semmais 8 mar 2014

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www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 801 • 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 08. Março.2014 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA São dados alarmantes. Em 2013 nasceram 6276 crianças, contra as 7135 do ano anterior. Um recorde que faz baixar a natalidade na região para fasquias históricas. ACTUAL PÁG. 2 POLÍTICA A indigitação da actual mulher forte da segurança social no distrito para lugar potencial- mente elegível nas eleições euro- peias foi uma bomba. Ana Clara Birrento subiu à política nacional. Portas ‘empurra’ Ana Clara Birrento para a política europeia PÁG. 7 Nasceram menos 859 bebés no distrito o ano passado numa quebra sem igual Negócios Saldos falhados na região 14 Fotos: DR Cultura Comédia no feminino em Tróia 9 Actual Idosas do distrito vão ser desafiadas a voltar à escola 4 NEGÓCIOS Finalmente a GNR de Palmela vai dispor das novas ins- talações, numa obra orçada em cerca de um milhão de euros. O ministro da tutela esteve presenta na cerimónia de inauguração. Quartel do GNR em Palmela foi inaugurado PÁG. 10 NEGÓCIOS Um acordo entre a Lisboa Invest e a Baia do Tejo vai permitir a venda no estrangeiro dos terrenos industriais localiza- dos na margem sul. Maior comple- mentaridade e todos ganha. Lisboa Invest alarga bolsa de terrenos com Baia do Tejo PÁG. 13

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Page 1: Semmais 8 mar 2014

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 801 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 08. Março.2014 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

São dados alarmantes. Em 2013 nasceram 6276 crianças, contra as 7135 do ano anterior. Um recorde que faz baixar a natalidade na região para fasquias históricas.

ACTUAL PÁG. 2

POLÍTICA A indigitação da actual mulher forte da segurança social no distrito para lugar potencial-mente elegível nas eleições euro-peias foi uma bomba. Ana Clara Birrento subiu à política nacional.

Portas ‘empurra’ Ana Clara Birrento para a política europeia

PÁG. 7

Nasceram menos 859 bebés no distrito o ano passado numa quebra sem igual

NegóciosSaldos falhados na região

14 Foto

s: D

R

CulturaComédia no femininoem Tróia

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ActualIdosas do distrito vão ser desafiadas a voltar à escola

4

NEGÓCIOS Finalmente a GNR de Palmela vai dispor das novas ins-talações, numa obra orçada em cerca de um milhão de euros. O ministro da tutela esteve presenta na cerimónia de inauguração.

Quartel do GNR em Palmela foi inaugurado

PÁG. 10

NEGÓCIOS Um acordo entre a Lisboa Invest e a Baia do Tejo vai permitir a venda no estrangeiro dos terrenos industriais localiza-dos na margem sul. Maior comple-mentaridade e todos ganha.

Lisboa Invest alarga bolsa de terrenos com Baia do Tejo

PÁG. 13

Page 2: Semmais 8 mar 2014

ABERTURA

Sábado //8 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

2

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Côco. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 93538810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Nasceram menos 859 bebésno distrito de Setúbal em 2013

Ano ‘horribilis’ na taxa de natalidade da região

Os dados são alarmantes. Em 2013 nasceram no distrito de Setúbal apenas 6276 crianças,

o que traduz um recorde negativo na taxa de natalidade da região. Comparando com 2012, em que 7135 bebés vieram ao mundo por cá, regista-se uma quebra de 859 nados, à ordem de menos de 2,3 crianças por dia. Acresce o facto de 2012 já ter exibido um dos piores registos de sempre, com valores próximos de 1995.

A queda de 12% da natalidade regional entre 2013 e 2012 é agora avançada pelo Programa Nacional do Diagnóstico Precoce - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – responsável pelo teste do pezinho, embora o distrito continue a representar um peso elevado nos números globais do país.

Afinal, apesar da significativa queda do número de nascimentos, Setúbal garante ainda a terceira

posição no quadro nacional, apenas atrás dos distritos de Lisboa (23223) e Porto (15222), mas à frente de distritos como Braga (6052), Aveiro (4386) ou Coimbra (3639)

Porém, comparando com o ano de 2010, em que nasceram 8863 bebés, a queda de nascimentos é ainda mais preocupante, repre-sentando menos 2587 crianças do que em 2013, que empurrou a região para um registo abaixo de 1995, quando Setúbal alcançou 7006 nados.

Enquanto não são ainda conhe-cidos os registos concelhios de 2013, 2012 aponta Almada, com 1673 bebés, como a cidade deten-tora da maior taxa de nascimentos no distrito, seguindo-se o Seixal (1655) e Setúbal (1106), enquanto Alcochete surge na cauda com 193.

Já em 2010, ano em que nasceram mais crianças, no Seixal vieram ao mundo 1936 novas vidas, enquanto em Almada nasciam 1873 crianças e outras 1348 em Setúbal.

Segundo os especialistas, a emigração e o regresso a casa de imigrantes em idade fértil ajudam

a justificar a diminuição abrupta da taxa de natalidade nos últimos quatro anos, pelo que, segundo Laura Vilarinho, diretora do programa do teste do pezinho, esta queda, apesar de ser acentuada, «até pode não corresponder a uma perda de fertilidade da população».

Compatibilizar filhos e trabalhoÉ a questão da eventual perda

de fertilidade da população que domina as preocupações dos investigadores, sendo que a demógrafa Maria João Rosa Valente assinala que a baixa da natalidade está relacionada com a mudança do conceito de criança

que deixou de ter um «valor económico», admitindo que a experiência em outros países mostra que para se verificar um aumento do número de nasci-mentos é preciso melhorar as formas de compatibilizar os filhos com o trabalho.

São dados alarmantes. o ano passado nasceram apenas no distrito 6276 bebés, um recorde negativo de nascimentos. No total, em relação a 2012, nasceram menos 859 crianças. E nesse ano a taxa de natalidade já se aproximava de 1995.

Roberto Dores

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Sábado // 8 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 3

As investidas dos polícias nas escadarias do Parlamento e a forma como os colegas em serviço as ‘controlaram’ acabou por ser mais um exemplo do que o ‘formato’ e a genética portuguesas são bem dife-rentes de outras paragens.

Podiam ter sido evitadas as esca-ramuças mais acesas e temeu-se o pior. Houve vítimas, algum bom-senso e até excessos. Mas, no essen-cial só se registaram derrotas.

A comunidade policial é espe-cial e uma profissão nobre. A confi-guração dos seus sindicatos verte a lei geral, mas um agente de autori-dade num cenário destes não é, de todo, um manifestante qualquer.

Há tempos, quando as polícias empreenderam uma greve à multa, por razões legítimas, em prol das suas condições de trabalho, o Estado perdeu uns bons milhões de euros

e os automobilistas puderam cometer todos os crimes previstos na lei. Não sei se isso é certo. No dia seguinte, voltaram à ‘força bruta da caça à multa’, com algumas excepções.

Do ponto de vista político, é apenas mais uma classe a manifestar-se contra os cortes cegos e brutais dos seus rendimentos líquidos. As machadadas na classe média estão a produzir uma malga perigosa prestes a explodir.

Não sabemos se esta turbulência, que se tem mostrado mais ou menos suave, se manterá. E esse é o barril de pólvora que importa estancar.

Manifestação de polícias

Editorial // Raul Tavares

Turismo Semmais // Jorge Humberto Silva

Hoje, muitas mulheres come-moram o dia da mulher e muitos homens são apologistas que também devia haver o dia do homem. Mas este dia foi instituído, não pelo facto de se ser do sexo feminino, mas pelas desigualdades de género que existem entre homens e mulheres.

O dia internacional da mulher vem lembrar um grupo de Operá-rias da industria têxtil que, em 1857, morreram enquanto lutavam contra as más condições de trabalho que lhes eram impostas. Muitos anos se passaram e varias mulheres foram derrubando barreiras e conquistando espaço nas diversas esferas da socie-dade.

Não se trata de uma luta de querer ser ou ter mais que os homens, trata-se de uma luta de igualdade de opor-tunidades e de partilha de espaços, que as mulheres têm competência e querem ocupar, mas que lhes são vedados. As mulheres estudam mais, estão em maioria no ensino supe-rior, estão mais capacitadas, mas as

estatísticas revelam que têm maior desemprego, menor contratação e menor ascendência a lugares de chefia.

Na União Europeia as mulheres ganham em média, menos que os homens. Para que os salários, no ano sejam iguais, as mulheres teriam de trabalhar mais dois meses que os homens.

Outro flagelo é a violência domes-tica, que vitimiza maioritariamente as mulheres e que, infelizmente, apenas decorridos dois meses deste ano e já contamos com mulheres do nosso distrito entre o numero de vitimas mortais.

É esta a realidade que temos de encarar, daí a existência deste dia internacional da mulher, para relem-brar que os direitos humanos têm

que caminhar em paralelo com a igualdade de género.

O Partido Socialista tem ao longo dos anos, defendido e contribuído para o combate das desigualdades. Foi sobre a liderança socialista que se implementaram medidas e se defenderam leis, tais como, a lei da paridade, a lei da violência domes-tica e as alterações do código do trabalho no âmbito da parentalidade.

Salienta-se ainda a estratégia que o Partido Socialista introduziu de apoio às famílias, o alargamento da rede de equipamentos sociais, aumento do horário escolar a tempo inteiro nas escolas do primeiro ciclo, o subsidio pré-natal introduzido no abono de família, alteração das licenças de maternidade/paterni-dade do código de trabalho permi-tindo a partilha entre os pais, através do pagamento de um mês adicional, quando houver a opção pela partilha de licença.

Não podemos apenas abordar as desigualdades, temos de apre-sentar medidas que as suprimam e o Partido Socialista tem marcado a diferença para construir uma socie-dade mais equitativa, justa e humana que passa por todas e todos na vida

Ana SantosDir. Mulheres Socialistas

Mais um8 de Março!

Quando pensamos em Lisboa pensamos logo em vantagens e desvantagens. Estaremos dema-siado perto? Seria melhor estarmos mais longe? Quanto mais longe? Qual a distância ideal, se é que isso, de todo, existe? E assim na Penín-sula de Setúbal, ou melhor a partir da Península de Setúbal, lá vem a conversa sobre Lisboa. Sempre a mesma conversa e com tudo de inconsequente. Conversa sobre nada, na verdade. E porquê? Porque Lisboa não vai sair da sua atual loca-lização. Vai ficar por lá. Hoje e amanhã. E, mesmo, depois de depois de amanhã. Portanto o único

possível “cenário” é contar, preci-samente, com Lisboa. E onde ela precisamente está. Sem tirar nem pôr. Para o “bem” e para o “mal”.

O “bem” e o “mal” não são aqui valores absolutos. Antes relativos. Na medida em que a forma como nós (Península de Setúbal) nos posi-cionamos, determina, em larga medida, as vantagens e as desvan-tagens. Na verdade Lisboa não está nem perto nem longe. Está exata-mente no sítio onde sempre esteve. Ali. No outro lado do rio. Nós sim podemos ter mais ou menos a ganhar pela forma como nos colo-camos.

Interpretar Lisboa é assim parte do nosso desafio comum. Saber o que podemos “ganhar”. Perceber o que podemos “aproveitar”. Não como margem. Mas como parte por direito próprio.

A começar pelos números. Com 550.000 habitantes (e 2.050.000 em toda a Grande Lisboa, os 9 muni-cípios na margem norte do Tejo) Lisboa é aquilo a que podemos chamar um importante mercado. Mas é muito mais do que isso. É a maior concentração nacional de serviços, empresas, iniciativas e conhecimento. Depois o seu poder de atração. Que não parou de crescer nos últimos anos. Em 2013, 560.000 passageiros de cruzeiros e um pouco acima de 16 milhões de passageiros de companhias aéreas chegaram a Lisboa. Nada mau. E, afinal, queremos estar longe ou perto desta realidade? Estar perto é a única opção. E, estar perto, não na geografia, porque aí já estamos, mas na forma como apresentamos os nossos produtos, os nossos serviços e os nossos territórios.

Depois as relações. Aproxima-damente um terço da população ativa da Península de Setúbal trabalha na margem norte. A maioria em Lisboa. Portanto um pé cá, um pé lá. Para além da grandeza imensa do número, estabelece uma forma de vida: viver num lado, trabalhar no outro. Significa ainda que um terço (simplificando) da riqueza produzida pela população da Penín-sula de Setúbal fica na Grande Lisboa. Que Lisboa não seria a mesma sem a riqueza que produ-zimos. Seria menos. Seria clara-mente mais “pobre”.

Estas relações, estes movi-mentos diários e pendulares, signi-ficam também que, cada vez mais, existe uma realidade geográfica, humana e sociológica que é a Área Metropolitana de Lisboa. Mais do que duas margens, existem uma, duas, mil, pontes. Uma ponte para cada uma das centenas de milhares de pessoas que passam diariamente o rio para, precisamente, constru-írem a sua vida. E, ao mesmo, tempo a vida de uma região.

A Área Metropolitana de Lisboa, com a capital do país e 18 municí-pios, é a nossa casa comum. É onde, realmente, vivemos, trabalhamos, desesperamos e divertimo-nos. O desafio, o maior desafio, é aumentar a coesão e o equilíbrio entre o norte (“rico”) e o sul (menos “rico”). E este desafio está colocado essencial-mente ao sul, à Península de Setúbal.

Com oportunidades. Evidentes oportunidades. Também com problemas. Às vezes gritantes problemas. E, a partir dos nossos recursos, criar riqueza e equili-brar o peso e a importância das duas margens. De uma coisa não tenhamos qualquer dúvida: a maioria dos recursos e das poten-cialidades estão na Península de Setúbal. Sabemos, no entanto, que não basta uma terra de oportu-nidades. É preciso (“o que faz falta”) tornar as oportunidades em realidades. Sejamos, pois, realistas, e ainda assim convictos sonhadores. Com os pés e o futuro, precisamente, na Península de Setúbal.

Uma Miragem chamada Capital. Uma Realidade chamada Lisboa.

Visitei nas duas últimas semanas praticamente todas as escolas secun-dárias dos concelhos de Almada e do Seixal, a propósito da próxima estreia da Companhia de Teatro de Almada: Tartufo, de Molière, ence-nação de Rogério de Carvalho. Esta-remos em cena entre 7 e 30 de Março. Depois, digressão que passará por Braga, Guimarães e Almagro.

Estas visitas consistem numa conversa com os alunos, no ensaio de uma cena com dois actores – Maria Frade e Marques D’Arede, fantás-ticos na sua entrega – e (aquilo que mais entusiasma os estudantes) numa improvisação durante a qual os jovens contracenam com os actores profissionais.

Há quinze anos que não convivia com o ambiente escolar. E em quinze anos – e um Parque Escolar pelo meio, bandeira do anterior Governo – muita coisa mudou. E não estou a falar de instalações – isso é o menos. Há escolas novas, escolas “intervencionadas” (isto é, umas dezenas de computadores e algumas bizarrias tecnológicas novo-riquistas), e escolas assassinadas: que dizer da secundária do Monte da Caparica, que assiste impotente à degradação de um edifício novo em folha, porque a burocracia impede o término das obras para lá se poder entrar?

Não é dessa mudança que eu falo – é doutra. Estes jovens – rapazes e raparigas entre os 15 e os 17 – têm já pouco que ver com o jovem que eu fui há quinze anos atrás. Tudo é rápido, instantâneo, perecível. Avisaram-me os professores de que eles não liam (e a maioria não lê), de que não iam ao cinema (para quê, se têm os filmes disponíveis nos tele-

móveis mesmo antes de que se estreiem em Portugal?) e de que difi-cilmente se interessariam por teatro (felizmente creio que se enganaram, a julgar pelo entusiasmo que as nossas visitas têm despertado). O que se passa é que, tal como Garrett já tinha analisado no séc. XIX, “o teatro é um meio de civilização”, mas “não pode prosperar onde ela não existe”. Se não mostrarmos a estes jovens o que fazemos eles nunca virão ter connosco.

Mas não queremos enganá-los. Não queremos atraí-los aprego-ando aquilo que não lhes daremos: o divertimento alarve e fugaz. Isso sabem eles onde encontrar, se quiserem, tal como eu soube quando tive a sua idade. Também não queremos armar em pedagogos e macaquear-lhes Gil Vicente ou Bernardo Santareno, porque fazem parte (ainda farão?) do programa de estudos para o qual eles são os primeiros a marimbar-se. Mesmo sem hábitos de frequência de teatro, estes jovens não são néscios – e pressentem perfeitamente a dife-rença entre um espectáculo e uma bambochata pretensamente peda-gógica.

Queremos atraí-los para o teatro, para a literatura – para a poesia. Sem cedências nem facilitismos. O tempo dirá se os versos de Molière os tocaram. E se não tocarem, tanto pior: cá estaremos para procurar saber porquê. É assim já há mais de 30 anos, desde que esta Companhia se instalou em Almada.

E assim continuará a ser.

Rodrigo FranciscoDirector da CTA

Regresso à escola

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Assuntos Parlamentares e da Igualdade, outra ideia que está na forja pretende também levar a alfabeti-zação às casas abrigo. Teresa Morais justifica que «há mulheres acolhidas, nas estruturas de acolhi-mento da rede pública de casas abrigo, que não são alfabetizadas», disse, admi-tindo ser esta uma barreira no acesso ao mercado de trabalho.

«Surgiu em conversas com o Ministério da Educação a possibilidade de formarmos equipas de docentes que, para já numa experiência piloto, farão

alfabetização de mulheres em casas abrigo», revela a mesma responsável, acres-centando, inclusivamente, que «já estão a ser contac-tadas as casas abrigo no sentido de identificarmos quem são as casas que têm mulheres com este perfil acolhidas e que veriam com bons olhos esta experiência piloto».

Plano contra a violência

Esta proposta surge

aliada ao Plano Nacional contra a Violência Domés-tica e de Género, que está

em vigor desde 1 de Janeiro e que deverá ser executado até 2017, tendo sido também incluídas medidas como mais acções de formação para as forças de segurança. «É preciso multiplicar essas acções ao nível de todas as forças de segurança e, também, em meio urbano mais alargado, em que a proximidade é mais difícil», salienta ainda a secretária de estado, alertando que nos meios rurais a GNR está mais acessível e nos meios urbanos, a grande concen-tração de população torna a polícia menos acessível, o que dificulta a acção.

ACTUAL

Sábado //8 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Pub.

O anúncio é feito pela secretária de estado dos Assuntos Parla-

mentares e da Igualdade, Teresa Morais. O Governo quer avançar com a criação de um programa de escola-rização de mulheres idosas, contemplando as localidades mais isoladas do distrito de Setúbal, sendo que em breve o desafio deverá ser lançado às câmaras, com especial incidência nos quatro concelhos do Litoral Alentejano.

O governo vai avançar com a criação de um programa de escolarização para mulheres idosas. O desafio vai começar pelas localidades mais isoladas no distrito.

Roberto Dores

Urbam Market em Setúbal

No próximo fim-de-semana, dias 15 e 16 de Março, vamos ter a primeira edição do STB URBAN MARKET, mostra de artigos: design urbano, vintage, novos e em segunda mão, do it yourself, artesanato alternativo, produtos regionais e animação de rua.

A Praia da Saúde foi o local escolhido para esta iniciativa, que nos proporciona uma vista única para a Baia do Sado e Serra da Arrábida.

STB URBAN MARKET é da responsabilidade do Gabi-nete da Juventude da Câmara Municipal de Setúbal e esta inserido no Março.28, mês da juventude em Setúbal e tem como objetivo promover produtos originais e de autor bem como dar a conhecer novos talentos.

Pub.

O proposta da Secre-taria de Estado feita ao Ministério da Educação e Ciência ainda está a tentar identificar quem serão os parceiros indicados para avançar com este programa no terreno, sublinhando Teresa Morais que o objec-tivo é começar ainda no decorrer deste ano.

O analfabetismo domina na região rural

Explica a governante que a prioridade dada as localidades mais rurais – a par de outras localidades

do Interior – surge alicer-çada no índice de analfa-betismo feminino que continua a predominar na região. Segundo Teresa Morais, o projecto visa constituir uma parceria entre a Educação e a Igual-dade que permita convidar as câmaras a aderirem à criação de «cursos de alfa-betização para essas mulheres idosas», embora garanta que serão admi-tidas todas as pessoas inte-ressadas.

Ainda de acordo com a proposta revelada pela secretária de estado dos

Outra ideia do plano é levar a alfabetização às casas de abrigo

DR

Ensino avança no distrito para mulheres idosas

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Sábado // 8 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 5

Pub.

Frágil, fraco, delicado, débil, doce, fino, gentil, suave, subtil, quebradiço, efémero.

Frágil: impressionável, doentio, debilitado, pouco resistente.

Fragilidade: um ataque ou uma defesa? A força e a fragilidade, a fragilidade como força que força os outros. O que é frágil é perigoso. O que é frágil, vulnerabiliza.

Frágil e enganoso, o mito da fragilidade feminina – uma etno-grafia dos medos. A fragilidade varia em género, número e grau? A fragilidade encanta o cavaleiro andante pelo que pressupõe de fraqueza, pelo que suscita e esti-mula de força alheia e pressentida dependência.

Fragilizar: o verbo da inocência? Da vidência? Da insolência? Da violência?

A fragilidade esconde-se

enquanto se pode ou expõe-se como um marco: «Frágil», e indica-se o sentido certo com uma seta – um alerta. O que é frágil pressupõe um cuidado acrescido e atenções redobradas: «manusear com cuidado», «transportar com cuidado» - tudo avisos que permitem a sobrevivência do que se assumia como frágil. «Manter este lado para cima», «Não agitar» - é preciso não trocar as voltas e os sentidos, as direcções - a fragi-lidade desorienta, desorienta-nos na sua docilidade.

Frágil é aquilo que ameaça partir ou fragmentar a qualquer momento. A fragilidade deixa antever estilhaços e provoca, assim, receios: o medo de ferir, de magoar, de ser injusto, de fazer chorar, sofrer, medo de desiludir – a fragilidade exige o espelho. À fragilidade deve corresponder a sensibilidade alheia, o seu cuidado, delicadeza e atenção.

Por vezes, a fragilidade provoca o oposto – violência, impaciência, força bruta e brutal.

A fragilidade conquista-se e defende-se como um direito, um escudo ou uma escusa.

Fragilizados todos nós, por vezes – o desafio deverá ser o equi-líbrio entre a nossa força e a nossa fragilidade, esse frágil equilíbrio, face ao equilíbrio também instável dos outros.

A fragilidade das relações humanas, da beleza, da juventude - o efémero.

A fragilidade é o núcleo da nossa sensibilidade, da nossa emoção. Só entenderemos o outro através da nossa sensibilidade, da nossa fragilidade, pois é ela que nos permite e capacita para a empatia. A fragilidade é, assim, condição primeira de existência social porque a fragilidade apro-xima, enquanto a força afasta.

A fragilidade canta-se: «Sinto-me frágil», avisa Jorge Palma, de um modo pessoal e em confidência. «How fragile we are», canta Sting alargando a fragilidade a toda a humanidade. «Fragilidades», de Mafalda Veiga, também.

Florbela Espanca: «tudo no mundo é frágil, tudo passa», «frágil como o sonho de um momento», acrescenta.

Viriato Soromenho Marques e a sua visão de «O Futuro Frágil», um futuro que depende deste presente tão ausente. Frágil sabe-doria a nossa.

Frágil tudo o que somos ou pensamos ter. Frágil como a chama da vela que qualquer aragem pode apagar. Nascemos frágeis e vulne-ráveis. De entre os outros animais, somos talvez o mais vulnerável e frágil ao nascer. E entendemo-nos envelhecendo de novo na fragili-dade. E no entanto…

Qual a nossa frágil-idade? Onde a nossa força e quando?

Frágil é quem se pensa impe-recível.

[email protected]

Frágil

Dicionário Íntimo // Maria Teresa Meireles

PJ ‘fisga’ Fiscal suspeito de corrupção na Câmara de Sesimbra

A POLÍCIA Judiciária divulgou quinta-feira que, através do Depar-tamento de Investigação Criminal de Setúbal, realizou, na zona de Sesimbra, uma operação policial que culminou na detenção, em flagrante delito, de dois empresários da cons-trução, indiciados por crime de corrupção, apanhados a pagar ao fiscal da Câmara de Sesimbra algumas centenas de euros para este ignorar irregularidades detectadas na obra.

Refere a PJ que na sequência da investigação policial, cujo visado era um funcionário de “uma autarquia pertencente ao distrito de Setúbal”, foram encetadas diligências que permitiram a detenção, desse “funcio-nário e de dois outros homens, estes por terem pago ao primeiro uma quantia em dinheiro”.

O funcionário da autarquia, fiscal municipal, utilizava a sua posição para contactar proprietários de imóveis em construção ou já cons-truídos, mas que tinham sido sujeitos a alterações, a quem referia que poderia, a troco de uma quantia de dinheiro, agilizar a situação na Camara respectiva, cujo montante das luvas variava entre os 500 e os mil euros.

Os três detidos foram presentes

a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicadas as medidas de coacção de proibição do exer-cício de funções e apresentações semanais e quinzenais às autori-dades policiais, além do termo de identidade e residência.

Autarquia refere que caso teve origem numa denuncia

O município de Sesimbra, em

nota enviada às redacções, já confirmou que o fiscal em causa trabalha naquela autarquia e que o processo teve origem “numa denuncia que lhe foi feita, e que pron-tamente encaminhou para as auto-ridades competentes”. O município sublinha que considera “intolerá-veis tais práticas e fará tudo o que esteja ao seu alcance para a erradi-cação deste tipo de comportamento”. O município garante que após a conclusão do processo serão accio-nados internamente os mecanismos legais adequados a estas situações”.

Os detidos foram presentes a interrogatório judicial e ficaram proi-bidos de continuar a exercer as suas funções. Têm de se apresentar quin-zenalmente às autoridades e foram sujeitos a termo de identidade e resi-dência.

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Sábado // 8 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

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Já o tinha dito e a cada novo acto que ele pratica, mais fã dele fico.

Já não é só a questão do “Estado de Graça” a que todos os titulares de cargos normalmente estão sujeitos no início desses mandatos. Já não são apenas duas ou três atitudes “para Inglês ver”. Não. Ele está a reformar a igreja, a alterar hábitos seculares, a mostrar ao mundo que se pode “fazer diferente” e a encantar esse mesmo mundo.

Aliás já se fala que será indicado para o Nobel da Paz e não duvido que ganhe o merecido prémio.

Esta semana, à mistura com o pitoresco episódio de ter pronunciado mal uma palavra e de assim ter pronunciado uma asneira em pleno vaticano, o Papa Francisco Respondeu nesta quarta-feira a um relatório muito crítico da ONU, defendendo os esforços da Igreja na luta contra a pedo-filia e demonstrando uma abertura pragmática em relação a vários assuntos,

como o divórcio e a contra-cepção.

O Papa, como sempre, falou de uma forma “desem-poeirada” sobre esta questão muito delicada, afirmando que a “Igreja Católica é talvez a única instituição pública que se movimenta com transpa-rência e responsabilidade” na luta contra a pedofilia.

“Bento XVI foi muito corajoso e abriu um caminho. A Igreja, neste caminho, tem feito muito. Talvez mais que qualquer outro (...) E, no entanto, a Igreja é a a única atacada”, insistiu.

Milhares de crianças foram abusadas sexual-mente por padres em muitos países, particular-mente na Irlanda e nos Estados Unidos entre os anos 1960 e 1990.

Este escândalo degradou a imagem da Igreja em todo o mundo.

Questionado pelo jornal Corriere della Sera sobre o balanço de seu primeiro ano de pontificado, o papa argentino afirmou que “as estatísticas sobre o fenô-meno da violência contra as crianças são impressio-nantes, mas também mostram com clareza que a grande maioria dos abusos ocorrem em um ambiente familiar e de vizinhança”.

O Comitê de Direitos das Crianças das Nações Unidas divulgou no mês passado um relatório muito crítico sobre a atitude do Vaticano na luta contra os abusos sexuais de menores de idade. O documento reprova a não obrigatoriedade das denún-cias à justiça nas dioceses e o fato da igreja ter mantido em sigilo as investigações eclesiásticas.

Segundo especialistas independentes deste

comitê, as práticas da Santa Sé contribuíram para “a prática continuada dos abusos de menores e a impunidade dos culpados”.

O Vaticano imediata-mente denunciou os “graves limites” de um relatório influenciado por “ONGs reconhecidamente hostis à Igreja católica”. Ele acusou a ONU de “deformar” os fatos em um documento “preparado antecipadamente”.

Vários especialistas revelaram que o relatório em questão não levou em conta os esforços da Igreja neste combate, principal-mente nos últimos anos.

Sim, o mundo precisa de exorcizar os seus fantasmas, sendo neste momento o maior deles o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, reavi-vando velhos fantasmas que conduziram às duas grandes guerras mundiais.

O actual modelo, nascido sob a batuta da ONU, pós segunda-guerra mundial, mas sobretudo após o colapso das economias e modelos de leste, ditando o fim da “Guerra Fria” inicial-mente o domínio hegemó-nico dos Estados Unidos, o aparecimento das econo-mias emergentes, que entre-tanto se foram apagando, dando lugar a um lento, mas consolidado reaparecimento da Rússia e uma fulminante posição desafiadora da China, com o cada vez maior apagamento da Europa e da sua moribunda União Euro-peia à cabeça, desfasada dos seus valores, impotente e incapaz, levam ao surgi-mento de uma nova Ordem Mundial que se anuncia e que nada de bom perpec-tiva. Valha-nos este Papa, para que a centelha de espe-rança continue a alumiar nossos corações…

“Crónica um Café e dois dedos de conversa // Paulo Edson Cunha

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Gosto deste Papa.

IEFP cria novo espaço de formação na área da restauração em Setúbal

Abriu oficialmente, no passado dia 5, no Instituto de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, um novo espaço de formação na área profis-sional da Hotelaria e Restauração, que integra uma cozinha e um restau-rante pedagógico.

Este projecto, já anun-ciado por Victor Gil, dele-gado Regional de Lisboa e Vale do Tejo, em visita ao Centro de Emprego e Formação Profissional em Setembro de 2013, envolveu um investimento global de cerca de 200 mil euros e visa dar resposta às necessidades das empresas do sector da Hotelaria e Restauração da região, proporcionando formação de qualidade de modo a que, no final da formação, os formandos possuam competências profissionais que viabi-

lizem a respectiva inte-gração no mercado de emprego.

A abertura deste novo espaço de formação acon-teceu no âmbito de uma visita do presidente do IEFP, Jorge Gaspar, ao Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, em que além das instalações do serviço de emprego foram visitados os vários espaços ofici-nais do serviço de formação, designada-mente, nas áreas de serra-lharia, soldadura, electró-nica, electricidade e aero-náutica.

O delegado regional de Lisboa e Vale do Tejo, Victor Gil, foi o anfitrião desta visita que culminou com um almoço, confec-cionado e servido por formandos no novo espaço de formação na área da restauração.

Berg este sábado na Looks Club em Setúbal

Berg, o vencedor do Factor X, actua este sábado no novo bar-discoteca de Setúbal Looks Club, localizada na zona dos bares. Trata-se de um projecto de Sérgio Teixeira que aposta num espaço lounge com mesas e pista de dança, num bar premium.

A decoração do espaço é em tons de branco e casta-nhos, com sofás pretos «bem confortáveis». A música é ecléctica e há DJ´s convi-dados, todas as semanas, música ao vivo e até stand up comedy.

O proprietário Sérgio Teixeira afirma que o Looks Club veio preencher uma lacuna na animação nocturna. «O nosso espaço promete dar que falar. Faltava esta oferta em Setúbal. Há que marcar a diferença. Aqui pode-se tomar um café a partir das 22 horas e dançar até às 4 horas da madrugada.Queremos destacar-nos pela qualidade».

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JCP reune em Almada Bloquistas discutem PDM Seixal

Decorre este sábado o 14.º Encontro Regional de Setúbal da JCP, no Fórum Romeu Correia, em Almada, entre as 14h30 e as 19h30, para se fazer o balanço de actividade daquela organização e

analisar “as principais ques-tões da juventude, a nível regional e nacional, por forma a definir as linhas de acção e intervenção futuras, visando o reforço e inter-venção da JCP na região”.

O Bloco de Esquerda vai realizar este domingo, dia 9 de Março pelas 15 horas, na sede do Seixal, localizada na rua de Binta, n.º8-A, na Amora, um encontro para se discutir o PDM do Seixal, que

se encontra em fase de discussão pública. Esta inicia-tiva dos bloquistas contará com a presença de Pedro Soares, membro da comissão política e da comissão nacional autárquica.

POLÍTICA

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃO

EXTRACTO

EU, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e oito de Fevereiro de dois mil e catorze, a folhas noventa e duas e seguintes do Livro Sete – A, que FERNANDO MANUEL DA CONCEIÇÃO REISINHO, natural da freguesia de Setúbal (São Julião), concelho de Setúbal, casado sob o regime da comunhão de bens adquiridos com Maria Fernanda Baptista da Costa Reisinho, residente em Macau (RAEM), na Avenida Luís de Camões, Beco do Lotus 71, Hellene Garden, L2, T3, Coloane, e seu pai ATAYDE JOSÉ REISINHO, viúvo, natural da freguesia e concelho de Palmela, residente na Rua da Flores, números 5 e 7, Azeda de Baixo, Setúbal, DECLARARAM que são donos e legítimos possuidores em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, do PRÉDIO URBANO, composto por parcela de terreno, sito na Rua das Flores, números 5 e 7, freguesia de Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, com a área total de mil setecentos e oitenta metros quadrados, que confronta a norte com prédio rústico, a sul com Carlos Manuel Baptista dos Santos e Rua das Flores, a nascente com herdeiros de Aurélio dos Santos Freire Branco e a poente com Carlos Manuel Baptista dos Santos e caminho público, com a sua inscrição na matriz predial urbana compreendida no artigo 12556, da freguesia de Setúbal (São Sebastião).No tocante ao registo predial faz parte do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número OITO MIL E TRINTA E CINCO, da freguesia de Setúbal (São Sebastião), com registo de aquisição a favor de Manuel Marques dos Santos. Que Atayde José Reisinho, foi casado com Etelvina da Conceição Reizinho, sendo esta filha de Manuel Marques dos Santos e de Maria da Conceição, e, neto de Manuel e Maria da Conceição. Que, no ano de mil novecentos e cinquenta e quatro, Manuel Marques e a Maria da Conceição, fizeram divisão e doação verbal da parcela de terreno rústica com a área de mil setecentos e oitenta metros quadrados, à sua filha, Etelvina da Conceição Reizinho, ainda no estado de solteira, com vista ao seu casamento, e para aí construírem a sua casa, com a finalidade de darem assistência vitalícia a eles doadores, seus pais e futuros sogros. – Que, assim, Etelvina e marido Atayde José Reisinho, entraram de imediato na posse da parcela de terreno, e aí, construíram, na década de sessenta, a sua casa e cultivaram o terreno remanescente, alternando a natureza da parcela rústica ora doada para urbana, atendendo à construção ali edificada, exclusivamente a suas expensas. Que no ano de dois mil e um, no dia trinta de Maio, faleceu a referida Etelvina da Conceição Reizinho, no estado de casada com Atayde José Reisinho, tendo deixado como seus sucessores o marido, Atayde José Reisinho e o filho, Fernando Manuel da Conceição Reisinho, ora justificantes, tudo conforme consta da Habilitação de Herdeiros lavrada no dia dezassete de Julho de dois mil e um, a folhas noventa e sete e seguintes, do Livro Quatrocentos e Quarenta e Cinco – A, do extinto Segundo Cartório Notarial de Setúbal.Que desde essa data, os ora justificantes, Atayde José Reisinho e o filho, Fernando Manuel da Conceição Reisinho, continuaram a posse efetiva e material da parcela de terreno, já como era detida, fazendo a sua manutenção e tratamentos necessários, tendo usufruído dela, gozando assim todas as utilidades por eles proporcionadas, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, de uma forma pacífica, ininterrupta e sem violência, à vista e com conhecimento público e sem oposição de ninguém.Que, de facto, exerceram sobre o indicado prédio uma posse pacífica porque iniciada sem violência, nem coação e sem oposição de quem quer que fosse, nomeadamente dos vizinhos e habitantes da freguesia de Setúbal (São Sebastião), e ainda pública e de boa fé porque exercida à vista e com o conhecimento de toda a gente, e por saber que não lesavam qualquer direito alheio.Que não possuem, porém, o título necessário à plena prova dos seus direitos pelas vias extrajudiciais normais e por isso, FERNANDO MANUEL DA CONCEIÇÃO REISINHO, por si e ATAYDE JOSÉ REISINHO, vem justifica-lo pela presente pretensão.Que, assim, e em face do disposto nos artigos 1251, 1255, 1260, 1261, 1262, 1263 alínea a), 1287, 1288 e 1296, todos do Código Civil, FERNANDO MANUEL DA CONCEIÇÃO REISINHO e o seu representado ATAYDE JOSÉ REISINHO adquiriram por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e cinquenta e quatro, o direito de propriedade sobre o prédio que é objecto da presente escritura.

ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos vinte e oito de Fevereiro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Bolhão

Reg. Sob o nº 217

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PSD e CDS apostam em mulheres do distrito para corrida eleitoral ao parlamento europeu

Ana Clara Birrento, do CDS-PP, e Maria das Mercês Borges, do PSD, são dois dos nomes

confirmados na lista da coligação às eleições europeias de Maio próximo.

A directora do centro de segu-rança social do distrito de Setúbal será a número oito na lista enca-

beçada por Paulo Rangel e, segundo Paulo Portas, «é seguramente elegível para o Parlamento Europeu». O líder do PP considera que «Ana Clara Birrento é um teste-munho da área política e social do CDS-PP e será uma “voz” dos mais desfavorecidos na Europa, prove-niente de um distrito onde o centro-direita teve resultados preocu-pantes nas eleições autárquicas».

Antes de ser nomeada pelo atual governo para dirigir a Segurança Social de Setúbal, Ana Clara Birrento, de 53 anos, era profes-sora de Literatura Inglesa na Universidade de Évora. Tem uma longa ligação a instituições parti-culares de solidariedade social no distrito de Setúbal.

A aposta do PSD recaiu na antiga governadora civil, Maria das Mercês Borges, actual depu-tada eleita pelo círculo de Setúbal e uma forte activista da área social. Apesar de colocada num lugar de difícil eleição, o presidente da distrital do PSD, Bruno Vitorino,

manifestou-se satisfeito com a indicação do nome da deputada que considera tratar-se «de uma escolha natural, tendo em conta o seu percurso político e de vida, a sua capacidade e competência». O facto de ser uma figura bastante conhecida pela população do

distrito, por força das suas funções enquanto governadora civil, faz com que os social-democratas acreditem que «não só os militantes do PSD como grande parte da popu-lação se revêm nesta escolha».

Candidata nas últimas eleições autárquicas a presidente da Câmara do Montijo, Maria das Mercês Borges ficou longe daquilo que seriam os resultados esperados pelo PSD que era a segunda força mais votada no concelho e passou para terceiro lugar. Licenciada em História, pela Faculdade de Letras de Lisboa, a deputada do PSD de 56 anos, tem um vasto currículo político e ligações estreitas à área social e laboral, tendo ocupado vários cargos na direcção dos TSD.

Ana Clara Birrento está em alta e foi uma escolha pessoal de Paulo Portas. Mercês Borges está mais longe da eleição.

Marta DavidMaria Mercês Borges Ana Clara Birrento

Page 8: Semmais 8 mar 2014

OS NOSSOS PRATOS DO DIA (TERÇA A SEXTA)

FEIJOADA DE CHOCO (TERÇA FEIRA)

ARROZ DE PATO (QUARTA FEIRA)

Bandas de garagem mostram valor

O 10.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal arranca este sábado, a partir das 22 horas, na Capricho Setubalense, com a primeira eliminatória do concurso integrado no m@rço.28, programa

organizado pelo município de Setúbal em colaboração com o movi-mento associativo do concelho, com o apoio e patrocínio de diversas enti-dades, que assinala, em Setúbal, o Mês da Juventude. A entrada é livre.

CULTURA

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Prémio dos críticos vai direitinho para o público fiel do Festival de Almada

António Luís

Evento sem paralelos distinguido

Informamos os nossos clientes que continua ao seu dispor de terça a sexta o prato do dia (menu completo:7.50€)Consulte a nossa página de facebook todos os dias.

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O Festival de Teatro de Almada recebeu no dia 3, no Mosteiro de S. Bento da Vitória, no

Porto, o Prémio Crítica 2013 da Asso-ciação de Críticos de Teatro. Organi-zado pela Companhia de Teatro de Almada (CTA) e considerado «um caso exemplar do teatro português», segundo o júri, o evento entra este ano na 31.ª edição a apostar numa programação ecléctica e de quali-dade. O director da CTA, Rodrigo Francisco, fez questão de dedicar o prémio ao público «fiel» do festival.

Rodrigo Francisco mostrou-se satisfeito e orgulhoso com o prémio alcançado. «Numa altura em que o teatro e a cultura vivem enormes dificuldades, este estímulo da crítica especializada é sempre reconfor-tante», sublinhou, acrescentando, por outro lado, que se trata de um prémio «inédito», dado que a Asso-ciação de Críticos de Teatro distingue, «pela primeira vez, um evento e não uma produção isolada, o que nos honra muito». «O nosso festival está a afirmar-se como o principal evento teatral do País e temos um grande orgulho em organizá-lo em conjunto com o município de Almada. Somos um festival artesanal raro nos dias que correm. Por exemplo, o FITEI perdeu este ano o seu apoio estatal. Apesar das dificuldades, ainda existe uma luz de esperança para a reac-

tivação do Movimento das Compa-nhias de Teatro Independentes».

Para o director, o Festival de Almada é «um transatlântico, movido a pedais, mas apesar de ser uma grande organização não perdeu o carácter humano de respeito pelo público».

Joaquim Judas, o presidente do município almadense, afirmou que o prémio «justo» representa o reco-nhecimento de «um trabalho notável que a CTA tem vindo a fazer há longos anos, muito ligado ao nome de Joaquim Benite, mas agora também rodeado de uma equipa jovem, irreverente e com ideias para o futuro». O edil lamentou que da parte do Estado tenha havido um recuo no apoio ao festival mas relem-brou que o município investe 1 milhão de euros, por ano, no trabalho do grupo. «Pretendemos continuar a apoiar o festival para que ele

mantenha e vá mais longe. É uma bandeira do município e é também um acontecimento nacional», subli-nhou.

Já Helena Serôdio, líder da Asso-ciação de Críticos de Teatro, consi-derou que o Festival de Almada é um «alicerce fundamental para uma série de circunstâncias, como a criação de públicos, e de diálogos entre companhias e a cultura e o teatro, de relação com outras artes, países e culturas. É um festival sem paralelo e com uma valência tão rica e plural».

O júri, constituído por Emília Costa, João Carneiro, Helena Serôdio, Rui Monteiro e Samuel Silva, decidiu ainda atribuir três Menções Espe-ciais aos espectáculos “Ah, os dias felizes”, pelo Teatro Nacional de S. João, “Os meus sentimentos”, por Mónica Calle, e “Rei Lear”, pelo Teatro Oficina.

Mercearia ambulante ‘comercializa’ revolução

“E se nos metêssemos todos ao barulho”, uma criação colec-tiva do Théâtre Dijon Bourgogne CDN, de França, é o espectáculo de honra do 31.º Festival de Teatro de Almada. A incendi-ária dupla Chattot/Schamba-cher, companheiros no palco e na vida, está de volta ao festival,

agora acompanhada por dois antigos colegas do Teatro Nacional de Estrasburgo. Este ano, em vez da cozinha filosó-fica, trazem-nos uma mercearia ambulante para vender a revo-lução, com textos de Brecht, Dario Fo, Shakespeare, Artaud, entre outros.

Rodrigo Francisco, director artístico do Festival de Almada, percorreu 600 quilómetros para receber prémio

DR

FEIJOADA À TRANSMONTANA

(SEXTA FEIRA)

PEIXE FRITO COM ARROZ DE TOMATE (SEGUNDA FEIRA)

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Sara Tavares

Sábado // 8 . Mar . 2014 // www.semmaisjornal.com 9

Cartaz...

8Sáb

ado

Sara Tavares celebra em Setúbal duas décadas de carreira com o espectáculo “Sara Tavares – 20 Anos de Carreira”, num ambiente intimista e de proximidade com o público. No concerto, Sara Tavares percorre mui-tos dos êxitos que lhe deram fama enquanto cantora profissional.Forum Luísa Todi, Setúbal | 21h30.

“Viva o Casamento”, uma comédia dramática, român-tica e musical de Fernando Gomes, continua em cena, com grande êxito, no Teatro Municipal do Barreiro, às sextas e sábados às 21h30, pela companhia local Arte-Viva, que trabalha no centro comercial “Pirâmide”.

Ofertas Semmais - Ligue 965 588 572 e peça os seus convites

“Viva o Casamento”“Férias com desconto para dar a volta à sua cabeça” é a nova campanha de comunicação da BTL 2014. A Feira de Turismo de Lisboa promete surpre-ender os visitantes com descontos exclusivos e campanhas promocio-nais de férias, durante a BTL, que vai estar aberta ao público de dia 14, a partir das 18, até dia 16, às 20 horas, na Feira Internacional de Lisboa, em Lisboa.De acordo com Fátima Vila Maior, responsável pela BTL 2014, «A Feira de Turismo de Lisboa é uma oportunidade única para o público consultar propostas de férias, programas turísticos e actividades de lazer com condições de venda especiais. Durante o fim-de-semana BTL, os visitantes beneficiam de descontos nas campanhas de reservas antecipadas e na compra de viagens e de aloja-mento, junto de centenas de expositores, com promoções que podem chegar aos 70 por cento. Além disso, os visitantes têm acesso a aconselhamento especializado e ao melhor que cada região tem para oferecer, ao nível de alojamento, experiên-cias e gastronomia. Como tal, acreditamos que vamos dar a volta a cabeça a muitos portugueses, que pretendam reservar as suas férias ao melhor preço».

Bolsa de Turismo de Lisboa

Filipe La Féria continua a apresentar, para miúdos e graúdos, no teatro Politeama, “Robin dos Bosques”, a célebre obra da literatura de aventuras.Não perca as aventuras do mítico príncipe dos Ladrões, Robin dos Bosques, um nobre fora-da-lei, acompanhado por João Pequeno e o seu bando. Este espectáculo é representado de terça a sexta às 11 da manhã e às 14 horas para as escolas, e às 15 horas de sábado e domingo para o público em geral.

Musical “Robin dos Bosques”

OS DEAD Combo apresentam o novo álbum “A Bunch of Meninos” num concerto agendado para o próximo dia 14, às 21h30, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.

A dupla Tó Trips e Pedro Gonçalves escolheu a cidade sadina para integrar a digressão nacional em que dá a conhecer ao público o projecto que sucede a “Lisboa Mulata”.

Os Dead Combo formaram-se em 2003 através de um convite de Henrique Amaro, da Antena 3, para gravar um tema de homenagem a Carlos Paredes.

Os bilhetes para o concerto de Setúbal custam 12,50 euros.

Dead Combo apresentam novo álbum

A comédia “Tartufo”, de Molière, com encenação de Rogério de Carvalho, sobe aos palcos de Almada, com as interpretações de Alexandre Pieroni Calado, Ana Cris, André Gomes, Ca-tarina Reis, Celestino Silva, João Far-raia, Maria Frade, Marques D’Arede, Miguel Eloy, Pedro Walter, Teresa Gafeira e Teresa Mónica.Teatro Joaquim Benite, Almada| 21h30.

8Sába

do

Comédia nos palcos de Almada

Concerto intimista

de Brissos

8Sába

do

Depois de ter estado na 2.ª edição do BB Blues Fest, em Junho de 2013, Paulo Brissos volta ao Fórum Cultural com um espectáculo inti-mista, misturando os bluesclássicos com temas próprios em português.Fórum José M. Figueiredo, na B. Banheira | 22 horas.

O Dia da Mulher é celebrado com as

vozes de Diamantina e Joaquín Moreno,

através do espectá-culo «Raízes», onde o fado e o flamenco se abraçam, ao som da guitarra portuguesa

e flamenca e pela expressividade

dos bailarinos «El Maleno» e Sofia

Abraços.Forum do Seixal

| 21h30.

Fado e flamenco no Seixal 8Sá

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“A Dona da História”, uma comédia de João Falcão com Manuela Cou-to e Joana Solnado, conta a história de uma mulher que conversa com o seu passado - “A Dona da História” - e inventa que reinventa a sua própria história, através de um jogo de inúmeras possibilidades.Casino de Tróia | 22h30.

Comédia no feminino

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do

20 anos de carreira

ESTREIA este sábado, às 11 horas, no Teatro Carlos César, a peça infantil do TAS “Uma mão cheia de…”, com conceito de Carlos Curto e interpretações de Célia David, Sónia Martins e Susana Brito.

A nova aposta pretende dar sequência à divulgação e promoção da leitura, por forma a torná-la mais atractiva e necessária por se apre-sentar de forma simples, lúdica e

descontraída. «O teatro permite experi-mentar, brincar e jogar com as letras,

as palavras e as frases de modo

a construir e desconstruir os textos escritos no papel e a dar-lhes vida», refere Carlos Curto. Assim, numa história circular, o TAS junta uma Lalá, uma Lelé e uma Lili a taga-relar, um til e um macaco, um bule de chá e uma formiga, a lua e coisas que não há, florestas e adivinhas, a mãe e a prima Balbina. «Uma mão cheia de imaginação que permite pensar, aprender e crescer mesmo a brincar», vinca.

TAS estreia nova peça infantil

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Montijo dá concerto de primavera Obras de escritoras em Alcácer

O concerto da Primavera realiza-se este sábado, às 21h30, no teatro Joaquim D´Almeida, no Montijo, com ingressos a 5 euros. Trata-se de um dia muito especial para todas as mulheres, com

o Grupo Coral do Montijo a partilhar o palco com a Orquestra de Guitarras – Guitardrums, para um concerto onde o papel femi-nino é valioso e imprescin-dível.

Para assinalar o Dia Inter-nacional da Mulher, dia 8 de Março, a biblioteca de Alcácer do Sal realiza mais uma mostra bibliográfica onde serão expostas obras literárias de escritoras

vencedoras do Prémio Nobel, tais como, Nadine Gordimer, Doris Lessing e Toni Morrisson. Esta mostra estará patente até dia 10, no átrio/ recepção da biblioteca.

LOCAL

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O município assinala o Dia da Mulher, no dia 8, com a peça “Coragem hoje, abraços amanhã”, com Joana Brandão & Nova Companhia, às 21h30, no Augusto Cabrita. Até dia 12, a exposição de Inês Didelet Santos, “Sedu-toras”, é a sugestão para ver no espaço J.

Segundo a autora, «desde pequena que a representação da mulher sempre foi um desafio, as suas formas, a sua delicadeza e elegância, talvez tenha sido uma procura e exploração da minha própria identidade feminina. Agora, inspirada por uma das mais famosas “pin ups” dos anos

50, a Bettie Page, divirto-me a explorar esses momentos de pura sedução e flirt».

Palmela inaugura novo quartel da GNR

Setúbal revive Enterro do Bacalhau

Comédia de Eduardo Madeira passa por Grândola

Comerciantes de Alcochete atraem clientes

Barreiro assinala dia da mulher com teatro e exposições

O Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau e o Grupo Despor-tivo “Os Amarelos” promoveram, em conjunto, quarta-feira, à noite, o Enterro do Bacalhau, que envolveu de dezenas de figurantes.

António Baptista, líder do Bairro Santos, apesar dos fracos apoios, faz um balanço «positivo» do Enterro deste ano, sublinhando que esta tradição «está a crescer, a cativar e a animar a população».

Já Nuno Soares, vice presidente dos Amarelos, também se mostrou satisfeito com esta tradição para animar os bairros. «Desde 2007 que fazemos juntos esta manifestação. Vem sempre muita gente assistir».

Pedro Pina, vereador da Cultura, realçou que o evento «dá sentido a uma tradição etnográfica e este evento dá sentido ao ritual de uma freguesia que reúne o interesse de várias colectividades».

O cortejo fúnebre, que assinala o fim do Carnaval, percorreu várias artérias do bairro e culminou na sede do Bairro Santos.

Eduardo Madeira, autor de receitas de sucesso como “Os Contemporâ-neos”, “Estado de Graça” e “Anticrise”, está em tournée nacional com um menu de stand up comedy. O espec-táculo destina-se a apreciadores de comédia gourmet, a não perder no dia 21, às 22 horas, no auditório muni-cipal. A entrada custa 6 euros.

O humorista Eduardo Madeira é pioneiro da stand up comedy, começou a carreira nas Produções Fictícias, fez teatro e participou em projectos como “Os Contemporâ-neos”, “Clube de Comédia”, “O Para-doxo da Tangência ” e “Estado de Graça”.

O Largo S. João, este sábado e domingo, é palco, entre as 10 e as 19 horas, de mais uma Alcofeira orga-nizada pelos comerciantes, com o apoio do município.

Algodão Doce, Empório, Lojinha da Isabel, Licinha Modas, Ginaldo, Susana Sousa, Loja da Lina, Mumments e Coisinhas da Gelinha são as lojas que dão vida a esta edição com peças de vestuário, bijuteria e outros acessórios.

Com vista a dinamizar e a atrair mais clientes ao comércio local, esta iniciativa é promovida pelos comer-ciantes que apresenta artigos diver-sificados a preços sugestivos.

O presidente da Câmara, Álvaro Amaro (ao centro), na presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo

Novas instalações em terreno camarário orçaram cerca de um milhão de euros

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, inaugurou quarta-feira o

novo quartel da GNR de Palmela. O equipamento custou 1 milhão de euros e que foi construído em terreno cedido pela autarquia.

O presidente do município, Álvaro Amaro, afirmou que «para

nós, a concretização deste inves-timento é bem um exemplo do que pode e deve ser a cooperação insti-tucional entre órgãos do governo central e local e, nós, no concelho, temos trabalhado sempre do lado da solução, contribuindo para qualificar o nosso território, dotando-o dos equipamentos e infraestruturas necessárias ao quotidiano dos cidadãos, em todas as dimensões».

O edil sublinhou, ainda, a centralidade do concelho, atraves-sado por eixos rodo e ferroviários estruturantes, o desenvolvimento socioeconómico e a diversidade, que têm sido determinantes para o crescimento demográfico nas

duas últimas décadas, com um aumento expressivo da população infantil. «Sabemos que estas carac-terísticas e a realidade do nosso concelho exigem, também, uma intervenção atenta das forças de protecção civil, em diferentes domí-nios e sabemos muito bem como é tranquilizadora a presença das equipas da Escola Segura, com as visitas e sessões de esclarecimento que a GNR faz com os nossos idosos».

O novo quartel, com cerca de 2 700 metros quadrados e capa-cidade para 125 agentes, dispõe de edifício principal, espaço central em forma de parada, garagem, arre-cadação, espaço de apoio e canil.

Na cerimónia, o ministro e o presidente da Câmara elogiaram a cooperação institucional entre a autarquia e a administração central.

Na sequência de um protocolo assinado entre o MAI e o muni-cípio, a autarquia procedeu ao lançamento da obra e à fiscalização da empreitada, integralmente paga pelo ministério à autarquia.

De imediato, o novo quartel vai funcionar apenas como posto da GNR, com um total de 37 efectivos, não se sabendo ainda quando será possível um reforço de meios e de pessoal de forma a cumprir na plenitude as funções de um Desta-camento Territorial da GNR.

Imagens de ex-libris do concelho

Finalmente a GNR de Palmela tem novas inatalações, para 125 agentes. A inauguração contou com a presença do ministro da tutela.

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Sesimbra revive temporada de música

Carlos Guilherme, um dos mais conceituados tenores portu-gueses, e o consagrado maestro António Vitorino d’Almeida são alguns dos convidados da 8.ª Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel, que tem início no dia 22 de Março.

O público vai poder assistir, pela primeira vez, a uma ópera semi-encenada, intitulada Cosí Fan Tutte, de Mozart, interpre-tada pela Orquestra Metropo-litana de Lisboa, e à estreia de um novo ensemble, dirigido pelo maestro Pedro Casa Nova, actu-almente a trabalhar com o Grupo Coral de Sesimbra.

O programa, que só termina a 19 de Abril, apresenta ainda outros grandes nomes do pano-rama operático nacional, como as soprano Filipa Lopes e Ana Franco e o maestro João Paulo Santos, do Coro do Teatro Nacional de São Carlos.

Desde 2008 que a Tempo-rada de Música ganhou um lugar de destaque no cartaz cultural da região, conquistando dezenas de admiradores.

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Câmara do Montijo delega competênciasàs freguesias

Alcácer sensibiliza para prevenção dos maus tratos

Almada brindaàs mulheres

Seixal avança recolha de sangue

Santiago quer escola pintada

Sines recebe grandes veleiros

O MUNICÍPIO aprovou, esta semana, os acordos de execução com as juntas de freguesia, no âmbito da delegação de compe-tências, os quais visam a promoção da coesão territorial, o reforço da solidariedade inte-rautarquias, a melhoria da quali-dade dos serviços prestados à população, a racionalização dos recursos disponíveis, a promoção da desconcentração administra-tiva, o reforço da relação de proxi-midade com os munícipes e maior celeridade, economia e eficiência das decisões administrativas.

Para a concretização destes objectivos, os acordos preveem

a afectação de recursos humanos, patrimoniais e financeiros neces-sários e suficientes ao exercício das competências delegadas nas juntas de freguesia.

Através destes acordos, são transferidos para as juntas de freguesia as verbas já aprovadas pelo Orçamento Municipal de 2014 que permitem dar cumpri-mento à delegação de compe-tências. Eis os valores a trans-ferir: Atalaia/Alto Estanqueiro/Jardia: 147 mil euros; Canha: 30 mil euros; Sarilhos Grandes: 41 mil euros; Pegões: 151 mil euros; e Montijo/Afonsoeiro: 77 mil euros.

ESTIMULAR a participação e a criatividade da comunidade, sensi-bilizando-a para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância e na juventude, é a meta do concurso de fotografia que Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Alcácer está a promover.

Aberto aos não profissionais de fotografia com idade igual ou supe-rior a 12 anos, residentes no concelho, o concurso tem como tema a “Prevenção dos Maus-Tratos à Infância e à Juventude”.

Cada concorrente pode parti-cipar com duas fotografias a cores ou a preto e branco, que devem ser entregues até 31 de Março em suporte de papel e digital dentro de três enve-lopes: um com os trabalhos identi-ficados com um pseudónimo e outro selado, com a identificação do parti-cipante. Estes dois devem estar dentro de um terceiro, remetido à CPCJ.

Os três primeiros classificados, em ambos os escalões, recebem uma máquina fotográfica, um livro de fotografia e uma pen drive USB.

A PROGRAMAÇÃO do Dia da Mulher é celebrada com música, exposições e debates. Este sábado é inaugurada, às 18 horas, a expo-sição de fotografia “Trabalho de Mulher e Criança”, na galeria muni-cipal de arte. Mostra imagens tiradas ao longo de 20 anos na costa leste africana, pelo biólogo e fotógrafo José Paula.

No Fórum Romeu Correia abre, este sábado, outra exposição de foto-grafia documental, às 21 horas, “Olhar Feminino sobre as Mulheres do Sahara Ocidental”, de Helena Costa e Inês Seixas. Segue-se um debate sobre a vida e a luta das mulheres naquela região ocupada.

A ASSOCIAÇÃO de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho do Seixal realiza este domingo, na Sociedade Musical 5 de Outubro, em Paio Pires, uma sessão de dádiva de sangue. A iniciativa é apoiada pela Câmara Municipal, juntas de freguesia, colectividades e insti-tuições, que colaboram com a cedência dos seus espaços para a realização destas acções. Nas dádivas, que se realizam sempre no período da manhã, entre as 9 e as 13 horas, podem participar pessoas saudáveis entre os 18 e os 65 anos, que são acompanhadas por técnicos do Instituto Portu-guês do Sangue.

A COMUNIDADE educativa da Escola Secundária António Macedo, em Santo André, uniu-se na noite a 27 de Fevereiro, num espectáculo de angariação de fundos para a pintura do edifício, depois de desesperar pela inter-venção do Ministério da Educação.

«Era para ontem, é para amanhã, talvez daqui a uns dias…», afirmou Manuela Teixeira, directora da escola, que é a voz do desespero da comunidade educativa em relação à «inércia» do Governo, entidade responsável por proceder à intervenção neces-sária na escola.

A escola resolveu arregaçar as mangas, juntou a comunidade educativa e organizou o espec-táculo “Notas de Cor”, uma ideia que surgiu nas comemorações dos 30 anos da escola. Manuela Teixeira dá conta inclusive conta de «alguns movimentos de miúdos que pensam poder envolver os pais na pintura da própria sala».

Sines vai receber em 2017 uma importante regata internacional de grandes veleiros, integrada na celebração dos 150 anos da Confederação de Estados Cana-dianos. Trata-se de uma orga-nização da Aporvela, Adminis-tração do Porto de Sines e muni-cípio.

A regata irá trazer a Sines grandes veleiros de mais de 20 países, envolvendo mais de mil tripulantes, cerca de 150 volun-tários e uma estimativa de 300 mil visitantes. De 28 de Abril a 1 de Maio de 2017, Sines será o

cenário de um grande festival em terra e no mar, com visitas às embarcações, concertos, zonas comerciais e de animação, desfile de tripulantes, fogo-de-artifício e muitas outras iniciativas num recinto de entrada livre, aberto entre as 10 e a 1 hora.

Para o presidente do muni-cípio, Nuno Mascarenhas, esta regata é um «marco importante» no trabalho que a autarquia quer desenvolver na divulgação do concelho através da realização de eventos vocacionados para o mar.

INICIATIVAS

“Memórias da Arrábida” decorre este sábado, das 10 às 17 horas, no Centro no Hotel Aqualuz, em Tróia, com a presença do secre-tário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza. Depois das “Memó-rias de Tróia e do Sado”, a 3.ª edição do evento irá explorar as características da Arrábida.

A tradição das cegadas ainda se vive com intensidade em Sesimbra. Este sábado, às 21.30 horas, o teatro João Mota, recebe cegadas. Trata-se de um costume típico das zonas rurais, onde os costumes e os acontecimentos mais marcantes da sociedade são criticados, ao estilo das antigas canções de escárnio e mal-dizer.

Este sábado, a partir das 8 horas, o largo do mercado municipal da Moita recebe mais uma Feira de Antiguidades e Velharias. Ao passar por lá, pode encon-trar um pouco de tudo: gira-discos, rádios, Ip’s e singles de vinil, livros, loiças, postais, artigos de decoração e de colec-cionismo, entre outros artigos.

Um atelier de tricot e crochet dinamizados no âmbito do “Nosso Bairro, Nossa Cidade”, na zona da Bela Vista, em Setúbal, realiza-se entre Março e Maio. Os inte-ressados em participar na inicia-tiva, que proporciona noções básicas de tricot e crochet, podem inscrever-se no gabinete da Bela Vista do município.

Memórias da Arrábida

Cegadas em Sesimbra

Moita acolhe feira de velharias

Atelier de tricot e crochet

Município aprovou conjunto de acordos de execução

Moita defende maise melhores meios de saúde

Na reunião realizada, esta semana, com o Conselho de Administração do Centro Hospi-talar Barreiro-Montijo, o presi-dente do município Rui Garcia voltou a expressar as suas preo-cupações relativas à diminuição de meios ao dispor do Serviço Nacional de Saúde.

Rui Garcia aproveitou a circunstância para reiterar, junto do presidente do CHBM João Ribeiro, a importância de não faltarem meios no atendimento e nos serviços hospitalares, para a população da sua área de influ-ência, que se estima em cerca de 213 mil utentes.

Por outro lado, realçou que

há dificuldades na contratação de profissionais de saúde, nos tempos de espera em consultas de áreas clínicas muito sensíveis, como a urologia e oftalmologia, no acesso às urgências nocturnas e também noutras áreas como a psiquiatria, além do agrava-mento dos problemas de finan-ciamento do próprio sistema.

Estimando-se que existam cerca de 44 mil utentes sem médico de família em toda a área de influência deste hospital, o edil reforçou a importância de, colectivamente, o sector da saúde ser defendido como serviço público universal e gratuito.

Celebração do Dia da Mulher

Recolha de sangue é urgenteOperação decorre em Setúbal

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Adega de Palmela lança espumante Dia Aberto na ATEC

A Adega de Palmela realiza este sábado, às 16 horas, na Casa da Baía, em Setúbal, a apresentação do seu fresco espumante moscatel pelo enólogo Luís Silva. A inicia-tiva é acompanhada de

sessão de pintura ao vivo e pela exposição da autoria de Lurdes Pólvora D´Cruz. Também há degustação de sabores regionais. Não falte e aproveite para provar os excelentes vinhos da ACP.

A ATEC – Academia de Formação vai levar a cabo mais uma edição do Open Dya ATEC nas suas instala-ções de Palmela e do Porto. A ATEC vai abrir as suas portas no sábado, dia 29 de

Março, das 14 às 18 horas. Aproveite a oportunidade e vá visitar a ATEC. Entretanto, estão abertas inscrições para os novos cursos de educação e formação de adultos, para pessoas com mais de 23 anos.

NEGÓCIOS

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Lisboa Invest vai ajudar a vender terrenos da Baia do Tejo

A Lisboa Invest vai promover no estrangeiro, a partir desta semana, os territó-

rios da Margueira, Quimiparque e

Siderurgia Nacional, geridos pela Baia do Tejo. O protocolo entre as duas entidades foi celebrado esta semana e vai permitir ‘vender’ estas áreas empresariais enquadradas na oferta da capital.

Segundo o protocolo, o acordo permite que Lisboa possa ser vista no estrangeiro como uma zona mais atractiva para o investimento empresarial, agre-gando estas grandes áreas indus-triais que têm vindo a ser requa-lificadas. E, explicam os respon-sáveis, a nova mancha de terrenos disponíveis vai proporcionar «um maior crescimento na área industrial» na capital do país e «uma maior dinâmica» na margem sul do rio.

A iniciativa da Câmara de

Lisboa pretende fazer crescer esta atractibilidade para a margem sul, do Barreiro até Almada, as zonas sob intervenção da Baia do Tejo. «Vamos apresentar ambas as margens do Tejo no estrangeiro a potenciais clientes, investidores e empresas. Estes territórios a cargo da Baia do Tejo apresentam um conjunto de mais valias que Lisboa por si só não tem, nomeadamente grandes áreas industriais», explicou Rui Coelho da Lisboa Invest.

Complementaridade a uma escala mais global

Com este novo cenário, a capital ganha novos terrenos e aproveita um conjunto vasto de instalações já existentes. «Quando se pensa

ao nível dos investimentos na indústria temos que falar no Seixal. O mesmo acontece com o Barreiro, se pensarmos na logística e nas pequenas e médias empresas», disse Jacinto Pereira, o presidente do conselho de administração da Baia do Tejo.

O mesmo responsável, que sublinhou «as complementari-dades» existentes entre os dois territórios situados na margem sul em termos de oferta, acredita que agora com a ‘ligação’ a Lisboa poder-se-á pensar a uma escala «mais global».

É um acordo revolucionário. Lisboa ganha terrenos na margem sul que não dispõe actualmente. A Baia do Tejo vê reforçada a sua estratégia de atracção de investimento estrangeiro.

Anabela Ventura

Cerimónia que apresentou o protocolo entre as duas entidades

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NEGÓCIOS

Saldos deste ano registaram uma quebra de 25% no comércio da península

As contas feitas pela Associação de Comerciantes do Distrito e Setúbal revelam mais uma

quebra de receitas em época de saldos. Os lojistas venderam menos 25% face a uma campanha dita normal, apesar de terem apostado numa redução significativa de preços, a oscilar entre os 50 e 60%. «É a forma de se tentar

responder aos centros comerciais, mas nem assim conseguimos atrair os clientes», desabafou o presidente da ACB, Francisco Carriço.

Desmotivação piora a imagem do comércio

«As pessoas estão muito desmo-tivadas e isso piora a imagem do nosso comércio, ainda mais, o que agrava a crise», sublinhou o diri-gente. Francisco Carriço lamentou ainda que «se fale muito em retoma, mas a verdade é que as pessoas não compram e o comércio é o primeiro a ressentir-se, apesar dos esforços que temos feito para ser dinâmicos e atractivos», insistiu, garantindo que a campanha de saldos que agora chegou ao fim «ainda foi pior que a de 2013, que tinha sido a pior de sempre» no distrito de Setúbal.

«Isto quer dizer que já quase não se justifica termos uma época de saldos, sobretudo, porque as grandes superfícies fazem promoções a qual-

quer altura do ano e nós não conse-guimos ser competitivos perante essa concorrência», acrescentou, para quem as promoções realizadas pelas grandes superfícies ainda antes do Natal, «que deveria ser o mês mais forte em vendas acabam por desvir-tuar o conceito dos saldos».

Feroz concorrência dos centros comerciais

Aliás, alerta o mesmo represen-tante, face à feroz concorrência das grandes superfícies, a maioria dos comerciantes optou por antecipar as promoções, baixando os preços ainda antes do Natal, o que reduziu a margem de lucro e a possibilidade de baixar mais os preços na época de saldos. Resultado: «foram muitos os comerciantes que não conseguiram

escoar os “stocks”, agravando a crise em que mergulhou o comércio da região», insistiu Francisco Carriço, alertando para a crescente falta de clientes e fecho de lojas. Sobretudo na última década.

Os últimos três anos ditaram uma sentença pesada: bateram com a porta cerca 30% dos estabelecimentos comerciais e o futuro próximo não se perfila animador.

Os saldos na região souberam a pouco para os comerciantes. Menos 25 por cento em relação a outras campanhas do género. Mesmo com baixas de baixas de preço acima do habitual. E nem assim conseguiram atrair clientes.

Roberto Dores

Entre 1986 e final de 2013 entraram em Portugal cerca de 96,7 mil milhões de euros (96,7x109€) de fundos comu-nitários, muitas vezes usados pelos lóbis de forma menos transparente/eficaz. Para o período 2014-2020 são atribuídos 22x109€ a Portugal, onde só está prevista comparticipação comu-nitária de 1x109€ para InfraEstruturas de Transportes, que em qualquer país deverá ter sempre como objectivo servir a sua Economia e não o contrário. Se for eficaz e trouxer retorno para o bem da sociedade: usando “inputs” fide-dignos/realistas e não com “conve-nientes” previsões empoladas de tráfegos para depois existirem “Auto-Estradas às moscas”, com os prejuízos daí inerentes. Tais projectos devem ser tratados em métodos de análise trans-parentes como é o caso de análises custo-benefício prévias, para reflectir o mais próximo possível a realidade futura dos impactos económico/finan-ceiros-sociais/ambientais dos projectos, garantindo rigor orçamental, que poucas vezes têm sido aplicados. O MEE nomeia o Grupo de Trabalho para as Infra-Estruturas de Elevado Valor Acrescen-tado com repartição cerca de: fundos comunitários-3,1x109€, públicos-1,4x109€, privados-0,5x109€. Mas, na contribuição comunitária só estão

previstos 1x109€ (1/3) para os projectos de Infra-Estruturas de transportes. O governo ao pretender agora dar mais peso aos privados não augura nada de bom, podendo significar mais PPP´s e/ou obrigar ao corte de projectos de elevada prioridade. Porque não se encara a hipótese de se redefinir a repar-tição da verba global, afectando valores realistas só aos projectos com maior impacto Nacional/Regional? Após a entrega do relatório, o processo encontra-se agora em consulta pública/reuniões Governo/CCDR´s, com decisão final Março em Conselho de Ministros.

1º ERRO) Limitado a uma abor-dagem multicritério, adequada mas insuficiente, sem análises custo-bene-fício. Não terem separado previamente, para salvaguardar a coesão territorial, os projectos por categorias de inves-timento e impactos Nacional/Regional. Só se compara o que é comparável e não com o uso de um quadro de crité-rios igual para projectos diferentes.

2º ERRO) Dos 238 projectos, excluem à partida 149 projectos, sendo que alguns destes são mais necessá-rios, e valIdam 88% dos projectos apre-sentados pelo Centro e Norte. Com que critério? Noutros sectores, estas regiões levam também “parte de leão” dando a ideia que os lóbis do Centro e Norte são bem mais fortes do que os do Sul. Se usaram o critério de concluir obras já iniciadas como é o caso do túnel do Marão(5ªPrioridade) porque não foi considerada a conclusão da A26/IP8 que ligaria Sines a Beja, a alternativa de acesso mais rápido ao Alqueva e Espanha? Porque se contempla o Corredor ferroviário Aveiro-Vilar

Formoso(10ª P) e nem se considera a inexistente ligação ferroviária Évora-Espanha “obra para ontem” que se enquadra num conjunto de projectos complementares: portos de Sines, Setúbal e Lisboa, Plataforma Logística Multimodal do Poceirão, também com ligação Espanha? Há aqui dualidade de critérios ! Porque se aflora o apro-veitamento da base aérea militar em Monte Real (a pior solução) e.v. da BA6-Montijo, a melhor opção para a utilização de voos comerciais? Por inte-resses que se desconhecem? São exem-plos de como uma ineficiente abor-dagem torna uma análise multicritério…sem critério. Será mais uma vez o “conduza o estudo para conseguir estes objectivos”? Se uma análise multicri-tério não for “séria”, as conclusões são “aquelas que o cliente quiser”.

3º ERRO) Insistir num novo TC-Terminal de Contentores (Deep Sea) no porto de Lisboa(7ª P) o que parece ser o encapotado TCTrafaria, por não identificar a localização e os 600M€ coincidirem com as estima-tivas para o ramal Ferroviário. Um TC no Barreiro só de quem não conhece os seus constrangimentos ao nível da segurança marítima e custos astronó-micos com dragagens iniciais e manu-tenção. Para quê esta obra de um novo TC em Lisboa, se está contemplado: aumento da capacidade do TCAlcântara(12ªP) e já se existem os subaproveitados TC dos portos Sines (a 35 %) e Setúbal (a 20%) conjugado com a Expansão do actual terminal XXI(3ªP) justificado pelo consórcio P3 que integra os 3 maiores operadores mundiais de contentores (MSC-já a

operar-MAERSK e CMA/CGM) ficando estes satisfeitos em Sines? Se admi-tirmos a necessária mudança de para-digma que vai levar a Europa a ter de se ReIndustrializar principalmente nos países do sul, alterando a caracterís-ticas da Globalização, para quê este projecto cujos custos poderiam ser canalizados para outros mais neces-sários?

4º ERRO) A sua complementari-zação na componente “Hinterland” com a Ligação ferroviária Sines-Caia (só 25ªP está em risco de “não se fazer”). Se a prioridade era a ligação ferrovi-ária aos portos, não se percebe esta incoerência? E porque se exclue o projecto PLMPoceirão?

5º ERRO) Porque não foram consi-derados projectos Estruturantes, de grande impacto Regional, p.ex.: Cons-trução de um túnel imerso rodoviário Algés-Trafaria, com o custo previsional de 0,57x109€, concluindo a Grande Circular Rodoviária da AML (o tráfego na Ponte 25Abril é cerca do bobro da PVG) permitindo ainda a ligação à marginal Lisboa-Cascais? Outro ex. é não construção da ponte Seixal-Barreiro outra “obra para ontem” (só o terminal/cais da ex-SN é contemplado, e só na 28ªP para não se fazer) que teria enorme impacto na mobilidade da zona Baía-Tejo, na 3ª Região mais povoada do país (Península de Setúbal).

No âmbito de tutela conjunta ME/MAOTE/MAM porque não se retoma o projecto do fecho da golada que resol-veria os problemas da Caparica, 2ª melhor praia urbana mundial, apro-veitando areias das dragagens do canal da barra, estimando-se os seus custos

em cerca de 2M€, em vez de se conti-nuar a “deitar dinheiro ao mar “, que o mar volta a destruir ? As areias da Costa da Caparica foram irremediavelmente reduzidas pela necessidade de se terem realizado dragagens para Lisboa, e alte-rando as correntes marítimas.

O Centro e Norte conseguem: fazer validar pelo GTIEVA 88% dos projectos propostos, posicionar no grupo prio-ritário dos prioritários (o mais provável de se realizar..e nem todos) 9 dos seus 15 projectos (65,1% em custos quando têm população/área 58%/54%). E no QREN, o Norte consegue uma dotação 4 vezes superior à de Lisboa. No total, para o Norte são 3,3x109€ mais parte dos 12x109€ que terão de ser aplicados nas regiões de convergência. Obs.: a “Conclusão (?) do Plano de Moderni-zação (?) da linha ferroviária do norte”(2ª P) não é aqui considerada, por ter transversal a Lisboa, Centro e Norte. Tem sido a maior aberração com os maiores gastos desnecessários na história do sector ferroviário em Portugal, que mais parecem um “poço sem fundo” e uma nova versão das “obras de Stª Engrácia”. Porque não se avançou logo de início para uma linha de Alta Velocidade, dado ser a ligação de maior rentabilidade ?

O Distrito de Setúbal só é contem-plado com 6,8 %. Será que este governo, tal como o anterior, consi-dera o Distrito de Setúbal um “deserto onde só existem camelos”? Os Depu-tados do Distrito de Setúbal, que são dos partidos do governo e os da oposição, deveriam ser mais reivin-dicativos a arbitrariedades lesivas do Distrito de Setúbal !

Infra-estruturas prioritárias2014 - 2020Caldeira LucasEngº/GestorEspecialistaem Logísticae Transportes

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Os comerciantes dizem que tudo têm feito para apresentar saldos muito atractivos

Adega Cooperativa de Palmela vai lançar o vinho Bonga

O presidente da Adega Cooperativa de Palmela, Carlos Caleiro, anunciou, no dia 3, numa festa de Carnaval, na disco-teca B.Leza, em Lisboa, a criação do vinho Bonga, um néctar que presta homenagem à estrela da canção afri-cana, e embaixador da adega de Palmela, e que terá lançamento oficial em Angola

em data a anunciar.A revelação foi feita durante um concerto do Bonga, artista que animou as festivi-dades carnavalescas na referida disco-teca, no momento em que o cantor chamou o representante da adega ao palco e o apresentou à multidão presente. «Está connosco a Adega de Palmela, que faz

uns vinhos que eu adoro», disse o artista que, durante o espectáculo, não resistiu a oferecer algumas garrafas de tinto, branco e espumante a amigos que assis-tiam ao espectáculo. «Não falta muito para que nasça o vinho Bonga. O processo já está em curso. O vinho está agora a estagiar em barricas

de carvalho e promete surpreender», revelou Carlos Caleiro.O cantor, visivelmente emocionado, abraçou o presidente da adega, um gesto que sublinhou de forma clara a amizade que une a estrela da canção angolana e esta casa, ali representada por Carlos Caleiro.

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Jorge Grave é lançador de élite Prata e bronze para judocas juniores

Jorge Grave, recordista nacional de lançamento do disco e que iniciou a sua formação no Quin-tajense Futebol Clube, é um dos 19 atletas portugueses que parti-cipam na Taça da Europa de Lançamentos de Inverno que

decorre nos dias 15 e 16 de Março, em Leiria. O lançador que veste a camisola do Benfica é penta-campeão e recordista nacional com a marca de 61 metros reali-zada há cerca de um ano, preci-samente em Leiria.

O judoca João Martinho, do Vitória Futebol Clube, sagrou-se vice-campeão nacional de juniores na categoria de -81 kgs, numa prova que decorreu no Pavilhão Municipal do Pinhal Novo, perdendo na final para o

judoca Nuno Saraiva.Na categoria de -48 kgs, Patrícia Matias, também do Vitória, ficou em terceiro lugar. A atleta que ainda pertence ao escalão de cadetes, do qual é campeã nacional.

DESPORTO

Sábado //8 . Mar . 2014 //

www.semmaisjornal.com

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Vitória recebe Sporting no domingo

É costume dizer-se: muitos e bons.

A variante pode ser, segura-mente, a de muitos e nem todos bons…

Referimo-nos ao cada vez maior contingente de comentadores desportivos, em especial nos canais televisivos e “palrando” sobre futebol. É uma saga de novos tempos que tem vindo a tornar-se impressionante.

A maioria provem de antigos jogadores, logo seguida de jorna-listas de médio porte. E, por variadas razões, anotam-se-lhes intenções e sinal menos, em equi-líbrio de ideias e em valia de expres-sões.

Acho que se tem exagerado nessa “sementeira” de comenta-dores com efeitos nocivos para os telespectadores melhor infor-mados.

Deixando para quem nos ler o juízo opinativo sobre os menos bons (e maus até), avançamos para algumas referências elogiosas bem merecidas por dois ex-pupilos meus, nestas andanças do futebol juvenil, relativamente jovens e de apreciável aptidão para as tarefas de comentaristas.

Falamos de Pedro Henriques e de Tulipa, que fizeram meritó-rias carreiras como jogadores, com particular realce para o nortenho, ex- F.C. Porto, campeão mundial de juniores, em 1991, naquela magnífica geração de talentos como Luís Figo, Rui Couto, Emílio Peixe, Paulo Torres e cª.

Qualquer deles são sóbrios de palavras e de encómios, vendo muito bem todo o jogo-jogado,

com boas vozes e apreciável dicção. Assim fossem todos…

Também José Eduardo e Vítor Manuel, já maiores de 50 anos e de longa experiência nos mean-dros do “association” justificam citações de apreço enquanto comentaristas de bom tino.

Ajudam, assim, a contrapor a recessão e qualidade dos “aven-tureiros” que tem vindo a surgir nos “écrans” televisivos. Espero bem que continuem em boa forma, para apreciação cada vez mais posi-tiva.

José Eduardo, muito ligado ao Sporting mas sem pecadilhos de indesejável facciosismo, “virou“ empresário nos domínios da restauração e foi um pendular defesa-direito de há mais de 3 décadas.

Vítor Manuel, originário do Tramagal distinguindo-se na Académica de Coimbra desde 1969/70, fez carreira de treinador de bom nível, interrompendo essa actividade por motivos de saúde. Mas, felizmente para quantos o apreciam, continua a “jogar bem” nas tarefas regulares de comen-tarista convidado.

Nestas citações elogiosas cabem os remoques a uns quantos que têm vindo a inflacionar a função de comentadores despor-tivos, os que não têm voz, nem postura e, o que é mais grave, equilíbrio e valia de intervenções.

E haja carapuças que cheguem para enfiar nos que as merecem…

David Sequerra colaborador

A saga dos comentadores desportivos

Tradição é favorável aos verde-brancos de Alvalade

O estádio do Bonfim recebe, este domingo, às 17 horas, um sempre emocionante

Vitória – Sporting, a contar para a jornada 22 da I Liga, numa altura em que os dois clubes se encon-tram em posições tranquilas na tabela classificativa, com o clube setubalense em 10º lugar, com 25 pontos, e os leões a ocupar a 2ª posição, com 47.

No encontro da primeira volta, em Alvalade, a 5 de Outubro do ano

passado, o Sporting goleou por quatro bolas a zero, numa altura da época em que o Vitória teimava em encon-trar-se e em que o sector defensivo era o principal “calcanhar de Aquiles” da equipa, situação que levou ao afas-tamento do então treinador José Mota.

Nos confrontos entre as duas equipas, a contar para a I Liga na última década, a vantagem é clara-mente leonina, com a formação do Sporting a contabilizar doze triunfos nos dezanove jogos realizados. Desde a época de 2004/2005, uma vez que há dez anos o Vitória militava na II Liga, o clube do Bonfim venceu por quatro vezes, tendo sido uma delas em Alvalade, e empatou três jogos.

Sem Cardozo, os da casa querem árbitro isento

O Vitória conta com uma baixa de peso entre os seus jogadores na recepção ao segundo classificado. O avançado paraguaio Ramon Cardozo lesionou-se na passada

semana e vai parar durante por mais de um mês. Em contrapartida, José Couceiro poderá utilizar sem qual-quer impedimento os dois jogadores emprestados pelo Sporting, João Mário e Betinho, uma vez que o acordo de cedência não coloca cons-trangimentos à sua utilização. O médio João Mário tem sido peça fundamental na formação sadina e foi eleito como o melhor jogador jovem da Liga nos dois primeiros meses do ano, segundo a votação no site do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Ainda a digerir a derrota do passado fim-de-semana, frente ao Gil Vicente, num jogo em que os sadinos consideram que foram preju-dicados pela equipa de arbitragem liderada por Carlos Xistra, a direcção do clube do Bonfim pede um árbitro isento e diz que «o Vitória não precisa de favores». Fernando Oliveira, presi-dente demissionário, sublinha que quer apenas que o jogo seja «julgado com imparcialidade».

O Sporting tem vantagem a jogar no Bonfim, tendo em conta os resultados dos últimos anos

É um dos jogos grandes deste fim-de-semana. Os vitorianos vão procurar suster a boa campanha da equipa leonina. Mas a tradição pende para os ‘leões’.

Marta David

Sesimbra Summer Cup com inscrições quase esgotadas

A edição deste ano do Sesimbra Summer Cup conta já com mais de meia centena de equipas que apre-sentaram pré-inscrições para a prova, apesar do evento se realizar apenas daqui a cerca de quatro meses.

Este ano, a organização já asse-gurou a presença de várias equipas nacionais e algumas internacionais, o que, segundo a organização comprova que o « Sesimbra Summer Cup se assume com o um grande evento desportivo, aliando a prática desportiva a uma zona de lazer espe-

tacular para férias de final de época».O Sesimbra Summer Cup é um

torneio internacional de Futebol Infantil, que se realiza no final de cada época desportiva, nas moda-lidades de Futebol, Futebol de Praia e Futsal e que este ano terá lugar entre os dias 25 e 29 de Junho.

O objectivo da iniciativa para além da promoção da prática despor-tiva é também reforçar o sentido de Sesimbra como destino turístico de excelência e promover as suas praias, a gastronomia e o património.

Nadador do CNLA garante lugarno Campeonato de Longa Distância

Nélson Malheiros, o atleta juvenil B do Clube de Natação do Litoral Alentejano, assegurou o apuramento para a fase final do Campeonato Nacional de Longa distância, que se realiza no próximo dia 26 de Abril, em Rio Maior. O jovem nadador registou o 10º melhor tempo a nível nacional, na prova de três mil metros, ao percorrer a distância em 37:13,69 minutos, no decurso da qualificação

da zona centro-sul. Nélson Malheiros foi o único Juvenil-B a conseguir o apuramento, o que significa que foi o melhor atleta nacional entre os nadadores nascidos em 1999.

O nadador mostrou boas capa-cidades na sua estreia nesta prova de longa distância, que apesar de se realizar em piscina pretende avaliar as capacidades dos atletas para competições de Águas Abertas. Jovem continua em alta

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