semmais 21 dezembro

24
Política Proença lidera AMGAP 11 www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 792 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 21. Dezembro.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Fotos: DR Negócios Porto de Sines vai crescer mais de 28% este ano 19 Cultura Deolinda de Jesus com CD à espera de patrocínios 13 ABERTURA PÁG. 2 e 3 ACTUAL A Santa Casa da Misericórida de Setúbal vai assumir a gestão do CATI nos próximos vinte anos. Um protocolo que a torna na segunda mais forte da região. Nos últimos cinco anos, excluindo os jovens que foram levados pela força das ondas no Meco no último domingo, tinham desaparecido nas zonas marítimas do distrito oito indivíduos. Os corpos de dois nunca chegaram a aparecer, segundo informações oficiais recolhidas pelo Semmais. Mas nenhum destes casos se assemelha à tragédia que colocou o Meco nas bocas do mundo. ACTUAL Os presidentes das câmaras de Alcácer do Sal e de Santiago do Cacém prometem aumentar a pressão para que a degradação do IC1 e a suspensão das obras na A26 possam merecer prioridade do Governo e das Estradas de Portugal. Misericórdia de Setúbal assume CATI e passa a ser maior Alcácer do Sal e Santiago lutam pelo IC1 e pela A26 A equipa do Semmais deseja a todos os seus leitores, anunciantes e parceiros um Santo Natal e informa que vai proceder a uma paragem técnica para preparar novos desafios editoriais e gráficos. Voltamos a 11 de Janeiro. BISPO DE SETÚBAL EM ENTREVISTA DO SEMMAIS DIZ QUE «UMA SOCIEDADE QUE EXCLUI ESTÁ DOENTE» O Menino da manjedoura! O PRESÉPIO tem no centro um Menino deitado numa manje- doura e contemplado por Maria e José, seu pais. Este Menino é o Filho de Deus feito homem, feito pão para matar a fome de vida e de amor de todos os homens e mulheres. Ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo, que desceu do Céu; quem comer deste pão, viverá eternamente”Jo.6,51. Por isso, Nossa Senhora e S. José contemplam, admirados e agradecidos, o mistério de Deus- feito- pão-para-a-vida-do-mundo e, com eles, também a Igreja contempla com fé e emoção o Menino presente na mesa da Palavra e da Eucaristia e, de modo especial, na pessoa que sofre. O encanto do Natal vem deste Menino-Pão-partido-para- a-vida-do-mundo. Pão divino capaz de matar a nossa fome de vida, de amor e de alegria e capaz fazer novas todas as coisas! Felizes as pessoas e famílias que, com Maria e José, contem- plam e acolhem, no silêncio orante do coração, a força e o encanto do amor do Deus Menino! Felizes as pessoas que no amor de Jesus Cristo aprendem a ver Deus em cada ser humano; aprendem a incarnar as dores (e alegrias) de quem sofre e a fazer-se (pão) próximo para o socorrer; e aprendem a construir uma socie- dade em que cada pessoa veja respeitados - e respeite - os direitos humanos! Como diz o Papa: “A verda- deira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. O Filho de Deus, na encarnação, convidou-nos à revolução da ternura.” A Alegria do Evangelho, 88 Alimentado pelo Amor deste Menino, cada um de nós seja pão- de-amor-e-de-alegria-na-espe- rança para alguém que esteja a sofrer o desemprego, a droga, a fome, a solidão, o desencanto da vida, a doença, a violência ou outra pobreza. É este Natal de Amor que, em 2013, peço ao Menino do Presépio para os meus irmãos na fé em Cristo; para quem vive na área geográfica da Diocese; e para as diversas autoridades. + Gilberto, bispo de Setúbal Tragédia do Meco duplica desaparecimentos nos mares da região PSICÓLOGOS DA ‘DOR DO MECO’ RECORRERAM A TÉCNICAS DE APOIO UTILIZADAS NOS ATENTADOS DO 11 DE SETEMBRO EM NOVA IORQUE PÁG. 7 PÁG. 14 PÁG. 6

Upload: mediasado

Post on 15-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição 21 de Dezembro

TRANSCRIPT

Page 1: Semmais 21 dezembro

PolíticaProença lidera AMGAP

11

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 792 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 21. Dezembro.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Foto

s: D

R

NegóciosPorto de Sines vai crescer maisde 28% este ano

19

CulturaDeolinda de Jesuscom CD à espera de patrocínios

13

ABERTURA PÁG. 2 e 3

ACTUAL A Santa Casa da Misericórida de Setúbal vai assumir a gestão do CATI nos próximos vinte anos. Um protocolo que a torna na segunda mais forte da região.

Nos últimos cinco anos, excluindo os jovens que foram levados pela força das ondas no Meco no último domingo, tinham

desaparecido nas zonas marítimas do distrito oito indivíduos. Os corpos de dois nunca chegaram a aparecer, segundo informações oficiais

recolhidas pelo Semmais. Mas nenhum destes casos se assemelha à tragédia que colocou o Meco nas bocas do mundo.

ACTUAL Os presidentes das câmaras de Alcácer do Sal e de Santiago do Cacém prometem aumentar a pressão para que a degradação do IC1 e a suspensão das obras na A26 possam merecer prioridade do Governo e das Estradas de Portugal.

Misericórdia de Setúbal assume CATI e passa a ser maior

Alcácer do Sal e Santiago lutam pelo IC1 e pela A26

A equipa do Semmais deseja a todos os seus leitores, anunciantes e parceiros um Santo Natal e informa que vai proceder a uma paragem técnica para preparar novos desafios editoriais e gráficos. Voltamos a 11 de Janeiro.

BISPO DE SETÚBAL EM ENTREVISTA DO SEMMAIS DIZ QUE «UMA SOCIEDADE QUE EXCLUI ESTÁ DOENTE»

O Menino da manjedoura!

O PRESÉPIO tem no centro um Menino deitado numa manje-doura e contemplado por Maria e José, seu pais.

Este Menino é o Filho de Deus feito homem, feito pão para matar a fome de vida e de amor de todos os homens e mulheres. Ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo, que desceu do Céu; quem comer deste pão, viverá eternamente”Jo.6,51.

Por isso, Nossa Senhora e S. José contemplam, admirados e

agradecidos, o mistério de Deus-feito- pão-para-a-vida-do-mundo e, com eles, também a Igreja contempla com fé e emoção o Menino presente na mesa da Palavra e da Eucaristia e, de modo especial, na pessoa que sofre.

O encanto do Natal vem deste Menino-Pão-partido-para-a-vida-do-mundo. Pão divino capaz de matar a nossa fome de vida, de amor e de alegria e capaz fazer novas todas as coisas!

Felizes as pessoas e famílias que, com Maria e José, contem-plam e acolhem, no silêncio orante do coração, a força e o encanto do amor do Deus Menino! Felizes as pessoas que no amor de Jesus Cristo aprendem a ver Deus em cada ser humano; aprendem a incarnar as dores (e alegrias) de

quem sofre e a fazer-se (pão) próximo para o socorrer; e aprendem a construir uma socie-dade em que cada pessoa veja respeitados - e respeite - os direitos humanos!

Como diz o Papa: “A verda-deira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. O Filho de Deus, na encarnação, convidou-nos à revolução da ternura.” A Alegria do Evangelho, 88

Alimentado pelo Amor deste

Menino, cada um de nós seja pão-de-amor-e-de-alegria-na-espe-rança para alguém que esteja a sofrer o desemprego, a droga, a fome, a solidão, o desencanto da vida, a doença, a violência ou outra pobreza.

É este Natal de Amor que, em 2013, peço ao Menino do Presépio para os meus irmãos na fé em Cristo; para quem vive na área geográfica da Diocese; e para as diversas autoridades.

+ Gilberto, bispo de Setúbal

Tragédia do Meco duplica desaparecimentos nos mares da região

PSICÓLOGOSDA ‘DOR DO

MECO’ RECORRERAM A TÉCNICAS DE APOIO

UTILIZADAS NOS ATENTADOS DO 11 DE SETEMBRO EM

NOVA IORQUE

PÁG. 7

PÁG. 14

PÁG. 6

Page 2: Semmais 21 dezembro

ABERTURA

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

2

Pub.

Foto

s: D

R

Tragédia no Meco quase que duplicou desaparecimentos marítimos na região

Incredulidade, choque e inconformação marcaram Moinho de Baixo, para sempre

Nos últimos 5 anos, e excluindo os jovens levados pela força das ondas no passado Domingo, tinham desaparecido oito indivíduos. Os corpos de dois nunca chegaram a aparecer. Nenhum destes casos é semelhante ao que colocou o Meco nas bocas do mundo.

Page 3: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

O desaparecimento de seis jovens, arrastados por uma onda na madru-

gada de Domingo passado na praia do Moinho de Baixo, no Meco, quase que duplicou o número total verificado nas áreas marítimas da região nos últimos cinco anos. Os dados, que foram disponi-bilizados ao Semmais pelo Comando Distrital de Opera-ções de Socorro de Setúbal (CDOS), dão conta de duas vítimas que desapareceram e nunca mais apareceram e de outras seis cujos corpos foram encontrados durante as operações de busca. O corpo do jovem Tiago André Campos, o único dos seis jovens resga-tado pelas equipas de busca e salvamento após a tragédia do fim-de-semana passado, engrossou essa lista.

Segundo dados do CDOS, uma grande parte destes desa-parecimentos deu-se no concelho de Sines embora haja a registar desapareci-mentos também no Barreiro, na praia da Barra, em Setúbal,

na Figueirinha, no Montijo, junto à Base Aérea n.º 6, e em Alcochete, perto da ponte Vasco da Gama. Os desapa-recimentos estão relacionados principalmente com quedas de indivíduos à água, com a apanha de bivalves e/ou com a prática de pesca submarina e mergulho. «Estes jovens, simplesmente, estavam no sítio errado, à hora errada», disse o comandante do Insti-tuto Hidrográfico, Santos Marinho, ao site da TVI.

Onda colapsante arrasta jovens para a morte

Os sete jovens, envolvidos na ‘tragédia do Meco’, com idades compreendidas entre os 21 e os 24 anos, estariam junto à zona de rebentação e terão sido surpreendidos pela força de uma onda colap-sante, uma onda com carga enérgica superior

às ondas normais. Do grupo apenas João Miguel Gouveia sobreviveu. Foi este que, após conseguir sair da água, deu de imediato o alarme. Já o corpo de Tiago André Campos, sepultado na passada quarta-feira, foi resga-tado cerca das 6 horas da manhã. Até agora, foi o único corpo encontrado. O jovem não tinha água nos pulmões, estando a sua morte presu-mivelmente relacionada com a força da onda durante a preia-mar.

Os familiares dos cinco jovens ainda desapare-

cidos, um rapaz e quatro raparigas, não têm saído da praia do Moinho de Baixo. A cada dia que passa, os

seus rostos estão mais cansados e fechados. O

olhar mantém-se vago. Alguns

só querem que o mar lhes devolva os corpos para que

a dor que sentem não aumente. «Durante

estes dias não tem havido desenvol-v i m e n t o s , mantivemos as buscas terres-

tres e marítimas e um helicóptero

andou a sobre-voar a área na passada

quarta, dado o agravamento das condições meteoroló-gicas previsto para o dia seguinte», descreve o coman-dante Lopes da Costa, capitão do Porto de Setúbal. As operações de resgate envol-veram 50 opera-cionais, vários meios aquá-ticos, entre as quais a fragata ‘Bartolomeu Dias’, e quase duas dezenas de viaturas dos Bombeiros, Polícia Marítima, GNR, INEM e Serviço de Protecção Civil de Sesimbra.

Buscas continuammais junto à linha de costa

As buscas, até ao fecho da edição desta semana do Semmais, focavam mais a linha de costa tendo em conta a corrente de deriva litoral junto à costa do Meco que tinha a direcção sul. A área das buscas estende-se desde o Moinho de Baixo até à praia dos Lagosteiros, esta última já próxima do

C a b o Espichel, num

total de 5 mil milhas. Um p s i c ó l o g o mantém-se na praia do Moinho

de Baixo para apoiar os fami-liares. Os

jovens, que representavam vários cursos da Universi-dade Lusófona no Conselho Oficial da Praxe Académica,

alugaram uma casa na loca-lidade de Aiana de Cima, em Alfarim, e percorreram a pé, durante a noite de Sábado para Domingo, o percurso de mais de cinco quilóme-tros que separava a locali-dade da praia.

Até ao fecho da edição, nenhum dos cinco jovens

tinha ainda apare-cido, não tendo as

autoridades deci-dido sobre se iam ou não pros-seguir com as

operações de resgate. A reconstituição

do que se terá passado naquela noite só será feita após os corpos serem encontrados ou depois de ser tomada a decisão de suspender as buscas. O único sobrevivente daquela fatídica noite não tem falado sobre a tragédia, mas será chamado a ajudar à recons-tituição dos acontecimentos do passado Domingo.

Bruno Cardoso

Técnica de apoio foi utilizada nos atentados do 11 de Setembro

O PSICÓLOGO e docente da Universidade, Carlos Poiares, que, juntamente com os colegas especialistas em intervenção em catás-trofes (Marina Carvalho e José Brites) têm prestado apoio a dezenas de estu-dantes, familiares e amigos das vítimas, garante que o pior estará para vir, quando a onda de choque do confronto com a morte

acalmar. «Estes jovens e as famílias vão precisar de tanto apoio», sublinha em entre-vista ao Semmais, revelando que o caso é tão grave, que estão a ser aplicadas técnicas especializadas que já foram utilizadas nos atentados do 11 de Setembro de 2001.

A ideia de criar uma linha de apoio psicológico na própria universidade está a ter efeitos práticos?Temos recebido muitos pe-didos de apoio, como era previsível, mas tenho a cer-teza que vão aumentar nos próximos dias, mesmo du-rante este fim-de-semana. O funeral do Tiago aumen-tou a comoção. Os cole-gas andam por aí com ros-tos aflitos, porque não con-seguem dormir há várias noites. Sobretudo entre o círculo de amigos e famí-lias, vêm aí dias muito di-fíceis.

Como se avalia o que se está a passar?É uma catástrofe, mesmo. A academia foi toda afectada com a ocorrência trágica. Desde o reitor à senhora da limpeza. É uma catástrofe igual à queda de um avião ou de atentado. Há uma dor imensa que continua e que é visível ao longo destes dias.

Há técnicas específicas para prestar apoio neste caso?O acompanhamento tem vá-rias etapas e às vezes é pre-ciso intervir em grupo. Tra-ta- se, numa primeira fase, de um suporte e ajuda para enfrentar a perda e levar à racionalização, através de técnicas especializadas que já foram utilizadas nos aten-tados do 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, no 11 de Março de 2004 em Ma-drid, nos atentados do me-tro em Inglaterra (Julho de 2005) ou com as vítimas de catástrofes naturais. No fun-do, é segurar e minimizar a dor das pessoas que estão vivas. Nesta primeira fase tem de ser feito um apoio com urgência. Neste caso, a perda envolve miúdos que

estavam em plena concre-tização de um sonho e para quem tudo foi interrompi-do.

O facto dos corpos não se-rem encontrados agrava este cenário?Com toda a certeza. Este luto adiado destroça ainda mais as pessoas. Os alunos estão a viver um drama, porque consideram os outros jovens como sendo da família. Mes-mo que não os conheces-sem, eles eram da sua famí-lia universitária. Ou seja, não é a mesma coisa do que se fosse, por exemplo, um vi-zinho que se conhece. É al-guém bem mais próximo.

Isso quer dizer que para os familiares e amigos fazerem

o luto é necessário que os corpos apareçam?É fundamental, por se tra-tar de um acto simbólico da morte. Se os corpos não apa-recerem, as pessoas não fa-zem o luto e não encerram a questão. Nestas situações de morte prevista e aciden-tal, as pessoas têm necessi-dade desse lado simbólico. Numa primeira fase entram numa atitude de negação e acreditam que a pessoa po-derá estar viva. Depois, quan-do têm o corpo, ficam com a noção da perda. Com o cor-po há uma negação afetiva, uma negação e em muitos casos uma negação racio-nal.

A quadra natalícia aumen-ta a dor? Há alguma rela-ção?É um outro ponto que agra-va esta tragédia, de facto. Faz aumentar a dor. Seria um momento das famílias es-tarem reunidas e confron-tam-se com esta enorme per-da sem explicação. Também por isso, esperamos mais alunos a pedir apoio este fim-de-semana e durante a semana.

Já tentou contactar o úni-co sobrevivente?Apenas para lhe oferecer apoio psicológico, mas não

tive sucesso. O jovem está isolado e não atende tele-fones. Está a recuperar do choque e não quer falar com ninguém, o que é um com-portamento normal nesta altura. Não tem condições. Ele está a vivenciar uma ex-periência dolorosa, por ter assistido à morte dos ami-gos e ter que conviver com o facto de ser o único so-brevivente. Mas dentro de dias vai perceber que renas-ceu. Vai precisar de muito apoio.

Na praia do Moinho de Bai-xo, à medida que o tempo avança sem notícias, amigos e famílias vão desmobili-zando. É cansaço por falta de esperança?Sim, já lá vão muitos dias de espera. Aos poucos as pes-soas começam a perceber que não está por ali ninguém. Que acabou. Até a dada al-tura, alimentaram a possi-bilidade de os encontrarem vivos, de haver um milagre. Mas com o tempo deixaram de acreditar. Agora, é espe-rar que os corpos aparece-ram para se poder fazer o luto, que já seria muito im-portante para as famílias, amigos e colegas da acade-mia.

Roberto Dores

Especialista aborda consequência da tragédia do Meco após as «ondas de choque»

A propósito da tragédia do Meco, o Semmais ouviu um especialista de intervenção em catástrofes. Carlos Poiares afirma que se trata de um ‘caso limite ‘ que justifica técnicas sofisticadas similares às postas em prática junto das famílias que perderam entes queridos no ataque terrorista do 11 de Setembro.

Memorial na arribda

Cmdt. Lopes da Costa

Moradia alugada

Um dos meios de busca

Carlos Poiares, psicólogo, e o estado crítico dos familiares

DR

Page 4: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com4

EspaçoPúblico

Fechamos com esta edição mais um ano editorial, durante o qual, com o mesmo entusiasmo de sempre, conseguimos manter a marca Semmais com a qualidade e rigor jornalístico, num mercado cada vez mais difícil.

É uma missão constante, só possível com empenhamento e profissionalismo, que mobiliza e rompe obstáculos, que continua, apesar de tudo, a fazer sonhar e a mexer com a capacidade de empreender e levar para a frente este projecto.

E agora vem aí um ano novo, em que a esperança e o agir constituem as duas traves mestras do nosso caminho futuro.

Cumprimos, afinal, os nossos objectivos, e continuamos a fidelizar leitores. Essa tarefa tem sido ganha a cada semana, com o esforço e determinação de sempre.

As duas publicações de referência que editámos este ano que agora findo - a revista comemorativa do 15.º Aniversário e a Edição das 500 Maiores Empresas do Distrito de Setúbal - foram um êxito.

E o próximo ano, que não se antevê nada fácil, está a ser preparado com o mesmo ânimo: novos projectos, novas ideias e a mesma abnegação. Vamos agora parar duas semanas, exactamente para forçarmos uma entrada em 2014 plena de vitalidade.

Um bem-haja aos nossos fiéis leitores, anunciantes e parceiros que certamente vão continuar a trilhar estes caminhos com o Semmais.

Boas Festas

Até para o ano…

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Já tudo, ou quase tudo, se escreveu sobre Nelson Mandela.

É, porém, útil retirarmos da sua vida, tão rica em todos os domí-nios, ensinamentos que sirvam ao quadro complexo em que vivemos.

O primeiro deles tem a ver com a dimensão da política. A desvalori-zação com que a generalidade dos cidadãos hoje a encara, apresenta como contraponto personalidades da dimensão de Mandela.

A política com P grande e a razão de ser dela têm o espirito de servir o bem comum como motor e a coerência na ação como o exemplo a ser seguido.

A nossa atual pequena e medí-ocre politica, dinamizada por membros de um desgoverno que não são exemplo para ninguém, deve-nos fazer refletir seriamente com com exigências de recusa do estado de coisas a que chegámos.

Não apenas do rumo da marcha em curso, para o abismo, mas também dos protagonistas que o dirigem, subservientes à troika.

É preciso, mais do que nunca, lutar por um projeto de futuro e o legado de vida de Mandela deve-nos servir de incentivo.

Noutro plano, Mandela, homem da dimensão de um Ghandi ou Luther King, ousou responder à fase de tran-sição do regime apartheid para um regime democrático, que defende a igualdade, demonstrando conhecer bem o seu país e o seu povo. As normas da Constituição da África do Sul,

consensualizadas previamente entre os partidos para a transição, foram concebidas para integrar todos os cidadãos, inclusive na representação nos órgãos de soberania.

Não foi por acaso que o Vice-Presidente da República foi De Klerk, saído do segundo partido mais votado – foi por isso mesmo Vice-Presidente da República – e que todos os partidos que obtiveram mais de cinco por cento dos votos expressos, entraram obrigatoriamente no governo. Isso possibilitou que Mangosuthu Buthelezi, o líder do INKATA, maioritariamente repre-sentativo do povo zulu, acabasse ministro do interior.

Foram também estas molas amor-tecedoras que superaram as tensões e as rivalidades étnico-culturais.

Mandela deu exemplo que a Cons-tituição não é um documento menor, que não dá empregos, como Pedro Passos Coelho diz para a desvalorizar.

É por isso que o evento que teve lugar na Aula Magna, em Lisboa, EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO, DA DEMOCRACIA E DO ESTADO SOCIAL teve toda a razão de ser.

Mandela, que concebia a Política com P grande, deixou-nos também este legado. De lutar contra a medio-cridade.

Vítor RamalhoAdvogado

A Políticae Mandela

O ano está a chegar ao fim e, como sempre, escrevo-te a dizer-te que me portei bem

e mereço ser recompensado, mas este ano estou baralhado.

Cresci com valores em que se premiavam princípios, instituições, a famíla, o emprego. Hoje em dia, vejo filhos a abandonarem pais e avós, a despejarem-nos em insti-tuições sem qualquer credibilidade e/ou asseio. Vejo alguns a viverem com eles, a maltratarem-nos e a ficarem com a reforma.

Vejo também um ex-primeiro-ministro, o maior responsável pelo estado de aflição em que todos vivemos a destilar ódio e sentenças contra aqueles que estão a emendar os erros que ele cometeu, ainda por cima em horário nobre e na tele-visão do Estado.

Vejo um ex-chefe das polícias a ser demitido e, como prémio pelo seu mau trabalho num determi-nado contexto, a ser premiado com um honroso e bem pago cargo criado à sua medida.

Vejo um ministro de um governo, que aprovava as medidas dentro dos Conselhos de Ministros e depois vinha cá para fora criticá-las, como se ele não fosse do Governo e depois fez uma birra que ia atirando Portugal para uma crise tremenda e que custou milhões de euros a Portugal e que acaba o ano como Vice-Primeiro-Ministro.

Vejo um ex-Presidente da Repú-

blica, com um comportamento insti-tucional deplorável, a apelar quase à luta armada e que, como prémio foi eleito como a Personalidade Nacional do Ano.

Vejo no maior partido da oposição um Vice-Presidente, que até é Presidente da Câmara Muni-cipal da capital do país e que depois de dizer o pior possível do actual Presidente do seu próprio partido e de ameaçar candidatar-se, acabou em Vice-Presidente desse mesmo partido.

Vejo isto tudo e mais alguma coisa e penso, se eu me portar, assim tão mal, for tão ingrato, eventual-mente mal-educado, poderei acabar o ano de 2014 como Vice de qual-quer coisa, ser criado um cargo prin-cipescamente pago no estrangeiro ou ser a Figura Nacional de 2014.

Bom Natal e bom ano a todos os leitores do “Semmais”

Paulo Edson CunhaAutarca do PSD

Querido Pai Natal...

Já uma vez escrevi num artigo de opinião que Monnet dizia “Não coli-gamos Estados, unimos pessoas”.

Esta era a visão dos pais fundadores, esta era a visão para uma Europa do pós-guerra que queria erradicar para sempre a pobreza, a guerra, que queria afirmar-se pelo bem-estar das popu-lações e pelo respeito pelos direitos humanos, criando as condições para que a Europa se tornasse a região do mundo onde o progresso e o desen-volvimento fossem uma constante e onde os países se entreajudassem nos momentos difíceis.

Hoje, vivemos um momento em que assistimos ao desmoronamento da Europa acalentada por quem cons-truiu o modelo social europeu, fruto da degradação provocada pela agres-sividade dos mercados, pelos tecno-cratas de Bruxelas e por uma deriva neo-liberal adotada pela direita euro-peia para a qual a esquerda tem tido dificuldade e fazer passar a mensagem

de uma alternativa eficaz.Mas esta semana, fomos confron-

tados com um novo lado da crise europeia, o lado da degradação dos direitos humanos, o lado negro do desrespeito pelos seres humanos. O que nos foi dado a conhecer, através de um vídeo filmando pelo telemóvel de um jovem refugiado, é aterrador, não só pelo ato em si, de pessoas a serem despidas em público e molhadas com jactos de desinfetante, que nos faz lembrar momentos da história europeia que o projeto europeu pretendiam erradicar para sempre.

Lampdusa e a forma como a europa trata o problema dos refu-giados, que aos milhares, todos os dias, tentam entrar pelas suas fron-teiras à procura de uma vida melhor,

para fugir à guerra e à fome, é o espelho da falsa moral dos países europeus que se esqueceram dos anos negros do séc.XX. E tudo isto acontece num continente onde o envelhecimento demográfico é um drama que se resolveria mais facil-mente se a política europeia trans-fronteiriça em geral e a política de imigração de cada país em particular, fosse uma política mais tolerante e mais inclusiva.

Depois dos naufrágios que assolam o mar entre África e a Europa, que o Papa Francisco veio na prima-vera passada apelidar de “a nossa vergonha”, e que fez surgirem vozes de responsáveis europeus a compro-meterem-se com medidas para evitar novas catástrofes, somos agora confrontados com a inoperância das instâncias europeias e com compor-tamentos criminosos que tratam estas pessoas como se fossem merca-doria.

Este incidente de Lampedusa desonra-nos a todos e a todas, desonra aqueles e aquelas que sonharam com uma europa livre, uma Europa democrática, uma Europa cidadã, desonra os pais funda-dores que um dia pensaram que era

possível promover a igualdade entre todos e todas, promover uma Europa com uma economia forte, pleno emprego e proteção social.

O sonho europeu está a ruir, está a seguir o caminho que levou sempre à guerra – uma crise financeira, seguida de uma crise económica, seguida de uma crise social, seguida de uma crise política. Lampedusa é o sinal de um dos maiores fantasmas do passado, que nos deve fazer refletir e escolher outro caminho, porque somos todos e todas responsáveis .

Catarina MarcelinoDeputada do PS

Lampeduza – a vergonha da Europa

ErrataO ranking das 500 Maiores

Empresas deste ano foi cedido em parceria com a IGNIOS e não pela Coface-Mope, ante-rior designação desta empresa especializada.

Na edição de dia 7, sobre as eleições na concelhia do PS do Seixal, incluímos erradamente Costa Velho como candidato, o que não se verificou. Pelo lapso e pela ausência de confir-mação pelas fontes adequadas, pedimos as devidas desculpas.

Vejo um ex-chefe das polícias a ser demitido e, como prémio pelo seu mau trabalho, ser premiado com um honroso e bem pago cargo à sua medida.

Page 5: Semmais 21 dezembro
Page 6: Semmais 21 dezembro

Pub.

O avançado estado de degradação do IC1, entre Alcácer e Grân-

dola, leva o presidente da câmara alcacerense, Vítor Proença, a alertar que a recuperação da via carece hoje de uma «inter-venção prioritária em Portugal». O autarca alega que o estado da estrada «ameaça a segurança de pessoas» e que chega ao ponto de não entender «como é que a via de acesso ao Algarve e às praias do Litoral Alente-jano pode estar neste estado».

A reacção Proença surge numa altura em que apesar do IC1 ser das estradas de maior tráfego na região, acabou por

se transformar na perfeita antí-tese do que deve ser uma via segura. São largos quilóme-tros de alcatrão esburacado, com bermas impróprias, devido às rodeiras, que chegam a impedir os automobilistas de encostar em segurança.

A trepidação ao volante ilustra o perigo numa zona de frequentes acidentes, onde uma extensa recta convida a acelerar, aumentando o risco de despiste contra os muitos pinheiros que ladeiam esta via de acesso ao Algarve.

Ainda assim, este troço integra a subconcessão do Baixo Alentejo, adjudicada à

SPER – Sociedade Portuguesa para a Construção e Explo-ração Rodoviária – sendo da sua responsabilidade a operação e manutenção da via, segundo a própria empresa Estradas de Portugal. Porém, contactada pelo Semmais, a SPER não respondeu.

Coube à EP revelar que, segundo a Memorando de Entendimento celebrado em setembro de 2012 por ambas as partes, aquele troço será transferido para a esfera da EP em 2014. Até lá, resume a EP, «a SPER é respon-sável pela manutenção das boas condições de segurança e circulação».

Beijinha ‘acelera’pressão na A26

Entretanto, ontem, uma delegação da Câmara de Santiago do Cacém, liderada pelo edil Álvaro Beijinha, reuniu com a ‘Estradas de Portugal’, em Almada, no sentido de pres-sionar os responsáveis da empresa no que diz respeito à suspensão há dois anos e meio das obras na A26.

O edil recorda que quando o Governo suspendeu os traba-

lhos nesta via «anunciou o compromisso de que os troços Relvas-Sines e Santo André-Sines seriam concluídos». E segundo, Beijinha, isso não aconteceu, uma vez que, explica ao Semmais, «o segundo não está concluído, temos uma situ-

ação de limitação de velo-cidade de 50 km/h,

com aqueles pinos no meio da via, que é uma situ-ação que se arrasta há dema-

siado tempo».O presidente

da Câmara de Santiago diz ser incompre-

ensível o facto de «pouco faltar para a conclusão da obra» e continuar a subsistir este impasse sobre a totalidade da intervenção. «A Câmara não compreende e as populações muito menos», afirma.

Na reunião, cujas conclu-sões não foram possíveis de apurar até ao fecho desta edição, o autarca levantou igualmente a questão do troço de Relvas Verdes para Norte, entre Santiago e São Francisco, cuja indefinição «é inaceitável». Beijinha sublinha que «o estado em que a estrada se encontra, fruto das obras inacabadas, gera situações de muito perigo».

*com Anabela Ventura

São duas vias de ligação ao nosso Litoral Alentejano degradas, com obras paradas e muito perigo para os automobilistas. Vítor Proença exige acção no IC1 e Álvaro Beijinha pressiona pela A26.

Roberto Dores

ACTUAL

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

6

IC1 degradado ameaça segurança entre Alcácer e Grândola

Câmara de Santiago também pressiona EP pela A26

A A26 do IP8 é uma das rodovias mais fatídicas do país, que os acidentes dos últimos anos confirmam

Câmara de Alcácer despolui Sado

OS TRABALHA-DORES da Câmara Muni-cipal de Alcácer do Sal voltaram a limpar as duas margens do rio Sado na cidade, depois de em Outubro passado terem recolhido mais de 300 quilos de materiais diversos, tais como garrafas de plástico, cadeiras, papeleiras, entre outros. De acordo com a vereadora Ana Luísa Soares, responsável pela Higiene e Limpeza do município, «há mais de um ano que as margens do Rio Sado não eram limpas, situação que levou à acumulação de vários materiais que prejudi-cavam o habitat natural do rio». A autarca acres-centa que Alcácer do Sal, «para poder usufruir em pleno de todas as suas belezas naturais, neces-sita de ter as margens cuidadas e limpas».

Foto

s: D

R

Page 7: Semmais 21 dezembro

Grutas de Quinta do Anjo ganham protecção especial

Misericórdia de Setúbal assume CATI e torna-se a segunda maior do distrito

AS GRUTAS de Quinta do Anjo acabam de ganhar uma Zona Especial de Protecção. Esta medida, publicada este mês em Diário da República, visa assegurar a protecção das grutas e da sua envolvente imediata, promovendo a salvaguarda de possíveis núcleos arqueológicos secundários, a integridade do contexto geológico e o enquadramento paisa-gístico.

Monumento Nacional desde 1934, esta Necró-pole Calcolítica é composta por um conjunto de quatro túmulos esca-vados na rocha há cerca de 4500 anos. Reconhe-cidas internacionalmente junto da comunidade arqueológica, estas necró-poles deram a conhecer as cerâmicas e outros utensílios de uso quoti-diano.

A SANTA Casa da Mise-ricórdia de Setúbal já assumiu a gestão do Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI), ao abrigo de um protocolo já rubricado com o Ministério da Solidarie-dade e da Segurança Social, que tem tido a jurisdição daquele equipamento.

Esta transferência de responsabilidades do funcio-namento e gestão do CATI vai transformar a Miseri-córdia de Setúbal na «segunda maior instituição social do distrito de Setúbal», atrás da sua congénere de Almada, tendo em conta a dimensão dos serviços socias que vai prestar, afirmou ao Semmais Cardoso Ferreira, provedor da Santa Casa de Setúbal.

O processo decorreu na sequência de um concurso público em que, para além da Misericórdia de Setúbal, também concorreu a Dele-gação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa, sendo que a instituição liderada por Cardoso Ferreira apre-sentou a melhor proposta, tendo em conta, segundo o provedor, «a larga experi-ência da instituição na valência residencial e na

reconhecida reputação no serviço de apoio domicili-ário».

Edifício cedido em regime de comodato

O CATI, cujo edifício foi cedido à misericórdia sadina, no âmbito do mesmo proto-colo, em regime de como-dato por vinte anos, está a funcionar há cerca de 16 anos, tem capacidade para 78 utentes em regime resi-dencial e serve 100 refeições diárias para o exterior, na sua cantina social. Pode ainda prestar serviço de apoio domiciliário a 40 utentes e dispõe de instala-ções para sete pessoas, em regime de acolhimento temporário de emergência.

Com este equipamento, que segundo Cardoso

Ferreira «aumenta também a sua responsabilidade», a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal passará a dispor de uma capacidade total de cerca de 270 utentes, em Regime Residencial e Centro de Apoio a Idosos Depen-dentes, 140 utentes em Apoio Domiciliário e fornecerá diariamente cerca de 800 refeições a utentes e traba-lhadores.

Recorde-se que a insti-tuição sadina dispõe ainda, na área da Saúde, de uma clínica de medicina física e de reabilitação que trata cerca de 150 doentes por dia. Com a junção do CATI a Misericórdia aumenta também o seu quadro de colaboradores, num total de 230.

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 7

Pub.

O provedor Cardoso Ferreira assume nova responsabilidade

DR

Page 8: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com8

ACTUAL

Pub.

Nas últimas semanas, Portugal recebeu boas notícias relativamente ao

estado e às perspectivas da sua economia, confirmando que o caminho traçado pelo Governo é adequado e que os resultados são já evidentes.

Primeiro foi a OCDE que revelou os seus Indicadores Compósitos Avançados rela-tivos ao mês de Outubro, mantendo a subida das expec-tativas de recuperação da economia portuguesa. Este indicador avançado da OCDE para Portugal registou, em Outubro, o crescimento mais acelerado desde Abril. Efecti-vamente, Portugal vai já no 11º mês consecutivo em que o indi-cador se situa acima dos 100 pontos.

Estes indicadores ante-cipam uma retoma mais forte na economia portuguesa no primeiro semestre de 2014.

Simultaneamente, o Insti-tuto Nacional de Estatística confirmou o crescimento de

0,2% da economia portuguesa no terceiro trimestre, face aos três meses anteriores. O que confirma, definitivamente, a segunda variação positiva do PIB e a interrupção do ciclo de recessão. Quando alguns anun-ciavam uma espiral recessiva, o Instituto Nacional de Esta-tística anunciava que Portugal saia oficialmente da recessão técnica.

Fruto deste crescimento económico, tímido, mas ainda assim crescimento, a economia tem gerado emprego nos últimos trimestres.

Registe-se que investi-mento das empresas, que cresceu em cadeia, do segundo para o terceiro trimestre, 4,77%, foi o grande impulsio-nador do crescimento do PIB registado nos dois últimos trimestres, a par das expor-tações e do consumo das famí-lias. È sempre importante

sublinhar o facto das expor-tações portuguesas já equi-valerem a quase 40 por cento da geração de riqueza do País. Da análise destes números, podemos concluir, sem rebuço, que estamos no trilho certo para atingir o objectivo intermédio de 45 por cento do PIB, em 2015, conforme previsto na Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e Emprego 2014-2020.

Pela primeira vez em muitas décadas, Portugal vende hoje mais do que compra ao exterior, o que significa que existe uma alteração do modelo estrutural da economia portu-guesa. Pelo segundo ano conse-cutivo, assistimos à eliminação do crónico défice externo que levou o País à bancarrota em 2011, após mais de vinte anos de ininterruptos défices externos.

A eliminação do défice externo é, sem dúvida alguma, o reflexo mais claro das reformas até aqui efectuadas e que irá evitar mais crises económicas no futuro. O rumo que estamos a seguir comprova que para a economia crescer, não é preciso um Estado gastador. Uma vez resolvido

Paulo RibeiroDeputado do PSD

Tempo de boas notícias

Page 9: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 9

Pub.

Edital

ANDRÉ MARTINS, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, DO CONCELHO DE SETÚBAL:

FAZ PÚBLICO QUE, nos termos do n.º 3, do artigo 27.º, do Regime Jurídico Urbanização e Edificação, ficam notificados todos os proprietários dos lotes, os titulares do alvará de loteamento e demais titulares de outros direito reais, referente ao alvará de loteamento n.º 15/76 (processo n.º 47/76), nos seguintes termos: Com o requerimento n.º 3679/13, é solicitada uma alteração às especificações do alvará de loteamento n.º 15/76, enquadrando-se o pedido como licença administrativa ao abrigo do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de dezembro, com a redação dada pela Lei nº 26/10 de 30 de março (RJUE).O pedido é formulado por Florinda Ramalho Pires Monteiro e Hugo Miguel Pires Branco, na qualidade de proprietários dos lotes n.º 1D e 2D do referido alvará de loteamento.Consistem as alterações pretendidas na possibilidade de instalação do uso de equipamento em parte ou totalidade das edificações previstas para os referidos lotes, em alternativa ao uso habitacional.O loteamento em apreço encontra-se classificado como Espaço Urbano Consolidado – malha habitacional, respeitando o uso pretendido o disposto no art.º 67º do regulamento do PDM.Mantêm-se inalterados os restantes parâmetros urbanísticos previstos e as alterações não colocam em causa as obras de urbanização executadas, dispensando-se a consulta às entidades externas concessionárias das redes de infraestruturas.

O respetivo processo administrativo está disponível para consulta, no Departamento de Urbanismo desta Câmara Municipal, na Rua Acácio Barradas, n.º 27, Edifício Sado, em Setúbal, pelo prazo de 10 dias, entre as 9h00 e as 15h30m, podendo os eventuais interessados reclamar, nos termos do Código do Procedimento Administrativo.

Para constar é afixado o presente edital, nos Paços do Município, na sede da Junta de Freguesia de São Lourenço e publicado edital de idêntico teor num jornal de âmbito local e na página eletrónica do município.

O VEREADOR, COM COMPETÊNCIA NA ÁREA DO URBANISMO,No uso de competência delegada por Despacho n.º 136/2013/GAP, de 22 de outubro.

André Martins

Edital

MARIA DAS DORES MEIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL:FAZ PUBLICO QUE, em cumprimento do disposto no artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, a Câmara Municipal, por deliberação tomada na sua reunião ordinária, realizada a 06/11/2013, decidiu requerer à Assembleia Municipal, a declaração de utilidade pública da expropriação com caráter de urgência e a posse administrativa do imóvel designado por “Casa das 4 Cabeças”, sito na Rua Fran Pacheco tornejando para a Travessa do Carmo, (antiga Rua 25 de Março), que constitui o artigo matricial 690 da extinta freguesia de São Julião, atual União de Freguesias de Setúbal, registada na 1.ª Conservatória do Registo Predial de Setúbal, sob o n.º 944/19930329.Esta deliberação da Câmara Municipal, foi aprovada por maioria pela Assembleia Municipal, em reunião extraordinária realizada a 20/11/2013.Nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 10.º do Código das expropriações o citado imóvel foi avaliado em 86.000,00€ (oitenta e seis mil euros), de acordo com avaliação efetuada por perito da lista oficial da Direção Geral de Administração da Justiça.Foram notificados os interessados conhecidos por carta registada com aviso de receção.Não sendo conhecidos com a segurança e certezas exigidos, todos os interessados do referido imóvel e não dispondo a entidade beneficiária da expropriação dos necessários elementos de identificação, para efeitos do disposto na al. a) do n.º 1 do artigo 20.º do Código das Expropriações, é utilizado este meio para publicitar a decisão da Assembleia Municipal de Setúbal supra referida.--A deliberação da declaração de utilidade pública da expropriação com carater de urgência e a respetiva posse administrativa foi proferida ao abrigo do disposto conjugado da al. vv) do n.º 1 do artigo 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, com o n.º 3 do artigo 50.º da Lei n.º 107/2001, de 08 de setembro e dos artigos 10.º, 14, 15.º e 19.º do Código das Expropriações, com os fundamentos de facto e de direito expostos na respetiva deliberação e demais documentos e informações, integrantes do processo administrativo.O respetivo processo administrativo está disponível para consulta, no Departamento de Urbanismo, desta Câmara Municipal, na Rua Acácio Barradas, n.º 27, Edifício Sado, em Setúbal.Para constar é afixado o presente edital na propriedade objeto da pretensão, nos Paços do Concelho, na sede da Junta de Freguesia e publicado edital de idêntico teor num jornal de âmbito local e nacional e na página da internet deste Município.Paços do Município de Setúbal,5 de dezembro 2013O Vereador em substituição da Presidente da Câmara, com delegação de competências de acordo com o despacho n.º 189/13/GAP de 28 de novembro.

Carlos Rabaçal

Desatenção: 1. Falta de atenção; incapacidade de estar atento.

2. Desconsideração, deseducação, indiferença.

Desatenção: alheamento, distracção, esquecimento, descortesia, desconsideração, grosseria, indelicadeza, omissão. A vida é relaciona-mento e interacção (connosco próprios e com os outros). Desatenção: não responder, não corresponder. A desa-tenção é uma forma de ausência e de inexistência.

Como expressão de aviso: «Atenção!» equivale a «Cuidado!».

«Tomar atenção». «Damos», «dispensamos», «(em)pres-tamos» ou não, a nossa atenção a algo ou alguém; «tomamos» (ou não) atenção ao que nos dizem. Ao estarmos e sermos atentos e atenciosos, damos importância ao(s) outro(s), valorizarmo-lo(s).

«Chamar (alguém) à atenção» ou «chamar a atenção de (alguém): o verbo «chamar»

é uma forma de invocação. Convocamos. Convidamos.

Enquanto actividade mental, a atenção nem sempre é sinónimo de concentração: a atenção alarga, estende, inclui, é receptividade; a concentração focaliza, dirige, reduz a um ponto, a um centro (com-centro-acção).

A desatenção em relação ao outro representa uma desa-tenção na relação consigo próprio (negligência) ou uma concentração da atenção em si próprio (egocentrismo).

«Desatenção civil» conceito explorado por Giddens: confiança na indi-ferença. No fundo, o olhar sem atenção, o evitarmo-nos; o culto da indiferença; o anónimo-acto de nos igno-rarmos, o anódino medo. A «desatenção civil» é, assim, a desatenção civilizada ou a forma mais civilizada de nos des-atendermos e nos desentendermos.

Síndromes. «Desordem por deficit de atenção e hiperac-tividade» - o que falta em atenção excede em acção: a actividade será hiperbolizada sempre que a atenção é defi-citária? Se formos pessoas atentas, conseguiremos a necessária quietação?

«Escutar com atenção». A atenção relaciona-se com todos os nossos sentidos mas, de uma forma muito especial,

com o sentido da audição. O saber ouvir, escutar, auscultar. A atenção aos detalhes porque, como sabemos, é sobretudo aí que Deus e o Diabo vivem.

Quem define a hierarquia, os primeiros e segundos planos ou as suas várias dimensões? A atenção corrige o olhar, redimensiona-o. «O que censuro aos jornais é fazerem-nos prestar atenção todos os dias a coisas insig-nificantes, enquanto nós lemos três ou quatro vezes na vida os livros em que há realmente coisas essenciais», escreveu Proust e provou-o escrevendo a sua ode ao Tempo Perdido e à atenção (re)encontrada. Vivemos numa sociedade do desper-dício, dos desafectos, da atenção mal dirigida, da superficialidade, do imediato, das relações sem essência.

A atenção é o primeiro (grande) passo para a compre-ensão do que somos e do que nos cerca. Atenção selectiva, selecção natural: «A atenção, escreveu Charles Darwin, é a mais importante de todas as faculdades para o desenvol-vimento da inteligência humana.» Logo, e em termos de evolução humana, toda a desatenção pressupõe e impli-cará involução, regressão (linear e múltipla?)

Atentamente:[email protected]

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

o problema das Finanças Públicas e controlado o seu endividamento, Portugal poderá enveredar por uma estratégia de baixa de impostos, com o intuito de apoiar a produtivi-dade e a competitividade do país.

Os dados do INE e da OCDE surgem no momento em que foi aprovado o Orçamento de Estado para 2014 que, por sua vez, prevê um crescimento de 0,8 por cento.

Posteriormente, o Banco de Portugal, no Boletim Econó-mico de Inverno, reviu em alta as suas projecções anteriores antecipando que a economia portuguesa entre em terreno positivo em 2014 e 2015, cres-cendo 0,8% e 1,3%, respetiva-mente. Neste documento, o Banco de Portugal antecipa outros aspectos positivos para Portugal: a criação de 22 mil empregos (crescimento de 0,5%), cenário que deverá repetir-se em 2015; recuperação do consumo privado acima do anteriormente esperado; recu-peração do índice de confiança das famílias; maior contributo da procura interna na recupe-ração da economia; alguma evolução dos salários (no sector privado) em linha com o cres-

cimento da produtividade; consistência das exportações com taxas de crescimento anuais médias de 5,5% e a subida do investimento, que deverá crescer 1% em 2014 e 3,7% em 2015.

Mais recentemente, o EUROSTAT anunciou que produção industrial portu-guesa acelerou 3% em Outubro, face ao período homólogo. O ritmo de crescimento da produção industrial nacional superou a média na Europa, onde o índice se ficou pelos 0,8%.

As notícias positivas sobre a economia são tanto mais importantes quando Portugal está a preparar a execução do próximo Quadro Comunitário de Apoio, no valor de 27 mil milhões de euros até 2020, que será uma alavanca fundamental para o acelerar do crescimento da economia, pelo forte contri-buto que trará ao desenvolvi-mento e fortalecimento do tecido empresarial.

Estes indicadores legitimam e estimulam a estratégia defi-nida pelo Governo, que passa ainda pela Reforma do IRC, pela Reforma do Estado e pela Estra-tégia de Fomento Industrial para o Crescimento e Emprego

2014-2020, um conjunto de medidas que visa dinamizar a economia e o investimento, tornando, ao mesmo tempo, o Estado mais eficiente e mais ao serviço dos cudadãos.

Por tudo isto, não deixamos de sublinhar o reconhecimento que estas e outras entidades oficiais vão dando à acção governativa, como sublinha a abordagem positiva que estas matérias têm merecido por parte dos parceiros sociais, fazendo votos para que, de forma segura e consolidada, este caminho possa continuar a ser trilhado, sem obstáculos e contratempos.

Estamos certos que estamos perante um novo tempo, cujos resultados irão justificar e dar sentido aos esforços dos portu-gueses ao longo dos últimos anos, razão pela qual se torna imperioso a participação de outros partidos e agentes polí-ticos da nossa democracia, neste diálogo social e político. No entanto, não deixamos de lamentar o facto dos partidos da oposição continuarem a ignorar estes dados positivos chegando ao cúmulo, como o fez o PS, do considerar “pouco credíveis” e incompreensíveis alguns destes dados.

Page 10: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com10

ACTUAL

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro nº21-D em Setúbal.Certifico, para efeitos de publicação que no dia cinco de Dezembro de dois mil e treze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 90 do livro 262 – A, de escrituras diversas, na qual:a) Marilina Cândida Cobra de Melo casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Desidério Freitas da Rosa, residente na Avenida São Francisco Xavier, n.º 45, R/C Esquerdo em Setúbal, contribuinte número 131149695;b) Lina Paula Correia de Melo Infante casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Manuel de Oliveira Infante, residente na Rua Chico da Horta, Vale de Ana Gomes, Vivenda Infante, em Setúbal, contribuinte número 184286573, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel:Prédio Urbano, composto de rés do chão para habitação com garagem, com a área coberta de cento e vinte e nove virgula cinquenta e dois metros quadrados e logradouro de mil e cinquenta e nove virgula quarenta e oito metros quadrados, que confronta do norte e nascente com Herdeiros de Francisco Correia de Melo, do sul e poente com Azinhaga Camarária, sito no Vale Ana Gomes, Estrada das Padeiras, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7569.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 05 de Dezembro de 2013.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Município de Alcácer do SalAviso

Manuel Vítor Nunes de Jesus, Vereador da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:Torna Público, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 2 do art.º 22.º do DL n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão pública, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objeto nova alteração, promovida pela Herdade da Comporta – Atividades Agro-Silvícolas e Turísticas, S.A., ao projeto de loteamento n. 7/2004, titulado pelo alvará n.º 1/2006, constituído no lugar do Possanco, Freguesia da Comporta, Concelho de Alcácer do Sal, A nova pretensão pretende formalizar a alteração ao uso dos lotes 10, 133 e 134, atualmente destinados a habitação, passando estes a poderem ter uso comercial, de habitação, de serviços, ou misto, entre aquelas funções, sendo também ajustado o polígono de implantação, naqueles lotes, de modo a concorrer também para a flexibilização das propostas de ocupação.A proposta de alteração ao loteamento está disponível para consulta no edifício dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal, na secretaria da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, podendo todos os interessados apresentar, por escrito, as suas reclamações, observações ou sugestões, dirigindo-as à Câmara Municipal.

Alcácer do Sal, 3 de dezembro de 2013O Vereador do Pelouro,

(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia dezassete de Dezembro do ano dois mil e treze, a folhas oitenta e sete e seguintes do Livro Cinco – A, WANDA MARIA SOARES BICHO DA SILVA, natural da freguesia e concelho de Ferreira do Alentejo, casada com Jorge Carmo da Silva sob o regime imperativo da separação de bens, residente no Largo da Portela, número 6, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, DECLAROU que, com exclusão de outrém, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, do PRÉDIO URBANO sito na Rua Abel Salazar, número 9, em Brejos de Azeitão, sito na União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), do concelho de Setúbal, composto por edifício de rés-do-chão, destinado a habitação, com a superfície coberta de oitenta e cinco metros quadrados e logradouro com a área de duzentos e trinta e cinco metros quadrados, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 8407, da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), constando como titular do referido artigo a ora justificante.Que em meados de mil novecentos e sessenta e cinco, os pais de WANDA MARIA SOARES BICHO DA SILVA, Teotónio Francisco Bicho, e mulher Alice da Conceição Soares, doaram-lhe verbalmente o indicado prédio urbano, então, ainda, solteira, menor.Que desde essa data, WANDA MARIA SOARES BICHO DA SILVA, entrou na posse efectiva e material do prédio urbano, que lhe fora doado, reparando-o, gozando de todas as suas utilidades, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida como dona por toda a população local, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, de uma forma pacífica, ininterrupta e sem violência, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém.Que, de facto, exerceu sobre o indicado prédio uma posse pacífica porque iniciada sem violência, nem coacção e sem oposição de quem quer que fosse, nomeadamente dos vizinhos e habitantes da União de freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), e ainda pública e de boa fé porque exercida à vista e com o conhecimento de toda a gente, e por saber que não lesava qualquer direito alheio.Que nessa casa, objecto da presente escritura, ela justificante fez o centro da sua vida familiar, teve e criou a filha, e toda a sua família.Que em oito de Janeiro de dois mil e oito casou com Jorge Carmo da Silva sob o regime da separação de bens, com quem vive.A sua referida mãe, Alice da Conceição Soares, veio a falecer em trinta e um de Outubro de mil novecentos e oitenta, sem nunca ter sido titulada a mencionada doação verbal.Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso vem justificá-lo pela presente escritura.- Que atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuamente e de forma ininterrupta, já adquiriu o referido prédio urbano, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos dezassete de Dezembro de dois mil e treze.

A Notária Sandra Bolhão

Reg. sob o nº 99

Pub.

Novo PDM do Seixal duplica áreas para actividades económicas

O NOVO Plano Director Municipal (PDM) do Seixal prevê aumentar em cerca de 47 por cento na próxima década as áreas totalmente destinadas às actividades económicas no município. O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, refere que a concretização do projecto do Arco Ribeirinho Sul no terri-tório é «a tradução prática desse objectivo, não fosse esta uma área de oportunidade para acolher grandes investimentos para o país, puxando pela sua economia». «Em 2014, segundo referido por dirigentes da Baía do Tejo, o projecto será colo-cado a nível internacional, tornando esta a área mais apetecível em toda a Área de Lisboa», refere.

Actualmente, estão já disponíveis no Seixal 556 hectares destinados às activi-dades económicas. Com o aumento, quase para o dobro, desse espaço em dez anos, o município passará a contar com mais 362 hectares para o efeito, representado as áreas afectas às actividades econó-micas quase 10 por cento da área total do concelho. «É assim que se gera riqueza e emprego e se fixa a população», diz Joaquim Santos. Perante o facto de o documento estar a ser «demasiado optimista» e tendo em conta a conjuntura, o vere-ador do Urbanismo, Joaquim

Gonçalves, diz que «não se sai da crise senão se desencade-arem todos os meios necessá-rios para inverter o processo».

O novo PDM prevê a exis-tência, na sua versão mais opti-mista, de um total de 29 mil fogos em todo o município, dos quais quase 20 mil serão, ou já o foram, alvo de reconversão urbanística. O instrumento territorial assenta em quatro eixos estruturantes que visam não só a reestruturação do espaço urbano e a consolidação do sistema de mobilidade e transportes, mas também o desenvolvimento económico sustentável, a protecção do espaço natural e valorização ambiental e, por fim, a promoção da equidade e da coesão social.

Um dos aspectos mais importantes previstos no novo PDM seixalense diz respeito à total reconversão do que ainda

resta das Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI). Joaquim Santos lembra que o município foi «pioneiro nesta reconversão, designadamente com Vale de Milhaços, Pinhal de Frades e partes dos Foros da Amora», prometendo desta forma acelerar todo o processo e reconverter o que ainda falta por reconverter a sul da A2. «Está também contemplado neste instrumento uma área imensa no Pinhal das Freiras para a criação do Parque Metropolitano da Biodiversi-dade, o grande pulmão da AML, e uma outra mais ampla para o hospital Seixal/Sesimbra».

Revisão começou há onze anos

A valorização de toda a baía do Seixal aparece ainda como elemento charneira para o desenvolvimento económico

sustentável que se pretende para o território e para a promoção da coesão social. «Há diversos projectos turís-ticos contemplados para essa zona e, futuramente, deverá ser possível dar luz verde à criação de pequenos espaços, alguns de restauração, com pequeno índice construtivo, algo que no PDM anterior não era possível», diz.

O PDM começou a ser revisto em 2002, ainda com dados do Censos de 2001. Em 2007 surgiu a primeira proposta concreta de revisão, condicio-nada posteriormente pelo facto de o Plano Regional de Orde-namento do Território da Área Metropolita de Lisboa ter ficado na gaveta. Uma nova proposta surgiu no final de 2011, mas só obteve parecer favorável no primeiro semestre do ano seguinte. Desde então, a Reserva Ecológica Nacional esteve em análise. O anterior PDM datava de 1993. «Esta foi uma revisão feita totalmente com meios internos, cuja sua grande capacidade técnica foi reconhecida por diversas enti-dades, designadamente a REN», afirmou Joaquim Santos. A revisão estará para consulta pública de 2 de Janeiro a 28 de Março nos serviços centrais da câmara e no site da autar-quia, em cm-seixal.pt.

Bruno Cardoso

Joaquim Santos, presidente da Câmara, aposta tudo no PDM

DR

Page 11: Semmais 21 dezembro

Vítor Proença eleito para a presidência da AMGAP

O PRESIDENTE da Câmara de Alcácer , Vítor Proença, foi eleito presi-dente da Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alen-tejo (AMGAP). A asso-

ciação integra três conce-lhos do distrito de Setúbal, quatro de Évora e 14 do distrito de Beja. A asso-ciação gere e explora o sistema integrado de abas-tecimento de água em alta

e de saneamento de águas residuais, numa parceria pública com o Estado. Vítor Proença é, igualmente, presidente da CIMAL e membro do conselho directivo da ANMP.

POLÍTICA

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

11

Pub.

Consenso para levar Carvalho à concelhia de Setúbal do PSDSocial democratas gabam sucesso da Lisnave

O JOVEM empresário Nuno Carvalho está a gerar consensos para uma eventual candidatura, nas eleições agen-dadas para 26 de Janeiro, à concelhia de Setúbal do PSD o que, segundo fontes social-democratas, poderia repre-sentar uma «grande viragem estratégica» do partido na capital de distrito.

O Semmais sabe que a escolha da putativa candida-tura de Nuno Carvalho, que já foi presidente da JSD em Setúbal, agrada ao actual líder concelhio Paulo Calado, actu-almente com grandes respon-sabilidades na administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. E grande parte dos ex-líderes concelhios, como

Cardoso Ferreira, Paulo Valdez ou Fernando Monteiro também têm sido consultados a este propósito e garantido apoio explícito.

A ideia, segundo as mesmas fontes, é «negociar um alar-gado consenso e acabar de vez com algumas truculências» entre os social-democratas sadinos, nomeadamente chamando à mesa das nego-ciações a tendência de Paulo Ribeiro, deputado e actual vere-ador da Câmara de Palmela. «Mesmo com o partido no poder, queremos chegar mais próximos das pessoas e voltar a enfatizar no concelho os verdadeiros valores social-democratas», afirmam as fontes do Semmais.

A direcção do grupo parlamentar do PSD escolheu a Lisnave

e o distrito de Setúbal para iniciar um périplo pelos vários círculos eleitorais do país. Em declarações ao Semmais, o deputado e líder distrital,

Pedro do Ó Ramos, justifica a visita à Lisnave com o sucesso que a empresa tem tido nos últimos tempos, «após passar por períodos bastante difí-ceis, do ponto de vista laboral e financeiro».

O social-democrata recorda que a empresa fez e realizou um plano de recupe-ração «notável», resolvendo

a sua situação do ponto de vista financeiro e destacando-se na área da reparação e da manutenção naval. «A Lisnave é mesmo o maior estaleiro do género em trabalho na Europa», sublinha Pedro do Ó Ramos. O deputado do PSD gaba também o facto de a empresa dar emprego directa e indirectamente a mais de duas mil pessoas, embora saiba que «algumas estejam em situ-ação precária». «O desemprego é, porém, mais precário», diz.

Depois da visita aos esta-leiros da Lisnave, Pedro do Ó Ramos enfatizou também o facto de a empresa estar a apostar bastante na formação dos operários, tendo já recru-tado 50 novos colaboradores só este ano. «É preciso ocupar

as pessoas e dar-lhes trabalho quando, efectivamente, há trabalho», alega.

Lisnave, exemplo para os ENVC?

Confrontado com o facto de a Lisnave poder ser vista como exemplo para os Esta-leiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), Pedro do Ó Ramos salienta que esta deve ser vista como exemplo «de uma empresa que se vai ajus-tando, com controlo orça-mental e rigor na sua produção». «É o exemplo de que com rigor e uma boa pene-tração e comercialização no mercado é possível dar a volta a situações aparentemente perdidas», reforça.

Vítor Proença em alta Nuno Carvalho

DR

Deputados do PSD visitaram estaleiros na Mitrena

A empresa de Setúbal foi a primeira a visitar de um périplo decidido pelo grupo parlamentar que vai correr todos os circulos eleitorais.

Bruno Cardoso

Pedro do Ó Ramos

DR

Page 12: Semmais 21 dezembro

Concerto Ano Novo em Palmela Concertos de Natal no Barreiro

PALMELA dá as boas-vindas a 2014 com o tradicional concerto de Ano Novo, no dia 2 de Janeiro, às 21 horas, na Igreja de S. Pedro. O concerto é interpretado por “The Singing Statesmen”, um

conjunto coral masculino, da Universidade de Wisconsin-Eau Claire, nos EUA. Conduzidos por Gary R. Schwartzhoff, interpre-tarão um vasto repertório de compositores clássicos.

NO ÂMBITO da iniciativa Concertos de Natal, o Barreiro acolhe, este sábado, às 17h30, no Museu Industrial da Baía do Tejo, o concerto do Coral Trabalhadores da Autarquia do Barreiro (TAB), Coro Infantil

Mini TAB, Orquestra Mini TAB e Coro B-Voice. No domingo, às 16 horas, é a vez do Coro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro e do Coro Polifó-nico de Cascais actuarem na Igreja de N.ª Sra. do Rosário.

CULTURA

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

12

Pub.

UHF estreia canção na Casa da Música

A BANDA de Almada UHF estreou na quarta-feira ao vivo, na Casa da Música, no Porto, o tango/canção “Amores de Estudante”.

Entre os convidados marcou presença o compositor da melodia Aureliano Fonseca, de 98 anos, que integra o repertório de todas as tunas académicas. “Amores de Estudante”, que virou rock à maneira dos UHF, já está gravado e foi oferecido aos fãs da banda através do facebook oficial.

Este concerto marcou o 35.º aniversário do 1.º concerto oficial da banda de Almada.

Revista “Lisboa, Amor Perfeito” encanta no Teatro Maria Vitória

Lisboa, Amor Perfeito” é o título do novo espectáculo de revista que está em cena no Teatro Maria

Vitória, em Lisboa, com textos de Flávio Gil e Mário Rainho. O actor Carlos Cunha está de regresso ao palco do Parque Mayer, ao lado de sua filha Erika Mota.

Além de Carlos Cunha, Paulo Vasco, Filipa Cardoso, Élia Gonzalez e Flávio Gil, entre outros, dão corpo a esta revista que faz rir com as suas piadas políticas a Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Angela Merkel. Uma homenagem ao compositor portu-

guês Frederico Valério, que trabalhou em Nova Iorque durante sete anos, também merece realce.

O empresário Hélder Costa revelou ao Semmais Jornal que o espectáculo tem estado a ser «muito bem» recebido pelo público, sendo

que algumas sessões têm estado «esgo-tadas». Na sua opinião, trata-se de um «grande e caro espectáculo» de revista, o qual tem merecido as «melhores» críticas do público. «É pena que este género de teatro próprio de Portugal esteja a ser marginalizado em Portugal», lamenta Hélder Costa.

“Lisboa, Amor Perfeito”, com um jovem corpo de baile orientado por Marco de Camillis, deverá estar em cena até ao mês de Maio, no Teatro Maria Vitória, como é tradição.

A abertura do renovado teatro Capitólio, e a renovação do Varie-dades, irão trazer «mais público» ao Parque Mayer, perspectiva o empre-sário. «Estamos no bom caminho de virmos a ter um novo Parque Mayer, um centro de cultura, que faz muita falta à baixa», vinca.

Com sucessivas casas esgotadas, a nova revista popular de Helder Costa regressou para animar o velhinho Parque Mayer, com Carlos Cunha em grande forma como cabeça de cartaz

António Ribeiro, líder dos UHF

Carlos Cunha e Paulo Vasco lideram o elenco da nova revista popular

DR

DR

Page 13: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 13

Pub.

Cartaz...

Com encenação de Julieta Santos, o Teatro do Mar leva à cena o espectáculo “Emigrantes/The Arrival”, de Shaun Tan, que pretende homenagear todos aqueles que empreenderam uma viagem definitiva, física e existencial nas suas vidas.

Centro de Artes de Sines| 22 horas.

O Coral Harmonia (adulto e juvenil) quer voltar a surpreender este ano nos concertos de Natal “Ontem, hoje e amanhã”. Vão ser explorados registos mais acústicos num ambiente intimista onde vão ser recriados alguns temas de Natal e não só. Auditório António Chainho, S. Cacém | 21h30.

Com entrada livre, Daniela Mendes e a sua banda 4Teto dão um concerto de Natal. Vão ser recordados variadíssimos temas de Natal. O principal motor é a música de expressão lusófona, tropeçando aqui e ali em todo o universo da mistura de influências.

Casino de Tróia | 22h30.

Homenagem aos emigrantes

Harmonias de ontem, hoje e amanhã

Concerto de Natal aquece Casino

OML e Lisboa Cantat revivem OratórioA Orquestra Metropolitana de Lisboa, que tão grata recordação nos deixou no concerto de Natal do ano passado, e o Lisboa Cantat unem-se para a interpretação do mais célebre Oratório composto pelo alemão Georg Friedrich Haendel.

Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

21Sáb

ado

21Sábado

21Sábado

21Sábado

Deolinda de Jesus à espera de patrocínio para lançar segundo CD

A FADISTA setubalense Deolinda de Jesus já escolheu o repertório para lançar no mercado um segundo trabalho discográfico. Falta apenas um bom patrocínio para que o projecto se torne realidade. A artista, que desempenha as funções de escriturária na empresa Navigomes, em Setúbal, já falou com algumas editoras mas, confessa que «as coisas não estão fáceis».

«O repertório, todo à base de fados tradicionais, já está escolhido. Também tenho produtor mas falta-me um bom patrocínio. Falta-me arranjar esse apoio e estou certa que esse patrocínio não irá ser em vão, uma vez que já tenho muitas solicitações para um segundo CD e vendo bem nos espectáculos que faço, nomeadamente no estrangeiro», revela Deolinda de Jesus, que lançou o seu primeiro disco “Estilos”, em 1998.

A fadista setubalense, que há pouco tempo actuou em

Andorra, não se queixa de espectáculos um pouco por todo o País e no estrangeiro. Além dos concertos, a fadista dedica-se também ao projecto “Fado em Coro”, com o Coral Luísa Todi, e ao Quarteto Fado Deolinda de Jesus constituído por três músicos do Conser-vatório de Setúbal, onde a artista, interpreta temas de Rui Veloso e Zeca Afonso. Em Lisboa, costuma actuar no “Caldo Verde” e noutros sítios da capital a convite de várias

entidades.Além do fado, Deolinda de

Jesus, que já completou 23 anos de carreira, também está envolvida nas Marchas Popu-lares de Setúbal. Este ano defendeu as cores do Comércio e Indústria, mas também já foi madrinha do V. Setúbal. Em 1998 e 1999 foi eleita Madrinha das Madrinhas das marchas de Setúbal por todas as colec-tividades.

António Luís

DR

A fadista não tem tido mãos a medir para os vários concertos

Page 14: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com14

ENTREVISTA Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro dos Reis fala do momento actual e da sua Diocese

«Uma sociedade que exclui está doente»

O Bispo de Setúbal, D. Gilberto Cana-varro dos Reis, diz

que as famílias estão em sofrimento e que seria uma «loucura» destruir o Estado Social. Prepara um périplo pelas paróquias em nome do social e vai avançar com um inquérito sobre a ida às missas.

Como a actual crise?D. Gilberto dos Reis – Está ser um momento muito difícil. Preocupa-me o desemprego jovem, dos casais, o trabalho precário. Estas famílias estão em sofrimento e a viver situ-ações extremamente difíceis. Uma das coisas que tenho dito em cada paróquia é que se transmita esperança, sem ela tudo é mais complicado.

A esperança é importante, mas muitas dessas famílias não tem sequer o que comer…Mas sem esperança junta-se um mal ao outro. E há todo um movimento social, desde a Igreja às instituições de so-lidariedade social que estão no terreno, empresas que têm procurado atenuar dificulda-des dos seus trabalhadores. E até muitos pais que, com as suas magras reformas estão a apoiar os filhos.

Como está a actuar a Diocese?Com os meios que temos, que são poucos e não chegam. Mas tem havido um esforço gran-de das paróquias e da Cáritas, que é o motor da coordena-ção da acção social da Igreja.

Fazemos o que podemos.

O fundo de emergência que accionou está em curso?Esse fundo já está esgotado. Eram pouco mais que 30 mil euros porque a Diocese é pe-quenina. Este ‘Ano da Fé’ jun-tamos mais 3 mil euros e te-mos realizado outras acções, nomeadamente nas paró-quias que ganharam o hábi-to de pedir alimentos e ou-tros bens para ofertar aos que precisam. Mas apenas miti-gam a situação não a resol-vem.

Há pouco não mencionou o Governo de propósito..Faço apenas um apelo aos políticos no geral para que procurem diálogo profundo e sincero para construírem soluções. Espero, sinceramen-te, que se encontre uma solu-ção digna, trabalho para as pessoas e, quando isso não for possível, que se consigam subsídios.

Mas sabe certamente que foram cortados a milhares de famílias o RMG. Não lhe parece um contrassenso?Sim. Não faz sentido e é um sofrimento. Não se pode en-tregar famílias ao abandono, têm que ter o mínimo para vi-ver com dignidade.

E a sua relação com as tute-las?Normal. Quando me encon-tro com responsáveis e o tema de conversa tem esse teor. Mas um vereador, uma assistente social pouco podem fazer, es-tão a cumprir ordens e sinto que também sofrem.

Acompanha pessoalmente a situação, recebe relatórios. Está bem informado?Tenho essa informação. E exis-te a Cáritas, que coordena to-dos os serviço de acção so-cial. Existem também em qua-se todas as paróquias servi-ços fraternos, e centros sociais paroquiais, e ainda as confe-rências vicentinas. O ano pas-sado escrevi um documento pedindo que os grupos de pa-róquia se encontrassem mais vezes, se organizassem me-lhor para poderem envolve-rem-se mais e com maior con-sistência em torno das viga-rarias das paróquias.

E o Sr. Bispo tem tido contac-to directo com essa realida-de mais próxima?Resolvi que a partir de Janei-ro vou visitar todas as paró-quias só para discutir a cari-dade social. Faço muitas vi-

sitas mas falamos de tudo. Des-ta vez vou com esse objecti-vo, dar conforto, transmitir entusiasmo aos que, em nome da Igreja e por Ela, estão no terreno todos os dias.

Partilha da ideia de que o Estado social está em risco? O que lhe posso dizer é que tenho esperança que não va-mos perder a cabeça. Destruir o sistema social, na educação, na saúde, na segurança social seria um retrocesso louco. Po-demos reorganizá-lo, dizem que há desperdício e isso im-plica um esforço de raciona-lização, mas não podemos chegar a esse ponto.

Esta austeridade está a ter esses resultados nefastos…Penso que a política é a arte do bem comum. Não me meto em soluções, mas tenho a consciência de que precisa-mos de maior envolvimento de todos, dos partidos, das em-presas, das famílias, de todos.

Mesmo da Igreja para essas conquistas e soluções?De todos os cristãos. O Con-cílio diz que os leigos e a Igre-ja no seu conjunto devem sen-tir como suas as alegrias, as dores, as esperanças dos ho-mens e das mulheres e estar presentes. E depois diz, que os leigos, em particular, de-vem estar no centro do mun-do, procurando ordenar e or-ganizar a casa.

Isso parece utópico no mun-do em que vivemos…

Digo isto, porque não se deve esperar que sejam apenas as hierarquias a encontrar so-luções, e muitas vezes nem sequer está capacitada para o fazer. Acredito na subsidia-riedade, aquilo que pode fa-zer um corpo intermédio, o que está junto à base, não pas-se ao topo da pirâmide. Aqui-lo que um pároco pode fazer que não o faça o Bispo, e o que o paroquiano pode fazer que não o faça o padre. Há cristãos fantásticos que po-dem fazer esse trabalho. Na verdade, é preciso continu-adamente dar realce à digni-dade humana, magoar essa dignidade é estragar tudo. Não se pode deixar à margem uma pessoa doente ou desprote-gida. Uma sociedade que mar-ginaliza, que exclui, está do-ente.

Faz-lhe confusão a falta de concertação entre poder e oposição em Portugal?Muita mesmo, porque não é um bem para ninguém, sobre-tudo no momento que esta-mos a viver, e há responsabi-lidades de parte a parte. É pre-ciso entendimento com ver-dade, porque quem sofre são os mais humildes.

Como se revê ideologicamen-te?Tenho a minha maneira de pensar, mas guardo-a para mim. Até porque, quando es-tou de frente das pessoas da minha Igreja, vejo-as de to-das as tendências, com res-peito e serenidade.

Pub.

Defende renúncia aos 70 anos mas ainda tem muito que fazer até 2015

O Bispo de Setúbal acre-dita que a «empatia» gerada com a chegada do Papa Fran-cisco pode trazer e fazer regressar católicos à sua Igreja. E prepara um estudo, já em Janeiro, para perceber melhor a ligação dos fiéis às eucarestias dominicais. «Os sociólogos dizem que é quase um milagre, no tempo em que vivemos, as famílias irem tantas vezes às missas, queremos perceber melhor esse ponto no caso da nossa Diocese, através do inqué-rito presencial», avança ao Semmais.

Também admite que razões para a chamada crise de vocações. Mas orgulha-se de ter ordenado 26 padres desde que tomou as rédeas da Diocese sadina há cerca de 15 anos. «Em Junho vamos ordenar outros dois, que já são diáconos e agora o número de seminaristas está mais ou menos igual ao tempo em que vim para Setúbal», explica.

D. Gilberto vai também continuar a fazer mexidas nas paróquias, porque, afirma, «há sempre neces-sidade de proceder a refres-camentos e isso é natural». Só o ano passado trocou sete padres e em Maio vai avaliar novas mudanças.

Sobre a sua renúncia, em 2015, quando atingir o limite de idade, 75 anos, segundo as regras do direito canônico, vai escrever ao Papa. E espera que a resposta seja rápida. «Costumo dizer por brinca-deira que se me pergun-tassem qual a idade ideal para sair seria entre os 70 e os 72 anos. Vamos perdendo capa-cidades, frescura de pensa-mento, na forma de ver as coisas. E um padre é padre até morrer, esteja nestas ou em outras funções», enfatiza.

Gaba o trabalho de Eugénio Fonseca, na lide-rança da Cáritas, e quer mantê-lo à frente da insti-tuição. «Quando tudo corre bem, não há que mexer», salienta. E aguarda o novo ‘master plan’ do Santuário do Cristo-Rei, que está a ser preparado pela reitoria do Santuário em consonância com a Câmara de Almada. «A ideia é preparar tudo para definir construções futuras», conclui.

D. Gilberto Canavarro dos Reis

DR

Page 15: Semmais 21 dezembro

Vontade de dar mais vida a Alcácer

Quero partilhar consigo a alegria desta época que a todos enternece. Agora, quase terminado que está um ano repleto de dificuldades aos mais variados níveis, enfren-tamos juntos um novo ano.

No primeiro Natal que passo junto dos munícipes de Alcácer do Sal, deixo-lhes, sobretudo, uma vontade enorme de fazer mais e melhor em prol de todo o município que abraçamos e que orgulhosamente repre-

sentamos. Desejo que 2014 seja um ano de esperança para todos e que, sejamos capazes de dar mais vida a esta terra, tão ávida e mere-cedora de dias melhores.

Presidente da Câmara de Alcácer do Sal – Vítor Proença

Temos que fazer mais com menos

Chegámos a mais um Natal e infelizmente voltámos a encontrar o nosso país envolto numa situação de profunda recessão económica e de crise social, que é mate-rializada numa grande taxa de desemprego, num agra-vamento das desigualdades sociais e num crescimento acentuado dos níveis de pobreza.

O Poder Local sofre um ataque sem precedentes na história da democracia, através dos constrangi-mentos financeiros, da redução da autonomia dos órgãos do Poder Local, da extinção de Freguesias e no enfraquecimento das funções sociais do Estado que desqualificam os terri-tórios tornando as popu-lações mais vulneráveis.

Grândola não foge ao cenário Nacional, agravado ainda pela difícil situação financeira que o Município apresenta, não conseguindo ter capacidade de resposta para as muitas situações

urgentes que todos os dias nos batem à porta.

Este é o cenário complexo que o Município enfrenta para o próximo ano e apesar das muitas dificuldades e limitações, quero deixar uma palavra de esperança num futuro melhor, garantindo que existe uma grande vontade de trabalhar para tornar o nosso concelho mais democrático, mais justo, mais solidário, mais fraterno e mais desenvol-vido.

Teremos de fazer mais com menos e para isso contamos com a colabo-ração de todos.

Com Amizade e votos de Boas Festas

O Presidente da Câmara de Grândola - Figueira

Mendes

Ousar pensar,esclarecer e agir!

As festas que se aproximam podem ser orientadas por senti-mentos de fraternidade, paz e amor, não obstante as dificul-dades, sobretudo de cariz económico, que cada vez mais portugueses enfrentam.

Todavia, porque as contra-riedades, que afligem a cada dia que passa, mais e mais concidadãos nossos, não são uma inevitabilidade, junto aos sentimentos de fraternidade, paz e amor, a urgência do escla-recimento.

As adversidades que enfrentamos são consequência de políticas desastrosas para o nosso povo e para o nosso país. Políticas de saque e rapina aos trabalhadores e ao povo, que são ao mesmo tempo polí-ticas de faustuosidade e abun-dância para uns quantos multi-milionários que, segundo o recente relatório do banco suíço UBS, aumentaram em Portugal no ano passado e viram as suas fortunas crescerem dez por cento.

O Orçamento de Estado para 2014 insiste nas mesmas políticas, aquelas que nos últimos três anos sonegaram aos trabalhadores e ao povo muitos milhões de euros, milhões desviados da economia para a especulação, do desen-volvimento para o retrocesso.

O Orçamento do Estado insiste nas mesmas políticas: aquelas que ao longo dos últimos anos alimentaram e alimentam os grandes grupos económicos; aquelas que estão na base da vigente - e trágica - reconfiguração económica e social; aquelas que nos deixam cada vez mais empo-brecidos e dependentes.

O Orçamento insiste em políticas que para manter os privilégios de alguns destróem

a vida de muitos, com a negação do emprego e de direitos a bens e serviços essenciais a uma vida digna e de qualidade.

Consequentemente, o ano que se avizinha parece ainda mais difícil que os anteriores, para a generalidade dos portugueses e para as suas instituições. Para o Poder Local também. E particular-mente para a Freguesia da Quinta do Conde, que recebe cada vez menos do Orça-mento do Estado; tem cada vez mais atribuições e responsabilidades e enfrenta, como as outras, muitos bloqueios e constrangi-mentos.

Ainda assim, a Junta de Freguesia - os seus trabalha-dores e os seus eleitos - procu-rarão corresponder às expe-tativas dos quintacondenses com trabalho, dedicação e empenho.

Conscientes da dificil situ-ação económica e social do país, mas conhecedores da sua história e do modo como ultra-passou no passado situações análogas, ponderemos

transformar a adversidade em esperança. Procurar nas diferenças o fator de unidade. Estimular a solidariedade e a partilha.

A todos os cidadãos: quin-tacondenses, sesimbrenses, portugueses, votos de boas festas em família, com saúde e um bom ano de 2014!

Presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde

- Vitor Antunes

FACEBOOK.COM/ACASADOPEIXE 969 389 809

VINHOS DA REGIÃO DE SETÚBALEsta semana a nossa proposta tanto pode servir-se como aperitivo e/ou como digestivo, para uma boa noite de consoada e em família sugerimos VENÂNCIO COSTA LIMA - MOSCATEL DE SETÚBAL RESERVA.

Proveniente de uvas criadas numa região com teor único, esta adega tem produzido ao longo dos anos excelentes exemplares deste vinho generoso, que identifica como digno porta-estandarte e representante desta região.

Nascido de uma das castas mais aromáticas do mundo, este Moscatel estagiou em pipa durante vários anos. Apresenta aromas únicos, resultantes de um estágio prolongado.

“Festival de Caldeirada Casa Do Peixe”. Todos os sábados e domingos até ao final do ano Tacho para dois - 15€ / Tacho para três - 20€ / Tacho para quatro 25 €.De terça a sexta continua ao vosso dispor o prato do dia (menu completo:7.50€) Consulte a nossa página de facebook todos os dias.Fim-de-semana especial São Martinho com Sardinha escorchada, batata-doce, Castanhas e Água-pé.

Não deixe de nos consultar sobre o seu jantar de natal

Pub.

Page 16: Semmais 21 dezembro

Concertos no Pinhal Novo Mercadinhos de Natal são êxito

O CICLO de concertos “Sábado à Noite” continua a decorrer no auditório de Pinhal Novo. No dia 28, às 21h30, actua a Philarmónica de Lisboa 3/50. As entradas custam 4 euros para o público

em geral, e 3 euros para os alunos das escolas de música do concelho. Estes concertos são organizados em conjunto com a Orquestra Nova de Guitarras e a Orquestra Philarmónica de Lisboa.

LEGUMES, fruta, compotas, licores e artesanato foram alguns dos produtos comer-cializados no sábado e domingo, no Mercadinho de Natal, no Moinho de Maré da Mourisca, em Setúbal. Quem visitou este

espaço pôde adquirir alguns destes produtos, para consumo próprio ou para presentes de Natal. Em Janeiro e no último domingo de cada mês, o Moinho volta a receber mercados temá-ticos.

LOCAL

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

16

Alcácer do Sal recupera escola do Morgadinho

Palmela em defesa dos trabalhadores

O Inalentejo aprovou a candi-datura do município para a requalificação e ampliação da

Escola do Morgadinho, em Alcácer, para receber um Centro de Educação Pré- Escolar.

Segundo o presidente Vítor Proença, «o investimento ronda os 920 mil euros com uma compartici-pação Feder na ordem dos 80 por cento e que estava condicionada por falta de elementos que o actual execu-tivo conseguiu entretanto desblo-quear».

O investimento agora aprovado no âmbito da Requalificação da Rede Escolar de 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré- Escolar visa a construção de raíz de 4 salas de acti-vidades, 2 novos espaços com insta-

lações sanitárias e uma área coberta no espaço contiguo às salas de acti-vidades. Nos pátios serão constru-ídas salas de professores e informá-tica, biblioteca/sala multimédia; sala polivalente; adaptação de 4 salas exis-tentes, para sala de catividades e requa-lificação dos sanitários. Será ainda construído uma sala de refeições. De acordo com a vereadora da Educação Ana Chaves «a intervenção permi-

tirá requalificar o parque escolar, melhorar as condições de ensino e aprendizagem e consolidar o objec-tivo da Escola a Tempo Inteiro».

Pretende-se ainda melhorar as condições físicas desde edifício e reforçar número de espaços pré-esco-lares, permitindo uma oferta de quali-dade e a tempo inteiro a todas as crianças do concelho em idades do ensino pré-escolar.

Com importante ajuda do Inalentejo

O investimento ronda os 920 mil euros e conta com importante comparticipação do Feder na ordem dos 80 por cento

A recuperação da escola permite dotar o espaço de outras valências

Museu de Santiago do Cacém obtém menção honrosa

Barreiro discute Plano da Quinta das Canas

Almada dá casas a 60 famílias

Chocolateé reiem Sesimbra

O MUSEU Municipal de Santiago do Cacém obteve uma menção honrosa no Prémio Melhor Serviço de Extensão Cultural/Serviço Educativo 2013 atribuído pela Associação Portu-guesa de Museologia.

De acordo com o vereador da Cultura, Norberto Barradas, para o Museu Municipal é «muito importante este reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas oficinas itinerantes de pintura e pelas iniciativas desenvolvidas pelos nossos técnicos».

Célia Soares, da divisão de Cultura e Desporto do município, referiu na cerimónia que o prémio se deve ao trabalho iniciado em 2005 pelas “Oficinas de Práticas Criativas”, que percorrem as freguesias do município. Segundo

a responsável «em oito anos, tem sido um projecto de sucesso. Quem participa nas oficinas são pessoas dos 7 aos 70 anos, que em comum têm o facto de serem pessoas para quem a arte é um meio de desenvolvimento humano».

O MUNICÍPIO vai discutir a 21 de Janeiro de 2014, na biblioteca, com os moradores, o Plano de Pormenor Quinta das Canas, em Santo André. A reunião destina-se a todos os proprietários do núcleo de moradias localizado a sudeste do território da Quinta das Canas, entre a Rua da Liberdade e a Rua das Naus.

Esta segunda reunião informará os proprietários envolvidos, no que diz respeito à elaboração do Plano da Quinta das Canas.

Verificando-se nesta fase a impossibilidade por parte da edili-dade em efectuar uma análise rigo-rosa do enquadramento actual de cada uma das parcelas em referência, procedimento fundamental para uma correta e célere prossecução do Plano e sua posterior implemen-tação, deverão os referidos proprie-tários apresentar, até 10 de Janeiro, os documentos necessários à clari-ficação dos processos.

O MUNICÍPIO acaba de entregar 60 casas em bairros sociais a famílias carenciadas do concelho, abrangendo mais de 200 pessoas. As habitações loca-lizam-se nas freguesias da Capa-rica, Feijó e Laranjeiro.

As rendas mensais a pagar por estas famílias foram calculadas de acordo com os rendimentos de cada agregado familiar, sendo

que o valor médio mensal ronda os 17 euros. Todavia, 20 destas famílias vão pagar, por mês, uma renda de 4,85 euros.

Das habitações agora entre-gues algumas são novas, enquanto outras foram alvo de obras de requalificação, que passaram por trabalhos de pintura das paredes e tectos, substituição de janelas e limpeza.

O CINETEATRO João Mota, em Sesimbra, acolhe domingo, pelas 17 horas, ”Os Segredos de Choco-late da Senhora Zagallo”, para maiores de 4 anos. Todas as casas têm um lugar secreto que só parti-lhamos com os nossos amigos. Para a Senhora Zagallo, o lugar mais secreto da sua casa é a dispensa.

Um sítio quase sem luz, onde os cheiros se confundem, e onde pode sentar-se a… saborear um bom chocolate.Para descobrir os “Segredos de Chocolate da Senhora Zagallo” o público senta-se bem junto a um retroprojector que amplia e aquece as imagens criadas ao vivo.

Pequenos objectos inimaginá-veis e muito chocolate, participam na criação do cenário, das perso-nagens e dos vários momentos das histórias. Pequenos segredos são partilhados nesta sessão tão cheia de odores como de sabores.

O MUNICÍPIO e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local celebraram, quarta-feira, na biblioteca, um novo Acordo Colectivo de Enti-dade Empregadora Pública. Trata-se de importante instru-mento de regulamentação colec-tiva, através do qual é possível salvaguardar e recuperar alguns direitos dos trabalhadores, contribuindo para assegurar a melhoria do serviço público prestado às populações. A manu-tenção das 7 horas diárias de trabalho e das 35 horas sema-nais é uma das matérias regu-ladas no acordo, onde o muni-cípio continua a defender a

conciliação da vida profissional e pessoal através de horários mais justos e adequados às reais necessidades dos serviços da Câmara.

Setúbal leva espírito de Natal a Azeitão

DEPOIS do sucesso da Fábrica do Pai Natal, que decorreu em Vila Nogueira, o espírito natalício prossegue em Azeitão. Este sábado, às 19h30, na Igreja de S. Lourenço, actua o Grupo Coral da Sociedade Perpétua Azeitonense, enquanto às 21h30, na Igreja de S. Simão, há o evento “Nos Caminhos de Santiago”, pelo grupo Senhora del Mundo Ensemble.

No domingo, às 16h30, na Igreja de S. Simão, realiza-se um concerto pelo Coro Afina Setúbal, do município. “A Melodie Francesa do Século XIX” brilha no dia 29, às 16h30, na Igreja de S. Simão, com o trio Diana Afonso, Clara Gomes e Sandra Nunes.

A reunião decorreu na biblioteca

O histórico museu alentejano

DR

DR

DR

Page 17: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 17

Pub.

Idosos carenciados de Sines recebem cabazes de Natal em época de crise

Feira da ladra anima Grândola

Alcochete com acções de Natal para miúdos

Moita e os 500 anos do Foral de Alhos Vedros

A ASSOCIAÇÃO Coração Delta - Delta Cafés ofereceu vinte cabazes de Natal a idosos carenciados do concelho de Sines, no âmbito da sua campanha “Tempo para Dar”. A entrega dos cabazes de Natal aconteceu no passado dia 14 de Dezembro, nos Paços do Concelho.

A Câmara Municipal de Sines colaborou com a iniciativa através do seu Núcleo de Acção Social, que sinalizou os vinte idosos a quem foi entregue o cabaz, beneficiários do Cartão Social do município com as pensões mais baixas.

O MUNICÍPIO promove, este sábado, a partir das 9 horas, mais uma Feira da Ladra, no Largo Catarina Eufémia. A feira, onde “basta aparecer e expor as tralhas”, é aberta ao público em geral, não sendo necessário confirmar a participação ante-cipadamente.

Objectos usados, como mobi-

liário, antiguidades, roupas, quadros, artigos de decoração, bijuterias ou livros estão dispo-níveis, num espaço partilhado por todos os que quiserem vender ou trocar objectos. Os jovens artesãos também podem mostrar e vender os seus traba-lhos.

Não falte, faça negócio.

A BIBLIOTECA prossegue com actividades para crianças e jovens na quadra natalícia através da exibição de filmes e a realização de um ateliê de expressão plástica.

Este sábado, às 11 horas, no âmbito do programa “No 3.º Sábado do Mês…Uma Oficina de Cada Vez! – Partilha”, as crianças a partir dos 5 anos, acom-panhadas pelos pais, têm a oportu-nidade de participar num ateliê de expressão plástica de construção de pisa-papéis com recurso a vários materiais. Esta iniciativa tem a duração de 60 minutos e está limi-tada à participação de 12 crianças acompanhadas por um adulto, respectivamente.

AS COMEMORAÇÕES dos 500 anos do Foral de Alhos Vedros foram apresentadas dia 15. O presidente do município, Rui Garcia, espera que os festejos sejam «ricos, diver-sificados e envolvam toda a comu-nidade».

O autarca anunciou que 2014 vai ser «recheado de iniciativas com a dimensão e relevância que se impõe numa data tão importante como esta para a história de Alhos Vedros; são 5 séculos de história que importa assinalar e preservar», sublinhou.

O programa dirige-se aos mais novos para que «aprendam a amar o que está à sua volta, a nossa história, e a cultura que Alhos Vedros respira», frisou Víctor Cabral, da associação Alius.

Presépio ao vivo ‘invade’ Praça da República no Montijo

UM PRESÉPIO ao vivo, com vertente solidária, tem lugar este sábado e domingo, na Praça da República, com repre-sentações das 10 às 12 e das 17 às 19 horas. Mais de 100 pessoas estão envolvidas nesta iniciativa inédita que pretende recriar um ambiente seme-lhante ao vivido na época do nascimento de Jesus.

Organizado pelos escu-teiros, o presépio consistirá na recriação de duas cenas sobre o nascimento de Jesus,

como a chegada de José e Maria e a adoração ao Menino Jesus, com a chegada dos Reis Magos.

Os escuteiros serão respon-sáveis pelas performances musi-cais e no domingo haverá um pequeno espectáculo pelo grupo Batucando, às 15 horas. No mesmo dia, entre as 15 e as 16h30, numa banca, trocam-se rebuçados por alimentos para as famílias carenciadas que estão referenciadas pelo Centro Paroquial do Montijo.

Seixal recicla óleo alimentar do Natal

O PROJECTO “Óleo a reci-clar, biodiesel a circular” promove, desde 2009, a recolha de óleo alimentar usado e a sua transformação em biocombus-tível. A população vai apro-veitar a quadra natalícia para começar a reciclar os óleos alimentares usados na confecção dos doces tradicio-nais. Nas ruas do concelho estão 18 Oleões, locais apropriados para o depósito deste tipo de resíduo.

O concerto de apresentação

DR

Page 18: Semmais 21 dezembro

NEGÓCIOS

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

18

Pub.

20 mil pessoas devem passar o ano nas duas margens do Sado

Aproximadamente 20 mil pessoas são espe-radas em Setúbal e

em Tróia durante a noite da próxima passagem de ano. Pelo terceiro ano consecutivo, as duas margens do Sado deverão ser iluminadas por um fogo-de-artifício conjunto que, este ano, será lançado de quatro pontos estratégicos ao longo dos dois

lados do rio. «Isto demonstra bem a consolidação da região como destino de referência para a noite da passagem de ano», sublinha Pedro Bruno, da Sonae Turismo.

A mesma posição é parti-lhada pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, que refere que a passagem de ano, «numa das mais belas baías do mundo», resulta do entendimento que as autarquias de Setúbal e de

Grândola têm sobre o cresci-mento económico da zona e da aproximação dos interesses das duas câmaras municipais. «Do lado de Setúbal, estão já envolvidos seis hotéis, 22 restaurantes e 25 bares com programação própria para esta passagem de ano», diz a autarca.

Fernando Sardinha, vere-ador na Câmara de Grândola, considera por seu turno que esta passagem de ano é «um bom exemplo do tipo de parce-rias que podem ser estabele-cidas entre entidades públicas e privadas», provando em simultâneo que as duas câmaras municipais envol-vidas «não estão de costas voltadas, como alguns queriam ver». «Esta passagem de ano trará benefícios para a economia e para a população de toda a Costa Alentejana e da Península de Setúbal», acrescenta.

Grande programadurante 5 dia

Além do fogo-de-artifício, o programa tem confirmada a presença do DJ Tó Patronilho na marina de Tróia, a partir das 21 horas do dia 31. Uma hora e meia mais tarde, do lado de Setúbal, na Doca dos Pesca-dores, é a vez de João da Ilha subir ao palco. O DJ Monchique também tem presença confir-mada no local, às 00:30. Para o casino de Tróia, às 23 horas, está prevista uma open party com o DJ Nebur.

O programa da passagem de ano começa no Sábado ante-rior, prolongando-se até dia 1, Quarta. Para esses dias, estão previstas uma série de activi-dades com enfoque ambiental, designadamente visitas aos golfinhos do Sado, observação de aves, entre outras. A passagem de ano ‘Azul’ está orçada em 60 mil euros.

Piloto Collection Roxo ganha prémio no Porto

A ADEGA Quinta do Piloto, de Palmela, acaba de conquistar um primeiro prémio com o Piloto Collec-tion Roxo, na categoria Brancos Premium, no concurso Nectar Divino 2013, promovido pela BASF. Trata-se do primeiro vinho branco do Mundo feito a partir de uvas da casta Moscatel Roxo, colheita de 2012.

O sócio gerente Filipe Cardoso realça que se trata de um prémio «muito impor-tante» para a empresa, que está a estrear-se nos vinhos engarrafados premiun e a apostar na remodelação das suas instalações. «Fomos o único vinho da região a ser premiado com o 1.º prémio. Isto abre-nos as portas para o mercado alemão, uma vez que os produtores de vinhos premiados vão ter a possibi-lidade de apresentar a sua gama de vinhos aos maiores importadores da Alemanha que a BASF virá trazer em Fevereiro do próximo ano, onde poderemos apresentar o nosso projecto turístico e

fazer bons negócios». Como sugestão para o

Natal, Filipe Cardoso destaca o Quinta do Piloto DOC Branco, ideal para acompa-nhar o bacalhau na Ceia.

Para Fevereiro, está previsto o lançamento de três vinhos tintos e, mais tarde, dois moscatéis centenários. As vinhas localizam-se nas imediações da adega e na zona do Lau, Fonte da Barreira e Agualva. «Vão ser vinhos de uma gama muito alta. Estes produtos vão dignificar ainda mais a nossa região e não precisam de conquistar qual-quer medalha para provar a sua qualidade», vinca.

António Luís

Passagem de Ano volta a unir Setúbal e Grândola

Sonae Turismo e municípios de Setúbal e Grândola unem-se pelo terceiro ano consecutivo para alavancar economia da região em mais uma passagem de ano.

Bruno Cardoso

Autarcas unidos pela Sado

Filipe CardosoD

R

DR

Page 19: Semmais 21 dezembro

Sábado // 21 . Dez . 2013 // www.semmaisjornal.com 19

Pub.

Porto de Sines vai crescer mais de 28% em 2013

O PORTO de Sines deverá crescer em 2013 mais de 28 por cento repetindo o caminho do sucesso dos anos anteriores. O terminal de contentores (TXXI) vai contribuir decisiva-mente para este desempenho, crescendo mais de 70 por cento. O resultado global só não é,

contudo, melhor tendo em conta o recuo de 14 por cento verificado no terminal Multi-purpose. Segundo João Franco, presidente do conselho de administração do Porto de Sines, é expectável «que este crescimento continue no futuro, embora de forma mais moderada, enquanto o alar-gamento do TXXI não estiver concluído».

Esse projecto deverá ter um bom empurrão já no próximo ano, uma vez que a obra de expansão do cais em mais 210 metros já está adju-

dicada. A obra arranca em Janeiro, prevendo-se que em Novembro de 2014 o funcio-namento alargado do TXXI esteja a pleno gás. Dependente da tutela continua, porém, a última fase de expansão do projecto, que antecipa um novo crescimento desse mesmo cais, em mais 290 metros, aumentando a capa-cidade do terminal para os 2,3 milhões de TEU’s/ano. «Essa resposta deverá vir já no final do primeiro trimestre de 2014», informa João Franco.

O porto de Sines tem já 44 por cento da quota nacional e é o maior porto em termos nacionais liderando em todos os segmentos, excepto nos cruzeiros. A nível ibéricos, Sines está inclusive entre os 5 maiores, mas o desafio passa por colocá-lo no top 3 até ao final da década. O presidente do conselho de administração diz que o porto tem crescido por si, embora esteja a tirar quota a outros congéneres espanhóis, designadamente a

Valência. «Não é nossa intenção tirar mercado aos outros portos nacionais», diz, porém.

Para João Franco, o cres-cimento do porto de Sines, que continua bem acima da média mundial, deve-se à fiabilidade do serviço, à produtividade e ao preço. Além disso, recorda, o porto sineense é «um porto de águas profundas, aberto ao mar, sem necessidade de draga-gens, com capacidade para receber os maiores navios do mundo, com terminais espe-cializados e a operar todo o ano, 24 horas por dia». «Não é expec-tável, por isso, que o alarga-mento do canal do Panamá tenha grande impacto no cres-cimento futuro do porto porque recebemos navios actualmente muito maiores do que aqueles que por lá vão passar, que terão entre 4 a 12 mil TEU’s», diz.

Ferrovia eficaz é vistacomo ponto fraco

A ausência de uma ferrovia eficaz que permita

às mercadorias chegar de forma mais célere e em maior quantidade a Espanha e ao resto da Europa é vista como ponto fraco. A construção futura dos troços entre Sines e Grândola Norte e entre Évora e Caia, em bi-bitola, é tida assim como «essencial para melhorar essas ligações». Quinta-feira, o Porto de Sines deverá receber um conjunto de especialistas que irão dar a conhecer os detalhes do projecto do corredor ibérico.

Para já, a administração do porto pediu a uma empresa da especialidade um estudo que quantifique o grau de dependência do TXXI da ferrovia. «Já a questão do impasse em torno da A26 não tem, para nós, a mesma impor-tância que a questão da ferrovia porque apenas 3 por cento das nossas mercadorias segue por rodovia», diz João Franco. Em 2013, o porto de Sines deverá atingir um volume de negó-cios a superar os 36 milhões de euros.

Até final da década, Sines quer estar entre os 3 maiores portos ibéricos

Crescimento do terminal de contentores explode e alavanca porto de Sines como um todo. Perspectiva para o futuro é a de que o porto continue a crescer, embora de forma «moderada». Alargamento do TXXI é visto como essencial.

APS dizsim a Faroe PortimãoO presidente do conselho de administração concorda com a decisão de a empresa ficar com a gestão dos portos de Faro e de Portimão, tendo em conta o seu know how, a «sua solidez financeira» e o facto de não ter o segmento dos cruzeiros. «De outra forma, isso implicaria a criação de uma outra empresa de raiz, o que não seria propriamente muito bom tendo em conta a conjuntura», diz João Franco. A criação dessa nova área de negócios deve seguir para Conselho de Ministros ainda este ano, devendo Sines ter essa gestão já em Fevereiro.

João Franco, líder da APS

Bruno Card

DR

Page 20: Semmais 21 dezembro

A 20.ª Festa de Natal do presti-giado colégio de Palmela, St. Peter´s School, que decorreu

no 12 deste mês, no pavilhão da Casa da Cultura, na Quimiparque, no Barreiro, teve como principal novi-dade a inclusão da gala dos alunos do 2.º e 3.º ciclos e do secundário, que anteriormente tinha lugar nas instalações do colégio.

Neste ritual natalício do colégio, que já se realiza há 20 anos, marcaram presença mais de nove-centos alunos que levaram a palco peças musicais em inglês. O Jardim de Infância apostou no tema “Christmas at the Chocolate Factory”, enquanto o 1.º ciclo traba-lhou o tema “The True Meaning Of Christmas”. Já o Básico e Secun-dário representaram “The Quest For The Perfect X´Mas Present”. Todas as representações, que contaram com o apoio de cerca de 50 docentes, primaram pela criatividade, representação, sons, cor e dança.

A mensagem da festa, trans-versal às representações do Jardim de Infância, 1.º ciclo e Básico e Secundário, colocou em evidência o carácter humanitário, verdadeiro e solidário do ser humano, que passa pelo respeito, ajuda e partilha entre todos. Na peça musicada dos alunos do secundário, por exemplo, falou-se de «amizade, respeito, tolerância e felicidade», assim como na representação do 1.º ciclo.

Isabel Simão, directora peda-gógica do St. Peter´s School, afirmou que o balanço da festa «não podia

ser melhor», reconhecendo, por outro lado, que foi uma «excelente solução» juntar a gala do básico e secundário, no anfiteatro da Casa da Cultura da Quimiparque. «As pessoas estavam muito mais confortáveis e resultou em pleno», frisou.

A directora mostrou-se «muito satisfeita e orgulhosa» com a boa adesão dos familiares e pais dos alunos, sublinhando que estes acabam sempre por acorrer «em peso a estas festas» e «compre-endem muito bem as mensagens da solidariedade, honestidade e

sinceridade» que o espectáculo pretende transmitir.

De salientar que na festa deste ano os alunos do secundário anga-riaram fundos para a sua viagem de finalistas à República Domini-cana. Venderam rifas para um Cabaz de Natal e convidaram as pessoas a tirar fotos com o Pai Natal.

Pais muitoorgulhosos

Joana Duarte, progenitora de

uma aluna do 1.º ciclo, referiu que

a festa estava «muito bonita» e que os alunos «portaram-se muito bem». Já Helena Santos, avó de uma aluna de 5 anos, também adorou o programa, sublinhando que «estava tudo muito animado e colorido». O pai Miguel Piteira, que considerou o teatro «adequado e agradável», tirou o chapéu ao ensino de grande qualidade minis-trado no colégio. António Pinto, avô da Beatriz, confessa que já assistiu a três festas de Natal do St. Peter´s School. «Gostei de todas as festas, eles são uns artistas de palmo e meio».

ST. PETER´S SCHOOL

As boas vindas directora Isabel Simão

St. Peter´s ganha credibilidade internacional

O St. Peter´s School, é um colégio bilingue, localizado na Quinta dos Barreleiros, na Volta da Pedra, concelho de Palmela, e recentemente, candidatou-se ao estatuto de ensino internacional ao IB Programm (International Baccalaureate) e acabou por ver aprovada a sua pretensão. «Em Portugal só existem seis escolas com este estatuto (Porto, Sintra e Cascais). Isto dá-nos muito prestígio e permite-nos adoptar um curriculum internacional mas não vamos abandonar o modelo nacional. Os alunos vão poder fazer o curriculum estrangeiro ou nacional. Isto vai implicar formação aos professores e directores», contou a directora Isabel Simão, que perspectiva o arranque em pleno do projecto dentro de um ou dois anos.

Mesmo os alunos mais pequeninos mostraram grande participação numa festa que mais uma vez fez brilhar mais alto a dinâmica do colégio de Palmela

Colégio St. Peter s em Festa de Natal O espírito natalício e valores morais estiveram em foco na 20.ª Festa de Natal do colégio St. Peter´s School, através das peças musicais em inglês, representadas por mais de 900 alunos desde os 3 anos de idade ao 12.º ano do secundário. A ocupar o 1.º lugar do ranking de exames nacionais das escolas do distrito e o 12.º a nível nacional, o colégio de Palmela acaba de ganhar o estatuto de escola

António Luís

Magnienist faceser spicae. Nam velenda vItatus. Ucipsandi

Colorido num dos momentos altos da festa natalícia

Expressividade num bailado encenado com grande animação

Page 21: Semmais 21 dezembro

O ambiente foi de festa e descon-tração, ora não estivesse Jorge Nice a animar as hostes, na

entrega dos prémios Golfinho Verde, galardão atribuído pelo núcleo Valoris Fidelis Causa, constituído por Velhas Glórias do Vitória Futebol Clube.

O músico foi um dos galardo-ados na cerimónia que, de há oito anos a esta parte, distingue vitorianos que servem, serviram ou contribu-íram para enaltecer o clube. Maria das Dores Meira, presidente da câmara de Setúbal, foi agraciada com o prémio “Personalidade 2013” e Ruben Vezo, jogador da equipa prin-cipal de futebol que, a partir de Janeiro, representará o Valencia, foi galardoado pelas Velhas Glórias sadinas com o prémio “Revelação”.

O médico Henrique Jones, o massagista Arlindo Santos, o antigo guarda-redes Dinis Vital e a empresa CityPrint receberam também prémios pelos préstimos ao clube sadino numa noite em que o núcleo homenageou também um dos seus fundadores, falecido em Janeiro de 2013, Clemente Crista, mais conhecido por Praia, que foi agraciado a título póstumo.

Num misto de orgulho e satis-

fação, os vários premiados não deixaram de recordar os momentos em que, de uma forma ou outra, “vestiram” a camisola do clube. E se para Dinis Vital as boas memó-rias foram uma constante no seu discurso, já Henrique Jones referiu-se com mágoa aos «momentos de alguma ingratidão» admitindo que foi essa mesma ingratidão que o levou a «voos mais altos e de maior reconhecimento profissional», nomeadamente como médico da

selecção nacional de futebol. Vital que foi guardião do Bonfim numa das fases de ouro que a equipa viveu admitiu também que, apesar do muito que deu ao clube, nunca lhe foi reconhecido o devido valor. «Foram 20 anos na primeira divisão, mas nunca ninguém me reconheceu méritos a não ser este grupo [Valoris Fidelis Causa], porque por onde passámos honrámos sempre o nome do Vitória.»

Montijo estreia São Silvestre

A 1ª SÃO Silvestre Cidade do Montijo realiza-se dia 28 a partir das 21 horas e está aberta a atletas federados ou amadores de ambos os sexos. A iniciativa, organizada pela LearnTogether Associação, conta com o apoio de várias enti-

dades e inclui ainda uma prova de desporto adaptado e a São Silvestre Caminhada para quem prefere a marcha à corrida.As inscrições podem ser feitas através do mail [email protected], até dia 26.

DESPORTO

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

21

Paralímpica Simone Fragoso lança toucas “Sigura-te”

SIMONE Fragoso, a atleta para-límpica de Palmela que se tornou conhecida do grande público após ter participado no programa “Splash”, da Sic, lançou, esta semana, uma marca de toucas de natação personalizadas a que deu o nome “Sigura-te”.

Este lançamento é a concreti-zação de um sonho antigo que ganhou corpo com a participação no programa televiso e a conse-quente popularidade conquistada pela nadadora que sofre de nanismo. Em declarações ao Semmais, Simone

explica como é que o sonho ganhou corpo. «A visibilidade do Splash ajudou obviamente a avançar com este projecto que estava mais ou menos esquecido. Pegando na ideia da minha mãe que criou a t-shirt para a claque de apoio decidi usar o “boneco” e lançar a colecção».

As toucas, que podem ser adqui-ridas em palmela ou encomendadas através do facebook da nadadora ou em www.aqualoja.net,são, segundo Simone Fragoso, «fáceis de colocar e adaptam-se perfeitamente à cabeça de qualquer pessoa».

Golfinhos Verdes agraciam vitorianos relevantes

Velhas Glórias mantiveram vivo espírito vitoriano

O evento premiou personalidades ligadas ontem e hoje ao Vitória de Setúbal, com a entrega dos ‘Fidelis Causa’

Marta David

Antigas glórias (em cima) Dores Meira também foi distinguida (em baixo)

Simone Fragoso não pará

Foto

s: D

R

DR

Page 22: Semmais 21 dezembro

VINHOS

Sábado //21 . Dez . 2013 //

www.semmaisjornal.com

22

A Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó, oferece uma gama variada

de vinhos de aqltab quali-dade, com novas colheitas, para saborear à mesa com a gastronomia do Natal e Ano Novo. Os brancos, os tintos, os moscatéis, as monocastas e os espumantes são «muito boas» apostas, não esquecendo o vinho do projecto “A Vida de Um Vinho”, um produto

único, de um litro e meio, que pode ser adquirido com uma serigrafia, livro e CD.

A empresária Leonor Freitas não tem dúvidas de que se trata de uma «boa prenda» de Natal, com colheita de 2008, cujas receitas revertem a favor da Cáritas Diocesana que vai investir na recuperação de casas de idosos na freguesia de Poceirão/Marateca.

Leonor Freitas refere ainda que na loja da adega podem ser preparadas várias emba-

lagens com vinhos «muito inte-ressantes e de grande quali-dade, consoante aquilo que o consumidor pode gastar».

Para o réveillon, Leonor Freitas sugere o espumante Bruto e Meio Seco, com uma «boa relação qualidade/preço».

O Moscatel Roxo Supe-rior, que está a estagiar em barricas de carvalho, deverá ser lançado para o ano, talvez antes do Natal. «O produto tem evoluído muito bem, era para ter sido lançado este ano mas esperámos mais um ano

para o poder melhorar».No que se refere à nova

adega, Leonor Freitas garante que a sua abertura «não pode passar de Maio» do próximo ano. «Todos estamos ansiosos pela mudança, pois é um espaço que vai proporcionar muito melhores condições de trabalho e de acolhimento de turistas», vinca.

Em Janeiro/Fevereiro, do ano que vem, deverá arrancar a recuperação da zona antiga da adega, um sonho antigo da empresária. «Lembro-me bem

do esforço que a família fez para construir esta adega histórica. Fica junto à casa dos meus pais, tem um alambique, mas está tudo inactivo», sublinha, reconhecendo que se trata de uma homenagem «aos meus antecessores».

Só este ano, a Casa Erme-linda Freitas já ganhou mais de 90 medalhas e, desde a sua

fundação, já conta com mais de quatrocentas medalhas., em 11 anos de actividade.

De salientar que a Casa Ermelinda Freitas conquistou este ano o Diploma na área da Segurança Alimentar e da Qualidade, um outro marco histórico para uma empresa que já vai na quinta geração de mentores.

Casa Ermelinda Freitas com vertente solidária no Natal

Vinhos premiados em todo o Mundo

Moscatel Alambre da JMF aquece o Natal

Venâncio da Costa Lima sempre a investir

Adega de Palmela lança vinho espumante

A JMF, de Azeitão, sugere o Moscatel de Setúbal Alambre 2008 para este Natal, dado tratar-se de um vinho «muito adequado» à quadra natalícia e a «momentos de celebração em família». Para a passagem de ano, é inevitável que não se fale no Domingos Soares Franco Colecção Privada Espumante Rosé de Moscatel Roxo 2012, um vinho «único», produzido a partir de uma casta da nossa região, como é o Moscatel Roxo.

Domingos Soares Franco, o ‘patrão’ da JMF, afirma que a empresa goza de boa saúde. «Felizmente as coisas têm-nos corrido bem e

estamos no bom caminho. A empresa tem apresentado resultados cada vez mais positivos e é com muita espe-rança e confiança que enca-ramos o futuro», vinca.

Como prémio mais rele-vante deste ano, o respon-sável destaca o Copo de Ouro, Empresa do Ano, na Suécia, pela revista “Allt om Mat”.

A VENÂNCIO da Costa Lima, de Quinta do Anjo, aposta na renovação das embalagens do Moscatel tradicional e do Reserva. Com o texto em português/inglês, a embalagem conta um pouco da história da adega, escla-rece dados sobre o vinho e está mais atractiva.

Joana Vida, do Marketing e Comunicação, revela que a adega irá lançar um novo produto em 2014 e festejar, com dignidade, o centenário da casa. «A comemoração poderá passar por uma festa com os clientes e amigos», realça.

A nova adega, cujos reves-timentos e interiores estão a

ser concluídos, deverá ser inaugurada em 2014. «É um espaço, com melhores condi-ções de trabalho e de acolhi-mento de turistas, que nos faz muita falta», sublinha.

«Esta empresa f amiliar vai na quarta geração e merece um novo espaço que custa mais de 2 milhões de euros e conta com apoios comunitários», conclui.

A ADEGA de Palmela lançou o primeiro vinho espumante, no dia 14, na Casa Mãe da Rota dos Vinhos, em Palmela. O cantor Bonga marcou presença na festa.

O enólogo Luís Silva refere que depois do Moscatel de 2005, da aguar-dente vínica Amus e do Reserva 2009, faltava o vinho espumante na Adega de Palmela. «É um espumante elaborado a partir da casta Moscatel e o resultado é fantástico. O produto esteve 9 meses a fermentar em garrafa e nasceu agora, com colheita de 2012. Tem um sabor muito elegante e equi-librado e é ideal para acom-

panhar com diversos produtos, como leitão, marisco ou doces», argu-menta.

O espumante, com um preço de 6 euros, pode ser encontrado na loja da adega, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas, e aos sábados, até às 13 horas, bem como na Casa Mãe, em Palmela, e na Casa da Baía, em Setúbal.

A empresária Leonor Freitas e o enólogo Jaime Quendera

Sivipa adoça Natal com Moscatel Bombom

Horácio Simões brinda com Moscatel Roxo

Moscatéis Xavier Santana para todos os gostos

A SIVIPA deposita grande aposta no Moscatel Roxo 2009 e no Moscatel Bombom, sendo que este último foi lançado há quatro anos atrás. «O Moscatel Bombom é um produto extremamente natalício em que as vendas se repercutem nesta altura do ano. Não tem concorrência na região nem em Portugal», sublinha Filipe Cardoso. Já o Moscatel Roxo, pertence ao segmento «alto, com grande qualidade e com embalagem bastante atrac-tiva».

O Moscatel Roxo foi distinguido este ano entre os 10 Melhores Moscatéis do Mundo, no concurso du

Muscats do Mundo, em França. «Não só uma bela prenda de Natal como é também um produto de alta qualidade», frisa.

Para o réveillon, Filipe aconselha o “Serra Mãe Reserva” 2009, que foi consi-derado na Alemanha o melhor vinho português do ano, bem como o Veritas ou Ameias, brancos.

A CASA Horácio Simões, de Quinta do Anjo, está repleta de diversos ícones vinícolas apropriados às quadras festivas que atra-vessamos. Os moscatéis e os tintos mudaram de imagem.

O enólogo Pedro Simões conta que as garrafas dos moscatéis e tintos apre-sentam novos rótulos e novas dimensões, sem descurar a qualidade destes produtos da gama média/alta.

Para a passagem de ano, o enólogo aconselha os consumidores a provarem o famoso Moscatel Roxo e o Bastardo, que pode ser consumido com o queijo de Azeitão, um «óptimo»

casamento.Em 2014, a adega Casa

Horácio Simões espera lançar um novo Moscatel Roxo, da década de «2000», oriundo de uma aguar-dente vínica de «alta quali-dade», e um Moscatel de Setúbal, à base de colheita tardia, uma inovação e que foi «um sucesso» há dois anos atrás.

OS TRÊS moscatéis - dois de Setúbal e um Roxo -, da Xavier Santana, de Palmela, premiados aquém e além fronteiras, assentam muito bem na mesa da Consoada. A relação preço/qualidade é tão boa que a Revista de Vinhos distin-guiu estes produtos com o selo de ‘Boa Compra’.

André Pereira, enólogo, considera que os moscatéis da casa, que tantas alegrias têm dados aos consumi-dores, são uma «óptima prenda de natal e excelentes produtos» para disfrutar em época festiva.

Na gama dos brancos e tintos, André Pereira destaca

a marca Xavier Santana Reserva Tinto Castelão, também distinguido a nível internacional e pela Revista de Vinhos. O Xavier Santana Branco, um Palmela DOC 2012, que também tem rece-bido elogios da mesma publicação e de guias de vinhos, também é uma boa opção para «oferecer e consumir».

Joana Vida, do MarketingO famoso moscatel

José Caleira e Luís Silva

O enólogo Filipe Cardoso

O enólogo Pedro Simões O enólogo André Pereira

DR

DR

DR

DR

DR

DR

DR

António Luís

Page 23: Semmais 21 dezembro
Page 24: Semmais 21 dezembro