semmais jornal 26 maio 2012

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www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares Sábado | 26.Maio 2012 semanário - edição n.º 716 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. Anti-stress Tordo e Mendes no Montijo 9 Cadernos Santiagro e Palmela Cidade Europeia do Vinho Pub. ACTUAL A fami- gerada zona da Fontenova, co- nhecida pelo pei- xe assado, conta a partir desta sema- na com um foga- reiro colectivo. +NEGÓCIOS Um colóquio em Grândola serviu de alerta para fu- turo do sector. Rinite alérgica afecta 150 mil pessoas do distrito de Setúbal Comboio da Costa em risco de zarpar para Espanha Travessia para Tróia volta a ser contestada ACTUAL O transfer que circula entre as praias da Costa da Caparica desde 1960 corre o risco de parar de vez este Verão. O seu proprietário diz que está a perder cer- ca de 80 por cento dos passageiros des- de que o terminal foi desviado para um quilómetro e meio a sul da cidade, devi- do às obras da CostaPolis. A ameaça é sé- ria e o empresário diz já ter sido contacta- do para deslocalizar o comboio para uma zona balnear da Catalunha. PÁG. 15 PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 7 PÁG. 5 Setúbal estreia mega fogareiro Alentejo Litoral não quer afrouxar força do turismo Cristas rendida aos golfinhos do Sado pág 2 DR DR Pub. Actual Campanha arranca este fim-de-semana 5

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Semmais jornal 26 Maio 2012

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Page 1: Semmais jornal 26 Maio 2012

www.semmaisjornal.comDirector: Raul TavaresSábado | 26.Maio 2012 semanário - edição n.º 716 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Pub.

Anti-stressTordo e Mendes no Montijo

9

CadernosSantiagro ePalmela CidadeEuropeiado Vinho

Pub

.

ACTUAL A fami-gerada zona da Fontenova, co-nhecida pelo pei-xe assado, conta a partir desta sema-na com um foga-reiro colectivo.

+ N E G Ó C I O S Um colóquio em Grândola serviu de alerta para fu-turo do sector.

Rinite alérgica afecta 150 mil pessoas do distrito de Setúbal

Comboio da Costa em risco de zarpar para Espanha

Travessia para Tróia volta a ser contestada

ACTUAL O transfer que circula entre as praias da Costa da Caparica desde 1960 corre o risco de parar de vez este Verão. O seu proprietário diz que está a perder cer-

ca de 80 por cento dos passageiros des-de que o terminal foi desviado para um quilómetro e meio a sul da cidade, devi-do às obras da CostaPolis. A ameaça é sé-

ria e o empresário diz já ter sido contacta-do para deslocalizar o comboio para uma zona balnear da Catalunha.

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Setúbal estreia mega fogareiro

Alentejo Litoral não quer afrouxarforça do turismo

Cristas rendida aos golfinhos do Sado pág 2

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ActualCampanhaarranca estefim-de-semana

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2 S á bado | 26. M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

A Ministra do Ambiente ficou praticamente sem palavras esta semana

quando viu de perto os 27 roazes corvineiros do Sado. Assunção Cristas já tinha ouvido falar muitas vezes dos golfinhos sadinos, mas não conseguiu disfarçar a alegria por assistir o «espec-táculo» ao vivo, sobretudo

quando se comemorou o Dia Internacional da Diversidade Biológica, que teve este ano como tema a Biodiversidade Marinha. E a bordo do Galeão do Sal, as palavras lá lhe foram saindo: «Portugal tem aqui uma imensa riqueza para divulgar e esta riqueza pode mesmo vir a trazer mais bem-estar para as nossas populações».

Mas Assunção Cristas sabe que a espécie está

ameaçada e que a população de 27 animais já foi bem maior no passado. Ainda assim, não desarma: diz que há muito a fazer no futuro, principalmente ao nível da poluição das águas, mas confia na recuperação dos golfinhos do Sado. E as duas crias nascidas recentemente, o Pirata e a Vitória, dão-lhe um novo alento. A Ministra do Ambiente recorda

também que o país é «pioneiro» ao nível das áreas marinhas protegidas e acre-dita que o aumento recente dessa área poderá trazer ganhos a prazo na conser-vação da chamada «economia azul». «É preciso preservar a biodiversidade e assegurar o mapeamento do desenvolvimento da acti-vidade económica e social para gerarmos riqueza», reforçou.

Horas antes, o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural já sabia bem o que Assunção Cristas iria dizer. E preparou o terreno: «os roazes são um bom exemplo do que é preciso fazer no país para que possamos preservar a biodiversidade, mas há problemas que podem surgir quando mais de 95 por cento do espaço marinho não é ainda conhecido». Daniel Campelo disse que Portugal «precisa de uma atitude dife-rença se quer conservar a natureza, que pode e deve passar pelo trabalho de forma estreita com entidades e associações que fazem essa investigação».

População residenteé pequena e está em risco

A população de 27 roazes corvineiros da Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) é pequena quando compa-rada com o ano de 1986. Nessa altura, o grupo, que explora a

área desde o Portinho da Arrá-bida até à RNES, era composto por cerca de 40 animais. O número tem vindo a decrescer deste então. A população está envelhecida, a variabilidade genética é baixa e a mortali-dade infantil permanece elevada. A estes factores, há a juntar a degradação da quali-dade da água estuarina, o aumento do tráfego marítimo e o flagelo da pesca ilegal. Se nada for feito, o cenário é o pior possível: a extinção chegará em 15 anos.

Em Maio de 2008, iniciou-se um programa que monitoriza e assegura a salvaguarda dos roazes corvineiros, mas que só tem cerca de 36% das suas acções realizadas até ao momento. A observação da dinâmica populacional dos roazes, a monitorização do ambiente acústico subaquático e a caracterização genética e toxicológica da população

são as principais acções previstas ao abrigo deste plano para este ano e para 2013.

Pub.

Programa de monitorização dos roazes corvineiros já tem acções previstas para 2012 e 2013

Ministra Assunção Cristas ‘convocada’ aimpedir declínio dos golfinhos do SadoMinistra do Ambiente viu in loco roazes do estuário do Sado e afirmou que estes «são riqueza que o país tem de divulgar». Mas o futuro continua a ser incerto, dada a baixa variabilidade genética da comunidade e o aumento do tráfego naquela que é considerada uma das mais belas baías do mundo.

::::::::::: Bruno Cardoso : ::::::::::

Abertura

Caso o desejo da ministra se concretize, a comunidade de roazes corvineiros poderá ver mais crias nascer em breve, tendo em conta que os nascimentos costumam ocorrer no período do Verão, depois de as gestações demo-rarem um ano. As crias só são desamamentadas geral-mente depois do primeiro ou segundo ano de vida. O roaz corvineiro, cujos grupos mais numerosos podem ser observados em regiões oceâ-nicas, é uma das espécies de golfinhos da costa portu-guesa e pode atingir os 4 metros de comprimentos e os 600 quilos em adulto.

Mais bebés em breve?

Foto

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Assunção Cristas garantiu ainda que a revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA), prevista para acontecer de «três em três anos», «não está esquecida» e que é «intenção do Governo proceder como estava inicialmente previsto, para que se possam fazer os melhoramentos

necessários». A Ministra do Ambiente acres-centa ainda que tem sido feito um «esforço grande» a este nível, embora reitere a impor-tância de «se envolverem entidades para que se consiga compatibilizar a actividade económica com a sustentabilidade ambiental».

Revisão do POPNA «não está esquecida»

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3S á bado | 26. M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

Os negócios com os países emergentes, em particular com Angola, estão a ser bem vistos pela classe política vigente, mas deixam um lastro de grande perturbação.

Claro que a injecção de milhões em cofres paupérrimos como são os nossos, é a pedra de toque que tudo justifica, nem que isso signifique, como significa, a alienação de sectores estratégicos como a água e energia, ou permita o inusitado controlo da comunicação social e da banca.

Fico pasmado por ninguém questionar um simples facto: estamos a vender alguns desses anéis não ao Estado angolano mas à família Santos, da qual a ‘princesa’ Isabel é apenas a ‘testa de ferro’.

Se já é questionável atender de forma séria a negócios com a China, cujo sistema político não está patenteado pela democracia ocidental de que dizemos fazer parte, o que dizer destas negociatas com a família oligárquica angolana?

Quais serão, a prazo, as consequências? E os seus impactos em futuras crises?

Nem mesmo o todo-poderoso António Borges, nosso consultor principesco, que ora defende o Estado, ora defende os interesses dos grupos para onde (ainda) trabalha, nos pode sossegar.

E desta forma, sem garantias nem direitos adquiridos - como se tem visto na legislação laboral, na educação, na saúde, na habitação, consagrados constitucionalmente – o país atola-se aos poucos no lodo, ensombrado por uma gigantesca zona cinzenta, onde o controlo sobre o seu destino está confiado não se sabe bem a quem.

Estranhos negócios com a ‘princesa’ Isabel

Editorial // Raul Tavares

Toda, ou quase toda a gente conhece e, por certo muitas opiniões divergentes já se depararam no ar, mas é um assunto que passa rápido por esquecido. A minha função, neste momento, está a ser exacta-mente isso...estou-vos a avivar a memória, pois eles existem mesmo e bem perto de nós.

Claro que não os considero um

mal da sociedade, longe disso, porque também é verdade que a maioria das vezes até damos graças a Deus por termos avistado um, quando chove torrencialmente ou estamos cheios de pressa e não conseguimos estacionar naquele lugar mesmo em frente à loja...enfim!

É um modo de vida, que muitos de nós não consegue perceber,

talvez por existirem arrumadores com mais formação que muitas pessoas e muitos chegam a ser mais simpáticos do que muitos indiví-duos com uma “profissão mais bem honrada”...é verdade meus caros, é verdade!

Mas eu sou suspeito, suspeito porque também eu já resmun-guei quando me deparava com eles, já barafustei quanto à questão de termos que dar uma moeda, quando já tivemos que pagar o parquímetro, mas sempre que isso acontece quando retorno à viatura e penso que se não tivesse sido por ele ainda estaria

à procura de um lugar.É verdade que tiram ordenados,

talvez superiores a outros orde-nados dessas “profissões mais bem honradas”, mas também se for preciso fazem por dia o dobro das horas quer faça sol, frio ou chuva!

Acusam-nos de tudo e mais alguma coisa, como também já os acusei, mas hoje tenho a certeza que uma das poucas coisas correctas que este governo Portu-guês já fez, foi o de nunca ter proi-bido a sua existência e lembre-se você não é obrigado a dar.

*Comerciante

Arrumador de Carros, quem não sabe ou já não ouviu falar deles?

Rui

Espirito Santo*

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O simples gesto de ligar um interruptor, ligar a TV, abrir o frigorífico,

ligar o computador, faz parte das nossas rotinas diárias. Mas para isso é preciso energia, é graças à energia que é possível ter um estilo de vida que seria impos-sível desfrutar caso não dispusés-semos de recursos energéticos.

Atualmente mais de 90% da energia que utilizamos é de origem não renovável e isto acar-reta alguns problemas:

- A extinção das fontes de energias não renováveis;

- Os impactos negativos sobre o meio ambiente.

As energias renováveis, são todas aquelas a que se pode recorrer de forma permanente sem que a sua disponibilidade futura seja comprometida, como por exemplo a energia Solar, Hídrica, Eólica, Biomassa, Marés, Energia das Ondas e Geotérmica, e que se caracterizam por ter um impacto ambiental reduzido na emissão de gases de efeito de estufa.

As energias não renováveis, são aquelas cuja disponibilidade diminuindo com o nosso consumo, como por exemplo o Carvão, Gás Natural, Petróleo e Urânio.

São muitas e distintas as estimativas realizas acerca das reservas de energias não reno-váveis, por exemplo a DGEG no seu Guia da Eficiência ener-gética, estima uma disponibi-lidade de:

- 200 a 250 anos para o carvão;

- 70 a 90 anos para o Urânio; - 60 a 80 anos para o Gás

Natural; - 40 a 50 anos para o

petróleo.Mais que apresentarem um

cenário de extinção, estas esti-mativas recorrem a fontes de energia não renovável cada vez mais difíceis de alcançar e como tal de exploração cada vez mais cara. Como consequência, até à

sua extinção, as energias não renováveis serão progressiva-mente mais caras.

A transformação, transporte e uso final das energias não reno-váveis causam significativos impactos negativos no meio ambiente. Durante a sua explo-ração produzem-se resíduos que contaminam águas e solos bem como emissões de gases para a atmosfera. O seu transporte também acarreta impactos nega-tivos para o ambiente, pelas grandes distâncias percorridas entre a produção e o local de consumo, vejamos o gasóleo que consumimos poderá ter origem num poço de petróleo no Brasil, por outro lado os acidentes no transporte têm conhecidas reper-cussões ambientais particular-mente quando ocorrem no mar. Ao consumo das energias não renováveis, está normalmente associado um processo de combustão, tanto nas centrais elétricas, para a produção de eletricidade, como localmente em caldeiras e motores de veículo, com a consequente libertação de CO2 (principal gás causador do efeito de estufa) e de outros gases e partículas poluentes.

A produção de energia e o seu uso é responsável pela maioria de emissões de CO2 por nós provocada. Importa lembrar que a produção de energia nas centrais nucleares não produz emissões de CO2, contudo gera resíduos radioativos extrema-mente perigosos.

Todos nós nas nossas ativi-dades domesticas e deslocações somos responsáveis pela emissão de 5 toneladas de CO2 por ano.

Quando voltar a ligar o inter-ruptor, a televisão, o seu compu-tador, ou abrir a porta do seu frigorífico, pense nas consequên-cias deste ato, quer ao nível do ambiente quer ao nível da sua carteira.

Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt

A violência nas relações de namoro entre jovens é uma realidade e errada é a ideia de que apenas envolve jovens violentos, delinquentes ou provenientes de famílias pobres e cheias de problemas. Sabe-se, hoje em dia, que cerca de 15% dos jovens estão, ou já estiveram, envolvidos/as numa relação abusiva. Ao que parece, afinal, o único “ingrediente” necessário para uma relação violenta é mesmo apaixonarmo-nos por alguém violento.

Clássica e antiga é a noção de que “ciúme e amor andam de mãos dadas” e que “quanto mais me bates, mais eu gosto de ti”. Lamentavelmente, estes padrões culturais continuam a figurar no pensamento de jovens, como de adultos/as, e a ditar a “saúde” de uma relação de namoro. Estes e outros ditados populares são o espelho de uma mentalidade e contribuem para perpetuar a desculpabilização de todas as atitudes violentas entre namorados e alimentar a idealização do “amor da minha vida”, a quem tudo é permitido e tolerado.

Outra realidade preocupante é cons-tatar que a maioria dos/as jovens desva-loriza os primeiros sinais de violência nas suas relações de namoro, sobre-tudo quando os efeitos dessa violência ainda não se veem no corpo. Errada é pois, também, a ideia de que a violência apenas se exerce por agressões físicas, e que, portanto, apenas a vítima deste tipo de abuso pode pedir ajuda. A verdade é que são vários os sinais de uma relação de namoro “doente” - quando as dinâ-micas de poder e de influência se dese-quilibram e a vontade de um/a se impõe, à força, sobre a submissão do/a outro/a - sendo a violência psicológica, a violência sexual, a manipulação, o controlo e o ciúme exemplos que passam muitas vezes despercebidos ou que são desvalorizados. Ser vítima de maus-tratos não significa, única e exclusiva-mente, apresentar lesões no corpo. Enquanto estas são visíveis ao olho nu e destreinado de qualquer pessoa, são as lesões provenientes da humilhação, da vergonha e da chantagem psicoló-gica que mais frequentemente marcam os/as jovens.

Quantos/as de nós não presen-ciaram já situações de controlo exces-sivo por parte de um dos elementos

do casal? Quantas vezes não assistimos a manifestações de ciúme, de mani-pulação, ao controlo da roupa, do tele-móvel, do e-mail, das decisões mais banais, das amizades que se querem manter… tudo motivos que levam a discussões acesas entre jovens namo-rados?

Importante é que não exista dúvidas acerca da dimensão e gravidade deste problema. A violência psicológica é frequente e não se pode dizer que deixa sequelas menos graves, quando compa-rada com a violência física. Qualquer que seja a forma do abuso, as conse-quências pessoais permanecem, desde lesões físicas até baixa de autoestima, problemas de concentração e de rendi-mento escolar, depressão, consumo de substâncias aditivas ou comporta-mentos sexuais de risco.

Apesar de, entre as pessoas adultas, serem as mulheres que contam um maior número de casos de vitimação nas relações (contabilizados nos pedidos de ajuda e nas queixas apre-sentadas), nas faixas etárias em que se enquadram os/as jovens namo-rados/as, a polarização da violência nas relações oscila entre rapazes e rapa-rigas. Sabemos hoje que, entre os/as jovens, qualquer que seja o sexo da vítima, estes são cenários possíveis e mais comuns do que imaginamos.

Assim, é na prevenção que o combate contra a violência se torna mais eficaz - nas escolas, pelos profis-sionais de saúde e psicólogos/as, pelos amigos/as, pela família e por todos/as nós. A orientação sobre relações saudáveis no namoro deve incidir no respeito pelo outro, enquanto pessoa com personalidade, gostos, tempos livres, família e amigos. Para além disto, é importante o esclarecimento sobre os limites que devem ser impostos para que nenhum dos envolvidos perca a sua identidade e juventude e informar sempre sobre a existência de serviços confidenciais e gratuitos, no caso de precisarem de ajuda.

A violência nas relações de namoro É CRIME PÚBLICO. A prevenção passa por todos/as. Contamos consigo.

A Equipa de voluntárias do Projeto VOA

(Enf. Sara Tavares e Rita Cigarro)

Consumo de Energia

Se mal-me-queres,eu bem-me-quero!

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Actual

As contas são fáceis de fazer entre os administradores do célebre comboio de praia da

Costa de Caparica. A perda de 80% dos clientes, desde que há cinco anos o terminal do Transpraia foi desviado do centro da cidade para um quilómetro e meio para sul, por ordem da Sociedade CostaPolis, leva os gestores a garantir que este será, em definitivo, o último Verão em que aquele meio de transporte vai funcionar. A empresa alega já não ter capacidade financeira para suportar mais prejuízos. E até já inte-ressados em receber em comboio, por exemplo, em Espanha.

A nova temporada já teve início – cumprem-se 52 anos sobre a inau-guração do comboio de praia – mas o transporte apresenta-se hoje como «financeiramente inviável», segundo o administrador Pedro

Pinto Silva, admitindo que vai fazer a última tentativa esta época balnear na esperança de que «alguma coisa seja feita».

Ou seja, em 2007 o Transpraia foi deslocado do terminal no centro da Costa, para se fixar na periferia a cidade. Apesar da gerência ter recebido a garantia do Polis de que ali iria ser erguida a estação de autocarros e do metro de super-fície. O prazo era dois anos, mas passaram cinco e os projetos não foram além do papel. Pior. Há três anos que o Polis está sem dinheiro e desde final de 2011 que está sem administração.

O gerente diz que não suportar aguentar mais os prejuízos, alegando que até tem «vivido com os recursos de há seis anos e 2012 já tivemos que investir. É impossível suportar. Começámos a fazer contactos e apareceram alguns interessados», revela, reportando-se a uma pessoa da Catalunha, que estuda ferrovias turísticas. «Garantiu-nos que isto é único na Europa e, provavelmente, no mundo. Mostrou-se muito inte-ressado e pode ser a solução, embora eu preferisse que o comboio ficasse na Costa», refere.

O administrador não tem dúvidas em afirmar que foi «enga-nado», quando em 2007 a socie-dade pediu à Transpraia que saísse do terminal, para se fixar na zona junto ao Campo da Bola, porque pretendia ali concentrar a estação

de autocarros e metro de super-fície no prazo de dois anos. «Já lá vão seis e não há perspectivas de nada. O Polis está sem dinheiro e a sociedade vai ser extinta. Não será nos próximo anos que o metro superfície vai chegar à Costa. »

Pedro Pinto Silva sustenta que o comboio «perdeu a atractividade do turismo, perdeu os clientes dos parques de campismo. Devíamos ter uma média de 150 mil utentes por mês em Agosto e não vamos além dos 30 mil», diz.

As viagens pelas praias da Costa, até à Fonte da Telha, começaram a 25 de Abril, passando o comboio

a funcionar apenas durante os fins-de-semana (consoante o estado do tempo) até dia 15 de Junho, data em que o serviço passa a ser diário, com partidas a cada meia hora durante a época balnear.

A INAUGURAÇÃO de um foga-reiro colectivo no Largo Machado Santos, uma das mais típicas zonas de restaurantes de peixe assado em Setúbal, assinalou, simbolica-mente, o encerramento do processo de “Remodelação do Mobiliário Urbano de estabelecimentos de restauração e bebidas” levado a cabo pela câmara de Setúbal em parceria com a AHRESP e a Central de Cervejas.

Com esta estrutura, equipada com vitrinas e espaços frigoríficos assim como zonas de preparação, os vários restaurantes do antigo Largo da Fonte Nova vão poder confeccionar o pescado com todas as condições exigidas pela legis-lação em vigor e retirar das fachadas dos prédios os inestéticos foga-reiros e respectivas tubagens.

A iniciativa de requalificar a zona ribeirinha de Setúbal incluindo a remodelação das várias esplanadas de estabelecimentos de restauração custou perto de meio milhão de euros, comparticipados pelo QREN em 65 por cento. O restante inves-

timento foi feito pela AHRESP e pelos estabelecimentos envolvidos.

Um dos principais objectivos da acção era a «resolução do problema da ocupação desordenada da via pública com esplanadas, fogareiros, vitrinas e equipamentos de apoio à actividade das mais variadas espé-cies e sem a qualidade exigível», explicou, na ocasião a presidente Maria das Dores Meira.

A autarca congratula-se com o facto de ter conseguido com esta parceria «a remodelação de estabe-lecimentos entre a frente de rio e a

avenida Luísa Tody, com extensão às típicas zonas da Fonte Nova e das Fontaínhas, requalificando a imagem urbana do centro da cidade», ao mesmo tempo que se «qualificou a oferta turística e se ajudou a gerar mais e melhor riqueza para o concelho».

A iniciativa que decorre desde 2009 permitiu requalificar 65 esta-belecimentos comerciais, 50 dos quais receberam ajuda financeira para proceder às melhorias. A Central de Cervejas, em parceria com a AHRESP dotou os restau-rantes envolvidos com mais de 700 conjuntos de esplanadas, sendo que cada conjunto envolve mesas, cadeiras e chapéus-de-sol.

Numa abordagem rápida junto de clientes a ideia que fica é que as novas esplanadas «são mais agradáveis, dão melhor imagem à cidade e são confortáveis» o que faz com que os comerciantes acre-ditem que, em época de crise, «possa ser uma forma de ajudar ao negócio que anda fraco».

Marta David

Meio milhão requalifica estabelecimentos de restauração

A sardinha é o peixe mais consumido pelos setubalenses e por quem visita a cidade na época do Verão. Gorda e a pingar no pão, como se quer, a sardinha, consa-grada Maravilha da Gastronomia, significa cerca de 70 por cento do pescado consumido nos meses de Maio a Setembro.

Apesar de longe irem os tempos

em que os restaurantes da cidade chegavam a consumir perto de 20 quilos de peixe por dia, Ricardo Santos, da Sesibal, assume que, no Verão, os estabelecimentos de restauração da cidade conseguem ter consumos elevados o que o leva a estimar que se consumam «em média, 13 toneladas de sardinha por mês».

Para além disso os restaurantes de Setúbal apresentam «uma variada oferta de pescado, com o carapau a assumir também números inte-ressantes de consumo nesta época do ano». Há ainda outros peixes que aumentam o número de quilos de pescado consumido pela restau-ração, nomeadamente, douradas, robalos, salmonetes e alcorrazes.

Restaurantes sadinos assam 65 toneladas de sardinha no Verão

DR

A empresa queixa-se que perdeu 80 por cento dos clientes pelo facto do terminal ter sido desviado. Efeitos das obras do Polis. O comboio da Costa pode zarpar para Espanha.

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

Comboio da praia da Costaameaça abandonar a região Foi o pai de António Pinto da

Silva, que lançou oTranspraia. Casi-miro Pinto ofereceu à Costa uma jornada memorável a 29 de Junho de 1960 – dia de São Pedro. Oliveira Salazar não esteve mas fez-se repre-sentar pelo secretário de Estado do Turismo, César Moreira Baptista. O governante deparou-se com um cartaz que alertava os banhistas: “Não vá a pé pelo areal, porque anda pouco e mal. Utilize o comboio”. O golpe de marketing tinha saído, afinal, da cabeça do próprio promotor, mas colheu junto dos jornais da época. Nenhum lhe ficou indiferente.

«Aquilo era um luxo tão grande, que eu ainda hoje não encontro um atractivo como aquele na Costa, tirando as praias, claro», diz António, garantindo que o comboio ajudou os portugueses, sobretudo os lisbo-etas, a descobrirem as praias da Costa. «Antigamente as pessoas ficavam só pela cidade, mas com o Transpraia a um escudo – meio cêntimo – podiam ir até à Fonte da Telha e encontrar praias que tinham areais de 200 metros.»

O ‘transfer’que ajudou a descobrir a Costa

•Números da crise

»» Em cinco anos o Transpraia passou de 150 mil utentes mensais, na época alta, para os 30 mil e é preciso esperar pelo pico de Agosto. A principal perda centra-se nos clientes dos parques de campismo, que até 2007 utilizavam o comboio entre a cidade e os parques onde estavam alojados. Como o transporte deixou de ir ao centro da Costa, os campistas recorreram ao autocarro. Até há cinco anos, a empresa chegou a dar trabalho a 16 pessoas, mas hoje emprega apenas oito.

»» Depois de assumir que o Transpraia na tem viabilidade nos atuais moldes, a empresa entrou há um ano em negociações com possíveis interessados, tendo o projeto recebido a simpatia da região da Catalunha (Espanha), ao ponto de um especialista em transportes turísticos daquela província ter já avaliado a operacionalidade dos erviço, concluindo tratar-se de um modelo único na Europa.

Viagem inaugural em 1960

Carris vazios sem Transpraia

D.R

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D.R

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Page 5: Semmais jornal 26 Maio 2012

5S á bado | 26. M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

A ASSOCIAÇÃO Baptista Shalom promoveu, no passado sábado, dia 19, o Dia Aberto às Famílias para que a população tivesse oportuni-dade de conhecer o projecto modelar para creche e pré-escolar “Voar Mais Alto”. O empreendi-mento, com três pisos, localizado na Quinta da Amizade, no Vale Ana Gomes, em Setúbal, está orçado em 1,6 milhões de euros e vem criar 40 postos de trabalho. O terreno foi oferecido pelo município.

Joaquim Moreira, presidente da associação, faz um balanço «muito positivo» do Dia Aberto às Famílias. As famílias que nos visi-taram mostraram-se satisfeitas com um projecto de «grande quali-dade» que proporciona «bem-estar» às crianças.

Raquel Lopes, acompanhada

da filha, não perdeu a oportuni-dade para conhecer esta nova aposta de qualidade em Setúbal, a qual mereceu nota positiva. «Gostei do equipamento, que tem muita luz natural, e da organização do espaço», sublinha, admitindo que vai reflectir na possível inscrição da filha.

Por seu lado, Telma Silva deslocou-se com o filho para apre-ciar um projecto que considera possuir «óptimas condições». «O espaço é amplo e gosto em espe-cial da cozinha», vinca.

Já Ana Gonçalves, além de ir conhecer a creche, foi também com a intenção de saber preços. «As cores dos interiores são alegres e a creche possui uma boa envol-vência em termos de natureza», sublinha.

A creche e pré-escolar, com inauguração prevista para o próximo dia 1 de Junho, pelas 15 horas, tem capacidade para acolher 81 e 75 crianças, respectivamente. As aulas da creche arrancam a 4 de Junho, sendo que o pré-escolar só começa em Setembro. O ATL funciona apenas na época das férias grandes.

Enquanto as vias contem-pladas com o Forum Setúbal não avançarem no terreno, os custos dos acessos provisórios ao edifício, numa extensão de 150 metros, terão de ser comportados à custa da instituição. Além disso, a rede de abastecimento de água, luz, gás e esgotos também ficará por conta da instituição, o que representa uma despesa na ordem dos 70 mil euros.

Associação Shalom dá a conhecer nova cresce às famílias

Daniel Tito, vice-presidente da Associação Baptista Shalom, destacou alguns pormenores da tecnologia avançada da nova creche. As águas sanitárias serão aquecidas através de painéis solares. Está garan-tida a produção de energia pró inter-médio de painéis fotovoltaicos. A nova cozinha está preparada para confeccionar e apoiar a valência de cantina social da instituição, sita na Rua Moinho do Frade, bem como

para famílias que pretendam levar comida pronta para casa. Outra forma de rentabilizar o novo espaço prende-se com a lavandaria/engo-madoria, que também está prepa-rada para prestar estes serviços às famílias. Na iluminação interior é privilegiada a luz natural, através de amplas janelas vidradas, enquanto nas pinturas predominam os tons claros. O edifício está dotado de estabilidade anti-sísmica.

Tecnologia avançada

DR

O ESTUDO é da Sociedade Portuguesa de Alergologia (SPA) indica que mais de cem mil pessoas, residentes na região sofrem de rinite alérgica, admitindo os espe-cialistas que nesta altura do ano estejam a passar por «dificuldades acrescidas», face à instabilidade do tempo em plena Primavera. O mesmo estudo indica ainda que é nos concelhos mais interiores, sobretudo do Litoral Alentejo, onde a população mais sofre com a pato-logia, sendo as mulheres do distrito as mais prejudicadas.

O Boletim Polínico da Rede de Aerobiologia refere que, na região, apesar da chuva, os pólenes encon-tram-se em níveis «muito elevados» com predomínio dos pólenes de azinheira e sobreiro, seguido pelos pólenes de gramíneas, tanchagem e oliveira. O fenómeno da rinite, aliás, tem vindo a aumentar de forma progressiva nos últimos anos, a par do aumento da preva-lência das outras patologias alér-gicas.

Ainda assim, segundo o presi-dente da SPA, Mário Morais de Almeida, apenas cerca de 30 mil da população do distrito estará previamente diagnosticada, sendo estes os únicos que tomaram medi-cação no último ano. Uma reali-dade preocupante, segundo os especialistas, sobretudo entre o sexo feminino, demonstrando que a patologia é «subvalorizada, subdiagnosticada e pouco ou mal tratada», também pelos próprios doentes.

Mário Morais de Almeida garante que a maioria das pessoas evita tomar os medicamentos devido à convicção de que lhes vão provocar sonolência, sendo que muitas vezes nem procuram o médico assistente. Isto porque

acham que se trata de uma simples constipação, embora os possa inco-modar durante semanas a fio e até vários meses.

«A rinite alérgica é uma doença inflamatória crónica que precisa de ser tratada e que os medica-mentos actuais permitem controlar bem sem efeitos adversos signifi-cativos», alerta a mesma fonte.

Os anti-histamínicos não seda-tivos constituem frequentemente o tratamento inicial para a rinite alérgica, embora um dos princi-pais efeitos secundários dos medi-camentos mais antigos seja justa-mente a sonolência, razão pela qual por vezes até são utilizados para induzir o sono ou para provocar sedação. Porém, este é o motivo que leva os doentes a rejeitaremos tratamentos.

Roberto Dores

Rinite alérgica afecta 150 mil na região

Doença pode provocar sonolência

DR

OS VOLUNTÁRIOS do Banco Alimentar Contra a Fome voltam à rua neste fim-de-semana para mais uma campanha de recolha de alimentos.

O Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal, que abrange o distrito de Setúbal e concelho de Odemira, vai marcar presença em 180 superfícies comerciais na recolha de bens alimentares que serão distribuídos a cerca de 25 a 30 mil pessoas carenciadas, através de 145 instituições de soli-dariedade social.

«É no momento em que cada vez mais famílias se encontram em dificul-dade devido à grave crise económica que a solidariedade dos portugueses é mais posta à prova», sustenta o diri-gente do BA de Setúbal, António Alves, para quem «maior do que a crise que nos bate à porta, é a solidarie-dade dos portugueses».

De acordo com os números do BA, só no distrito de Setúbal uma em cada cinco pessoas vive sob a ameaça de pobreza ou exclusão social. São mais de 160 mil pessoas atingidas pela crise, refere a instituição ao advogar que o crescente desem-prego fez «aumentar o número de pedidos de ajuda». «Além dos milhares de pessoas que apoia, o BA tem uma lista de espera de 45 instituições», o que corresponde a mais de cinco mil carenciados «a quem não é possível ainda fazer

chegar alimentos», afirma. Nesta 24ª campanha, cola-

boram com o Banco de Setúbal 2.900 voluntários, uns na recolha de alimentos, outros na condução dos transportes entre superfícies e armazéns, outros ainda na recepção, pesagem e separação dos produtos doados nos arma-zéns de Palmela e Vila Nova de Santo André.

Para contribuir, basta aceitar u m

saco do Banco Alimentar, distri-buído pelos voluntários que se encontram à porta dos estabele-cimentos, e nele colocar os bens alimentares a partilhar com quem mais precisa. São privilegiados os produtos não perecíveis, como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas e óleo.

A par da tradicional campanha

do saco, volta a decorrer a campanha “Ajuda Vale” nas cadeias Dia/Minipreço, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl, Continente e Pingo Doce. Os portugueses poderão, também, contribuir através do canal online de doação de alimentos (www.alimentestai-deia.net), que integra as princi-pais redes sociais e móveis.

Cáritas ajudanas taxas moderadoras

Outra instituição de peso, no terreno, a ajudar quem

mais precisa é a Cáritas Diocesana de Setúbal

que, entre as diversas valências de apoio social, dispõe agora de um gabi-nete para apoiar quem precise de solicitar isenção das taxas mode-radoras na saúde,

por razões de insu-ficiência econó-

mica. Os utentes do

Serviço Nacional de Saúde que pretendam

receber informação ou requerer isenção das taxas mode-radoras devido a insuficiência económica, podem dirigir-se ao Centro Social Nossa Senhora da Paz, no Bairro da Bela Vista, de 2ª a 6ª feira, das 10h00 Às 12.30.

No local, os técnicos poderão prestar todas as informações e, caso reúnam os requisitos, poderão ser ajudados na elabo-ração do processo conducente ao pedido.

«Maior do que a crise, é a solidariedade dos portugueses»

Campanha do Banco Alimentar mata a fome a 30 mil no distrito

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Pub.

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Palmela, um destino de contrastesCom uma história milenar e procurada, desde sempre, por diferentes povos que, aqui, souberam encontrar porto de abrigo, Palmela é uma terra de fronteira e de contrastes. Entre a serra e o mar, entre as escarpas e a planície fértil, entre a metrópole e o mundo rural que soubemos preservar, o encontro entre realidades tão diferentes - e, no entanto, complementares - faz desta região um destino surpreendente e inesquecível.De Natureza generosa e exuberante, o concelho de Palmela tem na Arrábida, candidata a Património Mundial da UNESCO, e na Reserva Natural do Estuário do Sado dois locais de excelência para o Turismo de Ar Livre e para a prática de desportos de natureza. O Castelo de Palmela e o Centro Histórico são ponto de partida para uma viagem pelo riquíssimo património histórico e arqueológico do concelho, com destaque para o legado de vários séculos enquanto sede da Ordem Militar de Santiago de Espada. Festivais de Música e de Artes de Rua, exposições, teatro, dança e um calendário sempre recheado de eventos de grande qualidade e de momentos tradicionais, fazem desta região um dos pontos de dinamização cultural mais interessantes do país. Sabores e aromas intensos convidam a mimar quem mais gosta com experiências gastronómicas inconfundíveis. A Rota de Vinhos da Península de Setúbal guia os visitantes através do extenso património vitivinícola da região e dá a conhecer os nossos melhores néctares.Vários mundos num só, assim é Palmela, este ano agraciada com o título de Cidade Europeia do Vinho. Aos atrativos que já lhe reconhece, Palmela tem para oferecer, em 2012, um conjunto de iniciativas para todos os públicos, onde a descoberta dos vinhos dos nossos produtores se conjuga com uma oferta diversificada de atividades enoturísticas, com lugar, também, para a gastronomia, a formação e a exploração da relação entre o vinho e a cultura.

Descubra-nos. Palmela parte de nós.

«O concelho de Palmela tem uma história secular e uma identidade cultural ligadas ao cultivo da terra e à vitivinicultura, e as nossas adegas são detentoras de um património riquíssimo que, em conjunto, temos procurado valorizar e transformar em produtos enoturísticos, com bons resultados.»Ana Teresa VicentePresidente da Câmara Municipal de Palmela

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A gastronomia e o vinho PALMELA - EXPERIÊNCIAS COM SABOR

Ementas diversificadas com os produtos regionais. Consulte a lista de estabelecimentos

de restauração do concelho aderentes e deixe-se cair em tentação.

22, 23, 24 e 29, 30 junho e 1 julhoFINS dE SEMANA gAStRONóMICOS dA FRutA

dE PALMELA31 agosto, 1, 2 e 7, 8, 9 setembro

FINS dE SEMANA gAStRONóMICOS dO VINhO dE PALMELA

12 a 21 outubroCONCuRSO dE gAStRONOMIA dE PALMELA

2, 3, 4 e 9, 10, 11 novembroFINS dE SEMANA gAStRONóMICOS

dO MOSCAtEL

Org.: Câmara Municipal de PalmelaParceria: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul

Junho, julho e agosto | Adega Cooperativa de PalmelaAdEgAS SEM FRONtEIRAS

Org.: Adega Cooperativa de Palmela

CURSOS DE PROVA DE VINHOS

2 junho | 16h00 | Casa Mãe da Rota de Vinhos, PalmelaPROVA dE VINhOS

“MOSCAtEL dE SEtúBAL E ChOCOLAtE”A combinação perfeita!

1 julho | 18h00 | Pousada do Castelo de PalmelaPROVA dE VINhOS E AStRONOMIA

NO CAStELO dE PALMELAProva de vinhos conduzida com a oportunidade de observar

as estrelas. Jantar no Restaurante da Pousada de Palmela.

22 setembro | 16h00Adega Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo

CuRSO INICIAçãO à PROVA dE VINhOS: IN AdEgA

20 outubro | 10h00 | Casa Mãe Rota Vinhos,PalmelaCuRSO dE VINhOS “ EdIçãO ESPECIAL CAStAS”

3 novembro | 11h00 | Casa Mãe Rota Vinhos, PalmelaPROVA dE VINhOS “OS SyRAhS dA PENíNSuLA

dE SEtúBAL”

10 nov. | 15h00 |Adega Bacalhôa - Vinhos de PortugalMOSCAtEL dE SEtúBAL E ChOCOLAtE

Org.: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal / Costa Azul

em destaque

27 setembro | Concelho de PalmeladIA MuNdIAL dO tuRISMO Prova de produtos regionais nos estabelecimentos de alojamento turístico, posto de turismo e casa mãe da rota de vinhos. Sugestões de estadias e atividades de lazer a preços especiais para desfrutar dos encantos e sabores desta região.

Org.: Câmara Municipal de Palmela

9 a 11 novembroCasa Mãe da Rota de Vinhos, PalmelaCASA MãE dOS VINhOS dA EuROPAUma antiga adega, sede da Associação da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal, é local privilegiado de degustação e compra de vinhos de qualidade e produtos regionais e ponto de partida para atividades de enoturismo. Este espaço magnífico receberá, este ano, uma exposição de vinhos dos países membros da Recevin - Rede Europeia de Cidades do Vinho.

Org.: Câmara Municipal de Palmela, Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul, RECEVIN e AMPV

11 novembro | Largo de S. João, PalmeladIA EuROPEu dO ENOtuRISMOO Dia Europeu do Enoturismo será comemorado no Dia de S. Martinho, momento de abertura das pipas e de festejar o vinho novo, com castanhas e batatas-doces assadas, muita música e poesia, numa homenagem ao santo e ao vinho.Decorrem, em simultâneo, os Fins de semana Gastronómicos do Moscatel. Consulte a lista de restaurantes aderentes e deixe-se cair em tentação com menus elaborados com Moscatel de Setúbal.

1, 2 e 3 junho | Largo S. João, PalmelaFEStIVAL dO MOSCAtELMostra, prova e venda de Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo, com a presença dos produtores da Península de Setúbal; doçaria, chocolate, cocktails e gelados elaborados com Moscatel de Setúbal; workshops; provas de Moscatel de Setúbal comentadas por enólogos e animação musical.

Org.: Câmara Municipal de PalmelaParceria: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul e Comissão Regional Vitivinícola da Península de Setúbal

1 junho | 21h30 | Cineteatro S. João, PalmelagALA CIdAdE EuROPEIA dO VINhO 2012 dA COR dA ÁguA: do tempo em que as mulheres não entravam nas tabernas M/6Concerto encenado, sob Direção do Maestro Jorge Salgueiro

Composição e direção artística JORGE SALGUEIROOrg: Câmara Municipal de Palmela

5 a 10 junho | Mercado Municipal de Pinhal NovoFEIRA dE VINhOS

Org.: Associação de Festas do Pinhal Novo

29 junho a 1 julho | PoceirãoFEIRA COMERCIAL E AgRíCOLA dO POCEIRãO

Org.: Junta de Freguesia de Poceirão, Associação da Feira Comercial e Agrícola de Poceirão

30 junho e 1 julho | Largo de S. João, PalmelaPALMELA WINE / dIA dO VINhOPresença de produtores da região, provas comentadas por enólogos, workshops, doçaria, artesanato e animação. Nos restaurantes aderentes, os Fins de semana gastronómicos introduzem a fruta na confeção de pratos inesquecíveis.

Org.: Câmara Municipal de PalmelaParceria: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, Associação de Municípios Portugueses do Vinho, Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, Viniportugal.

30 agosto a 4 setembro | Vila de PalmelaFEStA dAS VINdIMAS - 50ª EdIçãOMomento festivo em honra do vinho e da vinha.Nos restaurantes aderentes, os Fins de semana gastronómicos do vinho de Palmela introduzem o vinho na confeção de pratos inesquecíveis.

Palmela, Cidade Europeia do Vinho 2012«Esta distinção acontece num momento em que todos precisamosde desafios, de novos objetivos, e nós aceitamo-la como um estímulo para continuar a fazer mais e melhor.»Ana Teresa VicentePresidente da Câmara Municipal de Palmela

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7S á bado | 26. M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

SETÚBAL está a ser palco do 1.º Festival do Choco entre 25 de Maio e 10 de Junho, com 54 restau-rantes a apresentar diferentes propostas gastronómicas.

Durante o Festival do Choco, os restaurantes aderentes incluem todos os dias nos menus suges-tões de pratos tão variadas como frito, guisado, assado ou com ervi-lhas, entre muitas outras propostas.

O festival promove este domingo, no dia 27, a partir das 17 horas, na Casa da Baía, uma mostra e degustação, dinamizada pelos estabelecimentos “Casa do Peixe”, “Estuário do Sado”, “O Praxedes”, “Ponto de Encontro”, “Poço das Fontainhas”, “Retiro da Algodeia” e “Taberna Grande”.

A encerrar o festival, a 10 de Junho, a partir das 18 horas, também na Casa da Baía, realiza-se uma sessão de ‘live cooking’, onde os chefes Paulo Barradas e Fernanda Amaro cozinham ao vivo para o público pratos de choco mais criativos e em estilo gourmet. As inscrições para a iniciativa, que inclui degustação, são aceites até 5 de Junho e têm o curso de 5 euros por pessoa.

DEPOIS do sucesso da acção Especial Surf & Street Wear, que levou milhares de visitantes ao Free-port de Alcochete, regressa a 26 e 27 de Maio, e 2 e 3 de Junho, uma nova iniciativa de Stock Off, que desta vez reune num só local as melhores marcas de calças de ganga.

Trata-se de uma oportunidade única para os visitantes do centro renovarem o guarda-roupa ou complementá-lo com novas peças, beneficiando de descontos entre os 50 e os 80 por cento nos artigos à venda neste espaço.

A par desta acção, com promo-ções exclusivas, no espaço Free-port Stock Off, localizado na Torre do 1.º piso, haverá animação de DJ´s, customização de peças de ganga, pintura de Jeans ao vivo para expo-sição, entre outras atracções.

A participação nesta iniciativa do Freeport, das 12 às 20 horas, está sujeita ao pagamento de 5 euros para entrada no recinto, valor esse que será posteriormente descontado em compras iguais ou superiores a 15 euros. O ticket família custa 10 euros, o qual é descontado em compras iguais ou superiores a 35 euros.

A TRAVESSIA do Sado, entre Setúbal e Troia, volta a gerar a contestação dos utentes. Desta vez, além do aumento no preço dos bilhetes num total de 50 cêntimos, os passageiros dos catamarãs são obrigados a pagar a viagem de ida e volta - por, 5,5 euros – mesmo não tencionem realizar a viagem de regresso. Os moradores da península alertam que Tróia «está cada vez mais triste» e até o presi-dente da câmara de Grândola, Carlos Beato avisa que os preços da travessia «criam constrangi-mentos à estratégia turística» defi-nida para a região, por não cativar

a população de Setúbal.Os utentes que andam pela

primeira no catamarã, desde que o novo preçário entrou em vigor, mostram-se surpreendidos com o facto de serem obrigados a pagar bilhete de ida e volta, «até porque nem todos desejam regressar a Setúbal na mesma embarcação.» O alerta é dado por José Soares, morador da Comporta, que três vezes por semana utiliza a travessia do Sado apenas no sentido sul.

«A minha mulher vai-me buscar a Tróia e para Setúbal venho de autocarro. Que justiça há nisto?», questiona, tendo já apresentado o

seu caso à Atlantic Ferries – o Semmais sabe que há mais situa-ções semelhantes – sem ter obtido qualquer resposta. «Isto revolta as pessoas. Os funcionários limitam-se a encolher os ombros quando lhes digo que só devia 2,75 euros e pago sempre 5,5», insiste o mesmo utente, admitindo já estar prejudi-cado em mais de 20 euros face às viagens que realizou apenas de ida.

Moradores solidários

José Soares sabe que se optasse pelo ferrie, em vez do catamarã,

pagava apenas o bilhete de ida. Mas não lhe resolvia a vida. «Tenho afazeres em Tróia e não há trans-porte público entre os fuzileiros o centro de Tróia. Ainda fica pior», justifica. Os próprios moradores estão solidários com este argumento, alertando Ricardo Martinez ser chegada a hora de se «arranjar uma articulação entre os catamarãs.»

«O serviço é caro, mas podem reduzir o número de carreiras, porque algumas não levam ninguém. Com estes preços há pessoas que preferem ir à volta (por estrada são cerca de 90 quiló-metros) porque pagam pratica-

mente o mesmo», diz este professor, residente em Tróia, lamentando que a península «esteja cada vez mais tristes»

A empresa explica a política da aquisição obrigatória de bilhete de ida e volta nos catamarãs, com o argumento de se tratar da forma mais rápida de «escoar o tráfego», sustentando que as pessoas que vão a Tróia via catamarã utilizam o mesmo transporte no regresso a Setúbal. Depois, diz a Sonae, qual-quer passageiro sem bilhete que queira embarcar em Tróia não paga a viagem.

Roberto Dores

A EDIÇÃO deste ano do Festival de Música de Setúbal vai celebrar a importância das contribuições culturais trazidas pelos visitantes e imigrantes, bem como recordar a natureza do município em canções, algumas compostas há anos e outras criadas apenas em 2012.

Ian Ritchie, director artístico, recorda que a iniciativa surgiu de uma parceria entre o Helen Hamlyn Trust e a câmara sadina para ajudar a combater a pobreza e a exclusão social, dando oportunidade aos jovens de desenvolver a sua cria-tividade musical. «A natureza de Setúbal é esta, a de convidar quem a visita a conhecer os seus sítios históricos e a sua cultura», descreve.

Já André Martins, vereador na autarquia, recorda que a continui-dade do festival está assegurada até 2014 e pisca o olho a investi-mento privado adicional, «essen-cial para poder responder à neces-sidade demonstrada pelos jovens e pelas associações comunitárias para o desenvolvimento do festival».

A iniciativa terá como pontos

altos três concertos de classe mundial, apresentados nos claus-tros do Convento de Jesus e na igreja de São Julião por Pedro Caldeira Cabral, guitarrista, Owen Rees, especialista britânico em música portuguesa, e Pedro Carneiro, percussionista. Um concerto encenado que evoca a

visita de Hans Christian Andersen a Setúbal, um desfile de crianças a tamborilar em instrumentos feitos de materiais reciclados e actuações no mercado do Livra-mento e na Casa da Baía prometem ser outros destaques. O festival decorre em Setúbal de 1 a 3 de Junho.

Obrigação de comprar ida e voltadá contestação entre Setúbal e Tróia O próprio presidente da câmara

de Grândola, que continua a aplaudir o investimento feito em Tróia pela Sonae -que só na primeira fase repre-sentou um investimento de 320 milhões de euros, ambicionando chegar às 32 mil camas - reclama contra o tarifário das embarcações. Carlos Beato alerta que estes preços «afastam as pessoas de Setúbal que eram funda-mentais na estratégia de desenvol-vimento e afirmação deste destino.»

A Atlantic Ferries justifica os aumentos com os prejuízos somados desde que há quatro anos assumiu a concessão da travessia do Sado e que em 2011 já ascendiam aos 5,7 milhões de euros. Além das despesas com os combustíveis, que aumentaram 30% de 2010 para 2011, entrega anualmente à Administração do Porto de Setúbal 230 mil euros pela concessão.

Carlos Beato contra aumentos

Choco vai reinarna cidade sadina

Freeport dá calça a metade do preço

Festival de música de Setúbal de 1 a 3 de Junho celebra culturas de imigrantes

Um grupo de jovens vai tamborilar com instrumentos de materiais recicláveis

Sofia

Pal

,ma

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8 S á bado | 26. M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Política

«Aquilo que está a acon-tecer é uma OPA de baixo custo ao Partido Socia-

lista», é assim que Eduardo Cabrita classifica o aumento de militantes «às pazadas» nas secções de Alco-chete, Grândola e Alcácer do Sal.

Para o candidato à federação distrital dos socialistas, cuja moção de candidatura “Unir e afirmar o PS” foi apresentada aos jornalistas esta semana, «os acertos nos cadernos eleitorais levantam muitas dúvidas» até porque há uma «redução do número de militantes com direito a voto em secções maiores e uma invasão do PS por militantes fantasma o que corres-ponde a uma visão mafiosa da polí-tica e que tem de ser denunciada».

Nesse sentido, apurou o Semmais, os presidentes das conce-lhias de Grândola e Alcochete assim como um conjunto de militantes de Alcácer, onde não existe estru-tura concelhia, já enviaram processos para o Secretariado Nacional do partido para que seja feito, segundo defende Eduardo Cabrita, «um inquérito rigoroso a estas situações de inscrições duvi-dosas e que seja exigido pelo menos um ano de filiação para poder votar.»

O candidato recusa-se a falar em fraude, mas considera que o que se está a verificar é «uma subversão da verdade política» e dá como exemplo a secção de Alcácer onde «nas directas para a eleição do secre-tário-geral do partido votaram 34 militantes e no final do ano entraram 75 novas inscrições, o que faz com que, para ao congresso, Alcácer eleja 10 delegados enquanto o Montijo elege 9 e Almada 8».

Madalena respondee contra-ataca

Sobre a mesma polémica, Madalena Alves Pereira, que vai defrontar Cabrita nas eleições para a liderança da federação, diz ser «incompreensível» a discussão deste tema no centro da disputa eleitoral. «Denota (da parte de Eduardo Cabrita) um afastamento do cidadão comum», aludindo às preocupações dos militantes e dos habitantes do distrito em relação ao actual momento do país, «com uma crise sem prece-dentes, taxas de desemprego nunca vistas e empresas a

encerrar diariamente».A candidata critica o facto de

Cabrita discutir em público assuntos que «são do foro interno do partido» e acusa-o de enquanto presidente da mesa da Comissão Política Distrital não ter tomado posição quando foram denunciadas outras inscrições maciças de mili-tantes. «Esta súbita e inesperada preocupação será pois justificada, não tanto pelos eleitores fantasma, mas sim pelo fantasma da derrota que paira sobre a candidatura de Eduardo Cabrita», adverte Mada-lena Alves da Silva

Marta David

A PRESIDENTE da Câmara de Setúbal, Dores Meira, respondeu às acusações da comissão polí-tica concelhia do Partido Socia-lista sobre «má gestão e má orça-mentação» dizendo que as «conse-cutivas conferências de imprensa do PS são uma espécie de prova de vida» com o objectivo de «esconder a falta de acção polí-tica em matérias que preocupam todos os setubalenses». E foi mais longe ao afirmar que os socialistas esquecem «as heranças pesadas que, ainda hoje, oneram as finanças da autarquia».

Recusando as acusações, a autarca assume que a situação financeira do município «é

complexa», mas apesar disso Dores Meira acredita que «será reconhecida a gestão comunista» na recuperação do concelho. E deu exemplos como a nova Casa da Baía, a promoção turística da região, a abertura para breve da Casa da Cultura (nas antigas insta-lações do Círculo Cultural de Setúbal), a remodelação do Fórum Luís Todi, bem como as interven-ções nos bairros sociais, no Mercado do Livramento e recu-peração da zona ribeirinha da cidade.

Em declaração lida na reunião pública de câmara, a autarca acusou ainda o partido socialista de não se interessar pelos setu-

balenses e de estar «sempre empe-nhado nos seus jogos de poder interno e na mera conquista de lugares como um fim, e não como um meio para trabalhar por Setúbal».

Maria da Dores garantiu que a autarquia está a fazer «enorme esforço» para cumprir atempa-damente com os seus compro-missos. «Mesmo com a crise que o país está a atravessar, em 2013, será encerrado o ciclo de grande investimento em que estamos neste momento e as receitas muni-cipais terão uma significativa melhoria», garantiu.

Marta David

OS DEPUTADOS do PSD do distrito de Setúbal querem saber para quando está prevista a entrada em funções do grupo de acompanha-mento que irá seguir e ajudar a rede-finir a estratégia para o Arco Ribei-rinho Sul, tendo para isso enviado uma pergunta à ministra da tutela.

Os social-democratas concor-daram com a decisão de Governo, em extinguir a sociedade Arco Ribei-rinho Sul, S.A., atendendo aos actuais constrangimentos financeiros do país e a indispensável racionalização dos recursos, mas defendem que deverá existir uma estratégia integrada de requalificação e revitalização das zonas ribeirinhas entre Almada e Alco-chete, em especial nos antigos espaços industriais.

O deputado Bruno Vitorino lembra que a empresa Baía do Tejo assumiu novas competências para avançar com o projecto do Arco Ribeirinho Sul, tendo o Governo previsto a criação de um grupo de acompanhamento, não remune-rado, em que estão representadas entidades da administração central e local, o qual ainda não tomou posse.

«Para a definição de uma estra-tégia que valorize e recupere os espaços em questão, é necessário que o grupo de acompanhamento comece a trabalhar o quanto antes», defende.

Futuro da Ensulmecipreocupa

Os deputados mostram também

preocupação com a difícil situação económico-financeira que atravessa a Ensulmeci e com o futuro dos seus cerca de 500 trabalhadores. Trata-se de um dos maiores empregadores privados do concelho de Almada, que está a ser acompanhado com ‘grande atenção’ por parte dos social-demo-cratas, que já estiveram reunidos com a administração demissionária da Ensulmeci.

Neste encontro, os administra-dores, que cessam funções no final de Maio, sublinharam a importância da empresa nas áreas da engenharia e energia, que se encontrava, até há bem pouco tempo, nos principais projectos de infra-estruturas do País.

Segundo os responsáveis pela Ensulmeci, a situação actual é conse-quência da conjuntura complexa que se sente a nível mundial, sobretudo devido às taxas de juros, que sobre-carregaram a empresa, e à incapaci-dade de financiamento para poderem assegurar novos projectos. Actual-mente, a empresa está em processo de insolvência.

O deputado Nuno Matias sublinha que a Ensulmeci é uma empresa «muito importante» para o País e para a região, desenvolvendo uma activi-dade especializada, com mecanismos bastante sólidos ao nível da interna-cionalização.

O BLOCO de Esquerda inter-pelou, na passada terça-feira, na Assembleia da República, o Minis-tério da Saúde acerca dos problemas informáticos que estão a afectar os centros de saúde de Almada. A deputada bloquista, Mariana Alveca, pretendeu ver esclarecidos os «motivos pelos quais este problema permanece», assim como que «medidas urgentes e imediatas» estão a ser tomadas pelo Governo.

Na origem da falha, revela o presi-dente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Pedro Cunha Ribeiro, está «um problema na largura de banda», que tem impe-dido os médicos dos doze centros de saúde de Almada de aceder ao historial clínico dos seus doentes e agendar novas consultas. Esta situ-ação, que afecta cerca de 180 mil utentes, levou os profissionais de saúde a anunciar que, devido a este constrangimento, que dura há dois meses, só estariam disponíveis para realizar serviços de urgência.

OS DEPUTADOS do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e José Alberto Lourenço, pretendem saber se o Governo está disposto a retirar as portagens do IC 32, agora designado de A 33, inaugurado a 26 de Abril.

O troço entre Belverde e Coina do IC 32 tem uma extensão de cerca de 7,70 quilómetros. No entanto, o Governo impôs a cobrança de portagens entre o nó de Belverde e o nó das Laranjeiras, num percurso de 1,5 quilómetros, no valor de 70 cêntimos para veículos da classe 1; 1,25 euros para veículos da classe 2; 1,60 euros para veículos da classe 3; e 1,80 euros para veículos da classe 4.

Para os comunistas, a intro-dução de portagens nesta via cons-titui mais «um roubo às popula-ções» da região e «diminui gran-demente a eficiência da mesma, defraudando as expectativas das populações, não contribuindo assim para a melhoria da quali-dade de vida e do desenvolvi-mento», acrescentando que «a introdução de portagens no IC 32, a par do roubo dos salários, do corte das prestações sociais e do aumento dos preços, não se tradu-zirá na procura das populações pela utilização desta via, pelo contrário tenderão a manter os percursos actuais».

Os deputados sublinham que a construção do IC 32 era reivin-dicada pelas populações e autar-quias «há décadas» no sentido de melhorar a mobilidade e as aces-sibilidades entre os vários conce-lhos da região.

Dores Meira em resposta ás acusações da concelhia de Setúbal do PS

«Conferências de imprensa servem para fazer prova de vida»

Comunistas rejeitam portagensno IC 32

BE pede solução para problemas centros de Saúde

Deputados ‘laranja’ reclamam grupo de para o Arco Ribeirinho Sul

“Militantes fantasma” agitam corrida à liderança do PS

As eleições para a liderança do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas também promete uma acesa luta entre Maria José Esteves e a vereadora do PS no Seixal, Helena Domingues. Maria José Esteves, que já foi candidata em 2003, parece contar com os apoios mais expressivos, no Litoral Alentejano,

Almada, Montijo, Barreiro e Setúbal, sendo que a sua opositora marca pontos no Seixal e em Alcochete. Cata-rina Marcelino e Natividade Coelho, as presidentes do departamento nacional e distrital das mulheres socia-listas, respectivamente, já fizeram saber que não apoiam oficialmente nenhuma das candidatas.

Disputa acesa também nas Mulheres Socialistas

Eduardo Cabrita Madalena Alves da Silva

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Programa de luxo, recorde de expositores e mais público

Uma Feiraque saireforçada

Chave D’Ouro, Paulo Gonzo, GNR e Futre animam Santiagro 2012

A SANTIAGRO comemora este ano as suas bodas de prata! São 25 anos que fizeram da Feira Agropecuária e do Cavalo uma referência incontornável nas atividades económicas a sul do Sado. São mais de duas décadas com contributos fundamentais para o setor agropecuário e agroindustrial do Alentejo.

A agricultura e pecuária mantêm um lugar de destaque nesta edição, com exposições, concursos e colóquios, com espe-cial importância na difícil conjun-tura económica nacional. O Cavalo volta a ter um papel fundamental com a segunda homenagem a coudelarias alentejanas, provas morfofuncionais do cavalo de toureio - uma novidade - e demonstrações. Os apaixonados dos toiros terão um momento especial, com uma corrida que conta com os consagrados Luís Rouxinol, Sónia Matias e Brito Paes. A não perder igualmente a estreia na Feira de um Show Food, que assegura uma forte presença da tão apreciada gastronomia local e regional.

Também de música se faz a história dos 25 anos da SANTIAGRO. Este ano voltamos a contar com três referências do panorama nacional: Chave D’ Ouro, Paulo Gonzo e GNR são garantia de espetáculos de quali-dade. Nesta edição temos também a honra de receber o ex-futebo-lista Paulo Futre, que nos visita na inauguração da Feira, e de comemorar o Dia Mundial da Criança. A todos os expositores, parceiros e profissionais que tornam possível mais uma edição da SANTIAGRO e em especial ao público que, ano após ano, faz questão de marcar presença em Santiago do Cacém, a nossa calo-rosa saudação. Sejam bem-vindos!

Vítor ProençaPresidente da Câmara

Municipal de Santiago do Cacém

As actuações musicais dos Chave D’Ouro, Paulo Gonzo e GNR, sempre às 22 horas da noite, vão animar os três dias da edição deste ano da Santiagro e trazer multidões ao parque de exposi-ções onde decorrerá mais uma edição da tradicional feira agro-pecuária e do cavalo do muni-cípio de Santiago do Cacém.

A câmara municipal, lide-rada por Vítor Proença, está confiante no cartaz musical de mais uma edição do certame, mas não deixa de depositar enormes expectativas na presença do ex-futebolista Paulo Futre, que tem estado na ribalta nos últimos tempos, apresentando inclusive um programa no canal de infor-mação TVI 24, “A Noite do Futrebol”.

O ex-futebo-lista marcará presença na inauguração da S a n t i a g r o , prevista para o dia 1 de Junho às 15 horas, ao lado

do executivo, de parceiros locais e do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo. Após a inauguração, o ex-futebolista vai estar ainda presente numa sessão de autógrafos, que fará prova-velmente as delícias das mais de

mil crianças que se prevêem estar igualmente no recinto da feira no primeiro dia de Junho, por ocasião das comemorações de mais um Dia Mundial da Criança.

A edição do ano passado da Santiagro contou com as actua-ções musicais da santiaguense Áurea, Camané e Buraka Som Sistema.

Ainda nem arrancou, mas já vai ficar para a história. A 25.ª edição da Santiagro - a

feira Agropecuária e do Cavalo de Santiago do Cacém - comemora este ano as suas bodas de prata e promete conquistar a atenção do público: o programa é um luxo, o cartaz musical deverá encantar multidões e o número de exposi-tores poderá ser o maior de sempre.

O presidente da Câmara Muni-cipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença, é aquele que aposta mais alto no êxito da Santiagro, não fosse ela um chamariz de público e uma referência económica do sector em todo o sul do país. Durante a apresentação oficial do evento à comunicação social, o edil garantiu que o certame continuará a «ser uma importante alavanca no desen-volvimento económico do concelho, da região e de todos os seus produtos», uma posição igual-mente defendida pelo vereador José Rosado.

O autarca, que tem responsa-bilidades directas no sucesso anual da feira, promete mesmo «a melhor edição de todos os tempos», em paralelo com o menor orçamento de sempre: apenas 121 mil euros. O número é inferior em quase 30 mil euros ao valor do ano passado. Fica longe, inclusive, dos 180 mil euros gastos há dois anos atrás.

«A Santiagro, que arranca no próximo dia 1 de Junho, vai conti-nuar a estar muito centrada nas actividades económicas, aliando a componente do cavalo à da agri-cultura, pecuária e floresta», refere.

Santiagro alia-se ao Dia Mundial da Criança

Uma das novidades da edição deste ano está relacionada com a presença, no primeiro dia de feira,

de aproximadamente mil crianças no espaço do recinto. A iniciativa, que está inserida nas comemora-ções do Dia Mundial da Criança, prevê a existência de áreas de diver-timento, bem como diversos workshops de segurança em época balnear, em parceria com a Asso-ciação Resgate e o Instituto de Socorros a Náufragos.

A inauguração oficial da Santiagro 2012 vai contar com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, e do ex-fute-bolista Paulo Futre, presente para uma sessão de autógrafos.

Além da realização de dois coló-quios subordinados à discussão de temas como “A Política Agrí-cola após 2013” ou “A inseminação artificial como factor de evolução técnica e económica da suinicul-tura”, está igualmente prevista a realização de uma prova morfo-funcional do cavalo de toureio e de uma corrida tauromáquica, que

juntará os toiros da ganadaria Brito Paes, na comemoração dos seus 50 anos, e os grupos de forcados de Lisboa e Beja aos nomes de Luís Rouxinol e Sónia Matias.

Parceiros elogiaminiciativas

António Brito Paes considera mesmo que estas duas últimas iniciativas ajudarão a «dignificar o cavalo e a levá-lo ao seu expo-ente máximo» e confessa estar «muito satisfeito com a edição deste ano, tendo em conta que era com alguma tristeza que tinha visto a vertente dos cavalos a decrescer de importância nas últimas edições do certame».

O presidente da Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul, Jorge Nunes, opta por enfatizar a ajuda que a Santiagro presta «no combate à crise, uma vez que motiva as pessoas, cada vez mais, a voltar à terra». «A crise actual é uma crise

de valores e de cultura, mas tem subjacente também um novo renas-cimento e desenvolvimento», diz.

Por sua vez, José Daniel, da Sagran, reafirma a importância da produção de suínos para o país e mostra-se disponível para conti-nuar a organizar colóquios que contribuam de «forma decisiva para o sector».

Entradas mantêm-senos três euros

Os preços das entradas diárias na Santiagro vão manter-se em 2012 nos 3 euros, embora a autar-quia ensaie, pela primeira vez, um bilhete único para os três dias do certame, que custará 6 euros.

Os show-foods serão outra grande novidade nesta 25.ª edição da Feira Agropecuária e do Cavalo de Santiago do Cacém, que contará ainda com uma exposição perma-nente de equinos, bovinos, ovinos e caprinos.

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Friso de autarcas e parceiros durante a conferência de imprensa de apresentação da Santiagro 2012

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Que importância tem a Santiagro, passados 25 anos desde a sua primeira edição?Foram 25 edições com altos e baixos. Apesar do contex-to não ser o melhor, esta fei-ra está a afirmar-se como uma grande montra para os negócios. É uma oportuni-dade para que os produtos locais sejam mostrados, ge-rando a partir daqui algu-ma riqueza. O programa da feira é rico, senão dos mais ricos de sempre.

E olhando 25 anos para trás, que balanço faz?Os momentos e os tempos são diferentes. Actualmente, estamos a voltar às origens, tendo em conta que a agri-cultura está a ter um retorno cada vez maior nesta feira. A crise está a levar as pessoas a voltar aos campos e a San-tiagro, como não podia dei-xar de ser, tem também esse cheiro a agricultura.

Quais serão as grandes no-vidades deste ano?É a primeira vez que come-moraremos o Dia Mundial da Criança. Vamos ter per-to de mil crianças no recin-

to, com dois pólos que as vão divertir, através de brin-des, carrosséis, entre ou-tras, e do contacto com a realidade das praias. Em parceria com Associação Resgate e com o Instituto de Socorros a Náufragos va-mos fazer experiencias de baptismo de mergulho e per-mitir que as crianças con-tactem com a areia de praia e se iniciem na aprendiza-gem do surf. Há também o ex-futebolista Paulo Futre. Estas novidades, que são o resultado da colaboração com vários patrocinadores, farão do orçamento de 2012 o mais equilibrado e baixo de sempre.

As contas estão fechadas?Serão 121 mil euros, em prin-cípio. É um valor que tem vin-do a descer ao longo dos anos, dado que estamos a apostar nas parcerias e a ganhar tra-quejo ao longo do tempo.A tourada tem o seu orçamen-to próprio e foi entregue a uma empresa especializada para esse efeito.

Os show-foods são outra no-vidade?

Já estavam pensados há algum tempo, mas só agora se torna-ram exequíveis. Terão dois grandes cozinheiros, com res-taurantes em Lisboa, a mos-trar a confecção de produtos do nosso concelho. Na práti-ca, realizarão diversas emen-tas. O público depois de ver como se confecciona irá de se-guida degustar o que está a ser feito na altura. Quando sou-beram desta iniciativa, muitas pessoas quiseram oferecer to-dos os produtos. Perceberam

a exposição que estes iriam ter.

E vai trazer retorno econó-mico…A nossa ideia é essa. Quere-mos que, em momentos de crise, sejamos promotores desse retorno económico.

Os colóquios serão outro grande ponto alto da San-tiagro. O que espera com este tipo de debates?Por sermos ambiciosos e inovadores, tentámos des-

ta vez juntar dois colóquios na parte da tarde do mesmo dia. Os dois temas – “A Po-lítica Agrícola depois de 2013” e “A inseminação artificial como factor de evolução téc-nica e económica da suini-cultura em Portugal – são muito actuais. Estamos a criar aqui uma estratégia e, ao fim ao cabo, a ser trans-parentes. Há sinais de trans-formação nesta edição da Santiagro.

Conseguiram alargar o es-paço para conseguir dar resposta a tanta procura?Temos 93 expositores nos pavilhões cobertos. Prima-mos pela qualidade e não pela quantidade. Nos ter-rados, a procura é imensa e há, infelizmente, uma lis-ta de espera grande ao ní-vel das tasquinhas, restau-rantes e divertimentos. Va-mos ter, do mesmo modo, um pavilhão dos cavalos completamente diferente do ano anterior. O cavalo terá aqui uma componen-te muito importante. A pro-va morfofuncional do ca-valo de toureio é disso um bom exemplo. O pavilhão dos ovinos, caprinos e bo-vinos está igualmente cheio. Estou mais preocupado ago-ra com a logística porque quero que tudo corra da me-lhor forma. Os trabalhado-res da câmara são incansá-veis neste aspecto.

A crise, neste aspecto, fica à porta?Se tivéssemos mais espaço, mais gente teríamos aqui. Continuamos com uma pro-

cura imensa, mas não po-demos descurar a seguran-ça do recinto.

Os preços das entradas manter-se-ão?Decidimos continuar a man-ter o bilhete diário em 3 eu-ros, mas ensaiámos agora um bilhete único para os três dias, de 6 euros. A Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul decidiu colocar ainda uma entrada para um dia em todas as cartas que saiam do banco para os clientes. Esses convites serão depois devolvidos pelo banco à câ-mara. Já a Águas de Santo André lançou igualmente um desafio e pediu às famí-lias para que se registassem de modo a determinar o nú-mero de pessoas que que-riam ir à feira. E prometeu ajudar. É este o caminho.

Que perspectivas tem para a edição deste ano?Está a ser um desafio, mas acreditamos que vai ser um grande sucesso.

GNR, Paulo Gonzo, Chave D’Ouro e Futre podem tra-zer multidões a Santiago?O arranque da feira é a tó-nica mais importante. Os vi-sitantes do primeiro dia são fazedores de opinião. Ape-lo aos munícipes e outros visitantes da região e do país a visitarem a Santiagro, uma feira de oportunidades, de negócios, de encontros, que tem espaço para todos. Apro-veitem e deixem-se envol-ver por Santiago do Cacém, passando connosco um fim-de-semana.

A 25ª edição da Santiagro revela-se mais do que nunca de uma grande importância. Trata-se da Maior Mostra Empresarial da nossa região com particular destaque para os setores agro pecuário, agrí-cola e do cavalo. A 25ª edição da Santiagro vai ser uma vez mais um sucesso. O interesse que tivemos por parte dos agentes económicos da região e não só mostra e comprova isso mesmo. Temos uma feira que é o maior certame do

género no Alentejo Litoral que contraria a crise que vivemos. A Santiagro é uma feira dina-mizadora do turismo e do comércio locais e da região. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém continua por isso a apostar fortemente no evento tendo consciência que os espetáculos e toda a animação inerente à feira são muito importantes, mas há que valorizar a componente económica ligada à Santiagro que cumpre os seus objetivos.

Durante os 3 dias do evento desenvolve-se muita ativi-dade económica e muitos contatos são feitos para o futuro o que revela a impor-tância da feira como fator de dinamização dos próprios agentes económicos que apostam na Santiagro. Acre-ditamos que a edição de 2012 da Santiagro vai voltar a afirmar economicamente Santiago do Cacém essencial-mente nas vertentes agrícolas, da pecuária e do cavalo. Importa realçar que existe no nosso concelho uma economia muito forte ligada ao cavalo.

A todos os que nos visitam, desejo uma Boa Feira.

O convite da Câmara de Santiago do Cacém para inaugurar a 25.ª edição da Santiagro – a Feira da Agro-pecuária e do Cavalo é uma honra muito grande porque permitirá conhecer a reali-dade do país de perto no que respeita à dinâmica de promoção dos produtos regionais, de bens com grande valor acrescentado local. Trata-se, ao fim ao cabo, de uma estratégia muito cara para nós, porque

o Governo está a preparar, neste momento, um pacote legislativo que permitirá o licenciamento simplificado de um conjunto variado de produtos espalhados por todo o país e que explicam a nossa imensa diversidade gastronómica, que muda de sítio para sítio.

É óptimo conhecer a realidade de Santiago de Cacém e poder promover estes valores, bem como o mundo rural e os seus

produtos. A aposta no mundo rural passa por uma estratégia de enriqueci-mento do país e pode contribuir para ajudar a resolver parte dos problemas de Portugal, mediante o aumento da produção agrícola de que tanto necessitamos. E a Santiagro tem extrema importância neste contexto: ajuda a alavancar a produção de produtos de qualidade, contribuindo de forma decisiva para que Portugal importe menos e aproveite mais determi-nados valores para a gastro-nomia e para o crescimento da economia nacional.

Álvaro Beijinha Vereador responsável pelas Actividades Económicas e Turismo

Daniel Campelo Secretário de Estado das Florestase do Desenvolvimento Rural

«A Santiagro deste ano vai ser mais forte»

Sofia

Pal

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José Rosado diz que a feira vai contar com a presença de mil crianças

Mesmo com menos verbas, a câmara de Santiago promete uma Santiagro de grande nível. O vereador José Rosado, que tutela a iniciativa, explica como a organização conseguiu aumentar o número de expositores, vai captar mais visitantes e apresentar um programa de luxo.

Vereador José Rosado, responsável pela Santiagro, explica os contornos da edição deste ano

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1 de Junto (Sexta-feira)

De 1 a 3 de Junho | Expo-sição permanente de equinos, bovinos, ovinos e caprinos

10:00– Abertura da feiraVisita das escolasComemoração do Dia Mundial da Criança

10:15– Exposição/workshop de segurança em época balnear – O salvamento começa em terra

15:00 – Inauguração oficial da Santiagro 2012 com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, e do ex-futebolista, Paulo FutreSessão de autógrafos com Paulo Futre

21:00– Segunda home-nagem a Coudelarias Alen-tejanas*Coudelaria de Santa Margarida

22:00– Espec-táculo mu -sical – Chave D’Ouro

23:30– Garraiada (picadeiro da feira)

24:00– Encerramento das zonas de exposição

03:00– Encerramento da feira na zona de animação

2 de Junho (Sábado)

10:00– Abertura da feiraConcurso nacional de

jovens reprodutores de ovinos, raça Ille-de-France

10:15– Exposição/workshop de segurança em

época balnear – O salva-mento começa em terra

10:30– Prova morfofun-cional do cavalo de toureio

Apreciação morfológicaColaboração | António

Brito Paes, Associação Portuguesa de Criadores de Raças Seletas, Asso-

ciação Portuguesa do Cavalo Luso-Árabe, Asso-ciação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusi-tano e Centro Equestre de Santo André

15:00– Animação com o grupo coral da região

15:30– ColóquiosTema 1 – A Política Agrí-

cola após 2013Tema 2 – A insemi-

nação artificial como factor de evolução técnica e económica da suinicul-tura em Portugal | Org. | Caixa Agrícola da Costa Azul e Sagran – Asso-

ciação de Suinicultores dos Concelhos de Santiago do Cacém, Sines e Grândola

15:30– Prova morfofun-cional do cavalo de toureioEquitação tauromáquica

17:30– Baptismo a cavalo (aberto a todos os visi-tantes)Org. | Centro Equestre de Santo André

18:00– Prova morfofun-cional do cavalo de toureioProva de “Tourinha”

18:30– Show Food – Chefe José Bengaló

20:00– Demonstração equestre

22:0– Espec-táculo mu -sical – PauloGon zo

24:00– Garraiada (picadeiro da feira)

01:00– Encerramento das zonas de exposição

03:00– Encerramento da feira na zona de animação

3 de Junho (Domingo)

10:00– Abertura da feiraConcurso de bovinos da

raça Limousine

10:15– Exposição/workshop de segurança em época balnear – O salvamento começa em terra

11:00– Prova morfofun-cional do cavalo de toureio

Prova da bezerra (praça de toiros)

Baptismo a cavalo (aberto a todos os visi-tantes)

Org. | Centro Equestre de Santo André

15:00– Animação com o grupo coral da região

17:00– Corrida de toiros Luís Rouxinol | Sónia Matias | Brito Paes Toiros da gana-daria Brito Paes, na come-moração dos seus 50 anos | Grupo de forcados de Lisboa e Beja

18:30– Show Food – Chefe Diogo Lacerda

22:00 Espectáculo musical – GNR

24:00– Encerramento da Santiagro 2012

Preços:

Entrada única - 3€Bilhete de três dias - 6€

A edição de 2012 da Santiagro é a primeira em 25 anos da exclusiva

responsabilidade da Câmara Municipal de Santiago do Cacém. A gestão do certame passou para as mãos da autar-quia pela primeira vez o ano passado, altura em que a edili-dade ainda contou com o apoio de uma administra-tiva, vinda da ex-Negdal, que ajudou a descomplicar todo o processo. José Rosado, vereador na Câmara Muni-cipal de Santiago do Cacém, confia no sucesso da edição

deste ano e diz que a autar-quia «está a cortar vícios e lacunas anteriores». «Está a ser um desafio, mas acre-dito que vai ser um sucesso», desabafa.

A primeira edição da Santiagro foi organizada em Maio de 1988 pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacém, em parceria com a câmara muni-cipal, mas tornou-se incom-portável nas edições seguintes para a entidade ao nível da gestão dos recursos humanos e da organização,

tendo em conta o seu natural crescimento. A opção passou por criar uma Comissão Instaladora em 1994 para levar por diante a sua reali-zação anual.

Este foi o primeiro passo para que um conjunto de enti-dades com responsabilidades no mundo rural e agrícola unissem esforços para dar continuidade a este projecto que se desenhava já como o maior evento da divulgação e promoção das diversas vertentes do Litoral Alente-jano. Desde 1995 e até 2010,

a Negdal garantiu assim a realização da Santiagro, contribuindo de forma deci-siva para que esta atingisse a dimensão que tem actual-mente: é a maior feira agro-pecuária do Litoral Alente-jano, virada principalmente para os sectores da agricul-tura, da pecuária, da sivicul-tura e da agro-indústria, afir-mando-se como a maior realização de actividades económicas a sul do rio Sado. A cidade de Santiago do Cacém é palco todos os anos da sua realização.

25 anos de uma Feira com marca económica

Programa da feira

Luís Rouxinol, Sónia Matias, Brito Paes e o grupo de forcados de Lisboa e Beja vão encantar os aficcionados e mostrar porque dominam nas lides do mundo da tauro-maquia.

A política agrícola depois de 2013 e a inseminação arti-ficial na suinicultura vão centralizar as atenções durante os colóquios orga-nizados pela autarquia, CCA da Costa Azul e Sagran.

Os chefes Diogo Lacerda e José Bengaló vão deixar água na boca dos mais curiosos, ávidos por provar iguarias feitas com produtos do concelho e da região do Litoral Alentejano.

Produtos locais à provaColóquios em detaqueToiros de regresso

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Pub.

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Anti-stress

Obras de Ravel A Orquestra Metropolitana de Lisboa dá um concerto, com direcção musical de Michael Zilm, onde interpreta obras de Ravel, Pfitzner, Part e Mozart. Teatro Municipal de Almada | 21h30

Sapateado em festaA festa do sapateado arranca às 10h30, com um workshop de sapateado, com participação livre, seguindo-se, às 19 horas, as exibições em palco. Cineteatro S. João, Palmela | 21h30

Concerto de gerações“Memorial” é um novo espectáculo que junta duas gerações de cantores: Fernando Tordo e Carlos Mendes – cujas composições e interpretações inesquecíveis fazem parte da história musical do nosso país – e Filipa Pais, uma voz inconfundível que pertence a uma nova geração de cantores. Cine-Teatro Joaquim D´Almeida, Montijo | 21h30Sáb. 26

As guitarras de Lobo Norberto Lobo, 28 anos, é um guitarrista acústico prodigioso que vai apresentar o seu álbum “Fala Mansa”. Tem sido aculturado pela densidade e riqueza harmónica da herança do samba/bossa nova e a sua composição. Forum Cultural de Alcochete | 21h30

Teatro para bebés“Vêtoca” é uma peça para bebés pela Animateatro. Mantendo a concepção de um universo mais sensorial, dando prevalência à visão e ao tacto, neste novo espectáculo tudo é possível de explorar.Cinema S. Vicente, Paio Pires | 16h

Sáb. 26

Dom. 27

Sáb. 26

Sáb. 26

+ Cartaz...

A 13.ª Mostra Internacional de Teatro Santo André, uma organização da Ajagato,

arrancou ontem, sexta-feira, e prolonga-se até 17 de Junho, com a envolvência de doze compa-nhias, das quais uma brasileira e outra colombiana. O orçamento é superior a 30 mil euros e o muni-cípio de Santiago do Cacém é o principal patrocinador com 6 mil euros. A maioria dos espectáculos decorre em Vila Nova de Santo André mas também há extensões em Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Castro Verde.

Mário Primo, director da mostra, perspectiva para uma mostra de «excelência» destinada a «formar públicos atentos e inte-ressados pelo teatro», apesar de alguns cortes na programação devido a dificuldades de alguns municípios. Pelas mesmas razões ficaram de fora os espectáculos para os alunos das escolas. A polí-tica de preços reduzidos e descontos de 50 por cento para estudantes é uma aposta da organização para se tentar ultrapassar os 4 656 espec-tadores do ano transacto.

Da programação é de destacar

o espectáculo de abertura “Bucha & Estica”, que reúne em palco dois actores profissionais, Ricardo Moura e Raúl Oliveira, que iniciaram o seu percurso forma-tivo no Gato. A residência de criação artística com o Teatro Meridional, uma das mais pres-tigiadas companhias de teatro portuguesas, que apresenta em

ante-estreia “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão”. A compa-nhia colombiana Casa Del Silêncio apresenta a proposta “Woyzeck”, sem palavras.

O evento conta ainda com animações, a anteceder todos os espectáculos, formação especia-lizada e colóquios, entre outras acções.

Litoral Alentejano acolhe teatrode excelência em Santo André O circo Dallas, instalado no

Parque Sant´Iago, em Setúbal, promete muita animação, alegria e fantasia nos dias 19, 20, 25, 26 e 27. A principal atracção desta companhia, com gerência de Renato Alves, é o número das Águas que Dançam. Mas o público também vai deliciar-se com os cavalos, os leões e a dupla roda da morte, entre outras atracções. As sessões são às sextas-feiras

às 21h45, aos sábados às 16h30 e 21h45, e aos domingos às 15 e às 18 horas.

O nosso jornal associa-se ao Festival de Música de Setúbal e oferece bilhetes para os três principais espec-táculos nocturnos do próximo fim-

de-semana. Para ser contemplado basta ir ao Facebook do Semmais e indicar dois dos grupos que vão actuar entre sexta, sábado e domingo.

A companhia MáximLuft-manWrestling vai realizar o Campe-onato Europeu da MLW, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 16 de Junho, às 21h30. O evento conta com a presença de treze lutadores

de wrestling, entre os quais se encontram os melhores da actua-lidade. Estes são os lutadores que vão estar em acção numa noite cheia de adrenalina e combates emocio-nantes.

Convites para o circo Dallas

Festival de Música de Setúbal

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Mais de 30 mil euros é o valor que vai ser investido na mostra 2012

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Para se habilitar aos nossos prémios ligue 918 047 918 ou envie um email para: [email protected] e ganhe diversos convites.

III FEIRA DO LIVRO DE SETÚBALATÉ DIA 17/06, DAS 09H00 ÀS 22H00, nos dias úteis, encerran-do às 23h00 aos fins de semana - Na tenda locali-zada na placa central da Avenida Luísa Todi, próximo da esquadra da PSP./ Abrange todo o género de obras, desde clássicos da literatura a livros técnicos, como históricos a infantis, com descontos de 20 a 70 por cento./ O espaço permite pagamento por multibanco.

“TRADIÇÕES, SABORES E AROMAS DE AZEITÃO”DIA 26 E 27 A PARTIR DAS 10H00 em Vila Nogueira de Azeitão – A terceira edição da festa do Manel da Horta e das suas Marias tem tasquinhas, sopa caramela, provas de vinhos, queijos, mel, doçaria e produtos hortícolas, florais, artesanais e turísticos da região da Arrábida e Azeitão. O encontro com animação e música, recria uma aldeia antiga.

“GUINESS WORD RECORD CBR 1100 XX”DIA 26 ÁS 16H00 – Desfile nas ruas de Setúbal, pretende entrar para o livro de records mun-diais como o maior encontro do género de motos da mesma marca. O evento inclui um recinto montado no Largo José Afonso com comes e bebes, música ambiente com DJ e atuações das bandas Gritos Mudos e Nuggy Land.

TEATRODIA 26 ÀS 21H30 E DIA 27 ÀS 16H30 – “O Cerco de Lenine-grado” – para maiores de 12 anos, pelo Teatro Fontenova com texto de José Sanchis Sinisterra, encenação, drama-turgia e desenho de luz de José Maria Dias e interpretações de Sara Costa e Graziela Dias. Criação baseada no olhar, na ação e nas memórias de duas mulheres que vivem encerra-das num velho teatro, lutando e nunca se rendendo contra a demolição anunciada./ Reser-vas: 967 330 188, 265 233 299.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

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+ Região

AS NOVAS insta-lações da Santa Casa da Miseri-córdia de Azeitão, que estão a ser construídas em Brejos de Azeitão, vão criar 150 postos de trabalho. O projecto está orçado em cerca de 20 milhões de euros e vai ser concretizado através de um consórcio estabelecido com o grupo Visabeira, onde a instituição azei-tonense detém 60 por cento do capital.

O provedor Jorge Maria de Carvalho realça que o projecto vai permitir criar cem Residências Assistidas e o Hospital de Cuidados Continuados e Paliativos, que ficará dotado de cem camas. «Com estas dimensões, são instalações únicas no distrito», vinca, reconhecendo que se tratam de valências «funda-mentais» para a população e que vêm colmatar uma «carência sentida na região» e «prestar melhores serviços de saúde».

A Misericórdia de Azeitão, com 390 anos de existência, vai ficar dotada de consultas de várias espe-

cialidades e um pequeno bloco para cirurgia ambulatória, que ficarão abertos à população em geral. O Centro de Dia e o serviço de apoio domiciliário vão prosseguir nas instalações de Vila Nogueira de

Azeitão, com uma abrangência global de mais de 60 pessoas.

O novo espaço, com capela, restaurante social e ginásio, deverá estar concluído durante o próximo mês de Julho.

Misericórdia azeitonensecria 150 postos de trabalho

O PRESIDENTE da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, António Neves, reclama a colocação urgente de areias, em Julho ou Agosto, nas praias da Costa e de São João da Caparica. «As praias da zona norte estão muito desas-soreadas», sublinha, lamentando que no ano transacto o INAG não tenha efectuado qualquer operação de alimentação artificial das praias, conforme estava previsto.

O autarca confessa que não acredita que possa existir, agora, uma nova acção, o que o deixa muito preocupado. «Até à data ainda não me chegou nada. Quando tiver um papel oficial na mão nesse sentido, a dizer que vai ser efectuado novo preenchimento de areias, então aí, acredito que sim», desabafa, acres-centando que caso essa colocação de areia não vier a acontecer, «poderá haver complicações no futuro, porque nem todos os

Invernos são como os deste ano».António Neves conclui que «há

muito tempo que andam a brincar com a Costa de Caparica. O desen-volvimento desta terra está sempre a ser adiado», apontando o dedo também ao POLIS que ainda tem cinco planos de pormenor por concluir.

O assunto já subiu à Assem-bleia da República, com os depu-tados do PS eleitos por Setúbal a questionarem a Ministra da Agri-cultura, Mar, Ambiente e Ordena-mento do Território, Assunção Cristas, sobre o ponto da situação da colocação de areias.

A depurada Eurídice Pereira quer saber em que fase se encontra as operações e que calendarização está prevista, bem como o balanço da monitorização feita pelo ex-Instituto da Água às estruturas de defesa costeira na faixa compreendida entre São João e a Costa de Caparica.

O MUNICÍPIO, após protestos dos comerciantes, decidiu mudar o local de uma cancela para alterar o sistema de pagamento do parque de estacionamento na Costa de Caparica. Os protestos tiveram lugar na terça-feira e os comerciantes temiam o bloqueio de um dos acessos à praia, bares, restaurantes e parque de estacionamento.

Fonte da edilidade esclarece que a cancela foi deslocalizada para uma zona paralela à referida rua e permite, de futuro, que o paga-mento do estacionamento «seja feito com tiket e cancela».

Um dos comerciantes argu-mentou que «em vez de porem a cancela no acesso ao parque, iam pô-la no acesso à rua, o que iria trazer muitos condicionamentos à mobi-lidade das pessoas e consequências comerciais muito elevadas».

Falta de areias na Costa volta a agitar políticos Cancelapolémica

DR

Sofia

Pal

ma

O projecto das novas instalações orçou em 20 milhões de euros

As praias da zona norte são as que necessitam de intervenção mais urgente

A LUTA contra a extinção de juntas de freguesia no concelho de Palmela sai de novo à rua no dia 2 de Junho, sábado, na Quinta do Anjo. Contestar a lei que vai implicar a redução de uma freguesia no concelho de Palmela, é o prin-cipal motivo da concentração organizada pelas juntas de Palmela, Pinhal Novo, Quinta do Anjo, Marateca e Poceirão, que decorrerá a partir das 10 horas, no Largo do Poço Novo, sob o lema “Contra a extinção de fregue-

sias, pela defesa das populações”.As juntas de freguesia de

Palmela justificam a realização desta manifestação com o facto de que «só lutando e resistindo podemos levar o Governo a recuar no seu ataque às populações através da redução de freguesias e do papel das autarquias em todo o País», defendem. Recorde-se que foi aprovada uma lei na Assem-bleia da República que vai obrigar, no caso específico do concelho de Palmela, à redução ou junção de freguesias.

Juntas de Palmelaunidas voltam à rua

DR

A Quinta do Anjo é uma das freguesias que pode vir a ser extinta

SETÚBAL

SETÚBAL

PALMELA

ALMADA

ALMADA

O ESTRELAS do Faralhão Futebol Clube organiza este sábado, dia 26, a partir das 21h30, nas suas instalações, a 2.ª Gala da Canção Jovem, que se divide em três escalões. A maioria dos talentos é oriundo da zona, mas também há cantores de Laga-meças e de Pinhal Novo. Estão inscritos 19 participantes.

Ildefonso Custódio, presidente da direcção do clube, realça que o evento está orçado em cerca de mil euros e

pretende descobrir novos talentos na área das cantigas e animar a popu-lação do Faralhão. «O feedback da população tem sido muito bom e espe-ramos ter, de novo, casa cheia», vinca.

Doces, livros de poesia, meda-lhas, troféus de participação e ramos de flores são alguns dos prémios que os participantes levarão para casa.

Gerson Santos, jovem cantor de Setúbal, que concorreu ao Festival RTP da Canção deste ano e parti-

cipou no programa “Ídolos”, da SIC, vai animar a festa e haverá a actu-ação de um coro feminino, demons-trações de Tai Chi, bem como o grupo coral e instrumental “Os Pardelhas”.

O Estrelas do Faralhão, fundado a 1 de Outubro de 1973, tem cerca de 200 sócios e dinamiza futebol sénior, futsal feminino, ginástica, Tai Chi e BTT. Além da Gala da Canção, o clube costuma organizar os Santos Popu-lares e este ano deverão arrancar os festejos do dia do clube.

Gala da Canção anima Faralhão

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agenda

A cultura e o vinhoSONS DO VINHOIntervenções musicais e provas de vinhos animam as adegas.

Org.: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/Costa Azul

23 junho | 17h00 | Adega Cooperativa de Palmela CONCertO COm prOVaS De VINHOS e prODutOS regIONaIS

14 julho | 17h30 | Paços do Concelho, PalmelamúSICa aO COpO | CONCertO COm múSICa tOCaDa em COpOS De VINHO

Org.: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”

22 a 28 julho | 23h30 | Casa Mãe da Rota de VinhosFeStIVal INterNaCIONal De SaxOFONeSJam SeSSIONS

8 setembro | 17h00 | Adega Herdade da ComportaCONCertO COm prOVaS De VINHOS

29 setembro | 17h00 | Adega José Ma. da FonsecaCONCertO SeguIDO De COCktaIl

13 out. | 22h00 | Adega Casa Agrícola Assis Lobo CONCertO COm prOVaS De VINHOSCeia com pão quente e manteiga de ovelha

14 outubro | 17h00Casa Ermelinda FreitasVIII FeStIVal INt. múSICaDe palmela

Org.: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”

20 out. | 17h00 | Adega Quinta de AlcubeCONCertO COm prOVa De VINHOS e prODutOS regIONaIS

10 nov. | 22h00 | S.F. Humanitária, Palmela maguStO gOurmet: Vinho e fado na Cidade europeia do Vinho

Org.: Sociedade Filarmónica Humanitária

17 novembro | 17h00 | Adega Xavier SantanaCONCertO COm mereNDa regIONal

24 novembro | 17h00Adega Bacalhôa - Vinhos de PortugalCONCertO COm prOVa De VINHOS

26 outubro | 16 novembro | 23 novembroteatrO NaS aDegaS: autO Da purIFICaÇÃO

Produção: O BandoOrg.: Ass. Rota de Vinhos da P. Setúbal/Costa AzulApoio: ADREPES

1 jun. | 21h00 | Paredão do Largo de São João, PalmelaINauguraÇÃO Da expOSIÇÃO IN Out FOtOgraFIa

Org: Passos e CompassosEstrutura apoiada: Câmara Municipal de Palmela Estrutura financiada: DGArtes/Sec. Estado Cultura | Governo de Portugal

1 junho a 27 julho | Cineteatro S. João, PalmelaaDegaS um OlHar DIFereNteExposição de Fotografia. Grupo F4 – Artistas: Ana Carmo, José Carlos Nero, Mário Nogueira e Mónica Martins

Org.: Câmara Municipal de Palmela

A partir de 9 junho | Largo S. João, PalmelaFeSta NO COretO - tODOS aO largO Encontro com a música e o vinho com degustação de vinhos e produtos regionais da Península de Setúbal.

Org.: Sociedade Filarmónica Humanitária

27 julho a 15 setembro | Biblioteca Mun. Palmela“magNum mYSterIum” Exposição de pintura. Artista plástica Teresa Machado.

Org.: Câmara Municipal de Palmela

25 agosto | 22h00 | Soc. Filarmónica HumanitáriaFeStIVal VINDImaS 2012 - all NIgHt lONg

Org.: Sociedade Filarmónica Humanitária

25 agosto | 22h00 | S. F. Palmelense “Loureiros”WelCOme VINDImaS 2012

Org.: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”

6, 13, 20 e 27 setembro | 21h30 Auditório M. P. Novo

CIClO CINema àS 5ªS

“O VINHO”Org.: Câmara Municipal de Palmela

22 setembroLargo S. João, Palmela“aS arteS e O VINHO”.

1º eNCONtrO De arteS aO VIVO em palmela

Org.: “Controvérsias e Ideias Associação Artística”

22 setembro a 2 novembroCineteatro S. João, Palmela“palmela, uma CIDaDe DO VINHO”Exposição de pintura pelos alunos de “Controvérsias e Ideias Associação Artística”Inauguração: 17h00

Org.: “Controvérsias e Ideias Associação Artística”

10 novembro | 20h30 | Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, PalmelaO VINHO e O FaDO - O património da Humanidade na Cidade europeia do Vinho

Org.: Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”

12 dezembro | Casa Ermelinda Freitas, Fernando Póa VIDa De um VINHOEncerramento do programa Palmela, Cidade Europeia do Vinho 2012.

Org.: Casa Ermelinda Freitas

Enoturismo22 e 29 junho | 13, 20, 27 julho3, 10, 17, 24, 31 agosto | 7, 14 setembroCruZeIrOS eNOturÍStICOS Passeios de barco com provas de vinhos a bordo com enólogos das adegas aderentes à Rota de Vinhos da Península de Setúbal.

Org.: Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul

CIRCUITOS ENOTURÍSTICOS

2 jun. - NA VILA DE PALMELA

3 jun. - FIQUE ESPECIALISTA EM MOSCATEL DE SETÚBAL

30 jun. - POR TERRAS VERDES

1 jul. - PROVA DE VINHOS E ASTRONOMIA

23 e 24 ago. - HARVEST MOON (Vindima ao Luar)

25 ago. - PELO ESTUÁRIO DO SADO

15 set. - VENHA À VINDIMA!

22 set. - PISA A PÉ NA ADEGA

10 nov. - FIM DE SEMANA DO MOSCATEL DE SETÚBALOrg.: Ass. da Rota de Vinhos da P. Setúbal/ Costa Azul

INFORMAÇÕES e RESERVAS: Rota de Vinhos da Península de Setúbal / Costa Azul | Casa Mãe da Rota de Vinhos | Tel.: (+351) 212 334 398 Email: [email protected] | www.rotavinhospsetubal.comNOTA: Informe-se sobre os valores de participação e iniciativas gratuitas. Programa sujeito a alterações. Consulte o programa específico de cada evento em: www.cm-palmela.pt | facebook - PalmelaCidadeEuropeiadoVinho2012

descubra, experimente, prove, brinde, sinta...

Palmela, parte de nós

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PROVAS COM ESPECIALISTAS

WORKSHOP “MOSCATEL DE SETÚBAL e CHOCOLATE”

COCKTAILS COM MOSCATEL DE SETÚBAL

LANÇAMENTO “BOMBONS DE MOSCATEL DE SETÚBAL”

CONVERSA À VOLTA DO VINHO

DESFRUTE DE EXPERIÊNCIAS COM SABORDoçaria e gelados com Moscatel de Setúbal; Tapas com produtos regionais; Compotas; Licores e outras delícias.

JANTAR VÍNICO ´O Moscatel de Setúbal – o embaixador da região`

Vinhos da Península de SetúbalNéctares de exceção, aliam tradição e modernidadeSe há região vitivinícola que tem sabido afirmar-se, nos últimos anos, e encontrar o seu lugar num mercado cada vez mais competitivo, essa região é a Península de Setúbal. Com uma evolução fantástica dos seus vinhos vinhos de Indicação Geográfica Península de Setúbal, DO Palmela e DO Setúbal – em grande parte, devido a um trabalho de modernização e qualificação dos processos de produção das empresas – e uma relação qualidade/preço imbatível, os nossos vinhos continuam a surpreender críticos por todo o mundo, com prémios nacionais e internacionais consecutivos, e a conquistar um público cada vez mais interessado e exigente. Não será, também, alheia a esta evolução o entusiasmo de uma nova geração de produtores e enólogos que tem aberto novos horizontes para a região, ousando ir além do tradicional castelão – a nossa “periquita” – e experimentando a integração de novas castas e aromas na região. Os excelentes resultados são prova indesmentível das potencialidades únicas deste território. No final de 2011, um estudo conduzido por uma consultora nacional indicou os vinhos da Península de Setúbal como os terceiros mais consumidos em Portugal e a ganharem quota no mercado nacional pelo sexto ano consecutivo, em contra ciclo com as restantes regiões vinícolas do país.

Moscatel de Setúbal é rei na regiãoEntre a oferta da região, o vinho generoso Moscatel de Setúbal distingue-se pela sua história e pelas suas características ímpares. Os registos históricos da sua produção perdem-se nos tempos, mas a área produtora, constituída pela área geográfica dos concelhos de Palmela e Setúbal e parte da freguesia de Nossa Senhora do Castelo, de Sesimbra, a região do Moscatel de Setúbal foi demarcada em 1907, por Diploma Régio de 10 de Maio, e confirmada pelo Diploma de 1 de Outubro de 1908. É elaborado, predominantemente, a partir das castas Moscatel de Setúbal ou Moscatel Roxo, que lhe dão o nome, o aroma e o sabor único, só podendo utilizar as respetivas denominações quando estas castas contribuírem com, pelo menos, 85% do mosto utilizado. Apresenta cor dourada, entre o topázio claro e o âmbar, e aroma floral exótico, insinuando a flor de laranjeira e a tília, com toques de mel, tâmaras e laranja.

APOIO INSTITUCIONALAPOIOPATROCÍNIO

PARCEIROSORGANIZAÇÃO

INFORMAÇÕESPosto de Turismo de PalmelaTel.: (+351) 212 332 122 | [email protected] específico de cada evento em:www.cm-palmela.pt | PalmelaCidadeEuropeiadoVinho2012

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« U M A ameaça real ao poder local democrático» é como os autarcas das juntas de freguesia do concelho da Moita entendem a reorganização das freguesias proposta pelo Governo.

Insatisfeitos com a medida, os presidentes das Juntas prometem não baixar os braços e, na sequência dos protestos públicos que têm vindo a realizar ao longo dos últimos meses, está já prevista para dia 2 de Julho uma «acção de luta concelhia».

A acção, agendada para a freguesia da Moita, na Praça da República, tem como objec­tivo lutar contra a «ameaça de extinção de freguesias»,

afirmam os autarcas, a uma só voz.

A Junta de Freguesia da Moita, a Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos e a Junta de Freguesia da Baixa da Banheira rejeitam o que clas­sificam de «ameaça de extinção de freguesias, ao estrangula­mento financeiro e ao ataque à soberania das autarquias, que constituem uma ameaça real ao poder local democrá­tico, pelo que decidiram agudizar os protestos, de acordo com a recomendação da delegação de Setúbal da Associação Nacional de Freguesias e do trabalho conjunto com a Plataforma 235 Defender e Valorizar o Poder local Democrático.

Autarquias da Moita volta a protestar contra extinção de freguesias

UM SI ­MULACRO de incêndio na Secundária Augusto Cabrita, com a colaboração dos bombeiros e PSP foi uma das mais mediáticas acções reali­zadas ao longo desta Semana da Protecção Civil que termina domingo.

.O cenário representou um incêndio num arquivo, explica o responsável pela Protecção Civil, Carlos Moreira. «Foi dado o alerta aos bombeiros, que actuaram na perfeição; vieram de imediato”, enalteceu o vere­ador da Câmara do Barreiro.

O autarca responsável pela protecção civil municipal sustenta que para a comuni­dade em geral e a escola, estas

iniciativas permitem «alertar para situações que podem ser reais», sublinhando a necessi­dade e importância de «treinar situações como evacuação, pontos de encontro, ou verifi­cação das pessoas – o que acon­teceu com relativa perfeição».

«É importante que esta não seja uma situação única mas que possa ter alguma cadência ao longo do tempo para haver uma melhoria contínua nos procedimentos. O importante é que as pessoas estejam alerta para que possam fazer cada vez melhor em situações de risco».

Para hoje, está previsto um outro simulacro, desta vez na Escola Secundária Alfredo da Silva.

Barreiro alerta para incêndios a fingir nas escolas

Simulacro ocorreu na Secundária Augusto Cabrita

O PRO ­GRAMA comunitário Juven­tude em Acção vai levar jovens montijenses à Turquia, tendo já a câmara aberto inscrições junto das população juvenil do concelho.

Trata­se de dois projectos internacionais e cuja parti­cipação montijenses é asse­gurada pelo iniciativa é promovida pelo Gabinete da Juventude da autarquia.

As inscrições estão abertas para o Smiling

Dreams, que terá lugar na Turquia, entre 10 a 18 de Julho. Dois jovens do concelho terão a oportuni­dade de participar com outros jovens de países da União Europeia para debater o problema da violência e

discriminação contra as mulheres.

Existem também duas vagas para o curso de formação internacional Let’s Learn to Help, que decorrerá na Hungria, entre 11 e 19 de Agosto.

Programa no Montijo mostra Europa aos mais novos

A BIÓ ­LOGA marinha Inês Correia de Sousa foi a vencedora da 4.ª edição do Prémio Cien­tífico Sesimbra, entregue no fim­de­semana, em ceri­mónia realizada no Cine­Teatro João Mota.

A investigadora apresentou um trabalho sobre a Conser­vação e Gestão da Biodiversi­dade no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha: Estudo do Efeito Reserva nas Comunidades Marinhas de Substratos Móveis.

Para Emanuel Gonçalves, representante do júri, o estudo destacou­se «tanto pela sua particularidade de investigação e rigor científico, como pela apresentação dos resultados obtidos». Visivelmente satis­feito pelos níveis qualitativos e quantitativos dos trabalhos

apresentados, o professor referiu ainda a dificuldade do júri, composto por personali­dades de reconhecido pres­tígio, em atribuir o prémio.

«Uma dificuldade válida e que dá um sinal claro de que este Prémio vai a caminho de

se tornar uma referência e um verdadeiro marco curricular», disse Aleixo Terra da Mota, membro do Turifórum.

Foram ainda entregues menções honrosas a Maria Manuela Mendes, Pedro Candeias e Pedro Silva Brígido,

pelo Estudo de Diagnóstico de Caraterização da População Imigrante e Identificação dos seus Problemas e dos seus Contributos para as Dinâmicas de Desenvolvimento do Muni­cípio de Sesimbra, e a Ana Faria e Rita Borges, pelo estudo Conhecer para Proteger – A Fase Larvar dos Peixes no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha.

Reconhecendo a impor­tância das diversas análises «para um melhor conheci­mento dos muitos saberes que ainda há por descobrir na nossa terra», Augusto Pólvora, presi­dente da Câmara Municipal, mostrou­se honrado pela elevada fasquia da qualidade dos estudos apresentados, real­çando ainda o facto de muitos investigadores pertencerem ao concelho de Sesimbra.

Sesimbra atribui prémio a bióloga

Inês Correia venceu a 4.ª edição do Prémio Científico

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SEIXAL

SESIMBRA

MONTIJO

MOITA

A AC ­TIVIDADE tauromáquica é, a partir deste mês, clas­sificada como Património Cultural Imaterial de Inte­resse Municipal.

A declaração foi elabo­rada e aprovada em sessão de câmara, em consonância com outros municípios portugueses representados na Secção dos Municípios com Actividade Taurina, que em reunião realizada Março manifestaram interesse no reconhecimento e declaração da Tauromaquia como Patri­mónio Cultural de Interesse Municipal.

Para o presidente da Câmara, Luís Miguel Franco, este é um trabalho «muito importante de exaltação de uma das mais importantes manifestações culturais e identitárias do concelho».

Além da crónica de Garcia de Resende que refere o acto de bravura de D. João II frente a um touro em Alco­chete, célebre ficou também a manada de São João, e o envolvimento do município

na organização das festas de São João no séc. XVI, assim como a ganadaria do Comen­dador Estêvão António de Oliveira no séc. XIX.

Actualmente, é reco­nhecido o contributo do engenheiro Samuel Lupi através da criação das ganadarias Samuel Lupi e Rio Frio, assim como as prestações dos dois grupos de forcados de Alcochete, que asseguram a continui­dade de uma tradição com quase de 200 anos.

Alcochete classificatauromaquia

Ícone da cultura local

A iniciativa vai contar com cerca de 250 alunos

O DIA Na ­cional da Energia, que se comemora a 29 de Maio, é o mote para a participação do concelho do Seixal nos Energy Games, promovidos pela Cascais Próxima, em parceria com as agências municipais de energia do Seixal e de Oeiras.

O Campeonato Energy Games, inserido nas come­morações do Dia Nacional da Energia, conta com a parti­cipação de cerca de 250 alunos do 4.º ano das escolas dos municípios de Cascais, Oeiras e Seixal, e realiza­se no Museu Paula Rego, em Cascais.

A iniciativa consiste num

jogo interactivo, de cariz lúdico e didáctico, em que cada equipa dispõe de um comando da consola Wii que permite interagir com uma imagem, escolhendo uma personagem para encarnar, num modelo concebido com base nos jogos electrónicos.

O projecto tem como prin­cipal objectivo sensibilizar alunos e professores para o papel essencial da energia no dia a dia, alertando para a problemática das alterações climáticas. Pretende ainda dar a conhecer as principais vanta­gens das energias renováveis e a importância da utilização racional da energia.

Seixal participa no projecto ambiental Energy Games

BARREIRO

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CA CHO­ LA de Porco, Galinha em Molho, Orelha de Porco de Coentrada ou Migas de Tomate com Peixe Frito são algumas das iguarias tradi­cionais de Grândola em degustação na Rota das Tabernas, uma viagem aos sabores da melhor cozinha alentejana

A Rota das Tabernas arranca no dia 2 de Junho e passa por oito tabernas do concelho de Grândola, onde cada petisco para descobrir e saborear é acompanhado por um menu cultural surpresa, que pode incluir poetas populares, cante alen­tejano, fado e música popular. O menu inclui também vinhos de produ­tores do concelho.

Locais privilegiados de encontro, convívio e palco de importantes manifes­tações de cultura popular, as tabernas foram desapa­recendo, levando consigo os hábitos e histórias de

uma terra. Recuperar e revitalizar estes locais de culto, é o objectivo do município de Grândola, com esta iniciativa, que já vai na 18ª edição.

A Rota começa dia 2 na “Taberna do Agostinho” (Santa Margarida da Serra) e segue dia 9 para a

“Taberna dos Mosquei­rões”. Dia 16 leva­nos até ao “Café Triunfo” (Santa Margarida da Serra) e no dia 23 à “Taberna Típica Alentejana” (Grândola). A Rota passa por “A Taberna” (Sobreiras Altas) a 29, pela “Tasquinha do Zé de Moura” (Grândola) a 30, e

pela “Casa Dimas” (Santa Margarida da Serra) a 7 de Julho. A Rota das Tabernas termina dia 14 de Julho, na Taberna o Justense, na Aldeia da Justa.

Todas as tabernas aceitam reservas, que são da exclusiva responsabili­dade dos proprietários.

Rota das Tabernas em Grândola

São oito as tabernas que vão preparar iguarias num menu cultural que acaba dia 14 de Julho

Novo pavilhão vai custar quase quatro milhões de euros

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A N I ­MAÇÃO musical e tradição rural e religiosa são as componentes das Festas em Honra de São Sebastião que terminam este sábado, em Santa Catarina de Sitimos.

O certame, que já ontem

atraiu milhares de visi­tantes, tem também por objectivo angariar fundos para a construção do Centro Social e Cultural daquela localidade da freguesia de Santiago, em Alcácer do Sal.

A festa começou na sexta­feira, às 21h, com a

música da dupla Gonçalo e Vidigal, seguida de danças e cantares por parte do Clube TAP Portugal. Hoje é a vez da romaria a cavalo, com concentração na praça de touros João Branco Núncio, em Alcácer do Sal, e percurso até Santa Cata­

rina, seguida de missa e procissão e quermesse.

Durante a tarde, destaque para cavalhadas e largada de vacas. À noite actua o Rancho Folclórico de Alcácer do Sal e a Escola de Dança Companhia de Triana, que vem de Évora

mostrar danças sevilhanas. A partir das 23h30 actuam os Companhia Ldª com música que vai fazer toda a gente dançar pela madru­gada fora.

Por entre todas estas atracções, podem provar­se diversos petiscos colo­

cados à disposição pela organização das festas, da responsabilidade da Junta de Freguesia de Santiago, do Santa Catarina Futebol Clube e da Associação de Moradores de Santa Cata­rina, com o apoio da Câmara de Alcácer do Sal.

C E N ­TENAS de populares parti­ciparam, ontem, na já tradi­cional Festa dos Vizinhos, organizada todos os anos pela Junta de Freguesia de Santo André, em Santiago do Cacém.

O autarca da freguesia, Jaime Cáceres, sublinha que a população de Santo André «adere muito bem a este tipo de iniciativas». A Festa dos Vizinhos decorreu no esta­cionamento da delegação da Junta de Freguesia no Bairro Azul, com a actuação de Mário Neves, com uma Mostra Gastronómica Multi­cultural e porque sexta­feira é também o dia de África, a festa contou, ainda, com a actuação do grupo de dança da Associação Cabo­verdiana de Santiago do Cacém e de Sines.

A Festa dos Vizinhos

realiza­se em Vila Nova de Santo André há sete anos consecutivos. «É um dia em que as pessoas se juntam, confraternizam e o objec­tivo da Junta de Freguesia

é que as pessoas esqueçam as dificuldades do dia­a­dia e por momentos se divirtam», adiantou Jaime Cáceres.

O reforço dos laços sociais de vizinhança é o

objectivo da festa que vai ainda ter uma vertente soli­dária. Os fundos arrecadados revertem a favor dos projectos da Paróquia de Santa Maria.

Festa dos vizinhos animou Santo André

Alcácer do Sal celebra Festas de S. Sebastião em Santa Catarina de Sítimos

A tradicional iniciativa realiza-se há sete anos consecutivos e contou com muita gente

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O NOVO Pavilhão de Desportos de Sines está em construção, com o arranque das obras das fundações e a preparação das obras de estruturas.

Este novo pavilhão é o primeiro elemento da futura Cidade Desportiva, a construir por fases, com localização à entrada da cidade de Sines, na zona norte da cidade.

O pavilhão está conce­bido como um edifício de custos controlados, quer ao nível da construção, quer da manutenção e gestão. A obra é um investimento previsto de cerca de 3 milhões e 700 mil euros, com co­financiamento assegurado no âmbito de protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Sines e a Galp Energia.

O edifício terá uma área total de intervenção de 10500m2 e uma área bruta de construção de 7866m2, com três pisos acima do

solo e um piso técnico subterrâneo.

A área do pavilhão destinada a desportos é de 2340m2 (52m x 45m), com um pé­direito livre de 12,5m. Este recinto de jogos permitirá a prática de modalidades como o andebol, o futsal, o voleibol e o basquetebol, entre outras. Nesta nave prevêem­se duas bancadas. Além da nave central exis­tirão três ginásios com funções específicas: Ginásio com 118m2, para actividades de fitness; Ginásio 2, com 180m2, para actividades de aparelhos; e ginásio para tumbling e ginástica, bem como uma sala rectangular com 560m2, com pé­direito livre útil de 8,3m.

A conclusão das obras e a entrada em funciona­mento ao serviço dos desportos e das colectivi­dades estão previstas para o início do ano de 2013.

Parque desportivo da cidade de Sines ganha pavilhão

ALCÁCER

SANTIAGO

SINES

GRÂNDOLA

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+ Desporto

O ‘Rio Azul’ serve de palco este fim-de-semana ao “XIII Raid Bicasco

Sadocat 2012”, prova de vela que centra nos catamarãs o protagonismo competi-tivo de um evento nacional que tem em Setúbal uma das jornadas de referência.

Depois de em Abril último o Raid ter agitado as águas de Sines, desta vez a prova sadina integrada no Circuito Nacional e Ibérico de Catamarãs – Raid Inter-nacional de Catamarãs, traz a Setúbal cerca de 50 embar-cações (classes F18 (rainha), Dart 18, Hobie 16, Classe A e interséries) tripuladas por mais de uma centena de vele-jadores que vão animar dois dias de promoção da vela entre o estuário do Sado, em Setúbal, e a costa de Tróia.

As condições de exce-lência para a prática da moda-lidade que o Sado oferece é um dos motivos para que

Setúbal receba equipas maio-ritariamente portuguesas, mas também de Espanha, Bélgica, Reino Unido e da

Holanda. Facto que muito contribuirá para uma dina-mização suplementar da acti-vidade comercial na região decorrente de uma das mais atractivas actividades náu -ticas que se realizam anual-mente no estuário.

A primeira regata realiza-se esta tarde, às 14 horas, estando a segunda marcada para domingo, às 13.

A chegada das tripula-ções pode ser acompanhada entre o Parque Urbano de Albarquel e o Jardim da Beira-Mar.

Recorde-se que o SadoCat, que faz parte do calendário das iniciativas dos “10.os Jogos do Sado”, é organizado pela Câmara de Setúbal, Clube de Vela do Sado e pela Bicasco.

Joaquim Guerra

O rotundo êxito do consagrado técnico José Mourinho, no Real Madrid, após um

campeonato de intenso fulgor cons-tituiu para Setúbal e suas cercamias (Aires, em evidência…) um justifi-cado motivo de orgulho.

Por tabela, por assim dizer, o sucesso de mister ‘Mou’, justifica esta minha croniqueta semanal. E o imaginário ‘ricochete’ elogioso tem que ver com o Pai Mourinho, o popular José Feliz, vindo do Algarve para assinalar carreira no Vitória de Setúbal, cidade onde granjeou muitas intensas amizades, onde seu filho José cresceu, jogou nas equipas jovens vitorianas e se fez o notável cidadão do mundo que é.

A realização plena do treinador José Mourinho, apelidado de ‘Mou’ repercute-se na pessoa de seu pai a quem, desde estas páginas do Semmais endereçamos as mais calorosos felicitações.

Ao contrário de excelentes trei-nadores, do momento actual, que se destacaram como jogadores bastantes acima da média (Pepe Guardiola, Vicente del Bosque, Roberto Mancini, Capello, Heykes, Camacho, Dalglish, etc), José Mourinho teve carreira mediana como jogador, dos juniores do Vitória a reservista do GD Sesimbra, com algumas meritórias actuações pelo INEF, nos Campeo-natos Universitários.

Outros técnicos de nomeada cons-tituem casos similares como Marcelo Bielsa, César Menotti, André Vilas Boas ou o lendário Vicente Feola. E também é oportuno citar os exem-plos lusitanos de Carlos Queiróz e Leonardo Jardim. E poderíamos citar mais uma larga vintena de nomes, aquém e além fronteiras.

O que mais importa realçar é todo o brilho do percurso cumprido por José Mourinho sempre bem recordado das suas origens nata-lícias nas cercamias do Sado.

Também por tabela, mas de uma outra índole, desejamos expressar o nosso regozijo pela recente notícia de resolução formal do intrincado caso do Vale de Cobro, terrenos a que o Vitória de Setúbal de há muito se candidatava a ser possuidor e agora atribuídos ao clube cente-nário pela autarquia.

Com a manutenção garantida e essa preciosa achega, de promissor aproveitamento em cifrões, o Vitória pode agora ‘respirar’ melhor e pensar, com optimismo, em 2012/13. Mas nada de aventuras contratuais que, por tabela, causam sempre embaraços…

Por tabela

DavidSequerra

Milha do Seixal reuniu largas dezenas de atletasAnabela Tavares, do CDR Águias Unidas, com 5,42 minutos, e Marco Gomes, CCR Alto do Moinho, com 4,39 minutos, foram os grandes vencedores da XX edição da Milha Urbana do Seixal. A prova de 1609 contou com cerca de uma centena de atletas.

Naval Setubalense realiza festival de patinagemA secção de patinagem artística do Clube Naval Setubalense realiza no próximo dia 2 de Junho, às 20h30, o IV Festival Temático de Patinagem Artística “Queridos encolhemos os miúdos”. O evento reúne classes de uma dezena de clubes da região.

Passes Curtos

Alcochetense joga manutençãoAmanhã, no Cartaxo, a partir das 17 horas, a equipa ‘verde e branca’ tenta, pelo menos, arrancar um empate para garantir a manutenção na II divisão na última ronda do campeonato. O Alcochetense (3.º) tem 26 pontos, mais dois que o opositor. Recorde-se que Pescadores da Costa da Caparica e Olímpico Montijo, ambos despromovidos, vão regressar à I distrital.

II divisão distritalperto de decisõesMonte de Caparica e Almada podem garantir, já este domingo, a promoção à I divisão distrital. A vantagem pontual sobre os mais directos perseguidores pode, à 8ª e antepenúltima jornada, abrir os festejos.

Velas dos Catamarãs desafiam os bons ventos do Rio Sado

A FREGUESIA da Quinta do Anjo acolhe este domingo, a partir das 10 horas, a 15ª Esta-feta de Palmela e 10ª Mini Estafeta, provas que vão reunir cerca de duas centenas de atletas

A Estafeta, reservada a seniores e veteranos, realiza-se num circuito com 21.400 metros de extensão, com partida no Bairro Alentejano.

A Mini Estafeta destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e integra quatro percursos, entre o Bairro Alentejano e o Bairro dos Marinheiros, num total de 6.000 metros

As corridas são orga-nizadas pela SR Cultural do Povo, do Bairro Alen-tejano, com o apoio da Câmara de Palmela.

Estafeta de Palmelacorre com 200 atletas

DR

DR

UMA Bandeira Nacional Gigante de cerca de 1.100 m2, com 44 metros de largura e 25 metros de altura foi inaugurada esta sexta-feira, no Almada Fórum, na presença de antigos jogadores.

A iniciativa tem como

objectivo reforçar o opti-mismo dos portugueses no âmbito da prestação da Selecção Nacional no Euro 2012 e poderá vir a entrar no Livro do Guiness de Recordes como a “Maior Bandeira do Mundo de Apoio a uma Selecção Nacional”.

Almada mostrou bandeira gigante pela Selecção

Os catamarãs estão de volta ao cenário sadino

Urgênci5 euros6 euros7 euros8 euros9 euros

10 euros11 euros

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Page 23: Semmais jornal 26 Maio 2012

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+ Negócios

A região do Litoral Alen-tejano não se deverá afastar um milímetro nos

próximos anos da aposta que tem feito ao nível de turismo, apesar de a crise já ter obri-gado à redefinição de alguns dos projectos previstos para as várias áreas de desenvol-vimento turístico da costa. O presidente da Câmara Muni-cipal de Grândola, um dos principais impulsionadores desta estratégia, reafirma a importância do turismo para a região, por considerar o sector capaz de «ajudar a afirmar o território, tornando-o num elemento diferenciador face aos outros destinos turísticos em Portugal».

Henrique Montelobo, vice-presidente do Turismo do Alentejo Litoral/Costa Alentejana, alinha com o autarca grandolense, mas vai mais longe ao dizer que a região «não se pode esquecer» da competitividade, da susten-tabilidade económica e social e dos custos de contexto. «O desenvolvimento é inexis-tente quando não há coope-ração entre os seus vários actores, mas isso não acon-tece aqui», gaba.

O também presidente da Associação Portuguesa de Resorts do Alentejo Litoral (AREAL) acredita que a região deve «tentar encon-trar produtos cada vez mais diferenciados num mercado globalizado» e apostar na sua promoção não só no país, mas também no estrangeiro. Henrique Montelobo pede ao Governo para ter um olhar mais atento sobre a neces-sidade de formação de mão-

de-obra qualificada, reite-rando que «este não deve matar entidades que façam andar o comboio do desen-volvimento, apesar de exis-tirem organismos com funções sobrepostas».

Carlos Lilaia, consultor da Câmara Municipal de Grândola para os assuntos do turismo, complementa a ideia deixada no ar por Carlos Beato e Henrique Montelobo e reafirma a possibilidade de o Litoral Alentejano vir a ultrapassar a ilha da Madeira como «terceiro maior destino turístico do país». «Há que explorar as diferenças que temos e fazer lobby para asse-gurar financiamento, porque o sucesso não vem de uma vez só», acrescenta.

Ciclo de discussões da RUCIencerrado com debate

Estas declarações foram proferidas durante um debate

em Grândola que encerrou um ciclo de discussão levado a cabo pela Rede de Aglome-rados Urbanos do Alentejo Litoral (RUCI). A rede visa trazer inovação, aumentar a competitividade e reforçar as dinâmicas de internacio-nalização do Litoral Alente-jano, de modo a estimular o desenvolvimento de um cluster de actividades turís-ticas, mediante a valorização de elementos patrimoniais comuns dos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira.

A RUCI resulta de um investimento de 7,5 milhões de euros, 5 milhões dos quais comparticipados pelo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (Feder). Além dos cinco municípios que compõem a região, também a AREAL e a Comu-nidade Intermunicipal Alen-tejo Litoral integram a rede.

Montelobo pede que «não se mate» entidades promotoras de desenvolvimento

Alentejo Litoral reafirma turismo para sair da criseRegião acredita ser capaz de passar a Madeira no posto de terceiro maior destino turístico do país. Cooperação entre entidades é vista como fundamental para ultrapassar dificuldades.

À SEMELHANÇA de anos anteriores, a Secil volta a organizar mais um Portas Abertas na sua unidade fabril do Outão, nos dias 30 e 31, com visitas para a população às 10 e às 15 horas. A edição do passado contou com a envolvência de cerca de 350 visitantes. Mas também há visitas para as entidades nos dias 26 e 27 de Maio e 2 e 3 de Junho.

Este ano, os técnicos da Secil vai explicar aos visi-tantes por que motivos foi distinguida, em Dezembro de 2011, por um júri qualifi-cado e independente, com o Prémio de Inovação para a Sustentabilidade, na cate-goria Gestão, numa inicia-tiva da Agência Portuguesa do Ambiente, integrada no Concurso European Busi-ness Awards for the Envi-ronment realizado pela Comissão Europeia.

Para a Secil, este prémio é o reconhecimento da «excelência da gestão ambiental», em que incor-pora a sustentabilidade em toda a sua actuação, desde a estratégia até à operacional. «Ao revolucionar o modo como opera e como enquadra e analisa a sua acção na sua envolvente ambiental e social, a Secil

definiu as suas políticas de sustentabilidade com base no conhecimento tecnoló-gico acumulado e na inves-tigação científica que realiza com várias entidades», refere Nuno Maia, director de comunicação da em empresa cimenteira.

Para aquele responsável, fica demonstrado, com este galardão, que «é possível estabelecer um perfeito equi-líbrio entre a indústria e ambiente, contribuindo acti-vamente para a economia e emprego na região de Setúbal, com todas as garantias de uma actuação sustentável».

A população vai ficar também a saber o que a fábrica Sécil do Outão está a fazer pela reflorestação e pelo estudo de biodiversi-dade da Serra da Arrábida, quais os equipamentos em que está a investir para garantir um futuro melhor às próximas gerações e as suas práticas inovadoras no âmbito do desenvolvimento sustentável.

Para todos os interes-sados, estará disponível um autocarro gratuito, às 9h30 e às 14h30, no Largo José Afonso, em Setúbal. As inscrições podem ser efec-tuadas através do número verde 800 206 709.

O PORTO de Sines recebeu a vista da aicep Capital Global, liderada pelo presidente do conselho de administração, José Epifânio da Franca.

O facto do porto de Sines ser o principal porto expor-tador nacional, graças às ligações directas e regulares

aos principais mercados de consumo mundiais, assim como os elevados índices de produtividade apresen-tados, foram os principais motivos da visita da admi-nistração da aicep Capital Global.

Recorde-se que esta entidade tem como missão

apoiar o financiamento de investimentos que contri-buam para o aumento da competitividade, da expor-tação e internacionalização das empresas portuguesas, com especial destaque para as pequenas e médias empresas.

Na reunião, a presidente

do conselho de adminis-tração da APS, Lídia Sequeira, apresentou os factores de sucesso do porto de Sines, assim como a evolução dos principais indicadores de actividade que fazem desta infra-estru-tura portuária uma refe-rência nacional.

No encontro esteve também presente Francisco Nunes e Sá, presidente da comissão executiva da aicep Global Parques, empresa gestora da ZILS – Zona Indus-trial e Logística de Sines.

A ZILS e o porto de Sines formam hoje uma plata-forma logística e portuária

com características únicas, que associa um grande porto de águas profundas a uma zona industrial e logística com capacidade de expansão até 4.157 hectares, garantindo um elevado potencial para a instalação de empresas nacionais e internacionais nesta zona.

O MAIOR embarque de material rolante num só navio, cerca de 9,1 mil metros cúbicos de material rolante e contentores com equipa-mento de apoio à empresa Mota-Engil, foi efectuado esta semana no Terminal

Multiusos Zona 2 do Porto de Setúbal. A carga trans-portada pelo navio Copenship Europe, agen-ciado pela Portmar, terá como destino as obras que a construtora está a desen-volver em Moçambique e no

Malawi.O material será descar-

regado nos portos de Durbain, na África do Sul, Maputo e Beira, em Moçam-bique. A carga está consig-nada à Transitex África do Sul e Transitex Moçambique,

tratando-se de um trans-porte em regime de porta a porta, ou seja, a Transitex assegura toda a logística desde a entrega em Setúbal até ao destino final a partir dos referidos portos afri-canos.

Secil mostra prémiode Sustentabilidadecom portas abertas

:::::::::::: Bruno Cardoso :::::::::::

Mega embarque rolante no Porto de Setúbal

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Beato recebeu em casa especialistas do sector do turismo

Porto de Sines cativa investidores via aicep Capital Global

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