semmais 23 maio

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Sexta | 23 maio 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 812 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Atual 6 Festroia comemora 30.ª edição com cinema alemão no centro de cartaz. Atual 4 O mistério da cavilha do carrossel em Pegões que feriu quatro crianças. Pub. Governo arranca com paredão e areias na Caparica Já é seguro que a reabilitação do paredão da Costa de Capa- rica vai arrancar. São 430 metros que vai demorar dois meses de obra. O enchimento de areia também vai arrancar, mesmo durante a época balnear. PÁG. 5 Manobras mili- tares no Barreiro e em Alcochete As instalações dos fuzileiros, em Vale de Zebro, no Barreiro, e o Campo de Tiro de Alco- chete, foram palco dos exer- cícios militares "Tático Alfa". As manobras contaram com a participação de marines americanos. PÁG. 4 Fotos: DR Cultura 9 Bruno Nogueira e a vocalista dos Clã para rir e cantar no Cine -Teatro Luísa Todi Centros de saúde da região perderam 373 médicos, enfermeiros e auxiliares ATUAL PÁG. 3 Atualmente os centros de saúde da região de Setúbal contam com 1849 profissionais, entre médicos, enfermeiros e auxiliares. Menos 373 dos que havia em 1999. Uma das razões para a degradação dos serviços. Eleição de duas eurodeputadas do distrito vai ser a grande incógnita das Europeias Amélia Antunes Amélia Antunes Ana Clara birrento Ana Clara birrento

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Semmais 23 maio

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Page 1: Semmais 23 maio

Sexta | 23 maio 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 812 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Atual 6Festroia comemora 30.ª edição com cinema alemão no centro de cartaz.

Atual 4O mistério da cavilha do carrossel em Pegões que feriu quatro crianças.

Pub.

Governo arranca com paredão e areias na CaparicaJá é seguro que a reabilitação do paredão da Costa de Capa-rica vai arrancar. São 430 metros que vai demorar dois meses de obra. O enchimento de areia também vai arrancar, mesmo durante a época balnear.

PÁG. 5

Manobras mili-tares no Barreiro e em AlcocheteAs instalações dos fuzileiros, em Vale de Zebro, no Barreiro, e o Campo de Tiro de Alco-chete, foram palco dos exer-cícios militares "Tático Alfa". As manobras contaram com a participação de marines americanos.

PÁG. 4

Fotos: DR

Cultura 9Bruno Nogueira e a vocalista dos Clã para rir e cantar no Cine -Teatro Luísa Todi

Centrosde saúdeda região

perderam 373 médicos, enfermeiros e auxiliares

ATUAL PÁG. 3

Atualmente os centros de saúde da região de Setúbal contam com 1849 profissionais, entre médicos, enfermeiros e auxiliares. Menos 373 dos que havia em 1999. Uma das razões para a degradação dos serviços.

Eleição de duas eurodeputadas do distrito vai ser a grande incógnita das Europeias Amélia AntunesAmélia Antunes Ana Clara birrentoAna Clara birrento

Page 2: Semmais 23 maio

Exmo. Sr.

Longe de possuir dados exactos que me permitam

opinar acerca do papel que tem desempenhado à frente da nossa (ainda) Transportadora Aérea Na-cional, a impressão (baseada no que leio na imprensa, em compa-ração com gestões anteriores) que tenho do seu trabalho é largamen-te positiva.

No entanto, e como sei que nas organizações de grande dimen-são é difícil estar informado acer-ca do que se passa nas bases – neste caso, nos voos –, permita--me partilhar com V. Exa. a mi-nha última experiência num voo da TAP: o TP084, proveniente de S. Paulo.

No último ano viajei três ve-zes para essa cidade, e pela pri-meira vez voei com a TAP – e quer a Air France quer a KLM me pres-taram um serviço incomparavel-mente melhor. Já não falo das ca-racterísticas dos aviões, ou da qua-

lidade da comida: somos um país pobre, parece, e isso não é o mais importante neste caso. Falo, sim, das pessoas. Da supina imprepa-ração que os rapazinhos e as ra-pariguinhas que fizeram a assis-tência de bordo neste voo mani-festaram. Falo das suas sobêrbia e pesporrência.

Achando que a traseira do avião era o seu recreio natural, aí se instalaram em ruidosa e alar-ve cavaqueira durante os perío-dos de viagem em que não pu-deram dormir. E já não falo só da má educação e do mau gosto na linguagem, mesmo quando ser-viam as refeições (“É pá, ia-me baldando no jornal deste senhor”; “Aquele ali com cara de bebé quer mais vinho”), falo sim de alguns comentários racistas em relação a passageiros brasileiros, de tal modo indecorosos e repugnan-tes que uma das rapariguinhas chegou a alarma-se junto de uma colega (“Achas que eles nos per-

cebem?”). Eu, que viajava junto do senhor alegadamente com cara de bebé, percebi.

Quando comecei a andar de avião, só há vinte anos atrás, as

hospedeiras e os comissários de bordo eram senhoras e senhores que falavam baixinho e por quem quase não se dava. Agora são me-ninos de Telheiras ou Carnaxide, que se acham superiores aos ex-tra-comunitários a quem têm de servir café. Dói-lhes, acho eu, o facto de os cursos universitários que os pais lhes pagaram (andei na Faculdade de Letras, que tem dado uma forte contribuição à hos-pedagem aérea portuguesa) não darem para mais do que servir co-ca-cola a dez mil pés de altitude – se quiserem ganhar os tais cerca de 1.500€ por mês que os fazem sentir tão superiores aos passa-geiros.

O que lhe pergunto, Dr. Fer-nando Pinto, é se lá no seu país de origem não encontra um con-junto de simpáticas aeromoças e aeromoços que nos salvem des-te bando de pseudo-betinhos-da--barba-aparada que nos dão de comer nos nossos aviões, mas que nem para alimentar os cavalos da Guarda Republica devem ter jei-to algum.

O seu passageiro frequente,

2 ESPAÇO PÚBLICO Sexta • 23 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

Euro-interesses

As mudanças institucionais que ocorreram no seio da Europa, nomeadamente com

os tratados de Maastricht e Lisboa, conduziram, sem apelo nem agravo à hegemonia de alguns países sobre a maioria dos parceiros. O fim do poder de veto, explicado com as duas franjas de adesão dos países de leste, acabaria por ser o princípio do fim da Europa gualitária.

Hoje, o que temos é um diretório, com mando alemão, que se tem apro-veitado para crescer num desiderato anti-natura dos princípios que nortea-ram a sua construção. Tem sido galo-pante a perda de autonomia das na-ções mais pequenas, numa Europa que devia zelar pela subsidiariedade.

Domingo, vamos também decidir a nova liderança da Comissão Euro-peia, esse governo fantoche, com hia-tos na cena internacional e parco em decisões que sejam verdadeiramente unas. Esperemos que o Parlamento Europeu tenha uma palavra a dizer so-bre este eleição e não seja uma esco-lha de penumbra

EDITORIALRaul Tavares

Isto de escrever crónicas tem que se lhe diga. A Alice na ânsia de me ajudar deu a dica: o governo age

com a economia depois da Troika como um sutiã push up. Toca de ir ao dicionário que isto estava a ultra-passar as minhas capacidades e anotei “Esses sutiãs funcionam para levantar os seios e fazê-los parecer maiores”. Então era aí que ela queria chegar: os nossos governantes andam a fazer-nos crer que a nossa economia melhorou quando afinal as pessoas vivem muito pior. O que mais me chocou foi a forma triunfalista como o primeiro-ministro e a sua equipa nos fizeram crer que Portugal alcançara e até superara os objectivos da conso-lidação orçamental e do crescimento económico e daí ter optado por uma “saída limpa”. Mesmo quando o INE veio revelar que a economia portu-guesa havia contraído inesperada-mente no primeiro trimestre deste ano o que revela quanto é frágil e exposta às oscilações de “humor” dos mercados (isto dos mercados terem sentimentos humanos, recal-citra Alice, só pode ser uma piada ou uma ardilosa campanha ideológica).

Nisto recebo um mail do TIAC

(Associação Transparência e Inte-gridade). Pensei “se a economia gera tanta incerteza, eis um campo (o do combate à corrupção) onde devem ter ocorrido progressos acentua-dos, pois que a Troika fora bem in-formada por aquela associação”. Afinal o que aquela organização nos vem dizer é que “lamenta que as suas mais relevantes recomendações te-nham sido ignoradas, com grave prejuízo para os cidadãos portugue-ses”. E enumera”:

- ao fim de três anos, arrastam--se as renegociações das parce-rias público-privadas sem uma contabilidade clara de poupanças, custos e benefícios, monitorizada de forma independente;

- os conflitos de interesse na política continuam a ser a norma, nomeadamente no Parlamento, onde dezenas de deputados cor-porizam a promiscuidade entre a política e os negócios;

- as privatizações têm sido pro-cessos nebulosos, com negocia-ções secretas, atores políticos agin-do simultaneamente do lado do vendedor e do comprador, comis-sões de acompanhamento gover-

namentalizadas e como tal não in-dependentes; em alguns casos, os processos suscitaram até a inter-venção das autoridades judiciais.”

Retive esta última, pois que dela não poderia resultar qualquer sus-peita que não fora da única e ex-clusiva responsabilidade deste go-verno. E veio-me à memória o pa-pel das sociedades de advogados e da exuberância do ex-ministro Catroga e o seu papel na negocia-ção com a Troika por ocasião do famigerado “Memorando de En-tendimento”: eis que, uma vez gan-has as eleições, em vez de assumir a pasta ministerial das Finanças o vemos comutar directamente para a EDP para auferir um ordenado mensal superior a 45 mil Euros, que acumulou com uma pensão de mais de 9600 euros.

“ T´as a ver pai, isso é que é ver-dadeiramente push-up!” concluiu Alice.

Como um sutiã push up

Carta abertaao Dr. Fernando Pinto

Arlindo MotaColaborador

O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2014 caiu, como é sabido, 0,7%.

Este decréscimo de criação da rique-za no primeiro trimestre do ano foi inesperado.

O Governo, com a fanfarronice a que já nos habituou, propagandeou não há muito tempo, que Portugal vivia num verdadeiro milagre eco-nómico.

A realidade é porém o que é, e por mais que o Governo tente ven-der gato por lebre, a verdade vem sempre ao de cima.

Confrontado com o facto do de-créscimo estar em contraciclo com o crescimento do PIB da zona euro, o Governo apressou-se a justificar mais este desaire, agora com a dimi-nuição das exportações.

Segundo o Governo, a paralisa-ção durante uma semana da refina-ria de Sines e por outras razões da Auto-Europa foram a causa para a queda do produto.

Esta afirmação irresponsável se-ria para rir se a situação não fosse grave. Sublinhe-se porém que a Au-toeuropa ao contrário do que diz o Governo exportou mais apesar de ter parado uma semana.

O decréscimo da criação de ri-queza tem a ver com as políticas de austeridade, em dose inaceitável, sem que tenha havido ou haja qualquer tipo de reforma estrutural da econo-mia, necessária à criação de riqueza.

Bem pelo contrário. O sistema produtivo não existe na dimensão adequada aos interesses de Portu-gal, não há qualquer estratégia de industrialização, as empresas mais importantes sob domínio nacional são vendidas a retalho e, por isso, como também se sabe a divida não para de crescer.

Tudo isto é lógico que esteja a ocorrer, com consequências mais do que previsíveis.

Só um cego não vê e o Governo está cego, surdo e mudo à realidade.

A rutura com a política que tem seguido é uma exigência pa-triótica.

Exigência Patriótica

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

Vítor RamalhoAdvogado

O debate politico nesta campanha foi demasiado penoso. Para dizer a verdade, nunca criei

grandes ilusões sobre um debate sério em torno das questões euro-peias. Falar da sustentabilidade das dividas soberanas, dos desafios do modelo social europeu, do abandono da estratégia de Lisboa, do tratado orçamental, da união bancária, de uma politica de segurança transnacional,

dos desequilíbrios sociais criados na última década e agravados nos últimos anos ou da relação da força de trabalho com o sistema finan-ceiro, eram temas demasiado caros para a direita europeia e esta, não poderia consentir a seriedade que se impunha nesta campanha eleitoral.

Por isso, a Direita portuguesa usou e abusou do populismo e da agressividade linguística. Justificou

a destruição de um país com o com-bate ao pretenso despesismo, e, por incrível que pareça, fez muitos acre-ditar que viviam acima das suas pos-sibilidades só porque puderam pas-sar uma semana de férias fora do país durante uma vida de trabalho. Mas, o admirável mundo da políti-ca contemporânea também tem uma Esquerda insólita. Tem uma Esquer-da que contribuiu para colocar esta

Direita no poder. Uma Esquerda que esgotou a sua utilidade com o chum-bo do PECIV e que ataca o Partido Socialista de forma gratuita enquan-

to a Direita termina o trabalho sujo de destruição do Estado social e ven-de o país a retalho.

Jerónimo de Sousa coloca no mesmo saco aqueles que defende-ram o estado social junto daqueles que agora o querem destruir. De-fende hoje o Estado social quando no passado nunca lhe deu corpo, vo-tando contra todos os orçamentos que continham o RSI, o complemen-to solidário para idosos ou a cons-trução de creches e lares. Votou con-

Uma esquerda que serve à direita

Manuel FernandesMembro Partido Socialista

“ O que lhe pergunto, é se lá no seu país de origem não encontra um conjunto de simpáticas aeromoças e aeromoços que nos salvem deste bando de pseudo-betinhos-da-barba-aparada que nos dão de comer nos nossos aviões”

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ABERTURA

Sexta • 23 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 3

A triste estação rodoviária eleva-se por entre as pequenas casas escondidas,

servindo de abrigo a famílias de pombos por entre as saliências da fachada enevoada, poeirenta.

A calçada poluída, os cafés simples, amontoados, aconche-gados, as copas verdejantes que se erguem da calçada lembram a graça da serra que se vê ao longe.

As mulheres apressadas ser-vem-se do batuque seco dos tacões dos sapatos para mos-trar algum estatuto; outras, avançam serenas com os filhos pela mão, com a cara acinzen-tada e a roupa remendada, po-bres e sorridentes.

E as lojas erguem-se sobre as ruas irregulares – ora estrei-tas, ora largas – e encontro Bo-cage, eterno, no seu pedestal, admirando a mesma musa no fim da praça.

As crianças brincam, livres, satisfeitas, por entre os pom-bos imperfeitos, desassosse-gados, cinzentos enquanto as avós veem as montras, bebem um café, lamentam a vida.

A avenida distingue-se, lon-ga, verde, movimentada. Por entre os meus passos e os dos que por mim passam, desvio o olhar e letras musicais can-tam: Luísa Todi, num peque-no recanto acolhedor onde en-caro o seu busto, ao longe.

Os homens engravatados passam, apressados, mais al-tos que a cidade. E eu vejo ao longe os pescadores, mal ves-tidos, com frio no corpo e ca-lor no olhar, humildes.

Vejo a serra da Arrábida cada vez mais próxima, cada vez mais distinta da cidade – os aromas frescos e frutados aproximam-se, o inebriante manto verde espreguiça-se e cruza-se com as praias sola-rengas, amarelas e azuis.

Como compreendo Sebas-tião da Gama…

Esplendorosa, solene, ele-

va-se verdadeiramente sobre a cidade, em tom de provoca-ção, mostrando-se aos homens engravatados e às mulheres apressadas, servindo de refú-gio a quem a sabe amar.

É o mais perfeito contras-te entre a cidade e o campo e é esta serra tão próxima que enaltece a cidade, que faz es-quecer tudo o que nela acon-tece.

As pessoas distantes, olha-res reprovadores das pessoas mais idosas, os seus precon-ceitos, a sua mente fechada, impura, sem esperança, des-vanece-se ali e também ali se dissolvem os nossos proble-mas e dilemas, sei-o bem.

A areia escorrega-se-me por entre os dedos dos pés, abandonando o seu estado iner-te a cada passo que dou, reto-mando-o logo depois. E os grãos de areia olham eternamente o mar adiante, beijam a espuma das ondas, envolvem-se ter-namente entre elas e perdem--se, apaixonadamente, naque-le mar infinito.

Tal como eu.

Margarida NietoEstudante

Setubalando

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

tra os orçamentos que massificavam o sistema nacional de saúde ou que aumentavam a responsabilidade da escola pública. Estes foram orça-mentos de Governos socialistas que hoje a Direita considera despesis-tas. O investimento nas pessoas foi sempre acompanhado de investi-mento na economia. Investimento nas acessibilidades, nas energias re-nováveis, no envolvimento do in-vestimento privado e na captação de investimento estrangeiro. Mas a

tudo isso, Jerónimo Sousa respon-de com um contundente “são fari-nha do mesmo saco”. Esta esquer-da com base politica assente em au-tarquias endividadas, com empre-sas municipais á beira da insolvên-cia e que só tem acesso ao crédito através dos fundos comunitários, candidata-se ao parlamento euro-peu com o discurso da saída do euro.

Esta Esquerda comunista não é só incoerente, é sobretudo irrespon-sável. A Direita agradece.

“ É o mais perfeito contraste entre a cidade e o campo e é esta serra tão próxima que enaltece a cidade, que faz esquecer tudo o que nela acontece. ”

Centros de saúde perderam 373 profissionais na região

É um dado que ajuda a perceber o agudizar das dificuldades para quem trabalha nos

centros de saúde do distrito. Todos os anos uma média de 25 funcio-nários está de partida e não são substituídos. Facto: O pessoal de serviço (médicos, enfermeiros e auxiliares) que chegava aos 2222 elementos em 1999, hoje fica-se pelos 1849, segundo as estatísticas da Direcção-geral de Saúde (DGS). Ou seja, um total de menos 373, que para os sindicatos do sector traduz uma «marca preocupante», que está a levar à degradação do Serviço Nacional de Saúde.

Por concelho, apenas o Seixal e Alcácer do Sal não perderam pro-fissionais nos respectivos centros de saúde. O primeiro foi mesmo o único concelho do distrito a co-nhecer um aumento, de 267 em 1999, para 342, enquanto o segun-do o caso surge com uma curio-sidade, já que manteve os mesmos 60 trabalhadores durante os últi-mos 15 anos.

Quanto aos representantes municípios a tendência é a da redução. Começando por Alma-da, que conheceu a maior per-

da, baixando de 502 para 351, tra-duzindo menos 151 funcionários, seguindo-se Setúbal, com uma quebra de 328 para 297 (um to-tal de 31).

O Barreiro também regista uma significativa quebra, de 264 para 228, assim como a Moita que bai-xou de 189 para 108 ou como Pal-mela, que surge na lista da DGS com 117 elementos ao serviço, de-pois de há 15 anos estar nos 137. Alcochete passou de 60 para 41, Sesimbra baixou de 105 para 96 e Montijo de 103 para 64.

No Litoral Alentejano, ex-cluindo o caso de Alcácer de Sal, encontramos mais do mesmo, embora a uma escala mais redu-zida. Se Santiago do Cacém bai-xou de 70 para 64, perdendo seis profissionais, Sines exibe hoje 37 funcionários no Serviço Na-cional de Saúde, menos 13 do que há 15 anos, enquanto Grândola regista a maior quebra. Passou de 87 para 44, traduzindo uma redução de 43 profissionais.

Para o Sindicato dos Enfer-meiros Portugueses, estes cor-tes vão levar a uma grande ca-rência de profissionais, nomea-damente de enfermeiros. Gua-dalupe Simões diz que o gover-no tem vindo a reduzir o pessoal

na Administração Pública, «seja através de aposentações, seja através da não renovação de con-tratos a prazo», lamentando o programa de rescisões amigá-veis ao qual se seguiu o progra-ma de mobilidade especial, que levará ao despedimento dos fun-cionários públicos, mas que fi-cou muito aquém do que era es-perado pelo Ministério das Fi-nanças.

Em causa estão médicos, enfermeiros e auxiliares, sendo que 1999 havia 2222 funcionários e actualmente são 1849. O estudo explica que esta quebra explica a degradação dos serviços no distrito.

Roberto Dores

Por ano, em média, no distrito, estão de partida 25 funcionários

Hospital de Almadacom mais pessoal

Ainda assim, o distrito não soma só perdas de pessoal no Serviço Nacional de Saúde. O Hospital Garcia de Orta (Al-mada) é hoje dos poucos que regista um aumento de pro-fissionais face aos mesmos 15 anos. Segundo a DGS, esta uni-dade de saúde dispõe hoje de 2533 profissionais, quando em 1999 se ficava pelos 2006. Ou seja, mais 527 funcionários.

No distrito, apenas os concelhos do Seixal e de Alcácer do Sal não perderam profissionais de saúde

DR

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ATUAL

4 Sexta • 23 maio 2014 • www.semmaisjornal.com

Pub.

O mistério da cavilha no carrossel que feriu 4 crianças em Pegões

É uma história que ainda está por explicar. A cavilha que desapa-

receu do carrossel onde há uma semana quatro crianças ficaram feridas, durante as festas de Santo Isidro, em Pegões Velhos, foi encon-trada na manhã seguinte pelo proprietário do equi-pamento de diversão. Estava debaixo de um camião. Ali ao lado. «Ainda queria saber quem a tirou do sítio», diz José Mendonça, garantindo que o barco onde as quatro crianças – entre os seis e o

dez anos – só se soltou por ter perdido aquele reforço. O Ministério Público também está a tentar perceber o que se passou na noite que quase acabou em tragédia.

«Eu não quero acusar ninguém, mas isto só pode ter sido feito pela mão de al-guém. Até pode ter sido al-guma criança, durante a tar-de, que esteve aqui num dos períodos em que eu não es-tava”, relata o empresário do Baixo Alentejo ao Sem-mais, garantindo que há 14 anos que trabalha como car-rossel infantil, não tendo qualquer registo de maus funcionamento numa espé-

cie de bilhete de identidade que acompanha a atracção.

«Ele estava a funcionar bem, continuou a funcionar bem depois de voltar a pôr a cavilha na calha onde está o barco, mas aquilo acon-teceu. Ainda dou graças por não ter havido nada de mais grave”, insiste o proprietá-rio do carrossel, que exibiu todos os documentos em or-dem à GNR e aos dois téc-nicos da Câmara de Monti-jo que realizaram a vistoria antes da festa começar.

E agora? O dono do car-rossel já solicitou nova ins-peção ao equipamento e ten-ciona marcar presença a 1

Fuzileiros e marines treinamno Barreiro e em Alcochete

O EXERCÍCIO “Tactico Alfa” decorreu entre 12 e 16 deste mês, com a participação da companhia de fuzileiros n.º 22 e de uma força de escalão pelotão de marines dos Esta-dos Unidos da América per-tencente à Special Purpose Marine Air Ground Task For-ce - Crisis Response, sediada em Morón, Espanha.

Pelas excelentes caracte-rísticas e condições existen-tes na escola de Fuzileiros, em Vale de Zebro, no concelho do Barreiro, o exercício foi conduzido a partir desta uni-dade registando-se como um dos momentos mais altos a participação no dia 15 de duas aeronaves Boeing MV-22 Os-prey, o que despertou a curio-sidade de muitas pessoas que transitavam pelas imediações.

Após as aeronaves terem aterrado na parada da esco-la, efetuou-se naquele mes-mo local um treino cruzado de fast rope e posterior inser-ção de fuzileiros e marines no campo de tiro de Alcochete, culminando com uma ação ofensiva coordenada entre ambas as forças.

O “Tactico Alfa” é um exer-cício que integra o plano de atividades anual do Coman-do do Corpo de Fuzileiros.

O proprietário, José Mendonça, afirmam que acidente só pode ter tido «a mão de alguém»

Câmaras mais atentas querem mais certificação

Acidente com carrossel nas Festas de Santo Isidro

DR

Proprietário garante que a cavilha desapareceu e foi encontrada debaixo de um camião. José Mendonça teve que desmontar carrossel e já pediu uma nova inspeção.

de Junho em Alverca, para as comemorações do Dia da Criança. A vistoria vai ser fei-ta no próprio terreno pelo Instituto Eletrotécnico Por-tuguês, que assistirá à mon-tagem do carrossel e ao seu funcionamento.

Se estiver tudo em con-formidade, será passado novo certificado para mais um ano, período durante o qual com-pete ao proprietário assegu-rar a manutenção do equi-pamento, para que esteja em confor-midade com a li-cença caso venha a ser fiscalizado pela ASAE ou técnicos de al-guma autarquia, que não têm especialista no setor habili-tados a vistoriar carrosséis. De resto, a legislação que re-

gulamenta o sector também não o prevê, pelo que as úni-cas duas entidades que têm competências para fiscali-zar equipamentos de diver-são limitam-se a verificar se estes funcionam em confor-midade com o certificado anual passado pelo Institu-to Eletrotécnico Português ou Instituto de Soldadura e Qualidade, sempre que os carrosséis se instalam num novo terreno.

Fonte do Insti-tuto Eletrotécnico Português garan-te que depois de vários anos em que

o sector estava entregue a si próprio, «hoje as câmaras es-tão mais atentas» e algumas até optam por contactar os dois organismos certificado-

res sempre que surgem dú-vidas sobre determinado car-rossel. «Querem saber se de-terminado documento é vá-lido ou falso», revela, admi-tindo que a reinspecção a que o empresário José Mendon-ça vai ter que sujeitar o seu carrossel após o acidente de sábado – para poder voltar a laborar – poderá ser feita em apenas «numa manhã». São os técnicos que se deslocam ao terreno onde o equipa-mento voltará a ser insta-lado, para verificar a sua montagem e respetivo fun-cionamento. Se estiver tudo bem, será passada nova li-cença pelo prazo de um ano, cabendo ao proprietário ze-lar pela manutenção e bom funcionamento do equipa-mento.

Roberto Dores

Campo de Tiro de Alcochete

Porto de Sines e Praia Vasco da Gama renovam Bandeira Azul

OS ELEVADOS padrões am-bientais do porto de Sines aca-bam de ser reconhecidos pela renovação da atribuição da Bandeira Azul à praia Vasco da Gama e ao porto de recreio.

O galardão é um símbolo de qualidade ambiental atri-buído às praias e portos que cumpram um conjunto de cri-térios ambientais, segurança e conforto dos utentes.

A APS, irá promover ati-vidades ambientais orienta-das para a gestão sustentada dos oceanos, nomeadamen-te: os “Olhares d’água”, este sábado; o “Recuperar o Mar”, (7 Junho), e o “Biodiversida-de na Marina” (21 Julho).

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Sexta • 23 maio 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Governo recupera paredão e areia na Costa de CaparicaO SECRETÁRIO de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, já ad-judicou o contrato de reabilita-ção de 430 metros do paredão da Costa de Caparica, por um va-lor de 600 mil euros, sendo que a obra vai ser financiada em 85% por fundos comunitários, en-quanto a comparticipação na-cional decorre a cargo da Agên-cia Portuguesa do Ambiente. O prazo de execução prevista e de dois meses.

De acordo com o governan-te, trata-se de um investimento de «grande importância para ga-rantir a segurança de pessoas», reconhecendo que o Inverno ri-goroso deixou a zona do pare-dão muito danificada. «Não fo-ram só os temporais recentes, os temporais anteriores também já tinham provocado alguns danos», sublinhou Paulo Lemos, reco-nhecendo que os vários episó-dios de galgamento do mar, que chegaram mesmo ameaçar o par-que de campismo, agravou os es-tragos.

Já quanto ao enchimento ar-tificial das seis praias — se esten-de da praia de São João á praia

da Saúde — reclamado pela au-tarquia de Almada e comercian-tes para antes do início da épo-ca balnear, o secretário de Esta-do do Ambiente assumiu que o contrato também já foi adjudi-cado esta semana, por 5 milhões de euros. Aqui o financiamento comunitário contempla a totali-dade do investimento.

Porém, Paulo Lemos avisou que o enchimento do areal irá ter

lugar durante a época balnear, limitando os banhos durante uma semana em cada uma das praias. O governante admitiu que a obra não estava em carteira para este Verão, uma vez que a tutela aguar-dava pelas dragagens no porto de Lisboa para aproveitar as areias. «Mas depois do que acon-teceu com os temporais de In-verno decidimos intervir já», jus-tificou.

As obras vão reabilitar 430 metros de paredão e demoram dois meses

DR

Domingos Paciênciaé o novo líder no Bonfim DOMINGOS Paciência é o novo trei-nador do V. Setúbal para a época 2014/15, sucedendo a José Coucei-ro. Vai ser apresentado esta sexta--feira, às 18h30, no Bonfim.

A administração entendeu que Domingos Paciência era o treinador que mais se encaixava na estratégia futura para o clube, uma vez que é jovem, aposta na formação e tem provas dadas no futebol português.

Depois de ter treinado as cama-das jovens do FC Porto, a U. Leiria, a Académica, o Braga e o Sporting,

e de uma experiência não muito fa-mosa pelos campeonatos de Espa-nha e Turquia, Domingos Paciên-cia, está de regresso a Portugal.

Domingos Paciência

DR

A poetisa setubalense Glória Zorro faleceu aos 84 anos, na últi-ma quinta-feira. Dedicou muito da sua vida à causa associativa e era uma eterna fan incondicional do “seu” V. Setúbal. Era uma pre-sença constante nos eventos poéticos e culturais. Deixou escrito o livro “No Mar Também Há Estrelas”, onde manifestou o seu amor pela sua cidade natal. Trabalhou 17 anos no Hospital do Outão e fez parte do grupo cénico da União Setubalense.

A poetisa Alexandrina reconhece que que se trata de uma gran-de perda para a cultura setubalense, dado tratar-se de uma mulher que dedicou «muito da sua vida ao movimento associativo, uma eterna apaixonada pelo V. Setúbal e sempre disponível para usar da palavra para aplaudir ou para criticar».

Poetisa Glória Zorro morre aos 84 anos

ÚLTIMA HORA

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Festroia

A 30.º edição do Festroia vai ho-menagear a cinematografia ale-mã e entregar um Golfinho de Ouro ao produtor português Pau-lo Branco. O certame, que decor-re de 6 a 15 de Junho, no Forum Luísa Todi e nos auditório Char-lot e José Afonso, apresenta um orçamento de 200 mil euros e tem como patrocinador oficial o município sadino.

Fernanda Silva, directora do Festroia, durante a apresentação, que decorreu na Casa da Cultu-ra, realçou que o festival, apesar da crise em Portugal e na Euro-pa, conseguiu entrar com «segu-rança, mas com muito trabalho e boa vontade» nos 30 anos, sobre-tudo devido «àqueles que não nos deixam de apoiar». Por comemo-rar 30 anos de vida, a programa-ção destaca-se por incluir filmes de «qualidade e em quantidade».

O município reduziu o seu apoio de 114 para 80 mil euros, mas o ICA concedeu 47 mil euros. A Fun-dação Buehler Brockhaus atri-buiu 10 mil euros. A ajuda do Me-dia Criative Europa, no valor mí-nimo de 20 mil euros, só chega-rá em finais de Junho.

Já o vereador da Cultura, Pe-dro Pina, afirmou que o Festroia é «um dos mais antigos e presti-giados festivais de cinema do País com prestígio, que sal-ta fronteiras e atraves-sa continentes e ocea-nos». A seu ver, o Fes-troia contribuiu para «educar o gosto de várias gera-ções que hoje sabem escolher e ver bom cinema e até fazê-lo». Pedro Pina frisou que em Setú-bal vê-se «bom cinema, graças ao espírito empreendedor de Má-rio Ventura Henriques, o funda-

dor do festival». A edição deste ano conta com

188 filmes provenientes de mais de 40 países, sendo que o País homenageado inclui 35 filmes, 21 longos e 14 curtos. A secção oficial apresenta 15 filmes e in-clui o filme “Diamantes Negros”, de Miguel Alcantud, uma co-pro-dução de Portugal, Espanha e Es-tónia, que conta a história do trá-fico de jovens africanos para jo-

gar futebol na Europa. «A secção oficial deste ano está muito forte», frisa Fernanda Silva.

O produtor Paulo Branco sobe ao palco do Forum Luísa Todi, no dia 14, durante a sessão de entrega de prémios, para receber o Golfinho de Ouro. Em 40 anos de dedicação ao ci-nema Já produziu mais de 270 filmes, participou em vários cer-

tames internacionais, foi distin-guido com o prémio de Melhor Produtor da Europa, pelo Parla-mento Europeu e, desde 2007, é director do Lisbon & Estoril Film Festival. «É de toda a justiça ho-menagear um produtor que tem feito muito pelo cinema e pro-movido Portugal no estrangei-ro. É, sem dúvida, o maior pro-dutor português».

De referir que em todas as ses-sões, o Festroia continua a ofe-recer 25 convites aos desempre-gados, tanto no Luísa Todi como no Charlot. Este ano não vão ser repetidos os filmes da secção ofi-cial no auditório Charlot mas está garantida a exibição do filme ven-cedor no último dia do certame, às 21h30. Também há sessões in-fantis gratuitas no Charlot para as crianças dos infantários.

António Luís

Certo dia as costas doíam--me tanto que para evitar a operação fui parar ao Dr.

Pedro Telles.Do Dr. Pedro Telles à Marta

foi um pulinho. A Marta é a ins-trutora no espaço Dar

De repente estava eu a fazer pilates. Eu? Pilates? Quem me conhece sabe que não combina, mas fosse pela simpatia da tur-ma, pela graciosidade da Marta, mas sobretudo pela forma com-petente e paciente como ela nos vai ensinando, de repente já eu fazia desajeitadamente meia dú-zia de exercícios.

Da báscula da bacia, ao trans-verso abdominal, coloco um ima-ginário cinto à volta da cintura e penso que esse cinto se trata do cinto que Passos Coelho nos man-dou apertar e voltar a apertar e mais uma vez a apertar e de re-pente já estávamos estrangula-dos de tanto apertar.

Tivesse Maria Luís Albuquer-que uma Marta para lhe mandar recolher o umbigo em direcção à coluna e ela pensaria duas vezes antes de nos mandar encolher o orçamento em direção ao abis-mo, qual

Este domingo vamos a votos.Portugal e a Europa.A páginas tantas já ninguém

sequer sabe em que está a votar. Não digo em quem, mas sim em quê ou para quê?

Diga-se a verdade, mas a cam-panha foi pobre. Muito pobre mesmo.

Discutiram-se pessoas, discu-tiram-se políticas nacionais, dis-cutiram-se dívidas e culpados, mas não se discutiu um projeto euro-peu. Não se discutiu qual o melhor modelo para a Europa e para os in-teresses portugueses.

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Sapadores de Setúbal apurados para competição internacionalOS BOMBEIROS Sapadores de Setúbal, que se tornaram conhe-cidos pelo seu calendário ousa-do, vão representar Portugal num campeonato mundial a realizar em Phoenix, nos Estados Unidos da América, após vencer uma pro-va desportiva nacional, que de-correu nos dias 17 e 18, em Alco-baça.

A equipa sadina, constituída por cinco elementos, ganhou a 1.ª edição do Firefighter Combat Challenge Portugal, organizado

pela multinacional RedSwat, em parceria com a Associação Por-tuguesa dos Bombeiros Volun-tários.

O evento desporti-vo, com a participação de 21 equipas de corpo-rações de bombeiros nacionais, profissionais e voluntários, foi dis-putada por estafetas, com um to-tal de cinco estações.

Os ‘soldados-da-paz’ de Se-túbal completaram três elimina-

tórias até chegar à vitória final ante a equipa dos Bombeiros Mu-nicipais de Leiria, realizando o tempo de 1 minuto e 19 segundos.

Mas para seguirem para os Estados Unidos, os Sapadores de Setú-bal têm ainda de arran-jar patrocinadores para financiar a viagem. «Te-

mos estadia garantida num quar-tel que tem servido de acolhimen-to nos outros anos e a inscrição de 5 mil dólares ficou garantida

com a nossa vitória. Agora falta arranjar verbas para fazer a via-gem», conta Daniel André, um dos elementos vencedores, que acrescenta que também estão já a angariar fundos para a edição de 2015 do calendário.

A competição internacional está marcada para os dias 3 a 9 de novembro, em Phoenix, onde vão estar presentes corporações de bombeiros da Austrália, Nova Zelândia, França e Alemanha, en-tre outros.

Bombeiros sadinos derrotaram os de Leiria na final

celebra 30 anos com excelentes fitas alemãs

O vereador Pedro Pina e a directora do Festroia, Fer-nanda Silva

«A secção oficial deste ano está muito forte», diz Fernanda Silva

Telenovela ‘incomoda’ comerciantes de Troino OS COMERCIANTES de Troino, em Setúbal, temem que o fecho da rua Vasco da Gama e do Largo da Pal-meira possa trazer prejuízos ao ne-gócio quando estiverem no terreno as equipas de filmagens da nova te-lenovela da SIC, “Lágrimas de Sal”, produzida pela SP Televisão.

Durante a apresentação da no-vela, que decorreu na Casa da Cul-tura, os ânimos dos comerciantes exaltaram-se mas o presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, garantiu que uma equipa, constituída por elementos da Câma-

ra e da SP Televisão, irão andar no terreno para ouvir as reclamações dos comerciantes. «Com esta me-dida, os problemas irão ser resolvi-dos para que os impactos sejam mais positivos do que negativos para o comércio», frisou o autarca, que acres-centou: «Queremos dar boa imagem de Setúbal e deste bairro, com tra-dições e com gente que sabe rece-ber».

A produção promete analisar a possibilidade do fecho da Rua Vas-co da Gama acontecer «uma vez por semana, ou uma vez de 15 em 15 dias».

A novela, com 300 episódios, irá ser filmada em Setúbal e Tróia, entre junho próximo e maio de 2015, para ser exibida em horário nobre, subs-tituindo “Sol de Inverno”.

Alexandre Hachmeister, da SP Televisão, revelou que a maior par-te das filmagens irá decorrer no «ca-rismático» Troino, para contar a his-tória de famílias ligadas às pescas. «Vai ser uma história sobre o mar, relacionada com pescadores e a in-dústria das pescas. Vamos ficcionar em Setúbal uma fábrica de conser-vas», conta.

A produção envolve 40 actores, sendo que «90 por cento da acção é passada em Setúbal e 2 por cento em Lisboa».

Rua Vasco da Gama, em Troino

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Se as últimas sondagens espe-lharem a realidade da contagem de votos úteis no próximo domingo,

a região vai assistir de sofá à eleição direta de duas representantes para o Parlamento Europeu. Amélia Antunes, ex-presidente da câmara do Montijo, é a décima na lista do PS e está no inter-valo elegível. À direita, a grande surpresa da lista de Coelho e Portas, Ana Clara Birrento, diretora da Segurança Social de Setúbal, que colocada em oitavo lugar, também deverá seguir viagem para Bruxelas.

A léguas deste frenesim eleitoral que marcará a boca das urnas, estão dois sindicalistas sobejamente co-nhecidos no distrito, Rui Paixão, pela CDU, e António Chora, pelo Bloco de Esquerda. O homem forte durante muitos anos da União de Sindicatos do Distrito de Setúbal fez campanha discreta, mas marcou terreno ao lado do cabeça de lista da coligação CDU, João Ferreira. Foram arruadas e pa-rece que estão a resultar: «Está a ser a uma campanha muito bem aceite

no distrito. Achamos que as pessoas perceberam que o voto útil é na CDU», confessa ao Semmais um dirigente do PCP.

Ao seu jeito, António Chora é mais comedido. «A campanha está a decorrer com uma adesão essen-cialmente militante. Tivemos al-guns momentos altos, que foram o jantar em Setúbal, a sessão de es-clarecimento em Alhos Vedros e a distribuição de propaganda à por-ta da Autoeuropa», acentua. Mas as contas não fáceis de fazer. Por isso, sublinha o sindicalista, «se a simpatia popular se transformas-se em votos o bloco elegeria ga-rantidamente 5 a 6 deputados», diz ao Semmais. Ainda, assim, sem de-sarmar, confia que a sua força po-lítica «terá muitos mais votos do que as sondagens indicavam no ar-ranque da campanha».

É no centro que as maiores con-tam serão feitas na noite eleitoral. Os socialistas vão na dianteira e é espectável que venham a vencer as europeias deste ano, com uma mar-

gem de eleição de 8 a dez eurodeputados. E para ca-valgar essa onda contam com um castigo ao actual

governo. «Acreditamos que os ci-dadãos da região conseguem dife-renciar as propostas do PS, nomea-damente uma Europa mais solidá-ria, com prioridade para o emprego e para o relançamento da economia, contra mais austeridade, pobreza e falta de esperança que indicam as propostas do PSD/CDS, ou das da CDU, que apontam como solução imperativa à saída do Euro», clarifi-ca Madalena Alves Pereira, líder dis-trital do PS.

A dirigente alude com receio à previsível abstenção e lembra que nas últimas autárquicas o círculo eleito-ral de Setúbal, já registou mais 11 por cento de abstenção em relação à mé-

dia nacional. «Por isso fizemos uma campanha a tentar inverter essa me-nor adesão das pessoas, com inicia-tivas de maior proximidade com o eleitorado, instituições, associações e empresas, e promovemos debates», explica a líder distrital do PS, salien-tando, que durante a campanha o seu partido foi «o único a falar da Euro-pa aos cidadãos da região».

O momento alto da campanha terá sido a deslocação a Setúbal de Martin Schuls, candidato família so-

cialista à Comissão Europeia. Ma-dalena Pereira lembra também que Francisco Assis foi o primeiro cabe-ça de lista na corrida a visitar a re-gião. «A nossa candidata Amélia An-tunes, que será um grande reforço para os interesses da região no Par-lamento Europeu, fez uma campa-nha extraordinária, a par de todos os dirigentes locais do partido em iniciativas que tiveram grande acei-tação e adesão popular», sintetiza ao Semmais.

E se os socialistas confiam na eleição certeira da ex-autarca do Montijo, muito próximo de António José Seguro, a afiançam vir a ser «a voz de Setúbal em Bruxelas», os res-ponsáveis regionais pelos dois par-tidos que asseguram a Aliança Por-tugal não duvidam da possibilidade de tornar Ana Clara Birrento em eu-rodeputada.

O caso de Bruno Vitorino, pre-sidente da distrital de Setúbal do PSD. «Estamos empenhados em eleger Ana Clara Birrento, porque será a representante na Europa das instituições sociais, dos pequenos e médios empresários e das popu-lações do distrito», afere. Seguido de Nuno Magalhães, líder do CDS/PP, que afina pelo mesmo diapa-são: «As expectativas de eleição são boas e a nossa candidata bem o me-rece, pelo desempenho que teve como diretora da Segurança So-cial no distrito. Tem provas dadas e, com Mercês Borges (12.º lugar na lista), muito têm contribuído para o desenvolvimento da região», justifica o também líder parlamen-tar dos centristas em São Bento.

A campanha, essa, foi mais ou menos morna para a coligação de direita. Bruno Vitorino já espera-va que assim fosse, uma vez que, sugere, «são eleições que apesar da sua importância não suscitam tanto interesse como as legisla-tivas ou autárquicas». E Maga-lhães adianta que as populações «parece cansada de tantas cam-panhas e atos eleitorais. Há um desinteresse das pessoas e pare-ce mesmo que estas eleições não lhes dizem respeito». Ainda as-sim, ambos sublinham que a ade-são popular teve «uma boa res-posta» mesmo fora da órbita par-tidária ou de apoiantes das duas forças políticas.

Vitorino lembra ainda a «gran-de campanha e envolvimento» das duas candidatas da Aliança Portu-gal, Ana Clara Birrento (CDS/PP) e Mercês Borges (PSD), nomeadamen-te nas áreas sociais. E Nuno Maga-lhães lembra como ponto alto a co-mício realizado em Palmela, com a presença de Paulo Rangel e Nuno Melo, o primeiro e segundo da lista apoiada pelos partidos do atual go-verno.

POLÍTICA

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Incógnita de umas eleições que parecem longe, mas estão tão perto

Distrito pode eleger duas eurodeputadas, Amélia Antunes, pelo PS, e Ana Clara Birrento, pela Aliança Portugal

Zeferino Boal vai regressar à política ativa como candidato a liderança da concelhia do PSD em Alcochete, cujas elei-ções decorrem na próxima sexta-feira. O candidato, que já foi militante do CDS-PP, está disposto a «unir e a dinamizar

a intervenção política do partido ao serviço da comunida-de», segundo disse ao Semmais. Em carta dirigida ao mili-tantes daquela secção, Zeferino Boal diz querer liderar uma equipa que “prolongue e respeite o passado do PSD” naque-

le concelho e apresenta, como um dos objetivo «centrar a ação do partido mais próxima das pessoas». Sem desejar uma «disputa eleitoral fraturante», Boal quer capitalizar «apoios internos e externos e acrescentar valor».

Zeferino Boal regressa à política em luta pela concelhia do PSD em Alcochete

PPD/PSD

Resultados em 2009Total de inscritos 9491592Total de votantes 3555947 > 37.46%

31.68%

1.48%

1.21%

0.66%

0.61%

0.48%

0.39%

0.37%

0.14%

4.64%

2%

8.37%

10.67%

10.73%

26.58%

1126425

945200

381696

379256

297776

52736

43111

23356

21622

16946

13761

13023

5095

164828

71116

PCTP/MRPP

PS

BE

PCP/PEV

CDS/PP

MEP

MPT

MMS

PH

PPM

PNR

POUS

VOTOS BRANCOS

VOTOS NULOS

Com as sondagens a não desarmarem uma potencial diferença entre o esperado vencedor, PS, e a Aliança Portugal (AP), da coligação governamental, há a incógnita de ver o distrito eleger duas representantes, Amélia Antunes (PS) e Ana Clara Birrento (AP). Mas a abstenção mete medo.

O tabuleiro ‘centrão’ onde tudo de joga António

Chora, (BE), Mercês Borges (AP) e Rui Paixão (CDU) muito longe de Bruxelas.

Anabela Ventura

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CULTURA

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Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Janela: pequena porta, entrada; abertura na parede ou no telhado. Janela de guilhotina, de peito,

de sacada. Janelão. Janela, persia-na, estores, cortinas e cortinados, portadas e parapeitos. Janela e por-ta – locais de passagem, limiares. Ja-nelas grandes e pequenas; largas ou estreitas; unas ou múltiplas; quadra-das, rectangulares, ovais; janelas vi-radas a norte, sul, este ou oeste.

A janela deixa entrar a luz e o ar - «casa onde não entra o sol, entra o médico». Em sentido figurado, «ja-nela» corresponde a um interreg-no, a um intervalo – espaço em bran-co numa página, respiração.

«Jogar pela janela» - deitar fora, não aproveitar oportunidades.

«Janelas fechadas são olhos de cego», avisa o adágio popular. «Os olhos são as janelas da alma», dize-mos. As crianças intuem-no dese-nhando olhos nas casas, expressi-vas e pestanudas janelas.

À janela se pôs «a Carochinha que é tão linda e formosinha». À janela se namorava, em tempos, provocando certamente torcicolo naquele que, de baixo, olhava e desejava.

À janela se põem os botões: «Qual é coisa, qual é ela / chega a casa, põe-se à janela?»

«Janela, janelinha, porta, cam-painha – Triiiiiim!!!» e o dedo que segue o rosto da criança: primeiro um olho, depois o outro, a boca e o nariz-campainha- triiiiim!

A janela é uma moldura – um rosto numa janela é um retrato. «Me-nina, estás à janela / com o teu ca-belo à lua» - o Eterno Feminino? Gala à janela, pintada por Dali, dirige-nos o olhar para o exterior - ar e água.

Estar «de janela» ou «à janela». «Janelar». E quem está à janela mos-tra-se, expõe-se, ou escuda-se e vi-

gia? Vê «claramente visto» ou não? «Não basta abrir a janela / Para ver os campos e o rio. / Não é bastante não ser cego / Para ver as árvores e as flores. / É preciso também não ter filosofia nenhuma», avisa Alber-to Caeiro.

Janela embaciada: limpar o va-por de água para ver o exterior. De-senhar e escrever o nosso nome. Ou o de outrem. À semelhança do tron-co da árvore, o vidro húmido acei-ta o desenho de um coração. Quem o não fez ou não quis fazer?

Janela e beiral – o pouso da ave e o seu refúgio; o pouso dos braços; o pouso do olhar.

Janela e vitral: o hímen, a vir-gindade — a luz que passa através da matéria. Metáforas vulneráveis.

A janela é um espelho ou uma brecha; uma fronteira, uma possi-bilidade.

Atirar pedras e partir vidros: a invasão. «Atirar pedrinhas» para chamar quem está dentro: a aten-ção - abrir a janela: aceitação; fe-char a janela: a negação. Códigos.

A janela abre para o exterior e deixa, de acordo com a luz existen-te, ver (ou não) o interior da casa. A janela é o rasgo, a ponte entre o in-terior e o exterior – por vezes entre janelas e espaços interiores: «Jane-la Indiscreta», de Alfred Hitchcock.

A janela permite ver e ser visto; ver sem ser visto ou, ainda, ser visto sem ver, numa espécie de conjuga-ção irregular e possível entre visão, voyeurismo e espelho. E nisso se as-semelha à escrita e à leitura uma vez que, como escreveu Luísa Freire, «Qualquer texto é uma janela / aber-ta / entre o dentro e o fora de nós. / Ele é sempre o vidro transparente / diante de olhos / opacos.» Ou parcos.

[email protected]

Janela

António Luís

Orçado em 100 mil euros e com a envolvência de 1 500 crianças e jovens de

escolas e instituições do ensino da música, o 4.º Festival de Música de Setúbal, dedicado a “O Mar”, decorre de 29 de maio e 1 de junho em vários espaços, com o intuito de divulgar o património cultural e promover a música, na vertente educativa.

Os organizadores do evento, que foi apresentado no Forum Luí-sa Todi, no dia 19, anunciaram a criação do Ensemble Juvenil, com-posta por cerca de três dezenas de músicos, a seleccionar em breve.

Para a presidente do municí-pio, o apoio da Gulbenkian ao fes-tival vai permitir a criação de «um formato totalmente novo de or-questra juvenil comunitária, que pretende abraçar a música clás-

sica e não só».Pedro Carneiro, Pedro Condi-

nho e Fernando Molina serão os coordenadores do Ensemble que será composto por percussionis-tas de tradição africana/latino--americana, instrumentistas clás-sicos, músicos de jazz e crianças com deficiências que aprendem a tocar música com recurso a tec-nologia de apoio.

O director do festival, Ian Ri-tchie, revelou que o Ensemble é um projecto «inovador» que se «li-berta das barreiras sociais e cul-turais para encontrar a qualidade artística e a igualdade».

A edil afirmou ainda que Setú-bal irá ser «inundada» da «enor-me diversidade e criatividade das nossas comunidades e das influên-cias internacionais na vida cultu-ral da cidade», acrescentando que

«as crianças e os jovens são parte da essência do certame e desem-penham papel fundamental na pro-gramação ao criarem músicas e formarem grupos, num trabalho de colaboração ao lado de artis-tas visitantes de classe mundial». Dores Meira sublinhou ainda que o Festiva de Música de Setúbal pre-cisa de novas parcerias para con-tinuar a crescer e a desenvolver--se. Já o vereador da Cultura, fri-sou que o certame é um exercício dialéctico que permite «formar, informar e incluir, através de no-vas linguagens estéticas».

Gran Union Orchestra, gru-po vocal Olisipo, Orquestra de Câmara Portuguesa, uma insta-lação do artista Fernando Mota e o tradicional desfile de percus-são, constam na programação deste ano.

Sempre com a região,sempre pela região...

A criação do Ensemble Juvenil é a grande novidade deste ano do Festival de Música de Setúbal, que irá decorrer em vários espaços do concelho com 100 mil euros de orçamento.

Ipis rerior aspicim agnatempore volupti buscid et

Festival de Setúbal divulga patrimónioe educa crianças para a música

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Dore Meira (ao centro) presidiu a mesa da conferência de imprensa

Continua em cena, no ArteViva, no Barreiro, to-dos os sábados, às 16 horas, o espectáculo para crianças “Baú de Estórias”, onde se contam, can-

tam e encantam pequenas estórias da autora Luí-sa Ducla Soares. É uma peça indicada para crian-ças a partir dos 4 anos. Até 14 de Junho.

Teatro infantil no ArteViva

1500 crianças e jovens vão participar no festival deste ano

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“O Doido e a Morte”para ver em Almada até final do mês

Cartaz...

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A PEÇA “O Doido e a Morte”, de Raúl Brandão, estreia esta sexta--feira, às 21h30, no Teatro Joaquim Benite, em Almada, onde faz car-reira até ao final deste mês, poden-do ser vista de quinta a sábado, às

21h30, e domingo, às 16 horas. Escrita em 1923, esta farsa, em

um ato, de Raul Brandão, conta a história da ameaça de morte ex-plosiva que o Sr. Milhões leva den-tro de uma caixa até ao gabinete

de Baltasar Moscoso, Governador Civil e dramaturgo frustrado.

Refém de um doido, Baltasar verá as suas fraquezas expostas, sendo forçado a ouvir e a concor-dar com a crítica, tão hilariante quanto pertinente, que o Sr. Mi-lhões dirige a uma sociedade mul-tiplicadora de injustiças e de sen-tidos absurdos para a vida.

Alberto Quaresma, André Go-mes, Maria Frade e Miguel Martins são os actores que vão estar em cena, com os cantores Luís Rodri-gues, Maria Luísa de Freitas e Má-rio João Alves, e os músicos da or-questra do TNSC.

Fernando Sobral apresenta livro no BarreiroO LIVRO “O Segredo do Hidroavião”, de Fernando Sobral, é apresentado este sábado, pelas 16 horas, no auditório da biblioteca do Barreiro. A partir de um facto histórico, Fernando Sobral cons-trói um empolgante thriller, levando até ao leitor o jogo de interesses políticos em conflito numa China em guerra civil, entre os nacionalistas de Chiang Kai--shek e os comunistas de Mao Tsé-Tung e criando, ao mesmo tempo, um retrato fiel do universo de in-trigas e ambições, de receios e interesses da comu-nidade portuguesa em Macau. Fernando Sobral, jornalista, tem mais de uma deze-na de livros publicados, entre romances e obras de carácter histórico, económico e político. Escreve para vários jornais e revistas e foi um dos fundadores da “Rádio Sul e Sueste”, uma estação local do Barreiro. Colaborou em vários programas de televisão.

A farsa de Bran-dão conta história de ameça de morte explosiva

Peça “Quem quer ser Saramago”em Alcochete A ANDANTE Associação Artística apresenta esta sexta-feira e sábado, no Fórum Cultural de Alcochete, às 21h30, a peça de teatro “Quem quer ser Saramago?”. Nesta proposta da Andante, as palavras de José Saramago «ajudam-nos a compreender os tem-pos conturbados em que vivemos. Como num jogo somos transportados para a escrita do No-bel da Literatura, com avanços e recuos, ultra-passando uma dificuldade aqui, fazendo uma descoberta ali. Guiada pela “Voz” numa viagem contra a crueldade, a humilhação e a mentira e com destino a um mundo mais digno, justo e verdadeiro». Com encenação de Rui Paulo, a peça é interpretada por Cristina Ladeira.

Teen Machine lançam CDAs Teen Machine apresentam e lançam o seu primeiro CD “Acreditar”. O grupo é con-stituído por Joana Mestre, Diana Macário e Beatriz Cos-ta. O espectáculo conta com a participação da Orquestra Swing Band. A entrada é livre. Forum Cultural do Seixal • 15h00.

Comédiacom Bruno Nogueira

O comediante Bruno Nogueira propõe-se dar outra vida às canções do universo pimba,

juntando a vocalista dos Clã e outros músicos, responsáveis por arranjos de jazz e pop onde estes seriam pouco prováveis. O espectáculo

intitula-se “Deixem o Pimba em Paz”. Forum Luísa Todi,

Setúbal • 21h30.Cantigas dos TV RuralOs TV Rural são um dos nomes mais fortes do rock de influência popular portuguesa. O seu último trabalho, o álbum “A Balada do Coiote”, mostra como a originalidade consegue beber inspiração na riqueza tradicional da nossa música. Centro de Artes de Sines • 22 horas.

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Montijode QuarentenaO Bando leva à cena o espectáculo “Quar-entena”, que assinala os 40 anos do grupo. Conta com a participa-ção de uma orquestra de 16 músicos e com os diálogos desenvolvidos por três actores, diferentes de sítio para sítio, que ao longo de uma semana de residência artística interagem artisticamente com o local que os acolhe.Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo • 21h30.

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Philarmónica dá concertoA Philarmónica de Lisboa dá um concerto, numa organização da Orquestra Nova. As estradas têm um custo de 4 euros para o público em geral, enquanto os alunos das escolas de música do concelho pagam apenas 3 euros. Auditório do Pinhal Novo • 21h30.

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LOCAL

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O executivo de Santiago visitou, entre 14 e 16, Ermidas-Sado, naquela que foi a quarta

etapa da Presidência nas Fregue-sias, que incluiu visitas, reuniões e contactos com população, numa freguesia que é referência no inves-timento empresarial.

Álvaro Beijinha faz balanço «positivo» do périplo por Ermi-das-Sado e sublinha que «essa tem sido a tónica também nas outras freguesias». Sobre a freguesia, o edil salienta a «grande dinâmica empresarial, numa altura de cri-

se em que o país vive momentos complicados. Aqui, não obstante haver muitas dificuldades nas em-presas locais, também sentimos uma grande dinâmica empresa-rial, com algumas empresas a cres-cer».

Ermidas-Sado está dotada de um Parque Empresarial, «com as in-fraestruturas necessá-rias para a fixação de qualquer empresa». Na atual con-juntura, Álvaro Beijinha olha para Ermidas-Sado como uma impor-

tante referência empresarial em contraciclo. «O grande problema do nosso país e em particular do nosso Alentejo prende-se muito com a falta de emprego e este in-centivo e dinâmica em Ermidas são relevantes para contrariar esse

drama». O presidente congratula-se ainda com as notícias que colocam Santiago como «o 5.º concelho a nível nacio-

nal que mais cresceu em exporta-ções no ano passado, entre 308 municípios». A explicação está no

«conjunto de investimentos que têm sido feitos no concelho. São fatores económicos muito impor-tantes do ponto de vista da cria-ção de emprego e da exportação».

Já o presidente da Junta de Er-midas-Sado, Carlos Parreira, mos-tra-se satisfeito pelo lugares visi-tados. «Fomos a Ermidas-aldeia, Faleiros, Vale da Eira, corremos tudo. É muito produtivo para a fre-

guesia», sublinhando a importân-cia do executivo e técnicos da au-tarquia se “inteirarem dos proble-mas de Ermidas».

Sobre o tecido empresarial, Car-los Parreira fala de uma área «mui-to importante» para a freguesia e mostra-se esperançado pelo re-sultado global da iniciativa.

António Luís

Santiago visita freguesia que é referência no investimento empresarial

Alcochete valoriza oferta cultural

Moita celebra 100 anos da feira regional de Maio

Seixalmantém-se na Amarsul

ATÉ domingo, continua a decor-rer na Moita, a tradicional feira de Maio que está a comemorar 100 anos. No programa, não faltam as largadas de toiros, na Avenida Teó-filo Braga, uma corrida de toiros, a exposição e desfile de carros an-tigos e clássicos, o espaço de gas-tronomia local, onde irá ter lugar o III Almoço da Feira, e os habi-tuais divertimentos, com diferen-tes carrosséis.

A animação noturna é preen-chida pelo II Desfile de Fatos de Gala elaborados com materiais re-ciclados, por Nélio Pinto, pelo es-petáculo “A Arte da Dança na Tau-romaquia”, com a Academia de Dança Alma Latina e Grupo de Se-vilhanas e Flamenco “Soledad”, acompanhado pela fadista Patrí-cia Leal e Banda do Rosário, e pela Orquestra Ligeira da Sociedade de Instrução Musical da Quinta do Anjo.

O pavilhão municipal de ex-posição abre este ano as portas, a 24 e 25, à “Peças D’Artes” – Feira de Antiguidades, Velharias e Ar-tesanato. Esta feira, com entrada gratuita, pode ser visitada este sá-bado, das 14 às 24 horas, e no dia 26, das 10 às 19 horas.

A ASSEMBLEIA Municipal aprovou, dia 19, não vender a participação do município no capital da Amarsul - Valorização e Tratamento de Resí-duos Sólidos. Esta decisão decorre da proposta remetida pelas Águas de Portugal e pela Parpública, no âm-bito do processo de privatização da EGF, que tem merecido forte con-testação dos municípios.

Segundo o município, tendo como objetivo a privatização do setor dos resíduos sólidos urba-nos, o Governo «não permitiu a aquisição da maioria do capital destas empresas pelas autarquias, preferindo vender em bloco a EGF, empresa do Estado que detém a maioria das acções nos 11 siste-mas a nível nacional, onde se in-tegra a Amarsul».

O MUNICÍPIO acaba de assinar um protocolo de cooperação com o Conservatório Regional de Artes do Montijo, o qual visa “estabele-cer, criar e fortalecer sinergias” en-tre ambas as entidades e definir um conjunto de premissas para o fu-turo, através da conjugação de es-forços que permitam uma oferta cultural de “elevado interesse e qua-lidade” para a comunidade.

O Conservatório do Montijo, que já acolhe crianças de Alcoche-te, e que brevemente passará tam-bém a integrar o nome de Alco-chete, é uma escola de ensino es-pecializado nas áreas da música, da dança e do teatro que se pro-põe formar músicos, bailarinos, criadores, professores, ouvintes e espectadores.

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Edil de Santiago do Cacém orgulha-se de o concelho ser o 5.º a nível nacional que mais cresceu em exportações no ano transacto

A cerimónia da queima das fitas, uma se-renata junto da Sé e concertos fazem mais uma Semana Académica de Setúbal, que acaba a 1 de junho. Os concertos, que de-

correm no campus do Instituto Politéc-nico, a partir das 21h30, são o principal atrativo desta festa estudantil organiza-da pela Associação Académica do IPS.

O X Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca volta a ser organizado pelo muni-cípio de Santiago do Cacém. Com um pré-mio de 4 mil euros, o prémio distingue bie-

nalmente uma coletânea de contos origi-nais, escritos em língua portuguesa, por au-tor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.

Semana académica anima Setúbal X Prémio Nacional de Conto em Santiago

Quarta etapa da Presidência nas Freguesias passou por Ermidas-Sado

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Ermidas-Sado tem grande dinâmica empresarial

Autarca visitou várias empresas de Ermidas-Sado

Alcácer do Sal melhora escolado pré-escolar do Morgadinho

O PRESIDENTE do município assinou esta semana o contra-to da empreitada, construção, ampliação e beneficiação do Centro de Educação Pré-Esco-lar de Alcácer (Escola do Mor-gadinho) com o representan-te da empresa Betonit. Vítor Proença sublinhou a importân-cia desta obra porque Alcácer do Sal passará a ter «uma ofer-ta educativa de qualidade no pré-escolar». A obra a execu-tar é referente à conservação, ampliação e beneficiação a le-var a efeito no edifício escolar do bairro do Morgadinho em Alcácer do Sal que se encontra desativado. A intervenção per-mitirá requalificar o parque es-colar, melhorar as condições de ensino e aprendizagem e consolidar o objetivo da esco-la a tempo inteiro. Pretende--se ainda, com esta obra, me-lhorar a cobertura e reforço do número de espaços pré-esco-lares, permitindo uma oferta de qualidade e a tempo intei-ro a todas as crianças do ensi-no pré-escolar. Pretende-se também adaptar o edifício às

exigências da educação pré--escolar. O valor total do in-vestimento é superior a 906 mil euros. A obra foi alvo de can-didatura ao Inalentejo, com comparticipação de 85 por cen-to do Feder. Além do valor da empreitada, estão integrados na candidatura os financiamen-tos dos projetos de execução e a aquisição de mobiliário, ma-terial didático e equipamento informático. A obra arranca no período das férias escolares, devendo estar concluída den-tro de um ano.

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Proença durante a assinatura

Município celebra protocolo Seixal contra privatização

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AS 18.AS Festas Populares de Pi-nhal Novo, orçadas em 185 mil eu-ros, mais mil do que no ano pas-sado, decorrem de 5 a 10 de Junho, tendo como cabeças de cartaz, a nível de concertos, Paulo Gonzo, Herman José e UHF.

António Rafael, presidente das festas, deposita «as melhores» ex-pectativas na edição deste ano, re-velando que a grande novidade prende-se com um novo desenho na distribuição dos espaços. «Te-mos um cartaz e um orçamento muito arriscado e, se o tempo aju-dar, vamos ter a melhor edição dos últimos anos», admitiu.

Já Álvaro Amaro, presidente do município, realçou que as fes-tas «já se afirmaram, são uma rea-lidade sólida e um projecto sus-tentado», ao mesmo tempo que re-presentam uma «grande montra da identidade da freguesia, da cul-tura caramela e dos ferroviários». O edil não tem dúvidas do «bri-lhantismo» da edição deste ano, que teve uma organização «com

capacidade» para saber ultrapas-sar a crise.

O presidente da Junta de Fre-guesia de Pinhal Novo, Manuel La-garto, não tem dúvidas de que as festas «têm superado os constran-gimentos financeiros e sabido afir-mar a identidade das suas gentes, cada vez com mais pujança».

Tunas académicas, o desfile “Noite de Fogo”, que envolve 260 figurantes, uma corrida de toi-

ros, a noite da sardinha assada, fado, marchas populares, Noite da Popular FM e o fogo-de-arti-fício, que é lançado do terraço do terraço da biblioteca, são al-gumas das actividades do pro-grama.

O programa das festas foi apre-sentado segunda-feira no merca-do do Pinhal Novo, com a anima-ção da Orquestra Novas Guitar-ras e os Balha ca Carroça.

Almada com projecto para Porto Brandão

Caminhada ajuda CERCIMA do Montijo

Barreiro debate desenvolvimento local

Arte japonesa mostra-se em Setúbal

A COOPERATIVA de Educação e Reabilitação do Cidadão Inadap-tado do Montijo e Alcochete pro-move a caminhada do Pirilampo Mágico, este domingo, a partir das 9 horas, na Arrábida, para apurar receitas para a instituição.

A partida está agendada para as 9 horas, na praça dos autocarros em Palmela. Está ainda previsto um pré-encontro às 8 horas, junto das instalações do ginásio Supergym na zona ribeirinha do Montijo.

A caminhada do Pirilampo Má-gico realiza-se num percurso de 10 quilómetros, na Serra da Arrá-bida, apresentado, por isso, difi-culdade média/alta, sendo acon-selhável a participantes com al-guma resistência física. As inscri-ções custam três euros e podem ser efetuadas na Cercima ou no Supergym.

A REDE para a Empregabilidade Barreiro-Moita realiza o III Fórum de Desenvolvimento Local Bar-reiro-Moita, dia 31, às 9h30, nas oficinas EMEF, no Barreiro.

O evento visa fomentar o sur-gimento de novas iniciativas que incrementem a competitividade, empregabilidade e desenvolvi-mento dos respetivos concelhos.

Será um oportuno momento para a «reflexão em torno do de-senvolvimento local», juntando em-presários, empreendedores, autar-cas, administradores de institutos públicos, entidades formadoras que operam nesta região e outros ato-res para um importante e decisivo debate sobre as artes, cultura e pa-trimónio; turismo, rio e ambiente; tecnologia e desenvolvimento lo-cal; e competitividade, dinâmica em-presarial e internacionalização.

MAIS de 200 obras de arte de 180 artistas japoneses podem ser vis-tas em quatro galerias municipais na exposição “Arte Atual do Ja-pão”, inaugurada dia 18. «As pes-soas têm a oportunidade de ver e conhecer um pouco melhor a arte japonesa», sublinhou Bumpei Ma-gori, vice-presidente do Clube dos Amigos da Europa e das Artes. Já a presidente Dores Meira salien-tou que a mostra é o «prolonga-mento dos laços que unem portu-gueses e japoneses».

CINCO jovens arquitetos italianos propõem a criação de um novo "por-to" na frente ribeirinha de Porto Brandão. O projeto venceu em Al-mada o 12.º Concurso Internacio-nal da Europan.

«Trata-se de uma proposta que aposta na transformação da pai-sagem através da cultura exten-siva da vinha», explica o júri. Além da criação de um novo "porto", a equipa propôs ainda o desmante-lamento dos atuais depósitos exis-tentes na área industrial, para fa-zer um enorme anfiteatro de uso público.

INICIATIVAS

Semana da CavalaOs vários pratos à base de ca-vala são apresentadas num evento gastronómico que en-volve 44 restaurantes de Se-túbal e uma sessão de cozi-nha ao vivo, a realizar de 24 de maio a 1 de junho. A Sema-na da Cavala, organizada pelo município sadino, desafia a imaginação dos estabeleci-mentos de restauração.

Sesimbra comemoraDia do PescadorO CONCELHO comemora o Dia do Pescador dia 31, com um pro-grama que inclui várias home-nagens.

O dia começa com a inaugura-ção do monumento Arte Xávega, às 10h30, na praia do Moinho de Baixo, e termina com a missa de homenagem, às 18 horas, na Igre-ja de Santiago. Durante a manhã, decorre ainda uma visita à Doca-marinha, no Zambujal.

Destaque ainda para a distin-

ção de individualidades da comu-nidade piscatória, na Sociedade Musical Sesimbrense, a visita às portas do “Sesimbra é Peixe e Arte na Rua”, a colocação de coroa de flores no monumento ao pescador e a demonstração de Arte Xávega, na praia de Sesimbra.

As comemorações encerram a 1 de junho, com concentração e des-file de barcos na baía em homena-gem aos pescadores falecidos, or-ganizada por Eduardo Pinto.

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Férias activas de Verão em SinesO MUNICÍPIO sineense organi-za de 23 de junho a 4 de julho, o programa Férias Ativas de Verão destinado a crianças dos 6 aos 14 anos, havendo também a possi-bilidade de participação de jo-vens até aos 19 anos, como vo-luntários.

O programa inclui activida-des desportivas, jogos aquáticos, praia, passeios pedestres e ate-liês artísticos. O custo da inscri-

ção é de 30 euros, acrescido do valor das senhas de almoço, se as crianças almoçarem nas can-tinas municipais.

Os jovens dos 15 aos 19 anos que participarem como volun-tários colaboram no acompanha-mento dos grupos.

Não pagam inscrição e têm refeições gratuitas. As inscrições decorrem até ao próximo dia 30 de Maio.

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Palmela apresenta as festas das gentes caramelas de Pinhal Novo

Álvaro Amaro, António Rafael e Manuel Lagarto na apresentação das festas

Italianos vencem concurso

Exposição no 'Quartel do 11'

500 Anosdo Foral de Alhos VedrosEste sábado, o município con-vida a conhecer a “Rota do Ma-nuelino”, que está integrada nas Comemorações dos 500 Anos do Foral de Alhos Ve-dros. Estão agendadas qua-tro visitas – 24 de maio, 28 de junho, 30 de agosto e 20 de setembro – pelo património de estilo manuelino no anti-go concelho de Alhos Vedros.

Santiago combate ObesidadeO Dia Nacional da Luta con-tra a Obesidade é assinalado no sábado, com o mote “Com o Rei na Barriga. Quem Man-da és Tu!”, no parque central, em Vila Nova de Santo André. Vai haver incentivos a ado-ção de hábitos alimentares saudáveis e promoção a prá-tica de exercício físico de for-ma a prevenir a obesidade.

Grândola venera Senhorada Penha

ATÉ AO dia 30, continuam a decorrer as festas de Nossa Senhora da Penha. Este sá-bado, o ponto alto é a procis-são das rosas, às 18 horas, se-guindo-se espectáculo mu-sical com vários artistas lo-cais, a partir das 21h30. À meia-noite há fogo-de-arti-fício e depois baile.

No domingo, às 8h30, de-corre a concentração dos “Ca-minheiros de Grândola” e, às 9 horas, realiza-se a caminha-da para a Penha. Às 10 horas sai a procissão em cortejo au-tomóvel em direcção à Ermi-da da Penha. Depois há mis-sa, um leilão de ofertas, reci-tação do rosário e baile. As fes-tas encerram no dia 30, às 21h30, com um concerto com Teresa Salgueiro.

Grândola estreia peça A partir do livro “No Limite da Dor”, de Ana Aranha e Carlos Ademar, baseado no programa de rádio transmitido pela An-tena 1, estreia esta sexta, às 22 horas, no auditório de Grândo-la, uma peça de teatro que nos dá a conhecer os testemunhos reais de três mulheres e um ho-mem, antigos presos políticos no tempo do Estado Novo.

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NEGÓCIOS

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MUNICÍPIO DE ALCÁCER DO SALAVISO

ALTERAÇÃO AO LOTEAMENTO URBANO DE INICIATIVA MUNICIPAL Nº. 7/2000Expansão Habitacional de Palma-Alcácer do SalManuel Vítor Nunes de Jesus, Vereador do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal:Torna público nos termos do disposto no nº.1 do artigo 22.º, do Decreto-Lei nº. 555/99 de 16 de dezembro na sua atual redação, que se encontra aberto um período de discussão, com a duração de 15 dias, contados a partir do oitavo dia seguinte à publicação do presente aviso, tendo por objecto a proposta de alteração ao projeto de loteamento de iniciativa municipal nº. 7/2000,a incidir sobre o prédio urbano situado em Palma, da União de Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria e Santiago) e Santa Susana.A presente alteração tem como finalidade a necessidade de redefinição de áreas para alteração do seu uso, criando-se um lote designado por G14, com a área total de 2.111,30m2, área de construção e implantação de 1.266,78m2, que se destina a Agro-Serviços (Parque de máquinas agrícolas).Mantem-se a área total do loteamento, aumenta a área de terreno afecta a lotes; as áreas para espaços públicos, bem como aumenta a área de Espaços Verdes, com a criação de Hortas Urbanas, em prejuízo da área destinada a Equipamento que diminui para 3.828,15m2.Assim, qualquer interessado poderá proceder à formulação de sugestões, observações ou reclamações, dirigindo-as à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.O processo encontra-se disponível para consulta na Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística, todos os dias úteis das 9,00 às 16,00horas

Alcácer do Sal, 23 de abril de 2014O Vereador do Pelouro

(Manuel Vítor Nunes de Jesus)

Ameias, Cabernet Sauvignon, Syrah e Tou-riga Nacional 2013 foram premiados no In-ternational Wine Challenge, em Londres, com a menção Commended. Os monocas-

tas estreiam nova imagem e pretendem dar a saborear o melhor de Palmela a preços acessíveis. Os monocasta da SIVIPA têm sido premiados em todo o mundo.

O programa PME Digital vai ser apresen-tado dia 27, às 14 horas, na biblioteca de Pi-nhal Novo, numa iniciativa conjunta do IA-PMEI, ACEPI e município de Palmela. Com

esta iniciativa, pretende-se divulgar solu-ções nas áreas da economia digital e das tecnologias de informação e comunicação, aplicadas à gestão de negócios.

Monocastas Sivipa premiadas em Londres Pinhal Novo apresenta PME Digital

Adrepes mostra projectos de desenvolvimento para a região

Os recentes investimentos feitos na Quinta de Alcube, em Setúbal,

merecem realce da Adrepes no que toca a projectos da região apoiados entre 2007/2014 pelo Proder e Promar. A produção e a sala de provas de vinhos foram beneficiadas, a capela ganhou um centro de inter-pretação e a quinta ganhou algum espaço de alojamento.

Este e outros importan-

tes investimentos vão estar em destaque nos dias 6 e 7 de Junho, no espaço Fortu-na Artes e Ofícios, na Quin-ta do Anjo, durante a mostra de projectos “Consolidar o Passado, Planear o Futuro – Península de Setúbal, Terri-tório de Terra e Mar”.

O evento pretende dar a conhecer os projectos apoia-dos na região, no período compreendido entre 2007 e 2014 pelo Programa de De-senvolvimento Rural (Pro-der) e pelo Programa Opera-

cional Pesca (Promar).O secretário de Estado

do Mar, Pinto de Abreu, vai

Adrepes vai juntar promotores da região, durante dois dias, para divulgar estratégias futuras

António Luís

abrir a iniciativa durante a manhã do dia 6, estando tam-bém prevista a presença de vários representantes de ins-titutos públicos, autarquias, tecido empresarial e movi-mento associativo.

Manuela Sampaio, coor-denadora da Adrepes, con-ta que «os promotores rea-lizarão breves apresentações dos seus projectos e as suas estratégias futuras», acres-centando que «o encontro entre os promotores permi-tirá dar a conhecer os pro-dutos e serviços das empre-sas, fomentando uma rede de contactos e parcerias».

Na óptica de Manuela Sampaio, a região, «apesar de ter algumas fragilidades, tem excelentes recursos e po-tencialidades para o desen-volvimento de actividades li-gadas à agricultura, pescas, floresta, produtos agro-ali-mentares, turismo, patrimó-nio e serviços sociais».

Esta mostra é organizada pela Adrepes, pela Direcção Regional de Agricultura e Pes-cas de Lisboa e Vale do Tejo e pela Rede Rural Nacional.

O evento da Adrepes, em Quinta do Anjo, é aberto ao público em geral, a partir da tarde, e tem entrada livre.

Porto de Setúbal recebeu mexicanos

O PORTO de Setúbal aco-lheu, no dia 12, uma repre-sentação mexicana chefia-da pelo coordenador geral dos portos e da marinha mercante do México, Gui-llermo Ruiz de Teresa. In-tegrava a delegação a Côn-sul do México e Assuntos Políticos em Portugal, Abi-gail Calleja.

No edifício da APSS, onde foram recebidos pelo vogal da administração, Sei-xas da Fonseca, assistiram ao visionamento do vídeo institucional do porto de Setúbal e a uma apresen-tação, em tempo real, da Ja-nela Única Portuária (JUP). Seguiu-se uma visita ao por-to, durante a qual foi des-tacada a harmonia entre o porto e a cidade. A visita aos terminais possibilitou uma visão da capacidade dispo-nível e proximidade a cen-tros logísticos.

Do encontro, resulta-ram duas linhas de coope-ração a desenvolver: a for-mação, em competências relacionadas com as ativi-dades portuária e do mar, e a ferramenta JUP, como instrumento essencial na simplificação dos proces-sos.

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NEGÓCIOS

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Unidade em Palmela

JUSTIÇA — Inoperante. Porquê “nula” condenação de crimes colarinho branco, levando eter-

nidades a serem julgados, na quase totalidade absolvidos/prescritos, com custos elevados? IMPUNIDADE da CORRUPÇÃO contribue para a CRISE.

REGULAÇÃO — Que estava a fa-zer o BdP nos “BPN´s”-Prejuízo 9milM€ e porque nos sectores Te-lecomunicações/Energia, pagamos as taxas mais caras?

PPP´s — Desnecessárias/Encar-gos/Reequilíbrios Financeiros-Pre-juízo12milM€.

SWAP´s — “Taluda Financeira”/Desorçamentação — Prejuízo3milM€.

AJUSTES DIRETOS — Tornan-do legal o ilegal sem escrutínio de concursos: Parque Escolar, MAI (in-fluência maçónica?) Autarquias--Prejuízos Públicos.

F.FISCAL/ECONOMIA PARA-LELA — “Cancro Fiscal” — Prejuízo 50milM€ano.

ESBANJAR — Apesar de Edifí-cios Estado devolutos, edifícios no-vos (ex: Edifício PJ, Museu Coches)

e birras de governantes que lesam Portugal-4milM€.

PRIVATIZAÇÕES — Nalguns ca-sos são boas decisões contribuindo p/dinamizar economia, noutros fica dúvida se perder importante deci-são estratégica não será pior? Por-que não contribuição p/reduzir dí-vida? Porque Portugal acaba com Golden-Share quando outros não o fazem?

LICENCIAMENTOS — Burocrá-ticos. Excessivas entidades p/pare-cer s/limites prazos/incumprimen-to diferimento tácito desmotivam investidores que podem promover Desenvolvimento/Emprego (1º T 2014 menos 42 mil empregos).

SEGURANÇA SOCIAL — Refor-mas completas sem carreiras con-tributivas completas: 46 anos ida-

de/subvenções vitalícias/contagem dobrar/descontos superiores últi-mos anos/falsa invalidez elevar pen-são. Colocação dinheiro contribuin-tes na bolsa. Assumir pensões da banca privada c/custos públicos 5 vezes superiores. Nacionalizar BPN contribuiu p/rombo Segurança So-cial, aumento défice 4,6-6,6%, lixo tóxico da SLN deixando-lhe os ac-tivos, assumindo o Estado os cus-tos, a pagar pelos portugueses sem culpa. Não controlo fraudes pres-tações sociais.

DECISORES-Ministro “corrup-to” de Salazar promoveu bacalhau/construiu bairros pescadores hoje tecto dos que exercem actividade piscatória. Alfredo Silva (CUF) Champalimaud (SN) com ajuda bancária, reduziram dependência industrial e desemprego, entretan-to destruídos. Promiscuidade po-der político/financeiro/constru-ção, assiste-se a excessiva intro-missão/subjugação política na banca(aproveitada p/esta) “reti-rando-lhe vontade” ajudar Econo-mia Real. 2 empresas sem bancos, são grandes empregadores e veí-culo escoamento de produtos na-cionais (SONAE/JERÓNIMO MAR-TINS). Que é que ex-governantes

da democracia deixaram? Dívida Pública! Indo depois p/Adminis-trações Empresas Públicas/Priva-das sector que tutelavam, ganhan-do fortunas/pensões obscenas (p.ex. 19 ganharam mais de 3,6M€ em 2013) e para o BEI, BCE, FMI. Re-munerações de gestores portugue-ses superiores a congéneres de paí-ses mais ricos. Portugal é o 3º com o maior número de Administrado-res/Empresa Europeia cotada onde alguns acumulam em mais de 30 empresas. 58 ganham mais que o PM, ganhando alguns mais que o Presidente dos EUA.

SISTEMA ELEITORAL — Poten-cia clientelas partidárias e “antenas” financeiras, e.v. Meritocracia em de-fesa Interesse Público. Parte da so-lução: círculos uninominais e elei-ções de 2 anos aproveitando voto electrónico. Crescimento Indepen-dentes indício que Portugueses que-rem Democracia.

FINANCIAMENTO PARTIDÁ-RIO — Donativos privados p/elei-ções potenciam pagamentos ante-cipados para futuros favores, envie-sando decisões públicas.

REFORMA ESTADO — “Mons-tro” Público c/admissões desneces-sárias s/perfil adequado, originan-

do: Serviços(sobrepostos)/Funda-ções/Institutos/Observatórios/E.Municipais/SGPS de necessidade duvidosa onde só 8% dos organis-mos prestam contas. Para quando Re-Engenharia Estado? Porquê au-mento despesas Estado em remu-nerações/assessorias/consultorias?

ASSEMBLEIA REPÚBLICA — Porque não avança legislação efi-caz p/combate corrupção? Porque (demasiados) Deputados em “ho-ras vagas” defendem c/legislação em defesa interesses privados? Para quando exclusividade?

DISTRIBUIÇÃO RENDIMEN-TOS — Contribuem Tecnologia/Or-ganização/Mão-de-Obra/Capital. Por ganância deste, em Portugal, apesar da actual crise, a pior desde 1975: 1% dos milionários entre 1981-2012 subiram o seu rendimento de 4 p/10%, só atrás dos EUA e Reino Unido. 870 milionários têm 45% do PIB. 2013 foi 6º país europeu cres-cer nºmilionários(10,8%) superior média europeia, aumento 11,1% va-lor fortunas e redução 11% em im-postos, o que significa? Relativo PIB´s, riqueza de A.Amorim “igua-la” soma 5 mais ricos EUA apesar 3milhões pobres. Demonstra AU-MENTO da DESIGUALDADE.

Caldeira Lucas(Eng.o, Gestor,Prof., Consultor)

Causas que trouxeram Portugal à situação atual (6)

Adega de Palmela aposta em novos produtos e abre portas a outros mercados

A ADEGA Cooperativa de Palmela (ACP) tenciona lançar em breve no-vos vinhos, dentro da linha do Pal-mela Reserva, os quais estão a ser preparados. Além do vinho Reser-va Bonga (ver caixa), a adega ten-ciona, mais tarde, lançar para o mer-cado o Moscatel Roxo, o produto premium em falta no portfólio. Por outro lado, um dos grandes projec-tos da adega para este ano é o refor-ço na internacionalização, sobretu-do com exportações para a China, Brasil e Angola.

A actual equipa que entrou ao serviço na ACP em 2009, que está «satisfeita» com a venda dos seus vi-nhos de grande qualidade nas gran-des superfícies, está agora virada para a pequena distribuição, vulgo Canal Eureca. «Temos condições para cres-cer bastante neste canal. Estamos a consolidar-nos de norte a sul do País

porque este é um mercado impor-tante para nós e já sentimos alguma satisfação em saber que, com algu-ma frequência, surgem na nossa ade-ga potenciais distribuidores a pro-

curar o nosso vinho sempre com uma boa relação qualidade/preço», vin-ca o presidente José Carlos Caleiro.

A ACP já exporta, há alguns anos, os seus vinhos de qualidade para

a Alemanha, Reino Unido, Cana-dá, Polónia, Luxemburgo, Guiné, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe. «Estas exportações têm vindo a consolidar-se e a ganhar algum ca-rácter de consistência, com algu-ma regularidade, mas estamos a apostar nos mercados africanos», sublinha.

De acordo com aquele respon-sável, continuam as apostas no equipamento e na comunicação, tendo a ACP investido em equipa-mentos para a recepção de uva, para que «se possa produzir, cada vez mais, vinhos de grande quali-dade». E para melhorar a produ-tividade também foram dados «pas-sos importantes», como a aquisi-ção do enchedor ‘bag-in-box’, de uma nova máquina de fim-de-li-nha e de uma nova rotuladora.

No dia 16 de Agosto, a ACP vai voltar a marcar presença no III Wine Sunset Party, os cruzeiros enoturisticos no Rio Sado onde são dados a provar os premiados vi-nhos da empresa, com comentá-rios do enólogo Luís Silva, e os pe-tiscos da região.

O II Adega Sem Fronteiras está a ser preparado para que surja com um «formato diferente» e que terá lugar fora do espaço da empresa. «Está tudo ainda na forma de em-brião», vinca.

António Luís

A Adega Cooperativa de Palmela pretende abrir as portas a novos mercados da exportação e continuar a produzir vinhos de excelência com uma boa relação qualidade/preço. O lançamento do vinho Bonga é a grande novidade

DR

Inapal fabrica peças para a China

A EMPRESA portuguesa Inapal Plásticos, localizada no Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela, assinou no dia 19, em Macau, um memorando de en-tendimento com a Shenzhen Wu-zhoulong Motor Co. para o es-tudo de viabilidade de produ-ção de peças plásticas para os veículos automóveis da compa-nhia chinesa.

De acordo com o administra-dor da Inapal, Miguel Ferraz, este acordo vai permitir a construção e produção conjunta de peças em fibra de vidro que irão substituir as de metal.

Com início da produção pre-visto para o final do ano, a em-presa portuguesa acredita que esta parceria «poderá permitir um aumento da facturação até 50 por cento».

A chinesa Shenzhen Wuzhou-long Motor Co. tem uma fatura-ção anual de 30 milhões de euros, produzindo anualmente cerca de 30 mil autocarros.

Vinho Bonga vai para AngolaO vinho Bonga Reserva 2013,

cantor africano que é o embai-xador da adega, deverá ser lan-çado, em final de Outubro, no An-gola Wine Festival. O enólogo Luís Silva realça que o vinho Bon-ga nasceu de uma parceria com o cantor, dado ser um «grande apreciador» dos vinhos da ACP.

Trata-se de um néctar de «mui-tíssima qualidade» oriundo de uma colheita seleccionada que está em estágio em barricas de carvalho francês e americano, durante 6 meses. É um vinho «óp-timo» que casa «muito bem» com a «intensa» cozinha africana, re-vela Luís Silva.

Bonga com José Carlos Caleiro, da administração da Adega.

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DESPORTO

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Uma vez mais- e já são muitas!- a Selecção Nacional de “Espe-ranças” (Sub-20) vai parti-

cipar no cada vez mais apreciado e prestigiado Festival de Toulon (sul de França) na sua 42ª edição.

Será de 21 a 31 de Maio p.f., cons-tituindo um óptimo ensejo para ajuizar da valia de uma nova ge-ração de jogadores, com 19/20 anos, alguns deles pouco conhe-cidos porque actuam em equipas do estrangeiro -Manchester City, Valência, Udinese, Barcelona, El-che, Ajaccio, etc.

O certame de Toulon constitui, desde há várias décadas, uma au-têntica “rampa de lançamento” de valores cimeiros como aconteceu, por exemplo, com Rui Costa e Cris-tiano Ronaldo, entre muitos mais.

A Selecção dessa promissora juventude está agora a cargo do ex-periente técnico Ilídio Vale, coad-juvado pelo devotadíssimo Prof Rui Caçador que se pode conside-rar como um “veterano de Toulon”.

Ao todo estarão em prova 10 Selecções para 2 semanas com-petitivas. Portugal ficou no Gru-po A, conforme se especifica de seguida, sendo oportuno referir que no Grupo B vão defrontar-se as formações do Brasil, Colômbia; Coreia do Sul, Inglaterra e Qatar.

A estreia desta nova “fornada” de talentos vai ser a 21 de Maio, fren-te ao México, que tem sempre mar-cado boa figura em Toulon (Reyes e Herrera, do F.C. Porto, foram triun-fantes em 2012). Dois dias depois o confronto será com o Chile, uma equipa-novidade do Festival.

Depois, a 27 e 29 de Maio mais dois jogos de grande interesse fren-te à China (que muito promete!) e à anfitriã França, apontada como favorita do certame. Se nessa “pou-le” de 5 Selecções Portugal ficar

no 1º ou 2º lugar, passará às meias--finais, altamente estimulado para mais dois jogos de maiores exi-gências.

Convém não esquecer que Por-tugal já venceu o Festival de Tou-lon por 3 vezes, com a revelação de excelentes jogadores. A estreia foi em 1975, com uma equipa em que se tornou 1ª figura o portista Fer-nando Gomes, o “bi-bota” nortenho que é hoje uma apreciada persona-gem do dirigismo desportivo.

O tempo de preparação para Toulon foi escasso e há uma série de “Sub-20” ainda muito pouco conhecidos mas, decerto, ansio-sos de mostrar quanto valem.

Do lote dos seleccionáveis, gen-te fixe de 19 ou 20 anos, há dois re-petentes de 2013 –o “keeper” Bru-no Varela (Benfica) e o “leão” Ed-gar Iê (com “empréstimo” ao po-deroso Barcelona) e parece justo referir os nomes de quem tem vin-do a actuar regularmente, no “Na-cional”: Ricardo Horta (Vit. Setú-bal), Carlos Mané (Sporting) e Luís Rocha (Vit. Guimarães). Mas há deusas expectativas quanto aos “estrangeirados” que serão, pro-vavelmente, meia dúzia das ori-gens já citadas. Dos novatos que actuam por cá justo é conceder realce à quantidade já evidencia-do por Cancelo e Bernardo Silva (Benf.), Ruben Semedo (Sporting) e Leandro e Gonçalo Paciência (F.C. Porto).

Mas haverá surpresas –e es-peramos que sejam muito agra-dáveis.

David SequerraColaborador

Boas “Esperanças” na 42ª edição do Festival de Toulon

Pinhalnovense disputa subida ao Nacional Sénior

O Pinhalnovense disputa, este fim-de-semana, frente ao Benfica de Castelo Branco,

o último encontro da fase de subida da zona sul do Campeo-nato Nacional de Seniores. A equipa do Pinhal Novo que, na fase de grupos, foi primeira no grupo H, com 36 pontos, não conseguiu, na segunda fase da prova, mais que três vitórias e um empate nas treze partidas já realizadas, ocupando assim o sétimo lugar entre as oito formações que disputam a subida à II Liga.

Na fase de grupos, as três equi-pas do distrito tiveram sortes di-ferentes ao longo da época. En-quanto o Pinhalnovense conquis-tou o direito de passar à fase de grupos, o Cova da Pie-dade não conseguiu melhor que um quar-to lugar, com 26 pon-tos, apesar de ter sido a penúltima formação da região a sair da Taça de Portuga, tendo chegado à quarta eliminatória. Já o Barreirense não foi além do oitavo lugar, entre dez equipas, conquistando 20 pontos.

A três jornadas do fim do cam-peonato distrital da 1ª Divisão, o Grupo Desportivo Fabril já ga-rantiu o primeiro lugar na clas-sificação tendo, ao cabo de 27 jo-gos, 68 pontos, mais 11 que o se-gundo, o Amora Futebol Clube.

A luta mantém-se por isso pelos lugares no pódio, com o Amora a ser seguido pelo Alco-chetense, com menos um pon-to, e o Grandolense, com me-nos dois.

No final da tabela, os Pesca-dores da Costa da Ca-parica, com apenas sete pontos, são últimos, en-quanto o Paio Pires, com mais dez pontos, ocu-

pa a 15ª posição. Equipas como o Sesimbra, o Palmelense e o Co-mércio e Indústria também não conseguem chegar à primeira me-tade da tabela, quando estão ain-da nove pontos em disputa.

Apesar de ter começado a épo-ca com alguns problemas, espe-cialmente devido a uma defesa pouco consistente, e com algum nervosismo, o Vitória de Setú-bal, única equipa do distrito a mi-litar nos escalões maiores do fu-tebol nacional, conseguiu a se-gunda melhor classificação dos últimos dez anos, tendo termi-nado a época em sétimo lugar. A entrada de José Couceiro, à oi-tava jornada, transformou a equi-pa sadina que rapidamente as-segurou a manutenção na I Liga, chegou aos oitavos de final da Taça de Portugal e à segunda fase de grupos na Taça da Liga.

Melhor resultado, nos últi-mos anos, só mesmo em 2007/2008 quando a equipa do Bonfim foi sexta, com 45 pon-tos, e conquistou o acesso à ter-ceira pré eliminatória da Taça Uefa.

A XV edição do Sadocat – Raid Bicasco, uma egata nas classes Dart e Hobbie Cat de catamarãs, decorre este fim-de-sema-na, junto à Praia de Albarquel. A prova des-

tinada a velejadores oficiais e não federa-dos está integrada nos 12ºs Jogos do Sado e é uma organização conjunta da câmara de Setúbal e do Clube de Vela do Sado.

A Herdade de Vale Sabroso, em Alcácer do Sal, recebe, em Setembro, o Campeonato Europeu de Jovens Cavaleiros 2014. A pro-va que vai contar com a presença de mais

de 70 atletas oriundos de catorze países foi apresentada publicamente esta quin-ta-feira. No mesmo local realizou-se já em 2011 o Campeonato Europeu de Juniores.

Catamarãs dão cor às águas do Sado Alcácer recebe jovens cavaleiros europeus

O Pinhalnovense está a um passo de subir de divisão. Fazemos um balanço das restantes prestações.

O clube de Palmela foi primeiro do grupo com 36 pontos

DR

Jogo decisivo realiza-se contra o Benfica de Castelo Branco

Na fase de grupos equipas do distrito com sorte diferente

Emoções do 4x4 passam por Pegões

O “EXTREME Trial Adega de Pe-gões”, na modalidade Trial 4×4, decorre a 15 de Junho, num per-curso delineado na localidade de Craveiras.

A prova que faz parte do Pro-jeto Extreme 4×4 é a terceira jor-nada do projecto que terá ainda uma passagem pelo concelho de Sesimbra. As duas primeiras jor-nadas decorreram em Marinhais e Coruche, e Couço e Alenquer são as restantes etapas.

Desde 1997 que a prova se rea-liza de forma contínua com o ob-jectivo de promover o turismo no concelho, em especial na região de Pegões conhecida pela sua pro-dução de vinho.

O ano passado participaram na prova mais de duas dezenas de com destaque para um considerável nú-mero de Superprotos. Esta ano o ETAP pretende ter presente um nú-mero superior de equipas, com uma aposta na classe Proto.

“Fórum Barreiro Run” promove atletismo nas ruas da cidadeAS RUAS do Barreiro recebem, este sábado, a partir das 18:30 horas, a corrida “Fórum Barrei-ro Run”, uma prova que preten-de promover o atletismo no con-celho e cativar a população para a prática do desporto.

O evento desportivo, com-posto por dois percursos com treze e seis quilómetros, é or-ganizado pela Câmara Munici-pal do Barreiro, pela Jambeos-

si Sports Club e pelo Fórum Bar-reiro.

Na prova, aberta à partici-pação da população em geral, podem participar não só atle-tas federados como não fede-rados, assim como populares uma vez que o objetivo é que «as pessoas se divirtam e ao mes-mo tempo possam praticar um pouco de exercício», segundo a organização. Desporto espectáculo em Pegões

DR

Marta David

Page 16: Semmais 23 maio