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A FECHAR O clima da dis- trito de Setúbal deverá subir em média mais três graus até ao final deste século. Este é o cenário traçado pelo Institu- to de Metereologia, que prevê também uma quebra de 30 por cento da pluviosidade para a nossa região, com fortes im- pactos na produção agrícola, com especial incidência da vi- tivinícultura. E também o frio parece não vir a dar tréguas, com aumento de 1 a 3 graus. www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares Sábado | 21.Abril 2012 semanário - edição n.º 711 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. Anti-Stress Rita Redshoes canta em Sesimbra 16 Sondagem Expectativas em baixa na festa dos Cravos 11 Desporto A final da taça maior da região 21 Agência do Ambiente identificou 23 empresas de alto risco +NEGÓCIOS Um estudo da Agên- cia Portuguesa do Ambiente identifica Setúbal como o dis- trito que mais possui unidades industriais com potencial de risco de incêndio ou acidente mecânico ou químico. A maio- ria destas unidades estão insta- ladas em Sines e Setúbal e tra- balham com produtos inflamá- veis, químicos e tóxicos. Ape- sar destes riscos não se têm registado incidentes de gran- de monta, sobretudo porque a maior parte destas unidades industriais cumprem as nor- mas certificadas de seguran- ça e, não raramente, apostam na prevenção através de ac- ções de simulacros. Para pre- caver eventuais tragédias dis- põem ainda de planos de emer- gência internos. PÁG.22 A FECHAR O minis- tro da Segurnaça Social, Mota Soares, inaugu- rou esta semana as pri- meiras oito cantinas so- ciais, integradas no Pro- grama de Emergência Ali- mentar lançada pelo actu- al Governo. No total deve- rão cinquenta as cantinas a operar no distrito. Santiago aposta 10 milhões em Santo André ACTUAL A requalificação da vila de Santo André é um dos orgulhos do presi- dente Vitor Proença. O to- tal dos investimentos as- cende a 10 milhões de eu- ros e promete transfigu- rar a malha urbana da lo- calidade, a mais populosa do concelho. Mas ainda há obras por concluir. ACTUAL Até ao final deste ano o distrito de Setúbal de- verá contar com mais quatro imóveis de interesse público, uma distinção atribuída pelo IGESPAR. Entre estes, está o Alto-forno da Siderurgia Na- cional que é um dos ex-libris da velha indústria da região. No total, são já 135 os imóveis de interesse público e munici- pal. Esta chancela é uma salva- guarda para a protecção e con- servação destes edifícios. ACTUAL O primeiro- -ministro visitou esta se- mana a base aérea n.º 6 do Montijo e afastou Al- cochete de uma eventual construção do novo aero- porto de Lisboa. A opção em cima da mesa pode passar pela base do Mon- tijo no apoio à Portela. As companhias de teatro da região estão a passar por um mau bocado. O Teatro de Animação de Setúbal já fechou portas e o Teatro Municipal de Almada foi obrigado a cortar na produção. As restantes companhias também estão a atingir o limite. É um ponto de ruptura! Passos Coelho aponta à Base Aérea do Montijo Distrito pioneiro nas cantinas sociais PÁG. 8 PÁG.2 PÁG.6 PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 24 Temperaturas da região vão subir 3 graus este século Mais quatro imóveis de interesse público DR DR

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Semmais jornal 21 abril 2012

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Page 1: Semmais jornal 21 abril 2012

A FECHAR O clima da dis-trito de Setúbal deverá subir em média mais três graus até ao final deste século. Este é o cenário traçado pelo Institu-to de Metereologia, que prevê também uma quebra de 30 por cento da pluviosidade para a nossa região, com fortes im-pactos na produção agrícola, com especial incidência da vi-tivinícultura. E também o frio parece não vir a dar tréguas, com aumento de 1 a 3 graus.

www.semmaisjornal.comDirector: Raul TavaresSábado | 21.Abril 2012 semanário - edição n.º 711 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Pub.

Anti-StressRita Redshoescanta em Sesimbra

16

Sondagem Expectativas em baixa na festa dos Cravos

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DesportoA final da taça maiorda região

21

Agência do Ambiente identificou 23 empresas de alto risco+NEGÓCIOS Um estudo da Agên-cia Portuguesa do Ambiente identifica Setúbal como o dis-trito que mais possui unidades industriais com potencial de risco de incêndio ou acidente

mecânico ou químico. A maio-ria destas unidades estão insta-ladas em Sines e Setúbal e tra-balham com produtos inflamá-veis, químicos e tóxicos. Ape-sar destes riscos não se têm

registado incidentes de gran-de monta, sobretudo porque a maior parte destas unidades industriais cumprem as nor-mas certificadas de seguran-ça e, não raramente, apostam

na prevenção através de ac-ções de simulacros. Para pre-caver eventuais tragédias dis-põem ainda de planos de emer-gência internos.

PÁG.22

A FECHAR O minis-tro da Segurnaça Social, Mota Soares, inaugu-rou esta semana as pri-meiras oito cantinas so-ciais, integradas no Pro-

grama de Emergência Ali-mentar lançada pelo actu-al Governo. No total deve-rão cinquenta as cantinas a operar no distrito.

Santiago aposta 10 milhões em Santo AndréACTUAL A requalificação da vila de Santo André é um dos orgulhos do presi-dente Vitor Proença. O to-tal dos investimentos as-cende a 10 milhões de eu-

ros e promete transfigu-rar a malha urbana da lo-calidade, a mais populosa do concelho. Mas ainda há obras por concluir.

ACTUAL Até ao final deste ano o distrito de Setúbal de-verá contar com mais quatro imóveis de interesse público, uma distinção atribuída pelo IGESPAR. Entre estes, está o Alto-forno da Siderurgia Na-cional que é um dos ex-libris da velha indústria da região. No total, são já 135 os imóveis de interesse público e munici-pal. Esta chancela é uma salva-guarda para a protecção e con-servação destes edifícios.

ACTUAL O primeiro- -ministro visitou esta se-mana a base aérea n.º 6 do Montijo e afastou Al-cochete de uma eventual

construção do novo aero-porto de Lisboa. A opção em cima da mesa pode passar pela base do Mon-tijo no apoio à Portela.

As companhias de teatro da região estão a passar por um mau bocado. O Teatro de Animação de Setúbal já fechou portas e o Teatro Municipal de Almada foi obrigado a cortar na produção. As restantes companhias também estão a atingir o limite. É um ponto de ruptura!

Passos Coelho aponta à Base Aérea do Montijo

Distrito pioneiro nas cantinas sociais

PÁG. 8

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Temperaturas da região vão subir 3 graus este século

Mais quatro imóveis de interesse público

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Abertura

A suspensão das actividades do Teatro de Animação de Setúbal (TAS) é o exemplo mais recente de um sector

que está a ser levado até ao limite e se aproxima da ruptura total. As companhias teatrais adaptam a produção actual aos recursos que têm cada vez menos dispo-níveis, vivem um dia de cada vez e vão sobrevivendo. Até não aguentarem mais. A paragem forçada do TAS era há muito tempo esperada. O director, Carlos Curto, já tinha alertado para este cenário várias vezes, à medida que os salários se arras-tavam mês após mês e os apoios escas-seavam. A Câmara Municipal de Setúbal, que tinha contratualizado com a compa-nhia o pagamento de 153 mil euros em doze prestações mensais, «não conse-guiu cumprir até ao momento». Deve à companhia mais de 38 mil euros, o equi-valente ao primeiro trimestre de 2012.

Carlos Curto lamenta a situação a que a companhia chegou e diz que esta não reúne, no momento, «condições para se apresentar em Setúbal». A falta de empenho dos profissionais nunca faltou, mas a falta de dinheiro acabou por levar a situação ao limite. E a casa nova, prometida há alguns anos pela autarquia, também não foi até ao momento para a frente. «A solução parcial para o problema passa por vender as peças e entrar em itine-

rância», perspectiva Carlos Curto. A autar-quia já garantiu estar a fazer todos os esforços para desbloquear a verba, quantia que o director do TAS já disse ser sufi-ciente para manter o TAS em actividade.

Mas a falta de dinheiro é transversal a todo o país. E ao sector do teatro. As companhias teatrais da região têm sentido os constrangimentos. Algumas podem ter mesmo a corda na garganta. «A questão principal é a sobrevivência e munirmo-nos da imaginação e da experiência profis-sional, aliada â experiência da escassez, que no fundo sempre tivemos, de modo a garantir a vida do projecto e os postos de trabalho», descreve Julieta Aurora.

Mudanças a meio do jogo

O Teatro do Mar, companhia que dirige, foi uma das que sofreu com a mudança das regras a meio do jogo. Sofreu um corte de 38 por cento no apoio regular, bienal, da Direcção Geral das Artes/Secretaria de Estado da Cultura. «É praticamente metade daquilo que recebíamos o ano passado, que já era pouco para o muito que fazemos», sublinha, não esquecendo, todavia, a orien-tação e o aconselhamento da Direcção Regional de Cultura do Alentejo.

O director-adjunto do Teatro Municipal de Almada queixa-se exactamente do

mesmo. A companhia que dirige sofreu um corte de 38 por cento no apoio quadrienal contratualizado com a secretaria de Estado, o equivalente a 170 mil euros. «É, de facto, muito e afecta a produção e o Festival de Teatro de Almada», lamenta Rodrigo Fran-cisco, que nem quer pensar no que poderá acontecer caso o Governo decida suspender este tipo de apoios, à semelhança do que aconteceu com os apoios pontuais e anuais que impediu companhias como o TAS ou o Teatro Estúdio Fontenova de contarem com os subsídios do Estado.

A falta de dinheiro não tem demo-vido os profissionais que enfrentam longas jornadas diárias de trabalho. Alguns sobre-vivem porque trabalham fora da área. Outros são pagos a recibo verde. «Isto pode ser o fim do teatro português e pode acontecer agora que o país está na falência», diz Carlos Curto.

Obscurantismo e alienação da população

José Maria Dias, director do Teatro Estúdio Fontenova, vai mais longe e diz que a asfixia financeira das companhias faz parte de uma política do Governo de «obscuran-tismo e de alienação da população». «O teatro sempre foi uma actividade contra-poder e tem de resistir a situações adversas como a actual porque pode ajudar na mudança e a sair da estagnação», acrescenta.

Mesmo com as dificuldades finan-ceiras, companhias como a ArteViva, no Barreiro, optam por não aumentar os bilhetes das peças de teatro. «É uma polí-tica da companhia, que procura que a sua produção não seja beliscada», diz director, Jorge Cardoso. Já o director d’O Bando, Raul Atalaia, opta por falar das «ondas de choque» provocadas pelas medidas do Governo que «afectam tudo e todos». «Apesar dos cortes, o teatro tem uma grande capacidade de resistência, até porque os seus profissionais não traba-lham visando o lucro», acrescenta.

A Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, contactada pelo Semmais para prestar esclarecimentos sobre este assunto, encaminhou as ques-tões para a Direcção Geral das Artes, que não respondeu até ao fecho desta edição.

Companhias vivem dias dramáticos, com cortes financeiros e sem expectativas

Teatro da regiãoà beira da ruptura

Suspensão do TAS deixa a descoberto fragilidade do teatro na região e leva companhias a queixarem-se dos cortes nos subsídios acordados com o Estado. Profissionais trabalham para manter produção e estão vulneráveis à crise. É o retrato de um sector que se aproxima do limite.

::::::::::::::::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::::::::::::::::

O TAS é uma das mais reconhe-cidas instituições culturais do concelho de Setúbal a trabalhar no domínio das artes cénicas. Foi fundada em 1975, há mais de 35 anos, pelos actores Carlos César, Carlos Daniel, António Assunção e Francisco Costa com o objectivo de descentralizar o teatro e desenvolver um trabalho de animação sócio-cultural. À companhia foi atribuído o estatuto de Entidade de Utilidade Pública, em Outubro de 1987, e o título de Membro Honorário da Ordem de Mérito, em 1999, atribuído pela Presi-dência da República. O município concedeu-lhe também a medalha de honra da cidade, em 1991.

Mais de 35 anos de TAS

Orçamento 2012

Produção prevista

Apoios para 2012 Espectadoresem 2011

Pessoas a cargoEstatal Camarário

Teatro Municipalde Almada 1,2 milhões 6 peças 423 mil euros 200 mil euros 63 889 30

Teatro EstúdioFontenova

Entre 75 e 100 mil euros 1 peça Não tem 19 mil euros 5 000 - Festa

do Teatro 6

Teatro de Animaçãode Setúbal Suspendeu actividades

ArteViva Não disponibilizou 4 peças Não tem Não

disponibilizouNão

disponibilizou 0

O Bando 500 mil euros 3 criações,1 no exterior

Nãodisponibilizou

Não disponibilizou

Não disponibilizou 10

Teatro do Mar 140 mil euros 2 peças,3 em carteira 47 mil euros 50 mil euros 30 000 9

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3S á bado | 2 1 . Ab r. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

Um dos assuntos mais acintosos da campanha eleitoral das últimas legislativas prendia-se com a alegada imposição da Troika em baixar a Taxa Social Única que, em qualquer percentagem, daria sempre um rombo pesado nos cofres que sustentam a acção social, os subsídios de desemprego e a segurança das reformas.

Apesar de não ter avançado, mesmo com a pressão de Catroga, tutor programático de Passos Coelho, não é líquido que a mesma não regresse à voracidade de se mexer num dos pilares do Estado social mais tremido. E essa será a derradeira prova de que afinal se quer mesmo escancarar as portas a uma segurança social S.S.) privada e lucrativa para os agentes do dinheiro fácil.Tudo caminha para esse cenário. E os sinais são evidentes.

As últimas reformas operadas por Bagão Félix e Viera da Silva, provaram que essa sustentabilidade era possível.

A TSU vai retirar financiamento directo à S.S., apenas para aliviar as grandes empresas, sem retorno para a economia real. Tal como os salários baixos não ajudam esse desiderato de somar dinheiro para reformas futuras. Nem a fuga notória que os grandes empresários continuam a fazer com pagamentos abaixo do salário mínimo . E aí o Estado não ousa tocar.

È verdade que por razões óbvias, fruto da austeridade que nos impuseram, as receitas diminuíram e as despesas aumentaram. Mas isso não é rombo na sustentabilidade da S.S. É um buraco provocado por políticas experimentais que podem deitar tudo a perder neste país da insustentável insegurança.

A insustentável leveza da Segurança Social

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A aprovação da lei de extinção das freguesias por parte da maioria parlamentar na Assembleia da Repú-blica dá maior urgência à mobili-zação e resistência de todos a esta tentativa de destruição de um dos pilares do Poder Local Democrático.

Como autarca com vinte e dois anos de exercício ao serviço das populações, dos quais sete de eleito de freguesia e quinze de vereador de Câmara (onze na Câmara Muni-cipal de Almada), e especialmente como cidadão, sinto que devo expressar publicamente a minha firme oposição a esta iniciativa dita de “reforma administrativa”, porque lesiva das populações.

A intervenção das juntas de freguesia apresenta-se como estru-turante da vida local, desempenhando um papel insubstituível e indispen-sável nas nossas comunidades e são justamente um dos pilares do Poder Local Democrático, logo igualmente do estado democrático, que queremos preservar para o nosso País - pela relação de permanente acompanha-mento das populações e das insti-tuições e pelo contributo da sua ação direta, mas igualmente pela inter-venção que os autarcas de freguesia desenvolvem junto das entidades,

reivindicando, sugerindo e dialo-gando perante problemas locais que não sendo da sua responsabilidade direta são assumidos como priori-tários por serem importantes para as populações. Esta interação entre entidades resolve muitas vezes problemas que ficariam aguardando solução durante anos.

Em Almada trabalhamos em permanente articulação com os eleitos de freguesia e quantas vezes o eleito de Câmara é alertado para problemas locais do dia-a-dia que sendo pequenos são importantes e funda-mentais para a qualidade de vida das populações (o buraco da rua, o cande-eiro apagado, o sistema de rega avariado), mas também para a neces-sidade de priorizar obras de maior dimensão e nalguns casos de irmos junto de outras entidades reivindicar a solução de problemas identificados. Esta relação promove-se igualmente com o eleito de freguesia e os serviços municipais e tira partido da proximi-dade da freguesia às populações e da característica do eleito de freguesia ser “um homem de rua” verificando o seu território e dialogando com os seus fregueses.

Em Almada as nossas onze juntas de freguesia desenvolvem uma rele-

vante e dinâmica intervenção, exer-cendo as suas competências próprias e assumindo uma grande disponibi-lidade para assinarem protocolos de descentralização com a sua câmara e com os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. Assim, asse-guram a recolha de “monos” e aparas de jardim, a reparação de calçadas , as pequenas reparações escolares, a gestão de cemitérios e mercados, o atendimento dos SMAS, a pintura de muros e reparação de bancos de jardim, a manutenção de parques infantis, entre tantas outras interven-ções descentralizadas nas nossas juntas. Para o desenvolvimento dessas tarefas protocoladas a Câmara e os SMAS remetem naturalmente as verbas necessárias a esse desempenho.

As nossas Juntas asseguram um apoio permanente ao nosso movi-mento associativo (coletividades, grupos, IPSS, clubes, bombeiros ...) que vai muito para além do apoio finan-ceiro direto que garantem, pois a sua intervenção de envolvimento em festas e eventos locais, de organização de iniciativas para os idosos e para os jovens, sobre a saúde etc., são muitas das vezes a “mola” da dinâmica local que motiva e mobiliza as instituições e lhes dá coerência na ação.

As nossas juntas de freguesia, as onze existentes, resultaram da dinâmica local do território asse-gurada pelo Poder Local Democrá-tico e foram criadas para responder às especificidades de cada local, são coerentes do ponto de vista social e territorial. Esta foi a nossa reforma

administrativa, feita com as popu-lações e com decisões dos órgãos próprios, ao invés do atual processo feito de cima para baixo e sem consi-deração pela realidade local.

A população de Almada precisa de um poder local interventivo e de proximidade. Não temos fregue-sias a mais, temos aquelas que a dinâmica local impôs e os problemas sociais aconselham.

O País nada ganha com a extinção de freguesias, nem do ponto de vista financeiro pois a “poupança” é marginal e insignificante no quadro nacional, nem do ponto de vista de organização do estado e do serviço público prestado às populações. Os eleitos passariam a estar mais distantes dos eleitores e os órgãos teriam menor capacidade de intervenção na reso-lução dos problemas das populações. Acresce que, certamente a extinção provocaria despedimentos de traba-lhadores das atuais freguesias.

É preciso resistir e denunciar esta imposição às populações. Uma reforma nunca se pode fazer apenas com um sentido: o da extinção. Uma reforma deve permitir que a avaliação obje-tiva conclua pela manutenção e até pela criação se isso for importante para o serviço público a que o estado está obrigado a prestar aos seus cidadãos.

Até podem ter aprovado a lei, mas nunca terão condições para “decretar” o silêncio das populações, das insti-tuições locais e dos autarcas.

*Vice-presidente da C.M. Almada e Pr. dos SMAS de Almada

Vão ter lugar em meados de Junho as eleições para as estru-turas federativas do Partido Socia-lista. Este processo ocorre numa altura em que o PS é oposição ao Governo e na maioria das Câmaras do Distrito de Setúbal. É pois, a melhor altura, para reposicionar o debate interno, privilegiando os problemas do País e da região, e evitar afirmações categóricas em redor de personalidades ou percursos pessoais. É tempo de balanço sim, mas também da criação de um projecto da esquerda demo-crática que responda afirmativa-mente ao Distrito e ao País. Não seria de todo compreensível que a responsabilidade de um Partido de alternância governativa, numa autarquia ou num Governo, se deixasse condicionar por propostas assentes em personalidades, sem realçar as acentuadas diferenças com os partidos da coligação de Direita ou á esquerda do PS.

O PS tem hoje necessidade de afirmar a sua identidade recupe-rando a militância de base antes do seu tradicional eleitorado. Sendo que, as bases do partido não podem ser revisitadas somente aquando dos actos eleitorais. Estas terão que ser o alfa e o ómega do projecto socialista, terão que se manter ligadas às principais decisões da governação e agregadas às polí-ticas a desenvolver.

Uma linha ideológica domi-nada pelo mercado tem deixado

feridas na sociedade que só poderão ter resposta através dos equilíbrios promovidos pelo Estado. È impor-tante que um projecto do Partido Socialista seja promotor desses equilíbrios assentes na igualdade e na justiça social. Nesse sentido, vi na candidatura de Madalena Alves Pereira, um projecto doutri-nário, assente nas bases do Partido e de reencontro com a sua história. No inicio da sua acção política ficou bem patente as suas preocupações sociais, através das reuniões de trabalho, tidas com os sindicatos e com o Departamento federativo das mulheres socialistas.

Também a conferencia promo-vida pela sua candidatura sobre ética, transparência e combate á corrupção, tenta centrar o debate num dos temas mais actuais e controversos, que minam a confiança da acção política junto das populações. É imperativo que os partidos políticos debatam sem preconceitos temas fracturantes na sociedade e identitários das preocupações do cidadão comum.

É importante que nesta fase de debate interno se defendam as causas da social-democracia de forma inequí-voca. Mais importante que debater pessoas ou nomes é a afirmação de um projecto autárquico alternativo á maioria comunista para uma melhor afirmação regional na estratégia de desenvolvimento nacional.

*Militante do Partido Socialista

A morte de um reformado em plena Atenas, aquele senhor que deu um tiro

na cabeça porque não conseguia viver com o dinheiro da reforma, atitude política de grande simbo-lismo, devia fazer os responsáveis europeus reflectirem.

Este acontecimento simboliza o perigar da visão daqueles que lideravam a Europa na época da sua fundação, uma visão política, uma visão que trouxe estabilidade, crescimento, riqueza e um Estado Social forte onde as pessoas estavam primeiro.

Monnet dizia “Não coligamos Estados, unimos pessoas”, visão que perdurou até ao início do séc.XXI, mas que foi sendo minada pela agressividade dos mercados. Quem não se recorda da Estratégia de Lisboa em 2000, assente em três vértices – economia forte, pleno emprego, protecção social.

Hoje, deparamo-nos com o desmoronar do sonho Europeu, onde a tecnocracia venceu a política, onde os políticos europeus não são capazes de decidir, onde os fatos cinzentos que pululam em Bruxelas só se preo-cupam com os défices dos países, com as contas públicas, descorando o crescimento e o progresso.

A Europa abandonou as pessoas. Não importa se os cidadãos/

ãs da Grécia passam fome, se em Espanha o desemprego jovem já atingiu os 50%, se em Portugal os salários voltaram aos níveis de

1996 se o desemprego é já de 15% ou se os jovens qualificados aban-donam o país.

Vivemos tempos estranhos, substituem-se líderes dos governos eleitos por tecnocratas, que bem aceites em Frankfurt não têm qual-quer legitimidade democrática para assumirem os lugares.

A História Europeia demonstra que as duas grandes guerras surgiram em contextos de pobreza da Europa. Pergunto-me, até quando esta contra vaga da demo-cracia que afeta a Europa, será benéfica para a Alemanha? E até quando aguenta a França sem ser vítima da ferocidade dos mercados?

Vivemos um período de selva-jaria neo-liberal, onde, a deterio-ração da classe média, a desregu-lação do mercado de trabalho, a pobreza, são cada vez mais uma evidência nos países da periferia, mas prestes a estender-se ao centro.

Não há políticos europeus à altura de travar esta batalha, lembramo-nos de Delors, de Vili-brant, de Mitterand, de Kohl, de González e de Soares. E hoje? Merkel e Sarcazy na sua mediocridade, bem espelhada no novo Tratado Europeu.

A esperança está em Hollande e numa viragem política. Precisamos de estadistas que defendam as pessoas e que tornem a União Europeia num espaço de excelência onde as pessoas estão no coração da decisão política.

*Colaboradora

Eleiçõesno PS Distrital

A Europa abandonouas pessoas

Defender as freguesiasé tarefa de todos

JoséGonçalves*

Manuel Fernandes*

Catarina Marcelino*

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Actual

Primeiro-Ministro quer encontrar solução que evite que o país «despenda uma soma demasiado avultada para um novo aeroporto». Autarcas da região continuam a preferir Alcochete, mas admitem Montijo, caso Governo não mude de ideias relativamente à Portela + 1.

O Primeiro-Ministro quer «evitar» a construção de um novo aeroporto

no campo de tiro de Alcochete, «sobretudo na próxima década», e admite que o Montijo poderá funcionar no futuro em apoio à Portela. As declarações de Passos Coelho foram proferidas durante uma visita oficial à base aérea n.º 6, naquela localidade, ocasião em que não quis fazer muitos comen-tários sobre esta matéria, mesmo estando prevista para Maio a divul-gação do relatório das conclu-sões do grupo de trabalho criado para estudar o assunto. Além do Montijo, os estudos desse grupo de trabalho estão a «intensificar-se» sobre as bases militares de Sintra e de Alverca.

«Dadas as circunstâncias em que o país se encontra, o Governo já teve ocasião de dizer que está a estudar uma alternativa que permita fazer o funcionamento do aeroporto da Portela durante o maior número de anos, o que neces-sitará sempre de uma pista de apoio, que pode vir a ser no Montijo ou não», sublinhou o chefe do Governo. Passos Coelho confirmou também que os estudos sobre esta matéria estão ainda a decorrer e não adiantou mais nada, para «que o país não desate a fazer uma discussão em torno do investi-mento que Portugal teria de fazer sobre uma decisão que não está ainda tomada».

Na reacção às declarações de Passos Coelho, Vítor Ramalho, presidente da distrital do PS, lamentou que o Governo «mude constantemente de posição sobre os assuntos» e disse que a «única certeza que há é que o país está a ser vendido a retalho, enquanto se assiste à delapidação total do Estado». Em declarações ao Semmais, o dirigente socialista disse que a solução Portela + 1 «não faz sentido», apesar de reconhecer que o país está numa situação difícil. «É compreensível que o investimento não se faça para já, mas não concordo que o mesmo não se faça tendo em conta aquilo que já está estudado», diz.

Já o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto, lamenta que a incli-nação do Governo contradiga a

posição que este, alegadamente, definiu para o país, «numa altura em que é necessário captar inves-timento estrangeiro e financia-mentos para Portugal». O autarca diz também que a solução adequada seria construir o aeroporto de apoio à Portela no campo de tiro de Alco-chete, que «poderia mesmo ser a fase zero» do novo aeroporto de Lisboa. «Além disso estaríamos a ir de encontro ao perspectivado no Plano Regional de Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo, de criação da cidade poli-nucleada», sublinha.

Maria Amélia Antunes, que lidera a autarquia montijense, já fez saber que a câmara está mais direccionada para Alcochete, embora admita que gostaria de receber o investimento no concelho. Entretanto, o PSD já veio apelar a

todos os órgãos autárquicos da região para fixar o aeroporto complementar na região.

Passos assistiu a simulacrode busca e salvamento

Durante a visita à base aérea n.º 6 no Montijo, Passos Coelho conheceu os meios aéreos da unidade e assistiu a um simulacro de busca e de salvamento. Na base aérea estão alguns dos equipa-mentos mais modernos da Força Aérea e mais utilizados nas missões de busca, salvamento e vigilância marítima, como os helicópteros EH-101 Merlin ou os aviões EADS CASA C-295, para além das Hércules C-130, aeronaves usadas há anos no ramo.

Bruno Cardoso

Conclusões do estudo sobre aeroporto complementar devem ser conhecidas em Maio

Passos Coelho afasta Alcochete na «próximadécada» e pisca o olho à base aérea do Montijo

DIA 22 deste mês é o Dia Mundial da Terra.

A comemoração desta data remonta a 21 de Março de 1970, em São Francisco, Califórnia, e viria mais tarde a comemorar-se em 22 de Abril, tem como principal objectivo, a sensi-bilização para a defesa do ambiente e da biodiversidade do Planeta Terra.

Num planeta em que se continua a apostar sobretudo nos combustí-veis fosseis, a concretização dos objec-tivos propostos para a comemoração deste dia estão bem longe de serem atingidos, continuamos a consumir os recurso naturais de forma exces-siva, caminhando a passos largos para um planeta insustentável, estamos hoje a consumir recursos equivalentes a um planeta e meio, aumentando significativamente a nossa pegada ecológica.

Num mundo em que a aposta deverá ser a defesa da biodiversidade para que este seja mais sustentável, vemos, cada vez mais, essa biodiver-sidade ser ameaçada nomeadamente no aumento da poluição, alterações climatéricas, perda e alteração dos habitats, fruto da nossa procura insa-ciável por alimentos, água, novas áreas para construção, fontes de energia e materiais, apenas para citar alguns dos principais aspectos da pressão que nós humanos, colocamos sobre o nosso planeta.

Portugal não escapa a estes fenó-menos, a seca extrema que assolou o país, na estação normalmente desig-nada por inverno, que de inverno teve muito pouca, sem chuva e com temperaturas superiores ao normal na maior parte nesse meses, são exemplo o de quanto a acção humana está a alterar o planeta.

Toda esta informação deveria ser no mínimo suficiente para nos fazer parar e reflectir sobre o caminho que estamos a seguir, e se ainda vamos a tempo de reparar erros que irão ter consequências para as gerações futuras.

Talvez seja um lugar-comum dizer-se que não guardes para amanhã o que podes fazer hoje, mas terá que ser a partir de hoje que devemos ganhar uma consciência mais forte na preservação deste ponto azul que se vê lá de cima, pelo menos a julgar pelas imagens e relatos de quem já viajou no espaço.

E se queremos continuar a dizer que a terra é esse ponto azul, cada acção que praticamos no nosso dia-a-dia, deve ter em conta tudo o que podemos contribuir para um ambiente mais sustentável, através de pequenos gestos na poupança de energia, na poupança de recursos naturais, no ganhar a consciência de que este é o nosso planeta, e só nós é que o podemos salvar.

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O primeiro ministro esteve no Montijo e constatou o potencial da unidade áérea da margem sul para apoiar a Portela

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O que podem ter em comum o Alto-forno da Siderurgia Nacional; a Igreja de Santa

Maria, no Barreiro; O Cine Teatro São João, em

Palmela e o edifício da Segurança Social, em Setúbal?

São os quatro imóveis que, durante o ano de 2012, podem vir a aumentar a lista de edifí-cios e sítios já classificados no distrito. Os processos de classi-ficação destes imóveis estão nesta altura em fase de consulta pública, com excepção do Cine Teatro S. João, cujo período para a apresentação de observações terminou no dia 27 de Março.

Se for classificado como IIP, o Alto-forno da Siderurgia Nacional, incluindo os regene-radores de calor, a sala de comando, e demais componentes, assim como uma zona especial de protecção, funcionará como garante da memória «capaz de elucidar o que foi o fabrico inte-grado de aço em Portugal desde a década de 60 até aos finais do século XX», conforme pode ler-se na proposta apresentada.

Alto-forno único no país

O alto-forno é o único no país e a sua manutenção «é um passo importante para assegurar a história do próprio país em termos da sua expressão patri-monial».

A Igreja de Santa Maria, na freguesia do Alto de Seixalinho, no Barreiro, o adro envolvente e edifício dos serviços paroquiais, onde actualmente funciona o Externato Manuel de Melo, tenta obter a certificação do IGESPAR apostando nas características arquitectónicas.

Trata-se de uma igreja que se «impõe pelas suas dimensões» e que permite sentar um milhar

de pessoas na nave. Possui ainda o baptistério e sacristia, para além de outras dependências. O edifício composto por três pisos insere-se na tipologia de igrejas integradas no MRAR, Movimento de Renovação da Arte Religiosa, comum nas décadas de 50 e 60 do século passado.

Embora ao olhar mais comum, o edifício que alberga o Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal possa parecer “banal”, o imóvel tem características que levaram a CCDR LVT a apresentar a proposta para a sua classifi-cação como Imóvel de Interesse Público. O edifício foi projectado por Raul Chorão, em 1968, e dois anos depois a obra estava concluída.

Faz parte de um conjunto de edifícios projectados na altura e encontra grandes semelhanças com os de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores; e do Funchal, na ilha da Madeira. O edifício, constituído por um bloco rectangular, é dividido em três pisos que se desenvolvem em torno de um pátio interior onde se destaca um jardim com floreiras salientes que, nos alçados laterais, fazem a marcação dos vários andares.

Cine Teatro São Joãode IIM a IIP

O Cine Teatro São João fica situado no centro de Palmela, é um dos ex-libris da vila e foi já classificado como Imóvel de Inte-resse Municipal (IIM). Mandado construir por Humberto da Silva Cardoso, então presidente da Câmara de Palmela, com projecto do arquitecto Wily Brun e do engenheiro Pedro Cavalleri Martinho, foi inaugurado em 1952 e alvo de recentes obras de remo-delação.

Dos edifícios que aguardam

decisão do IGESPAR é o único do distrito cujo período de consulta pública já terminou.

Trata-se de um edifício sóbrio e harmonioso, concordante com os valores do Modernismo. Apesar de ter recebido obras de beneficiação foram mantidos os elementos arquitectónicos e decorativos e o mobiliário de origem, incluindo as cadeiras de madeira e o lustre em ferro forjado da sala principal.

Marta David

Mais quatro imóveis vão ser classificados pelo IGESPAR

Onda do Interesse Público chegaa horas aos edifícios do distrito

No distrito de Setúbal existem 132 imóveis classi-ficados pelo IGESPAR como Imóveis de Interesse Público (70), Interesse Municipal (40) ou Monumentos Nacionais (22), para além de dois Sítios de Interesse Público e um Conjunto de Interesse Público.

As classificações são apli-cadas em edifícios cujos traços arquitectónicos ou cuja utili-zação fazem ou fizeram parte da história das terras onde foram erguidos, como são os casos dos edifícios militares, como fortes e castelos, habi-tacionais ou religiosos.

E embora em tempos o património histórico fosse aquele que mais pesava na escolha dos edifícios a classi-ficar, hoje o modernismo ganha terreno e coabitam numa mesma designação imóveis de vários séculos e de carac-terísticas bastante diferentes.

O arqueólogo José Luís Neto justifica esta tendência para classificar edifícios mais modernos com a «saudade e obsessão pelo futuro» do Estado português.

«Assinámos todos os tratados internacionais patri-moniais sem haver fundos para os implementar, dedicamo-nos a teorias e experiências de ponta e ainda nem explicámos aos portugueses porque se protegeu Foz Côa», diz, admi-tindo que a classificação do edifício da Segurança Social se insere nesses modismos. «Decidimos deixar-nos da protecção das arqueologias e dos castelos, que isso fede a Estado Novo e queremos proteger coisas modernas, que mostrem um país adaptado aos tempos modernos. Somos vanguarda, abertos, tolerantes e gostamos de inovação».

Apesar disso, defende que o «panorama patrimo-nial português, na óptica do Estado, independentemente de alguns apontamentos inte-ressantes, é relativamente pobre face aos nossos congé-neres europeus» e aponta a Igreja como um dos princi-pais garantes da preservação patrimonial.

Os «modismos»que fede o Estado

Imóvel Int. Público Imóvel Int. Municipal Monumento Nacional Sítio Int. Público Conj. Int. Público TOTALAlcácer Sal 7 2 2 - - 11Alcochete 2 1 1 1 - 5

Almada 6 7 - - - 13Barreiro 1 4 1 - 0 6

Grândola 6 1 1 - - 8Moita 3 1 - - - 4

Montijo 5 9 - - - 14Palmela - 4 4 1 - 9Santiago 5 1 2 - - 8

Seixal 12 1 1 - - 14Sesimbra 7 - 1 - - 8

Setúbal 13 9 8 - - 30Sines 3 - 1 - 1 5

distrito 70 40 22 2 1 135

Alto-forno da Siderurgia Nacional é um ex-libris da velha indústria

D.R

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UMA EQUIPA da Facul-dade de Belas-Artes de Lisboa descobriu no último ano e meio de trabalho várias grutas e sítios arque-ológicos inéditos na Arrá-bida, que remontam ao período Neolítico e idade do Bronze. A investigação, que tem em vista o enrique-cimento da carta arqueo-lógica da Arrábida, tem sido liderada pelo arqueólogo Manuel Calado, que diz estar «fascinado» com o «osso duro de roer que é a Arrá-bida, um desafio verdadei-ramente complexo».

A equipa constituída por arqueólogos e espeleólogos

descobriu vestígios de habi-tações, círculos de pedras, estruturas hidráulicas, fornos de cal e um possível convento na mata do Soli-tário, que considera serem «surpreendentes». «O grande sítio na serra da Arrábida descoberto é o castelo dos mouros, um dos povoados da idade do Bronze mais espectaculares e ainda pouco documen-tados até hoje», afirma Manuel Calado. Desde o início da elaboração da carta arqueológica da Arrá-bida já foram, ao todo, iden-tificados 27 povoados pré e proto-históricos, desde o período Neolítico antigo até à idade do Bronze.

Na área da espeleologia, a gruta do Formosinho, o algar Monte Abrãao e as lapas de Alpertuche e Verde estão a fazer as delícias dos cientistas. Algumas apre-sentam formações «muito bonitas e contêm vestígios arqueológicos de relevo». A lapa Verde, a maior gruta conhecida em todo o concelho de Setúbal, tem 28 entradas possíveis e é aces-sível por terra e mar.

Trabalho para criação de parque temático

O trabalho desenvolvido pela equipa da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa visa também ajudar na

criação de um parque temá-tico em plena serra da Arrá-bida, a primeira estrutura do género em Portugal e a terceira maior na península Ibérica. O director da facul-dade, Luís Jorge Gonçalves, sublinha que o objectivo passa por manter «preser-vada e controlada» a paisagem da Arrábida, mediante a «criação de sinergias na região, numa época de crise».

O parque temático deverá ter uma grande componente lúdica e cien-tífica, estando prevista a construção de uma aldeia neolítica e de bronze, à seme-lhança do que já acontece em França ou Espanha. «Queremos recuperar tecno-logias e demonstrar como eram feitas, antigamente, a agricultura, a pastorícia, a cerâmica, a guerra, a caça, a arqueologia, os cultos sagrados e, mesmo, a leitura dos céus», explica Luís Jorge Gonçalves.

O professor não esquece ainda a importância de mostrar a «Arrábida ao mundo», tendo em conta a candidatura da Arrábida a património mundial da UNESCO que a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) prepara e que estima ter pronta até Julho deste ano.

Bruno Cardoso

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Equipa «fascinada» admite ser um ‘osso duro de roer’

O REFORÇO da oferta e da promoção turística no Parque Natural da Arrábida (PNA) foi uma das sugestões ouvidas na sessão pública de recolha de contributos para a candidatura da cordi-lheira a Património Mundial, realizada, esta semana, em Setúbal.

Naquela que foi a primeira das três sessões públicas a desenvolver em Setúbal, Palmela e Sesimbra, os concelhos abrangidos pelo Parque Natural da Arrá-bida, para recolher opiniões que enriqueçam a Candida-tura da Arrábida a Patri-mónio Mundial Misto da Unesco, a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, frisou que esta candidatura não é apenas dos três municípios, mas sim «um grande projecto para o país».

Na sessão, o público manifestou apoio ao processo da candidatura, coordenada pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), em articu-lação com as três autarquias

e com o Instituto da Conser-vação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

Uma das necessidades apontadas é a de mais mate-riais informativos, de cariz turístico, sobre o Parque Natural da Arrábida. Sofia Castel-Branco, do ICNB, que, juntamente com a autarca de Setúbal e o representante da AMRS João Afonso, ouviu as sugestões do público, sublinhou que a actual conjuntura do país inviabi-liza um investimento mais forte naquela área.

Proteger e valorizar

A responsável realçou que a promoção turística não é a principal função do Parque Natural, mas, indicou, o organismo tem orientado vários projectos e acções de sensibilização e divulgação da importância daquela área protegida junto da comuni-dade educativa e da popu-lação.

O processo da candida-tura teve início em 2001,

sendo que em Maio de 2004 o Bem Arrábida foi incluído na Lista Indicativa Portu-guesa, ou seja, na pré-selecção nacional de patri-mónios a candidatar a uma eventual classificação da Unesco, na altura a Patri-mónio Mundial.

A Arrábida é candidata a Património Mundial Misto, conjugando critérios de vertente natural, cultural e cultural imaterial, segundo a convenção da Unesco de 1972, diferente da de 2003, a que se candidatou o Fado.

Com o objectivo de proteger, preservar e valo-rizar a Arrábida, numa simbiose sustentada entre natureza e presença humana, a candidatura apoia-se em vários valores diferentes, como a presença de espé-cies de fauna e flora raras ou únicas na cordilheira, os fenómenos geológicos de grande importância e o rele-vante papel que desempe-nhou na história de Portugal, como o caso do período da formação do território nacional.

Mais turismo para PNACarta arqueológica da Arrábida enriquecida com novas grutas e sítios arqueológicos inéditos

Trabalho será importante na criação do futuro parque temático da Arrábida. Novos vestígios vão ajudar a mostrar a Arrábida «ao mundo», numa altura em que a AMRS candidata a área a património mundial da UNESCO.

Sofia

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Empreitadas deixam cidade «voltada para as pessoas» e com fácil mobilidade

Investimento de 10 milhões concretiza visão estratégica para Santo AndréPresidente da Câmara de Santiago está «orgulhoso» do trabalho feito no espaço urbano e gaba esforço para «excepcionar» candidatura. Falência de empreiteiro atrasou algumas obras, mas autarquia promete rapidez na resolução do impasse.

AS EMPREITADAS de regene-ração urbana levadas a cabo pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém em Vila Nova de Santo André estão a deixar a cidade de cara lavada e concretizam a «nova visão estratégica» pretendida há anos para aquele território. Os 11,2 quiló-metros de ciclovia criados dentro do perímetro urbano são a face mais visível desta candidatura da autar-quia a fundos comunitários, que ascendeu a 10 milhões de euros, 7 milhões dos quais comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvol-vimento Regional (Feder).

Vítor Proença, presidente da edili-dade, diz que o Programa Integrado de Qualificação Urbana (PIQURB) de Vila Nova de Santo André tem procu-rado responder «aos problemas actuais e futuros» do aglomerado urbano, sem deixar cair a ideia de uma cidade «voltada para as pessoas, ciclável e de fácil mobilidade». Em declarações ao Semmais, o autarca recorda o esforço que foi feito inicialmente pela câmara para a candidatura ser «excep-cionada» pelo Estado e diz que a guerra, «entretanto comprada, foi vencida».

Uma das empreitadas mais aguar-dadas pela população é a do parque central. A nova imagem urbana do pulmão verde da cidade será inau-gurada a 28 de Julho e inclui, além da recuperação dos caminhos e do lago, o aumento da área do parque infantil, a criação de um espaço para os mais idosos e a plantação de 700 espécies autóctones, a maioria dos quais pinheiros mansos, sobreiros, carvalhos e azinheiras. Os bairros da Várzea e da Petrogal também foram intervencionados, num inves-timento que ascendeu a quase meio milhão de euros.

Falência de empreiteiroatrasa obras

A requalificação dos eixos urbanos estruturantes de Vila Nova

de Santo André já era, por seu lado, para estar bem mais avançada, não tivesse o empreiteiro falido e obri-gado a autarquia a abrir novo concurso para adjudicar a obra, uma das mais pesadas do ponto de vista financeiro no PIQURB. O valor facturado já ultrapassou os 620 mil euros. Além da construção de rotundas, a empreitada incluiu arranjos exteriores, tratamento de espaços verdes, redes de rega, plan-tação e mobiliário urbano, bem como a construção de passadeiras de nível e sobreelevadas e a remo-delação de placas de toponímia.

A requalificação urbana dos bairros da Atalaia, Azul e Pôr-do-sol também foi afectada pela situ-ação, mas a Câmara Municipal de Santiago do Cacém espera que os trabalhos recomecem rapidamente, agora que ambas as empreitadas já foram novamente adjudicadas. As obras estão mais atrasadas no bairro Azul, cujas colectivas estão também por recuperar. A autar-quia continua a aguardar que o Instituto da Habitação e da Reabi-litação Urbana (IHRU) tome uma decisão sobre o futuro do parque habitacional, embora continue a defender a sua passagem para gestão camarária, permitindo assim ao concelho ceder posteriormente os espaços a entidades locais e regionais, por via de um contrato de comodato.

O PIQURB é o primeiro instru-mento de planeamento integrado de que a cidade dispõe desde que o Gabinete de Área de Sines foi extinto, no final da década de 80, sendo enca-rado como estruturante e decisivo para a definição dos seus rumos e desafios de desenvolvimento. Vila Nova de Santo André tem um passado recente e surgiu no começo dos anos 70 como componente fundamental do complexo indus-trial e portuário de Sines.

Bruno Cardoso

Obras já concluídas

Obras a concluir

Gabinete de Santo AndréEm funcionamento512 mil eurosServiço desconcentra actividades da câmara e impede população de ir para sede de concelho. Saneamento, urbanismo e problemas de proximidade têm as maiores procuras.

Rede ciclável de Santo AndréInauguração: 28 de Abril510 mil eurosIntervenção engloba construção da ciclovia de 11,2 km. e remode-lação de alguns troços da rede de iluminação pública.

Requalificação dos eixos urbanos estruturantesInvestimento por precisar dada a falência do empreiteiroEsta intervenção inclui a construção da rotunda do Liceu, da rotunda das Torres e a requalificação dos eixos estruturantes.

Requalificação do parque central Inauguração: 28 de Julho984 mil euros (19 mil a cargo da Águas de Santo André)Intervenção engloba a reabilitação do lago, recuperação e criação de espaços verdes e estacionamentos, recuperação e criação de circuitos pedonais, melhoramento da iluminação pública e novo mobiliário urbano.

Requalificação urbana dos bairros da Atalaia, Azul e Pôr-do-solInvestimento por precisar dada a falência do empreiteiroOs trabalhos dizem respeito aos arranjos exteriores, pavimentações, rede de águas pluviais, mobiliário urbano, toponímia, espaços verdes, redes de rega e plantações.

Sede Academia Sénior de Artes e SaberesInauguração: 28 de Abril107 mil eurosEmpreitada visa a reabilitação e reutilização de uma das coletivas do Bairro Azul, bem como a promoção da animação e formação na cidade.

Requalificação dos bairros da Várzea e da PetrogalInauguração: 25 de Abril461 mil eurosObra visou a remodelação das redes de abastecimento de água, a requalificação dos arruamentos e a construção de passeios e a reor-ganização do trânsito.

Autarcas em visita às obras de Vila Nova de Santo André

Antes

Antes

Antes

Antes

Depois

Depois

Depois

Depois

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de dezasseis de Abril do ano dois mil e doze, lavrada de folhas cento e trinta e nove e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e sete-A, deste Cartório, LEONTINA BRANCO PEREIRA, natural da freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, viúva, residente habitualmente no Monte dos Patos, Rua da Estação da Mourisca, CCI cinco mil cento e dois, Pontes, Setúbal, contribuinte fiscal número 162899890, e filho LUÍS MIGUEL PEREIRA VIEIRA, natural da freguesia de São Julião, do concelho de Setúbal, casado com Maria Custódio Gouveia Vieira sob o regime da comu-nhão de bens adquiridos, residentes habitualmente no Monte dos Patos, Rua da Estação da Mourisca, CCI cinco mil cento e nove, Pontes, Setúbal, contribuintes fiscais, respectivamente, números 162899912 e 106234781, justificam ser donos e legítimos possui-dores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrém, de um prédio rústico composto de vinha e horta, com a área de cinco mil e três metros quadrados, situado em Brejos de Canes, na freguesia de São Sebastião, do concelho de Setúbal, que confronta do Norte com Rua da Estação, do Sul com Maria dos Prazeres Pato, do Nascente com Rua José da Silva Neto, e do Poente com Dolores Teixeira, inscrito sob o artigo 98 de Secção E, da matriz rústica da freguesia de São Sebastião, com o valor patrimonial de 36,74€, constando como titular do referido artigo matri-cial Júlio Neto Vieira. Que, no tocante ao registo predial, faz parte do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número seis mil cento e setenta e dois, a folhas cento e sete do livro B-vinte e seis, actualmente sob o número trezentos e quarenta e oito, de vinte e oito de Fevereiro de mil novecentos e noventa e dois, da citada freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, com registo de direito de propriedade a favor de: a) Um quarto indiviso a favor de António da Silva Neto, casado com Maria Martins, sob a inscrição requisitada pela Apresentação duas, de dois de Maio de mil novecentos e sessenta e seis; b) Um quarto indiviso a favor de Maria de Jesus, casada com João Maria Vieira, sob a inscrição requisi-tada pela Apresentação três, de dois de Maio de mil novecentos e sessenta e seis; c) Um quarto indiviso a favor de Constantina de Jesus, casada com Joaquim Pato da Silva, sob a inscrição requisitada pela Apresentação quatro, de dois de Maio de mil novecentos e sessenta e seis; d) Um quarto indiviso a favor de José Pereira, casado com Florência da Silva, sob a inscrição requisitada pela Apresentação seis, de dois de Maio de mil novecentos e sessenta e seis;

ESTÁ CONFORMECartório Notarial de Setúbal, do

Notário Lic. João Farinha Alves, aos dezasseis de Abril do ano dois mil e doze.

O Notário(Lic. João Farinha Alves)

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“+ PRODUÇÃO” é o mote da Ovibeja deste ano, a 29.ª edição, que se realiza entre 27 de Abril e 1 de Maio no Parque de Feiras e Exposições de Beja. Como sempre, a Ovibeja apresenta-se como principal palco nacional para reflectir o presente e o futuro, potenciar a excelência, proporcionar troca de saberes e convidar à festa e à partilha. Áurea (dia 27), Tony Carreira (28) e Bob Sinclair (30) são os artistas convidados.

A Ovibeja, como marca de qualidade, de discussão e análise dos temas da actualidade, de reivindi-cação, de festa e de convívio é um evento que já marcou posição em termos regionais, nacio-nais e até além fronteiras, como é o caso da nossa vizinha Espanha.

A Ovibeja é o encontro da diversidade e da riqueza da cultura alentejana e nacional. É um local de festa e de diversão, um espaço de negócio e de troca de experiências, um terreiro de cultura e de debate, um fórum político e de cidadania.

Concursos e exposi-ções de gado, corridas de toiros, demonstrações equestres, artesanato, comércio, provas despor-tivas, exposições empre-sariais e institucionais preenchem a oferta do certame para além de uma intensa programação cultural, com espectá-culos e concertos para animar as famosas “Ovinoites”.

Ligue 918 047 918 ou envie um e-mail para [email protected] para ganhar convites para a Ovibeja.

Convitespara Ovibeja

OS PRIMEIROS dois meses de existência da Academia dos Anjos não podiam ser mais positivos, tendo mesmo superado as expectativas dos manos Nélson e Sérgio Rosado que esta semana promoveram um workshop com o guitarrista dos Xutos, Zé Pedro.

O «bairrismo» e a vontade de proporcionar condições às pessoas que pretendam aprender e profissionalizar-se na música levou a dupla de artistas a iniciar este projecto musical e, até à data, o inves-timento não podia ter sido mais assertivo. Nelson Rosado adianta ao Semmais que têm entrado em média, por mês, «10 a 12 alunos na academia» o que, dada a conjuntura económica em que o país se encontra é «surreal». Dada a «imensa procura», existem agora «mais alunos em lista de espera do que aqueles que estão no activo», confirmando, uma vez mais, o sucesso do

projecto, acrescenta Sérgio Rosado, ao assegurar a susten-tabilidade da academia que, ao criar postos de trabalho, contribui para o combate à crise.

Já Sérgio Rosado sustenta que uma das principais razões para o sucesso da iniciativa prende-se com o conceito da academia, fugindo aos padrões das tradicionais escolas de música, uma vez que não se trata de um «conservatório» mas sim de uma «escola profissional», o que confere uma «melhor

preparação» aos alunos. Por outro lado, destaca a «quali-dade do ensino» como uma das grandes armas deste projecto, aliada à «liberdade de escolha» nas áreas musi-cais disponibilizadas.

E foi para oferecer ainda mais escolhas e abrir novos horizontes aos estudantes que a Academia dos Anjos recebeu, quarta-feira, um workshop com Zé Pedro, o mítico guitar-rista dos Xutos e Pontapés. Para o artista convidado, este tipo de iniciativas é «impor-tantíssimo» uma vez que

permite aos mais jovens o «contacto com músicos» conferindo-lhes uma maior «motivação».

Satisfeitos com a adesão dos alunos ao workshop, os Anjos prometem que este tipo de iniciativas é para continuar e revelam ter já efectuado contactos com músicos de outras áreas técnicas, para que os alunos continuem a «conviver» com o universo da música nacional.

David Dias e Bernardo Martins

Zé Pedro testemunha «adesão brutal» na Academia dos Anjos

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Zé Pedro, um dos ícones dos Xutos e Pontapés, ladeado pelos manos Nelson e Sérgio Rosado

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Política

OS COMUNISTAS reconhecem que é necessária a construção de um porto de pesca de maior dimensão, na Trafaria, que permita a descarga do pescado, nomea-damente de traineiras que operam ao largo de Lisboa, Almada e Cascais e que têm de descarregar em Sesimbra ou Setúbal. Esta reivindicação saiu das jornadas parlamentares do PCP, que decor-reram no passado dia 17.

Deputados eleitos pelos círculos eleitorais de Setúbal e Lisboa, eleitos nos órgãos autár-quicos locais e dirigentes do PCP nas duas regiões, contactaram com os trabalhadores das comu-nidades piscatórias da Trafaria, Cacilhas, Cova do Vapor, Fonte da Telha e Paço de Arcos, assim como com os seus os represen-tantes, nomeadamente o sindi-cato dos trabalhadores da Pesca do Sul, a Federação dos sindi-catos do sector da Pesca e Asso-ciações de armadores e pesca-dores do concelho de cascais.

Segundo os comunistas, as polí-ticas dos sucessivos governos têm conduzido ao «afundamento» do sector a nível nacional, facto «bem presente» no Estuário do Tejo.

Tanto na Cova do Vapor como em Paço de Arcos, a Adminis-tração do Porto de Lisboa aponta «soluções mínimas (portos de abrigo) que, embora sejam impor-tantes para as comunidades pisca-tórias mal resolvem o problema de base surgido com o encerra-mento da doca de Pedrouços em Lisboa», sublinham.

Outra grave preocupação é a que diz respeito à comunidade dos pescadores de Cacilhas, que foi “expulsa” da doca da ex-Parry Son, estando sem actividade desde Janeiro de 2012. As solu-ções apresentadas em «nada contribuem para a continuidade da actividade piscatória no local. Estamos perante mais uma enorme falta de respeito pelos pescadores e suas famílias», alegam os comunistas.

Outro aspecto apresentado como preocupante para o sector, nomeadamente a colocação de cabos submarinos na zona da Fonte da Telha e Pinhal do Rei, as prospecções de petróleo e gás natural e até a presença de navios militares no Estuário do Tejo, são «impeditivas da actividade pisca-tória, sem qualquer compensação para os pescadores».

Comunistas propõem construção de portode pescana Trafaria

A possível construção, no Montijo, de um aeroporto ‘low-cost’, levou a Distrital

de Setúbal do PSD, a apelar à «união de entre os órgãos autárquicos da região» com o objectivo de fixar o aeroporto complementar na base aérea daquela cidade.

Embora ressalvem que essa decisão está nas mãos do governo, os social-democratas defendem que o aeroporto do Montijo é aquele que «reúne as melhores condições para acolher esta infra-estrutura, não só porque possui um conjunto de características intrínsecas que se constituem como pontos fortes muito importantes para um aero-porto deste tipo, mas também aten-dendo à sua localização na medida

em que as acessibilidades e meios de transporte a cidades vizinhas estão bem consolidados».

Pedro do Ó Ramos, presidente da distrital, afirma que, por possuir um aeroporto comple-mentar, a base aérea do Montijo permitirá «a maior expansão, e com o menor custo», que, argu-menta é um «factor fundamental para a viabilidade económica, na prática de baixas taxas aeropor-tuárias exigidas pelos operadores ‘low-cost’».

O dirigente social-democrata considera importante haver uma união em torno deste objectivo, que seria importante para o desen-

volvimento da Penín-sula de Setúbal.

«Os nossos eleitos irão apre-sentar uma moção neste sentido nos vários órgãos autárquicos. Acredito que esta é uma matéria que irá unir todas as forças polí-ticas», refere Pedro do Ó Ramos.

No final de 2011, o Governo tomou a decisão de nomear um grupo de trabalho para estudar as formas de maximização da capa-cidade actual do aeroporto da

Portela e, ao mesmo t e m p o ,

estudar a possibi-lidade de reconverter, para comple-mentar o aeroporto da Portela, uma das bases aéreas militares da região de Lisboa, nomeadamente: BA6 Montijo; BA1 Sintra; Depósito Geral de Material da Força Aérea de Alverca, admitindo ainda as eventuais hipóteses da BA5 de Monte Real e, do aeroporto de Beja. Foi dado a este grupo de trabalho o prazo de 90 dias para apresentar o referido estudo.

PSD apela à união em torno do aeroporto ‘low-cost’ para o Montijo

AS FREGUESIAS do concelho de Setúbal ensaiaram, quarta-feira, uma onda de protestos, que os autarcas prometem «endurecer», contra a projectada reforma da administração local, que prevê a extinção e fusão de juntas de freguesias, 21 das quais no distrito de Setúbal.

A concentração, organizada por sete das oito juntas de freguesia do concelho sadino, com apoio da Associação Nacional de Fregue-sias (ANAFRE), Associação de Municípios do Distrito de Setúbal (AMRS) e grupo de Utentes de Saúde de S. Sebastião, arrancou da Praça do Brasil até ao coreto da Avenida Luísa Todi, e juntou cerca de duas centenas de traba-lhadores destas autarquias.

Os dirigentes locais não têm dúvidas em afirmar ter-se tratado de «uma grandiosa manifestação», antevendo uma ainda maior parti-cipação nas acções de protesto agendadas para os dias 25 de Abril e 1 de Maio. «Esta é a primeira de muitas acções colectivas que vamos realizar, porque a luta vai conti-nuar», enfatizou Nuno Costa, presi-dente da Junta de Freguesia de S. Sebastião.

Numa alocução muito aplau-dida, o autarca reafirmou a ideia de que é hora de «sair à rua em defesa do trabalho, do serviço público e da melhoria das condi-ções de vida das populações». E foi mais longe ao considerar que a nova lei «é injusta, irracional e uma grande machadada na demo-cracia do país», já que, segundo o próprio, «a população não foi

ouvida e os pareceres dos autarcas não são vinculativos».

Lei cega e ataqueà democracia

Afinando pelo mesmo diapasão, o vereador da Câmara de Setúbal, Manuel Pisco, afirmou que a reforma da administração local proposta pelo actual governo «é uma lei cega, um ataque ao Estado democrático e um processo de eliti-zação do serviço público». E explicou porquê: «As freguesias são o elemento mais estruturante da democracia e conseguem atingir os seus objectivos com poucas receitas».

Já Francisco Jesus, presidente da Junta de Freguesia do Castelo, Sesimbra, presente em represen-tação da ANAFRE, afirmou que a nova lei «foi aprovada à pressa» e exortou à contestação de todos os autarcas da região e do país. «Esta

é uma luta de todos os partidos e de todos os eleitos, inclusive dos eleitos que pertencem às mesmas forças políticas que nos governam actualmente». Contra o argumento de que a extinção de freguesias garantirá uma maior produtivi-dade no país, conforme preconiza o actual Governo, Jesus fala em «falácia», já que, reafirmou aos manifestantes, «quando se perde proximidade com a população, perde-se também eficácia e efici-ência».

Recorde-se que a manifestação de Setúbal surgiu na sequência da apresentação a semana passada de um manifesto público lançado pelos presidentes das juntas do concelho de Setúbal, com excepção de Celestina Neves, a presidente da Junta de S. Lourenço, que não acompanhou o protesto e que já fez saber que concorda com a fusão de duas freguesias de Azeitão.

David Dias e Bernardo Martins

Centenas manifestaram-se em Setúbal contra ‘ataque’ ao poder local

Autarcas prometem não darde barato extinção de freguesias

Em declarações ao Semmais, Manuel Pisco teme o «afastamento da população face aos assuntos polí-ticos» como consequência da extinção das freguesias. E refere uma catadupa de problemas, desde logo «uma maior desertificação no inte-rior do país» e a «desvalorização de colectividades e instituições locais, que promovem actividades cultu-rais e desportivas».

Pisco teme futuro alheamentoda população

A PRESIDENTE da Câmara de Setúbal, Dores Meira, garantiu na última sessão de câmara que o lote de terreno n.º 9 da rua dos Traba-lhadores do Mar continua registado em nome da autarquia, desmen-tindo aquilo que foi divulgado esta semana por um órgão de comuni-cação social, que dava conta de a edilidade ter perdido esse lote, bem como 150 mil euros num contrato de compra e venda do terreno com a sociedade Setúbal Polis.

Em causa estava a necessidade de a câmara fazer a ligação entre a rua da Saúde e a avenida Jaime Rebelo. O terreno onde se situava a área que hoje é atravessada era propriedade da empresa Algarve Alimentar, que o aceitou ceder, mediante permuta com o lote n.º 9. A câmara decidiu vender este lote à sociedade Setúbal Polis para que esta fizesse a permuta.

Dores Meira recorda que a autar-quia tinha conhecimento de que sobre o terreno da Algarve Alimentar estava pendente uma hipoteca, que o proprietário tinha garantido levantar com a concretização da escritura, «o que não aconteceu até hoje». Como a permuta não foi concretizada, a Setúbal Polis «nunca» registou o lote como sendo seu, apesar de existir uma escritura, datada de 19 de Setembro de 2008, que iniciou a venda do lote n.º 9.

A autarquia entendeu «exis-tirem condições» para avançar mesmo assim com a obra de ligação da avenida Jaime Rebelo à rua da Saúde. «A Algarve Alimentar ter-se-á compro-metido a efectuar o registo da parcela que tinha cedido como espaço público», lembra a autarca.

Dores Meira nega que câmara tenha perdido lote 9e 150 mil euros

Eleitos e trabalhadores na mesma luta

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A esmagadora maioria dos habitantes da região de Setúbal não tem dúvidas de que os valores da Liberdade e da Democracia ainda estão into-

cáveis como duas das grandes conquistas da Revo-lução dos Cravos. Mas ainda assim, não se regista um pleno nestes dois parâmetros, com uma incidência resi-dual de respostas negativas. Curiosamente, ou talvez não, é no escalão etário dos 50 a 55 anos de idade que se registam as impressões de que hoje a democracia está a ser ferida.

Situação oposta verifica-se nas Expectativas de futuro, com a maioria dos inquiridos a sustentar a ideia de que com o eclodir da Revolução seria expec-tável um futuro mais risonho, sendo que neste aspecto, os escalões etários dos 40 a 49 anos e dos 50 aos 55 revelaram-se mais pessimistas face aos tempos que correm.

Também no que diz respeito à Qualidade de Vida, a tendência da sondagem telefónica do Semmais revelou uma razoável quebra de confiança, embora os resul-tados sejam de algo modo bem mais equilibrados.

Sondagem Semmais

Perfil da Ficha TécnicaQuisemos medir, ainda que não de forma científica, quatro valências sociais que na actualidade começam a fazer sentido quando comparadas com o período da revolução

de Abril de 1974. O estudo foi realizado através de chamadas telefónicas, de forma aleatória e procurando cumprir um universo traçado pela diversidade da região, três escalões etários abrangentes e sexos. Aferimos o que os habitantes da região pensam da Liberdade, Democracia, Qualidade de Vida e Expectativas de futuro.

Conquistas da Revolução Intocáveis,Qualidade de Vida tremida e Expectativas em baixa

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Deolinda, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Naifa, Fausto e Brigada Victor Jara são os grandes vultos nacionais que vão actuar na região, na noite do dia 24, para dar as boas vindas às celebrações de Abril. Mas a programação, nos treze concelhos, está recheada de diversas acti-vidades culturais, despor-tivas e sociais, numa orga-nização dos municípios, colectividades e associações.

Setúbal celebra Zeca Afonso

A noite do dia 24, em Setúbal, começa com a projecção de vídeo sobre Zeca Afonso, às 21h30, no Largo da Misericórdia. Segue-se concerto com João da Ilha e com o grupo Realejo, e, a partir da meia-noite, já no dia 25, há um ‘after-hours’ na Capricho. A visita às obras da Casa da Cultura acontece às 11h30. A apresentação das memó-rias da revolução, editadas

no livro “O Dia Inicial”, de Otelo Saraiva de Carvalho, é no dia 24, às 15 horas, na biblioteca.

Fausto e Deolinda animam Almada

Almada celebra a data com um espectáculo musical e fogo-de-artifício, no dia 24, na Praça da Liber-dade. Fausto e Deolinda animam a noite da liber-dade, a partir das 22 horas.

À meia-noite é lançado o tradicional fogo-de-arti-fício, depois de ouvido o tema “Grândola Vila Morena”.

Sérgio Godinho canta no Seixal

No dia 24, às 22 horas, o Seixal acolhe o espectá-culo com Sérgio Godinho. À meia-noite estalam os foguetes sobre a baía. Os Expensive Soul actuam a partir das 0h30, na Praça 1.º de Maio. Na manhã do dia da Liberdade, decorre a XXVIII Estafeta 25 de

Abril, na zona ribeirinha da Arrentela, e a saudação do poder local ao 25 de Abril, junto ao monumento ao 25 de Abril, na Praça 1.º de Maio.

Desfile da Liberdadeno Barreiro

O dia 24, no Barreiro, vai ficar marcado com o desfile da Liberdade, a partir das 21 horas. Uma hora depois, no Parque da Cidade, há espec-táculo com os Arteviva, a banda municipal e o coral TAB. No dia 25, decorre o hastear da bandeira, pelas

11h30, nos Paços do Concelho, com as actuações do Coro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro e da Banda Municipal, com a participação das fanfarras dos Bombeiros.

Cristina Branco em Palmela

Em Palmela, o destaque vai para a sessão solene da Assembleia Municipal, no dia 25, às 11 horas, no S. João. Mas antes, a 24, às 22 horas, Cristina Branco apresenta o espectáculo “Abril”, dedi-cado a José Afonso, nos Voluntários do Pinhal Novo. No dia 24, entre as 9h30 e as 12h30, os paços do concelho serão visitados por alunos da Escola de Batudes.

Dia de democracia e liberdade comemorado com animação no 38º aniversário de Abril A região celebra os 38 anos da Revolução dos Cravos, nos dias 24 e 25, com concertos, desfiles, exposições, foguetes e provas desportivas. Sessões solenes comemorativas do 25 de Abril também têm lugar, tudo para relembrar uma data que nos trouxe democracia e liberdade. Saia à rua e celebre no seu concelho.

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Dia de democracia e liberdade comemorado com animação no 38º aniversário de Abril A Artemrede propõe a oficina “Telefonia de Abril”, no dia 24, às 10 horas, no auditório de Pinhal Novo, e às 14h30, no Centro Cultural de Po ­ceirão.

Naifa actua na Moita

É na Baixa da Banheira que a Naifa irá actuar, pelas 22 horas, do dia 24, para cele­brar Abril com o quarto álbum de originais. No dia seguinte, às 10h30, sai à rua o desfile da Liberdade, com centenas de pessoas, autarcas e popu­lação a encher de cor e alegria a principal avenida da Moita.

Pão, febras e vinhoem Alcochete

Em Alcochete, no dia 24, às 21 horas, nos Paços do Concelho, é inaugurada a exposição “35 Anos do Poder Local em Alcochete”. Uma hora depois actuam, no Largo de S. João, os Marés de Sons e os Batucando, seguindo­se a oferta de febras, pão, vinho

e cravos. A sessão solene da Assembleia Municipal é no dia 25, às 21h30.

“Junto de si” ajudaidosos no Montijo

O ponto alto das come­morações no Montijo vai para a apresentação do projecto “Junto de si”, no dia 25, às 16 horas, na Junta do Alto Estan­queiro/Jardia, uma acção que pretende apoiar os idosos isolados. A cerimónia de apre­sentação do projecto conta com momentos musicais do Conservatório Regional de Artes e do Rancho do Águias Negras. Haverá também um momento de poesia alusivo ao 25 de Abril.

Vila de Sesimbrahomenageia navegador

Na noite do dia 24, Sesimbra, os alunos do clube de música da Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti e do clube de teatro da Escola Básica Navegador Rodri­gues Soromenho e Manuel Guerra sobem ao palco do teatro João Mota para apre­sentar um espectáculo alusivo ao 25 de Abril. No

manhã do dia 25, decorre um percurso pedestre pela vila, que termina na Praça da Califórnia, com a actu­ação da Banda da Sociedade Musical.

Ídolos de Abril em Alcácer do Sal

Dia 24, pelas 22h15, a

Praça Pedro Nunes recebe Sérgio Lucas e alguns Ídolos, que sobem ao palco para cantar “Ídolos de Abril”. O concerto conta com a parti­cipação do alcacerense Gonçalo Oliveira. O fogo­de­artifício é à meia­noite, junto ao rio Sado. No dia 25 decorre o hastear da bandeira nacional, às 9 horas, na Junta do Torrão, e, às 11 horas, nos Paços do Concelho, em Alcácer, em ambos os casos com a presença das bandas filar­mónicas. No Torrão, actua o Cantares do Xarrama e os bombeiros mistos organizam um desfile. Há ainda atle­tismo, ciclismo e um concerto de acordeões, este, às 15h30, na Praça Bernardim Ribeiro

Brigada Victor Jaraem Sines animada

Em Sines, é de realçar, no dia 24, às 21h45, a animação exterior “Re­Evolução”, pelo Teatro do Mar, junto ao Centro de Artes (CAS), seguindo­se concerto com a Brigada Victor Jara. À meia­noite, na baía, solta­se o fogo­de­arti­fício. O dia 25 fica marcado pela sessão solene da Assem­bleia Municipal, às 11 horas, nos Paços do Concelho. O espectáculo “Canções de Abril” sobe ao CAS, às 18 horas.

Chave de Santiago para Carlos do Carmo

Em Santiago do Cacém, o destaque vai para o espec­táculo, no dia 24, com Carlos do Carmo, a partir das 21h30, no Parque Verde Quinta do Chafariz. O cantor irá nessa noite receber das mãos do presidente do município, a Chave da Cidade. Mas antes, em Vila Nova de Santo André, na Escola Padre António Macedo, no dia 22, às 22 horas, acontece o espectá­culo com Francisco Fanhais, intérprete de música de intervenção.

Grândola não esquece Zeca Afonso

Grândola presta tributo a Zeca Afonso, com um espectáculo musical no dia 24, a partir das 22h45, seguindo­se, à 0h20, fogo­de­artifício. Dez minutos depois é inaugurado o espaço de requalificação da Adega de António Inácio da Cruz, com fados. Na biblioteca local e no coreto, a partir das 0h45, acontece o “Pela Noite Dentro”. No dia 25, pelas 11 horas, tem lugar o hastear da bandeira e a sessão solene, seguindo­se, às 12 horas, no Memorial ao 25 de Abril, o descerramento da placa topo­nímica “Praça da Liberdade”.

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O povo português celebra os 38 anos de demo-cracia sem grande vontade de sorrir, sem grande espe-rança na ideologia da austeridade, mas com uma forte determinação em perpetuar os valores da liberdade, da sustentabilidade económica e social e do bem-estar.

A situação com que se debate o nosso país obriga cada cidadão, cada instituição, a quem são pedidos sacrifícios atrás de sacrifícios, a exigir do poder polí-tico uma alternativa à política de austeridade.

Ainda, na qualidade de cidadão, Álvaro Santos Pereira, atual Ministro da Economia, afirmava: “O país precisa urgentemente de clarificar três questões essenciais: Qual a nova política de finanças públicas; que fazer para uma economia muito menos endivi-dada, e como conseguir uma economia mais dinâ-mica e produtiva?”

Estas questões continuam por clarificar e o que os portugueses conhecem é um recente estudo da União Europeia, que aponta Portugal como o país da UE onde as políticas de austeridade penalizaram mais os pobres que os ricos.

Portugal não poderá sair da crise acrescentando austeridade à austeridade, mas fomentando o inves-timento e o crescimento económico para combater a chaga do desemprego e proporcionar maiores níveis de consumo interno.

Decorridos 38 anos sobre a revolução dos cravos, os portugueses precisam de alguém que lhes dê espe-rança, de governantes que não demorem uma eter-nidade a acender a luz de esperança ao fundo do túnel, em nome da justiça, da equidade, da solidariedade e da liberdade.

Maria Amélia Antunes(Presidente da Câmara de Montijo)

Em 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas abriu caminho para o derrube de um regime ditatorial, com a determinação e a coragem de quem sabe ter a razão do seu lado. Foi este mesmo lado – o da justiça, da liberdade, do desenvolvimento, da solidariedade – que o povo portu-guês soube apoiar, contribuindo ativa e generosamente para a construção de um regime democrático, para as trans-formações sociais, políticas e culturais que nos devolveram o orgulho da nossa história e identidade.

Hoje, 38 anos passados, Portugal mergulhou numa profunda crise económica, mas também política e social. Em seu nome, estamos agora confrontados com a suspensão e extinção de direitos dos cidadãos e deveres do Estado, consagrados na Cons-tituição da República, sem que os portugueses tenham sido chamados a pronunciar-se sobre estas imposições, com conse-quências tão graves no seu quotidiano. O desemprego, a redução dos salários, o aumento do tempo de trabalho, a precariedade dos vínculos laborais e a facilidade nos despedimentos, a redução dos subsídios de desemprego e doença, o aprofundamento das desigualdades sociais, o desinvestimento nos serviços públicos essenciais são flagelos com que nos confrontamos e que não podemos aceitar.

O Poder Local, cuja autonomia constitucionalmente consa-

grada está, hoje, também, ameaçada, mudou profundamente o nosso país. Contribuiu para a melhoria da qualidade de vida das populações e proporcionou o seu desenvolvimento cultural e social, através da construção de equipamentos e das ativi-dades que promoveu, do incentivo e apoio aos agentes econó-micos, culturais, associativos. A relação estreita com as popu-lações, a garantia de serviços públicos de proximidade, a satis-fação das suas necessidades básicas, nos mais diversos domí-nios, é, hoje, posta em causa com uma lei que extingue fregue-sias, limita os meios e as competências das autarquias locais.

Manter vivo Abril, defender a liberdade e a democracia, é, também, lutar pelo direito ao trabalho, à saúde, à educação, compo-nentes fundamentais para o exercício pleno dos nossos deveres e responsabilidades. Nesse sentido, prosseguir Abril é, também, lutar pela dignificação do trabalho como condição primeira para o desenvolvimento económico e social do país.

A Câmara Municipal de Palmela saúda a Revolução de 25 de Abril e convida a população a associar-se às comemora-ções do seu 38º aniversário. Saúda, também, as trabalhadoras e os trabalhadores do concelho de Palmela por ocasião do 1º de Maio, solidarizando-se com a defesa dos seus direitos.

Ana Teresa Vicente(Presidente da Câmara de Palmela)

Os ideais e os valores de Abril, tudo aquilo que foi projectado continua a ter uma grande actualidade. Nunca, tanto como hoje, os problemas que vivemos, desde o desemprego, a precariedade, o custo de vida, as desigualdades e as injustiças sociais agravados pelas imposições do Governo de direita, não são resultantes de Abril, mas contra aquilo que Abril preconizou e a Constituição da República consagrou. Entendo por isso que 38 anos após a Revolução dos Cravos, a Igualdade, Liberdade, Democracia, Escola e Saúde para todos, o direito à Habitação, o Emprego e o Poder Local, nunca foram tão ameaçados como na actualidade resul-tante de opções de direita de Governos PS/PSD e CDS. Abril continua a valer a pena e os problemas que o país vive podem

ser resolvidos se forem retomadas as ideias e os projectos de Abril. Vale a pena aproveitar as comemorações do trigésimo oitavo aniversário da Revolução dos Cravos, que no nosso concelho voltam a contar com um vasto programa cultural, desportivo e musical, organizado pela Câmara municipal com a colaboração de Juntas de Freguesia e movimento associativo, mas também para reflectir sobre o futuro próximo com mais sacrifícios para os portugueses, realidade imposta com a presença do FMI em Portugal e pelas instituições financeiras da União Europeia. Para nós, ABRIL É SEMPRE NOVO!

Vítor Proença(Presidente da Câmara de Santiago do Cacém)

Construir a esperança 38 anos depois de Abril

Os ideais e os projectos do 25 de Abril mais actuais do que Nunca

Manter vivo o 25 de Abril e lutar pelo direito ao trabalho

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Uma das consequências mais visíveis da chamada revolução dos cravos foi o facto de os representantes das Câmaras Muni-cipais e das Juntas de Freguesia passarem a ser eleitos democraticamente em vez de nomeados. Essa nova forma de escolher os autarcas foi responsável por uma radical transformação das relações institucionais entre Lisboa e o resto do país e gerou um aumento exponencial na qualidade de vida dos cidadãos do interior que, aliás, está à vista de todos. Por isso é com estranheza que vejo, agora, a administração local ser

tão barbaramente desconsiderada. Claro que não quero nem posso negar a existência de muitos casos de gestão danosa de dinheiros públicos na administração autár-quica. Mas, felizmente para as populações do interior do país, os casos em que se fez muito e bem com pouco dinheiro são uma clara maioria. Por isso digo que confundir a má gestão de alguns com a boa gestão de todos os outros é sinal de ignorância ou de saudades do passado.

Pedro da Cunha Paredes(Presidente da Câmara de Alcácer do Sal)

Quando vivenciamos um feroz ataque aos valores de Abril, às consquitas que resultaram de anos de luta contra a dita-dura fascista, à Constituição da República Portuguesa consi-derada uma das mais progressistas da Europa, a comemo-ração de mais um aniversário da Revoluçao dos Cravos assume um papel preponderante para afirmação dos nossos ideiais e do rumo que queremos seguir.

Uma sociedade onde se agravam as condições sociais e económicas, com um aumento galopante da taxa de desem-prego, com a redução assustadora da prestação de serviços de saúde e agravamento das condições de acesso ao ensino, aumentos sucessivos de bens de consumo e serviços, é uma sociedade em que não há prosperidade e crescimento. É uma sociedade com o futuro hipotecado.

No concelho da Moita, o Povo sai à rua, o movimento associativo e popular prepara um conjunto de iniciativas para que todos possam celebrar Abril e a Liberdade, para dizer que este não é o caminho certo para o progresso e desen-volvimento do nosso país, e que continuaremos a lutar, porque acreditamos num Portugal com futuro!

Estão todos convidados a participar no programa comemo-rativo do 38º aniversário do 25 de Abril no município da Moita!

João Manuel de Jesus Lobo(Presidente da Câmara da Moita)

Abril, devolveu ao Povo Português a capa-cidade de decidir o seu futuro, e abriu as portas da Liberdade para a construção de uma sociedade nova e demo-crática, de participação e igualdade, de demo-cracia política, econó-mica, social e cultural.

Temos de rea firmar os valores da -quilo que foram os propósitos de Abril, combater o regime fascista de terror e repressão sustentado pelo poder económico do grande capital que hoje retoma as alavancas fundamentais da nossa economia.

José Silvério(Pres. da Junta de Fre-

guesia do Poceirão)

Comemorar hoje o 25 de Abril, é mostrarmos que estamos vivos e que não nos deixamos abater pelas adversidades.

Tal como há 38 anos, temos a força necessária para alterar a grave situação que todos nós, trabalhadores atravessamos.

O executivo da Junta de Freguesia de Santo André saúda a população da freguesia relembrando a luta que travámos contra a extinção de nossa freguesia, uma das conquistas de Abril.

É preciso pois, retomar o fôlego, ganhar novas forças, voltar a acreditar.

Das grandes conquistas que o 25 de Abril nos proporcionou, pouco já resta, mas mais importante que essa triste realidade é uma certeza - o 25 de Abril mostrou-nos que não

há fatalismos e que a tirania, a exploração, o oportunismo, a corrupção, não são eternos, são vulneráveis e também caem!

Uma palavra de esperança em mais um aniversário da Revolução dos Cravos.

“As portas que Abril abriu” nunca esti-veram tao ameaçadas, por isso em cada 1º de Maio, em cada 25 de Abril e em cada dia que passa, temos que reinventar a forma de fazer as coisas, usando tudo aquilo que nos é possível e mesmo aquilo que nos parece impossível, aproximando-nos de uma sociedade sem exploradores nem explorados.

Jaime Cáceres(Presidente da Junta de Freguesia

de Santo André)

No momento em que se comemoram 38 anos após a data em que um grupo de jovens militares, interpretando o sentimento de todo um Povo, pôs fim a 48 anos de opressão e ditadura e devolveu a Portugal a Liberdade e a Democracia, o nosso País vive uma situação particularmente difícil, dependendo de ajuda externa para ultra-passar a crise de financiamento da sua dívida pública e obrigando a maioria dos traba-lhadores portugueses a sacrifícios acres-cidos com reflexos significativos na quali-dade de vida de grande parte da população.

Naquela madrugada libertadora 3 desíg-nios guiaram a vontade dos jovens oficiais – entre os quais tive o privilégio de me incluir – e o Movimento das Forças Armadas: Demo-cratizar. Descolonizar. Desenvolver. Os dois primeiros foram integralmente cumpridos. Quanto ao último, muito foi feito desde aquela data porque o Portugal de hoje, apesar das dificuldades e dos problemas que enfrentamos, não tem comparação com o atrasado e retrógrado País de então.

Mas hoje, 38 anos depois, há necessi-dade de serem criados novos desígnios colectivos que ajudem a cumprir os valores essenciais de Abril.

Ao D de Democratizar temos de fazer corresponder o P de Participar. Só com uma cidadania activa e uma participação empe-nhada dos cidadãos será possível executar políticas de desenvolvimento sustentado e integrado dos territórios, visando a maior qualidade de vida das populações.

O D de Descolonizar terá de ser substi-tuído pelo R de Regionalizar. É urgente dar mais poder aos locais e aos territórios, para que, como tem vindo a acontecer nos últimos anos, com menos meios e menos recursos, se faça mais e melhor pelas populações.

Ao D de Desenvolvimento há que acres-centar o P de Progresso. Portugal neces-sita urgentemente de políticas de cresci-mento económico a par de uma reorgani-zação das funções do Estado, de modo a que seja possível gerar mais riqueza e, conse-quentemente, dar cada vez melhores condi-ções de vida aos seus cidadãos.

Portugal não necessita de um novo 25 de Abril. Precisamos apenas de percorrer novos caminhos desbravando portas inex-ploradas que Abril abriu.

Carlos Beato(Presidente da Câmara de Grândola

e Militar de Abril)

Percorrer novos caminhos desbravando as portas que Abril abriu

Em Abril, o Povo sai à rua!

Vila Nova de Santo André – uma freguesia de ABRIL

Administração local está a ser barbaramente desconsiderada

Reafirmar Valores

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Anti-stress

Comemorações do 25 de Abril- Programa MunicipalDIA 28 ÀS 15H00 no Museu do Trabalho Michel Giacometti – Tarde Intercul-tural “O Legado Michel Giacometti” .Momento musical pelo projeto “L.O.M.B.O.S”, que privilegia o trabalho do etnomu-sicólogo Michel Giacometti. Narração de “Uma história de Corda”, história sobre cordofo-nes portugueses, e projeção de vídeo com animação musical. | A tarde encerra com tertúlia sobre o trabalho de Michel Giacometti e como perdurar a sua memória no coletivo nacional.

LAZERDIA 21 na Herdade da Gâmbia - Circuito enoturístico, encontro no âmbito do “Viva o Vinum”, que inlcui almoço rural na Herdade da Gâmbia, e visitas

a adegas com provas de vinhos acompanhadas por um escan-ção. A partida está marcada para as 10h30, na Casa da Baía, onde podem ser feitas as inscrições, ou através do número 265 545 010. | As inscrições decorrem até dia 18. | Preço: 13 €DIA 28 ÀS 05H30 no Parque Urbano da Albar-quel, Marcha dos 3 Castelos. Atividade de pedestrianismo, integrada nos “10ºs Jogos do Sado”. |Não é necessário inscrição.

TEATRODia 28 às 11h00 no Auditório Municipal Charlot, “Um Presente Especial”, musical pelo Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico. | Dos 3 aos 12 anos 3,5 € (preço inclui dois adultos gratuitamente)

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Boss AC ao vivo Boss AC, o maior cantor de hip hop português, irá juntar vários músicos e vários sucessos. É a tour nacional de lançamento do seu novo disco “AC para os amigos”.Casino de Tróia | 22h30

Teatro de comédia O grupo cénico da Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense leva à cena a divertida comédia “Mania das Grandezas”, de Joracy Camargo, com encenação de Lurdes Sales. Sociedade Agrícola Lavradiense | 21h30

Homenagem às mulheres“The Other Woman” é o espectáculo que a cantautora Rita Redshoes dedica às mulheres que a inspiraram como cantora e compositora. Cineteatro João Mota, Sesimbra | 21h30

Sáb. 21

Regresso da Naifa A Naifa, um dos mais afiados projectos musicais de que há memória, apresenta o novo álbum, com temas de letras de diversos poetas. Teatro Municipal de Almada | 21h30

Talentos nacionaisCarlos Bica & Norberto Lobo, na guitarra e no contrabaixo, num encontro entre dois dos maiores músicos portugueses contemporâneos. Centro de Artes de Sines | 22 horas

Sáb. 21

Sáb. 21

Sáb. 21

Sáb. 21

+ Cartaz...

O grupo de teatro do Barreiro, ArteViva, es -treou ontem, dia 20, a

peça “As Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna”. A peça é da autoria do francês Jean-Luc Lagarce, tem ence-nação de Carina Silva e conta com a participação das actrizes Ana Samora, Rita Conduto, Sara Santinho e Susana Marques.

Na peça, quatro “senhoras” passam orientações a respeito de como os indivíduos se devem comportar nas situações sociais comuns, como o nascimento, o baptismo, o casamento, as bodas de prata e o funeral. «É um texto totalmente narrativo, sem nenhuma indicação de acção propriamente dita. Ainda assim, são tão absurdas algumas afirma-ções das personagens, que surge daí a comédia», conta a encena-

dora Carina Silva. Segundo a mesma fonte, “As

Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna” é uma «aguçada crítica aos padrões poli-ticamente correctos que ganharam força a partir dos anos 80, período que marca o início da dramaturgia de Lagarce».

“As Regras da Arte de Bem Viver na Sociedade Moderna” é um texto da última fase deste dramaturgo francês, escrito em 1994, um ano antes de sua morte prematura.

A peça vai estar em cena às sextas e sábados, às 22 horas, no Teatro Municipal do Barreiro.

Companhia ArteViva mostra comportamentos sociais

Herman José vai estar no próximo dia 28, às 21h30, no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com o espectáculo “One (Her)Man Show”. Durante duas horas, o humorista conduz-nos a diversos êxitos musicais e a personagens ines-quecíveis. Para ganhar ingressos para este show, que promete ser hilariante e que oscila entre a música, o stand-up e muito improviso, basta ligar 918 047 918.

Ganhe convites para (Her)Man Show em Palmela

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A peça mostra como os cavalheiros se devem comportar na sociedade

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Que segredos guardam as pinhoadas de Aldegundes Freitas?O segredo está no ponto e na qualidade dos produtos.

O pinhão ainda é ‘rei’ em Alcácer do Sal?É rei e bem rei… O pinhão está cada vez mais caro e isso con-tribui para que os doceiros produzam menos pinhoadas e outros doces à base de pi-nhão. Está a 35 euros o quilo.

Até onde os seus doces a poderão levar?Desde o Norte ao Sul de Por-tugal, porque agora já tenho

fornecedores. E há mui-ta gente

no estrangeiro que também já conhece os meus doces. Já têm vindo pessoas do es-trangeiro, de propósito à mi-nha casa, comprar pinhoa-das e bolos. Sente vontade de criar um novo produto na doçaria alentejana?Por agora, não. O último que criei foi um bolo muito de-licioso à base de pinhão, que venceu o 1.º prémio no con-curso de doçaria da Feira do Pinhão e do Mel (PIMEL), no ano passado.

Se não fosse produtora de doces, que outra profissão teria escolhido?Se calhar, cozinheira. Gos-to muito de cozinhar. Ado-ro fazer Migas à Alenteja-na, com carne de porco. Quando trabalhei num res-taurante durante muitos anos, em Alcácer do Sal,

esse prato tinha sempre muita saída.

Já pensou em fabricar bo-los sem açúcar?Não conheço e nunca expe-rimentei.

Será para sempre uma al-cacerense?Sim, porque aqui nasci e fui criada. Mas também gosto muito de Setúbal, onde vivem os meus pais e a minha irmã.

O que a faz zangar seriamente?O excesso de trabalho (risos). Graças a Deus tenho aqui uma pessoa a trabalhar comigo.

Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da região?Vão fazendo alguma coisa. Agora estão a arranjar a zona ribeirinha de Alcácer do Sal para retirar os esgotos do rio. Vai ser muito bom para

os turistas e para os próprios habitantes.

A que figura da região lhe ape-tece tecer rasgados elogios?Eu aprecio muito o traba-lho da ‘Calceteira’, uma co-lectividade alcacerense que tem uma banda de música muito boa. Sempre gostei de ouvir bandas filarmónicas.

Aldegundes Freitas - Produtora de doces regionais

«O segredo das minhaspinhoadas está no ponto»

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: Livros de receitas de bolos conventuais.

Férias de sonho: Não tenho tempo para férias.

Local de eleição: Alcácer do Sal e Setúbal.

A primeira paixão: Aconteceu aos 11 anos.

Maior ousadia: Trabalhar nos doces desde muito nova.

Ídolo de referência: Marco Paulo e Tony Carreira.

Projecto de vida por realizar: Ter uma pastelaria bonita, no centro de Alcácer.

B. I.Idade: 56 anos // Naturalidade: Alcácer do SalFamília: Pequena e unida Estado civil: Casada // Residência: Alcácer do Sal

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+ Região

É JÁ ENTRE os dias 25 e 29 de Abril que se realiza mais uma edição da Romaria a Cavalo Moita - Viana do Alentejo, reto-mando-se desta forma uma antiga tradição, segundo a qual os lavradores da Moita se deslocavam ao Santuário de Nossa Senhora d’Aires, em Viana do Alentejo, para benzerem os seus animais.

Durante quatro dias, centenas de romeiros percorrem os cerca de 150 quilómetros que separam estes dois municípios, através de quintas e cami-nhos de terra batida, pela antiga “Canada Real”, passando por Moita, Poceirão, Casebres, Alcáçovas e Viana do Alen-tejo. Apesar do carácter reli-gioso na sua génese, nos dias de hoje, a romaria assume uma vertente mais lúdica, de convívio entre os

romeiros, que se deslocam de todo o país e do estran-geiro para participarem neste evento, já na sua 12ª edição.

A organização é das câmara da Moita e de Viana do Alentejo, Associação dos Romeiros da Tradição Moitense e Associação Equestre de Viana do Alen-tejo. ARomaria foi distin-guida, em 2011, com o Prémio Mais Alentejo, na categoria “Mais Tradição”.

Moita reedita tradição de romaria a Viana

O CON -CELHO com maior comu-nidade de imigrantes de todo o distrito vai assinalar, a partir desta semana, o Dia Mundial do Migrante.

Com diversas iniciativas que visam a troca de expe-riências, a partilha de tradi-ções e a divulgação das diversas culturas presentes no concelho, como forma de combater o racismo e a xenofobia, as actividades destacam, este ano, a comu-nidade migrante de São Tomé e Príncipe.

As acções, que vão contar com a participação activa das associações represen-

tativas destas comunidades migrantes, são, para a autar-quia, importantes na medida em que vão destacar «as mais-valias decorrentes das relações interculturais daí decorrentes, bem como o seu contributo para o desen-volvimento económico e social» do concelho.

A data assinala-se no dia 26 de Abril, mas as inicia-tivas vão decorrer até Maio, com exposições, debates e encontros de reflexão envol-vendo os alunos da rede de ensino seixalense, e uma assembleia pública sobre cultura global – pontes para o mundo.

Comunidades imigrantes em alta no Seixal

O Dia Mundial do Migrante é assinalado com várias acções

PRO MO - VER um envelhecimento activo e a integração na sociedade é o objectivo das iniciativas mais recentes do Gabinete Sénior da Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde da autarquia

montijense que, no dia 23, vai levar seniores de visita à Herdade do Moinho Novo, em Canha.

A iniciativa, ao abrigo do projecto denominado Outros Olhares, é dirigida à população sénior do concelho e vai

proporcionar aos participantes a oportunidade de visitarem a Herdade do Moinho Novo, conhecer a sua exploração agrícola, a criação de aves-truzes e bovinos em método biológico, participar em acti-vidades rurais, passeios de

tractor e de póneis. No final haverá um almoço-convívio.

O projecto “Outros Olhares” procura combater o isolamento, privilegiar o convívio e melhorar a quali-dade de vida dos idosos do concelho.

Montijo quer idosos do concelho mais activos

UM PRO -TOCOLO firmado entre o Regimento de Engenharia nº1 e a autarquia sesimbrense levou a que as obras relati-vbas à ampliação do parque de estacionamento do topo da Avenida da Liberdade estejam a ser efectuadas por mão-de-obra militar.

A equipa permanente do Regimento de Engenharia n.º 1 está já no terreno, prevendo-se que os traba-lhos de ampliação daquele espaço público estejam concluídos na segunda quin-zena de Maio, segundo adianta o executivo do edil comunista Augusto Pólvora.

A ampliação do parque de estacionamento situado junto ao Estádio da Vila Amália implica o desbaste de uma parte do talude a

nascente daquele espaço, pelo que, avisa a autarquia, vai ser necessário reservar uma parte do estaciona-mento actual, de modo a garantir que as manobras

das máquinas possam ser efectuadas com todeas as condições de segurança.

De acordo com o projecto aprovado pelo município, o objectivo deste investimento

passa pela necessidade de que este local venha adis-ponibilizar 210 lugares, distribuídos por uma faixa central dupla e por estacio-namentos nas laterais.

Sesimbra ‘põe’ militares a fazer obra

A ampliação do parque de estacionamento da Avenida da Liberdade vaiu ter ‘mão’ mllitar

A tradição é para se manter

DIVERSOS médicos e enfermeiros do Hospital Garcia de Orta ficaram no passado fim-de-semana com as suas viaturas completamente vandalizadas e foram ainda assaltados, tendo ficado sem aparelhos eléctricos e documentos.

Tudo terá acontecido durante a madrugada de

sábado, no parque de esta-cionamento dos profissio-nais de saúde daquele hospital. Um grupo vanda-lizou pelo menos quatro viaturas, enquanto médicos e enfermeiros cumpriam o turno de 12 horas.

Os donos das viaturas encontraram, ao início da manhã, vidros partidos,

rádios e documentos roubados, e ainda bancos danificados. O parque não tem qualquer vigilância e a uma fonte referiu que esta não é a primeira vez que algo do género acontece naquele local. O caso foi participado às autoridades competentes, que estão neste momento a investigar a ocorrência.

ANA ES TER é a protagonista da ópera de Alexandre Delgado, “A Rainha Louca”, cuja estreia ocorreu no Centro Cultural de Belém, que sobe ao palco do Teatro Municipal de Almada, no dia 27, às 21h30, para um conjunto de três récitas.

A ópera, de Miguel Rovisco – foi encenada por Joaquim Benite, que anteriormente havia diri-gido outra ópera de Alexandre Delgado, “O Doido e a morte”.

O tema da ópera gira em torno da Rainha D. Maria I, filha de D. José, que, reza a história, enlou-queceu nos anos avan-çados da sua vida. Louca, mas não tonta, perpassam no discurso da Rainha as tristezas e as decepções de um Portugal que entrava no século XIX no meio de uma grave crise europeia, com os exércitos de Napo-leão a sitiarem a Corte, que teve de fugir para o Brasil.

Ópera estreia em Almada

Viaturas vandalizadasno Garcia de Orta

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O VALOR histórico, arquitectónico e cultural do edifício dos Paços do Concelho motivou a clas-sificação do mesmo como Imóvel de Interesse Muni-cipal, em proposta aprovada quarta-feira, em reunião pública, pelo município.

A importância “simbó-lico-funcional que o edifício detém na cultura setuba-lense” é salientada na

proposta de classificação, que destaca ainda o carácter matricial e o interesse do Bem como testemunho simbó-lico, religioso, de vivências e de factos históricos.

O valor estético, arqui-tectónico, urbanístico e paisagístico do edifício, o génio do respectivo criador e a representação da memória colectiva setuba-lense são salientados na

proposta aprovada. O docu-mento frisa ainda que o edifício dos Paços do Concelho representa “um inegável testemunho civi-lizacional”, portador de inte-resses culturais, históricos, arquitectónicos, artísticos e sociais, que “reflectem valores de memória, anti-guidade, autenticidade, originalidade, raridade, sin -gularidade e exemplari-

dade”. Além do estatuto de sede do Poder Local, a iden-tidade dos Paços do Concelho é conferida, reforça o texto, “sobretudo pela história do edifício repleta de episódios fatí-dicos, em que sobressai a capacidade agregadora da população setubalense na defesa dos símbolos cultu-rais, num espírito de cida-dania”.

O ÍNDICE de potabilidade da água para consumo humano, nos reser-vatórios e rede de distribuição do concelho barreirense obteve a classificação máxima de ‘muito boa’.

De acordo com o relatório, ao longo do ano passado, as amostragens e análises da água

foram realizadas por um labo-ratório acreditado pelo IPA - Instituto Português de Acre-ditação, e considerado apto pela ERSAR - Entidade Regu-ladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

Refira-se que a percentagem de cumprimento da qualidade da água, segundo o Programa

de Controlo da Qualidade da Água, é de 99,85 por cento, situ-ando-se no topo da tabela de resultados a nível nacional.

O Relatório Anual de Controlo da Qualidade da Água Para Consumo Humano encontra-se publicado no site do município para consulta ou impressão.

Paços de Setúbal com interesse público

Barreiro comprova água de qualidade

O PLA NO de Pormenor de reconversão da Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) do Bairro do Maçãs, e o Plano de Pormenor da Zona Envolvente à Filar-mónica Samouquense vão ser submetidos a discussão pública.

De acordo com a decisão da autarquia, a enti-dade promotora dos planos, os dois documentos vão estar abertos à apreciação dos cidadãos por um período de trinta dias.

De acordo com o execu-tivo camarário, o Plano de Pormenor de Reconversão da AUGI do Bairro do Maçãs, que corresponde a uma área de 73. 206 metros quadrados, tem por objec-tivo «promover a legali-

zação e reordenamento do Bairro do Maçãs», propondo um total de 103 fogos com cedência de 7.565 m2 para zonas verdes e equipa-mentos colectivos, a execução de raiz dos arru-amentos e das redes de esgotos pluviais e gás natural e a reconversão das redes existentes de água, saneamento, electricidade e telecomunicações.

O Plano de Pormenor da Zona Envolvente ao edifício sede da Sociedade Samou-quense abrange uma área de 28.037 metros quadrados e tem como objectivo a «redefinição volumétrica da edificação com aumento do número total de fogos na zona urbana consolidada, próxima do Núcleo antigo do Samouco».

A SOCIE-DADE Humanitária, em Palmela, está a levar a cabo, o 4.º Festival Abril Jazz Mil, que decorre este fim-de-semana. Maria João e Mário Laginha actuam sábado, às 22 horas, sendo que no domingo é a vez das orques-tras de Jazz da casa, a Juvenil do Conservatório Regional e a Big Band Hot Club Portugal.

O referido festival visa promover o jazz junto dos alunos e executantes de um instrumento musical, de forma «a enriquecer a sua formação pessoal e profis-sional», realça a presidente Maria João Camolas.

Para domingo, estão

agendadas provas comen-tadas dos enólogos Filipe Cardoso, Luís Silva e Rui Lobo. «É uma tentativa conjunta de divulgar o

título “Palmela Cidade Europeia do Vinho” e a música jazz junto de novos públicos», sublinha a responsável.

A Humanitária orga-nizou, em Março, o 1.º Concurso de Piano Olga Prats, para celebrar os dez anos de vida do Conserva-tório Regional. O evento trouxe a Palmela cerca de 50 jovens pianistas.

Maria João Camolas faz um balanço «muito satisfa-tório» do concurso, real-çando o número de candi-datos oriundos de norte a sul do País, incluindo dos Açores, bem como o seu «elevado» nível artístico, patente no concerto dos Laureados que encerrou o evento. «Homenageámos a música portuguesa para piano e uma extraordinária pianista», vinca.

Jazz e boa pinga animam Humanitária Alcochete reabilita bairros ilegais

As AUGI têm os dias contados, promete o executivo

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O LICEN-CIAMENTO para a construção de bacias de retenção das águas da chuva em Penalva deverá estar concluído ainda este Verão. A convicção do vere-ador Rui Lopo foi manifestada durante uma visita à zona urbana de génese ilegal.

Lopo afirmou que a autar-quia quer que o licenciamento para as bacias de retenção esteja pronto no Verão, pois, «assim é possível ir avançado logo com algumas obras de reconversão» das Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI).

Segundo o autarca, as obras vão provocar uma imperme-abilização dos solos, pelo que

tem de «haver um destino para as águas pluviais».

Recorde-se que a aprovação do projecto de concepção da Bacia de Retenção da Penalva ocorreu no ano passado, tendo, na altura, o autarca indicado que esta obra é essencial para o processo de reconversão das AUGI.

Os proprietários organi-zaram-se numa associação para se envolverem mais no processo, lembrou o autarca, para quem a partir de agora estão criadas todas as condi-ções para avançar com a recon-versão da AUGI Penalva.

Bacias de retenção da Penalva com licença até ao Verão

Penalva vai ser requalificada

Maria João e Mário Laginha vão cantar ao Abril Jazz Mil

UMA ope -ração policial de combate ao tráfico de estupefa-cientes, levada a cabo no Bairro da Bela Vista, na passada quarta-feira, culminou com a detenção de seis indivíduos. Durante a intervenção, que obrigou a PSP a cercar por várias horas o problemático bairro, foram realizadas buscas a residências e viaturas, onde foram encontradas e apreen-didas, para além de dinheiro e ouro, grandes quantidades de estupefa-cientes, armas de diversos calibres, assim como diversos artigos que, segundo a aquela força policial, se destinavam ao «corte e acondiciona-mento» do referido produto.

Com esta operação policial, a PSP de Setúbal acredita ter «desmante-lado uma rede organizada que se dedicava ao tráfico de estupefacientes», que,

acrescenta, reduzirá «drasticamente esta acti-vidade ilícita».

As seis pessoas detidas e constituídas arguidas no rescaldo desta inter-venção, foram sujeitas a um primeiro interroga-tório judicial no Tribunal de Setúbal, na passada quinta-feira, data do fecho desta edição, desconhe-cendo-se, por isso, as

medidas aplicadas. Na operação policial

montada pela esquadra de investigação criminal de Setúbal estiveram presentes cerca de cem polícias, apoiados pela Unidade Especial de Polícia, equipas de Inter-venção Rápida e de Inves-tigação Criminal das Divi-sões do Barreiro, Seixal e Almada.

PSP combate tráficode droga na Bela Vista

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Armas, droga, ouro e outros artigos foram apreendidos

SETÚBAL

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O EXE ­CUTIVO alcacerense está desiludido com o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que «por três vezes desmarcou reuniões», agendadas pela própria Secretaria de Estado, sobre a supressão dos comboios, no concelho.

As reuniões, solicitadas pelo executivo de Pedro Paredes, tinham por objec­tivo manifestar «as preocu­pações da população sobre a suspensão do serviço de transporte ferroviário de passageiros; afirma a Câmara que, na última sessão pública aprovou, por unanimidade, uma moção de repúdio contra a posição governa­mental.

Os eleitos asseguram que não vão «desistir de, junto da administração central, de tentar encontrar uma plata­forma de entendimento que garanta o reatar do trans­porte ferroviário no

concelho, atenuando as lacunas de mobilidade, os incómodos e os gastos» deri­vados desta situação.

Recorde­se que os passa­geiros do concelho se viram totalmente privados deste transporte e têm agora que

se deslocar a Grândola ou a Setúbal para aceder a qual­quer serviço ferroviário. Ao contrário dos passageiros de Setúbal, que perderam o serviço Inter­cidades, não são sequer ressarcidos das despesas adicionais moti­vadas por esta situação.

A Câmara de Alcácer do Sal avança que vai voltar a por a circular o abaixo­assi­nado contra o fim do trans­porte ferroviário de passa­geiros, para que este, com cerca de 1050 assinaturas reúna, pelo menos, quatro mil, obrigando à discussão do assunto na Assembleia da República.

A edilidade vai também «continuar os contactos» com os grupos parlamen­tares na Assembleia da Repú­blica, o Ministério da Economia, a CP e o Presi­dente da República, de forma a dar conhecimento ao maior número possível de enti­dades «das preocupações e necessidades da população».

Alcácer não desiste dos comboios

O executivo volta a exigir ao Governo o regresso dos comboios

A autarquia promete investir para reabilitar a zona

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O MUN DO desenhado em cadernos é a função dos Urban Sketchers Portugal, um coletivo de autores portugueses que desenham em Diários Gráficos prati­camente tudo o que observam no dia­a­dia.

O próximo encontro para desenhar tem Grân­dola como cenário, é já segunda­feira, a partir das 10 horas, com dezenasw de sketchers de todo o país a desenharem a cidade.

Para domingo, na Biblioteca Municipal de

Grândola, está agendada uma mesa redonda sobre Diários Gráficos, com a presença dos famosos Eduardo Salavisa, Mónica Cid e Mário Linhares.

O mundo que os rodeia, as cidades onde vivem, os sítios por onde viajam,

lugares, gentes, porme­nores que escapam aos olhos menos treinados são as motivações dos dese­nhadores que se encontram para desenhar e respondem a desafios lançados no blog http://urbansketchers­portugal.blogspot.com/

Os encontros de Diários Gráficos são abertos a qual­quer pessoa que queira participar, seja iniciante ou profissional, explica o executivo camarário, orga­nizador da iniciativa que tem vindo a mobilizar dezenas de artistas de todo

o país. Saber desenhar não é uma condição, revela, ainda a organização do evento.

A 23ª edição do Encontro de Diários Gráficos está inserido no programa das comemora­ções do 25 de Abril.

“BASTA de maus tratos! Ajude­nos a proteger” é o slogan esco­lhido para a campanha de prevenção dos maus tratos na Infância no concelho de Santiago do Cacém, cujo símbolo é o Laço Azul.

A campanha, que decorre durante este mês, é realizada no âmbito do protocolo de cooperação entre o Programas Escolhas e a Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Perigo, a Associação Intervir.Com (Projecto Intervir.Com e Diag) em parceria com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Santiago do Cacém.

A esta campanha juntaram­se ainda as Juntas de Freguesia de Santo André, Santiago do Cacém, Alvalade e Cercal, Centro de Saúde de Santiago do Cacém – Extensão de Saúde de Santo

André, a Câmara Municipal, o Centro Social e Paroquial de Santa Maria, a DGRS, o CNO da Escola Secundária Manuel da Fonseca, os Agru­pamentos de Escolas de Santo André, Santiago do Cacém, Alvalade e Cercal do Alen­tejo e as Escolas Secundá­rias Padre António Macedo e Manuel da Fonseca.

Envolver a comunidade

e consciencializá­la para a prevenção dos maus tratos nas crianças, apelar ao forta­lecimento das famílias no sentido de uma parentali­dade positiva, são os grandes objectivos desta campanha.

Concurso inter­escolas e instituições sobre os “Laços Azuis”; distribuição dos Laços Azuis pela comuni­dade; mostra de trabalhos

do Concurso “Laços Azuis” e um Seminário sobre os Maus Tratos na Infância, Adolescência e Velhice, são as actividades programadas que decorrem nos meses de Abril, Junho e Novembro.

Esta campanha culmina com um seminário sobre os maus tratos, nomeadamente nas crianças, maus tratos no namoro e nos idosos.

Santiago combate violência infantil

Grândola acolhe o ‘mundo gráfico’ da Urban Sketchers de Portugal

A campanha Laço Azul visa proteger crianças e jovens dos maus-tratos

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O PLANO de Pormenor da Casa Pidwell entrou em vigor esta semana, logo após a entrada em funcionamento do plano para a Cidade Desportiva, documentos que, segundo explica a autarquia, pretendem reabilitar algumas das mais belas zonas do concelho.

O Plano de Pormenor­para a Casa Pidwell abrange uma área de 4294 metros quadrados e destina­se a promover investimentos que permitam a requalifi­cação do espaço situado junto ao Bairro 1º de Maio, na zona centro­leste da cidade de Sines.

No documento, preco­niza­se a recuperação do edifício, podendo, em último recurso, e após a respectiva vistoria, ser demolido e edificado nova­mente mantendo as carac­terísticas arquitectónicas que o tornam único.

O edifício vai ser desti­nado ao comércio, segundo adianta a autarquia, serviços e restauração, contemplando zonas verdes, estacionamentos e ainda diversas áreas pedonais.

Já o Plano de Pormenor para a Cidade Desportiva de Sines abrange pratica­mente 40 hectares, tendo por objectivo principal a criação de um complexo desportivo.

Segundo o documento, este novo complexo despir­tivo tem de ser capaz de responder eficazmente à necessidade de reforço, do município, da oferta de equipamentos desportivos à população do concelho. Por outro lado, explica ainda a autarquia sineense, liderada pelo independente Manuel Coelho, esta reabi­litação tem, também, el vista, requalificar a famosa entrada da cidade de Sines.

Dois novos planos de pormenorpara Sines

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ALCÁCER

GRÂNDOLA

SINES

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+ Desporto

As equipas do Futebol Clube Barreirense e Associação Desenvol-

vimento da Quinta do Conde jogam no dia 25, às 15h30, no campo Vale d’Abelha, em Paio Pires, a final da Taça da Associação de Futebol de Setúbal 2011/2012.

Numa competição que reuniu, à partida, 16 emblemas, barreirenses, que militam na I divisão distrital, e quintacon-denses (II) chegam ao jogo decisivo com a natural ambição de conquistar o segundo troféu mais impor-tante do futebol sénior da AFS. Para trás ficam cinco jogos disputados, três numa fase de grupos e duas eliminatórias.

Presidentes e treinadores dos emblemas finalistas fazem a antevisão de uma partida que nenhum dos clubes tem para mostrar na sua sala de troféus.

Troféu de prestigio

António Martins, presi-dente da direcção do Barrei-rense, assume que o troféu em disputa «dignifica os clubes». Apesar de admitir que «para o Barreirense, este não é o principal objectivo da época», o dirigente, pela

importância que atri-buiu, garante que a missão para o jogo da

final é «vencer e festejar a conquista da prova».Vencer o campeonato

e subir aos nacionais é o objectivo principal da temporada, mas a final da Taça AFS será para o Barrei-rense «uma festa».

Quanto a favoritismos? «É uma final e isso nunca se coloca. As duas equipas vão querer vencer e tudo pode acontecer».

Na Quinta do Conde esta é já considerada uma época histórica para a equipa local. A presença na final da Taça AFS e a discussão pela subida à I Divisão Distrital são factos que trazem o emblema quin-tacondense para um patamar jamais atingido.

O presidente Joaquim Tavares classifica de «muito grande» a importância que a Taça AFS tem para os clubes. O dirigente assume que, logo a seguir ao campeonato, a taça é a prova mais prestigiante no futebol regional.«Temos muita ambição para vencer. Chegámos à final e agora só pensamos em ganhar. É uma vontade legitima para uma

equipa que, ao contrário de muitas expectativas, ultra-passou clubes da I Divisão Distrital, pelo que conquistar o troféu seria um prémio justo».

Joaquim Tavares deseja assistir a uma grande espec-táculo que dignifique o futebol da região «correcto e norteado pelo fair-play».

Treinadoresmostram ambição

Duka e Lívio Semedo, treina-dores de Barrei-rense e Quinta do Conde, respectiva-mente, não es condem a grande ambição de levar as suas equipas à vitória.

«Vamos jogar com uma equipa que já mostrou o seu valor nesta prova e a qual já nos mereceu uma observação a ten ta», lembra o téc nico barreirense que pro mete «a mesma vontade de ven cer e, neste particular, com a ambição de levar para a taça para o Bar reiro.

So bre o facto d o Quin ta d o

Con de ser de escalão infe-rior, Duka é peremptório: «É um jogo de final e isso pode atenuar diferenças, porque o adversário vai acreditar e mostrar força de querer vencer».

Por seu turno, Lívio Semedo antevê um jogo bem disputado e não hesita em atribuir o favoritismo aos ‘alvi-rubros’. «Todavia, vou esperar que a minha equipa faça um bom jogo e que mostre motivação e ambição pelo triunfo», deseja o técnico, que admite que a diferença de escalões pode ser impor-tante.

Sobre a importância da prova, Lívio Semedo não deixa dúvidas: «Comparo esta prova à Taça de Portugal. Este é um troféu que merece continuar e que muito contribuiu para a promoção dos joga-dores».

Setúbal recebe competição de nautimodelismo Uma prova de veleiros de rádio control assume destaque este sábado, a partir das 10 horas, no Parque de Albarquel. Trata-se da realização do “Troféu Cidade de Setúbal de Nautimodelismo”, iniciativa dos “X Jogos do Sado”.

Xadrez do Barreiro com triunfos nacionais O xadrezista Guilherme Matos, sub-8, do Santoantoniense FC (SFC), sagrou-se o mais jovem campeão nacional do escalão, nos Nacionais Jovens. Nos sub-20, António Vasques (SFC) festejou o título. O Barreiro colocou cinco no pódio.

Entre as muitas centenas de rifões populares, recheados de sabe-

doria, sempre considerei que era bom recordar aquele que diz que “quem anda à chuva molha-se”.

Embora tenha directo parentesco com a tantas vezes contada “verdade de La Palisse”, tal aforismo merece primazia de reflexão na croniqueta que se segue.

Ao longo de quatro décadas de intensa activi-dade profissional, nos domí-nios do jornalismo despor-tivo, corri riscos similares aos que o rifão recomenda.

Emiti opiniões, redigi juízos de valor, nem sempre fui elogioso e algumas vezes mal aceite, com alguma ou sem nenhuma razão. E resolvi hoje evocar dois sustos que tive de enfrentar por mor da minha actividade jornalística. Eu conto.

Há uns bons 50 anos, alinhava no histórico Barrei-rense um defesa-lateral de muito mais força do que jeito e com um nome ‘patusco’ de fácil fixação.

Nesse tempo o Barrei-rense podia ufanar-se de ‘produzir’ jogadores de grande qualidade, tecnicistas apurados, de Armando Ferreira a José Augusto, de Raul Pascoal a ‘Xico’ Correia.

Mas o tal defesa destoava no estilo de jogo e foi isso que eu deixei perceber numa crónica em que não disse nada bem do sujeito que equipava de rubro-branco.

Vai daí, uns tempos depois, antes de um Torre-ense-Barreirense, em Torres Vedras, em pleno átrio de acesso às cabines, o tal jogador de mais pulmões do que pés, não esteve com meias-medidas. Viu-me, invectivou-me, pegou numa velha cadeira que estava por ali e zás, vai de arremessá-la em minha direcção, mimando-me com adjec-tivos.

Desviei-me a tempo, safei-me, fui de imediato apoiado mas lá que passei por um grande susto,

ninguém duvide…O segundo susto que me

relembro foi bem menor e teve relação indirecta com o ‘nosso’ Vitória de Setúbal.

Numa das sempre valo-rosas equipas de juniores dos sadinos, ainda e sempre sob a égide do meu estimado amigo Nicolau da Claudina, actuava um geniquento n.9, baixote mas muito raçudo, de uma voluntariedade que se tornava notável e que chamou a minha particular atenção.

O moço dava tudo por tudo e por isso mereceu uma citação de mérito num dos meus escritos na prolongada rubrica “Acompanhando os jovens” no ‘Mundo Despor-tivo’ e na ‘Gazeta dos Desportos’.

E apelidei-o, simpatica-mente, de ‘rodas-baixas’, a título de alcunha sem qual-quer intenção perjurativa.

Semanas depois, num outro despique juvenil entre as equipas do Atlético e do Vitória de Setúbal, na Tapa-dinha, em manhã solarenga de agradável registo, eis-me a ser observado por um cava-lheiro, de meia idade, anafado e rubicundo, com cara fechada de poucos amigos.

E sem mais aquelas, disse-me assim:

- Com que então o rapaz é ‘rodas-baixas’ não é? Com que direito o chama assim?

Percebi logo a referência e dado a forma como se me dirigia, assustou-me.

E o senhor logo confirmou.

- Eu sou o pai do rapaz!Disse-o com ar sério mas

de imediato sorriu, prazen-teiro, anulando o meu pequeno susto.

- Sim senhor… Com que então ‘rodas-baixas’. Achei piada!

E saudámo-nos, sorri-dentes, preparando-nos para a actuação daquele azou-gado e bem gordinho n.9 dos juniores do Vitória.

Agora deu para recordar. E com agrado, sem nada de assustadiço…

Dois sustosDavid

Sequerra

25 de Abril é dia de taça

Vencer e festejar

a conquista da prova” é o desejo de António Martins, líder do Barreirense

Chegámos à final e

só pensamos ganhar”, diz o Joaquim Tavares, presidente dosquintacondenses

:::::::::: Joaquim Guerra ::::::::::

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+ Negócios

A Alstom Portugal vai investir 12,5 milhões de euros na expansão da sua unidade industrial da Mitrena, em Setúbal, para criar «condições físicas e técnicas» que

permitam a produção de conden-sadores e reaquecedores de vapor para as ilhas convencionais das centrais nucleares. O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros gabou o plano e disse que o país «deve ser mais competitivo» que os congéneres do leste europeu para conseguir captar este tipo de investimentos.

Paulo Portas reiterou a impor-tância das leis da concorrência, essenciais para assegurarem «mercados verdadeiramente concorrenciais», e das alterações recentes às leis laborais, que «devem ser amigas dos investi-dores e da criação de riqueza e de postos de trabalho». O membro do Governo, que tinha passado ao lado de um protesto de elementos afectos ao Sindicato das Indústrias Transformadoras e Energia, acres-centou que as «decisões de inves-

timento não são tomadas em função de retórica, mas sim em função de condições práticas».

Já o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, referiu que o país atra-vessa um período de «solidarie-dade nacional e não de protago-nismos pessoais», desvalorizando assim as críticas que haviam sido feitas por Basílio Horta, ex-presi-dente do AICEP, que disse «que os investimentos agora anun-ciados tinham sido contratuali-zados pelo anterior Governo». «Não é hora de entrar nesse tipo de despiques», reforçou.

Mais 130 postosde trabalho em Setúbal

De acordo com o presidente da Alstom Portugal, Ângelo Ramalho,

o investimento anunciado aumenta «significativamente» as capaci-dades da empresa no país, permi-tindo que esta produza «equipa-mentos mais críticos da parte convencional de produção de energia de uma central nuclear, dando ao grupo maior controlo sobre a sua cadeia de produção e optimizando os prazos de entrega aos seus clientes». A primeira entrega só deverá acontecer no final de 2014.

A expansão da unidade indus-trial vai aumentar o volume de vendas da Alstom em 40 milhões de euros por ano e criará perto de 130 postos de trabalho directos e indirectos na região. As obras vão arrancar em Maio, estando o início da produção previsto para o ano seguinte.

Bruno Cardoso

Ministro dos Negócios Estrangeiros passa ao lado de protesto contra degradação das condições de vida

Portas apadrinha expansão da Alstom em SetúbalEmpresa liderada por Ângelo Ramalho vai começar entregas em 2014 e espera aumento de volume de vendas em 40 milhões de euros. Investimento cria 130 postos de trabalho directos e indirectos na região.

Paulo Portas gabou novos empregos

Unidades foram avaliadas pela Agência Portuguesa do Ambiente em função da perigosidade

Região tem 23 empresas de alto risco

Setúbal é o distrito do País que possui mais infraestruturas industriais com potencial

risco de incêndio ou de acidente mecânico ou químico. São 23 (ver lista) as unidades classificadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) como «estabelecimentos abrangidos pelo nível superior de perigosidade», sendo Sines citada nesta lista como a cidade portu-guesa que reúne mais empresas de alto risco.

Esta classificação agora conhe-cida resulta de um estudo reali-zado pela APA em zonas indus-triais consideradas de risco, englo-bando empresas de explosivos,

pirotecnia e combustíveis, sendo que a obrigatoriedade da classi-ficação é uma norma europeia que decorre da directiva Seveso II.

Entre os exemplos apontados como casos de acidentes na região está o ocorrido em 2008, quando um operário morreu na refinaria da Petrogal, em Sines, depois de

ter sido encontrado inconsciente num reactor da unidade de produção de hidrogénio, enquanto em 2006 dois trabalhadores da Portucel, (Setúbal) sofreram quei-maduras com alguma gravidade e extensão em mais um acidente.

Há três anos, o alarme disparou mesmo em Sines com a notícia de

um incêndio registado na refinaria, cuja reparação dos danos custou à Galp Energia entre 20 a 30 milhões de euros. A Galp encerrou a refi-naria durante um mês para manu-tenção da central eléctrica, causado por uma avaria numa turbina.

Produtos inflamáveis,químicos e tóxicos

As duas classificações de risco dependem, segundo o Núcleo de Riscos e Alertas da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), da quantidade de produtos infamá-veis, químicos e tóxicos presentes nas várias infraestruturas, sendo que quantos mais produtos de risco existam, mais a unidade deverá investir na prevenção, até porque determinadas unidades distritais são mesmo apontadas como sendo de risco para a própria população residente.

Quer isto dizer que além de um plano de emergência interno é também obrigatório um plano de segurança externo que é da responsabilidade das câmaras municipais, como autoridade de proteção civil local. Aliás, todas as estruturas industriais catalo-gadas com sendo de «nível supe-rior de perigosidade» estão obri-gadas, por lei, a fazer simulacros e a comunicar às autarquias, à APA e à ANPC, todas as obras que façam e que riscos podem daí advir e que planeamento de prevenção está previsto.

São empresas de topo na indústria da região e do país. A maior parte está instalada em Sines. Mas os perigos estão identificados e a maior destas unidades cumpremos quesitosde segurançae ensaiamas medidas de prevenção certificadas.

:::::::::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::::::::

O Porto de Sines deu o exemplo no final de 2011, reali-zando simulacros ao longo de duas semanas, em várias insta-lações daquela infra-estrutura portuária, nomeadamente na área alargada dos terminais de Granéis

Líquidos e Petroquímico, com os operadores CLT, Repsol e Euro-resinas e no Terminal de Gás Natural concessionado à REN Atlântico, em que participaram também os serviços de segurança da APS.

O bom exemplo do Porto de Sines

Sines (9)- Artlant PTA- EuroResinas- EuroResinas (tanque metanol)-Petrogal- Petrogal (parque de bancas)- REN Atlântico- Repsol (complexo petroquímico)- Repsol (terminal portuário)- SIGÁS. Setúbal (5)- Portucel- SapecAgro-Sapec Química- Tanquisado-Vilarlombo Almada (4)- ETC – Terminais Marítimos- OZ Energias e Gás-Petrogal-Repsol Combustíveis Barreiro (3)- AP – Amoníacos de Portugal- FISIPETanquipor Palmela (1)- Hempel Portugal Alcochete (1)- Maxampor

As unidades

Os simulacros constituem uma das acções de prevenção mais adequadas

D.R

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Adega de Palmela dá a provar pitéus e vinhos de excelênciaCERCA de 30 pessoas mar ­

caram presença no primeiro encontro gastronómico da Adega Cooperativa de Palmela, que teve lugar no passado domingo, nas instalações desta empresa. A grande novidade foi a apresentação do creme da sopa caramela, uma proposta da Confraria Gastronó­mica local.

O branco Adega de Palmela 2011 acompanhou o queijo de Azeitão e a manteiga de ovelha, nas entradas; já o tinto Vale dos Barris Syrah 2009 foi servido com o creme de sopa caramela, enquanto o coelho à camponesa de Palmela foi dado a provar aos participantes o tinto reserva Adega de Palmela 2009. As fogaças, doce típico de Palmela, foram acompa­nhadas pelo Moscatel de Setúbal Superior 2005. Ambos os produtos conquistaram medalhas de Ouro, em França e na Alemanha.

A iniciativa “Adega sem Fron­teiras” conta com eventos mensais a realizar em Abril, Maio, Junho e

Julho, e culmina com o lançamento, por ocasião da 50.ª edição da Festa das Vindimas, de um livro com fotos, receitas e críticas de todos dos 30 pratos apresentados ao longo de cinco meses. A ideia partiu do jornalista Amilcar Malhó. «É importante para nós fazer a ligação dos nossos vinhos à gastronomia nacional e internacional. Do ponto de vista gastronómico, temos pratos riquíssimos, e os nossos vinhos são excelentes e casam muito bem com a gastronomia nacional», vinca José Carlos Caleiro, presidente da direcção da adega, que vê no evento um bom passo para promover a adega e os seus vinhos de exce­lência reconhecidos em concursos internacionais.

Amilcar Malhó, coordenador do projecto e em representação da Confraria Gastronómica, faz um balanço «muito positivo» do arranque do projecto, revelando que o próximo encontro terá lugar a 29 de Abril, tendo como convi­dada a Confraria Gastronómica de

Angola. Amilcar Malhó, além de estar envolvido num projecto soli­dário “A Vida de um Vinho”, da Casa Ermelinda Freitas, vai estar este ano por detrás do encerra­mento das “Personalidades do Ano 2000”, da Sivipa, que foi interrom­pido na década de 90, por dificul­dades económicas.

O vereador Luís Calha afirmou que os vinhos de «grande qualidade e a nova geração de enólogos e produtores» do concelho contribu­íram para a conquista do galardão “Palmela Cidade Europeia do Vinho”. A seu ver, o “Adega sem Fronteiras” é um «casamento feliz da gastro­nomia com os vinhos, um dos prin­cipais produtos turísticos de Palmela, vem afirmar o enoturismo e enri­quecer o programa» de “Palmela, Cidade Europeia do Vinho”.

José Carlos Caleiro recorda que desde que a nova equipa da adega entrou em funções, em 2009, os vinhos ali produzidos já conquis­taram oito medalhas de ouro, entre outras, em concursos internacionais.

A Adega Cooperativa de Palmela é a única adega a produzir uma aguardente moscatel com a designação “Amus”, que aposta numa imagem «muito actual, arro­jada, e ao estilo gourmet». Luís Silva, o enólogo da Adega Coope­rativa de Palmela, orgulha­se de, com este produto, a adega marcar a diferença, com «inovação/imagi­nação». «A aguardente de moscatel, com uma produção muito pequena, já existia mas nós

reinventá­mo­la noutro conceito. Estamos a aguardar o momento ideal para fazer o lançamento oficial, talvez por altura da Festa das Vindimas», vinca. O produto, que já conquistou uma medalha de Ouro, em Paris, pode ser encon­trado na própria adega, no Corte Inglês, em Lisboa, na Casa­Mãe, em Palmela, na Casa da Baía, em Setúbal, e em algumas garrafeiras de prestígio. O preço ronda os 15 euros.

Aguardente vínica de moscatel reinventada

Sem

mai

s

A 36.ª edição do Challenge International du Vin, que decorreu de 30 a 31 de Março

em Bordéus, França, premiou os vinhos da região com 25 medalhas, nomeadamente cinco de Ouro, sete de Prata e treze de Bronze.

Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), mostra­se satisfeito com tal feito, sublinhando que a Península de Setúbal conquistou o pódio das regiões portuguesas mais meda­lhadas no referido concurso, «um dos principais» concursos de vinho do mundo.

O responsável, que endereça os parabéns a todos os produtores,

sublinha que esta «extraordinária» quantidade de medalhas conquis­tadas demonstram a «melhoria contínua» dos vinhos produzidos na região, o que significa que existem, «cada vez mais, produ­

tores a fabricar melhores vinhos». Na opinião de Henrique Soares,

os produtores de vinho da região «têm sabido abraçar a moderni­zação, encontrar novas soluções, explorar os mercados internacio­nais e fortalecer a relação com o consumidor final».

O Challenge International du Vin, que tem lugar todos os anos em França, conta com um júri de 800 profissionais com elevado prestígio no sector do vinho. Este ano, entraram em competição mais de 4 700 vinhos oriundos de 38 países de todo o mundo. Portugal arrecadou, no global, um conjunto de 102 medalhas internacionais com os seus néctares.

Qualidade dos vinhos da Península distinguida em concurso de Bordéus

OuroRoxo Sivipa 2008, DOC

Moscatel de Setúbal – Sivipa; Piscadela Tinto 2010, Vinho Regional da Península de Setúbal – Casa Ermelinda Freitas; Herdade da Comporta Branco 2010, Vinho Regional da Penín­sula de Setúbal – Herdade da Comporta;

Herdade da Comporta Rosé 2010, Vinho Regional da Penín­sula de Setúbal – Herdade da Comporta; Adega de Pegões – Selected Harvest Branco 2010,

Vinho Regional da Península de Setúbal – Santo Isidro de Pegões;

PrataHerdade de Espirra Tinto

2008, DOC Palmela – Sociedade de Vinhos Herdade; Bacalhôa 2005, DOC Moscatel de Setúbal – Bacalhôa Vinhos de Portugal; Casa Ermelinda Freitas Tinto 2010, Vinho Regional da Penín­sula de Setúbal – Casa Erme­linda Freitas; Pedras do Monte Tinto 2008, Vinho Regional da Península de Setúbal – DFJ Vinhos; Vale dos Barris Branco

2011, Vinho Regional da Penín­sula de Setúbal – Adega Coope­rativa de Palmela; Adega de Pegões – Chardonnay & Arinto – Branco 2010, Vinho Regional da Península de Setúbal – Santo Isidro de Pegões; Adega de Pegões – Alicante Bouschet Tinto 2010, Vinho Regional da Penín­sula de Setúbal – Santo Isidro de Pegões;

BronzeDona Ermelinda Tinto

Reserva – 2009, DOC Palmela – Casa Ermelinda Freitas; Lobo

Mau Castelão, Tinto – 2008, DOC Palmela – Casa Agrícola Assis Lobo; Herdade da Espirra Tinto Reserva 2008, DOC Palmela – Sociedade de Vinhos Herdade; Veritas Tinto 2008, DOC Palmela – Sivipa; Domingos Damasceno de Carvalho Tinto Reserva 2008, Vinho Regional da Península de Setúbal – SOTA; Lobo Selecção Syrah e Touriga Nacional 2010 – Casa Agrícola Assis Lobo; Valoroso 2010, Vinho Regional da Península de Setúbal – Casa Ermelinda Freitas; Casa Ermelinda Freitas

Espumante Bruto Reserva 2009, Vinho Regional da Península de Setúbal – Casa Ermelinda Freitas; Parus 2009, Vinho Regional da Península de Setúbal – Herdade da Comporta; Fonte do Beco 2008, Vinho Regional da Península de Setúbal – DFJ Vinhos; Adega de Pegões Syrah 2010 – Adega de Pegões; Quinta de Alcube Castelão, Vinho Regional da Península de Setúbal – José Serra; Quinta de Alcube Trincadeira & Syrah 2009, Vinho Regional da Península de Setúbal – João Serra;

Néctares medalhados para todos os paladares

Os produtores têm sabido

abraçar a modernidade, encontar soluções e explorar os mercados internacionais”

Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional

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IberCoal investe 1,5 milhões de eurosno porto de Sines

A IberCoal, empresa de origem norueguesa que opera na área de processamento, trans formação e comercialização de carvão especializado para a indústria de ligas metálicas, inaugurou esta semana as novas infraestruturas fabris, localizadas na área de jurisdição do porto de Sines. O investimento ronda 1,5 milhões de euros. O evento contou com a presença do Embaixador da Noruega em Portugal, Ove Thorsheim.Esta fábrica espera atingir uma produção anual de 800 mil toneladas de carvão bruto, equivalentes a 250 mil toneladas de produto final. O projecto de ampliação teve início em Janeiro de 2012 e a sua conclusão permite uma optimização dos processos de fabrico e uma redução do impacto ambiental na região.Com fábricas a operar também na Rússia, Estónia e Noruega, o carvão especial processado na IberCoal é adequado a granulometrias específicas e apresenta um grau de pureza único para a indústria de ligas metálicas. Este carvão é usado como redutor químico para a síntese de silicone que, por sua vez, será usada no fabrico de diversos produtos, desde painéis solares a precursores de silicone para alumínio, aço e betão, entre outros. A referida empresa está localizada em Sines desde 2008, encontrando nesta infraetrutura portuária todas as valências de que necessita para o desenvolvimento da sua actividade, nomeadamente no que respeita à exportação.

A fechar

O CLIMA da região de Setúbal está numa tendência de subida neste século vai subir mais três graus da média nacional. Em contrapartida, a pluviosidade deverá sofrer uma quebra de 30 por cento. E o frio também sobe, em concelhos como Setúbal, Sesimbra, Palmela ou Almada.

A temperatura média na região poderá subir até aos três graus centígrados até ao final do século, sendo que a chuva, pelo contrário, vai diminuir. Admite-se mesmo que a precipitação sofra uma «quebra» na ordem dos 30%. Em suma, o distrito vai começar a ser mais seco e quente, com um clima semiárido, segundo o cenário traçado pelo Instituto de Meteo-rologia (IM), que alerta ainda para

o «impacto significativo» das alte-rações climáticas.

Como efeito mais previsível na economia regional, esta diminuição da precipitação tão significativa deverá traduzir, por exemplo, uma perda de capacidade ao nível da produção de vinho, segundo o próprio coordenador científico do IM, Pedro Viterbo. O mesmo responsável recorda que «a vinha precisa de invernos húmidos e verões secos», pelo que os futuros produtores terão, eventualmente, de encontrar soluções para os novos desafios criados pelas alte-rações do clima.

Ainda assim, nem só as vinhas deverão ser obrigadas a esse exer-cício de adaptação, já que, segundo os especialistas, é «muito provável»

que os impactos se venham a arrastar a outras produções agrí-colas, que não terão capacidade de ser cultivadas com as temperaturas que estão a caminho da região.

Aumento já contempla controlo do efeito de estufa

De resto, mesmo no futuro mais favorável, admitindo o controlo das emissões dos gases de efeito de estufa, prevê-se uma subida da temperatura média de 0,5 graus. No mais gravoso subirá os tais três.

Perante a aplicação de uma resolução de 125 quilómetros é possível distinguir diferentes padrões no País. «A nível da tempe-ratura, nota-se uma clara divisão

entre o interior e o litoral», explica Pedro Viterbo. O efeito do mar contribui para arrefecer o litoral, que aquecerá menos, enquanto o interior será a área mais afec-tada, pelo que é natural que se registe uma significativa ampli-tude térmica entre os concelhos do distrito mais próximos e mais afastado do mar.

Quanto à precipitação, há uma divisão entre norte e sul, com uma diminuição de chuva que vai começar acima de Lisboa, onde mesmo actualmente o que chove no Inverno chega apenas para suprir a evaporação na Primavera e Verão. Os estudos apontam «para uma pressão maior sobre os recursos hídricos e aparecerão zonas semi-áridas», sustenta o especialista.

Frio tambémvai aumentar

O próximo passo deverá ser a

aplicação dos resultados do modelo ao nível regional, para definir estra-tégias de adaptação. Ainda assim, os estudos têm mostrado que a subida da temperatura média não implica a diminuição dos extremos. Isto é, os dias muito quentes aumentam quase sempre, mas os muito frios também, pelo que as temperaturas em Setúbal, Palmela, Sesimbra ou Almada poderão mesmo baixar ainda mais um a dois graus. Já em termos de precipitação ocorre o mesmo: apesar de haver mais secas, há tendência para episódios de chuva mais intensos e localizados.

Roberto Dores

Temperatura sobe e chuva desce na região durante este século

O MINISTRO da Segurança Social, Pedro Mota Soares, assinou, em Setúbal, as primeiras convenções para a criação de um conjunto de cantinas so ciais in tegradas no pro grama de emergência alimentar lançado pelo estado por tuguês com o objectivo de minimizar os efeitos da crise junto de algumas famílias ca renciadas.

Nesta primeira fase foram assi-nados acordos com oito instituições sociais da região para o forneci-mento diário de 65 refeições todos os dias da semana durante três meses renováveis por iguais períodos.

As novas oito cantinas sociais vão, segundo o ministro, «dar uma resposta específica e eficiente, usan do os recursos e os equipamentos já exis-tentes nas entidades parceiras». Estas

parcerias com instituições onde já existem cantinas com cozinhas equi-padas permitem alo car um orça-mento que passa de dois para 50 milhões de euros, aumentando assim de 62 para mais de 900 as cantinas sociais espalhadas pelo país.

50 cantinasna região

A região vai ser contemplada com 50 cantinas onde serão servidas gratui-tamente re feições a famílias que estão em situação de desemprego ou a atra- vessar dificuldades fi nanceiras gra -ves. As re feições podem ser ser vidas nas próprias instituições ou levadas para consumo nas re sidências de forma a preservar o anonimato de

quem a elas recorre. Cada refeição será com participada pelo instituto da segurança social em 2,50 euros.

Pedro Mota Soares admite que esta seja «uma medida pontual para responder a uma situação de emer-gência», no entanto, para alguns representantes das IPSS esta resposta fica ainda aquém das muitas neces-sidades que se vivem no distrito.

As oito primeiras instituições do distrito a implementar a medida são a Associação de Reformados e Pensio-nistas da Amora, o Centro Comuni-tário de Quinta do Conde, a Fundação COI, do Pinhal Novo, a Cáritas Dioce-sana de Setúbal e as Santas Casas da Misericórdia de Almada, Barreiro, Alhos Vedros e Montijo.

Marta David

Região recebe primeiras oito Cantinas SociaisAPSS no top da aprovaçãode contas

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) foi uma das primeiras administra-ções portuárias (AP) a realizar, no dia 30 de Março, a Assembleia Geral com o accionista Estado.

A reunião, que decorreu no edifício sede da APSS, onde foi apro-vado o Relatório de Gestão e Contas de 2011, cumpriu, desta forma, o prazo legalmente definido.

A APSS foi ainda a primeira administração portuária a divulgar, pelo quinto ano consecutivo, o Relatório de Sustentabilidade rela-tivo ao ano de 2011, de acordo com as normas GRI (Global Reporting Iniciative).

AS EMPRESAS Palmetal e Companhia Nacional de Carnes (CNC), situadas na Quinta do Anjo, em Palmela, querem atrair novos clientes em altura de crise. A primeira, especializada em arma-zenagens e serviços, investiu apro-ximadamente 4 milhões de euros

num novo armazém com 6 mil metros de área coberta e procura novos parceiros fora do sector automóvel. Esta indústria repre-senta 93 por cento do actual volume de negócios da empresa liderada por João Ramos. «O ano de 2012 deverá ser mais proveitoso que o anterior, acompanhando a tendência de crescimento que se perspectiva para a própria Autoeu-ropa», diz.

Por seu lado, José Marques, sócio-gerente da CNC, diz que a empresa está a piscar o olho ao mercado de Timor, embora países como a Angola, Inglaterra, França e Cabo Verde se perspectivem, desde já, como parceiros sérios na exportação, «mesmo com os atrasos nos pagamentos a ficarem incom-portáveis». «A exportação ainda não representa o peso que querí-amos para o nosso volume de negó-cios, mas não podemos ficar

sentados à espera que as coisas estabilizem», vinca.

A empresa que lidera, que emprega 54 pessoas, registou uma quebra no consumo, principal-mente a nível interno, na ordem dos 15 a 20 por cento, mas «os desvios não são tão grandes como os verificados noutros ramos de

actividade». «A diminuição do poder de compra tem-se vindo a reflectir em todos os sectores, embora a actividade não possa parar», desabafa.

Semana dedicadaà Quinta do Anjo

As declarações dos dois admi-nistradores da empresa foram proferidas durante uma visita do executivo municipal à Quinta do Anjo, no âmbito de uma semana descentralizada e dedicada por inteiro à freguesia. Até ao fecho desta edição, a presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, não conseguiu fazer um balanço da iniciativa. Em 2011, a autarca e os restantes vereadores visitaram as empresas McLane Portugal e Icopa – Indústria e Comércio de Produtos Alimen-tares.

Empresas da Quinta do Anjo à espreita de clientes

A matéria prima da CNC

Sofia

Pal

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Sem

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s

Até ao final do século o clima da região poderá subir em média mais três graus e o frio descer

Executivo municipal visitou Palmetal e Companhia Nacional de Carnes que procuram exportar cada vez mais para ultrapassar a crise. Semana descentralizada dedicadas às freguesias de Palmela é hábito anual do município.