semmais 5 outubro

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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ACTUAL O volume de negócios da actividade vitivinícola da península de Setúbal ascendeu o ano passado a cerca de 90 milhões de euros. Este número consolida, segundo a Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal (CVRPS) o aumento de 36 por cento das vendas registadas nos últimos quatro anos. O aumento das exportações, nomeadamente para mercados como China, Rússia ou Moçambique, deverão dar empurrão ainda maior no futuro. Para este ano espera-se uma vindima mais fraca. Última Carmonti promete regresso no início de 2014 16 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 781 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 5.Outubro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Cultura Fernando Rocha ‘brinca’ no Montijo 15 Abertura Doença de coelhos deixa abertura da caça à deriva 2 PÁG. 4 Um distrito ainda mais vermelho num mar de votos brancos e nulos CDU Reconquista Alcácer e Grândola ao PS e mantém maiorias absolutas fortes. PS Perde câmaras a sul, ganha Sines e desbarata maioria no Montijo. PSD Falhou aposta de Mercês no Montijo, perdeu Costa da Caparica e ganhou Canha. BE Falha eleição de Aiveca, em Setúbal, e perde vereador em Almada. I Perdem Sines, ‘retiram’ votos decisivos em Grândola e assumem três juntas. CDS/PP Elege sozinho vereador histórico em Alcochete e perde 10 mandatos. CENTRAIS Págs. 7 a 10 Vinhos da região somaram 90 milhões Pub. Pub. 66 564 11 350 1 87 0 44 3 53 0 10 Resultados finais | Ordem segundo o número de votos obtidos (ver pág. 10)

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Edição 5 de Outubro

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Page 1: Semmais 5 outubro

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ACTUAL O volume de negócios da actividade vitivinícola da península de Setúbal ascendeu o ano passado a cerca de 90 milhões de euros. Este número consolida, segundo a Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal (CVRPS) o aumento de 36

por cento das vendas registadas nos últimos quatro anos. O aumento das exportações, nomeadamente para mercados como China, Rússia ou Moçambique, deverão dar empurrão ainda maior no futuro. Para este ano espera-se uma vindima mais fraca.

ÚltimaCarmontipromete regressono início de 2014

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www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 781 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 5.Outubro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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CulturaFernandoRocha ‘brinca’no Montijo

15

AberturaDoença de coelhos deixa abertura da caça à deriva

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PÁG. 4

Um distrito ainda mais vermelho num mar de votos brancos e nulosCDU Reconquista Alcácer e Grândola ao PS e mantém maiorias absolutas fortes.

PS Perde câmaras a sul, ganha Sines e desbarata maioria no Montijo.

PSD Falhou aposta de Mercês no Montijo, perdeu Costa da Caparica e ganhou Canha.

BE Falha eleição de Aiveca, em Setúbal, e perde vereador em Almada.

I Perdem Sines, ‘retiram’ votos decisivos em Grândola e assumem três juntas.

CDS/PP Elege sozinho vereador histórico em Alcochete e perde 10 mandatos.

CENTRAIS Págs. 7 a 10

Vinhos da região somaram 90 milhões

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ABERTURA

Sábado //5 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Doença hemorrágica deixacaça sem coelhos no distrito

A época cinegética já abriu, mas os caça-dores não estão a

encontrar coelhos-bravos nem lebres nas coutadas da região. Explicação: A doença hemorrágica viral terá dizi-mado uma grande percen-tagem da população nos campos da região, admite Jacinto Amaro, presidente da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), garantindo que «muitas reservas» nem irão abrir este ano.

«Mais de metade das nossas reservas de caça não

têm coelhos», diz o dirigente, estimando que cerca de 70 por cento dos coelhos e lebres tenham sido dizi-mados pela doença. «Além de não valer a pena abrir as reservas sem coelhos, é preciso dizer que também os gestores que deixaram uma população destes animais para este ano, também só deverão fazer aberturas para jornadas de caça simbólicas. É que a caça intensiva vai hipotecar, de certeza, as próximas épocas», avisa.

A doença hemorrágica nos coelhos é conhecida há 14 ou 15 anos e já tinha dado sinais preocupantes em Espanha, sobretudo a sul do país vizinho – Extrema-dura e Andaluzia. Os caça-dores do lado de cá da fron-teira acreditaram que pode-riam passar ao lado do vírus, até porque a doença hemorrágica era detectada em popu-lações muito determi-nadas. Ou seja, numa mesma reserva de caça poderia dizimar coelhos numa zona e não actuar nos exemplares «vizinhos».

Alertas de contágio na região surgiram em 2012

Porém, em Mértola (Baico Alentejo) começaram por ser dados os primeiros sinais de que o distrito de Setúbal poderia também ser afectado, logo em Dezembro de 2012, com o aparecimento dos primeiros casos de febre hemorrágica. «Depois, isto estendeu-se a toda a região e vamos a assistir a um ano terrível par a caça», sublinha Jacinto Amaro, alertando que até há bem pouco tempo a doença era padronizada, atacando os indivíduos adultos, mas uma recente mutação passou também a ter efeitos em coelhos jovens, com cerca de um mês.

Para o presidente da Fencaça, importa ainda apurar em que medida o

último Inverno, por ter sido muito chuvoso, terá afectado os animais. «Como estava tudo alagado

ainda admitimos que isso possa ter tido alguma

influência. É só já o que falta apurar,

p a r a t e n t a r m o s perceber se este f e n ó m e n o estará associado

ao clima», revela Jacinto Amaro.

Os caçadores não estão a encontrar nem coelhos-bravos nem lebres nas coutadas da região. Estima-se que mais 70 por cento destes animais foram dizimados por uma doença hemorrágica viral. E uma parte das reservas de caça nem vão abrir este ano.

Roberto Dores

A ameaça sobre a espécieHá vários anos que a Doença Hemorrágica Vírica (DHV) tem contribuído para uma dramática diminuição do coelho bravo em Portugal e na vizinha Espanha. Originário da Península Ibérica, o coelho bravo, outrora com densidades populacionais elevadas (até 40 coelhos por hectare), tem sofrido nos últimos anos grandes reduções, estimando-se actualmente que exista somente 5 a 10% da população que existia há 50 anos atrás.O coelho bravo é uma das espécies cinegéticas de maior interesse (se não mesmo a mais popular), mas é também um elemento chave dos ecossistemas mediterrâneos

pois é presa de pelo menos 27 aves de rapina, 11 espécies de carnívoros e duas espécies de serpentes, onde se destacam as espécies emblemáticas do lince ibérico (Linx pardinus) e a águia imperial (Aquila adalberti), ambas em vias de extinção, em parte devido à diminuição da sua presa principal, o coelho.Este declínio foi o resultado de um conjunto de factores tais como: perda de habitat e sua fragmentação devido a práticas desajustadas na pecuária, agricultura e silvicultura, desertificação do mundo rural, incêndios florestais, caça excessiva e principalmente, surtos de doença (Mixomatose e DHV).

Grande parte das reservas não vai abrir

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Page 3: Semmais 5 outubro

No contexto das eleições autár-quicas verificou-se o recrudes-cimento de um debate sobre

o Poder Local, que, se analisarmos com atenção, se centrou em grande parte nos 3 Cês- Caciquismo, Cari-caturas & Corrupção.

É a isso que alguns pretendem reduzir o debate sobre as autarquias e sobre os autarcas.

Tal opção é baseada numa falsi-ficação da realidade que não contribui para um debate útil e racional acerca do poder local e da democracia portu-guesa.

É como se, num curriculum vitae, colocássemos no lugar do rosto uma foto dos pés após uma caminhada intensa. Coisa que não identifica o sujeito mas cheira mal. E, em alguns casos, é certo, até são de barro.

A corrupção, para nos concen-trarmos num dos aspetos referidos, é uma grave doença em muitos países ocidentais desenvolvidos (Michael Johnston, Syndromes of Corrup-tion,2005), e não apenas nos países do sul, europeu, americano ou afri-cano.

Sem dúvida deve ser combatida, mas não se afigura correto que se maximize essa focagem quando se analisa o poder local português. Por diversas razões, e, desde logo, pela distorção da realidade estatística que ela significa.

Atacar e apoucar o poder local isolando e empolando alguns casos de crime, irregularidade, negligência ou falta de critério racional nas deli-berações e ações autárquicas, através de ataques de cariz popu-lista como tem vindo a ser feito por alguns, apenas serve os desígnios dos diletantes, dos vendedores de noticias berrantes e daqueles que, no fundo, não gostam da demo-cracia tal como foi gerada na revo-lução de abril.

Desde o ano de 1976 foram eleitos, só para as câmaras municipais, cerca de 20 000 cidadãos. Se contarmos com as freguesias e com as assem-bleias municipais, estaremos a falar de cerca de 500 000 cidadãos.

Tendo presente a continuidade de alguns eleitos em vários mandatos, estima-se que cerca de 15 000 cida-dãos diferentes exerceram já funções

nos executivos municipais. Só de 1990 para cá estão, nessa circunstância, cerca de 10 000 pessoas.

Deste total, houve (13) treze conde-nados por corrupção ou crime similar (7 do PS, 5 do PSD e 1do CDS/PP).

Ou seja, entre 0,1 e 0,13% do total dos autarcas municipais foram conde-nados por corrupção!

Não obstante ser desejável que nenhum crime tivesse ocorrido, é este índice baixíssimo que pode justificar a desmesurada sanha antiautárquica?

Não é razoável atacar o todo devida a uma minoria de casos nega-tivos. Mesmo que, como alguns fazem, especulássemos com as absolvições discutíveis, isso não altera em nada a estatística relevante.

O poder local democrático é, sem qualquer dúvida, o mais escrutinado, vigiado e acompanhado. Todos os meses se realizam centenas de reuniões de câmara municipal abertas ao público onde é possível dizer, ouvir, criticar, propor e denunciar em direto, não falando já nos milhares de reuniões das freguesias e assembleias muni-cipais, e das incontáveis sessões de trabalho a propósito dos diversos sectores de atuação das autarquias locais.

Mas, o que verdadeiramente importa aos críticos, é desviar as aten-ções dos atos praticados no recato das alcatifas, pela governança estatal e empresarial.

Nesse sentido, ou seja, para atacar o poder local democrático, vale tudo, desde o discurso autárquico, a cor da gravata ou o facto de se construírem demasiadas rotundas, como se elas não fossem uma infraestrutura rodo-viária racional.

Há autarcas de que podemos não gostar ou discordar, pelo seu estilo ou devido a decisões oportunistas e irracionais. Como, por exemplo, fazer obra e não pagar aos fornecedores, pondo em causa milhares de postos de trabalho e endividando o muni-cípio para vários anos.

Mas, o poder local democrático, esse, é uma peça central da demo-cracia portuguesa e, nas eleições reali-zadas foi reforçado.

Sábado // 5 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dezoito de Setembro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 128 do livro 259 – A, de escrituras, na qual: Maria Georgina Cavaleiro Miranda, solteira, maior, residente na Rua do Ouro, CCI 3119, Arraiados, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte números 184158737, justificou a posse, de um Prédio rústico, com a área de três mil oitocentos e cinquenta e sete metros quadrados, composto de terras de semeadura e árvores de fruto, sito em Arraiados, na freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, que confronta do norte com Herdeiros de João Roque Braço Forte, do sul com António Cavaleiro Jorge, nascente com Herdeiros de José Nogueira de Faria e do Poente com Rua do Ouro, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 153 da Secção I, desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número seis mil oitocentos e quarenta e dois, da referida freguesia, e Florinda Cavaleiro Jorge Mendes e marido José Carlos de Oliveira Mendes, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua do Ouro, CCI 3121, Arraiados, Pinhal Novo em Palmela, contribuintes números 137906510 e 131281410, justificaram a posse, Prédio rústico, com a área de três mil oitocentos e cinquenta e sete metros quadrados, composto de terras de semeadura e árvores de fruto, sito em Arraiados, na freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, que confronta do norte com António Cavaleiro Jorge, do sul com José Gonçalves Miranda, nascente com Herdeiros de José Nogueira de Faria e do Poente com Rua do ouro, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 153 da Secção I, desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número seis mil oitocentos e quarenta e dois, da referida freguesia.

Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 18 de Setembro de 2013

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Casas c/ 3 e 4 assoalhadasNa Quinta da Horta SecaCom parqueamento(Baixa de Palmela)

CONTACTOS:212 353 320916 274 235

ALUGA-SE

Cavaco Silva está melhor que nunca e esta semana provou-o. Já havia o ‘senhor irrevogável’ e nasce agora o ‘presidente sustentável’, mesmo quando, há poucos meses, declarou ao país e aos portugueses que a dívida pública (agora sustentável, apesar de ter estado sempre a crescer) constituía um abismo.

Claro que o Presidente da República já não é o que era. E o seu estado face aos portugueses de bom senso é de verdadeiro ‘apagão’. Cavaco já não conta, a não ser para memória futura. Os seus dislates discursivos fazem lembrar aquela imagem atabalhoada do comilão público, de mastigação aberta e pedaços de bolo nas entranhas bocais. Um fartote de masoquismo guloso que fez furor nos tempos em que reinava o cavaquismo.

Isso é Cavaco Silva. Mas o Presidente importa. É o que temos, e por isso toda a sua verborreia tem a ver com a vida de todos nós. No último ano, as suas gaffes políticas eternizaram um governo moribundo, a sua complacência com esta cartilha ideológica fê-lo desrespeitar a Constituição. E o seu passado e dos seus ‘meninos de coro’ no filme BPN são imagem de marca. Logo o Cavaco-presidente tem responsabilidades acrescidas.

Caso o cargo não fosse incólume ao tempo de eleição e bem se podia zurzir para o seu regresso precoce a Boliqueime. Porque está viciado politicamente, vesgo e sem capacidade de esculpir soluções ao arrepio das suas hostes.

Pena que neste momento esteja apenas a ser um franco-atirador para adversários políticos. E, mais grave, um dos ‘snipers’ escolhidos para atirar sobre o povo. Alguém que diga ao ‘senhor Silva’ nesta coisa de masoquismo ele é o sádico.

O masoquismo e sadis-mo político de Cavaco

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Demétrio AlvesProfessor Universitário

Valdemar SantosMilitante do PCP

Nunca o Tejo de velhas lutasveio tão a propósito

Corrupção, caciquismoe caricaturas

Sublinhada que está pelo Comité Central do PCP a expressiva votação alcançada no passado

domingo pela CDU, única força polí-tica que cresce em votos, percenta-gens, maiorias e mandatos, é propícia a evocação de uma frase célebre que Luís Sá inseria repetidamente no seu discurso, a do naturalista e filósofo francês do século XVIII, Buffon: “O estilo é o homem” (“le style est l’homme même”).

Citá-la só poderia parecer preten-sioso se não estivessem já dadas provas suficientes de que dos eleitores o PCP e a CDU esperaram - porque deles só podem esperar - mais exigência e mais reivindicação, o corolário de uma outra formulação segundo a qual ao PCP não são nem podem ser indife-rentes ou merecer menor conside-ração a crítica dos cidadãos e ou o protesto das populações a aspectos da sua gestão autárquica. Razão pela qual ninguém poderá ser acusado de abusar de Buffon, ao parafraseá-lo: “o estilo é o Partido”.

“Estilo” - porque no âmbito da abordagem do projecto autárquico comunista, matéria congressual, a corporação e a concretização do mesmo “são inseparáveis da assunção do trabalho nas autarquias como componente da acção geral do Partido enquanto frente de luta e acção dos comunistas”. “A intervenção e parti-cipação dos trabalhadores e da popu-lação como condição essencial para uma gestão democrática em que o conceito de democracia participada, mais do que um enunciado progra-mático, é expressão natural da conduta de um partido que tem na ligação às massas a sua fonte principal de apoio e energia”, o que identifica o espaço da afirmação do PCP nas autarquias locais “como uma importante frente de intervenção do Partido no plano

local que a incorpora, mas não a esgota”. Eis porque “a permanente procura para desenvolver uma acção marcada pela proximidade aos problemas, a par do estímulo à luta e à elevação da consciência política e social das populações indispensá-veis aos objectivos mais gerais de transformação da sociedade”, pres-supõem, sem subterfúgios e sofismas, uma “coincidência” que, pública e notoriamente, não regateamos: a de fazer confluir “os objectivos políticos do Partido na sua acção presente” com “os objectivos e atribuições do Poder Local”.

A Resolução em causa (não é velha, é a o XVII Congresso) escreve que “a confirmação e aprofundamento dos traços mais distintivos da acção dos comunistas nas autarquias… são inse-paráveis do reforço do trabalho de direcção do Partido, de uma mais afir-mada actividade política das organi-zações locais e de uma melhor arti-culação entre o trabalho desenvol-vido na autarquia com a acção local das organizações do Partido e a luta das populações”, acautelando que eles estão sujeitos a “um quadro de maior complexidade e condiciona-mentos” tanto quanto só o prosse-guimento da luta de massas pode alterar a correlação de forças que, à data de hoje, vença a troika (PS, PSD e CDS-PP), as troikas.

A CGTP-IN também reuniu e dos resultados eleitorais tira a ilação: são a condenação das políticas de direita seguida. E convocou para 19 de Outubro marchas que atravessarão a Ponte 25 de Abril e a Ponte do Infante, por Abril contra a exploração e o empobrecimento.

Para quem lê este Semmais, calha-lhe o Tejo.

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Page 4: Semmais 5 outubro

Cluster vinícola gerou 90 milhões em 2012

Cercisiago quer recorde Guinness Época balnear faz dois mortos

A CERCISIAGO promove, este domingo, às 9h30 em Vila Nova de Santo André, uma mega-aula de Body Balance que tem como objectivo juntar 1888 pessoas e inscrever o nome da instituição no Guinness

Book of Records. Luís Passão, presidente da instituição, assume que é um evento de «grande importância e será um marco histórico naquilo que tem sido o trabalho desen-volvido pela Cerci».

O BALANÇO da época balnear de 2013 em praias da região, que decorreu de 1 de Maio e 30 de Setembro, aponta para 1 morto, do sexo masculino, de 57 anos, por morte-súbita, na Costa de Caparica, uma

praia marítima vigiada. Em zona marítima de praia não vigiada, houve também um morto, do sexo masculino, com 21 anos, de nacionali-dade inglesa, por morte-súbita, na praia do Ouro.

ACTUAL

Sábado //5 . Out . 2013 //

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As vendas de vinhos da região geraram no ano passado um volume de negócios a rondar

os 90 milhões de euros. O número

ajuda a explicar o aumento de 36 por cento das vendas nos últimos quatro anos e deixa antever um futuro promissor para o sector. Henrique Soares, presidente da Comissão Viti-vinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), diz que a evolução deste cluster tem sido «altamente posi-tiva» e adianta que a vindima deste ano também augura bons vinhos, apesar de uma quebra na produção.

A boa aceitação dos nossos vinhos no mercado nacional e o aumento sucessivo das exportações ajudam a explicar as vendas obtidas. Mercados como Angola, Brasil ou Canadá têm acolhido de braços bem abertos os néctares das nossas casas produtoras e há boas perspectivas no horizonte com o crescimento em mercados como a China, a Rússia e Moçambique. «As exportações cres-

ceram 15 por cento em 2012, acom-panhando a tendência dos últimos três», diz Henrique Soares.

Os vinhos da Casa Ermelinda Freitas, Bacalhôa, José Maria da Fonseca, Adega Cooperativa de Pegões e Venâncio da Costa Lima, só para citar algumas, têm puxado pelo cluster. Os sucessivos investi-mentos feitos ao nível da qualidade das uvas e das vinhas, bem como a modernização dos processos produ-tivos e das adegas, aliados à capaci-dade empreendedora dos empresá-rios, justificam todo este sucesso, segundo o presidente da CVRPS.

313 medalhas só este ano

Em termos práticos, este sucesso traduziu-se também no número de

medalhas arrecadas no nos princi-pais concursos do sector este ano, 313 no total: 93 de ouro, 123 de prata e 96 de bronze. Aliado a este desempenho, há a notar ainda a atribuição de sete títulos de excelência e de mérito, de onde se destacam o melhor vinho tinto nacional no “Mundos Vini”, na Alemanha, e o vinho português mais pontuado no concurso italiano “La Selezione del Sindaco”. O moscatel de Setúbal também se destacou levando a região, a título de exemplo, a arrecadar cinco das sete meda-lhas atribuídas ao país no “Mundus Vini”.

A prestação da península de Setúbal nesse concurso, que decorreu na cidade de Neustadt, foi tal que a região arrecadou um total de 17

medalhas de uma s ó vez. Os destaques

recaíram para a medalha Grande Ouro e a distinção Melhor Vinho Tinto Português, arrecadas pelo vinho “Serra Mãe 2009” da Sivipa. O sector vinícola dá na região, segundo dados oficiais, emprego a praticamente três mil pessoas, gerando ainda outros 1500 postos de trabalho indirectos. No último ano, excepcional em termos de apanha da uva, foram produzidos 51 milhões de litros de vinho.

Vindima deste ano vai trazer novos néctares de qualidade inalcançável

Procura do mercado nacional e aumento das exportações para países como China, Rússia ou Moçambique auguram futuro ainda mais promissor. Só em 2012, sector gerou 90 milhões de euros em receitas.

Bruno Cardoso

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Sábado // 5 . Out . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

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CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos e para os efeitos previstos no nº 2 do Artigo 20º, conjugado com o nº1 e nº2 do Artigo 22º, Secção Segunda, Capítulo III, do Estatuto da Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo. Convoco a Assembleia Geral Ordinária da LAHSB, para reunir na sala de sessões do Hospital de São Bernardo em Setúbal, no dia 31 de Outubro de 2013, pelas 16H00, com a ordem de trabalhos seguinte:1. Leitura e aprovação da ata da Assembleia Geral anterior;2. Apreciação e aprovação do orçamento e programa de actividades para 2014;3. Cartão de Associado;4. Informações;

Nota: nos termos da Lei e em conformidade com o previsto no nº4 do Artigo 22º do Estatuto da LAHSB, se na hora marcada na convocatória não estiver o número de associados com direito a voto que assegurem quórum, a Assembleia Geral Ordinária reunirá uma hora depois – (17H00), com qualquer número de associados presentes. –Setúbal, 22 de Setembro de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia GeralEugénio José da Cruz Fonseca - Professor

Urgências do CHBM preocupam

O ALEGADO encer-ramento da admissão de novos doentes na urgência do hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, tem preocupado a autarquia.

Em declarações ao Semmais, Regina Janeiro, vereadora na autarquia. explica que a edilidade «enviou um pedido de reunião com a adminis-tração do centro hospi-talar» para se inteirar das causas da situação e para perceber que medidas serão implementadas futu-ramente para evitar que tal situação volte a ocorrer. «Trata-se de uma grande preocupação porque estamos na primeira linha de defesa dos direitos dos cidadãos», diz a autarca. Até ao momento, o ofício da autarquia não teve resposta do hospital.

A administração do CHBM também não respondeu em tempo útil às questões do Semmais sobre este assunto.

Governo corta bolsas aos formandos do IEFP

Rio Frio vai ter Festas do Cavalo de Rio Frio Polo

João Vinagre empossado vice do IPS

A PARTIR deste mês, os alunos que frequentam os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) do IEFP, vão deixar de receber as bolsas de formação.

A decisão do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, oficia-lizada já depois do arranque das aulas, muda as regras do ‘jogo’ e deixa os formandos, na sua maioria desempre-gados sem qualquer pres-tação social, impossibili-tados de arcar com as despesas de material escolar.

O primeiro anúncio de supressão das bolsas havia sido avançado, por circular interna, em Junho, para vigorar a partir do mês seguinte, mas depois dos protestos dos estudantes, a decisão de supressão das

bolsas foi adiada para Outubro.

Os alunos do Centro de Formação de Setúbal consi-deram a decisão injusta, já que, de acordo com as regras do contrato de formação assinado pelo IEFP, está consagrada a atribuição de uma bolsa no valor de 150 euros.

Anabela Ventura

IEFP em causa

A SOCIEDADE Agrícola de Rio Frio S.A. organizou, no passado dia 28 de Setembro, um passeio a cavalo e com charretes na Herdade de Rio Frio, o qual contou com 200 participantes. Durante o evento foram anunciadas as Festas do Cavalo de Rio Frio, que terão lugar a 24 e 25 de Maio do próximo ano, no polo equestre de Rio Frio.

Este passeio, de incentivo e promoção da prática equestre, visou a divulgação e valori-zação do património cultural e ambiental de Rio Frio, assim como dos projectos em curso de execução nos domínios agrí-colas e turísticos, onde assume especial realce o polo Equestre

de Rio Frio.Os participantes, passando

por uma paisagem diversifi-cada de floresta de montado e pinhal, áreas agrícolas de criação cavalar e bovina, arro-zais, vales e áreas fluviais, fizeram 18 quilómetros dos mais de 160 quilómetros de percursos equestres que inte-gram o polo Equestre de Rio Frio, viram a nova eguada de Puros Sangue Lusitanos da Coudelaria de Rio Frio, o estado dos trabalhos em curso relativos à primeira fase do seu Centro Equestre, assim como da Escola de Equitação de Rio.

Após o passeio seguiu-se um almoço convívio num dos

espaços já restaurado do Núcleo Museológico e Centro de Eventos de Rio Frio.

Na parte final do almoço, também a convite da adminis-tração da Sociedade Agrícola de Rio Frio, os participantes contaram com a presença da presidente da Câmara Muni-cipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, e do vereador Álvaro Amaro.

O evento terminou com as tradicionais cavalhadas a cavalo e em charretes, onde as senhoras estiveram em destaque. Nas cavalhadas a cavalo venceu Maria Adelaide Cabreiro, e nas cavalhadas em charrete sagrou-se vitoriosa Mónica Soares Neto.

O VICE-PRESIDENTE do Instituto Politécnico de Setúbal, João Vinagre, tomou posse esta semana. É professor da Escola Superior de Tecno-logia do Barreiro do IPS e presidente do Conselho Técnico-Científico da mesma Escola. É doutorado em Enge-nharia Civil pela Universidade Técnica de Lisboa.

Entretanto, a 3.ª fase das candidaturas dos cursos de Mestrado em Contabilidade e Finanças e de Mestrado em Sistemas de Informação Orga-nizacionais, na Escola Supe-rior de Ciências Empresariais do IPS, decorrem até 10 de Outubro. A ESCE/IPS dispo-nibiliza ainda formações no âmbito das licenciaturas e pós-graduações em diversos ramos das ciências empresariais.

Os estudantes encontram nos Mestrados da ESCE/IPS uma formação «sólida, focada e consistente», através da qual obtêm conhecimentos e competências que permitem o desempenho de funções «qualificadas».

A aposta no cavalo é uma das estratégias da empresa para fazer renascer a Herdade

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Candeias ‘apoia’ CDU em Grândola Concelhias PS em alarido

A VITÓRIA sem maioria da CDU na Câmara de Grândola vai justificar em entendimento com uma força da oposição. O Semmais sabe que o novo presidente do município, Figueira Mendes, vê com bons

olhos o eventual apoio de António Candeias, eleito vere-ador no domingo pelo movi-mento independente que ficou como terceira força política do concelho. Candeias mostrou-se disponível.

ALGUMAS concelhias do PS vão entrar num processo de grande ebulição, mercê dos resultados eleitorais caseiros. Grândola e Setúbal são dois casos em que a corrida já começou. O candidato derro-

tado do PS, Ricardo Campa-niço deverá liderar uma lista ao PS local. Em Setúbal, Paulo Lopes, que substitutiu Luis Maldonado no período pré-eleitoral também deverá apresentar-se.

POLÍTICA

Sábado //5 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Líderes dizem que PSD ‘aguentou-se’ e CDS-PP ‘ajustou-se’

Clube de política quer um PS mais aberto à sociedade civil

OS LÍDERES distritais do PSD e do CDS-PP reco-nhecem que os resultados eleitorais ficaram muito aquém das expectativas, mas lembram a «pesada» derrota dos socialistas e a vitória da CDU «com muita perda de votos».

Pedro do Ó Ramos afirma que o PSD no distrito de Setúbal «aguentou bem o seu elei-torado» e foi o distrito onde os sociais-demo-cratas obtiveram melhores resultados médios, mesmo comprando distritos como Braga ou Bragança, onde o partido até ganhou

câmaras. «Perdemos um mandato em assembleias-municipais e ganhámos um vereador relativamente a 2009», salienta o líder da distrital laranja.

O dirigente destaca também a subida em Santiago do Cacém e o facto de o seu partido ter ficado a 550 votos de ganhar Montijo, a sua grande aposta. «É um caso singular, uma vez que a CDU praticamente não fez campanha e obtém 1200 votos. Mas a abstenção também contribuiu para não nos chegarmos mais à frente», analisa.

«Eleição históricado CDS em Alcochete»

Nuno Magalhães, presi-dente da distrital do CDS-PP fala em «processo de ajustamento», uma vez

que, segundo as suas contas, «em 2005 tínhamos um mandato, em 2009 passamos a 23, numa conjuntura muito favo-rável ao partido e agora ficámos com treze».

Sem tirar mérito às vitórias da CDU, a quem reconhece «força no distrito», Magalhães lembra que a CDU «perdeu muitos votos» e o PS foi «o grande derrotado» desse confronto à esquerda. E salienta a eleição «histó-rica» do agora vereador Vasco Pinto, com CDS sozinho na corrida em Alcochete.

Pedro do Ó Ramos e Nuno Magalhães espe-ravam mais da coligação em Setúbal, onde o candi-dato Luís Rodrigues perdeu mais de cinco mil votos.

O CLUBE de Politica ’13 Concelhos 1 Distrito’, formado por independentes, militantes e dirigentes locais do PS e lançado dois dias antes das eleições de domingo, quer obrigar o partido a ter uma «acção política e a discutir os grandes temas da região» fora do aparelho partidário, explicou ao Semmais Ricardo Ribeiro, do PS Seixal.

A ideia, segundo este grupo de militantes oriundos de concelhos como Seixal, Almada, Grândola, Sesimbra e Alcácer, é «fazer uma ruptura com esse para-digma» e mostrar que «a verdadeira democracia não se esgota no enquadramento partidário».

Ainda assim, o ‘Clube’ quer fazer esta mudança em consonância com a direcção distrital dos socialistas, estando previsto um convite à presidente Madalena Alves Pereira para todos os eventos públicos, sendo que o primeiro deverá ocorrer durante o próximo mês. «Pretendemos articulação com a federação e consti-tuir-nos como mais uma ferramenta do PS na procura de um trabalho mais abran-gente sobre as questões que preocupam as populações do distrito», afirma Ribeiro.

O grupo de militantes, liderados por Ricardo Ribeiro (Seixal) e do qual fazem parte Paulo do Carmo (Grândola) e Sérgio Faias (Sesimbra) entre outros, recusa estar a posicionar-se como alter-nativa à actual liderança da federação, nem ter como objectivo a eventual criação de um movimento indepen-dente. «Somos socialistas e militantes. Apenas queremos contribuir para que o partido seja mais abrangente e chega à sociedade civil», diz Ricardo Ribeiro.

No essencial, os fóruns de discussão estão centrados nas redes sociais, facebook e sítio do ‘Clube’, bem como conferências mais abertas e em público.

Vítor Ramalho recusa ‘noite de facas longas’ e ‘caça às bruxas’

O ex-presidente da fede-ração do PS, Vitor Ramalho, considera

que «a diminuição signifi-cativa de eleitos do PS no terceiro distrito mais popu-loso do país, que é Setúbal, não pode deixar de ser vista com realismo». Ramalho, defende, no entanto, que os socialistas devem enfrentar esta realidade «com coragem, com propó-sitos inclusivos, sem desper-dício de energia e de tempo em convulsões interna». E afirma: «não me verão em «noites de facas longas».

Para o ex-líder da fede-ração, e na análise eleitoral, «apesar de todos os partidos terem perdido votos no

distrito, em relação a 2009, o PS tem agora apenas sete freguesias. Em 2009 teve maiorias absolutas em Alcácer, Grândola e Montijo tendo-se reposicionado em segundo (era terceiro) com mais 5 000 votos em Setúbal. Com o seu contributo o PCP passou a terceira força em Sines. Mercê do excelente trabalho dos camaradas da concelhia e dos membros das listas desenvolveram uma ação mobilizadora forte o PS ganhou agora a Sines».

Também a situação no Montijo merece reparo de Vítor Ramalho. «O PS foi

também o partido mais votado no Montijo, mas com menos eleitos do que o PCP e o PSD juntos. Cabe agora a Nuno Canta, autarca experiente responder à situação a bem dos montijenses».

A situação no Litoral Alen-tejano é particularmente difícil de digerir. Ramalho lembra que a perda de Alcácer e Grân-dola é «duplamente grave». Porque, sublinha, «traduz a perda da direção da CIMAL» (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral) que integra cinco Alcácer, Grân-dola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira. «É agora preciso

olhar a realidade de frente como é próprio dos socia-listas, como necessidade de se retificaram no futuro estes resultados e não esconder a cabeça debaixo da areia»

Encontro de reflexãosem intenção de regresso

Sobre eventuais respon-sabilidades, Ramalho é sereno. Sempre participei na política encarando-a com P grande e sem a confundir com ques-tões pessoais. A resposta polí-tica reside em olhar-se de frente a realidade, sobre o projecto do partido para o distrito e sobre a sua orgâ-nica. Agora a alternativa tornou-se mais difícil, mas é preciso reforçar o combate ao nosso adversário principal, o PCP ortodoxo, com inteli-gência e visão estratégica».

Ramalho admite também que a militância deverá ser questionada, de forma a aferir da sua «genuinidade» no interior do PS. «Não sei se é compatível com sindi-catos de voto que prosse-guem objetivos instrumen-tais de luta por cargos nos processos eleitorais internos e com sustentação do clien-telismo partidário», ques-

tiona ao Semmais. E acres-centa: «Não houve exces-siva transigência? É neces-sário avaliar se, apesar do esforço sério das candida-turas, se não residiu também aí alguns resultados menos positivos que se alcançaram. É que a praxis do sindicato de voto condiciona ou mesmo aprisiona as dire-ções partidárias nas suas opções. “Não existem almoços grátis” e por conta é a própria democracia que fica ameaçada», critica.

Sobre um seu eventual regresso à político na região, o ex-líder, diz, categórico, assume as suas responsabi-lidades «à luz do dia, sem secretismos bem alimentando fações», pelo que defende «noites de facas longas». Mas, salienta que pertence a um «partido de homens livres» e que está disposto a contribuir «de forma solidária para o reforço do PS em Setúbal», pelo que tenciona falar breve-mente num encontro exclu-sivamente para ouvir os camaradas. «Trata-se de ajudar o PS, a direção nacional, como se verá. Em política, como costumo dizer é pelos resultados que se vêm as intensões», finaliza.

Ex-líder da federação do PS pede «reflexão e serenidade» aos resultados eleitorais

A perda de câmaras e dezenas de milhares de votos no distrito em contra-ciclo está a preocupar as hostes do partido da ‘rosa’. Ramalho diz que o PS tem agora que saber enfrentar a situação.

Nuno Magalhães Pedro do Ó Ramos

Vítor Ramalho diz ser necessário reflectir resultados do PS

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Page 7: Semmais 5 outubro

Assim se vê a força do PC numa região mais vermelha

A CDU voltou a não deixar pedra sobre pedra para os adver-sários nas eleições autár-

quicas e até confirmou a sua supre-macia absoluta na região. A coli-gação ganhou mais duas câmaras municipais (Alcácer do Sal e Grân-dola), roubadas ao PS, mas foi a que mais votos perdeu face a 2009 em todo o distrito, quase 58 mil.

Das 11 câmaras municipais (re)conquistadas, a CDU alcançou a maioria absoluta em uma dezena, falhando apenas a eterna “Vila Morena”, onde vai ter de se submeter a um combate político intenso com o PS e com os candidatos eleitos por dois movimentos independentes, um deles também ligado ao... PS.

Esta divisão do eleitorado socia-lista explica a perda desta câmara, simbólica até Domingo para o partido

da rosa, que paga também pelo facto de ter retirado a confiança política ao presidente alcacerense, Pedro Paredes. E o desaire do PS só não foi maior porque o partido beneficiou da tran-sição de votos dos independentes do SIM em Sines e da manutenção da câmara montijense, que ficou segura no último sprint, dado que o PCP deu mais luta do que se imaginaria.

Foi no Montijo, aliás, que o PSD sofreu a sua maior derrota distrital ao não colocar Maria das Mercês Borges na liderança da edilidade. Mas o desnorte foi bem maior, depois de contabilizada a fuga de 47 mil votos a nível distrital e de 44 mandatos. O único alento foram mesmo as coli-gações com o CDS-PP, partido que, sozinho, elegeu apenas um vereador e num munícipio que, à partida, era altamente improvável: Alcochete.

O Bloco de Esquerda mostrou que apenas tem força no Seixal e na Moita. O PAN surpeendeu ao conseguir mais de 6 mil votos e 1 mandato na Assem-bleia Municipal do Seixal. O dobro dos mandatos foi conseguido, por seu lado, pelo PCTP-MRPP, que ultra-passou a fasquia dos 10 mil votos.

A inimiga dos partidos foi mesmo a abstenção, que cresceu quase 8 pontos percentuais face a 2009. A duplicação de votos em branco e a quase triplicação de nulos também complicou as contas finais no distrito.

Conquista de Sines amortece desaire do PS

CDU ganha 11 das 13 autarquia e reforça maiorias absolutas. PS manteve Montijo e ganhou Sines. PSD falhou Montijo e BE perdeu força em Almada. Abstenção cresceu quase 8%.

Textos de Bruno Cardoso

Comentário // Raul Tavares

Apesar de perder muitos votos, a CDU reconquistou autarquias. Ganhou. O PS perdeu votos, câmaras e sobretudo a hipótese de disputar taco-a-taco câmaras deixadas órfãs, com a saída de ‘autarcas-dinossauros’. Mas quem afinal ganhou, quando duplicaram os votos brancos e quase triplicaram os votos nulos? E quando os independentes galgaram tanto terreno? Que lições a tirar destes factos?

2 36

7

2

3

4

1

PS

PS

CDU

CDU

41,49% | 125.588 votos

26,07% | 78.909 votos

8,43% | 25.504 votos

5,51% | 16.694 votos

2,95% | 8.925 votos

1,97% | 5.963 votos

1,92% | 5.804 votos Votantes | 41,67%

Mandatos atribuídos:

Votantes | 302.712

Inscritos | 726.4431,70% | 5.150 votos

1,18% | 3.562 votos

0,56% | 1.699 votos

4,54% | 13.736 votos

3,69% | 11.178 votos

I

I

CDS/PP

PCTP/MRPP

PAN

PTP

Brancos

Nulos

PSD

BE

PSD/CDS

5611

Resultados finais para a Câmara Municipal

109

Mapa político de 2013

Mapa político de 2009

Page 8: Semmais 5 outubro

União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires

Amora

Fernão Ferro

Corroios

11

2

2

33

4

4Seixal Barreiro Moita

Almada

Montijo

6 5 5

3 3 3

1 1 1

1

Votantes Votantes: 60.593

Inscritos: 149.50040,53%

43,42%

23,78%

10,75%

6,59%

2,76%

1,52%

1,37%

5,40%

4,41%

PS

CDU

PTP

PCTP

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

44,89%

27,71%

8,89%

6,12%

3,21%

1,29%

4,17%

3,72%

PS

CDU

PCTP PCTP

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

45,54%

24,80%

8,43%

6,19%

2,75%

2,37%

1,96%

0,86%

3,81%

3,29%

PS

CDU

PAN

PTP

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

União de Freguesias de Barreiro e Lavradio

União de Freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena

União de Freguesias de Palhais e Coina

Santo António da Charneca

1

1

2 2

33

4

4

Moita

Alhos Vedros

União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira

União de Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos

1

1

22

33

4

4

Lobo devolve maioria absoluta à CDU na AM

Montijo à beira da ingovernabilidade

Movimento independente surpreende CDU e PS

Alfredo Monteiro passa testemunho em grande

Rui Garcia segurou sem problemas os 5 mandatos que a CDU já detinha na Câmara Municipal, voltando a deixar o PS e o BE com três e um vereadores, respectivamente. Já a passagem de João Lobo, anterior presi-dente, para a liderança da Assembleia Muni-cipal permitiu à coligação recuperar a maioria absoluta também aqui, com 15 mandatos, à custa da perda de um deputado do BE e do único que o CDS-PP tinha. Os socialistas perderam com a fusão de freguesias a única junta que lideravam: Sarilhos Pequenos.

A luta política promete ser renhida entre PS, CDU e PSD na Câmara Municipal e Assem-bleia Municipal do Montijo. A maioria abso-luta dos socialistas na câmara foi-se com as eleições e na assembleia municipal o partido da rosa tem apenas mais um deputado muni-cipal (num total de 7) do que os comunistas e os social-democratas, que têm, cada um, 6. Ao nível das freguesias, o PS beneficiou do facto de os independentes não se recan-didatarem a Pegões, mas perdeu Canha para o PSD. Já a CDU manteve Sarilhos Grandes.

Tirando a conquista da união de fregue-sias de Palhais e de Coina por um grupo de independentes, à custa, respectivamente, da CDU e do PS, há poucas mudanças significa-tivas a registar nos diversos órgãos autárquicos no Barreiro. Na câmara, a CDU revalidou os 5 mandatos que já tinha, enquanto na assem-bleia municipal inverteu a relação de poderes de há quatro anos passando a deter também a maioria absoluta. A conquista foi feita roubando um deputado municipal ao PS. Já o PSD perdeu 1 mandato para o PCTP/MRPP.

Joaquim Santos parece não ter tido dificul-dade em manter a maioria absoluta da CDU na câmara e conquistou os mesmos 6 mandatos que Alfredo Monteiro tinha conseguido. Contudo, recebeu menos 5 mil votos do que há quatro anos atrás. A maior percentagem de votos brancos verificada no concelho em todo o distrito, 5,40%, pode ajudar a explicar esta quebra. Na Assem-bleia Municipal, os partidos de direita perderam força e cederam dois mandatos à esquerda, reforçando os resultados do PS e do BE. Não houve mudanças de cor nas juntas de freguesia.

Resultados para a Câmara Municipal Resultados para a Câmara Municipal Resultados para a Câmara Municipal

3

2

2

28,59%

26,02%

25,22%

6,56%

2,90%

2,58%

4,96%

3,16%

PS

CDU

PCTP

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

6

3

2

38,73%

25,72%

13,93%

5,36%

2,48%

2,32%

2,20%

0,51%

4,63%

4,11%

PS

CDU

PAN

PCTP

PTP

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

Queda de vereador do BE dá maioria a CDU

Joaquim Judas obteve um resultado maior do que o conquistado por Maria Emília de Sousa há quatro anos e devolveu a maioria absoluta aos comunistas na câmara municipal, à custa da perda do único vereador do BE, Helena Oliveira. Na Assembleia Municipal, o destaque vai para o mandato alcançado pelo PAN, que beneficiou com a perda de um dos dois depu-tados do CDS. Já o PS perdeu na fusão de fregue-sias a liderança da Charneca e da Trafaria, mas ganhou ao PSD a Costa da Caparica.

Resultados para a Câmara Municipal

Resultadose análise concelho

a concelho

União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro

Sarilhos Grandes

Canha

União de Freguesias da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia

União de Freguesias de Pegões

1

1 2

2

3

3

4

4

5

5

União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas

União de Freguesias de Laranjeiro e Feijó

União de Freguesias de Charnecade Caparica e Sobreda

União de Freguesias de Caparica e Trafaria

Costa de Caparica

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

VotantesVotantes

Votantes

Votantes

Votantes: 52.185Votantes: 32.034

Votantes: 23.976

Votantes: 16.528

Inscritos: 134.303Inscritos: 70.590

Inscritos: 59.425

Inscritos: 41.316

38,86%45,38%

40,35%

40%

Brancos, nulose independentes baralharam as contas

Alcácer do Sal, Grândola e Sines foram as três câmaras que mudaram de mãos. Montijo esteve perto da mudança com o PS a perder a maioria absoluta que geria há doze anos. O aumento de mandatos em Setúbal e Palmela não mexeu nas maiorias da CDU: os comunistas elegeram mais um vereador em Setúbal, o PS outros dois, um em Palmela e outro em Setúbal, enquanto a coligação PSD/CDS voltou a integrar o executivo municipal em Palmela. O CDS-PP, sozinho, conquistou um vereador em Alcochete. As uniões de freguesias também geraram surpresas.

CDU reforça poder no distrito vermelho

Joaquim Judas, Almada

José Manuel, Almada

Joaquim Santos, Seixal

Alfredo Monteiro, Seixal

Carlos Humberto, Barreiro

Frederico Pereira, Barreiro

Rui Garcia, Moita

João Lobo, Moita

Nuno Canta, Montijo

Maria Amélia Antunes, Montijo

Luís Franco, Alcochete

Miguel Boieiro, Alcochete

Augusto Pólvora, Sesimbra

Odete Graça, Sesimbra

Câm

ara

Mu

nic

ipal

Ass

embl

eia

Mu

nic

ipal

Page 9: Semmais 5 outubro

Alcochete

São Francisco

Samouco

Palmela

Santiago

Alcochete

Alcácer

Setúbal

Sines

Sesimbra

Grândola

Votantes

Votantes

Votantes

Votantes

Votantes: 7.166

Votantes: 15.620

Votantes: 19.818

Votantes: 40.066

Inscritos: 13.840

Inscritos: 41.355

Inscritos: 51.465

Inscritos: 103.448

51,78%

37,77%

38,51%

38,73%

Saída de Paredes deixa PS em maus lençóis

Eleitorado dividido do PS dá maioria relativa à CDU

CDU rouba Ermidas ao PS e faz pleno em Santiago

PS demolidor engole independentes e CDU

CDU mantém maioria absoluta mas falha os 7

Aumento de mandatos não beneficiou maioria

Abstenção e nulos trocam voltas a Pólvora

Franco atinge para CDU melhor resultado distrital

A retirada da confiança política a Pedro Paredes, actual presidente, ditou a queda do PS em Alcácer e o regresso da CDU, após um hiato de 8 anos. Na câmara, os dois partidos trocaram entre si mandatos, ficando a CDU com 4 vere-adores e o PS com 3. A coligação unitária também conquistou a maioria absoluta na assembleia municipal, surripiando dois deputados ao PS e o único que PSD e BE tinham, respectivamente, nesta autarquia. Os socialistas perderam para a CDU o Torrão e Santiago, esta última devido à fusão de freguesias na sede do município.

A divisão do eleitorado do PS ditou a maioria relativa da CDU na câmara e a perda de 3 vere-adores rosa. António Candeias e Aníbal Cordeiro, porta-vozes dos dois movimentos indepen-dentes, elegeram-se igualmente para a vere-ação. Mesmo perdendo dois deputados na Assembleia Municipal, a CDU ganhou a luta pela liderança do órgão, renegando o PS para terceiro, atrás dos independentes de Candeias. Estes roubaram também Melides ao PS, que viu ainda cair Santa Margarida da Serra para a CDU, na fusão com a freguesia de Grândola.

A queda do PS na freguesia de Ermidas-Sado e a conquista desta junta pela CDU é a única mudança a reter num concelho onde pouco ou nada se alterou face a 2009. A coligação unitária conseguiu exactamente o mesmo número de mandatos na Câmara e na Assembleia Municipal: 4 vereadores e 11 deputados, respectivamente. O PS e o PSD mantiveram o número de vereadores, bem como de deputados municipais. O BE também manteve o único deputado que já tinha na Assembleia Municipal.

O PS venceu a Câmara Municipal e a Assem-bleia Municipal com maioria absoluta. Os resul-tados foram os mais inesperados e satisfató-rios na região para os socialistas. O PS conquistou 4 mandatos na câmara, roubando dois ao movi-mento SIM. A CDU manteve o seu vereador. Na Assembleia Municipal, os socialistas também beneficiaram da transferência directa de votos dos independentes, sentando neste órgão mais 4 deputados. Já a CDU beneficiou do facto de o BE não ter ido a votos. Os socialistas roubaram ainda ao SIM a liderança da freguesia de Sines.

A agora presidente da câmara reeleita, Maria das Dores Meira, falhou o objectivo de conseguir eleger 7 vereadores em Setúbal, mas segurou a maioria absoluta e conquistou mais um vereador. O outro foi para o PS, deixando de fora o BE, que espreitava a eleição de um autarca. Na Assembleia Municipal, CDU, PS e BE reforçaram o número de mandatos. A CDU perdeu, todavia, São Simão para os Inde-pendentes, em Azeitão, mas roubou São Julião e Santa Maria da Graça ao PS na nova mega freguesia criada no centro da cidade.

A maioria que a CDU já detinha na Câmara de Palmela não saiu reforçada com o aumento do número de mandatos de 7 para 9 este ano. Mas o PS e o PSD/CDS souberam capitalizar essa mudança e conquistaram, para cada, um novo vereador. A passagem de Ana Teresa Vicente para a Assembleia Municipal aumentou o peso da CDU, mas também do resto da esquerda, nomeadamente PS e BE. O PSD/CDS, coligados, valem agora menos do que separados outrora. Os socialistas perderam a Marateca com a fusão de freguesias, a única junta que detinham.

Augusto Pólvora, presidente reeleito da CDU na Câmara de Sesimbra, bem pode culpar a abstenção pela perda de um mandato no Domingo. É que 62,3% do eleitorado não foi votar, fazendo do número do município o maior a nível distrital. Os socialistas benefi-ciaram directamente com esta situação, dupli-cando os mandatos na edilidade. A maior percentagem de votos nulos no distrito também pôde ter tido influência no resultado final. Na Assembleia Municipal e na liderança das três juntas, poucas trocas há a registar.

Luís Franco conseguiu o melhor resultado destas eleições no que diz respeito a uma câmara municipal: 53,45%. É um aumento de pouco mais de 1% face ao atingido em 2009. Há 4 anos, tinha sido o socialista Carlos Beato, em Grân-dola, a atingir o melhor resultado, com quase 60% dos votos. Voltando a Alcochete, o PS perdeu o segundo vereador para o CDS-PP, que, sozinho, obteve aqui o seu único mandato na região. Na Assembleia Municipal, o PS perdeu três depu-tados, os mesmos ganhos pelo CDS. Os socia-listas perderam ainda São Francisco para a CDU.

4

3

53,55%

32,81%

3,28%

2,96%

2,32%

2,72%

2,36%

PS

CDU

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

3

2

1

1

34,56%

23,62%

18,79%

18,67%

1,08%

1,91%

1,37%

PS

CDU

XIII

BE

XVIII

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

4

2

1

45,53%

26,61%

14,43%

3,65%

2,12%

4,45%

3,20%

PS

CDU

PSD

BE

CDS/PP

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

6

3

1

1

51,97%

23,06%

15,90%

4,08%

1,38%

1,88%

1,73%

PS

CDU

SIM

PSD

CDS/PP

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

6

4

1

41,91%

26,41%

12,85%

5,66%

2,83%

2,46%

4,64%

3,21%

PS

CDU

PCTP

BE

PAN

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

5

3

1

46,70%

25,28%

11,36%

5,28%

1,96%

5,15%

4,26%

PS

CDU

PTP

BE

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

4

2

1

41,84%

21,91%

9,75%

8,64%

5,51%

2,91%

4,91%

4,54%

PS

CDU

PAN

PSD/CDS PSD/CDS PSD/CDS

I

BE

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

5

1

1

53,45%

16,79%

13,61%

8,02%

4,91%

3,22%

PS

CDU

PSD

CDS/PP

Brancos

Nulos

Resultados para a Câmara Municipal

1

1

2

2

3

3

Torrão

Comporta

São Martinho

União de Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana

1

12

2 3

3

4

4

Santiago

Castelo

Quinta do Conde

1

12

2

3

3

Palmela

Pinhal Novo

Quinta do Anjo

União de Freguesias de Poceirão e Marateca

1

12

2

33

4

4Setúbal (São Sebastião)

União de Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Sra. da Anunciada e Sta. Mª da Graça)

Sado

Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra

União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

11 2

23

3

4

4

5

5

União de Freguesias de

Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra

Santo André

Cercal do Alentejo

São Francisco da Serra

Abela

Alvalade

Ermidas-Sado

União de Freguesias de São Domingos e Vale de Água

11

2

2

33

4

4

5

5

6

6

7

7

8

8

Sines

Porto Covo

1

2

2

1União de Freguesias de

Grândola e Sta. Margarida da Serra

Melides

Carvalhal

Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão

1

12

23

3

44

Votantes Votantes Votantes VotantesVotantes: 6.767 Votantes: 8.120 Votantes: 13.023 Votantes: 6.816

Inscritos: 11.340 Inscritos: 12.467 Inscritos: 25.361 Inscritos: 12.03359,67% 65,13% 51,35% 56,64%

Álvaro Amaro, Palmela

Ana Teresa Vicente, Palmela

Maria das Dores Meira, Setúbal

Palma Rodrigues, Setúbal

Vítor Proença, Alcácer do Sal

António Balona, Alcácer do Sal

Figueira Mendes, Grândola

Rafael Rodrigues, Grândola

Álvaro Beijinha, Stgo. do Cacém

Paula Lopes, Stgo. do Cacém

Nuno Mascarenhas, Sines

José Luís Batalha, Sines

Augusto Pólvora, Sesimbra

Odete Graça, Sesimbra

Foto

s: D

R

Page 10: Semmais 5 outubro

2 100

26

18

10

5

15

1

1

PS

CDU 40,40% | 122.334 votos

26,38% | 79.879 votos

8,56% | 25.920 votos

6,57% | 19.890 votos

3,31% | 10.027 votos

2,09% | 6.327 votos

1,92% | 5.822 votos

1,12% | 3.378 votos

0,95% | 2.869 votos

0,11% | 328 votos

4,81% | 14.570 votos 4,64% | 14.066 votos

3,80% | 11.496 votos 3,78% | 11.448 votos

I

CDS/PP

PCTP

PAN

PTP

Brancos Brancos

Nulos Nulos

PSD

BE

PSD/CDS

PS 26,54% | 80.440 votos

CDU 41,83% | 126.785 votos

8,15% | 24.713 votosPSD

6,11% | 18.518 votosBE

3,27% | 9.901 votosI

2,99% | 9.071 votosPSD/CDS

1,82% | 5.517 votosCDS/PP

0,78% | 2.370 votosPCTP

0,10% | 293 votosPTP

54

24

34

17

4

1

15111 35744

7

1

3

214

Resultados finais para a Assembleia Municipal Resultados finais para a Assembleia de Freguesia

Votantes | 41,69% Votantes | 41,73%

Mandatos atribuídos: Mandatos atribuídos:

Votantes | 302.840 Votantes | 303.122Inscritos | 726.443 Inscritos | 726.443

327 705

PERDER a Junta da Costa da Capa-rica (Almada) e ganhar a de Canha (Montijo) não é a mesma coisa. Mas o PSD acompanhou as perdas no distrito num ambiente político muito hostil. E até ganhou um vereador comparando com os nove conquis-tados há quatro anos. Feitas as contas ao somatório dos votos alcançados para as câmaras, assembleias-muni-cipais e assembleia de juntas, o partido ‘laranja’ perdeu 47.614 votos.

De registar a subida de 3,5 do PSD em Santiago do Cacém, caso singular neste domingo eleitoral.

Mas os social-democratas não vão esquecer tão depressa o facto de terem ficado apenas a 550 votos de ganhar a câmara de Montijo, a sua grande aposta, que redundou em alguma frustração. E na capital de distrito, Setúbal , também gerou desa-lento, uma vez que a lista liderada por Luís Rodrigues perdeu mais de cinco mil votos.

AINDA não foi desta que o BE conseguiu eleger um vereador para a Câmara Municipal de Setúbal. Mas foi nestas eleições que os bloquistas perderam a única vereadora que tinham em Almada. E tirando a reeleição de Luís Cordeiro e de Joaquim Raminhos, no Seixal e na Moita, respectivamente, a noite elei-toral não trouxe mais alegrias para o bloco, num distrito que também ele é tradicionalmente de esquerda.

Em termos quantitativos, o BE perdeu 14 mandatos e mais de 21 mil votos, sendo prejudicado, por exemplo, pelo facto de não ter apre-sentado quaisquer candidaturas em municípios como Alcochete e Sines.

O partido liderado por Mariana Aiveca no distrito, deputada na AR que não conseguiu a sua eleição como vereadora em Setúbal, não colheu os frutos da sua posição contra a Troika e as políticas do Governo.

OS CENTRISTAS sozinhos obti-veram 17.648 mil votos, menos 25.319 mil votos que nas eleições de 2009. E viram reduzidos os mandatos de 20 para exactamente metade. Mas terão contribuído para alguns ganhos nas várias coligações que empreenderam com o seu parceiro de coligação governamental. Neste caso, aumentaram dois mandatos em coligação, de 30 para 28.

E obteve uma surpresa em Alcochete, com a eleição de um vereador. em candidatura só do partido.

O problema, contudo, é que o CDS-PP interrompe assim uma ascensão no distrito que foi iniciada no anterior ciclo eleitoral, e após a chegada à liderança distrital do deputado Nuno Magalhães.

Os centristas alcançaram 13 mandatos contra os 23 que obti-veram em 2009.

Era a grande aposta do PSD e fez uma grande campanha. Ficou a 550 votos da cadeira do poder, mas foi ultrapas-sada pela surpresa CDU.

Diz-se que o anterior presidente de Sines tudo fez para deixar no seu lugar a sua ‘delfim’. Mas estava destinado que nem ganharia ele próprio a AM.

A confiança inabalável com que partiu para a corrida de Alcácer deu certo. Deixou Santiago aconchegada e deu mais uma câmara ao seu partido.

Foi o grande vencedor em Sines e ‘herói’ de um PS que viveu uma noite para esquecer. O novo edil arrasou os adversários e ganhou força.

É o rosto da derrota na ‘vila morena’ e mostrou demasiada segurança, ao ponto de não apro-veitar a obra do PS. O seu empenho acabou por ser de pirro.

É a nova coqueluche da CDU. Há quatro anos cilindrou um PS forte. Agora repetiu a dose contra um dos homens de mão de António José Seguro.

É certo que aproveitou a divisão de votos junto do elei-torado socialista. E nem subiu votação. Mas regressou a uma casa que já liderou.

A líder da federação do PS deixou que as divisões se acentuassem em Alcácer e Grândola. Perdeu e deixou o PS na penúria eleitoral.

Maria das Mercês BorgesManuel Coelho

Vítor Proença

Nuno Mascaranhas Ricardo Campaniço

Maria das Dores Meira

Figueira MendesMadalena Alves Pereira

A PERDA de duas câmaras municipais na Costa Alentejana, Alcácer e Grândola, e a tremedeira eleitoral no Montijo, com a perda da maioria absoluta, transformaram o PS no partido que mais perdeu nas eleições de domingo. No total, os socialistas perderam 55.511 votos e as apostas de Almada e Setúbal ficaram muito aquém das expec-tativas.

Mas o PS perdeu também a lide-rança de algumas freguesias emble-máticas, como Marateca (Palmela), ou Canha (Montijo). E isto numa altura em que parte dos dinous-sauros da CDU estavam de saída.

Salvou-se a conquista da câmara de Sines, com dimensão e peso, onde o partido da ‘rosa’ dizimou o Movimento Sim e não deu espaço de aproximação à CDU, quebrando aqui uma fasquia do regresso ao poder total da Coli-gação Unitária.

A CDU obteve vitórias em 11 das 13 câmaras municipais do distrito, mas terá de analisar internamente a perda de 74 mandatos e de quase 58 mil votos em 4 anos. A coligação recu-perou Alcácer e Grândola ao PS e esteve a ponto de repetir a proeza no Montijo. Mas continua muito longe do poder em Sines, depois de Manuel Coelho, agora também ele afastado da liderança de qualquer órgão autár-quico, se ter desfiliado.

Apesar da quebra na votação, provocada pelo aumento da abstenção, a CDU viu ganhar 44 das 55 fregue-sias do distrito, beneficiando também ela das fusões introduzidas, resul-tantes de uma lei que sempre contra-riou. Foi assim em Santiago (Alcácer) e em Sta. Margarida da Serra (Grân-dola). «É um balanço muito positivo, à semelhança do resultado conquis-tado no plano nacional», diz Manuel Valente, da Direcção de Organização do Litoral Alentejano do PCP.

OS MOVIMENTOS de cidadãos independentes conseguiram aumentar a sua representatividade em múlti-plas autarquias do distrito, chegando mesmo à liderança da junta de Melides (em Grândola) e das freguesias resul-tantes da fusão de São Simão e São Lourenço (em Setúbal) e de Palhais e Coina (no Barreiro). Ainda assim, sofreram um duro revés ao serem arredados da liderança da Câmara e Assembleia Municipal de Sines, bem como da Junta de Freguesia sineense.

Comparativamente a 2009, os independentes conquistaram a confiança de 21.686 eleitores, mais 6.102 do que em 2009, e 53 mandatos, mais 13 do que há quatro anos.

Tudo quase muito igual no burgo ‘laranja’

Bloquistas falham Almada e vêm Setúbal p’lo canudo

CDS sozinho claudicou,mas ajudou coligações

Rombo num Jardim das ‘rosas’ que queria crescer

Coligação reforça liderança mas perde 58 mil votos

Independentes confirmam que vieram para ficar

374.707Votos

VENCEDORES

VENCIDOS

432.603Votos239.228

Votos294.739

Votos76.137Votos

123.751Votos55.102

Votos76.509Votos28.023

Votos14.065Votos21.686

Votos15.584Votos17.648

Votos42.967Votos10.898

Votos9.111

Votos6.431Votos

907Votos2.320

Votos863

Votos

Resultados finais no distrito em 2013* Resultados finais no distrito em 2009*

CDU CDUPS PSPSD PSDBE BEPSD/CDS

PSD/CDS

I ICDS CDSPCTP PCTPPAN MPTPTP MMS

Brancos42.372

Brancos20.901

Nulos34.122

Nulos13.262

564 638350 43987 13130 2853 4010 20244 581

*Res

ult

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M e

AF

Page 11: Semmais 5 outubro

Bombeiros festejam 100 anos

O PAVILHÃO do Centro de Formação do Litoral Alente-jano da Caixa de Crédito Agrí-cola Mútuo da Costa Azul (junto ao Hospital) recebe, este sábado, dia 5, a partir das 15 horas, a Gala do Centenário

(1913-2013) da Associação dos Bombeiros Mistos de Santiago do Cacém, que conta, entre várias entidades, com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Santiago do Cacém.

LOCAL

Sábado //5 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Setúbal recebeu caloiros do Instituto Politécnico

A presidente da Câmara Muni-cipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, deu as boas-

vindas ao novo ano lectivo a cerca de mil estudantes do Instituto Poli-técnico de Setúbal, entre caloiros e veteranos, que se concentraram, na quinta-feira ao final da manhã, defronte dos Paços do Concelho.

«É um privilégio tê-los aqui neste espaço que é de todos, sede do Município», congratulou-se Maria das Dores Meira, dirigindo-se aos alunos das escolas supe-riores de Tecnologia, de Educação, de Saúde e de Ciências Empresa-riais do IPS.

«Precisamos de estudantes

informados e formado», salientou a autarca, para realçar o contri-buto que podem vir a dar, nas diversas áreas, para o desenvol-vimento do concelho.

Maria das Dores Meira desejou aos estudantes um bom ano lectivo 2013-2014, com muito estudo mas com «muitas visitas ao centro de Setúbal», uma vez que grande parte dos jovens universitários não é do

concelho e o Campus do IPS está localizado a cinco quilómetros da cidade.

Distância que os alunos percor-reram a pé, ao longo da manhã, no âmbito da Semana de Acolhimento do IPS, com as habituais praxes académicas, embora exibindo cartazes com palavras como “ajudem o futuro”, “baixem as propinas” e “respeitem-nos”.

Estudantes exibiram cartazes com protestos

Alteração do PDM de Sines em discussão

Montijo tem água de qualidade

Dança de Almada estreia “Muito Chão” dia 12

Palmela dá a conhecer património

Moita revive festa religiosa emSarilhos Pequenos

Escolas do Barreiro distinguidas

Santiago do Cacém celebra Dia da Música

Pavimento da A2 beneficiado em Grândola

Maçã de Sesimbra reina em Sampaio

Feira Nova aquece Outono em Alcácer do Sal

Idosos de Alcochete enriquecem plano

ATÉ dia 13 de Novembro, decorre a discussão pública do processo de alteração do Plano Director Municipal de Sines. A alteração visa adequar a regulamentação dos empreendimentos turís-ticos isolados. O Plano abrange cerca de 202,7 quiló-metros quadrados.

FOI atribuído o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano aos Serviços de Água e Saneamento. A distinção evidencia as enti-dades prestadoras de serviço de abastecimento público de água que, no último ano, tenham assegurado qualidade exemplar da água.

NO DIA 12, a Companhia de Dança de Almada estreia o programa da temporada de 2013 no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. “Muito Chão”, do coreógrafo Benvindo Fonseca, encerra a trilogia de comemoração dos seus trinta anos de percurso profissional, sucedendo a “Casa do Rio”, estreado em 2011 por esta mesma Companhia, e a “Edzer”, estreado pela Compa-nhia de Bailado Contemporâneo, também em 2011.

A VISITA “Mais de dois séculos entre a investigação arqueológica e a valorização patrimonial: de Troia ao Castelo de Palmela” decorre a 19.

Com partida em Lisboa, às 8 horas, e final às 19 horas, o evento dá a conhecer as ruínas de Troia, o Núcleo Museológico e o Espaço Arqueológico do Castelo e os sítios do Castro de Chibanes, do Alto da Queimada e das Grutas de Quinta do Anjo. O programa termina com prova de Moscatel.

ATÉ domingo, Sarilhos Pequenos recebe a sua tradicional Festa em Honra de Nossa Senhora da Graça. O destaque do primeiro dia foi a “Noite da Sardinha Assada”, a qual atraiu muitos visitantes, juntando locais e forasteiros em torno dos assadores instalados na rua.

A dança do Huga Huga, sevi-lhanas, corrida do fragateiro, bailes e a procissão são alguns dos pontos altos destas festividades que terminam com o fogo-de-artifício e a “Queima do Batel”.

DEZ escolas do Barreiro foram distinguidas, pelo trabalho reali-zado no ano lectivo 2012/13, na área ambiental, pela Associação Bandeira Azul, como Eco-Escolas.

Presentes na cerimónia, em Cascais, estiveram os colégios “O Carinho” e Minerva; as EB´s 2,3 Álvaro Velho; Luís Mendonça Furtado e Abílio Mendes; bem como as EB´s 1 de Coina; N.º 6 do Barreiro; N.º 8 do Barreiro; e a EB1/JI N.º 5 do Barreiro; e o Jardim Xi Coração.

A COMEMORAR o dia Mundial da Música, o Coral Harmonia promove, este sábado, no auditório municipal António Chaínho, um espectáculo que pretende homena-gear o fado. “Fado em Coro” é mais uma prova a música coral está aberta a todas as correntes e géneros musi-cais. Com acompanhamento de guitarra portuguesa, viola e contra-baixo, participam ainda neste espec-táculo duas fadistas que, em conjunto com o Coral, darão voz a fados bem conhecidos de todos nós.

A BRISA vai arrancar em breve com a beneficiação do pavimento na via esquerda do sentido Norte/Sul, no sublanço Grândola Norte / Grândola Sul da A2-Auto-estrada do Sul. O investimento ronda 1,7 milhões de euros e abrange uma extensão de 15 quilómetros. Trabalhos duram até Dezembro.

A MOAGEM de Sampaio recebe, este domingo, a partir das 9 horas, 1.ª Mostra de Maçã Camoesa, que visa divulgar este fruto junto do público.

A iniciativa envolve vários produ-tores e de uma doceira, que vai apre-sentar doçaria à base deste fruto, e será complementada com a apresen-tação de estudo sobre os compostos fenólicos.

A FEIRA Nova de Outubro, em Alcácer do Sal, decorre até este domingo, com muita diversão, música e animação, além da oportunidade de se fazer negócio e de se provar os primeiros frutos secos do ano. Richie Campbell é cabeça de cartaz deste ano.

Stands institucionais, feira de frutos secos, mas também bancas de vestu-

ário, calçado, decoração, quinquilha-rias, mobiliário e brinquedos, animação musical, tasquinhas e feira franca fazem parte do programa.

A tenda das tasquinhas acolhe o palco onde a música e o teatro estão em destaque. Este sábado, Richie Campbell, o português sensação do reggae e soul interna-

cional, actua pelas 22h30.No domingo, há corrida de touros,

às 17 horas, com os cavaleiros João Ribeiro Telles, João Maria Branco e João Salgueiro da Costa; e os forcados amadores de Santarém e de Montemor, que lidam 6 touros. Mónica Sintra canta às 22h30, para encerrar o certame.

O MUNICÍPIO acaba de apre-sentar o Plano Sénior, o qual foi enri-quecido com as sugestões dos idosos e que visa conceber projectos, promo-tores do bem-estar da população sénior.

«Há muito tempo que nos preo-cupamos com estas questões e muitas têm sido, ao longo dos anos, as acti-

vidades que temos desenvolvido para os séniores, de forma a proporcionar-lhes uma vida activa e feliz», subli-nhou o vereador.

A técnica Patricia Caetano apre-sentou o resultado do estudo rela-tivo aos indicadores de bem-estar da população sénior e o plano de acti-vidades para 2014.

Pitéus do Seixal aguçam bocasA MOSTRA Gastronómica Baía,

que decorre no Seixal, propõe a degustação de pratos, em restau-rantes aderentes, que têm como alimentos essenciais os produtos hortícolas das antigas quintas do concelho.

Sente-se à mesa e recorde os sabores simples de outrora, com comida genuinamente portuguesa. O evento promove a gastronomia local, enquanto um produto turís-tico, e dinamiza o tecido empre-sarial local da restauração.

Centenas de estudantes invadiram a cidade com grande animação

DR

A cidade animou com o desfile dos jovens estudantes que ingressaram este ano no IPS. A edil sadina, Dores Meira deu-lhes as boas vindas.

Page 12: Semmais 5 outubro

Farinha brilhou na Pesca Sub-21 Sado acolhe regatas Team

O ATLETA setubalense João Farinha classificou-se, em individuais, em 4.º lugar no Campeonato do Mundo de Pesca Embarcada Sub-21, que decorreu no porto de Setúbal. Foi o melhor português

enquanto a equipa portuguesa alcançou o 2.º lugar. As provas contaram com a envolvência de 120 atletas de 16 países. Os campeonatos foram organi-zados pela Federação de Pesca Desportiva do Alto Mar.

AS ÁGUAS do porto de Setúbal receberam, de 14 de Setembro a 1 de Outubro, as regatas em Team Building. O objectivo deste evento foi o de propor-cionar aos seus participantes uma forma diferente de dina-

mização de team building, superando limites, vencendo desafios e incentivando o desenvolvimento pessoal, complementada pela beleza e óptimas condições naturais do estuário do Sado.

DESPORTO

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AVISO

ALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO URBANO DE INICIATIVA MUNICIPAL Nº. 2/2011

Bairro Francisco Gentil – Alcácer do Sal

ISABEL CRISTINA SOARES VICENTE, Vereadora do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:TORNA PÚBLICO, nos termos do disposto no nº.1 do Artº. 22, do Decreto-Lei nº. 555/99 de 16 de Dezembro na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão pública, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objeto a proposta de alteração do projeto de loteamento de iniciativa municipal nº. 2/2011, situado no Bairro Francisco Gentil, Freguesia de Santa Maria do Castelo, neste Concelho.O presente procedimento tem como finalidade o aumento de área do lote em 25,00m2, perfazendo o mesmo a área total de 225,00m2.A área de construção mantem-se, resultando apenas a redução dos índices de implantação e de construção que passarão a ter 0,31, mantendo-se todos os demais indicadores e condicionamentos urbanísticos iniciais do loteamento. Assim, qualquer interessado poderá proceder à formulação de sugestões, observações ou reclamações, dirigindo-as à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, todos os dias úteis das 9,00 às 16,00horas.

Alcácer do Sal, 19 de Setembro de 2013A Vereadora do Pelouro

(Isabel Cristina Soares Vicente)

Duzentosatravessam Baía de Sesimbra

Grândola acolhe Mundial BTT

CERCA de 200 atletas, federados e não federados, estão inscritos na Travessia da Baía, que se realiza este sábado, às 11 horas.

Considerada uma das mais prestigiadas provas de mar que se realizam em Portugal, a prova tem início na praia da Califórnia e chegada à praia do Ouro, numa distância de cerca de 1500 metros.

A competição, com mais de 60 anos, atrai, todos os anos, milhares de entusiastas que enchem a marginal de Sesimbra para apoiar os participantes.

MAIS de duzentos atletas de 22 países vão participar, de 9 a 13 deste mês, na Taça do Mundo de Orientação em BTT e disputar os títulos de Vete-ranos em Sprint, Distância Média e Distância Longa.

O desfile de abertura tem lugar no dia 10 em Grândola, pelas 17 horas, e a entrega de prémios da 1.ª etapa decorre a 11, às 13 horas, no complexo José Afonso. A Serra de Grân-dola, é palco da 1.ª etapa desta competição no dia 11, com a realização da prova de distância média, pontuável para a Taça do Mundo e para o Campeonato do Mundo de Veteranos. No dia 12 é a vez de Sines receber uma etapa e no dia a seguir Santiago do Cacém.

Prova tem 1500 metros

Vitória com “Cautelas” na viagem a Alvalade

José Mota, treinador do Vitória de Setúbal, quer uma equipa «respon-

sável e concentrada» na visita a Alvalade, no jogo desta noite, a contar para a 7ª jornada da Liga de futebol.

A equipa sadina que até agora só conquistou um

triunfo, em Guimarães, à terceira jornada, e soma apenas cinco pontos, quer surpreender o Sporting e conseguir um bom resul-tado no terreno dos leões.

Nas duas últimas jornadas, os sadinos conquistaram dois empates que souberam a pouco, uma vez que, em ambas as partidas esti-veram em situação de vantagem e deixaram que o adversário conseguisse igualar o marcador. José Mota admitiu, em confe-rência de imprensa de antecipação do encontro,

que aquilo que tem acon-tecido nos últimos jogos é culpa de alguma «falta de concentração a nível defensivo» e por isso quer ver «um Vitória igual a si próprio, sem adulterar os seus princípios de jogo», mas simultaneamente «uma equipa responsável e concentrada». O técnico sadino diz que não «há medos» na visita a Alva-lade, mas que têm de ser tomadas «as cautelas necessárias, uma vez que o adversário tem exce-lentes executantes, o melhor ataque e o actual

melhor marcador». Para conseguir impor o seu futebol, José Mota quer que o Vitória jogue com «identidade e com a concentração nos limites máximos, para perceber quais são as qualidades

do Sporting e conseguir anulá-las.»

O avançado Jorginho é a única baixa na equipa sadina nesta deslocação a Alvalade. O encontro com início às 20h15m vai ser apitado pelo árbitro lisboeta Duarte Gomes.

Mota admite que Sporting tem bons atletas

Sadinos querem surpreender o Sporting e trazer um bom resultado

Marta David

Pub.

O treinador José Mota quer os jogadores concentrados

DR

DR

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Moçambicanos no Porto de Sines APSS avalia satisfação

O PORTO de Sines foi visitado no dia 2 por uma comitiva do Conselho Municipal da Pemba. Foi o primeiro passo para um entendimento que levará à celebração de um protocolo de geminação entre as duas

cidades, assente na actividade portuária e industrial. Por outro lado, a Galp Energia está a desenvolver um projecto de gás natural liquefeito na província moçambicana de Cabo Delgado.

A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra realizou um questionário aos seus colaboradores para avaliar o grau de satisfação e conhecer a opinião e as actividades que desenvolvem actualmente,

tendo em vista a melhoria contínua. O questionário foi elaborado pelo Gabinete de Qualidade, Ambiente e Segu-rança e versou sobre diversas áreas respeitantes à organi-zação da empresa.

NEGÓCIOS

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www.semmaisjornal.com

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Pub.

“Precisamos de aumentara produção biológica”

A agricultura biológica já chega às mesas de cerca de 50 mil habi-

tantes do distrito de Setúbal, segundo um estudo da Brio Supermercado Biológico, mas a produção regional está muito longe de alimentar todas as famílias que preferem estes

alimentos classificados como “mais saudáveis”. As estatís-ticas no distrito não variam do que nos é mostrado pelo todo nacional, em que os produtores apenas asseguram 20% do que se consome no país. A maioria dos artigos transformados vem de fora, à excepção de azeite e vinho, pelo que Jaime Ferreira quer mais produção, alertando que a agricultura biológica «não poderá ser sempre baseada na importação».

Face ao aumento do núme-ro de consumidores de produtos biológicos, como avalia hoje o mercado?Aumentou tanto que não há resposta para tanta procu-

ra. Vende-se em todos os pon-tos do país, mas é um negó-cio que está a crescer. Con-cretamente não sabemos es-tatísticas reais, se não aque-las que nos chegam pelos agricultores associados, mas é óbvio que não podemos imaginar que a nossa agri-cultura biológica vai ser sem-pre baseada na importação, pelo que o país precisa de muitos mais produtores.

Mas sabe quanto represen-ta a importação?Entre 80 a 90% do que se consome por cá. Quase tudo o que é produto transforma-do vem de fora, excepção feita ao azeite, vinho, pão e cereais para pequeno-almo-ço. Numa loja de produtos biológicos, tirando frutas e legumes, o resto não é nos-so. E precisamos de aumen-tar a produção biológica”

E estamos a exportar?É pouco representativo, face ao que vem de fora, mas fal-tam-nos dados.

Como é que um consumidor sabe que não é comprar gato

pro lebre?Quando tem dúvidas deve pedir a certificação do pro-duto para garantir que é bio-lógico, porque todas as em-balagens têm que ter a men-ção de que o produto está certificado e qual a empre-sa que certificou. Por exem-plo, no mercado Setúbal (quintas-feiras no Jardim do Quebedo) temos os nos-sos produtores sempre com o cuidado de terem o cartaz onde afixam a licença de ga-rantia. Até porque pode ha-ver uma fiscalização a todo o momento da ASAE ou da respetiva câmara.

Estamos a falar de produtos mais caros?Não são muito mais caros e em termos produtos da épo-ca, quando há grandes quan-tidades, até conseguimos praticar preços mais bara-tos. O caso da alface é um bom exemplo. Temos esta-do a fazer o levantamento dos preços de produtos bio-lógicos em vários mercados todos os fins-de-semana e começamos a chegar perto dos produtos convencionais.

Com uma produção em crescendo, a agricultura biológica pode significar um trunfo para inverter a importações deste tipo de bens alimentares. 50 mil habitantes do distrito já perceberam as vantagens. Jaime Ferreira, da Agrobio, quer mais.

Jaime Ferreira, Presidente da Agrobio, ao Semmais

Roberto Dores

Jaime Ferreira, da Agrobio

DR

Repsole Santiago apoiam colectividades

Pasmados com nova imagem

SEIS instituições desportivas, culturais e de carácter educativo e social do concelho assi-naram, na passada semana, um protocolo com a Repsol Polímeros e o município de Santiago do Cacém com vista à atribuição de apoios financeiros.

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, considera que a Repsol é «muito importante no processo produtivo da região, pois 70 por cento do seu quadro de pessoal reside no concelho».

Já o director-geral da Repsol, José Font, referiu que «neste ano difícil para todos, o valor do apoio é idêntico ao ano anterior. A empresa quer estar ao lado das autar-quias, das entidades da região e dos seus traba-lhadores».

A JOSÉ Maria da Fonseca (JMF), de Azeitão, acaba de lançar as novas colheitas e nova imagem de dois dos seus vinhos mais emblemáticos: o Pasmados Branco 2009 e o Pasmados Tinto 2011.

Pasmados é proveniente de uma das quintas da Família Soares Franco, localizada na Península. A vinha de Pasmados compreende cerca de 18 hectares, com início no sopé da Arrábida.

O Pasmados Branco é lançado para o mercado apenas após um período mínimo de dois anos durante os quais fermenta, estagia e repousa nas caves da empresa. A presente colheita, um lote de Viosinho, Arinto e Viognier, teve 6 meses de estágio em barricas de carvalho francês, e é ideal para acompanhar queijos e pratos de peixe e marisco.

O Pasmados Tinto obteve o seu nome actual nos anos 70 por necessidades de natureza comercial, inspirando-se na fonte setecentista existente em Azeitão ao lado da Casa Museu JMF. A colheita actual, inclui um lote de Syrah, Touriga Nacional e Castelão.

“Serra Mãe” da Sivipa conquista medalha Grande Ouro do Mundus Vini

A SIVIPA, adega de Palmela, acaba de ganhar a medalha Grande Ouro e a distinção Melhor Vinho Tinto Português do ano na Alemanha, com o Serra Mãe Reserva 2009.

O prémio “Bester Rotwein Portugal” foi conquistado no 13.º Mundus Vini Great Inter-national Wine Awards, que decorreu em Neustadt, na Alemanha.

Entre o final de Agosto e o início de Setembro, cerca de 250 membros de um júri de 45 países avaliaram vinhos de todo o mundo.

Serra Mãe é um DOC

Palmela produzido das vinhas mais velhas das castas Castelão, plan-tadas nos típicos solos arenosos, por método de produção integrada.

Em anos anteriores, o Serra Mãe tem sido galardoado e conquistou medalha de prata no concurso de vinhos engarra-fados da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal e a medalha de ouro no Vinalies Internationales, em Paris, em 2010.

No global, foram 17 as medalhas entre-

gues aos vinhos da região no referido concurso,

nomeadamente 4 de ouro e 12 de prata. Os vinhos premiados pertencem à Casa Erme-linda Freitas, Coopera-

tiva Agrícola Sto. Isidro de Pegões, Freitas & Palhoça, Adega Cooperativa de Palmela e Xavier Santana.

O enólogo Filipe Cardoso afirma que se trata de uma medalha «muito importante», uma vez que coloca a empresa no «topo» dos vinhos nacio-

nais. «Somente os grandes vinhos conseguem alcançar este prémio. Isto demonstra a excelência dos nossos produtos e a qualidade dos vinhos da região», sublinha.

O Serra Mãe Reserva 2009, comercializado pelo preço de 6 euros, é ideal para acompanhar com queijo de Azeitão, caça e carnes vermelhas. Pode ser encontrado na Casa da Baía, Casa Mãe da Rota dos Vinhos, na garrafeira do Jumbo e noutras garra-feiras especializadas de Lisboa.

António Luís

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“Macacos” vão ao Bando

A PEÇA “Os macacos não se medem aos palmos”, de Manuel António Pina, pela Companhia Pé de Vento, retrata a sociedade lisboeta do tempo de D. Luís I, e destaca o lado obscuro da

ascensão social e política de algumas figuras públicas. Para ver ao sábado, às 21 horas, e domingo, às 17 horas, na sede de OBando, em Palmela.

CULTURA

Sábado //5 . Out . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Maria Teresa Meireles estreia-se na ficção

Mirabilia” é o livro que assi-nala a estreia de Maria Teresa Meireles na área

da ficção. O livro foi lançado na passada quinta-feira, na Bertrand do Chiado, em Lisboa, numa sessão que teve como orador convidado Fernando Pinto do Amaral, Comis-sário do Plano Nacional de Leitura.

A autora realça que a obra fala de um universo mágico baseado no imaginário tradicional, numa loca-lidade inventada e que tem como base e inspiração as suas teses de mestrado e doutoramento na área do imaginário tradicional, na Univer-sidade Nova de Lisboa. «É um livro de ficção baseado em contos, lendas e superstições que fui lendo, absor-vendo e somatizando ao longo de anos. Retrata um universo mágico e refere contos e superstições ligadas à natureza, ao parto, às bruxas e aos lobisomens, por exemplo».

«O conto está, hoje em dia, a ser muito utilizado, recontado e reavi-vado por actores e contadores profis-sionais. Os contos tradicionais e o imaginário colectivo têm muito a ver connosco. Quem ler o livro fica a conhecer uma série de persona-gens fortes e de imagens, tudo com uma grande densidade», argumenta a autora, que relembra que “Mira-bilia” começou a ser escrito em 1999, no auge da sua tese de doutoramento,

e terminou em 2013 com um «aden-samento» de texto.

Mirabilia, Maria Mariana, a velha Clotilde, padre Anselmo, Gervásia e Francisco d´Assis, por exemplo, são algumas das personagens mais apreciadas pela autora, persona-gens essas que, na localidade de Azinheira e com as suas histórias, irão certamente suscitar e provocar a imaginação de cada um de nós. «Azinheira-a-Grande é uma terra

que atrai muita gente, forasteiros curiosos por causa das coisas assom-brosas que acontecem por lá», acres-centa.

Com cerca de 300 páginas, “Mira-bilia”, editado pela Chiado Editora, tem um custo de capa de 14 euros. Encontra-se disponível na Bertrand, FNAC´s, El Corte Inglês, entre outros espaços, estando assegurada também a sua distribuição no Brasil, Angola e noutros países africanos.

Professora de Azeitão já tem obra publicada na área pedagógica

Obra de Teresa Meireles tem como base a tese de mestrado e doutoramento

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VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta para a descoberta de novos vinhos, sugerimos Quinta do Piloto.Quinta do Piloto é o nome de uma das mais antigas adegas de Palmela, propriedade da família Cardoso há 4 gerações. Agora, com o lançamento da sua marca própria, a família dá a conhecer o melhor do seu património vitivinícola excepcional. Os vinhos Quinta do Piloto são edições limitadas de lotes excecionais, colhidos nos 300 hectares de vinhas da família nos melhores terroirs da região, onde se destacam 130 hectares de vinhas velhas. Propõem “ser expoentes das castas que representam”. Incluem vinhos DOC Palmela, varietais e moscatel. O primeiro vinho lançado foi o Piloto Collection Roxo 2012, um original branco da rara casta Moscatel Roxo, já premiado no International Wine Challenge e Decanter World Wine Awards 2013.

Tivemos o privilégio da visita do António Macedo e Luis Filipe Barros, a rádio e o rock

António Macedo, Luis Filipe Barros, Rita Matos e o Sr. Embaixador António Tânger Corrêa

QUEM ESTEVE POR CÁ...

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

António Luís

B.I.Maria Teresa Meireles, 51 anos, natural de Castelo Branco e residente em Azeitão, é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade de Letras de Lisboa, fez Mestrado em Literatura Medieval Comparada e Doutoramento na área da Literatura Tradicional, pela

Universidade Nova de Lisboa. Já escreveu vários livros de ensaio, mas “Mirabilia” é o seu primeiro livro de ficção a ser editado. Além de escritora, é também investigadora e professora de Português do 2.º ciclo em Pinhal Novo. Nos tempos livres aprecia ler, escrever, caminhar e estar em contacto com a Natureza.

O livro fala de um universo mágico baseado no imaginário tradicional.

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Cartaz...

“Morreste me”, de José Luís Peixoto, interpretada por Sandra Barata Belo, é a peça que conta o regresso de uma filha à casa onde vivia com os pais, depois da morte do pai, vítima de cancro.

Casino de Tróia | 22h30.

A popular cantora actua este domingo em Alcác er do Sal para ali animar os turistas e população que visita mais uma edição da Feira Nova de Outubro.

Feira Nova de OutubroAlcácer do Sal | 22h30.

Monólogo de Sandra Belo

Mónica Sintra em Alcácer

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Dom

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Humor de Rocha

O popular comediante nortenho, Fernando Rocha, promete muita animação no Montijo com o seu espectáculo de stand-up comedy. As entradas custam cinco euros.

Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30.

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Teatro O Bando leva boas peças ao Vale dos Barris

ATA repõe“Putos” no S. João

O TEATRO “O Bando” inicia este mês, com o apoio do município de Palmela, um ciclo de programação intensa na sede de Vale dos Barris. Até Maio, nos primeiro e segundo fins-de-semana de cada mês (sábados – 21h00 e domingos – 17h00), esta programação, deno-minada “Vale dos Barris | Lugar de Espectáculo”, será espaço de apre-sentação de espectáculos próprios, de estreias na sequência de resi-dências artísticas e de criações de grupos de todo o país, parceiros de uma rede informal que tem como objectivo a troca e a partilha. Como habitualmente, aqui terão lugar espectáculos de grande qualidade, desenvolvidos em palcos inusitados e espaços não convencionais.

O calendário abre este sábado e domingo, com a peça “Os Macacos Não se Medem aos Palmos”, pelos Pé de Vento, numa co-produção com o Teatro Nacional de São João, sobre o conto homónimo de Manuel António Pina. A 12 e 13 de Outubro, é a vez dos Peripécia Teatro apre-sentarem “Ibéria, a Louca História de uma Península”. Entre 30 de Outubro e 10 de Novembro, O Bando regressa a casa com “A Jangada de Pedra”, depois de uma temporada no S. Luiz, em Lisboa. Com encenação e cenografia de João Brites e Rui Francisco e música de Jorge Salgueiro, a peça conta com os desempenhos de Anna Kurikka, Bruno Huca, Guilherme Noronha, Miguel Branca, Nuno Nunes e Sara de Castro.

Além dos espectáculos, os espec-tadores são convidados a participar, todos os sábados, nas “Conversas em Redor do Espectáculo”, momentos informais de convívio e partilha.

O ATA – Acção Teatral Arti-manha, que está a celebrar, este ano, três décadas de vida, sobe ao palco do Cineteatro S. João, em Palmela, no dia 12 de Outubro, às 21h30, com a peça “Putos”.

Estreada em Julho, no Pinhal Novo, “Putos” fala-nos da vida numa Sarajevo devastada pela guerra. Aos órfãos das atrocidades, resta-lhes sobreviver e procurar caminhos para uma existência condigna.

Os bilhetes para o espectáculo têm o valor de 2,5 euros.

“Jangada” estreou em Lisboa

Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para assistirem à popular revista “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria, em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, que continua a ser um sucesso de bilheteira. Para se habilitar aos convites duplos, para este espectáculo protagoni-zado por Marina Mota, João Baião e Maria Vieira, basta ligar para o 918 047 918 e soli-citar a sua oferta.

Ganhe convites para “Grande Revista”

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“Lord of the Voices”esgota salão Preto e Prata

O CASINO Estoril estreou, recentemente, o espectáculo “Lord of the Voices”. O cantor e enter-tainer Fernando Pereira propõe uma hora e meia de muita animação, conciliando surpre-endentes registos musicais com originais momentos de bom humor.

Fernando Pereira apresenta, em palco, o som e as “vozes” de grandes estrelas como, por

exemplo, Madonna, Mika, Lady Gaga, Anastacia, Roberto Carlos, The Doors, Tina Turner, Michael Jackson, Muse, David Bowie, Tony de Matos, Tom Jones, Cat Stevens ou Louis Armstrong.

O espectáculo está em cena de quinta-feira a sábado, a partir das 22 horas.

Há ingressos a 15, 20 e 25 euros, este último com uma bebida incluída.

Fernando Pereira está de regresso ao Casino Estoril para imitar estrelas

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Sábado //5 . Out . 2013 //

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ÚLTIMA Fábrica que ardeu no Montijo pode reabrir já em Janeiro

A fábrica agroalimentar da Carmonti (Montijo), consumida pelas chamadas

na madrugada de 24 de Agosto, pode regressar ao trabalho já no início de Janeiro, ainda que parcialmente, segundo apurou o Semmais junto dos repre-sentantes dos trabalhadores, numa altura em que cerca de 160 estão em casa ao abrigo da lay-off. A unidade vai ser, prati-camente, reconstruída de raiz, mas dentro de quatro meses deverão entrar em funciona-mento as primeiras secções do matadouro e transformação.

De acordo com António Hipólito, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIA), neste momento há apenas 20 traba-lhadores ao serviço, envol-vidos no processo de recons-

trução da unidade fabril, enquanto a maioria dos 180 funcionários está no sistema lay-off- paragem laboral com redução do salário, em que a empresa paga 30% e o Estado os restantes 70.

A fábrica, que ficou com 90% das instalações destru-ídas irá reabrir por departa-mentos, explica António Hipó-lito, avançando que «os traba-lhadores vão sendo chamados à medida que as suas áreas entrem em funcionamento. O certo é que os empregos estão assegurados», afiança o sindi-calista.

Empresa estáno Montijo há trinta anos

De resto, recorde-se, logo no dia do incêndio a empresa tinha garantido que os postos de trabalho estavam assegu-rados, depois de ao longo de

quatro horas o fogo ter trans-formado em cinza o mata-douro e a unidade de desmancha da Carmonti, empresa há 30 anos instalada no Montijo. Apenas os escri-tórios escaparam, por se loca-lizarem na outra ala do recinto.

A Carmonti é detentora de outras instalações, na zona de

Sintra, mas onde a produção já é escassa, sendo que a sua prioridade tem estado radi-cada na fábrica do Montijo, tendo ao longo dos tempos transferido vários funcioná-rios para a unidade da Margem Sul, para onde tem mesmo apontado um investimento com vista à expansão da

unidade no concelho do Montijo, que anuncia mais uma centena de postos de trabalho.

«Não somos de deixar cair os braços, mas nas actuais circunstâncias iria haver grandes problemas no Montijo, com o aumento do desem-prego e das dificuldades das famílias», sublinhou logo após o incêndio a presidente da autarquia Maria Amélia Antunes, quando recebeu a garantia de que todos os postos de trabalho estavam seguros e de que a expansão continua a ser para levar em frente.

«A suinicultura e a trans-formação são atividades pecu-liares no Montijo e o nosso sustentáculo económico. Perder uma empresa como a Carmonti era uma tragédia, até porque a nossa prioridade é conquistar investimento e emprego».

A unidade que foi consumida pelo fogo este Verão vai ser construída de raíz. A empresa garante a reabertura e sossega os 160 trabalhadores que estão em casa ao abrigo da ‘lay-off’.

A EX-PRESIDENTE nacional das Mulheres Socialistas, Catarina Marce-lino, vai voltar ao Parla-mento até ao final deste mês, na decorrência das autár-quicas, devido ao facto de Duarte Cordeiro, eleito por Setúbal, ter sido eleito vere-ador da Câmara de Lisboa.

A dirigente nacional e distrital do PS, que também já presidiu à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), foi eleita deputada nas legislativas

de 2009, tendo ficado fora de São Bento nas anteci-padas de 2011, em sexto

lugar, numa eleição em que o PS no distrito apenas elegeu cinco mandatos.

Catarina Marcelino, que exerce também funções de dirigente no movimento associativo, já disse ao Semmais estar preparada para voltar à Assembleia da República «com a mesma responsabilidade de sempre». E sobretudo, acres-centa, «disponível e deter-minada na defesa da região e dos eleitores que me elegeram».

Catarina regressa ao ParlamentoPub.

Perder a Carmonti era «uma tragédia» para o Montijo

Catarina Marcelino

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Beato ‘agradece’a independentespor ajudarem regresso do PC

O EX-PRESIDENTE da Câmara de Grândola, Carlos Beato, que nos últimos doze anos geriu os destinos do concelho, não quis esta semana fazer «qualquer comentário» sobre os resul-tados do PS no concelho. Mas, a insistência do Semmais, não deixou de lançar criticas aos independentes, responsabi-lizando-os «pelo regresso da CDU ao poder».

Beato, que diz não ter sido «visto nem achado» na estra-tégia da campanha, lamentou a interrupção do «ciclo de desenvolvimento» gerado pela sua equipa. «Os movimentos ditos independentes devem estar satisfeitos pela ajuda que deram ao PCP para regressar à gestão do município», deixou sair ao Semmais.

Carlos Beato

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Roberto Dores

Jovem engenheiro de Sesimbra vence iniciativa “Futuro + Sustentável”

RICARDO Leandro tem 25 anos, é natural de Sesimbra, e o vencedor da iniciativa Futuro + Sustentável, uma parceria entre o portal de desenvolvi-mento sustentável, Green Savers, e o Instituto Superior de Economia e Gestão. O triunfo nesta iniciativa dá-lhe a oportunidade de frequentar a pós-graduação em Gestão da Sustentabilidade do IDEFE/ISEG.

O jovem é mestre em Enge-nharia da Energia e do Ambiente pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e venceu recentemente a competição europeia

Energy2B, com o projecto de desenvolvimento de um colector solar térmico de baixo custo. O projecto tem a patente nacional registada e está já na 2ª fase do prémio EDP Inovação 2013.

Em declarações ao Semmais, Ricardo Leandro explica que a conquista desta bolsa o deixou «bastante contente e motivado» e adianta que a possibilidade de fazer esta pós graduação é «uma oportunidade de complementar a formação académica com conhecimentos na área da gestão e marketing direccio-nado para a sustentabilidade.»

A complementaridade vai permitir-lhe conferir mais valor à ideia de negócio que tem vindo a desenvolver para além do enriquecimento curricular e do aumento da rede de contactos. «A aprendizagem contínua conciliada à partilha de conhecimentos é uma ferra-menta com impacto significa-tivo para quem quiser criar a sua própria ideia de negócio», acrescenta.

DR