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PUBLICIDADE NEGÓCIOS PÁGINA 11 ALCÁCER DO SAL PROMOVE METAMORFOSE DE 5 MILHÕES À BEIRA-RIO O novo plano estratégico da Câmara de Alcácer do Sal vai promover uma transformação à beira-rio e incluir novas urbanidades, com forte pendor na mobilidade interna, com a criação de corredores cicláveis. O presidente do município, Vítor Proença, diz-se orgulhoso. SEMANA PÁGINA 2 MARCELO RECONDUZ CARLOS BEATO NAS ORDENS DE PORTUGAL O ex-presidente da Câmara de Grândola e ad- ministrador da Associação Mutualista Montepio, Carlos Beato, que é também comendador da Ordem da Liberdade, foi reconduzido pelo presi- dente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Conselho das Ordens Nacionais. SOCIEDADE PÁGINA 3 ROUBOS DE ARTE SACRA JÁ QUASE NÃO CONTAM NAS ESTATÍSTICAS A região está quase livre de roubos de arte sa- cra. As autoridades registaram apenas um caso em 2015 e nos primeiros cinco meses deste ano não há notícias deste tipo de crime. Um maior zelo por parte das instituições religiosas e o desmantelamento de redes organizadas foram decisivos para a atual situação. A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 VALÊNCIAS: CRECHE JARDIM DE INFÂNCIA, 1.º, 2.º, 3.º CICLOS ENSINO SECUNDÁRIO GRANDES DESCONTOS CAMPANHA ATÉ 30 JUNHO SOMOS O COLÉGIO LÍDER DO RANKING DE ESCOLAS DE SETÚBAL INSCRIÇÕES ABERTAS Colégio São Filipe Sábado 11 | Junho | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 906 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais COMPLEXO INDUSTRIAL ROMANO DE TRÓIA A CAMINHO DA UNESCO O Complexo Industrial Romano de Salga e Conserva de Peixe localizado em Tróia está na lista de candidaturas a património mundial da UNESCO. Trata-se de um dos maiores do mundo, com mais de dois mil anos de história, e é um ícone da região de Setúbal e do país. Os primeiros trabalhos arqueológicos arrancaram ainda no século XX e a expetativa de conseguir a distinção é grande. SOCIEDADE PÁGINA 3 COLÉGIOS DE REFERÊNCIA NESTA EDIÇÃO: COLÉGIO ATLÂNTICO PÁGINA 5 COLÉGIO CAMPO FLORES PÁGINA 12

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Edição do Semmais de 11 de Junho

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Page 1: Semmais 11 junho 2016

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NEGÓCIOS PÁGINA 11ALCÁCER DO SAL PROMOVE METAMORFOSE DE 5 MILHÕES À BEIRA-RIOO novo plano estratégico da Câmara de Alcácer do Sal vai promover uma transformação à beira-rio e incluir novas urbanidades, com forte pendor na mobilidade interna, com a criação de corredores cicláveis. O presidente do município, Vítor Proença, diz-se orgulhoso.

SEMANA PÁGINA 2MARCELO RECONDUZ CARLOS BEATO NAS ORDENS DE PORTUGALO ex-presidente da Câmara de Grândola e ad-ministrador da Associação Mutualista Montepio, Carlos Beato, que é também comendador da Ordem da Liberdade, foi reconduzido pelo presi-dente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Conselho das Ordens Nacionais.

SOCIEDADE PÁGINA 3ROUBOS DE ARTE SACRA JÁ QUASE NÃO CONTAM NAS ESTATÍSTICASA região está quase livre de roubos de arte sa-cra. As autoridades registaram apenas um caso em 2015 e nos primeiros cinco meses deste ano não há notícias deste tipo de crime. Um maior zelo por parte das instituições religiosas e o desmantelamento de redes organizadas foram decisivos para a atual situação.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

VALÊNCIAS:CRECHEJARDIM DE INFÂNCIA,

1.º, 2.º, 3.º CICLOSENSINO SECUNDÁRIO

GRANDESDESCONTOS

CAMPANHAATÉ 30 JUNHO

SOMOS O COLÉGIO LÍDER DO RANKING DE ESCOLAS DE SETÚBAL

INSCRIÇÕES ABERTAS

Colégio São Filipe

Sábado 11 | Junho | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 906 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisCOMPLEXO INDUSTRIAL ROMANO DE TRÓIA A CAMINHO DA UNESCOO Complexo Industrial Romano de Salga e Conserva de Peixe localizado em Tróia está na lista de candidaturas a património mundial da UNESCO. Trata-se de um dos maiores do mundo, com mais de dois mil anos de história, e é um ícone da região de Setúbal e do país. Os primeiros trabalhos arqueológicos arrancaram ainda no século XX e a expetativa de conseguir a distinção é grande.

SOCIEDADE PÁGINA 3

COLÉGIOS DE REFERÊNCIANESTA EDIÇÃO:COLÉGIO ATLÂNTICO PÁGINA 5 COLÉGIO CAMPO FLORES PÁGINA 12

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SEMANAARRÁBIDA RECEBEU CONSELHO DE MINISTROS

O CONVENTO DA ARRÁBIDA RECEBEU ESTA QUARTA-FEIRA UM CONSELHO DE MINISTROS DEDICADO ÀS CAUSAS AMBIENTAIS. OS MEMBROS DO GOVERNO

DESLOCARAM-SE NUM AUTOCARRO ELÉTRICO E, NUM AMBIENTE A CONDIZER, DISCUTIRAM TEMAS COMO A DESCARBONIZAÇÃO DA SOCIEDADE, A ECONOMIA

CIRCULAR E A VALORIZAÇÃO DO TERRITÓRIO. ENTRE OUTROS ASSUNTOS, ESTIVERAM EM CIMA DA MESA TAMBÉM A APOSTA NA REABILITAÇÃO URBANA E

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NA POLÍTICA DE CIDADES, NOVO PLANO NACIONAL DA ÁGUA, A ESTRAGÉGIA

NACIONAL PARA O AR 2020 E O PACOTE DE COMPRAS PÚBLICAS ECOLÓGICAS.

Festival Sol da Caparica junta mais sete nomes ao cartaz deste ano

PJ deteve dois suspeitos de roubo agravado

GNR perde veículo em incêndio na A2

Marcelo escolhe Carlos Beato vogal das Ordens Nacionais

David Fonseca, Dan-ças Ocultas & Or-questra Filarmónica

das Beiras, Aline Frazão (dia 11 de agosto), Jorge Palma & Sérgio Godinho, Melech Mechaya (dia 12) e Ala dos Namorados (dia 13) são as mais recentes confirmações no festival O Sol da Caparica, que se realiza entre 11 e 14 de agosto na Costa de Capa-rica, em Almada.

O ex-presidente da Câmara de Grândo-la e administrador

da Associação Mutualista Montepio, Carlos Beato, foi reconduzido pelo pre-sidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para vogal do Conselho das Ordens Nacionais. A posse de Carlos Beato, que foi condecorado du-rante a vigência do man-dato de Cavaco Silva com

A Polícia Judiciária de Setúbal anunciou esta quarta-feira a

detenção de dois homens suspeitos de quatro cri-mes de roubo agravado, incluindo assaltos à mão armada a estabelecimen-tos comerciais do Barrei-ro, durante o mês de Maio. Em comunicado, a PJ informa que os dois ho-mens, de 20 e 21 anos, fo-ram detidos no âmbito de um inquérito instaurado há menos de um mês, mas es-tão constituídos arguidos

A GNR ficou sem um dos seus meios de logística na passda

terça-feira devido a um incêndio nesse mesmo ve-ículo daquela força de se-gurança. O veículo de logística da GNR que circulava no sentido Marateca-Palme-la, pela A2, ter-se-á incen-

Estes artistas juntam--se assim aos já anuncia-dos Orelha Negra, C4 Pe-dro, Deolinda, Mão Morta, Marta Ren, The Gift, Aurea, Diogo Piçar-ra, Cristina Branco, Má-rio Laginha, Rui Veloso, Ana Moura e Nelson Freitas, entre muitos ou-tros nomes da música em português. O último dia do festival será dedicado às crianças.

em mais três inquéritos re-lativos a crimes praticados nos concelhos de Almada, Moita e Seixal, também no distrito de Setúbal. A PJ adianta ainda que os crimes praticados pelos dois suspeitos lhes terão permitido apropriarem-se indevidamente de milha-res de euros pertencentes às vítimas. Os detidos foram on-tem presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventu-ais medidas de coação.

diado, obrigando ao corte da via durante 45 minutos. Deste incidente não há registo de feridos, sendo que o incêndio ficou con-trolado perto das 00h30. Para o local foram aciona-dos cinco operacionais dos bombeiros de Águas de Moura, elementos da Brisa e da GNR.

a comenda da Ordem da Liberdade, ocorreu esta quarta-feira, numa ceri-mónia oficial realizada no Palácio de Belém e presidida pelo próprio Marcelo Rebelo de Sousa. O ex-autarca, ainda mui-to ligado à região agora nas áreas sociais, por via das suas funções na As-sociação Mutualista Montepio, disse ao Sem-mais «ter sido mais uma

honra» ao mais alto nível, e o reconhecimento de uma vida dedicada «à missão pública», desta-cando o seu trabalho au-tárquico naquele que foi conhecido como “Novo Ciclo” no concelho de Grândola. «Julgo poder dizer que também repre-sento o distrito e é um orgulho fazê-lo, porque estou muito ligado à re-gião de Setúbal».

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

COMPLEXO INDUSTRIAL ROMANO DE SALGA E CONSERVA DE PEIXE JÁ FOI CAPITAL DO GARUM

Troia foi capital do “garum” na rota do Património Mundial da UNESCO

AUTORIDADES REFEREM MAIOR ZELO POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS

Roubos a igrejas baixaram com registo «zero» em 2016

É a história a fazer das suas, com dois mil anos e uma impressionante parte do império romano instalado em Troia que ainda nem era península. Agora, o lugar vai à UNESCO à “pesca” de um estatuto merecido.

Está entre bens portugueses que integram a lista indica-tiva ao Património Mundial

num total de 22 candidaturas. O Complexo Industrial Romano de Salga e Conserva de Peixe em Troia já foi a capital do ga-rum, um distinto paté tão apre-ciado pelo império romanos, mas agora entra na UNESCO à “pesca” de estatuto. Até porque será o maior do mundo. Já lá vão mais de 2 mil anos de história, quando Troia ainda nem era península, mas apenas

uma ilha em pleno Sado, com o nome de Ácala. Foi por ali que o império romano ergueu fábricas para deitar mãos a uma espécie de «produção gourmet», com o tal paté de peixe que era condu-zido a Roma, via marítima, para abastecer, sobretudo, as famílias mais abastadas. Este preparado era muito apreciado nas cozinhas da época, traduzindo um negócio chorudo para os produtores, para explo-ravam o bom peixe desta região. A construção do complexo foi feita na primeira metade do sé-culo I, tendo a ocupação romana perdurado ao longo de 500 anos.

Os crimes de furto de arte sacra estão a diminuir no distrito de Setúbal, ha-

vendo apenas um registo relati-vo a 2015 e nenhum nos primei-ros cinco meses de 2016, segundo dados da Polícia Judi-ciária. Este bom resultado é atribuído pelas autoridades a um maior zelo por parte das instituições religiosas, mas também pelo desmantelamento de muitas das redes que opera-vam por todo o país. Pelo menos é esta a convic-ção da PJ, que viu diminuir em 66%, nos últimos seis anos, o número de inquéritos relaciona-dos com crimes de furto de arte sacra, tal como imagens religio-

Há algum tempo que Inês Vaz Pinto, coordenadora da equipa de arqueologia do Troi-resort, «sonha» com este desíg-nio. Segundo as investigações, foi para tirar partido das poten-cialidades do peixe da região e da excelência do sal do rio Sado, associados ao clima, que os ro-manos construíram a conservei-ra de Troia, apostando na con-cretização de um dos maiores complexos de produção de sal-gas de peixe. Os tanques onde se prepara-vam as conservas e molhos, en-tre os quais o famoso garum, são a maior testemunha. O

complexo é conhecido desde o século XVI, mas só 200 depois viria a ser sujeito à primeira es-cavação, por ordem da então Infanta D. Maria - futura rainha – que permitiu desvendar as ca-sas da chamada rua da Prince-sa. Nos meados do século XIX os trabalhos arqueológicos conduziram à descoberta do núcleo residencial da rua da Princesa e parte das termas.

Primeiros trabalhos foram desenvolvidos no século XX

Foi já em pleno século XX que foram desenvolvidos grandes trabalhos pelo Museu Nacional de Arqueologia que puseram a descoberto a totalidade da ter-nas e a maior fábrica de salga, além do mausoléu e de várias necrópoles. A 16 de Junho de 1910 o complexo foi classificado como Monumento Nacional, mas os arqueólogos sonham com o Património da Humani-dade. Recorde-se que nos últimos tempos os arqueólogos têm procurado restaurar o que ain-da resta das pinturas murais da basílica recorrendo a uma em-presa especializada (Mural da História), apoiada pela Admi-nistração dos Portos de Setú-

bal e Sesimbra. Por lá perma-necem três faixas que dividem as paredes, com três metros de altura, do antigo templo, onde o marmoreado surge na parte inferior, enquanto as outras duas faixas exibem um rol de decorações geométricas, ali-cerçadas, sobretudo, em octó-gonos. Há quem afirme que tratar-se da simbologia entre o céu e terra, conjugando o qua-drado com o círculo. Teorias à parte, pelas paredes espalham-se ainda flores, como rosáceas com longas pétalas e aves que se assemelham a pom-bos. A basílica antecedeu a cons-trução Capela de Nossa Senhora de Troia, paredes-meias, que re-cebe a festa anual dos pescado-res de Setúbal. Na única coluna que se mantém erguida, do que resta de antigo conjunto de arcadas ganha especial relevo a pintura de um cântaro de pé. Pode es-tar a evocar o batismo. Apesar da degradação imposta pelos cerca de 20 séculos, a basílica de Troia apresenta-se como sendo das mais antigas da Pe-nínsula Ibérica, garantindo bom estado de conservação. Para tal terá contribuído a areia que a cobriu durante centenas de anos.

sas, crucifixos e quadros. Em 2015 o distrito ainda viu ser aberto um inquérito, depois um outro em 2014, que resultou num detido e na constituição de dois arguidos. Já em 2013 a re-gião somou cinco inquéritos e mais dois no ano anterior. Segundo a PJ, a crise fez dis-parar os crimes desta natureza, mas o fenómeno parece estar a abrandar., depois de 2013 ter sido o ano mais preocupante, com dois casos mediáticos no distrito, após outros tantos as-saltos às igrejas de Santiago do Cacém e Palma, em Alcácer do Sal, que resultaram no roubo de toda a arte sacra que existia nos templos, e um ato de vandalis-mo que destruiu parte da ermi-da de São Pedro, em Santiago do Cacém.

Em Alcácer levaram peças de ourivesaria

Em Alcácer foram levadas todas as peças de ourivesaria. A pró-pria custódia de prata – peça onde se expõe a hóstia já consa-grada - foi roubada. Contudo, apesar do prejuízo ter sido bem mais avultado desta feita, já um mês antes a igreja tinha sido as-saltada por duas vezes, admi-tindo-se que o autor do roubo era conhecedor da igreja. Foi diretamente ao cofre para rou-bar todo o dinheiro em ambas as ações. Já a ermida de São Pedro, em Santiago do Cacém, foi vandali-zada com recurso a apedreja-mento. Foi com as pedras que os indivíduos partiram a porta do imóvel, classificado de Interesse

Público e afastado do aglomera-do populacional, tendo ainda escavado o interior do templo.

As autoridades admitem que se possa tratar de rituais satânicos. Não roubaram nada.

O ano passado apenas houve um registo e nos primeiros cinco meses deste ano não há notícias deste tipo de crime. Um bom sinal atribuído a um maior zelo por parte das instituições religiosas e ao desmantelamento de redes que operavam em todo o país.

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SOCIEDADEAUTORIDADES POLICIAIS REGISTAM MENOS CERCA DE MIL CRIMES EM RELAÇÃO AO ANO DE 2014

Região chegou aos 31632 crimes em 2015 mas baixou valores dos anos anterioresMesmo com a baixa do número de crimes, o distrito continua entre os três mais problemáticos do país, atrás de Lisboa e Porto. Os crimes violentos e graves estão na linha da frente e há ainda a criminalidade juvenil que segundo o programa “Escola Segura” também está a crescer.

Entre 1 de Janeiro e 31 de Maio deste ano já perderam a vida nas estra-das da região treze pessoas. No fecho dos anos de 2014 e 2015 havia a lamentar 4 vítimas mortais. São números impressionantes, decorrentes de um aumento muito significativo de acidentes, que fizeram também explodir o número de feridos graves.

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O distrito de Setúbal logrou baixar o índice de crimi-nalidade na região no úl-

O número de mortes nas es-tradas do distrito aumen-tou de forma expressiva

nos primeiros cinco meses des-te ano face ao mesmo período de 2015 e 2014. Entre 1 de janei-ro e 31 de maio perderam a vida 13 pessoas, quando nos dois anos anteriores havia quatro vítimas a lamentar. Ou seja, a região mais que triplicou o nú-mero de mortos, enquanto os acidentes também aumentaram comparativamente com o perí-odo homólogo. Os 3812 sinistros provocaram ainda 50 feridos graves, mais 28 do que em 2015, quando se regis-taram 3696 acidentes, e mais oito do que em 2014, quando o distrito assistiu a 3429 colisões. Os dados são revelados pela Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária, que reúne as ocorrências registadas pela PSP e GNR, mostrando estes valores que a tendência se mantém relativamente aos lo-cais mais atingidos pela sinis-

tendência dos últimos anos, continuando a reduzir partici-pações de crimes violentos e graves: Os 2135 registos em 2015 representam menos 170 do que em 2014, traduzindo uma redução percentual de 7,4%, o que significa que a re-gião salta diretamente para a terceira posição nacional entre os distritos com uma mais acentuada redução percentual de criminalidade violenta e grave participadas. Mas nem tudo são boas notícias.

Criminalidade juvenil aumentou drasticamente

É que a criminalidade juvenil re-gistada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) na sua área

da atuação no distrito, no âmbi-to do Programa Escola Segura, aumentou nesta região como em nenhuma outra. Os números não enganam: a criminalidade cometida em grupo registou 163 ocorrências em 2015 face a 101 verificadas em 2014. Recorde-se que o Programa Escola Segura é de âmbito na-cional e está especialmente vo-cacionado para a segurança de toda a comunidade escolar. «A proximidade e a confiança gera-da entre os militares da GNR e toda a comunidade escolar - pais, encarregados de educação, professores e alunos - têm sido determinantes para a redução do número de crimes regista-dos», sublinha esta força de se-gurança.

NOS PRIMEIROS CINCO MESES DESTE ANO PERDERAM A VIDA 13 PESSOAS E O NÚMERO DE ACIDENTES AUMENTOU

Mortes triplicam nas estradas do distrito

tralidade. A maioria dos aci-dentes continua a acontecer em retas, com embates ocorri-dos devido a despistes, en-quanto uma significa percenta-gem dos sinistros teve origem no excesso de velocidade, em-bora os documentos permitam concluir que os automobilistas estão mais cautelosos à hora de carregar no acelerador.

O quadro que exibe os valo-res dos dois últimos anos tam-bém mostra uma significativa evolução das tragédias. Isto é, de 1 de junho de 2014 a 31 de maio de 2015 o distrito de Setúbal as-sistiu a 13 mortes, que aumenta-ram para 25 entre 1 de junho de 2015 e 31 de maio de 2016. Os feridos graves “dispararam” de 29 para 92.

O movimento das Acade-mias do Bacalhau teve as suas origens na África do

Sul, no final da década sessenta do século passado, através dos portugueses que aí se encontra-vam como emigrantes. Este movimento associativo portu-guês é o único com raízes no estrangeiro e importado para Portugal. “As comadres e os compadres” (assim se designam os associa-dos) de Setúbal associaram-se este ano às comemorações do

Dia de África (25 de Maio). Para o efeito contataram com a presença da Senhora Embaixa-dora da República de Cabo Verde em Portugal, Dra. Mada-lena Neves, que proferiu uma breve resenha sobre a efeméri-de bem como as perspetivas da República de Cabo Verde.A Academia do Bacalhau é uma associação que promove a solidariedade e dignificação das relações de amizade e da cultura, para isso todos os meses juntam--se em fraternos convívios.

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

ZEFERINO BOALCONSULTOR DA SITEL PORTUGAL

Academia do Bacalhau de Setúbal – Dia de África

timo ano. Segundo dados agora atualizados pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), a península contabilizou um total de 31632 crimes, traduzindo menos 1006 processos face aos

32638 de 2014 e menos 3421 comparando os 3553 registados em 2013. Estes valores colocam, ainda assim, o distrito entre os três mais problemáticos do país, apenas atrás de Lisboa e Porto. Uma situação confirmada pelo Relatório Anual de Segu-rança Interna (RASI), que tam-bém coloca Setúbal entre os três distritos com maior número de crimes violentos e graves parti-cipados em 2015, embora a re-gião surja com valores muito abaixo dos exibidos por Lisboa. Enquanto a capital é responsá-vel por aproximadamente 45% das participações, Setúbal chega às 11,3%. Também o RASI conclui que Setúbal manteve em 2015 a

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COLEGIOS DE REFERENCIA

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SOCIEDADEFESTAS TRADICIONAIS DE SÃO PEDRO, NO MONTIJO, QUEREM CATIVAR MAIS TURISTAS DE LISBOA

«Queremos atingir o meio milhão de visitantes»

Hotel do Sado brinda à gastronomia japonesa

Xetcopi junta clientes em Setúbal para mostrar novas coqueluches da Xerox

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

As festas populares de S. Pedro do Montijo, que de-correm de 28 de junho a 3

de julho, foram apresentadas à imprensa no passado dia 7. Es-tão orçadas em 130 mil euros. Quinze mil flores de papel fo-ram confecionadas por volun-tárias para ornamentar ruas e largos. O edil Nuno Canta afirmou que o evento é «uma referência» nas festividades populares da re-gião, bem como um momento de atração turística «muito im-portante» o concelho, que tem de continuar com toda a sua di-

O Hotel do Sado vai realizar no próximo dia 25 de Ju-nho uma experiência di-

ferente que passa por um jantar degustação único de gastrono-mia tradicional japonesa. Um live cooking conduzido pelo sushiman Takeshi Miyashiro. A iniciativa, organizada pela conhecida unidade hoteleira de Setúbal, vai decorrer sob o mote “quando comer sushi se transfor-ma num momento único”. «Va-mos celebrar a gastronomia japo-

nesa em que além de sushi há sashimi, marisco, carne maturada e sobremesas tradicionais do país da Madame Butterfly», explicou ao Semmais Helena Ferreira, a gerência do Hotel do Sado. Recorde-se que o hotel de charme localizado num dos to-pos da cidade sadina, com vista panorâmica para o Sado, era uma antiga estalagem e ainda conserva os traços arquitetóni-cos originais do edifício do sé-culo XVIII.

A administração da empre-sa setubalense Xetcopi juntou quarta-feira parte

dos seus principais clientes para demonstrar as mais recen-tes ferramentas e plataformas multifuncionais das fotocopia-doras da gigante Xerox, de que é o agente exclusivo no distrito de Setúbal. A empresa, com 19 anos de atividade na região goza de um portflólio de cerca de 1200 clien-tes, entre grandes, pequenas e médias empresas, instituições

públicas e privadas, num univer-so onde só o ano passado regis-taram 39 milhões de cópias a preto e branco e 8 milhões de có-pias a cores. «Temos a responsa-bilidade de garantir um serviço de qualidade aos nossos clientes e termos, como temos sempre, a disponibilidade de lhes facilitar o trabalho, o desempenho dos seus serviços e a redução de custos com as funcionalidades que dis-põem os nossos equipamentos», disse Ricardo Ribeiro, responsá-vel da empresa.

Durante o workshop, que ser-viu para apresentação, por parte da Xerox, das mais recentes no-vidades em relação a serviços MPS e Smart MFP, ferramentas com forte inovação tecnológica de suporte aos mais diversos ne-gócios empresariais e institucio-nais, foram feitas demonstrações de como proceder à impressão de cópias de documentos através de um simples smartfone ou a nova coqueluche da tradução si-multânea de emails em 35 lín-guas diferentes.

nâmica «bairrista». Este ano, o município cele-brou um protocolo com a Enti-dade Regional de Turismo de Lisboa para a promoção das fes-tas na zona de Lisboa. «Vai haver folhetos nos hotéis e transporte até às festas, por forma a atrair mais turistas». José Manuel Santos, o líder da comissão de festas, antevê umas excelentes festas. Pelos sete palcos vão passar diversas atividades e, pela primeira vez, será inaugurado o hino das fes-tas, da autoria de Luís Pereira e António Gouveia. Realçou ainda a aula de toureio demonstrativo, as marchas populares do Alto do Pina e de Alcântara, a confeção

da maior paelha a sul do Tejo e as duas noites de comes e bebes. «Este ano queremos ultrapassar os 300 mil visitantes de 2015. A intenção é atingir o meio milhão de visitantes», vincou. A procissão fluvial, onde de-zenas de barcos engalanados dão côr e alegria ao rio Tejo, em homenagem ao Santo Pescador; o ritual da ‘lavagem’ pela classe piscatória; a arrematação das bandeiras e da imagem de S. Pe-dro; as tertúlias; os bailes; as lar-gadas; as corridas de toiros; e a noite dos comes e bebes são al-guns dos pontos fortes das fes-tas. Os concertos de Áurea e de Jorge Palma abrem e fecham as festas, respetivamente.

As populares festas de São Pedro, no Montijo, decorrem de 28 de Junho a 3 de Julho e prometem manter acesas as tradições. Orçadas em cerca de 130 mil euros, vão contar com 15 mil flores confeccionadas por voluntários para ornamentar ruas e largos. O presidente da câmara, Nuno Canta, considera a iniciativa como um ponto alto de atração turística e quer ganhar mais visitantes oriundos da capital

A empresa de Setúbal, que detém o exclusivo para o distrito da marca Xerox, e um portfólio de 1200 clientes, foi responsável o ano passado por 39 milhões de cópias a preto e branco e 8 milhões de cópias a cor.

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LOCAL

SEIXAL TÁXI FLUVIAL PARA A PRAIA DA PONTA DOS CORVOS Durante a época balnear, um serviço de táxi fluvial vai assegurar a ligação entre o Seixal e o polo náutico-turístico da Ponta dos Corvos. A iniciativa, promovi-da pela Câmara Municipal do Seixal, em parceria com o operador Expedições Náuticas, arrancou no passado dia 1 e vai prolongar-se até 31 de agosto. Este serviço de táxi fluvial, entre o cais do Núcleo de Náutica de Recreio do Seixal e a Ponta dos Corvos, funciona entre as 9 e as 20 horas. O serviço tem um custo de 1 euro por viagem.

MONTIJO BOMBEIROS DE CANHA GANHAM SALÃO DE FESTAS O salão de festas dos Bombeiros de Canha foi inaugurado no passado dia 4. O comandante referiu que a remodelação do espaço «há muito reivindicada pela instituição» resulta de um processo de reconversão e melhoramentos realizados e a realizar no quartel. «O pavilhão, trans-formado em salão, está preparado para receber eventos que a associação possa organizar, para as instituições públicas e/ou privadas e para todos os sócios que dele necessitarem usufruir», disse.Urbano Emídio expressou a sua grati-dão, em nome da instituição, à autarquia sublinhando que «foi graças à colabora-ção da Câmara que realizámos as obras, possibilitando aos nossos associados e bombeiros as melhores condições de uso deste edifício».

SINES FEIRA QUINHENTISTA COM CORTEJO E MERCADO A Santa Casa da Misericórdia de Sines leva a cabo este sábado e domingo, na sua zona histórica, a iniciativa “Sines Quinhentista”. Trata-se de uma recriação histórica da fundação da Misericórdia em Terras de Vasco da Gama. Inclui mer-cado e cortejo quinhentista com ani-mação de rua e diversos espetáculos. O evento decorre na zona histórica, castelo e instalações da Santa Casa da Miseri-córdia de Sines. Este sábado, o evento decorre das 14 às 2 horas da madruga-da, sendo que no domingo, a iniciativa estende-se até às 23 horas.

SETÚBAL REABILITAÇÃO URBANA DE AZEITÃO EM MARCHA O município aprovou quinta-feira o pro-grama estratégico de reabilitação urbana para a execução de uma Operação de Reabilitação Urbana no centro histórico de Azeitão, instrumento que define o modelo de regeneração. O projeto de ORU integra um programa estratégico de reabilitação urbana dos cascos históricos de Vila Nogueira e Aldeia Rica e identifi-ca as ações e intervenções que se julgam «estruturantes, mas que se pretendem realistas e exequíveis para os próximos 15 anos», refere a autarquia no preâmbu-lo do documento. A autarquia pretende que a sustentabilidade das intervenções privadas se complemente com a exequi-bilidade da ação prevista, com o intuito de revitalizar todo o núcleo envolvente à rua José Augusto Coelho, largos e praças adjacentes.

GRÂNDOLA MUNICÍPIO OFERECE LIVROS ESCOLARES AO 1.º CICLO A partir do próximo ano letivo os alunos do 1.º ciclo do básico vão receber gra-tuitamente os manuais escolares, o que representa um investimento de cerca de 30 mil euros. Para o edil, Figueira Men-des, «o acesso à educação é um direito consagrado na constituição devendo ser garantida a igualdade de oportunidades para todos. Infelizmente, as dificuldades com que as famílias se deparam são cada vez maiores, sendo a aquisição dos livros escolares um enorme esforço para o orçamento familiar. Ciente destas dificuldades e da importância que tem o acesso à educação, o executivo decidiu apoiar as famílias através da oferta dos manuais escolares – manual e fichas de atividades aos alunos do 2.º ao 4.º ano de escolaridade».

MOITA CONHECER A HISTÓRIA DO SAL NO CONCELHOConhecer a história do sal no concelho e na região, o seu processo de extração e outras curiosidades sobre a ecologia do estuário, os invertebrados do Tejo, os peixes e as aves é a sugestão do mu-nicípio para as tardes de sábado deste mês. Este sábado há visita ao Sítio das Marinhas – Centro de Interpretação Ambiental, das 15 às 19 horas. Trata-se de um equipamento singular, no âmbito da preservação e promoção do patrimó-nio cultural e natural, pela perspetiva integrada que apresenta da história e do ambiente, do homem e do território, de um espaço humanizado, com a recons-trução de muralhas e de uma salina em perfeito equilíbrio com uma paisagem de marés, de salgados e sapais, de di-versidade animal e vegetal, inspirado e ancorado no estuário do Tejo, que pode ser desfrutado de forma lúdica.

PALMELA PINHAL NOVO AO RUBRO COM AS FESTAS TRADICIONAIS A 20.ª edição das Festas Populares de Pinhal Novo está na rua até 12 de junho, com um programa que aposta, uma vez mais, na valorização da identidade e cultura locais, intimamente ligadas às tradições caramelas e ferroviárias. Este é, também, um «momento privilegiado de promoção do dinamismo e das potencia-lidades económicas da freguesia, e ponto incontornável de encontro e convívio».A Câmara Municipal de Palmela apoia a Associação de Festas Populares de Pinhal Novo – Desenvolvimento e Cultura Local com um subsídio de 34 mil e 200 euros, além de apoio logístico e de promoção e divulgação.

SANTIAGO DO CACÉM BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS DÃO PRÉMIO A HOTELO Hotel Vila Park, em Vila Nova de St.º André, recebeu, a 27 de maio, numa ce-rimónia realizada na Quinta de Tormes (Baião), o prémio “Green Key”, atribu-ído pela Associação Bandeira Azul da Europa. Estes galardões visam distinguir a sensibilização, formação e capacita-ção para o desenvolvimento de inicia-tivas que envolvam a participação e o empenho individual e coletivo através da educação para o desenvolvimento sustentável. Foram galardoados 67 em-preendimentos turísticos – 45 Hotéis e 14 espaços de Turismo Rural – sendo que o Vila Park foi uma das duas unidades do Litoral Alentejano a merecer a distinção, a par do Monte do Casarão, na freguesia de S. Teotónio, em Odemira.

ALCÁCER DO SAL TORRÃO INAU-GURA MEMORIAL AOS COMBATENTESA Junta de Freguesia do Torrão inaugura, este sábado, um memorial aos comba-tentes da freguesia do Torrão, tombados em combate na 1.ª Grande Guerra e na Guerra Colonial. Neste âmbito, pelas 10h30, realiza-se uma missa de na igreja de S. Francisco, seguindo-se, às 11h30, a inauguração do monumento no jardim do Largo de S. Francisco, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, presidente da Junta de Freguesia do Torrão e representantes da Direção Central da Liga dos Combaten-tes e do Núcleo Local de Alcácer da Liga dos Combatentes. A cerimónia termina com uma visita à exposição patente no Museu Etnográfico do Torrão, dedicada aos combatentes.

BARREIRO FESTIVAL DA LIBERDADE ECOA NA CIDADE Richie Campbell, Gabriel O Pensador, Dengaz, Kumpania Algazarra, Carlão e Dead Combo são cabeças de cartaz do Festival Liberdade, que culmina este sábado na Quinta do Braamcamp e na praia de Alburrica. Este festival, com en-trada livre, é uma iniciativa da Associa-ção de Municípios da Região de Setúbal, que congrega centenas de opiniões e propostas de muitos jovens da região e que conta com a participação de nume-rosas bandas e associações juvenis.Mostra e encontro associativos, anima-ção de rua, mostra de artes, música e desportos radicais integram a programa-ção dos dois dias do festival que se assu-me como um espaço de comemoração da liberdade, da paz e da juventude.

SESIMBRA VILA PISCATÓRIA FESTEJA SANTOS POPULARES COM MARCHASA animação e o colorido caraterístico dos santos populares invadem o concelho em junho. O programa inclui marchas po-pulares, ruas e espaços decorados a rigor por moradores e movimento associativo e vários bailes populares, onde não faltam também os típicos “comes e bebes”, com diversos petiscos e a tradicional sardinha assada. Este ano, as marchas saem à rua a 18 e 25, na Qt.ª do Conde, e 23 e 30, em Sesimbra. O desfile conta com a partici-pação do Centro Comunitário da Quinta do Conde, Grupo Desportivo e Cultural do Conde 2, Grupo Encontra a Esperança, Igreja de N.ª Sr.ª da Boa Água e Catequese da Paróquia de Santiago.

ALCOCHETE REQUALIFICAÇÃO DA ROTUNDA EMBELEZA ENTRADA DA VILA O município vai avançar com a requalifi-cação da rotunda que liga as avenidas D. Manuel I e a D. João II, localizada numa das principais entradas da vila. Esta inter-venção está contemplada na conclusão das obras da urbanização do Cerradinho da Praia e envolve a realização de um conjunto de trabalhos que representam um investimento superior a 91 mil euros.Trabalhos de pavimentação, arranjo das áreas verdes e a recuperação de uma outra rotunda, que dá acesso ao fórum de Alco-chete, são também outros trabalhos que vão ser concretizados no âmbito desta in-tervenção que visa a melhoria da imagem urbana desta área residencial da vila.

ALMADA MUNICÍPIO ABRE INSCRIÇÕES PARA FÉRIAS JOVENS Atividades desportivas, idas à praia, jogos, passeios e ateliês são algumas das atividades deste programa de férias destinado aos jovens dos 6 aos 17 anos. Inscrições gratuitas entre 1 e 15 de junho. Em tempo de férias escolares, a edilida-de oferece um programa, destinado aos jovens dos 6 aos 17 anos, com diver-sas atividades nas mais variadas áreas temáticas. O Férias Jovens de Verão 2016 decorre em três turnos diferentes, ao longo de julho e agosto, e as atividades realizam-se nos vários equipamentos municipais, estando ainda previstos al-guns passeios e visitas. As inscrições são gratuitas e incluem transporte, seguro e refeições.

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CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

BANDA BARREIRENSE CAELUM S EDGE VENCEU CONCURSO NACIONAL DA EDP

«Queremos chegar ao maior número possível de pessoas»

A banda barreirense Caelum´s Edge, fun-dada em 2012, que

venceu o 1.º concurso na-cional da EDP Live Bands, em 2014, entre mais de tre-zentas bandas, lançou no início do ano o seu primeiro CD intitulado “Enigma”, por terem vencido o certame. A banda, constituída por Pedro Correia, Diogo Costa, Diogo Lopes e Nuno

Aparício, gravaram o CD com a etiqueta da Sony Music Entertainment. Para os Caelum’s Edge, a vitória do 1.º EDP Live Bands foi um prémio pelo «esforço e dedicação» desde sempre manifesta-do pela banda. «Esta vitó-ria abriu-nos várias por-tas, desde a possibilidade de poder atuar num dos grandes palcos do NOS Alive à gravação e edição do nosso primeiro disco pela Sony Music. Não fo-

ram boleias, porque muito tivemos de percorrer por nós próprios mesmo de-pois deste triunfo, mas fo-ram oportunidades que decidimos agarrar com muita força e fazê-las va-ler a pena. Tem estado a valer», realça o baterista Diogo Lopes. A banda já participou em alguns concursos no passado, tendo conquista-do, inclusive, o 2.º lugar no Hard Rock Rising 2013. Este, apesar de «muito po-sitivo», pode também ser encarado como «uma der-rota». «Nós gostamos de ver o lado positivo das derrotas: o lado da apren-dizagem que dali retira-mos, o lado em que se ca-lhar aquele ainda não era o momento e em que tere-mos de trabalhar mais e melhor para alcançar os nossos sonhos. Não temos dúvida de que foi um dos fatores que nos deu ainda mais vontade e força para

vencer o EDP no ano se-guinte». Quanto ao grande so-nho: «Queremos fazer a nossa música chegar ao maior número de pessoas possível e de uma forma positiva, agradando-as. Não há nada melhor do que ver que o nosso traba-lho tem um propósito e é válido para alguém. Existe em nós, como grupo, um espírito de união, força e amizade muito grande. Isso, aliado a muito traba-lho e dedicação, já é por si uma pequena grande vitó-ria. Tudo o resto virá por acréscimo e acreditamos que o empenho será sem-pre premiado. Esperamos que daqui a uns anos os nossos sonhos já sejam palpáveis, que consiga-mos partilhar grandes palcos com artistas que idolatramos desde crian-ças e que a família Caelum’s Edge seja maior que nunca», sublinhou.

Almada é palco de encontro de coros alentejanos

Integrado no programa das Festas de Almada, o 29.º Encontro de Canta-

res Alentejanos vai decor-rer, este sábado, às 20h30, no exterior do Complexo Municipal dos Desportos, no Feijó, trazendo até ao concelho a tradição do gé-nero musical português classificado como Patri-mónio Imaterial da Huma-nidade. A iniciativa é organizada pela Associação Grupo Co-ral e Etnográfico Amigos do Alentejo, no Feijó, e vai con-tar com a presença de vá-rios grupos convidados provenientes de vários pon-

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tos do país, que vão animar um serão ao ar livre. São intervenientes: As-sociação Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó; Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Brinches; Grupo Coral e Etnográfico Vozes do Campo Branco – Cascais; Associação de Cante Alentejano Os Car-dadores - Sete - Castro Verde; Grupo Coral e Des-portivo da Freguesia de Monsaraz; Grupo Coral Raízes do Cante – Cuba e Alentejo Cantado - Grupo de Cante e Violas Campa-niças - Castro Verde.

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CULTURA

GRÂNDOLA11SÁBADO22H30A MAGIA DE MÁRIO DANIELCASINO DE TRÓIA

Mário Daniel, autor, apresentador e mágico do “Minutos Mágicos”, programa de sucesso de horário nobre da SIC, apresenta o espetáculo de magia “Fora do Baralho”, destinado a toda a família. “Fora do Baralho” é muito mais do que um espetáculo de magia! Mistura a arte da ilusão com a cénica e a teatral, criando não só magia, mas uma atmosfera mágica.

SINES11SÁBADO22H00O ÚLTIMO DOS ROMÂNTICOS CENTRO DE ARTES

No espaço de 9 meses, um homem de 55 anos convida três mulheres diferentes para o apartamento da sua mãe, numa tentativa de ter um caso extra-conjugal. Com esta linha de história se sustém a comédia com que a Comuna comemorou os 44 anos. Com Carlos Paulo, Margarida Cardeal, Maria Ana Filipe e Maria Vieira.

ALCOCHETE11SÁBADO21H00FESTIVAL DE FOLCLORE PASSIL O Rancho Folclórico Danças e Cantares do Passil promove o XXIX Festival de Folclore, com a partici-pação dos seguintes grupos: Rancho Folclórico C. S. Arvorense - Vila do Conde (Douro Litoral), Rancho Folclórico dos Olhos d’ Água (Albufeira) e do Rancho Folclórico do Ciborro (Montemor-o-Novo).

SESIMBRA11SÁBADO21H30A FESTA VAI À PRAÇACINE-TEATRO JOÃO MOTA Depois de uma lua-de-mel frustrada, o Ti Evaristo decide refugiar-se num retiro espiritual. Como seria de esperar, o retiro vai ser tudo menos espiritual e o célebre taberneiro vê na sua nova residência uma oportunidade para mais um dos seus mirabolantes negócios. Com vedetas nacio-nais e internacionais, conhecidos e amigos de uma vida inteira, o hilariante e bonacheirão amigo do tinto e da farra vai viver mais uma atribulada aventura. Não perca mais uma divertida peça do grupo “De Vez em Quando”.

PALMELA12DOMINGO22H30THE GIFT FECHAM FESTASPRAÇA DA INDEPENDÊNCIA

As tradicionais Festas Populares de Pinhal Novo encerram este domingo com o tão esperado concer-to dos The Gift, banda liderada por Sónia Tavares, e do espetáculo de fogo-de-artifício agendado para a meia-noite.

SETÚBAL14TERÇA19H00CONCERTO DE FINAL DE ANOFORUM LUÍSA TODI

Não perca o espetáculo multidisciplinar com a participação de todos os alunos e classes da Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi. Bilhetes a 3,5 euros.

AGEN

DA

As dez marchas sadi-nas mostram-se à ci-dade este sábado às

22 horas, no lado sul da Av.ª Luísa Todi, que inclui ainda a participação de quatro marchas extraconcurso. As marchas terão dois pontos de coreografia, en-tre o auditório José Afonso e o Fórum Luísa Todi. Eis os temas: Bairro Santos (“Amores são tradi-ção em noites de S. João); Pontes (“Setúbal, Cidade das Maravilhas”); Fonte Nova (“Bairro de Troino é História”); Faralhão (“Da Praia Antiga Rua, Luíza Tody Avenida”); “Os 13” (“Minha cidade cheira a

Andreia Avelino, em re-presentação do Nú-cleo dos Amigos do

Bairro Santos Nicolau, foi eleita Miss Coletividades, no âmbito da 10.º edição do S. Gabriel em Festa, que de-correu de 1 a 5 deste mês. O concurso contou com a participação de mais de uma dezena de re-presentantes, dos 15 aos 25 anos, que desfilaram em fato de banho, vestido de noite e traje típico. Joana Espada, do Inde-pendente, e Tatiana Espe-rança, do Águias de S Ga-briel, foram, respetivamente, a 1.ª e a 2.ª damas de honor. O título de Miss Simpatia foi para Nádia Santos, das Pon-tes.

A tarde do dia 19, no cine-teatro S. João, em Palmela, será de

alegria e animação para toda a família, com a visita do Avô Cantigas e o espe-táculo “O Popó do Papá”. A comemorar 34 anos de carreira, o Avô Cantigas está em digressão por todo o país e traz na baga-gem canções inesquecí-veis, que atravessam vá-

Espírito bairrista desfila na Avenida

Andreia Avelino é a nova Miss Coletividades

Avô Cantigas dá concerto em Palmela para toda a família

Mostra de Teatro de St.º André com peças para todos os gostos

flores, oiço as gaitas a to-car… Diz a rapariga com vaidade… São os amolado-res a chegar”); Brejos de Azeitão (“40 Anos de His-tória. Com Audácia os Pe-quenos também vencem”); Perpétua Azeitonense (“Do Barro ao Azulejo”); Bicross (“Rua acima, rua abaixo… numa feliz correria”); AC-TAS (“Setúbal está mais Bonita”) e Independente (São pedaços de amor fei-tos à mão”). O evento, que atrai mi-lhares de pessoas, conta ainda com as participa-ções extraconcurso das marchas infantis do Bi-cross, Perpétua Azeitonen-

se, O Sonho e APPACDM. A atriz Ângela Pinto li-dera o júri composto por Teresa Varela (cenografia), Rita Vilhena (coreografia), Ana Sabino (figurino), An-tónio Bento (letra), e Mar-co Batista (música), que

Prossegue, em St.º An-dré, a 17.ª Mostra de Teatro da Ajagato. Este

sábado, dia 11, em Santo An-dré estará a companhia Fontenova com a peça “O

avalia as marchas em des-files a 17 e 18, às 22 horas, na praça de touros. As entradas custam 2,5 euros para a geral, 3 para as cadeiras e 4 para os ca-marotes. As crianças até 10 anos não pagam.

do avesso e de pernas para o ar. Uma linguagem hila-riante que surpreende o público com a imaginação delirante dos atores e um festim de teatro que por certo vai deixar “marcas” tanto no público de Santo André como no de Grân-dola, onde o espetáculo foi apresentado ontem, dia 10. A Mostra já apresentou 11 espetáculos até este mo-mento e aguarda que o pú-blico compareça em grande número aos 25 que faltam aproveitando o privilégio de poder assistir a estas ex-celentes propostas teatrais apresentadas numa sala bem perto de casa.

rias gerações, do “Fungagá da Bicharada” ao “Fantas-minha Brincalhão”, pas-sando pelo “Popó do Papá”, a “Cantiga do Avô Cantigas” ou o “Gafanhoto Chico Lista”. «Divertir educando e a educar di-vertir» continua a ser o mote do artista, que apos-ta num espetáculo dinâ-mico e participativo. A en-trada custa 10 euros.

Homúnculo”, um texto de Natália Correia apreendido pela PIDE logo aquando da sua publicação em 1965. Uma ocasião para ver o pri-meiro espetáculo profissio-

nal construído com este texto que, segundo Arman-do Nascimento Rosa que assina a dramaturgia, faz o cruzamento entre a estética surrealista o teatro do ab-surdo e a sátira política. O fim-de-semana en-cerra com a novíssima companhia Plot Teatro com um espetáculo ence-nado por John Mowat, res-ponsável por todos os es-petáculos que a Companhia Chapitô nos trouxe ao longo da ultima década. Nevoeiro Adentro é um olhar caótico e ex-cêntrico sobre Portugal e os portugueses, um espe-táculo que vira as coisas

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DESPORTO

Extremo Nenê Bonilha assinou duas temporadas pelo V. Setúbal

Edição 2016 do Sesimbra Summer Cup apresenta-se na Cidade do Futebol em Oeiras.

Treinador Hélio Sousa alvo de voto de louvor do município sadino

Depois do defesa Vasco Fernandes e do ex-tremo João Amaral,

Nenê Bonilha, médio bra-sileiro de 24 anos, também chegou a acordo com o Vi-

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tória e rubricou contrato para as próximas duas épocas. Na época transata, Nenê Bonilha, estreou-se no futebol europeu com a

camisola do Nacional, clu-be ao serviço do qual reali-zou trinta partidas e apon-tou um golo. Antes de se aventurar na Europa, o médio de 24 anos representou vários clubes brasileiros, todos por empréstimo dos Co-rinthians, clube ao qual es-teve vinculado até 2015. Foi no “gigante” brasileiro que completou a sua for-mação e onde teve a opor-tunidade de se estrear na primeira equipa, decorria o ano de 2011. Em declarações exclu-sivas ao site do VFC, Nenê Bonilha falou pela primei-ra vez como jogador do Vi-tória e afirmou estar «mui-to satisfeito com o rumo que dei à minha carreira. O Vitória é um clube com um grande historial, que conta com troféus importantes no seu palmarés e isso va-loriza muito os jogadores. Estou muito grato ao Vitó-ria por me dar esta oportu-nidade», disse. «Na época passada a

adaptação ao futebol eu-ropeu foi fácil e isso refle-tiu-se na boa temporada que realizei. Parto para esta nova etapa com mui-ta vontade e determina-ção para, em conjunto com os meus companhei-ros, fazer uma grande campanha com as cores do Vitória. Queremos que os nossos adeptos te-nham orgulho na equipa», ambicionou o médio bra-sileiro de características ofensivas. O médio criativo, que tem como referência o in-ternacional espanhol An-drés Iniesta, deixou a pro-messa de «dar tudo por esta camisola, Deixar o sangue em campo se for preciso. Sei que a “torci-da” do Vitória é muito fa-nática e contamos com o seu apoio, para alcançar-mos os objetivos traça-dos. A união de todos será a nossa maior arma. Es-tou certo que isso vai su-ceder», declarou com convicção.

O município sadino apresentou quarta--feira, em reunião

pública ordinária, uma saudação ao treinador de futebol Hélio Sousa, que liderou a Seleção Nacional de Sub-17 na recente con-quista do Campeonato da Europa. Na saudação, através da qual é também proposto

A 6ª. edição do Torneio Internacional Infantil de Futebol e de Fute-

bol de Praia “Sesimbra Summer Cup 2016 “, apre-senta-se em cerimónia ofi-cial, no próximo dia 15, às 16 horas, na Cidade do Fu-tebol em Oeiras, a nova sede da Federação Portu-guesa de Futebol. Numa organização da Junta de Freguesia do Cas-telo, do Grupo Desportivo de Sesimbra, Grupo Des-portivo de Alfarim, A.C.R.U.T.Z. e A.D.Quinta do Conde, o Sesimbra Summer Cup, vai disputar-se no con-celho de Sesimbra, entre 29 de Junho e 3 de Julho, para jovens entre os 8 e 15 anos em futebol masculino e 18 anos em futebol feminino, num evento único no país, desfrutando todos os parti-cipantes e visitantes das ex-

celentes condições turísti-cas e gastronómicas do concelho, e que contará com cerca de 90 equipas e 1800 participantes. Na cerimónia de apre-sentação do torneio, vão estar presentes diversas entidades oficiais, a comis-são organizadora, repre-sentantes dos clubes parti-

cipantes, convidados e órgãos de comunicação social, sendo servido no fi-nal do evento o tradicional “ Pescador de Honra “. Muitas surpresas e al-gumas novidades vão co-lorir e abrilhantar este grande Torneio Internacio-nal de Futebol Infantil e Futebol de Praia.

um voto de louvor a Hélio Sousa, a autarquia recorda que o técnico, natural de Setúbal, teve uma carreira, enquanto jogador, intima-mente ligada ao Vitória de Setúbal, e integrou a for-mação portuguesa que se sagrou campeã do Mundo em Riade, na Arábia Saudi-ta, em 1989, no escalão de Sub-20.

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NEGÓCIOS

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

MUNICÍPIO PREVÊ REQUALIFICAR ZONA RIBEIRINHA E CRIAR CORREDORES CICLÁVEIS NUM PROJETO DE GRANDE AMPLITUDE

Alcácer do Sal candidata revolução urbana aos fundos comunitários

26.ª PIMEL MARCA A DIFERENÇA EM RELAÇÃO ÀS EDIÇÕES ANTERIORES

«Chamámos a Caixa Agrícola e a Associação de Agricultores para a organização da feira para trabalharmos em prol dos produtores e da população»

Trata-se de um investimento de 5,5 milhões de euros, num plano estratégico cujo desenho pretende revirar do avesso a urbanidade na zona nascente da vila. Mas há muito mais à boleia do aproveitamento dos fundos comunitários.

O novo plano estratégi-co da câmara de Al-cácer do Sal, no valor

de 5,5 milhões de euros, vai revolucionar a zona nas-cente da vila e à boleia in-tervencionar outras áreas e equipamentos para dotar o concelho de maior mobili-dade, usufruto da margem urbana do rio e maior atracção turística.

comunitários, no âmbito do Portugal 2020». Da es-tratégia desenhada no pla-no, o autarca destaca a operação de requalificação urbana da zona nascente de Alcácer do Sal, a criação de corredores cicláveis en-tre a cidade e os bairros da Quintinha, Forno da Cal, Foz e avenida dos Aviado-res, a reabilitação de parte da zona histórica e ainda as qualificações dos bair-ros de São João e do Olival Queimado.

Maior mobilidade para a vila do Torrão

A criação de um centro de apoio à divulgação e frui-ção do rio Sado, a valori-zação dos espaços públi-cos do castelo, a requalificação do Museu Pedro Nunes, a criação de um parque lúdico inter-geracional e de um inter-face de transportes e a requalificação das insta-lações de apoio ao poli-desportivo são outros dos projetos previstos para a cidade. Vítor Proença salienta ainda a aprovação do plano de mobilidade da vila do Torrão, que o mu-nicípio “conseguiu in-cluir” nesta mesma estra-tégia. A aprovação do plano estratégico e a as-sinatura do contrato re-presentam «um passo muito importante», su-blinhou Vítor Proença, perspetivando o arran-que gradual dos projetos, que deverão ainda ser candidatados a fundos comunitários, em 2017 e, com maior fluxo de in-tervenções, entre 2018 e 2020.

Como classifica a dimensão deste investimento?Trata-se de um valor altíssimo e muito considerá-vel para um concelho que tem apenas 14 mil habitantes, muito superior a muitos concelhos mais populosos. E isso fica a dever-se à nossa estratégia que foi apontada como uma das melho-res em todo o Alentejo. Estamos muito orgulhosos.

Quais foram, neste caso, as principais marcas estratégica do plano?Conseguimos, sobretudo, combinar o rio com o castelo e com as zonas nascentes, bem como a ideia de um interface de mobilidade. Neste aspeto, a criação do corredor ciclável foi valorizada e o parque urbano que vai nascer na zona onde hoje se realiza a Pimel, onde também se centrará um interface de transportes, com pontos de abasteci-mento eléctrico, foram outras apostas ganhas. No fundamental, soubemos gerar uma dinâmica que faz a ligação destes centros essenciais para uma melhor fruição urbana no concelho.

Há também o Torrão, que parece que estava fora desta candidatura…Foi uma vitória extraordinária, uma vez que se trata de uma vila que está a 30 quilómetros da sede do concelho e que era a base da candidatura. Conseguimos cerca de 300 mil euros já quase no fecho do processo e que vai permitir para aquela vila alentejana um plano de mobilidade muito importante.

Vai ter que fazer mais um mandato para ver tudo isto a rolar…Estamos a falar de investimento cujas primeiras intervenções arrancarão ainda este ano e que vão até 2020 em termos programáticos, embora algumas execuções possam realizar-se até 2022. Portanto, vamos certamente acompanhar tudo isso.

VÍTOR PROENÇA, AO SEMMAIS, FALA DE UMA ESTRATÉGIA GANHADORA

«Conseguimos uma estratégia muito bem montada»

Na rota do projeto de-signado por Plano Estra-tégico de Desenvolvimen-to Urbano de Alcácer do Sal,está a requalificação da zona ribeirinha, do mercado municipal e a criação de corredores ci-cláveis, tudo para concre-tizar até 2022. Segundo o presidente do município, Vítor Proen-ça (ver entrevista nesta pá-gina) «este plano é uma peça obrigatória para ter acesso aos financiamentos

A XXVI PIMEL, subor-dinada ao tema “Ter-ra Fértil”, que decor-

re de 24 a 26 de junho, no parque de feiras e exposi-ções de Alcácer do Sal, foi apresentada à imprensa no passado dia 6, durante um almoço, num restau-rante local.

Mariza, Nelson Freitas e a Orquestra Ligeira do Exército são as grandes atrações do certame, em termos de concertos. Uma corrida de touros, uma gala equestre, o comboio turístico, batismos a cava-lo, os concursos de doça-ria e de petiscos, passeios de charrete, sevilhanas, grupos corais, eventos desportivos e animação com DJ´s não vão faltar. O edil Vítor Proença re-alça que a edição deste ano da feira do turismo e das ati-vidades económicas «mar-ca toda a diferença», dado que o município chamou

A cantora Mariza, que por motivos profissionais não esteve presente na apresentação da feira, prometeu, em vídeo, um grande concerto com os convidados Fábia Rebor-dão e Artur Batalha. É uma «estreia nos municí-pios do Litoral Alenteja-no». Agraciada pelos Go-vernos de Portugal e França, Mariza garante um «concerto único, com alinhamento próprio, com realce para temas do seu novo CD e outras can-tigas emblemáticas», su-blinhou o seu represen-tante João Tudela.

para a sua organização a Caixa de Crédito Agrícola e a Associação de Agricultores. «Estas duas entidades, em conjunto connosco, têm uma capacidade de multi-plicação de forças para le-var para a frente este certa-me. Todos juntos iremos trabalhar em prol do territó-rio e das pessoas. Não é para vos pedir mais apoios mas, sobretudo, devido aos vos-sos conhecimentos e abor-dagens, para trabalharmos em prol da população e dos produtores», sublinhou, agradecendo, depois ao conjunto de patrocinadores que são «fantásticos».

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COLÉGIOS DE REFERENCIA

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CULTURAÉ PRECISO FAZER UM DESENHO? FESTA DA ILUSTRAÇÃO | SETÚBAL | JUNHO | 2016

As festas da Festa

TEXTO JOSÉ ALFREDO ROMEIROFOTOGRAFIAS FERNANDO PINHO H á festas e festas. Esta Festa não é como as

outras. Nenhuma festa é igual a outra. É por isso que toda a gente gosta de festas. A gente

diverte-se como entende na festa que escolhe. A Festa da Ilustração celebra uma disciplina que nos ilumina os dias. A ilustração acompanha-nos por todo o lado. Adverte-nos, alegra-nos, desperta-nos para realidades que de outra maneira não entrariam na nossa agenta de preocupações. Mas falemos de coisas concretas. Falemos dos motivos da Festa.

LUÍS FILIPE DE ABREU — Durante anos andámos com trabalhos de Luís Filipe de Abreu na carteira. Ele desenhou notas, para o Banco de Portugal, que nos permitiram, depois de produzidas em série, comprarmos muitas alegrias. E o que nós gostáva-mos de transportar trabalhos de Luís Filipe de Abreu no bolso. Também fez selos para os CTT, no tempo em que se tinha que acrescentar um pingo de saliva para concretizar a colagem. E capas de livros. Muitas capas de livros. E anúncios em páginas de jornais e revistas. Muito trabalhou este homem que agora expõe grande parte do seu trabalho na galeria do 11, em primeira grande exposição retrospectiva, comissariada pelo designer e director de arte Jorge Silva. Todos nós já tínhamos observado o seu trabalho, mas sem perceber a autoría. A Festa da Ilustração vem corrigir esse desconheci-mento.

NUNO SARAIVA — É um dos grande ilustradores em actividade. Há muitos, felizmente, mas Nuno Saraiva carrega uma visibilidade que lhe confere a perma-nente actividade em Lisboa. São as Festas da cidade, são os bairros populares, são os protagonistas de uma vida urbana que ferve e entra em ebulição em cartazes, publicações periódicas, murais e mais o que for preciso fazer para revelar, despertar ou informar pela via de ilustrações sem preconceitos nem meias tintas. A excelente exposição que cobre as paredes da Casa da Cultura não me deixa mentir.

LUÍS AFONSO — Há para aí uns trinta anos que Luís Afonso nos brinda com um rodapé numa página do Público. Aquilo é todos os dias. O homem não tem falta de assunto. Divertido, acutilante, sempre inteligente. A Festa instalou o seu Bartoon no Teatro de Bolso, do TAS. As tiras foram seleccionadas pelo autor e produzidas pela sua editora, a Abysmo.

E pronto, hoje fico por aqui. Volto para a semana para falarmos de outras exposições e de outras ideias que ainda vão dar frutos na Festa. É que há coisas que o decorrer dos acontecimentos vão sugerindo. Das coisas nascem coisas, lá está. Consultem o site ou o mural no facebok.Mas sobretudo divirtam-se. Até já.

Marcar uma abertura de um evento para as zero horas de um

sábado parece coisa de gen-te doida. Provavelmente é mesmo. Uma saudável lou-cura instalou-se naquela sala, onde foi aberta oficial-mente a Festa da Ilustração. Devo referir, antes de en-trar em outros detalhes, que não conheço iniciati-va igual em outra parte deste fascinante globo terrestre, onde nos cruza-mos uns com os outros. Esta Festa da Ilustração é única. José Teófilo Duarte, autor do projeto, Falou da grande pujança da disci-plina nos dias de hoje. Falou também da infor-malidade que requer uma iniciativa como esta. Terminou agradecendo aos responsáveis autár-quicos, nas pessoas da presidente Maria das Do-res Meira e do vereador da Cultura Pedro Pina, o apoio manifestado desde o primeiro contato. Agra-deceu também aos fun-cionários da autarquia que dias a fio para que tudo estivesse a postos. Agradecimentos confir-mados também por João Paulo Cotrim, seu colega de autoria. Maria das Dores Meira agradeceu o privilégio de podermos contar com tão importante iniciativa nos espaços da cidade. Foi um serão muito bem passado, que termi-nou com um passeio pela exposição de Nuno Sarai-va, autor de grande relevo no panorama da ilustra-ção contemporânea e que preenche as paredes da galeria da Casa da Cultura. O tiro de partida estava disparado. No sábado abriram as outras exposi-ções. Mostras magníficas que ilustram bem o que se está a passar na modali-dade profissional. Destaco contudo a repre-sentação que se encontra na galeria da Casa da Baía. Ilustração Portuguesa é uma de facto uma digna representação do que se vai fazendo nesta terra de grandes ilustradores. Os organizadores pre-tendem que este projeto se

Todos os desenhosIlustrar, ilustrar, ilustrar.

transforme em catálogo e que se torne numa montra do que de melhor se vai fa-zendo em jornais, revistas e outras edições. Ilustra-ção. A experiência é para repetir nos próximos anos. Merece também espe-cial relevo a edição ilustrada

A Festa da Ilustração arrancou no passado dia 3. Tudo começou à meia-noite dessa sexta-feira. A sala José Afonso, na Casa da Cultura, foi pequena para tanta gente.Foi um encontro informal e divertido. Foi fixe.

DAS COISAS NASCEM COISAS

José Teófilo DuarteDesigner | Art director

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do Diário de Notícias, publi-cada no passado domingo. Esta edição, à semelhança do ano anterior, é totalmen-te ilustrada em referência à Festa da Ilustração. Setúbal pode por isto tudo estar muito orgu-lhosa pela iniciativa, que

dá cartas e que não tem paralelo.Voltaremos ao assunto nas próximas semanas. Sugerimos que visitem as exposições. Há mo-mentos de grande deleite visual, por esta cidade que o Sado abraçou.

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14 | SEMMAIS | SÁBADO | 11 DE JUNHO | 2016

ATUALIDADES

EUGÉNIO FONSECA PRESIDENTE DA CÁRITAS DIOCESANA

OPINIAOBênção das Pastas dos Finalistas do Instituto Politécnico de Setúbal: A consagração de mais desafios

Está a terminar o ano letivo. Em todos os níveis de ensino há festas celebrati-

vas, sobretudo, para os que mudam de grau académico ou deixam a Escola para passar para o mundo do trabalho. Estas últimas são até, publicamente, mais notadas. Os finalistas saem à rua, com os seus trajes, organizam dias (pelo menos uma semana) de festas, sendo as mais apetecidas as animadas pela música e a abundância de cerveja. Porém, a mais significativa - pois até envolve familiares e amigos - é a celebração da “bênção das pastas”. Talvez nem todos os finalistas nela partici-pem por não serem crentes ou militantes da Igreja Católica que anima este ato festivo. Não está mal, pelo contrário, é uma expressão de coerência a elogiar.Como membro do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) fiz questão de me associar a esta celebração, realizada no Jardim do Bonfim. Não foi a primeira vez, mas desta, senti interessantes diferenças. Sobre algumas delas vou deixar a minha opinião.Desde logo, o lugar foi outro. Pareceu-me mais apropriado para uma celebração religiosa pública, permitindo às pessoas estarem mais próximas umas das outras, mais resguardadas do calor atmosférico e mais distantes do ruído da circulação automóvel. A montagem logística pareceu ser mais facilitada, porque, em boa Hora,

a Câmara Municipal construiu uma plataforma fixa que permite a organização de eventos que exijam palco.Notei uma maior participação de familiares. A inquieta alegria dos avós (impressionou-me. Ouvi alguns a instarem os filhos para que não se distraís-sem, na recolha fotográfica ou filmada dos momentos em que eram protagonistas os netos ou netas. Sensibilizou-me a felicidade espelhada nos olhares.O momento alto, para todos, é a bênção das fitas no final da celebração. Mas confesso que, para mim, o de maior relevância foi a reflexão do Bispo diocesa-no, após as leituras das Escritu-ras Sagradas escolhidas para o ato. Como professor universitá-rio que foi conseguiu inculturar o conteúdo dos textos com a vida académica, a laboral e a cívica. Julgo que ainda não terá tido a oportunidade de visitar o IPS, mas deixou uma mensagem de reconhecimento à importân-cia do Ensino Superior, às obrigações de toda a comunida-de académica e à sociedade em geral, nas suas mais diversas instâncias.Referiu a necessidade da competência nas aprendizagens e a convicção de que, estudar, é um processo inacabado. O nosso IPS sempre pugnou por assegurar esta qualidade, conciliando a exigência dos conhecimentos com a disponi-bilidade dos docentes para ajudarem os alunos a corres-ponderem a essa exigência,

disponibilizando uma oferta de cursos diversificadas, a nível de licenciaturas, de mestrados, pós- graduações. A relação de proximidade e o investimento na flexibilidade organizativa promove e facilita o regresso a maior formação dos cidadãos mais velhos que o desejemD. José Ornelas demonstrou o seu firme desejo, de que, os que o desejassem, tivessem já uma colocação laboral na área profissional relacionada com o seu curso. É um direito e um dever, mas a conjuntura económica tem impedido muitos - com maior incidência nos primeiros e/ou últimos anos da vida ativa - de conse-guirem alcançar tal desiderato. Sendo, o IPS é o segundo do país com maior taxa de empre-gabilidade, mesmo assim, penso, terá que ser mais incentivada a relação de parceria e investigação com as empresas da região, as autar-quias e outras instituições que possam gerar emprego, a partir deste polo de desenvolvimento em que se pode tornar o IPS - Esta relação não pode ser descontínua, mas parte inte-grante dos Planos Estratégicos de cada organização. O Ensino Dual poderá ser uma possibili-

dade consistente, mas ainda não estão criadas condições favorá-veis.O senhor Bispo referiu-se ainda, a propósito da Parábola dos talentos, da responsabilidade acrescida de cada finalista, na participação cívica de cada um e cada uma. Motivação não lhes faltou, ao longo do Curso. São várias as iniciativas de apoio à cultura, à saúde, à solidariedade realizadas por toda a comuni-dade académica. Eu próprio tive a graça de participar no grupo de trabalho que preparou os contributos relativos à vivência da cidadania a colocar no plano estratégico do IPS para os próximos anos. Sem dúvida que o exemplo tem que ser eviden-ciado dentro da própria Institui-ção, pugnando por uma maior união entre as 5 Escolas que integram o IPS. Aos que vão deixar o Instituto desejo as maiores felicidades. Aos que irão prosseguir os estudos, peço que acentuem ainda mais a componente de investigação que já é apanágio de cada uma das Escolas. A uns e outros, à restante comunidade académica e a toda a Região de Setúbal instigo a tornar, ainda mais, o IPS um Instituto Superior de referência.

Raul TavaresDiretorED

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À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

Do Império Romano às festas populares

Panem et circenses. Pão e circo. Expressão que remonta ao Império

Romano e a uma política que tinha como objectivo manter o povo sereno perante as dificul-dades por que passava. A definição de entretenimento ajuda a compreender a eficácia destas medidas: “aquilo que serve para distrair ou para ajudar a passar o tempo”. Quando estamos distraídos, afastamo-nos dos problemas que atormentam o nosso quotidiano. E ainda bem que existem actividades que nos permitam escapar, nem que seja apenas de vez em quando, à dureza da realidade. A indústria do entretenimento tenta,

justamente, descobrir a maneira mais correcta de adaptar-se aos momentos históricos, no sentido de conseguir manter uma relação fiel e atractiva com os espectadores-consumidores. Nota de rodapé: um dos perío-dos de maior sucesso do cinema norte-americano foi logo após o crash da bolsa em 1929. No período da Grande Depressão, os bilhetes eram baratos o suficiente para que os america-nos pudessem sonhar com uma vida melhor enquanto não arranjavam trabalho. Foi também nos anos 30 que Bertolt Brecht cunhou o seu conhecido Verfremdungseffekt – efeito de estranhamento (por vezes traduzido, de forma

menos rigorosa, como efeito de distanciamento ou de distanciação). No seu texto intitulado Efeito de estranha-mento na interpretação do teatro chinês (1936), descreve uma forma de representação que incentiva os espectadores a reflectir, de forma conscien-te, sobre aquilo que estão a ver. “A aceitação ou rejeição das acções, ou das falas, deve fazer-se no plano da consciên-cia em vez de, como até agora, no plano do subconsciente”. Muitas das suas peças permiti-ram aos espectadores, a partir deste princípio, estranhar o mundo através da arte.Partindo deste confronto entre entretenimento e estranhamen-

to, torna-se fácil compreender a diferença de natureza entre as actividades que têm como objectivo distrair e aquelas que têm como fim reflectir e intervir. E desde a Antiguidade Clássica que esta diferença é evidente para quem exerce o poder político. Quem, como nós, dedica o seu tempo a pensar as actividades culturais, não pode deixar de pensar na relação que

é estabelecida entre o poder político e o entretenimento. Enquanto os cidadãos estive-rem satisfeitos e distraídos, está tudo bem. Porém, o que é mais curioso é constatar que, a longo prazo, a política de pão e circo parece ter acabado por contri-buir para o declínio do Império Romano. Mas que se lixe a História: vem aí o Verão e, com ele, as festas populares.

Como se mede um povo…

Numa altura em que o mundo anda de candeias às avessas,

ficar a saber que Portugal foi considerado o quinto país mais pacífico do globo terrestre, não deixa de ser reconfortante.Um povo não se mede pela riqueza, pelo número de nativos, nem pela estética dos seus genes. Mede-se pela natureza do seu ADN social, pelo seu passado e pela sua história e pelos homens e mulheres que a compuseram ao longo dos tempos.Um povo mede-se pela persistência à dor e pela forma como sustenta a liberdade e o confronto de desigualdades. Mede-se pela inteligência e virtude, como escreve Victor Hugo, ou como se revê num coletivo. Mede-se pela visão social e o seu alcance de integração num país moderno que quer continuar a ter esperança. Mede-se pela forma como apoia os mais fracos, como regula a justiça ou como olha para o ensino e para a saúde. Mede-se pelo orgulho e pelo combate. Uma nação, ou melhor um estado-nação como o nosso revê-se também no futuro. E onde não grassa a violência melhor pode florescer esse futuro risonho. Vamos confiar.

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SEMMAIS | SÁBADO | 11 DE JUNHO | 2016 | 15

OPINIÃO

ATUALIDADES

SAMUEL CRUZVEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

Centro de Saúde de Corroios IIUm caso grave de incompetência

Centro de Estágio do Benfica– Razões para uma Votação

No final de 2003, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale

do Tejo (ARS-LVT), solicitou à Câmara municipal do Seixal (CMS) a cedência dum terreno destinado à construção do novo centro de saúde de Corroios, investimento contemplado em PIDDAC para o ano de 2004.Apesar da ARS-LVT ter solicita-do um terreno com 6.000m2, o melhor que a CMS conseguiu, foi identificar foi uma faixa com 1.500 m2 na quinta da Marialva, em zona rural de acordo com o PDM (Plano Diretor Municipal) então em vigor, este terreno situa-se mais ao menos onde são instalados os stands institucionais durante as festas de Corroios. Como espaço de parqueamento a Câmara identificou o parque de estacio-namento da Fertagus, assim se esquivando a ceder o demais terreno necessário.Convém aqui realçar que por se tratar de espaço rural havia que fazer aprovar um Plano de Pormenor (PP) cujo prazo médio de aprovação era há época de três anos e inviabiliza-ria desde logo o investimento inscrito no orçamento de estado (OE) para o ano de 2004.Em Maio de 2004, seis meses depois da primeira solicitação, realiza-se uma reunião conjun-ta entre as duas entidades envolvidas, tendo a ARS aceite o terreno, solicitado o seu destaque e cedência e compro-metido a adaptar um projeto já existente por forma a ganhar tempo e garantir a construção durante o ano de 2005.Em 10 e 23 de Agosto de 2004,

perante a ausência de resposta por parte da CMS posterior à reunião de maio, a ARS insiste via fax, na necessidade de disponibilização do terreno, por forma a elaborar os projetos de especialidades, ao mesmo tempo que disponibiliza o projeto a adaptar com a respetiva planta de implantação. No entanto por informação da Chefe de Divisão do Planea-mento da CMS, datada de 16 de Setembro de 2004, todo o processo volta à estaca zero porquanto vem esta técnica considerar a localização já encontrada como imprópria, propondo agora a relocalização do equipamento no extremo contrário da Quinta da Marial-va, desta vez junto às moradias no início de Vale de Milhaços. Depois de vários despachos, e cerca de um ano depois da primeira solicitação por parte da ARS, em 17 de Novembro de 2004, as plantas de localização da extensão do Centro de Saúde de Corroios são enviadas à ARS.Apenas três dias depois (20 de Novembr0) a ARS informa que no novo terreno que a Câmara pretende ceder não é possível implantar o projeto já enviado em Maio. O projeto tem uma área de implantação com a forma de quadrado e o terreno que se pretende ceder (apesar de já se conhecer o projeto) é um retângulo.Mas verdadeiramente relevante da displicência da CMS em todo este processo é o despacho exarado na própria cópia da carta remetida à ARS (com as plantas de localização) pelo adjunto do vereador do urba-

terrenos estava em condições de receber uma construção de imediato, já que para os dois primeiros seria necessário aprovar um Plano de Pormenor, o que levaria pelo menos três anos a fazer e para o segundo era necessário aprovar um lotea-mento, o que se verificou ter demorado dois anos a acontecer.O processo só volta a ser retomado no ano de 2011, quando o Governo decide construir na península de Setúbal os centros de saúde da Quinta do Conde e de Corroios, refira-se que o Centro de saúde da Quinta do Conde veio a ser inaugurado em 23 de Julho de 2012.Assim em 1, 13 e 21 de Abril são solicitados pela ARS à Câmara vários documentos nomeada-mente a minuta da escritura a efetuar e os ficheiros informáti-cos referentes ao loteamento sem que tais missivas obte-nham resposta.Tal facto leva o Sr. Diretor do Agrupamento do Centro de Saúde Almada/Seixal (ACES) a dirigir um ofício ao Sr. Presi-dente da Câmara onde entre outras coisas afirma:“.../... Foi pois com surpresa que ouvi o Sr. Presidente, na abertura das jornadas do Seixal Saudável, afirmar que a cons-trução do centro de saúde de

Corroios não avançaria por inércia da ARSLVT, quando nessa mesma manhã tinha informado a Sr. Vereadora Corália Loureiro que os servi-ços da Câmara ainda não tinham feito chegar os esclare-cimentos solicitados.”O projeto não avança porque o terreno “ainda não foi transferi-do para a posse da ARSLVT e, enquanto esse passo não for dado, não existem condições para o lançamento do concurso.”Curiosamente esta missiva tem o despacho de “Arquivar, pois o processo já está concluído” em 27 de janeiro de 2012 mas a minuta de cedência do terreno nunca foi elaborada, e conse-quentemente não foi disponibi-lizada conforme solicitado pela ARSLVT à Câmara Municipal do Seixal.Se dúvidas existissem, elas estão agora dissipadas, o novo centro de saúde de Corroios ainda não existe por falta de capacidade de planeamento e por inépcia da Câmara Municipal do Seixal, que ao invés de procurar responder aos anseios da população prefere obstaculizar a sua resolução, por forma a manter uma constante bolsa de descon-tentamento que mais não visa que esconder as suas incapaci-dades, chama-se a isto a política do quanto pior melhor!

Na última reunião de câmara fomos submeti-dos a uma votação

interessante: isentar o Benfica de Taxas Municipais, correspon-dentes ao Centro de Estágio do Benfica, em virtude da seu estatuto de utilidade pública, recentemente concedido pelas entidades competentes.Por um lado, desde já saúdo publicamente a postura de clareza do Presidente da Câmara que não sendo obrigado a levar ao órgão executivo o documen-to, ainda assim o fez. Mas, há outra leitura que infelizmente sou obrigado a fazer: o executivo comunista, não querendo ficar com o ónus político desta decisão – polémica – quis arrastar a oposição para todos juntos assumirmos o ónus.Que não fiquem dúvidas. Foi o executivo, de maioria comunista

nismo. O despacho data de 22 de Novembro de 2004 e reza assim: “Não sei se haverá lugar a desafetação... Convinha saber qual a atual situação do terreno em termos de titularidade. Para vermos.”.Apesar de tudo isto a cedência do terreno é aprovada na sessão de Câmara de 5 de janeiro de 2005.E a ARS logo responde em 11 de janeiro apresentando uma nova solução de arquitetura e pedindo informações comple-mentares sobre as infraestrutu-ras de abastecimento de água e saneamento existentes.Ainda existe nova deliberação da CMS em 15 de Fevereiro, fazendo novas correções à área do terreno, mas sem que mais nenhuma documentação conste do processo, no dia 2 de Maio de 2005 é enviada pela CMS uma missiva à ARS, informando que o novo Centro de Saúde se deveria situar na área da Quinta de São Pedro.O terreno então identificado situa-se junto ao atual LIDL de Santa Marta mas para que pudesse ser cedido era necessá-rio desenvolver um processo de loteamento que a CMS apenas logrou finalizar no ano de 2007.Pelo exposto até aqui fácil é concluir que o Governo inscre-veu a verba necessária em orçamento de estado para a construção do novo centro de saúde Corroios nos anos de 2004 e 2005 e que este apenas não foi construído pela total incapacidade da Câmara Municipal em disponibilizar um terreno apto para o efeito.De facto das três soluções equacionadas nenhum dos

a isentar a Benfica SAD das taxas autárquicas no que concerne ao Centro de Estágios. Toda a oposição votou contra. Do PSD ao Bloco de Esquerda. Passando pelo PS.Não me competindo falar pelas razões dos outros partidos, sempre direi que votei contra, não por algo me mover contra o Benfica, antes pelo contrário, todos sabem que sou dos benfiquistas mais acérrimos, mas estando a votar na qualidade de vereador eleito para defender os interesses do meu município, entendi que o que mais salva-guardava a posição municipal, à luz das informações que nos foram prestadas, essa posição teria de ser o voto contra.Em primeiro lugar um argu-mento jurídico: quem tem o estatuto de utilidade pública é o clube – Sport Lisboa e Benfica e

não a SAD. E foi a SAD que requereu.Em segundo lugar, sempre fui um defensor acérrimo da localização do Centro de Estágios no Seixal. É bom para o Benfica que tem, em localiza-ção privilegiada um espaço onde desenvolve a sua activa-dade e para o Seixal que beneficia da publicidade positiva que isso traz à sua autarquia, de pessoas que vêm ao Seixal e de condições desportivas que possa utilizar, nem que seja a espaços e de forma protocolada, mas, tal como sempre defendi, os protocolos celebrados devem ser escrupulosamente cumpri-dos e, se alterações sofreram, o que acredito que tenha ocorrido amiúde, devem ser explicados aos vereadores da oposição, que são chamados a pronuncia-

rem-se. E isso nem sempre foi feito com toda a clareza.Eu, até nem me chocaria votar esta isenção, se a mesma fosse previamente negociada e a autarquia tivesse outro tipo de contrapartidas protocoladas, mas se isso sucedeu, a nós não nos foi dada essa informação e, assim sendo, acho injusto isentar uma entidade como a SAD do Benfica e cobrar a outras Pessoas Colectivas ou singulares que, muitas vezes até têm mais dificuldades em pagarem as obrigações a que se vêm obrigadas.

Muito mais haveria a argumen-tar, mas termino com um argumento muito particular – Eu, na qualidade de vereador da fiscalização, sou diariamente confrontado com pedidos para munícipes não terem de pagar as coimas provenientes de contra-ordenações contra si intentadas e apesar do meu esforço por compreender a posição de todos, a lei e os regulamentos municipais sobre-põem-se ao sentimento amargo com que fico. Com que moral eu encararia essas pessoas dora-vante?

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL

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