semmais 13 dezembro 2014

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Pub. Sábado | 13 dezembro 2014 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 837 • 7.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA 6 1 anos A REGIÃO SOMOS TODOS NÓS edição especial comemorativa Entrevista 10 Nuno Canta, edil do Montijo, faz balanço e acusa oposição de fantasiar a realidade Atual 5 Cultura 9 Luís Represas em Sesimbra hoje para apresentar o seu último álbum "Cores" As mortes por cancro não param de aumentar na região com números que pesam ÚLTIMA Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sines e Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz Fotos: DR O NÚMERO DA VERGONHA Temos a região do país onde mais mulheres foram mortas por um familiar ou alguém com quem mantinham uma relação íntima. Entre janeiro e 30 de novembro, a península de Setúbal registou um total de sete vítimas de homicídio, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas, projeto da UMAR. É um número que envergonha no quadro da violência doméstica. O presidente do Governo regional da Extremadura espanhola, José Monago, em declarações ao Semmais, diz querer incluir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa na sua estratégia logística de ligação ao resto da Europa. E isso passa pelo projeto ferroviário. «É bom para todos», afirma. PÁGINA 4 DR

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Edição do Semmais de 13 de Dezembro

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Page 1: Semmais 13 Dezembro 2014

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Sábado | 13 dezembro 2014 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 837 • 7.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

61anos

A REGIÃOSOMOSTODOSNÓSedição especial comemorativa do 16º aniversário do semmais

Entrevista 10Nuno Canta, edil do Montijo, faz balanço e acusa oposição de fantasiar a realidade

Atual 5Cultura 9Luís Represas em Sesimbra hoje para apresentar o seu último álbum "Cores"

As mortes por cancronão param de aumentar na região com números que pesam

ÚLTIMA

Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sines e Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz

Sábado | 13 dezembro 2014 semanário — edição n.º 837 • 7.ª série — 0,50 € • Diretor: Raul Tavares

AtualAtual

último álbum "Cores"

As mortes por cancronão param de aumentar na região com números que pesam

Fotos: DR

O NÚMERODA VERGONHA

Temos a região do país onde mais mulheres foram mortas por um familiar ou alguém com quem mantinham uma relação íntima. Entre janeiro e 30 de novembro, a península de Setúbal registou um total de sete vítimas de homicídio, segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas, projeto da UMAR. É um número que envergonha no quadro da violência doméstica.

O presidente do Governo regional da Extremadura espanhola, José Monago, em declarações ao Semmais, diz querer incluir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa na sua estratégia logística de ligação ao resto da Europa. E isso passa pelo projeto ferroviário. «É bom para todos», afirma.

PÁGINA 4

DR

Page 2: Semmais 13 Dezembro 2014

2 ESPAÇO PÚBLICO Sexta • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projeto Gráfico: Edgar Melitão/”­e Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. E-mail: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Caro Molo,

O Harry está a morrer. Ele sabe isso, e a Helen também sabe, e tu também sabes. O Harry

discute com a Helen, a Helen procura distraí-lo, e tu assistes a isto tudo – é o expediente que eles encontraram para não falar da evidência que não podem nomear: a morte que ronda, mascarada de uma “hiena de hálito fedorento”. Como bem sabia a Fedra, quando se nomeia uma coisa – no caso dela, a culpa –, essa coisa passa a ter existência, e pode ser insupor-tável viver com ela. Por isso não lhes fales da hiena, Molo. Deixa-a rir à vontade: é um bicho nojento.

O Harry precisa de beber. Ele sabe que lhe faz mal, e a Helen sabe que lhe faz mal, e tu sabes que lhe faz mal. Mas

não deixes de trazer-lhe bebida, mes-mo que isso te custe. O nosso Papa di-zia que o Homem não nasceu para ser derrotado, e que pode perder tudo me-nos a dignidade. Resolveu a coisa com um tiro de carabina. Mas também de-finiu a “coragem” como tratando-se de manter a “graciosidade quando sob pressão”. Se eu estivesse no teu lugar, Molo, era isso que faria quando o Har-ry te pedisse mais uísque. Ele precisa de um amigo que o ajude a manter-se digno antes de a hiena chegar.

Não te esqueças daquilo que ele te diz no fim, que “só interessa aguen-tares e fazeres o teu trabalho – e ver e ouvir e aprender”. Acho que essas são as ferramentas fundamentais para ini-ciares a mesma subida que o leopar-do de que falas no início do espectá-culo: a procura do Nada, porque “o

problema é o nada: é tudo um grande nada, e um homem não passa de nada”, embora eu também ache que para en-frentá-lo basta um pouco de limpeza e arrumação. “E de luz”. No caminho da subida, caro Molo, é natural que percas alguma da tua poesia, que tan-to nos ajudou neste espectáculo. “No hay remedio”, como o Harry estava sempre a dizer à sua amante africana. Só acho que deves ir preenchendo o espaço deixado vazio por essa poesia com amor pela Vida e pela Arte – pelo Teatro. Depois vais ver que a poesia volta outra vez, mesmo que já não seja tão pura. Se fores capaz disto tudo, tor-nas-te actor, acho eu.

Lembras-te de nos ensaios de lei-

tura eu vos ter dito que todas as frases nesta peça são do Hemingway, excep-to uma? Chegou a altura de te dizer qual é: na cena final o Harry diz que “a curiosidade é uma das ferramentas que mais utilizei no meu trabalho”. Esta fra-se foi-me dita no Verão passado por um encenador alemão de 74 anos, du-rante um pequeno-almoço. É um ho-mem que tem poesia como a tua – mas da outra. Também sofre do mesmo mal que o leopardo.

Esta noite é a tua estreia e eu gos-tava que antes de o espectáculo come-çar tu abraçasses cada um dos teus co-legas. Eles vão augurar-te uma coisa feia, mas tu não ligues: são manias dos actores. Mas abraça-os, que eles me-recem. O que conseguiram nesta peça é muito difícil: imagina só o que seria se tivesses de interpretar a parte sub-mersa de um iceberg… Não te esque-ças de abraçá-los, Molo: pode ser que a tua poesia se misture com a deles, e esta noite precisamos de ambas.

Então até já, companheiro: agora tenho de ir andando. Vemo-nos lá em cima, a 6.000 metros de altitude!

Carta aberta ao Senhor EliasPara ele ler antes da estreia

“O nosso talento consiste na vida que levamos”Fala de Harry em As neves do Kilimanjaro

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

A indústria associativa de volta?

O associativismo empresa-rial na região teve um bom período, já muito distante, e

depois morreu de forma lenta e dolo-rosa. Foi assim com a Aerset.

Nos últimos tempos têm boas ini-ciativas nesta área, mas muito resi-duais. Lembro, a este propósito, a As-sociação de Comércio e Serviços, ago-ra mais abrangente e, num cluster mais apertado, a comunidade portuária de Setúbal. Lembro também, a Adrepes e a CRV, também estas restritas a áreas muito particulares.

Mas quero aludir à nova Associa-ção de Indústria da Península de Se-túbal (AISET), que aplaudo, sobretu-do porque sempre senti as grandes empresas da região muito à margem deste espírito, com exceção de algum mecenato e alguma ligação ao ensi-no superior.

Uma iniciativa a ter em atenção e, claro, para acompanhar de perto…

EDITORIALRaul Tavares

Sergio Leone e Clint Eastwood são dois nomes associados a um célebre western feito com poucos

meios mas com muito talento. Tanto talento que um filme do longínquo ano de 1966 sobrevive até hoje.

Passado na guerra civil norte-ame-ricana tem 3 anti-heróis à procura de um tesouro. Dois deles sabem, mas apenas parcialmente, onde está o te-souro. Dependem um do outro por-tanto. O terceiro persegue os primei-ros dois e aguarda pela sua oportuni-dade. Não existe limites para os enga-nos, as trafulhices e as golpadas. O que parece não é. E o que menos se espe-ra acaba por acontecer. Parece Portu-gal no seu pior.

Também nós temos um novo (ban-co), um mau (banqueiro) e um vilão (politico). Só não temos o bom, no caso do filme, Clint Eastwood. Que é mais um “assim-assim” do que um bom.

O novo banco é assim uma espé-cie de novo (nome) para um velho (banco). O que ficou da mudança foi

a perplexidade. A perplexidade com que 150 anos de uma empresa acaba num fim-de-semana. E nem era um fim-de-semana prolongado. A velo-cidade e o estrondo com que “respei-táveis” instituições passam a exem-plos do que não deve ser uma gestão deve fazer-nos refletir. Deve fazer-nos pensar. Deve fazer-nos mais críticos e mais rigorosos.

Fica como lição uma mistura de conclusões entre o “nem tudo o que luz é ouro” e “as aparências iludem”. Até quando as aparências nos iludem é a pergunta que fica. Até quando evi-tamos as perguntas incómodas? Até quando nos conformamos? Até quan-do queremos enganar-nos, no final, a nós próprios?

Ficam então os “vilões”. Ou os “vi-lões” à espera de confirmação que o sejam. Sejam “vilões” banqueiros se-jam “vilões” com maioria absoluta. Na verdade quem construiu esses “vilões” fomos nós ao recusarmo-nos a parti-cipar na construção de uma socieda-

de civil independente. Ao adotarmos uma visão redutora da cidadania.

Num Portugal com mais interven-ção dos cidadãos fica menos espaço e muito menos oportunidade para um qualquer “vilão” tomar conta do pe-daço. Pelo contrário, o Portugal dos pedidos, dos subsídios, das cunhas e dos amiguinhos é exatamente o cal-do de cultura para a afirmação dos “vilões”.

Se cada um de nós aspirar a ser um pequeno “vilãozinho” com um mes-quinho privilégio e uma qualquer me-nor vantagem, como é que podemos criticar os verdadeiros “vilões”? Po-demos mas não devemos. Podemos mas não estamos a ser coerentes. Po-demos mas é “conversa de café”. Aque-le falar para não dizer nada.

Associações, coletividades, proje-tos comuns (e quantas vezes uma em-presa não é também um projeto co-mum?) precisam-se.

A ideia de que há sempre um novo “Dom Sebastião” a surgir é o prenún-cio de novos “vilões”. Livres para atuar na ausência do pensamento e da ação independente. Cada novo discurso carregado de novidades é afinal um repositório de velharias. Cada novo discurso mais ou menos exaltado é a confirmação de que repetiremos tudo outra vez.

A resposta está nos cidadãos. Não nos “líderes”. A construção de uma so-ciedade nunca foi um somatório de atos individuais. Antes o consenso do que é preciso fazer. Fazer e não falar. Construir e não complicar.

Portugal é afinal uma coletivida-de. Precisa de mais sócios. De mais só-cios que trabalhem e que contribuam. De mais sócios que se esforcem mes-mo quando isso não é propriamente uma alegria.

Porque, como qualquer coletivi-dade, Portugal é dos seus cidadãos (só-cios).

O novo, o mau e o vilão

Jorge Humberto SilvaTurismo Semmais

A chuva continua a cair lá fora, o frio permanece implacável e o vento mostra toda a sua

impiedade e eu, cá dentro, sentado no pequeno sofá que se encosta à janela do escritório, com as nume-rosas almofadas castanhas e a mesa de apoio mesmo ao meu lado, com uma chávena de café quente pousada, observo a rua.

Sim, observo a rua, mas é como se não o fizesse. Na realidade, talvez a vislumbre, mas hoje sinto que ob-servar e esperar são sinónimos. Creio que estou à espera... Creio que olho como quem aguarda e, às vezes, creio que nunca estou desperto para o mun-do, creio que estou constantemen-

te à espera e que há qualquer coisa em mim que se alimenta de uma qual-quer ilusão ridiculamente confortá-vel, passiva, alastrante e intemporal.

Com certeza que quem espe-ro deve estar a chegar, já estou à espera há algumas horas, ou dias, para ser sincero, ou, talvez, até, há anos, não sei, já perdi a conta, mas sei que o céu está totalmente cin-zento e vazio, que chove desco-munalmente, que as árvores res-sentem cada sopro do vento e que não se vê ninguém na rua - pude-ra, ninguém se lembra de sair de casa com este temporal à porta...

Sim, talvez seja isso! Ninguém sai de casa com este tempo, por isso

é que ainda estou à espera, por isso é que ninguém apareceu ainda, quan-do a tempestade amainar, a espera vai acabar, estou certo...

Peguei na chávena – o café es-tava, já, gelado e, de repente, lem-brei-me:

— Claro! Já não sabe onde moro!Levantei-me desesperadamen-

te, vesti o primeiro casaco que en-contrei, corri até à porta e saí de casa,

continuando a correr até ao portão. Parei e olhei para um lado e para o outro - não se avistava ninguém, mas, talvez se permanecesse ali, fosse mais fácil encontrar-me, talvez me visse ao longe e viesse ter comigo. Sim, de certeza que é isso que vai acontecer.

Passaram minutos, horas, e eu já estava totalmente encharcado, a tremer de frio, quando vejo o meu filho a correr para mim, a passos pequenos, típicos de um rapazi-nho de 6 anos:

— Pai, sai daqui! Ficas doente! Es-peras pelo avô dentro de casa.

E, então, apercebi-me: — É claro! Estou à espera do avô!

– quase gritei, olhando-o nos olhos.A tempestade, intensificou-se

e o meu filho voltou a correr para casa, dizendo-me para ir também,

mas não fui, permaneci ali, já sabia quem esperava!

E eis que meia hora depois um carro velho estaciona mesmo em frente ao portão da minha casa – es-bocei um sorriso enorme e fui ao en-contro dele. Um homem sai do car-ro e olha-me:

— Então, mas o que raio fazes tu aqui, todo encharcado, homem! Essa cabeça não anda boa, não... – ele abanou a cabeça, suspirou e to-cou-me nas costas, empurrando--me levemente, para que cami-nhássemos juntos para casa.

Era o meu sogro. O meu sorri-so esmoreceu e caí em mim – cla-ro, o meu filho só tem um avô.

Olhei uma última vez para a o céu cinzento, entrei em casa e fe-chei a porta atrás de mim

Margarida NietoEstudante

Uma Qualquer Ilusão

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SÃO CADA VEZ mais as pessoas que têm diabetes, nomeadamente diabe-tes tipo 2, que se caracteriza por sen-sibilidade insulínica diminuída. Os es-pecialistas associam baixos níveis de crómio à resistência à insulina, e os es-tudos confirmam que a suplementa-ção com levedura de crómio orgânico pode prevenir o aparecimento da dia-betes e até ajudar os diabéticos, já diag-nosticados, a controlar a sua doença.

O que é o crómio? O crómio é um nutriente necessário para estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Encontra-se presente em pequenas quantidades na nossa ali-mentação. A recomendação diária varia de país para país, mas afirma--se estar no intervalo de 50-200 mi-crogramas. Obtemos crómio atra-vés das especiarias, carne, determi-nados vegetais e queijo.

Melhora o controlo da glucoseUm estudo checo, publicado no ano passado, investigou o efeito da leve-dura de crómio (ChromoPrecise) nos

marcadores da diabetes, tais como gli-cemia em jejum, hemoglobina glico-sada (HbA1c) e lípidos séricos, em doen-tes com diabetes tipo 2. 100 microgra-mas de levedura de crómio tomados diariamente, durante oito semanas, fi-zeram baixar significativamente a gli-cemia em jejum e a HbA1c, o que indi-ca que o controlo da glucose e a sen-sibilidade insulínica melhoraram. Pelo contrário, os níveis de glicemia em je-jum e da HbA1c voltaram aos valores anteriores à toma da suplementação após oito semanas sem tomar crómio.

Confirmado por outros estudosOs investigadores, baseados nas suas observações, concluíram que a suple-mentação de crómio pode ser benéfi-ca em doentes com diabetes tipo 2, que, em consequência de uma melhor res-posta insulínica, podem melhorar o controlo da glucose. Há outros estu-dos que confirmaram resultados se-melhantes, e também parece haver si-nais de que a suplementação de cró-mio pode baixar os níveis de triglicé-ridos, na medida em que o crómio aju-

da o organismo a metabolizar os ma-cronutrientes, como gorduras (lípidos), e a transformá-los em energia.

Ajuda a insulinaO crómio actua com a insulina para ajudar a levar a glucose da corrente sanguínea para as células, onde a glu-cose constitui uma fonte de energia im-portante. O crómio, juntamente com vários aminoácidos, forma uma mo-lécula, chamada cromodulina, que “abre” a célula e, com isso, ajuda a in-sulina a transportar mais glucose para dentro da célula. Por outras palavras, o crómio ajuda as células a responde-rem mais rapidamente à acção da in-sulina, e é precisamente isto que au-menta a utilização da glucose.

Fonte: Biol Trace Elem Res. 2013 Oct; 155(1): 1-4.

O efeito da levedura de crómio enrique-cido nos níveis de glicemia em jejum, he-moglobina glicosada e lípidos séricos, em doentes com diabetes mellitus tipo 2 tra-tados com insulina.Racek J1, Sindberg CD, Moesgaard S, Mainz J, Fabry J, Müller L, Rácová K.

Crómio - O nutriente que pode ajudar a prevenir a diabetesA investigação demonstrou que a suplementação com crómio orgânico pode melhorar os marcadores de sensibilidade insulínica diminuída, e, deste modo, ajudar a prevenir a diabetes.

Levedura de crómio – Maior absorçãoAo adquirir um suplemento de crómio é importante optar por um que seja facilmente absorvido no corpo. A forma com maior absorção é a levedura de crómio orgânico: Chromo-Precise. Estudos mostram que a levedura de crómio orgâni-co ChromoPrecise tem uma absorção 10 vezes superior do que outras fontes sintéticas de crómio, tais como o picolina-to de crómio e o cloreto de crómio. ChromoPrecise é a única levedura de crómio orgânico, na EU, para controlar o açúcar no sangue. A biodisponibilidade e a segurança, comprova-das, desta fonte de crómio são reconhecidas pela EFSA (Au-toridade Europeia para a Segurança Alimentar).

Neste tempo de Natal, em que mesmo os corações empe-dernidos se adoçam, em que

somos mais propícios à reflexão e ao balanço das nossas vidas, devemos, igualmente, olhar em redor e deixar entrar uma lufada de solidariedade, sentimento que nos é requerido pelos mais sofrem.

Se não formos capazes desta ati-tude altruísta, por demais concen-trados nos nossos problemas, nas nossas dificuldades, atentemos, ao menos, às campainhas que preten-dem despertar-nos a atenção para os males maiores que vão atingin-do os mais desprotegidos, os que mais sofrem nestes tempos de aus-teridade, de fome e miséria.

Por estes dias teve lugar uma ini-ciativa que juntou a RTP/RDP, a Câ-mara Municipal de Lisboa e a Cári-tas, visando recolher fundos para obs-

tar à pobreza infantil, que os tempos de crise fizeram alcançar proporções alarmante. Refiro-me à campanha denominada “Toca a Todos” que, em consonância com o nome, pretende um envolvimento mais alargado de todos os portugueses. E bem se jus-tifica, pois as causas que a determi-nam já fazem eco noutras instâncias internacionais, que pretendem cha-mar a atenção dos nossos governan-tes para a situação diagnosticada e que merece extrema preocupação.

Recentemente, o Comité dos Di-reitos Económicos, Sociais e Cultu-rais das Nações Unidas considerou que Portugal deve aumentar o salá-rio mínimo nacional, alinhando-o com a evolução do custo de vida, e alargar os potenciais beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Num dos seus relatórios con-tinua “a mostrar preocupação que

o salário mínimo não seja suficien-te para dar aos trabalhadores e às suas famílias uma vida decente”, re-comendando que “o mesmo seja re-visto e ajustado em linha com o cus-to de vida”. Mesmo elogiando a de-cisão do Estado de aumentar o sa-lário mínimo de 485 para 505 euros em outubro, depois de ter sido con-gelado desde 2011, refere que “o au-mento da proporção de emprega-dos que recebem o salário mínimo, passou de 5,5% em abril de 2007, para 12% em Outubro de 2013.”

Este órgão criado pelo Conse-lho Económico e Social das Nações Unidas, composto por 18 peritos in-dependentes, recomenda, igualmen-te, na parte que analisa os direitos

laborais, no âmbito do direito ao em-prego, que se dê atenção aos “bene-fícios usados no “Indexante de Apoios Sociais”, congelado nos últimos anos como parte das medidas de auste-ridade, bem como o montante mí-nimo do subsídio de doença, os quais não são suficientes para dar aos be-neficiários e às suas famílias, um ní-vel de vida decente, afetando em par-ticular os grupos e pessoas mais des-favorecidos, não lhes garantindo uma subsistência mínima.”

Assim, a ONU, depois de lem-brar que a taxa de pobreza atingiu 18,7% em 2012, o nível mais elevado desde 2005, sublinha a sua preocu-pação com os “altos níveis de desi-gualdade no rendimento” e reco-menda a Portugal que “fortaleça os esforços para combater a pobreza”, nomeadamente combatendo as fa-lhas na cobertura da proteção social e a adequação dos subsídios, garan-tindo que o sistema de segurança social incida efetivamente sobre os

que estão em alto risco de pobreza.Bem fizeram as entidades, que

estiveram na base da campanha “Toca a Todos”, em eleger como principal preocupação a pobreza infantil, pois sabendo-a ser uma consequência da pobreza que atinge um número crescente de famílias, é aquela que nos deve merecer particular aten-ção, mais que não seja, porque se está a por em risco o futuro do país.

O aumento da pobreza infantil em Portugal é dramático. Cerca de um quarto das crianças e jovens está em risco de pobreza, com o aumen-to deste fenómeno nas famílias com dois ou mais filhos ou nas famílias monoparentais. Neste tempo de Na-tal, em que à mesa da consoada tan-tos lembrarão os seus, forçados a emigrar do país, que vai ficando sem a sua riqueza, daqueles que são da geração mais bem preparada, faça-mos da solidariedade lema e atitu-de de ajudar os que sofrem tomados pela sua pobreza.

José António ContradançasGestor

Toca a todos

Certamente já reparou que, quando ouvimos reporta-gens, principalmente em

directo, nas nossas televisões - e também nas rádios, embora nestes meios de comunicação, por não exigirem tanta atenção, tal passe mais despercebido - a palavra “aqui” aparece dita e repe-tida vezes sem conta.

O “fenómeno” é também par-tilhado pelos apresentadores dos programas da manhã e da tarde,

que não sendo jornalistas se ser-vem do eventual sucesso para mostrar vida e ritmo.

Quantas vezes ouvimos es-tes protagonistas dizerem que “temos aqui connosco…” como se aqui já não dispensasse o pro-nome.

E quantas vezes não ouvimos alguém contestar certas decisões ou irregularidades, afirmando que “isto só acontece aqui”, esquecen-do-se de que raramente saem do

seu bairro e, do Mundo pouco ou nada sabem e, como tal a bitola de avaliação e comparação é, for-çosamente, muito limitada.

Curiosamente, quando mui-tos protagonistas com responsa-bilidade política ou não, se diri-gem às massas, o vocabulário é mais cuidado, quase sempre re-digido por assessores, e estes lap-sos da repetição estão acautela-dos, mesmo que não se perceba tão bem o que querem dizer-nos.

E, nestes casos, é frequente que no dia seguinte, surja um co-municado a “esclarecer que não era bem aquilo que fulano que-ria destacar”.

Ao iniciar esta crónica, tínha-mos como objectivo grafar o maior número possível da palavra “aqui” mas, confessamos que nos sen-timos frustrados pois, mesmo contando com o título, não con-seguimos mais do que fazê-lo seis vezes.

Jorge SantosColaborador

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Foi o próprio presidente do Governo Regional da Extremadura espa-

nhola que deixou o apelo em declarações ao Semmais. José António Monago alertou que o porto de Sines é «essen-cial para que a península de Setúbal, Extremadura e Alentejo abram portas ao Mundo». Uma visão estra-tégica que, segundo disse, que «deve ser entendida por

Portugal, Espanha e União Europeia», traduzindo-se na concretização da linha férrea entre Sines e Badajoz, permitindo que o sector dos transportes de mercadorias prospere.

«O nosso projeto visa in-cluir os portos portugueses – Sines, Setúbal e Lisboa - numa estratégia logística em Badajoz, porque todos vamos ganhar com isso”, as-segurou Monago, acrescen-tando ser hoje fundamen-tal pensar esta zona da Eu-

ropa sem fronteiras. «As fí-sicas já caíram, mas é im-portante que caiam também as fronteiras mentais e que haja uma postura de since-ridade, num mundo compe-titivo como aqueles que te-mos hoje», referiu o líder do Governo da Ex-tremadura.

José António Monago recor-dou que, sobre-tudo o Alentejo e a Extre-madura, mas também al-guns municípios do distri-to de Setúbal são regiões des-favorecidas na União Euro-peia. «Sofremos de proble-mas que não afetam outras zonas da Europa e precisa-mos de reunir condições para crescer», sublinhou, reiterando ser “fundamen-

tal que haja essa linha fér-rea eletrificada, para dar-mos o salto que tanto pre-cisamos nos dois territórios do Sul da Europa, que per-mitirá desenvolver sectores como o agroalimentar e agroindústria”.

No horizonte ex-tremenho está o fac-to do porto de Sines ter uma projeção com América que

«deixa antever um grande futuro», insistiu Monago, ad-mitindo que «dizer isto as-sim até pode incomodar os portos espanhóis, mas a ver-dade é que se trata do porto mais próximo e que quere-mos aproveitar», resumiu.

Declarações que colhem os aplausos da Administra-ção do Porto de Sines, que

tenta alcançar o mesmo ob-jetivo. O presidente João Franco apontou como meta o crescimento do mercado interno, designadamente com a ligação a Madrid. «E para isso, a plataforma de Badajoz é essencial e tam-bém uma melhor ligação de caminho-de-ferro para o in-cremento dos negócios que já existem».

Recorde-se que o Gover-no já aprovou o investimen-to da linha férrea entre Si-nes e Caia, estando agora o projeto em fase de prepa-ração para candidatura a fundos comunitários. 2015 ambiciona ser o ano do ar-ranque das obras.

Declarações que surgem depois de Badajoz ter anun-ciado oficialmente a cons-

trução da Plataforma Logís-tica do Sudoeste Ibérico, mesmo sem esperar por Por-tugal para concretizar o pro-jeto que tinha sido aprova-do na Cimeira Ibérica rea-lizada em Zamora, em Ja-neiro de 2009. O acordo pre-vê a construção de uma es-tação internacional de alta velocidade de Elvas – Ba-dajoz, localizada na zona do

Governador espanhol, António Monago, diz ao Semmais que «todos a ganhar»

O governo regional da Extremadura espanhola quer contar com os portos de Sines e de Setúbal na sua estratégia logística e isso passa pela linha ferroviária. Os nossos aplaudem.

Roberto Dores Sines, aplaude declarações e diz projeto é essencial

Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sinese Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz

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Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com 5

Capacidade do porto sadino para contentores é su�ciente para 20 anosA CAPACIDADE do porto de Setúbal para contento-res é suficiente para os pró-ximos 20 anos e deverá ser esgotada primeiro, é a po-sição defendida pela Comu-nidade Portuária de Setúbal (CPS) e apresentada duran-te a conferência “Porto de Setúbal – A resposta ime-diata – Uma estratégia por-tuária coerente”, que decor-reu a 4 de dezembro, no Fó-rum Luísa Todi.

A ideia de que Setúbal apresenta todas as condições para complementar a ofer-ta existente e, assim, respon-

der ao desafio do Governo de aumentar o movimento de contentores, em portos nacionais, de 2,2 milhões para 6,5 milhões, até 2020, sem qualquer investimento adi-cional, foi uma das ideias de-batidas durante a sessão.

O estudo apresentado por José Felício, presiden-te do Centro de Estudos de Gestão do ISEG, revela que o transporte de carga para a margem norte do Tejo é mais rápido se for feito a partir de Setúbal, do que a partir da Trafaria ou do Bar-reiro.

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Mortes por cancro no distrito mais do que duplicaram nos últimos 30 anosO NÚMERO de mortes por cancro não pára de aumen-tar no distrito de Setúbal, apro-ximando-se aos valores dita-dos pelas doenças do apare-lho circulatório, que conti-nuam a ser as mais mortífe-ras na região, com um total de 2662 óbitos. Porém, entre os 13 concelhos, 2155 habitan-tes morreram vítimas de tu-mores malignos em 2012, se-gundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatís-tica (INE), o que traduz um au-mento de 1193 pessoas face aos 962 falecimentos regis-tados em 1981.

O cancro nos intestinos é o que regista a maior taxa de mortalidade na região, che-gando a provocar a morte a uma média anual superior às 500 pessoas. Ainda assim, os especialistas alertam que o cancro do intestino pode ser prevenido através de detec-ção antecipada. «Para isso é necessário que todas as pes-

soas com mais de 50 anos co-mecem a fazer o rastreio, em-bora os indivíduos que tenham familiares directos atingidos por este tipo de cancro devam começar o rastreio mais cedo», segundo Leopoldo de Matos, gastroenterologista.

A doença aparece, em 90% dos casos, em pessoas acima dos 60 anos, pelo que os es-pecialistas alertam para que o rastreio comece logo aos 50, uma vez que nessa altura a le-são ainda será benigna e fa-

cilmente curável. «Porém, se nada for feito, essa mesma le-são vai passar a maligna em dez anos», diz o mesmo espe-cialista.

Por concelhos, todos eles seguiram a tendência cres-cente. Almada contabilizou 493 mortes por tumores ma-lignos em 2012, quando em 1981 o registo era de 198 óbi-tos, enquanto Setúbal lamen-tou há dois anos 347 vítimas da patologia, quando há 33 anos os dados oficiais indica-

vam 168.Já o Seixal somou 317

morte em 2012 contra as 92 de 1981, Alcochete (51 – 17), Barreiro (221-114), Moita (146–102), Montijo (97-57), Palme-la (168-63) e Sesimbra (100-28). O Litoral Alentejo con-tabilizou 292 falecimentos atribuídos aos tumores ma-lignos em 2012, depois dos 133 de 1981: Alcácer do Sal (53-37), Grândola (38-27), Santiago do Cacém (90-49) e Sines (34-20).

rio Caia, na fronteira dos dois países, e uma estação de mer-cadorias, localizada no lado português, incluindo plata-formas de vias, instalações para carga e descarga, aces-sos rodoviários e estaciona-mento para pesados.

A Plataforma Logística do Sudoeste Europeu vai fi-car localizada em Badajoz, junto à fronteira do Caia, ocu-

pará uma área de 60 hecta-res e terá uma capacidade mínima de carga e descar-ga diária de 16500 tonela-das, após a conclusão da pri-meira fase. A plataforma será servida por um terminal ro-doferroviário que terá capa-cidade para operar 11 com-boios por dia com compri-mento de 700 metros e 1.500 toneladas de carga.

Espanhóis juntam portos de Setúbal, Sinese Lisboa para pedirem linha férrea até Badajoz

Bon�m e casa de Fernando Oliveira assaltadosBOLAS, chuteiras, reló-gios e cronómetros per-tencentes à equipa técni-ca liderada por Domingos Paciência foram rouba-dos no passado fim-de--semana por assaltantes que invadiram o Estádio do Bonfim, em Setúbal. De modo a recolher provas que ajudem a resolver o

crime, já esteve no recin-to do V. Setúbal a Polícia Judiciária.

Os criminosos conse-guiram aceder aos corre-dores que dão acesso aos balneários. Apesar de es-tar ainda em processo de investigação, suspeita-se que o assalto terá ocorri-do na madrugada de do-

mingo, poucas horas de-pois de a equipa sénior de futebol ter regressado ao local após a derrota, por 1-0, no estádio do Estoril.

Entretanto, na madru-gada de terça-feira, a casa do presidente Fernando Oli-veira, junto ao campo de Gol-fe do Montado, foi também assaltada, tendo sido furta-

do um jipe BMW X5. Os la-drões terão tido a tarefa fa-cilitada, uma vez que encon-traram a chave na ignição da viatura. À hora do rou-bo, Fernando Oliveira en-contrava-se em casa com mais 5 pessoas, que não se aperceberam dos intrusos. Foi feita queixa na GNR de Palmela.

Coração lidera preocupaçõesQuanto as outras causas de morte no distrito, as doen-ças relacionadas com o coração continuam na frente das preocupações, mantendo uma tendência crescen-te ao logo dos 30 anos em análise, passando de 1801 óbitos para 2347.

Já os acidentes, envenenamentos e suicídios provo-caram 274 óbitos, diabetes 346, doenças do aparelho res-piratório 833 e aparelho digestivo 299 e 105 suicídio.

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ATUAL

6 Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Já aqui vos falei deste tema, mas nunca é demais chamar a atenção da população para

uma situação que porventura não se estejam a aperceber e que estejam a ser desinformados.

A Câmara Municipal do Sei-xal apresenta-nos quinzenalmen-te um Boletim de Propaganda Po-lítica, sob a capa institucional a que pomposamente chamam de Boletim Municipal.

A oposição, desde tempos imemoriais que tem apontado o dedo à falta de democraticidade desse instrumento de divulgação política e a própria ERC sempre se tem pronunciado contra a for-ma como o documento é apre-sentado, mas para os executivos comunistas que têm gerido os nossos destinos, isso não interes-sa nada e não mudam uma vír-gula da sua política editorial.

Têm sido frequentes as des-crições das Assembleias Muni-cipais, assim como das Reuniões de Câmara, fazerem apenas men-ção das posições promovidas pela maioria, sem respeito pela posi-ção (ou posições) dos represen-tantes da oposição.

Neste mandato tenho-me in-surgido particularmente com uma prática recente: o partido da maio-ria na Câmara (CDU) tem apre-sentado em quase todas as Reu-niões de Câmara uma ou mais “Tomadas de Posição”, em nome do executivo, relativamente a di-versos assuntos.

Sendo que juridicamente bas-ta uma maioria para aprovar a subscrição dessas tomadas de po-sição, as mesmas estão automa-ticamente aprovadas com o voto dos seus proponentes, pois como sabem eles têm maioria, mas por vezes chegamos a consensos em nome dos superiores interesses

municipais e, não raras vezes, te-nho acompanhado essas toma-das de posição, inclusive contra o Governo PSD/CDS-PP.

O que comecei a não gostar foi o facto de ver essas tomadas de posição publicadas no Bole-tim Municipal, sem qualquer men-ção especial às advertências ou alterações sugeridas pelos diver-sos partidos, nomeadamente por mim, englobando-me nas situa-ções globais, como se eu concor-dasse com elas integralmente, o que não era verdade e eu tinha dei-xado isso bem expresso.

Por isso deixei de subscrever “Tomadas de Posição”, mesmo que com elas concordasse. Fi-lo por uma questão de princípio e por convicção pessoal.

Mesmo assim, não quero ter-minar esta crónica sem vos ex-plicar que as Tomadas de Posi-ção” continuam a aparecer no Bo-letim Municipal, como documen-tos aprovados na Câmara, sem o cuidado e o respeito institucio-nal de mencionarem quais os ve-readores, ou partidos que não as acompanham. Escudam-se na questão legal de bastar a amio-ria para as mesmas serem apro-vadas, esquecendo-se que do pon-to de vista ético isso é muito feio e é uma forma de subverter a ver-dade dos factos.

Assim vai a nossa democra-cia, num concelho que se diz de Abril.

Paulo Edson CunhaVereador PSD/Seixal

CRÓNICA UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dois de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 89 livro 274- A, de escrituras diversas, na qual: Adelaide de Oliveira Saramago, viúva, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4138, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 136249868, Hélder Saramago Ferreira, solteiro, maior, residente na Avenida Alexandre Herculano,nº55, 3º Direito, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 139430245 e Donatila do Carmo Saramago Ferreira, solteira, maior, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 192307878, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de horta e árvores de fruto, sito na Palhota, freguesia do Pinhal Novo, concelho de Palmela, com a área de quatro mil e doze metros quadrados, que confronta a Norte com António da Silva Marques, a Sul com Herdeiros de José Fernandes Branco, a Nascente com Rua da Escola da Palhota, e a Poente com Constantino Fernandes dos Santos, inscrito na matriz sob parte do artigo 54 da Secção J, da freguesia do Pinhal Novo, o qual proveio da matriz rústica 2166, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número treze mil setecentos e vinte e nove, da mencionada freguesia da Palmela.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 02 de Dezembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada com o número 1888

Pesca à sardinha pode recomeçar só em marçoAS EMBARCAÇÕEs que se de-dicam à pesca da sardinha po-dem prolongar a paragem da apanha até ao mês de março, mais dois meses do que esta-va inicialmente previsto.

A apanha da sardinha está suspensa desde dia 19 de se-tembro, por não estarem a ser cumpridos os mínimos do cha-mado princípio um do Padrão de Normas do MSC – o Estado da Unidade Populacional de Peixes, um princípio que exi-ge que a atividade pesqueira se encontre a um nível de susten-tabilidade para as populações da espécie. A suspensão que se previa até final do ano pode ser prolongada até ao início de mar-ço, uma vez que não deverá ha-ver uma alteração substantiva da quota de pesca e assim, os armadores pretendem aprovei-tar a captura numa época em que a sar-dinha é mais lucrativa.

A quota nacional deste ano não deverá ir além das 14 mil toneladas, valores muito lon-ge das 57 mil toneladas captu-

radas em 2011, o que demons-tra a queda a pique.

Na região de Setúbal, regis-tadas na Sesibal, existem ca-

torze embarcações que se dedicam à pesca do cerco e que empregam perto de duas cente-nas e meia de homens.

Para além da sardinha, estes barcos dedicam-se à apanha de cavala e carapau manteiga, duas espécies cuja rentabilidade é bastante inferior.

Este ano, a frota do cerco re-cebeu apoios devido à paragem biológica imposta à captura de sardinha – 20 euros por dia para os pescadores e 24 euros para a mestrança –, mas não existe qual-quer garantia do Governo de que sejam disponibilizados apoios no próximo ano, o que poderá levar a que algumas associações de pescadores e armadores op-tem por recomeçar a pescar an-tes de março, logo que a suspen-são seja levantada.

A interdição estava prevista até �nal deste mês

DR

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dois de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 92 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Luísa Miranda Ferreira que também usa, Luíza Miranda Ferreira viúva, residente na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número 139553444 e Maria Isilda Ferreira Branco Lopes casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Augusto Lopes Fajardo, residentes na Rua da Escola da Palhota, CCI 4137, Pinhal Novo em Palmela, contribuinte número, justificaram a posse, em comum e sem determinação de parte ou de direito, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto de horta e árvores de fruto, sito na Palhota, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, com a área de quatro mil de doze metros quadrados, que confronta a Norte com Herdeiros de António Miranda Ferreira, a Sul com Herdeiros de Augusto Marques Balseiro, a Nascente com Rua da Escola da Palhota, e a Poente com Constantino Fernandes dos Santos, inscrito na matriz sob parte do artigo 54 da Secção J, da freguesia do Pinhal Novo, o qual proveio da matriz rústica 2166, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número treze mil setecentos e vinte e nove, da mencionada freguesia de Palmela.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D em Setúbal, 02 de Dezembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1889

A Câmara de Setúbal, em parceria com a em-presa Augusto Mateus & Associados está a desenvolver um Plano Estratégico de Desen-volvimento Setúbal 2020, cuja fase tem vin-do a contar com diversas personalidades e agentes locais. Esta semana decorreram três workshops, nos quais se procuraram reco-lheram, em debates, ideias, pistas e pontos críticos sobre três áreas distintas: “Compe-titividade e Internacionalização”; “Cultura, Criatividade e Desenvolvimento Urbano e Territorial” e “Atividade Turística”.

Setúbal debate Plano Estratégico de Desenvolvimento

Incumprimento do padrão de normas ditou interdição

Page 7: Semmais 13 Dezembro 2014

Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com 7

LOCAL

Grândola com atividades natalícias para todos

Sesimbra promove mel de qualidade

O MUNICÍPIO está a promover du-rante este mês, atividades rechea-das de solidariedade e espírito na-talício. Animação de rua, cinema, gastronomia, mercadinho, exposi-ções e concertos de servem para as-sinalar o Natal.

Uma Feira de Natal Solidária e um Presépio Vivo, um Desfile do Pai Natal, Mãe Natal e Duendes, um pas-seio do Pai Natal em bicicleta e um conjunto de Concertos de Natal pe-las freguesias do concelho são algu-mas das atividades programadas para assinalar o “Natal em Grândo-la”.

O MERCADO municipal de Quinta do Conde recebe, de 13 a 21, a 7.ª Cond’Mel, que volta a contar com produtores apícolas, alguns dos quais do concelho. Vai haver mel, cera, propólis e os favos. Divulgar a api-cultura e os seus derivados são as metas do certame organizado pela Associação de Apicultores da Pe-nínsula de Setúbal.

DR

Produtores divulgam produtos

Seixal abre concurso para 31 cantoneiros de limpeza

ESTÁ a decorrer, até dia 15, o concurso para o recrutamen-to de 31 postos de cantonei-ros de limpeza. Podem can-didatar-se trabalhadores com relação jurídica de emprego público na modalidade de con-trato de trabalho em funções públicas por tempo indeter-minado, bem como trabalha-dores com relação jurídica de emprego público por tempo determinado ou determiná-vel ou sem relação jurídica de emprego público previamen-te estabelecida.

O EXECUTIVO aprovou parecer negativo ao projeto de Decreto-lei que visa a criação do Sistema Mul-timunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, por agregação de 8 siste-mas multimunicipais, entre os quais o da Simarsul, que o município in-tegra. Esta posição foi aprovada por maioria, com a abstenção do verea-dor Vasco Pinto (PP). Assim, o município manifesta “a sua total recusa em aderir e integrar o pro-posto Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamen-to de Lisboa e Vale do Tejo” e “exige a manutenção do atual SMM de Águas Residuais da Península e da respeti-va sociedade gestora, a Simarsul”. O executivo “exige que se tenha em conta o papel determinante dos

municípios em todo o processo de reestruturação do sector da água” e “reitera a sua firme de determi-nação de desenvolver todas as ações ao seu alcance para impe-

dir a concretização da presente proposta de Decreto-Lei, na defe-sa intransigente das populações, do serviço público de água e na autonomia do Poder Local”.

D. R

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Alcochete rejeita novo sistema municipal de água e saneamento

Palmela debate agricultura familiar O MUNICÍPIO e a Associação dos Agricultores promovem, dia 20, das 10 às 13 horas, no Poceirão, o deba-te “Agricultura Familiar, contribu-to para um sistema alimentar sus-tentável e para um mundo rural vivo”.

A iniciativa integra a mesa redonda “Agricultura Familiar, presente e fu-turo!”, com a participação da Con-federação Nacional da Agricultura, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal.

71 pessoas com melhor habitação

Montijo entrega chaves de habitação O MUNICÍPIO entregou, dia 11, as chaves de 15 casas sociais a famí-lias, no âmbito da sua política de solidariedade e de combate à po-breza e exclusão social.As casas de tipologias T1, T2 e T3 localizados nos bairros da Canei-ra, do Esteval e do Afonsoeiro, sig-nificam um apoio a 15 famílias, num total de 71 pessoas que passam, as-sim, a ter habitação condigna.

Município exige que se tenha em conta o papel determinante das câmaras

Petrogal apoia associativismo de Sines A PETROGAL, o município e 30 entidades assinaram, no dia 10, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração relativos a 2014, no montante total de 300 mil euros destinado ao reforço das ativida-des das coletividades e institui-ções culturais, desportivas e soli-dariedade social.Na cerimónia, o edil Nuno Mas-carenhas agradeceu os apoios e disse esperar que a parceria se mantenha, para benefício do mo-vimento associativo e da autar-quia. Apelou à refinaria para que, em 2015, seja possível assinar os protocolos até final do primei-ro trimestre do ano de modo a que as instituições possam ace-der mais cedo aos valores atri-buídos.

Melhores empadas de Lisboa são feitas em Alcácer UMA ‘PROVA-CEGA’ promovida pela revista “Time Out” concluiu que as empadas do café “O Cocho” são as melhores de Lisboa de entre um conjunto de sete empadas.Casimiro Jerónimo, pasteleiro e dono de um café em Alcácer do Sal, é o autor deste petisco e mostra-se bastante satisfeito com a distinção. «Estou feliz por reconhecerem as minhas empadas, que chegaram a Lisboa através de uns amigos», ex-plica Casimiro.O cozinheiro diz que não existem grandes segredos, sendo que «onde podem existir diferenças é nos pro-dutos utilizados para o recheio», diz Casimiro Jerónimo, acrescentan-do que aposta no «frango do cam-po ou linguiça de porco preto».

Mercado de Natal em AlmadaA OFICINA de Cultura e a Praça S. João Baptista recebem de 17 a 21, mais um Mercado de Natal Amigo da Terra, onde há pren-das originais e muita animação. Um dos destaques é o lançamen-to do filme de animação “Papel

de Natal”, que junta marionetas e imagens reais rodadas em Al-mada, num filme inesquecível que passará em várias salas do país. A apresentação oficial é dia 21, às 17 horas, no teatro Joaquim Benite.

Moita avança para ampliaçãode escola básica O MUNICÍPIO aprovou na reunião do dia 3, o projeto de execução, bem como a abertura do concurso públi-co para a empreitada da “Amplia-ção da EB1/JI n.º 2 de Alhos Vedros, no Bairro Gouveia”, que engloba to-das as obras do edifício a construir, o tratamento dos espaços exterio-res, a demolição do pavilhão pré-fa-

bricado e remoção dos contentores, num investimento municipal que ronda 1 milhão de euros. Aquele edi-fício será composto por 5 salas des-tinadas ao 1.º ciclo do básico, sala de educação pré-escolar e espaço que irá funcionar como sala polivalen-te de refeições e para atividades co-muns ao 1.º ciclo e pré-escolar.

Setúbal recebe plantas da Portucel

O PARQUE urbano de Albarquel e a Av.ª Luísa Todi contam com mais de 1 700 novas plantas, uma oferta da empresa Portucel.

No parque foram plantados 560 espécimes, e a Av.ª Luísa Todi, recebeu 1 170 arbustos e herbáceas. A operação incluiu ainda a plantação de flores, o que

confere mais cor àquelas zonas.«É ao tratarmos dos espaços

verdes, seja por iniciativas como a que a Portucel agora teve, seja através do trabalho desenvol-vido pela Câmara, que se con-segue tornar o concelho atrati-vo», salientou Maria das Dores Meira.

Barreiro com atividades para os mais novos no Forum A iniciativa “Barreiro Rocks 4 Kids” realiza-se este sábado e domingo, no Forum Barreiro, para animar os mais novos. Com entrada gratuita, o evento arranca este ano, para, durante dois dias, promover atividades

em torno da música destinadas aos mais novos. Neste fim-de-semana, o Forum Barreiro receberá desde concer-tos para crianças, a workshops de construção de instrumentos. A entrada é livre.

Santiago quer posto médico de volta

CONTINUAR a lutar pela reaber-tura do posto médico de Deixa-o--Resto e pela criação no local de uma sala de refeições para os alunos da escola básica local foram as con-clusões da reunião que a Câmara e a Junta de Santo André realizaram com população. «Não obstante haver um espaço,

na escola, que serve de sala de re-feições, o mesmo é exíguo. Aqui, ainda que provisoriamente, tem condições diferentes», explica o presidente Álvaro Beijinha. “Vão realizar-se aqui obras e agrada--me bastante que a população co-labore e trabalhe de forma volun-tária», vinca.

Page 8: Semmais 13 Dezembro 2014

CULTURA

8 Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Maria Teresa Meireles

DICIONÁRIO ÍNTIMO

Terra, um dos quatro elementos ou «raízes do universo» (de acordo

com Empédocles).Terra: feminino e seco (mas-

culino e seco: o fogo; feminino e húmido: a água).

De acordo com Michel Pas-toureau: «Nas Imagens da Ida-de Média, a água é verde; o ar, azul; a terra, preta; o fogo, ver-melho». Terra: pó, poeira, areia, lama, argila.

Adão significa «terra verme-lha», barro ou argila de que fo-mos moldados.

«Terra» designa, simultanea-mente, o planeta que habitamos (Planeta Azul); o espaço que opo-mos ao ocupado pela água (continentes);o solo que pisamos; a camada superficial desse solo que cultivamos; o local onde nas-cemos - ser “da mesma terra”, conterrâneo (a naturalidade).

A Terra e a Água: a segunda dá-lhe a forma, molda-a, torna--a o que é.

O além-terra, o além-mar – a terra e a conquista. Chama-mentos vários.

Nos contos/imaginário tra-dicional, a terra é o princípio e o fim de tudo: «No princípio do mundo, quando o homem cava-va a terra, esta abria bocas e gri-tava. O homem queixou-se ao Senhor, e o Senhor disse à Terra: «Cala-te, que tudo criarás e tudo comerás». A expressão «com es-tes olhos que a terra há-de co-mer», sublinha a ideia da terra--ogre e a sua circularidade está também presente na adivinha: «Tive princípio, / mas não sei se terei fim. / Tudo crio / e tudo abra-ço no meu seio». Terra, o Tem-po cíclico nesta quadra popular: «Eu sou devedor à terra / A ter-ra me está devendo / A terra me paga em vida / E eu pago à terra em morrendo». Terra, enterrar, soterrar, «ser pó e ao pó voltar», reabsorção, devolução. Paz?

Terra: solidez, segurança, materialização. Mãe Natureza. Terra-Mãe: o Mineral – o ven-tre da terra é prenhe, germina. O elemento terra é essencial-mente entendido como rique-za e fortuna, seja ela a sorte que se espera obter quando se toma a resolução de «correr mundo» ou os tesouros escondidos em minas, grutas e subterrâneos.

Terra, terreno, terreiro, ter-ritório, demarcações – lugar de conflito, partilhas e heranças; luta e litígio; delimitações, sebes,

muros e fronteiras - a terra e a posse. Os «sem-terra». «Terra de ninguém» e a «terra dos filhos d’algo». Feudos e latifúndios. A terra a perder de vista. A terra conquistada palmo-a-palmo. Conquistar terras, «ganhar ter-reno», perder-se. «Buy earth, it is no longer produced», acon-selhava Mark Twain.

Terra: «agros», agricultura; «geo», geografia; «tellus», telú-rico; «húmus», humildade.

A terra é o elemento mais «tra-balhado» pelo homem, daí os pro-vérbios «Sol de Deus e sombra do dono fazem medrar a semen-teira» ou «Mata a sede à terra, que ela te matará a fome». Boa terra para a agricultura, várzeas e cam-pos de sementeiras. «Terra ne-gra dá bom pão», diz o adagiário popular. A terra é o pão.

Paraíso, Éden, a «Terra Pro-metida, fértil, onde escorre o lei-te e o mel» - abundância.

«Terra do Nunca», nenhu-res; Utopia: «o não-lugar».

Terra: o alto e o baixo – a montanha e o poço; a torre e o alçapão; o sótão e a cave – es-paços e símbolos; diferentes sen-tidos. Terra agreste, seca e esté-ril. Desertos. Areia.

O cheiro da terra. O fabulo-so e intenso cheiro «a terra mo-lhada», aquele cheiro que fica depois das grandes chuvadas. As mãos na terra: enterrar os de-dos nela, semear.

A terra mede a nossa dimen-são humana a cada grão: avalia a tentativa de logro («atirar areia aos olhos»); a dimensão do erro («erros de médico, a terra os co-bre»); a vulgaridade («ser terra--a-terra»), a invulgaridade («em terra de cegos, quem tem um olho é rei»); o desejado equilíbrio («nem tanto à terra, nem tanto ao mar»); as dificuldades de uma vida («co-mer o pão que o diabo amassou»), a sua banal conclusão («sob sete palmos de terra»).

«Viagem ao Centro da Ter-ra», de Júlio Verne; «A Voz da Ter-ra», de Miguel Real; «Terra So-nâmbula», Mia Couto; «Terras do Demo», Aquilino Ribeiro; «Via-gens na Minha Terra», de Gar-rett; «Em Nome da Terra», Ver-gílio Ferreira; «Terra Ocupada», de Urbano Tavares Rodrigues.

A Terra define o nómada e o sedentário. Para Victor Hugo, ela distingue também o género: «Enfim, o homem está coloca-do onde termina a terra; a mu-lher, onde começa o céu».

Terra

A cantora setubalense de 12 anos, Bruna Guerreiro, promete lutar pela vitória,

este domingo à noite, na final do programa “¬e Voice Kids”, da RTP-1.

A jovem artista, após cinco me-ses envolvida no programa que descobre novos talentos para as cantigas, está «muito feliz» por ter ganho passaporte para a final, su-blinhando que «trabalhou muito para isso».

Bruna Guerreiro confessa que valeu a pena participar no “¬e Voice Kids” pela «experiência em si» e por «poder partilhar com as pessoas» o que mais gosta de fa-zer, que «é cantar».

A estrela sadina revela que já fez «muitas amizades» no programa, as quais «poderão ser para a vida», sublinhando que «chegar até aqui foi maravilhoso», pelo que «ganhar será a realização de um sonho, o re-conhecimento do meu esforço, em-

penho e dedicação à música». Bruna Guerreiro admite que

«já está a ser marcante para a sua carreira a passagem pelo “¬e Voi-ce Kids”, referindo que participar neste formato de programa tem «proporcionado algumas solici-

tações» para espetáculos.A jovem relembra que o seu

grande sonho profissional pas-sa por «uma carreira como can-tora profissional, como a Dulce Pontes, porque ela é extraordi-nária».

Estrela diz que as solicitações para espetáculos subiram desde que está no “The Voice Kids”.

Bruna Guerreiro é admiradora confessa de Dulce Pontes

O 31.º Festival de Teatro do Seixal termina este sába-do, com “Monstros S.A.” pela FC Produções Teatrais. O espetáculo tem lugar no auditório municipal às 21h30.O Festival de Teatro do Seixal teve início a 14

de novembro, e apresentou 10 peças, em várias sa-las do concelho. Esta foi uma oportunidade para co-nhecer o trabalho realizado pelas companhias locais e assistir a novas propostas de outros grupos do País.

Festival de Teatro do Seixal termina este sábado

António Luís

DR

Jovem setubalense lança campanha de angariação para produzir �lme ‘low-cost’O AMANTE da sétima arte setuba-lense Bruno Cristovão, de 35 anos, pretende angariar 4 mil euros para estrear-se no cinema e produzir a comédia romântica “E o Diabo criou a Mulher”. A campanha arrancou no dia 9 e irá prolongar-se por 60 dias. A verba destina-se a cobrir despesas de equipamento neces-sário à produção e pós-produção da longa-metragem de 90 minu-tos.

«Quero estrear-me no Mundo do cinema e produzir um filme com

um valor muito pequeno para mos-trar que se consegue produzir em Portugal à base de formas autóno-mas e regras ‘low-cost’», sublinha o promotor, que trabalha na área das telecomunicações e conta com o apoio dos amigos Nuno Morais, Fá-bio Ventura e Joana Marques.

«Nos últimos anos, com a enor-me baixa de preços de equipamen-tos digital e informático, tornou-se possível avançar para um projeto deste género. Aliás, em Inglaterra, já se produziu um filme de zombies

com 45 libras e muita coragem», con-ta Bruno Cristovão, que deposita boas expetativas no projeto. «Estou es-perançado que a campanha seja um sucesso e que o filme chegue às sa-las de cinema para ser visto e apre-ciado por todos».

A fita fala das «relações moder-nas entre o homem e a mulher. O poder partilhado sobre a relação, a paranoia criada à volta, o medo de começar ou recomeçar a vida a par-tir de uma certa idade», adianta o mentor do filme, que contará com atores com «vasta carreira teatral» mas que, para já, os seus nomes irão ficar no ‘segredo dos deuses’.

Produzir um filme ‘low-cost’ pre-tende mostrar que «é possível exis-tir projetos destes em Portugal e para trazer à tona o talento que existe por cá e que se perde devido ao sistema de produção existente».

Na gaveta vai continuar uma ou-tra comédia «tresloucada» que pre-tende ser «uma carta de amor ao Alen-tejo», dado que o financiamento tar-da em chegar. Bruno Cristóvão e outros dois jovens envolvidos na produção romântica

Bruna Guerreiro quer trazer a taça do“The Voice Kids” para Setúbal

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Cartaz...

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Duetos de Natal O conhecido tenor Carlos Guilherme e a soprano Filipa Lopes interpretam peças sacras e tradicionais de Natal. Deixe-se contagiar pelo encanto deste re-cital que apresenta alguns dos trechos clássicos líricos e de Natal mais con-hecidos do grande público. Igreja Matriz de S. Salvador, Sines, 21h30.

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doConcerto solidário

O mestre António Chainho e os alunos da Escola da Guitarra Por-tuguesa apresentam um Concerto Solidário. Os produtos angariados serão distribuídos posteriormente às famílias carenciadas do mu-nicípio. Quem pretender ingressos terá de entregar bens e produtos alimentares. Auditório António Chainho, S. Cacém, 21h30.

Conservatório mostra talentos O Conservatório Regional de Artes do Montijo dá um concerto de Natal que envolve a apresentação da Orquestra e vários aponta-mentos musicais interpretados por alunos/professores. O coro in-fantil e juvenil, as orquestras de iniciação e a Orquestra Sinfónica interpretam obras de vários compositores. Teatro Joaquim d´Almeida, Montijo, 15h30.

Represas volta a Sesimbra Luís Represas apresenta o seu último álbum de estúdio, “Cores”. O cantor regressa a Sesimbra, sete anos depois, para dar concerto intimista e transver-sal com músicas do último CD e outros êxitos. Teatro João Mota, Sesimbra, 21h30.

OML dá concerto de Natal A Orquestra Metropolitana de Lisboa, conduzida pelo maestro Nicholas Kraemer, e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat inter-pretam a “Grande Missa em Dó Menor” e “Vesperae Solennes de Confessore”, de Mozart. Forum Luísa Todi, Setúbal, 21h30.

‘Pazôa’ põe cidade de Alcácer do Sal a rir com o novo teatro de revista popular “Vai lá Vai!”O GRUPO Cénico da Sociedade Fi-larmónica Progresso Matos Galam-ba (Pazôa) levou ao palco, com lo-tação esgotada, no Teatro Pedro Nu-nes, em Alcácer do Sal, quatro re-presentações da divertida revista popular “Vai Lá Vai!”, entre 5 e 8 des-te mês, voltando a ser reposta a 23 e 24 de Janeiro de 2015.

“Vai Lá Vai!” ambiciona, à ima-gem das anteriores produções des-te grupo cénico, oferecer ao públi-co um momento de «pura diversão e bem-estar, fazendo da gargalha-da espontânea o tónico do Teatro Pedro Nunes», adianta o encenador Mauro Félix, que se mostra orgu-lhoso com o grande ‘feed-back’ do público. «Desde 2011 que fazemos este tipo de espetáculo, sempre com casa cheia. E, felizmente, continua-mos com as sessões esgotadas. As pessoas aguardam sempre com gran-de expetativa a estreia da revista, um espetáculo popular e divertido, e os bilhetes esgotam antes da primeira apresentação», sublinha.

Acompanhada ao vivo com a

banda filarmónica da coletividade, “Vai Lá Vai!” aposta em textos ori-ginais com enfoque na crítica so-cial e política local e nacional. «Cri-ticamos o poder local e nacional e falamos em algumas tradições do concelho. É um espetáculo muito divertido com uma crítica mordaz, não muito acentuada, que contri-bui para o enriquecimento da cul-tura popular local», vinca.

A revista “Vai Lá Vai!” envol-

ve cerca de 40 pessoas em palco, entre elenco e equipa técnica, das mais variadas profissões, tem ce-nas alusivas às vendedoras de ca-marão da terra, ao caos dos cen-tros de saúde e aos médicos cuba-nos, aos pategos dos montes que vão de trotinete ver a revista da Pazôa, aos bêbados que falam com a estátua de Pedro Nunes, três ho-mens que falam da sua vida se-xual, entre outros.

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“Verdi que te quero Verdi” regressa aos palcos de Almada O ESPETÁCULO “Verdi que te que-ro Verdi” está de regresso ao Teatro Joaquim Benite, em Almada, entre 13 e 21 deste mês. Estreado em 2011, procura favorecer o contacto dos mais novos com o maravilhoso mun-do da ópera e com as do célebre com-positor Giuseppe Verdi.

Cruzando aspetos biográficos

e o enredo de algumas das suas composições mais populares e trau-teadas, criou-se um espetáculo si-multaneamente pedagógico e lú-dico, pensado «para divertir e trans-mitir sensações», como explica a encenadora Teresa Gafeira, mas que «confronta as crianças com aquilo que é a arte e lhes transmi-

te o gosto por um tipo de música com o qual a maioria não tem mui-to contacto». Os quatro desastra-dos cozinheiros prometem con-quistar pais e filhos, professores e alunos, através da beleza das árias de Verdi e do encontro, em palco, de atores, marionetas, dança e me-lodias sem idade.

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POLÍTICA

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«A maioria das críticas da oposição são fantasias»

Estes arranque de mandato têm tido uma oposição muito forte. Sente-se atacado politicamente?O que posso dizer-lhe a esse propó-sito é que neste primeiro ano de man-dato tenho defendido causas, como a escola e os serviços públicos, a rea-bilitação urbana, a solidariedade, a saúde, o emprego, o desenvolvimen-to e a justiça. Estou a cumprir os com-promissos eleitorais com o povo do Montijo e a dar voz aos anseios e es-pectativas de todos os montijenses.

Mas esses ‘ataques’ à sua gestão têm sido evidentes, nomeadamente por parte do PSD…Pelo que referi do nosso trabalho concreto, não considero que o PSD tenha os protagonistas capazes de atacar politicamente as opções po-líticas que estamos a tomar de modo a modernizar, transformar e a de-senvolver o concelho.A maioria das críticas são fantasias sem sustentação na realidade. Che-ga ao ponto de alguns autarcas do PSD apresentarem declarações em comunicados e, posteriormente, quando confrontados com as mes-mas, as negam. Portanto, a descri-bilidade a que chegou a oposição não belisca minimamente a nossa a ação política.E o que nos interessa é a proximi-dade do contato com as mais varia-das realidades e mostrar a capaci-dade do poder local para com res-ponsabilidade, resolver os proble-mas concretos das pessoas. Foi esse o mandato que os montijenses nos confiaram, pelo voto livre nas últi-mas eleições, e é esse mandato que cumpriremos até ao fim, com rigor, com lealdade e com humildade.

Não deixa de haver um certo agas-tamento, após a disputa eleitoral e a perda de maioria, não concorda?O nosso primeiro ano de mandato não foi isento de dificuldades. A elas conseguimos responder com sere-nidade e firmeza.A governação em maioria relativa tem os seus aspetos negativos e po-sitivos. Procuramos aproveitar as

virtudes dessa situação, no sentido de construir um diálogo com a opo-sição que realize as decisões neces-sárias, discutidas e participadas, sem cair na demagogia de impor situa-ções unilaterais ou convocar maio-rias negativas com o sentido de mera obstrução política.Quer dizer, apesar das dificuldades, a maioria relativa obriga a um maior consenso político entre o executivo e a oposição, e essa tem sido a nos-sa iniciativa, sem colocar minima-mente em causa o projeto político do PS. Considero, que esse, foi o man-dato que todos recebemos dos mon-tijenses, por isso, governaremos até 2017 com esta maioria relativa.

Ainda assim, podemos considerar que a sua gestão será sempre algo fragilizada por uma oposição forte, à esquerda e à direita?Não considero que, apesar da na-tural oposição política, sempre ne-cessária num regime democráti-co, a mesma possa fragilizar a ges-tão do executivo socialista. Pois te-nho procurado chamar à atenção para centrar o debate político nas questões essenciais ao futuro do Montijo.Da inteligência que o executivo e oposição tiverem para superar pe-quenas querelas, dependerá mui-to da capacidade que teremos para superar os problemas que esta gra-ve crise nos coloca e as políticas para inverter o ciclo de empobre-cimento criado pelo Governo.Essa mensagem tem sido enten-dida pelos montijenses e estamos confiantes nas capacidades do Montijo para responder aos de-safios do futuro.

Todavia há coisas objetivas a ter em atenção, nomeadamente os embaraços que criados com o chum-bo do orçamento para 2015…A inviabilização do orçamento mu-nicipal para 2015 pelos partidos da oposição, o PSD e a CDU em conjunto é, a nosso ver, um erro político grave.Tal como nós sabemos que não po-demos impor soluções unilaterais, também uma oposição consciente das regras democráticas viabiliza os documentos previsionais, funda-mentais ao funcionamento do mu-nicípio, pagamento de salários, pa-gamento de compromissos assumi-dos, investimentos e outros.Apesar do diálogo inicialmente es-tabelecimento com a oposição, por forma a encontrar um consenso para viabilizar os documentos, ve-rificou-se a evocação de uma maio-ria negativa, entre o PSD e a CDU, para um voto contra.

Não houve então falta de diálogo?Não houve, e este processo de diá-logo foi retomado, por forma a en-contrar um novo consenso político que permita viabilizar o orçamen-to. Todavia, caso a oposição enten-da continuar a votar em conjunto contra o orçamento para 2015, a Câ-mara terá de fazer a transposição do orçamento de 2014 para 2015, ga-rantindo desta maneira o seu fun-cionamento. Isto é, existem dificul-dades mas não é nenhum “drama”.

O que esteve então em causa? Ape-nas querelas políticas…Os Vereadores da oposição não ob-jetivaram o seu voto contra o orça-mento. Portanto, não conseguimos

Presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, em exclusivo, faz balanço de gestão, da oposição e de um concelho com identidade

Para Nuno Canta, o chumbo do orçamento é uma di�culdade mas não um drama

DR

Nuno Canta apresenta uma folha de serviço que classi�ca de excelente, de proximidade e com �nanças saudáveis. Da oposição espera maior disponibilidade e diz estar a cumprir tudo o que prometeu.

António Luís

Luta social e muita identidade

A luta contra a exclusão como com-bate pela cidadania, igualdade e solidariedade é uma das premis-sas da gestão de Nuno Canta à fren-te da autarquia. «Em tempos de pobreza, temos de dar especial aten-ção às respostas sociais de proxi-midade e exprimir a solidarieda-de onde ela é indispensável, por isso todos os dias se fortalecem as respostas sociais», diz o edil.

Dá como exemplo, as lojas so-ciais abertas este ano, a cedência de terrenos municipais para no-vas respostas, de onde se destaca o terreno cedido à CERCIMA para construção de lar de acolhimento para portadores de deficiência e as parcerias com as instituições de

solidariedade a rede social muni-cipal.

O autarca quer também apos-tar na identidade montijense. «Um fator que é a defesa e valorização do património cultural, material e imaterial», diz. E acrescenta: «So-mos herdeiros de uma cultura que nos orgulha e de uma cidade que comemorou os 500 Anos de Fo-ral Manuelino com orgulho, que realizou a Feira Quinhentista com memória, que realizou a Feira Na-cional do Porco com sucesso, que abriu o Museu do Pescador com tradição, que utiliza o Cinema–Tea-tro Joaquim de Almeida com cons-ciência cultural, que realiza as Fes-tas Populares com tradição».

identificar claramente as razões que estiveram na base do voto contra. Serão certamente questões políticas. Mas essas questões políticas têm de ter conteúdo, não podem aparecer como aspetos desgarrados, numa mera obstrução politica.

As críticas à gestão financeira não tinham cabimento?Repare, em matéria financeira os re-sultados desta câmara são brilhan-tes. Pagámos integralmente o PAEL, baixamos impostos, temos as con-tas em dia, temos um prazo médio de pagamentos a fornecedores e em-preiteiros de 42 dias, conseguimos um equilíbrio financeiro mesmo num contexto de crise económica grave. Não é pouco!E, em matéria de ação política os re-sultados são excelentes, recuperá-mos os fundos comunitários para obras em execução, ganhamos o pré-mio da autarquia mais familiarmen-te responsável, melhoramos o nível de transparência municipal, fomos considerada a Cidade mais atrativa de Portugal Continental, temos pro-gramação cultural diversificada e alargada, emparceirámos com vá-rias universidades, alargamos as res-postas sociais aos idosos, crianças e mulheres vítimas de violência, con-tinuamos a realizar investimentos estruturantes em escolas, infantá-rios e abastecimento de água. E podemos continuar. Na área do de-senvolvimento respondemos aos bloqueios mais urgentes, aprovámos uma Área de Reabilitação Urbana para o centro da Cidade, alteramos o regulamento do Plano Diretor Mu-nicipal do Montijo para acolher in-vestimentos nos setores económi-

cos tradicionais, como a suinicul-tura e floricultura, reativámos a re-visão do PDM, estamos a acom-panhar a evolução da localização do aeroporto “Low Cost” na Base Aérea N.º 6, queremos lutar por um novo acesso à Ponte Vasco da Gama.Descentralizámos também, incen-tivando uma estratégia de proxi-midade pelas freguesias do con-celho. A democracia portuguesa deve muito ao poder local, em par-ticular às freguesias. Foi por isso, que delegamos nas freguesias com-petências municipais, através de acordos de execução e contratos inter-administrativos, para coo-perarmos na melhoria da quali-dade de vida dos cidadãos.Este resumo, que sustenta factos plenamente demonstrados, dá à oposição pouca credibilidade po-lítica num voto contra a gestão so-cialista deste município.

Todavia, o impasse mantem-se. Está disposto a rever posições para ultrapassar este constran-gimento de gestão do documen-to fundamental?Posso dizer-lhe que, como demo-crata convicto, só posso estar dis-ponível para alcançar um consen-so político que viabilize o orça-mento para 2015, e isso mesmo tem sido insistentemente referido nas reuniões com a oposição.Recorde-se que a versão do orça-mento para 2015 rejeitada pela opo-sição, foi um documento construí-do com os contributos dos parti-dos da oposição, num consenso po-litico que respeitava a democracia e o voto livre dos montijenses.

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POLÍTICA

Pub.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dez de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 132 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Susete Ribeiro Pinto dos Santos Guerreiro casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Rodrigues da Silva Guerreiro, residente na Avenida do Alentejo, n.º 6, 1º andar direito, em Setúbal, contribuinte número 136245919, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio urbano, composto de lote de terreno situado no aglomerado urbano onde não é permitida a construção e sem afectação agrícola, com a área de dois mil cento e cinquenta e três metros quadrados, sito na Rua das Flores, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, que confronta do Norte com prédio rústico, a Sul com Rua das Flores e Rui Manuel Cardoso Santos, a Nascente com prédio rústico e a Poente com o Rui Manuel Cardoso Santos e Elisabete Branco, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número oito mil e trinta e cinco, da freguesia de São Sebastião, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 18421, da freguesia de São Sebastião.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D emSetúbal, 10 de Dezembro de 2014.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 1945

O preço do barril do petróleo baixou para valores próximos dos 65 USD, ou seja quase

40% a baixo do preço com que era transacionado há escassos cinco meses.

Esta situação deve-se ao aumen-to da oferta de crude no mercado in-ternacional, resultado da deliberação da Organização dos Países Produto-res de Petróleo (OPEP) face à inten-sificação pelos EUA da extração de petróleo e gaz nas rochas de xisto.

A circunstância dos EUA terem aperfeiçoado muitíssimo a técnica de extração do petróleo e do gaz a partir do xisto, reforçando a sua au-tossuficiência, conduziu a OPEP ao aumento da exploração de petró-leo como forma de pressionar os EUA, no mínimo ao abandono da exploração ou à suspensão da ex-tração pelo recurso àquela técnica.

É que a baixa do preço do pe-tróleo a níveis da ordem de grande-za como os que estão agora a ser praticados, derivado ao aumento de produção, não torna a técnica da exploração pelo xisto rentável.

Não cabe aqui avaliar as graves consequências que resultam para o ambiente a extração de gaz e pe-tróleo a partir da rocha de xisto. Su-cede que não é possível, com rigor, saber durante mais quanto tempo a situação se manterá e a que pre-ço se fixará o barril de petróleo.

Admitindo que estabilize em va-lores em cerca de 70 USD o barril durante os próximos dois anos, as consequências não se deixarão de repercutir negativamente nos paí-ses produtores de petróleo.

Para se ter uma ideia mais pre-cisa, o orçamento do estado de An-gola, por exemplo, admitiu que o barril de petróleo se fixaria em 81 USD. Ele está agora, como se dis-

se, a 65 USD. Neste quadro é natural que al-

guns dos países de língua oficial por-tuguesa produtores de petróleo so-fram com essa baixa, como Angola, Brasil e Timor Leste, enquanto ou-tros, que perspetivavam iniciar a ex-ploração a curto prazo, como Mo-çambique, a tenham que protelar.

Na verdade há também zonas de extração petrolífera pelo méto-do tradicional que, pelos preços atuais, deixam de ser rentáveis.

É o caso das zonas de explora-ção no chamado pré-sal.

Do ponto de vista das relações económicas no espaço dos países de língua oficial portuguesa, este qua-dro não é, a curto prazo, positivo por fazer arrefecer o investimento e este é o meio por excelência criador de riqueza e de postos de trabalho.

Dir-se-á, porém, que a baixa do preço do petróleo faz diminuir o cus-to da energia e este facto é positivo para a economia portuguesa, uma vez que o peso que ele tem nas im-portações não é nada negligenciável.

Sendo isso exato, não é menos certo que o orçamento do estado para 2015, ao onerar o preço dos combus-tíveis e de derivados do petróleo com novos impostos, não vai aligeirar a carteira dos contribuintes.

É a isso que se chama ser preso por ter e não ter cão, quando se se-guem políticas de austeridade cega.

Vítor RamalhoEconomista

Ser preso por ter e não ter cão

Socialistas do distrito ganham peso na Comissão Nacional de António Costa

OS SOCIALISTAS do distrito de Setúbal perderam o lugar que de-tinham no secretariado nacional do PS, ocupado por Amélia An-tunes (ex-presidente da Câmara do Montijo), sob a liderança de António José Seguros, mas vão contar com três elementos na atual comissão política, Eduardo Ca-brita, Vítor Ramalho e Eurídice Pereira.

Esta posição é considerada «muito positiva» e, segundo as fontes do Semmais, é fruto da «sig-nificativa expressão» que Antó-nio Costa, o novo líder do PS, con-seguiu na região, tanto ao nível de dirigentes como da base mili-tantes.

Também por isso a comissão nacional vai ter uma mulher do distrito como vice-presidente da mesa. Teresa Almeida, ex-gover-nadora civil do distrito de Setúbal e ex-candidata à Câmara de Setú-bal. A deputada Catarina Marce-lino e os presidentes das câmaras do Montijo e de Sines, Nuno Can-ta e Nuno Mascarenhas, respeti-

vamente, fazem também parte da nova comissão nacional dos so-cialistas, que inclui ainda Ricardo Ribeiro, André Pinotes Batista, Fon-seca Ferreira, António Mendes, Raul Cristovão, Amélia Antunes, Pedro Caetano, Ana Pereira, Pau-lo Viegas e Joel Hasse Ferreira, este ultimo um regresso à atividade partidária.

«Há um reforço da presença do distrito na Comissão Nacional e também houve um esforço de incluir outras sensibilidades», ex-plicou ao Semmais um dirigente da federação do PS na região.

Madalena Alves Pereira, ex--presidente da federação, chegou a ser eleita, alegadamente «por en-gano», uma vez que não foi indi-cada pelo distrito. «Pediu (Mada-lena Alves Pereira) para ser subs-tituída, de imediato.

De fora ficou a atual líder dis-trital, Ana Catarina Mendes, tam-bém deputada, por António Cos-ta ter decidido não incluir nos ór-gãos nacionais os presidentes fe-derativos. .

Congresso ditou ‘colocação’ de 14 ‘rosas’ do distrito nos órgãos nacionais

DR

«A maioria das críticas da oposição são fantasias» Presidente da Câmara de Montijo, Nuno Canta, em exclusivo, faz balanço de gestão, da oposição e de um concelho com identidade

Era um orçamento que mantinha a baixa de impostos locais, que mantinha os apoio sociais, que mantinha o investimento estru-turante, que mantinha o funcio-namento da escola pública, que mantinha o espaço público.Todavia, esta situação criada pela oposição não é ultrapassável caso a vontade genuína de consenso político não exista, isto é a apro-vação do orçamento para 2015, só pode ser resolvida se a oposição tiver essa vontade.

Faço a pergunta de outra forma. Acha possível, com a atual cris-pação haver entendimento futu-ro sobre as prioridades para o concelho?Claro que sim. Acredito que a ra-zão irá imperar e que apesar de agitação mediática, temos pontos de consenso com esta oposição para construir um Montijo mais desenvolvido, mais fraterno, mais livre. No ano em que se comemo-raram 40 anos do 25 de abril, que-ro continuar a acreditar nos valo-res de abril, e que essa é a vonta-de desta oposição.

Há muito que se sabia que seria o candidato do PS pós-Amélia Antunes. Podemos falar em con-tinuidade?A resposta mais direta é sim e não. Sim porque as politicas dos man-datos do Partido Socialista no Mon-tijo, tiveram o contributo de mui-ta gente, militantes e simpatizan-tes, e onde me revejo como ator político. Não porque as persona-lidades, os compromissos, os in-teresses são diferentes. O novo ci-clo de gestão autárquica do par-tido socialista, assenta nos valo-res fundacionais da terra, na tole-rância, na valorização das pessoas, na dignidade da pessoa humana, na justiça social.Esta posição que assumo não procura fazer comparações com nada, é uma posição natural e de bom senso, e que tem reno-vado a confiança dos montijen-ses nas propostas políticas do PS do Montijo.

Como gosta de ser visto como presidente, após tantos anos na sombra da sua antecessora?Respondo-lhe desta forma: Nes-te mandato temos olhado o futu-ro com ambição. Mas também sa-bemos que só o podemos garan-tir com lucidez, trabalho e inteli-gência e vontade. Quero continuar a ser um presidente com proximi-dade aos problemas dos monti-jenses.

“ Na verdade há também zonas de extração petrolífera pelo método tradicional que, pelos preços atuais, deixam de ser rentáveis. ”

Sempre com a região, sempre pela região...

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EDUCAÇÃO

12 Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

Momentos que “não se explicam, sentem-se!”

A festa de Natal do Colégio st Peter´s School vai, mais uma vez, ficar na memória

das crianças jovens, pais, avós, professores e de todas as pessoas que participaram ou assistiram à iniciativa. A tarde foi mágica, recheada de muito brilho, cor, alegria e, acima de tudo, calor humano.

O auditório da Casa da Cultu-ra, na Quimiparque, Barreiro, aco-lheu ontem a festa de Natal do Co-légio St. Peter´s School. Um momen-to, certamente, inesquecível e me-morável para toda a comunidade escolar e para o público presente.

Os primeiros a actuar foram os mais pequeninos, do jardim-de-in-fância, que apoiados por elemen-tos mais crescidos e que integram o clube de expressão dramática do colégio (Drama Club), deliciaram o público e encheram de orgulho os pais, avós e outros familiares que, na plateia, vibraram de satisfação. Os mini pais natal, pinheirinhos e bonecos de natal dançaram e in-terpretavam vários temas de natal, uns em português e outros num in-glês perfeito, numa coreografia sin-tonizada.

A festa prosseguiu com a ac-tuação dos alunos do primeiro ci-clo que, com a ajuda dos alunos mais velhos, do 2º e 3º ciclo , proporcio-nam momentos repletos de magia. «Eles fazem verdadeiros brilhare-tes», dizia, satisfeita e orgulhosa Isa-bel Simão, directora do Colégio St. Peter´s School. Par além da inter-pretação de vários tema alusivos à época, os alunos participaram na festa com outras actividades, como o teatro, o ballet, as danças de sa-lão e as sevilhanas.

Na plateia, as famílias tentavam participar de alguma forma, can-tavam e dançavam em conjuntos com os seus meninos. No final, os rostos dos pais e avós espelhavam a alegria do momento. «Foi muito bonito, sempre o é. Os mais peque-ninos são muito naturais. O meu neto já percebe a importância do natal e os valores associados a esta data. Eles ficam muito empolgados,

sentem-se com uma responsabili-dade acrescida para desempenha-rem um papel», dizia Francisco Coe-lho, o avô de um dos meninos da família St. Peter´s.

Empolgada também estava Ana

Santos, mãe de uma menina do jar-dim-de-infância. «A festa esteve a 300 por cento. Foi muito bonito», referiu, sublinhando o que consi-dera mais importante na celebra-ção desta data. «O que importa aqui

é a questão das emoções, da par-tilha, da mensagem que é trans-mitida, e não, propriamente, a fes-ta. O mais importante é a trans-missão dos valores e dos princí-pios que, hoje em dia, acabam por ficar para segundo plano, mas aqui no colégio estão muito presentes. É o respeito, a solidariedade. A fes-ta é tudo isto».

Uma opinião partilhada pela di-rectora do Colégio, Isabel Simão, que afirma que os mais pequeni-nos já percebem «muito bem» as razões que levam à celebração do Natal. «É destes momentos que se faz sentir o amor. O amor entre as crianças, o amor entre as famílias».

Isabel Simão reconhece que não é fácil organizar uma festa desta natureza, «pois assumimos critérios de exigência», mas su-blinha a importância do empenho dos alunos e dos professores, as-sim como a dedicação dos pais. «É cansativo mas muito compen-sador e gratificante. Os pais con-

tribuem muito e aderem a tudo o que nós pedimos. Temos todas as famílias aqui representadas! Há um nível de adesão de 100 por cen-to. E, esta adesão por parte dos pais é muito importante para as crianças porque elas trabalham para as famílias. Querem e dão sempre o seu melhor!».

Ficará assim na memória dos alunos, pais e professores, uma fes-ta recheada de muitos momentos “únicos”, com muita animação, con-vívio, harmonia, e envolta pelo es-pírito natalício. A mensagem trans-mitida será sempre a mesma: o ape-lo ao amor, à partilha e à solidarie-dade, em prol de um mundo me-lhor e mais justo.

Festa de Natal do Colégio St. Peter´s School juntou centenas de alunos e famílias, docentes e funcionários

Uma instituição de referênciaO Colégio St. Peter´s School é uma referência do ensino a nível re-gional e nacional. Os últimos re-sultados comprovam, mais uma vez, a eficácia e excelência do tra-balho desenvolvido pelo Colégio que tem como missão «incenti-var os alunos a desenvolver os seus talentos e competências pes-soais, promovendo não só a cria-tividade e a imaginação, mas tam-bém a noção de interculturalida-de, o cosmopolitismo e a corte-sia, de modo a permitir que cada

aluno alcance os seus objectivos e realize os seus sonhos».

Os últimos rankings colocam o Colégio St. Peter´s School na 6ª posição a nível nacional, no que diz respeito ao ensino secundá-rio. Em relação ao 2º ciclo, o Co-légio alcançou o 10º lugar, con-correndo com mais de quatro mil escolas. «Foi muito bom, extraor-dinário», considera a directora, desejando que o Colégio «se man-tenha assim» e continue a ser um exemplo do ensino de qualidade.

Diretora diz que alunos vão «guardar este património» Visivelmente satisfeita, Isabel Simão sublinhou a importân-cia da celebração do Natal para uma instituição como o Colé-gio St. Peter´s School. «É con-tinuar a acreditar que estes mo-mentos são tão importantes como os momentos de apren-dizagem dentro de sala». Para a directora do St. Peter´s School estes são momentos que «ape-lam à memória, à partilha, à entreajuda», não deixando de fora a «parte lúdica, a criativi-dade e a expressão dramáti-ca». Tudo isto, acrescenta a res-ponsável, «faz parte de um mo-mento. Ver a forma como es-tas crianças se entregam para fazerem um trabalho, que será mostrado aos pais, é único! Não se explica, sente-se» Isa-bel Simão acredita que estes momentos dificilmente serão esquecidos. «Estas crianças vão guardar na memória este património».

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NEGÓCIOS

Sábado • 13 dezembro • www.semmaisjornal.com 13

Vinhos da Península crescem no mercado interno e já valem 40 milhões

O consumo de vinhos da Península de Setúbal no mercado nacional registou

um aumento de 1,6 por cento em volume e 2,6 por cento em valor no ano móvel Outubro 2013/Setembro 2014, em comparação ao ano móvel homólogo anterior.

Os dados da consultora AC Niel-sen dizem que a região de Setúbal consolida, assim, a terceira posi-ção no top das preferências dos consumidores portugueses, con-tando com uma quota de merca-do de 12,5 por cento nos vinhos com Denominação de Origem e Indica-ção Geográfica, que valeu neste ano

período e até ao final de Setembro, 39,95 milhões de euros.

O crescimento dos vinhos da Península de Setúbal, segundo a mesma fonte, deve-se ao consu-mo em cada casa através da com-pra nos canais super, híper, lojas e discounts, que contou com um crescimento de 2 por cento em vo-lume e 1,3 por cento em valor, face

ao período Outubro 2012/Setem-bro 2013. Nestes canais o consu-midor despendeu em média 2,62 euros por litro, menos 0,2 cênti-mos que no período homólogo. Apesar do decréscimo de 1,8 por cento em volume no consumo ime-diato dos Vinhos da Península de Setúbal em restaurantes, cafés e snacks, foi neste canal que se re-

gistou a maior subida a nível de valor, tendo os consumidores de-sembolsado em média 9,34 euros por cada litro, mais 0,63 cêntimos comparativamente ao ano móvel homólogo anterior.

«Os dados confirmam a perse-verança e o bom trabalho das em-presas de vinhos da Península, que em tempos de contração no con-sumo conseguem manter um cres-cimento sustentado no mercado. Mantendo a 3.ª posição na prefe-rência dos portugueses e conse-guindo crescer num contexto ad-verso ao crescimento de vendas, um verdadeiro desafio, que mais uma vez foi superado», afirma Hen-rique Soares, presidente da CVRPS.

A nível global, o consumo de vinhos certificados no ano móvel em questão registou, segundo a Nielsen, um aumento de 1,4 por cento em volume e 1,8 por cento em valor que equivalem a mais de 96 milhões de litros consumidos e a um valor que ascende aos 376 milhões de euros.

A península vinícola produz vinhos de grande qualidade

DR

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Empresários criam associação industrial da península

A ASSOCIAÇÃO da Indústria da Península de Setúbal (AISET) vai ser criada no dia 15, pelas 17 ho-ras, no auditório da Biblioteca Mu-nicipal de Palmela, com a presen-ça do Ministro da Economia, Pi-res de Lima.

Ao constituírem a AISET, os seus fundadores têm como meta contribuir para que a Península de Setúbal seja um local de exce-lência para o desenvolvimento da atividade industrial.

Do conselho de fundadores fa-zem parte Leonor Freitas (Casa Er-melinda Freitas), Adriano Silvei-ra (Portucel), Carlos Abreu (Secil), António Pires (Volkswagen Au-toeuropa), José Rodrigues (Lisna-ve), Antoine Velge (Sapec), João Paulo Ribeiro (Visteon), Álvaro Al-varez (Siderurgia Nacional), Vic-tor Gomes (Systion), Nicolas Mehr-le (Fisipe), Markus Kiel (Continen-tal-Teves), Manuel Carvoeira/Ró-mulo Mansur (Lusosider), (Arman-do Gomes (Lauak) e Jaime Ribei-ro (Jaime Ribeiro).

Os vinhos da região continuam a crescer no mercado interno e as contas até setembro deste ano revelam aumento de vendas e de faturação, perto dos 40 milhões

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NEGÓCIOS

14 Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALSANDRA BOLHÃOEXTRACTOEu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada no dia três de Dezembro de dois mil e catorze, a folhas oitenta e nove e seguintes do Livro Doze – A, MIGUEL ÂNGELO DO CÉU ALVES, solteiro, maior, residente em Brejos Carreteiros, CCI 19515, Quinta do Anjo, Palmela, DECLAROU que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor, dos seguintes imoveis: A) PRÉDIO RÚSTICO, com a área de vinte e nove mil setecentos e cinquenta metros quadrados, composto por cultura arvense, sito em Várzea – Palmeiras, na freguesia de São Lourenço, concelho de Setúbal, a confrontar a norte, a nascente e a poente com Estrada Camarária e a sul com João Pereira de Matos, inscrito na matriz cadastral da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão), sob o artigo 6, da Secção D, constando como titular António Augusto Santos Paixão, encontrando-se o prédio não descrito na Conservatória do Registo Predial de Setúbal.- Que este prédio pertenceu a Emília da Ressureição, solteira, maior, que o adquiriu verbalmente antes de mil novecentos e sessenta e seis a António Augusto Santos Paixão, tendo ela, desde dessa data entrado na posse efectiva e material do dito prédio rústico.- Que, ainda em vida, a mencionada Emília da Ressureição, no ano de mil novecentos e noventa e sete, doou verbalmente o referido prédio rústico ao ora usucapiente, Miguel Ângelo do Céu Alves, seu afilhado.- Que, logo a partir dessa data, Miguel Ângelo do Céu Alves entrou na posse efectiva e material do referido prédio rústico.- Que, ele usucapiente, desde a data da posse mencionada, praticou sobre esse prédio actos materiais de posse, por intermédio de seus pais, enquanto foi menor.B) PRÉDIO RÚSTICO, com a área de doze mil e duzentos metros quadrados, composto por cultura arvense, sito em Brejos, freguesia de São Lourenço, concelho de Setúbal, a confrontar a norte com Mequelino Dias, a sul com José Esteves, a nascente e a poente com Estrada Camarária, ao presente inscrito na matriz cadastral da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão) sob o artigo 71, da secção B, constando como titular na matriz Manuel Claro Lérias, encontrando-se o prédio, não descrito Conservatória do Registo Predial de Setúbal.- Que este prédio rústico foi comprado verbalmente pela referida Emília da Ressureição, atrás identificada, a Manuel Claro Lérias e mulher Maria da Conceição no ano de mil novecentos e setenta, enquanto a adquirente na posse efectiva e material do mencionado prédio rústico desde a referida data.- Que, ainda em vida, a mencionada Emília da Ressureição, no ano de mil novecentos e noventa e sete, doou verbalmente o referido prédio rústico a ele ora usucapiente, Miguel Ângelo do Céu Alves, então solteiro, menor e seu afilhado.- Que logo nessa data do apossamento, entrou na posse efectiva e material do prédio rústico a ele doado, tendo, enquanto menor, os actos materiais de posse, manifestação do direito de propriedade ora invocando, sito praticados pelos pais dele usucapiente.- Que desde a referida data da aquisição que o referido Miguel Ângelo do Céu Alves entrou na posse efectiva e material do mencionado prédio rústico, tendo usufruído dele, gozando assim todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como dono por toda a gente, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, de uma forma pacífica, ininterrupta e sem violência, à vista e com conhecimento público e sem oposição de ninguém.- Que dado o falecimento da doadora, ocorrido no decurso do ano de mil, novecentos e noventa e oito, não pode Miguel Ângelo do Céu Alves, titular agora os direitos por ele adquiridos, senão pelo recurso ao processo de justificação.- Que não possui, porém, o título necessário à plena prova do seu direito pelas vias extrajudiciais normais e por isso o primeiro outorgante, vem justifica-lo pela presente pretensão.- Que, assim, o justificante adquiriu por usucapião, com efeitos retrotraídos à data de mil novecentos e sessenta e quatro, o direito de propriedade sobre os prédios rústicos que são objecto da presente escritura.ESTÁ CONFORME.Setúbal, aos três de Dezembro de dois mil e catorze.

A NotáriaSandra Morais Teles Bolhão

Reg. sob o nº22

Serviços de qualidade em espaço renovado

Clínica dentária Girotto há 11 anos a trabalhar com qualidade e distinção

Serviços de qualidade e distinção são as pala-vras de ordem da

clínica dentária especia-lizada Girotto, situada na Estrada da Baixa de Palmela, n.º 57, na zona da Urbisado, em Setúbal, que funciona num espaço renovado e quali-ficado. Estética dentária, implantes, odontopediatria, ortodontia, periodontia e prótese fixa são as espe-cialidades desta prestigiada clínica dentária.

Com localização privi-legiada, o serviço de quali-dade da Girotto Clínica é ba-seado na inovação, integran-do num só espaço diversas áreas de especialidade, com atendimento personaliza-do, sendo de realçar a aten-ção atribuída ao utente, pro-porcionando um ambiente alegre e descontraído, mas acima de tudo, confortável.

Valorizando o rigor e o profissionalismo para ob-ter sucesso nas interven-ções, facilitando ao utente o acompanhamento pas-so a passo de todo o seu tratamento, a Girotto Clí-nica está dotada de um la-boratório de apoio local, devidamente equipado de modo a poder responder a todas as necessidades da equipa médica, apostando na perícia de profissionais qualificados, garante uma perfeita elaboração dos tra-

balhos mais específicos.No apoio a toda a equi-

pa médica, está disponibi-lizada a melhor tecnologia atual, de modo a melhorar a qualidade dos serviços prestados, num ambiente alegre e descontraído, pen-sado, acima de tudo, para proporcionar conforto do paciente. «Cada cliente é um caso. Para cada paciente tem de ser elaborado um proje-to para se saber o tipo de implante a colocar para que o resultado final seja o mais confortável e natural pos-sível», vinca o médico e pro-prietário da clínica Onis Gi-rotto, doutorado em implan-talogia, pela Universidade de Paris 12,que se mostra «muito satisfeito» com a ati-vidade da clínica, dado que «estamos a fazer em Setú-bal um bom trabalho na área da medicina dentária». O médico revela que o seu ser-viço pauta pela «sincerida-de e honestidade».

Com uma boa carteira de clientes, a clínica Girotto aposta, sobretudo, num ser-viço de «qualidade», subli-nhando que o melhor pré-mio que lhe podem dar é a «satisfação» dos seus clien-tes. «A medicina dentária está muito evoluída e as pessoas não têm de ter medo em ir ao dentista. Ir ao dentista é tão simples como tomar um café», confessa, acrescen-

tando que deve haver «cui-dado com a saúde bocal, por-que é o futuro de cada um que está em jogo. Não se deve ir ao dentista apenas quan-do dói um dente».

A clínica Girotto está aberta de segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 20 ho-ras, e aos sábados das 9 às 12 horas. A clínica está do-tada de dois consultórios, bloco cirúrgico e o labora-tório de próteses dentárias, que dá apoio à clínica e for-nece todo o tipo de próte-se para outros médicos de norte a sul.

No futuro, Onis Girot-to tenciona dotar a clíni-ca e o laboratório de scan-ner intraoral para que «os pacientes não sejam sa-crificados com as molda-gens, porque é menos do-loroso e mais prático e rá-pido».

A clínica Girotto, em ati-vidade há onze anos, possui acordos e convenções com a CGD, PT, CTT, GNR, PSP, AdvanceCare, Future Heal-thcare, Montepio, Médicis, Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, entre outros.

Onis Girotto investiu, no global, cerca de 800 mil euros na recuperação de um edifício antigo, onde se encontra a clínica a funcio-nar e que criou 11 postos de trabalho, e na montagem da própria clínica.

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CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALNOTÁRIAMARIA TERESA OLIVEIRA

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia dez de Dezembro de dois mil e catorze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 134 livro 274 – A, de escrituras diversas, na qual: Hélder Jorge Moita Ribeiro e mulher, Teresa Isabel da Silva Felício Ribeiro casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Padre Américo Faria, n.º 19, Faralhão em Setúbal, contribuintes números 195815718 e 215070380, justificaram a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel: Prédio Urbano, composto de edifício de um piso destinado a habitação e logradouro, com a área de com coberta de cem metros quadrados e a área descoberta de oitenta e sete metros quadrados, sito na Rua Padre Américo Faria, n.º 19A, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, que confronta do norte com Caminho – Rua Padre Américo Faria, do Sul, nascente e do poente com o próprio, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3822, da freguesia do Sado, pendente de avaliação, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D emSetúbal, 10 de Dezembro de 2014.

A Notária,

Maria Teresa OliveiraConta registada sob o número 1946

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DESPORTO

Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com 15

Dizem os dicionários correntes que a diferença entre queda e trambolhão reside no estrondo

do acidente. Portanto o trambo-lhão supera a queda, tornando--a por vezes difícil a cabal sepa-ração dessas duas “categorias”, acidentais.

Este intróito, com o seu quê de insólito, justifica-se pelo que va-mos discorrer, de seguida, sobre os vai-vem de Clubes de uma cer-ta nomeada que já andaram ao ní-vel “top” da 1ª Divisão e militam hoje dois ou três “furos” abaixo de tal bitola, com alguns casos (ra-ros) de desaparecimento total.

São poucos os Clubes que se mantiveram sempre em 1º nível e também poucos os que tiveram fugazes “eclipses” como foi o caso do Vitória de Setúbal, um clássi-co do futebol nacional.

Sob o rótulo de Campeonato Nacional (antes tinha a designa-ção de Campeonato de Portugal) data da temporada de 1938/39 a primeira experiência competiti-va, em novos moldes, com 8 clu-bes participantes dos quais, 65 anos decorridos, apenas 5 continuam no escalão principal, agora com 18 componentes.

Nesse extenso lapso de tempo houve um considerável número de “quedas e trambolhões” desde a 1ª Divisão até à 3ª (que tem o nome simpático de Nacional de Seniores) e até vamos ao escalão seguinte, dos “Distritais”. Salvo erro ou omissão são 9 os clubes que sofreram esse imaginário “trambolhão”: Águeda, Lusitano de Évora, Alcobaça, Alverca, Leça F.C., Barreirense e Montijo (meio disfarçado como “Olímpico”), União de Tomar e “O Elvas”.

Um nível acima, de âmbito na-cional, numa muito alargada 3ª Divisão (80 Clubes divididos por 8 séries) vamos encontrar nada menos do que 13 Clubes que já competiram ao mais alto nível. Nomes: Famalicão, Varzim, Tir-sense, Salgueiros (08), Sp. Espi-nho, Sanjoanense, Naval 1º de Maio, União de leiria, Caldas, Tor-reense, Casa Pia, Fabril (CUF) e Lusitano VRSA.

Já ao nível da denominada Liga2, que envolve este ano 24 clu-bes (com as 6 formações Bs dos “maiorais”) vamos encontrar 13 Clubes que já foram primodivisio-nários, há mais ou menos tempo decorrido. Nomes: Oliveirense, União da Madeira, Sp. Farense, Por-timonense, Olhanense, Beira Mar,

de Aveiro, Académico de Viseu, Santa Clara (Açores), Desportivo de Aves, Atlético, Oriental e Fei-rense – uma plêiade digna de na-tural consideração.

Em resumo: há clubes “eclip-sados” dos seus tempos áureos de militância na 1ª Divisão Nacional, sub-divididos por 13 no escalão imediato, outros 13 na plataforma da 3ª Divisão, 9 nos “Distritais” e 2 “desaparecidos” destes níveis competitivos por declaradas in-solvências que deram brado e al-gumas controvérsias: Riopele (no Minho) e Sporting Campomaio-rense (no Alentejo).

Uns, mais suavemente, caíram e tudo fazem para se levantar. Ou-tros sofreram efeitos de autênti-cos “trambolhões”. E houve desa-parecimentos integrais conforme contámos, sem grandes esperan-ças de recuperação.

Este já extenso exercício de me-mória, entre 1938 e 2015, convida e judiciosa reflexão.

Se, de chofre, perguntássemos a alguém quantos seriam os Clu-bes que tendo passado pelo Tor-neio Máximo, se situam agora um, dois ou três “furos” abaixo de tal honraria, estamos convictos de que muito poucos (ou mesmo nin-guém…) conseguiriam resposta certa. E essa é contundente, cre-mos nós: 37 saudosos dos altos voos competitivos.

Muitas as quedas e os trambo-lhões. Que, certamente, iriam con-tinuar.

David SequerraColaborador

Quedas e Trambolhões

O sorteio da Taça da Liga ditou tarefa difí-cil ao Vitória de Setúbal. O clube, vencedor da 1.ª edição do troféu, está integrado num dos dois grupos com cinco equipas e isen-

to de jogar na primeira jornada. Belenen-ses e Sporting, fora de portas, e Guimarães e Boavista, no Bonfim., são os adversários. O jogo inicial é em Belém, a 14 de Janeiro.

O Clube Recreativo do Palheirão promove nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, um Cam-po de Natal – Minibasquetebol, que decor-re no Pavilhão Municipal, na Moita. Esta

iniciativa vai permitir que um conjunto de jovens, dos 6 aos 13 anos, travem contacto com esta modalidade desportiva, em épo-ca natalícia.

Taça da Liga com grupo di�cil Campo de Minibasquetebol na Moita

“Se, de chofre, perguntássemos a alguém quantos seriam os Clubes que tendo passado pelo Torneio Máximo, se situam agora um, dois ou três “furos” abaixo de tal honraria, estamos convictos de que muito poucos (ou mesmo ninguém…) conseguiriam resposta certa”

Velhas Glórias entregam Troféu Gol�nho Verde

O Núcleo “Valoris Fidelis Causa” das Velhas Glórias do Vitória Futebol Clube

entregou pela nona vez consecu-tiva os galardões Golfinho Verde que homenageiam «aqueles que, através das suas conquistas e feitos, e através da sua entrega, ajudaram a tornar o clube ainda maior».

De entre os galardoados este ano, o destaque vai para José Lima, antigo massagista do Vitória que esteve ao serviço do clube duran-te décadas e que, apesar do esta-do debilitado de saúde não quis deixar de estar presente na ceri-mónia que decorreu no Novotel de Setúbal, a entidade que foi agra-ciada pela comissão.

Os outros nomeados foram Fé-lix Guerreiro, enquanto jogador histórico do clube, António Vaz, na categoria Honra e Prestígio, e Júlio Godinho e José Carinhas, do departamento de futebol juvenil, receberam diplomas de mérito.

Deolinda de Jesus, a fadista se-tubalense que interpreta uma das marchas do clube, foi outra das personalidades agraciadas pelas Velhas Glórias do Vitória.

Frederico Venâncio, jogador da atual equipa, foi escolhido como o melhor da nova era do Vitória e, segundo Nicolau Tavares, presi-dente do núcleo, «foi um nome consensual até por aquilo que o jogador tem feito nos últimos tem-pos e pelas qualidades que lhe são reconhecidas enquanto jogador».

Joaquim Ventura da Silva (Quim), antigo extremo esquer-

do do Vitória, nas décadas de 50 e 60, e que fez parte da equipa que conquistou a Taça de Portugal em 1965, foi agraciado a título póstumo. O antigo jogador foi «reconheci-do pelas conquistas em que se envolveu e por se tratar de um nome de destaque na história do clube», conforme explica Nico-lau Tavares.

Quim já tinha recebido há uns anos o prémio Honra e Prestígio. A filha, Tininha Cardoso, recebeu o novo Golfinho Verde num mo-mento que caracteriza de emoção e orgulho. «Fiquei muito emocio-nada e orgulhosa com o facto de terem reconhecido uma vez mais o meu pai. Acho que foi um pré-mio merecido.»

Veteranos do Vitória marcaram mais uma vez-boa presença na iniciativa

DR

Margarido foi melhor no Circuito Nacional de Estrada

LUÍS Margarido, do Vitória de Se-túbal, foi o vencedor do Circuito Na-cional de Estrada de 10 Km’s, numa prova de resistência e regularidade do atleta que venceu cinco das sete provas em que participou e ficou em segundo lugar nas outras duas.

Os 10 quilómetros do circuito correram-se ao longo de todo o ano tendo-se realizado oito provas.

Luís Margarido, de 28 anos, foi o mais regular de todos os atletas em competição e, na última prova, integrada na Maratona dos Desco-brimentos, foi o primeiro entre mais

de um milhar de atletas à chegada.Para o atleta «valeu a pena todo

o esforço e dedicação para, mais uma vez, levar o nome do Vitória Fute-bol Clube ao primeiro lugar do pó-dio». Luís Margarido que, apesar de representar o emblema sadino, com-pete a expensas próprias é treinado por Fernando Ferreira e Luís Serra-no, que também foi um dos melho-res fundistas nacionais.

O atleta mostra-se feliz pelos re-sultados e para além dos treinadores agradece «ao grupo de colegas do Vi-tória pelo apoio demonstrado». Dupla está em forma

DR

Veteranos sofrem com

atual campanha

Num momento em que o Vitó-ria celebra os «valores fiéis a cau-sa vitoriana» a equipa principal marca passo na I Liga e foi já afastada da Taça de Portugal. Nicolau Tavares diz que «dói ver o Vitória nesta situação. Temos visto jogos péssimos e sentimos que a equipa está a jogar mal. Não culpamos os jogadores nem o treinador, mas sentimos que o Vitória deste ano está frágil»

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O distrito de Setúbal é a região onde mais mulheres foram mortas por um familiar ou

por alguém com quem mantinham ou tinham mantido uma relação íntima. Entre Janeiro e 30 e Novembro, a península registou um total de sete vítimas de homicídio, segundo o Observatório de Mulheres Assassi-nadas, projeto da organização femi-nista UMAR, para quem o número chega a ser «bastante represen-tativo e preocupante», segundo a dirigente Elisabete Brasil.

Os dados foram recolhidos com base nas notícias que foram sen-do publicadas na imprensa dan-do conta da relação entre as víti-mas e os suspeitos, sendo a maio-ria das sete mulheres foram as-sassinadas pelos companheiros ou namorados.

Elisabete Brasil garante que a organização que dirige «não está a mexer nas causas estruturais», sendo que os últimos grandes es-tudos mostram que a prevalência de violência contra as mulheres se tem mantido, «o que tem mu-dado é a visibilidade do fenóme-no na sociedade portuguesa. E isso nota-se no progressivo aumento

de participações», sublinha, admi-tindo que Portugal «até tem inves-tido na prevenção da violência de género. As campanhas de sensi-bilização sucedem-se. As pessoas estão hoje muito mais informa-das, muito mais conscientes de que a violência doméstica é crime. O que está a falhar? Portugal não fez o suficiente para mudar mentali-dades», insiste

O levantamento agora reali-zado concluiu que a maior parte dos homicídios (60%) ocorre den-tro de um quadro de violência do-méstica. Há ainda uma percenta-gem significativa atribuída a ciú-me ou sentimento de posse (13%) ou incapacidade de aceitar a se-paração (10%).

Recorde-se que desde o dia 1 de Novembro, as várias forças de

segurança têm ao dispor uma fi-cha que lhes permitem avaliar o nível de risco de cada uma das ví-timas de violência doméstica com que se deparam. Qualquer caso de médio ou alto risco terá de ser remetido para o Ministério Pú-blico (MP) com alguma sugestão da medida que poderá ser pro-movida pelo procurador e deci-dida pelo juiz.

ÚLTIMA

16 Sábado • 13 dezembro 2014 • www.semmaisjornal.com

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O número 7que envergonhaa região

Número de mulheres mortas vítimas de crimes passionais lidera a nível nacional Legionela detetada na EuroresinasFOI DETETADA a bactéria de legio-nela na água da torre de refrigera-ção da empresa Euroresinas – In-dústrias Químicas. A fábrica de Si-nes parou de imediato a laboração e não há casos de doença a registar, estando a Autoridade de Saúde e o Médico do Trabalho a acompanhar a situação nos próximos quinze dias.

A bactéria foi detetada nas aná-lises feitas por rotina, no passado dia 27 de Novembro, sendo que a em-presa informou de imediato as au-toridades e implementou medidas corretivas. As análises à água foram repetidas ontem, sexta-feira, para que a situação seja reavaliada.

«Até ao momento não há nin-guém infetado mas continuam a ser tomadas as devidas precauções», re-fere Fernanda Santos, da Autorida-de de Saúde do Alentejo Litoral.

A Autoridade de Saúde do Alen-tejo Litoral e o presidente da Câma-ra de Sines, Nuno Mascarenhas, após reunião com os responsáveis pela unidade fabril, deslocaram-se às ins-talações e constataram no terreno a implementação das medidas ade-quadas.

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