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Sábado 2 | Outubro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 872 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE LEGISLATIVAS 2015 SONDAGEM Expresso/SIC/SEMMAIS ESPECIAL CÍRCULO ELEITORAL DE SETÚBAL PS PODE GANHAR DOIS DEPUTADOS, CDU GANHA MAIS UM, BLOCO TAMBÉM PODE SUBIR A DOIS E PSD/CDS-PP PODE PERDER DE UM A DOIS ELEITOS O estudo de opinião da Eurosondagem para o Expresso e SIC sobre as eleições do próximo domingo, que o Semmais publica nesta edição, dá uma luta titânica pelo novo deputado que o Círculo Eleitoral de Setúbal ganhou, passando de 17 para 18 mandatos. Segundo a mesma sondagem, o mais que certo é o PS e a CDU ganharem mais um mandato. Mas PS e BE estão na luta para ganhar também o deputado que sobra. A coligação PaF pode perder de um a dois deputados que PSD e CDS-PP conquistaram nas eleições de 2011. Desenhado por Hayley Warren para o The Noun Project 12 5 56 67

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Edição do Semmais de 2 de Outubro

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Page 1: Semmais 02 outubro 2015

Sábado 2 | Outubro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 872 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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LEGISLATIVAS2015SONDAGEM Expresso/SIC/SEMMAIS

ESPE

CIAL

CÍRCULO ELEITORAL DE SETÚBALPS PODE GANHAR DOIS DEPUTADOS, CDU GANHA MAIS UM, BLOCO TAMBÉM PODE SUBIR A DOIS E PSD/CDS-PP PODE PERDER DE UM A DOIS ELEITOSO estudo de opinião da Eurosondagem para o Expresso e SIC sobre as eleições do próximo domingo, que o Semmais publica nesta edição, dá uma luta titânica pelo novo deputado que o Círculo Eleitoral de Setúbal ganhou, passando de 17 para 18 mandatos. Segundo a mesma sondagem, o mais que certo é o PS e a CDU ganharem mais um mandato. Mas PS e BE estão na luta para ganhar também o deputado que sobra. A coligação PaF pode perder de um a dois deputados que PSD e CDS-PP conquistaram nas eleições de 2011.

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2 | SEMMAIS | SEXTA-FEIRA | 2 DE OUTUBRO | 2015

É consensual a ideia de que os sistemas educativos são a base do desenvolvi-

mento humano e do crescimen-to económico. Num mundo pautado por uma economia ligada ao conhecimento, à ciência e à tecnologia, generali-za-se a preocupação com melhoria dos sistemas de educação e formação, para desenvolver nos estudantes competências que se querem cada vez mais complexas e desempenhos cognitivos cada vez mais elevados.Ao contrário daquilo que se verifica nos países com níveis de desenvolvimento humano superiores, que têm apostado no fortalecimento da qualidade e da eficácia do sistema educa-tivo, em Portugal, ao longo dos últimos quatro anos, o sistema educativo foi vítima de um conjunto de decisões políticas que representam um enorme retrocesso face ao caminho que vinha sendo percorrido. Querendo deixar, a todo custo, uma qualquer marca na história da educação, o governo PSD/CDS implementou medidas ultrapassadas e há muito abandonadas, que nos afastam de uma escola pedagogicamen-te moderna, socialmente justa e estruturalmente eficaz.Ao desacerto das políticas educativas somam-se os cortes absolutamente cegos nas transferências do Orçamento de Estado para a educação. Este desinvestimento não foi ditado apenas pela crise. Parece antes inscrever-se como opção ideológica, de espartano fundamentalismo, que condena o setor a uma condição de

O estado em que a coligação deixa a educação OPINIÃO

autêntica indigência, com reflexos profundos em toda a vida escolar.Nos últimos quatro anos agravaram-se as condições de manutenção dos estabeleci-mentos de ensino. Muitas escolas funcionam em condi-ções terceiro-mundistas, em edifícios degradados que não dignificam os que aí estudam e trabalham.Os professores têm sido absolutamente desprezados, vivendo situações de grande precariedade e com falta de condições para o exercício da sua profissão. Hoje, mais do que nunca, estão esmagados com tarefas eminentemente buro-cráticas, que os afastam daquela que deve ser a sua principal ocupação - o desen-volvimento de situações de aprendizagem. Este desacerto foi já demagogicamente reconhecido pelo Primeiro--ministro, mas nenhuma medida efetiva foi ainda implementada.Os alunos são prejudicados por todas as medidas que afetam o desejável funcionamento das escolas. As suas aprendizagens e o seu desenvolvimento são também condicionados pelos seus contextos familiares. Os grandes problemas da socieda-de transferem-se, espelham-se e multiplicam-se na escola. A conjuntura económica e o insensível delírio austeritário de ir para além da troika, conde-nou Portugal a uma condição de miséria social. Um terço das nossas crianças vivem hoje situações de pobreza ou exclusão. São incontáveis os alunos que chegam à escola

com fome, sendo que a única refeição que têm, digna desse nome, é o almoço na cantina escolar. Elevado é também o número de famílias que atra-vessa as maiores dificuldades para ter acesso aos livros e material escolar. Tratando-se de um território marcado por enormes assime-trias sociais, no distrito de Setúbal as vivências escolares incorporam e agigantam as disfunções verificadas a nível nacional. Nos últimos quatro anos o número de estabelecimentos de ensino no distrito diminuiu substancialmente. Entre o público e o privado, foram cerca de vinte cinco os estabeleci-mentos que encerraram portas. Paralelamente, a escola a tempo inteiro está ainda longe de ser uma realidade, sendo frequen-tes as situações de carência de salas de pré-escolar e primeiro ciclo. Faltam também estabele-cimentos de ensino secundário. A generalidade das escolas do distrito apresenta situações de grande degradação e falta de equipamento. Faltam pavilhões desportivos para a prática de educação física em diversas escolas. Preocupante é também o facto de persistirem os telhados de amianto em muitos estabelecimentos educativos. Importa lembrar que o Distrito de Setúbal é “campeão” no

insucesso escolar. A título de exemplo pode referir-se que a taxa de retenção e desistência dos alunos do 12º ano ultrapas-sa os 43%. Números que demonstram o fracasso do sistema e que nos incitam a agir. Corremos o risco de ser hoje um país sem desígnio e sem esperança. A ação governativa do governo PSD/CDS hipotecou o futuro de muitas crianças e jovens. A asfixia socioeconómi-ca e desinvestimento na educação e formação compro-meteu as próximas gerações e as consequências destas políticas vão fazer-se sentir durante décadas.A Passos Coelho e Paulo Portas tem faltado visão para o futuro de Portugal. Por incompetência ou no cumprimento da sua matriz ideológica ultraliberal, tem contribuído para o agrava-mento das desigualdades, destruído ou vendido ao desbarato os serviços públicos e desmantelado o Estado Social. Felizes ficarão talvez aqueles que, como Nuno Crato, queriam fazer implodir o Ministério da Educação. Nos próximos quatro anos, importa garantir que se aban-done esta política de destruição do nosso sistema educativo. A Escola tem de voltar a ser um espaço de promoção da equida-de. É preciso construir um novo projeto educativo para o país.

Patti Smith (1946 – até sempre).

Patti Smith. Fui ver o concerto da Patti Smith. No dia 21 de setembro.

Em Lisboa. No coliseu. Mas podia ter sido em qualquer lado ou em qualquer sala. Tocou na íntegra o álbum Horses, novo de 40 anos.Há precisamente quarenta anos, em 1975, também saí de casa e entusiasmado comprei o Horses. Um vinil com uma capa notável: uma fotografia de Robert Mapplethorpe (1946-1989).Passaram 40 anos. Tantos anos. Mas parece que nenhum passou pelo álbum. Novo como no primeiro dia. Novo como sempre continua a reeditar, uma e outra vez, a força, a energia e a rebeldia do rock and roll.O século XX foi o século de muitas coisas. Mas também do Rock and Roll. E o século XXI seguiu-lhe o rasto. Gerações cresceram a ouvir esta música. Ou as muitas músicas que alberga. Por isso o Rock and Roll nunca será candidato a património mundial. Precisa-mente porque já o é. E porque

não precisa. Porque todos os dias é reinventado em garagens, pátios, armazéns e subúrbios por todo o mundo. O Rock and Roll pertence ao futuro. E o futuro (como disse Patti Smith) é agora.O Rock and Roll já teve grandes tribos. O tempo das grandes rivalidades. Uns gostavam dos Beatles outros amavam os Stones. Teve (e tem) até movi-mentos. Vanguardas de van-guardas de vanguardas. Lem-bro-me, assim de repente, dos hippies, dos mods, dos punks (a minha geração), do metal, do hardcore, do indie e muitos, mas muitos, mais.Também tem os seus mortos. Mais ou menos em batalha. Mais ou menos em circunstân-cias trágicas. Todos antes do tempo. Quase todos muito antes do tempo. Cada um representa uma ideia do mundo e um grito de talento. Brian Jones (1969), Janis Joplin (1970), Jimi Hendrix (1970), Jim Morrison (1971), Keith Moon (1978), Ian Curtis (1980), John Lennon

(1980), Bob Marley (1981) Joe Strummer (2002), Kurt Cobain (1994), Amy Winehouse (2011), Lou Reed (2013). E chega. E tantos ficaram de fora .Significativo é que estes mortos, qual Walking Dead, nunca estiveram tão vivos como agora. Basta frequentar qualquer festival de verão para ver como os adolescentes, usando T. Shirts como mensagem e como manifesto, carregam o seu legado e a sua memória. Se não mais do que de repente apare-cessem no palco continuariam, contra todas as possibilidades, a ter o seu publico fiel e entusiasta.Hoje o Rock and Roll é tão diverso e tem tantas tribos que está (quase) ao mesmo tempo em todos os lugares. Dezenas de

movimentos e centenas de estilos fizeram do Rock and Roll uma música particular para cada um de nós. Temos bandas favoritas e até ódios de estima-ção (o meu é o rock sinfónico).Rock and Roll é afinal, como foi desde o início, sinónimo de liberdade. Liberdade era do que falavam os Blues: a grande raiz e a grande inspiradora.No coliseu perante a voz, a música e a presença de Patti Smith, tudo se resumiu à energia, à mensagem e aos seus 68 anos a gritarem e a lembra-rem, nada menos do que, o futuro. O futuro que foi nesse dia, é hoje e será amanhã. Confirmando que a banda sono-ra do futuro será, certamente, feita de Rock and Roll.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

E pronto. Acabaram as caravanas e agora cabe a cada um de nós

decidir. Um pessoa, um voto, esse que tanto custou a conquistar nesta democracia aparentemente madura. Foi uma campanha anacrónica, que nada ajudou os portugueses a tomar consciência do que está em causa. Os parti-dos que governaram o país, foram claros no propósito de manter inalteradas as suas linhas condutoras, a pretexto de sinais de retoma, mesmo com números para todos os gostos e para todas as interpretações.PSD e CDS-PP apostaram numa campanha sem programa, mas quiseram passar a mensagem, conseguida, diga-se, de que os novos tempos serão melhores, porque as contas públicas, esse ditame máximo, estão equilibradas. E o PS apresentou um programa que se jogou ao leito eleitoral como se estives-se a ser julgado. Afinal, as ideias no labirinto eleito-ral contam pouco.As forças mais à esquerda, CDU e Bloco, estiveram iguais a si próprias, procu-rando esboroar um even-tual voto útil nos socialis-tas. E há um conjunto fragmentado de partidos que também querem lutar por deputados.Mas o pior de tudo são os abstencionistas, para além ainda de uma grande margem de indecisos que teimam (ver sondagem na página 8) a deitar a sua sorte. Este é o drama da nossa democracia e a culpa é de todos. Mas é também a culpa de cada um, porque, desta feita, deixará nas mãos de outros as suas escolhas. Para o bem e para o mal não se vão poder queixar.E este o apelo que domingo todos façamos as nossas escolhas, de forma livre, com a maior consciência possível e dentro do maior civismo. O país andará sempre para a frente.

Não deixar as nossas escolhas nas mãos de outros

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

EDUCAÇÃO & CIDADANIA

JOÃO COUVANEIROPROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR

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SOCIEDADE

O presidente da Câmara, aponta a conclusão das obras para daqui a dois meses para dar nova vida ao ‘ex-libris ambiental do concelho e atrair mais turistas, que este ano bateram todos os recordes.

PRESIDENTE DO MUNICÍPIO, ÁLVARO BEIJINHA, SATISFEITO COM O AVANÇADO ESTADO DAS OBRAS NA COSTA DE SANTO ANDRÉ

Costa de Santo André apresenta nova “cara” em obra que deverá ficar concluída antes do final do ano

CÂMARA DE ALCÁCER VIABILIZA MEGA INVESTIGAÇÃO EM PROTOCOLO INÉDITO COM UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Investigadores vão remexer passado do rio Sado à procura de achados arqueológicos e decifrar enigmas

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

No próximo mês de novem-bro, as obras na Costa de Santo André, a cargo do

Pólis Litoral Sudoeste já deverão estar terminadas. A afirmação é de Álvaro Beijinha, Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, depois de uma visita ao espaço, acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres. A visita serviu ainda para que os dois autarcas pudessem teste-munhar o cumprimento, até à data, dos prazos estipulados aquando do início da obra. «Estamos numa fase em que já se vê obra feita», disse, con-gratulando-se, Álvaro Beijinha, destacando o facto de a inter-venção não ter afectado a aflu-ência à praia nesta época balne-ar e de, ao contrário das

OBRA ORÇADA EM MAIS DE 1,5 MILHÃO DE EUROSA intervenção na Costa de Santo André, a cargo da Po-lis Litoral Sudoeste, trata-se de um investimento total no valor de 1 milhão e 56 mil euros, com uma compar-ticipação da Câmara Municipal de Santiago do Cacém cifrada em 150 mil euros.Este projecto inclui trabalhos de recuperação e valo-rização ambiental e paisagística, com recurso a plan-tações no sistema dunar, erradicação de espécies in-festantes, colocação de captadores de sedimentos, proteções do sistema dunar e plantações nas áreas adjacentes ao novo estacionamento e construções existentes, com a finalidade de proteger o cordão du-nar. Os trabalhos passam também por reordenar os acessos rodoviários e estacionamentos, reordenar os acessos pedonais, garantir o cumprimento dos requi-sitos para a categoria de praia acessível, criar um per-curso de visita ao monumento de homenagem aos 17 pescadores falecidos na tragédia que ocorreu em 1963, criar infraestruturas de apoio à prática balnear, bem como, criar um percurso ambiental pedagógico.

previsões iniciais, se ter verifica-do um aumento da procura por parte dos veraneantes. «Houve muita gente a dizer que este ano ninguém vinha à Costa de Santo André, mas isso não correspon-deu à verdade. Aliás, até cresceu a procura na praia», sublinhou. «A obra está numa fase de fe-cho e, na próxima época balnear, vamos ter aqui uma praia total-mente requalificada, ao serviço daqueles que a frequentam há muitos anos, mas tenho a certeza que esta obra vai trazer muitos novos turistas e frequentadores e será certamente um impulso para a economia local, para a restaura-ção e para a hotelaria”, afirmou o autarca de Santiago do Cacém.

Câmara ao lado do «ex-libris ambiental» do concelho

Satisfeito com o estado actual da intervenção, Álvaro Beijinha

apontou mesmo o mês de No-vembro para a conclusão das obras, atendendo ao escrupulo-so cumprimento dos prazos es-tipulados até à data. «Mais dois meses, no máximo, e, se o tem-po ajudar, a intervenção poderá estar concluída. Vamos ter um cenário completamente dife-rente», conclui, frisando a opor-tunidade de «recuperar a duna primária» e de estar «ao lado de um ex-líbris ambiental, que é a Lagoa de Santo André». Para o Presidente da autarquia esta é uma obra «absolutamente fun-damental». Esta é uma posição partilha-da pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jai-me Cáceres, que também se mostrou «muito satisfeito, pois está tudo está a decorrer dentro dos prazos que foram aponta-dos». Jaime Cáceres chamou ainda a atenção para o impacto

ambiental da obra, que «é prati-camente nulo, tendo em conta que as estruturas, os passadi-ços, os estacionamentos, etc. estão integrados com o am-biente. Era isso que a Pólis e a Câmara pretendiam». A afluência à praia, neste verão, também foi um aspecto destacado pelo Presidente da Junta: «tivemos um verão, na Costa de Santo André, que foi o de maior afluência dos últimos anos, com muita gente, muitos turistas, independentemente da obra».

Jaime Cáceres enalteceu ain-da a acção do Presidente da Câ-mara em todo o processo. «Ainda enquanto vereador, no mandato anterior, fez um grande trabalho em prol do Município e da fre-guesia de Santo André, para que estas obras, que estavam só pre-vistas para serem executadas en-tre Sines e o Cabo de Sagres, pas-sassem também a incluir a Costa de Santo André. E agora, enquan-to Presidente, com todas as difi-culdades que as obras públicas têm, tem sabido ultrapassar to-das as situações».

Todo o património cultural subaquático jazente nas águas do rio Sado, entre a

cidade de Alcácer e a feitoria fe-

nícia do Abul, que se suspeita ser abundante e de enorme valor científico, vai ser investigado ao abrigo de um protocolo assina-do, quarta-feira, entre a Câmara de Alcácer do Sal e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

da Universidade Nova de Lisboa. Trata-se de uma aspiração «com mais de 30 anos», diz o pre-sidente da câmara alcacerense, Vítor Proença, e a procura dos eventuais achados arqueológicos afundados no rio Sado vão agora

TEXTO ANABELA VENTURAFOTOS SM

Os investigadores garantem que o rio Sado é ainda um grande enigma e prometem remexer os seus fundos de uma ponta à outra. A Câmara orgulha-se de avançar com uma aspiração com mais de trinta anos.

arrancar, esperando a autarquia colher os frutos da mega investi-gação «nos próximos anos». As duas entidades definem o objetivo de apostar na arqueolo-gia subaquática, designadamente através de trabalhos de prospe-ção para encontrar eventuais achados submersos no rio, entre a cidade de Alcácer do Sal e o local da antiga feitoria fenícia que exis-tiu nas margens do Sado, Abul.

Lugar à investigação e enigmas por descobrir

O presidente da autarquia, Vítor Proença, afirmou, na ocasião, tra-tar-se de «um protocolo inédito, de grande alcance para a valoriza-

ção do património de Alcácer do Sal». Vítor Proença referiu ainda que «a defesa do património é um compromisso do município, que pretende igualmente o envolvi-mento da comunidade». O autarca sublinhou ainda que «Alcácer não é apenas um destino turístico de Sol e Mar, mas sim de património aliado à economia e a investigação». Para o especialista em arqueo-logia subaquática, Alexandre Mon-teiro que vai coordenar os traba-lhos no terreno, «este rio é um grande enigma, e tem certamente muitas coisas por descobrir». E acrescentou: «É apenas uma ques-tão de começar numa ponta e ter-minar na outra, fazendo reemergir a historia dos povos».

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SOCIEDADE

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TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

FONTES MÉDICAS GARANTEM AO SEMMAIS QUE CERCA DE 30 IDOSOS COM ALTA MÉDICA CONTINUAM HOSPITALIZADOS

Idosos sem família retidos nos hospitais da regiãoA situação é grave e a razão para a permanência dos idosos em contexto hospitalar deve-se a não terem outra alternativa nem familiares à espera. Os médicos dizem que estão a ficar sem camas para outros doentes.

Pelo menos três dezenas de idosos estarão retidos nos hospitais da região após lhes

ter sido alta médica, segundo esti-mativa avançada ao Semmais por uma fonte ligada aos cuidados continuados no distrito de Setúbal. Isto porque os idosos não têm qualquer alternativa que lhes per-mita sair dos hospitais. Nem fami-liar, nem social. «O caso é grave e está a comprometer a recuperação de outras pessoas que precisam de

assistência, mas que não arranjam vaga», alerta Marta Temido, presi-dente da Associação dos Adminis-tradores Hospitalares (AAH). A mesma fonte hospitalar avança ainda que entre os idosos retidos nos hospitais estarão os doentes que se encontram nas re-des de cuidados continuados a ocupar camas, quando poderiam antes estar em lares ou domicílios, havendo situações que chegam a durar vários meses. Marta Temido justifica que não há respostas sociais para dar a es-tas pessoas, pelo que resta esperar

até ser encontrada uma solução que ponha cobro ao prejuízo da re-abilitação de outros doentes. «Não temos lugar para outras pessoas que só em redes de cuidados inte-grados poderão ter respostas», re-fere, exemplificando que para uma pessoa que sofreu um AVC (Aci-dente Vascular Cerebral) poderá ter aqui a diferença entre recuperar ou não a capacidade de andar.

Acordo com IPSS pode ajudar a resolver problema

O debate estende-se a nível na-

cional, depois de no início do ano o Ministério da Saúde ter anunciado a intenção de enca-minhar os idosos para lares, com base num acordo entre vários ministérios, misericórdias e ou-tras instituições de solidariedade social. Um processo que abriria caminho ao aumento de vagas financiadas pelo Estado. Ainda em junho se admitia que este acordo fosse em frente nesta legislatura, mas nove meses depois do anúncio o plano que pretendia encaminhar alguns idosos interna-dos em hospitais para lares da ter-ceira idade continua no papel. Contudo, o coordenador do Ob-servatório dos Sistemas de Saúde, Manuel Lopes, diz que o programa não é a solução para este proble-ma, justificando que a resposta deve passar pelas equipas da rede de cuidados continuados que, nes-ta altura, estão a ser desperdiçadas. Aliás, o mesmo responsável re-fere ainda que a solução não passa pela abertura de novas vagas nos lares da terceira idade, como de-fende o governo, até porque a maioria destas instituições não tem capacidade para dar resposta às necessidades dos idosos.

Até sempre amigo! Até sempre companheiro!

Saudoso Alfredo Casimiro

Tu gostavas da vida, mas ela quis separar-se de ti. No dia 28 de Setembro/15, como em muitos outros dias, estive ao teu lado,já não tive respostas..., mas pronto, estive lá, sabia que, por ser a última vez, era difícil, única e especial. e foi!Claro que todos sabíamos que estavas doen-te e que a situação era difícil, mas ainda ago-ra custa a acreditar, porque tu disseste que ias a uma consulta e voltavas!? Alfredo Casi-miro, sentimos a tua falta, estamos com sau-dades.Na LAHSB, deixaste-nos algo desemparados ao partir assim, com tanto de bom ainda para dar, como só tu sabias fazer e dar, por-que eras genuíno!É nosso dever continuarmos, sem ti, o com-bate pelos valores e princípios porque sem-pre lutaste e defendeste, “Voluntário com vocação, humanista por convicção” nas convergências e confluências, feitas de so-nhos como tudo o que é humano:o sonho de um mundo melhor, onde a rique-za produzida pelos homens possa ser equi-tativamente repartida entre eles, onde a soli-dariedade seja regra, a qualidade de vida e a preservação do planeta, a exigência. Um mundo de verdade, como tu eras um Ho-mem de verdade.É difícil continuar sem ti, Alfredo Casimiro, por isso digo-te, vamos alimentar os sonhos comuns, as nossas lutas e os nossos desa-fios, como tu gostavas que fosse! com a von-tade redobrada de viver enquanto se vive, sem ser a prazo!Guardo os sentimentos, deixei-te uma flor, recuso-me a dizer-te adeus, Alfredo. Man-do-te um eterno abraço, e digo-te:

Até sempre Amigo!Cândido Teixeira

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

Que a moda da bicicleta ti-nha chegado ao distrito de Setúbal e seria para ficar, não constitui propriamen-

te novidade aos dias de hoje, quan-do vemos cada vez pessoas a pe-dalarem nas estradas e nos campos da região. Mas eis que agora surgem os dados que sus-tentam o fenómeno: Cerca de cem mil bicicletas foram vendidas em 2014 no distrito, significando que os habitantes da península com-

ESTE AUMENTO REPRESENTOU 20 MILHÕES NO NEGÓCIO E A TENDÊNCIA PARECE SER PARA CRESCER

Distrito vendeu cerca de cem mil bicicletas em 2014 aumentando 30% face a 2013

Poupança do orçamento familiar, novas hábitos de mobilidade, por troca dos transportes públicos, comportamentos mais saúdaveis e mais e melhores ciclovias estão na base desta mudança.

a sua empresa colocou no merca-do mais de 500 velocípedes em 2014, depois de no ano anterior não ter chegado aos 350, venden-do cerca de 200 em 2010. «Temos casos de pessoas que deixaram os carros e os transpor-tes públicos, porque não querem gastar tanto dinheiro e que optam por irem para o trabalho de bici-cleta, mesmo quem vai trabalhar para Lisboa e tem que atravessar o rio», sublinha o também membro da Federação Portuguesa de Ci-cloturismo e Utilizadores de Bici-cletas (FPCUB). Justifica ao Sem-

mais que, por isso, a intenção manifestada pela Transtejo, na se-mana passada, de proibir os velo-cípedes de utilizarem os barcos para fazerem a travessia fluvial «iria causar grande transtorno». Avança ainda Amílcar Simões que «há pessoas que estão a pedir modificações nas suas bicicletas de montanha, sugerindo uma adaptação à bicicleta de utilização urbana», numa altura em que os vendedores no distrito também estão a ser confrontados com pe-didos dos clientes, no sentido de que disponibilizem novos velocí-pedes até final dos respetivos me-ses. Porquê? «Porque é a forma das pessoas evitarem pagar o pas-se dos transportes públicos para o mês seguinte”, explica. Mais civismo, melhor saúde, mas ainda faltam ciclovias

Já quanto às condições que o dis-trito oferece a quem pedala pelas estradas, o presidente da FPCUB, José Manuel Caetano, admite que continuam a faltar ciclovias que garantam a segurança a quem pe-dala sobre duas rodas, mas assu-me que os condutores se têm re-

velado «mais civilizados» perante os ciclistas. «Até porque já há mui-to condutores que andam de bici-cleta e começam a perceber-nos melhor», constata, congratulando--se com o que diz ser «uma moda que veio para ficar». O dirigente reitera que a maio-ria dos associados anda pela de bicicleta porque percebe «as van-tagens para a saúde e para o am-biente e outros porque conside-ram ser a forma mais eficaz de se circular pelo centro de cidades», diz, embora reclame «mais condi-ções de segurança» e infraestrutu-ras que facilitem a vida aos utiliza-dos dos velocípedes. Alerta que as leis criadas recentemente no novo Código da Estrada até têm boas ideias mas «não conseguem favo-recer os ciclistas como estava pre-visto». No ano passado Portugal re-gistou 1914 acidentes que envolve-ram bicicletas, traduzindo um au-mento de 152 sinistros face a 2013 e representando 4% dos acidentes rodoviários no ano passado, se-gundo um relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que dá ainda conta de 19 vítimas mortais e 120 feridos.

praram mais 30% de velocípedes comparando com 2013, traduzin-do um consumo que gerou mais 31% de receitas e um resultado que se estima próximo dos 20 milhões de euros. Ou seja, os valores mais elevados de sempre. E quais são as explicações para esta tendência sem precedentes no distrito? «As pessoas têm aqui a possibilidade de fazerem exercí-cio, mas também há muitos que compraram bicicletas como for-ma de contornarem a crise», expli-ca Amílcar Simões, profissional do ramo no distrito, confirmando que

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O tribunal condenou três dos seis arguidos a pena de seus meses de cadeia revertidos ao pagamento de três mil euros à vítima.

SOCIEDADEOBRA TERÁ IMPACTO MUITO RELEVANTE PARA A POPULAÇÃO E EMPRESAS INSTALADAS NO PARQUE EMPRESARIAL

Baía do Tejo investe 1,2 milhões na requalificação do parque empresarial e área envolvente

ENI e Galp vão procurar petróleo no mar da Costa Alentejana

CASO REMONTA A AGOSTO DE 2010, EM VALE DE ZEBRO

Fuzileiros condenados por agredirem colega de curso no Barreiro

IPS com novos prazos de candidaturas para cursos técnicos superiores profissionais

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

A Baía do Tejo, empre-sa do universo Par-pública, anunciou,

na passada quarta-feira, no seu auditório sede, a re-qualificação da rua da União, no concelho do Barreiro, um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, que abrange, tam-bém, toda a zona envol-vente. A apresentação do pro-jeto esteve a cargo dos ar-quitetos Sérgio Saraiva e Nuno Lourenço, adminis-trador da Baía do Tejo e responsável pelo gabinete de desenvolvimento do projeto a cargo da Risco, respetivamente O projeto de requalifi-cação da rua da União vai transformar toda a área envolvente, num processo

A Eni anunciou esta semana que preten-de efetuar uma per-

furação ao largo da costa alentejana. Segundo Fran-co Conticini, da ENI, o furo do consórcio ENI-Galp vai ter lugar no próximo ano, não estando ainda fechada uma data nem o valor do investimento. Esta vai ser a primeira perfuração na

O tribunal do Barreiro condenou três dos seis arguidos que

estavam acusados de te-rem agredido um forman-do da Marinha portuguesa em 2010 a indemnizarem o queixoso em cinco mil eu-ros e a seis meses de pri-são, que foram converti-dos a uma pena de três mil euros. Ainda assim, a indemni-zação a pagar à vítima pode vir a aumentar no futuro, caso a carreira do queixoso venha a ser prejudicada por questões de ordem físi-ca ou psicológica com ori-gem nas humilhações e es-pancamentos que tiveram lugar há cinco anos. Nesse

De 6 a 9 de outubro, o IPS abre novas candidaturas aos

cursos técnicos superiores profissionais. Estas novas formações superiores de curta duração possibilitam a prossecução de estudos ao nível das licenciaturas e procuram dar resposta às solicitações do mercado de trabalho, permitindo a aquisição de conhecimen-tos especializados de nível 5 e a realização de estágios em contexto profissional. Estes cursos consti-tuem-se, assim, como uma oportunidade de qualifica-ção e formação que visa contribuir para a posterior inserção no mercado de

que contará com várias etapas, indo definitiva-mente marcar a abertura do parque empresarial ao centro da cidade do Bar-reiro. A obra terá um impacto positivo para toda a popu-lação, para os clientes da Baía do Tejo e para o pró-prio parque empresarial do Barreiro, que se torna-rá, assim, mais atrativo para acolher novas empre-sas e mais capaz de pro-porcionar uma melhor qualidade de utilização a todos os que aqui estão se-diados. A intervenção vai re-perfilar a rua da União, tornar acessível à popula-ção e dignificar a Casa Mu-seu Alfredo da Silva, im-portante elemento do núcleo museológico da Baía do Tejo, e criar uma ampla e muito agradável

zona de passeio público para uso da comunidade.

Abraço do Barreiro velho com o centro da cidade

Esta obra de grande relevo insere-se num dos pilares

de atuação que a Baía do Tejo desenvolve e que en-quadra na sua missão «a requalificação e valoriza-ção dos seus territórios», sublinhou Jacinto Pereira, o presidente da Baía do Tejo, que considera que

este projeto é «mais um passo na consolidação da estratégia desta adminis-tração», não tendo dúvidas de que a iniciativa «valori-za o território do ponto de vista urbanístico e cultu-ral, dado que vai permitir

costa alentejana. Porém, o preço do petró-leo que está a condicionar o ritmo da prospeção em Por-tugal, mas há evidências desta matéria-prima no país e há interessados, embora o ritmo da pesquisa vá depen-der dos preços. Há 300 milhões de anos, quando existia um grande continente que unia a África

ao público uma maior pro-ximidade com a Casa-Mu-seu Alfredo da Silva, e cria condições mais atrativas para as empresas do par-que». Segundo a mesma fon-te, a zona de passeio públi-co a criar, «agradável e se-gura, estende-se desde a Av.ª da Praia até ao Lavra-dio. É o abraço definitivo do Barreiro velho com o centro da cidade». A Baía do Tejo tem a seu cargo a gestão dos par-ques empresariais Baía do Tejo, localizados no Bar-reiro, Seixal e Estarreja, e assume a missão de pro-mover e desenvolver a es-tratégia Arco Ribeirinho Sul que, através de instru-mentos de ordenamento e requalificação, tem como objetivo valorizar territó-rios dos concelhos do Bar-reiro, Seixal e Almada.

e a Europa às Américas, Por-tugal estava encostado àqui-lo que é hoje o Canadá. Do lado de lá do Atlântico já se encontraram reservas equi-valentes a três mil milhões de barris de petróleo e a con-vicção é que deste lado do oceano, nas águas profun-das e ultraprofundas da cos-ta portuguesa, há potencial para descobertas futuras.

trabalho. O diretor-geral da LAUAK, Armando Go-mes, frisa também a perti-nência da criação destes cursos que se traduz «num momento muito impor-tante para a indústria em geral», pois o país passa a disponibilizar formação pública em níveis necessá-rios ao tecido industrial que, assim, vai começar «a receber pessoal capaz de trazer ou de dar às empre-sas aquilo que hoje não te-mos no mercado». Para o representante da SGS Portugal, Pedro Coelho, não há dúvida que «estes cursos têm pelo público-al-vo, duração e temáticas, um bom alinhamento com a es-

tratégia da nossa empresa», salientando, ainda, que «o mercado de trabalho sairá beneficiado seguramente com a introdução deste tipo de qualificação, as empresas poderão modernizar-se ao nível dos processos e terão acesso a novos profissionais qualificados e motivados». Já Melo Pires, presiden-te do conselho-geral do IPS, realça que «Estes cur-sos foram feitos em parce-ria com um grande número de empresas, o que é o ca-minho certo para que a oferta formativa do IPS seja adequada às necessidades que as empresas apresen-tam, melhorando assim a produtividade».

caso, seria aberto um novo processo cívil. Recorde-se que o caso remonta há cinco anos, quando os seis arguidos e o queixoso participavam no curso da Escola de Fu-zileiros de Vale de Zebro (Barreiro), tendo uma das agressões sido gravada por um telemóvel vindo a ser divulgada na internet no ano seguinte.

Vítima tinha 19 anos e foi brutalmente espancada

A vítima tinha 19 anos, ten-do sido espancada com pontapés, joelhadas e murros em todo o corpo. As várias agressões tive-ram lugar na cobertura, durante a noite, enquanto de dia o jovem foi agredido

nas salas de aulas e nas traseiras dos edifícios por mais do que um indivíduo. Foi a 2 de agosto de 2010 que um dos arguidos gra-vou um vídeo de uma das agressões quando o jovem foi surpreendido durante o período de descanso, en-contrando-se semivestido. O tribunal deu como provado que a vítima foi acompanhada em consul-tas de psicologia e psiquia-tria no Centro de Medicina Naval, no Alfeite, e na Uni-dade Hospitalar de Santa Clara, tendo-lhe sido diag-nosticado transtorno de pós-stress traumático. As agressões determinaram ao militar 365 dias de do-ença, 90 dos quais com afetação da capacidade profissional.

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GRÂNDOLA FEIRA DA CAÇA E PESCA COM BALANÇO POSITIVO

A 1.ª feira da Caça e Pesca, que terminou no passado domingo, apresenta balanço positivo. O edil Figueira Mendes considera que a feira é «uma aposta ganha, sendo, por isso, para repetir no próximo ano». E acrescenta «O forte envolvimento do movimento associativo do concelho e das empresas ligadas aos três segmentos base da feira é a prova de que vale a pena continuar a investir num certame com estas características».Durante os três dias da feira, que decorreu no parque de feiras e exposições, a par do espa-ço de exposição e venda de artigos ligados à caça e à pesca, realizaram-se várias atividades desportivas: passeio de cicloturismo, caminhada pela serra, aula de surf e de HIIT, torneios de pesca desportiva de mar e de rio e torneio de tiro aos pratos.

ALMADA MUNICÍPIO ACOLHE CON-GRESSO DAS CIDADES EDUCADORAS Estão abertas as inscrições para o VI Con-gresso Nacional da Rede Territorial Por-tuguesa das Cidades Educadoras que se realiza em Almada, de 11 a 13 de novem-bro. Também estão a decorrer as candida-turas para apresentação de experiências durante o congresso.Cidades Participadas, Cidades Adaptadas (áveis) é o tema do 6.º Congresso, no âm-bito da candidatura apresentada pelo mu-nicípio. Serão abordados, em conferência ple-nária, o currículo educativo da cidade; a adaptação crítica da cidade e a participa-ção ativa da cidade.

MOITA OUTUBRO DEDICADO AOS SENIORESA Câmara da Moita dedica, como habitualmente, todo o mês de outubro à população sénior do concelho, celebrando ativamente o Dia Internacional da Pessoa Idosa, no dia 1, e o Dia Nacional da Terceira Idade, no dia 28. Teatro, cinema, passeios de barco, pas-seios culturais e workshops de dança são algumas das atividades que integram o “Mês do Idoso” no concelho da Moita.A abrir este “Mês do Idoso”, no passado dia 1, às 15 horas, o auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, acolheu o espetáculo de canto coral e tuna da Universidade da Terceira Idade do Barreiro.

BARREIRO BIBLIOTECA DA CI-DADE GANHA NOVAS VALÊNCIAS Novos equipamentos tecnológicos, docu-mentos e serviços da biblioteca municipal estão já ao dispor da população. Estes fo-ram adquiridos ao abrigo da candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional. Em ambiente de festa, dezenas de pessoas conheceram em primeira mão as novas valências deste equipamento municipal, no dia 26.Na ocasião, o edil Carlos Humberto, re-cordou a evolução deste equipamento municipal, quando outrora era acedido até por quem tinha fracos recursos finan-ceiros. Hoje orgulha-se da Biblioteca pos-suir novos meios tecnológicos. «No arranque deste ano letivo, quisemos co-locar ao dispor das famílias este espaço com estes novos equipamentos, serviços e docu-mentos», frisou a vereadora Regina Janeiro.

ALCÁCER DO SAL FEIRA NOVA DÁ A CONHECER PRATA DA CASA A feira Nova de Outubro, em Alcácer, inaugurada esta sexta-feira, decorre até domingo, para promover as coisas boas alentejanas. O evento conta com 50 stands de artesanato e doçaria regional, enquanto a tenda de espetáculos conta com 10 tasquinhas. No exte-rior há divertimentos para crianças e adultos.Este ano, as jovens fadistas Ana Botas, Mariana Botas e Margarida Mendes fazem a abertura dos espetáculos dia 2, às 21 horas, seguindo-se às 23 horas, o tributo aos ABBA e, a partir das 00h30, é a vez da DJ Angelita atuar. Este sábado, Maria João Fura atua às 21 horas, seguindo-se Rouxinol Faduncho e, às 00h30, DJ Moreno. No domingo, às 17 horas, há corrida de toiros. Às 21 horas é a vez da banda alcacerense “Unstyled” atuar, seguindo-se às 23 horas a estreia dos “Magana”.

SINES CONTENTORES DE RECICLA-GEM PARA AS ESCOLAS

No âmbito do programa de Educação Ambiental (PEA) para o ano letivo de 2015-2016, o município distribuiu 32 con-tentores de reciclagem com 120 litros pe-las quatro escolas básicas do concelho. Os contentores foram patrocinados pela Remax Sirius - Sines.A escola básica n.º 1 recebeu 8 contento-res, a escola básica n.º 2 recebeu 10 con-tentores e as escolas básicas n.º 3 e de Porto Covo receberam 7 contentores cada.O objetivo da iniciativa é incentivar as crianças para a correta separação de resí-duos sólidos urbanos.

SESIMBRA ORATÓRIO DA CASA DO GOVERNADOR EM RESTAURO

O Oratório, que se encontra na Casa do Go-vernador, na Fortaleza de Santiago, está a ser restaurado. A peça que remonta ao século XVIII encontrava-se bastante degradada, depois de ter passado vários anos sem qual-quer tipo de manutenção, e muitas vezes sujeita a más condições. «A peça estava em muito mau estado, cheia de tintas, sujidades e gorduras acumuladas», adiantou Amândio Costa, restaurador de arte e pinturas antigas, e responsável pelos trabalhos. Este especia-lista conta que a recuperação começou com um primeiro exame, de modo a fazer um diagnóstico para perceber o que seria neces-sário para a realização do restauro.

SETÚBAL ESTREIAS E PARTILHAS DE EXPERIÊNCIAS

Estreias e partilha de experiências marcam a participação das companhias cénicas amadoras de Portugal e Espanha que se apresentam no II Festival Ibérico de Teatro, a realizar de 2 a 4, em Setúbal e Palmela.O certame, que decorre alternadamente entre os dois países da Península Ibérica, é organizado pela Federação Portuguesa de Teatro e pela Confederación de Teatro Amateur “Escenamateur”, sendo que esta edição conta com o envolvimento da com-panhia Grupo de Animação e Teatro Espe-lho Mágico e os apoios dos municípios de Setúbal e de Palmela.“O Principezinho”, produzido pelo GATEM, grupo constituído por amadores e profis-sionais, e encenado por Miguel Assis, abre oficialmente o certame, no dia 2, às 21h30, no Fórum Luísa Todi.

ALCOCHETE S. FRANCISCO HOM-ENAGEIA SANTO PADROEIROA Associação das Tradicionais Festas de Confraternização Camponesa de S. Fran-cisco organiza, pelo segundo ano conse-cutivo, as festas em honra de S. Francisco de Assis, que decorrem entre os dias 2 e 4 de Outubro.A freguesia volta a estar em festa numa homenagem ao santo padroeiro em mais

uma manifestação das tradições locais que desta forma são preservadas e divulga-das pelas gerações mais novas. Largada de toiros, marchas populares, bailes, cantares alentejanos, missa em honra de S. Francisco de Assis, convívio de motas clássicas, e a procissão em honra de S. Francisco de Assis são alguns dos destaques das festas.

SANTIAGO DO CACÉM IDOSOS ALENTEJANOS VIAJARAM A BORDO DO PINTO LUÍSA O município, no âmbito do projeto sénior, promoveu mais três passeios para os se-niores nos dias 27 de maio, 23 e 24 de se-tembro, desta vez a Alcácer do Sal, onde cerca de cem utentes das instituições de reformados do município teve a opor-tunidade de subir o Rio Sado a bordo do galeão “Pinto Luísa” e de visitar a Cripta Arqueológica da cidade.A promoção de convívio e lazer foi o ob-jetivo da iniciativa. O edil Álvaro Beijinha sublinha a importância de «dar continui-dade a este projeto sénior», enaltecendo depois «a oportunidade de fazer a subida do Rio Sado.

PALMELA MUNICÍPIO SENSIBILIZA PARA A ADOÇÃOO município associa-se, este domingo, às comemorações do Dia Mundial do Animal, reforçando a sensibilização para os direi-tos dos animais e promovendo, em simul-tâneo, a adoção dos animais acolhidos no canil municipal.A autarquia criou a “Caderneta do Animal de Estimação”, a oferecer no momento da adoção, que funcionará como documento de identificação do animal.No âmbito do Dia do Animal, o município promove, este sábado, mais uma edição da Cãominhada Solidária - uma caminhada em que os amigos de quatro patas são con-vidados a participar. A inscrição é gratuita.

MONTIJO CAIS DOS PESCADORES PRONTO EM NOVEMBRO O presidente da Câmara, Nuno Canta, convidou a comunicação social a visitar a obra do novo cais dos pescadores, cuja conclusão está prevista para final de novembro. O investimento ascende aos 600 mil euros e conta com financiamento do Programa Operacional Pesca 2013-2017. O edil referiu que a obra «visa o desenvolvimento da atividade piscatória no Montijo. Nós temos ao longo dos tempos perdido muitos pescadores profissionais mas, recen-temente, tem havido uma nova aposta nesta atividade».O novo cais vai permitir que os pescadores profissionais do Montijo passem a ter um espaço para acostar e trabalhar, esclareceu o presidente, acrescentando que «é a primeira vez na história desta terra que há a construção de um cais para os pescadores, por isso nós trabalhamos com a SCUPA uma associação cooperativa centenária que sempre esteve ligada à pesca».

SEIXAL CORROIOS SENSIBILIZA PARA A LIMPEZA

Está a decorrer a campanha Corroios Limpo, uma ação que pretende sensibi-lizar a população desta freguesia para a importância de depositar o lixo nos locais certos, nomeadamente nos contentores e papeleiras, não deixando o lixo no chão, e colocando os resíduos recicláveis nos ecopontos. Será também dada especial atenção ao pro-blema da deposição indevida de monos junto dos ecopontos. A deposição de monos deve ser efetuada junto do contentor coleti-vo de resíduos sólidos mais próximo da sua residência e não junto dos ecopontos, sendo que os mesmos são recolhidos em cada fre-guesia de acordo com um calendário fixo.

LOCAL

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LEGISLATIVAS 2015

FICHA TÉCNICA – Estudo de Opinião efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 24 a 29 de Setembro de 2015. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por Região (Norte – 19,8%; A.M. do Porto – 14,7%; Centro - 28,4%; A.M. de Lisboa – 27,4%; Sul – 9,7%), num total de 2.067 entrevistas validadas. Foram efetuadas 2.525 tentativas de entrevistas e, destas, 458 (18,1%) não aceitaram colaborar Estudo de Opinião. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma alea-tória resultou, em termos de sexo, (Feminino – 51,7%; Masculino – 48,3%) e, no que concerne à faixa etária, (dos 18 aos 30 anos – 17,0%; dos 31 aos 59 – 50,7%; com 60 anos ou mais – 32,3%). O erro máximo da Amostra é de 2,16%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste Estudo de Opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

SONDAGEM DA EUROSONDAGEM PARA EXPRESSO / SIC / SEMMAIS

PaF com 4% dos votos à frente do PS, com 17 % de indecisosOs indecisos ainda são muitos, mas a coligação PSD/CDS-PP parte à frente do PS com uma diferença de cerca de 4 por cento, numa margem de erro de 2,6 por cento. Domingo é o tira-teimas.

PPD/PSD + CDS/PP – PORTUGAL À FRENTE 31%PS – PARTIDO SOCIALISTA 26,9%CDU – COLIGAÇÃO DEMOCRÁTICA UNITÁRIA 7,7%BE – BLOCO DE ESQUERDA 5,5%OUTRO PARTIDO/BRANCO/NULO 11,1% NS/NR 17,8%

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98semmais

LEGISLATIVAS2015ESPE

CIAL

CÍRCULO ELEITORAL DE SETÚBALO estudo de opinião da Eurosondagem para o Expresso e SIC sobre as eleições do próximo domingo, que o Semmais publica nesta edição, dá uma luta titânica pelo novo deputado que o Círculo Eleitoral de Setúbal ganhou, passando de 17 para 18 mandatos. Segundo a mesma sondagem, o mais que certo é o PS e a CDU ganharem mais um mandato. Mas PS e BE estão na luta para ganhar também o deputado que sobra. A coligação PaF pode perder de um a dois deputados que PSD e CDS-PP conquistaram nas eleições de 2011.

1–2 15 45–6 76–7 5

(2011)(2015)

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LEGISLATIVAS 2015

PS ESPERA UM GRANDE RESULTADO EM SETÚBAL NUMA CAMPANHA COM ENERGIA QUANTO BASTE

Socialistas e António Costa encerram campanha em Almada contra as ‘tracking poll’ e em busca do novo deputado

ANA CATARINA MENDES«É PRECISO PÔR FIM A 4 ANOS DE GRANDES SOFRIMENTOS» A campanha do PS decorreu com «grande recetividade» nas ruas. Como ponto alto, Ana Catarina Mendes, a cabeça de lista, destaca o comício de encerramento em Almada. «Espero que se reflita nas urnas a verdadeira mudança que me foi pedida ao longa da campanha», afirma, acrescentando que «é preciso pôr fim a 4 anos de grandes sofrimentos, angústias e incertezas que as pessoas viveram». E não tem dúvidas de que o PS terá uma «grande vitória no distrito que contribuirá para a eleição de António Costa a 1.º ministro» no próximo domingo.

Não é de menos saber que o líder dos socialistas e candi-dato a primeiro-ministro

feche as portas da campanha no distrito. É hoje, em Almada. Dois dias depois de ter juntado na Fonte Nova, em Setúbal, dezenas de apoiantes num almoço-comício, mais uma vez com António Costa como cabeça de cartaz. Já para não falar da presença do líder outras três a quatro ve-zes em périplo pela região, ainda na fase em que os socialistas reuniam ‘provas do desastre’ go-vernativo e ouviam as forças vi-vas da região. O que prova que nestas eleições o Círculo Eleito-ral do Distrito é mesmo relevan-te, ou não oferecesse de bandeja ao próximo Parlamento, não 18, mas 19 deputados. Por isso, bem se pode dizer que a caravana socialista do dis-trito de Setúbal vai sair amanhã para o dia de reflexão com o de-ver cumprido. Fez tudo e fez tudo com garra. «Não é possível não ganhar. Estas sondangenzi-nhas são só para enganar e le-vam as pessoas a desistir do voto útil», dizia uma militante mais enfática no almoço sadino, com peixe a conta-gotas, mas muita garganta. Afinal, Costa trouxe Setúbal pesos-pesados, como Jorge Coe-lho, ex-ministro, ex-cabeça de lista por Setúbal: «Chegou a hora do ajuste de contas», proclamou o barão socialista alinhando o discurso num «não somos ‘Pafes’

e não nos esquecemos do que este governo de direita fez com as famílias, com os pensionistas, com as pequenas empresas, com os jovens, com os professores…». Um mote sério para António Costa contra-atacar à esquerda, exortando comunistas e blo-quistas a não desperdiçarem tempo a atacar o PS, mas sim a direita. «Estamos sozinhos a dis-putar estas eleições contra a di-reita. No dia 5 podem voltar às manifestações e dizer ‘Costa para a rua, mas agora é tempo de combate», enfatizou.

A garantia da redução do IVA na restauração

E não esqueceu os cerca de 30 mil pequenos empresários a quem o governo deixou pela rua da amargura, com o aumento do IVA de 13 para 23 por cento. Situ-ação que tem repetido na fase derradeira da campanha, enfati-zando a ideia de que «só haverá crescimento com a recuperação

112764 votos

26,90% percentagem de votos

5 deputados eleitos

do rendimento das famílias e do apoio às empresas, para gerar criação de emprego», uma das bandeiras socialistas para a pró-xima legislatura. A líder da distrital socialista e cabeça de lista nestas legislati-vas, Ana Catarina Mendes, pare-ce pau-para-toda a obra. Ga-nhou respeito pelos seus pares e elogios constantes do seu secre-tário-geral: «É um dos rostos da renovação que pretendemos dar ao PS e ao país», afirmou Antó-nio Costa num dos comícios da região. E Catarina Mendes, já expe-riente deputada, não pede meças no ataque à governação PSD/CDS nem à Maria Luís Albuquer-que, que acusa de ter «abando-nado o distrito». Enfática, a líder do PS no distrito tem repetido que este governo «mente» e «mascara» as contas públicas. E não deixa de sublinhar que a di-reita surge nestas eleições «sem programa político» e que conti-nua «a fazer promessas falsas».

ELEIÇÕES 2011PS EM NÚMEROS

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LEGISLATIVAS 2015

COLIGAÇÃO PAF PASSOU PELO DISTRITO SEM GRANDES RUÍDOS E A PROMETER FUTURO MELHOR

Direita unida em torno da ministra que quis agradecer ao distrito a sua entrada pela porta grande na política nacional

MARIA LUÍS ALBUQUERQUE «O DISTRITO E PORTUGAL PODEM MAIS PARA CONSTRUIR MELHOR FUTURO» Maria Luís Albuquerque faz bom balanço da campanha no distrito. Como melhor momento, Maria Luís Albuquerque destaca o jantar/comício no Clube Naval Setubalense, onde esteve Passos Coelho e Paulo Portas. «Senti um enorme cari-nho de todas as pessoas», mas, recorda, também «ouvi muitas palavras de incentivo, de cidadãos anónimos que nos deseja-ram boa sorte» no terreno.Confiante e otimista num bom resultado, a cabeça de lista conclui: «Devemos ter confiança nas nossas capacidades e, agora, o distrito e Portugal podem mais para construir um melhor futuro».

Com excepção de um burbu-rinho um pouco mais rui-doso numa acção que de-

correu no interior do mercado do Livramento, em Setúbal - mesmo nas barbas da arruada socialista, com a qual se cruzou -, a cabeça de lista da coligação PaF passou mais ou menos incólume nas in-vestidas da campanha por terras da Margem Sul. Foi a própria mi-nistra das Finanças que o reco-nheceu ao Semmais: «A maioria das pessoas têm sido simpáticas, fazem perguntas e querem saber como vai ser o futuro daqui para a frente». A cabeça de lista, que re-pete o lugar de 2005, afiança que «não faz promessas», mas, ao seu jeito, sempre diz que «as coisas estão a melhorar e vamos ver o que podemos fazer». É o mote e a forma como a co-ligação de direita fez a campanha no distrito, após uma partida titu-beante, sem grandes propostas (com excepção das que entregou em Bruxelas) e num ataque serra-do aos socialistas que, pulverizam os candidatos do PSD e do CDS--PP, «deixaram o país neste estado e nós sem margem de manobra». As primeiras e as seguintes micro-sondagens, vertidas dia-riamente, trouxeram ânimo e outra força às caravanas. E mes-mo alguma euforia: «Já não res-tam dúvidas, vamos ganhar, agora falta apenas saber se con-seguimos a maioria», deixa sair um militante mais entusiasma-do durante uma arruada curta,

105583 votos

25,19% percentagem de votos

5 deputados eleitos

50861 votos

12,13% percentagem de votos

2 deputados eleitos

mas bem aceite. Os cabeças-de-proa, com Ma-ria Luís Albuquerque incluída, são mais cometidos. A ideia generali-zada é que o eleitorado que quer votar «tem receio de a situação se volta a complicar», e para isso, concordam Bruno Vitorino e Nuno Magalhães, líderes distritais do PSD e do CDS-PP, concorreu «as falhas de campanha» de Antó-nio Costa e a sua tentativa de «en-costar à esquerda».

Jantar-comício cheio e a fazer bem ao ego

De facto, não se via há muito tempo um jantar-comício da di-reita em Setúbal com a dimen-são do que ocorreu no Naval Setubalense. Casa cheia, pode dizer-se e energia q.b. Passos Coelho e Paulo Portas, derrete-ram. «Ás vezes aparecem políti-cos que, com tanta ansiedade de explorar as dificuldades dos ou-tros, para captar votos, querem fazer passar que as dificuldades por que passamos, foi porque eu, ou a Maria Luís Albuquer-que, ou o Paulo Portas, quere-mos fazer mal aos portugueses. Como se algum político em, de-mocracia tivesse alguma coisa a lucrar em ser mau e cruel e apli-car medidas difíceis», questio-nou o primeiro-ministro. Portas jogou pelas perguntas. «Quem está em melhores condi-ções de chefiar as contas públi-cas e as finanças do país: A nossa

Maria Luís ou o antigo ministro do PS (Teixeira dos Santos). Uma empatia que a própria campanha trouxe ao cimo, após a guerra de surdos que próprio travou con-tra Passos Coelho, aquando da substituição de Vitor Gaspar pela atual ministra, agora cabeça de lista da PaF por Setúbal. Mas, enfim, contas de outros rosários. A coligação gaba-se de ter apoiado muito a saúde no distrito e a segurança. Feitos deste governo, que foi também obrigado a fazer os cortes de que se queixam, pelos vistos, alguns portugueses. E com algumas palavras de incentivo, os candidatos a depu-tados do PSD-CDS-PP acredi-tam que o distrito vai surpreen-der pela positiva.

ELEIÇÕES 2011PPD/PSD EM NÚMEROS

CDS-PP EM NÚMEROS

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LEGISLATIVAS 2015

CDU QUASE EM CASA, COM MUITA PRESENÇA DE AUTARCAS, MOSTROU CONFIANÇA NUMA CAMPANHA AO SEU JEITO

As deslocações de Jerónimo a marcar a energia que prometeu dar do princípio ao fim da campanha eleitoral

FRANCISCO LOPES«QUEREMOS DERROTAR AS MÁS POLÍTICAS DE DIREITA» Francisco Lopes faz um balanço «muito positivo» da campa-nha na região. Segundo o cabeça de lista da CDU pelo distrito, a campanha, com «boa adesão popular», centrou-se nos pro-blemas da população em geral, mas com principal enfoque nos idosos, desempregados e jovens. De salientar que a mar-cha e o comício realizados em Almada foram «os maiores dos últimos 25 anos». As expetativas de Francisco Lopes para as eleições de domin-go são as melhores. «Queremos derrotar as más políticas de direita, pelo que o reforço do voto na CDU é fundamental», sublinha.

As mesmas linhas progra-máticas de sempre não fi-zeram descurar a campa-

nha da CDU, entre o vermelho do PCP e o verde do partido ecolo-gista “Os Verdes”. Muitas arrua-das e Jerónimo de Sousa, como seria de supor, a bater o recorde de presenças na região. É assim a força do PC. Com-bativo, a jogar em terrenos que bem conhece e a aproveitar a notabilidade dos seus autarcas em cada concelho do distrito. «Como sempre ouvimos os an-seios das populações e com eles nos identificamos. A política é isto, perceber o que falta às pes-soas e lutar contra quem fez mal ao país», desabafava um mili-tante de bandeira em riste numa arruada grandinha no Barreiro. O cabeça de lista, que repete a dose nestas legislativas, e que já foi candidato à presidência da re-pública, Francisco Lopes, até es-teve discreto. Mas a máquina, que arrancou com a Festa do Avante, nos primeiros dias de Setembro, esteve sempre bem oleada. Depois as visitas às unidades fabris, que – caso singular a todos os partidos – incluiu a toda- po-derosa Autoeuropa, mostraram como os comunistas prezam o seu campo de batalha. «Estar ao lado dos trabalhadores é uma

constante do PCP, não o fazemos só por alturas de campanha elei-toral, temos esse património», afirmou ao Semmais um destaca-do dirigente regional do partido. Francisco Lopes realçou, não raras vezes, como aconteceu na visita ao Arsenal do Alfeite, como as privatizações estão a ser gizadas pelos últimos gover-nos: «O desmantelamento e a destruição dos setores produti-vos nacionais é o principal obje-tivo», proclamou. Os candidatos a deputados também não regatearam esfor-ços nas arruadas, umas mais enérgicas que outras, mas sem-pre com a presença de atuais e antigos autarcas.

A enchente na Incrível Alma-dense a mostra a força do PC

Mas a força da CDU esteve bem patente na enchente que o comício realizado no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, com mais de três mil pessoas. «Se alguém tivesse dúvidas de que a CDU está a crescer dia após dia, em busca de um grande resultado eleitoral, este comício é mais do que suficiente para as dissipar», disse Alfredo Monteiro, ex-presi-dente da Câmara do Seixal, que fez as honras da casa.

Depois a vez ao líder que, também durante uma arruada não se fez rogado a aceitar ‘ser velho’, recebendo um doce das mãos de uma criança. Jeróni-mo, que prometeu e cumprir fazer toda a campanha com energia, alinhou o seu discurso derradeiro para as questões da produção nacional: «A verdade, a grande verdade, é que a políti-ca de direita, do PS e do PSD, sempre com o apoio do CDS, foi arruinando o país à medida que deliberadamente promovia a acumulação e a descentraliza-ção da riqueza nacional nas mãos dos grandes grupos eco-nómicos e financeiros que do-minam a economia nacional, nomeadamente os setores es-tratégicos», afirmou. Mais do que a dinâmica da CDU em cada passo da campa-nha eleitoral no distrito, rele-va-se a confiança, sobretudo aproveitando, a cada momen-to, a titânica luta entre os dois Golias destas legislativas, a co-ligação PaF e o PS. Mas Jeróni-mo não deixou de ouvir, umas vez em surdina outra de forma mais audível, o porquê de tanto ataque aos socialistas, situação que, mesmo na região, o obri-gou a um ou outro comedi-mento.

82159 votos

19,60% percentagem de votos

4 deputados eleitos

ELEIÇÕES 2011CDU EM NÚMEROS

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LEGISLATIVAS 2015

BLOCO DE ESQUERDA SEMPRE NA RUA EM CONTATO DIRETO COM ELEITORES À BOLEIA DO CARISMA DA SUA LÍDER

Ataque cerrado à direita, dar tréguas ao PS nos últimos dias sem esquecer a luta pelo segundo mandato

A última inovação da campa-nha bloquista veio do ar. Ca-tarina Martins sobrevoou a

Arrábida e viu-a «ilegalmente es-ventrada», pedindo a razia das pe-dreiras que laboram, segundo a própria, de forma ilegal, e uma ne-gociação com a Secil, com vista à sua futura desativação. A cabeça de lista, Joana Mor-tágua, irmã da ‘coqueluche’ par-lamentar do Bloco, Mariana, também fez das suas durante a campanha, embarcou com pes-cadores de Arte-Xávega da Cos-ta da Caparica, para evidenciar como vivem os pescadores da pesca artesanal: «Esta arte de pesca é central no rendimento e nas condições de vida de peque-nas comunidades piscatórias». E por isso, sublinhou, «é essencial tornar as relações económicas no setor mais justas». Até aos dias mais próximos, a caravana do Bloco de Esquer-da meteu sempre a mão na ca-beça do PS, juntando o partido de António Costa na partilha das custas que os portugueses têm vindo a pagar. Mas, a líder, que ganhou grande fôlego por se se-parar do seu siamês da liderança bloquista, João Semedo, e tam-bém pela notada, esforçada e competente presença nos deba-

tes televisivos, culminou os últi-mos discursos a mostrar-se dis-ponível para «soluções novas» para o país, deixando a entender alguma réstea de vontade no apoio a um governo socialista. E em resposta aos socialistas que nos últimos dias infirmaram o discurso de estarem sozinhos a lutar contra a direita, Catarina Martins, foi reafirmando que du-rante toda a campanha o Bloco «tem feito oposição firme, des-mascarando o programa eleitoral da direita todos os dias». E para desalinhar as dúvidas também foi sempre deixando claro as «três linhas vermelhas» que, segundo o BE, o PS terá que deixar cair se quiser apoio a um seu governo: flexibilização de despedimentos, congelamento de pensões e redu-ção da TSU. Para além das ques-tões da dívida e da sua eventual renegociação em Bruxelas.

Comício na Incrível para apelar aos abstencionistas

Na última passagem pela Mar-gem Sul, no animado comício em Almada, na Incrivel Almadense, Catarina Martins fez a apologia de «combater a desistência», apelando ao voto dos abstencio-nistas. E, mais uma vez, atacou o

atual governo: «Digo a todos es-ses que foram enganados pela direita que no domingo é o mo-mento de irem votar novamente, mas não, que se enganem nova-mente. Que saibam que quem mentiu em 2011 é quem está ago-ra a mentir outra vez. Se o seu voto foi traído em 2011 que não seja traído em 2015», disse a líder do BE. No geral, os candidatos do Bloco de Esquerda primaram pelos contatos diretos com o eleitorado. «Uma forma de estar que nos tem garantido uma boa aceitação no distrito», confessou ao Semmais Joana Mortágua. E pelas empresas, ou não fora o emprego, ou a falta dele, uma das lutas do partido. Sem nunca pedir o segundo mandato, mesmo tendo em con-ta que o Círculo Eleitoral de Se-túbal soma mais um lugar no próximo Parlamento, a jovem cabeça de lista pareceu sempre segura e confiante. «De eleição em eleição, nomeadamente os comentadores adivinham sem-pre a morte do Bloco. Mas, a re-alidade e os números provam que o partido está vivo e é já muito sólido no panorama polí-tico nacional», sublinha Joana Mortágua.

29667 votos

7,08% percentagem de votos

1 deputados eleitos

ELEIÇÕES 2011BE EM NÚMEROS

JOANA MORTÁGUA«ESTIVEMOS A TRABALHAR PARA CONSEGUIR ELEGER O SEGUNDO DEPUTADO» A campanha do BE na região tem vivido uma «onda de cres-cendo» em termos de adesão de simpatizantes. Considera que o PS e o PSD/CDS não são boas apostas para o futuro. «O PSD/CDS vai aplicar mais austeridade e o voto útil no PS não é uma alternativa séria», vinca. Como ponto alto, Joana Mortágua, a cabeça de lista do distrito, destaca o «grande comício» em Al-mada. A líder diz que o BE está a trabalhar para eleger o 2.º deputado no distrito e que as expetativas para domingo, em termos de resultados, são boas, na medida em que «notamos e queremos continuar a merecer a confiança dos eleitores».

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LEGISLATIVAS 2015

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PARTIDO DEMOCRÁTICO REPÚBLICANO (PDR)

Admite entendimentos pós-eleitorais

Movimento Nós Cidadãos apresenta queixa à CNE

PARTIDO DA TERRA (PT)

Melhorar a qualidade do ar

LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Reinventar a democracia

PARTIDO DOS ANIMAIS (PAN)

Pinta mural pelos animaisO partido PAN pintou, na quinta-feira, em Setúbal, o último dos seis murais elaborados a propósito da pré-campanha e a campanha eleitoral para as Legislativas.«Decidimos apostar nesta forma de comunicação porque, além de ter um baixo custo e de conseguir captar a atenção de quem passa, é uma forma de reabilitar paredes e muros públicos degradados, os quais ganham nova vida com esta intervenção», explicou Cristina Rodrigues, cabeça-de-lista do PAN por Setúbal.

O líder do Partido Democrático Republicano, Marinho e Pinto, admitiu esta semana a possibilidade en-tendimentos pós-eleitorais para constituir maioria parlamentar.«Nós equacionaremos todos os cenários pós-eleitorais, depois das eleições, depois de contados os votos e analisada e verificada a vontade do povo», disse Marinho e Pinto, no mercado do Livramento de Setúbal.«Vamos votar, vamos contar os votos. E depois vamos discutir», acrescentou o líder do PDR.

O PT aposta em políticas ativas que zelem pelo apoio aos idosos; garantir a segurança dos cidadãos; efe-tivar política eficaz para a energia, promovendo o uso de energias alternativas e de auto-produção; criar a ligação terrestre entre Seixal e Barreiro, reabilitar os estaleiros da Lisnave e melhorar a qualidade do ar e diminuir a poluição na Arrábida.

Considerando que existem “ir-regularidades gravíssimas” na votação nos círculos elei-

torais da Europa, e fora da Europa, o movimento Nós Cidadãos resol-veu apresentar, na passada quinta--feira, uma queixa à Comissão Na-cional de Eleições (CNE). Este novo partido chama atenção para os problemas rela-cionados com a recepção com a devida antecedência dos envelo-pes que contêm a documentação que permite aos cidadãos eleito-res dos referidos círculos parti-cipar na Eleição dos Deputados à Assembleia da República. “Além de não terem a indica-ção do país no destinatário – como já noticiado pela imprensa nacional –, alguns endereços in-

O Livre/Tempo de Avançar defende que a «democracia precisa de se reinventar». Ao escolher os seus candidatos através de eleições primárias e construir o seu programa eleitoral com a participação aberta dos cidadãos e cidadãs, o partido deu «corajoso passo» para fortalecer a democracia em «crise». O Livre aposta em «programa, debate e participação».

cluem o nome do votante em du-plicado e há cartas que não in-cluem o boletim de voto”, alerta o Nós Cidadãos, sublinhando que estas irregularidades revelam-se “especialmente graves no círculo Fora da Europa, pelo reduzido tempo que resta a estes eleitores para reenviarem, para Portugal, os envelopes – se e quando estes chegarem às suas mãos”. José Pereira Coutinho, o pri-meiro candidato a este círculo pelo Nós, Cidadãos disse à im-prensa de Macau que acredita que este erro “não é inocente”. Para o Nós, Cidadãos esta si-tuação “compromete objectiva-mente e de forma ilegal a partici-pação dos eleitores recenseados nestes círculos”.

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CULTURA

Animateatro estreia nova criação para a infância

Piedade Fernandes celebrou 25 anos de carreira no palco onde tudo começou

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GANHE CONVITES PARA NOITE DAS MIL ESTRELAS E FIESA “A Noite das Mil Estrelas”, em cena no Casino Estoril, é um musical de Filipe La Féria que conta a história do Casino Estoril e da Costa do Sol desde as suas origens à atualidade. O musical faz reviver no palco os grandes artistas que ali atuaram. Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa, Pedro Bargado, Dora, Rui Andrade, entre outros, são os protagonistas do espetáculo que apresenta um corpo de baile, coreografado por Marco Mercier, e três acrobatas. Também temos convites para o FIESA, Festival Internacional de Esculturas na Areia, no Algarve. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 0 85.

O Lago dos Cisnes é o título da nova criação para a infância, com estreia a 11

de Outubro, da Animateatro, no auditório do cinema S. Vicente, em Paio Pires. Haverá também apresenta-ções a 18 e 25, às 16 horas, sendo que depois a peça entrará em di-gressão durante todo o ano letivo. A Animateatro traz a cena, nesta sua nova criação, a história do cisne branco imortalizado no bailado de Tchaikovsky. É uma peça para miúdos e graúdos que versa a dualidade entre o bem e o mal, o poder da transformação e

A fadista barreirense, Pieda-de Fernandes, assinalou os 25 anos de carreira no

palco do Fórum Luísa Todi, no passado sábado à noite, com o espetáculo retrospetivo “Ori-gens”, repleto de emoções. Ao longo de uma hora e meia, a cantora setubalense apresen-tou diversos temas perante uma audiência de duas centenas e meia de pessoas, num espetácu-lo, produzido por Valter Rolo, que contou com as participa-ções de Mário João Alves, Luís Rodrigues, João Merino, André Henriques e Armando Vidal A artista esteve acompanha-da de Pedro Marques, na guitar-ra portuguesa, Vítor Pereira, na viola de fado, Miguel Gelpik, no contrabaixo, e Alexandre Alves, na bateria e percussões. De re-gistar ainda a participação espe-cial do bailarino Celso Jumpe. Na mesma sala onde se es-treou, Piedade Fernandes home-nageou as pessoas que a acom-

Feira medieval atraiu cerca de 28 mil visitantes ao ‘casco velho’ de Palmela

A 2.ª edição da Feira Medie-val de Palmela, que decor-reu de 25 a 27 de Setem-

bro, apresenta um primeiro «balanço extremamente positi-vo», que superou, em «muito, a adesão de público do ano passa-do, tendo atraído 28 mil visitan-tes», revelou o vereador Luís Ca-lha, que detém as pastas da Cultura e do Turismo. «Planeámos e organizámos este evento, durante muitos me-ses e de uma forma muito cuida-da, com a Associação Cultural

História e Património – Aliusve-tus, para subir mais um degrau qualitativo relativamente à pri-meira edição» e esse objetivo foi «plenamente atingido», sublinha o autarca. Segundo a mesma fonte, a programação foi «bastante diver-sificada», com uma participação de «muita qualidade» das asso-ciações e dos agentes culturais locais, e uma participação «extre-mamente importante» da parte da hotelaria, restauração e agen-tes turísticos que «divulgaram o concelho e deram a conhecer a nossa riqueza cultural, natural e gastronómica», que destaca, tam-

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

da mudança e nos incita a des-pertar para a Verdade e para o Amor, guias essenciais à concre-tização dos nossos sonhos. “Lago dos Cisnes” é a 24.ª produção para a infância da Ani-mateatro, com texto e encena-ção de Ricardo G. Santos e dire-ção de Lina Ramos, destinado a crianças a partir dos 3 anos. Ao longo do espetáculo os atores dão vida a 6 personagens e como é habitual em todas as pro-duções para a infância da Anima-teatro, são criados momentos de interação com as crianças, envol-vendo-as na história.

bém, «o incontornável contributo dos muitos voluntários que aju-daram a fazer a festa e dos traba-lhadores do município». A forte presença e «partici-pação de grupos e artistas de «reconhecido prestígio nacional valorizou bastante o programa» que teve, também, neste aspeto, um crescimento «qualitativo». A organização entende que contribuiu para «aumentar a no-toriedade de Palmela, ampliar o conhecimento do território por parte de visitantes e agentes tu-rísticos, e proporcionar oportu-nidades muito importantes de dinamização da economia local».

Foi muito gratificante verifi-car «a entrada no espírito da Feira Medieval por parte da nossa po-pulação e dos milhares visitantes, e a emotividade que se viveu nes-tes três dias», com esta viagem à história de Palmela no Séc. XIV.

Apesar da esta ter sido, ape-nas, a 2.ª edição, Luís Calha considera, segundo o que ouviu dos expositores, que estamos na presença de «um dos princi-pais eventos do género em Por-tugal».

panharam ao longo deste quarto de século de vida artística, desde autores a compositores, passan-do por colegas de profissão, téc-nicos e, principalmente, o públi-co que sempre a apoiou. Para a artista, celebrar 25 anos de carreira no Forum Luísa Todi, onde tudo começou, desde a música ao teatro, representa «a partilha, o reconhecimento e a

gratidão, para com todos aque-les que fizeram parte do meu percurso». Trabalhou com Car-los Rodrigues, Fernando Guer-reiro, Carlos César, José Rodri-gues dos Santos, Ferrer Trindade, José Manuel Coelho, Rui Serô-dio, Carlos Baleia, Valter Rôlo, Fernando Correia Martins, Nuno Nazareth Fernandes, Filipe Lá, Féria, Luís Aleluia, entre outros.

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CULTURA

Revista popular “É só Pagode” está de volta aos palcos

Moita assinala o Dia Mundial da Música com sons de câmara

É só pagode, a produção re-visteira de Bruno Frazão, está de volta aos palcos e

vai ser levada à cena este sábado, no Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão, e no dia 17, sempre às 21h30, no Clube de Futebol “Os Sadinos”. Há muita sátira política, religiosa, social e sempre com conteúdos atualiza-dos aos dias que correm. De destacar a homenagem singela à vereadora Paula Costa,

Para assinalar o Dia Mundial da Música, que se come-mora a 1 de outubro, o mu-

nicípio organiza, no Fórum Cul-tural José Manuel Figueiredo, na

GRÂNDOLA3SÁBADO22H30GONZO COMEMORA 40 ANOS DE CARREIRA Casino de Troia

Paulo Gonzo comemora 40 anos de carreira e dá-nos a co-nhecer “Concertos Íntimos” o seu mais recente espetáculo. O cantor, músico e compositor é uma hoje referência notória da música nacional. Nas últimas duas décadas tem reunido no seu público várias gerações que o acompanham e que se apropria-ram das suas músicas, histórias e sucessos.

SETÚBAL3SÁBADO21H30MULHERES EM CAMPO DE BATALHAForum Muncipal Luísa Todi

A companhia A.R.G.E.A Teatro, oriunda de Cáceres, Espanha, sobe ao palco com a peça “Troyanas – Mujeres en el campo de batalha”, de José António Raynaud, baseada em textos de Séne-ca, Eurípides e Heiner Muller. Iniciativa inserida no II Festival Ibérico de Teatro.

SEIXAL3SÁBADO15H30TALENTO DE CANTORES DE PALMO E MEIOCinema S. Vicente, Paio Pires

A 10.ª gala de S. Vicente dos Pequenos Cantores sobe ao palco para mostrar o talento vocal dos cantores de palmo e meio da nossa região e não só. Ingressos a 4 euros, mas os jovens até aos 25 anos também têm descontos de 50 por cento.

BARREIRO3SÁBADO11HLEITURAS ENCENADAS PARA OS MAIS NOVOS Biblioteca municipal “Porque vou à Escola”, de Oscar Brenifier, é o livro escolhido para as próximas “Histórias Vivas na Biblioteca”, contadas pela Companhia de Teatro do Barreiro – ArteViva, que volta à sala do conto da biblioteca municipal para mais uma leitura encenada. A entrada livre e destina-se a crianças dos 4 aos 12 anos.

ALCÁCER DO SAL3SÁBADO23HFADOS DO ROUXINOL FADUNCHO Feira Nova de Outubro

Até domingo, o parque de feiras e exposições de Alcácer do Sal, está muito animado com a Feira Nova de Outubro, que recebe, além das tradicionais tasquinhas, artesanato, vestuário, calçado, produtos regionais, frutos secos e muita animação e música, o concerto de Rouxinol Faduncho.

AGEN

DA

no intervalo das marchas, aos atores Álvaro Félix, Fernando Guerreiro e Carlos César, no final da revista, aos quadros satíricos da morte de Adão e Eva, e aos quadros reflexivos da vendedei-ra de beijos e aos idosos que são abandonados nos lares. Com cerca de duas horas de diversão intervaladas e de muita música e dança, a revista tem como atores Bruno Frazão, Tita Jones, Dulce Marcos, Mónica

Baixa da Banheira, este sábado, pelas 16 horas, o espetáculo “A Oeste dos Montes Urais”, um concerto de música de câmara de autores russos dos séculos XIX e

Costa, João Praia, Andreia Vieira, Xavier Viana e Joel Carvalho. A cantora convidada é Sara Marga-rida. O corpo de baile é compos-to por Marlene Lourenço, Ana Simeão, Cátia Teodósio e Adriana Costa. Os bilhetes têm um custo de cinco euros, para sócios, e de 7,50 euros para não sócios, po-dendo ser reservados ou adquiri-dos nas coletividades onde a re-vista vai à cena.

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A biblioteca municipal Ma-nuel Giraldes da Silva está a festejar 30 anos de ativi-

dade ao serviço da leitura, da in-formação, da educação, da cultu-ra e da cidadania da comunidade montijense. As comemorações tiveram início no dia 28 de setembro, com a inauguração da exposição “Aconteceu há 30 anos: nasci-mento da Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva”. O edil Nuno Canta realçou que «a biblioteca pública em Montijo tem uma história muito rica: des-de a primeira referência no Plano de Atividades e Orçamento Muni-cipal de 1963, passando pela deci-são da adaptação da Casa dos Ma-gistrados para biblioteca pública, pela contratação da trabalhadora Georgina Miranda para organiza-ção da futura biblioteca, até a abertura da biblioteca Manuel Gi-raldes da Silva, em 1985». «A este percurso de 30 anos está associado um nome incon-tornável que merece hoje uma re-ferência muito especial: Manuel

Biblioteca do Montijo celebra 30 anos de atividade

Giraldes da Silva. Todo o seu rico espólio é legado em 1969 à câma-ra numa carta escrita pelo pró-prio, onde afirma e cito ‘dá me um conforto intimo sentir que posso ser útil aos filhos da minha terra e aos que nela vivem’», acrescentou Nuno Canta. O presidente afirmou que a «câmara tem procurado colocar em evidência a importância es-sencial da sua biblioteca pública

para um trabalho cultural sólido no Montijo”, acrescentando que o 30.º aniversário da biblioteca «marca um novo passo na sua modernização com a automati-zação do catálogo da biblioteca, do empréstimo ao domicílio e a digitalização online de publica-ções periódicas. Trata-se de um novo ciclo que, estamos certos, irá contribuir para a melhoria do serviço aos munícipes».

XX, pelo quarteto vocal lírico, pia-no e violoncelo, com intérpretes do Teatro Nacional de S. Carlos. A entrada é gratuita, median-te reserva de bilhetes, no local.

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