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Voltamos no dia 7 de Janeiro com a pr™ xima ediŽ o do Semmais Comporta j‰ a praia mais acess” vel do pa” s P‰ g. 4 ENTREVISTA D. Gilberto Canavarro dos Reis, Bispo de Setžb al, est‰ preocupado com o avolumar das car‘ n- cias sociais no distrito, mas n• o tem posiŽ o sobre se a regi• o deveria ter um plano de emerg‘ ncia como o que ocorreu na d• cada de 80. E afirma que a Igreja setuba- lense est‰ no terreno para acudir, cuidar e dar esperan- Ž a aos mais desfavorecidos. Pub. Pub. www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares 23.Dezembro 2011 semanário - edição n.º 695 5.ª série - 0,50 € regi• o de setž bal Distribuído com o VENDA INTERDITA Boas Festas Decathlon cria cem postos de trabalho em Setž bal ACTUAL A primeira pe- dra do Centro de Log” stica da Decathlon em Setžb al foi lanŽ ada esta quarta-feira. Trata-se de um investimento de 30 milhõ es de euros e vai criar cem novos postos de trabalho. Bispo diz que a diocese est‰ a fazer o que pode GS. 2 e 3 G. 4 Anti-stress Sadino Miguel morou 3 meses na Casa Ô secretaÕ 19 Not” cias AFS L” der associativo em grande entrevista Caderno Reportagem Natal do St. PeterÕ s School apela Œ solidariedade 16 Retratos de um Natal solid‰ rio que percorre o distrito num tempo de crise

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Semmais Jornal 23 Dezembro 2011

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Voltamos no dia 7 de Janeiro com a pr™ xima ediŽ • o do Semmais

Comporta j‰ • a praia mais acess” vel do pa” s P‰ g. 4

Comporta

entrevista D. Gilberto Canavarro dos Reis, Bispo de Setžb al, est‰ preocupado com o avolumar das car‘ n-cias sociais no distrito, mas n• o tem posiŽ • o sobre se a regi• o deveria ter um plano

de emerg‘ ncia como o que ocorreu na d• cada de 80. E afirma que a Igreja setuba-lense est‰ no terreno para acudir, cuidar e dar esperan-Ž a aos mais desfavorecidos.

Pub.

Pub.

www.semmaisjornal.comDirector: Raul Tavares23.Dezembro 2011 semanário - edição n.º 695 • 5.ª série - 0,50 € • regi• o de setž bal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Boas Festas

Decathlon cria cem postos de trabalho em Setž balactual A primeira pe-dra do Centro de Log” stica da Decathlon em Setžb al foi lanŽ ada esta quarta-feira. Trata-se de um investimento de 30 milh� es de euros e vai criar cem novos postos de trabalho.

Bispo diz que a diocese est‰ a fazer o que pode

På GS. 2 e 3

På G. 4

anti-stressSadino Miguel morou 3 meses na Casa Ô secretaÕ

19

not” cias aFsL” der associativoem grandeentrevista

Caderno

reportagemNatal do St. PeterÕ s School apela Œ solidariedade

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retratos de um natal

solid‰ rio que percorre o

distrito num tempo de

crise

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Entrevista

SemMais - Que sentimen-to tem D. Gilberto sobre a actual crise do país?D. Gilberto C. dos Reis - Tento colocar-me na pele de quem mais sofre as con-sequências da crise, per-gunto como foi possível cair nesta situação e reavi-vo a esperança de que ul-trapassaremos esta crise.

Será muito abusivo fazer-se uma analogia entre os tempos que vivemos e a situação vivida na década de 80 no distrito?Não tenho experiência dos anos 80 mas, pelo que me têm dito, não é a mesma coisa até porque as pesso-as com a crise de 80 orga-nizaram-se melhor e por isso estarão mais prepara-das para enfrentar esta nova e grave crise que não é ape-nas local mas nacional e da União Europeia.

Mesmo assim, partilha da ideia de alguns de que será necessário adoptar um plano de emergência para a região, atendendo às nos-sas especificidades sociais?Não sei que fazer em con-creto. O progresso sadio da sociedade implica um bom projecto que envolva a to-dos na © coisa© comum e que responsabilize cada pessoa de modo que cada cidadão, dentro do princípio da sub-sidiaridade, faça bem o que está ao seu alcance. Desen-volver o princípio do bem comum e da subsidiarida-

de é um grande desafio, e preliminar, que nos deve implicar a todos: famílias, escolas, empresas, associa-ções, igrejas, governos...

Essa perspectiva não in-dicia então a necessidade de um plano social para Setúbal em concreto?As medidas são antes de mais de ordem nacional. Um encontro entre os in-tervenientes na acção so-cial, entre nós, é útil em qualquer ocasião.

«Estamos a mobilizar a comunidade»

Falemos então da Diocese. O que esta tem vindo a fa-zer para combater o flage-lo da crise junto dos mais necessitados?A Diocese actua sobretudo pelas paróquias e pelas ins-tituições que procuram apoiar quem sofre. Falo duma grande rede de cen-tros sociais, de grupos de apoio fraterno e grupos Cá-ritas, de serviços a doentes, de conferências vicentinas, das misericórdias, sendo que estas dispõem de grande au-tonomia. E outras institui-ções mais específicas mas importantes, como o Vale de Acor, o Centro Jovem Ta-bor e a Cáritas. O secreta-riado diocesano de acção social e caritativo, confiado à Cáritas, tem estado ainda mais atento a ajudar nome-adamente na formação e em apoios a várias situações.

Em ordem a uma maior ope-racionalidade, as paróquias têm sido convidadas a reu-nir todos os serviços de apoio aos mais carencia-dos para verem, em con-junto, como actuar melhor e está a fazer-se o mesmo ao nível das vigararias da Diocese, que são agrupa-mento de paróquias.Refiro ainda o contributo das pessoas individuais, vizinhos por exemplo, e a partilha ge-nerosa dos fiéis que levam para a Eucaristia bens que o pároco pede, conforme as necessidades que surgem.Nalgumas paróquias há ser-viço de refeições para quem precisa. Em muitas mais dis-tribuem-se alimentos, sema-nalmente, a muitos milha-res de pessoas. Numa ou nou-tra há lojas de roupa usada e até alguma partilha de me-dicamentos; preparam-se mais voluntárias para apoiar. Há também o esforço de res-ponder a pedidos de paga-mento de facturas de água ou luz e de rendas de casa. Mobiliza-se a comunidade porque os pedidos de apoio aumentam e vêm agora de pessoas que até há pouco tempo tinham recursos mas que caíram no desemprego.Não posso deixar de referir que dentro da área geográ-fica da Diocese há muitas associações doutras igrejas ou sem dimensão religiosa muito empenhadas no apoio aos mais pobres.A Cáritas Diocesana com as ofertas que recolhe, e que

neste momento não cobrem os muitos pedidos de apoio, vai ajudando alguns casos que ultrapassam a capaci-dade das paróquias. Apro-veito para apelar a todos que partilhem com a Cári-tas, para ela poder servir melhor. Além disto, existe um fundo diocesano de emergência, alimentado so-bretudo com a renúncia quaresmal, que intervém quando solicitado.

É efectivamente uma ex-tensa rede de apoio soli-dário. Identifica alguns constrangimentos nesta luta? Podemos dizer que os maio-res constrangimentos são a dificuldade de ajudar as pes-soas carenciadas a encontrar respostas que as libertam da necessidade de apoio e que as capacitem, por sua vez, para ajudar os outros. Esta é a dificuldade maior diante da pobreza crónica, em que se misturam mil pobrezas. E so-bretudo, a falta de mais bens para partilhar a começar pelo © bem© do emprego.

Há alguma relação da dio-cese com as autarquias neste combate?Várias paróquias têm acor-dos com o Banco Alimen-tar contra a Fome e tam-bém com a Segurança So-cial para receber alimentos da União Europeia. Pontu-almente, alguma relação com a juntas de freguesia e câmaras municipais.

Bispo de Setž bal e o papel da Diocese no apoio aos mais desfavorecidos

Ç Estamos a fazer tudo para acudir a tempos de mil pobrezasÈ

A receita para sair da crise passa, segundo o Bispo de Setž bal, por Ç pol” ticas apro-priadas, e desenvolvendo um grande sentido de responsabi-lidade em cada pessoa, culti-

vando um estilo de vida digna mas pautada pelo amor do bem comum, da verdade, da justiŽ a e da sobriedade, descobrindo que se • importante ter bens mais importante • admirar e amar os

outros e colocar os bens ao serviŽ o da felicidade de todosÈ . D. Gilberto Canavarro dos Reis considera fundamental Ç darmos mutuamente as m• os: pessoas, instituiŽ � es e naŽ � es, apren-

dendo a pensar e a decidir com rectid• oÈ . E acrescenta: Ç Quem perde os bens mas tem uma cabeŽ a bem organizada recomp� e-se melhor do que quem recebe muitos bens mas

n• o sabe governar-seÈ . Numa palavra fina lembra que Ç a crise faz-me pensar na justeza dos mandamentos de Deus e daquilo que Jesus disse: Ò quem constr™ i sobre a Palavra de Deus vencer‰

mas quem constr™ i na mentira e no ego” smo pessoal ou de naŽ � es ver‰ o castelo da vida ruir. Na vida n• o se pode esquecer a busca do essencial e o essencial • Amar de verdadeÈ .

Sair da crise com «políticas apropriadas e sentido de responsabilidade»

D. Gilberto Canavarro dos Reis enfrenta a espinhosa miss• o de tomar as dores dos que mais sofrem a situaŽ • o econ™ mica no distrito. Questiona como foi poss” vel cair nestes desamparos e n• o sabe ao certo se a regi• o precisa de um plano de emerg‘ ncia espec” fico. S• o incertezas de um momento em que a palavra de ordem • acudir, cuidar e ter esperanŽ a.

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Os portugueses vivem uma situação ímpar da sua história recente, carregada de incertezas e cujos efeitos se vão notando no quotidiano das famílias e nas suas expectativas.

Sabemos todos que o pior ainda está por chegar e todos sabemos que não haverá nos tempos mais próximos nenhuma varinha mágica com o condão de nos guindar a um futuro de progresso e à normalização social.

Mas esse é o trabalho maior dos governantes. Os nossos e os da nossa velha Europa, cujo exemplo, ao longo dos séculos, em nome das ‘luzes’ do pensamento, do conhecimento e da cultura, abriu caminhos à magia da democracia e a uma sociedade tendencialmente mais gene-rosa, equilibrada e justa.

São estes pilares que estão hoje em causa, num turbilhão criado pela natureza da ganância e de um liberalismo que, no tabuleiro dos mercados, não olha a meios para atingir os fins.

Tal como em outras fases da história europeia, estou absolutamente convencido tratar-se de mais uma provação a que saberemos responder na justaposição dos poderes. E o poder maior está em cada um dos cidadãos, na força do seu movimento cívico e na consumação do seu voto.

Quando se pretende aniquilar direitos conquistados em nome do progresso civilizacional; quando se esmagam equilíbrios sociais; quando se esbate o Estado e quando se aceita a pobreza e a emigração como uma inevitabilidade, só a massa dos homens e das mulheres construtores do nosso universo global será

capaz de romper as amarras deste retrocesso.

Seria bom que os políticos desta Era de má sorte, tomados pelo vício dos números e pela lógica mercantilista da sociedade, pudessem prestar-se um pouco à “compreensão empática”. Colocar-se por dentro dos que neste momento estão absolutamente desprezados, desamparados e sem rumo.

Só nos meandros deste exercício sociológico, de ver de fora o que vai dentro, entrar no seu semelhante, se pode ter a verdadeiro noção do embuste que estamos a criar. E sobretudo perceber a verdadeira dimensão da crise que invade grande parte dos portugueses.

Nunca fui adepto do inevitável. E por isso acredito piamente que há caminho em frente. É só segui-lo. Outras gerações, igualmente heróicas, já passaram por tormentas mais nefastas e souberam deixar legados novos. E nisso que acredito.

PS: Dedicámos esta edição à solidariedade, essa expressão da vontade dos homens e das mulheres que partilham e que sentem. Há por estes dias, mas sobretudo em cada dia, uma extensa rede de instituições e de voluntários que se oferecem ao bem comum. São dádivas de vida.

Vamos também parar uma semana, a última do ano, aproveitando a quadra natalícia, para preparar alterações neste seu jornal de referência, procurando, como sempre fizemos, cumprir o espírito empreendedor que a marca Semmais já habituou o mercado e a região.

Reflex� es em tempo de incertezas

Editorial // Raul Tavares

ficha t•cni caDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

D. Gilberto Canavarro dos Reis reconhece que as receitas da Diocese têm sido afectadas pela situ-ação económica do país. Sem adiantar números, o Bispo de Setúbal refere «quebras de receita em algumas paróquias» no que se refere aos ofertó-rios dominicais. Segundo, afirma, O clima de auste-ridade e de aperto tem sido vivido entre o Clero da

região «em comunhão com a dor de muita gente em crise, em alerta para socorrer quem precisa, em boa vontade para cola-borar para que a crise se vença bem e rapidamente e no desejo de que os governantes governem com verdade, com justiça e equidade, com grande atenção às pessoas a começar pelos mais neces-sitados».

Quebra de receitas nos ofert™ rios dominicais

A melhor prenda de Natal é a partilha, com amor, pelos mais pobres. Um Natal mais austero para socorrer uma pessoa ou uma instituição é mais belo do que um Natal, na abundância material, mas esquecido de quem sofre. Encontro muita gente que partilha com grande

generosidade. Isso encoraja-me a pedir a todos que partilhemos mesmo daquilo que nos faz falta. Aproveito também para informar as pessoas que gostam de ajudar, mas que não sabem como o fazer e a quem, que se podem dirigir a uma paróquia ou à Caritas Diocesana

ou a uma instituição de que gostem. A instituição fará que a sua oferta leve o calor da esperança a quem precisa.

Quem dá com um coração grande cresce e faz crescer o mundo.

Setž bal, 14/12/2011+Gilberto, Bispo de Setž bal

A Ç melhor prenda de NatalÈ , segundo o Bispo de Setž bal

A importância de reforçar o papele a acção das IPSS

N• o conhecendo ainda Çm uito bemÈ as alteraŽ � es de reforŽ o que o actual Governo est‰ a prever para a acŽ • o das instituiŽ � es de solidariedade social, o Prelado sadino afirma que ser Ç muito importanteÈ esse reforŽ o. Ç A n” vel da Diocese, como foi dito, h‰ um esforŽ o maior para reunir os grupos de serviŽ o aos mais caren-ciados ao n” vel de cada par™ -quia e ao n” vel mesmo viga-

raria e h‰ a sensibilizaŽ • o das comunidades para parti-lharem com os irm• os mais pobres do seu nada. A Caritas Diocesana, al• m do impor-tante serviŽ o de apoio aos mais carenciados em v‰ rias val‘ ncias, enquanto respon-s‰ vel do Secretariado Dioce-sano da AcŽ • o Social e Cari-tativa da Diocese, est‰ muito atenta e dispon” vel para apoiar as instituiŽ � es de apoio fraternoÈ.

Apelo de partilha Aproveito para apelar a todos que partilhem com a Caritas,

para ela poder servir melhor. Al• m disto, existe um fundo diocesano de emerg‘ ncia, alimentado sobretudo com a renž ncia quaresmal, que interv• m quando solicitado. Dou graŽ as a Deus Ð e sinto nisso um santo orgulho - por tanta gente que se desprende de de muitas coisas, e do seu tempo, para ir ao encontro de quem sofre, na atenŽ • o Œ palavra de Jesus: amai-vos uns aos outros como

Eu vos amei.

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Está lançada a primeira pedra da construção do Centro Logístico da Deca-

thlon, em Setúbal. A cerimónia, realizada quarta-feira, antecipa o investimento de 30 milhões de euros e a criação de quase mil postos de trabalho, directos e indirectos.

O futuro espaço, com aber-tura prevista para Outubro de 2012, terá uma área de 30 mil metros quadrados e contará ainda com uma loja de venda ao público, adianta o director-geral da Decathlon, José Fonseca.

O empreendimento me -receu os elogios do secretário de Estado adjunto da Economia, António Almeida Henriques, para quem é preciso «criar condições de riqueza e de postos de trabalho no país».

Também a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, aplaudiu o projecto, garantindo que «tudo fará para que este centro cumpra o investimento».

«Este centro gerador de desenvolvimento é um

emblema do posicionamento estratégico da autarquia de dar todas as condições neces-sárias ao investimento privado no concelho», salientou a autarca, ao adiantar que a Câmara vai investir dois milhões de euros na via P1, que vai ligar o prolongamento da auto-estrada à zona comer-cial de Monte Belo, onde se situará no futuro espaço da Decathlon.

O centro logístico esteve para ser construído em Espanha, devido à demora de quatro ano, no licenciamento. Um prazo demasiado longo, tanto para o responsável da

Decathlon, como para o secre-tário de Estado. Por isso, António Almeida Henriques garantiu que, em 2012, o Governo tudo fará para levar avante o programa Licencia-mento Zero, que pretende simplificar negócios, reduzindo a burocracia e os encargos.

A Decathlon, da rede Oxylane, está presente com lojas em Portugal desde 1993, possuindo actualmente 22 espaços comerciais. Além disso, a empresa produz e exporta artigos concebidos no país, que são distribuídos para as quase 600 lojas que possui em todo o mundo.

Decathlon cria mil postos de trabalho em Setž bal

O deputado do PSD, Paulo Ribeiro, realça o trabalho realizado pelas paróquias da região junto de quem mais necessita, garan-tindo, assim, que a popu-lação mais carenciada tenha ajuda para colmatar as prin-cipais necessidades em tempo de crise.

Em visita, na passada segunda-feira, ao Centro Paroquial Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal, o social-democrata destacou todo o «empenho e vontade» das paróquias na ajuda aos mais necessitados, numa altura em que o país atra-vessa uma grave crise econó-mico-financeira.

Sem dúvida que «estas instituições substituem muitas vezes o próprio Estado no apoio às famílias carenciadas. Penso que é uma acção bastante impor-tante», sublinha.

Paulo Ribeiro aplaudetrabalho daspar™ quias

A presidente Dores Meira marcou presenŽ a no acto simb™ lico

D.R

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Depois de dois segundos lugares (em 2009 e 2010) eis que a Comporta conquista a vitória no concurso “Praia Mais Acessível”, relativo à época balnear de 2011, ultra-passando a eterna “rival” Manta Rota. Comporta era uma das 12 candidatas à obtenção do galardão atri-buído pelo Instituto Nacional para a Reabilitação.

O júri – que foi constituído por representantes do Insti-tuto Nacional para a Reabi-litação, Instituto da Água, Turismo de Portugal, Insti-tuto de Socorros a Náufragos e Associação Bandeira Azul da Europa - considerou que esta distinção «é um reconhe-cimento merecido pelas boas práticas instituídas na área das acessibilidades», justifi-cando que a praia da Comporta possui estaciona-mento dedicado, rampas de acesso ao passadiço, apoios de praia, instalações sanitá-rias dedicadas, canadianas anfíbias e o já célebre tiralô.

Este equipamento é utili-zado na assistência a banhos

para pessoas com mobilidade reduzida, com o apoio de uma equipa de nadadores salva-dores afecta ao serviço, tradu-zido numa cadeira de mar que permite às pessoas com mobi-lidade condicionada e com deficiência motora terem acesso à praia e irem a banhos. A adopção do tiralô na Comporta, uma das mais concorridas praias alente-janas, terá dado um contri-buto relevante para a vitória.

Aliás, segundo a admi-nistração da Herdade da Comporta, «o serviço de tiralô disponível na praia tem superado as expecta-tivas dos utentes», garante, alegando que de acordo com os resultados de um inqué-rito levado a cabo pelo próprio grupo, 92% dos utili-zadores da cadeira anfíbia manifestou total satisfação pela prestação do serviço. Metade dos utilizadores apresentavam idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos e 67% dos utentes pertenciam ao sexo masculino.

Comporta finalmente a praia mais acess” vel

A movimentação de mercadorias no Terminal Multiusos Zona 1 do Porto de Setúbal, concessionado à Tersado, já atingiu 1,7 milhões de toneladas, o que coloca o desempenho do terminal, em 2011, ainda a uma semana de terminar o ano, como o segundo melhor de sempre, muito perto do recorde de 2007, em que foram movimentadas 1,85 milhões de toneladas.

A carga geral fraccio-

nada, com produtos meta-lúrgicos e cimento ensacado, e os granéis sólidos, com a estilha de madeira, são os modos de acondicionamento mais expressivos das merca-

dorias movimentadas no terminal.

Este bom resultado demonstra a competitivi-dade deste terminal do porto de Setúbal que, dotado com excelentes infra-estruturas e acessos directos, quer rodoviários, quer ferroviá-rios, aliados ao grande profissionalismo do operador, oferece aos clientes ímpares condições para o movimento das suas mercadorias.

Multiusos do porto de Setž balperto de recorde de 2007

D.R

Tersado atingiu 1,7 toneladas

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Não há mãos a medir entre as instituições de solidariedade da região, que neste Natal se

empenham para tentar garantir uma consoada mais generosa a cerca de mil famílias pobres e no limiar da pobreza, que já não ganham o sufi-ciente para garantirem, pelo menos, uma refeição diária em casa. A aposta também inclui sem-abrigo. A estima-tiva foi feita ao Semmais por respon-sáveis de várias organizações distri-tais que se deparam com a maior

crise dos últimos dez anos.Os sinais dos tempos difíceis

são indesmentíveis nos números actuais exibidos pelo Banco Alimentar Contra a Fome de Setúba (ver pág. 9), que hoje chega a 146 instituições do distrito, represen-tando cerca de 26 mil cidadãos, tendo mais cinco mil pessoas em lista de espera, “gritando por ajuda”.

Desemprego sempre a subir

Mas também na paróquia de Nossa Senhora da Conceição (ver pág. 8), a outra escala, as dificuldades se fazem sentir, tendo passado de 120 famílias apoiadas para 400 nos últimos

dois anos. Um aumento drástico, à medida que o desemprego avança. E vai em mais de 43 mil no distrito. Será por estar junto ao bairro da Bela Vista que a igreja é tão procurada à hora das refeições. Ali ao lado, a taxa de desemprego é de 28,7 %, sendo que 50% da população vive no limiar de pobreza. Apenas 5,5% dos mora-dores concluíram o ensino secun-dário e somente 1% tem licenciatura.

Números de Setembro (e a tendência foi para aumentar até aos dias de hoje) apontavam 43223 desocupados – é preciso ter em linha de conta o processo perma-nente de actualização – provenientes de vários ramos de actividade, após o encerramento de algumas

empresas importantes, como a cadeia de lojas Pluricoop ou o antigo matadouro de Setúbal. Acrescem a estes despedimentos centenas de contratos não renovados.

A comprovar este galopar de encerramento de empresas surgem os números. Até 31 de Setembro tinham encerrado portas no distrito de Setúbal 277 estabelecimentos, uma média de uma empresa por mês, com a região a ser uma das mais fustigadas do país.

Região é das quemais RSI recebe

Por outro lado, o distrito de Setúbal continua a ser o terceiro onde existem mais beneficiários

do Rendimento Social de Inserção, apenas atrás de Porto e Lisboa. De acordo com dados relativos ao mês de Outubro, a região contabilizava 22952 pessoas inscritas, número que tem vindo a baixar em relação a anos anteriores, devido a cortes do Estado e a uma fiscalização mais apertada. Ainda assim, são valores muito abaixo do distrito portuense, com 94479, enquanto em Lisboa se encontram 62115 beneficiários. O país soma um total de 314 mil pessoas que beneficiam do RSI, sendo que o distrito de Braga é o quarto mais abrangido, estando, ainda assim, com valores bem abaixo dos exibidos por Setúbal (16163), enquanto Aveiro (12305) e Viseu (11868) vêm logo a seguir.

Recorde-se que o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, já anun-ciou que o Governo estima reduzir de 440 milhões de euros em 2011, para 370 milhões de euros em 2012 a verba destinada ao RSI, canali-zando a poupança para o aumento das pensões mínimas, rurais e sociais, o que indica que vai haver cortes, sendo que o Executivo quer também implementar medidas que garantam «maior rigor» na atri-buição desta prestação social, e reforçar em 10 por cento as acções inspectivas.

Nž meros nefastos de um distrito em criseDesemprego a subir, empresas a falir, menos fam” lias com apoio do rendimento social de inserŽ • o e uma classe m• dia Œ beira do abismo • o retrato que se pode fazer da situaŽ • o social da regi• o. As instituiŽ � es de solidariedade social n• o t‘ m m• os a medir.

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

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Os protestos da populaŽ • o sobem de tom Œ medida que o desemprego e a precariedade crescem, na regi• o

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Ao longo deste ano, aumen-taram em 30 por cento os pedidos de ajuda das

famílias à Cáritas Diocesana de Setúbal, de tal modo que a insti-tuição ficou sem recursos para apoiar mais pessoas.

A denúncia é feita pelo presi-dente da Cáritas de Setúbal e da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca que, ao Semmais, afirma tratar-se de casos «com novos contornos», não apenas ligados ao apoio alimentar, mas particular-mente «à ajuda no pagamento da renda da casa, dos empréstimos ao banco ou até das contas da luz, do gás, da água e até de propinas escolares».

Os novos pobres são, agora, famílias de classe média que se depararam com o desemprego e já não conseguem suportar as despesas diárias.

«Esperamos, agora, em meados de Janeiro, um bom resultado» da campanha 10 Milhões de Estrelas, de maneira a que a instituição possa retomar o apoio às famílias que pedem ajuda à Cáritas.

Mas o problema é que, se 2011 foi mau, 2012 avizinha-se ainda pior, e teme que as medidas inscritas no Orçamento de Estado para o próximo ano «venham agravar ainda mais a situação».

Ajuda de emergênciaadia projectos

Eugénio Fonseca teme, mesmo, o agravamento do fosso entre ricos e pobres, em Portugal, e que o povo

se revolte contra a situação em que vive. «Os últimos três anos têm sido muito difíceis, e talvez não tivés-semos pessoas em situação tão grave se o anterior governo tivesse prestado atenção e tomado medidas

concretas». Daí que o presidente da Cáritas apoie o Plano Social de Emergência criado pelo actual governo, receando, no entanto, que as burocracias constituir um entrave à sua aplicação, no terreno.

Em Setúbal, a Cáritas assegura a prestação de serviços a crianças, idosos, sem abrigo, seropositivos e doentes com Sida, e em 2012

gostaria de avançar com um centro de acolhimento a mulheres vítimas de violência e a mães adolescentes.

Mas a situação de emergência que a região vive não vai permitir o avanço de qualquer projecto, revela Eugénio Fonseca, que no próximo ano vai canalizar todos os meios e recursos para o combate à fome e à pobreza.

C‰ ritas de Setž bal sem m• os a medir

Semmais – Até quando as famílias vão conseguir aguentar as medi-das de austeridade?

Eug• nio Fonseca - E certo que o pa” s deve pagar as suas d” vidas, isso n• o est‰ em causa, mas n• o s• o justas estas medidas e as que se avizinham porque o povo n• o tem mais como suportar esta situ­aŽ • o. E s• o medidas tanto mais injustas quanto se sabe que n• o s• o iguais para todos os portugueses.Há mesmo uma obsessão com o défice?

Sim, o Governo tem uma obsess• o muito grande com o d• fice e parece n• o ter em conta a fragi­lidade do pa” s. O que • preciso • sensibilizar a troika de que o pa” s n• o tem condiŽ � es para aplicar

t a n t a s medidas de aus ­teridade. Pagar a d” ­vida sim, mas num prazo mais alargado, talvez, para que o povo n• o sofra desta maneira.

Cresceu o fosso entre ricos e po-bres?

Sim, a situaŽ • o piorou nos ž ltimos tr‘ s anos e todos os estudos apontam para maiores assimetrias. Receio que a situaŽ • o piore, que isso possa vir a provocar uma maior debilitaŽ • o da classe m• dia e que as pessoas comecem a mostrar a sua revolta.

«As pessoas têm de comere ter um tecto»

Os pedidos de ajuda dispararam este ano, o que faz antever um 2012 negro

DR

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A paróquia de Nossa Senhora da Conceição promove, com vem sendo tradição, este

sábado, dia 24, a partir das 19 horas, uma Ceia de Natal no seu restau-rante social que abriu portas em finais de Junho do corrente ano. A iniciativa destina-se a carenciados que frequentam este espaço e a pessoas que se encontrem sozi-nhas nos seus lares.

O pároco Constantino Alves realça que a acção pretende propor-cionar uma noite agradável entre os mais necessitados, de forma a fazê-los esquecer a solidão e passarem a noite de Natal em ambiente familiar na paróquia de Nossa Senhora da Conceição. «A nossa capacidade é de 50 pessoas, mas no ano passado contámos com a presença de mais de 80 pessoas»,

sublinha o pároco. A Ceia de Natal é composta pelo

habitual prato de bacalhau com couve e batatas, e não vão faltar as diversas qualidades de bolos e doces. «Foi tudo oferecido por gente generosa, voluntária e de bom coração», vinca.

A procura do restaurante social da paróquia de Nossa Senhora da Conceição tem sido «crescente» e o número de refeições diárias já ronda as 90. «Por dia gastamos 200 euros em refeições para os pobres, sendo que por mês a despesa ascende aos 4 500 euros apenas no nosso restaurante social», afirma, lamentando que, até à data, não tenha surgido qual-quer apoio financeiro para mini-mizar esta despesa da paróquia. «Não recebemos nada da Câmara, Junta de Freguesia, Segurança Social e nem Governo. Ninguém nos prometeu nada mas penso que é uma exigência destas institui-ções cooperarem com aqueles que estão no terreno a ajuda do outro. Queremos estabelecer parcerias com estas instituições e já solici-támos ao Governo que fosse criada uma Linha de Apoio para situa-ções de emergência», remata o padre Constantino Alves.

E conclui: «Tem sido apenas a comunidade cristã de Nossa Senhora da Conceição, gente generosa e

pobre, que no fim do mês nos tem ajudado com pequenos contributos. Também temos o caso de empresas anónimas que enviam donativos».

Alimentos nãochegam para todos

Na paróquia também é efectuada, todas as quartas e sextas-feiras, a entrega de vários alimentos às pessoas mais carenciadas. «Estes avios que distribuímos são doados pela comu-nidade cristã de Nossa Senhora da Conceição. Temos sempre muita gente a pedir sustento e há dias em

que a comida não chega para todos». Por mês, batem à porta da Igreja de Nossa Senhora da Conceição mais de 50 famílias para matar a fome.

Já a Cáritas de Setúbal propor-ciona aos sem-abrigo, desde há dez anos a esta parte, o habitual jantar de Natal, que este ano decorreu no dia 23, a partir das 20 horas, no Centro Paroquial da Anunciada. Costumam comparecer na iniciativa mais de cem pessoas. Além da refeição de Natal e das filhós e do Bolo-Rei, os partici-pantes têm direito a uma prenda simbólica da Cáritas. O Bispo de Setúbal, D. Gilberto dos Reis, e o presi-

dente da Cáritas, Eugénio da Fonseca, marcaram presença na iniciativa.

Fonte Nova a olhar pelos pobres

O Grupo Desportivo da Fonte Nova (GDFN), em Setúbal, continua a olhar, há 22 anos, pelos mais caren-ciados. Além de refeições aos mais desfavorecidos, a popular colecti-vidade sadina está a distribuir peças de vestuário a quem mais neces-sita, desde o passado dia 1 de Dezembro. O vestuário é doado pela população em geral e pelos asso-ciados da própria colectividade.

Na noite de Natal, dia 24, a partir das 23h30, nas instalações do clube, repete-se a tradicional Ceia de Natal, onde é servido o habitual Bacalhau com Todos. Cerca de 50 pessoas vão sentar-se à mesa para participar na acção que conta com produtos adqui-ridos pelo próprio clube junto dos estabelecimentos de comércio.

José Pina, presidente do GDFN, realça que as iniciativas de Natal da colectividade tèm contado sempre com «muito boa» adesão da população. Apoios financeiros para a Ceia ainda não chegaram, mas José Pina, ainda assim, tem esperança que «as entidades a quem solicitou ajuda avancem com uma resposta positiva».

TolerŠ ncia zero Œ fome na quadra natal” cia InstituiŽ � es unem esforŽ os, algumas sem apoios garantidos, para proporcionar aos mais pobres e aos sem-abrigo o Natal com que sempre sonharam e uma palavra de carinho

Restaurante Social em Setž bal atinge 90 refeiŽ � es por dia

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O Banco Alimentar (BA) Contra a Fome, do distrito de Setúbal é uma das insti-

tuições que mais tem auxiliado as famílias carenciadas da região.

Ao apoiar 146 instituições, ajudam a por comida na mesa de mais de 26 mil pessoas entre Tejo e Sado. Ainda assim, o presidente do BA, António Alves, alerta: «há mais de cinco mil pessoas a precisar de ajuda alimentar», no distrito de Setúbal.

«Estamos a apoiar 146 insti-tuições e temos mais trinta, que representam cerca de cinco mil pessoas, em lista de espera, porque não conseguimos alimentos para todos», afirma, em balanço da campanha reali-zada em Novembro último.

Segundo António Alves, o Banco Alimentar de Setúbal tem apenas um efectivo de sete

pessoas, mas conta todos os dias com a colaboração de muitas dezenas de voluntários, além de ter a ajuda de milhares de pessoas quando se realizam as campa-nhas de recolha de alimentos. «Portugal está mais solidário e as pessoas, além de solidárias, são muito generosas», assegurou, lembrando que foram recolhidas no distrito 289 toneladas de alimentos na última campanha, realizada a 26 e 27 de Novembro.

O responsável do Banco Alimentar de Setúbal esclareceu ainda que os alimentos prove-nientes das campanhas de recolha são devidamente preparados em dois armazéns. «Temos dois arma-zéns no distrito – o de Palmela, que é o principal e que distribui alimentos para os nove concelhos da península de Setúbal, e outro em Vila Nova de Santo André, que

distribui para os quatro concelhos do distrito no litoral alentejano e também para o concelho de Odemira».

Além da recolha de alimentos junto das grandes superfícies, António Alves lembra que o Banco Alimentar recebe todos os anos muitas toneladas de alimentos provenientes dos estabelecimentos prisionais de Pinheiro da Cruz e de Setúbal.

Por outro lado, conta com o apoio financeiro de algumas autarquias e das principais empresas do distrito, como a Lisnave e a Secil, mas também com outras ajudas, que até podem vir de Espanha. Foi o caso da oferta de um empilhador entregue por parceiros da Fundação Repsol que ofereceram também uma balança electrónica e quatro porta-paletes.

Muitas das instituições de soli-dariedade social do distrito de Setúbal vêem o apoio do Banco Alimentar como fundamental para poderem continuar a ajudar as pessoas mais necessitadas, como acontece com a ARPIF - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Fogueteiro. «Apoiamos pessoas carenciadas, pessoas que realmente precisam. E todas as quintas-feiras nos deslocamos aqui, ao Banco Alimentar, para recolher alimentos que nos dão muito jeito», explica Horácio Alves, da ARPIF.

Banco Alimentarchega a 26 mil fam” liasno distrito

No mês passado, o portal de doações online do Banco Alimentar recolheu 90 toneladas de alimentos. Foram 3135 os doadores que ajudaram a “Alimentar Esta Ideia” online. Ao portal acederam mais de 60 mil internautas, a partir

de 91 países, que contribuíram online com a doação de bens alimentares, criando uma verda-deira rede social solidária.

Recorde-se que a próxima campanha online realiza-se a 24 de Maio e a 3 de Junho de 2012.

Rede solid‰ ria em doaŽ • o online

Sem

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O Centro Jovem Tabor (CJT), localizado na Quinta do Mocho, nas Padeiras,

concelho de Setúbal, perspectiva abrir em 2012, conforme definido no Plano de Desenvolvimento Estratégico da instituição, nas suas instalações, uma Colónia de Férias destinada exclusi-vamente a instituições congé-neres. Está ainda nos planos da instituição a plantação de 100 árvores de fruto, cuja produção visa melhorar a sustentabilidade da instituição.

No que se refere a carências, Paulo Lourenço, presidente do CJT, queixa-se de problemas relacionados com a área dos recursos humanos. Dado o «elevado desgaste físico e emocional da actividade», para acompanhar adequadamente jovens com comportamentos anti-sociais, são necessários profissionais com competências específicas, característica esta que está relacionada com «as dificuldades de recrutamento» de pessoas com perfil adequado às diversas funções para traba-lharem na instituição.

O CJT, em actividade há 24 anos, acolhe dez raparigas e catorze rapazes dos 12 aos 18 anos, ao abrigo da Lei de Promoção e

Protecção de Crianças e Jovens em Risco. O objectivo do CJT passa por lhes incutir uma «cultura de valores fundamentais» para a sua inserção, nomeadamente «o respeito pelos outros, o cumpri-mento das regras, a cidadania e o gosto pelo trabalho». A instituição dá emprego a 18 pessoas, distri-buídas pela equipa técnica, educa-

tiva e de apoio. Recentemente a instituição

investiu cerca de 256 mil euros no projecto “Vamos dar vida ao Tabor”, o qual consistiu na requalificação das actuais infra-estruturas loca-lizadas na Quinta do Mocho, nos arredores de Setúbal.

No futuro, Paulo Lourenço confessa que gostaria, caso a insti-

tuição obtenha apoio do Minis-tério da Solidariedade e da Segu-rança Social, de criar um Aparta-mento de Autonomização, uma resposta social considerada «funda-mental» para a melhoria da eficácia da intervenção especializada da instituição.

O processo de Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade,

que está concluído desde 2010, deverá também ser uma realidade, pelo que o processo aguarda por verbas. «Ainda não temos receitas adicionais, comparticipação das famílias e/ou a possibilidade de aumentar as receitas para fazer face aos custos anuais da manu-tenção», vinca o presidente Paulo Lourenço.

Centro Jovem Tabor sempre a crescer

D.R

.

Os utentes do CJT produ-ziram este ano 200 pequenos potes de compota de doce de laranja. O produto, feito à base das laranjas da quinta, destina-se ao consumo interno e para oferta às enti-dades que apoiam a insti-tuição. Foi durante um lanche de Natal, na Quinta do Mocho, no dia 17, que os familiares dos utentes tomaram conhecimento deste projecto que se enquadra nas actividades anuais da instituição. Além disso, no dia 16, realizou-se o tradicional jantar de Natal da direcção e dos utentes, com troca de prendas.

Utentes produzem compota de laranja

O Centro foi alvo de recentes remodelaŽ � es e presta uma miss• o muito relevante na ‰ rea juvenil

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[email protected] Director> Sousa Marques

N tíciasN tíciasMensal > Dezembro 2011Edição n.º 21 € 0.50

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Assembleia Geral aprovou documentodo Relatório e Contas por unanimidade

>> páG. 4

Os quatro primeiros Encontros Distritais de peti-zes e Traquinas já acolheram mais de meia cen-tena de crianças. Trafaria e Zambujal vão rece-ber os primeiros eventos do novo ano.

Meias-finaisda taça afscoM sorteioa 3 de janeiro

arbitrageM distrital ganha reforços

futebol já cativouMais de 500 crianças

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N tíciasbOAS FESTAS

As reflexões de sousa Marquesas eleições da fPf«Espero que os novos órgãos directivos da FpF, pelos actos, possam demonstrar que eu estava errado»

a candidatura«Entendo que a minha par ticipação foi uma experiência fantástica»

o futebol distrital«Os clubes podem contar com o apoio possívele compreensão por par te da Associação»

>> páGS. 2 a 3

entrevista

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[2]Notícias AFS > Dezembro 2011 entrevista

Treino de guarda-redes dá moTe a seminário no BarreiroO Futebol Clube Barreirense e a Escola de Guarda-Redes F.Fly vão realizar no próximo dia 21 de Fever-eiro, no Barreiro, um seminário com abordagem a diversas temáticas ligadas ao treino específico nas várias etapas de formação de guarda-redes. A acção conta com a presença de técnicos conceituados.

Transferências nacionais para jogadores amadoresOs pedidos de transferências nacionais a meio da época para jogadores amadores utilizados, in-cluindo os atletas não convocados há mais de um mês, terão de dar entrada, impreterivelmente, nos serviços da Associação de Futebol de Setúbal até às 15h30, do dia 30 de Dezembro.

Ficha técnica Director: Sousa Marques. Redacção: Joaquim Guerra, Ricardo Lopes. Fotografia: Notícias AFS. Departamento Comercial: Cátia David e Carla Sacramento. Departamento Gráfico: Marisa Batista (MediaSado). Serviços Administrativos e Financeiros: Sandra Cruz. Propriedade e editor: Corrente Media, Lda. R. Almoinha, n.º 46 – R/C Dt.º 2970-037 Sesimbra. Telefone: 934760896 E-mail: [email protected] Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média mensal). Distribuição: VASP, MediaSado e Corrente Media. Registo na ERC n.º 125899 Periodicidade: Mensal.

Francisco Cardoso Presidente daAssembleia Gera lda Assoc iaç ão de Futebo l de Setúbal

Ao terminar mais um Ano, a força do nosso Futebol Distri-tal, foi notória com a realização de cerca 200 jogos semanais, no decurso dos diversos Cam-peonatos organizados pela Associação de futebol de Se-túbal, sendo nos escalões mais jovens, a sua maioria, e todos eles com a presença de árbi-tros cer tif icados, fazendo os mesmos um grande esforço, quando muitas vezes, efectu-am entre três e quatro jogos por f im-de-semana, mas sem-pre disponíveis para com o seu Conselho de Arbitragem.O Relatório e Contas da Gerên-cia referente à época despor-tiva 2010/2011, foi aprovado na última Assembleia Geral Ordi-nária, por unanimidade, pelos 13 Clubes presentes, que pos-suíam 167 votos no universo de 754 que representam os 108 Clubes filiados na AFS, dando um apoio unânime à sua Direc-ção. E, nesse aspecto, saúdo com agrado a presença desses Clubes e os assuntos apresen-tados, porque a Associação Futebol de Setúbal é dos seus filiados e, muitas vezes, os mesmos filiados esquecem-se desse pormenor.No âmbito das celebrações da quadra natalícia endereço, a toda a família do futebol distri-tal, votos de Boas Festas e um Ano Novo de renovadas espe-ranças e de concretização de objectivos. Saudações Desportivas

BOM ANO 2012

Editorial «Participação nas eleições da Federação foi umaexperiência fantástica»

Notícias AFS - O futebol português tem um novo presidente federativo. O que espera a AFS da FPF agora liderada por Fernan-do Gomes?Sousa Marques - Sinceramen-te, e sem qualquer dose de cinismo, espero que os novos órgãos directivos da FPF pos-sam demonstrar, pelos actos, que eu estava errado quando decidi de forma consciente, convicta e livre apoiar e inte-grar a candidatura alternati-va De facto, no dia seguinte, terminado o acto eleitoral, o que importa é desejar o me-lhor para o futebol nacional, considerando a abrangência de responsabilidades da FPF, esta tem de se preocupar com um todo, desde a formação e da promoção da modalidade às competições nacionais, no masculino e no feminino, no futebol de 11, no futebol de 7, no futsal e no futebol de praia. Naturalmente que todos poderão contar, como sempre, com o envolvimento e a colaboração da Associa-ção no desenvolvimento das actividades e dos projectos para que o crescimento qua-litativo e quantitativo da mo-dalidade possa existir.

O novo presidente da FPF disse que o cenário de difi-culdades, vulgo crise, não vai isentar a federação. Como in-terpreta esta antevisão?Ainda que não saiba em que contexto é que a afirmação foi efectuada, e ainda que todos tenhamos um conhecimento próximo da conjuntura, não sei se será correcto afirmar algo que uma semana antes não foi transmitido. Vou aguardar pelo desenvolvimento e cumpri-mento do programa eleitoral e colaborar quando para tal for solicitada a nossa colaboração, sem deixar de estar atento e de ser crítico quando se justificar.

De acordo com a nova com-posição da AG da FPF, con-sidera que os delegados vão desempenhar um pa-pel fundamental?Face aos novos estatutos da FPF, impostos por um mau Regime Jurídico das Federa-ções Desportivas, as compe-

tências do presidente e da Direcção da FPF foram au-mentadas, cabendo à AG po-deres muito mais limitados, pelo que me parece que o papel dos delegados não vai ser fundamental.Ainda assim, o seu papel vai depender da forma como irão encarar estas suas fun-ções, da sua disponibilidade e apetência para “fazerem o trabalho de casa” relativa-mente aos assuntos que vie-rem a ser discutidas em sede de AG. Pelo exemplo da últi-ma AG de apresentação de contas por parte da Direcção cessante da FPF bem como do orçamento, a única reali-zada até á presente data com esta nova composição, o pa-pel dos delegados foi muito reduzido, mas como foi ape-nas a primeira e porventura demasiado técnica, espero que em futuras AG exista mais participação e mais dis-cussão e que os delegados não reduzam o seu papel ao mero exercício do seu direito de voto.

eleições Trouxeramexperiência fanTásTica

Esteve envolvido nas elei-ções, após convite para inte-grar a candidatura liderada por Carlos Marta. Que balan-ço faz da sua participação?Entendo que a minha parti-cipação foi uma experiência fantástica, que me permitiu o contacto com uma nova rea-lidade, onde aprendi muito e que por certo recordar por muito tempo. O balanço não deve ser efectuado em ter-mos individuais, mas em ter-mos de um colectivo que fun-cionou, que conseguiu fazer uma campanha pela positiva, que conseguiu passar para a opinião pública a nossa men-sagem e a nossa visão da for-ma de resolver os problemas com que o futebol se debate, pena foi que alguns delega-dos não a tenham assimilado, por motivos vários que neste momento não importa apro-fundar. Julgo que a nossa candidatura partiu atrasada, mas foi muito importante ter aparecido, pois permitiu a discussão de assuntos fun-

damentais para o futuro do futebol em Portugal, para além de ter “obrigado” a can-didatura alternativa, a partir de determinada altura, a des-cer às bases do futebol em Portugal.

No entanto, e apesar da sua reconhecida experiência e dedicação no dirigismo em defesa do futebol do nosso distrito, a sua participação na corrida eleitoral destapou al-gumas vozes discordantes…Sim, é verdade que fui publi-camente pressionado, e até de certa forma ameaçado, pelo presidente no Vitória a apoiar a candidatura do Dr. Fernando Gomes, mas sem-pre evitei tratar estes assuntos na comunicação social, por-que entendo que esse não é o local adequado. O que é facto é que o Vitória é um clube im-portante no distrito, mas não é o único e, antes de aceitar o convite, tive oportunidade de auscultar uma base bastante mais alargada de clubes do distrito que me manifestaram o seu apoio e até me incenti-varam a avançar e que natu-ralmente pesaram na decisão que tomei. Portanto, o que pode ser bom para alguns interesses do Vitória não tem necessariamente que ser para os restantes clubes do Distri-to e o que eu não entendo, e pode ser que ainda algum dia alguém me explique, é o que leva a que se apoie uma candidatura, ou talvez apenas um candidato, em detrimento de uma alternativa em que o Distrito estava representado, e por pessoas que nos últimos anos têm trabalhado em prol do futebol distrital e dos clu-bes seus filiados.

No âmbito da AFS, estas eleições federativas po-dem vir a provocar alguma alteração da dinâmica da gestão ou planificação as-sociativa?Não vejo como, porque ter-minado que foi o processo eleitoral na FPF e devido aos resultados verificados, os ac-tuais membros dos órgãos sociais da AFS, vão continuar legitimamente em funções e terminar o mandato, dando

continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desen-volvido.De facto, já li algures algu-mas afirmações, de quem se julga fazedor de opinião mas que não passa de um simples jornaleiro, sem es-tatuto, desinformado, talvez a prestar algum serviço, a procurar tirar consequências para a estabilidade dos ór-gãos sociais da Associação dos resultados das eleições federativas. Este acto isolado, de quem escreve de ouvido, não tem qualquer razão de ser e só demonstra que é ne-cessário trabalho e acima de tudo é necessário conhecer os assuntos para se ter legiti-midade para se opinar sobre eles. Nem vou perder tempo com tais disparates, porque esse tempo é valioso e nos tempos conturbados em que vivemos temos continuar o nosso trabalho em prol do futebol distrital, da formação e dos clubes nossos filiados, conscientes dos problemas e das dificuldades com que nos debatemos.

conTinuar a projecTaro fuTeBol disTriTal

Estamos a fechar o ano ci-vil. Que balanço faz o pre-sidente da Direcção da AFS, nesta primeira metade da época desportiva?Esta época está a decorrer com normalidade em termos desportivos, muito competi-tiva desde o seu início, sem “casos” de maior e espero que assim continue. Temos consciência de que os clubes estão cada vez com mais di-ficuldades para desenvolver o seu trabalho e procuramos ajudar da forma que nos é possível. A nossa mensagem de Fair Play queremos que continue a ser divulgada e praticada, porque é desta for-ma que estamos a contribuir para a imagem e o desenvol-vimento da nossa modalida-de na nossa região.

O que podem esperar os clubes filiados da AFS para 2012?Os clubes sabem que o 2012 vai ser um ano em que as

dificuldades com que se debateram em 2011 vão continuar, podendo até a agravar-se. Todos sabem que os apoios são cada vez mais diminutos, que o efeito bola de neve pode verificar-se e que a fuga para a frente não é solução. O que é ne-cessário é procurar “sobre-viver” da melhor forma às dificuldades e esperar que passe depressa. Natural-mente que os clubes podem contar com o apoio possível e com a compreensão por parte da Associação, parcei-ra na tentativa de ajudar a resolver os problemas com que os clubes se debatem nomeadamente através da sensibilização das entidades competentes.

Uma mensagem a propó-sito da quadra festiva que atravessamos…Estamos numa época em que normalmente se faz um apelo maior à família, à

O presidente da direcção da AFS, Sousa Marques, tem renovadas motivações para contin-uar a vincar a importância do futebol distrital. Em discurso directo, o experiente líder as-sociativo analisa o recente período eleitoral que levou à entrada de um novo presidente da FPF e aborda a sua participação nas eleições federativas. A fechar o ano civil, Sousa Marques faz um balanço da actividade e aponta baterias para o futuro…

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Sousa Marques garante total colaboração da AFS com a nova estrutura federativa

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[3]Notícias AFS > Dezembro 2011futebol

Juventude Melidense assuMe destaque na segunda divisão Concluídas as primeiras nove jornadas do campeonato de futebol sénior da II distrital, os 20 pontos conquistados conferem à equipa melidense a liderança na fase regular da prova. AD Quinta do Conde e Arrentela, ambos com 16, são por esta altura os mais directos perseguidores ao lugar do topo.

Barreirense terMina o ano à frente da i divisão distritalO campeonato maior do futebol da AFS dobra o ano com a equipa do Barreirense a liderar a clas-sificação. Na luta plo acesso ao escalão nacional, os ‘alvi-rubros’ seguem, para já, na frente da prova com 25 pontos, mais dois que o Paio Pires e com três de vantagem para o Vasco da Gama de Sines.

Nos primeiros quatro Encon-tros Distritais de Petizes e Tra-quinas realizados na presente temporada a Associação de Futebol de Setúbal já registou um total de 630 participantes. Número significativo e reve-lador da importância destas acções que promovem os en-sinamentos básicos do futebol e que têm vindo a merecer junto dos responsáveis pelas escolas de formação dos em-blemas filiados uma adesão cada vez mais efectiva.Com o objectivo de promover a aprendizagem das regras do futebol e contribuir para a evolução técnica e atlética das crianças, de ambos os sexos, numa fase de pré-competição, os encontros distritais organi-zados pela AFS são igualmente jornadas de grande convívio que procuraram proporcionar o gosto pela actividade física num ambiente de grande animação. Depois dos relvados do Quin-tajense FC e da Pista Municipal de Atletismo de Setúbal te-rem, em Novembro, assinala-do o arranque dos encontros de petizes e traquinas, respec-tivamente, este mês coube ao GD Alfarim e ao UF Comércio e Indústria acolherem as duas mais recentes iniciativas do ca-lendário associativo.

Mais de 200eM alfariM

No Centro Desportivo de Al-farim, no passado dia 3, na-quele que foi o 2.º Encontro de Traquinas, escalão sub-9 (crianças nascidas em 2003 e 2004), marcaram presença 238 atletas. O maior número de inscrições registadas esta época neste patamar etário,

depois dos 104 registados na jornada de estreia em Setúbal, onde estiveram em acção 12 equipas, de 11 clubes.A forte adesão de participan-tes no encontro realizado no recinto do GD Alfarim, muito deveu-se às 24 equipas ins-critas, que representaram 18 clubes, constituindo-se como o mais concorrido encontro realizado esta época.Mais recentemente, no passa-do dia 17, foi a vez do Campo da Bela Vista, casa do Comér-cio e Indústria servir de palco ao 2.º Encontro de Petizes, es-calão sub-7 (crianças nascidas em 2005 e 2006). No relvado do emblema sa-dino marcaram presença 104 jovens futebolistas, que ali-nharam em 13 equipas, em re-presentação de 12 emblemas.Refira-se que os encontros, cujos jogos são realizados entre equipas formadas por um guarda-redes e quatro

jogadores de campo, contam regularmente com a presença de árbitros oficiais da AFS.

traquinas aBreMnovo ano

De acordo com Armando Pai-xão, responsável da AFS pela organização dos encontros dis-tritais, «o balanço das quatro primeiras jornadas é muito po-sitivo». «Assistimos a uma boa adesão de inscrições, o que re-vela a importância que os clu-bes atribuem a estas acções».Com motivação renovada para o novo ano, os responsáveis as-sociativos já definiram os locais e datas para os encontros a rea-lizar em Janeiro. Assim, no dia 7, no Campo Pepita, reduto do CF Trafaria, terá lugar o 3.º Encontro de Traquinas.Para dia 28, está agendado o 3.º Encontro de Petizes, a realizar no Campo da ACRUT Zambujalense.

Vasco da Gama, Barreirense, Amora e AD Quinta do Conde são as quatro equipas de futebol sénior semi-finalistas da edição da Taça AFS 2011/12. O apura-mento foi garantido no passado dia 1 de Dezembro numa jorna-da de grandes emoções em que dois desfechos apenas foram decididos após a marcação de grandes penalidades.Os quintacondeses mostraram a força competitiva da II distrital.A equipa do Vasco da Gama de Sines, actual detentora do tro-féu, continua na perseguição à renovação do título, mas sen-tiu muitas dificuldades para fazer valer o seu favoritismo. No Pragal, frente ao Almada, que milita na II divisão dis-trital, os primodivisionários sineenses só carimbaram o passaporte para as meias-fi-

nais da prova nos penáltis (5-4), depois de registada uma igualdade a um golo que du-rou os 120 minutos de jogo. Não menos emocionante foi o encontro entre o Amora e os sa-dinos do Comércio e Indústria. No relvado da Medideira, as duas

equipas da I distrital não conse-guiram desfazer o empate a um golo ao cabo do prolongamento, mas no recurso às grandes pena-lidades os amorenses foram mais felizes (3-1), assegurando, pela primeira vez, a presença entre os semi-finalistas da Taça AFS.

quinta do CondeeM noMe da 2.ª

Com menos tempo de actu-ação sob o relvado, mas com igual determinação em chegar à penúltima etapa da prova es-tiveram, no Municipal de Grân-

dola, o Grandolense e a AD Quinta do Conde, o segundo representante do escalão se-cundário nos quartos-de-final. Em 90 minutos, os grandolenses não conseguiram suplantar o conjunto da Quinta do Conde, e perderam o comboio da compe-tição, com uma derrota por 2-1.Em sentido inverso, os vitorio-sos quintacondenses assumi-ram-se como o grande desta-que da eliminatória e deixam antever, tal como na última época, a possibilidade da gran-de final ser disputada entre equipas de diferentes divisões. Quem poderá estar igualmente no jogo de atribuição do titilo é o Barreirense. Os ‘alvi-rubros’ não facilitaram na recepção ao Alfarim, e seguem para as meias-finais, depois de vencerem, por 5-1, a equipa sesimbrense.O sorteio das semi-finais reali-zam-se no dia 3 de Janeiro, às 21 horas, na desde da AFS.Os dois jogos que vão decidir os finalistas da edição 2011/12 da Taça AFS disputam-se no dia 12 de Fevereiro, às 14h30.

A estreia da equipa sénior da Associação Escola de Fute-bol Feminino de Setúbal na Taça de Portugal está mar-cada para o próximo dia 8 de Janeiro, com a recepção ao Boavista. Um desafio de elevado grau de dificuldade para as futebolistas sadinas que vão jogar pelo acesso aos quartos-de-final da prova.Depois do afastamento das equipas do Palmelense, na 1ª eliminatória, e mais recentemente do Paio Pires, no passa-do dia 27 de Novembro, frente à Fundação Laura Santos, por 4-1, cabe à formação setubalense a tarefa de tentar levar mais adiante a representação da AFS na presente edição da Taça de Portugal. As jogadoras sadinas, treinadas por Ernesto Catarino, úni-cas da AFS a disputar o Campeonato Nacional depois de na pretérita temporada terem conquistado esse direito, vão ter pela frente uma das equipas mais fortes do fute-bol feminino luso, habituadas a discutir os títulos nacio-nais e que esta época levaram por vencidos os dois en-contros a contar para o campeonato já disputados frente à formação de Setúbal, ambos com triunfos por 2-0.Perante estes registos, o favoritismo pende, à partida, para o lado das boavisteiras, mas a actuar frente aos seus adeptos, e num jogo a eliminar, abre-se uma ja-nela de motivação acrescida que poderá fazer sorrir as jogadoras sadinas.Recorde-se que a Escola de Setúbal e o Boavista militam no Campeonato Nacional. Ao cabo de 13 jornadas, numa prova que envolve uma dezena de clubes, as sadinas seguem no 7.º lugar, com 13 pontos somados, fruto de quatro vitórias, um empate e oito derrotas, totalizando 12 golos marcados e 23 sofridos.As boavisteiras estão actualmente na vice-liderança da com-petição, com 29 pontos, a seis das líderes do 1.º Dezembro.

PalMelensea Meio da taBela

Na série C do Campeonato Promoção, o segundo escalão competitivo nacional do futebol feminino, a equipa do Palmelense é, por esta altura a melhor classificada do par de representantes da AFS. As palmelenses, concluídas 10 jornadas da prova, estão no 5.º lugar, com 10 pontos so-mados, menos 17 do que as líderes do Atlético Ouriense.Em ano de estreia na competição, o conjunto do Paio Pi-res ainda não conseguiu mais do que um triunfo, o que lhe confere apenas três pontos e o 9.º e último lugar da tabela.Depois dos jogos referentes aos oitavos-de-final da Taça, os campeonatos nacionais voltam a entrar em campo no dia 15 de Janeiro.

paz, à amizade e à solida-riedade. Sendo o futebol um fenómeno que deve servir de pólo aglutinador de todos aqueles que o vi-vem de uma forma intensa, de tal forma que se fala, e bem, da família do futebol, devemos aproveitar esta quadra para que os mem-bros desta família possam dar as mãos e em conjunto contribuir para um futu-ro melhor da modalida-de. Este é o meu desejo e o melhor presente que a família do futebol podia receber era precisamente a paz e o respeito entre os membros desta família, os meios para que os sonhos se possam tornar realidade e para que possam garantir não só a sua sustentabili-dade, mas também o seu crescimento num futuro que se deseja próximo.Um Bom Natal para todos, com muito Fair Play na chaminé.

Sousa Marques garante total colaboração da AFS com a nova estrutura federativa

Meias-finais da Taça AFSentram em campo em Fevereiro

Encontros distritais já acolheram mais de meio milhar de crianças

Futebol femininode Setúbal estreiaTaça à beira-Sado

A equipa do Barreirense registou o desfecho mais desnívelado dos quartos-de-final da prova

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O relvado da Bela Vista foi o palco da animação dos petizes

Em Alfarim os traquinas dinamizaram o 2.º encontro da época

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[4]Notícias AFS > Dezembro 2011

Os mais recentes Cursos de Candidatos a Árbitros de Futebol e de Futsal levados a cabo pela Associação de Futebol de Setúbal merece-ram nota positiva para 52 formandos. Naquela que foi a primeira ac-ção de formação de árbitros da presente temporada, ini-ciada no dia 14 de Novembro e concluída no passado dia 17, a AFS viu aprovados mais 39 novos árbitros de futebol e 13 de futsal. «São números muito significativos e que renovam a esperança de ver-mos minimizado o défice de árbitros no seio da associa-ção», começou por analisar Fernando Cabrita Silvestre, responsável pelo pelouro da formação do Conselho de Ar-bitragem da AFS.Os mais recentes juízes dis-tritais, que desenvolveram as suas acções de formação nos núcleos de árbitros de Al-mada/Seixal, Barreiro, Pinhal Novo, Setúbal, Santiago do Cacém e na Academia de Fut-sal da Margem Sul, assumida-mente «parceiros fundamen-tais para dinamização dos cursos», têm agora pela frente o desafio de vincar a motiva-ção que os levou a entrar no meritório mundo da arbitra-gem desportiva. «O primeiro passo já está dado, agora há que renovar ambições e pros-seguirem na evolução da sua carreira», deseja o responsá-vel associativo, antes de as-

sumir que «há sempre alguns que interrompem o caminho precocemente».

Frequentar núcleosé importante

Para evitar esse possível afas-tamento, Cabrita Silvestre lembra a importância dos núcleos de arbitragem do dis-trito. «São os locais onde é ga-rantida uma formação regular e onde se cultiva o gosto pela carreira. Os novos árbitros devem manter uma proximi-dade efectiva junto dos seus núcleos de forma a interagi-rem e serem devidamente acompanhados pelos colegas mais experientes», sublinha o responsável.Refira-se que, com 22 forman-dos certificados, o núcleo do Barreiro foi o mais foi procura-do nesta acção.Em vésperas de Campeonato da Europa de Futebol Cabri-ta Silvestre admite que este evento possa contribuir para que mais candidatos a árbi-tros possam vir a frequentar o segundo curso da época, previsto para o mês de Feve-reiro. «Por essa altura, com o futebol a ganhar uma projec-ção acrescida, é possível que o número de formandos pos-sa ser superior ao registado nesta última acção», antevê o responsável da AFS, que na última temporada viu entrar na arbitragem associativa 75 novos elementos.

Pub.

O documento do Relató-rio e Contas da Gerência da Associação de Futebol de Setúbal, referente ao exercício 2010/11 foi apro-vado, por unanimidade, na Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 12, na sede da AFS.A aprovação dos documentos foi assumida por 13 clubes, que representaram um total de 167 votos.Ao Notícias AFS José Araújo, vice-presidente Financeiro da Associação, enalteceu a apro-vação dos documentos, real-çando que «a situação econó-mica da AFS é equilibrada». Num vasto cenário de nú-meros que comprovam a re-alidade económica e finan-ceira associativa, assume particular destaque o resul-tado positivo de 76.909 eu-ros. «Este valor é o efeito de uma continuada política de contenção de custos». «Os proveitos aumentaram na

proporção de 1 e os custos diminuíram 2», aludiu o di-rigente, numa tradução glo-bal da situação económica

registada e que, em com-paração com o ano anterior, mostrou aumento dos pro-veitos de 12.348,70 euros e

uma redução de custos na ordem dos 24.186 euros.José Araújo vincou ainda a di-minuição do passivo em cerca de 43.682 euros. Em grande parte justificado pelo paga-mento do crédito imobiliá-rio para a aquisição da sede. «Nesta altura, a sede está paga naquilo que é ocupado pelos serviços». Numa análise financeira, refira-se que a AFS apresenta uma autonomia de cerca de 73% e uma solvabilidade de 2,77. Acrescenta-se uma boa capacidade de compromissos de curto prazo, argumentada pela liquidez geral que apre-senta um rácio de 2,29.A rematar, José Araújo lem-brou que a AFS tem, dentro das suas possibilidades, esta-do ao lado dos clubes na re-solução de algumas dificulda-des e que desde há cerca de quatro anos, tirando algumas situações pontuais, não au-mentou as taxas.

Todas as esperanças do futsal sénior do distrito, na Taça de Portugal, estão depositadas na equipa do Grupo Despor-tivo Fabril. O emblema do La-vradio vai entrar no novo ano a discutir o acesso aos oita-vos-de-final da ‘prova-rainha’ do futsal português.Depois de na ronda anterior ter deixado pelo caminho o ABC Nelas, com um triunfo expressivo (6-1), o conjunto fabrilista, orientado pelo trei-nador Naná, vai medir forças, no próximo dia 7 de Janeiro, com a equipa do Gondomar FC, num dos jogos a contar

para os 1/16 avos de final da Taça. Ainda que o desafio seja realizado no reduto adversá-rio, a equipa do Fabril – a única representante da AFS ainda em competição – vai entrar em campo com estatuto com-petitivo (II divisão) superior ao oponente sedeado a Norte (III divisão Série B), o que deixa antever, à partida, fortes pos-sibilidades de garantir uma vaga na fase seguinte da com-petição, onde só vão caber 16 emblemas, entre os quais, muito provavelmente, uma grande parte daqueles que militam no campeonato maior

do futsal nacional.Além de se apresentar com maior dose de favoritismo atendendo à presença num campeonato de nível superior, a equipa do Fabril tem pelo seu lado assinaláveis registos competitivos que tem vindo a somar na presente época.Recorde-se que os fabrilistas, campeões nacionais em título da III divisão, seguem Isola-dos no comando do presente campeonato da II divisão B com 23 pontos, ao cabo de 10 jornadas disputadas, nas quais conheceu, apenas por uma vez, o sabor da derrota.

Fabril aponta aos ‘oitavos’ da Taça de futsal

Relvado do Fabril e a pista de Setúbal foram palcos das acções de formação

José Araújo destacou a equilibrada saúde financeira da Associação

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Boas contas passam com distinção

As equipas de futsal sénior feminino do Estrelas do Fei-jó, Casa do Benfica de Se-túbal e Casa do Benfica de Alcochete partilham, com 15 pontos, a liderança do

campeonato distrital. Ao fim de nove jornadas dis-putadas na prova, e com a formação do CRD Miratejo a ocupar o 4.º lugar da classifi-cação, fruto dos seis pontos

conseguidos, só o conjunto estreante do Núcleo Sportin-guista de Sesimbra ainda não somou pontos, numa compe-tição, cujo título, promete ser muito disputado.

Campeonato de futsal sénior femininocom liderança classificativa tripartida

A Observação do Jogo em Futebol e Futsal e a Análise do Jogo e caracterização do adversário são as duas temáticas que vão merecer ensinamentos de excelência num workshop que a Asso-ciação de Futebol de Setú-bal vai promover no próxi-mo dia 21 de Janeiro, às 14 horas, no Auditório da sede da AFS.O professor Nuno Coutinho Teixeira, licenciado em Edu-cação Física e Desporto e com Mestrado em Treino Despor-tivo, é o prelector do evento que deixa antever forte parti-cipação numa oportunidade ímpar para reforçar os conhe-cimentos técnicos no âmbito das duas modalidades.Refira-se que as inscrições para todos os interessados em frequentar o workshop podem ser registadas nos ser-viços da AFS e têm um custo unitário de 20 euros.O evento é limitado a 25 par-ticipantes.

Futebole futsaldão motea workshop de excelência

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Associação ganha maismeia centena de árbitros

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12 S ex t a- fe i ra | 2 3. D e z . 2 0 1 1 www.semmaisjornal.comNatal Solid‰ rio

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A região tem cerca de um milhar de idosos que vivem numa completa solidão, a viver sozinhos e sem protecção. Cerca de 80 por centos dos que residem em lares ficam por lá na noite de Natal.

O número de idosos que vive em situação de abandono por parte da família tem crescido ao longo dos últimos anos, sendo que as épocas de Natal e das férias são as alturas em que esse aumento mais se faz sentir.

Um estudo feito durante o corrente ano indica que existam só no distrito de Setúbal perto de mil idosos a viver sozinhos ou sem protecção. Nas zonas rurais, em situação de maior isolamento, vive mais de uma centena de idosos, por opção ou por falta de alternativa.

No Natal, os hospitais um pouco por todo o país registam dezenas de casos de idosos que se mantêm internados mesmo após terem alta médica. Unidades hospitalares dos grandes centros urbanos

registam uma média de dois casos por dia. Os números não são oficiais porque não estão registados de forma sistemati-zada, mas o cenário é recorrente e tende a agravar-se.

“Sozinhos em casa”e também nos lares

Sozinhos em casa, deixados por mais uns dias no hospital ou “esquecidos” em lares. É assim que muitos idosos passam a quadra natalícia. Alguns não querem admitir a solidão e quando questionados dizem que vão passar as festas “com os filhos e com os netos”. Casos há em que esta é a realidade e muitas famílias retiram os idosos do lar por uns dias ou,

pelo menos, para passar a noite de Consoada e o dia de Natal, mas, na maioria das situações, os utentes permanecem na insti-tuição e são visitados pelos familiares no dia de Natal.

Outros nem a uma visita têm direito!

Perto de 80 por cento dos idosos a viver em lares passa a noite de consoada com as funcionárias e com outros utentes da instituição, apurou o Semmais junto de fontes ligadas à Segurança Social. Estes Justificam a permanência «com as vidas de agora» que os filhos e parentes têm. «Eles têm casas pequenas» ou «eles vão passar o Natal fora de casa» são as frases mais ouvidas quando

questionados sobre os motivos que levam os filhos a não os irem buscar, e ressalvam: «Temos aqui outra família».

Os olhares por vezes traem as palavras e uma lágrima teima em surgir quando falam dos parentes. Muitos assumem a solidão. Dizem que os filhos já poucas vezes os visitam porque «não têm tempo» ou porque «têm vidas muito ocupadas». A viuvez é também, muitas vezes, o motivo da solidão e, «sem o companheiro de uma vida», muitos já não dão «importância ao Natal».

Quanto aos desejos para esta data passam essencialmente por «ter saúde». Habituados à solidão, o Natal é apenas «mais um dia como os outros». As insti-tuições tentam, ainda assim, minimizar as saudades e a tris-teza organizando pequenas festas de Natal e servindo uma ceia especial na noite de 24 de Dezembro.

Marta David

80 % dos idosos que residem em lares ficam por l‰ na noite de Natal

Natal do esquecimentoinvade universo dos idosos

"Contos de Natal no Hospital do Litoral Alentejano" é o nome da iniciativa realizada entre segunda e quarta-feira, pelo grupo de contadoras das bibliotecas muni-cipais de Santiago do Cacém e de Santo André.

A iniciativa, que decorreu em várias valências do hospital, desde a Unidade de Convalescença aos doentes internados na Unidade de Cuidados Intermédios.

Os utentes do Hospital de Dia e do serviço de Medicina também ouviram histórias natalícias, que a organização entende ser uma maneira de «ajudar as pessoas internadas» no Hospital do Litoral Alentejano, «através da leitura reconfortando-os por alguns momentos».

Santiago conta hist™ riasde Natalaos doentes

Uma grande parte dos idosos nestas condiŽ � es n• o querem admitir a solid• o e, regra geral, desculpabilizam os seus familiares pela aus‘ ncia e falta de acompanhamento

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• Administração dos Portos deSetúbaleSetúbal–FátimaÉvora

• AIA• ArcoRibeirinhoSul• Artiset–ArtistasPlásticos• Anime–ProjectodeAnimação

eFormação• Autoeuropa• Associação das Festas Popu-

laresdePinhalNovo• AssociaçãoFestróia• AssociaçãodeFuteboldeSetúbal• Associação de Ginástica do

DistritodeSetúbal• CâmaraMunicipaldeAlcácerdo

Sal_GabinetedeComunicação• CâmaraMunicipaldoBarreiro• CâmaraMunicipaldaMoita• CâmaraMunicipaldePalmela

–PresidenteAnaTeresaVicente• CâmaraMunicipaldePalmela

– Departamento de Comuni-caçãoeTurismo

• CâmaraMunicipaldeSantiagodoCacém

• CâmaraMunicipaldeSesimbra• CâmaraMunicipaldeSetúbal–

DivisãodeComunicaçãoeImagem• CaetanoAuto• CaetanoMotors• CentrodeCulturaeDesporto

doPragal/Almada• CentroEquestreValedoLima• ComandoDistritaldaPSP• CompanhiadeDançadeAlmada• CorrenteMedia

• CVSHMAN&WAKEFIELD• Cine-TeatroJoaquimd’Almeida• Citri• DeltaCafés• Dianova• DirecçãoRegionaldeAgricul-

turaePescasLVT• DirecçãoRegionaldeLisboae

ValedoTejodoIPJ• EscolaSuperiordeEnfermagem

S.FranciscodasMisericórdias• EugénioFonseca–Presidente

daCaritasDiocesana• EditorialEspacial• EuridicePereira–Deputadado

PartidoSocialista• ExecutivoJuntaFreguesiadeAtalaia• Fernanda Matos – Divisão

Comunicação da Câmara deSantiagodoCacém

• FilipeLáFériaProduções• FundaçãoCOI–PinhalNovo• GaragemBocage• Garvetur• GaiveoLuzio• GazetaRural• GreenMediaComunicação• Gonçalo Boffil – Assessor

ImprensaDistritaldoPSD• GorimPortugal• GráficaFunchalense• GrupoDesportivodeSesimbra• IsaurindoAbegão• JardimZoológicodeLisboa–

MarianaCunha• JornalNotíciasAFS

• JoséMariadaFonseca• JuntadeFreguesiadeAlmada• JuntadeFreguesiadaMarateca• JuntadeFreguesiadaSobreda• Lindóptica• NelsonVeiga–GrupoLift• Nuno Magalhães – Deputado

doCDS-PP• PaulinasEditora• PedroSerra–DirectorGeralda

Aqualine• Partido Social Democrata

(Distrital)• Partido Social Democrata –

DeputadoseleitosporSetúbal• PartidoEcologista“OsVerdes”• PrimaFolia• Publicar–CriaçãoeProdução

deConteúdos• QuartaPerfeita-Management• SantaCasadaMisericórdiade

Setúbal• Secção de Judo do Vitória

FutebolClube• Serhogarsystem• Sivipa• SociedadeFilarmónicaHuma-

nitáriadePalmela• Sociedade Filarmónica “Os

Loureiros”• Sinestecnopolo• Trantejo• Totalener• TurismoLisboaeValedoTejo• VertenteNatural• VenâncioCostaLima

FelicitaŽ � es de Boas Festas ao Semmais

Garrafas de plástico, folhassecas,latasderefrigerantes,pacotesdeleiteoupapelsãoalgunsdosmateriaisrecicláveisutilizadosnaconstrução de nove árvores deNatal,agoraemexposiçãonoLargodeSãoSebastião,emGrândola.

Os autores das “Árvores deNatalIluminadas”têmmaisde65anos,edesenvolveramesteprojectono âmbito das actividades doprogramaviversolidário,imple-mentadoemváriaslocalidadesdoconcelho.

OprojectocontouaindacomacolaboraçãodosalunosdaEscolaProfissionaldeDesenvolvimentoRuralGrândolaedoCentroEscolardeMelides.

AsárvoresdeNatalquesãoiluminadasduranteanoite,estãoinstaladasnoLargodeSãoSebas-tiãoepodemserapreciadasaté6deJaneirode2012.

GrŠ ndola aposta com‰ rvores de Natal radicais

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OSemmaisagradeceeretribuiosvotosdeBoasFestasàsentidadesreferidas

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As principais empresas da região continuam a apostar na vertente

da responsabilidade social. Em época de crise, o tecido empresarial contribui com o que tem ao seu alcance para tornar a comunidade mais humana, fortalecida e equi-librada.

A Autoeuropa assume o projecto de responsabili-dade social como «um agente ainda mais interventivo na região». O referido gesto assenta essencialmente em acções de voluntariado levadas a cabo na comuni-dade pelos seus colabora-dores nas áreas sociais, culturais, ambientais e desportivas. «Para concre-tizar no terreno este projecto de responsabilidade social foram constituídas equipas», salienta Carmo Jardim, Rela-ções Públicas da Autoeu-ropa.

A comemoração dos 20 anos de construção da fábrica de Palmela foi assinalada com a oferta de uma carrinha

Sharan à Casa do Gaiato de Setúbal. Mas também foram oferecidas viaturas a outras instituições quando se

festejou a produção das 100 mil, das 500 mil e de um milhão de viaturas.

Na área do voluntariado, os colaboradores levaram crianças de diversas insti-tuições de solidariedade social da região para conhe-cerem a fábrica, as quais tiveram oportunidade de conviver com os filhos dos funcionários da Autoeuropa.

A Árvore de Natal Soli-dária, montada no recinto da Autoeuropa, recolheu prendas dos colaboradores da fábrica para depois serem entregues a 450 crianças de oito instituições de solida-riedade social da região. A festa de Natal destas crianças, promovida pela Autoeuropa, decorreu no Cine-Teatro S. João, no passado sábado, com a distri-buição de prendas.

Repsol ajudaBanco Alimentar

A Fundação Repsol doou este ano ao Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal um empilhador, uma balança electrónica e quatro porta

paletes. O equipamento está avaliado em 22 500 euros e irá contribuir para melhorar a logística e a distribuição daquela instituição.

146 instituições de cari-dade e mais de 25 500 pessoas já beneficiaram das ajudas da Fundação Repsol, no âmbito da responsabilidade social que a Repsol desenvolve no terreno ao longo do ano.

A Repsol criou em Abril deste ano uma nova estação de serviço em Algés com total acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. O projecto está orçado em cerca de 1,5 milhões de euros e repre-senta mais um importante contributo económico e social da Repsol, criando 12 novos postos de trabalho, três dos quais são pessoas portadoras de deficiência motora ou cognitiva.

Associando-se às come-morações do Ano Interna-cional das Florestas e do Ano Europeu do Voluntariado, a Repsol, em Novembro,

dinamizou a reestruturação do viveiro, da horta peda-gógica e do centro de recu-peração de animais silves-tres do espaço biodiversi-dade de Monsanto.

Ainda no âmbito deste projecto, em Abril deste ano, 90 colaboradores das esta-ções de serviço da Repsol plantaram 230 árvores no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, localizado no Gradil, em Mafra.

Secil contribuipara cabazes

A Secil contribuiu, a nível

regional, para os cabazes de Natal da Câmara de Setúbal destinados a apoiar famílias carenciadas.

A nível nacional, este ano a Secil distribuiu, de novo, por instituições de solidarie-dade social a parte mais signi-ficativa das verbas que no passado despendia com ofertas de Natal, contribuindo assim para que famílias em dificuldades apoiadas por

várias instituições de solida-riedade passem um Natal mas tranquilo. A Secil apoia a acção da Comunidade Vida e Paz na reinserção social de famílias em risco, suporta o Movimento de Defesa da Vida ajudando famílias em difi-

Empresas da regi• o mostramlado humano e solid‰ rio

Ò Grandes e m• dias empresas instaladas na regi• o praticam, de forma mais ou menos regular os preceitos daresponsabilidadsocial, com grande relevŠ ncia nos dias que correm

Cerim™ nia da entrega de material da empresa Repsol ao Banco Alimentar do Distrito de Setž bal, equipamento que vai permitir uma maior efic‰ cia na log” stica daquela instituiŽ • o

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Responsabilidade Social

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culdades para que mante-nham os seus jovens social e familiarmente inseridos. Além disso, a Secil reforça o apoio domiciliário prestado pela Associação Nacional de Esclerose Múltipla permi-tindo que doentes crónicos

e suas famílias melhorem a sua qualidade de vida.

A Secil ofereceu este ano caixas de vinho maioritaria-mente da Casa Ermelinda Freitas a várias associações, valorizando, desta forma, o produto nacional e contri-

buindo para a economia interna.

Portucel ajuda amílias carenciadas

No contexto de grave crise que o País atravessa,

o grupo Portucel Soporcel lançou em Janeiro deste ano o ‘Projecto Social’, destinado a apoiar famílias carenciadas nas áreas de implantação dos seus complexos fabris (Setúbal, Figueira da Foz e Cacia)

com bens de primeira necessidade, na esfera alimentar.

Para este projecto, o grupo estabeleceu parce-rias a nível local com insti-tuições de solidariedade social, como a Cáritas de Setúbal e de Aveiro e a Cruz Vermelha da Figueira da Foz. Com esta medida de responsabilidade social, o grupo acredita que poderá contribuir para ajudar as famílias a reestruturar a sua vida, favorecendo a sua rein-tegração social.

Em Novembro a Portucel abriu as portas das suas instalações de Setúbal à comunidade para que a população conhecesse a sua nova fábrica de papel, inau-gurada há dois anos, e onde está montada «a mais sofis-ticada máquina de papel fino de impressão e escrita não revestido do mundo». Este programa terá conti-nuidade no futuro e será alargado a outras unidades fabris do grupo. A finalidade passou por «promover uma cultura de transparência, diálogo e proximidade com as comunidades envol-ventes», explica fonte da empresa.

No âmbito da iniciativa “Setúbal mais Bonita”,

promovida pelo município, o grupo ofereceu plantas para a criação do “Bosque do Centenário”, em Vale de Cobro. Ali foram plantadas 100 pequenas árvores e 537 plantas arbustivas, prove-nientes dos viveiros do grupo. No domínio da preservação ambiental merece ainda destaque o protocolo celebrado com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversi-dade que envolve meios vultosos e visa desenvolver e implementar um sistema de gestão e monitorização da qualidade ambiental do estuário do Sado e das espé-cies a ele associadas.

A acção “Dá a mão à floresta”, realizada em Março, nas áreas envolventes das fábricas do grupo e algumas zonas florestais, consistiu na oferta de mais de 2 500 plantas de espécies florestais e ornamentais provenientes dos viveiros do grupo. A iniciativa dirigiu-se a crianças de instituições de ensino das regiões onde o grupo tem as suas unidades fabris, nomeadamente Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz. Cerca de 170 crianças visitaram os viveiros do grupo localizados na Herdade da Espirra.

Cerim™ nia da entrega de material da empresa Repsol ao Banco Alimentar do Distrito de Setž bal, equipamento que vai permitir uma maior efic‰ cia na log” stica daquela instituiŽ • o

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O colégio St. Peter´s School, localizado na Volta da Pedra,

voltou a realizar a sua festa de Natal, no pavilhão da Casa da Cultura, na Quimiparque, no Barreiro, no passado dia 15, a partir das 16h30. Há precisamente dezoito anos que o espírito natalício leva alunos, professores e a própria direcção da escola a empenharam-se para produ-zirem animados e didácticos momentos musicais e teatrais alusivos à quadra mais soli-dária e humana do ano.

Os 150 alunos do jardim-de-infância apostaram no tema do Nascimento de Jesus e do presépio, enquanto os do 1.º ciclo do ensino básico trouxeram a palco uma adap-tação da célebre história “Feiticeito de Oz”, uma megra-produção que se estendeu por cerca de quase três horas e que colocou em palco cerca de trezentos alunos.

Os temas para os espec-táculos foram propostos pelas equipas dos docentes em conjunto com a equipa directiva. «A direcção reúne com a equipa e discute-se o tema. Todos os anos levamos para o palco temas diferentes com textos escritos pela própria equipa e outras são adaptações de histórias conhecidas a nível mundial, apelativas ao Natal, sempre na língua inglesa», refere Isabel Simão, directora peda-gógica do prestigiado colégio, que já conquistou vários prémios, tanto na área da gestão como da qualidade do ensino ali desenvolvido.

Balançomuito positivo

A responsável mostra-se bastante satisfeita pelo sucesso dos trabalhos apresentados este ano em palco. «Como é habitual, tivemos uma festa grandiosa. As peças, com uma forte componente pedagógica, começaram a ser preparadas desde Outubro e apelam à memória, aos afectos e à soli-dariedade entre os alunos. No fundo é uma homenagem à família e ao espírito de solida-riedade, do olhar para os outros e do espalhar o amor à nossa volta», vinca, acrescentando que os ensaios ficam a cargo da equipa docente que ultra-passa os quarenta professores.

Já os divertidos figurinos dos alunos são confeccionados «a rigor», por uma empresa do exterior, enquanto os adereços são elaborados no próprio colégio. «São coisas que levam meses a fazer, a pintar, a cortar, a montar… Mas vale sempre a pena e é grati-ficante, eles divertem-se a aprendem muito com estas peças com textos, músicas e danças. As famílias ficam muito agradadas e emocio-nadas com todo este trabalho e é um momento em que o colégio consegue reunir, no mesmo espaço, alunos, profes-sores, famílias e funcionários. Portanto, consegue-se aqui uma grande reunião natalícia».

A escolha da sala da Casa da Cultura do Barreiro deve-se ao facto, segundo a professora Isabel Simão, de ser um espaço amplo e com cerca de 900 lugares sentados. «Na margem sul, esta é, sem dúvida, a sala de espectáculos que dispõe de lugares sentados para receber, com dignidade, a grande quantidade de pais e outros familiares que vêm ver a criatividade dos seus filhos com o nosso convite gratuito», sublinha a directora, que fala em cerca de 1 500 encarre-gados de educação presentes na Casa da Cultura para assistir ao espectáculo de Natal do St. Peter´s School.

Gala nocolégio

No dia 16, no colégio, decorreram duas sessões do espectáculo dos alunos do 2.º, 3.º e do secundário intitulado “How the Grinch Stole Christmas!”, que apelou à união e espírito entre profes-sores e alunos. Participaram alunos de todas as valências. No refeitório houve troca de presentes entre alunos da mesma turma dinamizado pelos directores de turma e um concurso de árvores de Natal. «Esta Gala pretendeu, ser um excelente momento de partilha entre alunos, professores e pessoal auxiliar de acção educativa», frisa Isabel Simão.

No dia 12, o Pai Natal fez a tradicional visita a todas as salas do Jardim de Infância e 1.º ciclo para cantar e propor-cionar a habitual troca de prendas entre os alunos mais pequenos.

Festa de Natal do St. Peter« s School com apelo Œ verdadeira solidariedadeDar a entender aos alunos que a quadra natal” cia n• o • apenas uma mera troca de prendas mas sim um momento de olhar para outros e de espalhar o amor e a solidariedade Œ nossa volta foi a mensagem deste ano das festas de Natal do col• gio St. Peter« s School que aconteceram no Barreiro, Œ semelhanŽ a de anos anteriores

O encarregado de educação Mário Matos, cujo filho do Jardim de Infância vestiu a pele de uma cinti-lante estrela de presépio, diz que a festa de Natal do St. Peter´s School foi «muito interessante», uma vez que os responsáveis do colégio conseguiram montar um espectáculo «muito engra-

çado» com os miúdos. E opina que este tipo de espec-táculos é uma forma de «criar laços entre os próprios alunos» Por seu lado, Maria Costa também achou a festa «muito bem organizada» e realçou a «excelente actu-ação» das crianças. O seu filho interpretou o tradi-cional Pai Natal.

Pais satisfeitos com desempenho dos alunos

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162 convivas participaram, no último sábado, na Festa de Gala da residência geriátrica Conforto dos Avós, em Brejos de Azeitão.

Uma iniciativa que juntou a direcção da instituição, os utentes e respectivos familiares, numa recriação do jantar de Natal que muito orgulhou Sílvia Carambola, da organização da iniciativa.

«Estou muito surpreendida

e bastante satisfeita com a adesão de utentes e familiares ao jantar de gala», confessa a responsável, que pensa já repetir a iniciativa no próximo ano.

Tanto mais que Sílvia Caram-bola sabe ser esta a única opor-tunidade de reunir famílias inteiras que não podem conviver ao longo do ano. «Muita gente, infelizmente, não pode ir a casa nesta época e, assim, encon-tramos uma forma de reunir as

pessoas», recorda, ao revelar um exemplo de reencontro: «Só de uma família conseguimos reunir 24 pessoas que não tinham possibilidade de se juntar para celebrar a data», explica a responsável.

Ao jantar, foi adicionado um espectáculo de dança do ventre e de danças de salão e dança contemporânea, para além de uma exposição de fotografias realizadas pelos residentes.

Conforto dos Av™ s juntou fam” lias em jantar de Natal

Alguma vez pensou que um dia iria dirigir um colégio como o St. Peter´s School?Foi sempre um sonho.

Sente-se mais à vontade a dar aulas ou a dirigir um colégio?-Sinto-me à vontade em qualquer das situações.

Liderar o ranking distrital das escolas do secundário é uma hon-ra ou uma grande responsabili-dade?É simplesmente acreditar no tra-balho, no rigor e na exigência.

O sucesso e o crescimento do St. Peter´s School assustam-na?Jamais, todos os dias trabalho para o sucesso de todos os alunos e des-ta grande instituição.

Que conselho daria a quem pre-tende colocar os filhos a estudar num bom colégio?Escolher o colégio com o qual sen-te afinidade de princípios para que a família e o colégio sejam incon-dicionalmente parceiros no pro-cesso de formação integral do alu-no, senão nunca resultará.

Pode dizer-se que a crise passa ao lado do vosso projecto edu-cativo?Até ao momento, temos funciona-do em contra ciclo, e a procura é uma constante no nosso colégio.

Se não fosse professora ou direc-

tora pedagógica, que outra pro-fissão escolheria?Nunca sequer coloquei essa ques-tão a mim própria.

O que a mais faz irritar?A incompetência e a arrogância.

Qual a sua opinião sobre o tra-balho dos autarcas da região?Por vezes, sinto que instituições como o St. Peter© s School, com uma população estudantil de mil alu-nos e com tudo o que advém des-se facto, desde contribuir para o desenvolvimento da região, colo-car a região em posições de des-taque nacional, a nível educacio-nal, desportivo etc..,deviam de ser melhor acolhidas e acarinhadas pelos nossos autarcas.

A que figura da região lhe apete-ce tecer rasgados elogios?Ao padre José Maria, da Paróquia de S. Pedro – Palmela.

Ç O St. Peter«s School deveria ser melhor acolhido e acarinhado pelos nossos autarcasÈ

Isabel Sim• o Directora pedag™ gica do St. Peter« s School

B. I. Idade: 58 anos Naturalidade: S. Bartolomeu de Messines Fam” lia: Dois filhos Estado civil: Casada Resid‘ ncia: Costa de Caparica

ë ntimo Filme ou livro de cabeceira: O Livro da Consciência, de António Damásio.

F• rias de sonho: As que são feitas em família.

Local de eleiŽ • o: Londres.

A primeira paix• o: Os livros.

A maior ousadia: A persistência.

ë dolo de refer‘ ncia: Os meus pais.

Projecto por realizar: Conseguir atribuir bolsas de estudos a mais crianças sem recursos financeiros mas com grande competência cognitiva.

Todos os dias trabalho para o sucesso de todos os alunos e desta grande instituiŽ • oÓ

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Passagem de Ano

Apesar da crise, algumas autarquias da região e privados mantêm

as suas festas de passagem de ano para que a população esqueça a crise e entre em 2012 com esperança e opti-mismo. Concertos, fogo-de-artifício e bares abertos até amanhecer são alguns atrac-tivos do “Programa Azul” para a passagem de ano em Setúbal. Com eventos a decorrer durante 36 horas em vários pontos da baía do Sado e Península de Tróia, os espectáculos de Setúbal, na Doca dos Pescadores, têm início no dia 31 às 22h30, com a actuação de Homem na Lua, projecto acústico de Sandro Maduro, que faz uma viagem

a temas de diversos autores portugueses. À meia-noite realiza-se o tradicional fogo-de-artifício, projectado sobre o plano de água do rio.

Os Hands on Approach sobem ao palco a partir das 0h15, seguindo-se à 1h30 o DJ Pedro Goya. Os bares da Avenida Luísa Todi e da zona à beira-rio promovem, a partir das 2h30, um programa de animação que se prolonga até às seis da madrugada. Durante a noite mais longa do ano, o Made In Café organiza um réveillon especial no Parque Urbano de Albarquel. O “Programa Azul” é organi-zado pelo município de Setúbal, Troiaresort e Turismo Lisboa e Vale do Tejo, em

parceria com a autarquia de Grândola e Costa Alentejana, apresentando como tema “Venha passar um fim de ano Azul numa das mais belas baías do Mundo”.

Noite de Estrelasem Almada

Na noite do dia 31 de Dezembro, todos os cami-nhos vão dar a Cacilhas, Almada. O espaço situado junto à fragata D. Fernando II e Glória volta a ser o local eleito para o espectáculo de fim-de-ano no concelho de Almada.

Este ano, a 7. ª Arte é cele-brada através de um desenho pirotécnico inédito e de uma

banda sonora elaborada a preceito para a noite mais festiva do ano. O espectá-culo piromusical “Noite de Estrelas” convida os muní-cipes a juntarem-se ao longo das margens do rio Tejo para um espectáculo memorável, que promete animar a última noite do ano, celebrando a chegada de 2012.

A animação tem início a partir das 22 horas com um colectivo de DJ´s da Antena 3, que conta, entre outros, com os sons R&B e Hip Hop de Mónica Mendes e o ritmo House de Rui Estevão, e prolonga-se até às 1h30.

Herman Joséanima Tróia

A grande atracção da passagem de ano no Tróia Design Hotel é o concerto com o humorista Herman José, que tem lugar no Casino de Tróia, que celebra o seu primeiro aniversário. Com Jantar de gala, espec-táculo e festa, a noite promete ser deslumbrante. A pensar nas crianças dos 3 aos 12 anos e na comodidade dos pais está garantida uma gala exclusiva para crianças com jantar e animação na companhia de animadores profissionais a partir das 20h até às 4h da manhã.

Será ser servido um jantar de gala a partir das 20h30,

seguido do espectáculo irre-verente de Herman José, que irá presentear o público com uma actuação servida por uma forte componente musical apoiada numa banda dirigida pelo maestro Pedro Duarte. As muitas e hilariantes histórias de mais de trinta anos de vida artística são pontuadas por um reportório variado que vai da canção humorística ao jazz. Ao longo de quase duas horas, o palco será invadido pela presença de heterónimos seus que conquistaram vida própria, desde o portista "Estebes", passando pelo alternativo "Nelo" e pela simples "Maxi-miana" até à super estrela "Tony Silva". Depois das 12 badaladas a festa continua no centro de espectáculos com uma pista de dança e DJ.

Sesimbra mergulhano ‘réveillon’

Apesar da crise, a Câmara de Sesimbra optou

por manter o réveillon, visto que representa um «estí-mulo ao tecido empresa-rial» e, ao mesmo tempo, uma «forma de encarar pela positiva 2012».

Assim, tal como nos últimos anos, haverá um espectáculo piromusical com cerca de 10 minutos, desta vez inspirado no sol e no mar de Sesimbra. O fogo-de-artifício será lançado da fortaleza de Santiago ao som de Händel e John Miles. A partir das 22 horas, e até às 2 da manhã, a animação musical vai estar garantida nos Largos da Marinha e Bombaldes, com os DJ Marco Soul e Black. Como não podia deixar de ser, um grupo de entusiastas do mergulho voltará a entrar na Baía pouco antes da meia-noite. Bares e restau-rantes vão juntar-se mais uma vez à festa e prolongar os horários pela noite dentro, o que garante a animação.

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Setž bal, Tr™ ia, Almada e Sesimbra apostam forte nas passagens de ano

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Espect‰ culos musicais e fogo-de-artif” cio d• o cor Œ s passagens de ano na regi• o. O grande destaque vai para os concelhos de Setž bal, Almada, Sesimbra e Tr™ ia que prometem festas de arromba e com muita folia. Divirta-se com as festas na nossa regi• o, sem esquecer as que decorremnas colectividades e associaŽ � es, e entre em 2012 com o p• direitoe com muito optimismo.

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Anti-stress

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O setubalense Miguel Caleira, 23 anos, conseguiu manter-

se no reality show “Casa dos Segredos 2”, da TVI, durante três meses. Miguel Caldeira, com 52 por cento dos votos dos portugueses, abandonou o jogo no passado domingo, deixando na “Casa” o algarvio João Mota, 20 anos, o outro concorrente nomeado, com 48 por cento dos votos.

O pai, a mãe e o irmão esti-veram na Venda do Pinheiro para o trazer até Setúbal para passar o Natal com a família. Miguel Caleira, que no dia da expulsão recebeu um presente de Bruna - um espelho vermelho em forma de coração -, a concorrente que não chegar a ser seleccionada para a “Casa”, promete concretizar o tão prometido jantar à beldade que já teve oportunidade de conhecer no interior da “Casa”, através de uma visita surpresa com parede à prova de vidro.

No interior da “Casa”, Miguel despediu-se de João

Mota, em primeiro lugar, e depois de Fanny, e prome-teram encontrar-se no fim do programa. O jovem entregou o cachecol do Vitória de Setúbal, que levou para o programa, a João Mota, o concorrente que considera um «grande irmão».

Com o segredo «Sou filho de um bispo», descoberto por Daniela P., através de pistas dadas pela “Voz”, Miguel Caleira, assim que saiu da “Casa”, correu para os braços da mãe e do irmão, emocionado e com o cabelo despenteado. Miguel

Caleira, ao ser informado por Teresa Guilherme que o pai se encontrava entre o público, deu um abraço sentido e prolon-gado ao pai.

Galanteador com as meninas, o setubalense sempre se assumiu e disponibilizou como conselheiro dos rapazes, não faltando respostas na ponta da língua muito engra-çadas durante as provas em que esteve envolvido. E confessa que o balanço da sua estadia na “Casa” foi «muito positivo e enriquecedor».

Apesar de ter saído da

“Casa” com saldo negativo, Miguel Caleira argumentou que estava pronto para chegar até à final. A mãe, bastante satisfeita com a participação do filho no programa, afirmou: «O Miguel portou-se linda-mente. Foi ele próprio, tal como é cá fora. Foi também bom ver o comportamento do Miguel fora do ambiente familiar».

Miguel Caleira Œ beira da finalda Ò Casa dos Segredos 2Ó

A Companhia Nacional de Bailado apresenta “Romeu e Julieta”, no Teatro Muni-cipal de Almada, a 29 e 30 deste mês, às 21 horas. De todas as peças escritas por William Shakespeare, Segundo fonte da compa-nhia, “Romeu e Julieta” é, indubitavelmente, a que mais tem sido utilizada como tema para a dança. Grande parte do sucesso que as inúmeras produções de dança desta

obra obtiveram no séc. XX não se deve somente à magnificência da obra de Shakespeare mas também à sua frequente associação com a música de Sergei Prokofiev, escrita em 1935, pouco após o seu regresso à União Soviética.

Esta versão de “Romeu e Julieta”, coreografada pelo sul-africano John Cranko para o Teatro alla Scala de Milão em 1958, foi estreada

pela Companhia Nacional de Bailado no ano de 2001 e é, ainda hoje, uma das versões coreográficas de referência.

O espectáculo chega a Almada depois de uma carreira no Teatro Nacional de São Carlos, onde foi reposto em Março e Dezembro deste ano. Os preços dos ingressos rondam entre os 13 e os 25 euros.

Temos dez convites duplos para oferecer aos nossos leitores para irem aos cinemas Zon Luso-mundo do Freeport de Alco-chete assistir a uma boa sessão de cinema.

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Os convites que temos para oferecer são para uma sessão de sábado, na sala 1.

A Zon Lusomundo gere 7 salas de cinema, uma delas a maior do País, no Free-port de Alcochete, que oferece as melhores condi-ções aos apreciadores da sétima arte. A capacidade total das salas é superior a mais de 2 600 espectadores.

Esta semana temos convites para o novo musical infanto-juvenil de Filipe La Feria, em cena no Politeama, “As Aventuras de Pinóquio”.

Trata-se de uma das mais originais histórias da literatura infanto-juvenil e uma das mais belas, poéticas

e didácticas peças de teatro dedicada às crianças.

La Feria rodeou-se de uma equipa de novos cria-dores, actores, cantores, bailarinos e músicos que construíram um espectá-culo que promete e que é apoiado em novas e sofis-ticadas tecnologias.

“Amor de uma Mulher”, de Ana Rita; Disco do Ano 2009/2010; “O Nosso Amor”, de Rui Bandeira; “Fado Amigo”, de Mickael Salgado; “Sueste”, dos Íris; “Promessas”, de Ágata;

“O Peixe”, de Quim Barreiros; “A Lenda de um Grande Amor”, dos Brôa-de-Mel; e “Sexy”, de Ana Malhôa, são os álbuns que temos para oferecer esta semana aos nossos leitores.

Passatempo Zon Lusomundo

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Companhia Nacional de Bailado danŽ a Ò Romeu e JulietaÓ em Almada

O psic™ logo cl” nico Miguel Caleira, obcecado pela imagem, que j‰ jogou futebol no Vit™ ria de Setžb al • filho do Bispo VenŠ ncio Caleira, da igreja M™ rmon, tamb• m conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ó ltimos Dias. Al• m de Bispo, o pai de Miguel exerce, em regime de voluntariado, a acti-vidade de cirurgi• o no Hospital

de Santiago, em Setžb al.O jovem pratica bodybuil-

ding, vai ao gin‰ sio duas vezes por dia, n• o come doces nem fritos, e no Ver• o costuma trabalhar como nadador-salvador. Gosta de jogar poker, de sair com os amigos e conhecer novas pessoas. Como psic™ logo, gosta de ensinar homens a seduzir as mulheres.

Obcecado pela imagem

DR

Para se habilitar a todos os con vites lige: 918 047 918 ou envie e-mail para: [email protected]

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