alcunhas não depreciativas. E fica feito o de-safio aos leitores do “Semmais” para completarem este meu es-crito que “viajou” do “Bébé” ao “Fu-ra-redes”.

David SequerraColaborador

As alcunhas – de “Bébé”a “Fura-redes”

O Vitória de Setúbal quer apostar no re-gresso aos triunfos tirando partido do fa-tor casa, este domingo, no confronto com o Marítimo. A equipa sadina que perdeu as

últimas duas partidas e vem de uma derro-ta pesada frente ao Paços de Ferreira, quer conquistar os três pontos e deixar, o últi-mo terço da tabela.

A Academia Ténis Parque, no Barreiro, pro-move este fim-de-semana, o Torneio de São Martinho. O evento, de entrada gratuita, de-corre no recinto da Academia Ténis Parque,

a partir das 9h30. As finais estão previstas para domingo à tarde. Este torneio integra o calendário de provas da Federação da mo-dalidade, no escalão de veteranos.

Vitória quer regressar aos triunfos em casa Torneio de São Martinho em ténis, no Barreiro

Telma Monteiro volta a ser finalista dos prémios CDP

A judoca Telma Monteiro é a única atleta do distrito entre os fina-

listas ao prémio “Desportistas do Ano” instituídos anualmente pela Confederação do Desporto de Portugal.

A atleta do Benfica que ven-ceu recentemente mais um tor-neiro do Grand Slam volta a es-tar entre as cinco melhores atle-tas femininas do ano. Na mes-ma categoria, Telma encontra como opositoras a ginasta Ana Filipa Martins, a corredora de fundo Jéssica Augusto, Tere-sa Portela, na canoagem e Fu Yu, no ténis de mesa.

A votação está a decorrer no sítio da Confederação, na internet, e os resultados vão ser conhecidos no próximo dia 12 durante a Gala Anual que este ano é subordinada aos 40 anos do 25 de Abril.

Na sua página, no facebook, Telma mostra-se «honrada por mais uma vez estar nomeada para melhor Atleta Feminina do Ano pela Confederação do Desporto de Portugal» e agra-dece «a todos os que me aju-dam a representar bem o meu País».

Recorde-se que Telma Mon-teiro é a mais premiada das ju-docas portuguesas tendo, em 2014, sido Vice-Campeã do Mundo de Seniores 2014. Em sete participações em Campeo-natos do Mundo, obteve a sua 5ª medalha e foi, pela quarta vez, vice-campeã mundial.

“Desportista do Ano” da Confederação do desporto de Portugal

Região é “ninho” de grandes atletasTelma Monteiro é a única atle-ta do distrito finalista para o pré-mio “Desportista do ano”, no en-tanto outros atletas da região mereceram especial atenção das várias federações e foram pré--nomeados para as várias ca-tegorias.

Do xadrez às lutas amado-ras, a região continua a ser um forte “ninho” de atletas e treina-dores de alto nível nas várias modalidades.

Entre os treinadores, Sérgio Colaço Rocha, do Futebol Clu-be Barreirense, foi o escolhido pela Federação Portuguesa de Xadrez. Aos 42 anos, o mestre de xadrez fez parte da Seleção

Nacional nos Campeonatos Eu-ropeus e é treinador das sele-ções jovens de Portugal.

Na categoria de jovens pro-messas, João Valido, de 14 anos, foi um dos escolhidos graças aos excelentes resultados em Pen-tatlo Moderno e também no atle-tismo. O outro nome entre as jovens promessas foi o de José Dinis Jacinto do Clube Amado-res de Pesca de Grândola – A Barbatana.

Vasco Gaspar, na natação, Carlos Simões, na Orientação, e Vânia Guerreiro, nas Lutas Amadoras, foram os outros atle-tas da região a figurar entre os melhores do ano.

“Corrida Nocturna” de Setúbal assinala centésima ediçãoESTA quinta-feira, à noite, em Setúbal, foi altura de apagar as velas dos dois bolos que assina-laram a corrida número 100.

Ao longo dos últimos meses, às terças e quintas-feiras, um gru-po cada vez maior de adeptos da caminhada e da corrida como for-ma de convívio e prática despor-tiva tem levado a cabo de forma mais ou menos organizada a “Cor-

rida Nocturna”.A assinalar a centésima cor-

rida a iniciativa contou com uma demonstração de salsa e o per-curso, que habitualmente passa pelo Parque Urbano de Albar-quel, desta vez seguiu rumo ao estádio do Bonfim.

Para Paula Pereira, uma das mentoras desta corrida, «a evo-lução tem sido bastante positi-

va» face ao número de partici-pantes e à forma como as pes-soas acolheram a prova. «As pes-soas habituaram-se de tal forma a este evento que dizem que de forma alguma a corrida noctur-na pode acabar, está já enraiza-da no seu quotidiano.»

As razões que levam os setu-balenses a abração a iniciativa são várias. «Para alguns foi o sair

da solidão, para outros manter a forma física e ainda melhorar a saúde», explica Paula Pereira ao SEM MAIS. Até porque, diz, a iniciativa é mais do que correr ou caminhar, «tentamos ofere-cer sempre mais aos participan-tes e com a ajuda de algumas en-tidades, empresas ou particula-res temos conseguido. Sempre que há alguma causa nobre ten-

tamos ajudar.»Paula Pereira, juntamente com

Márcia Fernandes e Mário Gas-par, foram os mentores da “Cor-rida Nocturna” que, ao fim de cem edições, já pode ser vista como «uma mais-valia para a nossa ci-dade» tendo em conta as relações pessoais e desportivas que se têm desenvolvido ao longo destas cem corridas.

DR

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NEGÓCIOS

12 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Visteon investe 1,7 milhões em novo centro de engenharia

O novo Centro de Engenharia da Visteon em Portugal lançou a primeira pedra no dia 4, na

fábrica de Palmela. O evento, que contou com a presença do Ministro da Economia, António Pires de Lima, materializa o arranque formal da construção do Visteon Technical Centre Portugal, um novo centro de pesquisa e desenvolvimento que vai adicionar uma nova capacidade técnica às operações de produção do grupo Visteon. Nesta fase inicial, o investimento associado a este projeto ascende a 1,7 milhões de euros.

Este novo Centro de Engenha-ria reforça assim a posição da Vis-teon em Portugal, numa área tão estratégica como o desenvolvi-mento tecnológico de novos pro-

dutos para a indústria automóvel e permitirá à empresa reforçar o número de quadros altamente qua-lificados, com a criação de 50 a 60 empregos na área da engenharia. Além do centro de enge-nharia, o edifício vai ain-da integrar organismos centrais da Visteon Cor-poration. Dividido em três fases distintas, o projeto de construção do novo Centro vai prolongar-se por três anos.

O ministro da Economia con-sidera que «a construção de um

novo Centro de Engenharia na uni-dade de Palmela reforça o suces-so da aposta da Visteon em Por-tugal», sublinhando que se trata de «um exemplo paradigmático

do que é possível fazer quando há uma visão es-tratégica e quando se dá valor ao que Portugal tem de melhor. Por um

lado, temos uma mão-de-obra al-tamente qualificada, focada na es-pecialização e intensidade tecno-lógica, por outro lado, Portugal é cada vez mais um elo fundamen-

tal na cadeia de valor da distribui-ção, tendo em conta a nossa po-sição estratégica e as relações pri-vilegiadas das nossas empresas fornecedoras de grandes marcas internacionais». António Pires de Lima defende que «com a cons-trução do Centro de Engenharia, testemunhamos mais um sinal da vitalidade empresarial de Palme-la – um investimento inicial de 1,7 milhões de euros que irá reforçar a dinâmica industrial da região e será responsável pela criação de postos de trabalho altamente qua-lificados».

Por seu lado, Sunil Bilolikar, vice presidente do grupo Visteon, sublinha que este investimento na unidade portuguesa resulta do «processo de crescimento da fá-brica que coloca Palmela na lide-rança da produção de tecnologias avançadas. Existe aqui uma força de trabalho que tem conseguido manter o entusiasmo e adaptar--se às mais recentes inovações tec-nológicas e desenvolvimento dos processos de produção», afirma o responsável do Grupo Visteon, de-fendendo que «este nível de com-prometimento tem sido essencial ao longo dos últimos anos para a afirmação da unidade de Palme-la como uma das principais fábri-cas da Visteon».

Projeto vai criar entre 50 a 60 postos de trabalho na fábrica de Palmela

Ministro Pires de Lima esteve presente no lançamento da primeira pedra

DR

Investimento de 1,7 milhões de euros na primeira fase do projeto de construção do Visteon Technical Centre Portugal vai criar entre 50 e 60 postos de trabalho na área da engenharia.

António Luís

Monte da Charca proporciona momentos únicosO MONTE da Charca, localizado na Quinta das Marianas, em Olho de Bode de Cima, Canha, é o local ideal para descansar e estar em contato com a natureza. Trata-se de um cal-mo, verdejante e agradável espaço de turismo rural que pertence à ade-ga Malo Tojo.

Este alojamento rústico, situa-do numa ampla vinha, dispõe de uma piscina, de 8 quartos e de um apartamento (com quarto duplo), todos eles equipados com wc pri-vado e ar condicionado, bibliote-ca, loja de vinhos do Monte, Ho-nestyBar e Sanduiche Bar.

Reproduzindo fielmente a tra-ça das casas agrícolas da região, em tons de branco e azul, o Mon-te da Charca proporciona aos seus hóspedes um ambiente único com um leque variado de atividades ao ar livre. Ali podem desfrutar ple-namente da charca do monte nos caiaques mas, também, andar de bicicleta e fazer caminhadas e pi-queniques.

Hélder Galante, diretor da Malo

Tojo, realça que o turismo rural do Monte da Charca, em ativida-de desde 2005, representa «5 por cento» de percentagem de fatura-ção da empresa, e que dos seus 55 hectares de vinha a firma obtém «cerca de 60 por cento» da pro-dução dos seus vinhos.

Tintos de excelência Castelão, Alicante Bouschet, Tou-riga Nacional, Cabernet Sauvignon, Aragonês, Syrah e Marcelan são as castas que podemos encontrar no Monte da Charca que dão origem a excelentes vinhos tintos. «Em Azei-tão temos castas brancas mas aqui

só temos tintas. Todos os nossos vi-nhos tintos são de uvas produzidas no Monte da Charca, nomeadamen-te o Malo Platinum, o Malo Gold, o Malo Tojo , o Amo-te e o Lisa».

Como ponto forte do Monte da Charca, destacamos a grande tran-quilidade do local, que fica rodea-do de eucaliptos, sobreiros e pinhei-ros. «Isto era uma zona de floresta e montado, da qual foi preservada uma parte, para dar lugar a vinhas e ao turismo rural. A charca, onde existem achigãs, foi ampliada a par-tir de uma pequena que existia», con-ta Hélder Galante.

O aluguer de um quarto para duas pessoas, em qualquer altura do ano, fica pelos 55 euros e inclui o peque-no-almoço. «São sobretudo famílias e casais portugueses que procuram este monte para descansar e passar um fim-de-semana», conta Hélder Galante. No futuro, a Malo Tojo gos-taria de implementar no monte al-guns equipamentos de recreio

António Luís

«A formação profissional é vista como um investimento»

O CENTRO de Emprego e Forma-ção Profissional de Setúbal entregou, no passado dia 31, os certificados de formação de “Noções de apoio à fa-mília e comunidade”, que decorreu de 4 de junho a 29 de agosto deste ano.

A ação, no âmbito do projeto da Cáritas de Setúbal denominado “La-ços de Cor”, arrancou com 20 for-mandas e terminou com 18, dado que duas acabaram por desistir. As for-mandas são oriundas de Cajados e estavam desempregadas e inscritas no Centro de Emprego de Setúbal. Decorreu numa escola primária de Cajados, desativada, cedida pelo mu-nicípio de Palmela.

A ação resultou de uma parce-ria entre o IEFP, Centro de Empre-go e Formação Profissional de Se-túbal e a Cáritas Diocesana de Setú-bal, tendo sido financiada pelo IEFP, no âmbito da medida de formação Vida Ativa.

O curso teve a duração de 150 horas e dividiu-se em três unidades de formação do referencial de Apoio Familiar e à comunidade, nível 2, do Catálogo Nacional de Qualificações, com certificação de competências pelo IEFP.

Maria do Carmo Guia, direto-ra do Centro de Emprego de Setú-bal, afirmou que «a formação pro-fissional é vista como um investi-mento e estas formandas vão ficar melhor preparadas para integrar o mercado de trabalho». E adian-tou que «em articulação com as ins-tituições particulares de solidarie-dade social e empresas, temos fei-to um bom trabalho e conseguido colocar muitas pessoas a trabalhar. Vamos continuar a apostar nou-tras ações, nomeadamente na área da metalomecânica, aeronáutica e soldadura, e a formar pessoas de acordo com as necessidades do mercado de trabalho». E concluiu: «A formação é contínua e todos os dias estamos a aprender».

Já Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas, afirmou que a ação «va-lorizou a dignidade destas mulhe-res, tão capazes como quaisquer ou-tras». E é da opinião que as forman-das foram «perseverantes e criaram um clima fraterno e de grande har-monia». Eugénio Fonseca, que ga-rantiu que “Laços de Cor”, que vive de parcerias, vai prosseguir para que a vida dos desempregados tenha «mais cor e esperança».

Ministro diz tratar-se de sinal de grande vitalidade

A tranquilidade é o ponto forte deste projeto de turismo rural da Malo Tojo

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Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 13

Pub.

Turismo do Alentejo vai fortalecer unidades rurais e pequenos produtoresOS RESPONSÁVEIS do turismo do Alentejo querem reforçar o pa-pel agregador em torno do seg-mento do alojamento rural, que já representa na região cerca de 20 por cento das camas, entre os quais a já muito significativa oferta no Litoral Alentejano.

O último congresso sobre tu-rismo rural, realizado em Reguen-gos de Monsaraz, na semana pas-sada, que reuniu cerca de 600 par-ticipantes, nacionais e internacio-nais, foi o pontapé de saída desta nova cruzada e já lançou as pri-meiras pistas. «Estamos a falar de um território muito singular, onde já se verifica esta dinâmica muito específica, que muito tem contri-buído para a nova imagem de ex-celência que o Alentejo já come-ça a ter. Agora é preciso continuar a requalificar, mudar a imagem e trabalhar de forma mais eficiente este espaço rural», resumiu ao Sem-mais Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

Para o líder da ERT/Alentejo, a chave para consolidar este clus-ter «é cooperação, cooperação e cooperação», como forma de aju-dar a alavancar a criação de redes

de oferta, criar mais unidades e apoiar as que já estão no terreno. «Ninguém pode trabalhar de for-ma isolada e não se pode pensar que com seis ou doze camas se consegue alcançar objetivos e ope-

racionalizar este segmento», ex-plica o responsável.

A segunda linha de força saí-da do congresso em que partici-param a maior parte dos ‘players’ regionais e nacionais, é a criação

de produto, o que signi-fica, segundo Ceia da Sil-va, associar ao turismo de alojamento rural uni-dades com outras valias, entre as quais o turismo equestre e náutico, a gastro-nomia e o enoturismo. «A cama não se vende em si mesmo, temos que construir oportunidade de qualificar estas unidades e criar estes produtos associados para compor destino e atrair turistas», refere.

Neste enquadramento, Ceia da Silva não esquece a estratégia “Alentejo 3.0”, extensivo a todo o território alentejano, que assume a necessidade de «melhorar a co-municação e a imagem», como for-ma de ajudar os ‘players’ mais pe-quenos «a comunicar melhor e de forma mais eficiente». A aposta na criação de redes logísticas rurais, é a base deste projeto e implica uma ligação entre o turismo de alojamento rural com os produ-tos endógenos, como o mel, ervas aromáticas, vinhos, enchidos e queijos. «Nestes territórios de bai-xa densidade, há aldeias em que apenas existe um único agente económico. Se este desaparece, a

Época alta com bons indicadores

O ano turístico foi de grande crescimento no Alentejo e o Litoral Alentejano um dos gran-des motores desta dinâmica. Pelo menos é que se pode inferir dos números do INE e

do Proturismo, segundo os quais, diz Ceia da Silva, «o Alentejo foi a re-

gião que mais cresceu em todo o país».

Redução de orçamento não retira confiança e Cante vai ser apostaCeia da Silva, que participou ter-ça-feira, em Alcácer do Sal, numa reunião/debate sobre o plano de atividades para 2015, não quis te-cer grandes comentários à redu-ção das verbas provindas do Or-çamento de Estado para o turis-mo da região, em cerca de 20%, assumindo o futuro do setor na região «com muita esperança» (ver página 10).

O responsável preferiu dar exemplos deste otimismo e «for-ça da região» com a candidatu-ra do Cante Alentejano a Patri-mónio Cultural Imaterial da Hu-manidade, que já recebeu o pa-recer positivo de uma comissão internacional de peritos da UNES-

CO, sendo que a decisão final de-verá ocorrer entre os dias 24 e 28 deste mês, em Paris. «Trata-se de um parecer que habitualmente costuma ser bastante vinculati-vo para a decisão final», relem-brou o dirigente.

Ao Semmais, Ceia da Silva, afir-mou que está em causa a «ativa-ção deste património de forma ino-vadora» pois, segundo sublinhou, «pretende-se uma fruição por par-te do turista, através da criação de casas de Cante, como existem as casas de fado, mostrando nesses espaços o melhor do Alentejo, como o bom vinho, a boa gastronomia». Outro objetivo é estimular a cria-ção de grupos de cantares.

aldeia desaparece consigo. Por isso o lançamento destas plataformas que vão servir de apoio à comer-cialização e distribuição destas produções de pequena escala», acentua o presidente da ERT/Alen-tejo.

Líder da ERT/Alentejo, Ceia da Silva

DR

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14 Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com

O reforço do posicionamento e notoriedade de Setúbal como destino turístico foi

destacado pela presidente Dores Meira, na quarta-feira, na apresen-tação do “Sistema LiderA”, projeto que aponta medidas para um desen-volvimento sustentável.

«Estamos a afirmar Setúbal como a grande capital que é com a requa-lificação urbana da cidade e do con-celho, com mais atratividade para quem nos visita e mais qualidade de vida para os residentes», salien-

tou a autarca no encontro.Na sessão, dinamizada no Char-

lot, com a presença de agentes com atividades no concelho no setor do turismo, a par de responsáveis de coordenação do “Sistema LiderA”, Dores Meira enalteceu as potencia-lidades turísticas de Setúbal.

O «aumento gradual e sustenta-do da procura de Setúbal como des-tino turístico» é confirmado, adian-tou, com dados do Instituo Nacio-nal de Estatística, que registou, este ano, «crescimento de 16 por cento de dormidas no concelho face a 2012».

A tendência de crescimento foi, em 2013, de 11 por cento, «números

que são ainda mais relevantes quan-do comparadas com os 4,8 por cen-tro de aumento de dormidas a nível nacional e de 6,4 por cento na ÁML», adiantou a edil.

Com a verificação desta ten-dência de bons resulta-dos no setor de turismo, alertou Dores Meira, urge a «necessidade da insta-lação no concelho de no-vas unidades hoteleiras que res-pondam a todo o tipo de procura, dos hotéis ao turismo rural ou aos hostels».

A edil afirmou que o município vai continuar a trabalhar para refor-

çar «o posicionamento e notorieda-de de Setúbal como destino turísti-co» ao aumentar «a perceção de va-lor de destino por parte de visitan-tes», sobretudo pela aposta na «in-ternacionalização e dinamização

económica da estrutura empresarial local».

A autarca realçou tam-bém a visão estratégica impulsionada pela autar-

quia, materializada em investimen-tos, que otimizaram as potenciali-dades de Setúbal, «que tem hoje, mais do que nunca, as portas abertas para os visitantes».

A edil sublinhou que, «desde a

extinção da Região de Turismo Costa Azul, e consequente desa-parecimento do nome de Setúbal das entidades de turismo que se seguiram, a ERTLVT e agora a ERT--RL, parece haver algum desinte-resse em destacar Setúbal como destino turístico».

Para Dores Meira é «incom-preensível que uma das zonas do País que mais têm para oferecer deixe de ter a autonomia para pas-sar a estar sujeita a estratégias que seguramente serão corretas, mas que podem resultar numa inde-sejável subalternização de Setú-bal».

LOCAL LOCAL LOCAL

Setúbal ‘pisca o olho’ ao turismo sustentável para o concelho

Montijo festeja o S. Martinho com idosos

Bombeiros mistos de Alcácer do Sal ganham veículo

O S. MARTINHO está a chegar e, mais uma vez, o município do Montijo vai proporcionar aos se-niores do concelho momentos de convívio salutar, no dia 11 deste mês, a partir das 15 horas, na co-letividade das Craveiras, em Pe-gões.

Espera-se a presença de vá-rios idosos das instituições par-ticulares de solidariedade social da União das Freguesias de Pe-gões e da Freguesia de Canha, do Gabinete Sénior e das Academias Sénior do projeto Junto de Si de Pegões e do Alto Estanqueiro Jar-dia/Atalaia.

Os participantes contribuíram com iguarias alusivas à época fes-tiva, sendo que a atividade é rea-lizada pelo projeto “Junto de Si”, da Academia Sénior de Pegões, que visa combater o isolamento, pri-vilegiar o convívio e melhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho.

OS BOMBEIROS Mistos de Alcácer têm novo veículo para combater in-cêndios urbanos. A viatura foi con-seguida através de candidatura ao Programa Operacional de Valoriza-ção do Território, da União Europeia, em parceria com a federação distri-tal de bombeiros e várias associa-ções de bombeiros do distrito. O veí-culo está orçado em 75 mil euros e foi comparticipado em cerca de 85 por cento.

Para o 2.º comandante da cor-poração, Luís Praguento, trata-se de «um reforço importante para a área urbana, um equipamento que a cor-poração não tinha». Ainda segundo Luís Praguento, a viatura vai «inter-vir em incêndios urbanos e na nos-sa zona histórica, muito sinuosa».

António Balona, presidente dos referidos bombeiros, reconheceu que «dadas as características da cidade, fazia falta esta viatura.A população vai agradecer».

A Festa do Cinema Francês decorre em Se-túbal, entre 13 e 15, com uma extensão da 15.ª edição do evento nacional que inclui antestreias, com sessões no Charlot. O even-

to arranca com as curtas animadas “Le Père Frimas”, de Youri Tcherenkov, e “L’Oeil du Loup”, de Hoël Caouissin, para as escolas, às 15 horas, com bilhetes a 1 euro.

O município e a Comissão Social de Fre-guesia de Pinhal Novo promovem, a 11 de novembro e a 9 de dezembro, na Jun-ta de Pinhal Novo, ações de apoio ao con-

sumidor sob o tema “Gerir o orçamento sem derrapar”. Cozinha e alimentação e serviços públicos essenciais são os te-mas a abordar.

Festa do cinema francês em Setúbal Pinhal Novo apoia consumidores

Apresentado projeto “Sistema LíderA”

A AUTORIZAÇÃO para o pedi-do de dois empréstimos no valor de 7 milhões de euros e a propos-ta do Estudo e do Plano de Sanea-mento Financeiro da Câmara fo-ram aprovados pela Assembleia Municipal, com os votos a favor da CDU e do CDS/PP e as absten-ções do PS e do PSD, na reunião extraordinária de 30 de Outubro.

Os dois empréstimos, de mé-dio e longo-prazos, serão contraí-dos junto da CGD (4 milhões de eu-ros) e do Banif (3 milhões de euros) por um prazo de 12 anos. e com um período de carência de um ano.

Tendo em conta que é a segun-da vez que a AM delibera sobre este assunto, o presidente Luís Franco lamentou o atraso do processo. «A génese do problema teve que ver com a implosão do BES, depois transformado em Novo Banco e com uma notificação feita ao mu-

nicípio, não obstante haver con-tratos outorgados, os responsáveis quer do BES, quer do Novo Banco, da decisão de não assunção dos compromissos financeiros firma-dos com o município».

«A autarquia consultou 12 ins-tituições financeiras e obteve uma resposta de cinco. Uma conclusão óbvia é de que esta nova operação financeira é muito mais vantajosa para a Câmara», disse o autarca, que adiantou que que vai permitir «uma redução do serviço da dívi-da na ordem dos 361 mil euros».

O autarca salientou ainda que a nova versão do Plano de Sanea-mento Financeiro «está compatí-vel com as normas constantes na proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2015 que neste mo-mento se encontra a tramitar no seu processo legislativo na Assem-bleia da República».

Palmela melhora aceiro degradado

O ACEIRO José Camarinho, em Pi-nhal Novo, acaba de ser melhorado para garantir melhores condições de segurança e circulação. Com as obras de infraestruturação do loteamen-to de Val’Flores, verificaram-se aba-timentos no pavimento deste acei-ro. A reparação, a cargo do emprei-teiro responsável pelas infraestru-turas de Val’Flores, surge após mui-tas insistências da autarquia que es-tava preocupada.

DR

Obras visaram aumento de segurança

António Luís

A presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, quer reforçar o posicionamento e notoriedade de Setúbal no cluster turístico. E diz estar a «afirmar» a marca como grande capital.

Alcochete aprova pedido de empréstimo de 7 milhões

Dores Meira pede novas unidades hoteleiras

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Sábado • 8 novembro 2014 • www.semmaisjornal.com 15

Moita revive feira de velharias

A FEIRA de Antiguidades e Velha-rias da Moita realiza-se este sábado, a partir das 8 horas, no Largo do Mer-cado Municipal. Ali pode encontrar todo o tipo de antiguidades e velha-rias, desde livros, discos, moedas, bi-jutaria a mobiliário e artigos de de-coração, entre outras relíquias. Esta feira surge no âmbito do programa de Dinamização e Animação do Mer-cado Municipal da Moita e aceita ins-crições na Divisão de Desenvolvi-mento Económico.

Santiago do Cacém debate educação com figuras nacionais

“PENSAR a Educação” é o debate que acontece este sábado, a partir das 10 horas, no auditório António Chainho, em Santiago, que traz à ci-dade figuras nacionais ligadas à Edu-cação. O edil Álvaro Beijinha espe-ra «muita discussão à volta de um tema que é transversal a toda a so-ciedade». A expectativa do presiden-te é adensada pelo facto de se vive-

rem «momentos tumultuosos na Educação, dado que o ano letivo ar-rancou com imensos problemas».

Mário Nogueira, José Barata Moura, Paulo Guinote e Bárbara Wong, entre outros, fazem parte do painel. «Vamos ter pessoas ligadas à educação, com provas dadas nes-ta área, para discutir um tema que não é consensua», sublinha o edil.

Barreiro recicla com arte O LIVRO “Reciclar com Arte”, de Cibele Marques Torre, é lança-do no dia 15, pelas 15 horas, no auditório da biblioteca munici-pal do Barreiro.

A autora pretende dar uma se-gunda vida aos materiais que dia-riamente deitados para o conten-tor do lixo, seguindo um percur-so estético que os vai transformar em objetos úteis e verdadeiras

obras de arte, que seguem as ten-dências mais atuais e se inspiram em pintores, escultores e desig-ners dos séculos XX e XXI. Além de dar aulas em vários estabeleci-mentos de ensino, integrou o CD da Escola Secundária de Santo An-dré, no Barreiro, orientou duran-te anos a formação de professo-res e foi responsável por múltiplos projetos e ações de formação.

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Feira decorre no largo do mercado

Sines com Orçamento de 27 milhões

Seixal assinala Dia Mundial da Diabetes O CONCELHO do Seixal come-mora o Dia Mundial da Diabetes nos dias 12, 13 e 15, com um pro-grama que inclui uma palestra so-bre nefropatia diabética para in-formar e consciencializar a po-pulação para os benefícios da ali-mentação saudável e da ativida-de física na prevenção e contro-lo da doença.

A nefropatia diabética é uma patologia do rim provocada pela diabetes que atinge cerca de 30 a 40 por cento dos diabéticos de tipo 1 e entre 10 a 20 por cento dos diabéticos de tipo 2.

A diabetes é uma doença cró-nica que atinge 8,3 por cento da população mundial. Em Portugal, a prevalência de diabetes em 2012 era de 12,9 por cento da popula-ção, com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, atingin-do ambos os sexos. A organiza-ção é da Descoberta para Viver e do município.

O MUNICÍPIO aprovou as Gran-des Opções do Plano 2015/18 e o Orçamento Municipal 2015. PS vo-tou a favor e a oposição contra.

O montante do OM é de 27,8 milhões de euros, uma redução de 19 por cento em relação ao orça-mento corrigido para 2014 e de 38,5 por cento em relação a 2013.

No quadro das dificuldades fi-nanceiras que a autarquia atraves-sa, a execução das GOP 2015/18, nos seus projetos mais exigentes em montantes de investimento, será as-

sente nas candidaturas a efetuar ao Quadro Estratégico de Crescimen-to, que terá em 2015 o seu primeiro ano efetivo de implementação.

Será dada prioridade à elabo-ração da Carta de Qualificação do Espaço Público e Imagem da Ci-dade, com vista a enquadrar as ações de recuperação urbana, e à elaboração de um Plano de Mobi-lidade e Transportes, que irá defi-nir o modo de agir por forma a me-lhorar a acessibilidade e a mobili-dade.

Câmara de Sesimbra pavimenta vias em terra batida na zona do Castelo

O MUNICÍPIO vai avançar em bre-ve com a pavimentação de vias de terra batida na freguesia do Caste-lo. O investimento ronda os 235 mil euros. Neste conjunto incluem-se a Av.ª do Alcaide, as ruas da Prima-vera e Sobreiros e a Av.ª Navega-dor Rodrigues Soromenho, na La-goa de Albufeira, as ruas da Cere-jeira e Amoreiras, na Maçã, as ruas do Pocinho e Pinhal do Vale, nos

Fétais, e a Rua 4 de Maio (entre a rua Abel Gomes Pólvora e a Av.ª dos Combatentes), em Sesimbra.

No início de 2015 serão aber-tos procedimentos com vista à pa-vimentação das restantes ruas nas localidades onde decorreram obras de saneamento, quer aquelas cujo piso em asfalto ainda se encontra danificado, quer as que tinham piso em terra batida.

O ORÇAMENTO para 2015 do mu-nicípio de Grândola foi aprovado por maioria, a 30 de Outubro, com votos contra do PS e abstenção do Movimento Independente. O or-çamento de 19 milhões de euros apresenta uma diminuição que ron-da os 2 milhões de euros, cerca de 10%, comparativamente com 2014.

De acordo com o presidente, Fi-gueira Mendes, “As Grandes Op-ções do Plano e o Orçamento para 2015, voltam a enquadrar-se numa situação de profunda estagnação económica e de crise social no país, com elevada taxa de desemprego, agravamento das desigualdades sociais e num crescimento acen-tuado dos níveis de pobreza, que prosseguirá em 2015, tendo em con-ta o OE proposto pelo Governo».

Segundo o autarca: «No próxi-mo ano, volta a agravar-se a situa-ção, através da aplicação de diver-sas medidas de estrangulamento fi-nanceiro, como o Fundo de Apoio

Municipal, que retém do nosso or-çamento 118 mil euros. Além disso, o governo continua a pressionar os municípios para que assumam res-ponsabilidades em matérias que le-galmente não lhes cabem. Esta des-responsabilização por parte do Po-der Central, coloca em risco a pres-tação de serviços públicos essen-ciais, consagrados na Constituição, como o acesso à saúde, à educação e a demais serviços de proximida-

de». Acrescentando que «Neste con-texto, voltamos a estar extremamen-te condicionados para realizar os investimentos estruturantes que o concelho necessita. O orçamento apresentado conta à partida com um condicionamento de mais de 65 por cento, afeto a despesas com pes-soal e de funcionamento, apesar da redução efetuada em cerca de 300 mil euros. Esta situação é agrava-da pela dívida municipal».

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19 milhões de euros para gerir Município de Grândola em 2015

Almada aposta em polícia de proximidadeA PSP já está no Largo Luís de Camões, desde o dia 29 de outubro, no âmbito do Modelo Integrado de Poli-ciamento de Proximidade.

«Este é um serviço de po-liciamento que desejávamos há muito que aqui fosse ins-talado», referiu o presiden-te do município, Joaquim Ju-das, durante a inauguração.

As novas instalações, que receberam o apoio do muni-cípio, são «muito dignas e permitem prestar um melhor serviço aos cidadãos e me-lhorar as condições dos seus profissionais», rematou o su-perintendente Luís Farinha, durante a cerimónia.

Ali trabalham as equipas de Agentes de Proximida-de, de Apoio à Vítima e do Programa Escola Segura, que atuam nas freguesias de Almada, Cacilhas, Pragal, Cova da Piedade, Laranjei-ro e Feijó.

INICIATIVAS

Visitas guiadas ao Castelo A Câmara de Palmela e o Dr. António Lameira, voluntário do Museu Municipal, promo-vem, este sábado, visitas guia-das ao Castelo e ao Centro Histórico. Oportunidade pri-vilegiada para descobrir o núcleo mais antigo da vila, cujo primeiro foral, atribuí-do por D. Afonso Henriques, data de 1185. As visitas têm início às 10 horas.

Jantar vínico na AtalaiaEste sábado, a partir das 20 ho-ras, o Museu de Atalaia, festeja o Dia Europeu do Enoturismo e realiza o jantar vínico “Estou com os azeites”. O evento pro-mete ser uma experiência gas-tronómica única e decorre num espaço com uma longa história associada ao vinho e ao azeite.

Sado ouve a população O programa “Ouvir a Popula-ção, Construir o Futuro”, que leva a autarquia setubalense a percorrer o concelho para iden-tificação de necessidades, de-corre entre 12 e 21, na freguesia do Sado. Visitas no terreno e en-contros com associações, cole-tividades e instituições locais, a par de reuniões com empresas e estabelecimentos de ensino, fazem parte do trabalho.

Feira de Natal abre inscriçõesO município da Moita volta a promover a Feira de Artesana-to “Artes e Talentos – Especial Natal, todos os sábados, entre 29 de novembro e 20 de dezem-bro, das 9 às 13h30, no Merca-do da Moita. Os interessados em expor as suas artes nesta feira podem inscrever-se até ao dia 21 de novembro, através do email: [email protected], com a informação so-bre os produtos a expor.

Bandas animam a ArrentelaA 25.ª edição do Festival Nacio-nal de Bandas Filarmónicas de Arrentela realiza-se este sába-do, dia 8, com as arruadas a te-rem lugar a partir das 15 horas, pelas ruas da freguesia. O en-contro conta com a participa-ção da banda anfitriã, a repre-sentar a Sociedade Filarmóni-ca União Arrentelense, à qual se junta a Sociedade Filarmónica Olhalvense e a Associação Hu-manitária dos Bombeiros Vo-luntários de Loures.

Orçamento da Câmara grandolense com menos de dois milhões

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