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Sagres aporta em terras do Sado para fazer brilhar Dia da Marina ACTUAL Foram goradas todas as expectativas. A Herdade da Comporta já não vai organizar a maior prova de golfe do mundo. A concorrência francesa ganhou. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 665 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 21.Maio.2011 Distribuído com o Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA Anti-Stress Estrela Aurea canta em casa 11 Caderno Edição de “O SUL” e as ‘agressões’ do 1.º de Maio Centrais Pub. +Negócios Secil ganha combustível alternativo 20 maisjornal com Jovens do distrito andam pouco a pé ABERTURA Um estudo nacional a que o Semmais teve acesso revela que os jovens do distrito estão no topo da falta de mobilidade. Com recurso a um pedómetro, os estudos evidenciam que os nossos adolescentes não chegam a dar, em média, 9 mil passos por dia, números muito aquém dos 15 mil passos recomendados pelo Observatório Na - cional da Actividade Física e Desporto. O estudo, que foi realizado nos 18 distritos e avaliou o comportamento de 5231 portugueses, conclui que os rapazes que residem na região de Setúbal não chegam a 50 minutos de actividade física diárias e as raparigas aos 40 minutos. Lembre-se que o distrito regista anualmente cerca de cem mortes anuais relacionadas com obesidade. PÁG. 2 ACTUAL São quatro as dioceses que vão antecipar a entrada no mundo católico praticante. A Igreja fala em «despertar religioso». Mas a decisão só será homologada em Outubro deste ano. Diocese de Setúbal vai testar catequese a partir dos dois anos de idade POLÍTICA A cabeça de lista do Bloco de Esquerda não esquece que nas últimas eleições no nosso círculo eleitoral o partido ficou a 1600 votos de eleger o 3.º deputado. Mariana Aiveca diz que BE pode crescer a 5 de Junho PÁG. 5 PÁG. 10 PÁG. 6 Levámos a tacada fatal na candidatura à Ryder Cup 2018 PÁG. 8 PÁG. 6 A produção de pinhal na região vai triplicar nos próximos anos Eles vêm aí... para reforçar campanha POLÍTICA Os líderes naci- onais preparam esta próxima semana deslocações ao distrito. A maioria vem du- as vezes, para queimar os últimas cartuchos. PÁG. 9 a c os. o 2 te p as 8

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Jornal Semmais 21 Maio 2011

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Page 1: Semmais 21 Maio 2011

Sagres aporta em terras do Sado para fazer brilhar Dia da Marina

ACTUAL Foram goradas todas as expectativas. A Herdade da Comporta já não vai organizar a maior prova de golfe do mundo. A concorrência francesa ganhou.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 665 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 21.Maio.2011

Distribuído com o

Pub.

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

Anti-StressEstrela Aurea cantaem casa

11

CadernoEdição de “O SUL” e as ‘agressões’do 1.º de Maio

Centrais

Pub

.

+NegóciosSecil ganha combustívelalternativo

20maisjornal com

Jovens do distritoandam pouco a péABERTURA Um estudo nacional a que o Semmais teve acesso revela que os jovens do distrito estão no topo da falta de mobilidade. Com recurso a um pedómetro, os estudos evidenciam que os nossos adolescentes não chegam a dar, em média, 9 mil passos por dia,

números muito aquém dos 15 mil passos recomendados pelo Observatório Na -cional da Actividade Física e Desporto. O estudo, que foi realizado nos 18 distritos e avaliou o comportamento de 5231 portugueses, conclui que os rapazes que residem na região de Setúbal não chegam

a 50 minutos de actividade física diárias e as raparigas aos 40 minutos. Lembre-se que o distrito regista anualmente cerca de cem mortes anuais relacionadas com obesidade. PÁG. 2

ACTUAL São quatro as dioceses que vão antecipar a entrada no mundo católico praticante. A Igreja fala em «despertar religioso». Mas a decisão só será homologada em Outubro deste ano.

Diocese de Setúbal vai testar catequese a partir dos dois anos de idade

POLÍTICA A cabeça de lista do Bloco de Esquerda não esquece que nas últimas eleições no nosso círculo eleitoral o partido fi cou a 1600 votos de eleger o 3.º deputado.

Mariana Aiveca dizque BE pode crescera 5 de Junho

PÁG. 5

PÁG. 10

PÁG. 6

Levámos a tacada fatal na candidatura à Ryder Cup 2018

PÁG. 8 PÁG. 6

A produção de pinhal na região vai triplicar nos próximos anos

Eles vêm aí... parareforçar campanha

POLÍTICA Os líderes naci -onais preparam esta próxima semana deslocações ao distrito. A maioria vem du -as vezes, para queimar os últimas cartuchos. PÁG. 9

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Abertura

O maior e fi el retrato à condição física dos portugueses revela um dado pouco abonatório

entre os jovens da região de Setúbal. Diz o estudo que este distrito está no topo da falta de mobilidade ao nível do país e que os adolescentes não são nada amigos de andar a pé. Com recurso a pedómetros fi cou a saber-se que a maioria dos jovens não chega a dar 9 mil passos diários, fi cando longe da meta dos 15 mil que são recomendados pelo Observatório Nacional da Activi-dade Física e Desporto(ONAFD).

Os dados apresentados pelo ONAFD são um alerta sobre o afas-tamento dos adolescentes que residem na região dos padrões de actividade física, não havendo uma explicação concreta para este fenó-meno, segundo o próprio coorde-nador do estudo Luís Bettencourt Sardinha, para quem a falta de mobilidade é ainda mais preocu-pante nos fi ns-de-semana. Uma constatação que torna necessário, sublinha este dirigente, que «sejam criadas novas estratégias que levem as pessoas a mexer-se, praticando mais actividade física».

Rapazes acima das raparigas

O estudo realizado em 18 distritos avaliou o comportamento de 5231 portugueses, onde se conclui que, relativamente a esta região, os rapazes não chegam aos

50 minutos de actividade física diária, enquanto as raparigas não atingem os 40, fi cando distantes da hora diária recomendada pelo observatório.

Uma fasquia, aliás, que poderia ajudar a combater os problemas de obesidade que

afecta um terço dos adolescentes do distrito, salienta Luís Betten-court Sardinha, recordando que «basta um minuto de actividade física vigorosa para diminuir em 5% a probabilidade de excesso de peso ou obesidade». Para este responsável, o uso do pedómetro

pode vir a revelar-se importante, como auto-motivação, já que, explica, «as pessoas vêem direc-tamente a que distância estão de atingir a meta.»

Também os idosos se mostram pouco disponíveis para o exer-cício físico, fi cando longe dos 30 minutos recomendados pelos especialistas, sendo que os baixos níveis de actividade física «duplicam a probabilidade de depressão». São os adultos que acabam por estar mais próximos dos passos diários recomendados.

A média chega aos 8 mil quando o observatório aconselha 10 mil passos diários, o que permite, ainda assim, caminhar mais do que 30 minutos. Contudo, é preciso não perder de vista que a obesidade é transversal a 50% da população adulta do distrito.

Sulfato de glucosamina e condroitina trava o desgaste e alivia a dor

Uma combinação de dois compostos naturais extraídos da casca dos crustáceos, chamados glucosamina e condroitina, alivia os sintomas da osteoartrose. Alguns estudos demonstraram que ambas as substâncias apresentam resul-tados ainda melhores que os obtidos com os medicamentos analgésicos e anti-infl amatórios. O que é real-mente interessante, é que a gluco-samina é o única substância, que até agora, foi capaz de impedir a

progressão da osteoartrose. Alguns especialistas acreditam mesmo que a glucosamina pode reconstruir a cartilagem deteriorada.

Como actuam as substâncias?A glucosamina e condroitina são

moléculas que fazem parte da carti-lagem existente nas articulações. A cartilagem sofre um processo cons-tante de degradação e recuperação, e para que essa recuperação acon-teça, a glucosamina e condroitina devem estar presentes. Como não existem fontes alimentares destes compostos, os suplementos são a

única solução disponível.

- A Glucosamina ajuda na formação e na reconstrução da carti-lagem.

- A Condroitina é responsável pela resistência da cartilagem.

Sem efeitos secundáriosAlém de aliviar as dores e

melhorar as articulações, a gluco-samina e a condroitina têm ainda a vantagem de ter poucos ou nenhuns efeitos secundários. É uma subs-tância segura, bem documentada, cujo efeito surge após 8 a 12 semanas.

Acabe com as doresnas articulações! Um dos aspectos naturais do envelhecimento é o aparecimento da Osteoartrose, a deterioração progressiva da cartilagem das articulações que causa dor e prejudica o funcionamento das articulações. A boa notícia é que agora é possível lidar com este problema de uma maneira natural.

Existem vários produtos no mercado que contêm glucosa-mina e condroitina. Um dos mais efi cazes é o BioActivo Gluco-samina Duplo, à venda em farmácias, cuja fórmula contém as substâncias sob a forma de sulfato para uma melhor efi cácia e cujos resultados estão cientifi camente documentados. Ao contrário de outros produtos, este suplemento contém a dose mínima diária recomendada (1000mg de sulfato de glucosamina e 800mg de sulfato de condroitina que de acordo com os investigadores é a dose necessária para obter bons resultados). Outra das vanta-gens do BioActivo Glucosamina Duplo é não apresentar os efeitos secundários dos AINEs (anti-infl amatórios não esteróides), habi-tualmente utilizados nos casos de problemas nas articulações.

Uma característica que se deve ter em conta quando se compram suple-mentos de glucosamina é a fonte utili-zada. A glucosamina encontra-se comercialmente disponível sob 3 formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetil-glucosamina. A única forma que demonstrou ter efeitos fi áveis foi o sulfato de glucosamina. A explicação é a seguinte: a glucosamina necessita do grupo sulfato (que contém enxofre) para funcionar.

Sulfato – efi cácia assegurada Como escolher um bom produto?

Jovens do distrito “detestam” andar a péEstudo nacional de mobilidade arrasa o distrito de Setúbal em relação aos padrões normais. Os nossos jovens são os que menos andam a pé e um terço deles regista problemas graves de obesidade. Não deixa de ser preocupante.

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

Para evitar cerca de cem mortes anuais no distrito relacionadas com a obesidade, os espe-cialistas garan tem que há metas a cumprir ao nível do exercício físico para combater o excesso de peso, como é o caso dos 60 minutos de acti-vidade física de intensidade pelo menos mode-

rada entre os jovens, que deverão também fazer um reforço muscular três dias por semana. Já os adultos e os idosos deverão acumular 150 minutos semanais de actividade física, mas com intensi-dade moderada, fazendo, por exemplo, jardi-nagem, hidroginástica, marcha ou subir escadas.

A juntar a estes exercícios, devem ser feitos 60 a 75 minutos por semana de actividade aeróbica de intensiva vigorosa. O reforço muscular deve ser feito dois dias por semana. Segundo o obser-vatório, estas práticas estariam a viabilizar um decisivo combate ao sedentarismo.

Região conta com cem mortes anuais por sedentarismo e outras doenças ligadas à obesidade

Os dados apontam para recordes de sedentarismo e obesidade entre os jovens do distrito

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SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO MUNICÍPIO DE MONTIJO

EDITAL N.º 3/2011PUBLICIDADE AOS DOCUMENTOS PRESTAÇÃO DE CONTAS DE 2010

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTOFAZ PÚBLICO que em cumprimento disposto no artigo 4º, alínea c), d), e) e f) do Decreto - Lei n.º 54-A/99 de 22 de Fevereiro, a Assembleia Municipal na sua sessão de 19 de Abrl de 2011, aprovou os Documentos de Prestação de Contas, relativos ao ano de 2010, que lhe foram propostos pela Câmara Municipal, tendo sido anteriormente aprovados por este Conselho. --------------------------------Estes Documentos estão patentes ao público nos correspondentes Serviços Municipalizados, durante as horas normais de expediente. ----------------------------------------------------------------------------------------Para constar e devidos efeitos, se publicam o presente e os outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo. -------------------------------------------------------------------------------------------E eu, Ana Paula Assis Castanho, Técnica Superior, o subscrevi.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Montijo e SMAS, 12 de Maio de 2011

O Presidente do Conselho Administração

Nuno Miguel Caramujo Ribeiro Canta

Pub.

Coordenação regional LVT e GNR unemesforços contra os crimes ambientais

UM protocolo assinado quinta-feira entre o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re -gional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) vai permitir a esta entidade o reforço das acções de fiscalização ambiental.

A ideia é «melhorar a protecção ambiental», explicou presidente da CCDRLVT, Teresa Almeida que gostaria de ter mais meios para responder às

queixas sobre crimes ambientais.

De acordo com o proto-colo, vão ser criados sistemas de cruzamento de informação da actividade de fi scalização e o SEPNA passa a colaborar com a comissão de coordenação regional nas acções de fi scalização.

A comissão pretende, ainda, dar também formação aos agentes, o que vai permitir optimizar as acções", afi rmou Teresa Almeida à Lusa.

A CCDRLVT e a GNR vão elaborar ainda este mês

o plano de acção para este ano, incidindo a fi scalização nas áreas do depósito irre-gular de resíduos na natu-reza e pedreiras.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, o Ministério do Ambiente aplica por ano cerca de cinco mil contra-ordenações relativas a infrac-ções ambientais de um total de 20 mil em todo o país.

O protocolo entre a CCDR-LVT e a GNR na área da fi scalização ambiental é o terceiro a ser assinado no país, depois das regiões Norte e Algarve.

Polícia Marítima apreende 550 Kg de amêijoa

O COMBATE à apanha ilegal de bivalves na península de Setúbal intensifi cou-se esta semana, com as autoridades marítimas a desen-cadearem operações surpresa que resultaram na apreensão de cerca de 550 quilos de amêijoa.

Desde o início da semana, a Marinha, através do Comando Local da Polícia Marítima de Lisboa, tem vindo a efectuar várias operações programadas, dirigidas à repressão da apanha ilegal de bivalves no estu-ário do Tejo, durante as quais foram apreendidos cerca de 550 quilos de amêijoa, dois equipamentos completos de mergulho e vários utensílios de ajuda à apanha, tendo sido, ainda, detectados dois mergu-lhadores e vinte apanhadores ilegais.

Numa das acções, que decorreu terça-feira, numa operação surpresa no Montijo, junto à BA6, foram identifi cados 16 apanha-dores ilegais, foram apreendidos 245 quilos de amêijoa e vários uten-sílios de ajuda à apanha.

Na madrugada de quinta-feira, numa operação programada na área entre Cacilhas e Seixal, dirigida à

apanha ilegal de bivalves com recurso a equipamento autónomo de mergulho, foram identifi cados dois mergulhadores, apreendidos DOIS equipamentos completos de mergulho e 150 quilos de amêijoa.

Na manhã do mesmo dia, numa operação entre o Barreiro e o Montijo, dirigida à apanha ilegal de bivalves, a Marinha identifi cou quatro apanhadores ilegais e apre-endeu 160 quilos de amêijoa e vários utensílios de ajuda à apanha.

Segundo a mesma fonte, nestas acções estiveram envolvidos um Chefe, um Subchefe, dez agentes da Polícia Marítima (PM) e três elementos de troço de mar, que utili-zaram duas lanchas e três viaturas.

Ano do Voluntariado dá a volta aodistrito de Setúbal até final de Maio

A VOLTA a Portugal do Ano Europeu do Volunta-riado vai passar pelo distrito de Setúbal de 21 a 31 de Maio.

A iniciativa junta-se às celebrações da 3ª Festa da Família e da Diversidade, num evento que vai reunir mais de mil pessoas em locais emblemáticos de vários concelhos da península, para falarem do acto voluntário e da sua importância para a construção de uma socie-dade mais justa.

No âmbito do Ano

Europeu do Voluntariado (AEV), a Volta pretende ajudar a promover o debate sobre o tema e, por outro lado, dar a conhecer dife-rentes instituições e opor-tunidades de voluntariado a nível local, nacional e europeu.

A Representação da Comissão Europeia em Portugal, bem como a Comissão Nacional de Acom-panhamento do Ano Europeu do Voluntariado e o Centro Europe Direct da Península de Setúbal, em colaboração

com os parceiros locais, juntam assim esforços para celebrar o voluntariado enquanto exercício de cida-dania em prol da comuni-dade e, também, de promoção de empregabilidade.

De acordo com os rela-tórios ofi ciais, só na Europa, 94 milhões de voluntários dedicam gratuitamente parte dos seus tempos livres a apoiar famílias, escolas, hospitais, clubes desportivos, a protecção ambiental ou os países em vias de desenvol-vimento.

Detido por posse de haxixe na Moita Militares da GNR do Montijo detiveram, terça-feira no parque municipal da vila, um jovem de 17 anos por posse de haxixe. A detenção foi efectuada no decorrer de uma abordagem a um grupo conotado com o tráfi co de droga. Além da detenção, os militares identifi caram mais três pessoas e apreenderam, ao todo, 86 doses de haxixe.

GNR ‘caça’ dois por tráfi co na Costa O Núcleo de Investigação Criminal de Almada deteve dois indivíduos suspeitos de tráfi co de droga, na madrugada do dia 18, na Costa de Caparica. Na altura da detenção tinham na sua posse 59,2 doses de heroína e 109 de cocaína e 240 euros em dinheiro. De acordo com a GNR local, um dos indivíduos já andava a ser investigado há algum tempo pelos militares, tendo sido detido em fl agrante quando vendia droga. O outro foi denunciado pelo comportamento tido perante a presença dos militares, tendo tentado esconder-se num café da localidade.

Apanhados assaltantes violentos Dois jovens foram detidos pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Almada, em Monte de Caparica, pouco tempo depois de terem realizado um assalto à mão armada. Os jovens, ambos com 17 anos, terão roubado 1170 euros, uma carteira com documentos e um telemóvel a um distribuidor de bebidas. Segundo fonte da GNR, para consumarem o assalto muniram-se com uma pistola calibre 6,35 mm, uma espingarda pressão de ar e uma faca. Após o assalto fugiram mas foram localizados pelos militares do NIC entretanto alertados para o crime.

Proibição de pesca em Sines mais uma semana

A INTERDIÇÃO da pesca profi ssional e lúdica na zona da Costa do Norte, em Sines, foi prolongada por mais uma semana, até 27 de Maio, segundo o capitão do Porto de Sines.

Félix Marques, comandante da Polícia Marítima e da Capitania de Sines, explicou que foi feita quinta-feira uma captura de pescado na área interditada, entre o Cabo de Sines e a foz da Ribeira das Fontai-nhas, tendo o peixe capturado sido submetido a uma «análise física e teste de cozedura». Na altura foi detectado que mantém o «sabor a hidrocarbonetos», embora «menos intenso» que na semana passada.

A pesca está interditada na zona desde 6 de Maio e a proibição irá manter-se até às 10h00 de dia 27, altura em que será feita nova avaliação ao pescado.

A interdição de pescar na zona da Costa do Norte, em Sines, surgiu após reclamações de alguns consu-midores relativas a pescado com forte sabor a hidrocarbonetos, que as autoridades relacionaram com uma mancha de poluição detec-

tada na zona do emissário da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Ribeira de Moinhos.

Na altura, Félix Marques consi-derou «prematuro» atribuir o foco de poluição a essa instalação, contudo, no dia 13 de Maio, em nota à imprensa, a Câmara de Sines revelou ter recolhido informações e dados de que a mancha «terá tido origem na ETAR», após um envio, por parte da refi naria de Sines, de «efl uentes com elevada carga de hidrocarbonetos que afetaram o sistema de tratamento biológico da estação».

À agência Lusa, a Galp Energia informou que «lamenta» a situ-ação, mas não irá «fazer comen-tários antes de conhecidos os resul-tados das iniciativas em curso» para «apurar os motivos e conse-quências do sucedido».

Também por e-mail, a Águas de Santo André, que gere a ETAR de Ribeira de Moinhos, declarou que «as autoridades competentes» deverão «estar em condições de dar informação fi dedigna muito proximamente».

Combate aos ilegais intensifica-se

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4 S á ba do | 2 1 . M a io. 2 0 1 1 www.semmaisjornal.comEspaço Público

O conjunto de esforços que se vão registando na máquina socialista, para manter um nível de ruído elevado, com o objectivo de não permitir deixar passar a mensagem do PSD, tem de ser contrariado por todos! É a difícil mas absolutamente neces-sária tarefa de contagiar positiva-mente os portugueses e despertar neles a vontade de votar no PSD.As ciências sociais explicam que o comportamento humano é directa e intimamente dependente da moti-vação e por isso, ao não deixar passar a mensagem do PSD, o Partido Socia-lista almeja impedir a motivação das pessoas para confi ar na mensagem do PSD e nos seus protagonistas.A motivação é, na verdade, uma conse-quência de um estímulo emocional que nos impele para uma acção. O que signifi ca que, em linguagem corrente, não impedirão o PSD de tocar no coração das pessoas.Quando não existe conhecimento sufi ciente para que alguém tome uma decisão que usualmente chamamos de racional, a decisão é tomada com base emocional e não racional! Este é o maior desejo do PS, uma vez que evitando que as pessoas tenham a verdadeira noção da situação do país e não saibam o sufi ciente sobre os diferentes partidos, as suas propostas e as consequências destas para a sua vida, o PS espera conseguir evitar que as pessoas percebam a neces-sidade de tomarem outro rumo nas suas vidas. A tomada de decisão racional está também aqui preju-dicada pelo facto de os socialistas manterem sempre um elevado nível de ruído, uma vez que lhes interessa não permitir um nível de informação adequado a uma tomada de decisão racional, porque têm a certeza que isso lhes será prejudicial. A questão coloca-se então também ao nível emocional e aqui, o que vamos ter de fazer é fortalecer uma rede de afectos, tocando as pessoas e dando-lhes esperança! Hoje assinalam-se 71 anos que Winston Churchill, a 10 de Maio

de 1940, se dirigiu ao palácio de Buckingham para que o Rei lhe pedisse para formar governo. A 13 de Maio, Churchill já como primeiro-ministro dirigiu-se ao povo e, tal como havia feito com os membros do seu governo, declarou com uma honestidade estóica “Eu nada tenho a oferecer-vos senão sangue, sacri-fícios, suor e lágrimas.” Mas Churchill sabia, tal como nós, que é preciso motivar os cidadãos e por isso terminou o seu breve discurso dizendo: “(…) Fazer a guerra contra uma tirania mons-truosa, jamais superada nas trevas do lamentável catálogo dos crimes humanos. Esta é a nossa política. Os senhores perguntam qual é nosso objectivo. Eu posso responder com uma só palavra: é a vitória, vitória a qualquer custo, vitória apesar de todo o terror, vitória por mais longos e duros que sejam os caminhos a trilhar; pois, sem vitória não há sobre-vivência. (…) Mas eu assumo a minha tarefa com ânimo e esperança. Eu estou certo de que a nossa causa não fracassará entre os homens. E, neste momento, tenho uma razão para clamar pela ajuda de todos, e eu digo: ‘ Venham. Vamos avançar juntos, com a união das nossas forças.” “A paixão que Churchill colocou nas suas palavras e a honestidade com que se colocou no meio do seu povo partilhando com eles o que de bom e mau tinha para oferecer, foi a fonte de motivação dos ingleses. É esta a mensagem que temos para dar aos nossos concidadãos e que tanto medo mete ao Partido Socia-lista. Estamos convictos, motivados e acreditamos que vamos conseguir – todos os portugueses vão ganhar. O PSD representa a esperança de que, com trabalho, dedicação, honestidade, transparência e compe-tência, transformaremos – TODOS – Portugal num país melhor!

Vereador da Câmara Municipal do Barreiro eleito pelo PSD! *

Ao longo das últimas décadas, temos assistido a um comporta-mento de muitos empregadores a actuar no limbo da legalidade. Falsos recibos verdes, utilização abusiva do trabalho temporário, incumprimento dos regulamentos de contratação colectiva ou o uso excessivo de contratos a termo, são apenas alguns exemplos que colocam Portugal entre os países da OCDE com maior taxa de precarie-dade. Facto latente na degradação das condições de vida dos traba-lhadores, em nome de uma suposta “competitividade” que tarda em chegar. A contratação colectiva tem sofrido uma erosão permanente quanto ao trabalho digno. Apesar de protegido pela actual Consti-tuição, o trabalho com direitos, tem sentido enorme difi culdade em resistir às ofensivas, cada vez mais perversas e criativas do poder económico numa tentativa desen-freada de furor do lucro, benefi ciando de crises sucessivas de emprego. O endeusamento do capital para-sitou a economia a tal ponto que o emprego decente, o desenvolvi-mento económico e social e a reali-zação pessoal são hoje sonhos e ilusões. Segundo dados do INE, o número de trabalhadores precá-rios em Portugal aumentou 83% na última década sendo já perto de um milhão os que se encontram em situação defi citária nas condições de trabalho. O conceito de despe-dimento por justa causa (artigo 53º CRP) substituído por motivo aten-dível consiste numa proposta de regressão social e mesmo civiliza-cional da lei fundamental. Segundo o Artigo 23º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego”. È precisamente nestas alturas de crise económica, que terá que imperar o bom senso, e colocar um travão aos ímpetos liberalisantes. A revisão do

código do trabalho (lei 7 de 2009 de 12 de Fevereiro), trouxe maior regulação nas relações laborais e pugnou pelo equilíbrio entre as partes. A negociação e a arbi-tragem passaram a dominar nas situações confl ituosas terminando com a fatalidade do poder econó-mico sair sempre como vencedor antecipado. A elasticidade subja-cente ao motivo atendível agora proposto, personifi ca o totalita-rismo do dinheiro e responde na perfeição à facilidade no despe-dimento individual. A verdadeira intenção apensa á proposta, visa substituir trabalho com direitos por trabalho precário e ao mesmo tempo subtrair capacidade de reivin-dicação a quem já se encontra em posição debilitada.Os princípios e os direitos funda-mentais no trabalho fornecem as regras básicas no quadro do desen-volvimento social. O aumento da competitividade e das nossas empresas não passa pela liberdade de despedir, passa sim pela quali-dade na contratação e na qualifi -cação do capital humano ao longo da vida activa. A aposta nos baixos salários e na precarização, subja-cente a uma maior liberdade em despedir, não acrescenta valor aos nossos produtos. Pelo contrário, penaliza o crescimento económico e permite engordar apenas alguns umbigos.

Membro do Partido Socialista*

A cidade de Setúbal comemorou esta semana o Dia da Marinha, exaltando a nossa condição marítima, nem sempre colocada no seu devido lugar.

Tratou de uma simbiose interessante e, de alguma forma justa, uma vez que pela primeira vez a organização militar decidiu evocar este simbolismo num distrito com ligações privilegiadas com o mar, econó-micas, sociais e culturais.

A Marinha sempre teve uma desembocagem singular no distrito. È nesta região que marcam presença o Alfeite, que infelizmente é hoje uma miragem do que já foi; os ‘fuzileiros de Coina’, com o prestígio que têm grangeado ao longo dos tempos; e o teatro de operações de ‘Campo Verde’, em Tróia, são alguns dos ícones territoriais da presença da Marinha no distrito.

Mas há uma coisa que sempre me incomodou e que é bem o espelho do país orgânico que temos: com estes pressupostos não seria legítimo que a Armada do distrito pudesse fazer mais pela nossa Costa, nomeadamente nos domínios da fi scalização e investigação técnica e científi ca?

Mal comparado, faz algum sentido que a nossa Costa não tenha um único sistema de vigilância a funcionar?

Claro que a Marinha não tem nada a ver com isto. Mas podia ter.

Em Portugal temos mesmo muitas quintas. E num país tão pequeno como o nosso esse organograma territorial e político não deixa de ser um empecilho.

A Armada e o distrito

Motivo atendívelnão acrescenta valor

Manuel Fernandes *Editorial // Raul Tavares

«A elasticidade

subjacente ao motivo

atendível agora

proposto, personifica

o totalitarismo do

dinheiro e responde

na perfeição à facilidade

no despedimento

individual»

O acordo assinado entre o governo Português e a “Troika”, prevê signifi -cativas alterações em sede de tribu-tação do património.No fi nal de 2012, o valor tributável de todos os bens devem estar próximo do valor de mercado.Sendo que, prevê-se ainda que a avaliação dos imóveis seja actuali-zada regularmente (a cada ano para imóveis comerciais e uma vez a cada três anos para imóveis residenciais).

Com isto, pretende-se, de forma gradual, reequilibrar a tributação sobre a propriedade imobiliária para o imposto recorrente (IMI) e dar menos importância ao imposto de transferência de propriedades (IMT).Ora, como é sabido, os actos de fi xação de valores patrimoniais (VPT), são os que servem de base à liquidação do Imposto Muni-cipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto Municipal sobre as Transmissões

Onerosas de Imóveis (IMT).A impugnação destes actos depende de prévio esgotamento dos meios administrativos de revisão previstos no procedimento de avaliação.Ou seja, não é admissível a impug-nação imediata do resultado da primeira avaliação, antes se impondo, como condição para o exercício do direito de impugnar, o prévio esgotamento dos meios graciosos previsto no processo de avalia-

ções, ou seja, o pedido de segunda avaliação. (Art.º 74 do CIMI)Assim, caso o contribuinte não concorde com o acto de avaliação tem, obrigatoriamente de requerer uma segunda avaliação.Só do resultado da segunda avaliação, cabe Impugnação Judicial, e somente Impugnação Judicial, nunca Recla-mação Graciosa, já que tal expe-diente não é admissível nos actos de avaliação dos valores patrimoniais.

Reclamações das Avaliações de Imóveis

Paulo Janela

[email protected]

Notas Físcais

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O ruído não será demasiado que a voz do PSD não se consiga fazer ouvir!

NunoBanza *

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Actual

A ACTRIZ mais interna-cional de Portugal, Maria de Medeiros, vem ao 27.º Festróia, que decorre entre 3 e 12 de Junho, para ser distinguida com o Golfi nho de Carreira que começou em 1982, no fi lme “Silvestre”, de João César Monteiro. Igual troféu irá parar às mãos do realizador holandês Jos Stelling, que terá direito a retrospectiva completa na tela.

Com um orçamento a rondar os 400 mil euros, menos 100 mil do que há quatro anos atrás, o Festival Internacional de Cinema de Setúba, com 23 fi lmes na secção Ofi cial, ainda está a negociar com alguns patro-cinadores. Apesar de menos verbas, a organização garante «não cortar na programação, mas sim noutras coisas», vinca Fernanda Silva, direc-tora do certame.

O auditório da Anunciada e o renovado Cinema Charlot vão receber o público que irá assistir aos 180 fi lmes oriundos de 40 países. «Sabemos que o auditório da Anunciada não é uma sala de cinema. A Câmara vai este ano melhorar o visual da sala, com pinturas e colocação de passadeiras, propor-cionando uma nova cara à sala», realça a organização, que deposita enormes

expectativas numa edição, que presta também home-nagem aos fi lmes produzidos na Turquia. «Vamos ter um festival excelente, com convi-dados cinco estrelas, duas homenagens e uma muito boa programação, de onde destaco o ciclo temático “O Amor e a Cozinha”, para esquecer um pouco a crise», afi rma.

Fernanda Silva conclui que é uma «orgulho e uma honra» continuar a organizador um festival criado por Mário Ventura Henriques. «Este festival é organizado durante todo o ano e não apenas em duas semanas, e é muito bem pensado. Penso que é um orgulho para a cidade e para o País, numa altura em que tantos eventos culturais estão a acabar e outros que lutam

para se manter devido aos cortes na

Cultura».

Pub.

Setúbal está entre as dioceses onde a Igreja Católica portuguesa

quer antecipar o início das catequeses para os dois anos de idade. A experi-ência estende-se a Lisboa, Leiria e Santarém, expli-cando o director do Secreta-riado Nacional da Educação Cristã, Acácio Lopes, que a idade de seis anos «é tardia».

O mesmo responsável

refere que esta espécie de «despertar religioso» de - -verá começar a ser feito, «em primeiro lugar em casa, de maneira natural», sem os «tempos formais» da catequese semanal, pelo que Acácio Lopes quer testar esta metodologia em algumas paróquias sadinas.

Esta proposta de ante-cipação vai ser debatida na

Semana Nacional da Educação Cristã, que inte-gram as Jornadas de Cate-quistas (de 7 a 9 de Outubro), alertando o mesmo responsável que esta metodologia «não anula o itinerário forma-tivo tradicional, previsto para começar cerca dos seis anos, com sessões sema-nais de uma a duas horas durante uma década.»

Diocese de Setúbal testa catequesea partir dos dois anos

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Festróia presta tributo a Mariade Medeiros

Município dá 135 mil eurosA autarquia investiu cerca

de 9 mil euros na adaptação do auditório da Anunciada a sala de cinema e garante que o Fórum Luísa Todi estará pronto no segundo semestre

de 2012. 135 mil euros é o montante que o município disponibiliza para a 27.ª edição, que conta com exten-sões no City Classic Alvalade, em Lisboa.

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Produção de pinhão pode triplicarA fi leira do pinhão tem condições para

aumentar a produção, podendo mesmo vir a triplicar os actuais valores até 2020, em conce-lhos como Alcácer do Sal e Vendas Novas, onde se concentra a maior parte desta actividade.

A convicção é do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro, que na segunda-feira visitou a empresa Preparadora de Pinhões, instalada em Pegões, no concelho do Montijo, onde reuniu com representantes da Associação Portuguesa dos Grossistas de Hortofrutí-colas e dos Operadores dos Mercados Abas-tecedores.

Rui Barreiro sustenta que, face aos indi-cadores de crescimento do pinheiro manso, tudo indica que «é possível triplicar a actual produção de pinheiro e de pinha, porque estamos a falar de investimentos que foram

feitos nos anos 90 e que vão começar agora a produzir».

Tendo em conta os números ofi ciais da campanha de 2010, que apontam para um recorde de 75 milhões de euros, Rui Barreiros admite que até 2020 a fi leira do pinhão poderá render cerca de 125 milhões.

O secretário de Estado admite estar na presença de um sector com potencial, que precisa de uma ajuda do Governo. «Estamos reconhecidos relativamente a este sector, que, apesar de várias difi culdades, tem conse-guido dar uma resposta positiva», disse, acres-centando ter sido possível «puxar pela fi leira» em termos organizativos entre a produção, a indústria, a transformação e a comercia-lização. «Porque se as várias valências esti-verem estruturadas é muito mais fácil prolongar e ganhar capacidade», sustenta.

CRIAR parcerias entre agri-cultores e estabelecimentos de restauração e solidariedade social escolas são objectivos da inicia-tiva “Da Quinta para o Prato”, que a Adrepes irá apresentar oficialmente na terça-feira, em Sesimbra.

A ideia é promover a cooperação no âmbito da comer-

cialização de p r o x i m i d a d e promovido pela associação de

desenvolvi-

mento local e Pays du Mans. O projecto, que conta com o apoio dos programas de desenvolvi-mento rural de ambos os países, surgiu da necessidade de encon-trar formas de preservar e tornar competitiva a agricultura nas regiões periurbanas da penín-sula de Setúbal e do Pays du Mans.

A comitiva francesa do Pays du Mans vai estar presente na região entre 24 e 26 de Maio, marcando o início das activi-dades previstas para os próximos dois 2 anos.

No dia 25 de manhã vão ser dadas a conhecer algumas inicia-

tivas de sucesso já desenvol-vidas na região, merecendo destaque as actividades desen-volvidas pela Câmara de

Sesimbra, Artesanal Pesca e SapalSado, bem como as visitas ao estuário do Sado e ao Castelo de Palmela.

O dia 26 é dedicado exclusi-vamente ao projecto PROVE – Promover e Vender, estando previstas visitas às explorações dos produtores de Sesimbra e Quinta do Conde e ao processo de elaboração e entrega dos cabazes de hortofrutícolas.

Agricultura ‘salta’da quinta para o prato

A MARINHA recebeu os jorna-listas no mais emblemático dos navios ao serviço do estado portu-guês. O Navio Escola Sagres zarpou de Sesimbra e navegou até Setúbal numa viagem inserida nas come-morações do Dia da Marinha, com o objectivo de dar a conhecer não só a embarcação como a forma como se processa o trabalho da guarnição composta por 139 tripulantes.

Com as funções de prestar formação aos cadetes da academia, a Sagres tem também um papel importante na diplomacia portu-guesa, como explica o seu coman-dante. «Os portugueses espalhados pelos vários cantos do Mundo

emocionam-se ao ver a Sagres! Sentem-na como um pouco de Portugal. O ano passado, por exemplo, durante a viagem de circum-navegação, o navio foi visi-tado por 300 mil pessoas».

A Sagres celebra em 2012, cinquenta anos que está ao serviço da Armada Portuguesa, e, simul-taneamente, 75 anos da sua cons-trução. Durante este fi m-de-semana, o navio escola vai estar atracado em Setúbal e pode ser visitado pela população assim como outras embarcações da marinha, nomeadamente o novo navio científi co, construído nos estaleiros de Viana do Castelo.

Sagres sulca bons mares da nossa Costa Azul

O TROIARESORT promove este sábado e domingo uma acção de limpeza nas praias do complexo turístico, realizada em parceria com a Brigada do Mar, e um passeio pela envolvente da Caldeira de Tróia que assinala o Dia Interna-cional da Diversidade Biológica.

120 voluntários irão estar envol-vidos numa acção de limpeza, no sábado, que será acompanhada por técnicos do município grandolense, com a fi nalidade de recolher o maior volume possível de resíduos das praias e sensibilizar a população e os agentes turísticos para a impor-tância de preservar a riqueza natural e a paisagem desta região, no âmbito da política ambiental do troiaresort e de respeito pelo meio em que está integrado.

Todo o material recolhido será separado por categorias de resí-duos e entregue às entidades compe-tentes, estando prevista a utilização de um tractor e o recurso a 500 sacos para recolha de lixo. A acção decorre entre as 9h30 e as 17h30.

O passeio terá início às 10h de domingo, será conduzido por Fran-cisco Andrade, da Faculdade de Ciên-cias da Universidade de Lisboa/IMAR, e dará oportunidade para observar de perto a diversidade de espécies existente na Caldeira de Tróia.

Voluntários limpam

A imponente Sagres junto à doca de Setúbal

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O SISTEMA Integrado de Vigilância e Controlo Costeiro (SIVICC) da GNR já não vai a tempo de estar concluído até Agosto, o prazo previsto pelo Governo, deixando o distrito sem radares. A costa alentejana espera por dois equipa-mentos, que serão erguidos em terrenos privados, não havendo ainda dinheiro para os comprar, enquanto o posto de observação fi xo da Fonte da Telha (Costa de Caparica) foi embargado pelo Instituto de Conser-vação da Natureza e da Biodiversidade ( ICNB).

Fontes contactadas pelo Semmais revelam dúvidas sobre a concretização do plano até à próxima época balnear, sobretudo devido à falta de verbas, que invia-biliza o avanço deste sofi s-ticado equipamento. Recorde-se que o SIVICC permite uma extensa cober-

tura costeira, numa uma área entre a linha da costa e uma distância de 24 milhas náuticas (um total de 43,8 quilómetros).

Daí que os radares previstos para Santo André (Santiago do Cacém) e Comporta (Grândola), que em Março foram anunciados para Agosto, estejam na eminência de voltar a ser adiados. Estes dois postos, juntamente com o da Ponta da Galhofa, já no concelho de Odemira, deveriam ter começado a funcionar em Março, mas as negociações com os proprietários dos terrenos – geridos por socie-dades turísticas – viriam a

mergulhar num impasse após a demissão do director de Infra-estruturas e Equi-pamentos do Ministério da Administração Interna no fi nal do ano passado. Contudo, a questão da propalada crise também não favoreceu as negociações.

Posto da Fonteda Telha embargado

Igualmente adiado está o posto da Fonte da Telha, que foi sujeito a um embargo do ICNB por estar em cima da zona protegida da arriba fóssil, criada em 1984, abran-gendo um total de 1570 hectares ao longo da arriba litoral. O equipamento, apesar de ser adaptado a um antigo radar da GNR que já se encontra instalado, não cumpria, segundo o próprio ICNB, os requisitos exigidos naquela área.

Recorde-se que em Março, como o Semmais avançou, o MAI garantia que em Agosto deveria estar concluída a segunda fase do

projecto, embora já com seis meses de atraso. Isto, depois de em Novembro de 2010 o antigo sistema de vigilância costeira da GNR ter sido desligado.

Quanto aos efeitos deste atraso, Pedro Costa Lima, porta-voz da GNR, assegura

que mesmo sem o sistema de radares a funcionar a cem por cento, «a vigilância da costa portuguesa está assegurada», admitindo ainda que «não é associável a quebra de apre-ensões de droga de 2008 com o menor número de radares». Além disso, acrescenta o

mesmo porta-voz, o sistema SIVICC «não pode ser visto de uma forma isolada. É um sistema complementar, que está a ser testado e afi nado.» Nas últimas duas semanas decorreram provas de mar em Sines no seguimento de embarcações.

Sistemas de vigilância da região adiados Vamos ter mais um Verão sem radares de vigilância costeira. A falta de verbas assim o determinou. A GNR continua a garantir que está tudo sob controlo.

A Unidade de Controlo Costeiro da GNR tem em operação cerca de dez câmeras térmicas de longo alcance, distribuídas pelo distrito, sendo que a prioridade das forças de segurança recai sobre as zonas identifi cadas como «áreas de desembarque» onde surge a Costa Vicen-tina como principal prioridade. O próprio MAI garante que «nunca esteve em causa o controlo da costa nas áreas mais afectadas pelo fi m dos meios tecnológicos.»

As dez câmeras técnicas

A ESTRADAS de Portugal (EP) concluiu a campanha de inspecção visual dos pavi-mentos, à totalidade da rede rodoviária sob sua jurisdição directa. O objectivo destas inspecções permite avaliar o nível de manutenção das estradas e a detecção atem-pada das necessidades de intervenção contribuindo para uma cada vez maior garantia de segurança e efi cácia aos automobilistas.

As vias inspeccionadas na

região de Setúbal são a ER Montijo/Marateca, a ER10 Almada/Seixal, a ER10-4 Outão/Setúbal, a ER 11-2 Barreiro/Moita, a ER377 Coina/Cabo Espichel, a ER377-2 Costa de Caparica/IC32, e a ER379-1 Aldeia de Irmãos/Outão.

As inspecções foram realizadas por equipas de observadores integralmente constituídas por trabalha-dores da EP devidamente formados, que percorreram as estradas e identifi caram

o nível de conservação da rede rodoviária.

Já em 2009 e 2010 a EP tinha realizado uma campanha de observação visual do estado de conser-vação dos pavimentos, abrangendo uma extensão total de 13 521 quilómetros.

Além da observação dos pavimentos, foi também reco-lhida informação relativa às bermas, ao número de vias, ao tipo de camada de desgaste e à demarcação quilométrica.

EP inspecciona estradas do distrito

A falta de dinheiro leva a que, mais uma vez, os sistemas de radar sejam uma -miragem- nas opera;\oes de vigil|ancia das zonas costeiras do distrito

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O PRESIDENTE da Cáritas, Eugénio Fonseca; Joaquim Benite, director da Companhia de Teatro de Almada; o docente e ambien-talista Viriato Soromenho Marques; o treinador José Mourinho e a Federação de Bombeiros do Distrito, em representação de todos os bombeiros voluntários da região foram as entidades que segunda-feira receberam Medalha de Mérito Distrital das mãos do Governador Civil.

Emocionado, Manuel Malheiros destacou o «impor-tante» trabalho que têm vindo

a realizar nas mais diversas áreas da nossa sociedade e «o contri-buto que deram e dão para o desenvolvimento do distrito».

«Estas distinções serão, com certeza, reconhecidas por todos como merecidas e serão uma maneira de provar às pessoas que aqui estão e aos homenageados que não os esquecemos e que temos pelo seu trabalho uma grande admiração», sustentou.

A Medalha de Mérito Distrital destinada ao treinador de futebol José Mourinho foi a única que não pôde ser entregue, na altura, uma vez

que, por questões de trabalho, Mourinho não pode estar presente na cerimónia. No entanto, o técnico setubalense afi rmou, em mensagem enviada ao Governador, ter fi cado «muito sensibilizado» com a atribuição da distinção e que pretende «recebê-la pessoalmente», assim que se deslocar a Setúbal.

Governador Civil homenageia setubalenses de mérito

O PRESIDENTE da Junta Metropolitana de Lisboa (JML) e presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, foi reeleito presidente do Conselho Fiscal da Europan, na Assembleia-Geral que decorreu em Lisboa.

A Europan é uma Federação Europeia, constituída por institui-ções públicas e privadas, cuja missão é activar o intercâmbio europeu em torno de ideias inovadoras, com uma preocupação comum no tema da “urbanidade Europeia”, ao nível da arquitectura, do urbanismo e do ambiente.

Ao abrigo desta missão, são promovidos concursos dirigidos a jovens arquitectos com menos de 40 anos de idade, que visam promover a investigação, inovação e intercâmbio e acompanhar os projectos premiados no sentido da sua realização.

Carlos Humberto reconduzido na Europan

A HERDADE da Comporta perdeu a organização da Ryder Cup 2018, a mais importante prova do calendário de golfe internacional, para a concor-rente francesa.

Portugal apostava forte na realização do evento despor-tivo que coloca frente a frente as equipas da Europa e dos Estados Unidos e que muitos defendem ser a terceira prova mais mediática do Mundo, logo depois dos Jogos Olímpicos e dos Mundiais de Futebol.

Para o presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Pedro Paredes, «é sempre aborrecido perder», mas ainda assim admite que «valeu a pena fazer apresentar esta candidatura!». O autarca considera que «as parcerias entre o Governo, em especial com a secretaria de estado do turismo, a Herdade da Comporta, a Fede-

ração Portuguesa de Golfe e a própria câmara de Alcácer, foram bastante positivas. Gerou-se um ambiente de trabalho em prol do país, da região e do concelho que foi bastante proveitoso».

Pedro Paredes adiantou ao Semmais que a Herdade da Comporta pondera já a possibili-dade de apresentar uma nova candidatura para a realização da Ryder Cup de 2022. E embora admita que os «personagens desta nova candidatura possam não ser os mesmos» é importante que o Litoral Alentejano e a região conti-nuem a «valorizar o desporto como forma de potenciar o factor turís-tico, à semelhança daquilo que aconteceu com o Dakar e com a Atlantic Tour», a prova de hipismo que durante um mês anima também a Herdade da Comporta.

Impacto da prova geraria 550 milhões de euros

A consultora Deloitte avançou, o ano passado, que a Ryder Cup teria um retorno económico três vezes superior aos 184 milhões de euros regis-tados no Euro 2004. A prova tem condições de gerar receitas na área do turismo superiores a 200 milhões de euros. Segundo a Deloitte, o incremento de golfi stas nos campos do país que acolhe a prova pode atingir receitas de 170 milhões de euros e há que contabilizar 160 milhões em receitas decorrentes de três provas anuais do Circuito Europeu a realizar entre 2013 e 2022. Ao nível das receitas de IVA e IMI a realização da Ryder Cup 2018 em Portugal poderia criar receitas fi scais da ordem dos 280 milhões de euros. Foi tudo isto que se estima que Portugal tenha perdido ao não organizar a prova!

Que grande tacada Que grande tacada que levámos!que levámos!

A Ryder Cup foi-se para terras francesas

Temos dez convites duplos para oferecer aos nossos leitores para irem aos cinemas Zon Lusomundo do Freeport de Alcochete assistir ao fi lme de acção/aventura “Piratas das Caraíbas por Estranhas Marés”, realizado por Rob Marshall, com Johnny Depp e Penélope Cruz nos principais papéis.

Sparrow (Johnny Depp) reencontra uma mulher do seu passado (Penélope Cruz)

e não tem a certeza se ela está apaixonada por ele ou se ela é uma mulher vingativa e cruel que o está a usar para encon-trar a Fonte da Juventude, uma fonte mística que também é procurada por Blackbeard (Ian McShane), um pirata lendário e o icónico comandante do Queen Anne´s Revenge.

Participe e ganhe todas as semanas bilhetes duplos para a melhor sala de cinema do país no maior Outlet da Europa,

com estacionamento gratuito. Os convites que temos para oferecer são para a sessão do dia 28, às 21h30, na sala 1. Para se habilitar ligue: 918 047 918.

A Zon Lusomundo gere 7 salas de cinema, uma delas a maior do País, no Freeport de Alcochete, que oferece as melhores condições aos apreciadores da sétima arte. A capacidade total das salas é superior a mais de 2 600 espectadores.

Convites para “Piratas das Caraíbas” no Freeport

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Política

Em 5 de Junho temos elei-ções legislativas forçadas. A oposição, de direita e à esquerda do PS, juntaram-se, oportunisticamente, para derrubar o Governo de José Sócrates. Fizeram-no apesar de termos como pano de fundo a maior crise inter-nacional de há muito tempo, e a primeira, com estes contornos, na chamada era da globalização.Disse bem o 1º Ministro demissionário, num recente debate televisivo com Fran-cisco Louçã, quando afi rmou que não era, de todo, respon-sável pelo despoletar da crise que atravessou fron-teiras por esse mundo e na própria Europa. Fê-lo em resposta à construída amnésia transversal aos partidos da oposição que pisam e repisam este discurso de modo a obterem, julgam eles, resultados, face aos interesses politico-elei-

toralistas imediatos.Nunca é demais denunciar esta táctica quadripartida que desencadeou, nos tempos recentes, o 5º acto eleitoral.Também não é demais recordar a triste prestação do(s) Governo(s) PSD/CDS que antecederam o de maioria absoluta do PS. Em 2002, no início de funções, a taxa de desemprego em Portugal era um pouco acima de 4% e o défi ce registava 2,4% do PIB. Dois anos depois, quando ‘caíu’ o Governo liderado por Santana Lopes que, como se sabe, sucedeu a Durão Barroso, que optou por ‘voos mais altos’ ( onde hoje, sobre a sua direcção, pairam muitas nuvens negras), o desemprego estava em 7,5% e o défi ce orça-mental era na ordem dos 6,8%! E sem crise…!!!José Sócrates e o PS iniciaram funções em Março de 2005 com esse quadro e, em 2 anos ( menos 1 do que o previsto),

o défi ce foi reposto abaixo dos 3%, mais concretamente 2,6%, em 2007 e , em 2008, ano em que a visibilidade da crise internacional queria fazer-se sentir, este indicador foi de 2,8%. Quanto à taxa de desemprego, o 3º trimestre de 2008 apontava para 7,2%.Já agora, e a propósito da dívida, importa que se diga que Portugal, já nos movi-mentos da crise, a aumentou em 36% ( 2007-2010). Mas, e porque, de facto, o problema não era só nosso, a média do aumento na União Europeia foi de 34%. E já agora, também, porque aumentou muito o défi ce de 2008 para 2009 ( ano de muitos e muitos problemas por toda a parte)? Porque o Estado ( que o PSD quer a todo o custo não só minimizar mas, antes, eclipsar ) teve de se substituir, se quiser, acudir, mas eu diria, proteger. Proteger o emprego, as famílias, a

economia, como aliás todos os países europeus. Se não o fi zesse o quadro hoje era, sem sombra de dúvida, ainda pior.Eis, pois, os factos.Alguém tem dúvidas de que se a realidade de mantivesse constante o PS e o seu Governo tinham hoje resultados de excelência na maioria dos domínios? E que, com a deter-minação reconhecida, e parti-cularmente com a coragem provada em enfrentar movi-mentos coorporativos insta-lados, as reformas estruturais estavam em marcha e parte delas já a dar os seus frutos?Mas a realidade foi o que foi. A realidade não se manteve constante. Houve ( há) uma crise internacional. Uma crise que, sem vontade e sem fuga, Portugal forçadamente importou.Perante as difi culdades do país e as suas consequên-cias na vida dos portugueses que fi zeram os ‘iluminados’

agentes da oposição’? Apro-veitaram-se, descarada e despudoradamente. Era o momento do ‘repasto do abutre’! Era o momento da ‘boleia’ às costas da afl ição e das incertezas, legítimas, dos portugueses!A direita escavou na ‘brecha’ construída pela retórica dema-gógica e a esquerda extremista aceitou o papel de sub-emprei-teiro e deu o respectivo e perverso contributo.A resistência ao pedido de ajuda externa – Fundo Europeu de Estabilização Financeira – sempre assu-mido, e bem, por José Sócrates, na convicção que nos cabia a nós, portu-gueses, resolvermos os nossos problemas não vingou, por exclusiva responsabilidade de quem induziu a crise política: a coligação negra PSD/CDS/PCP/BE.Agora, faltam poucos dias para

os portugueses se pronun-ciarem. Os tempos são e vão ser difíceis. Não há que negá-lo. Mas, o PS já provou de que é capaz ( destaquei-o resumi-damente acima). É no PS que está a experiência, a capaci-dade demonstrada, a deter-minação para ‘sairmos deste fi lme’. Que a memória não seja curta e, fundamentalmente, que travemos uma luta, uma grande luta, para barrarmos a vontade expressa do PSD de ‘inaugurar’ em Portugal a insta-lação de uma política neoli-beral.O povo português tem provado que quer ser gover-nado pela esquerda mode-rada, pela social democracia. Para o conseguir a primeira e forte ‘arma’ está já aí no dia 5 de Junho: o voto. Que o momento seja aproveitado em pleno. Portugal necessita.

* Officil errum ut aut

Prontos para travar a tentação neoliberal

EuridicePereira*

O país enfrenta a maior crise de que há memória e está perante aquela que será, certa-mente, a última oportunidade de voltar ao caminho do desen-volvimento. As conquistas dos portugueses no Estado social têm que ser salvaguardadas, entre elas a garantia de saúde e educação de qualidade para todos os cidadãos, quaisquer que sejam as suas condições económicas. O PSD desde o 25 de Abril tem sido um dos partidos que mais contribuiu para a construção desse mesmo Estado Social. Agora, perante o descalabro das nossas contas públicas que resulta das políticas erradas dos últimos seis anos, e a emer-gência de pedir ajuda aos nossos parceiros europeus, temos pela frente um grande desafi o para reconquistar o Estado social.Mas não nos iludamos: sem criar riqueza não será possível manter aquilo que os portu-gueses pretendem do Estado. Uma educação para os seus fi lhos e saúde para todos. Sejam elas proporcionadas pelo Estado, cooperativas de ensino, escolas privadas, misericór-dias, associações de médicos ou outras organizações da sociedade civil. E para isso é preciso crescer, dar condições às empresas, sobretudo às micro e PMEs, para criarem a riqueza que é a única via para a sustentabilidade do Estado social. E o distrito de Setúbal assume neste enquadramento

um papel central. Temos de recentrar as nossas prioridades ao nível económico na dina-mização das exportações e na substituição de importações. O distrito de Setúbal é rico em recursos naturais: tem um potencial turístico imenso, em grande parte ainda por explorar adequadamente, tem poten-cial agrícola e de produção da fi leira fl orestal, tem potencial nas pescas, nos produtos e marcas regionais de carácter único. Setúbal é um distrito de empreendedores, com capa-cidade de criar riqueza se o Estado criar o enquadramento apropriado e não permitir que os escassos recursos de que vamos dispor nos próximos anos continuem a ser desviados para um Estado gordo, inefi caz, para sustentar rendas para as grandes empresas. O caminho para a recuperação é estreito e vai exigir sacrifí-cios, porque o governo do Engº Sócrates nos últimos seis anos cavou um buraco demasiado fundo e pediu ajuda demasiado tarde. A implementação das políticas correctas, propostas pelo PSD, vai demorar ainda algum tempo a produzir efeitos para as famílias e a reduzir signifi cativamente o desem-prego e, até lá, a prioridade tem de ser assegurar a coesão social através do Programa de Emer-gência Social.

* Cabeça-de-lista do PSD Distrito de Setúbal

Setúbal a crescer

para garantir

o Estado SocialMaria Luís

Albuquerque*

Os líderes partidá-rios vão deslocar-se um pouco por

todo o distrito, no âmbito da campanha eleitoral dos partidos para as eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, para contactar e convencer as populações a colocar a cruz nas suas candidaturas.

Já este sábado, dia 21, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pela manhã, vai contactar com os clientes e comerciantes do Mercado do Livramento, em Setúbal, seguindo depois para a baixa da cidade. Ás 12 horas deverá chegar ao Barreiro, com concentração junto à Es -tátua Alfredo da Silva. Às 16 horas visita a “Feira de Maio”, na Moita, sendo que a jornada encerra com um comício, às 21 horas, na Incrível Almadense.

O líder socialista, José Sócrates, no dia 30, participa num almoço em Almada com militantes. À tarde desloca-se aos principais concelhos para contactar com as popu-lações e, a partir das 21h30, vai estar num comício no pavilhão do Clube Naval Setubalense. Antes deste dia,

prevê-se que almoce com elementos da Juventude Socialista no Montijo.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, no dia 28, às 11 horas, passeará pelas ruas da zona antiga de Alcochete. Às 13 horas almoça com apoiantes nos Bombeiros do Pinhal Novo, seguindo-se, às 21h30, um comício junto ao coreto da Avenida Luísa Todi, em Setúbal. No dia 30 faz um périplo pelos concelhos do Litoral Alentejano, culmi-nando a jornada com um comício em Alcácer do Sal. No dia seguinte, a campanha arranca com acções de rua em Almada, a partir das 10h30. O almoço, com vários presidentes de autarquias, também decorre neste concelho. As acções de rua regressam na manhã do dia 1, na Baixa da Banheira, e, à

noite, participa num comício na Praça da Igreja, no Seixal. A campanha comunista culmina dia 3, em Palmela, na Sociedade Humanitária, onde almoça com funcioná-rios do município. Às 17h30 vai estar presente na marcha da CDU que tem lugar no Barreiro. O jantar será servido em Almada.

Já Paulo Portas irá encerrar a campanha na cional do PP em Setúbal, no dia 3 de Junho. Ao início da tarde tem lugar uma arruada na baixa sadina e, mais tarde, visitará duas associações recreativas nos concelhos do Seixal e Montijo. Paulo Portas regressa depois a Setúbal para jantar com apoiantes e militantes. Mas antes, na manhã de 27 de Maio, o líder dos populares tenciona medir o pulso à segurança

do distrito e marcou uma reunião com o comando da PSP de Almada. Posterior-mente, no mesmo concelho, Paulo Portas tem agendado um encontro com represen-tantes de associações sindi-cais e sócio-profi ssionais das forças de segurança.

Francisco Louça, líder do Bloco de Esquerda, vai estar na Cova da Piedade na próxima segunda-feira, dia 23, a partir das 17h30, onde integrará uma ar ruada no centro histórico desta freguesia. No dia 26, à noite, participa e discursa num comício agendado para a Incrível Almadense, e no dia 31, também à noite, estará presente num outro comício na colectividade barreirense “Os Franceses”, iniciativa que será antecedida de um jantar-convívio com apoi-antes e simpatizantes.

Líderes nacionais ‘invadem’ região para espalhar simpatia

Sácrates, Passos Coelho, Portas, Jerónimo de Sousa e Louçã à caça do voto setubalense

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Semmais - O BE pede aos portu-gueses um novo 25 de Abril a 5 de Junho. Que resultados práticos pretende com este apelo?Mariana Aiveca – Um novo 25 de Abril em Portugal signifi ca termos um país que responda a problemas como o desemprego e a precariedade, ter-mos um governo que responda ca-balmente a questões fundamentais como o emprego, a escola pública, a saúde, a segurança social, a liberda-de e a democracia. Devemos ter um governo que saiba proteger as em-presas do Estado e sob a tutela do Estado, e não aceitar propostas como as que estão agora a ser feitas, da sua privatização, nomeadamente na área da energia e até a própria Caixa Ge-ral de Depósitos. São estes os prin-cípios fundamentais para os quais o povo deve, também, contribuir.

SMJ – A sua resposta indica que considera caducado este modelo de democracia?MA - Sem dúvida que sofreu uma grande erosão, e nos últimos anos o que tem acontecido é exactamen-te, em muitos aspectos, a perver-são da democracia. O 25 de Abril surgiu precisamente da busca de melhores condições de vida, de li-berdade e de uma sociedade mais

justa, e afi nal o que temos hoje é a ausência das condições fundamen-tais de um sistema para um demo-crático. É preciso responder com mudança, e é preciso responder principalmente a uma geração que vai viver ainda pior que a actual.

SMJ – Ao defender nova revolu-ção, considera o PS um partido à direita?MA – As políticas do partido de José Sócrates são as políticas do FMI que, por seu lado, são as políticas da di-reita. E a governação dos últimos seis anos é bem demonstrativa de que Sócrates atacou os trabalhadores, fazendo uma revisão do Código do Trabalho. Não respondeu ao desem-prego e o desemprego agravou-se. Estamos hoje mais pobres e so-mos mesmo o oitavo país em que a pobreza infantil mais se agra-vou. As pensões são extremamen-te baixas e não respondem às di-fi culdades dos pensionistas, a pre-cariedade é cada vez maior e te-mos dois milhões de pobres. O governo não respondeu às neces-sidades dos portugueses, não criou serviços públicos de qualidade, pri-vatizou alguns serviços e bens es-tratégicos do país e entrega áreas fundamentais a parcerias público privadas que têm sido ruinosas para o país. É o caso do grupo Melo na saúde e das grandes obras públicas onde entra sempre a Mota Engil. Contrariamente ao que estava ex-presso no seu programa eleitoral de 2005, o governo do PS assume que abandonou os portugueses, não respondendo às necessidades

das pessoas e em completa con-tradição com aquilo que procla-ma relativamente aos valores da liberdade e da democracia.

SMJ – Se Sócrates vencer, para combater uma eventual coligação à direita o BE estará disposto a fazer um acordo com o PS?MA – Nós temos uma política de alianças, como está provado, com muitos sectores da sociedade em torno de questões concretas. Jun-támo-nos e fi zemos acções em tor-no da defesa do serviço nacional de saúde, juntando aqui muitas pessoas que não pensam como o BE noutras áreas mas que pensam como nós nesta. Este tipo de acordo é possível, mas já não é possível fazer qualquer tipo de coligação com um partido que defende e pratica políticas contra os portugueses. O que propomos é um governo de esquerda com todos os que, não sendo do BE, comunguem destas nossas propostas.

SMJ – Acredita que Sócrates tem condições para ganhar?MA - À velocidade a que os acon-tecimentos políticos ocorrem nada é previsível. A cada dia somos sur-preendidos com dados novos e as coisas mudam constantemente, nomeadamente nas questões re-lacionadas com a dívida. Nós es-tamos de corpo inteiro a disputar estas eleições, numa situação que é difícil, pois o medo é muito gran-de e as pessoas mostram-se apre-ensivas. O nosso papel é também descomprimir esse sentimento e

contribuir para que a esperança renasça porque há, de facto, alter-nativas a este estado de coisas.

SMJ – Porque é que o BE não quis reunir-se com a Troika?MA - A Troika não veio aqui ne-gociar com nenhuma força polí-tica, pois quem tem capacidade para negociar, se é que existe al-guma margem para negociação, é exactamente o partido do gover-no. Os partidos não foram chama-dos, mas antes alguns ofereceram-se para ir dar a sua opinião. O que o BE exigiu desde o primei-ro momento foi que o Governo consultasse os partidos nessa ne-gociação, no entanto, o protago-nista dessas audições é exacta-mente o governo. Por isso é lamen-tável que PSD e CDS se tenham colocado de joelhos perante o FMI. Tiveram alguma capacidade de ne-gociação? Claro que não, e nem podiam ter. Quem assinou o com-promisso com a Troika não foi o PSD nem o CDS, foi o Governo.

SMJ –O programa do BE pretende demonstrar que não havia neces-sidade de intervenção do FMI. Quais são as linhas de orientação?MA – Em primeiro lugar, fazer uma auditoria à dívida pública, saber o valor exacto e proceder à sua re-negociação. E temos de a renego-ciar como qualquer pessoa rene-goceia os seus créditos pois temos taxas de juros quase impagáveis e prazos não concretizáveis. Isto já aconteceu com outros países e mais cedo ou mais tarde este pro-blema vai colocar-se em Portugal. Ainda há uns dias o Boletim de Pri-mavera avisava que já em 2011 a dí-vida deverá atingir os 101,7 por cen-to do Produto Interno Bruto e em 2012 107,4 por cento. Isto signifi ca que tudo o que ganhamos e produ-zimos é para pagar a dívida. Isto não tem qualquer viabilidade para o país.E defendemos mais, queremos que seja criado um fundo para o pa-gamento dessa dívida, pois não é possível pagá-la sem criar um fun-do de resgate que garanta as ver-bas para tal. E a proposta do BE é muito clara, assenta na tributação das operações bolsistas, das trans-ferências para os paraísos fi scais e apresentamos um imposto so-bre as mais-valias urbanísticas.

SMJ – A criação do fundo de res-gate iria, de algum modo, evitar que os portugueses pagassem a crise?MA – Eventualmente levaria a ou-tras medidas, que também propo-mos, mas que protegeriam os por-tugueses. Por exemplo, propomos também cortes nas despesas mili-tares, nos salários dos gestores pú-blicos e que seja aprovado Orça-mentos de Estado de base zero, pre-cisamente para saber onde é pos-sível cortar e não haver cortes ce-gos. Porque o que tem havido, até agora, são exactamente cortes sem-pre direccionados para os salários, as pensões e para os direitos dos cidadãos. Ninguém toca, por exem-plo, nas obras públicas que não eram necessárias, e nas parcerias público privadas cuja renegocia-ção nós também propomos.

SMJ – Que mensagem vai fazer passar ao eleitorado do distrito?MA – Vamos dizer que o distrito, como é muito evidente, tem sido bastante fustigado com estas políticas. Esta-mos num distrito com potenciali-dades enormes, a todos os níveis, desde naturais a humanas. Temos uma história de qualifi cação profi s-sional quase impar relativamente ao quadro do país. Mas em contrapar-tida, tem-se espatifado o tecido in-dustrial, a agricultura e as pescas. Não se tem contribuído para o apro-veitamento desses recursos natu-rais que são tão importantes, até para o turismo de qualidade que o distri-to merece, e isto hipoteca as gera-ções mais novas.Temos de chamar para aqui outras actividades, temos de ter outras po-líticas de investimento assentes no nosso enorme potencial ambien-tal, agrícola, piscatório e turístico.

SMJ – Nas últimas legislativas, o BE esteve à beira de eleger o ter-ceiro deputado pelo distrito. Es-pera que isso aconteça a 5 de Junho?MA – Estamos muito confi antes. Em 2009 fi cámos a cerca de 1600 votos de eleger mais um deputa-do e o que colocamos, agora, é que seja eleito o terceiro deputado por Setúbal. Estamos convictos de que não haverá derrotas e que, pelas propostas sérias, credíveis e sus-tentadas que apresentamos, va-mos conseguir merecer essa con-fi ança por parte do eleitorado.

Bloquistas querem um novo 25 de Abril a 5 de JunhoMariana Aiveca, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Setúbal garante que há alternativas à intervenção do FMI em Portugal e sustenta que o estado a que o país chegou não é uma fatalidade. A deputada e candidata acusa o PS de ter deturpado os valores da democracia e apela a uma nova revolução traduzida em resultados eleitorais à esquerda.

Agenda Eleitoral para Sábado e Domingo

Sábado, 9h30: Distribuição de campanha em Azeitão, com concentração, às 9h30, no Rossio de Vila Nogueira de Azeitão.

Sábado, Francisco Lopes almoça na Cooperativa do Faralhão; Domingo, 16 horas – Contacto com população na marginal de Sesimbra.

Sábado: Pedro Passos Coelho vai estar em

Setúbal, Barreiro, Moita e Almada.

Sábado, 9h30: Mercado do Seixal; 11h00 - Mercado de Almada; 15h00 – Parque Urbano de Albar-

quel – Setúbal; 15h30 - Azeitão; 21.30 - Feira de Maio da Moita. Dia 22, 9h30 - Mercado da Moita.

Sábado, 21 horas: Mariana Aiveca e Fernando Rosas

deslocam-se à Feira de Maio, na Moita.

DR

A candidata do BE, pelo distrito, acredita que Setúbal vai penalizar o PS

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Anti-stress

Áurea encantaem Santiago do CacémApesar de ter apenas 23 anos, a cantora de Santiago do Cacém, mostrou com o seu disco de estreia, galardoado com Platina, que estamos na presença de uma grande revelação na música portuguesa.Palco da Santiagro, Santiago do Cacém | 22h

+ Cartaz...

Sex 27

Pedro e o lobo mauA Animateatro, que festeja 10 anos de vida, apresenta “Pedro e os Lobos”, inspirada na obra de Sergei Prokofi ev, onde Pedro descobre que afi nal o lobo não é um bicho mau. Cinema S. Vicente, Paio Pires | 16h

Vintém dá concerto Natural do Montijo, este ex-elemento da banda D´ZRT, celebrizou-se pela sua actuação como Tope na série televisiva “Morangos com Açúcar”. Participou na “Operação Triunfo 2”. Cinema Teatro Joaquim D´Almeida | 21h30

Dom 22

Sáb 21

Sex 27

Sáb 21

Nola Rae faz rirUma das maiores fi guras do teatro físico britânico sobe ao palco do Centro de Artes para um espectáculo em que o poder e o despotismo são os temas da peça “Exit Napoleon”. Centro de Artes de Sines | 22h

Pop-marialvaOriunda da zona de Leiria, Caruma é uma jovem banda radicada na música tradicional portuguesa e com um toque balcânico na componente instrumental. Lançou o disco de estreia no ano passado. Centro de Artes de Sines | 22h

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Page 12: Semmais 21 Maio 2011

12 Impressão Digital S á ba do | 2 1 . M a io. 2 0 1 1 www.semmaisjornal.com

Que segredos guardam as vinhas da Adega Coope-rativa de Palmela?São segredos de muita qua-lidade, tal como demons-tram os produtos da casa que não param de ser dis-tinguidos em concursos nacionais e internacionais.

O vinho é um bom com-panheiro? Sem dúvida. O vinho faz parte da nossa tradição e cultura há vários séculos. E, como tal, já é nosso companheiro. Além dis-so, beber vinho é um, acto social. Quando bebido en-tre amigos, proporciona o estreitar de laços de amizade.

Os produtores do conce-lho de Palmela são unidos?Dentro do possível, pen-so que sim. Palmela tem uma grande quantidade de associações ligadas à vi-

tivinicultura. Hoje em dia, quem não se agrupa difi-cilmente irá vingar no mer-cado dos vinhos. A união é fundamental nos dias que correm.

Há competição entre os enólogos da região?Penso que não. Eu tenho um bom relacionamento com todos os meus cole-gas e trocamos ideias com muita frequência.

Se não fosse enólogo que outra profissão escolhe-ria?Tractorista viticultor. Sin-to uma grande paz de es-pírito por estar em contac-to com a natureza.

Os vinhos de Palmela são os melhores do Mundo?Sim, estão entre os melho-res do Mundo. Como pro-va disso, o negócio tem crescido, o que contribui

para que sejamos a tercei-ra região do país com mais vendas a nível nacional. A nível internacional, os pré-mios espelham a qualida-de dos nossos vinhos.

Se lhe perguntarem qual o melhor vinho, que res-ponderia?São os que são produzidos na Adega Cooperativa de Palmela (risos) …

Qual a sua opinião sobre os autarcas do distrito de Setúbal?No caso de Palmela, exis-te alguma proximidade e tentativa de servir a re-gião. Sempre que é neces-sário, os autarcas têm cor-respondido às nossas ex-pectativas.

Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos de elogios?De uma forma geral des-taco todos os dirigentes associativos que de forma desinteressada trabalham em prol da nossa região.

Luís Silva, Enólogoe gerente da Adega Cooperativa de Palmela

«A união entre os produtores éfundamental nos dias que correm»

Íntimo Filme ou livro

de cabeceira:

O fi lme “Os Prisioneiros de Shawshank”.

Férias de sonho:

Austrália.

Local de eleição:

Palmela.

A primeira paixão:

Já não me recordo.

Maior ousadia:

Ainda está para acontecer.

Ídolo de referência:

Não tenho.

Projecto de vida

por realizar:

Levar a adega aos lugares cimeiros da produção de vinhos.

Pub.

B. I. Idade: 38 anos // Naturalidade: Palmela Família: Ligada à viticultura há três gerações Estado civil: Casado // Residência: Palmela

Sem

mai

s

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ano: 2011 . nr 16 . mês: maio . director: António Serzedelo . preço: 0,01 €

05.11 NR

16

O DIA EM QUE A DEMOCRACIAÉ POSTA NA GAVETA

FOI CONVOCADA UMA MANIFESTAÇÃO PARA O PRETÉRITO 1.º DE MAIO, EM SETÚBAL, POR UM COLECTIVO INTITULADO “TER-RA LIVRE”. APESAR DE NÃO TER SIDO PARTICIPADA AO GOVER-NO CIVIL, OS CARTAZES ESTAVAM ESPALHADOS POR TODA A CIDADE E NOUTRAS, INCLUSIVE LISBOA (5000 PANFLETOS E 1000 CARTAZES, O QUE DÁ NAS VISTAS).A MANIFESTAÇÃO PODE E DE VE SER VISTA, BEM COMO O MAIS DIVULGADA POSSÍVEL EM HTTP://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=NGMYJZVOG4U. AO LON GO DO PERCURSO NÃO HOUVE DESACATOS, HOUVE UMA BOA INTERACÇÃO EN-TRE OS MANIFESTANTES E OS TRANSEUNTES. A PSP ACOMPA-NHOU-A DESDE A SUA CHEGADA À CAUDA DA MANIFESTAÇÃO DA CGTP. AS PALAVRAS DE ORDEM FORAM “NEM ESTADO, NEM PATRÃO, AUTO-GESTÃO”, OU, “NÃO NEGOCIAMOS A NOS-SA ESCRAVIDÃO, A VIDA É NOSSA, NÃO É DO PATRÃO”. A CON-VOCATÓRIA É CLARA, NO SENTIDO EM QUE NOS PERMITE VER A SUA INTENÇÃO: “DESDE O GRUPO DE PESSOAS QUE COMPÕEM O RECÉM-FORMADO COLECTIVO ANARQUISTA “TERRA LIVRE” DE SETÚBAL QUEREMOS CONVOCAR UMA MANIFESTAÇÃO DE INDIVÍDUOS, GRUPOS, COLECTIVOS, ESPAÇOS OU SINDICATOS APARTIDÁRIOS, ANTI-AUTORITÁRIOS, ANTI-POLÍTICOS OU AUTÓ-NOMOS PARA O DOMINGO 1º DE MAIO DE 2011.DESEJAMOS FAZER DESTA DATA UM MARCO DE MOBILIZAÇÃO NÃO CONTROLADA POR NENHUMA FORÇA PARTIDÁRIA, POR

NENHUMA CENTRAL SINDICAL, OU QUALQUER FORÇA DE REPRESSÃO E CONTROLO DO ESTA-DO. DESEJAMOS RECUPERAR O SEU CARÁC-TER DE MOBILIZAÇÃO GERAL DE TRABALHA-DORES, DESEMPREGADOS, ESTUDANTES E DE TODOS QUANTOS ANSEIAM POR UMA SOCIE-DADE NOVA, LIVRE DE VIOLÊNCIA CAPITALISTA, JOGOS PARTIDÁRIOS E REPRESSÃO ESTATAL.”OS MANIFESTANTES, CERCA DE ALGUMAS DEZENAS DE JOVENS, CHEGADOS À FONTE NOVA, BAIXAM OS ESTANDARTES E BAN-DEIRAS E PREPARAM-SE PARA CONSUMIR UMA SOPA COMUNITÁRIA. A PSP CERCA-OS, TANTO A NAS-CENTE COMO A POENTE. VÊM-SE AGENTES A SAÍREM DOS CARROS POLICIAIS COM SHOTGUNS. LOGO A SEGUIR VÊ-SE A CHEGADA DE UMA CARRINHA DA BRIGADA DE INTERVENÇÃO RÁPIDA E, MAL ESTACIONA, DÁ INÍCIO UM ACTO DE BRUTALI-DADE QUE A TODOS NOS ENVERGONHA.JOVENS A SEREM BRUTALMENTE ESPANCADOS, COMO UMA MENINA, QUE ESCORREGA AO FUGIR A QUEM DESFEREM UMA BASTONADA NA CABEÇA, OU UM MENINO BALEADO POR DUAS VEZES NO PESCOÇO, OUTRO COM CINCO TIROS NUM JOELHO. NINGUÉM SABE COMO NAQUELA TARDE NÃO MORREU NINGUÉM. AS IMAGENS FICAM NA RETINA, PRINCI-

PALMENTE A DE UMA JOVEM, BRAÇOS ABERTOS, DESESPERADA, SÓ, COM OS AGENTES A BRAMIREM OS BASTÕES EM SEU REDOR, INDEFESA, VULNERÁVEL.NÃO FAÇAMOS DE CONTA QUE CONCOR-DAMOS, OU QUE DISCORDAMOS, COM A IDEOLOGIA PUBLICITADA NA MANIFES-TAÇÃO. ISSO É IRRELEVANTE. A PRIMEI-RA QUESTÃO IMPORTANTE É TENTAR PERCEBER SE PODEMOS ACEITAR QUE OS NOSSOS FILHOS SEJAM ESPANCA-DOS PELA POLÍCIA POR TEREM IDEIAS

PRÓPRIAS E LEGÍTIMAS. A SEGUNDA QUESTÃO RELEVANTE É QUE SE AGENTES PROCURAM CONTROLAR UMA MANIFESTA-ÇÃO EM DESMOBILIZAÇÃO COM SHOTGUNS, HÁ UMA INTEN-ÇÃO INEGÁVEL E UMA PREMEDITAÇÃO DA VIOLÊNCIA INTOLE-RÁVEL. A TERCEIRA QUESTÃO É QUE O COMUNICADO DA PSP COMPROVADAMENTE MENTE, E AS INSTITUIÇÕES DO ESTADO NÃO PODEM MENTIR. A ÚLTIMA RAZÃO É, SE ACEITARMOS O QUE SE PASSOU EM SILÊNCIO, ENTERRAMOS A DEMOCRACIA, O DIREITO À OPINIÃO E À SUA EXPRESSÃO. POR TUDO ISTO, ACUSAMOS!

JOSÉ LUÍS NETO

O VERGONHOSO1º DE MAIO

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NA VAZANTENR

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MA

I 2

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"Não devemos tentar manter um

sistema que, se falir, não dará

direitos a ninguém", diz Catarina Marcelino a O SUL

O SUL A meio da sua primeira legislatura o Governo demitiu-se. Que balanço faz dos seus dois primeiros anos na Assembleia da República?Catarina Marcelino - Foi uma experiência interessante e enri-quecedora, que me permitiu de-fender causas em que acredito, contribuir para o debate de ideias e poder, de forma efectiva, alterar legislação como a do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tenho muito orgulho em ter vo-tado essa lei.

S – A actual legislação conta com oposição, tanto à direita, que não a quer, como à esquerda, que a acha curta, pois a adopção fi -cou adiada. Que futuro para este equilíbrio?

CM – Espero que em breve possa ser aprova-do na AR a questão da adopção, porque é uma questão de igualdade, direitos, liberdades e garan-tias de tod@s face aos valores de Abril. O PS assumiu, no anterior programa eleitoral, a legalização do casamento sem a questão da adopção. Assim o fez. Agora o que é importante discutir é o estatuto das crianças nas famílias homos-sexuais, que existem, mas que não têm qualquer enquadramento na lei. É como se não existissem. Esta lei é altamente punitiva para estas crianças. Por exemplo, em casos de separação, por puro preconceito social, estas crianças podem fi car apartadas da sua família afectiva. O que realmente importa é que a criança tenha uma família, não se é um pai e um pai, uma mãe e uma mãe ou um pai e uma mãe.

S – Apesar da actual legisla-ção, o panorama da violência de género na intimidade continua a apresentar números desolado-

res, sendo que Setúbal é um dos distritos cuja marca é das mais pesadas. O que tem falhado nas políticas de igualdade?

CM – Nas políticas de igualda-de há duas questões a desenvolver. A primeira tem a ver com a Justiça. Tem de haver menos impunida-de em relação aos agressores. As falhas estão relacionadas com o dilatar dos tempos num proces-so, falha porque é difícil provar a agressão, falha, por vezes, pela falta de formação dos juízes para lidar com esta realidade. O Centro de Estudos Judiciários devia con-templar formação mais específi ca nesta área. A nova lei da violência doméstica é uma boa lei. Precisa é de melhor aplicação. A segunda questão é que, estou convicta, que a violência doméstica só diminui-rá em Portugal quando as pes-

soas forem educadas com comportamentos pessoais e sociais no âmbito da cidadania, da igualdade e da tolerância. Para isso é preciso que nos currículos escolares exista uma disciplina

específi ca transversal a todos os graus de ensino, com um programa estruturado e com professor@s/formador@s com conhecimentos singulares para leccionarem estes programas.

S – Dentro das discriminações existentes no distrito, uma das mais gritantes e preocupantes é o racismo. O que foi feito nessa matéria?

CM – Apesar de ser uma re-alidade europeia, sendo que em momentos de crise haverá uma tendência de aumento, Portugal é um dos países mais tolerantes. Temos boas políticas de imigração e uma boa lei de nacionalidade, razão que levou a que fossemos premiados pela ONU. Temos uma história de acolhimento rica, que

também tem a ver com a nossa história da emigração. Tudo isto dá-nos uma perspectiva diferen-te, contudo o distrito tem grandes pólos de imigrantes lusófonos, que, por políticas de habitação datadas dos anos 70 e 80 sobretudo, cria-ram situações de exclusão social que precisam de ser reequaciona-das, através de projectos de multi-culturalidade e de trabalho com os jovens de 2.ª e 3.ª geração. Também é preciso reinventar o modelo ur-banístico, que precisa de ser de maior integração. As margens do Sado têm uma história de fi xação e de integração exemplares, que remontam ao Século XV. Esta pode ser recuperada como um bom exemplo para a actual realidade dos imigrantes lusófonos e é com agrado que vejo a possibilidade do surgimento de um museu do negro num concelho ribeirinho do Sado, eventualmente no concelho de Alcácer do Sal.

S – Neste distrito todos os dias empresas fecham, o desemprego tem números assustadores, o Banco Alimentar já anunciou que esgotou os stocks e não estamos ainda a meio do ano. Como gerar e redis-tribuir a riqueza para todos?

CM – Estamos a viver um mo-mento de crise internacional como há muito não acontecia no mundo. Estamos a viver com difi culdades acrescidas pelos nossos défi ces estruturais, nomeada-mente na área da qua-lifi cação profi ssional e na capacidade do nosso tecido empresarial se adaptar a uma nova realidade competitiva, fruto da globalização. Houve um esforço, nos últimos anos, para aumentar a qualifi cação dos portugueses, au-mentar a qualidade da escola pú-blica e um investimento ímpar na ciência e na inovação, bem como na desburocratização dos serviços

prestados pelo Estado. Este esforço foi apanhado por esta crise, não tendo havido tempo para que o país se musculasse o suficiente para ter capacidade plena de fazer face aos problemas daí recorren-tes. Quanto ao combate à pobreza proveniente deste momento difícil, só há um caminho, que terá efei-tos positivos e que passa por uma

economia mais forte, mais competitiva e capaz de gerar maior riqueza. Um Estado que responda às necessidades destas pessoas e necessário e precisa de conti-nuar a apoiar quem

menos tem, mas não pode ser, nem será, a solução deste problema. No que respeita às relações laborais, o que eu acho é que devemos ga-rantir os direitos de quem trabalha, mas também devemos ter alguma

fl exibilidade atendendo à crise e à globalização. Não devemos tentar manter um sistema que, se falir, não dará direitos a ninguém. Te-mos de garantir os direitos dos trabalhadores e também temos de garantir que há condições para haver postos de trabalho.

S – Em 1983, aquando da últi-ma intervenção do FMI, o distrito fi cou destroçado, a fome e o de-semprego assolaram-no. E agora?

CM – A situação do distrito, felizmente, não é comparável à década de 80. Temos uma estru-tura económica e social mais con-solidada. Também temos uma rede de respostas sociais que, à época, não existia e temos empresas es-truturantes, como a Auto-Europa e a Portucel.

Leonardo da Silva e José Luís Neto

[email protected]

“ (...) é importante discutir é o estatuto das crianças nas famílias homossexuais.

CATARINA MARCELINO, DEPUTADA DO PARTIDO SOCIALISTA, LICENCIADA EM ANTROPOLOGIA, AFIRMA-SE COMO DE ESQUERDA, SOCIALISTA E FEMINISTA . DE FACTO, A ACTUAL PRESIDENTE DAS MULHERES SOCIALISTAS TEM UM VASTO CURRÍCULO NOS MOVIMENTOS FEMINISTAS E ASSU-MIU PAPEL PREPONDERANTE NA CAMPANHA PELA DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO. JOVEM, COM IDEIAS CLARAS E OBJECTIVAS, É NOVAMENTE APOSTA DO PS PARA NOVA LEGISLATURA. CATARINA MARCELINO É DA BANDA DE CÁ, É MONTIJENSE, CONHECEDORA COMPROMETIDA COM AS REIVIN-DICAÇÕES DA MARGEM ESQUERDA. NÃO É, CONSEQUENTEMENTE, DE ESPANTAR QUE TENHA ES-TADO NA COMISSÃO DO TRABALHO, SEGURANÇA SOCIAL E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BEM COMO NA SUB-COMISSÃO DA IGUALDADE, NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

“ A situação do distrito, felizmente, não é comparável à década de 80.

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NA VAZANTE NR

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O sol afinal nasce no Poente,

e tudo faz sentidoHá alguns anos um novo mo-

vimento de renovação do associa-tivismo e cooperativismo vai-se dando em Portugal. Trata-se de uma renovação subterrânea do colectivismo cultural, inspirado mais ou menos assumidamente na ideia da alter-globalização à esca-la local (o “glocal”). Ambientalista, protectora do património, inclusi-va e descomplexada, corresponde a uma autêntica revolução mental, em iniciativa livre da infl uência e normalização dos poderes ins-tituídos. Vamos assistindo a um número vasto de erupções es-pontâneas que se transformam num processo ímpar de defesa dos direitos civis fundamentais? Prima Folia (Setúbal), Velha-a-Branca (Braga), Bacolheiro e Crew hassan, RDA 69, Casa da Achada e Grupo de Acção e Intervenção Ambientalista - GAIA (Lisboa), Cooperativa Árvore (Porto), Mer-cado Negro (Aveiro), entre outras, será que têm algo em comum? Pensamos que sim.

Esta visão ideológica, penho-rando convicções em prol do movimento, de colocar crenças em acção, motivou um convite da Associação Cultural Padre José Idalmiro, sedeada na Ilha do Pico, à Prima Folia, para aí leccionar um workshop de formação de dirigen-tes associativos das ONG’s cultu-rais do grupo central do arquipéla-go dos Açores. Esta acção decorreu entre 2 a 6 de Maio na Biblioteca de São Roque. A intenção era explo-rar metodologias e estratégias de aferição de necessidades, formas de envolvimento da comunidade, opções de fi nanciamento e obten-ção de apoio, técnicas de cultura e contra-cultura, entre outras questões para o desenvolvimento sustentável de organizações com acção comunitária.

A belíssima paisagem que nos enquadrou, que foi classifi cada como património da humanidade pela Unesco, terra de basaltos e de extremos, lá nos foi permitindo passar pelo centro interpretativo da paisagem da vinha, obra pre-

miada da dupla setubalense SAMI – arquitectos. Por aqui são invisí-veis, mas em Portugal e no mundo vão somando prémios, prestígio e reconhecimento. Há injustiças de tal modo fl agrantes que das duas uma, ou se transformam em ane-dotas, ou em fenómenos. Numa altura em que são finalistas da 53ª edição dos Prémios FAD (Foment de les Arts i del Disseny), tanto na categoria de arquitec-tura com o referido projecto, como na de Intervenções Efémeras com uma exposição de J. A. Tenente, que teve lugar no MUDE-Museu do Design e da Moda, a eles destinamos o nos-so pensamento e energia positiva.

Na Escola Profi ssional do Pico, assistimos e participámos numa acção de divulgação contra a vio-lência no namoro, promovida pela UMAR (União de Mulheres Alter-nativa e Resposta) - Açores, asso-ciação para a Igualdade e Direitos das Mulheres de cariz feminista. Existente desde 1992, desenvolve

trabalho através dos seus três nú-cleos (São Miguel, Terceira e Faial). O panorama traçado pelas suas voluntárias não é, de todo, anima-dor, mas o activismo convicto vai dando seus frutos. E o que dizer da Agenda Cultural Faialense, com o seu FAZENDO, jornal comunitá-rio, não lucrativo e independen-

te, “boletim do que por cá se faz”, irmão gémeo separado de O SUL (ver http://fazendofazendo.blogspot.com). Tal-qualmente como a Prima Folia com a ACPAES (Associação de Cidadãos pela Arrábida e Estuário do Sado) promovem

anualmente – tanto quanto é pos-sível - os encontros de Desenvol-vimento Sustentável, vemos a ACF com o encontro Potenciar das In-dústrias Culturais e Criativas. E porque não salientar o já intenso trabalho da ACPJI (Associação Cultural Padre José Idalmiro), que já antes da sua ofi cialização se encontrava no terreno, fazen-

do tertúlias, workshops e debates. Note-se que independentemente do ecletismo das crenças pessoais de cada membro, souberam ter arte e engenho de se congregar em torno de uma fi gura que, sendo eclesiástica, foi simultaneamente um vulto cultural de maior relevo. Num lugar em que a terra pode ser sacudida a qualquer momento e que tem actividade sísmica per-manente, ganha-se atitude, isso é inolvidável… sobrevive-se com a força mental dos baleeiros ou, em alternativa, da grande Natália Correia. Neste enquadramento, nada se tem que ensinar, antes sim para partilhar. As periferias são-no cada vez menos, afi rmam-se sim como espaços de fronteira, de ensaio de soluções culturais novas e autónomas, profunda-mente comprometidas com as comunidades onde se integram. À frente deste novo projecto está Susana Moura, setubalense de ascendência cabo-verdiana, que estudou em Coimbra, licenciou-se em Estudos Teatrais em Évora, estagiou no Chapitô em Lisboa, percorreu trabalhando em todas

as ilhas atlânticas e, no Pico, dina-miza a construção deste novo pólo emissor de cultura e vanguarda. As peças que em perpétuo mo-vimento se deslocam no espaço, por vezes, assumem sentidos in-tencionais que escapam aos mais distraídos dos mortais.

O activismo cultural consti-tui-se como último garante da democracia (e, no actual estado das coisas, talvez mesmo o único), mostra-se adaptado e moderni-zado, estabeleceu-se em rede, contrapondo-se efi cazmente às dificuldades de adaptação das organizações governamentais. Num país onde tudo se esboroa um pouco mais todos os dias, terá que saber e querer assumir a sua visão, pois a sua legitimidade e energia será fundamental para dar horizonte onde se já não cantam amanhãs, bem como terá de for-necer coordenadas a quem já go-verna sem destino. Estou convicto que cada vez mais é sua missão assumir-se publicamente.

José Luís [email protected]

Espirituosas, licorosas, destiladas e encevadas

TRAVESSA DOS GALEÕES, L. 5 C

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“ O activismo cultural constitui-se como último garante da democracia (e, no actual estado das coisas, talvez mesmo o único)

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CULTURA04

O Património das MisericórdiasA União das Misericórdias

Portuguesas (UMP) iniciou no ano 2000, um projecto para a inven-tariação do património móvel e integrado de todas as Misericór-dias Nacionais.

Primeiramente através de um protocolo com o Ministério da Cultura, rapidamente se lhe se-guiu, em 2006, uma candidatura ao Programa Operacional de Cul-tura, a partir do qual, o projecto de inventariação teve maior im-pulso e dimensão. Desta forma, se inventariaram 47 Mi-sericórdias, na região de Lisboa e Alentejo, neste momento, o projecto avança na região Norte do País através do Progra-ma Regional “Novo Norte” onde se in-ventariaram mais 21 santas casas.

Setúbal aderiu ao projecto e concluiu o seu inventário em 2007. No seu patri-mónio móvel e inte-grado conta com 583 peças na sua maior parte em regular estado de conservação.

Este projecto, na sua globali-dade e máxima, pretende a divul-gação deste património perante o público em geral, mas também perante a comunidade científi ca.

Pretende ainda, que sirva de exemplo a outras Misericórdias, para que estas hajam no sentido de preservar, valorizar e dina-mizar o seu património, e que ainda não o fizeram pelas mais diversas razões.

Instituições centenárias, as Misericórdias são detentoras de um património que interessa em muito não só à História da Arte, mas também a uma História Social e Cultural Portuguesas. Citando um investigador da área, Dr. Pedro Raimundo: as miseri-córdias portuguesas funcionam como repositórios do património nacional nas suas mais diver-sas expressões. Afirmação esta que condensa seguramente e em pleno, a dimensão da sua impor-

tância patrimonial e cultural.

As formas sob as quais este património chega a estas institui-ções são variadas e muitas vezes fruto de conjunturas nacionais, contudo as mais fre-quentes foram através de legados, doações, testamentos, benfei-torias e anexações de outras instituições na Idade Moderna. Con-tudo, a forma de como

este património foi entendido pelas gerências destas instituições seguiu na generalidade três linhas: o seu uso ininterrupto, a sua alienação como fonte de receita ou o arma-zenamento puro e simples desses objectos. Só muito recentemente, esses objectos começam a ser en-tendidos como Património.

Um facto importante que se verifi cou com a elaboração deste projecto de inventariação é o de se identifi carem 2 grandes temá-ticas: a religiosa obviamente, mas também a laica de âmbito civil.

Aqui, estão incluídos os retratos dos benfeitores refl ectindo valores e atitudes próprias do seu tempo

no âmbito político e social; estão incluídos também objectos que recheavam os hospitais e asilos a cargo das Misericórdias desde finais do século XV, bem como instrumentos cirúrgicos associa-dos a uma História da Medicina. O Património móvel das Miseri-córdias, contém um leque infi n-dável de temáticas inerentes aos objectos, que nos podem contar várias histórias desde a social à política, da económica à cultural, da religiosa à artística.

No âmbito da Arte, encon-tramos um estilo misericordiano inerente a alguns objectos, comum e transversal a todas as Misericór-dias Portuguesas. Consiste numa iconografi a distinta e específi ca e falo obviamente da Virgem da Misericórdia ou Virgem do Manto, no seu papel de intercessora pelos mais desfavorecidos e que abri-ga e os protege sob o seu imenso manto azul.

São estas as imagens que estão presentes nas suas Bandeiras, e são estas as imagens que honram as fi nalidades destas instituições, substanciadas simbolicamente nas 14 Obras de Misericórdia.

Também as procissões, autên-ticos espectáculos públicos de de-monstração de magnifi cência destas instituições em séculos passados, são possíveis de serem caracteri-zadas e recriadas hoje, através dos objectos que subsistiram e que as acompanhavam, também muito específi cos das Santas Casas. Por exemplo, as varas dos mesários, as lanternas, o pálio, o esquife onde se transportava o Senhor Morto, as matracas, e as bandeiras volantes

com as temáticas da Visitação e da Paixão de Cristo.

O indivíduo é central em todas as actividades das Misericórdias, sejam elas ao nível espiritual, como era o caso das procissões e dos enterros, seja ao nível assisten-cial. Todo este Monumento que hoje iniciamos a compreender, foi movido a força humana. Homens ilustres ou do povo, mulheres e damas das diversas comunida-des, assumiram um papel vital no sucesso da obra que as Misericór-dias se propunham a realizar, e por isso foram celebrados, marcados na sua História, homenageados para todo o sempre, num gesto de reconhecimento pelas suas doações e auxílios. Os retratos dos benfeitores, representam no geral, pelos inventários até agora publicados on-line pela UMP, uma importante fatia do património das Misericórdias Portuguesas, pinta-dos ou fotografados, deixam-nos um testemunho de uma história de benefi cência, altruísmo e so-lidariedade.

Para concluir, saliento e rei-tero a afirmação que citei inicial-mente do Dr. Pedro Raimundo: as Misericórdias são repositórios do património nacional nas suas mais diversas expressões e adi-ciono a necessidade de dar a co-nhecer a todos, aos mais diversos níveis, este universo centenário e único à escala Mundial, que são as Misericórdias Portuguesas, também elas parte fundamental e indiscutível da construção da nossa identidade nacional.

Daniela Silva

Fernando Tordo em SetúbalFernando Tordo apresenta um

espectáculo no Auditorio Nª Sª da Anunciada- Rua Alves da Silva, 42, dia 18 de Junho pelas 22.00h.

Fernando Tordo é hoje um dos mais reconhecidos cantores da música ligeira portuguesa. Neste espectáculo, da cariz muito in-timista, interpreta alguns novos temas do futuro álbum a lançar

no fi nal do ano, que se chamará “Por este andar”, cantando também clássicos como “Adeus Tristeza”, “Cavalo à solta”, “Tourada”, “Se digo meu amor”, ”Balada para os nossos fi lhos”, “Estrela da Tarde”, “Cinema Paraíso”, “Chegam pa-lavras” entre outras canções que fazem parte da história musical do nosso país.

É um encontro marcado pela relação de proximidade que o can-tor estabelece com o seu público através do prazer que revela em cima do palco, fruto de 47 anos ininterruptos de total dedicação ao seu trabalho.

No seu historial, conta com 28 álbuns gravados, todos eles de grande qualidade.

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“ (...) a elaboração deste projecto de inventariação é o de se identifi carem 2 grandes temáticas: a religiosa obviamente, mas também a laica de âmbito civil.

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Setembro (data a confi rmar)Auditório Nª Sª da Anunciada

Voz Fernando Tordo Piano Pedro Duarte

Marcações para o número: 96 505 13 47 ou para o [email protected]

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ACTIVISMOS 05

Polir o RacismoVoltaram a ser falados en-

tre nós os casos de Huckleberry Finn, Tintin no Congo e do ensi-no do Holocausto em Inglaterra. Aparentemente há problema em abordar assuntos históricos e parece que se pretende suavizar períodos terríveis do nosso pas-sado, atormentados que fi camos com a perseguição dos crimes que cometemos. Um grupo de pessoas sentiu-se sensibilizado com o racismo presente nas obras, próprias do seu tempo. Importa dizer que as obras foram escritas nas décadas inicais do século XX. Será aceitável a alteração desses textos? Parece-me censura, da mesma maneira que seria censura se não se publicassem os desenhos de Maomé. O que a minha cons-ciência e bom senso me dizem é que é mais signifi cativo preservar essa Históra, para que episódios desses não se repitam. É por isso que é importante exercitar a me-mória, ter museus, registos his-tóricos, enciclopédias. Talvez seja

melhor começarmos a censurar os nossos comportamentos actuais, em vez de nos arrependermos ou nos sentirmos incomodados quase um século depois.

Nobre, PSD e Passos Coelho: Categoricamente não!

Fernando Nobre, candidato da cidadania nas últimas eleições presidenciais, deu o dito pelo não dito. Não é isto que o torna pior que os outros. Isto apenas o torna igual aos demais po-líticos que criticamos. Não percebo porque é atacado tão feroz-mente. De incoerên-cias ou contradições está cheia a boca de Sócrates, Cavaco, Passos Coelho ou outros “notáveis”. O que parece é que Fernando Nobre não tem o calibre necessário para ser político mas isso também pode fazer parte da sua natural inocência, de quem nunca militou ou parasitou em ju-

ventudes partidárias. Este caso pa-rece dizer sobre os partidos: “quanto mais me bates, mais eu gosto de ti.”. Manuel Alegre falou mal da política e foi apoiado por dois(!) partidos com ideologias totalmente diver-gentes; Fernando Nobre seguiu-lhe o rumo e é convidado pelo PSD. Esta tentativa de conquista imediata de votos por parte de Passos Coelho não deverá resultar e o pobre Pedro já não tem sítios onde dar tiros. O pé, coitado, já está completamente dizi-mado. Outra visão da questão: será

que os políticos insta-lados estão com medo de que outros indepen-dentes se juntem para ir roubar “ao pote”? Terão receio de concorrência? Possivelmente não de-

sejam que os cidadãos se tornem realmente activos. E de que ma-neira se “expulsa” a concorrência? Humilhando-a, ridicularizando-a, fazendo-a passar por inferior. Será que as críticas de outros políticos são, no fundo, receito de mudança?

Se os pobres somos nós...Portugal sempre foi um dos pa-

íses europeus com mais problemas económicos (neste momento, o 4º na Zona Euro com maior défi ce) e talvez devamos pensar um pou-co em nós. Com isto quero dizer que é im-portante dar atenção à produção nacional. Há alguns exemplos óbvios pelos quais podemos optar sem pestanejar: legumes, fruta, azeite, leite e derivados. Outros produtos poderão ser mais caros mas talvez possamos pen-sar nos seguintes aspectos: maior proximidade é equivalente a me-nos poluição; com menos dinheiro gasto em importações, melhora a nossa balança comercial. O leitor poderá fazer soar o alarme do proteccionismo mas não é o que pretendo com esta ideia. Apenas uma solução para uma equação básica: se as estatísticas nos in-dicam como um dos países mais

pobres da Europa, temos de pensar na nossa produção, sob pena de fi carmos totalmente dependentes do exterior, à medida que os nossos produtos deixam de poder competir com o exterior. Numa notícia re-

lacionada, a ideia de que podemos poupar uns milhões de euros “extinguindo” o Minis-tério da Agricultura pode ser um erro tre-mendo. Não produzin-do, temos de importar.

Como exemplo, a farinha que se usa para fazer pão. Noventa por cento é importada e implica um custo de 9 mil milhões de euros. Que não se caiam em erros popularistas que possam condicionar ainda mais a nossa economia. E que esta ideia sirva de refl exão sobre o nível de dependência externa que preten-demos porque, obviamente, isso condiciona a nossa soberania.

Luís Azevedo Silvawww.epilepsiasocial.net

Touradas S. A.No ano passado regressou à ci-

dade de Setúbal um triste espectá-culo que alguns teimam em chamar de cultura. Foi anunciado que, por alturas da Feira de Santiago, have-ria uma tourada. Esta foi feita com dinheiros públicos, 15.000 € ofer-tava a Câmara Municipal de Setúbal com o apoio incompreensível do Vereador dos Verdes André Martins para um retrocesso civilizacional. Com a tradicional desculpa da tra-dição, tentava desta forma o exe-cutivo impor este esquecido tipo de eventos que muito pouco diz às gentes da cidade do Sado.

O resultado na altura fi cou à vista de todos, uma casa meio vazia para ver o sanguinário aconteci-mento, e, uma resposta na socie-dade civil contra este esbanjar de dinheiro de todos cidadãos, mes-mo daqueles que se confessam adeptos da brava festa. Com um Festival Internacional de Teatro e outro de Cinema, além inúmeras instituições culturais e grupos de

teatro a passar por dificuldades fi nanceiras foi totalmente imper-ceptível e inadmissível gastar esse valor num só evento, é que toda a gente sabe existem companhias de teatro que trabalham um ano inteiro com muito menos.

Águas passadas não movem moinhos poderão dizer alguns, mas enganam-se os mais incau-tos, tudo isto não passou do pre-lúdio para uma nova vergonha de trágica dimensão.

O Executivo presidido por Ma-ria das Dores Meira visa reabilitar a Praça Carlos Relvas em sistema de Parceria Público Privada, sendo que em 216 000 € investidos pelo pri-vado (Empresa Aplaudir) para gerir o espaço durante 12 anos, 120 000 € vêm do erário público municipal, pago em prestações “suaves” que comprometem os próximos 6 anos, ou seja, este e o próximo executivo. As tentativas de disfarçar com as Marchas, com o até com o Corso, vão para além do ridículo, não con-

seguindo esconder o essencial, que isto mais não é que uma PPP, e para quê? Para pagar a sede de sangue de alguns, a ganância de outros, que duvidosamente poderemos considerar legítimas.

Em ano de crise, no qual se pe-diu compreensão às instituições culturais pelos cortes nos apoios, em que o Festróia perdeu 15 000€, o TAS 10 000€, o Teatro do Elefante 1 500€ e o TEF 2 000€, questionamo-nos so-bre as políticas cultu-rais autárquicas. As instituições culturais devem compreender o quê? Sem dúvida alguma, todas elas já retiraram proveitosas lições da anunciada PPP.

Mas se as reais intenções e pro-pósitos destas políticas nos fazem questionar o que para a edil da cidade à beira Sado signifi ca Cul-tura, que pensar quando se sabe

que esta verba permitiria atenuar com alguns dos duríssimos proble-mas por que passa, por exemplo, a Associação de Apoio aos Defi -cientes e Amigos de Setúbal? Esta ainda aguarda resposta para os mais simples auxílios. Uma cadeira de rodas eléctrica custa 2600€,

parece-nos que a exigência de apoio para adquirir pelo menos cinco, feita à Presidente, para fun-cionarem em sistema de partilha, para que estas nossas gentes possam ir às compras, ao hospital, ou pelo menos sair de casa e

apanhar sol é legítima e justa. A to-talidade do investimento para tou-radas poderia ajudar os 50 casos mais graves e dar condições dignas a estes nossos concidadãos.

Este valor permitiria alimen-tar em muitas IPSS, permitiria dar condições aos que menos ou

nada têm. Vivemos tempos em que a solidariedade pode e tem de ser praticada. Sejamos pró ou contra as touradas, neste momento, os valores implicados nesta espécie de PPP são pornográfi cos e social-mente criminosos. Não podem usar o dinheiro de todos setubalenses, para manchar o chão da cidade com bárbaras torturas sobre os animais, nem o podem usar sem critérios sabendo das grandes necessidades desta nossa gente. A Câmara não deve e não tem de pagar mais de metade do investimento privado.

Pelos Animais e pelas Pes-soas, não são tempos para usar dinheiros públicos em touradas. Haja decência!

Existe uma petição pública pelo direitos dos animais e por uma cidade mais humana em: http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9450

Leonardo da [email protected]

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“ Maria das Dores Meira visa reabilitar a Praça Carlos Relvas em sistema de Parceria Público Privada

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“ parece que se pretende suavizar períodos terríveis do nosso passado

“ Possivel-mente não desejam que os cidadãos se tornem realmente activos.

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CULTURA06

Na mesa-de-cabeceiraLIVROS. Joel Neto é, talvez, o

mais bem escondido e subestimado cronista (ou «escritor de jornais», como ele se prefere caracterizar) da imprensa portuguesa. Afi nal, ele está aí, disponível, próximo, todas as semanas, numa banca de jornal, mas apesar de tudo parece que nos esquecemos que ele existe. (Ou se-rei só eu?) É estranho. E é difícil de compreender. Mas se existiam ra-zões, agora não existem desculpas. “Banda Sonora para um Regresso a Casa”, obra que reúne alguma da sua melhor prosa, já se encontra nos escaparates. Mas eu disse que Joel Neto era um cronista? Disse. E disse bem. Não com certeza pe-los critérios pátrios, os quais não distinguem o trigo do joio, nem o cronista do comentador. Esclareço: Joel Neto não comenta; Joel Neto discorre. E a diferença é fundamen-

tal. Porque este não se foca sobre as minudências da politiquice (aliás, cada dia mais enfadonha) caseira ou estrangeira, mas procura colo-car em evidência, como qualquer verdadeiro escritor, as tendências e contradições da nossa sociedade humana. Que é como quem diz as tendências e contradições das nos-sas mundanas vidas. Da minha. Da sua. Da do Joel. E tudo isto numa prosa do que de melhor por aí se faz. Sem desculpas, Joel. [Joel Neto, “Banda Sonora para um Regresso a Casa”. Porto Editora, 2011.]

FILMES. “It’s Kind of a Funny Story”, passou despercebido por Portugal – se é que passou por Portugal. De que se trata? Será su-fi ciente afi rmar que se trata de um fi lme despretensioso e, por isso, in-teligentíssimo, acerca de um rapaz

de 16 anos, Craig (Keir Gilchrist), que sucumbe à pressão das expectativas familiares e sociais desenvolvendo pensamentos suicidas. A coisa, dita assim, parece séria. E é, mas apenas q.b. O fi lme cedo se desenvolve num drama cómico quando este vem a procurar os serviços psiquiátricos do hospital em busca de um cura-tivo imediato para a sua situação – afi nal, e como ele não se cansa de esclarecer, no dia seguinte tem aulas –, mas se vê confrontado com o facto de que aí terá de fi car inter-nado para observação durante pelo menos 5 dias. Lá, na ala psiquiátrica, este encontrará em Bobby (Zach Galifi anakis), um amigo, e na jovem Noelle (Emma Roberts), uma paixão, que o ajudaram a compreender que, muitas vezes, somos nós, com as nossas próprias inseguranças e dra-matizações, o nosso maior inimigo.

Um fi lme que procura evidenciar o facto de que a vida, afi nal, não é feita senão de momentos, e de que vivê-la é a única verdadeira solução. [“It’s Kind of a Funny Story”. Directores: Anna Boden e Ryan Fleck. 2010.]

MÚSICA. As compilações ser-vem vários propósitos. Mas duvido que um deles seja o de assassinar por completo um autor. De quem falo? De Israel Kamakawiwo‘ole. Como disse? Calma. Eu repito: Israel Ka-maka-wiwo-‘ole. Esse mesmo. Autor de quem saiu, este ano, (mais) um álbum póstumo (morreu em 1997) que recolhe as suas melhores obras. Israel, tratemo-lo assim, foi um infl uente músico havaiano que teve um “one hit wonder”. A músi-ca que o lançou para as bocas do mundo? Uma combinação de “So-mewhere over the Rainbow” e “What

a Wonderful World”, embaladas pela sua voz e suavemente acompanhada por ukulele, que surgiu original-mente no álbum “Facing Future”, de 1993. Infelizmente, a compilação presente, intitulada simplesmente “Somewhere over the Rainbow. � e Best of Israel Kamakawiwo‘ole”, para além de ser constituída em metade por músicas do álbum “Fa-cing Future”, apresenta a sua icóni-ca música mutilada. Que dizer? Que a colectânea é uma trampa? Que é uma vigarice? Que pessoalmente voltei ao “Facing Future”, de onde aliás nunca deveria ter saído? [Is-rael Kamakawiwo‘ole, “Somewhe-re over the Rainbow. � e Best of Israel Kamakawiwo‘ole”, 2011. / Israel Kamakawiwo‘ole, “Facing Future”, 1993.]

Tiago Apolinário Baltazar

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COMENTÁRIOS DE CONTEMPORÂNEOS ILUSTRES

SOBRE MAHATMA GANDHI “Com ele tinha vindo

ao mundo, não só uma nova personalidade religiosa

do mais alto nível, conduzindo os corações dos homens e das mulheres para inacreditáveis

sacrifícios, mas também uma nova verdade

religiosa.”

“A resistência

passiva, ou não violenta, tem certamente um importante

campo de infl uência; deste modo, na Índia, Gandhi conduziu ao triunfo contra os Britânicos. Mas depende da existência de determinadas virtudes naqueles contra

os quais é praticada. Quando os Indianos se deitaram nas linhas férreas e desafi aram

as autoridades a esmagá-los debaixo dos comboios, os Britânicos con-

sideraram que tal seria duma crueldade intolerável.”

“O poder e o

sofrimento criativos são decerto evidentes para qualquer

pessoa da minha idade; para as ge-rações nas quais me incluo. Não houve apenas a geração de Hitler no Ocidente

e a de Stalin na Rússia; houve também a Índia de Gandhi; e pode já prever-se com

alguma segurança que a infl uência de Gandhi na História da Humanida-

de será maior e mais duradoura do que a de Hitler ou de

Stalin.”

“A simplicidade

da sua vida é como a de uma criança, a sua

adesão à verdade é inaba-lável, o seu amor pela Huma-

nidade é positivo e enérgico. Ele possui o que é conhe-

cido como espírito de Cristo.”

“O grande

Goethe e o Indiano humanista e santo Gan-

dhi tiveram o mais profundo impacto na minha vida e

fi losofi a. Ambos atingiram a plenitude interior através

da ordem e do princípio do amor.”

Selecção de Anil Samarth

Bertrand Russel (Earl, 1872-1972),

britânico, foi matemático, fi lósofo e

activista pela paz. Prémio Nobel da

Literatura em 1950.

Albert Schweitzer (1875-1965). Nascido

alemão, na Alsácia, hoje região admi-

nistrativa de França, desde 1919, tomou

a nacionalidade francesa. Médico, teó-

logo, músico, foi missionário em África.

Prémio Nobel da Paz em 1952.

Reverendo C.F. Andrews, missionário.

Intimamente ligado a Mahatma Gandhi

e a Rabindranath Tagore.

Rabindranath Tagore (1861-1941), ícone cultural da Índia. Poeta, fi lósofo, ensa-ísta, dramaturgo, músico, pintor. Amigo próximo de Gandhi. O primeiro asiático homenageado com o Prémio Nobel da Literatura, em 1913.

Albert Joseph Toynbee

(1889-1972), britânico, foi

um reputado historiador e

fi lósofo da História.

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CULTURA 07

PRIMA FOLIA ON (low cost) TOUR ONCE AGAINComemoram-se frequente-

mente efemérides que têm tanto de graciosas como de inúteis, mas tal não nos interessa de todo.

O património, cimento da iden-tidade e do conhecimento sobre nós mesmos, deve ser praticado. Por isso, a Prima Folia desenvolve, ao longo dos próximos meses, várias visitas numa verdadeira revolução face às políticas e práticas museoló-

gicas tíbias que têm sido apanágio. Acreditamos que o turismo cultural não deve ser um entretenimento pobre apenas destinado às crian-ças e à terceira idade, mas pode e deve ser um exercício de aventura, fascínio e descoberta extensível a tod@s, fi liado ao enriquecimento pessoal através da discussão e ter-túlia, do risco e da fronteira, marcos genéticos desta cooperativa.

A assistência em Setúbal é muito antiga. Os hospitais medievais pu-lulavam nas ruas estreitas de um burgo em crescimento. Mais tarde, vieram as confrarias, tanto na fi gu-ra hegemónica da Santa Casa, bem como noutras que arreigadamente se mantiveram zelosas da sua inde-pendência. Assim fomos, passando no tempo, para já no século XIX assistirmos à construção de asilos,

de orfanatos, de enfermarias. Que lugares existiram, quando e como funcionavam, e, já agora, a favor de quem, são as questões que procura-remos desvelar com Daniela Santos Silva, mestra em História pelo ISCTE, acerca de uma subterrânea história transecular da solidariedade, útil em pleno tempo de crise económica e social. Vamos refazer percursos, recriar quotidianos e simbologias

e solidifi car conceitos que se foram estruturando século após século. O passeio faz-se a dia 9 de Junho, às 19h, tendo como ponto de encontro a Sé Catedral de Setúbal, a Igreja de Santa Maria da Graça. Note-se que é preciso marcação prévia, pois temos de saber anteriormente o número de comensais. Inscrevam-se.

[email protected] 388 31 43

O município de Setúbal decidiu dar à estampa, no passado dia 6 de Maio, um livro intitulado “A cidadela das mulheres pobres – O recolhi-mento da Soledade de Setúbal”. Em boa hora o fez, pois a sua intenção não podia ser mais clara, quando nos diz: “Quando analisamos a his-tória, rapidamente percepcionamos que um dos seus universos mais esquivos é o do mundo feminino. A maioria das mulheres viveu e morreu à margem das autorias dos grandes tratados e não participou nas grandes controvérsias acadé-micas. Tendo como modelo com-portamental não optativo Maria, mãe de Jesus, assistiram passivas ao trabalhar da “maquina mundi”, que as relegou sistematicamente para o ambiente intra-muros das habitações, enquanto a vida decorria nas ruas. Esse afastamento é tanto mais forte quanto a maioria esma-gadora das mulheres era analfabeta e a memória se perpetuava através da escrita. Se as mulheres em geral sofreram com a discriminação, as mulheres pobres sofreram duplo anátema, mercê da condição femi-nina e de pobreza. Sobre elas há um quase total desinteresse, é como se nunca tivessem existido, pois quem se preocupará com história de gen-te pouco importante? Este texto contraria esses preconceitos, pois versa sobre o universo feminino das pobres e miseráveis no Século XVIII, na cidade de Setúbal, ressus-citando do esquecimento uma das mais importantes instituições das cidades ibéricas - os recolhimentos. Inevitavelmente, pelo pioneirismo,

não esgota o tema, mas abre portas a um novo género de estudos his-tóricos que parece estar destinado a humanizar o nosso olhar sobre o passado. Assim, constitui-se si-multaneamente como homenagem às duras vidas das mulheres setu-balenses, tanto as de ontem, como as de hoje.”

Devemos aqui uma palavra de elogio e incentivo à Câmara Municipal por várias razões. Em primeiro lugar, creio tratar-se da primeira edição municipal sem um preâmbulo assinado por um dos seus presidentes, o que revela um signifi cativo amadurecimento

face à instrumentalização do co-nhecimento. Outro aspecto signi-fi cativo é o preço, que é de 6,5€, o que o torna acessível a todas as bolsas. Desde a saída do best-seller “Quando a Tróia era do Povo”, editado pela Escola Secundária D. João II, que não existia nada que, com quali-dade, fosse amigo do consumidor. É também devido um elogio à qualidade da edição, de extrema simplicidade e notável bom gosto. Porém, o que de mais signifi cativo existe é que

este livro, sendo de história, permite ao leitor aprofundar o seu conhe-cimento sobre um dos mais frac-

turantes paradigmas da nossa sociedade actual, lamentavel-mente subsistente. – o machismo. Essa categoria cultural é cabalmente revelada ao longo das páginas, deixando-nos a cla-ra ideia, como Ana de

Castro Osório dizia: “A ignorân-cia não é mais que uma forma de opressão”.

Os autores, José Luís Neto e

Nathalie Antunes-Ferreira, são dois académicos das áreas de ar-queologia e antropologia física com créditos fi rmados. Com uma linguagem acessível, oferecem-nos uma exaustiva viagem através de muros, fragmentos de cerâmicas, vidros e ossos, papéis e pinturas, para remontar pacientemente um gigantesco puzzle, que é o esquivo mundo das mulheres há séculos atrás. As análises cuidadas oferecem conclusões arrebatadoras. Aconse-lhamos vivamente a sua leitura.

Leonardo da [email protected]

“ (...) home-nagem às duras vidas das mulheres setubalenses, tanto as de ontem, como as de hoje.”

FICHA TÉCNICA:

Propriedade e Editor: Prima Folia - Cooperativa Cultural, CRL . Morada: Rua Fran Paxeco nr 178, 2900 Setúbal . Telefone: 96 388 31 43 . NIF: 508254418 . Director: António Serzedelo . Subdirector: José Luís Neto

Consultores Especiais: Fernando Dacosta e Raul Tavares . Conselho Editorial: Catarina Marcelino, Daniela Silva, Hugo Silva, Leonardo da Silva, Maria Madalena Fialho, Paulo Cardoso . Directora de Arte: Rita Oliveira

Martins . Consultor Artístico: João Raminhos . Morada da redacção: Rua Fran Pacheco n.º 176 1.º andar 2900-374 Setúbal . E-mail: [email protected] . Registo ERC: 125830 . Depósito Legal: 305788/10 .

Periodicidade: Mensal . Tiragem: 45.000 exemplares . Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro

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“Férias de Verão na extinta Biar-ritz portuguesa”, bem que poderia ser o título do último livro saído da pena de Inês Gato de Pinho. A autora, arquitecta com sólida formação em reabilitação urbana,

mas que apresenta capacidade e fôlego para ambicionar a outros voos, apresenta-nos um fascinan-te estudo acerca das escolhas feitas pelas elites sadinas há cerca de 100 anos atrás. Dessa Setúbal cosmo-

polita e elegante, vocacionada para o turismo balnear, para o usufruto da natureza e para o consumo da criação cultural, quase nada sobre-viveu após o surto industrializador massivo das conservas. Assim, as

vastas praias, a avenida, os jardins, os teatros e a elegante etiqueta vito-riana foram substituídas por outras realidades. O passeio, guiado pela própria, sai no dia 22 de Junho, às 19h, em frente à Biblioteca Pública

Municipal de Setúbal. Note-se que é preciso marcação prévia, pois temos de saber anteriormente o número de comensais. Inscrevam-se.

[email protected] 388 31 43

A Cidadela das Mulheres Pobres

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AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROMOÇÃO DE EMPREGO TÊM-SE PAUTADO POR UM CONSTAN-TE ESVAZIAMENTO DE FUNÇÕES E DE SERVIÇOS. OS CENTROS DE EMPREGO DEVERIAM E PODE-RIAM SER INTERFACES FUNDAMENTAIS ENTRE AS PESSOAS SEM EMPREGO E AS ENTIDADES EMPREGADORAS. DEVERIAM SER UM SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE, ELIMINANDO OS INTER-MEDIÁRIOS AGIOTAS QUE SÃO AS EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO, E PERMITINDO REAL ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL E FORMATI-VO, PARA UM CORRECTO ENCAMINHAMENTO PARA O EMPREGO. OS CENTROS VÊM SENDO SUCESSIVAMENTE ENFRAQUECIDOS, OS SEUS TÉCNICOS E CONSELHEIROS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL COLOCADOS EM FUNÇÕES DE FISCALIZAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DE INSCRITOS, O QUE EM TUDO SE AFASTA DAS FUNÇÕES DE UM CENTRO DE EMPREGO.

ACTUALMENTE, NUM CENTRO DE EMPREGO NÃO SE ENCONTRA EMPREGO. ENCONTRAM-SE FISCALIZAÇÕES SUCESSIVAS, PROPOSTAS FORMATIVAS MUITAS VEZES DESAJUSTADAS, ENCONTRA-SE TRABALHO QUASE GRATUITO ATRAVÉS DOS CONTRATOS DE EMPREGO-IN-SERÇÃO, ENCONTRAM-SE AMEAÇAS CONS-TANTES DE CORTES NOS SUBSÍDIOS. MAS NÃO SE ENCONTRA EMPREGO.

SOMOS PESSOAS LIVRES E NÃO ACEITA-MOS VIVER COM O TERMO DE IDENTIDADE E RESIDÊNCIA QUE NOS É IMPOSTO PELAS APRESENTAÇÕES QUINZENAIS.

DENUNCIAMOS A MENTIRA QUE CONSTITUI A PROCURA ACTIVA DE EMPREGO, PORQUE, APESAR DE O PROCURARMOS, SABEMOS QUE ELE NOS É RECUSADO OU PORQUE SOMOS NOVOS DEMAIS OU VELHOS DEMAIS, COM QUALIFICAÇÕES A MENOS OU A MAIS, PORQUE SOMOS MULHERES OU TEMOS FILHOS.

REJEITAMOS A COACÇÃO DE COMPROVAR A PROCURA ACTIVA DE EMPREGO COM CA-RIMBOS, QUE TEMOS QUE MENDIGAR JUNTO DE EMPRESAS QUE SABEMOS QUE NÃO NOS VÃO CONTRATAR, E QUE MUITAS VEZES EXIGEM DINHEIRO EM TROCA.

NÃO ACEITAMOS O ESCÂNDALO SILENCIO-SO DOS CONTRATOS DE EMPREGO INSERÇÃO (CEI) E DOS CONTRATOS DE EMPREGO INSER-ÇÃO+ (CEI+), QUE OBRIGAM A TRABALHAR

QUASE GRATUITAMENTE QUER PARA INSTITUI-ÇÕES PÚBLICAS QUER PARA INSTITUIÇÕES PRIVADAS (IPSS). A PROPAGAÇÃO DOS CEI E CEI+ TEM VINDO A DESTRUIR O VALOR DO TRABALHO E DIVERSAS CARREIRAS PROFIS-SIONAIS, COMO É O CASO, POR EXEMPLO, DA DOS AUXILIARES DE ACÇÃO EDUCATIVA.

CONSIDERAMOS QUE A EDUCAÇÃO E QUA-LIFICAÇÃO PROFISSIONAIS SÃO UM DIREITO E NÃO ALGO QUE SE POSSA IMPOR INDISCRIMI-NADAMENTE A TODAS AS PESSOAS COM HABI-LITAÇÕES INFERIORES AO 12º ANO DE ESCOLA-RIDADE INSCRITAS NO CENTRO DE EMPREGO, OBRIGANDO-AS A FREQUENTAR FORMAÇÕES OU PROCESSOS DE RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS, MUITAS VEZES DESAJUSTADOS DAS NECESSIDADES, POSSIBILIDADES OU COMPETÊNCIAS.

DENUNCIAMOS, REJEITAMOS E EXIGIMOS ALTERNATIVAS A ESTA FARSA EM QUE SE TOR-NARAM AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EMPREGO EM PORTUGAL.

EXIGIMOS DIGNIDADE. EXIGIMOS QUE OS CENTROS DE EMPREGO SEJAM AQUILO QUE O SEU NOME ANUNCIA: LOCAIS QUE CENTRALIZAM AS OFERTAS DE TRABALHO, ONDE OS PROCESSOS DE SELECÇÃO SÃO EFECTUADOS POR CONSELHEI-ROS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL, PÚBLICOS E QUALIFICADOS, ONDE O CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO LABORAL IMPERA, ONDE PODEMOS ENCONTRAR APOIO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PROJECTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO.

NÃO ACEITAMOS QUE SEJAM LOCAIS ONDE SOMOS AMEAÇADOS, VIGIADOS E FISCALIZA-DOS COMO SE NÃO TER EMPREGO FOSSE UM CRIME QUE NOS DEVESSE SER IMPUTADO.

NESTE PAÍS HÁ 700 MIL TRABALHADORES SEM TRABALHO E QUE QUEREM TRABALHAR. CONFUNDIR A EXCEPÇÃO COM A REGRA É, DELIBERADAMENTE, QUERER IMPUTAR A RES-PONSABILIDADE DE NÃO TER TRABALHO A QUEM O PERDEU OU A QUEM O PROCURA. NÃO ACEI-TAMOS A MENTIRA E EXIGIMOS RESPEITO.

NÃO NOS FALEM DE AUSTERIDADE, FALEM-NOS DE DIGNIDADE.

MOVIMENTO SOCIAL CLANDESTINO

EOPOVOPA.WORDPRESS.COM

e o povo pa Nao queremos subsidios queremos emprego

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[ ALMADA ]

O FEIJÓ vai viver, no dia 28, um dia de festa na passagem do 17.º aniversário da freguesia. As come-morações estão marcadas para o seu Centro Cívico.

O programa é variado e inclui a realização de uma feira de arte-sanato, a partir das 10 horas. Ainda durante a manhã, terão lugar várias demonstrações de dança pelo Projecto Agir “Centro Comunitário padre Ricardo Gameiro”, ASDL – Associação de Solidariedade de Desenvolvimento do Laranjeiro e SREF – Estrelinhas do Feijó, ou uma aula aberta, a cargo das esta-giárias do Projecto Feijó Activo.

A partir das 16 horas, na Biblio-teca José Saramago, há contos com Cristina Taquelim e Miguel Horta. Segue-se a actuação dos Talento Negro, da Associação do Grupo Coral Etnográfi co Amigos do Alentejo do Feijó e do Jazz Kidding Big Band.

O Centro Cívico do Feijó é composto pelo edifício da Junta, pela Biblioteca José Saramago e pelo Monumento ao Marinheiro Insub-misso, constituindo-se como uma nova centralidade do concelho.

Feijó celebra 17 anos

A FEIRA do Livro de Almada vai realizar-se de 28 de Maio a 12 de Junho, na Praça S. João Baptista. Este certame pode ser visitado de segunda a sexta, entre as 10 e as 22 horas, e aos feriados, domingos e vésperas de feriados, até às 23 horas.

Ao longo de 16 dias, esta inicia-tiva dedicada ao livro e à leitura, reúne obras de várias editoras nacionais, a preços especiais. Estão disponíveis livros de diferentes autores e de todos os géneros lite-rários, para crianças e adultos.

Durante a feira do livro, estão previstos encontros com escri-tores, alguns momentos musi-cais e exposições sobre José Sara-mago e o poeta Fernando Pessoa.

Com a realização desta Feira do Livro de Almada, o muni-cípio, em parceria com “A Página a Página – Divulgação do Livro, SA”, procura que esta iniciativa seja uma manifes-tação cultural de referência na promoção do livro e do diálogo entre os autores e os leitores.

Leituras para todos

CONTINUAM a decorrer as Opções Participativas, cujo objec-tivo é receber as contribuições dos munícipes para o Plano de Acti-vidades 2012. Ontem, dia 20, realizou-se o Fórum de Partici-pação dedicado à freguesia do Feijó.

Neste 8.º Fórum das “Opções Participativas 2012”, programa destinado a acolher ideias e suges-

tões dos cidadãos para a cons-trução das Grandes Opções do Plano do próximo ano, foi abor-dado o projecto de requalifi cação urbana a realizar na envolvente à Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos da Alembrança.

As “Opções Participativas” constituem mais uma etapa do projecto “Almada Palavra Aberta

– debate e encontro de ideias”, que pretende incentivar o papel que os cidadãos têm na vida e nos destinos do concelho.

Além de poderem dar o seu contributo nos fóruns públicos, a realizar em várias freguesias, os cidadãos também podem participar online, em www.m-almada.pt/op, até ao próximo dia 8 de Junho.

Munícipes ajudam a elaborar Munícipes ajudam a elaborar Plano de Actividades 2012 Plano de Actividades 2012

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[ SEIXAL ]

[ SESIMBRA ]

A LUTA dos seixalenses pela construção de um novo centro de saúde na freguesia de Corroios volta hoje às ruas.

O concelho prepara-se para receber, a partir das dez da manhã, milhares de manifestantes inte-grados num cor dão humano promo-vido pela Comissão de Utentes da Saúde da Freguesia de Corroios.

Em causa, explicam os utentes, está a falta de condições do actual centro de saúde, que já «não reúne as condições necessárias para servir condignamente uten tes e profi ssionais».

Diz a comissão de utentes, lide-rada por Domingas Gonçalves, que as obras efectuadas nas actuais insta-

lações «não eliminaram os enormes problemas estruturais» do Centro de Saúde de Corroios, «o que está

bem patente nos transtornos que todos os utentes sofrem diariamente».

No entender da comissão, as

obras no edifício foram «apenas uma tentativa sem sucesso de eter-nizar a situação actual, adiando a construção do novo edifício».

Os protestos arrancam junto ao Centro de Saúde de Corroios, na Avenida de Vale Milhaços, e irá decorrer até ao terreno cedido pela Câmara do Seixal, em Santa Marta do Pinhal, para a construção do novo centro.

Recorde-se que a fre guesia de Corroios conta com cerca de 23 mil utentes sem médico de família e que, em 2007, na Assem-bleia da República, a Comissão recebeu a resposta de que a cons-trução do equipamento era prio-ritária para o Governo.

ESTÁ de volta o festival internacional de percussão Portugal a Rufar, a iniciativa organizada pela orquestra Tocá Rufar que coloca Portugal inteiro a tocar bombo nas ruas do Seixal.

Cerca de 1500 tocadores vão desfi lar junto à Baía do Seixal no Dia do Bombo, dia 29, numa iniciativa que dá a conhecer a percussão en -quanto disciplina musical autónoma, aproximando a prática artística das pessoas.

No dia 22, o Portugal a Rufar convida à participação popular, com a promoção de várias ofi cinas de percussão e com os habituais ensaios dos Tocá Rufar a serem abertos a todos os que queiram experimentar tocar bombo, caixa e timbalão.

"Mudam-se os bombos, mu - dam-se os tempos!" é o lema da 7.ª edição do Portugal a Rufar, que continua a promover a percussão tradicional portuguesa.

Portugal a Rufar pelas ruas seixalenses

Cordão humano reivindica saúde em Corroios

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A TRADICIONAL pesca da Arte Xávega está de volta a Sesimbra, novamente pelas mãos dos profis-sionais das embarcações 25 de Abril, Paulo e Henrique e Galinho da Manhã.

A pesca da Arte Xávega, que desde 2006 é praticada para ‘inglês ver’, decorre até 31 de Outubro, na Praia da Califórnia, às segundas, quintas e sábados, e na Praia do Ouro, às quintas, sextas e sábados, das 6 às 9 e das 19 às 21 horas.

Desde 2006, a Arte Xávega é prati-cada num contexto turístico cultural, com base num protocolo estabele-

cido entre a Câmara e os proprietá-rios dos barcos, em articulação com o Parque Natural da Arrábida.

Este tipo de pesca tradicional consiste numa arte em cerco, puxada a partir da praia por vários pesca-dores, distribuídos por dois cabos.

De entre as espécies mais capturadas destacam-se as sardi-nhas, carapaus, salmonetes, cavalas, robalos, douradas, sargos, chocos e lulas.

A Arte Xávega é também reali-zada na Praia do Moinho de Baixo, na Aldeia do Meco, durante todo o ano.

Arte Xávega de regresso O PROJECTO de pro moção

da cidadania que arrancou há oito anos e já envolveu dezenas de jovens regressa este sábado a Sesimbra, para mostrar aos alunos como funciona uma Assembleia Municipal.

Esta tarde, na Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 3 da Quinta do Conde, por algumas horas, um grupo de alunos das escolas do concelho de Sesimbra vai parti-cipar na 8.ª edição da Assembleia Municipal de Jovens.

Os novos ‘deputados munici-pais’ vão apresentar projectos, defender pontos de vista, debater soluções e ideias ligadas ao turismo, considerado sector essencial para a economia local. As propostas são resultado de um trabalho de inves-tigação e pesquisa feito em cola-boração com os professores.

Este ano, e para dar a conhecer de perto as questões que afectam o dia-a-dia do município, os jovens foram ainda convidados a acom-panhar os autarcas em diversas sessões de trabalho e visitas.

Sensibilizar as novas gerações para a importância de uma cida-dania activa e para questões rela-cionadas com as funções e funcio-

namento dos órgãos autárquicos do concelho são os objectivos deste projecto promovido pela Câmara. O projecto iniciou-se em 2003 e desde então já envolveu

cerca de 500 jovens e conquistou um lugar de destaque no programa das escolas, que reco-nhecem a sua importância na formação dos alunos.

Pequenos deputados por um dia

DR

Aprender a importância de gerir uma região é um dos objectivos da iniciativa

Parque Urbano das Paivas promove rastreios e massagensO PARQUE Urbano das Paivas

e a Escola Básica das Paivas, na Amora, acolhem, este fi m-de-semana mais uma edição da inicia-tiva Saúde para Todos.

Durante dois dias vão decorrer rastreios, massagens terapêuticas e consultas. Os resultados dos exames realizados nas unidades de rastreio vão ser registados no

Passaporte da Saúde, um docu-mento de registo individual.

Na Escola Básica das Paivas, no dia 22 de Maio, sábado, entre as 9 e as 13 horas, haverá recolha de sangue e registo de dadores de medula óssea.

A iniciativa conta ainda com a realização de várias palestras sobre prevenção das doenças

cardiovasculares e uma peça de teatro promovida pelo Clube de Teatro da Escola Básica da Cruz de Pau sobre infecções sexual-mente transmissíveis.

Decorrem ainda workshops de saúde, exposições e aulas abertas de ginástica e dança e actividades desportivas.

O Saúde para Todos tem

como objectivo permitir o acesso a cuidados de saúde preventivos e a meios de diagnóstico/ras -treios e a divulgação de práticas saudáveis.

A iniciativa é uma organização conjunta da Câmara do Seixal, Junta de Freguesia de Amora, Lions Clube do Seixal e Cruz Vermelha Portu-guesa – Núcleo do Seixal.

O concelho não desiste e quer mais qualidade nos serviços prestados

Freguesia do Castelo assumeajuda às colectividades

DIVERSOS Contratos-Programa de Desenvolvimento Desportivo foram assinados, esta semana, pela junta local com algumas colecti-vidades, no âmbito das Normas de Apoio ao Movimento Associativo, para as candidaturas efectuadas ao 2º Trimestre de 2011.

De acordo com a Junta do Castelo, foram aprovados e assi-nados dois contratos-programa:

o do Grupo Des portivo de Sesimbra: através do apoio à reali-zação do Torneio de Hoquei-Patins PRAIAS de SESIMBRA, no valor de 350 euros, do Grupo Desportivo de Alfarim com o apoio à realização do Torneio de Futebol Infantil “Pascoa 2011 e 1ª Gala Gimnica 2011, no valor de 450 euros, bem como troféus para o Torneio de Futebol.

Page 23: Semmais 21 Maio 2011

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[ BARREIRO ]

[ MOITA ]

ERVAS Aromáticas e Medicinais vai ser o tema principal da Biofesta – 7ª Mostra de Projectos e Pro -dutos Biológicos que a Câ mara e o Centro de For mação das Escolas dos Con celhos do Barreiro e Moita vão

promover, no dia 22, no Largo Conde Ferreira, na Moita.

Uma vez mais, a organi-zação vai juntar, naquele jardim, produtos hortícolas de micro-produtores locais, produtos biológicos diversos, as hortas escolares, associa-

ções e outras instituições ligadas à área.

Em simultâneo, no período da tarde, estão marcadas várias palestras, sobre os mais variados temas, nomeadamente Bio-Horta em Varandas e Marquises,

Plantas Alimentares que são Plantas Medicionais, Plantas Silvestres Comestíveis, Slow Food, entre outros. Os visi-tantes têm, ainda, a oportu-nidade de provar as refeições e snacks biológicos disponí-veis nesta edição da Biofesta.

Alimentação biológica mobiliza escolas

DEZENAS de soluções energeticamente mais efi cientes e amigas do ambiente são a escolha para este fi m-de-semana desti-nado a sensibilizar empresas e famílias a fazerem uma gestão racional da energia.

Trata-se da I Feira de Energia Inteligente – Enerint, uma feira de energia alternativa, entre hoje e amanhã, no Pavilhão Muni-cipal de Exposições, na Moita, promovida pela S.Energia – Agência Regional de Energia para os Conce-lhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete e pela Câmara da Moita.

Em todo o espaço vão estar reunidas empresas portuguesas que apresentam

soluções energeticamente mais efi cientes em diferentes campos como a mobilidade,

iluminação e climatização, a produção descentralizada de energia, a gestão de energia e a construção civil.

Estão igualmente pre -vistos pequenos debates, subordinados aos temas “Iluminação e Gestão de Energia”, “Mobilidade Susten-tável”, “Efi ciência Energética em Edifícios e Climatização” e “Energias Renováveis”, com a presença de técnicos das diferentes áreas.

A Enerint – I Feira de Energia Inteligente pode ser visitada este sábado das 21h00 à meia-noite, e no domingo, das dez da manhã às 22h00.

Concelho aposta na energia inteligente

A CIRCULAÇÃO do trânsito está condicionada até ao fi nal do dia de hoje, na Avenida Escola dos Fuzi-leiros Navais. Esta interdição prende-se com obras e pavimentações a executar no cruzamento desta Avenida com a Rua Ferreira de Castro.

No entanto, a autarquia asse-gura a circulação alternada do trânsito, através de semáforos

instalados no local.A obra na Rua Ferreira de Castro

decorre no âmbito do Programa Polis e que os trabalhos incluem a remo-delação dos colectores de águas pluviais e domésticas, rede de abas-tecimento de água, execução de novos passeios com valência ciclável, repa-vimentação da via de circulação auto-móvel e arborização.

Polis condiciona Avenida dos Fuzileiros Navais

LEVAR o público a conhecer melhor a Mata Nacional e o Sapal do Coina é o objectivo do Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina (CEA), que este ano volta a dinamizar workshops para toda a população, de 22 de Maio a 11 de Setembro.

O CEA preparou um leque variado de actividades, com o objectivo de «chegar a toda a população», com temáticas que vão ao encontro do interesse das várias faixas etárias.

Este ano, a Agenda de Activi-dades - Ambiente e Florestas 2011”

associa-se às comemorações do Ano Internacional das Florestas, declarado pela ONU. As actividades prevêem a observação da fl ora da Mata, observação de aves, anfíbios e insectos, sessões de astronomia, ou passeios no varino Pestarola.

Fotografia de natureza, hortas de varanda, desenho científico, escrita e desenho criativo e arte na natureza são outros workshops que irão preencher os fins-de-semana de Verão, de forma enri-quecedora.

As actividades são gratuitas, mas carecem de inscrição prévia.

Mata da Machada ‘abre’ portas no Verão

AS CRIANÇAS da escola básica do Lavradio, no Barreiro, foram, esta semana, levadas de casa à escola num autocarro ‘com pernas’.

Trata-se de uma experiência única, no município, denominada Pedibus, constituído por volun-tários a pé, que acompanham as crianças num percurso pré defi -nido com paragens e horários previamente estabelecidos.

Três escolas do Barreiro aderiram às propostas de mobili-dade do projecto A Pé para a Escola, sendo que para cada grupo de seis alunos é necessário um ‘condutor’ adulto que assume a responsabi-lidade de encaminhar em segu-rança os mais novos pelo percurso estabelecido até à escola.

Entretanto, a autarquia continua a apostar na «sensibi-lização e informação dos alunos e encarregados» para que, no próximo ano lectivo, mais escolas façam parte do programa de mobilidade.

O projecto Pedibus está inte-grada na campanha internacional Walk to School, que em Portugal é desenvolvido pelo CESNOVA –

Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

De acordo com a autarquia, os

objectivos do projecto passam pelo combate à obesidade infantil e por promover a actividade física mas também por ensinar as crianças a viver a rua e o espaço urbano.

Autocarro ‘humano’ para levar crianças à escola com segurança

Ritmos de Cuba até domingo

AS JORNADAS Luso-Cubanas estão, desde sexta-feira, a animar o concelho.

Promovidas pela Embaixada da República de Cuba, estas jornadas contam com a presença de uma delegação cultural e artística de Baracoa. Este sábado será efectuada uma visita à rede de bibliotecas e, à tarde, será inaugurada a exposição de pintura e escultura “Baracoa na Magia dos seus Pintores”, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo,. Às dez da noite, o Sexteto “Mara-vilha Yun queña”, música tradicional cubana e bara-coesa, vai subir ao palco da Praça da República, na Moita.

Para domingo está marcado um workshop de danças cubanas, e à noite, a delegação vai protagonizar uma Tertúlia de Música e Gastronomia, no Largo do Cais, na Moita.

A ideia é utilizar formas saudáveis de deslocação para os mais pequenos

A vila da Moita vai estar em festa, até domingo, com a tradicional Feira de Maio que marca também o início do ciclo de festividades um pouco por todo o concelho da Moita.A animação vai ser uma constante com inúmeras iniciativas, nome-adamente actividades para as crianças, exposição e desfi le de carros clássicos e antigos, na Praça da Repú-blica, a Mostra de Activi-dades Económicas, na R. 5 de Outubro.

A 7ª Mostra de Projectos e Produtos Biológicos, no Largo Conde Ferreira, espec-táculos musicais e as habi-tuais largadas de toiros, na Av. Dr. Teófi lo Braga são algumas das maiores atrac-ções do certame.

Feira de Maio vai preencherfi m-de-semana

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16 S á ba do | 2 1 . M a io. 2 0 1 1 www.semmaisjornal.com

[ MONTIJO ]

[ALCOCHETE ]

O PAPEL dos bombeiros voluntários tem um valor «inestimável» nas sociedades, pelo que o Governo «deve ter a sensibilidade necessária para os dotar com os meios neces-sários, quer técnicos, quer fi nanceiros, para que possam cumprir a sua missão».

O aviso foi lançado pelo presidente da Câmara de Alco-chete, no I Encontro Distrital de Clubes de Protecção Civil, referindo-se à escassez de meios dos bombeiros locais e da própria estrutura da

protecção civil, apesar do investimento que a autarquia tem feito nesta instituição.

Luís Miguel Franco lembrou que os Bombeiros Voluntários de Alcochete «estão a passar por um

momento de enorme difi -culdade», estando mesmo o município a equacionar com os bombeiros uma solução para os problemas. Ainda assim, recorda que, apesar de a Câmara ter competência

ao nível da Protecção Civil, «quem a tutela é o Ministério da Administração Interna».

Luís Miguel Franco reavivou, também, as preocu-pações quanto ao Serviço Muni-cipal de Protecção Civil de Alco-chete que, «com poucos meios, quer físicos, quer humanos, tem feito um trabalho absolutamente notável, quer do ponto de vista do desenvolvimento da sua missão, quer também na sensi-bilidade que sempre demons-trou na articulação com as dife-rentes entidades».

O VERSO dos Pássaros, de David Erlich; e Pecados de Família, de Fábio Lima; são os trabalhos vencedores da quinta edição do Concurso de Poesia e Ficção Narrativa, e que agora a Câmara vai lançar à estampa.

Para além da publicação das suas obras, os vencedores receberam um prémio monetário no valor de 1250 euros cada.

Desde 2001, que a Câmara de Montijo, através do Gabinete da Juven-

tude, tem vindo a promover o Concurso de Poesia e Ficção Narrativa “Montijo Jovem”, cuja quinta edição contou com a participação de 43 jovens.

O concurso é uma das faces visíveis do Projecto Cultural Concelhio, afirma o executivo de Maria Amélia Antunes que, com este programa, «demonstra a sua aposta na desco-

berta e divulgação de novos talentos na área da literatura»,

possibilitando aos jovens escritores, entre os 15 e 25 anos, uma maior visibi-lidade das suas obras.

David Erlich, vencedor na cate-goria de Poesia, nasceu em Lisboa, em 1989, e parti-cipa, com regularidade, em concursos literários, tanto em Portugal, como no Brasil, tendo sido premiado frequen-temente.

Fábio Lima, de 21 anos, resi-dente na Moita, venceu a cate-

goria de Ficção Narrativa.Em 2010

terminou a l icenciatura

em Publicidade e Marketing da

Es -cola Superior de Comunicação

Social,lo cal onde, actual-

mente, se encontra a frequentar o

Mestrado em Publi-cidade e Marketing. É account executive numa agência de marketing digital e interactivo. Está a escrever o seu segundo romance.

A FRENTE ribeirinha é local privilegiado para acolher a exposição “As árvores e as fl orestas – viagens pela biodiversidade vegetal".

Patente até Setembro, a mostra tem por objectivo realçar a relevância da árvore e das fl orestas na subsistência do planeta e na sobre-vivência das espécies, incluindo a espécie humana, dando a conhecer um dos aspectos fundamentais da biodiversidade local.

Com a renovação da frente ribeirinha, a Câmara oferece aos munícipes e visitantes um novo espaço de lazer, onde a cultura marca presença, através de exposições sobre o património ambiental e cultural do concelho, como é exemplo a mostra “As árvores e as fl orestas – viagens pela biodi-versidade vegetal”.

Depois de 2010 ter celebrado o Ano Inter-nacional da Biodiversidade, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas com o objectivo de sensibilizar para a gestão, conservação e desenvolvimento susten-tável de todos os tipos de fl orestas para benefício das gerações actual e futura.

Sob o lema “Florestas para o Povo”, a ONU reconhece que as fl orestas podem contribuir, signifi cativamente, para o desen-volvimento sustentável e para a erradi-cação da pobreza no Mundo.

Biodiversidade à mostra na frente ribeirinha

Câmara premeia criatividade

Os soldados da paz de Alcochete estão a passar por um mau bocado

A EQUIPA de dança robó-tica dos Agrupamentos de Escolas El-Rei D. Manuel I de Alcochete e Damião de Goes de Alenquer, alcançou o 3.º lugar na modalidade de Dança Robótica, no Festival Nacional de Robótica, que se realizou no Instituto Supe-rior Técnico, em Lisboa.

A mesma equipa obteve ainda o 3.º lugar na categoria de Dança de Robots no Robotop

2011, que se realizou em Santo Tirso, entre os dias 6 e 8 de Maio.

A participação da equipa conjunta de Alcochete e Alen-quer no Festival Nacional de Robótica em Lisboa traduziu-se ainda na conquista de duas menções honrosas para o Melhor Poster e Melhor Entretenimento, no referido escalão, ao qual concorreram dez equipas de várias escolas do País.

Esta equipa é constituída pelos alunos Beatriz Miguel, Filipe Santos, João Silva e Rafael Godinho, e pelos professores Carlos Gonçalves, João Borrega e Catarina Sá, com a colaboração do Clube de BD e Ilustração, do Agru-pamento de Escolas de Alco-chete e ainda pelos alunos Daniela Azedo e Fabiana Filipe e pelos professores Carlos Amaro e Carla Amaro, do

Agrupamento de Escolas Damião de Goes de Alenquer.

Os robôs foram criados e programados pelos alunos sob a orientação dos professores no presente ano lectivo, no âmbito das actividades do Clube de Ciência e Tecnologia em funcionamento no Agrupa-mento de Escolas E.B. 2,3 El-Rei D. Manuel I e também no Clube da Robótica do Agrupamento de Escolas Damião de Goes.

Agrupamento escolar com prémio na robótica

Franco quer mais apoio aos bombeiros

Parque Urbano das Piscinas ‘vira’ capital do desportoMais de 200 pessoas concen-

traram-se, no Parque Urbano das Piscinas, para participarem na iniciativa “Mexe Montijo 2011”.

A iniciativa foi organizada pela Divisão de Desporto e Juven-tude da Câmara do Montijo, no âmbito de um protocolo de parceria estabelecido entre a autarquia e o Departamento da

Licenciatura em Desporto da Escola Superior de Educação.

Segundo a organização o evento, que teve como missão a promoção da prática regular de actividade física e a divulgação da oferta desportiva concelhia (colectividades e ginásios), foi um sucesso.

Durante o dia foram reali-

zadas inúmeras actividades físicas como bodycombat, bodybalance, bodyvive, ginástica localizada, futebol, basquetebol, ténis, mini-golfe, entre outras. O evento contou, também, com demons-trações/exibições de diversas modalidades por parte do movi-mento associativo do concelho.

Recorde-se, que este evento

contou, ainda, com o apoio de várias entidades, como: Delegação do Montijo da Cruz Vermelha Portuguesa, 2BFit Club, VivaFit Montijo, Ginásio Clube Montijo, Montijo Basket Associação, Centro Cultural Desportivo de Montijo, Academia Desportiva Infantil-Juvenil Bairro Miranda e Alde-galense Andebol Clube.

Ensino básico em festa no pólo ambiental

O PINHAL das Areias/Pólo Ambiental das Hortas, vai ser palco, este sábado, de mais um convívio despor-tivo com os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

BTT, escalada, rappel e percursos pedestres são algumas das actividades que vão decorrer durante a manhã num espaço recentemente refl orestado com novas espé-cies, situado mesmo ao lado do Freeport Outlet.

A comemoração do Dia do Ambiente, festejado a

5 de Junho, data em que este ano se realizam as elei-ções legislativas, será ante-cipada com a organização de diversos jogos, por iniciativa dos pelouros da Educação e do Ambiente, uma iniciativa que conta ainda com a colaboração da S.Energia.

Os alunos devem fazer a sua inscrição junto dos Professores de Educação Física responsáveis pelo Desporto nas respectivas escolas do 1.º Ciclo.

O convivio vai decorrer num espaço recentemente reflorestado

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[ SETÚBAL ]

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Município abre concurso público para plano urbanístico de Setúbal nascente

FOI aprovado na sessão pública de quarta-feira a abertura de um concurso público internacional para a elaboração do Plano Urba-nístico de Setúbal Nascente (PUSN), instrumento que incide num terri-tório com 281,4 hectares.

O PUSN, cuja elaboração foi aprovada pela autarquia em Abril, tem como base as orientações propostas no Plano Estratégico de Setúbal Nascente (PESN), que resulta de um protocolo fi rmado, em 2007, com o Instituto de Habi-tação e Reabilitação Urbana.

A elaboração deste instrumento de gestão territorial, com um preço-base de 350 mil euros, deverá ser efectuada, indica o documento aprovado, «por uma equipa técnica multidisciplinar», sendo execu-tado em quatro fases.

O Plano tem como objectivo concretizar, na sua área de inter-venção, situada no limite Sul/Nascente da ci dade, na freguesia de S. Sebastião, as estratégias de ordenamento do território, urba-nísticas e de requalifi cação sociour-bana propostas no PESN.

O instrumento de gestão terri-torial visa ainda defi nir a estrutura urbana do território, o regime de uso de solo, a constituição de direitos edifi catórios, a equação de sustentabilidade económico-fi nan-ceira e o programa de execução.

«Em face da signifi cativa dimensão do território e o impe-

rativo de qualifi cação e integração urbana que o modelo territorial do PESN preconiza, justifi ca-se que a estratégia nele considerado ganhe expressão e operacionali-dade mediante a elaboração de um plano de urbanização», cuja respon-sabilidade é da autarquia, refere o documento.

O PESN defi ne uma visão estra-tégica assente num desígnio que aproveita os recursos naturais e paisagísticos, em conjugação com o fomento dos valores da cidade e da sua localização geográfi ca, com o intuito de reposicionar Setúbal como centro metropoli-tano de relevo.

16 milhões de euros garantem ligação da A12 ao Alto da Guerra

S. Bernardo reduzcustos em energia

ABRIU ao trânsito, na passada quinta-feira, a ligação entre o Alto da Guerra (EN10) e a A12 - Auto-Estrada Setúbal/Montijo. O investimento ascende a 16 milhões de euros e permite melhorar as condições de mobilidade necessárias ao aumento da competitividade das empresas localizadas na península da Mitrena.

Esta via liga o sublanço nó A2/A12/Setúbal (a sul da actual Portagem de Setúbal) e a Estrada Nacional 10 (Nó do Alto da Guerra), foi cons-truída entre Janeiro de 2010 e Abril de 2011, e tem uma extensão de cerca de 4 quiló-metros.

A ligação ao Alto da Guerra funciona como um eixo privilegiado para os tráfegos de mercadorias de e para o porto de Setúbal e evita que o trânsito pesado circule no centro da cidade, permitindo o acesso directo dos veículos pesados à zona portuária.

O HOSPITAL de São Ber - nardo, em Setúbal, dispõe, desde a passada quinta-feira, de uma Central de Trigeração que lhe permite produzir energia eléctrica na ordem dos 8900 MWh que serve não só a unidade hospitalar como gera a energia sufi ciente para ser vendida à rede nacional equivalente à consumida em 3500 habitações.

A nova tecnologia, que signifi cou um investimento de dois milhões de euros, numa parceria entre o Hospital e a Such Dalkia, vai reduzir os custos em energia, uma vez que para além da energia eléctrica, a central produz vapores que são usados para aquecimento não só de águas como também para o aquecimento geral. No total, a nova central representa um benefício

fi nanceiro energético supe-rior a um milhão de euros.

Entretanto, as obras na Unidade de Cirurgia de Ambu-latório do Hospital do Outão devem estar concluídas no próximo mês de Junho.

Com um custo de cerca de 400 mil euros, o investi-mento é apoiado ao abrigo de uma candidatura apre-sentada pelo Centro Hospi-talar no ano de 2009.

Quando estiverem em funcionamento, as novas insta-lações devem realizar perto de cinco mil cirurgias de ambu-latório por ano, o que signi-fi ca mais de metade da acti-vidade cirúrgica programada.

O próximo investimento no Hospital do Outão passa por uma nova unidade de cuidados continuados, num investimento de perto de um milhão e meio de euros.

22 mil euros para nova viatura dos Voluntários

FOI aprovado na última sessão pública do município uma proposta que contempla a atri-buição de um apoio financeiro no valor de 22 mil euros para comparticipação na aquisição de uma viatura para os Bombeiros Voluntários.

Trata-se de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), que vai substituir a perda total de uma viatura idêntica na sequência de um acidente veri-ficado há um ano.

A viatura de substituição representa um custo de 125 mil euros, contando com uma comparticipação de 92 mil da Autoridade Nacional de Protecção Civil, tendo em conta que o acidente ocorreu na deno-minada “época de incêndios florestais”.

Dos 33 mil euros que caberia aos Bombeiros Voluntários suportar, o município aprovou agora um apoio de 22 mil.

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O plano pretende concretizar novas estratégias de ordenamento do território urbano

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[ PALMELA ]

CVR-PS entrega medalhasA cerimónia de entrega de prémios do XI Concurso de Vinhos da Península de Setúbal decorre dia 26, às 18h30, na pousada do Castelo de Palmela. No concurso participaram 87 vinhos de 23 empresas na categoria de vinhos Regional Península de Setúbal e DO Palmela, bem como 11 vinhos de 7 empresas na categoria DO Setúbal (Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo). Além das medalhas de Ouro e Prata, serão atribuídos os prémios de Melhor Vinho Branco; Melhor Vinho Tinto; Melhor Vinho Generoso; e Melhor Vinho da Península de Setúbal.

Assembleia Municipal reúne dia 26 A Assembleia Municipal de Palmela reúne em sessão pública extraordinária no próximo dia 26, às 21 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Palmela. Em cima da mesa vai estar o dossier de atribuição da medalha de Honra do Concelho de Palmela e da Medalha Municipal de Mérito 2011.

Dia da Esclerose MúltiplaPalmela aderiu, pelo terceiro ano consecutivo, às comemorações do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinala no dia 25. A iniciativa “Move-te pela Esclerose Múltipla” é organizada pelo grupo informal de auto-ajuda de e para portadores de esclerose múltipla, que à semelhança dos anos anteriores, se propôs realizá-la em Pinhal Novo. A proposta vai para a realização de um percurso pedonal de 4 quilómetros ou outro de bicicleta, com cerca 8 quilómetros. A acção, aberta à população em geral, tem como objectivo sensibilizar a sociedade civil para esta doença degenerativa do sistema nervoso central que afecta, em Portugal, mais de cinco mil pessoas.

Pinhal Novo já abriu Loja do CidadãoABRIU na sexta-feira, à tarde,

a Loja do Cidadão em Pinhal Novo e a Loja Móvel, ambas localizadas nas instalações do Mercado Muni-cipal de Pinhal Novo. A cerimónia contou com a presença da Secre-tária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Marques, e da presidente do muni-cípio, Ana Teresa Vicente.

Trata-se de uma Loja do Cidadão de 2.ª Geração, que dispo-nibiliza, no mesmo espaço, serviços de diferentes entidades da Admi-nistração Central e do município. Além dos serviços prestados nos postos de Atendimento Municipal, será possível tratar de assuntos relacionados com ADSE, Caixa Geral de Aposentações, Direcção-Geral da Administração da Justiça, Autoridade Regional de Saúde, Instituto da Mobilidade e dos Trans-portes Terrestres, Automóvel Clube de Portugal, Portal do Cidadão, Instituto da Segurança Social, EDP, Governo Civil e Instituto dos Registos e Notariado.

Acresce, ainda, a disponibili-zação destas valências através da Viatura de Atendimento Móvel da autarquia (VAM), transformada, agora, em Loja Móvel, que presta um serviço ainda mais diversifi -cado às populações das zonas rurais e distantes dos centros urbanos.

Esta é a primeira Loja do

Cidadão de 2.ª Geração Móvel que integra balcões do Instituto dos Registos, de atendimento muni-cipal e multi-serviços (BMS).

O BMS – um dos traços mais inovadores das lojas de segunda geração – permite a realização de diversos serviços de diferentes entidades da Administração Central. Com uma só senha, os cidadãos podem, por exemplo,

substituir a sua carta de condução, pedir o seu subsídio de doença ou fazer uma reclamação junto da Direcção Geral do Consumidor. Neste balcão são igualmente dispo-nibilizados a maioria dos serviços da Segurança Social.

A Loja Móvel do Cidadão permi-tirá, às populações rurais, mais afas-tadas dos principais núcleos urbanos, aceder de forma cómoda

e prática aos serviços prestados nas Lojas do Cidadão, como o Cartão de Cidadão ou o Passaporte, e a serviços municipais. Este inovador serviço facilitará igualmente o acesso de cidadãos com mobili-dade reduzida aos serviços públicos. O projecto surge da evolução da VAM, que passará a disponibilizar, a partir de agora, igualmente serviços da administração central.

Avozinhas estreiam nova produção em Espanha

O GRUPO de teatro “As Avozi-nhas”, criado há nove anos e formado por mulheres com mais de 60 anos, estreia no próximo dia 27, no Festival de Teatro de Valla-dolid, em Espanha, a nova peça “A Menina dos Teus Olhos”, com direcção artística e dramaturgia de Dolores de Matos e Inés Boza, e textos e apoio dramatúrgico de Cláudia Lucas Chéu.

Além da reflexão e debate sobre a participação do idoso nesta sociedade «tão desigual», busca a oportunidade de «expe-riências estéticas em diferentes

linguagens artísticas, negadas anteriormente a estas pessoas», realça Dolores de Matos.

As Avozinhas é um projecto de intervenção experimental, que tem a intenção de formar estas mulheres/actrizes, e utilizar o teatro como um recurso na compreensão das subjectividades dos idosos, a partir da encenação das suas lembranças, mesmo que recor-rendo a textos escritos a propó-sito para o grupo, ou propostos por dramaturgos e escritores como Gonçalo M. Tavares, Cândido Ferreira, João Brites, entre outros.

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Hiperactividadedos adultos em debate

NO PRÓXIMO dia 28, pelas 17h30, na Biblioteca Pública de Palmela, decorre a Conferência “Hiperactividade e Défi ce de Atenção nos Adultos: Novas Desco-bertas da Ciência” pela psicóloga clínica Maria João Ferro.

A iniciativa irá abordar a defi-nição do conceito de Hiperacti-vidade e Défice de Atenção e as grandes diferenças destas pertur-bações nas crianças e em adultos. Serão, também, apresentados experiências e resultados obtidos através do Modelo Spark, que consiste em intervenção compor-tamental como modo de trata-mento sem medicação.

Maria João Ferro licenciou-se em Psicologia em Lisboa, fez uma especialização em Psico-logia do Desenvolvimento das Carreiras na Bélgica e estagiou em Dublin, na Irlanda. Tem uma especialização em Neuropsico-logia e um percurso orientado para as questões da Atenção e da Hiperactividade. Nos últimos dois anos, recebeu formação em Boston, na Harvard Medical School, na área do Défice de Atenção e da Hiperactividade. Tem, ainda, experiência de

trabalho hospitalar e de clínica privada na Consulta de Crianças e de Adolescentes, no contexto da Psicologia do Desenvolvimento e da Neuropsicologia. A entrada na conferência é livre e não carece de inscrição prévia.

+ Notícias

É no moderno Mercado Municipal de Pinhal Novo que vai nascer a Loja do Cidadão de 2.ª Geração e a Loja Móvel

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Conferência na biblioteca pública

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[ LITORAL ]

OS TRÊS médicos estrangeiros, cuja chegada está prevista para a próxima semana, «são muito bem vindos» ao Centro de Saúde de Grândola e «serão recebidos com muita satisfação pela população do concelho».

A garantia é avançada pelo presidente da Câmara de Grân-dola, o socialista Carlos Beato, na sequência de algumas reti-cências colocadas pela Ordem dos Médicos acerca da contra-tação de clínicos de fora do país. «Não obstante a posição da Ordem dos Médicos sobre este assunto, a autarquia espera que o Ministério da Saúde continue este tipo de contratações para poder resolver os problemas que ainda existem e que têm reflexos da maior importância para a qualidade de vida dos cidadãos», sustenta o executivo grando-lense, em comunicado.

É que, segundo adianta a autar-quia, na impossibilidade de recru-tamento de médicos portugueses, a contratação de médicos estran-geiros «foi uma boa solução e o que é preciso e é urgente é que sejam contratados ainda mais»,

tendo em conta que a falta de profi ssionais no Centro de Saúde «tem vindo a ser altamente pena-lizadora e até mesmo perturba-dora dos Serviços de Saúde pres-tados à população do concelho».

A BIBLIOTECA Municipal de Alcácer do Sal é a ‘capital’ das gravuras de Arraiolos, num projecto inovador que até dia 28 pretende mostrar poesias serigrafadas em diversos materiais.

Projectos com Poesia surgem como resultado de vários traba-lhos conseguidos entre 2007 e 2011, altura da abertura da Ofi cina de

Gravura de Arraiolos e posterior criação da Imagem Impressa -Asso-ciação Cultural de Arraiolos, no mesmo ano.

O primeiro trabalho, textos seri-grafados sobre tecido, teve lugar depois de uma acção de formação de professores nas Escolas André de Gouveia e Severim de Faria, em Évora. O objectivo desta primeira

peça foi homenagear alguns poetas alentejanos ou que tivessem tido o Alentejo como motivo. Seguiram os Pontos com Poesia que tiveram como tema o tapete de Arraiolos.

Dos poemas de Pedro Tamen surgiu Poesia Gravada, um painel realizado sobre placas de acetato com o tratamento das técnicas da gravura em metal. O projecto mais

recente está, ainda, em esboço, e tem como base a poesia de Gilberto Freyre e pretende criar pequenos livros de autor a partir de poemas dedicados a terras portuguesas.

Numa parceria com a Asso-ciação de Gravura de Arraiolos, a exposição com trabalhos de poesias serigrafadas pode ser visitada de segunda a sexta-feira.

Biblioteca de Alcácer do Sal mostra Arraiolos poética

O EXECUTIVO da Câmara Municipal de Sines, liderado pelo independente Manuel Coelho, exige que as autoridades procedam ao apuramento de responsabilidades na sequência da mancha de poluição detectada há três semanas na região da Costa do Norte.

Segundo adianta o edil sine-ense, a autarquia «exige o apura-mento das responsabilidades junto das entidades competentes e a atri-buição de indemnizações pelos

prejuízos causados a pescadores, armadores e comerciantes afec-tados pelo problema».

Recorde-se que há cerca de três semanas pescadores denun-ciaram o aparecimento de pescado morto e com mau cheiro, logo após ter sido avistada uma mancha de poluição no mar, na zona da Costa Norte.

A Polícia Marítima e o Porto de Sines estão a investigar os acontecimentos.

Sines quer saber quem poluiu Costa Norte

DEVOLVER o centro histórico de Santiago do Cacém à população foi o objectivo das intervenções de fundo que vinham sendo efec-tuadas desde 2010, e que hoje vão ser mostradas aos santiaguenses.

A autarquia decidiu inaugurar este sábado o novo espaço de ‘cara lavada’ com um dia dedicado à população, com convívios e animação cultural logo pela manhã. A ideia, segundo o presi-dente do município, Vítor Proença, é mostrar que Santiago «dispõe de um espaço de excelência que alia o moderno com o passado histórico único na região».

As obras, que arrancaram no início de 2010, foram alvo de uma candidatura a fi nanciamento comu-nitário defi nida pelo Aviso de Aber-

tura do Concurso nº 2 do Regula-mento Específi co: Políticas de Cidades – Parcerias para a Rege-neração Urbana.

A operação de qualificação do espaço público e do ambiente urbano da cidade teve intervenção ao nível da melhoria da acessi-

bilidade e mobilidade; qualifi-cação e valorização do miradouro que constitui o Passeio das Romei-rinhas; qualificação do Pelou-rinho; qualificação da Tapada dos Condes de Avillez e a sua aber-tura ao público enquanto espaço colectivo de recreio e lazer; e a recuperação e qualificação do espaço público, incluindo a insta-lação de mobiliário urbano através do enterramento das infra-estru-turas aéreas.

Satisfeito com os resultados fi nais, o edil de Santiago do Cacém adianta que a autarquia «fez o esforço de recu-peração do centro histórico, único na região, e pretende agora que a popu-lação tenha consciência de que tem ao seu dispor um espaço de excelência para passear e para o lazer».

Câmara de Santiago do Cacém restitui dignidade ao centro histórico da cidade

A reabilitação do miradouro foi uma das apostas para devolver a zona à cidade

Grândola defende médicos estrangeiros

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+ Notícias

Sul nascente de Sines em discussão pública O Plano de Pormenor da Zona de Expansão Sul-Nascente de Sines vai ser alterado de modo a adequá-lo às actuais condições económicas do país. Até 3 de Junho, todos os cidadãos podem contribuir com sugestões e informações para serem consideradas na alteração.As alterações que se pretende introduzir são ao nível das necessidades de estacionamento, da reconfi guração de alguns lotes e edifícios sem aumento do número de fogos e da fl exibilização da indicação da entrada dos edifícios e de algumas caves com os correspondentes ajustes nos lugares de estacionamentos públicos. São também objectivos da alteração introduzir a possibilidade de o projecto de arranjos exteriores detalhar e alterar o desenho dos espaços verdes (não se altera a configuração dos mesmos), prever uma rotunda próxima do empreendimento turístico junto a Santa Catarina e mudar alguns parâmetros urbanísticos com o objectivo de adequação ao mercado e da necessidade de incluir as rampas de estacionamento dentro dos lotes.

Grândola tem o melhor concessionário de praia O 1º prémio do concurso “Melhor Concessionário” promovido pelo Programa Bandeira Azul foi entregue à Herdade da Comporta, concessionária da Praia do Pego, numa cerimónia que decorreu no Oceanário de Lisboa, com a presença da ministra do Ambiente, Dulce Álvaro Pássaro. Para além do prestígio alcançado com esta distinção, a Herdade da Comporta recebeu como prémio uma máquina de limpeza de praia. O Concurso "Melhor Concessionário", patrocinado da Fundação Vodafone Portugal, pretende premiar as boas praticas e estimular o interesse e participação activa dos concessionários que, por estarem mais próximo dos utentes, estão também mais atentos aos problemas e necessidades sentidas nas praias.Recorde-se que a Praia do Pego, no Carvalhal, é uma das 8 praias com Bandeira Azul da Frente Atlântica do Concelho de Grândola, a terceira maior extensão de praia do mundo.

Carlos Beato

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+ Negócios

A Secil e a Valnor assinaram um contrato de forneci-mento de combustíveis

derivados de resíduos (CDR’s) sólidos urbanos que vai permitir à fábrica do Outão aumentar a utilização de combustíveis alter-nativos nos seus fornos. Actual-mente, os combustíveis sustentá-veis signifi cam 20 por cento dos usados pela Secil, sendo que 60 por cento são combustíveis alter-nativos são derivados de resíduos.

O acordo foi celebrado com o patrocínio do secretário de estado do Ambiente, Humberto Rosa, que reafi rmou a intenção do Governo de continuar a valorizar a utilização de CDR’s no sentido de maximizar

os recursos. «Actualmente os resí-duos são oportunidades de negócio», disse durante a cerimónia, adian-tando que iniciativas desta natu-reza «são altamente sustentáveis não só do ponto de vista fi nanceiro como do ponto de vista ambiental».

A Valnor deverá, dentro de seis meses, aproximadamente, fornecer à Secil perto de 30 mil toneladas de CDR’s provenientes de aterros de lixos domésticos. Estes resíduos, maioritariamente restos de plásticos não aproveitados nas outras cadeias da reutilização – reciclagem, por exemplo – permitem reduzir também as emissões de dióxido de carbono.

M.D.

A ESCOLA Intercultural das Profi ssões do Desporto da Amadora (EIPDA), nasceu em 28 de Dezembro de 1999, com a realização da escri-tura pública e na sequência do projecto Escolas da Ofi cina imple-mentado pela Câmara da Amadora. A missão do projecto é combater a exclusão social e o abandono escolar. O projecto é multifacetado, promove acções de alfabetização, de combate ao trabalho infantil e ao abandono escolar precoce. Com o projecto 12-15 a escola teve como fi nalidade ir à rua buscar jovens e devolve-los à escola. Uma outra face deste projecto, a Ofi cina Multi-serviços, uma parceria com o muni-cípio local, no apoio à população sénior e sem recursos. São feitas pequenas obras de reparação e limpezas em habitações de idosos com mais de 65 anos de idade, de forma gratuita. Em 2010 foram efec-tuados 3 899 serviços.

No Centro Novas Oportuni-dades, inscreveram-se durante o último ano, 2 159 adultos com o objectivo de certifi carem compe-tências. 641 formandos estão a frequentar cursos de dois ou três anos de duração. A Escola Inter-cultural é uma entidade certifi cada com Qualidade ISO 9001:2008, para todas as áreas que contactam ou servem o público, como por exemplo o Centro Novas Opor-tunidades; Ofi cina Multiserviços; Serviço de Formação, Serviço de Desenvolvimento de Ideias e Projectos, Sala de Acolhimento de Bebés e Crianças e Mediateca.

Adelino Serras, administrador delegado, realça que a EIPDA está empenhada em prestar um serviço de qualidade à população em geral e à da Amadora em particular, de acordo com o lema, “Empenhamo-nos no que fazemos e fazemos bem”.

E conta que o projecto tem vindo a verifi car que cada vez mais surgem pessoas com difi culdades, pelo que gostava que esse número fosse «cada vez menor, vamos ter esperança no futuro». A sala de acolhimento recebe crianças, fi lhos de pessoas em formação no concelho da Amadora, que durante o período em que se qualifi cam deixam à guarda da entidade os seus fi lhos. «Por vezes aparecem pessoas em situação muito difícil e de pobreza estrema em que nós temos garantido a alimentação dos seus fi lhos, durante o período em que estão connosco», vinca.

No que se refere ao futuro, Adelino Serras diz que existem algumas ideias planeadas mas que, por ora, prefere não adiantar pormenores. Sublinha que a meta da empresa é «formar e empregar» pessoas, evidenciando que as áreas que exigem mais qualifi cações é onde tem sido «mais fácil» arranjar empregos, como as ligadas à elec-tricidade, electrónica, robótica e energias renováveis. «Muitas das difi culdades das pessoas é o facto de não possuírem qualquer quali-fi cação profi ssional, isso difi culta a sua entrada no mercado de trabalho», conclui.

Escola das profi ssões combate exclusão social e abandono escolar

O GRUPO Pestana lança, terça-feira, a primeira pedra do empre-endimento Pestana Tróia Eco-Resort & Residences.

Com uma localização privile-giada, o complexo pretende assi-nalar o arranque de um projecto que a administração da empresa considera «único e ambicioso».

Composto por uma zona resi-dencial de luxo e um aparthotel de cinco estrelas, naquele que será o primeiro Eco-Resort da Penín-sula de Tróia, o Pestana Tróia Eco-Resort & Residences, tem na susten-tabilidade a grande «característica diferenciadora», afi rma o grupo.

A CASA Agrícola Horácio Simões, de Quinta do Anjo, conquistou uma medalha de Ouro no International Wine Challenge 2011, que decorreu recentemente em Inglaterra, com o Moscatel de Setúbal 10 Anos Superior 1999. Já o Moscatel Roxo 2006 foi distin-guido com a medalha de Prata.

Pedro Simões, gerente da casa, realça que é com orgulho e satis-fação que vê «este reconhecimento internacional do trabalho desen-volvido pela adega», sublinhando que foi com «enorme agrado» que a família Horácio Simões parti-cipou neste «grande feito interna-cional», considerado um dos «mais importantes» concursos de vinhos a nível internacional. «Estes resul-tados são, sem sombra de dúvida, uma grande prestação por parte dos nossos vinhos, dignifi cando Portugal, a região de Setúbal e Palmela, e valorizando o trabalho que tem sido desenvolvido durante os últimos anos na nossa casa».

O empresário evidencia o «excelente» painel de provadores que todos os anos se reúne em volta das mesas e de uma organização «muito efi caz, profi ssional (e british), e porque o Reino Unido é, não tenhamos dúvidas, o grande mercado bandeira da Europa».

Charles Metcalfe, Tim Atkin MW, Sam Harrop MW, Derek Smedley MW, aos quais se juntou este ano Oz Clarke, são alguns dos nomes ligados à organização deste evento, nomes cuja reputação é «inquestionável» no mundo dos vinhos, conclui Pedro Simões.

A ADMINISTRAÇÃO dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) está presente no Portal do Cidadão, desde o início de 2011, como enti-dade prestadora de serviços. A partir do dia 11 do corrente mês, a empresa passou a disponibilizar um pacote de serviços electrónicos, sendo a primeira administração portuária a oferecer essa ferra-menta aos utentes do Portal.

A integração da APSS no Portal do Cidadão decorre da estratégia seguida por Portugal em termos de eGovernment e cumpre a Lei Orgâ-nica do XVIII Governo Constitu-

cional, no n.º 1 do artigo 28.º, a qual estabelece a disponibilização, por parte das empresas da esfera

pública, de serviços acessíveis através da Internet, no Portal do cidadão ou no Portal da Empresa.

Tróia ganha primeiro Eco-Resort

Moscatel Horácio Simões traz ouro do Reino Unido

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Pedro Simões orgulhoso do prémio

Resíduos urbanos são mais-valias

Abrir a empresa ao público, em nome da transparência, é o objectivo da APSS

APSS disponibiliza serviçosno portal do cidadão desde Janeiro

Fornos da Secil ganham mais combustíveis alternativos

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A AUTO SOEIRO promove no sábado, dia 21 de Maio, um dia espe-cial dedicado a todos os clientes OPEL, oferecendo uma verifi cação gratuita do estado de funciona-mento dos seus veículos. No âmbito desta iniciativa, que já vai no seu 13º ano consecutivo e que tem contado em todas as edições com a adesão de milhares de proprie-tários de veículos da marca em Portugal, a OPEL convida todos os seus clientes a realizarem um check-up gratuito (matriz de 53 pontos verifi cados, envolvendo análise de fl uidos, travões, pneus, iluminação, direcção, bateria, alter-nador, refrigeração, bomba de água e escape), aos seus automóveis de passageiros e comerciais, num Reparador Autorizado.

Como Reparador Autorizado, a AUTO SOEIRO, quer dar as boas vindas a todos os clientes OPEL, fazendo deste dia uma Festa de Família e onde não vão faltar ANIMAÇÃO, BRINDE-SURPRESA e FESTA.

Com sede na MOITA (Z. Indus-trial da Moita – R. Ferreiros, Lote

3), a AUTO SOEIRO tem uma loca-lização privilegiada e conveniente, para todos os clientes das áreas do Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal, Sesimbra, Azeitão e Qta do Conde.

Dispomos de uma ampla área ofi cinal, completa com todos os Serviços/Peças/Acessórios e uma Equipa Técnica Profi ssional e Credenciada, capaz de resolver qual-quer problema e sempre com um toque afectivo e personalizado.

Nesta iniciativa os clientes OPEL receberão também um vale de 20% de desconto para peças substituídas em reparações e outro vale de 25% de desconto a ser utili-zado numa mudança de óleo.

Paralelamente ao citado evento a AUTO SOEIRO/OPEL, participa no presente fi m-de-semana na 1ª Feira da Energia Inteligente (Pavi-lhão Municipal de Exposições – Moita).

A todos gostaríamos de ende-reçar convite para uma visita, onde poderão conhecer as melhores propostas para uma Mobilidade Inte-ligente – A Mobilidade do Sec XXI…

A AICEP Global Parques assinou no passado dia 16, com a Greenprod – Indústria de Reci-clagem Lda., um acordo de reserva de direito de superfície de uma área de cerca de dois hectares, no loteamento da Zona 1 da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), para a futura instalação de uma unidade industrial de reci-clagem química e mecânica de plástico.

A Greenprod é uma empresa de capital cem por cento japonês e o projecto benefi cia do estatuto de Projecto de Interesse Nacional (PIN).

Segundo fonte da Greenprod, a unidade vai representar um investimento global superior a 80 milhões de euros, estando previsto o início da sua construção em 2012. O projecto prevê a criação de duzentos postos de trabalho directos, estimando a empresa exportar 35 por cento da sua

produção.A ZILS, sob gestão da Aicep

Global Parques, é a maior área de localização para unidades indus-triais e logísticas da Península Ibérica. Dispõe de mais de dois mil hectares de áreas vocacio-nadas para actividades industriais,

logísticas e de serviços, con -tando já com algumas das mai ores em pre- sas na cionais e estrangeiras.

Global Parques e Greenprod na criação de unidade de reciclagem química e mecânica de plástico

AUTO SOEIRO/OPEL realiza “Dia do Cliente” este sábado

A empresa promete ‘mimar’ os clientes durante todo o dia de sábado

As ofertas incluem uma verificação gratuíta do estadodos veículos

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A ZONA Industrial e Logística de Sines (ZILS) recebeu quinta-feira a visita de uma delegação de Zhuhai e de Macau, com o objectivo de conhecer as potencialidades ofere-cidas por esta infra-estrutura gerida pela Aicep Global Parques.

Esta visita pretendeu promover a excelência das múlti-plas valências da ZILS enquanto plataforma logística e industrial de «elevadas capacidades e exce-lentes infra-estruturas».

A ZILS destacou as novas opor-tunidades que serão abertas com a conclusão das obras de alarga-mento do Canal do Panamá, situ-ação que reforçará a posição de excelência do porto de Sines nas rotas do Oriente, bem como a vantagem competitiva de Sines graças à existência de uma extensa área industrial e logística adjacente.

Após a visita à ZILS, a dele-gação visitou também o porto de

Sines, que se constitui como um porto da Península Ibérica e da Europa ao serviço das mais impor-tantes linhas marítimas mundiais.

O interesse demonstrado pela China em estabelecer negócios com Portugal justifi cou a impor-tância estratégica desta visita por parte das autoridades e dos empresários de Zhuhai e de Macau que puderam conhecer no terreno as potencialidades do parque .

A ZILS Global Parques oferece uma localização com clara vocação atlântica e com fácil e rápido acesso a vias de comunicação nacionais e internacionais devido à proximi-dade ao porto de Sines. A Zils Global Parques dispõe de 2 mil hectares de áreas vocacionadas para activi-dades industriais, logísticas e de serviços, contando já com algumas das maiores empresas nacionais, como a Galp, a EDP, a Sonae Indús-tria ou o Grupo Cimpor.

Delegações do Zhuhai e Macau conheceram potencialidades da ZILS

A REPSOL obteve um lucro líquido de 765 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, o que, de acordo com o relatório, representa um incremento de

11,2 % em relação ao mesmo período do exercício anterior. Sem ter em conta os resultados extraordinários, o lucro líquido recorrente da Repsol aumentou

23,4 por cento, situando-se nos 791 milhões de euros.

O crescimento dos resultados explica-se pela melhoria do preço de realização do crude e

do gás de Repsol, com aumentos de 13,4 % e 14,8 %, respectiva-mente, pelos melhores resul-tados da divisão de gás natural liquefeito (GNL) e pela recupe-

ração do negócio químico.O resultado de exploração do

grupo durante o primeiro trimestre do ano aumentou 4,7 %, alcançando os 1611 milhões de euros.

Lucros da Repsol subiram 11 por centoD

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O acordo assinado entre as partes prevê a criação de 200 postos de trabalho

Aicep área de indus-ínsulae dois cacio-striais,

logísticas e de serviços, con -tando já comalgumas das mai ores em pre- sas na cionais e estrangeiras.

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+ Desporto

Naval Setubalense promove festival de patinagem Em mês do 91.º aniversário, o emblema sadino vai promover, no próximo dia 28, o tradicional festival de patinagem artística, num espectáculo desportivo que será baseado em temas da literatura do fantástico.

Setúbal promove encontro de andebol Cativar novos praticantes, promover o desporto e as actividades dos clubes são objectivos de um encontro de andebol, que reúne 1800 alunos do concelho, esta tarde, entre as 15 e as 18 horas, no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal.

Duarte Benavente, 40 anos, completa este domingo, em Portimão, a sua 100ª

corrida num Mundial de F1, em motonáutica.

O piloto azeitonense, o único português envolvido na mais impor-tante competição dos ‘super barcos’, assume ser um «orgulho» atingir a centésima corrida, registo que coin-cide com a realização do Grande Prémio de Portugal, e que lhe merece um destaque especial, porque signifi ca que Portugal continua no mapa do circuito mundial da motonáutica. «Não representa para mim uma motivação espe-cial atingir esta marca. Não deixa de ser um momento importante, mas é mais signifi cativo poder competir em Portimão, pelo 13.º ano conse-cutivo, face a tantas difi culdades que se têm deparado».

Reconhecido como a referência lusa nos desportos náuticos moto-rizados, Duarte Benavente arrancou

em 1989 para as competições ofi ciais de motonáutica. Uma paixão que tem alimentado há mais de duas décadas com «muitos sacrifícios», mas que promete continuar. «È um registo interessante, mas espero poder fazer mais 100 corridas. Continuo muito motivado e apai-xonado pela modalidade. Quero, tal como tenho feito até aqui, conti-nuar a tentar fazer as coisas melhor forma», assume o piloto.

Com nove provas calendari-zadas, o GP de Portimão é o

segundo da presente época

e assinala a entrada dos 24 pilotos do Mundial na Europa. No Catar, Benavente foi 10.º e é com essa

posição na classifi cação mundial que chega a Portimão.

O melhor lugar possível

Instado a traçar objectivos para a corrida lusa, o piloto azeitonense assume que «fi car entre os 5 primeiros seria muito bom». «Gosto muito do circuito, e tal como desde sempre, vou fazer tudo para conseguir o melhor resultado possível», refere o prota-

gonista da equipa portuguesa Atlantic Team, que está na Fórmula 1 desde 1999.

No que respeita às ambições para o campeonato, Benavente refreia grandes resultados, até porque há um desnível acentuado para as equipas de topo. «Este é um campeonato onde há equipas com orçamentos completamente de outro mundo. Recordo que há equipas que são suportadas por países, o que signifi ca um desnível de apoios fi nanceiros absoluta-mente diferentes, por exemplo da Atlantic Team», argumenta o piloto que perante os factos considera

a obtenção de um lugar entre os 10 primeiros «um

registo fi nal muito bom».

Recorde-se que no ano passado, Duarte Benavente terminou o Mundial no 15.º posto

e tem o seu melhor resultado de sempre num campeonato de F1, conseguido em 2000, onde fi cou em 6.º lugar.

Herançasem herdeiro

A Federação Portuguesa de Motonáutica envolve nesta altura cerca de 500 jovens na iniciação à modalidade e está representada por 40 pilotos nas diversas cate-gorias competitivas.

Esta é a realidade de um desporto que, ao mais alto nível internacional, teima em não encon-trar um herdeiro de Benavente. «Não vejo ninguém nos próximos tempos a entrar na F1. Não é de um dia para o outro que se entra numa competição deste nível de

exigência. Por outro lado os projectos

requerem m u i t o s sacrifícios e muitos

a p o i o s . Factores que não

são nada fáceis de conjugar», assi-nala o piloto, que tal como a concorrência mundial, planam sobre a água a mais de 250 km/h.

Azeitonense acelera na 100ª corrida mundial ::::::::::::::: Joaquim Guerra :::::::::::::::

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AS JUDOCAS juniores Ágata Swiatkiewicz, do Vitória FC, Setúbal) e Andreia Zeferino (SFUA, Pinhal Novo) são duas das maiores novidades na convocatória da Federação Portuguesa de Judo, com vista à participação na Taça do Mundo Feminina, no escalão sénior.

Ágata Swiatkiewicz, vice-campeã nacional júnior nos últimos dois anos, apresenta-se na categoria – 63 kg, enquanto a pinhalno-vense Andreia Zeferino, 3.ª classifi cada, compete em -70 kg.

Além das duas atletas da Associação de Judo de Setúbal, a convocatória conta igual-mente com a almadense de estatuto olím-pico Telma Monteiro (-57 kg), a grande refe-rência do judo feminino nacional.

A Taça do Mundo realiza-se nos dias 11 e 12 de Junho, em Odivelas.

DEPOIS da conquista de dois títulos nacionais e três lugares de pódio, as escolas secundárias de Pinhal Novo e de Palmela estão representadas, este fi m-de-semana, nos Mundiais de Orientação de Desporto Escolar, em Trentino, Itália.

A representação conjunta palmelense conta com 9 alunos

Conquistada a subida à Liga, a equipa sénior femi-nina do Montijo Banda Basket começa este sábado, às 17h30, no Pavilhão Muni-cipal do Montijo, a lutar pelo título de campeã da I divisão, no primeiro jogo, de possí-veis cinco, referente à fi nal

do play-off da competição. O conjunto montijense,

treinado por Carlos Caetano, terá pela frente a formação da Escola M.A. Meneres (também conseguiu a promoção), numa jornada dupla que coloca frente a frente as duas equipas que na fase regular, assumiram

o 1º e 2º lugares, com vantagem para as montijenses.

Amanhã, o segundo jogo, entre as duas melhores equipas da presente tempo-rada, no que respeita à I divisão nacional, está marcado para o mesmo local, a partir das 16h00.

Três judocasna Taça do Mundo

Palmela nos Mundiais de orientação

Montijo joga título feminino de basquete

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O plantel montijense está a fazer uma temporada extraordinária no basquetebol feminino

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A PRAIA de Albarquel, Setúbal, é o ponto de partida para a realização, hoje e amanhã, da “Sadocat 2011 – Raid Internacional de Catamarans – XII Raid Vela Biscasco”, prova de vela ligeira em que participam 40 barcos, nacionais e internacionais.

O evento realiza-se entre as 12h00 e as 16h00.

Vela anima águas sadinas

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O TRIUNFO do Paio Pires, por 4-1, no reduto do Moitense, e a vitória do Alca-cerense no campo do Laga-meças, garantiram, matema-ticamente, às duas equipas vencedoras, e quando ainda faltam duas jornadas por disputar, a subida ao escalão maior do futebol distrital.

Paio Pires e Alcacerense, lideram a prova, ambos com 56 pontos, e nas duas rondas que restam, a conquista do

título de campeão é agora o grande destaque da competição.

Este domingo, às 17 horas, naquela que será a 25.ª jornada do campeonato, a formação do Paio Pires recebe, no relvado do Vale D’Abelha, a AD Quinta do Conde, enquanto o Alcace-rense volta a jogar fora de portas, desta feita com o Charneca de Caparica, no Campo do Cassapo.

A EQUIPA de futebol do Sesimbra recebe esta tarde, às 17 horas, no Estádio da Vila Amália, o Moura, num jogo de emoções fortes na III divisão F, referente à penúltima jornada da prova.

Os sesimbrenses, que seguem no 3.º lugar da clas-sificação, enfrentam os alentejanos (2.º), à procura de um triunfo que poderá ser decisivo na conquista da subida à II divisão nacional, onde nesta altura (o Est. Vendas Novas já

subiu), apenas resta a vaga da segunda posição final para dar acesso ao escalão superior.

Recorde-se que Sesimbra e Moura sobem ao relvado com os mesmos 33 pontos somados, depois da formação alentejana, ter vencido, na quarta-feira, o Fabril, por 1-0, em jogo que teve de ser repe-tido (por decisão da FPF) e correspondente à 2.ª jornada desta fase do campeonato.

Paio Pires e Alcacerense garantem I distrital

Ronda decisiva para futebol do Sesimbra

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Santiago do Cacém é capital do Desporto Escolar O concelho de Santiago do Cacém acolhe, este fi m-de-semana, as fi nais nacionais de natação (piscinas municipais), ténis de mesa (Pavilhão dos Desportos) e futsal (Pavilhão Padre Amadeu Pinto), no âmbito do Desporto Escolar.

João Ferreira arbitra a final da Taça de PortugalO juiz internacional, João Ferreira, da Associação de Futebol de Setúbal, vai dirigir, pela primeira vez, a fi nal da Taça de Portugal, amanhã, no Jamor, entre o FC Porto e o Guimarães. Pais António e Luís Ramos serão os assistentes.

A EQUIPA do Olímpico do Montijo, actual líder da I distrital, com 61 pontos, pode assegurar este domingo, na 28.ª jornada, a subida à III divisão nacional.

Os montijenses para festejarem a promoção histórica, enquanto Olím-pico, têm de vencer o Alfarim, num jogo a realizar no Estádio da Liberdade, a partir das 17

horas, e esperar que o Vasco da Gama (2.º lugar) não vença o Almada, em Sines.

Recorde-se que as duas equipas que seguem na luta pela subida, estão sepa-

radas por cinco pontos.Entretanto, no que

respeita a despromoções, o União de Santiago (último classificado) já não pode evitar a descida à II distrital.

Olímpico pode festejar subida à III divisão

CAMPEÕES. A equipa de futebol sub-8 do GD Fabril sagrou campeã nacional da Taça OLÁ Kids. No jogo da fi na, realizado no Estádio 1º de Maio, no Inatel, em Lisboa, os jovens craques fabrilistas derrotaram os Geraldi-nhos, do Lusitano de Évora, por 3-1

O estádio sesimbrense promete registar grande lotação

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