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Sábado 9 | Maio | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 854 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita SOCIEDADE PÁGINA 3 ESCOLA DO BARREIRO GANHA PRÉMIO NACIONAL O projeto “Marcar a Diferença” esteve na base da distinção e orgulha a direção do Agrupa- mento de Escolas de Santo António. O prémio vale apoios em material e recursos humanos. SOCIEDADE PÁGINA 6 SETÚBAL VAI SER CAPITAL DA ILUSTRAÇÃO Uma ideia ambiciosa que vai trazer à capital do Sado desenha- dores de luxo, numa iniciativa que espera atingir outros patamares a nível nacional e internacional. A Festa arranca a 31 de maio. 17 ANOS AO SERVIÇO DO JORNALISMO E DA REGIÃO DE SETÚBAL Refinaria de Sines Apoiamos o desenvolvimento da atividade cultural, desportiva e social, por um futuro mais positivo para os concelhos de Sines e Santiago do Cacém. semmais BISPO SADINO RESIGNA ESTE MÊS SOCIEDADE PÁGINA 2 D. Gilberto Canavarro dos Reis atinge, a 27 de Maio, 75 anos de idade e vai ter que resignar, ao abrigo do Direito Canónico. Está aberta a sucessão. O perfil do futuro bispo de Setúbal divide opiniões. É PRECISO FAZER UM DESENHO? FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015

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Edição do Semmais de 9 de Maio

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Sábado 9 | Maio | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 854 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interdita

SOCIEDADE PÁGINA 3ESCOLA DO BARREIRO GANHA PRÉMIO NACIONALO projeto “Marcar a Diferença” esteve na base da distinção e orgulha a direção do Agrupa-mento de Escolas de Santo António. O prémio vale apoios em material e recursos humanos.

SOCIEDADE PÁGINA 6SETÚBAL VAI SER CAPITAL DA ILUSTRAÇÃOUma ideia ambiciosa que vai trazer à capital do Sado desenha-dores de luxo, numa iniciativa que espera atingir outros patamares a nível nacional e internacional. A Festa arranca a 31 de maio.

17 ANOS AO SERVIÇO DO JORNALISMO E DA REGIÃO DE SETÚBAL

Refinaria de SinesApoiamos o desenvolvimento da atividade cultural, desportiva e social,por um futuro mais positivo para os concelhos de Sines e Santiago do Cacém.

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semmaisBISPOSADINORESIGNAESTE MÊSSOCIEDADE PÁGINA 2

D. Gilberto Canavarro dos Reis atinge, a 27 de Maio, 75 anos de idade e vai ter que resignar, ao abrigo do Direito Canónico. Está aberta a sucessão. O perfil do futuro bispo de Setúbal divide opiniões.

É PRECISO FAZER UMDESENHO?FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015

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RELIGIÃO D. GILBERTO CANAVARRO DOS REIS ATINGE LIMITE DE IDADE E PELO DIREITO CANÓNICO ABRE SUCESSÃO

Bispo de Setúbal pede resignação no final deste mês

SOCIEDADE

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM SM

Até ao final do ano a Diocese de Setúbal deverá ter um novo bispo. D. Gilberto Canavarro dos Reis atinge, a 27 de Maio, 75 anos de idade, e vai resignar. A es-colha do seu suces-sor é demorada e pode dividir sensibi-lidades.

As várias eleições na Europa começam comprovar a ideia ideológica que nasceu da crise e pode ser um lastro perigoso. A de que o melhor que temos para oferecer ao povo é isto! Austeri-dade sem saída, arraso das leis laborais e cortes nas funções públicas do Estado. O eleitorado europeu está ameaçado e continua a ter medo de mudar. Por isso, prefere apostar, como aconteceu esta quinta-feira nas eleições da Grã-Bretanha, no conservadorismo e na direita. A chantagem que está a ser feita sobre o legitimado governo de esquerda grego, dá uma ajuda gigante neste panorama tene-broso para a democracia, assen-te em falácias que continuam a ditar as regras. Mesmo com grandes econo-mistas a deixarem claro que a crise foi despoletada pelos ban-queiros, pela ganância dos in-vestidores e pela especulação dos mercados e das suas agên-cias de rating, o sinal de medo é evidente. Porque, proclamam os senhores da direita liberal: falta-rá o dito-cujo para pagar venci-mentos; haverá mais troikas; mais cortes e mais tudo. O mais tudo é que, como a história conta, as mudanças fer-vilham no tempo e o caldo social está ao rubro, mesmo que em eleições, democráticas, é verda-de, as escolhas possam inferir que se quer mais do mesmo.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

Não, não se quer. Há uma maioria silenciosa na Europa, que não vai a votos, que tem medo de voltar à letargia - tal a campanha que reina por aí - e não encontra amparo nas diver-sas esquerdas. É perigoso. Os europeus são capazes do bom e do menos bom. Talvez a desintegração do proje-to europeu ocorra de uma forma turbulenta e mesmo sem aviso.

O “mais tudo” é que, como a história conta, as mudanças fervilham no tempo e o caldo social está ao rubro, mesmo que em eleições, democráticas, é verdade, as escolhas possam inferir que se quer mais do mesmo.

A chantagem e o medo de mudar

O Bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro, vai resignar das suas funções na Diocese de Setúbal, por limite de idade, uma vez que atinge, no dia 27 de Maio, 75 anos de idade, ficando obrigado, pelo Direito Canónico, a aban-donar a atividade de Prelado. O próprio, em declarações ao Semmais, em Dezembro do ano passado, dizia-se já «sem a dinâmica de outros tempos» e defendia a redução da idade de resignação dos bispos «três a quatro anos mais cedo». Uma posição que muitos aplaudem no interior da Igreja e até esten-dem à sempre «conturbada» disputa Papal. «Os novos tem-pos exigem que os mais altos magistrados da Igreja tenham outro vigor, para empreender mudanças e fazer avançar as coisas», diz ao Semmais um lei-go muito chegado à ação social em Setúbal. Mas, com a resignação do atual Prelado sadino, abre-se um complicado processo de su-cessão, que não passa por Setú-bal nem por nenhum dos mais destacados membros da Dioce-se. A decisão será do Papa Fran-cisco, mediante proposta da Nunciatura Apostólica Portu-guesa, a embaixada do Vaticano em Portugal, mas serão ouvidas várias personalidades, entre pa-dres, bispos e até leigos. O processo de nomeação tem fases. «Serão enviadas car-tas a algumas pessoas, que serão consultadas e, estas, ficarão obrigadas a um segredo absolu-

to», explica uma fonte ligada à Diocese sadina. No final, deve-rão ficar três nomes em desta-que que, diz a mesma fonte, «se-guirão para Roma». A decisão deverá ser conhecida durante o mês de Outubro, embora, para muitos, se possa prolongar até ao final do ano.

O terceiro bispo virá também do Norte?

Entre dois bispos com perfis di-ferentes, D. Manuel da Silva, considerado na década de 80 o “bispo vermelho” - devido à sua intervenção peculiar numa altu-ra em que a região vivia um pe-ríodo de grande turbulência so-cial – e D. Gilberto Canavarro dos Reis, mais contido, compe-netrado e teólogo, as opiniões divergem. E esse deverá ser o maior handicap da situação. Curiosamente, os dois bispos que Setúbal recebeu desde a fundação da Diocese são oriun-dos do norte. E, para muitos, «também deverá sair do Porto o ‘fumo-branco’, tendo em conta a expressão católica que divide o país», nota outra fonte contacta-da pelo Semmais. Mas a grande questão, pren-de-se com o perfil. «Há uma

franja de leigos e até muitos pa-dres que defendem que o novo bispo possa ser mais interventi-vo, mais próximo de D. Manuel e até mais próximo do atual Papa», garante uma personali-dade de Igreja sadina. Afirman-do, no entanto, não estar em causa «nada do que D. Gilberto deu à Diocese, aos pastores e aos cristãos». Na verdade, não foi fácil os primeiros anos do atual Bispo em Setúbal, «sempre com o ‘fan-tasma’ do seu antecessor e com alguns bloqueios de outros pa-res», sustentam as fontes. D. Gil-berto Canavarro dos Reis, tem tido, nos últimos anos, uma enorme prova de fogo com a cri-se que se abateu no país e em particular na região de Setúbal. E, aqui e ali, tem endurecido o seu discurso contra a política do atual Governo, lembrando «a re-dução de apoios sociais», nome-adamente junto das crianças e dos idosos. Agora, de saída, e com tantas trocas de padres em diversas paróquias, que empreendeu du-rante o seu magistério, o bispo de Setúbal vai aguardar serena-mente pelo seu sucessor, que deverá apresentar-te ao seu ‘re-banho’ até finais de Outubro.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

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O Agrupamento de Escolas de Santo António, no concelho do Barreiro, foi o estabelecimento de ensino da Região de Lisboa e Vale do Tejo, que venceu o Prémio de Mérito Institucional, atribuído pelo Ministério da Educação e Ci-ência com o Prémio Escola 2013-2014. Uma distinção que se desti-na a reconhecer o trabalho das instituições e uma individualida-de que se tenha destacado naque-le ano letivo, pelas suas práticas pedagógicas diárias. O agrupamento do Barreiro entrou assim no lote das 11 esco-las portuguesas premiadas com esta distinção, que foi instituída no ano letivo de 2012-2013, sen-do que, além do Prémio de Méri-to Institucional, teve ainda três louvores Individuais atribuídos pelo Nuno Crato. Segundo a diretora Manuela Espadinha, acabou por ser o re-conhecimento «pelas boas práti-cas» desenvolvidas na escola «guiados pelo nosso Projeto Educativo denominado Marcar a Diferença», sublinhou, garantin-do que em Santo António a prio-ridade está definida: «Sabemos

EDUCAÇÃO AGRUPAMENTO DE SANTO ANTÓNIO ESTÁ ENTRE AS 11 ESCOLAS DISTINGUIDAS

Escola do Barreiro vence prémio nacional

SAÚDE GALA DA LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE S.BERNARDO

Casa cheia para ajudar Oncologia do Hospital de Setúbal

SOCIEDADE

para onde queremos ir. Pauta-mo-nos pela partilha desta visão e as metas a atingir dizem, funda-mentalmente, respeito ao suces-so dos alunos, à prevenção do abandono, absentismo e indisci-plina», diz a dirigente.

Estabelecimentos premiados recebem apoios

Os estabelecimentos premiados recebem ainda apoio ao nível de recursos humanos e materiais destinados a projetos culturais e científicos dos alunos. Quer isto dizer que o Agru-pamento de Escola de Santo An-tónio se inscreve nos critérios elencados pelo despacho do mi-nistro Nuno Crato, segundo os quais as instituições deveriam procurar promover - «de forma meritória» para serem elegíveis a receber o Prémio Escola - o sucesso dos alunos, a qualidade da aprendizagem, o desenvolvi-mento do ensino experimental das ciências, a criatividade apli-cada nas ciências sociais ou a difusão e fortalecimento do in-teresse pelas artes.

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

O projeto “Marcar a Diferença” esteve na base da distinção, que para além do prémio arrecadou ainda três outros louvores. A direção da escola barreirense diz que sabe para onde ir e aposta nas boas práticas.

Foi com grande colorido, animação e muita entrega que a Liga dos Amigos do Hospital S.Bernardo brindou à solidariedade. E ainda apresentou novos projetos.

A diminuição do insucesso esco-lar e do abandono precoce, que chegaram a estar entre os crité-rios previstos em 2012, acabaram por ser retirados da lista em 2014. «A vontade de melhorar tor-nou-se um fator de desenvolvi-mento profissional e organiza-cional. Aprendemos diariamente, experimentando caminhos ino-vadores, cultivando momentos de reconhecimento e de celebra-ção. Nunca baixámos os braços às dificuldades, transformámo-las em oportunidades, envolven-do e contagiando os que connos-co trabalham», resumiu Manuela Espadinha. Destaque aos projetos educativos

Foi ainda entregue o Selo Escola Voluntária, traduzido num reco-nhecimento relativo ao «contri-buto dos estabelecimentos de educação e ensino que, através

de projetos educativos, valori-zam as atividades de voluntaria-do, fortalecem o envolvimento da comunidade educativa no projeto da escola e da escola na comunidade e que contribuem para o desenvolvimento de la-ços sociais dentro e fora dela», de acordo com a informação disponibilizada na página da Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência. O selo «consiste numa placa a afixar numa parede da escola, com a data da concessão». O louvor individual, entre-gue à personalidade indicada pela escola como a que mais se destacou no trabalho em prol do sucesso escolar dos alunos e das boas práticas no meio esco-lar, consiste na atribuição de um diploma que, caso seja en-tregue a um diretor, professor, aluno ou funcionário da escola, será incluído no seu processo individual.

A Liga dos Amigos do Hos-pital de S. Bernardo organizou, com casa cheia, uma Noite Soli-dária, no passado dia 6, no Fo-rum Luísa Todi, em Setúbal, onde a palavra de ordem foi a solidariedade para com o servi-ço de Oncologia desta unidade hospitalar. As receitas do espetáculo, com entradas a seis euros, desti-nam-se à aquisição de uma pol-trona de repouso elétrica, no va-lor de cerca de 600 euros, que vai criar «conforto e bem-estar» ao doente oncológico, bem como de uma viatura de 9 luga-res destinada ao transporte de doentes oncológicos que preci-sam de fazer tratamentos e exa-mes noutros hospitais. «Apesar do momento difícil que o País atravessa, esta Noite Solidária

apresenta um balanço muito positivo e foi mais uma prova de que os portugueses são muito solidários». Entre a assistência, estavam o presidente da Cáritas de Setú-bal, Eugénio da Fonseca, e o pre-sidente da Misericórdia de Setú-bal, Cardoso Ferreira, entre ou-tras individualidades, bem como diretores de serviço, médicos, enfermeiros, auxiliares e utentes do Hospital de S. Bernardo. Cândido Teixeira, presidente da Liga, agradeceu à administra-ção do hospital, que «cria todas as condições» para que «os nos-sos voluntários possam desem-penhar as suas funções em prol do doente». E afirmou que é «um orgulho presidir uma instituição que tem 235 voluntários de grande qualidade, que dão gran-de parte do seu tempo, sem qualquer remuneração, e que há 4 anos consecutivos apresenta saldo positivo». O responsável anunciou que a Liga Portuguesa Contra o Cancro tenciona abrir uma delegação em Setúbal, dentro de três meses, com quem a Liga do Hospital de S. Bernardo irá a trabalhar no fu-turo, no âmbito de um protocolo de cooperação. «É um projeto que vai complementar o nosso traba-lho. É bem-vinda a nossa coope-ração futura com esta entidade», frisou, acrescentando que a Mise-ricórdia de Setúbal cedeu espaço para as instalações.

“Quatro Cantos” receberam camisola e cachecóis do Vitória

A Noite Solidária, apresentada por Carlos Lopes e Lena Almei-da, da Rádio Sim, contou com as participações, graciosas, do gru-po coral “Notas Soltas”, quarteto Deolinda de Jesus, José Ângelo, Eduardo Santana, Gonçalo Fer-reira e do quarteto Quatro Can-tos, constituído por Maria Ar-manda, José da Câmara, Joana

SETÚBAL É O SEGUNDO DISTRITO COM MAIS MORTES NA ESTRADA

Os acidentes nas estradas da região provocaram este ano 17 mortos nos primeiros qua-tro meses do ano, o que re-presenta mais cinco face a igual período do ano passa-do, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodo-viária (ANSR). As vítimas mortais aumentaram quase 25 por cento entre 1 de Janei-ro e 30 de Abril em relação ao mesmo período de 2014, o que «empurra» o distrito de Setúbal para o segundo lugar entre as regiões com maior sinistralidade, apenas atrás de Lisboa. A ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, adianta que este ano registaram-se 2886 desastres nas estradas do distrito, sendo que no ano passado a região registou 2712, sendo que em 581 deles houve vítimas. Este ano há ainda a lamentar 37 feridos graves no distrito, quando no ano passado foram contabili-zados 47 (mais dez) nos pri-meiros quatro meses do ano.Comparando com 2013, o pe-ríodo de Janeiro a Abril de 2015 exibe o mesmo número de vítimas mortais, mas há dois anos houve menos feri-dos graves (29) em conse-quência de menos acidentes (2694), ainda segundo as es-tatísticas da ANSR.

Veiga e António Pinto Bastos, sendo que este último fadista não esteve presente por motivos de doença. Todos os artistas tiveram direi-to a um diploma de participação e a um vinho da Casa Ermelinda Freitas, sendo que José da Câmara foi premiado com uma camisola do V. Setúbal e os outros elementos do Quatro Cantos levaram como recordação um cachecol do clube mais querido da região.

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SOCIEDADE

FESTIVAL EDIÇÃO DESTE ANO CUSTA UM MILHÃO DE EUROS E ESPERA ULTRAPASSAR 65 MIL ESPECTADORES

“Sol da Caparica” traz boa música portuguesa para cativar turistas à Costa de Caparica

Os primeiros quinze artistas/grupos da segunda edição do festival “O Sol da Caparica” fo-ram apresentados no dia 5, na Casa da Cerca, em Almada, com a presença de algumas das atra-ções do cartaz. Com um investi-mento de cerca de um milhão de euros, o certame, que aposta num cartaz de qualidade e na sua sustentabilidade própria, espera ultrapassar os 65 mil espetado-res do ano passado. “O Sol da Caparica” decorre de 13 a 16 de agosto, com concer-tos de Carlão, Xutos & Pontapés, AGIR, Camané, Jorge Palma, Re-sistência, Richie Campbell, entre muitos outros: Por anunciar fi-cam outros quinze artistas/gru-pos, num cartaz composto por cerca de 30 estrelas da música pop/rock, fado e popular, apenas no eixo da música portuguesa. O presidente do município de-posita «boas» expetativas na edi-ção deste ano, não tendo dúvidas de que a segunda edição vai ser melhor que a primeira. Joaquim Judas sublinha que o propósito do certame é «promover a Costa de Caparica, pelas suas boas praias e espaços de lazer, e o concelho de Almada, pelo seu potencial cultu-ral e não só». O edil adiantou que «o enorme potencial» da Costa da Caparica ganha com o «esforço» que foi feito com a criação do cer-tame. «Fizemos a primeira edição

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

já um pouco fora de época mas conseguiu-me um enorme êxito face às expetativas que tínhamos. «Queremos que a segunda edição corresponda ao mesmo sucesso do ano de estreia, mas que este ano vá mais longe e que ocupe o calendário dos grandes eventos da música e do espetáculo em Portu-gal na divulgação da excelente música portuguesa».

Boa música portuguesa em destaque

António Miguel, da AMG Music, que produz o evento, afirmou que “O Sol da Caparica”, que já é um «sucesso», em termos de público, vai continuar a apostar na «boa música» portuguesa. «A nossa preocupação é receber as pessoas em boas condições. Se vierem as 65 mil pessoas, como no passado, serão sempre bem recebidas. Te-mos capacidade para algo mais», referiu, acrescentando que a ideia é tornar, ano após ano, o festival «um marco e cada vez mais for-te», sempre primando pela «orga-nização, sucesso, criatividade e inovação», sempre com artistas com «novidades recentes». Além dos concertos, o festival, cujo último dia é dedicado às crianças, aposta nas crónicas do jornalista da revista Blitz e radia-lista da Antena 3, Rui Miguel, atra-vés do livro “Debaixo da Língua”, com 15 entrevistas com vultos da música de diferentes continentes que têm em comum a língua por-

tuguesa. «É um festival enraizado na comunidade local e na Costa, em particular no grafitti e na cul-tura urbana, com várias iniciati-vas agendadas, não faltando no-vidades tecnológicas, bem como animação do festival MONSTRA, no intervalo dos concertos», vin-ca António Miguel. Já o presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, Ricardo Martins, referiu que a ini-ciativa é um «marco» para a di-vulgação da cidade enquanto «terra apetecível nas diversas vertentes e é, também, um cami-nhar no sentido de desenvolvi-mento turístico» na área da oferta Sol/Mar. «Penso que o certame é uma aposta bem conseguida e es-peramos que este ano que as coi-sas extremamente bem a todos os níveis, como no ano passado».

Os sons da lusofonia voltam a estar em

destaque no “Sol da Caparica” que este ano

espera ultrapassar as 65 mil pessoas.

Os primeiros quinze nomes do cartaz

foram revelados pela organização que promete

um evento seguro, atrativo e inovador.

ENSINOProf. Doutor António José Almeida

Presidente do Departamento Comportamento Organizacional e Gestão de RH da ESCE do IPS

A aprendizagem ao longo da vida é hoje um dos maiores desafios com que as sociedades se deparam para promover o seu desenvolvimento competitivo sem pôr em causa a coesão social. Tal desafio resulta não do facto de só agora ser importante aprender, por contraposição com o passado em que tal necessidade não existiria, mas antes de estarmos perante um novo paradigma em que a natureza do conhecimento necessário para a nossa vida pessoal e profissional se alterou profundamente. É que, nunca como hoje as sociedades depen-deram tanto do conhecimento científico.É esta nova realidade na qual o conhecimento científico enforma o nosso quotidiano que torna a permanente aprendizagem num elemento central, sendo a “escola” o contexto em que essa aprendi-zagem pode ser feita de uma forma mais sistemática e profícua.Por isso, voltar à “escola” já não é só uma questão de estatuto. É sobretudo uma exigência para

Porquê regressar à escola?

que coletiva e individualmente sejamos capazes de construir uma sociedade do conhecimento, contribuindo para a promoção da competitividade económica do país e das empresas, a empregabi-lidade das pessoas e a coesão social e territorial. O acesso ao ensino superior, através do concurso para maiores de 23 anos, pode constituir-se, assim, uma excelente oportunida-de para regressar à escola. E note-se que a imagem tradicional de que a “escola” se contrapõe à “escola da vida”, como se de dois

DIA 13Richie CampbellMarcelo D2CarlãoResistênciaCamanéThe LegendaryTigermanDJ Marfox

DIA 14Jorge PalmaPaulo FloresBrigada Victor JaraLinda Martini

DIA 15Xutos & PontapésMiguel AraújoRegulaAGIRCA

RTAZ

mundos separados se tratasse, não tem correspondência com aquilo que são os projetos pedagógicos que sustentam o ensino atual, em particular quando o professor é confrontado com alunos que o desafiam a concretizar a relação da teoria com a prática dando sentido aos saberes e às aprendizagens realizadas.Claro que daqui não resulta, nem pode resultar, uma qualquer ideia de que a escola não tem um papel próprio e de que os saberes científicos não são centrais já que são o ponto a partir do qual o ensino e a aprendizagem se estruturam. Criar tal ilusão seria não só desonesto como também poria em causa as bases em que

assenta a sociedade do conheci-mento, isto é, o conhecimento científico. Mas se a ciência é na sua essên-cia um conhecimento provisório que tem permanentemente que estar sujeito ao confronto com os seus objetos empíricos, que por vezes designamos por realidade, então todos temos condições para aprender a levar a cabo este exercício metodológico que é o de aprendermos a questionar-nos a nós próprios tendo em vista a superação das nossas certezas construídas a partir do senso comum. Trata-se de, parafraseando o título de um livro recente, de aprendermos a não acreditar em tudo aquilo que pensamos!

GRÂNDOLA NÃO PERDEU BANDEIRAS AZUIS

Na última edição publica-mos erradamente que Grân-dola teria perdido três praias de bandeira azul. Para que conste, a única praia que este ano não foi candidata foi a Praia Atlântica, pelo facto da Câmara de Grândola ter veri-ficado não estarem reunidas as condições necessárias para cumprir alguns dos cri-térios nas áreas dos equipa-mentos e acessibilidades. Acresce que o município viu mesmo reentrar na lista de bandeiras azuis a Praia Galé-Fontaínhas. Entretanto, segundo nota da Câmara de Grândola, ar-rancou, quinta-feira, uma operação “Brigada do Mar”, em Melides, visando a lim-peza, até 17 de Maio, ao longo dos 45 quilómetros da Frente Atlântica do concelho. Recor-de-se que o ano passado, a iniciativa contou com 150 vo-luntários que recolheram 14 toneladas de lixo.

O acesso ao ensino superior, através do concurso para maiores de 23 anos, pode constituir-se, assim, uma excelente oportunidade para regressar à escola.

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SOCIEDADE

ARTES DE 1 A 28 DE JUNHO: 1ª FESTA DA ILUSTRAÇÃO EM SETÚBAL

Setúbal quer ser Capital da IlustraçãoTEXTO RITA MATOSIMAGEM SM

Setúbal vai dar cartas na divulgação da ilustração e dos ilustradores. Os desenhos vão circular por toda a cidade durante o mês de junho. Os seus autores também por lá vão andar. Vai ser festa rija.

Está já aí à porta a primeira edição da Festa da Ilustração, em Setúbal, um evento inédito que irá proporcionar muita ani-mação à cidade, durante o mês de Junho. A ideia, «ambiciosa, mas realizável», de organizar a Festa da Ilustração na cidade sa-dina partiu do designer setuba-lense, do atelier DDLX, José Teó-filo Duarte e explica porquê: «Este projeto já pairava no ar há muito tempo. Eu faço a curado-ria das exposições patentes na Casa da Cultura e comecei a re-parar que as exposições de ilus-tração tinham grande impacto. Então resolvi falar com o João Paulo Cotrim, que se mostrou logo entusiasmado», conta José Teófilo Duarte, acrescentando que este entusiasmo foi também visível por parte da Câmara Mu-nicipal, que aceitou, de imediato a ideia, e também pelas escolas, secundárias, profissionais e su-periores, locais e nacionais. José Teófilo Duarte não es-perava que o evento se pudesse realizar este ano, mas «dada a grande recetividade por parte dos parceiros, e com muito es-forço, foi possível concretizar a festa», neste que é considerado o «ano zero». Para além de dar a conhecer o mundo da ilustração, o evento pretende ainda dinamizar a ci-dade de Setúbal, através das ex-posições nos vários equipamen-tos cultuais e nos Largos emblemáticos e, nomeadamente através da transformação de lo-jas devolutas da Baixa Comer-cial em galerias de arte. «Esta iniciativa tem também como in-tenção animar a Baixa, dar outra dinâmica à cidade. Queremos pôr a cidade a viver da ilustra-ção e pelo menos, neste mês de Junho, Setúbal vai mesmo ser a capital da ilustração», garante José Teófilo Duarte.

A conferência de imprensa de apresentação da festa da ilus-tração, realizada na passada quarta-feira, na Casa da Cultura, contou também com a presença do curador do evento, João Pau-lo Cotrim, que frisou ser este um evento inédito no país. «Com es-tas características não existe ne-nhum outro, quer pelo conjunto de exposições que apresenta, quer pelo número de escolas a participar, quer pelo próprio rit-mo que impõe». Num ano em que o mundo da ilustração ficou marcado pelo atentado terrorista à reda-ção do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, a Festa da Ilus-tração ganha outra dimensão. «A tragédia deu outra visibilidade à ilustração. Quer queiramos, quer não, essa é a realidade. Faz todo o sentido evocar esse acon-tecimento, dando a conhecer o que se faz hoje na área da ilus-tração», disse o curador. Para João Paulo Cotrim, esta primeira edição assume, desde já, um carácter único, nomeada-mente, porque garante «um

equilíbrio entre artistas clássi-cos e contemporâneos, artistas ligados a Setúbal e outros de âmbito nacional e internacio-nal», mas, também, porque será «a primeira vez que serão apre-sentados trabalhos feitos pelos alunos dos cursos superiores de ilustração». Esta primeira edição da Fes-ta da Ilustração ainda não se re-alizou, mas já há ideias para o próximo ano e a perspetiva de fazer mais e melhor. Uma coisa é certa, sublinham os promotores da iniciativa, esta iniciativa cor-re o risco de se tornar um evento internacional. «Este ano, já te-mos o André Carrilho, um nome incontornável da ilustração, mas para o ano vamos ter vários artistas estrangeiros».

Vereador garante serem «primeiros passos de um desafio»

Na conferência de apresentação da Festa da Ilustração, também o vereador com o pelouro da cultura na Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, não quis

deixar de sublinhar a importân-cia de um evento desta natureza e, convicto, disse mesmo que este é primeiro passo para que Setúbal se assuma como a capi-tal da ilustração. «Este é um de-safio que começa a dar os pri-meiros passos. Queremos fazer muitos desenhos, convidar mui-ta gente e mostrar o que nos vai na alma», afirmou o autarca, su-blinhado que esta é uma «forma poderosa de promover Setúbal, os seus equipamentos culturais e as suas ruas». Tal como os outros interve-nientes, também o vereador re-lembrou a tragédia vivida em Paris. «A liberdade de expressão é algo incontornável da nossa sociedade. Através da linguagem das artes é previso afirmar aqui-lo que de melhor temos». «Com esta festa, que envolve toda a comunidade, Setúbal aco-lhe o que de melhor se faz na ilus-tração, a nível nacional. Este even-to é também uma oportunidade para as alunos poderem apresen-tar os seus trabalhos», salientou o vereador, Pedro Pina.

CONCERTOS, EXPOSIÇÕES E CONVERSAS

Este novo evento, organizado pela Câmara Municipal de Se-túbal e pelo atelier DDLX, apresenta, ao longo de diferentes períodos do mês, exposições, encontros com ilustradores e outros eventos associados, como pequenos concertos.A primeira edição da Festa da Ilustração proporciona ao públi-co exposições nos largos emblemáticos da cidade de Setúbal (Largo da Misericórdia, Ribeira Velha e Fonte Nova) e nos vá-rios equipamentos culturais, como a Casa da Cultura, a Casa Bocage, a Galeria 11, a Galeria do Banco de Portugal, o Fórum Luísa Todi, entre outros. Neste evento, o público poderá apreciar as obras de incontor-náveis nomes da ilustração, como André Carrilho, Manuel João Vieira, Maria Keil, João Abel Manta ou Lima de Freitas.De destacar que a Festa da Ilustração 2015 vai apresentar ainda a primeira exposição retrospetiva de André Carilho, bem como alguns originais do Mestre Lima de Freitas e a obra gráfica de Maria Keil.O evento ganha ainda mais projeção com a edição de dia 1 de Junho do jornal Diário de Noticias, totalmente ilustrada por artistas com presença no certame setubalense.A abertura oficial do evento está prevista para a meia-noite do dia 31 de Maio, começando as primeiras horas de 1 de ju-nho e do certame com uma mostra de André Carrilho na Casa da Cultura, com a presença do artista.

É PRECISO FAZER UM DESENHO?FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015

André Carrilho

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ALCOCHETE RECLAMA MAIS SAÚDE NO SAMOUCO A Junta do Samouco promoveu, dia 3, uma ação para reivindicar mais cuidados de saúde na freguesia, com a envolvência de munícipes, autarcas, coletividades, bombeiros e artesãs. Luís Franco, edil de Alcochete, relembrou que «se não fosse o município, não exitia a extensão do Centro de Saúde em Samouco». Já Antó-nio Almeirim, presidente da Junta, disse que a ação foi «uma forma de, em festa, reivindicarmos melhores cuidados de saúde porque temos uma extensão com muito boas condições físicas, porque a CMA se substituiu ao Governo e construiu boas instalações na vila, e hoje temos um médico, amanhã outro, e não temos cuida-dos de saúde materno-infantil, consultas de planeamento familiar nem enfermagem».

ALMADA REFLETE SOBRE O FUTURO DO CONCELHOOs almadenses vão refletir sobre o fu-turo do concelho, no âmbito do 1.º Con-gresso Almada. A partir de dia 11 há ses-sões públicas nas onze freguesias do concelho. Organizado em dois momen-tos, o congresso pretende ser um espaço de participação sobre o desenvolvimento do concelho, centradas essencialmente no processo de revisão do Plano Diretor Municipal em curso. Ambiente, educação, cultura, reabilitação urbana, mobilidade, inclusão social e desenvolvimento eco-nómico local são algumas ds temáticas que estarão em debate com a intervenção de representantes dos órgãos autárquicos e de especialistas, que farão o enquadramento inicial do tema definido para cada uma das sessões, seguidas de debate aberto a todos.

PALMELA AFIRMA VINHOS EM FERNANDO PÓA 20.ª Mostra de Vinhos em Fernan-do Pó decorre até este domingo. Pela primeira vez, o evento abre as portas às adegas de todo o concelho. Dos 29 tintos serão eleitos os dez melhores vinhos do ano, que serão conhecidos no último dia. Também 15 brancos podem ser provados. Além da animação musical, o recinto dis-põe de gastronomia com várias tasqui-nhas. As entradas custam um euro. Para participar nas provas, é necessário ad-quirir o copo oficial, que custa 3 euros e dá acesso à degustação de todos os néctares disponíveis. No recinto também é possível contatar de perto com os produtores e acompanhar os néctares com uma apetecível oferta de queijos, enchidos, doçaria e outros produtos de qualidade.

SINES DEBATE PATRIMÓNIO RELIGIOSO DO MARO seminário internacional “Património Religioso das Comunidades Piscatórias” realiza-se dia 14, no Museu de Sines, numa organização do Património Histó-rico e Artístico da Diocese de Beja. Este encontro propóe uma reflexão alargada sobre o património religioso das comu-nidades piscatórias do Alentejo Litoral - Devoções, Práticas, Santuários. O evento conta com o apoio do PROMAR e as inscrições são gratuitas.

LOCALLOCAL

MONTIJO RECOLHE CONTRIBUTOS DA POPULAÇÃOO Museu Agrícola da Atalaia recebe este sábado, a partir das 16 horas, a terceira ses-são pública da iniciativa “Conversas no Bairro”. Trata-se de um fórum aberto à partici-pação pública dos cidadãos no processo de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). A iniciativa procura auscultar as problemáticas, as ideias e os contributos da sociedade civil para a revisão do PDM, assim como debater temas como o ordenamento do terri-tório, o ambiente, a cultura, o desporto, a cidadania, a solidariedade, entre outras. A ini-ciativa decorre até julho com, pelo menos, uma sessão por freguesia e com a incidência geográfica em áreas ou bairros específicos do concelho.

MOITA LEVA SAÚDE AO CAIS DE ALHOS VEDROS“A Saúde vai ao Cais” do Descarregador, em Alhos Vedros, este sábado, entre as 10 e as 18 horas, numa iniciativa promovida pela Câmara, Junta, Misericórdia e Centro de Saúde, com o apoio de várias instituições. Durante todo o dia, com entrada livre, estão previstas diferentes atividades, nomeadamente rastreios, colheitas de sangue, demonstrações de modalidades desportivas, momentos musiciais com a tuna da Uni-versidade Sénior da Moita e grupo coral Alius Vetus, feira de artesanato, aulas de culi-nária para crianças e para adultos, com o chef Fábio, entre muitas outras acções, que garantem um excelente dia passado em prol da saúde.

SANTIAGO MELHORA CUIDADOS CONTINUADOSA empresa PSA, de Sines, acaba de atribuír 5 mil euros ao Projeto Comunitário de Rea-bilitação do Utente Dependente, da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, que nasceu da necessidade de apoiar a população do município de Santiago do Cacém que, devido a patologias incapacitantes ou deficiências congénitas, carece de cuidados con-tinuados, domiciliários ou comunitários, e de reabilitação motora, respiratória, cog-nitiva ou funcional. A atribuição deste prémio veio permitir continuidade do projeto e possibilitar à Unidade de Cuidados na Comunidade alargar a abrangência e melhorar a qualidade da prestação de cuidados de reabilitação aos utentes.

BARREIRO AVANÇA COM ESTAÇÃO DA RECOSTAA empreitada de execução da câmara de gradagem da estação elevatória da Recosta foi consignada no dia 5, com a presença do edil Carlos Humberto, e do responsável da Simarsul, Mineiro Aires, entre outros. Mineiro Alves explicou que a obra vem colmatar uma insuficiência no sistema, visto que o atual equipamento está a exceder a capaci-dade. A obra vai durar nove meses e requer investimento de 250 mil euros. Já o edil realçou a «eficaz» articulação entre a Simarsul e o município na resolução dos proble-mas que beneficiem a população e o meio ambiente. E alertou que esta articulação fica «menos eficaz» com a fusão prevista, imposta pelo poder central.

SESIMBRA PROMOVE CIDADANIA JUNTO DOS JOVENSA escola básica de Sampaio acolhe, este sábado, às 15 horas, a 12.ª Assembleia Muni-cipal de Jovens, projeto de promoção da cidadania dinamizado pela Assembleia Mu-nicipal, com o lema “O Mar de Sesimbra na Europa e no Mundo”. Os jovens irão apre-sentar, discutir e aprovar as várias propostas, numa sessão sempre muito participada, onde os mais novos deixam bem expressa a sua vontade de contribuir para o desenvol-vimento do concelho. Para uma parte deles, é o primeiro contato com um projeto que lhes temn proporcionado experiências que não vão esquecer e que enriqueceram o seu conhecimneto sobre a realidade que os rodeia.

GRÂNDOLA REVIVE TRADIÇÕES RELIGIOSAS Durante este mês, decorrem em Grândola as festas em honra de N.ª Sr.ª da Penha, com vasto programa religioso e de animação cultural. Este sábado, a imagem da padroeira de Grândola será trazida em cortejo automóvel da ermida da Penha para a igreja matriz onde permanecerá até ao dia 24. À noite, as ruas da vila recebem a habitual e muito participada procissão das velas. Das celebrações previstas, até final do mês, destaca-se a procissão das rosas, concerto do padre José Luís Borga e o fogo-de-artifício no dia 23, e a procissão e almoço partilhado na Penha, no dia 24. As festas culminam a 30 com o concerto na igreja matriz com os coros do Carmo e da paróquia da vila.

ALCÁCER QUEIXA-SE DE ‘DÍVIDA ESCONDIDA’A prestação de contas do município do presente ano é “pautada pela transparência, deixando de haver dívida escondida. Destaca-se a incorporação de valores muito ele-vados que não estavam a ser declarados nas contas do mandato do anterior executivo”, como é o caso das dívidas da água ainda não liquiddas à Agda, superiores a 350 mil euros, a elevada dívida à Assembleia Distrital, superiores a 300 mil euros, e os encargos que o município tem para com a CIMAL, decorrentes da extinção da REGI, em mais de 270 mil euros. Ainda sobre a dívida não declarada no mandato de Pedro Paredes, em 2015 vai ser incorporada uma nova dívida, de 144 mil euros dos recursos hídricos.

SETÚBAL ABRE CANDIDATURAS A HORTAS URBANASOs interessados em aderir ao projeto das “Hortas Solidárias”, através do qual o município possibilita a plantação de produtos hortícolas em parcelas de ter-reno municipal, devem apresentar can-didaturas até dia 25 deste mês. A autarquia, após o perído das inscri-ções, realiza uma seleção das candida-turas mediante critérios de cariz social, nomeadamente se o proponente se en-contra em situação de desemprego sem auferir do respetivo subsídio, se é bene-ficiário de prestações de apoio social e se estas representam a única fonte de rendimento ou se é detentor de rendi-mento familiar.

SEIXAL DIVULGA NOVOS APOIOS ÀS EMPRESASO município, em parceria com o IAPMEI, promove no dia 14, das 15 às 18 horas, a sessão informativa “Por-tugal 2020 - Fundos Europeus para Empresas”. O encontro, que decorre no auditório dos serviços centrais da autarquia, tem como objetivo divulgar o novo quadro de incentivos às em-presas no contexto do Portugal 2020 - Acordo de Parceria, o qual contempla os cinco fundos europeus estruturais e de investimento e onde se definem os princípios que orientam as políticas de desenvolvimento económico, social e territorial a promover em Portugal entre 2014 e 2010.

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POLÍTICA

Era mais que evidente que PSD e CDS candidata-vam-se juntos às legislati-vas. Agora, vão construir a campanha sobre a existên-cia de um pretenso suces-so. Aliás, já começaram.Vão empenhar-se em con-vencer os que foram fusti-gados, da inevitabilidade do castigo e que é hora da recompensa. Cabe particularmente ao Partido Socialista a obriga-ção de desmontar a farsa , e de fazê-lo com eficácia o que exige a assunção de compromissos que te-nham a ver com a qualida-de de vida das pessoas em todas as dimensões e a res-posta a problemas estrutu-rais. É coisa bastante exi-gente. O primeiro passo foi dado com a apresentação da Agenda para a Década e, o seguinte, recentemente, com o cenáro macroeco-nómico, em discussão a meio ano das eleições.Não vale a pena fazermos de conta de que não esta-mos perante um dos maio-res desafios. A direita que governa o país deixa-o, no início do próximo outono, comple-tamente espatifado. Para além da dívida pública em valores perturbadores, co-locou em alto risco a justi-ça, a educação e a saúde, estendeu a precariedade social ao inimaginável, es-corraçou portugueses, atrasou o investimento, fez disparar o desemprego, re-duziu o emprego...Acumu-lou problemas de toda a ordem!Quando os parceiros da desgraça ousam pedir aos portugueses maioria abso-luta, das duas uma, ou se julgam impunes ou os ava-liam como desqualificados incapazes de ajuizar uma governação que é tudo menos patriótica. O desafio futuro, repito, é exigente mas pôr fim às opções do passado recente e do presente está já ali, nos finais do verão.

Eurídice PereiraDeputada do PSPO

LÍTICA

S

Os parceiros da desgraça

PCP em luta na região contra a ‘derrocada’ da segurança socialDirigentes e militantes do PCP lançaram ontem, dia da Segu-rança Social, um conjunto de iniciativas contra o que conside-ram ser «ataques à segurança social pública». Durante todo o dia, os ativis-tas contactaram com trabalha-dores, reformados e população em geral, em pouco por toda a Península. «Com esta ação de-nunciámos que, quer no passa-do, quer no futuro, os ataques à Segurança Social unem PS, PSD e CDS/PP visando transformar o sistema público num sistema re-sidual, seletivo na atribuição das prestações sociais, de pendor assistencialista e caritativo», afirmaram os dirigentes do PCP. A jornada de contestação ar-

rancou junto ás estações da Fer-tagus, no Pragal, e de Corroios, e no terminal de Cacilhas da Transtejo. A comitiva esteve também em Setúbal, na Estação ferroviária da Praça do Brasil, no Montijo, junto ao Continente, na Praça da República, no Barreiro, no Centro de Saúde de Santo An-dré e junto ao tribunal. E final-mente, em Palmela, na portaria da empresa Visteon. A iniciativa encerrou na Baixa da Banheira, com uma tribuna pública, a car-go de Fernanda Mateus, da Co-missão Política do Comité Cen-tral do PCP. Segundo a firma o partido, «à ação destrutiva da política de di-reita, o PCP contrapõe a política patriótica e de esquerda e as so-

luções para a segurança so-cial em dois eixos: repercutir a riqueza criada no país na segu-rança social, e a reposição dos direitos roubados e a melhoria das prestações sociais». Para o PCP, estas propostas

são a garantia mais sólida de uma segurança social ao serviço do povo e do país, um sistema públi-co de Segurança Social, universal e social para uma melhor prote-ção social de todos os portugue-ses no presente e no futuro.

DEMISSÃO PRESIDENTE RUI CANAS LAMENTA E PROMETE RECOMPOR EQUIPA DO EXECUTIVO

Coligação PSD-CDS/PP bate com a porta na União de Freguesias de Setúbal

Vítor Batista (PSD) e Cristina Viegas (CDS/PP), da coligação “Por Setúbal, Por Si”, renuncia-ram ao mandato de vogais no executivo da Junta da União de Freguesias de Setúbal, após 18 meses de trabalho. Vítor Batista queixa-se da «falta de comunicação», nomea-damente sobre áreas que esta-vam atribuídas à coligação PSD-CDS/PP, bem como o facto de «não termos conhecimento de muitas ações da Junta de fre-guesia, a entrega dos documen-tos não estava a ser realizada de acordo com os prazos legais, não fomos auscultados sobre a gestão orçamental (1.ª Revisão de 2015), e havia alguma falta de rigor e situações menos esclare-cedoras relativamente à Presta-ção de Contas de 2014».

As grandes propostas eram decididas por unanimidade Rui Canas, presidente da União de Freguesias de Setúbal, la-menta as demissões e admite que «houve pequenos lapsos e falhas dos serviços, as quais fo-ram explicadas aos respetivos vogais agora demissionários. Além disso, adiantou: «Somos uma grande freguesia e nem sempre é possível informar os eleitos sobre pequenas decisões, mas, desde o início do mandato e até há dois meses para trás, to-

das as grandes propostas eram discutidas com todos e aprova-das por unanimidade». O autarca comunista garante que na próxima reunião do exe-cutivo irá tentar «recompor» o elenco do executivo que agora fica com 3 elementos da CDU e 2

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

Os dois represen-tantes da coligação (PS/PSD) bateram com a porta no exe-cutivo da Junta da União de Freguesias Por Setúbal. Falam de «falta de comunicação». O presidente Rui Canas, da CDU, lamenta e vai recompor equipa.

do PS. «Queremos recompor o executivo, apesar de termos quórum e maioria, mas, até à data ainda não me foi manifes-tado, por parte dos partidos de-missionários, se tencionam con-tinuar a integrar o executivo», vinca.

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ANIVERSÁRIO SEMMAIS

SEMMAIS DEZASSETE ANOS SEMPRE A MARCAR PONTOS E A DESAFIAR CAUSAS

Um projeto ganhador em nome do jornalismo e da região

Nascido nos anos 90, o semaná-rio Semmais é herdeiro da revista com o mesmo nome, lançada em 1994, tendo como corpo redato-rial composto por um grupo de jornalistas naturais ou residentes do distrito de Setúbal, que exer-ciam a sua atividade em órgãos de comunicação social de expan-são nacional. Foi uma lufada de ar fresco, a dominar uma comunicação so-cial que, à época, ainda não se havia modernizado e padecia de um certo amorfismo. O lançamento do jornal, ob-teve desde logo uma enorme re-ceção no mercado, com vendas e índices de audiência muito signi-ficativos. Alicerçada por um gru-po de profissionais já experi-mentados e um lote de colaborações de luxo, o jornal impôs-se e conseguiu consolidar um jornalismo de excelência, que ainda hoje é a sua marca. Áreas como o ambiente, a cultura e o desenvolvimento re-gional e estratégico, foram sem-pre causas do jornalismo do Semmais, desafiando a região e

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

Nos últimos dezassete anos, o Semmais tem empreendido as mais ousadas inovações do setor da comunicação social do distrito. Um percurso que marcou também uma forte ligação à região e lançamento de jovens jornalistas. E há novos projetos para o futuro.

os seus agentes a discutir e a in-tervir, em nome da coesão. Nes-tes dezassete anos o jornal pro-duziu um conjunto de reportagens, debates e entrevis-tas de fundo, que marcaram o jornalismo no distrito e tiveram eco nacional.

Suplementos e conferências marcam inovação

Sempre com grande espírito de empreendedorismo e muita ino-vação, o Semmais foi percursor de suplementos de grande nível editorial e iniciativas que marca-ram alguns dos anos mais doura-dos da nossa região, nomeada-mente as conferências, sendo que a primeira ocorreu a 15 de Abril de 1999, um ano após o seu lançamento, e versava “O Plano de Desenvolvimento Económico e Social”, com a participação, en-tre outros, de Maria José Cons-tâncio, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional. Dando sequência a esse tipo de intervenção, em nome da coe-são regional, ao longo dos anos, o

jornal empreendeu algumas das conferências mais participadas ocorridas no distrito, trazendo para a ordem do dia questões como o desenvolvimento estra-tégico, os portos, a agricultura, o universo empresarial e as ques-tões sociais. Em 2008, em parce-ria com as mais representativas entidades públicas do distrito, realizou a conferência “Oportu-nidades de Desenvolvimento para a Região de Setúbal”, que juntou numa unidade hoteleira, mais de 50 palestrantes (entre eles dois ministros e dois secre-tários de Estado) e cerca de 400 participantes, oriundos de todos os setores e atividades.

Uma verdadeira escola de jornalismo

Ao longo dos últimos dezassete anos, o jornal e a empresas que o suportaram, venceu muitas bata-lhas e foi um dos órgãos de co-municação social do distrito que mais parcerias estabeleceu, no-meadamente com instituições do ensino superior, abrindo janelas

de oportunidade a algumas deze-nas de jovens candidatos a jorna-listas, alguns dos quais já com brilhantes carreiras a nível na-cional. E numa parceria história com o semanário Expresso, passou a ser o seu ‘embaixador’ na região, sendo distribuído com este jornal de referência do país em todo o distrito, ampliando o seu prestí-gio, a sua notoriedade, as tira-gens, as vendas e a presença em banca. Abre agora um novo ciclo de crescimento, com um conjunto de novos projetos a lançar até ao fi-nal do ano, estando em prepara-ção novos produtos na áreas do audiovisual, consolidando a sua marca em novos nichos do setor.

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ANIVERSÁRIO SEMMAIS

SEMMAIS PERSONALIDADES DA REGIÃO TECEM ELOGIOS NA PASSAGEM DO 27.º ANIVERSÁRIO DO SEMMAIS

Bons critérios editoriais num projeto que se impôs aos leitores

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O aparecimento do Semmais foi uma lufada de ar fresco no pano-rama da comunicação social da região e a forma como se veio a implantar é merecedora de ras-gados elogios de personalidades dos mais variados quadrantes da nossa sociedade. Além disso, o Semmais é, também, considera-do uma «grande escola» para candidatos a jornalistas, tendo recebido, ao longo da sua exis-tência, centenas de estagiários da ESE e de outras escolas. Cardoso Ferreira, ex-deputa-do do PSD e provedor da Miseri-córdia de Setúbal, um leitor assí-duo do Semmais, não tem dúvida de que o projeto «já se impôs aos seus leitores, pois tem vindo a di-vulgar a realidade da sociedade em várias áreas», acrescentando que congratula-se pelo «seu cri-tério editorial» e faz votos para que o Semmais comemore «mui-tos mais aniversários». O presidente da Câmara Mu-nicipal de Alcácer do Sal, Victor Proença, faz votos para que o Semmais Jornal «continue a pri-vilegiar a região e a informar os

seus leitores sobre o pulsar do nosso concelho e de todo o Lito-ral Alentejano». O autarca con-fessa que acompanha o Sem-mais Jornal desde o seu primeiro número, uma vez que considera este órgão de comunicação so-cial «um veículo de comunica-ção importante para afirmar a região e todo o seu potencial».

«Papel de grande importância na região»

Fonseca Ferreira, ex-presidente da CCDR-LVT, realça que o Sem-mais é um jornal que faz falta na sociedade e tem um papel de grande importância para a região. «É um projeto que conheço muito bem e que continuo a acompa-nhar. A informação nos nossos dias é fundamental para o desen-volvimento dos territórios. Faço votos para que o Semmais, no fu-turo, continue com a sua missão como o tem feito até agora». Iolanda Rodrigues, coreó-grafa, professora e diretora da Academia de Dança Contempo-rânea de Setúbal, recorda que

em 1997 deu a sua primeira en-trevista ao Semmais, o que foi «extremamente» relevante para a sua vida profissional. Iolanda Rodrigues confessa que tem vindo a acompanhar o cresci-mento do jornal, reconhecen-do--lhe como principais carac-

terísticas «a informação direta e atual». Já António Chora, líder dos trabalhadores da Autoeuropa, refere que o Semmais é um jor-nal regional que tem «apoiado e divulgado muitas atividades do distrito, quer sejam respeitantes

às empresas e aos trabalhado-res, mas, também relacionadas com os municípios». A seu ver, «numa altura em que muitos jornais têm desaparecido, o Semmais deve ser apoiado para que a sua continuidade não seja posta em causa».

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NEGÓCIOSTRANSPORTES EM HORA DE PONTA PODEM FICAR APENAS OPERACIONAIS SETE EMBARCAÇÕES NA TRAVESSIA PARA A MARGEM SUL

Utentes da região vão à luta contra venda de barcos do Tejo

Os passageiros receiam que a venda das embarcações possa ter implicações nas ligações fluviais entre Lisboa e Mar-gem Sul, em especial no Barreiro, Seixal e Montijo. O edil barreirense, Carlos Humberto, partilha as preocu-pações e pede luta.

A Comissão de Utentes dos Ser-viços Públicos do Barreiro receia os impactos da venda de embar-cações do grupo Transtejo - que engloba as empresas Transtejo e a Soflusa - nas ligações fluviais en-tre o distrito e Lisboa, asseguran-do que tenciona insurgir-se contra a alienação, «através de luta». Antonieta Bodziony, da Comis-são de Utentes dos Serviços Públi-cos da União de Freguesias do Alto Seixalinho, Santo André e Verdere-na, explicou que a venda das em-barcações «é uma grande preocu-pação, porque vai ter implicações nas ligações fluviais no rio Tejo, em especial nos concelhos do Barrei-ro, Seixal e Montijo», sublinhou, após a realização de uma «Tribuna Pública» junto ao cais do Barreiro, que tentou mobilizar os utentes para «a necessidade de se lutar contra esta medida que vai reduzir os serviços públicos de transportes na região». Os atuais nove barcos que asse-guram a ligação fluvial do Barreiro a Lisboa vão ser reduzidos a oito. «Como nas horas de ponta são utili-zados sete, não estão a ser acautela-das situações de avarias e de manu-

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

tenção», alerta a mesma dirigente, acrescentando que em breve vão ser anunciadas formas de luta.

Empresa garante que venda não afeta serviços

O presidente da Câmara do Bar-reiro, Carlos Humberto, que tam-

bém esteve presente na ação, ad-mitiu ser importante que os utentes percebam o que está em causa e que «continuem a lutar», alertando que perante a perspeti-va de privatização do sector dos transportes «temos que chamar a atenção das pessoas, porque não podemos desistir de lutar e não

podemos abdicar de intervir na luta pelos nossos direitos». O grupo Transtejo confirma o processo de venda, que envolve as oito embarcações, mas assegura que essa alienação não vai afetar os serviços, justificando que estão em causa «navios excedentários que se encontram parados».

Porto de Setúbal aumenta exportações em três continentes

A Argélia, com 285 mil toneladas, o Reino Unido, com 127 mil, e o Brasil com 84 mil, constituem o pódio das maiores exporta-ções verificadas no porto de Setúbal du-rante o primeiro trimestre deste ano. Estes números, colocam a plataforma portuária sadina como um dos motores das expor-tações no país. Segundo a administração portuária, o facto de estes rácios representarem uma forte representação de três continentes (África, Europa e América), colocados no topo da exportação de carga pelo Porto de Setúbal, dá força ao seu posicionamento como “uma importante Porta Atlântica e um efetivo parceiro das empresas expor-tadoras nacionais”.

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NEGÓCIOS

A diferença está no pormenor

A VERDADE DAS COISAS SIMPLESJosé António Contradanças

Economista

Há coisas que nos inquietam, questionando-nos sobre o que pode e deve ser feito no imedia-to mas que, afinal torna-se moroso, complexo e passivo da nossa consciência cívica. Quantas vezes, no dia-a-dia, somos confrontados com situações de simples resolução, que se vão eternizando aos olhos dos que passam? Quase sempre vamos apelando a uma atitude crítica de despiste do efeito e análise das responsabi-lidades, sem tomarmos a iniciativa de denunciar ou chamar a atenção dos respon-sáveis pelo estado de certas coisas ou pela inércia da sua ação. E tantas vezes nos vamos justificando ao pensar que, sendo a coisa tão gritante e visível, outros já teriam tomado a iniciativa de a evidenciar ou até mesmo de a denunciar.O pior é que, ao laxismo dos responsáveis que perpetuam um estado de abandono de coisas que estão à sua guarda e

responsabilidade, se vai somando o costumeiro alhea-mento dos que passam e acham que o problema se vai resolver mais dia, menos dia.Vem isto a propósito do que me é dado assistir, há meses, na estrada entre Setúbal e Águas de Moura, mais concretamente entre o cruzamento de Cajados e o Parque Logístico da INTER-SET, nas proximidades da antiga estação da CP de Águas de Moura. Aí se encontra uma casa em ruínas, desmoronando-se, com as pedras a rolar para a borda da estrada, em cima duma curva, com todo o perigo que isso acarreta. E aí se encontra uma viatura abando-nada, que vai sendo, inexoravel-mente, vandalizada e desmante-lada a olhos vistos, de si já pouco restando a não ser o chassi e parte da carroçaria.São duas situações de fácil resolução que nos interrogam sobre a forma como certas autoridades, sejam elas as

Câmaras Municipais ou as Estradas de Portugal, ou outras para o efeito, entre as quais a GNR, deixam que estas situa-ções aconteçam sem nada fazer. E que, nada fazendo, fazem que fazem escudando-se na acostu-mada burocracia e emaranhado de leis, que invocam como limitação das suas responsabili-dades imediatas.Mas lá que ficamos incrédulos com situações desta natureza que nos aproximam dum terceiro mundismo, lá isso ficamos. Num país moderno que faz parte da EU e que, na generalidade, exibe um nível de qualidade de vida apreciável.Podem até dizer-nos que são questões menores, estas de que falamos, mas que a nosso ver vão muito além do paradoxo enunciado e que custa a compreender, como deixando-se agudizar situações de todo simples, a reclamar uma atuação imediata.Sendo uma questão de porme-nores mais nos convencemos que a diferença se faz no pormenor e na atenção que lhe é dispensada. Pena que a atenção seja menor, quando não o esquecimento, a desculpa fácil, a inação que leva a que os pormenores se tornem a evidência de males maiores.

Cabernet Sauvignon da Casa Ermelinda Freitas ganha Ouro em França

A ATEC Toastmasters Club (ATC) vai repetir este ano uma sessão de comunicação e liderança, na Aca-demia do parque industrial da Autoeuropa, reunindo os clubes de Almada, Alcochete e Palmela. A iniciativa, enquadrada no plano regular dos clubes Toast-masters, pretende apresentar ao público o seu conceito e meto-dologista pedagógicos para a promoção e desenvolvimento de competência de liderança e comunicação, nomeadamente o falar em público. Segundo a organização, num clube Toastmasters, os seus mem-bros aprendem a comunicar mais eficazmente, melhorando a sua ca-pacidade de motivação, persuasão, auto-confiança, potenciando as

A Casa Ermelinda Freitas, de Fernando Pó, acaba de arrecadar uma importante medalha de Ouro no concurso internacional dos Cabernets, em França, com o néctar tinto Cabernet Sauvignon, colheita de 2012. A gerente da empresa, Leonor Freitas, mostra-se muito orgu-lhosa e satisfeita por tal galardão, sublinhando que «ter ganho esta medalha de Ouro num importan-te concurso internacional, só de castas Cabernet Sauvignon, é um sinal bem claro de que Portugal e, sobretudo a nossa região, têm ca-pacidade para produzir vinhos ao mais alto nível». A seu ver, os vinhos de exce-lência produzidos em Fernando Pó devem-se ao «‘terroir’ e à gran-de evolução que o setor tecnoló-gico das adegas tem vindo a re-gistar», não esquecendo, claro, «a dedicação dos trabalhadores e

suas competências de liderança e o sucesso dos seus objetivos pesso-ais e profissionais. «A comunica-ção é fundamental em qualquer aspeto da vida social e o ato de fa-lar em público corresponde a um dos principais receios do ser hu-mano”, explica José Manuel Bar-ros, Governador da Área D6 Toast-masters Internacional em Portugal. É neste contexto que a ATC se compromete com este projeto de desenvolvimento de compe-tências na região. Recorde-se que a primeira sessão do clube em Palmela ocorreu em Setembro do ano passado. Mas todas as segun-das-feiras reúne na ATEC – Aca-demia de Formação, no Parque Industrial da Autoeuropa.

empresários do ramo, ao nível da formação e informação, para que, cada vez mais, se produzam gran-des vinhos». Este Cabernet Sauvignon da Casa Ermelinda Freitas é feito de uvas com colheita realizada em finais de setembro de 2012 nas vi-nhas situadas em Fernando Pó, uma zona privilegiada do conce-lho de Palmela, com solo arenoso e um clima mediterrânico. Este tinto, que já foi premiado noutros concursos internacio-nais, fermentou em cubas-lagares de inox com temperatura contro-lada e maceração peculiar pro-longada. O estágio do vinho du-rou 12 meses em meias pipas de carvalho americano e francês. Com 14,5 graus, este néctar apre-senta uma cor granada/ruby e o seu aroma faz lembrar fruta preta muito madura, alguma pimenta e especiaria, com toque balsâmico da casta. Na boca é muito cheio, aveludado com taninos presentes muito bem integrados. O final é longo, agradável e persistente.

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

ATEC Toastmasters ensina comunicação e liderança

GALP de Palmela ganha prémio de qualidade da BrisaA área de serviço da Galp, em Palmela (A2 – Auto-Estrada do Sul), foi uma das seis a nível na-cional distinguidas esta semana pela Brisa com o prémio quali-dade. A distinção de “Qualidade de Serviço” é atribuído anualmente ás áreas de serviço da principal rede de auto-estradas da Brisa, como forma de promover “a melhoria constante dos serviços prestados”, nas componentes Abastecimento de Combustí-veis, Restauração e Hotelaria.

Segundo nota enviada pela empresa, a qualidade do serviço prestado nas áreas concessiona-das é sujeita a um rigoroso con-trolo nas vertentes do serviço ao cliente e da qualidade e higiene alimentar. Para atribuição deste galar-dão, contribuíram as avaliações do “cliente-mistério”, e as apre-ciações nas auditorias de quali-dade e higiene alimentar em cada um dos serviços, bem como a ausência de patogénicos nos produtos recolhidos.

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Estamos presentes nesta comunidade desde 1978. Sempre de portas abertas, procuramos contribuir para o desenvolvimento da atividade cultural, desportiva e social dos concelhos de Sines e Santigo do Cacém. Para que o seu futuro seja tão positivo como a nossa energia.

Refinaria de Sines,por um futuro mais positivo

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CULTURA

A Companhia de Teatro de Almada estreia, este sábado, às 21h30, a peça “As Possibilida-des”, de Howard Barker, com en-cenação de Rogério de Carvalho. O espetáculo é composto por vários quadros que retratam o conflito, a guerra e o terrorismo de uma forma atual e acutilante. «Quando escrevo», declara o autor britânico Howard Ba-rker, «não estou a dar nenhuma lição, mas sim a especular sobre o comportamento humano. Isto pode ser perigoso, mas é assim que deve ser. O teatro é um sítio escuro, e o melhor que temos a fazer é manter a luz do lado de fora». Assim tem feito um autor que começou por escrever sáti-ras e que acabou por reclamar para si um teatro que vai buscar influência à tragédia clássica, tornando-a ainda mais cruel, e ao qual deu o nome de ‘teatro da catástrofe’. Em “As possibilidades”, apre-sentam-se dez momentos que se

CTA estreia produção que retrata os conflitos do mundo contemporâneo

Seixalmoda apresenta tendências de alunos do concelho

passam em espaços e tempos distintos, nos quais se apresen-tam figuras históricas completa-mente anónimas. Entre os títulos destes quadros encontram-se “A necessidade da prostituição nas sociedades desenvolvidas”; “Ra-zões para a queda dos imperado-res”; “Só alguns conseguem aguentar o esforço” e “As conse-quências imprevistas de um ato patriótico”. Rodrigo Francisco, diretor da CTA, realça que os dez quadros que o autor leva à cena «permi-tem várias leituras relacionadas com o mundo contemporâneo, uma vez que colocam diante dos espetadores várias situações que acabam por aludir, mesmo de forma indireta, a alguns dos temas fraturantes da atualidade, como o terrorismo, a opressão ou as lutas pelo poder». Alexandre Silva, Ana Água, André Alves, Beatriz Wellenkamp Carretas, Cátia Terrinca, Cleonise Tavares, Daniel Viana, Joana Campelo, João Farraia, José Re-dondo, Miguel Valle, Nádia Yrace-ma, Nuno Filipe Fonseca, Pedro

TEXTO ANTÓNIO LUÍS

Walter, Sofia Vitória, Vicente Wal-lenstein e Welket Bungué são os atores. A peça “As Possibilidades” vai estar em cena até dia 31, de quarta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 16 horas.

O pavilhão da Torre da Marinha abre as portas ao Seixalmoda este sábado, às 21h30, para dar a conhecer as sete tendências propostas pelos alunos estilistas participantes. Este ano a categoria de mo-delos obteve o maior número de inscrições de sempre, com 130 candidatos para preencher as 21 vagas disponíveis. A apresentação do espetáculo vai estar a cargo de Cláudio Ra-mos, um rosto conhecido da tele-visão, que se tem destacado como apresentador e comentador. Durante a noite destaque também para a atuação dos

GrogNation, a nova aposta do hip-hop nacional, já com dois trabalhos editados, e com uma recente participação no festi-val O Hip-Hop Sou Eu, que teve lugar no Coliseu dos Recreios, a 1 de maio. No palco vai ainda ha-ver espaço para a atuação do grupo de dança Jungle Ovaload, com bailarinos alunos das esco-las secundárias, e para a voz de Eva Lourenço, vencedora da úl-tima edição do Canta!. O 22.º Seixalmoda é uma ini-ciativa do município e da Asso-ciação N. Estilos, que tem sido para muitos jovens a porta de entrada no mundo da moda.

É PRECISO FAZER UMDESENHO?FESTADAILUSTRAÇÃOSETÚBALJUNHO2015

CASA DA CULTURAGALERIA DO 11CASA BOCAGEGALERIA DO BANCO DE PORTUGALFÓRUM LUISA TODICLAUSTROS DO IPSCASA DA AVENIDAMUSEU DO TRABALHOLAVADOUROS DE AZEITÃOLARGO DA RIBEIRA VELHALARGO DA MISERICÓRDIALARGO DA FONTE NOVALOJAS DA BAIXA

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SEMMAIS | SÁBADO | 9 DE MAIO | 2015 | 19

CULTURA

ÁGUA ARDENTE LEVA “VENENO” A SETÚBAL

AGENDASETÚBAL9SÁBADO21H30ZAMBUJO APRESENTA CDFórum Municipal Luísa Todi

O popular cantor alentejano António Zambujo, no âmbito dos Concertos Íntimos de 2015 do Forum Luísa Todi, vai a Setúbal apresentar o álbum “Rua da Emenda”, com ingressos a 14 (bal-cão) e 17,5 euros (plateia).

MONTIJO9SÁBADO21H30MOE’S IMPLOSION DÃO CONCERTOTeatro Joaquim D´Almeida

Os Moe’s Implosion, constituídos por Frederico Severo, João Camejo, João Sancho, Ricardo Salvador e Sebastião Santos, vão mostrar porque são considerados uma das novas bandas da nova geração de música em Portugal.

SANTIAGO DO CACÉM9SÁBADO21H30A GUITARRA DO MESTRE CHAINHO Igreja Matriz de S. do Cacém O mestre da guitarra António Chainho dá um concerto, no âm-bito do Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo “Terras sem sombra”, sendo acompanhado por Carlos Silva (viola) e Jurgen Ruck (guitarra).

PINHAL NOVO9SÁBADO21H30“RATOS E HOMENS” DA ENSAIARTEAuditório do Pinhal Novo O Ensaiarte continua em digressão com a peça “Ratos e Ho-mens”, de John Steinbeck, encenada por Célia Figueira e inter-pretação de Victor Peres, Pedro Sottomayor, Bruno Quintas, Nelson Prates, Miguel Reis, José Cavaleiro, Cláudio Fernandes e Eliana Rita.

SETÚBAL10DOMINGO17H00PINÓQUIO E A BALEIA BRANCAForum Luísa Todi O Teatro do Elefante apresenta a sua mais recente peça “Pinó-quio e a Baleia Branca”. Na semana seguinte à estreia em Sesim-bra, a mais recente criação para todos os públicos tem a autoria e interpretação de Fernando Casaca e as ambiências visuais são de Rita Sales.

O grupo de teatro Água Ardente, com sede em Alcácer do Sal, apresenta este sábado, às 21h30, no Teatro de Bolso, em Setúbal, a sua mais recente pro-dução intitulada “Veneno”. Com encenação de Olavo Nóbrega, “Veneno”, a partir da novela de contos "Antídoto", de José Luís Peixoto, a peça conta a história de um ator e de uma bailarina que nos trazem uma coleção de imagens. Dois criadores, dois corpos… geradores de diversi-dades, desequilibrados. Corpos territoriais, enraiza-dos, necessitados de caminhos que os levem à di-mensão efémera da identidade. São intérpretes nesta quinta produção da Água Ardente, Ana Pontes e Olavo Nóbrega. Bilhetes a cinco euros.

A Pequena Companhia da Aca-demia de Dança Contemporânea de Setúbal apresentou a 29 e 30 de abril, no Fórum Luísa Todi, dois espetáculos distintos em três sessões, no âmbito do Dia Mundial da Dança. Uma coreografia direcionada para o público escolar e infantil, in-titulada “Histórias de Mábi”, trans-portou, dia 29, as crianças numa viagem pelo mundo imaginário, com figurinos de Marina Sacra-mento e vídeo de Patrícia Silva. A coreógrafa Iolanda Rodri-gues compilou alguns quadros elaborados anteriormente para os apresentar nesta atuação a cargo da Pequena Companhia da ADCS.Em duas sessões realizadas no Fórum Luísa Todi dia 29, de ma-

nhã e à tarde, data em que se as-sinalou o Dia Mundial da Dança, estiveram presentes mais de três centenas de crianças de várias escolas básicas. No dia 30, à noite cerca de 150 espetadores assistiram a outra

PASSATEMPO GANHE CONVITES PARA O TEATRO

Temos convites para oferecer aos nossos leitores para assistirem à representação da revista popu-lar “É Só Pagode”, este sábado, às 21h30, e domingo, às 16 horas, no Grupo Desportivo “O Indepen-dente”, em Setúbal. Trata-se de um revista bem divertida e colorida que tem como encenador Bruno Frazão, um elenco de 8 atores e um corpo de baile de quatro bailarinas.Para se habilitarem aos convites, os nossos leitores só terão de ligar 96 943 10 85.

ACADEMIA DE DANÇA MOSTRA TALENTOS

atuação da Academia num espetá-culo feito propositadamente para o efeito, inspirado em diferentes coreografias da Pequena Compa-nhia, elenco formado por perto de 20 alunos de bailado contemporâ-neo dos 15 aos 18 anos.

Os vencedores do 5.º Festival Cantar Abril foram anunciados a 30 de abril, na Academia Alma-dense. Miguel Calhaz venceu o Prémio Ary dos Santos – melhor letra, Maria Monda arrebatou o Prémio Adriano Correia de Oli-veira – melhor recriação e Cana-lha levou para casa o Prémio José Afonso – melhor canção original. A cada vencedor foi atribuído um prémio pecuniário de 2 500 euros. O município almadense dis-tinguiu ainda o músico e compo-sitor José Mário Branco com o Prémio Carlos Paredes (Prémio Carreira). O Festival Cantar Abril é um concurso de música de interven-ção bienal, promovido pela CMA, que pretende valorizar a música de intervenção e o seu papel na luta pela liberdade, homenage-ando também grandes figuras da nossa música e poesia.

CALHAZ, MONDA E CANALHA VENCEM CANTAR ABRIL

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PREPARAMOS

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DESPORTO

III Aquatlo de Setúbal com mais de 400 atletasA terceira edição do Aquatlo de Setúbal deve receber este sába-do, no Parque Urbano de Albar-quel, perto de quatrocentos atle-tas que participam na prova de corrida e natação integrada na programação dos Jogos do Sado. O III Aquatlo de Setúbal de-corre ao longo da tarde, com provas a partir das 14h30.O evento começa com uma pro-va do Campeonato Nacional Jo-

vem, nos escalões de benjamins a juvenis, seguido de duas pro-vas abertas a todos os partici-pantes interessados. A primeira, o Super Sprint, com início às 16h30, destina-se a atletas a partir dos 15 anos, que percorrem os percursos mais curtos em competição, com 300 metros em natação e dois mil em corrida. A segunda prova aberta, o

Sprint, com tiro da partida mar-cado para as 16h50, permite a participação de inscritos com mais de 16 anos, que devem com-pletar circuitos de 750 metros a nadar e de cinco mil a correr. O III Aquatlo é uma organi-zação da Câmara Municipal de Setúbal em parceria com o Remo Clube Lusitano e conta com o apoio da Federação Por-tuguesa de Triatlo.

Mais de dois mil alunos parti-ciparam nas fases locais do Tor-neio Mega de onde saíram os 34 representantes da seleção da Península de Setúbal para a Fi-nal Nacional do Mega 2015 que se realiza em Elvas, no fim-de-semana de 29 e 30 de maio. As escolas do concelho do Seixal são aquelas que mais contribuem para a composição da seleção regional. Treze dos alunos que vão representar a Península estudam em escolas ou colégios daquele concelho. Palmela e Almada contribuem com seis atletas cada. O apuramento dos melhores, que vão competir nas provas de mega sprint, mega salto, mega quilómetro e mega peso, acon-teceu na Pista Municipal de Atletismo da Sobreda, em Alma-da, com resultados bastante po-sitivos e marcas de bom nível que posicionam a Península de Setúbal no bom caminho para alcançar resultados idênticos aos de anos anteriores.

Península de Setúbal já apurou melhores para Mega Nacional

‘Luvas Pretas’, em Santiago, para homenagear Manuel Gamito

Recorde-se que o projeto Mega se destina a atletas dos es-calões de infantis A até juvenis de ambos os sexos, em todas as provas, com exceção da prova do mega peso destinada apenas a atletas infantis. A edição regional de apura-mento contou com o apoio e a presença do ex atleta olímpico Edivaldo Monteiro.

A Escola de Futebol “Luvas Pretas” prestou, no dia 1 de maio, no Campo Municipal Mi-róbriga, em Santiago do Ca-cém, uma homenagem ao seu treinador Manuel Gonçalves Gamito, que faleceu em julho de 2009. A cerimónia decorreu na presença de familiares do ho-menageado, da ex-glória do futebol português, João Alves, responsável máximo da Escola “Luvas Pretas”, do presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha, do vereador do Des-porto, Norberto Barradas, bem como de amigos e jovens atle-tas que não quiseram deixar de prestar a sua homenagem ao

De apreciável raiz histórica, progresso recente e razoável ní-vel social, Tondela orgulha-se do seu Clube que está pratica-mente promovido à 1ª Divisão nacional após uma “maratona” de jornadas altamente competitivas, nada menos do que 46 jogos de constante exigência.A tão bonita região beirã onde se situa Tondela volta a ter jo-gos do escalão máximo, repetindo o que de meritório já con-seguiu o Académica de Viseu, há uns quantos anos.Enquanto o Campeonato Nacional não abrange, como se de-sejaria, todo o território português (Algarve e Alentejo em fal-ta, por “culpas” próprias do Sporting Farense, do Olhanense, do Portimonense, do Campomaiorense e do Lusitano de Évo-ra), é de saudar o brilharete do Tondela com justo elogio ao seu técnico Quim Machado, a evoluir bem desde o tempo re-cente de jogador valioso.No “sprint” final a partir da jornada 42, o Tondela superou o ex-primo-divisionário Desportivo de Chaves e prepara a grande festa da promoção, bem pouco previsível há alguns meses.O público tondelense tem ajudado muito com níveis de assis-tências em “casa”, da ordem de mais d 3000 espectadores, acima da média geral de vários Clubes primodivisionários como acontece, infelizmente, com o Vitória de Setúbal.A equipa de Tondela é coesa e eficaz com relevo para os gole-adores de serviço, Tozé Marrecos, bastante “rodado” e o ar-gentino Piojo, a dar o melhor de si após alguns anos em Por-tugal.O acesso ao escalão principal, em 2015/16, implicará, certa-mente, um conjunto de novas preocupações tais como a me-lhoria do Campo de Jogos e o reforço do plantel, na quase certeza de que o compenetrado Quim Machado continuará como “timoneiro”. Para fecho desta croniqueta elogiosa para Tondela e partindo do princípio de que o Desportivo de Chaves será o outro pro-movido ao escalão principal, alinhamos, em jeito de curiosi-dade, como se vão distribuir por regiões bem marcadas, os 16 concorrentes ao “Nacional” de 2015-2016.Assim, atente-se: Minho-3;Douro-3;Trás-os-Montes-1; Beiras-3; Estremadu-ra-4; Madeira-2.Partimos da hipótese de serem despromovidos o Penafiel (de certeza) e o Gil Vicente, de Barcelos (com um cauteloso tal-vez). Voltamos a realçar a não representatividade do Alentejo e do Algarve, afastando a perspectiva desejável de um Portu-gal total onde também está em falta um representante dos Açores depois dos brilharetes de há anos, do Lusitânia e do Santa Clara.O acompanhamento atento do futebol especialmente o nacio-nal, melhora a cultura geográfica de cada adepto e daí este “atrevimento” de percorrer Portugal a partir de Tondela a Chaves.

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRAColaborador

Tondela – da surpresa à novidade

treinador que ficou conhecido pelo seu notável espírito cívi-co, enquanto homem e atleta,

que fizeram de Manuel Gonçal-ves Gamito uma inspiração para os jovens que treinou.

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22 | SEMMAIS | SÁBADO | 9 DE MAIO | 2015

O Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa

Ainda sobre relatório e contas de 2014 (cont.)

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Paulo Edson Cunha Vereador PSD Câmara do Seixal

ACTUALIDADESOlga Paredes

P´lo Movimento das Mulheres Social Democratas do Distrito de Setúbal

Enquanto vereador eleito por esta população, não me posso mostrar satisfeito, conformado, ou com uma capacidade crítica tolerável para a obra inexistente que nos é apresentada.Sei que vivemos tempos difíceis. Sei que este executivo tem em mãos uma tarefa gigantesca, saldando uma dívida brutal, mas então que seja politica-mente coerente e intelectual-mente honesto e deixe de criticar o governo por fazer a mesma coisa que eles próprios fazem – uma preocupação excessiva (embora correcta, digo eu, com a redução do serviço da dívida) e, por outro lado, que assumam que esta dívida se deveu única e exclusi-vamente a uma má gestão dos executivos anteriores e aqui com a particularidade de não poderem culpar outros parti-dos, porque, ao contrário do partido que está no Governo, estão ao leme da nau seixalense desde que há poder autárquico; Assim como também devem assumir que não há investimen-to porque não têm meios e porque as suas opções são a redução do serviço da dívida.Sim, quanto ao investimento do executivo municipal tão amplamente divulgado por este executivo, infelizmente não tem reflexo com a realidade, muito menos é a que se justificava num município que gera receitas de cerca de oitenta milhões de euros anuais.Repare-se, o Serviço Público em

2014 esteve longe da excelência. Basta recordarmo-nos (e a título meramente exemplificativo) do ambiente e do serviço urbano nas nossas ruas, nas queixas sucessivas e constantes dos nossos munícipes em todas as freguesias do nosso concelho.Houve um desinvestimento em quase todas as áreas, desde a cultura ao desenvolvimento económico, passando pelo desporto, uma das bandeiras de sempre do Seixal, terminando na saúde e acção social, clara-mente insuficiente para as obrigações de um município da nossa dimensão.Realça-se como positiva a construção da Escola Básica dos Redondos, uma justa e antiga reivindicação dos residentes daquela freguesia - uma obra da autoria deste executivo que se aplaude. Contudo, infelizmente o nosso aplauso não pode ser total, na medida em que a perda dos subsídios provenientes do QREN deve ser directamente imputado à ineficácia da Câmara, demasiado permissiva com o empreiteiro (sempre avisei e contestei essa atitude) que culminaram com os resultados que estão à vista.Torçamos todos para que esta obra ainda seja incluída nos próximos financiamentos, conforme desejo da nossa autarquia. Quando olhamos para um orçamento em que percebemos que se gasta cada vez mais da nossa receita com

despesas de pessoal, valores que se aproximam perigosamente dos 50% (já vai em 44%, quando em 2012 já era de 38% e já na altura criticávamos) e que tem uma cifra de 74% de despesas correntes e de apenas 4% de investimento, percebemos muito melhor a crítica que anterior-mente deixámos. Pelo menos tenham o decoro de assumir que não há investimento, pois se na rubrica de investimento estamos a falar de apenas 4%, como podemos estar a falar de uma obra fantástica?Não quero terminar esta análise, que reconheço como bastante crítica, sem referir alguns aspectos que reputo de muito positivos e que sendo da responsabilidade política deste executivo e do seu Presidente.Por outro lado, uma parte da responsabilidade deve ser creditada a muitas das medidas do Governo (tão criticadas pelo executivo CDU) com leis que não permitem abusos tão recorren-tes num passado recente.Assim, a juntar a uma redução de nove milhões de euros da dívida em 2013, temos uma redução de cerca de seis milhões de euros.

Sua Exa o Presidente da Re-pública – convém esclarecer que a deferência não reflec-te saudades de alguém a quem fomos ensinados a tratar com pompa, antes de Abril de 74, embora o ataba-lhoamento no discurso pos-sa trazer semelhança – a bordo do avião, alugado por causa da greve dos pilotos da TAP, que o levou, esta se-mana, à Dinamarca, onde discursou em inglês (dizem que a pedido dos anfitriões para que fosse melhor en-tendido, como se não hou-vesse tradutores à altura)

Jorge SantosJornalistaFIO

DE P

RUMO

Outubro

“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológi-cas, instrução, situação económi-ca, condição social ou orientação sexual.”Em Portugal, as mulheres ganham menos cerca de 21% do que os homens.Se aos olhos da lei, não existem quaisquer diferenças entre homem e mulher, a prática mostra que ainda persistem preconceitos quanto ao papel da mulher na sociedade, caso contrário não seria necessária a imposição de quotas de sexo, a qualquer nível, ao invés das esco-lhas para os cargos serem baseadas nas capacidades, currículo ou competências.Porém, são os homens que detêm

o “poder”, sendo exemplo disso o facto de nenhuma das empresas cotadas na bolsa de Lisboa ter um líder do sexo feminino. São eles que limitam indevidamente o acesso das mulheres.Como as mulheres não são mais ignorantes que os homens, aliás, atualmente até detêm níveis de instrução mais elevados, a única forma de minimizar a injustiça é impor as quotas. E impor quotas significa, para ser muito clara, as mulheres ganharem tanto como os homens e serem em igual número nos cargos de chefia, nos órgãos consultivos, …. Ou seja, que exista efetivamente uma representatividade de género a todos os níveis.Tendo em conta que na União Europeia, à semelhança de Portugal, mais de metade dos eleitores são eleitoras, as mulhe-res continuam sub-representadas nos cargos de decisão, peso

embora desde há várias legislatu-ras que o Parlamento Europeu incentiva a uma participação reforçada das mulheres na vida política e nos processos de tomada de decisão.Os homens não fazem ideia de quão cansativo é ser Mulher. Além das partes dolorosas relacionadas com a anatomia, há que ser sempre simpática. Para ir mais além neste mundo, obceca-do com a juventude e a beleza, há que parecer bonita e perfumada, sempre, e com uma pitada de apelo sexual. Convém ainda, chegar onde se pretende antes da meia-idade, porque é nessa fase que a mulher se torna invisível para o mundo.Para provar o que valem, as mulheres têm de trabalhar mais,

sem se esquecerem de não parecerem mais inteligentes que os colegas, e tudo isto ganhando menos do que eles. Além disso, ainda têm de lidar com a culpa de serem mães que trabalham, ou de serem mães que abdicaram da carreira… Ou o contrário…E claro, podemos potenciar oportunidades fazendo uso dos atributos físicos, mas temos que sofrer empregando vestes desconfortáveis e reveladoras, em cima dos fabulosos sapatos de salto alto.É muito maior a probabilidade dos maridos baterem nas mulheres do que as mulheres baterem nos homens.E algumas, de entre nós Mulheres, morrem nas mãos dos homens que dizem amá-las.

O encurtamento da dívida de curto-prazo a fornecedores para números inferiores a 90 dias também merece o nosso aplauso, na medida em que era uma antiga reivindicação do PSD Seixal.Um saldo positivo do exercício, embora seja de aplaudir, parece-nos um exercício meramente contabilístico, pois num ano em que as dificuldades financeiras do executivo foram claramente visíveis, como se justificar um saldo positivo? Parece a frase infeliz da Ministra das Finanças ao dizer que temos os cofres cheios. Ora se temos os cofres cheios para quê tanta austeridade? Sim, a pergunta tantas vezes repetida pelo PCP ganha a mesma pertinência no Seixal. Se temos de facto um saldo líquido positivo, então que se aplique essa verba na Acção Social, ou então que se abata mais a dívida.Por fim, o meu aplauso pela excelente taxa de execução conseguida. Nesse aspecto o executivo finalmente ganhou um rumo certo, sendo certo que a legislação actual a isso obriga.Pelo exposto e ponderando todos os factores enunciados, o meu voto foi a abstenção.

OPINIÃO

Diretor Raul Tavares | Editor-Chefe Roberto Dores | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação José Teófilo Duarte com João Silva DDLXServiços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98semmais

(..) a decisão cabe à Presidência da República e, o mais certo, é irmos a votos no dia 11 de Outubro.

fez questão de, em conversa informal com os jornalistas, dizer que defende que as Eleições Legislativas devem ter lugar em Outubro, em-bora a Constituição preveja que o sufrágio possa ocor-rer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro.Argumenta Sua Exa que “a campanha eleitoral não de-verá decorrer na praia”, ad-mitindo, certamente por desconhecer a realidade do País de que é Presidente, que a esmagadora maioria dos portugueses não sai de casa para gozar férias e só uma ligeira percentagem o faz em zona de praias.Estará, muito provavelmente, o Senhor Presidente da Re-pública, preocupado com o eventual aumento da abs-tenção, pois a base social de apoio dos partidos que o apoiam não abdicarão do gozo de férias para regres-sar à residência para exercer o direito de voto.Arriscamos dizer que cada partido avançará com a data que mais lhe convém mas, como se sabe como tudo isto termina, a decisão cabe à Presidência da República e, o mais certo, é irmos a vo-tos no dia 11 de Outubro.A gestão do País será depois feita em duodécimos, mas haverá inteligências para sanar o problema.

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SEMMAIS | SÁBADO | 9 DE MAIO | 2015 | 23

Resignação e resistênciaTURISMO SEM MAIS

Jorge Humberto SilvaColaborador

Entre abril e maio o tema da resistência e da oposta resigna-ção retoma importância e substância. Duas palavras que (demasiado) facilmente resva-lam para a política quando, na verdade, têm bem mais a ver com atitude.Vivemos no mundo. E, nesse mundo, num determinado tempo. Indiferentes e confor-mados ou presentes e interve-nientes. Existe uma linha, talvez imaginária mas existe, que separa resignação de resistên-cia. Essa linha convoca o imaginário pessoal de cada um. Porquê aceitar tudo como sempre foi? Será que (realmen-te) sempre foi assim? Será que não é possível mudar?Repetir modelos. Continuar o que está gasto, até à 99 edição de qualquer coisa persistente-mente medíocre, não é normal. Natural é questionar. Perguntar como se pode fazer de maneira diferente. Melhor.

Muita da nossa frustração recente como país e como sociedade reside precisamente na nossa incapacidade em questionar. Em resistir. Veio a troika. Veio a crise. Veio a miséria para tantos. Seguiu-se o fim de algumas “vacas sagradas” das finanças e da política e,

ainda assim, parece que temos medo em questionar.Não tenhamos dúvidas. Estão cá, e andam e pastam, muitas outras “vacas sagradas”. Um dia, outra e outra vez, com surpresa veremos cair a sua arrogância e a sua vazia petulância. Surpresa porquê? Não é óbvio?Entretanto as portuguesas e os portugueses que inovam, que criam empresas, que melhoram os serviços, que trabalham forte e feio e provam, com esse traba-lho, que têm um compromisso com o seu país, não aparecem nas notícias nem são comenta-das nos cafés.Temos a mais bem preparada geração de sempre. A contribuir para a riqueza de outros países que investiram zero na sua formação.Mas também temos a melhor, e a mais bem preparada, geração de seniores de sempre. Mas, nas nossas cidades e nas nossas

aldeias, estes seniores raramen-te são voluntários do que quer que seja. Entregam-se a impo-tentes jogos de cartas e à permanente maledicência. Querem maior resignação do que esta?Resistência não precisa ser aderir a um grupo anarquista radical. Resistência começa por ser uma coisa tão simples como pensarmos pela nossa cabeça. Negarmos que o “destino marca a hora” quando sabemos que a hora é livre do que lá aconteça. Resistência é feita com os outros. Num horário que fazemos. Num formato que inventamos.Afinal quando se faz bem resiste-se. Quando se pensa noutra solução para o mesmo problema resiste-se. Mas resiste-se, ainda mais, quando pensamos no mundo que vem aí. Um mundo onde temos que encontrar uma resposta para o maior problema (na minha

OPINIÃO

opinião) do nosso país: a claríssima falta de oportunida-des para a nova geração.Já acreditámos que o Iraque tinha armas de destruição massiva (lembram-se). Já acreditámos que os fundos comunitários nos iam tornar ricos. Já acreditámos nas autoestradas vazias, nas piscinas sem utentes, nos centros culturais sem cultura, nas fachadas sem conteúdos e nas obras sem sentido nem propósito.Restam as pessoas. Ou talvez seja mais correto dizer: “restam as pessoas, estúpido”. As pessoas são tudo o que temos. Pessoas que não são impostos. Pessoas que são ideias. Pessoas que são projetos. Pessoas que não são todas iguais mas diferentes. E essa diferença é a sua maior riqueza.Resistir. Resistir amanhã e daqui a um ano. Resistir, afinal, à resignação.

Entre abril e maio o tema da resistência e da oposta resignação retoma importância e substância. Duas palavras que (demasiado) facilmente resvalam para a política quando, na verdade, têm bem mais a ver com atitude.

Estão cá, e andam e pastam, muitas outras “vacas sagradas”. Um dia, outra e outra vez, com surpresa veremos cair a sua arrogância e a sua vazia petulância. Surpresa porquê? Não é óbvio?

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