semmais 23 maio 2015

16
Sábado 23 | Maio | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 856 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais ENFOQUE PÁGINA 2 CENTROS DE SAÚDE DA REGIÃO COMBATEM EFEITOS DO CALOR O novo plano, de que os centros de saúde do distrito vão ser prioritários, permite acesso rápido às temperaturas e vai servir para evitar idas ás urgências e mortalidade por excesso de calor. NEGÓCIOS PÁGINA 12 BLUEBIZ VAI SER ENTREPOSTO PARA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL O parque empresarial da BlueBiz, em Vale da Rosa, Setúbal, vai servir de plataforma logís- tica do setor automóvel, permitindo peque- nas intervenções nas viaturas que seguem para o mercado. E vai descongestionar o porto. SOCIEDADE PÁGINA 5 ALCOCHETE EM FESTA COM 500 ANOS DE FORAL DISTRITO COM CASÓRIOS EM BAIXA A tendência de queda de casamentos no distrito têm-se mantido de forma consistente. O ano passado consumaram-se 2501 casórios, em cerimónias religiosas e de caráter cívil. Menos 66 que em 2013. Os únicos municípios que inverteram a descida foram Setúbal, Seixal e Alcácer. SOCIEDADE PÁGINA 4 A Câmara de Alcochete prepara festa de arromba para assinalar as comemorações dos 500 anos do seu Foral. Há uma feira medieval, torneio equestre e até lançamento de vinho. Um programa para todos os gostos.

Upload: mediasado

Post on 22-Jul-2016

220 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Edição do Semmais de 23 de Maio

TRANSCRIPT

Page 1: Semmais 23 Maio 2015

Sábado 23 | Maio | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 856 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

ENFOQUE PÁGINA 2CENTROS DE SAÚDE DA REGIÃO COMBATEM EFEITOS DO CALORO novo plano, de que os centros de saúde do distrito vão ser prioritários, permite acesso rápido às temperaturas e vai servir para evitar idas ás urgências e mortalidade por excesso de calor.

NEGÓCIOS PÁGINA 12BLUEBIZ VAI SER ENTREPOSTO PARA INDÚSTRIA AUTOMÓVELO parque empresarial da BlueBiz, em Vale da Rosa, Setúbal, vai servir de plataforma logís-tica do setor automóvel, permitindo peque-nas intervenções nas viaturas que seguem para o mercado. E vai descongestionar o porto.

SOCIEDADE PÁGINA 5ALCOCHETE EM FESTA COM 500 ANOS DE FORAL

DISTRITO COM CASÓRIOS EM BAIXAA tendência de queda de casamentos no distrito têm-se mantido de forma consistente. O ano passado consumaram-se 2501 casórios, em cerimónias religiosas e de caráter cívil. Menos 66 que em 2013. Os únicos municípios que inverteram a descida foram Setúbal, Seixal e Alcácer.

SOCIEDADE PÁGINA 4

A Câmara de Alcochete prepara festa de arromba para assinalar as comemorações dos 500 anos do seu Foral. Há uma feira medieval, torneio equestre e até lançamento de vinho. Um programa para todos os gostos.

Page 2: Semmais 23 Maio 2015

2 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

SAÚDE NOVO PLANO QUER PREVENIR IDAS ÀS URGÊNCIAS E DIMINUIR MORTALIDADE POR EXCESSO DE CALOR

Centros de saúde da região já têm acesso rápido às temperaturas

A carência de médicos de família no distrito chega aos 30%

ENFOQUE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O novo processo pretende reduzir a mortalidade por ondas de calor e para isso é preciso agilizar chegada da informação. Evitar a ida ao hospital é outro dos objetivos. O distrito é uma das prioridades do novo plano.

O alerta é do presi-dente da secção sul da Ordem dos Médi-cos, numa altura em que o Governo pro-cura ‘aliciar’ médi-cos para recompor as falhas. A situação no Litoral Alente-jano é a mais prob-lemática.

Para além do conflito arma-do, da guerra jihadista e do terrorismo, há na cruzada atroz do dito estado islâmico um aviltante ataque à mais profunda genética das civili-zações.A destruição da memória cole-tiva da história da humanida-de, de que o último ‘massacre’ ficou bem patente nas ruínas de Palmira, na Síria, é algo nunca visto e deprime. É como se todos e cada um de nós ti-véssemos sido decepados.Este horror, que parece não ter fim – há já múltiplos ataques do género, lembremo-nos da destruição das ruínas de Ha-tra, no Iraque, património da humanidade, e também em Nimrud – é uma escalada sem precedentes e revela bem os reais motivos desta seita, que mata, que esfola, que destrói, em nome de nada. E sabe-se que a legião de jo-vens recrutados no ocidente, no mais sagrado contexto da tolerância e da vida democrá-tica, conseguem fazer igual, revelando que o caráter hu-mano é composto de várias argamassas, capazes do me-lhor e do pior.O mundo ocidental, a partir do qual, na Era da modernidade, foi capaz de criar a Polis, de-senvolver as leis, e impor a de-mocracia e a tolerância, tem enormes responsabilidades no que se está a passar a oriente. E a sua reação, para já encurra-lada, só se vislumbra pela lei da guerra. Mais uma vez, como a História demanda, é o olho-por-olho, a violência no seu aviltante extremismo.Há que repensar as fórmulas que nos podem limpar desta selvática ironia de ciclos ga-nhos e ciclos perdidos. Cada ação, gera ação. É a dialética do terror a fazer com que o Homem se ponha a nu, numa correlação de forças em que ninguém vence. Quando o vil metal é a base de todas as loucuras, quando a escolástica é a promoção dos ódios, das conquistas e das cruzadas, pouco resta desses escombros. Também aqui, na Europa se vai naufragando na cegueira. O fosso entre ricos e pobres, protegidos e desprote-gidos adensa-se perigosamen-te. É uma figueira acesa e pronta a propagar-se.O pior é que todos veem as la-baredas e poucos se chegam à frente para as apagar.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

A destruição da nossa me-mória coletiva

normais para a época do ano), amarelo (nível 1- temperaturas elevadas que podem provocar efeitos negativos na saúde) e ver-melho (nível 2 - temperaturas muito elevadas e que podem pro-vocar efeitos graves na saúde). Segundo um despacho do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, publicado no Diário da República, a 23 de Abril, «todos os serviços e esta-belecimentos do Serviço Nacio-nal de Saúde (SNS) devem asse-gurar, de forma eficaz», os seus planos, os quais devem levar em conta «a realidade local». Os planos devem «reduzir a vulnerabilidade a situações de

pico de procura e aumentar a ca-pacidade de resposta local” e “sen-sibilizar os profissionais de saúde e a população em geral, e em espe-cial os grupos de risco, para os efeitos na saúde decorrentes dos picos de frio e ondas de calor». Segundo o despacho assinado por Fernando Leal da Costa, neste período «os serviços e estabeleci-mentos do SNS devem adotar me-didas que permitam uma adapta-ção célere às maiores necessidades de resposta em serviços de urgên-cia, competindo às Administra-ções Regionais de Saúde (ARS) a coordenação das respostas e a sua integração nos diferentes níveis de prestação de cuidados».

O presidente da secção sul da Or-dem dos Médicos, Jaime Mendes, alerta que a região «precisa de muitos médicos de família», por serem os profissionais a quem os doentes mais recorrem. Alerta fei-to no Dia Mundial do Médico de Família pela Ordem, onde se ficou a saber que nem a vinda dos clíni-cos cubanos foi suficiente para fa-zer face às necessidades. Mas há outras preocupações em cima da mesa.

Recorde-se que na semana passada, foi o próprio ministro da Saúde, Paulo Macedo, a admi-tir que, ao contrário do norte e centro do país, não vai ser tão cedo que a sul todos os portu-gueses vão ter acesso a médico de família, alertando Jaime Men-des que a carência na região ron-dará hoje os 30%. «Uns saíram devido à reforma antecipada, outros foram para ou-tras zonas e o sul ficou muito pe-nalizado. Ao ponto de que nem o reforço com os médicos cubanos chegou para minimizar este pro-blema», descreveu ao Semmais, defendendo a necessidade do Go-verno apostar em medidas de ex-ceção que «convençam» os clíni-cos a instalarem-se nos três distritos alentejanos, «fazendo por aqui a sua vida». O mesmo dirigente contesta há muito tempo o recurso à con-tratação de médicos por empre-sas de prestação de serviços para os hospitais, alegando que não estão preparados para trabalha-rem nesta região. Alega que os clí-nicos «desconhecem a realidade das zonas mais interiores», insis-tindo antes «nos incentivos à fixa-ção de jovens profissionais», so-bretudo em zona como o Litoral Alentejano.

Queixas de falta de material são constantes nas unidades

Mas há outras pedras no caminho do Serviço Nacional de Saúde por estas paragens. «As queixas que recebemos na Ordem relativas à falta de material são constantes», denuncia, dando o exemplo de al-gumas vacinas, mas também de materiais básicos, como é o caso dos pensos. «É uma situação in-compreensível que faz lembrar as antigas caixas de previdência an-tes do Serviço Nacional de Saúde», acrescenta. Recorde-se que o Governo está criar incentivos para tentar convencer os médicos a fixarem-se nas zonas mais periféricas que

O distrito de Setúbal é uma das regiões prioritárias no novo pla-no que pretende reduzir a mor-talidade por ondas de calor, pas-sando os centros de saúde a terem acesso rápido aos valores das temperaturas registadas nas estações meteorológicas mais próximas, a partir de agora. O plano prolonga-se até 30 de Se-tembro. De resto, o acesso dos cen-tros de saúde às temperaturas, quase em cima da hora, é a prin-cipal novidade do chamado Pla-

tenham falta destes profissionais. Segundo a proposta do Ministério da Saúde, a tutela aposta em dar aos médicos um incentivo de mil euros mensais nos primeiros seis meses, que serão reduzidos para 500, sendo que ao fim de um ano da colocação os clínicos ficarão a receber 250 euros por mês. Ainda de acordo com o plano – contemplado no Orçamento de Estado para 2015 – os incentivos serão alargados a compensações para despesas de deslocação e de transporte e outros benefícios, como é o caso de mais dois dias de férias por ano, a garantia na trans-ferência de escola para os filhos e facilidades na colocação de em-prego para o cônjuge.

no de Contingência para as on-das de calor da Direção Geral da Saúde (DGS), definido com o ob-jetivo de contribuir para que os centros de saúde possam fun-cionar melhor. Uma aposta da tutela que ambiciona evitar idas às urgên-cias dos hospitais e várias mor-tes, como tem acontecido na época de Verão, devido ao calor excessivo nos últimos anos. «Os alertas passam a ser fei-tos pelos centros e saúde que têm acesso aos dados das esta-ções meteorológicas mais pró-ximas», explica Paulo Diegues, da Divisão de Saúde Ambiental e Ocupacional da DGS e respon-sável por este plano, para quem esta mudança permitirá uma avaliação de risco «mais rigoro-sa», reduzindo «a malha» das temperaturas e garantida «uma melhor avaliação do risco», já que até agora as previsões das temperaturas eram dadas por distrito.

Informação vai ser disponibilizada por site próprio

Esta informação apenas estará disponibilizada para as autorida-des de saúde, através de uma zona reservada no site da DGS, tendo sido definidos três níveis de aler-ta: verde (nível 0 - temperaturas

Page 3: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 3

SOCIEDADE

Bullying e outras violências

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Paulo Edson Cunha Vereador PSD Câmara do Seixal

E de repente o País não fala de outra coisa. Seguindo-se à semana do Bullying, infelizmen-te com mais um triste aconteci-mento ocorrido neste nosso Portugal (um miúdo amarrado nu num poste, por outras crianças), agressão física e psicológica tão ou mais bárbara do que a presenciada na semana passada, só que com uma pequena diferença – não foi divulgado nenhum vídeo, logo, é como se não tivesse existido em termos de ser o assunto da semana.E, a esse vídeo, sobrepôs-se um outro, extremamente interes-sante (um verdadeiro “furo jornalístico” da CMTV, a quem dou os parabéns) onde se vê um adepto a ser barbaramente agredido na presença dos seus dois filhos menores e do seu pai (este também agredido).Ora, vem agora a conhecimento publico que neste mesmo Estádio do Vitória de Guima-rães, há uns meses atrás um outro adepto, pacato cidadão (creio que advogado) levou

tamanha carga policial que ficou cego de um olho e, um outro, dono de uma pastelaria, também apresentou queixa contra os excessos da polícia. A diferença, tal como nos casos de Bullying, é que não havia camaras de televisão, ou de telemóvel a registar o facto.Outra curiosidade é o facto de enquanto o adepto encarnado José Magalhães - que assistiu no Estádio D. Afonso Henriques, na companhia do pai e dos dois filhos, à conquista do bi-campe-onato de futebol da I Liga pelo Benfica – ter levado a “carga de porrada” da sua vida, sido humilhado em frente aos filhos e ao Pai e ter corrido risco de vida – o tal bastão extensível de aço, tudo por alegadamente ter “insultado ou cuspido” o comandante da investigação criminal de Guimarães, Filipe Silva, facto que negou, nessa mesma altura o tão diligente Comandante Filipe Silva permitia (era ele o responsá-vel) que um conjunto de bárbaros adeptos do meu clube

estivessem a roubar descarada-mente e de cara destapada artigos desportivos do armazém do clube, assim como a destruí-rem as bancadas e um bar do clube.Seria curioso saber onde estava ele quando num Vitória de Guimarães- Benfica, Jorge Jesus, agredia verbalmente as forças policiais em pleno relvado (e só não o fez também fisicamente porque foi agarrado por elementos da estrutura encarnada). Aliás, deixo-vos a seguinte pergunta de retórica: Teria o valente Sub-comissário Silva “tomates” para sequer deter Jorge Jesus? Pois…eu disse que era de retórica porque sabemos que os valentes adoram ser fortes com os

fracos, mas fracos, muito fracos com os fortes.Forte, forte, e que merece o nosso maior aplauso foi o agente Ernesto Pinto, conhecido como ‘Chico’ ou ‘Chicho.Brava a sua atitude que, sozinho conseguiu equilibrar o “jogo de forças” entre quem quer condenar toda a polícia a partir da atitude do Comandante Silva e quem a louva (à polícia) dando o exemplo de humanida-de e de servir os mais fracos e desprotegidos do agente Chicho. Bravo!

O centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, vai voltar a abrir as portas à comunidade, en-tre 1 a 5 de Junho, em mais uma “semana aberta do IEFP”, desta feita sob a temática “Inovação e qualificação”. O evento consiste em apresen-tar o trabalho e as saídas profissio-nais que a formação profissional proporciona, além de proporcio-nar visitas guiadas ao público em geral e, em especial, ao mundo empresarial, destinatário das ofer-tas que o Centro oferece. Durante esses cinco dias o centro de emprego vai receber empresas, instituições e outras en-tidades públicas e privadas. Está também previsto a reali-zação de um conjunto de ativida-des, nomeadamente visitas aos espaços oficinais do Serviço de formação, e algumas demonstra-ções técnicas, no que diz respeito à área dos cuidados de beleza, a área de restauração, produção aero-náutica, multimédia, metalomecâ-nica, entre outras. Segundo Maria do Carmo Guia, diretora do Centro de Em-prego de Setúbal e do Centro de Formação Profissional, «o objetivo principal é mostrar à população, em especial aos jovens, desempre-gados e empresários, a qualidade da formação no IEFP» Recorde-se de que no ano pas-sado, a semana aberta teve uma grande adesão por parte da popu-lação de Setúbal.

Semana Aberta do centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal

O distrito está entre as regiões mais desfavorecidas no que diz respeito aos rastreios oncológi-cos de base populacional, com menos de 30%de taxa de cober-tura, segundo revela o relatório da Direção-geral da Saúde (DGS) que avalia os rastreios referen-tes a 2014. Enquanto Algarve, Alentejo e Centro apresentam 100% de cobertura e o Norte uma taxa de 83%,a região ins-

creve-se nos valores de Lisboa e Vale do Tejo com apenas 27%. Ainda assim, em compara-ção com 2013, no caso do can-cro da mama houve um acrés-cimo na cobertura populacional e no número de mulheres ras-treadas. Porém, no caso do can-cro do colo do útero, o distrito de Setúbal e de Lisboa têm o rastreio de base populacional implementado.

Apenas 24% do total de mu-lheres elegíveis estão cobertas por este programas de rastreio do cancro do colo do útero e só 12% são rastreadas através des-tes programas de rastreio. Rela-tivamente a 2013, a cobertura populacional total aumentou, mas o número de mulheres ras-treadas diminuiu. Já quanto ao total de homens e mulheres elegíveis para rastreio

Distrito é dos últimos nos rastreios oncológicosdo cancro do cólon e reto, apenas 3,7% estão cobertos por rastreios organizados de base populacio-nal e apenas 1,1% são rastreados através destes programas de ras-treio. Relativamente ao ano ante-rior, a cobertura populacional total aumentou quase para o do-bro, mas o número de utentes rastreados diminui, conclui ainda o relatório que a DGS divulgado no seu site.

Page 4: Semmais 23 Maio 2015

4 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

SOCIEDADECASAMENTOS O ANO PASSADO A REGIÃO REGISTOU APENAS 2501 CASÓRIOS, ENTRE IGREJA E REGISTO CIVIL

Exposição da EDP faz brilhar eletricidade em Alcochete

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ANTÓNIO GASPARIMAGEM DR

A região manteve, em 2014, a tendência dos últimos anos. O número de casamentos conti-nuou a curva descendente so-mando os 14 concelhos (incluin-do Odemira) apesar de haver municípios, como Setúbal, Sei-xal ou Alcácer do Sal que exibem um curioso aumento dos matri-mónios face ao ano anterior. Segundo dados avançados agora pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o distrito con-tabilizou um total de 2501 casa-

As exposições “A electricidade em Alcochete: Uma História, Um Futuro” e “Os Alcochetanos na Central Tejo. Memórias Foto-gráficas e outras”, organizadas pela Câmara de Alcochete em parceria com a EDP Distribuição e Fundação EDP vão ficar pa-tentes até 30 de Junho. Inauguradas no dia 4 de Maio, com a chancela do presi-dente da câmara local, Luis Fran-co, e dos presidentes do conse-lho de administração da EDP Distribuição e do administrador executivo da Fundação EDP, João Torres e Miguel Coutinho, respetivamente, as exposições integram o Projeto Inovgrid em Alcochete, e visam relembrar os caminhos da eletricidade no concelho, bem como o papel que os alcochetanos desempenha-ram na Central Tejo. Trata-se de uma viagem, com muitas memórias, com re-curso a elementos e materiais usados ao longo dos tempos, até à atualidade, com a introdução de novos recursos, no âmbito do projeto Inovgrid. «Queremos com esta exposição informar a população dos benefícios per-mitidos a cada um dos consumi-dores e também das funcionali-

Doze estudantes dos cursos das engenharias mecânica, informá-tica e ambiente da Escola Supe-rior de Tecnologia, e do curso de Comunicação Social, da Escola Superior de Educação, dos Insti-tuto Politécnico de Setúbal (IPS) estão a participar, amanhã, na competição Shell Ecomarathon, na Holanda, que testa projetos de veículos ultra-eficientes em termos energéticos. A equipa do IPS vai tentar provar ser possível percorrer 300 quilómetros apenas com um litro de combustível, um fei-to que será um recorde, uma vez que o ano passado o teste atin-giu os 224 quilómetros. «O prin-cipal elemento foi a construção de um modelo de baixo peso, de forma a diminuir as emissões poluentes e o consumo de com-bustível», explica ao Semmais Luísa Carvalho, gestora de co-municação da equipa.

Estudantes do IPS ‘com energia’ na Ecomarathon

dades dos novos equipamentos instalados, que são de vanguar-da», explicou ao Semmais Maria Antónia Fonseca, diretora-ad-junta do Gabinete de Comunica-ção da EDP Distribuição. A exposição “ Os Alcocheta-nos na central: Memorias Foto-gráficas e outros”, está patente

na Galeria Municipal, e preten-de dar a conhecer à população, através de uma amostra foto-gráfica, os trabalhos desenvol-vidos pelos Alcochetanos nas salinas, um dos ícones do con-celho, assim como a descarga de carvão na central do Tejo em Lisboa.

É uma tendência que se mantem há uns anos, mas há concelhos que já inverterem este ciclo, como Setúbal, Seixal e Alcácer. As celebrações religiosas também perdem terreno para as de carácter civil.

mentos em 2014, traduzindo menos 66 uniões do que as 2567 registadas no ano anterior. Ain-da assim, para que melhor se perceba como é significativa a queda no número de casamen-tos, basta recuar 14 anos. É quem que em 2001 a região somou 4298 matrimónios. Ou seja, mais 1797 face a 2014. Por concelhos, houve sete municípios que inverteram a tendência dos últimos anos, re-gistando mais matrimónios no ano passado do que em 2013, in-terrompendo um ciclo de quedas sucessivas: Alcochete (subiu de

77 para 80), Barreiro (de 290 para 295), Seixal (395-404), Sesimbra (139-140), Setúbal (299-319), Al-cácer do Sal (13-22) e Sines (46-47). Registe-se que, por exemplo, a capital de distrito tinha oficiali-zado 646 uniões entre casais em 2001, mais do dobro das realiza-das no último ano. Os restantes sete concelhos mantiveram a curva de descen-dente. Almada passou de 609 em 2013 para 592 em 2014 – ti-nha registado 985 em 2001 - , enquanto Moita foi de 143 para 123 e Montijo caiu de 167 para 153. Palmela baixou de 224 para

198 e Grândola de 54 para 44, ao passo que Odemira caiu de 48 para 34 e Santiago do Cacém de 63 para 50.

Celebrações religiosas caem para as civis

Em queda continua também a celebração religiosa dos casa-mentos. A esmagadora maioria dos casais do distrito de Setúbal estão, definitivamente, a optar pelo civil. Segundo a atualização feita já em maio nos cadernos do Pordata, 2042 casamentos na re-gião foram apenas pelo civil, en-

quanto só 459 tiverem celebra-ção católica. Já quanto à atualização do número de divórcios feita a 27 de abril, constata-se que houve uma nova redução das separações – pelo menos oficiais – entre os ca-sais, baixando de 2251 em 2012 para 1960 em 2013, não estando ainda disponíveis os dados defi-nitivos de 2014. Uma queda que representa, também, o fim de um ciclo de vários anos, em que as separações foram sempre au-mentando, com a curiosidade de os divórcios de casamentos civis superarem as uniões católicas.

CASÓRIOS CONTINUAM EM QUEDA MAS HÁ CONCELHOS COM LIGEIRAS RECUPERAÇÕES

A segunda fase da 7.ª Edição da Geração Depositrão, da ERP Portugal, revela que, entre 54 escolas participantes do distri-to de Setúbal, já foram recolhi-dos mais de 14 mil quilos de REEE (resíduos de equipamen-tos elétricos e eletrónicos) e RO&A (resíduos de pilhas e acumuladores). A EB23 de Cercal do Alente-jo ocupa a primeira posição das escolas da região, tendo recolhido cerca de 4000 quilos destes resíduos. Até ao momento, entre as cerca de 600 escolas partici-pantes, já foram recolhidos perto de 220 mil quilos, dos dois tipos de material, em todo o país. As escolas vencedoras são apuradas por dois crité-rios, peso absoluto e peso por aluno de resíduos recolhidos, elegendo o top 5 do ranking do final do ano letivo, em ambas as categorias. Além desta atividade, as es-colas também serão reconhe-cidas pela elaboração de traba-lhos criativos sobre a gestão de REEE e RP&A, segmentados por níveis de escolaridade.

PROJECTO INOVGRID

Projecto Inovgrid, lançado pela EDP distribuição em Outubro de 2007, é considerado como uma ferramenta para uma maior eficiência energética, que consagra o respeito pela sustentabi-lidade ambiental e impulsiona uma interação mais estreita e ativa entre clientes e produtores, fomentando a proliferação de microgeração, o aumento da mobilidade elétrica e a reno-vação de tecnologias de ponta.Neste momento o projeto está a ser instalado numa cobertura de mais cem mil clientes nos concelhos de Guimarães, Lame-go, São João da Madeira, Batalha, Marinha Grande, Alcochete e nas Ilhas Barreira (Armona, Culatra e Farol), no Algarve.

Escolas do distritorecolhem14 mil quilosde resíduos

Page 5: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 5

SOCIEDADECOMEMORAÇÕES DECORREM ENTRE OS DIAS 5 E 7 DE JUNHO E PROGRAMA PROMETE MUITA ANIMAÇÃO

Alcochete celebra 500 anos do Foral em grande estilo

TEXTO JÉSSICA PROENÇAIMAGEM DR

Câmara promete comemorações de arromba para atrair ainda mais visitan-tes ao concelho. E há de tudo um pou-co, cultura, desporto e mostra de ativi-dades económicas.

los XV e XVI», pelo que irá trazer às ruas as bancas, os cheiros, os produtos, as danças e a música das romarias da época medieval. Além do mercado de ofícios e gastronomia, serão dinamizadas várias actividades e recriações de acontecimentos da época, a cargo da Associação Gil Teatro e do agrupamento de escolas de Alcochete, nomeadamente jogos medievais, teatros de fantoches, rábulas vicentinas e a homena-

gem a D. Manuel I, monarca nas-cido em Alcochete e responsável pela assinatura do Foral. A Sociedade Agrícola de Rio Frio associa-se às comemora-ções através da criação de even-tos equestres e do lançamento de um vinho. O ‘Festival Interna-cional de Endurance da Prima-vera’ e o ‘Campeonato Nacional do Puro Sangue Árabe’ decorrem no Polo Equestre da Herdade de Rio Frio nos dias 29, 30 e 31 de

Uma feira medieval, um torneio equestre e o lançamento de um vinho são algumas das iniciativas promovidas pela câmara munici-pal, em parceria com várias enti-dades locais, no âmbito da come-moração do quinto centenário do Foral de Alcochete. A ‘Feira Quinhentista’ decor-re entre os dias 5, 6 e 7 de Junho e pretende, tal como afirma o presidente da edilidade, Luís Mi-guel Franco, que Alcochete «viva e respire um ambiente dos sécu-

Maio e a ‘Festa do Cavalo’ a 6 de Junho. O vinho ‘Foral de Alco-chete’ da Herdade de Rio Frio, do qual a câmara municipal é a criadora do rótulo, resulta da co-lheita de 2014 e é lançado nas va-riantes tinto e branco. As expectativas são as melhores e «espera-se que as pessoas adiram em massa celebrando connosco algo tão importante para o nosso município», afirma o autarca Luís Miguel Franco.

A APPACDM realiza, nos próxi-mos dias 5 e 6 de Junho na Praça do Bocage, em Setúbal, a campanha ‘Dá e Leva – Troca de plantas por alimentos’ com o intuito de recolher géneros alimentares específicos para lanches destinados ao conjun-to de pessoas portadoras de deficiência mental a cargo da instituição. A associação é ca-rente em produtos embalados, como cereais, papas, sumos, manteiga, iogurte e biscoitos. O Conservatório Regional de Setúbal é responsável pela ani-mação cultural do evento e irá dinamizar um concerto duran-te o segundo dia da angariação. A todos os doadores de ali-mentos será oferecida uma planta, cujo vaso é decorado pelos utentes da instituição.

APPACDM organiza campanha alimentar

Page 6: Semmais 23 Maio 2015

6 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

ALCOCHETE COMPARTICIPA FARDAS A BOMBEIROSO município integrou em 2014 uma candidatura em que comparticipa com 945 euros a aquisição de equipamentos de proteção individual de combate a incêndios para os bombeiros da terra. A operação abrange apenas 50 por cento do quadro de bombeiros, o que no caso de Alcochete se traduz em 27 equipamentos, totalizando um valor superior a 10 mil euros, 85 por cento dos quais assegurados por fundos comunitários, 7,5 por cento assegu-rados pelo Ministério da Administração Interna e 7,5 por cento comparticipados pela autarquia.Segundo o edil, este apoio «resulta do esforço dos municípios da AML, de fazerem al-guma pressão junto do gestor operacional no sentido de ser criada uma linha de finan-ciamento com comparticipação dos fundos comunitários para criar condições finan-ceiras para melhor equipar os bombeiros».

ALCÁCER REVIVE RECRIAÇÃO HISTÓRICA NO TORRÃOO Torrão, de 22 a 24, recebe a V recriação histórica “Torrão Quinhentista”, que pre-tende dar a conhecer o “Torrão ao Tempo de Bernardo Ribeiro”, o escritor e poeta re-nascentista torranense, introdutor do bucolismo em Portugal. Organizado pelo mu-nicípio e Junta do Torrão, com a participação da Historicália e com o envolvimento da população, o evento tem entrada livre. Mais do que uma feira quinhentista, com a sua habitual jornada pelo passado, a iniciativa proporciona aos visitantes a possibili-dade de apreciarem a gastronomia da época. A população veste-se a preceito, as ruas, montras e fachadas de casas são decoradas e os visitantes podem deliciar-se nos res-taurantes, cafés e pastelarias com doçaria e gastronomia de época, confecionadas com base em receitas recolhidas para proporcionar verdadeira viagem à era quinhentista.

SINES SENSIBILIZA COMUNIDADE PARA AS ARTES

O Centro de Artes de Sines organiza, entre 23 e 30, a semana da educação artística, com atividades nas várias áreas de expressão e educação artística. O evento proporciona a to-dos os públicos, um programa que visa sensibilizar para a importância da arte para o de-senvolvimento do ser humano.A primeira iniciativa, este sábado, às 10h30, é dedicada ao projeto “A Arte / Expressão Plástica numa Inter-Relação com a Matemática / Geometria”. Trata-se de um projeto de Cecília Guerra que pretende desenvolver competências de literacia artística em contexto de jardim-de-infância. Entre as 11 e as 12 horas, realiza-se um workshop. No mesmo dia, o conceito de criatividade é trabalhado com o apoio de Ana Mendes. A abordagem ao tema inclui um pequeno enquadramento teórico, às 14h30, e o workshop “Ser ou não ser criati-vo”, entre as 15 e as 17 horas.

LOCAL

PALMELA MOSTRA PROJETOS EDUCATIVOS O município e a comunidade educativa promovem, de 21 a 29, no teatro S. João, as festas de encerramento do Fantasiarte, projeto de educação pela arte que comemora, este ano, duas décadas de existência. As festas – que envolvem 80 programas em palco e um total de três mil crianças e jovens, de todos os níveis de ensino - decorrem em moldes diferentes dos anos ante-riores, promovendo a inclusão social e a inter-geracionalidade.Os programas, que abrangem teatro, música, construção corporal, expressão dramáti-ca, audiovisual e movimento e dança, são dinamizados pelos agrupamentos de várias escolas. As instituições particulares de solidariedade social, instituições privadas de educação e ensino e as associações de pais da EB Zeca Afonso e EB Salgueiro Maia, de Pinhal Novo, também estarão representadas nas festas.

MONTIJO PROPORCIONA ENCONTROS DE FAMÍLIASO projeto municipal “Montijo Lugar de Encontros” oferece desporto, música, dança e uma viagem ao passado este sábado. Depois de uma noite dedicada aos anos 50, ontem, este sábado estão de regresso os encontros com o desporto, que contam com o apoio do movimento associativo. Entre as 10 e as 13 horas, no parque municipal, há basquetebol, andebol, futsal, jogos tradi-cionais, atletismo, karaté, judo, yôga ou dança. Ainda este sábado, às 21 horas, na Praça da República, terá lugar o espetáculo Musi Sigma, uma mostra de atividades de dança e música da Escola MusiMusa. Até 25 de julho, aos fins-de-semana, o evento oferece uma programação diversificada que inclui música, dança, concertos, gastronomia e vinhos, entre outros eventos. Este projeto irá ser palco de encontros com as nossas gentes e a nossa cultura.

ALMADA DEBATE O FUTURO DO CONCELHO Até dia 28 continuam as sessões públicas nas freguesias sobre o futuro do conce-lho, no âmbito do 1.º Congresso Almada, que se realiza de 12 a 14 de junho, e pretende ser um espaço de debate e reflexão sobre a visão de futuro do concelho e do PDM de Almada, em fase de revisão.As sessões nas freguesias contam com a intervenção de representantes dos órgãos au-tárquicos e de especialistas, que farão o enquadramento inicial do tema definido. No Feijó, dia 26, é debatido o tema “Paisagem, Espaço Público e a Imagem da Cidade”; Na Charneca de Caparica, dia 27, o tema “Coesão Territorial: Colmatação, Reconversão e Qualificação”, é discutido no auditório da União das Freguesias Charneca de Capa-rica e Sobreda; e no Pragal, a 28, a Sociedade Recreativa Pragalense recebe o tema “Polaridades Urbanas: Territórios de Oportunidade”.

Page 7: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 7

SEIXAL ALICIA CRIANÇAS PARA A LEITURA “Uma noite na biblioteca” é o título do desafio lançado às crianças entre os 8 e os 11 anos de idade para passarem uma noite entre os livros, partilhando leituras e histórias, e que terá lugar na biblioteca municipal do Seixal, no dia 30 deste mês, sábado, a partir das 21 horas, até às 12 do dia seguinte.Durante esta noite, as crianças irão poder ver este equipamento com outros olhos, participar em ateliês de leitura e escrita criativa e descobrir, à noite, os sons fantásticos da biblioteca, para adormecer ao som de histórias. A iniciativa é acompanhada por técnicos da biblioteca municipal.Para mais informações e inscrições, os interessados devem contatar a biblioteca atra-vés do telefone 210 976 100 ou do email [email protected].

LOCAL

SANTIAGO RECEBE 28.ª FEIRA AGROPECUÁRIA E DO CAVALO

A 28.ª Santiagro decorre de 29 a 31, no parque de feiras e exposições, numa organiza-ção do município, que aposta este ano em várias novidades.Com orçamento de 170 mil euros, a feira conta com 136 expositores, que vão encontrar um recinto que tem vindo a ser modernizado ano após ano. Na ótica de Álvaro Beiji-nha, edil local, a verba em causa «não representa um custo, mas sim um investimento, porque estes eventos, para além da projeção que dão a Santiago, são certamente uma alavanca do ponto de vista do desenvolvimento económico para os expositores, res-tauração e hotelaria, pois esta feira traz milhares de visitantes ao nosso município». Álvaro Beijinha sublinha o facto de a Santiagro estar «a crescer nos últimos anos” e de estar «absolutamente consolidada. Continuamos a apostar nela e vamos certamente ter uma grande edição de 2015», conclui.

BARREIRO PRESTA HOMENAGEM AOS BOMBEIROS No âmbito das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, decorrem, este sábado, as condecorações, a partir das 10h20, com apresentação da formatura com cumprimen-to oficial, no Largo do Mercado 1.º de Maio. Este ano vão ser condecorados 19 ‘soldados da paz’ de ambas as corporações de bom-beiros do Barreiro. Nove deles vão receber a medalha de Bons Serviços e Dedicação – 10 Anos; outros nove serão galardoados com a medalha de Bons Serviços e Dedicação – 15 Anos, enquanto um soldado da paz vai ser distinguido com a medalha de Bons Serviços e Dedicação – 25 Anos.De acordo com o programa, a cerimónia decorre, no Largo do Mercado Municipal 1.º de Maio, com a apresentação da formatura com cumprimento oficial (10h20); cerimónia de condecorações (10h30); intervenções (11h30); e desfile de forças em parada (12 horas).

SESIMBRA BRILHA NAS PÁGINAS DA VISÃO A praia do Ribeiro de Cavalo, em Sesimbra, é capa da edição desta semana da revista Visão – edição verde, que a inclui nas 25 praias mais bonitas de Portugal. O artigo inclui também nesta lista a praia da Foz, entre o Cabo Espichel e o Meco. O Ribeiro de Cavalo é classificado como “O Caribe Português”, pela cor das suas águas. «Apenas acessível a pé ou de barco, continua a ser um dos segredos mais bem guardados da costa de Sesimbra. A paisagem vale por si só o esforço, em especial quando, cá de cima se avista finalmente a praia, com as suas águas transparentes a transportarem-nos, por momentos, para outras latitudes», pode ler-se no artigo. Quanto à Foz, destaca-se, segundo a revista, pelas «imagens únicas que proporciona quando a luz refletida na falésia empresta às águas um tom amarelado quente».

SETÚBAL RECRIA FESTA DO FORAL QUINHENTISTA

Um mercado de artes e ofícios, exposições, música, jogos tradicionais, demonstra-ções de esgrima e de animais são atividades da festa a realizar este sábado, na Praça de Bocage, no âmbito dos 500 anos do Foral Manuelino de Setúbal.O projeto educativo “A Festa do Foral”, organizado pela autarquia, propõe atividades de participação gratuita, para todas as idades, que dá a conhecer vários aspetos do período quinhentista.O recinto, a funcionar das 10 às 18 horas, acolhe ainda o espaço de “Educação”, no qual estão patentes as exposições “500 anos do Foral Manuelino de Setúbal” e “Trajes Quinhentistas”.Pinturas faciais e modelagem de balões, jogos tradicionais e música quinhentista são disponibilizados no espaço “Lúdico/Cultural”, enquanto na zona dedicada à “Nature-za” são exibidos falcões, cães de realeza e póneis.

Durante este mês, estão a decorrer em Grândola as festas em Honra de Nossa Se-nhora da Penha, Padroeira de Grândola, com um vasto programa religioso e de ani-mação cultural. A imagem da Padroeira de Grândola, no passado sábado, foi trazida em cortejo au-tomóvel da Ermida da Penha para a Igreja Matriz onde permanecerá até este domin-go. À noite as ruas da vila recebem a habitu-al e muito participada procissão das velas.Do conjunto de celebrações previstas até ao final de maio destaque para a procissão das Rosas, espetáculo musical com o Padre José Luís Borga a sessão de fogo-de-artifí-cio este sábado, e para a procissão e almoço partilhado na Penha este domingo. As fes-tas terminam no dia 30 com um concerto na igreja matriz com a participação dos co-ros do Carmo e da paróquia de Grândola “& Friends”.

MOITA REVIVE FEIRA REGIONAL DE MAIO

A feira regional de Maio, na Moita, culmina este domingo. No programa deste ano, não faltam as tradicionais largadas de toiros, na avenida Teófilo Braga, uma corrida de toiros, um festival taurino, o IV campeonato maneio em velocidade, a exposição e desfile de carros antigos e clássicos, o espaço de gastronomia local, onde irá ter lugar o IV almoço da feira, e os habituais divertimentos, com diferentes carrosséis.A animação vai ser preenchida com o espetáculo “Nascer para a Dança”, Noite de Fa-dos com António Pinto Bastos, o espetáculo “Cantigas da Rua”, a atuação do grupo co-ral alentejano “O Sobreiro” e o espetáculo de encerramento com a Academia Musical da Moita. A Charanga Musical do Huga Huga do Rosário e os “Peña Kalimotxo” vão ser os protagonistas da animação de rua, em dois dias distintos.

GRÂNDOLA VENERA SENHORA DA PENHA

Page 8: Semmais 23 Maio 2015

8 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

CULTURA

A 20.ª edição do Sementes – Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, organi-zado pelo Teatro Extremo, ar-ranca este sábado e, até 7 de ju-nho, vai passar por palcos de Almada, Barreiro, Castro Verde, Moita, Montemor-o-Novo, Sei-xal e Sesimbra. O município de Almada, com 35 mil euros, é o principal patrocinador do even-to destinado a famílias, crianças e jovens.

20.º SEMENTES QUER ULTRAPASSAR A FASQUIA DOS 10 MIL ESPETADORES

nais e nove estrangeiros - Espa-nha, Reino Unido, Itália, Irlanda e Japão -, a associação artística “O Mundo do Espetáculo”, que apresentará oficinas artísticas para toda a família, enquanto o Centro de Arqueologia de Alma-da irá promover o “Fora de Por-tas – Experiências Amigas do Património para o Pequeno Pú-blico. Onze instituições trarão oficinas artísticas para toda a fa-mília, haverá uma mostra dos seus serviços educativos amigos do ambiente e um encontro en-

TEXTO ANTÓNIO LUÍS tre os mediadores presentes e os professores das escolas do con-celho de Almada, para que se possam conhecer, trocar infor-mações e estabelecer ligações. Rui Cerveira, diretor do Ex-tremo, deposita boas expetati-vas na edição deste ano e espera ultrapassar os 10 mil espetado-res do ano passado. «Queremos reforçar os laços com os muni-cípios parceiros do festival, des-centralizar o certame por esses municípios e freguesias do con-celho de Almada, prosseguir a

Circo, marionetas, música, clown, ani-mação de rua, oficinas e exposições são o prato forte do 20.º Sementes, que aposta em 37 representações em salas de sete municípios. São esperadas mais de 10 mil pessoas nos espetáculos.

democratização da arte e da cul-tura com espetáculos de rua e outros oferecidos ao público», bem como, por outro lado, «per-mitir ao público a fruição de es-petáculos de companhias nacio-nais e estrangeiras, na sua área de residência, aproximando criadores, artistas e público». Para Rui Cerveira, o Extremo, com o Sementes, pretende solidi-ficar a sua caminhada de «serviço público», tal como tem vindo a acontecer de há 20 anos para cá.

Orçado em 100 mil euros, o Sementes apresenta este ano 37 espetáculos, uma exposição de artes plásticas de pequenos ar-tistas, uma mostra dos serviços educativos de vários museus na-cionais, bem como 18 oficinas ar-tísticas. É de destacar a estreia da peça “Astúcia de Raposa”, pelo Nariz, Teatro de Grupo, de Leiria, dia 31, às 17 horas, no Teatro An-tónio Assunção, em Almada. No global, pelos palcos do Sementes irão passar 19 grupos de teatro, dos quais dez nacio-

Advogado, ex-autarca lança “Terra de Ninguém” em Setúbal

O advogado Santana--Maia Leonardo vai lan-çar, dia 29, na delegação da Ordem dos Advoga-dos, em Setúbal, a obra “Terra de Ninguém”, que inclui um conjunto de crónicas que refletem, se-gundo o autor, uma visão negra da governação e dos poderes. Santana-Maia Leo-nardo, que foi vereador

na Câmara de Abrantes, aborda temas como a justi-ça, educação, coesão terri-torial, reforma do Estado e desertificação do interior, com base em textos publi-cados na Rede Regional. «O facto de ter sido vereador ajudou a perceber o funcio-namento do poder local, mas ter sido professor, agri-cultor, advogado e presi-dente de várias associações

desportivas e culturais, de ter vivido em diversas cida-des e viajado pelo mundo, ajudou-me a conhecer me-lhor as pessoas e as insti-tuições», disse ao Semmais. No prefácio do livro o advogado diz-se sentir como o romeiro de Frei Luís de Sousa, a viver «no meio das tormentas» e «descrente dos homens e do mundo».

Page 9: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 9

CULTURA

MONTIJO23SÁBADO21H30ACADÉMICA METROPOLITANA DÁ CONCERTOForum Luísa Todi

O público pode assistir ao concerto da Orquestra Académica Metropolitana, dirigida por Jean-Marc Burfin, no qual participa o flautista premiado Carlos Araújo, com interpretação de temas de Maurice Ravel, Jacques Ibert e Franz Schubert.

MONTIJO23SÁBADO21H30VI ENCONTRO DE COROS Teatro Joaquim D´Almeida

O Grupo Coral do Montijo promove o concerto de Primave-ra aliado ao Encontro de Coros. Esta 6.ª edição conta com a participação do grupo musical de Fiães, coral Caetanense de S. Caetano (Cantanhede) e grupo vocal mix de Vila Franca de Xira.

SESIMBRA23SÁBADO22HTEATRO DE MARIONETAS Fortaleza de Santiago O teatro de marionetas “Hotel Crab”, pela Trukitrek Puppet Company, de Espanha, sem palavras, é dirigido a todos os pú-blicos. Conta a história de um hotel onde nunca se passa nada e a história de uma nova hóspede que acaba de chegar. Acon-tecimentos inusitados vão romper a monotonia deste lugar tão peculiar.

ALMADA23SÁBADO21HDANÇA PARA TODOSS.D.U.B. “Os Franceses” O grupo Effect Crew promove um espetáculo de dança que promete uma noite de entretenimento e talento nacional para todos. Este evento baseia-se no encontro de culturas dentro do mundo da dança. Com bailarinos e grupos de todo o País, todas as idades e vários estilos de dança.

ALMADA23SÁBADO16HALICE NO PAÍS DO SOLDADINHO DE CHUMBOTeatro Joaquim Benite Prossegue o ciclo “S. Carlos”, com enfoque nos compositores portugueses da geração de 70 à II Guerra. A direção musical é de João Paulo Santos. “Valores Novos” traz ao palco obras de Armando Fernandes, Cláudio Carneyro, Fernando Lopes-Graça, Frederico de Freitas, Joly Braga Santos, Jorge Corner de Vas-concelos e Luís de Freitas.

PALMELA24DOMINGO18HIVO SOARES E AMIGOSTeatro S. João Com entrada livre, o concerto Art´Ensemble leva aos palcos de Palmela temas célebres dos anos 60/80, interpretados por Ivo So-ares, Paulo Machado, Carmen Matos, Diana Cravo e Rute Pericão.

Os Soul Rise apresentam-se em concerto no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueire-do, na Baixa da Banheira, este sábado, pelas 21h30. Esta banda, formada em 2009, é influenciada pela fusão harmónica e melódica de estilos de música como o jazz e blues, com o groove dos ritmos do reg-gae, hip-hop e funk. Com a sua música, os Soul Rise pretendem transmitir mensagens alusivas ao quotidiano com que se depa-ram, construindo um movimen-to que promova uma boa con-duta e um bem-estar através da música. Depois de quatro anos de preparação e criação de identi-dade, esta banda concorreu ao concurso de bandas do Sumol Summer Fest 2014 e venceu, ten-

do como prémio a atuação na abertura deste mesmo festival. Depois de atuações na Semana do Caloiro na Faculdade de Ci-ências e Tecnologias da Univer-sidade Nova de Lisboa, entre ou-

PASSATEMPO GANHE CONVITES PARA “VIVA A REVISTA”

A revista popular “Vivá Revista, em Santo Amaro, claro!”, de autoria e encenação de João Braga, continua em cena na Academia de Santo Amaro, em Lisboa, com música e orquestração de Jorge Magalhães, coreografia de Fernanda Dias e figurinos de Joaquim Castelo.Os bombeiros, o parque Mayer, os polícias da Assembleia da República, os idosos, os investidores chineses e o panteão nacional são alguns dos quadros desta divertida revista. Para se habilitar aos convites para uma das sessões, basta ligar 969 431 085.

SOUL RISE ATUAM NO FÓRUM CULTURAL DA BAIXA DA BANHEIRA

EM ALMADA CANTA-SE O FADOAG

ENDA

O auditório Fernando Lopes-Graça do Fórum Romeu Correia, em Almada, em junho, é palco da 2.ª eliminatória e da final da 9.ª edição dos Encontros de Fados de Almada. Diamantina e Rodri-go Costa Félix são os fadistas convidados. Com o objetivo de promover o fado e encontrar novos valores artísticos deste género musi-cal, Almada volta a promover os Encontros de Fado, que já vai na sua 9.ª edição. A 2.ª eliminatória está agendada para 13 de junho, pelas 21h30. Diamantina, a fadista convi-dada, conta já com uma carreira de 13 anos. É conhecida por ter um estilo muito próprio e por possuir uma das vozes mais ca-racterísticas de tom grave no meio fadista.

A grande final realiza-se a 19 de junho, pelas 21h30, e tem como fadista convidado Rodrigo Costa Félix, um dos fadistas per-

FESTIVAL DA LIBERDADE NOS PALCOS DO SEIXAL

cussores do novo fado e um dos cantores herdeiros da grande tradição masculina do fado de Lisboa. O bilhete custa 6 euros.

tros palcos, sempre com um público jovem e festivaleiro, os Soul Rise dedicam-se agora a promover o seu projeto, lançan-do em modo digital e para do-wnload gratuito o EP “Rise Up”.

A Quinta da Marialva, em Corroios, continua a ser palco, este sábado, do Festival Liberdade, com um cartaz que junta na mesma festa as bandas Diabo da Cruz, HMB, Expensive Soul, entre outras pro-postas de animação. . O Festival Liberdade, que arrancou ontem, uma organização da Associação de Municípios da Região de Setúbal, realiza-se este ano no Seixal e pretende ser um espaço para a juventude, onde não vai faltar a música, exposições, animação de rua, desportos radicais, teatro, dança, debates e muito mais. Além das bandas cabeças de cartaz, também as locais terão oportunidade de tocar no festival, num recinto que contará com animação permanente, atuação de grupos de rua, bombos, teatro, despor-tos radicais e graffiti. A entrada é livre.

Page 10: Semmais 23 Maio 2015

10 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

POLÍTICA

LEGISLATIVAS SÃO JOSÉ LAPA, ISABEL DO CARMO E ARANDA DA SILVA EM PRIMÁRIAS

Livre/Tempo de avançar apostam forte no círculo eleitoral de Setúbal

A atriz São José Lapa, a médica Isabel do Carmo e o ex-bastoná-rio da Ordem dos farmacêuticos José Aranda da Silva avançam para as eleições primárias do movimento civil Livre/Tempo de Avançar, pelo distrito de Setúbal. O ato eleitoral está agendado para o dia 21 de junho. A atriz São José Lapa, que é subscritora do Livre/Tempo de Avançar desde a sua criação, adiantou ao Semmais Jornal que «é um dever, como cidadã, inter-ferir na política para combater as desigualdades sociais acentua-das que há muito já ultrapassa-

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

A conhecida atriz e os dois médicos vão a votos inter-nos na corrida a candidatos a depu-tados. Uma nova forma de escolha de protagonistas políticos. E todos falam em dever de cidadania.

Depois do PS apresentar um cenário macroeconómico da res-ponsabilidade de um grupo de economistas liderado por Mário Centeno, este fim-de-semana é apresentado à Comissão Nacio-nal socialista uma proposta de Programa Eleitoral a que se se-guirá um período de debate pú-blico, estando a apresentação do documento final agendada para dia 6 de Junho.Ao contrário da narrativa utiliza-da pela direita nos dias de hoje, de que o PS está a enveredar pelo caminho do despesismo e a por em risco as finanças do país, o que de facto o Secretário-geral e o Partido Socialista tem vindo a apresentar é um outro caminho, um caminho que não se pauta pela austeridade e a pela preca-riedade. Como referiu António Costa “não é um programa de fa-

cilitismo, é um programa que faz escolhas”.A precarização das relações la-borais atingiu no nosso país ní-veis inaceitáveis que põem em risco o nosso futuro. O valor mé-dio do salário em Portugal foi no ano de 2014 de 580€, pouco mais do que o salário mínimo nacio-nal. Esta realidade leva, por um lado a um nível de precariedade e de mobilidade social descen-dente, nunca vista na história da nossa democracia, mas também leva a que grande parte dos jo-vens mais qualificados do nosso país emigrem, não só porque não têm emprego em Portugal mas também porque fora do país en-contram salários muito superio-res aos que são oferecidos em Portugal.No Politécnico de Setúbal os es-tudantes de enfermagem, antes

de tirarem o curso, têm emprego garantido em Inglaterra. Esta-mos a formar os jovens com re-cursos nacionais para os “expor-tar” para outros países e na maioria dos casos não é por op-ção, é por necessidade que par-tem. Este é um exemplo do que está a acontecer no país. O estudo apresentado pelos eco-nomistas mostra que com outras opções políticas é possível obter melhores resultados económi-cos e também melhores resulta-dos do ponto de vista orçamen-tal e do ponto de vista da trajetória da dívida. Com base num instrumento para medir os impactos orçamentais das medidas, o relatório apresen-tado no final do estudo conclui que não há necessidade de novo corte nas pensões, que não será preciso esperar pelo final da pró-

xima legislatura para eliminar a sobretaxa do IRS ou para repor integralmente os vencimentos da Administração Pública.A grande diferença, e é marcada-mente ideológica, é optar entre uma austeridade permanente que definha o país e o futuro e um ou-tro caminho de incentivo á eco-nomia, ao consumo e à prosperi-dade do país. As propostas que conhecemos são claramente vol-tadas para este último cenário, o do crescimento económico, do desenvolvimento, da qualificação

VÉRTICE POLÍTICOCatarina Marcelino

Deputada do PS

É possível fazer diferente

e da modernização de Portugal.É possível fazer diferente. O Par-tido Socialista tem a ambição de apresentar um programa eleito-ral credível, onde a confiança, a alternativa, a inovação, a digni-dade e o rigor, que António Costa definiu com “substantivos que sintetizam a essência do cenário macroeconómico” sejam a base de um programa que visará, aci-ma de tudo, uma sociedade de-cente e uma sociedade de igual-dade de oportunidades para todos.

ram todos os limites» e que vie-ram agravar a vida de um 1 milhão de pobres. Fundadora do Espaço Cultural das Aguncheiras, no concelho de Sesimbra, onde apresenta peças de teatro e outros eventos, São José Lapa realça que «os políticos não são todos iguais e a honesti-dade também não é igual», acres-centando que os últimos gover-nos têm vindo a «dar cabo da classe média que não tem capaci-dade de compra e que faz falta na sociedade porque é ela que faz mover as pequenas e médias em-presas».

O movimento Livre/Tempo de Avançar foi fundado pelos ex--bloquistas Ana Drago e Rui Ta-vares, que concorrem por Lisboa. Estas eleições primárias vão escolher os candidatos às elei-ções Legislativas e os candida-tos entram em campanha a 30 deste mês. O anúncio das eleições pri-márias foi lançado no congresso fundador em janeiro e, na altura, Rui Tavares explicou que o ob-jetivo é ganhar candidatos inde-pendentes e acabar com aquilo que chamou de “política por convite”.

A CP quer alienar o material ferroviário circulante do Barrei-ro, numa machadada ao património histó-rico. O PS levantou a questão e quer res-postas. Carlos Hum-berto quer núcleo museológico.

O presidente do município bar-reirense defende que o patrimó-nio ferroviário do concelho deve ser preservado e rentabilizado do ponto de vista económico e so-cial, através de um espaço pró-prio museológico. Carlos Humberto revelou ao Semmais Jornal que «deveria ser criado um núcleo museológico ferroviário na cidade do Barrei-ro», pelo que «estamos disponí-veis para dialogar e negociar com as entidades envolvidas para que esse sonho seja uma realidade». O autarca relembra que mui-to desse material ferroviário foi construído nas oficinas da EMEF, localizadas no Barreiro, e, por isso, o município tem propostas feitas para que o espaço público possa ser preservado. «É preciso preservar o património como es-paço público para a criação do núcleo do museu ferroviário do Barreiro», vincou o edil.

Deputados socialistas levanta-ram questão ao Governo

De salientar que o grupo de deputados do PS eleitos por Se-túbal já questionou, por escrito, o ministro da Economia sobre o destino do património ferroviá-rio histórico do Barreiro. A deputada Eurídice Pereira, ao tomar conhecimento de que a CP está a alienar o material fer-roviário circulante do Barreiro, afirma que a empresa, além de esquecer o seu «valor histórico», pretende alienar como sucata «furgões que deveriam ter um fim museológico, sendo que al-gumas peças são consideradas únicas». Na sua ótica, esta alienação «destrói, por completo, o projeto de valorização histórica desse património, em clara desvalori-zação do legado e das memórias que o mesmo encerra».

Edil barreirense defende criação do núcleo do museu do ferroviário

Page 11: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 11

DESPORTO

Fundista setubalense nos Jogos Mundiais do Desporto EscolarRita Ribeiro, atleta do Vitória de Setúbal, vai integrar a seleção nacional que estará presente na China nos Jogos Mundiais do Desporto Escolar. A atleta juvenil conquistou o título de campeã nacional nos 1500 metros e foi apurada dire-tamente para a seleção conse-guindo assim a sua segunda in-ternacionalização no espaço de um ano. O ano passado Rita Ri-beiro já tinha feito parte da equi-pa lusa nos Jogos da Juventude que decorreram em Angola, onde conquistou uma medalha de ouro na prova de 800 metros. Depois de ter estado muito perto de bater o recorde regional da prova de 1500 metros, que pertence à olímpica Carla Sacra-

mento e que tem mais de duas décadas, a atleta setubalense provou ser uma das maiores promessas do meio fundo na-cional jovem ao vencer isolada a prova nos Campeonatos Nacio-nais do Desporto Escolar, que se realizaram em Lisboa no passa-do fim-de-semana. Para além do resultado obti-do pela jovem fundista, desta-que também para o velocista João Patrício que foi terceiro classificado na final dos 100 me-tros, depois de ter feito a melhor marca nacional do ano de juve-nis nas eliminatórias. Armando Assembleia, nos 100 metros com barreiras foi o segundo classifi-cado alcançando também uma marca digna de registo.

Os Campeonatos Nacionais do Desporto Escolar envolve-ram um total de mais de 2500 atletas oriundos de todo o país que disputaram os títulos de campeões em mais de duas de-zenas de modalidades desde o andebol ao xadrez, passando

pelos desportos individuais e de grupo. Na modalidade de atividades rítmicas e expressivas destaque para a equipa do agrupamento de escolas de Santiago do Cacém que conquistou a medalha de prata na competição.

Agrupamento de Escolas Santiago do Cacém brilha nas atividades rítmicas

A Andgerações, apresentada ontem com a tomada de posse da sua direção, promete apoiar o crescimento da modalidade no Vitória de Setúbal, e lançar um conjunto de iniciativas de cariz cultural, desportivo e de solida-riedade.

Num primeiro plano, segun-do António Santos, treinador dos seniores do clube sadino, está a contribuição para «um desen-volvimento sólido da modalida-de para o futuro do Vitória» e, paralelamente, o estabelecimen-to de protocolos com institui-ções sociais, como a Cáritas. Uma das novidades apresen-tadas pela associação sem fins lucrativos, está a gestão futura do pavilhão Antoine Velge, ao abrigo de um acordo já formali-zado com o presidente do clube, Fernando Oliveira. «Este proto-colo permite não só assegurar a administração do pavilhão como também assegurar as atividades do andebol vitoriano», explicou o responsável.

Protocolo com Cáritas de Setú-bal permite reinserção

No âmbito social, a Andgera-ções aposta numa política de coo-peração com instituições de soli-dariedade social, que visam, segundo referiu ao Semmais Antó-

nio Santos, «intervir e participar em campanhas de modo a desen-volver projetos de inserção social de jovens», nomeadamente na prática desportiva. «É uma forma de criarmos projetos de inclusão, concedendo especial atenção a jo-vens dos 6 aos 16 anos de idade e a pessoas portadoras de deficiên-cia», afirmou o dirigente. Uma das instituições que vão participar nesta empreitada so-

cial é a Cáritas. O seu presidente, Eugénio Fonseca, salienta ao Semmais a importância desta colaboração: «Reconheço que vai ser uma cooperação que vai dar possibilidade, através do desporto, à integração de jovens que possam ter maiores dificul-dades nas suas relações sociais». Entretanto, António Santos, confessou ainda ao nosso jor-nal que vai abdicar do cargo de

NOVA ASSOCIAÇÃO VAI GERIR PAVILHÃO ANTOINE VELGE E LANÇAR PROJETO DE INSERÇÃO DE JOVENS

Andgerações quer relançar andebol do Vitória de Setúbal

TEXTO TÂNIA NEVES

A Associação Andge-rações do Andebol do Vitória, criada por antigos prati-cantes da modalida-de quer apoiar a secção vitoriana da modalidade, mas que isso. Vai procu-rar também apoiar a integração de jovens carenciados.

treinador, tendo em conta as novas funções que vai desem-penhar na nossa associação. E acrescenta: «Todas as propos-tas apresentadas vão de algu-ma forma auxiliar o desenvol-vimento do projeto e financiar os objetivos principais», o que inclui, segundo o próprio, «re-modelação do pavilhão», de modo a relançar o andebol vi-toriano.

Page 12: Semmais 23 Maio 2015

12 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

NEGÓCIOSPARQUE EMPRESARIAL MODELAR QUER ATRAIR EMPRESAS E APOSTA EM PARCERIAS

BlueBiz de Setúbal vai inovar na logística automóvel

O parque empresarial Blue-Biz, situado em Vale da Rosa, Setúbal, em zona vizinha à pe-nínsula industrial da Mitrena e do porto sadino, vai servir como plataforma logística de automóveis novos, alvos de pequenas intervenções antes de seguirem para os seus mer-cados de destino. Esta possibilidade, que vem desbloquear uma das ca-rências de oferta do Porto de Setúbal, já foi acertada com a administração portuária e de-verá arrancar antes de Agosto, na sequência de um protocolo celebrado entre as duas enti-dades. «O parque tem espaço des-coberto disponível e esta é uma oportunidade de atração do mercado automóvel, não só para descongestionar o tempo de permanência de viaturas nos terminais do porto, mas também para oferecer aos clientes pequenas interven-ções, como alteração de jan-tes, montagem de autorrádios e outras do género», explica ao Semmais Francisco Mendes

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM DR

É a nova âncora empresarial de uma zona marcada pela indústria automóvel. O BlueBiz parque quer mostrar o que vale e atrair novas empresas. Uma das novas ofertas está já em marcha com o porto de Setúbal.

Palma, presidente da comis-são executiva da Aicep Global Parques, que superentende o parque BlueBiz de Setúbal. A criação de uma espécie de zona franca para a industria automóvel, um dos clusters que é também «herança» da-quela zona, onde antes se ins-talou a Renault e a Sodia, é apenas um dos nichos que a nova administração do parque quer potenciar. «Não esquece-mos essa herança da indústria automóvel nem da metalome-cânica, nomeadamente a de precisão, como ocorre no caso da indústria aeronáutica. Mas apostamos também na logísti-ca e numa zona de escritórios que têm todas as condições para a área de serviços, como atividades de call center», afir-ma o gestor.

Parque modelar ainda a 40 por cento da capacidade

Neste momento, o BlueBiz - que dispõe de uma área total de 56 hectares, 23 dos quais comercializáveis, repartidos

Coca-Cola dinamiza boa gastronomia local até Junho.

por 8,5 ha de área coberta e 14,5 há de área descoberta, to-talmente infraestruturado – tem uma taxa de ocupação de cerca de 40 por cento, de acor-do com dados referentes ao final do ano passado. E, apesar de não adiantar grandes expe-tativas, a atual administração não tem dúvidas de que o par-que «tem todas as condições para crescer». A continua aposta na me-lhoria de condições de segu-

rança e amplitude das infraes-truturas, cujos investimentos já rondam os dois milhões de euros, é uma das mais-valias estratégicas do parque empre-sarial. Mas, como sublinha Francisco Mendes Palma, «as parcerias com os diferentes agentes locais (que incluem Câmara de Setúbal, Instituto Politécnico e administração portuária) vão ser essenciais para manter as empresas e atrair outras».

De 25 de maio a 14 de junho, a Coca-Cola vai promover em 70 restaurantes da região de Setúbal a iniciativa “Adoramos a nossa gastronomia”, de âmbito nacio-nal, que visa redescobrir a gas-tronomia regional portuguesa através de uma seleção de pratos regionais em cerca de 500 res-taurantes espalhados por todo o País. O evento vai percorrer 14 regiões e depois em outubro reu-nirá os melhores sabores nacio-nais no pavilhão de Portugal, em Lisboa, eleitos pelo público no site www.historiasfelizesparaco-mer.cocacola.pt, onde se encon-tra a lista de restaurantes aderen-tes. Há prémios para os votantes. O lançamento da iniciativa teve lugar na quarta-feira, na Praça do Bocage, em Setúbal, através de um showcooking para a população, realizado pelo Chef Alexandre Silva, o embaixador do evento, que deu a provar um prato inspirado no Choco-Frito à Setubalense que tem como in-gredientes choco fingers, chips de batata vitelote, puré de batata cremoso, puré de alho, tinta de choco e rebentos de mostarda. Tiago Lima, das Relações Ex-ternas da Coca-Cola, que acredi-ta que a recetividade ao evento vai ser «muito boa», sublinha que o objetivo é «associar a boa gas-tronomia à famosa Coca-Cola»,

apoiar o «canal Eureka que tem sofrido bastante nos últimos anos com a crise» e «dinamizar a restauração local». Por seu lado, Márcio Cruz, res-ponsável pelas Relações Externas e Comunicação da Refrige, que re-feriu que a Coca-Cola dá emprego a 400 pessoas, na sua fábrica de Cabanas, realça que o “Adoramos a nossa gastronomia” «potencia a nossa economia, o nosso mercado e os nossos clientes». O vereador Manuel Pisco não tem dúvidas de que se trata de uma iniciativa «bastante boa» que promove a região e a restau-ração. «O principal interesse dos turistas por Portugal já não é o

sol e o mar mas sim a gastrono-mia e os vinhos, pelo que este ca-samento da gastronomia com a Coca-Cola é um bom contributo para promover Setúbal». Alexandre Silva, vencedor do “Top Chef” e que vai ajudar na es-colha dos melhores sabores, afir-mou que «o Choco-Frito à Setu-balense é tão bom que é fácil desconstruí-lo para fazer coisas novas inspiradas no prato origi-nal. Aproveitei a tinta do choco e misturei-a com o puré de batata ao invés de colocar batata frita». Na sua opinião, «o sabor, a textu-ra e o aroma» são itens a ter em conta na apreciação que vai fazer dos pratos em cada região.

Moscatel da Sivipa conquista ouro no Reino Unido

O moscatel de Setúbal da Sivi-pa, colheita de 1996, conquistou uma medalha de ouro no IWC London 2015. No global, a Penín-sula de Setúbal somou 40 meda-lhas, 10 de prata e 29 de bronze. A Sivipa foi a única empresa da re-gião a conquistar o ouro. Este néctar carateriza-se por «complexo, rico em fruta, com notas de alperce, fumado, frutos secos, grande equilíbrio e longo final. Jovem e fresco», segundo o enólogo Filipe Cardoso, que reconhece que se trata do «con-curso mais exigente e influente do mundo», onde participaram os mais «notáveis» produtores de 47 países. O prémio junta-se à meda-lha de bronze no certame para

Serra Mãe Reserva 2013, um tinto DOC deste produtor. Os prémios surgem pouco depois da Sivipa ganhar uma grande medalha de ouro no Concours Mondial de Bruxelles e dois prémios Uva de Ouro em Por-tugal, com o Ameias Syrah 2013 e o Serra Mãe Reserva. Simultaneamente, o vinho Terras do Sado tinto 2014, en-trada de gama da Sivipa era re-conhecido com bronze no De-canter Wine Challenge, que se soma à recente medalha de ouro em Bruxelas. «Os prémios são tanto mais extraordinários quanto o posicionamento da Si-vipa é partilhar o melhor da re-gião de Palmela a preços aces-síveis», vinca Filipe Cardoso.

Page 13: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 13

NEGÓCIOS

Baia do Tejo investe na certificação em nome da qualidade e das boas práticas

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM BAÍA DO TEJO

Polícia Judiciária penhora Herdade da Comporta

A privatização da TAPO calendário de alienação da TAP prevê a entrega de propos-tas vinculativas para a aquisi-ção de 66% da companhia até ao próximo dia 15 de Maio, um erro irreversível, que irá destruir mais um sector estratégico da economia nacional, comprometendo, também, o turismo, e colocan-do em causa a proximidade entre continente, regiões autónomas e restantes países da lusofonia. O primeiro anúncio, feito pelo Governo, sobre a intenção de privatizar a TAP aconteceu em 2011, sem que essa fosse uma imposição incontornável por parte da Troika. A razão pela qual se insiste na alienação da “jóia da coroa” portuguesa é pouco clara, mais, ainda, quando se tenta apressar um processo desta dimensão em vésperas de fim de mandato, com duvidosa legitimidade política, tendo em conta o grau de importância desta empresa pública para o país. Portugal abandonará o lugar que ocupa na primeira linha no que

respeita aos transportes aéreos, única e exclusivamente para servir os interesses do “grande capital”, com base em falsas premissas que apresentam a situação da companhia aérea como insustentável. A TAP não pode estar tecnicamente falida pois, nesse caso, não haveria corrida à privatização. O passivo da empresa é bastante inferior aos seus activos e o facto desta apresentar um capi-tal próprio negativo é da responsabilidade do Estado por nunca ter reposto capital, retirando, somente, os dividen-dos. Apesar de tudo, a TAP teve resultados positivos nos últimos cinco anos ou mesmo nos últimos oito, se não considerarmos o ano de 2008. Por outro lado, as restrições ao nível da gestão são várias,

nomeadamente, no que respeita à contratação, nego-ciação colectiva e ao cumpri-mento dos acordos assumidos com os trabalhadores. Como exemplo comprovativo temos a greve dos pilotos, provocada, também, pela má condução de todo o processo, não havendo lugar para um acordo político e social. Para além da intenção de privatização, a transportadora vive, igualmente, sob a ameaça de um processo de reestrutura-ção, por parte do Governo, caso não consiga aliená-la. Estamos perante um atentado aos legítimos direitos dos cidadãos portugueses, colidin-do-se com o interesse nacional que, claramente, não consta da agenda da actual governação.

MUNDO EMPRESARIALFrancisco Carriço

Presidente da Direcção da ACISTDS

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

A bandeira dos serviços de qualidade foi hasteada na quin-ta-feira na Baía do Tejo após processo iniciado em 2013, que envolveu vários elementos da empresa e implicou profunda alteração de procedimentos a nível interno. Patrícia Pereira, diretora para a certificação da multina-cional suíça SGS em Portugal, que reconhece que a tarefa não foi fácil, pois implicou «investi-mento e muito trabalho», afir-mou que a certificação é «um exemplo para outras organiza-ções avançarem, sem medo, para um processo que não se pode fazer sem as pessoas». Além de ser um «benefício» para a satisfação do cliente e para a eficácia interna dos servi-ços, Patrícia Pereira considera que este passo é «apenas o início de um ciclo que é preciso man-

ter vivo, na perspetiva da me-lhoria contínua». Jacinto Pereira, presidente da Baía do Tejo, que gere os par-ques empresariais de Barreiro, Seixal e Estarreja, com um total de 250 empresas, revelou que a certificação de qualidade valori-za os ativos da empresa» e, ao mesmo tempo, representa uma «referência» ao nível das boas práticas de gestão. Por seu lado, Paulo Gamito, administrador da Baía do Tejo, disse que esta certificação signi-fica o «corolário de um longo trabalho» e que o desafio «me-xeu com toda a organização da empresa que se tinha de adaptar aos novos desafios», deixando no ar a ideia de que a Baía do Tejo irá prosseguir a sua cami-nhada em busca da «melhoria contínua, por forma a trabalhar com qualidade e uniformidade para o cliente». A Baía do Tejo foi criada em 2009, e tem como missão pro-

mover o projeto Arco Ribeirinho Sul, criando condições para a instalação de atividades econó-micas e valorizando os seus ter-ritórios trazendo valor acres-centado à requalificação ambiental e urbana.

NOVAS ROTUNDAS MELHORAM ACESSOS

Deverão arrancar no início de Junho as obras de requalifica-ção da Av.ª das Nacionalizações, após protocolo assinado em 2014 entre a Baía do Tejo, Galp e município. O acesso nascente ao parque empresarial da Baía do Tejo terá duas novas rotundas que vão melhorar as acessibilidades e a circulação rodoviária em toda aquela avenida. Jacinto Pereira adiantou ainda que a Rua da União vai tam-bém sofrer melhorias, muito em breve, de forma a proporcio-nar uma ligação «muito mais estreita» com a cidade do Bar-reiro. «A obra, cujo projeto ainda não está fechado, aproxima a população ao parque e vice-versa, e, a nível estético, vai me-lhorar substancialmente toda esta área com um projeto muito bonito», vinca.

A PJ arrestou mais de 500 bens de Ricardo Salgado e da família Espírito Santo, entre os quais moradias de luxo, empreendimentos turísticos, a Herdade da Comporta e até a capela junto à casa do ex-ban-queiro para evitar a dissemi-nação do património antes da conclusão das investigações do Departamento Central de Investigação e Ação Pena. Recorde-se que o Ministé-rio Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal promoveu o arresto preventivo de bens imóveis e valores patrimoniais de outra natureza titulados por pesso-as singulares e coletivas rela-cionadas com o denominado Universo Espírito Santo.

A ordem foi dada pelo juiz Carlos Alexandre, tendo sido executada na semana passada pelo Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia Judiciária. Num comunicado emitido no dia 18, a Procuradoria-Geral da República explicou que o ar-resto preventivo de que foram alvo as pessoas e empresas do chamado Universo Espírito Santo “é uma medida de garan-tia patrimonial que visa impe-dir uma eventual dissipação de bens que ponha em causa, em caso de condenação, o paga-mento de quaisquer quantias associadas à prática do crime, nomeadamente a indemnização de lesados ou a perda a favor do estado das vantagens obtidas com a atividade criminosa”

Page 14: Semmais 23 Maio 2015

14 | SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015

POLÍTICA MESMO

Vitor RamalhoAdvogado

Em 1944 o regime anterior criou uma associação que se destinava ao enquadramento dos estudantes oriundos das ex-colónias portuguesas. Essa associação foi registada com o nome de Casa dos Estudantes do Império (CEI).No rescaldo da II guerra mundial, iniciaram-se os processos de descolonização e muitos dos jovens estudantes universitários que frequenta-vam a CEI procuravam caminhos de aprofundamento da identidade dos territórios de onde eram originários.Neste ambiente fizeram publicações de grande mérito através de boletins, como a Mensagem, Antologias de Poesia ou livros de bolso.Essas publicações, preenche-ram um espaço de conscien-

cialização política e de debates culturais, fazendo germinar personalidades incontornáveis na literatura e na política.Depois de uma fuga organizada de Portugal de 120 desses jovens, nos idos de sessenta, o regime encerrou a Casa dos Estudantes do Império.Nela formaram-se escritores como Pepetela, Manuel Rui Monteiro, Alda Lara, Alda do Espírito Santo, Manuel Lima, Óscar Monteiro, Francisco José Terrenreiro e políticos como Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Lúcio Lara, Gentil Viana, Viriato da Cruz e centenas de outros.Num momento em que o mundo está sob o domínio dos mercados usurários, é oportu-no ter presente a memória solidária dos povos de línguas

oficial portuguesa no período em que a CEI existiu porque não há futuro sem memória e existe mais mundo para além dos orçamentos como recor-dou – e bem – Jorge Sampaio.Aliás, a fraternidade e a solidariedade entre os povos de língua oficial portuguesa não se confina, nem se pode confinar às relações económi-cas. Há uma outra estratégia que a deve enquadrar para não pensarmos pequenino.Daí que a UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Oficial Portuguesa – tenha encetado em finais de 2014 uma homenagem aos associa-dos da CEI.Essa homenagem vai em maio envolver uma grande exposi-ção sobre a CEI, na Câmara Municipal de Lisboa a partir do

OPINIÃO

Ética, Direitos Humanos e Naufrágios no Mediterrâneo Entendo a ética como um exercício de racionalidade sobre a vida quotidiana que deve fundamentar as nossas escolhas e as nossas ações, visando a justiça dos nossos gestos e a construção de um mundo melhor. Esta ideia também é defendida por Peter Singer, um dos autores mais controversos e influentes no âmbito da ética e da bioética. Australiano de 68 anos, é descendente de judeus austría-cos que tiveram de fugir do holocausto, e professor na Universidade de Princeton (EUA), sistematiza no livro Es-critos sobre uma vida ética as teses basilares do seu pensa-mento. Entre elas, a ideia de que somos responsáveis por aquilo que fazemos, mas também por aquilo que poderíamos ter impedido. A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece como princípios que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos (Art.º 1º); que todos os indivíduos têm direito à vida, à liberdade e à segurança (Art.º3º) e que todos têm direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar a saúde e o

bem-estar (Art.º 25º). Os naufrágios e mortes que têm ocorrido no Mediterrâneo contradizem estes direitos e são a negação de todas as formas de racionalidade ética.Desde há pelo menos 5000 anos que a bacia do mediterrâ-neo se afirmou como um espaço privilegiado de circula-ção de pessoas, produtos e ideias. Em seu redor desenvol-veram-se grandes civilizações. Atravessando o estreito de Gibraltar, há pouco mais de 1300 anos, os muçulmanos invadiram a Península Ibérica, iniciando uma ocupação da qual resultou uma herança cultural que ainda hoje se faz sentir em muitos traços da nos-sa identidade. Completam-se em 2015 os 600 anos do início da expansão portuguesa, que começou com o ataque e a conquista de Ceuta, cidade costeira do Norte de África, que estivera até então habituada a receber pacificamente os europeus que lá iam realizar trocas comerciais. Continuando fluxos migrató-rios que têm sido frequentes na história do Mediterrâneo, nos últimos meses um autêntico êxodo tem feito chegar às

margens africanas do Mediter-râneo milhares de homens, mulheres e crianças que fogem da fome e das ameaças de morte que decorrem da intensificação da ação dos movimentos terroristas e do alastrar de conflitos regionais, políticos e étnicos. São seres humanos como nós, impulsio-nados pelo mais elementar princípio da natureza humana - o instinto da sobrevivência.A travessia do Mediterrâneo tem representado um autêntico desastre humanitário. Muitos têm sido os naufrágios que têm causado a morte de milhares de pessoas, vítimas de trafican-tes de homens, sem escrúpulos. É tão grande a expressão dos números que o primeiro-mi-nistro de Malta a classificou como um autêntico genocídio. Situações semelhantes estarão a ocorrer no Golfo da Tailândia. O sofrimento ou a morte dos homens, mulheres e crianças

que fogem da fome e da guerra, configuram negações dos Direitos do Homem e são realidades eticamente insu-portáveis. A Europa e o mundo, não podem continuar a ignorar esta situação, fingindo que o problema não existe ou lamentando resigna-da e fatalmente a sua falsa impotência.Somos responsáveis por impedir que esta situação perdure. Temos de encontrar soluções no nosso continente e nas terras de origem, que acautelem e dignifiquem aqueles que se fazem ao mar para tentar sobreviver. Temos de salvaguardar a sua seguran-ça, ativar mecanismos de cooperação que permitam promover o desenvolvimento e ajudar a restabelecer a paz. Temos todos de participar, temos todos de reagir tentando, com a força de todos, tornar o mundo um lugar melhor.

dia 21, seguindo-se um coló-quio internacional na Funda-ção Calouste Gulbenkian nos dias 22,23 e 25, e o encerra-mento a partir das 16h30 no mesmo dia 25, dia de África, também na Gulbenkian, com ex-associados da CEI que tiveram um papel importante nesta, a saber – os Presidentes e ex Primeiros-Ministros, Jorge Sampaio, Joaquim Chissano, Miguel Trovoada, Pedro Pires, França Van Dúnem, Mário Machungo e Pascoal Mocumbi, que aceitaram o convite que lhes foi dirigido.Vai valer a pena partilhar estes eventos. Sobretudo pelo futuro. Por que este, como disse, não existe sem memória e a dos povos de língua oficial portuguesa é feita de muita grandeza.

Não há Futuro sem Memória

Foi publicado no Diário da República o Decreto-Lei nº 72/2015, de 11 de maio, que in-troduz alterações ao Conselho Municipal de Educação. As al-terações agora produzidas não trazem qualquer mais-valia significativa às compe-tências e funcionamento do CME. Aliás, a ANMP pronun-ciou-se desfavoravelmente às alterações propostas pelo Go-verno. De facto, o que consta-tamos é que o atual governo do PSD/CDS, pretende a todo o custo promover a delegação de competências na área da educação, de acordo com o Decreto-Lei nº 30/2015, de 12 de fevereiro, isto é, uma dele-gação não é uma descentrali-zação. como deveria ser do Estado para os Municípios ,universal e aplicável em todo o território,.configurando uma verdadeira reforma As alterações destinam-se ape-nas a que o CME possa emitir parecer vinculativo no caso da delegação de competên-cias por via dos contratos in-teradministrativos, fazendo intervir também os diretores dos agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas, que passam a ter assento no CME.O Conselho Municipal de Educação pode e deve ter um reforço de competências. Mas estas devem ter em conta uma efetiva descentralização na área da educação, com respei-to pela autonomia das esco-las, mas com partilha e co-gestão dos Municípios, no que diz respeito à administração dos serviços a prestar pelos agrupamentos e escolas não agrupadas. Sejam da respon-sabilidade do governo ou do município Uma cooperação leal e responsável com áreas definidas para cada um dos intervenientes que promo-vam uma repartição justa dos recursos disponíveis e envol-va toda a comunidade educa-tiva na qual os professores não podem deixar de ter um papel relevante Isso obriga igualmente a uma alteração das competências do Conse-lho Geral. Efetivamente, deve-rá caber a este órgão um papel de análise, discussão fiscaliza-ção e avaliação efectiva da ac-tividade da Direção do Agru-pamento ou da Escola, com transparência e responsabili-dade. A visão do Governo .é dividir para reinar, ouvindo sem ou-vir, negociando sem negociar, fazendo a sua reforma .As consequências são a degrada-ção das instituições e do ser-viço público, neste caso da educação.

Amélia AntunesPres. da A.M. Montijo

Concelho Municipal de Educação

Por lapso, na última edição, o texto do espaço de opinião "Gato Escondido com Rabo de Fora", da autoria do nosso colaborador Paulo G. Lourenço, foi editado com o título de um outro texto (publicado este semana) que não correspondia ao conteúdo. Por esse facto, pedimos as devidas desculpas ao autor e aos nossos leitores.

EDUCAÇÃO & CIDADANIA

João CouvaneiroProfessor do Ensino Superior

Amélia

Page 15: Semmais 23 Maio 2015

SEMMAIS | SÁBADO | 23 DE MAIO | 2015 | 15

BOCA DE CENA

Rodrigo FranciscoDiretor da CTA

No início desta semana entreabrimos o pano de boca daquela que será a 32.ª edição do Festival de Almada. Peter Stein, Christoph Marthaler, Luis Miguel Cintra, Matthias Langhoff, Katie Mitchell – criadores cobiçados por qualquer festival de teatro do Mundo. E que temos um grande gosto em proporcionar ao público de Almada, no fechar de uma “saison” que abriu com Koltès e prosseguiu com Eça de Queiroz, Hemin-gway e Howard Barker. Mesmo que já tenhamos dito ao nosso público o que apresentamos até ao final do ano, a tempora-da teatral encerra em Julho – e não há Julho sem Festival; não há Festival sem Almada.Teremos 27 espectáculos em 15 dias, de 4 a 18, em 14 salas de Almada e Lisboa. Mais os espectáculos de rua e os concertos de entrada livre. Mais os colóquios. E os

workshops. E as exposições. E os beberetes. Um Festival faz-se disto tudo. Pelo menos o de Almada faz.

Como é que com um orçamen-to que pouco ultrapassa os 600.000€ se consegue atingir um tão elevado nível artístico e uma programação tão rica e diversa? A resposta é simples: investindo mais de metade de toda essa verba em espectácu-los – e não em despesas acessórias. Quando digo “despesas acessórias” estou a falar de conselhos de adminis-tração, frotas automóveis de luxo, ou hospedeiras de eventos. De facto, o Festival de Almada é feito quase inteira-mente com os recursos humanos da CTA, os nossos carros não podem ir à baixa pombalina em hora de ponta, e a receber o público temos estagiários dos liceus do concelho – que são mais disponíveis e simpáticos do que propensos a desfilar em passarelas.Acontece-me por vezes, nalguns festivais no estrangei-

OPINIÃO

Anualmente a 6 de Maio comemora-se o dia de Língua Portuguesa; no dia 13, milhares de peregrinos deslocam-se a Fátima movidos pela Fé e no final do mês a 25 assinala-se o Dia de África. É bom recordar que no dia 31 de Maio de 1992 rubricou-se a primeira etapa para a Paz em Angola (Acordos de Bicesse).Porquê referir aquelas efeméri-des? Todas têm como denomi-nador comum a intervenção do espírito lusitano. Foi com esta forma de estar no Mundo, que os Portugueses atravessaram oceanos quando a Nação sofreu as agruras da época e colheu ensinamentos sábios provenien-tes de Cavaleiros vindos do Norte da Europa.Voltemos ao tema que nos propomos abordar!Portugal teve uma Missão no Mundo e ao longo dos séculos de igual modo, contribui para o crescimento de algumas outras Nações através dos milhões de portugueses que emigraram. No

final do século XX, deu-se um processo inverso, o desenvolvi-mento económico teve um contributo válido de muitos milhares de imigrantes que trabalharam nas obras e não só. Hoje, estão espalhados, pelo País, alguns imigrantes com competências técnicas.Naquele período ouvimos políti-cos e outros agentes mediáticos contra a imigração e a incenti-var ações que colocavam em causa o respeito da dignidade do ser humano. Porém, alguns daqueles pregadores hoje sentem o problema de outro modo.Felizmente, há meios mediáticos que transmitem imagens de horrores humanos no tráfico de pessoas no Mar Mediterrâneo e os acontecimentos implicarão que a Europa tome medidas. O nosso Primeiro-Ministro na Cimeira dos Presidentes das Assembleias Parlamentares com toda verdade afirmou, que a Europa tem sido hipócrita, porque durante muitos anos

precisou dos imigrantes para o crescimento económico e agora recusa-se a receber quando a crise se mantém.Ora, Portugal como Nação com experiência na sua História de saber conviver com outros povos e acrescido pela defesa do espaço como a CPLP, em que é impar porque todos Países estão em pé de igualdade; o Estado Português deve assumir a liderança no encontrar soluções para estancar as hemorragias mediterrânicas.O que não se compreende e é perigoso internamente ter sido aprovada recentemente o Estatuto da Migração, no qual se confunde migrante com e com o seu contrário com i. A legislação descurou a auscultação das associações de imigrantes com sede em Portugal para sentir os reais problemas e preocupações dos cidadãos, muitos deles já em segunda geração com direitos de cidadão português. Em sucessivas apresentações públicas o atual Secretário de

Maio: mês mariano e das migraçõesESPAÇO ABERTO E LIVRE

Zeferino BoalConsultor da Sitel Portugal

Estado, tem procurado defen-der o que é indefensável porque o Estatuto do Migrante está virado para trazer os emigrantes portugueses procurando o seu retorno ao País e em grande parte olvi-dando os imigrantes que por cá residem. Tal legislação só se compreende, devido à falta de sensibilidade para a matéria e alguma incapacidade de respostas por ausência de experiências no terreno e uma deficiente assessoria.Urge, corrigir estas matérias legislativas em causa, para que não se deixe num futuro muito próximo que alguns demagogos na praça política arvorem-se em defensores exclusivos dos imigrantes.Aconselha-se que a legislação a vigorar tenha por princípios a verdade e o sentir do Primeiro-Ministro e prossiga o Espirito que durante os Séculos os Portugueses transmitiram ao Mundo.

Diretor Raul Tavares | Editor-Chefe Roberto Dores | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Proprie-dade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98semmais

ro, ser recebido em viaturas quase ministeriais, por um staff saído de uma agência de modelos, e participar em recepções de gestores e programadores muito empe-nhados em montar negócios – e a qualidade dos espectácu-los apresentados nesses certames chega a ser confran-gedora.Em Almada sempre se fez ao contrário. Sem ceder no imperativo de que aqueles que nos visitam – criadores e público – sejam bem recebidos (isto é, gentil e razoavelmen-te), o investimento é feito nos espectáculos em si – e não naquilo que gravita à sua volta. As peças que apresen-tamos poderiam ser vistas nos melhores festivais do Mundo. O serviço que prestamos é o de poupar ao público essa viagem – tendo consciência de que a maioria de vós não poderia porventura fazê-la.

O 32.º Festival de Almada

Todos temos as nossas pai-xões e estas abrangem os mais variados temas, mes-mo aqueles que o nosso se-melhante repudia.Não será disparate dizer que ninguém tem nada a ver com aquilo com que cada um se apaixona, desde que a paixão não vá incomodar terceiros. E aqui estamos a ser condescendentes. Talvez demasiado.Mas falemos de festejos, que podem acontecer muitas vezes ligados a paixões – e compreendemos que as pai-xões clubísticas se associem aos sucessos conseguidos pelos clubes que nos foram sendo incutidos desde a in-fância – para tentarmos per-ceber o que se passou na penúltima jornada da Liga de Futebol, em Guimarães, em Lisboa e em Setúbal.Na “Cidade Berço” um gra-duado policial agrediu, sem se perceber porquê, um ci-dadão que se fazia acompa-nhar pelo pai e pelos dois filhos menores. No estádio da mesma urbe, onde se realizara o jogo, gente afecta aos contendo-res assalta o armazém e apoderara-se de todo o ma-terial desportivo que lá en-contra.Em Lisboa, na Rotunda do Marquês, milhares concen-tram-se, devidamente licen-ciados para o efeito, para festejarem a conquista do título por um dos clubes da capital, mas a coisa deu para o torto e aqueles que deve-riam manter a segurança acabaram por ser atacados.Na cidade do Sado a coisa foi pacata. Não se festejava a conquista de nenhum título, mas apenas a garantia de que a sua equipa não seria despromovida ao escalão se-cundário do nosso futebol.Sabemos que não há santos e, por isso, os responsáveis têm obrigação de planear a segurança dos eventos para que estas situações não vol-tem a repetir-se.

Jorge SantosJornalistaFIO

DE P

RUMO

Festejos

(..) Em Almada sempre se fez ao contrário. Sem ceder no imperativo de que aqueles que nos visitam – criadores e público – sejam bem recebidos (isto é, gentil e razoavelmente), o investimento é feito nos espectáculos em si – e não naquilo que gravita à sua volta.

Aconselha-se que a legislação a vigorar tenha por princípios a verdade e o sentir do Primeiro-Ministro e prossiga o Espirito que durante os Séculos os Portugueses transmitiram ao Mundo.

Page 16: Semmais 23 Maio 2015