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PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 2 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SOMA E SEGUE NA REGIÃO COM QUATRO MORTES O fenómeno continua a envergonhar o distrito. Este ano, os registos contam com mais quatro casos mortais, atirando a região para o tercei- ro lugar da violência doméstica, só atrás dos distritos do Porto e de Lisboa. É um drama que preocupa as autoridades. SOCIEDADE PÁGINA 2 CARDOSO FERREIRA REELEITO NA LIDERANÇA DA MISERICÓRDIA DE SETÚBAL O atual provedor foi reeleito com 117 votos a favor, numa eleição que ficou marcada por um período pré-eleitoral de ataques e tentativas de golpes palacianos, segundo Cardoso Ferreira. Promete limpar todo o passivo e novos investi- mentos. Os críticos vão ser chamados à liça. POLÍTICA PÁGINA 10 SOCIALISTAS DA REGIÃO REFORÇAM NOVO GOVERNO E LARGO DO RATO O novo governo liderado por António Costa deu peso aos socialistas do distrito. Ana Cata- rina Mendes vai tomar conta do partido a nível nacional, Eduardo Cabrita e Pedro Marques são novos ministros e Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix secretários de estado. A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 «SITUAÇÃO FINANCEIRA ESTÁ RECUPERADA E VAMOS VOLTAR AO CICLO DE INVESTIMENTOS» PRESIDENTE DA CÂMARA DO SEIXAL, JOAQUIM SANTOS, EM ENTREVISTA Joaquim Santos está entusiasmado com o novo ciclo de investimentos do município até ao final do mandato, nomeadamente uma aposta estratégica no cluster turístico. Não esquece a força do concelho na área industrial e vai continuar a lutar pelo novo hospital. ENTREVISTA PÁGINA 12 Sábado 28 | Novembro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 880 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais

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Edição do Semmais de 28 de Novembro

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SOCIEDADE PÁGINA 2VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SOMA E SEGUE NA REGIÃO COM QUATRO MORTES O fenómeno continua a envergonhar o distrito. Este ano, os registos contam com mais quatro casos mortais, atirando a região para o tercei-ro lugar da violência doméstica, só atrás dos distritos do Porto e de Lisboa. É um drama que preocupa as autoridades.

SOCIEDADE PÁGINA 2CARDOSO FERREIRA REELEITO NA LIDERANÇA DA MISERICÓRDIA DE SETÚBAL O atual provedor foi reeleito com 117 votos a favor, numa eleição que ficou marcada por um período pré-eleitoral de ataques e tentativas de golpes palacianos, segundo Cardoso Ferreira. Promete limpar todo o passivo e novos investi-mentos. Os críticos vão ser chamados à liça.

POLÍTICA PÁGINA 10SOCIALISTAS DA REGIÃO REFORÇAM NOVO GOVERNO E LARGO DO RATO O novo governo liderado por António Costa deu peso aos socialistas do distrito. Ana Cata-rina Mendes vai tomar conta do partido a nível nacional, Eduardo Cabrita e Pedro Marques são novos ministros e Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix secretários de estado.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

«SITUAÇÃO FINANCEIRA ESTÁ RECUPERADA E VAMOS VOLTAR AO CICLO DE INVESTIMENTOS»

PRESIDENTE DA CÂMARA DO SEIXAL, JOAQUIM SANTOS, EM ENTREVISTA

Joaquim Santos está entusiasmado com o novo ciclo de investimentos do município até ao final do mandato, nomeadamente uma aposta estratégica no cluster turístico. Não esquece a força do concelho na área industrial e vai continuar a lutar pelo novo hospital.

ENTREVISTA PÁGINA 12

Sábado 28 | Novembro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 880 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

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Continua a ser um drama que envergonha a região. Este ano já foram registados quatro casos mortais, atribuídos pelas autoridades à violência doméstica. Os números atiram o distrito para o terceiro lugar, atrás dos índices registados no Porto e Lisboa.

REGIÃO CONTINUA NO TOPO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SÓ ATRÁS DO PORTO E LISBOA

Quatro mulheres assassinadas em 2015 deixam distrito entre os mais violentos

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

SOCIEDADE

Dia 22 de janeiro. O ama-nhecer era atribulado na rua Engenheiro Henri

Perron, no Bairro do Liceu. À me-dida que os moradores iam sain-do de casa para o trabalho a notí-cia passava de boca em boca. Durante a madrugada Maria Pi-nheiro, de 52 anos, que trabalha-va na Câmara de Setúbal, tinha

sido morta pelo marido, entre-tanto, preso. Foi a primeira víti-ma mortal num quadro de vio-lência doméstica no distrito. Até hoje seguiram-se mais três ho-micídios. As quatro vítimas colo-cam a região num indesejável terceiro lugar à escala nacional, apenas atrás do Porto e Lisboa. As quatro mulheres foram mortas com recurso a armas bran-cas e de fogo, utilizadas pelos ma-ridos ou companheiros, segundo

revelam os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA), que dá ainda conta de várias tenta-tivas de homicídio entre 1 de janei-ro a 20 de novembro. Outro caso mediático ocorri-do no distrito teve lugar dia 3 de março, em Santa Marta do Pinhal (Seixal), onde uma mulher, de 29 anos, foi encontrada morta na sua residência com indícios de ter sido esfaqueada. O marido suici-dou-se depois na ponte 25 de

Abril. Tudo porque o casal estaria a passar por graves dificuldades relacionadas com o pagamento de dívidas, tendo até um automó-vel penhorado. Essas dificuldades terão motivado o agressor, que estava desempregado. A mulher foi atingida por vários golpes de uma faca de cozinha. Já na Charneca de Caparica um terceira mulher morreu víti-ma da violência do marido. Ti-nha 40 anos e foi asfixiada. Esta-va em processo de divórcio, depois de há uns anos lhe ter sido amputada uma perna no Hospital Garcia de Orta. O mari-do entregou-se às autoridades e confessou o crime.

Onda de violência e crimes macabros

Já na semana passada a tragédia voltou a espreitar, desta vez no Laranjeiro (Almada) quando um homem de 40 anos tentou matar o cunhado por vingança, na pra-ceta Diogo do Couto, no depois de sair da cadeia, onde cumpriu pena por agredir a mulher com um machado. Em casa estava um casal e um bebé de dois anos, mas o suspeito disparou mais do que uma vez com um revólver e

atingiu o cunhado num braço. Quando se apercebeu da pre-sença da polícia, atirou-se do terceiro andar, pelas escadas in-teriores do prédio. Ainda assim, apesar do nú-mero de homicídios consuma-dos ser inferior, quase em 50%, ao ano passado o OMA alerta que não se pode afirmar que «o femicídio está em tendência de-crescente», tendo em conta os últimos 11 anos. Pelo contrário, diz aquela organização, «este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presen-tes ou pretéritas, mantêm uma estabilidade, contrariando a ten-dência decrescente verificada em Portugal do homicídio prati-cado noutros contextos». Já Hugo Guinote, da PSP, ad-mite que a diminuição de casos se deve ao trabalho conjunto de várias entidades, desde as forças de segurança até às instituições de apoio à vítima, sendo revela-do que a história de violência doméstica na relação foi identi-ficada quer nos homicídios con-sumados que, refere o relatório, sublinhando que em cerca de um terço destes casos decorria um processo-crime.

A comitiva alentejana que parte hoje para a capital da Namíbia, Windoek, está segura de trazer para Portugal mais uma alta distinção da Unesco. O processo é liderado pela Turismo do Alentejo em parceria com a Câmara de Viana do Alentejo e freguesia de Alcáçovas.

CANDIDATURA DA ARTE CHOCALHEIRA À LISTA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL VAI SER VOTADA NA PRÓXIMA SEMANA NA NAMÍBIA

Alentejo na iminência de conquistar mais um selo da Unesco

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

A Arte Chocalheira está a um passo de conquistar o título de Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguar-

da Urgente, depois da comissão internacional de especialistas da Unesco ter já considerado o pro-cesso de candidatura “exemplar”. A apreciação e votação fi-nal do dossiê - pela Organiza-ção das Nações Unidas para a

Educação, Ciência e Cultura - decorrem já na próxima sema-na, entre 30 de novembro e 4 de dezembro, na Namíbia, du-rante a 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património

Cultural Imaterial. A confirmar-se a atribuição do título de Património da Hu-manidade à Arte Chocalheira, o Alentejo conquista, pelo segun-do ano consecutivo, mais um selo da Unesco para a região.

Esta expressão cultural abrange três municípios

Recorde-se que esta manifes-tação cultural tem no territó-rio alentejano a maior expres-são a nível nacional, uma vez que abrange três municípios, ou seja Estremoz, Reguengos de Monsaraz e Viana do Alen-tejo, mais concretamente a freguesia de Alcáçovas. Refira-se ainda que o pro-cesso de candidatura do fabri-co de chocalhos é liderado pela Turismo do Alentejo/Ri-batejo, em parceria com a Câ-mara Municipal de Viana do Alentejo e a Junta de Fregue-sia de Alcáçovas. Paralelamente ao projeto de reconhecimento pela Unes-co, as referidas instituições es-tão a desenvolver um plano de salvaguarda que possa garan-tir a sustentabilidade e trans-missão de uma arte iniciada há mais de dois mil anos no Alen-tejo.

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Comparada com eleições de lista única, a de quinta-feira foi a que obteve maior afluência. A lista liderada por Cardoso Ferreira conquistou 117 votos a favor, 20 nulos e 6 brancos. O passivo de 2,5 milhões de euros, que recebeu aquando da sua primeira eleição, está quase sanado. E há projetos na forja.

DESGASTADO COM ‘ATAQUES’ DA OPOSIÇÃO, PROVEDOR FOI RECONFIRMADO DE FORMA ESMAGADORA

Cardoso Ferreira vai arrancar com novo ciclo e promete limpeza de passivo

COMPANHIA MASCARENHAS MARTINS VAI ARRANCAR JÁ NO PRÓXIMO ANO E PROMETE MUITA AMBIÇÃO

Levi Martins cria companhia de artes no Montijo com colega de escola

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM SM

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

O QUE VALE A MISERICÓRDIA DE SETÚBALA Santa Casa da Misericór-dia de Setúbal gere um orça-mento de quase 5 milhões de euros, sendo uma das quatro maiores instituições do gé-nero a operar no distrito. Dispõe de 250 funcionários, serve diariamente uma po-pulação estimada em 750 utentes e confecciona cerca de 900 refeições diárias.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setú-bal, Cardoso Ferreira, foi

quinta-feira reeleito com 117 vo-tos a favor, vinte nulos e seis brancos, depois de uma pré--campanha eleitoral «muito des-gastante» e que, segundo o pró-prio, atingiu a credibilidade da instituição e prejudicou as suas receitas. Para Cardoso Ferreira, que apresenta para o novo mandato, «uma equipa reconhecida na co-

A Companhia Mascarenhas Martins, um projeto ligado às artes criado por Levi

Martins (músico) e Maria Masca-renhas (atriz e professora de tea-tro), dois amigos que frequenta-ram a Escola Superior de Teatro e Cinema, vai ser uma realidade no Montijo, já no próximo ano. Tra-ta-se de um grupo que aposta na

munidade pelas suas competências pessoais, profissionais e sociais», os associados reconheceram, de forma ampla, «o trabalho desen-volvido, o projeto de futuro e a capacidade de o liderar». Mas também, reafirmou ao Semmais, «demonstraram que os oposito-res apenas pretenderam um as-salto ao poder». Os resultados do ato eleitoral serão submetidos ao novo bispo de Setúbal, D. José Ordelas Car-valho, para homologação e o provedor acredita que o plano de atividades, sujeito a Assembleia--Geral de irmãos esta segunda-

-feira, deverá começar a ser pos-to em pratica antes do Natal.

Remodelação do Acácio Barradas e pegar no Externado Diocesano

Um dos projetos que marcará o próximo mandato, segundo Cardoso Ferreira, será a remo-delação do vetusto lar “Acácio Barradas”, um dos imóveis íco-nes da Misericórdia, construído em 1893. «Pretendemos uma grande reabilitação interior, mantendo a traça do imóvel e eventualmente acrescentando um piso, melhorando, de forma

drástica as suas condições de operacionalidade», explicou o dirigente. Outra das ideias inscritas para o mandato, prende-se com a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal vol-tar a por a funcionar o Externa-do Diocesano, propriedade da Diocese sadina. Para Cardoso Ferreira, que diz já ter sinalizado esta intenção junto do prelado sadino, «é uma decisão que se impõe», dada a dimensão que aquela instituição de ensino sempre dispôs na cidade. Do ponto de vista financeiro,

Cardoso Ferreira garante ter sa-neado todo o passivo da insti-tuição já no início de 2017. «É um ponto de honra, que está prestes a ser consolidado. Quando cheguei à Misericórdia o passivo era superior a 2,5 mi-lhões de euros e está quase sal-dado», afiança. Um «grande es-forço e um trabalho hercúleo», diz o provedor reeleito, uma vez que durante este tempo foi ain-da necessário «estabilizar a cada, ir pagando e amortizando a dívida, sem esquecer a ativi-dade constante de gestão e fa-zer alguns investimentos».

criação artística e que conta tam-bém com o apoio do cenógrafo Adelino Lourenço e do músico André Reis, entre outros, num to-tal de oito elementos. Levi Martins revela que o projeto, formado essencial-mente por pessoas ligadas às artes, além do teatro, irá tam-bém debruçar-se ao cinema, como a produção de um docu-mentário, em co-produção com a Sociedade Filarmónica 1.º de

Dezembro. O documentário, com realização de Levi Martins, já está a ser produzido e é dedi-cado a um ciclo de homenagem a personalidades e composito-res que marcaram a história do montijo e da própria coletivida-de. Mas a música, a literatura e as artes plásticas também vão ser apostas da Companhia Mas-carenhas Martins. «Estamos aqui a formar um núcleo de artistas em torno de

um projeto comum. Para o ano vamos estrear um espetáculo de teatro no cineteatro Joaquim D´Almeida. Queremos ainda fa-zer um concerto e vamos estrear este documentário. Estamos a jo-gar em várias frentes», esclarece Levi Martins, que sente orgulho em avançar com um projeto pio-neiro na região. «Nos últimos 30 anos não há registo de compa-nhias profissionais no Montijo. Houve experiências, mas não singraram. Queremos ajudar a dinamizar a área cultural do Montijo, uma vez que não existe aqui produção teatral», vinca.

Dupla à procura de um espaço próprio

Ainda sem espaço próprio, o mentor confessa que gostaria que os ensaios decorressem numa sala do cineteatro Joaquim D´Almeida. «Isso ainda não está definido». Os apoios poderão vir da União da Junta de Freguesia e

do município, mas está tudo ain-da em ‘banho-maria’, bem como de empresas privadas. No que se refere a apoios, Levi Martins diz que ainda não há «uma declaração clara de apoio» à Companhia Mascare-nhas Martins por parte do muni-cípio montijense, pelo que aguar-damos uma reunião, há algum tempo, com alguém da Câmara para falarmos na estreia do espe-táculo “Toda a gente e ninguém”, com texto de Levi Martins e de Maria Mascarenhas. João Jacin-to, um jovem ator do Montijo, vai também fazer parte do elenco, em conjunto com a Maria Masca-renhas. A estreia está apontada para o mês de março de 2016. É intenção de Levi Martins, o encenador, levar a peça “Toda a gente e ninguém” um pouco por todo o País. A apresentação ofi-cial da Companhia está agenda-da para o dia 16 de janeiro de 2016, às 16 horas, na Casa Mora, no Montijo.

É um projeto que está na cabeça dos seus timoneiros há algum tempo. Agora vai tornar-se realidade. Na base está também a criação de novos talentos.

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Carla Gomes fez jornalismo no Semmais e em outros jornais do mesmo grupo, foi assessora da CCDR-LVT e especializou-se em ambiente. Originária dos Açores, nos últimos oito meses, assentou raízes em Moçambique, percorrendo diversas aldeias de Nampula e Cabo Delgado. Tudo em nome de um doutoramento especial.

INVESTIGADORA CARLA GOMES PASSOU OITO MESES EM DUAS PROVÍNCIAS MOÇAMBICANAS PARA ESTUDO DE DOUTORAMENTO

Das redações de Setúbal às aldeias de Moçambique

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

A vida dos camponeses de Moçambique é tema de um estudo que está a ser

realizado por Carla Gomes, que se dedicou à investigação acadé-mica depois de ter iniciado a car-reira como jornalista na impren-sa regional de Setúbal. O objetivo é analisar o impacto que os pro-jetos agrícolas de larga escala estão a ter nas comunidades ru-rais do país. O estudo está a ser realizado no âmbito do doutora-mento para as Universidades de Lisboa (Instituto de Ciências So-ciais) e de East Anglia, em Ingla-

terra, e os resultados finais são apresentados no próximo ano. O projeto envolveu cerca de oito meses de trabalho de campo em duas províncias do Norte de Moçambique, Nampula e Cabo Delgado, e contou com o apoio da Universidade Lúrio, sedeada nesta região. A investigadora passou por diversas aldeias, onde entrevistou as populações, na sua maioria pe-quenos agricultores, os líderes das comunidades, os representantes das empresas investidoras e das instituições governamentais, bem como os das organizações não go-vernamentais. A ideia é contribuir para uma melhor compreensão das novas

dinâmicas criadas pela conces-são de terras a empresas multi-nacionais, naquele que tem sido um dos países mais procurados pelos investidores em toda a África. «Tem-se falado de uma nova “Revolução Verde” no con-tinente, que promova um cres-cimento sem precedentes no sector da agricultura e na pro-dução de alimentos.», explica a investigadora, «mas importa perceber quais as implicações desta transição a nível local, no-meadamente nos modos de vida, segurança alimentar e ní-veis de pobreza das populações que vivem essencialmente do cultivo da terra».

Formada em ciências da comunicação na ESE do IPS

Carla Gomes fez a licenciatura em Jornalismo na Escola Superior de Educação de Setúbal e iniciou a sua carreira no Semmais Jornal. Acabou por se dedicar à investiga-ção depois de ter defendido a dis-sertação de Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais na Universi-dade de Aveiro. Na altura analisou o potencial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PA-LOP) para o aproveitamento das energias renováveis, com um caso de estudo sobre Cabo Verde. Tra-balho que acabaria por ser pre-miado pela Fundação Calouste

Gulbenkian e dar origem ao livro “Alterações Climáticas e Desen-volvimento Limpo”. O projeto em Moçambique se-gue a mesma linha de interesse, tendo em vista compreender as potencialidades de um desenvolvi-mento sustentável nos países afri-canos, em especial os PALOP. A in-vestigação, que se iniciou em 2013, conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A in-vestigadora é a convidada de uma das últimas edições do programa Cientifica Mente da RDP África. A entrevista foi para o ar a 20 de No-vembro e está disponível na inter-net em http://www.rtp.pt/play/p401/e214632/cientifica-mente.

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A jornalista Helena de Sousa Freitas foi distinguida, por unanimidade do júri, com

o Prémio “Os Nossos Heróis”, iniciativa nacional da Associa-ção Mutualista Montepio e da revista Visão destinada “a pesso-as e empresas que se destaquem na sociedade pela sua veia soli-dária” e na qual os candidatos são propostos por terceiros. O galardão, um troféu dese-nhado pelo arquiteto Souto Moura, foi entregue à jornalista esta quinta-feira, ao final da tar-de, por Mercedes Balsemão, no auditório do Montepio, em Lis-boa, no âmbito da “Grande Con-ferência Visão Solidária e Monte-pio”. A iniciativa contou, entre ou-tras, com intervenções do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, do coordenador da Pla-taforma de Apoio aos Refugia-dos, Rui Marques, e do apresen-tador televisivo João Manzarra. Com um percurso de volun-

tariado iniciado aos 15 anos e que passou por diversas orga-nizações e projetos de índole ambiental, Helena Freitas foi distinguida pela sua iniciativa mais recente, o GARRRBAGE – Grupo de Acção pela Recolha, Reabilitação e Reutilização de Bens Aproveitáveis – Gerações Ecologistas, que funciona no Bairro da Bela Vista, em Setú-bal. Prestes a celebrar um ano de existência, o GARRRBAGE sur-giu por proposta da jornalista no âmbito do 2.º Encontro de Mora-dores “Nosso Bairro, Nossa Ci-dade”, promovido pela Câmara Municipal de Setúbal, que aco-lheu e apoiou a iniciativa desde o início.

Projeto visa resgatar e recuperar bens descartados

O GARRRBAGE tem por objecti-vo resgatar e recuperar bens de que as pessoas se descartam um

pouco por toda a cidade, nome-adamente junto dos contentores do lixo e ecopontos, mas que ainda podem ter uma “segunda vida”, e dispõe actualmente de uma oficina num dos pátios da Bela Vista e de uma loja no Mer-cado 2 de Abril, ambas a funcio-nar em regime de voluntariado. Atribuído anualmente, o pré-mio “Os Nossos Heróis” possui duas categorias, “Empresa Soli-dária do Ano” e “Herói do Ano”. Na categoria “Herói do Ano”, foi ainda atribuída uma menção honrosa a Hugo Martins, funda-dor e presidente da Associação Vox Lisboa, enquanto na catego-ria “Empresa do Ano” o primeiro prémio coube à Bel Portugal, ten-do a We Bankor recebido uma menção honrosa. Para escolher o “Herói do Ano”, o júri avalia “a qualidade das obras ou realizações do can-didato, o impacto da sua acção na sociedade portuguesa, a supera-ção dos limites anteriormente al-

cançados por acções semelhantes e o potencial que o projecto do candidato tem de ser replicado”. Helena Freitas descobriu o in-teresse pelo voluntariado quando frequentava a Escola Secundária do Viso (actual ES 2,3 Lima de Freitas), com a criação do Clube do Ambiente, Saúde e Biologia na-quele estabelecimento de ensino. Posteriormente, integrou o núcleo local da Quercus, a Ca-prosado – Comissão Ambiental

Proteger o Sado, o clube juvenil CultuNatura e participou no programa Jovens Voluntários para a Solidariedade (JVS), do Instituto Português da Juventu-de. Foi ainda co-fundadora do GISA – Grupo de Acção e Sensi-bilização Ambiental. Já distinguida nas áreas acadé-mica, jornalística, literária e cine-matográfica, Helena de Sousa Freitas recebeu agora, pela primeira vez, um prémio pela sua acção cívica.

MENTORA E VOLUNTÁRIA DO PROJECTO GARRRBAGE COMEÇOU ATIVIDADE JORNALÍSTICA NO SEMMAIS

Helena de Sousa Freitas distinguida com Prémio “Os Nossos Heróis”

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MOITAROTEIRO DAS FREGUESIAS PROSSEGUE NO TERRENO PARA APURAR CARÊNCIAS O edil Rui Garcia e vereação levaram a cabo mais um Ro-teiro da Freguesia, na Baixa da Banheira e Vale da Amo-reira, no âmbito do Programa de Gestão Participada “Re-forçar a Democracia, Preparar o Futuro”, entre 17 e 20 de novembro. O roteiro incluiu a realização de visitas que, além do contato direto com a população, permitiram, em estreita colaboração com a junta de freguesia, perspeti-var algumas melhorias de requalificação de diferentes espaços públicos e equipamentos.Os eleitos começaram por visitar, no dia 17, diferentes espa-ços públicos e equipamentos da freguesia do Vale da Amo-reira, nomeadamente, os logradouros das Bandas A, B e C, o Centro Comercial da Zona A, as escolas básicas n.º 1 e n.º 2, a biblioteca do Vale da Amoreira, o polidesportivo junto ao Centro Multiusos António Figueiredo, o parque dos Coope-rantes e as obras do parque hortícola do Vale da Amoreira.O roteiro prosseguiu a 20, na Baixa da Banheira, e in-cluiu uma visita ao parque José Afonso, particularmente ao Clube do Rio, a observação da rede viária da Ex. EN 11 e da passagem inferior da REFER, o contacto com co-merciantes no mercado da Zona Sul e avaliação das con-dições do mercado, uma avaliação da obra realizada no parque das Laranjeiras, e do problema de drenagem na básica n.º 6, bem como uma visita ao parque infantil da praceta dos Metalúrgicos. Os trabalhos terminaram com uma reunião de avaliação com o executivo da União de Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira.Integrada neste roteiro, realizou-se ainda no dia 18, mais uma reunião pública descentralizada, no Vale da Amorei-ra, e no dia 27 houve atendimentos descentralizados, no Sporting Clube Banheirense, na Baixa da Banheira, com o presidente Rui Garcia e o vereador Miguel Canudo.Na reunião de câmara, foi aprovada a celebração de contratos-programa de desenvolvimento social, cultural e desportivo com a Associação de Moradores e Amigos da Zona Sul e o Círculo de Animação Cultural de Alhos Vedros, no valor total de 2 500 euros.

SEIXAL MANTA AVANÇA NO CONCELHO PELA IGUALDADE DE GÉNERO E DIREITOS HUMANOS No âmbito das comemorações do Dia Municipal da Igualdade, que se assinalou no dia 24 de outubro, está lançado o desafio para a elaboração de uma Manta da Igualdade, alusiva à temática da Igualdade de Género e Direitos Humanos.Trata-se de uma manta em retalhos em que cada partici-pante contribui um retalho personalizado de 60x60 cm, utilizando diversos materiais como, por exemplo, tecido, pintura, colagens ou materiais reciclados.O projeto é dirigido a todas as entidades parceiras da autarquia e da Rede Social do Seixal e munícipes que só precisam de imaginação para trabalhar a temática da igualdade.A Manta da Igualdade será exposta no átrio dos Serviços Centrais do município, no âmbito das Comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se assinala no dia 10 de dezembro.Os interessados em participar no projeto devem efetuar uma inscrição prévia, até ao dia 4 de dezembro, através do email [email protected] ou [email protected]. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 7 de dezembro nos Serviços Centrais da edilidade. Para esclarecimentos adicionais, podem ser contactados os elementos da equipa organizadora, através do contato telefónico 212 216 700 ou através dos endereços de email [email protected], [email protected] ou [email protected].

SINES MAGIA DA QUADRA NATALÍCIA REGRESSA AO CENTRO HISTÓRICOA magia da quadra natalícia está de regresso ao centro histórico de Sines, mais concretamente no largo poeta Bocage, praça Tomás Ribeiro e ruas circundantes, com a iniciativa intitulada “Natal no Largo”, nos dias 5 e 6 de dezembro, entre as 10 e as 19 horas. O “Natal no Largo” inclui o tradicional mercado tradicio-nal, fotografias com o Pai Natal, sessões de contos, Ofi-cina do Chocolate, espetáculo de magia e o concerto de Natal, pelos Shout! (Gospel), os quais são o destaque do programa. Há lançamento de neve e muita animação de rua. A entrada é livre. A organização é da Câmara Municipal de Sines, que conta com os apoios da Junta de Freguesia de Sines, delega-ção de Sines da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, comércio local, Escola das Artes do Alentejo Litoral, Arte Velha - Associação de Artesãos e FabLab Lisboa.

GRÂNDOLA OBRAS NO PAVILHÃO DESPORTIVO AVALIADAS EM MAIS DE 27 MIL EUROS A cobertura do pavilhão desportivo do complexo muni-cipal José Afonso beneficiou de obras de reabilitação no valor superior a 27 mil euros.Este equipamento, que anualmente recebe cerca de 75 mil utentes foi intervencionado com o objetivo de garan-tir mais e melhores condições para a prática desportiva.Os trabalhos que decorreram em duas fases incidiram fundamentalmente na cobertura do pavilhão gimnodes-portivo que, desde a sua construção, em 1998, não tinha sido alvo de qualquer intervenção.As obras incluíram, numa primeira fase, a renovação dos algerozes e a pintura das paredes interiores do pavilhão, e numa segunda fase, recentemente concluída, a remo-ção das telas existentes nas platibandas e limpeza geral e impermeabilização das platibandas com tela de xisto.Recorde-se que este pavilhão possibilita a prática de cer-ca de 20 modalidades desportivas, recebendo diariamen-te, grupos de alunos da Universidade Sénior de Grândola, as turmas dos estabelecimentos de ensino do concelho em aulas de Educação Física, os treinos e competição do Desporto Escolar, bem como, aulas de grupo, treinos e competição oficial das equipas e atletas dos Clubes e As-sociações Desportivas Desportivos.

ALCOCHETE CONTAS DO MUNICÍPIO ESPELHAM CONTENÇÃO FINANCEIRA As Grandes Opções do Plano, o Plano Plurianual de In-vestimentos, as Atividades Mais Relevantes para os Anos de 2016/19, o Orçamento e o Mapa de Pessoal para 2016 estiveram em apreciação na última reunião da Assembleia Municipal e foram aprovados, por maioria, com os votos favoráveis da bancada da CDU, os votos contra das ban-cadas do CDS-PP e PSD e a abstenção da bancada do PS.Marcados pela continuidade de uma política de conten-ção, os Documentos Previsionais não são excessivamente ambiciosos do ponto de investimento nem poderiam ser de acordo com o edil, que refere que os mesmos são con-servadores por duas razões fundamentais: «O município deverá decidir sobre as prioridades em termos de inves-timento e que respeitem o propósito de investir e sanear».O PPI considera a requalificação da EM 502 como o in-vestimento mais avultado, condicionado no entanto pela possível aquisição de uma viatura de recolha de resíduos sólidos urbanos.«Existe uma situação que tem de ficar clara e diz respeito à necessidade imperiosa de ter um diagnóstico claro e elucidativo do estado de conservação das nossas viatu-ras de recolha do resíduos sólidos urbanos, um processo está em curso, porque temos suportado encargos finan-ceiro avultadíssimos em reparações das viaturas», subli-nhou o Luís Franco.Alavancados por investimento privado, e com a perspe-tiva da entrada em funcionamento de um investimento privado na praia dos moinhos em 2017, está também perspetivada a requalificação da envolvente do Fórum Cultural e de mais um segmento da frente ribeirinha. As-sim como a requalificação da zona envolvente do Cerra-do da Praia, 2.ª fase, e das duas rotundas.

LOCAL

BARREIROSETE MILHÕES PARA INVESTIR EM OBRAS E PROJETOS O Plano de Atividades e Orçamento para 2016 do muni-cípio demonstra «uma visão estratégica para o presente e para o futuro do concelho». Foi assim que o edil Carlos Humberto rotulou este documento que aposta, sobretu-do, nas áreas da manutenção dos arruamentos, equipa-mentos, espaços públicos e das redes de águas e sanea-mento, a recuperação da frente ribeirinha, a construção da via entre a rotunda do Malagatana e a Quimiparque, o arranjo do espaço envolvente ao Forum Barreiro, entre outras apostas. Foi durante um almoço com a imprensa, num restauran-te da cidade, no dia 24, que o autarca falou deste docu-mento, aprovado a 28 de outubro, em reunião extraor-dinária do município, classificando-o de «consolidar a estratégia de equilíbrio das contas do município iniciado em anos anteriores». «Estamos num caminho de equilí-brio das contas que permite intensificar os investimentos e a atividade municipal», referiu. Antevendo a necessidade de alguns ajustes no orçamen-to municipal, devido à falta de OE para o mesmo período, Carlos Humberto relembrou que a redução das receitas dos municípios, limitou a capacidade de investimento dos mesmos. O orçamento do município ultrapassa os 44 milhões de euros, dos quais 7 milhões destinam-se aos investimentos.

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SETÚBALDELEGAÇÃO DA CRUZ VERMELHA TEM NOVA DIREÇÃOO centenário da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha foi assinalado, no dia 20, com um programa comemora-tivo, que incluiu a tomada de posse da nova direção, uma conferência e um apontamento cénico.O trabalho social desenvolvido pela instituição junto dos mais necessitados e as atividades dinamizadas em áreas como a emergência social, as migrações, a igualdade de género e a prevenção da violência foram elogiados pela presidente do município, Dores Meira. «Valorizamos intensamente o que nos dá a Cruz Verme-lha e, em especial, esta delegação. Sabemos que convosco estaremos em boas mãos nos momentos mais complica-dos», destacou na cerimónia realizada na sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.A autarca sublinhou que a CV é constituída por «aqueles homens e mulheres que que nos habituámos a ver onde é mais necessário a ajuda humanitária, aqueles que vão onde mais ninguém pode ir, sempre desinteressadamente, sempre com um espírito de sacrifício incomensurável».A tomada de posse da nova direção, constituída por Du-arte Machado, presidente, Carla Tavares, vice-presiden-te, Isabel Machado, tesoureira, José Rodrigues e Eduardo Correia, vogais, foi um dos momentos da cerimónia.Dores Meira, ao elogiar a nova direção, em especial, para dar «continuidade ao excelente trabalho que tem sido fei-to», vincou a disponibilidade da autarquia para apoiar ini-ciativas da instituição que contribuam para o «desenvol-vimento da criação de mais oportunidades de trabalho».

SESIMBRA CÉUS DA VILA PISCATÓRIA ILUMINADOS POR UMA BOA CAUSA Os céus de Sesimbra voltam a iluminar-se, este sábado, com centenas de balões de ar quente. ”Ilumina-me” é o tí-tulo desta ação, promovida pela Cercizimbra-Cooperativa para Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptadas de Sesimbra, há três anos, em parceria com o município e outras entidades e associações do concelho, que pretende assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e, ao mesmo tempo, recolher donativos a favor do Centro de Atividades Ocupacionais da Cercizimbra.Por três euros, verba essa que reverterá a favor do Cen-tro, os participantes terão oportunidade de adquirir e lançar um pequeno balão biodegradável.Desta forma, estarão a ajudar esta cooperativa de solida-riedade social, que há mais de três décadas acolhe, reabili-ta e trabalha pela integração social e bem-estar de pessoas portadoras de deficiência motora e intelectual. A iniciativa tem início às 21h30, na praia do Ouro, em Sesimbra.

ALMADA OS 24 MELHORES ALUNOS DO CONCELHO VÃO SER DISTINGUIDOS

A autarquia almadense está a galardoar, desde o passado mês de outubro, os melhores estudantes do ensino se-cundário, profissional e tecnológico do concelho. A entrega dos diplomas culmina a 11 de dezembro com a distinção dos melhores alunos do Agrupamento de Esco-las Emídio Navarro.O prémio “Almada Cidade Inteligente” é atribuído pela Câmara Municipal de Almada, em cada ano letivo.Já na sua quarta edição, este galardão pretende valori-zar a dedicação e a atitude de desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens estudantes.Cada um recebe um prémio no valor de quinhentos eu-ros, sendo ainda entregue a todas as escolas um diploma de participação.

SANTIAGO DO CACÉM NOVO MAPA TURÍSTICO RECEBE NOTA DE DESTAQUE DOS OPERADORES TURÍSTICOS O novo mapa turístico de Santiago do Cacém foi apre-sentado no passado dia 18 de novembro, no auditório municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, du-rante o 1.º Encontro de Agentes de Turismo do Município, e recebeu nota de destaque por parte dos operadores tu-rísticos locais.«Tínhamos um mapa turístico já com alguns anos, que já não respondia às necessidades atuais dos turistas que nos procuraram. Desenvolvemos um mapa com uma filosofia diferente daquilo que tínhamos. Fizemos um mapa ilustrado, que evidencia os monumentos mais significativos», sublinha Álvaro Beijinha, presidente da CMSC, que destaca «a opinião muito relevante dos ope-radores turísticos do município, que foi francamente po-sitiva. Deram os parabéns à Câmara Municipal». Esta é, na opinião do edil, «mais uma ferramenta muito interes-sante e facilitadora para quem nos visita. Quem consulta este mapa percebe facilmente aquilo que tem para visitar no município».

ALCÁCER DO SAL BATATA-DOCE É RAINHA NA FREGUESIA DA COMPORTACom o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e da Junta de Freguesia da Comporta, a Associação de Agri-cultores do Distrito de Setúbal organiza na Carrasqueira, nos dias 5 e 6 de dezembro, a festa da batata-doce. A abertura da festa está agendada para as 15h30, seguin-do-se, às 16 horas, a atuação da banda filarmónica Ami-zade Visconde de Alcácer, mais conhecida por Calceteira, e, às 17h30, a autuação do rancho folclórico de Alcácer do Sal. A programação musical termina com um baile popular, com início às 19 horas. Para o dia 6, está agen-dado um almoço convívio às 12h30, com inscrições em vários locais da terra. Para as 14h30 estão agendadas in-tervenções sobre “A situação Agrícola, a Região e o País”, seguindo-se às 15h30, a atuação da banda da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, mais conhecida por PAZÔA. Às 16h30 é a vez de atuar o grupo coral do Torrão e, às 17 horas, realiza-se um baile popular. Duran-te os dois dias, a batata-doce é rainha, com locais de ven-da e mostra de doçaria feira com batata-doce.

LOCAL

PALMELA OBRAS NO MERCADO DE CABANAS ARRANCAM DIA 10 O município arranca, no dia 10 de dezembro, a uma em-preitada de obras de conservação do mercado municipal de Cabanas, na freguesia de Quinta do Anjo. Os trabalhos têm o prazo de execução de trinta dias e o funcionamen-to está assegurado, com o mínimo incómodo possível para comerciantes e clientes, à exceção do período entre 28 de dezembro e 3 de janeiro, em que o mercado encerra para que a limpeza e a pintura de tetos e paredes interio-res decorram com a maior rapidez e em segurança.A empreitada tem o valor de 12 623,37 euros e inclui, tam-bém, limpeza e reparações no telhado, nas armaduras de iluminação e nas paredes exteriores, com pintura integral das fachadas, dos gradeamentos e da porta de entrada e substituição de caixilharias, redes mosquiteiras e janelas.Esta intervenção segue-se à realizada em Palmela, no âmbito da aposta do município nestes espaços comer-ciais de proximidade, e vai dotar o mercado municipal de Cabanas de melhores condições de funcionamento, tor-nando-o mais atrativo e confortável.

MONTIJO EXECUTIVO VISITA AS FREGUESIAS DO MONTIJO E AFONSOEIRO O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e os vereadores Francisco dos Santos e Maria Clara Silva vão realizar, no próximo dia 30, a terceira e última visita à União das Freguesias do Montijo e Afon-soeiro, no âmbito do períplo que estão a efetuar a todas as freguesias do concelho.Esta visita está direcionada para a zona do Afonsoeiro. Os autarcas da câmara e da junta vão reunir com algu-mas instituições, tomando diretamente contacto com os problemas que preocupam os autarcas da freguesia e a população.Alguns dos temas em análise serão a situação dos par-ques infantis, a sinalização vertical, a toponímia, as pas-sadeiras, a higiene urbana, os jardins (sarjetas e sumi-douros) e o pré-escolar do Afonsoeiro.Na sede da delegação da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro (antiga sede da Junta de Freguesia do Afon-soeiro), às 21 horas, o executivo municipal recebe a po-pulação com o objetivo de ouvir e responder às questões dos cidadãos sejam elas de interesse público ou particular.O município apela à população para que participe nesta reunião aberta, pois «só com a participação e o envolvi-mento dos cidadãos na vida do município é possível cons-truir um concelho mais planeado e com visão de futuro».

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CULTURA

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O Teatro Animação de Setúbal, que está a festejar os seus 40

anos de vida, atravessa uma situação financeira «bastante preocupante», revela a diretora e atriz Cé-lia David. «Com os cortes do apoio da DGArtes e a redução do subsídio do município, a situação agra-vou-se imenso nos últimos quatro anos». A líder da companhia admite que «a herança do TAS é pesada como estru-tura. Todos os trabalha-dores são fixos, com con-tratos com 25, 30 ou mais anos. Só em impostos para as Finanças e Segu-rança Social é uma barba-ridade».

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

«TAS não paga aos trabalhadores para manter a atividade, o que é incomportável», admite Célia David

Com falta de apoios, cortes nos subsídios e ordenados em atraso, o Teatro Animação de Setúbal continua a lutar por melhores dias. A produzir peças consoante as condições financeiras, a diretora da companhia diz que a melhor prenda é «o garante da continuidade, por mais alguns anos». Só em impostos, o TAS paga uma «barbaridade» às finanças e Segurança Social.

O TAS conta com dez funcionários, ou seja, seis atores, um diretor artísti-co, dois técnicos e uma se-cretária. «Não é demasia-do para a atividade desenvolvida e a regulari-dade de trabalho. No en-tanto, são todos do qua-dro, o que implica um enorme encargo com im-postos», conta Célia Da-vid, que acrescenta que «os salários, que não são elevados, estão em atra-so». E revela que «para manter a atividade e poder produzir, ficamos sem re-ceber. Não faz sentido. Não se pode prolongar muito mais tempo, é in-comportável. Não desisti-mos e estamos a batalhar para reverter a situação. Precisamos de recuperar o apoio perdido».

«Redução de apoios é uma falta de respeito»

O TAS continua a sonhar por melhores dias e Célia David diz que a redução dos apoios à companhia é «uma falta de respeito por todos nós enquanto em Portugal subsistir a mentalidade de que a cultura e a arte são um luxo. Isso tem de mudar». Neste momento, o muni-cípio apoia com cem mil euros e todos os anos são apresentadas candidatu-ras à DGArtes, as quais, depois, «não são aprova-das». Pontualmente, o TAS vai tendo apoios me-cenáticos, «com valor in-variável, o que é manifes-tamente insuficiente para o trabalho que desenvol-vemos».

Questionada sobre a prenda que o TAS gostaria de receber este ano, res-pondeu que «ter a garan-tia que a existência da companhia se pode pro-longar, por mais alguns anos, já nos trazia muita alegria, alguma estabilida-de e paz de espírito para criar e realizar todos os projetos que gostaríamos e temos vontade de con-cretizar». A produzir peças em função das condições de que dispõe, o TAS reco-nhece que lhe falta na programação cultural uma grande produção anual. «Esse trabalho está comprometido por falta de financiamento e aos sucessivos cortes. Há qua-tro anos atrás o apoio era o dobro que é atualmente. Estamos a tentar recupe-rar apoios para voltarmos a ter grandes produções», diz Célia David. A programação de 2015/16, que pode sofrer alterações, por diversas razões, inclui as peças “Os Piratas”, de Manuel Antó-nio Pina, “O Quarto”, de Harold Pinter, e “Bocage. Armas ou Letras?”. Esta última produção integra--se nas comemorações do 250º aniversário de Boca-ge. «É uma produção de grande dimensão, para le-var ao Forum Luísa Todi, assim os apoios o permi-tam», alerta a diretora.

http://www.google.pt/url?sa=i&source=imgres&cd=&ved=0ahUKEwigtJqNxrDJAhULWxoKHVdkC2EQjRwICTAA&url=http%3A%2F%2Fwww.bloomberg.com%2Fnews%2Farticles%2F2015-03-26%2Fespirito--santo-probe-turns-mariana-mortagua-into-portu-guese-star&psig=AFQjCNGfIzak-nbKbNZF5yPz_LV9TlQCLA&ust=1448711787877998

Era um redondo vocábuloUma soma agresteRevelavam-se ondasEm maninhos dedosPolpas seus cabelosResíduos de lar,Pelos degraus de LauraA tinta caíaNo móvel vazio,Convocando farpasChamando o telefoneMatando baratasA fúria cresciaClamando vingança,Nos degraus de LauraNo quarto das dançasNa rua os meninosBrincavam e LauraNa sala de esperaInda o ar educa

Manuel San Payo foi mais uma vez ouvir “Era um redondo vocábulo”, do álbum “Venham mais cinco”, de José Afonso, e tirou de lá a frase que dá título à sua mais recente exposi-ção. “Uma soma agreste” foi a frase escolhida. Uma grande canção, de um grande músico, fica assim associada a esta grande exposição de Manuel San Payo em Setúbal. Gestualismo que remete para uma expressividade livre e sem justificações ou rodeios. Como as músicas de José Afonso. Está bem aplicado, o título da exposição: soma agreste. Soma agreste é a frase que se segue a Era um re-dondo vocábulo, no alinhamento da canção. Manuel San Payo convoca assim, com uma das grandes músicas de sempre, o cantor para o seu trabalho. Percebe-se o envol-vimento com o nosso tempo. Percebe-se a autenticidade. Os grandes formatos gritam naquelas paredes da galeria da Casa da Cultura. Chamam-nos. Falam connosco. Esta exposição é das grandes. A mostra, inicialmente programada para ocupar a galeria durante o mês de outubro, foi prolongada até final de no-vembro. Aguarda-vos até ao próximo domingo. A não perder. Mesmo.

SOMA AGRESTE | MANUEL SAN PAYO | PINTURACASA DA CULTURA | SETÚBALOUTUBRO | NOVEMBRO | 2015

DAS COISAS NASCEM COISAS

JOSÉ TEÓFILO DUARTEDESIGNER | ART DIRECTOR

Soma agreste

MUITO CÁ DE CASA | Mariana Mortágua e Jorge Costa vão estar na Casa da Cultura no próximo dia 4, sexta-feira. Falaremos de Privataria, o livro desta dupla de protagonis-tas directos nas recentes transformações políticas que por cá estão a acontecer. A iniciativa insere-se nos já habituais encontros Muito Cá de Casa. A coisa começa às dez da noite. Imperdível. Convidados.

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CULTURA

MOITA28SÁBADO16HMOÇOS D’UMA CANA AO VIVOFórum José Manuel Figueiredo - Baixa da Banheira

“Moços D´Uma Cana” engloba a construção e o ensi-no do toque da viola campaniça em âmbito escolar. Uma vez terminado o percurso escolar, os alunos envolvidos decidiram formar-se como associação/grupo em prol da defesa da construção e do toque da viola campaniça, bem como do cante alentejano.

SESIMBRA28SÁBADO21H30TRAGÉDIA GREGA DE SÓFOCLESTeatro João Mota

A tragédia grega de Sófocles é trazida pelo Grupo de Teatro da Universidade Católica Portuguesa. Conta-nos a história de uma jovem, Antígona, que quer enterrar de maneira digna, e de acordo com a religião, o seu irmão Polinice. Porém, a sua atitude vai contrariar as ordens do rei Creonte, que havia determinado que o corpo do sobrinho deveria ser exposto às aves do céu e aos cães na terra.

SEIXAL28SÁBADO21H30REVISTA “AQUI TAMBÉM CHEIRA A LISBOA”Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho

“Aqui também cheira a Lisboa”, pelo Grupo de Teatro CCRArtes e Magias, é uma revista à portuguesa que leva ao palco 14 jovens atores, personagens de várias cenas de cariz cómico, satírico e de crítica política e social, com números musicais e dança.

SETÚBAL28SÁBADO21H30AMIGOS DE COIMBRA DÃO ABRAÇO A ZECA AFONSOForum Luísa Todi

“Abraço ao Zeca pelos Amigos de Coimbra” reúne vários intérpretes contemporâneos de José Afonso, numa abordagem ao fado de Coimbra e à transição para a balada, géneros que marcaram a primeira fase do percurso artístico do homenageado.

SINES3QUINTA22HSTAND-UP COMEDY COM RUI CORDESCentro de Artes

Após esgotar todas as sessões de “Isto era para ser com o Sasseti”, em Lisboa e no Porto, Rui Sinel de Cordes, dá mais um passo em frente, com “Je Suis”, um espetáculo de stand-up comedy que marca o regresso ao estilo de stand-up comedy puro a que o humorista nos habituou em anteriores shows.

AGENDA

GANHE OS ÚLTIMOS CONVITES PARA “A NOITE DAS MIL ESTRELAS” O musical “A Noite das Mil Estrelas”, de Filipe La Féria, em cena no Casino Estoril, encontra-se em fim de carreira, estando o seu término assinalado para 20 de dezembro. O espetáculo “A Noite das Mil Estrelas” contou, até à data, com mais de 90 mil espectadores em mais de 150 representações. Aclamado pela crítica como “O melhor Musical de La Féria”, “A Noite das Mil Estrelas” alcançou o sucesso prenunciado. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 085 ou 918 047 918.

Inaugura, este sábado, às 16 horas, no Centro Comunitário de Águas

de Moura, a Mostra do Brinquedo Português, numa organização conjun-ta do município e do cole-cionador Hélder Martins. Trata-se de uma vasta coleção de brinquedos tra-dicionais portugueses, de-monstrativos da evolução dos nossos brinquedos e da forma como as crianças se divertiam e aprendiam,

O cantor Miguel Guer-reiro apresentou no dia 20, à noite, no

Fórum Luísa Todi, em Se-túbal, o álbum “Até ao Fim”. Perante uma plateia quase esgotada, o jovem músico voltou a atuar pe-rante o público da terra natal depois de mais uma digressão pelo Japão. Nesta apresentação de “Até ao Fim”, trabalho cons-tituído por dez temas que se enquadram principalmente no género pop/rock, Miguel Guerreiro contou com a participação especial de um convidado nipónico, com

Exposição de brinquedos tradicionais inaugura em Águas de Moura

Miguel Guerreiro apresentou novo CD em Setúbal

quem interpretou em con-junto uma canção com letra em japonês. O cantor setubalense, que completou 17 anos de idade no sábado, iniciou a carreira ainda em criança, no seguimento da vitória alcançada em 2009 no programa da TVI “Uma Canção para Ti”. Miguel Guerreiro tem crescido no mundo da mú-sica entre Portugal e o Ja-pão, país onde já realizou várias digressões e é con-siderado uma das princi-pais estrelas da música li-geira.

noutros tempos. A iniciati-va contribui para a divul-gação de um património muito rico e para sensibili-zar para a recuperação e preservação do brinquedo tradicional português. Da vasta coleção de Hélder Martins, serão apresentados os brinque-dos que, tradicionalmente, apresentam uma maior li-gação com a comunidade local, com destaque para a vida agrícola.

Biblioteca de Pinhal Novo acolhe lançamento de livro de poesia

O Bando estreia a peça “Ausência” para a infância e juventude

Angelina Braz Carva-lho apresenta o seu livro de poesia (Re)

Encontros no Tempo (Chiado Editora), este sá-bado, às 15 horas, na Bi-blioteca Municipal de Pi-nhal Novo, uma iniciativa que conta com o apoio do município palmelense.

Nascida no Montijo, em 1961, Angelina Braz Carvalho, cedo se apaixo-nou pela leitura e pela es-crita de poesia. Nutre es-pecial carinho e admiração por Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner e Ca-mões.

Ausência” é a co-pro-dução internacional com o Dynamo

Théâtre(+) de Montreal-Ca-nadá) dirigida à infância e juventude, com texto de João Neca, direção de Ni-colas Brites e co-criação de Jacqueline Gosselin, ence-nadora e diretora artística do grupo canadiano. Esta produção, que es-treia no dia 3 de dezembro, às 21 horas, está integrada

no projeto internacional Documents of Poverty and Hope (+), iniciativa que pretende refletir sobre as rotas de emigração entre diferentes países, como Austrália, Canadá, Itália, Portugal e Reino Unido. Vai estar em cena até dia 13 de dezembro, de quinta a sábado, às 21 ho-ras, e aos domingos, às 17 horas, na sede do Bando, em Vale de Barris.

A exposição pode ser vista até 9 de janeiro, de

terça-feira a sábado, com visitas gratuitas.

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POLÍTICA

Depois da grande vitória nas últimas eleições legislativas no círculo eleitoral de Setúbal, com eleição de sete deputados, os socialistas do distrito ganham agora peso no partido e no governo. Dois ministros, dois secretários de estado e a líder distrital no ‘lugar’ de Costa.

LÍDER DISTRITAL VAI GERIR O PARTIDO E 4 DEPUTADOS DO DISTRITO CHEGAM AO GOVERNO

Socialistas do distrito reforçam novo governo e tomam conta do Largo do Rato

CDS-PP de Almada diz que plano e orçamento do município é despesista

TEXTO RAUL TAVARESIMAGEM SM

Apesar da força que a distrital do PS tem vindo a ganhar, após

a vitória de Ana Catarina Mendes para a liderança da federação de Setúbal frente à sua antecessora Madale-na Alves Pereira, não era expectável que o novo go-

verno pudesse contar com tantas figuras da região. O mais esperado dos nomes, dada a experiência acumulada e a sua proxi-midade a António Costa - tendo sido secretário de Estado-Adjunto, quando este ocupou a pasta da Jus-tiça no governo de Guter-res -, era Eduardo Cabrita, agora Ministro-Adjunto do

novo primeiro-ministro. Cabrita, da concelhia do Barreiro e que havia sido também secretário de Estado Adjunto e da Admi-nistração Local, num dos governos de José Sócrates, é um dos pesos-pesados do PS regional e uma das figuras mais proeminentes a nível nacional. Assertivo como deputado, já passou

por altos cargos do Estado e do partido. Pedro Marques, da con-celhia do Montijo, é outro nome igualmente expectá-vel. Antigo secretário de es-tado da Segurança Social entre 2005 e 2011, tinha-se afastado das lides políticas, renunciando ao lugar de deputado nas últimas legis-lativas, para uma curta passagem pelo privado, en-quanto consultor. É agora ministro com a importante pasta do Planeamento e Infra-estruturas.

Catarina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix

As duas grandes novida-des, porém, são Catarina Marcelino, do PS Montijo e Ricardo Mourinho Félix, de Setúbal, este último pri-mo de treinador do Chel-sea, José Mourinho. Catarina Marcelino assume a pasta da Cida-dania e Igualdade, depois

O CDS-PP absteve-se, aquando da votação realizada em As-

sembleia Municipal de Al-mada, no ponto respeitante à apresentação e discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016 da câmara de Almada. O deputado municipal centrista, António Pedro Maco, deixou claro que o seu partido teria escolhido outras prioridades para o concelho e teria progra-mado um orçamento «mais equilibrado e menos despesista, mais amigo do cidadão e das famílias». Contudo, diz que o execu-tivo CDU anexou às op-ções para 2016 um «con-junto de propostas que entendemos serem priori-tárias e fundamentais para os almandenses». Nomeadamente, adian-ta António Pedro Maco, «maior investimento para a área social e apoio às fa-mílias, criação de um cir-cuito de transporte para as pessoas idosas e com ca-rências até ao Hospital de

de ter passado pela presi-dência da CITE – Comis-são para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, de dois mandatos na As-sembleia da República e de ter liderado as mulhe-res socialistas a nível dis-trital e nacional. A antro-póloga tem ainda experiência acumulada na área social e da solida-riedade, o que lhe confere competências acrescidas. Já Ricardo Mourinho Félix, uma das novidades da lista de candidatos do PS pelo círculo eleitoral de Setúbal nas últimas elei-ções, vai tomar conta do Tesouro e das Finanças, áreas ligadas à sua carreira técnica e profissional.

Líder distrital toma lugar de António Costa

Ana Catarina Mendes, por seu turno, dada como cer-ta num futuro governo so-cialista no período eleito-

ral, acaba por assumir o lugar de António Costa no partido, como secretário--geral adjunto, o que signi-fica que vai liderar o PS a nível nacional. Uma surpresa, que não deixa de ser também um enorme voto de confiança do líder do partido e agora primeiro-ministro. Catari-na Mendes, que chefiou a campanha de Costa con-tra no António José Segu-ro nas primárias que guin-daram o ex-presidente da Câmara de Lisboa ao atual momento político, vê as-sim reforçado o seu papel político e partidário. Uma carreira sempre em as-cendência. Com estas alterações, nomeadamente as saídas de Eduardo Cabrita, Cata-rina Marcelino e Ricardo Mourinho Félix da banca-da parlamentar, ascendem ao lugar de deputado Ivan Gonçalves, Ana Sofia Araú-jo e André Pinote Batista.

Almada e Centros de Saú-de, as vitimas de violência doméstica terão um maior e adequado acompanha-mento, reforço das verbas para o pré-escolar e bási-co, reforço no investimen-to para a limpeza urbana e recolha de resíduos, maior aposta para uma cidade integradora e inclusiva no-meadamente para crianças portadoras de deficiência, aposta na revitalização e dinamização do espaço público urbano tendo como finalidade a segu-rança e a mobilidade do cidadão foram entra ou-tras propostas do CDS-PP que o executivo comple-

mentou à sua proposta». O CDS-PP diz ainda que a abstenção deste ponto não se trata de «um cheque em branco» ao executivo, mas sim a «de-monstração do sentido de responsabilidade que o CDS-PP quer transmitir naquilo que tem sido a sua conduta ao longo dos mandatos autárquicos, isto não obstante de real-çar que estará atento e vi-gilante à implementação das medidas do CDS-PP englobadas pela câmara e não hesitará em chamar à responsabilidade se as mesmas não passarem do papel».

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DESPORTO

“Bandalheiras…”

Tristemente, com sombrios panos de fundo, a celeuma instalou-se e expandiu-se

nos domínios do futebol. Formas de corrupção, sortilégios disfar-çados, batotas, cifrões basculan-tes, truques e mentiras.Tudo isso com os meandros das arbitragens em primeira linha de acusações que vêm incendiando as instâncias superiores da modalidade mais “vulcânica”.É a partir de tudo isso que optamos pelo título desta crónica: uma palavra de génese popular, não clássica, de utilização corrente com laivos de censuras.Mais um período de choque entre Benfica e Sporting por mor de um expediente de opção benfiquista, com presumível (não confirmada…)oferta de bonitas caixas, contendo lembranças de uma certa originalidade, para os 4 árbitros de cada jogo, aos 2 delegados oficiais e ao observador nomea-

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRACOLABORADOR

do, 7 invólucros que têm vindo a constituir o cerne das acusações “leoninas”, falando-se em corrupção.As “caixas mágicas”, ao que consta, continham “vouchers” de jantares para cada qual dos 7 beneficiados, camisolas, peque-nos galhardetes e talvez algo mais, ultrapassando em muito o limite máximo que a UEFA e FIFA estabeleceram para tais “recuerdos”.Situações deste tipo, mais ou menos disfarçadas, registam-se desde há muito, com relógios valiosos, meninas simpáticas e componentes para íntimos convívios, envelopes bem lacrados e generosamente preenchidos e outras manigân-cias extra-regulamentares.E esse ciclo de “bandalheiras” está a servir de “rastilho” a deploráveis situações de falta de senso, que muito se lamentam.A regulamentação, não há muito estabelecida, decidiu um valor

máximo de cada “gentil” (?!) oferta do tipo que se aponta agora ao Benfica: 85 Euros, não mais.Se é verdade, aquela fantasia de oferta de 4 jantares por circuns-tante, como se aponta ao clube da Luz, é realmente abusiva e suspeita…Optando por unidades de restaurantes de uma certa qualidade (não esquecendo os vinhos…) em cada fim de semana, com 2 equipas do clube a ofertarem jantares (4x7x2=56 jantares) pode chegar-se à conclusão de um notório desempenho de verba de longos milhares de Euros, o que dá que pensar.Porquê e para quê? Será verdade ou tendenciosa fanta-sia? E é isso que deve preocupar, a tempo e horas, os responsá-veis “top” do nosso futebol.Um pequeno “toque” de humor para amenizar o que de muito sério divagamos sobre hipotéti-

cas “bandalheiras”.O expediente de proporcionar aos árbitros visitantes para grandes “match’s” é já de longa data. O terceto visitante era acolhido condignamente nos aeroportos e havia expectativas bem informadas sobre as preferências quanto às gentes acompanhantes, constantes de apuradas listas.Havia quem preferisse novinhas e loiras, “entradotas” e morenas, magrizelas ou rechonchudas, altas ou magras, etc, etc. E o brinde acontecia com um secretismo de bom controlo, como se impunha.Mas contaram-me- não posso comprovar verdade completa- que certa vez os promotores de

tais encontros se viam em sérias dificuldades porque veio até cá um ainda jovem árbitro que anunciou, a pedido expresso, que preferia um rapazinho louro, de olhos azuis, ainda adolescente, de boa comunica-bilidade e elevados graus de condescendência no cumpri-mento dessa missão.Tal não estava nos planos dos “fornecedores” e foi um cabo dos trabalhos conseguir o que o árbitro visitante pretendia.Este episódio tão caricato- se é que aconteceu…- leva já muitos anos e dá-nos que pensar.As caixinhas mágicas e os frugais jantares de família não são de agora!“Bandalheiras…” Tristemente.

Um velhinho sonho do Palmelense acaba de estar consolidado. O relvado sintético, que representa um investimento de 150 mil euros, vai ser inaugurado na segunda semana de dezembro. Pretende atrair atletas às equipas do clube e revitalizar um clube muito querido dos palmelões, fundado em 1924.

PALMELENSE CONCRETIZA SONHO ANTIGO

Novo relvado sintético pretende atrair atletas e revitalizar o clube

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

O Palmelense Futebol Clube vai inaugurar o seu novo relvado sintético no pró-

ximo dia 12 de dezembro. O in-vestimento neste antigo sonho ronda os 150 mil euros e só foi possível graças ao «apoio funda-mental do município palmelense e da Junta de Freguesia de Pal-mela», sublinha o presidente do clube João Paulo Santos. Segundo o responsável máxi-mo pelo Palmelense, trata-se de um relvado sintético em que o material de enchimento é a corti-ça, ao invés da tradicional borra-cha, o que permite uma prática desportiva mais confortável, mais económica e mais amiga do ambiente».

João Paulo Santos refere que este novo relvado se justifica, em pleno, uma vez que ajuda a «re-vitalizar» o clube. «Nas condi-ções até aqui existentes, de cam-po pelado e partilha de utilização do complexo relvado municipal, não era possível atrair ao Palme-lense atletas para a formação e para a equipa sénior», vinca. Além do relvado, o Palmelen-se necessita, também, de avançar na melhoria dos balneários e de outras infraestruturas de apoio «condignas».

Nova campanha de angariação de sócios vai arrancar

O clube, que tenciona em breve arrancar com uma nova campa-nha de angariação e sócios, vive sobretudo da quotização dos

seus associados e das mensalida-des dos atletas das várias equipas de formação. «Nos dias de hoje, a existência de beneméritos é cada vez mais difícil. Ainda assim, va-mos conseguindo que algumas empresas da região se associem ao clube através de várias formas, monetário ou em géneros ali-mentícios, que vão desde a fruta, o pão, as sandes e os materiais de construção», sublinhou. Além disso, o clube dispõe ainda de um protocolo financei-ro com a Junta de Freguesia de Palmela e de um contrato pro-grama com a Câmara para a uti-lização do Complexo Desportivo Municipal. João Paulo Santos mostra-se satisfeito com o comportamento da equipa sénior de futebol, que milita no campeonato da AF Se-

CAMPANHA PARA VENDA DE CADEIRAS PERSONALIZADAS EM CURSOO Palmelense tem em curso, uma campanha de venda de cadeiras na bancada central do campo Cornélio Palma, cadeiras essas que «podem ser personalizadas com o nome do adquirente ou de qualquer marca comercial in-dicada pelo mesmo». E esclarece que as cadeiras são ad-quiridas por duas épocas e estão a ser vendidas a bom ritmo, podendo, no total, ultrapassar as 500 unidades». Esta campanha destina-se não apenas aos sócios mas a todas as pessoas ou entidades em geral que desejem aju-dar o Palmelense.

túbal – 2.ª Divisão. «Dentro do objetivo de subida à 1.ª Divisão, assim como as restantes equipas se mantém em busca dos objeti-vos traçados. De realçar em to-das elas, o esforço dos atletas e treinadores apesar das condi-ções de treino reduzidas e condi-cionadas pelo atraso das obras de instalação do relvado sintéti-co», sublinha.

Aposta forte na formação é um dos trunfos

No que diz respeito ao futuro, o Palmelense irá continuar a apos-tar na formação. «Há anos que se diz isso, mas poucos o fazem e, no entanto, todos querem uma equipa sénior vencedora e que projete o clube e a vila de Palme-la», argumenta o líder palmelen-

se. E avança com mais críticas: «Durante anos desbaratou-se os apoios que chegavam em pre-tensas equipas que na prática poucos louros trouxeram e não se investiu nem nas infraestrutu-ras nem na formação. Depois, veio a quase inexistência de apoios e as contas estavam para pagar e era necessário continuar a existir. Esperemos que de futu-ro se possa usufruir deste esfor-ço económico do município, o qual foi conseguido por esta di-reção, de modo a trabalhar desde os petizes na construção de uma equipa sénior maioritariamente com jogadores da formação do Palmelense, ainda que muitos atletas, nos vários escalões, ve-nham de outras localidades. Cla-ro que tal será possível apenas com equipas ganhadoras».

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NEGÓCIOS

Após o esforço dos últimos anos para debelar a frágil situação financeira do município, que segundo o presidente Joaquim Santos, justificou «o cumprimento escrupuloso do plano de recuperação», é chegada a hora de investir. O cluster turístico está na primeira linha, mas a carta estratégica vai mais longe. Nesta entrevista, o edil não deixa de lançar algumas farpas, sobre dossier complicados, como o tão desejado hospital do Seixal, mas está ciente do caminho a seguir.

PRESIDENTE DA CÂMARA DO SEIXAL, JOAQUIM SANTOS, GARANTE NOVA ONDA DE INVESTIMENTOS E FIM DE CICLO DE APERTO ECONÓMICO

«Temos um objetivo estratégico que passar por dar força ao cluster turístico e apoiar o desenvolvimento endógeno»

ENTREVISTA RAÚL TAVARESIMAGEM SM

Há duas medidas anunciadas pelo município que parecem confirmar um novo ciclo financeiro, as reduções de IMI e da Derrama. O que está a mudar?É verdade, aprovamos a redução desses dois impostos, que foram possíveis no quadro da recupe-ração económica que temos vin-do a fazer. O IMI é um precioso apoio às famílias e a redução de derrama ajuda as empresas ins-taladas no concelho.

A Câmara esteve muito constran-gida financeiramente, como identifica esse período?Foi um desafio superado, depois de termos feito um profundo diagnóstico da situação econó-mica do município, durante o qual identificámos um forte que-bra de receitas, sobretudo nas transferências do Orçamento de Estado e nas principais receitas do IMT, derrama, taxas de urba-nismo e venda de bens e servi-ços. Tudo isto ocorreu também

por via da austeridade, a partir de 2009 e prolongou-se.

Como foi ultrapassado este constrangimento?Fizemos um plano de recupera-ção orçamental, que foi cumprido escrupulosamente, com medidas do lado da receita e da despesa. Repare que em três anos reduzi-mos a dívida em 25 milhões de euros, sem recurso ao PAEL (Pro-grama de Apoio à Economia Lo-cal) e com saldos positivos de 1,8 milhões de 2013 para 2014 e de 3,4 milhões, de 2014 para 2015. Para além disso, a disponibilida-de de tesouraria aumentou, esta-mos a pagar aos fornecedores a 90 dias, e até vamos antecipar 1,5 milhões nessa rubrica.

Posso concluir que não foi surpresa para si, já que era vice-presidente da Câmara?Claro que não. Participei em to-das as decisões. Mas posso ga-rantir que o mentor deste plano, em 2012, foi o meu antecessor, o presidente Alfredo Monteiro. No ano seguinte começamos a exe-

cutá-lo, com uma redução da dí-vida de 8 milhões de euros.

Passava essa fase, parece agora entusiasmado com o regresso ao investimento. De que obras estamos a falar?Temos um objetivo estratégico definido em vários planos, no-meadamente no cluster do turis-mo. Julgamos que esse setor será, nu futuro próximo, uma importante alavanca do nosso desenvolvimento. O projeto “Seixal Vila Hotel”, orçado em 2 milhões de euros, vai permitir esse grande passo, com a requa-lificação do núcleo histórico, em grande parte das suas edifica-ções. E permitir que o turista possa desfrutar de uma oferta diferenciadora, distintiva, po-dendo experienciar o restauran-te de rua, a mercearia e a loja lo-cal, sem a massificação que se verifica em outras zonas ou cida-des.

Em que fase em que se encontra essa intervenção?Se for à Paiva Coelho já é possí-vel ver como o projeto está a ser aceite e encarado como um de-safio pelos comerciantes e pro-prietários. A intervenção da Câ-mara, que passa pela reconversão das infra-estruturas, agua e sa-neamento, obras pluviais e, à su-perfície, novo mobiliário urbano, pavimentos, extensão da via para peões. Mas também o alar-gamento do passeio ribeirinho, em cinco metros de largura, que vai da Mundet até ao jardim do Seixal, será para desenvolver no próximo ano.

Há outras obras a destacar neste novo ciclo de investimentos?

Em Fevereiro do próximo ano vai arrancar a construção de uma nova escola de jardim-de--infância, em Santa Marta do Pi-nhal, para cerca de 300m crian-ças, e já recuperámos, em Setembro, a Escola dos redon-dos, em Fernão Ferro. Outra obra importante é o novo pontão náutico, de modo a criarmos novas zonas de amar-ração em vários pontos ao lon-go da baia do Seixal. De futuro, haverá neste porto de abrigo natural opções para criarmos condições para receber cada vez mais embarcações de turis-mo e recreio.

Deixe perguntar-lhe, já agora, se esta vossa estratégia turística está de acordo com o plano da Entidade Regional de Turismo de Lisboa?É uma estratégia do município. Até a este momento, achamos que tem sido feito pouco pela margem sul. Já lançamos pro-postas, nomeadamente um des-tino náutico em redor do arco do Tejo e infelizmente não foi aco-lhida, as coisas não andam.

Parece crítico desta solução…São factos. É por isso que tenho saudades da Costa Azul, porque estamos a esquecer que a nossa região tem uma identidade pró-pria, penso que teríamos a ga-nhar se tivéssemos uma unidade operativa a partir da margem sul, com maior envolvimento da península. Da nossa parte, esta-mos a fazer o possível.

Vai certamente aproveitar os fundos comunitários plasmados no quadro comunitário 20-20…De forma muito residual. O novo

quadro é um desapontamento, não só na forma como foi conce-bido, mas também nos resulta-dos. O nosso concelho precisa de intervenções nas áreas sociais, saúde e educação e essas ficaram de fora. Quem decide e toma es-tas decisões está divorciado da realidade das pessoas.

Não acredito que não esteja a espera de alguma comparticipa-ção a este nível…O que posso dizer-lhe é que o Seixal, no máximo, deverá ter di-reito a cerca de 3,5 milhões de euros. É irrisório, quando só nes-tas intervenções que estamos a falar a verba prevista é superior a cinco milhões.

Para além do turismo, em que outros setores tem vindo a apostar?Estamos a fazer um grande tra-balho junto das empresas ins-taladas, com muitas reuniões e disponibilizando a nossa ajuda em diversas áreas. Somos for-tes na industria transformado-ra e nos serviços, e queremos continuar fortes nesses domí-nios. Para já temos 500 hecta-res junto á Siderurgia para onde pretendemos atrair novas em-presas. Julgo que o Estado, através da Aicep, não tem vendido bem a nossa bolsa de terrenos. Quem, como nós, dispõe na região de Lisboa, terrenos capazes de aco-modar empresas do tipo da Au-toeuropa? Com as nossas acessi-bilidades, linha ferroviária dedicada, linha de alta tensão dedicada, próximo de um futuro porto fluvial, ninguém. O país tem que saber vender este terri-tório privilegiado.

LUTA PELO NOVO HOSPITAL É PARA CONTINUARJoaquim Santos diz-se preparado para forçar junto dos no-vos poderes políticos o dossier do novo hospital do Seixal. «Temos uma petição com 8237 assinaturas para discutir na nova assembleia da república e vamos fazer exposições à nova tutela da saúde», afirma.O presidente da Câmara do Seixal quer clarificar que a ideia de que a construção da nova unidade de saúde não deriva de um «capricho», mas sim de uma «necessidade imperiosa», as-sente em todos os estudos que reafirmam a insuficiência na região de meios de saúde a todos os níveis. E acrescenta: «Há quem pretenda fazer desta questão uma guerra hospital con-tra hospital, esquecendo que o Garcia de Orta está a rebentar pelas costuras, como se verificou o inverno passado».

NOVO MANDATO DEPENDE DA AVALIAÇÃO E MOTIVAÇÃOJEntusiasmado com os desafios que tem pela frente, o jovem autarca admite um novo mandato, mas a muito custo. «É uma decisão do coletivo do partido e após avaliação do trabalho realizado. Mas, claro, depende da minha vontade e neste mo-mento estou motivado para continuar. Sobre a relação com a oposição, Joaquim Santos afirma que «é excelente». E, acrescenta, «há um trabalho democrático e de respeito bem sucedido», independentemente das convi-ções partidárias. «É uma relação saudável e, da nossa parte, optámos por dar todas as condições de trabalho», afirma.

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NEGÓCIOS

Segundo os números oficiais, fornecidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, a região continua a registar uma queda no desemprego. Atualmente estão 40840 pessoas registadas, em 2012 eram 52419, menos 11579. Números para avaliar.

ATÉ SETEMBRO, DE ACORDO COM DADOS DO IEFP ESTAVAM REGISTADAS 40840 PESSOAS

Distrito recuperou 6422 empregos este ano

Piloto Collection Roxo da Quinta do Piloto repete vitória no concurso Nectar Divino

Sopas quentinhas e deliciosas para provar na Casa do Peixe

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Confirmou-se a tendência de queda do desemprego no distrito de Setúbal. A recu-

peração foi transversal a todos os concelhos da região que no final de setembro somavam 40840 pessoas desocupadas, traduzin-

do uma descida de 6422 face ao mês homólogo de 2014. Os dados são revelados pelo Instituto de Emprego e Forma-ção Profissional (IEFP) e afinam pela curva dos últimos anos, onde a tendência foi sempre de decréscimo do desemprego nes-ta altura do ano. Comparando, por exemplo com 2012, verifica-

Os prémios da 5.ª edição da prova Néctar Divino, organizada pela BASF,

foram entregues no passado dia 25, no hotel The Yeatman, no Porto. Entre os 12 finalistas de conhecidos produtores, desta-cou-se o Piloto Collection Roxo 2014, da adega Quinta doo Pilo-to, mais uma vez vencedor da sua categoria em prova cega. Pela segunda vez, numa edição deste concurso, o Piloto Collection Roxo foi o eleito. Desta feita colheita 2014 foi o melhor em prova cega na cate-goria de vinhos base brancos. O júri reunido no Hotel The Ye-atman no Porto, elegeu assim em prova cega um vinho bran-co fruto da peculiar casta da Península de Setúbal, moscatel roxo. «Este prémio é tanto mais significativo, quanto vem confir-mar o sucesso da marca Quinta do Piloto. A marca própria de uma das mais antigas adegas de Palmela, propriedade da família Cardoso há 4 gerações», realça Filipe Cardoso. Os vinhos Quinta do Piloto

-se que os cadernos do IEFP chegaram a atingir os 52419 ins-critos. Ou seja, mais 11579 pesso-as sem trabalho face à realidade atual. É provável que nos próxi-mos meses, sobretudo até fe-vereiro e seguindo também os exemplos dos anos anteriores, se registe algum aumento da

taxa de desemprego, estimado em cerca de 1% já para outubro, uma vez que a região que a sa-zonalidade na pesca e na agri-cultura tem um peso relevante na região, consoante as cam-panhas em curso, numa altura em que a restauração e hotela-ria parecem ganhar maior es-tatuto no que concerne à oferta de trabalho. Daí que em março as ofer-tas de trabalho voltem a subir. Aliás, há dados que apontam para restaurantes e hotéis como estando hoje a criar ou-tro tipo de emprego, com mais exigência e qualidade, onde são pedidos mais conhecimen-tos. Consequências do turismo mais exigente que tem chegado à península.

Almada continua a registar maior índice de desemprego

Por concelhos, Almada conti-nua a registar o maior número de desempregados, com um to-

são edições limitadas de lotes excecionais, colhidos nos 200 hectares de vinhas da família nos melhores terroirs da re-gião, onde se destacam 70 hec-tares de vinhas velhas. Pro-põem «ser expoentes das castas que representam». In-cluem vinhos DOC Palmela, varietais e moscatel.

Dando continuidade à po-lítica de fazer diferente, a custos condicionados e

de acordo com a nossa gastro-nomia, o restaurante A Casa do Peixe, em setúbal, volta à carga, depois das semanas gastronó-micas, com a semana das sopas. «A sopa é um elemento fun-damental na cultura, na gastro-nomia e na alimentação portu-guesa tradicional e mediterrânica. Vamos apostar em sopas em conjugação com o peixe da nossa costa e com al-guns valores que nos foram transmitidos pelo Alentejo, Al-garve e pela Andaluzia, que tem uma gastronomia muito idênti-ca à nossa», realça Luís Cruz, o gerente da casa especialista em pratos confecionados com peixe fresco. Como o universo das sopas e tão alargado e tão vasto que a semana das sopas poderá es-tender-se por mais de uma se-mana. Assim, vai haver gaspa-cho, sopa de favas, sopa de feijão-frade com peixe, canja de conquilha algarvia, sopa de ca-ção com queijo de cabra, canja de sapateira, sopa de santola, sopa de espinafres com ameijo-as, sopa de cabeça de peixe, sopa de pescada com ameijoas e sopa de corvina. «Isto poderá

criar alguma confusão nas pes-soas. A sopa tem uma caraterís-tica diferente da massada. A massada é refogada e leva to-mate, enquanto a sopa é uma coisa mais simples, mais light e mais de acordo com a gastrono-mia mediterrânica», esclarece o patrão da Casa do Peixe, que aguça um pouco o apetite aos nossos leitores. Depois das sopas, a Casa do Peixe tenciona arrancar com outras semanas gastronómicas, de acordo com a nossa cozinha

mediterrânica, com influências andaluzes, algarvias e alenteja-nas. «Não podemos ficar apenas agarrados ao nosso rio, à costa, ao nosso peixe e à nossa gastro-nomia. Temos influências fran-cesas, inglesas, do Algarve, do Alentejo e cultura própria, em termos gastronómicos. A nossa ideia é que as pessoas usufruam de um menu completo apenas por dez euros. Comer bem não implica que se gaste muito. Im-plica, sim, que se saiba esco-lher».

tal de 8044 inscritos no Centro de Emprego, quando há uma no chegava aos 9158 desocu-pados. Segue-se o Seixal, com os atuais 6640 desemprega-dos, contra os 8378 do ano passado. Já Setúbal baixou de 7084 para 6230, Barreiro foi dos 4946 para 4554, Moita de 4759 para 4231 e Montijo de 3121 para 2941. Também em queda, seguiram-se Palmela (2833 -2543), Sesimbra (2235-1830), Santiago do Cacém (1572-1227), Sines (1198-990), Alco-chete (885- 797), Grândola (508-388) e Alcácer do Sal (535-425). Segundo a fonte do IEFP, o maior volume de ofertas de emprego voltou a ter origem nas atividades imobiliárias, ad-ministrativas e de serviços de apoio, seguindo-se o comércio por grosso e a retalho, a admi-nistração pública, a que se jun-tou o alojamento e a restaura-ção.

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OPINIAOED

ITORIA

L

Raul TavaresDiretor

Homenagem a todas as vítimas de violência doméstica

Todos os anos, no distrito de Setúbal, são assassina-das mulheres pelos seus

companheiros. Apesar das alterações à lei e das campanhas de sensibilização, ainda estamos longe de ver este flagelo termi-nado.É importante mudar mentalida-des e cada um de nós, em conhecimento de causa, tem de denunciar este crime.Este Ano já morreram 40 mulheres e 122 crianças ficaram órfãs. Este crime desfaz as famílias, quebra os sonhos destas mulheres e dos seus filhos, que vão assistindo a situações violentas e que deixam marcas invisíveis para sempre. Alguns, quando cresce-rem e construírem o seu lar, imitarão o lar onde cresceram.A violência doméstica está

intimamente relacionada com valores, educação e mentalida-des.Segundo a Organização Mundial de Saúde, quase metade das mulheres são mortas pelos maridos e namorados. No Brasil uma mulher é espancada a cada 15 segundos. Em Inglaterra, duas mulheres são assassinadas por semana. Em Espanha, em 2014, 71 mulheres foram mortas pelos companheiros. Temos um problema de saúde pública a nível mundial, só com o traba-lho interdisciplinar das várias esferas da sociedade poderá ser combatido.Raro é o dia em que não ouvi-mos um caso de agressão noticiado, em qualquer parte do país, cometido por diferentes tipos de pessoas e as vitimas não têm um estereótipo definido

ACTUALIDADES ANA SANTOS

PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DAS MULHERES SOCIALISTAS DE SETÚBAL

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

A nomeação do novo governo liderado por António Costa, saído

do acordo de incidência parlamentar à esquerda, provou que, afinal, a vitória da coligação de direita, em votos, não legitimou o poder de governação.Trata-se de uma mudança radical no nosso sistema político e já nada será como dantes, sendo que os chama-dos partidos da contestação, PCP, Os Verdes e o Bloco de Esquerda, estão agarrados, ainda que por via indireta, às decisões que se vierem a impor.Não é legitimo que se façam as comparações sórdidas que se têm feito a este propósito, nem com ‘quedas de muros’, nem com o ’25 de Novembro de 74’, muito menos com papões de um passado que marcou a nossa história política.Os tempos são outros e, esta governação à esquerda, legitima sob o ponto de vista democrático. E, diga-se em abono da verdade, aparente-mente mais estável que um governo PSD-CDS/PP minoritário no atual quadro político, tem agora uma oportunidade singular para mostrar o que vale o seu entendimento.Vale a pena esperar e confiar. Vale a pena apostar, tendo em conta o que foram os últimos quatro anos de vergar famílias e empresas aos ditames da austeridade e do enxovalho social. O pior é que a situação do país é frágil, ao contrário do que se foi propalando na campanha eleitoral. Muito pior. E ainda contamos com um presidente da República inútil, que não vai desarmar como força de bloqueio. Dias cinzentos pela mão de Cavaco Silva, que deveria optar por uma posição neutral e conciliadora.

de raça, idade ou estrato social.Durante anos a sociedade camu-flou a violência domestica, com a dita frase “entre marido e mulher não metas a colher” e várias foram as mulheres que esconderam o que passavam que se fechavam e sofriam em silêncio.Temos de investir mais na prevenção. Temos de alguma forma implementar medidas no terreno que transmitam às vítimas segurança. Temos mais casos onde foram evitados os homicídios, mas também temos

de ter zero mulheres assassina-das todos os anos. Uma palavra de apoio a todas as mulheres que estão a viver este drama. Que tenham a coragem de dar um passo em frente para mudarem.Uma palavra a todas as forças de intervenção e a todos os elementos locais que diaria-mente se deparam com estas situações.Continuamos o nosso trabalho, no apoio, na denúncia e na sensibilização.

Nova experiência e os bloqueios de Cavaco

No Domingo tivemos a última apresentação do Hamlet, que co-produzi-

mos com o Teatro da Cornucó-pia. Não bastasse a melancolia que nos fica dos espectáculos que não tornaremos a ver, esta foi também a última vez que Luis Miguel Cintra se apresen-tou num palco, como actor. Talvez por isso tantos tenham vindo vê-lo. Este Hamlet foi um dos espectáculos que mais espectadores teve, desde que estamos neste teatro.Assim que nos apercebemos de que o espectáculo teria mais de quatro horas de duração que nos colocámos a questão de como reagiria o público a uma proposta tão afastada daquilo em que infelizmente se tem transformado a maioria dos espectáculos de teatro. Nesta urgência em que vivemos, have-ria ainda espaço (e tempo) para nos sentarmos quatro horas apreciando um texto em cena? Pela parte que me toca, encora-jei o Luis Miguel a fazer o espectáculo que quisesse, sem quaisquer preocupações de forma ou duração. Confesso agora que tinha mais esperança do que certeza de que viessem

ver-nos.Mas vieram. No total 6.649 espectadores assistiram ao Hamlet na tradução de Sophia de Mello Breyner. E não é sem algum brio que revelo que, destes, 1.004 espectadores foram alunos e professores de Almada, do Seixal, de Sesimbra, do Barreiro e de Lisboa (só do colégio Campo de Flores, no Lazarim, vieram 503 pessoas). Fomos às salas de aula e conversámos com os alunos – sobre o Hamlet, sobre o Shakes-peare, e também sobre eles. Fomos dizendo que não esperassem efeitos especiais nem música aos berros. Que se tratava de uma experiência de contacto com um texto; qual-quer coisa que poderia alterar--lhes a percepção daquilo que era para eles o teatro. Mas que não estaria ao alcance de todos – só daqueles que estivessem dispostos a arriscar.À volta de 1.000 arriscaram. Saíram daqui às tantas – muitos deles para se levantarem cedo no dia seguinte. Fizeram uma coisa fora da rotina. Fora do comum. E uma ida ao teatro não deveria ser sempre um pouco assim?

Afinal vieram ver-nos

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

É atributo do ser humano a capacidade mágica de visualizar claramente um

conceito abstrato. E eu vejo uma criança a brincar no parque. E uma criança a brincar no parque é o que há de mais puro para ver. Personifica-se a pureza, a liberdade e a felicidade. A incons-ciência do mundo reflete a alegria e a honestidade das crianças que existem e das que nos foi, em tempos, concedido ser. E ser criança é um presente que todos recebemos e é-nos

A Pequena Exortação

inerente, para sempre, uma certa faísca pueril que oscila entre quem fomos e quem somos, esconden-do-se habilmente por trás do rosto que escolhemos usar. Uma criança é uma melodia de amor. Uma criança é um segredo para guardar no coração. Uma criança é uma semente humana meticulosamente conservada num frasco de inocência. As crianças são um hino – escutem-no.

10 | SEMMAIS | SÁBADO | 24 DE OUTUBRO | 2015

CULTURA

Jovem designer João Praia estreia-se a desenhar figurinos para teatro em musical alfacinha

Principezinho estreou com casa esgotada

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS S.M.

O jovem designer e ensaiador de mar-chas sadinas, João

Praia, de 24 anos, já dese-nhou os figurinos do novo musical da Academia Dramática Escolar “Os Combatentes”, de Lisboa, que tem estreia marcada para o dia 28 de Novem-bro, às 21h30.Esta participação marca a estreia do jovem talento se-tubalense em figurinos para espetáculos teatrais,

que surgiu, por convite, do autor e encenador Carlos Jorge Español, que também ensaia marchas populares em Lisboa e em Almada.João Praia sente-se «mui-to feliz e encantado», uma vez que é «a primeira vez que trabalha na área do teatro, como figurinista, e, logo, em Lisboa», o que demonstra que «o Carlos Jorge Español aprecia o meu trabalho e vê que te-nho qualidade», embora já tenha também dese-nhado figurinos para marchas sadinas.

O designer salienta que, além dos figurinos, a ima-gem gráfica, cartazes e lo-gotipo deste musical, inti-tulado “Melodias nos Combatentes”, também são de sua autoria. «O Carlos Jorge pediu-me para fazer um figurino alegre e vistoso porque vamos brindar, com champanhe, ao regresso do teatro aos “Combatentes”, parado há dois anos». A confeção e supervisão dos figurinos estão a cargo da mestra Rosário Balbi. A abertura vai ser em tons de azul e dourado; a apo-

A estreia de “O Prin-cipezinho”, no dia 2 de outubro, no Fo-

rum Luísa Todi, excedeu «todas as expetativas», refere a atriz Céu Cam-pos, do Espelho Mágico. A sala do Forum estava «completamente esgota-da e o público delirante». Este musical abriu, as-sim, com toda a pompa e circunstância, o 2.º Fes-tival Ibérico de Teatro, a primeira em Portugal, que deslocou a Setúbal e Palmela nos dias 2, 3 e 4 companhias espanholas e portuguesas. Os espetáculos de 15 e 18 de outubro também esti-

T iago Pinto e Ana Pereira, de 18 e 17 anos, respetiva-

mente, venceram o Moda Sado, que teve lugar no passado domingo, no mercado do Livramento, em Setúbal. Ambos vão ficar agenciados na Just Models participar numa campanha de comunica-ção do município sadino. Cerca de 500 pessoas as-sistiram a mais uma edi-ção da Moda Sado, desfi-le que apresentou as coleções de outono/in-verno de lojas de roupa da baixa sadina.Vinte raparigas e rapazes, com idades entre os 15 e os 25 anos, desfilaram na

iniciativa organizada pelo município sadino, em cooperação com a ex--miss Portugal e empre-sária de moda Ana Sobri-nho e o apoio da agência Just Models.

veram esgotados, no Fo-rum Municipal Luisa Todi. “O Principezinho “ voa agora para Palmela e aterra no cine-teatro S.

teose, antes do intervalo, baseia-se nas profissões antigas de Lisboa, em vá-rias cores. A abertura da segunda parte, baseia-se no filme “Chicago”, e as roupas são em tons de preto e vermelho. E no fi-nal do espetáculo, os bai-larinos vão vestir os figu-rinos de João Praia, em tons de preto, prata e branco, que é, no fundo, uma «homenagem à cal-çada lisboeta», enquanto todo o elenco envergará fatos de várias marchas alfacinhas.

João, no dia 7 de novem-bro, pelas 16h30. Depois, «parte em digressão um pouco por todo o País», vinca Céu Campos.

Tiago Pinto e Ana Pereira Vencem Moda Sado

Pela passerelle, além das co-leções de dez lojas da baixa comercial da cidade, desfila-ram modelos de Benedita Formosinho, estudante de Design de Moda da Faculda-de de Arquitetura de Lisboa.

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