semmais 04 junho 2016

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PUBLICIDADE NEGÓCIOS PÁGINA 12 PRODUÇÃO DA AUTOEUROPA VAI DECRESCER 19 POR CENTO Não será uma redução tão expressiva como a que havia sido anunciada no arranque do ano, mas as exportações da unidade de Palmela sofrem grande revés. A razão mais forte tem a ver com o escândalo da emissão de gases. Na empresa mantêm-se acordos para emprego. SOCIEDADE PÁGINA 3 REGIÃO COM MAIS GORDOS E MAIS VIDAS SEDENTÁRIAS Mais de 35 por cento da população do distrito é hipertensa e mais de metade tem colesterol alto. Os especialistas dizem que o sedentaris- mo e os maus hábitos alimentares, com pouco consumo de vegetais e frutas, são as razões principais. A diabetes também preocupa. SOCIEDADE PÁGINA 5 HÁ 22 ANOS QUE NÃO CHOVIA TANTO COMO ESTE MAIO O último mês de maio foi «extremamente chuvoso» no distrito, sendo o valor médio da quantidade de precipitação o mais alto dos últimos 22 anos, de acordo com o Boletim Cli- matológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Sábado 4 | Junho | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 905 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais CENTRAL NUCLEAR ESPANHOLA AMEAÇA BACIA DO TEJO ATÉ À CAPARICA A central nuclear de Almaraz, situada a cem quilómetros de Portugal ameaça toda a bacia do Tejo e, em caso de acidente e contaminação, chegará num ápice à Costa da Caparica. A central, useira e vezeira em avarias graves, já ultrapassou todos os limites de vida, mas tem concessão até 2020. Para sábado está marcada uma grande manifestação com o objetivo de a encerrar de vez. SOCIEDADE PÁGINA 4

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Edição do Semmais de 4 de Junho

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NEGÓCIOS PÁGINA 12PRODUÇÃO DA AUTOEUROPAVAI DECRESCER 19 POR CENTONão será uma redução tão expressiva como a que havia sido anunciada no arranque do ano, mas as exportações da unidade de Palmela sofrem grande revés. A razão mais forte tem a ver com o escândalo da emissão de gases. Na empresa mantêm-se acordos para emprego.

SOCIEDADE PÁGINA 3REGIÃO COM MAIS GORDOS E MAIS VIDAS SEDENTÁRIASMais de 35 por cento da população do distrito é hipertensa e mais de metade tem colesterol alto. Os especialistas dizem que o sedentaris-mo e os maus hábitos alimentares, com pouco consumo de vegetais e frutas, são as razões principais. A diabetes também preocupa.

SOCIEDADE PÁGINA 5HÁ 22 ANOS QUE NÃO CHOVIA TANTO COMO ESTE MAIOO último mês de maio foi «extremamente chuvoso» no distrito, sendo o valor médio da quantidade de precipitação o mais alto dos últimos 22 anos, de acordo com o Boletim Cli-matológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Sábado 4 | Junho | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 905 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisCENTRAL NUCLEAR ESPANHOLA AMEAÇA BACIA DO TEJO ATÉ À CAPARICA

A central nuclear de Almaraz, situada a cem quilómetros de Portugal ameaça toda a bacia do Tejo e, em caso de acidente e contaminação, chegará num ápice à Costa da Caparica. A central, useira e vezeira em avarias graves, já ultrapassou todos os limites de vida, mas tem concessão até 2020. Para sábado está marcada uma grande manifestação com o objetivo de a encerrar de vez.SOCIEDADE PÁGINA 4

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SEMANAPALMELA CONQUISTA 7 MEDALHAS EM CONCURSO INTERNACIONAL DE VINHOS

AS EMPRESAS VITIVINÍCOLAS DO CONCELHO DE PALMELA CONQUISTARAM SETE MEDALHAS NA 15.ª EDIÇÃO DO CONCURSO ENOLÓGICO INTERNACIONAL “LA SELEZIONE DEL SINDACO”, QUE DECORREU

ENTRE 26 E 28 DE MAIO, NA CIDADE DE L’AQUILA, EM ITÁLIA.FORAM GALARDOADOS COM MEDALHA DE OURO OS VINHOS MOSCATEL DE SETÚBAL RESERVA DOC

(VENÂNCIO DA COSTA LIMA), MOSCATEL DE SETÚBAL (XAVIER SANTANA), SYRAH RESERVA (CASA ER-MELINDA FREITAS) E TOURIGA NACIONAL RESERVA (CASA ERMELINDA FREITAS). RECEBERAM MEDA-LHAS DE PRATA DIZEM QUE É TINTO (ADEGA CAMOLAS), CABERNET SAUVIGNON (CASA ERMELINDA

FREITAS) E LOBO MAU BRANCO (CASA AGRÍCOLA ASSIS LOBO).NO TOTAL, O JÚRI, COMPOSTO POR OITENTA PROVADORES, AVALIOU MAIS DE 1.100 VINHOS A CON-

CURSO. PORTUGAL TROUXE DE ITÁLIA 69 MEDALHAS, SENDO A PENÍNSULA DE SETÚBAL A REGIÃO MAIS PREMIADA, COM 20 GALARDÕES. RECORDE-SE QUE ESTE É O ÚNICO CERTAME QUE PREVÊ A

PARTICIPAÇÃO CONJUNTA DAS EMPRESAS VINÍCOLAS COM OS SEUS MUNICÍPIOS DE ORIGEM.A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES DO VINHO MARCA PRESENÇA NA FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA, A DECORRER EM SANTARÉM, ENTRE 4 A 12 DE JUNHO, COM OS VINHOS PORTUGUESES

PREMIADOS NESTA EDIÇÃO DO CONCURSO.

A escola Vasco da Gama, de Sines, ven-ceu o Prémio Distrital

de Setúbal na Edição 2015/16 da Escola Electrão, por ter conseguido reunir mais de 11 toneladas de equipamentos elétricos e pilhas usadas, graças aos esforços de alunos e pro-fessores. Nesta edição da Escola Electrão, cuja gran-de vencedora foi a escola Mariana Seixas, de Viseu, as 324 escolas inscritas re-colheram cerca de 500 to-neladas de resíduos. A Escola Electrão é uma campanha da Amb3E que desafia as escolas de todo o País a recolherem equipamentos elétricos e

Escola Vasco da Gama de Sines vence Prémio Distrital de Setúbal da Escola Electrão

pilhas usadas, de forma a chamar a atenção para a importância da sua reci-clagem. Os vencedores fo-ram anunciados numa ses-são que decorreu na área

VIP do Rock in Rio e que contou com a presença de mil alunos e professores. Esta foi uma parceria iné-dita com o Rock in Rio que permitiu que todos estes

jovens tivessem uma expe-riência inesquecível. A ce-rimónia contou, também, com a presença do Secre-tário de Estado do Am-biente, Carlos Martins.

Um homem de 50 anos morreu no último domingo, por volta

das 7h35m, quando o carro que conduzia embateu violentamente contra um camião, na estrada que liga a Marateca a Alcácer do Sal. A vítima, condutor do veículo ligeiro, residente em Santiago do Cacém, não conseguiu evitar a vio-lenta colisão com o camião e teve morte imediata. No local estiveram 16 elementos dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura, que foram auxilia-dos por cinco viaturas. O corpo da vítima mortal

Homem morre de 50 anos morreem acidente na estrada nacional 5

teve de ser desencarcerado e foi posteriormente trans-portado para a morgue do hospital de S. Bernardo, onde será autopsiado. O condutor do camião sofreu ferimentos ligeiros

e foi assistido no local pe-los bombeiros. O Núcleo de Investiga-ção Criminal de Acidentes de Viação da GNR de Grân-dola está a investigar as causas do acidente.

O presidente da Câ-mara Municipal de Santiago do Cacém,

Álvaro Beijinha, assinou, na última terça-feira, em Santa Maria da Feira, o contrato que assegura um financiamento comunitá-rio de 5 milhões e 100 mil euros para o Plano Estra-tégico de Desenvolvimen-to Urbano (PEDU), que prevê intervenções signi-ficativas no âmbito da re-generação e mobilidade urbana no Município de Santiago do Cacém. A ver-ba corresponde a 85 por cento de um investimento total a rondar os 6 milhões

Câmara de Santiago do Cacém assegura mais de 5 milhões de euros para obras de regeneração e mobilidade urbana

de euros. A elaboração do PEDU foi financiada por fundos comunitários ao abrigo do

Programa de Assistência Técnica FEDER, no valor de 25 mil euros da despesa elegível.

Condeça e Condinho cantam Bocage nas marchas de Setúbal

José Condeça e José Condinho, que se co-nhecem dos tempos

de infância, sobretudo como músicos da banda da Humanitária, em Pal-mela, mostram-se «ale-gres» por darem um «pe-queno contributo» às marchas de Setúbal, um dos «géneros mais genuí-nos da música e da festa popular» em terras de Bocage. Estamos a falar da vi-tória desta dupla na Gran-de Marcha, com o tema “Bocage somos nós”. É a primeira vez que concor-

rem em conjunto às mar-chas sadinas e escolheram o tema de Bocage por «ser o grande poeta de Setúbal e por se estar a festejar os bonitos 250 anos do seu nascimento», sublinha José Condinho. A estreia de trabalho em conjunto aconteceu em 1997, como autores da marcha das Vindimas de Palmela. «Para mim, a es-sência das marchas está muito para lá da dimensão da competição e das riva-lidades bairristas e dos desfiles a concurso», vinca José Condeça.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

CERCA DE 30 POR CENTO DA POPULAÇÃO DO DISTRITO ESTÁ A SOFRER DE OBESIDADE, MAS OS HÁBITOS ALIMENTARES NÃO SÃO A ÚNICA RAZÃO

Temos mais gordos na região com tensão alta e mais vidas sedentáriasSegundo os números do inquérito nacional de saúde com exame físico, mais de 35 por cento da população da região é hipertensa e mais de metade tem colesterol alto. O sedentarismo anda pela metade, com poucos hábitos de ingerir vegetais e frutas. Apenas a diabetes pouco ultrapassa os 10 por cento.

Os números recomendam cautelas à mesa. O distrito exibe uma elevada taxa de

obesos, com um total de 29,% da população a sofrer desta patolo-gia, segundo o Inquérito Nacio-nal de Saúde com Exame Físico. Mais. 35% da população é hiper-tensa e mais de metade tem co-lesterol alto, enquanto 10,5% so-fre de diabetes. O sedentarismo é transversal a 49,5% dos habitan-tes, que comem poucos vegetais e pouca fruta. Para o presidente do Institu-to Nacional de Saúde Dr. Ricar-do Jorge (INSA) – entidade que coordenou o estudo – não há dúvidas. O estudo, que envol-veu portugueses de todas as re-giões entre os 25 e os 74 anos, mostra que a população da re-gião «está gorda e é sedentária», sublinha Fernando Almeida, para quem o combate a estas doenças crónicas (diabetes, hi-pertensão e obesidade) terá de ser alvo privilegiado das políti-cas públicas de saúde. Será o único caminho conhe-cido pela medicina para se tentar contribuir para uma «população

saudável», já que os dados do in-quérito revelam que a prevalên-cia da obesidade duplicou nos últimos dez anos. Os níveis entre a população sem nenhum grau de escolaridade ou com o 1.º ciclo são o dobro comparativamente aos que têm ensino superior (39,4% e 19,5% de prevalências padronizadas, respetivamente). A prevalência também é superior entre quem não tem nenhuma atividade profissional ou está de-sempregado e entre as mulheres – 32,1% contra 24,9% dos ho-mens, que têm mais excesso de peso (45,4%) e obesidade abdo-minal (76,2%).

Homens jovens desempregados com pior alimentação

Os homens, mais jovens, com baixo nível de escolaridade e desempregados revelam ter os piores hábitos alimentares. Quase um terço da população inquirida no distrito (27,1%) não come vegetais diariamente e um quinto (20,7%) não come uma peça de fruta por dia. Esta prevalência diminui com a ida-de e com a escolaridade. A percentagem de sedenta-rismo diminuiu 30% desde 1998. Ainda assim, 49,5% da população da região a partir

dos 25 anos é sedentária nos tempos livres. Esta prevalência é superior nas mulheres (48,5%) e, mais uma vez, entre quem tem baixa escolaridade (61,1%). O ministro da Saúde, Adal-berto Campos Fernandes , aler-ta que «um país que não se co-nhece não sabe cuidar de si», sublinhando a importância dos resultados do primeiro inquéri-to feito com base em questioná-rios e análises clínicas. Admite que após o diagnóstico, o Go-verno poderá afinar as suas po-líticas de saúde.

ESCOLAS TENTAM INVERTER TENDÊNCIADesde 2012 que muitas algumas escolas da região começaram a cortar nos produtos alimentares considerados menos sau-dáveis, como forma de tentarem combater os índices de obe-sidade entre as crianças, apesar da nossa região estar entre as que registam a menor taxa de alunos com excesso de peso e obesos, na faixa etária entre os seis e os nove anos. Alguns es-tabelecimentos de ensino da região passaram mesmo a dispor de um novo documento para discriminar as comidas e as be-bidas que deverão ser privilegiadas e evitadas. Os chocolates, batatas fritas, bolachas e as barritas de cereais, por exemplo, estão entre os produtos menos saudáveis, que sofreram uma redução na venda nos bares escolares, passando ainda a ser mais caros. Isto, enquanto alguns refrigerantes ficaram proi-bidos de entrar nas escolas.

DISTRITO ESTE ENTRE AS PRIMEIRAS POSIÇÕES NA TAXA DE IDADES MÉDIAS AO ÓBITO

Esperança de vida no distrito chega aos 80

A esperança média de vida na região superou os 80 anos, o que coloca o dis-

trito entre as primeiras posi-ções na taxa das idades médias ao óbito, atrás do Alentejo e Beiras. Os dados foram agora revelados pelo Instituto Nacio-nal de Estatística (INE) e repor-tam-se ao ano de 2014, em que o Litoral Alentejano também se distinguiu por ter registado a menor percentagem de óbitos, com 1,1% da população. Ainda no ano em análise ve-rificou-se, por outro lado, que devido a algumas doenças infe-ciosas e parasitárias, o Litoral

Alentejano lamentou um total de 2,7% vítimas sobre o total de mortes, o que correspondendo aos valores mais elevados veri-ficados no país, com maior ex-pressão nas pessoas a partir dos 75 anos.

Homens mais permeáveis à mortalidade padronizada

Já quanto à taxa de mortalidade padronizada para as idades de 65 e mais anos, a percentagem fixou-se nos 60,5 óbitos por 100 mil habitantes (69,7 para os ho-mens e 53,9 para as mulheres), vindo a região a ter aqui valores mais elevados (acima dos 75%), seguindo-se o Alentejo Litoral (74,7). Este indicador apresen-tou valores mais reduzidos para

as idades inferiores a 65 anos, de 6,9 óbitos por 100 000 habi-tantes (11,0 para os homens e 3,2 para as mulheres). Para o total nacional o nú-mero de anos potenciais de vida perdidos por estas doenças foi de 14 558 anos (10 971 para os homens e 3 587 para as mulhe-res). Quanto à diabetes, a região exibir das taxas mais preocu-pantes do país. Para as idades inferiores a 25 anos não se re-gistaram, no ano em análise, óbitos por estas causas. As mortes motivadas por esta cau-sa representaram 4 % da morta-lidade no país, correspondendo a 3,5% do total de óbitos de ho-mens e a 4,7% no caso das mu-lheres.

O estudo do Instituto Nacional de Estatística, a que o Semmais teve acesso, indica que quanto à taxa de mortalidade padronizada para as idades de 65 e mais anos, a percentagem, fixou-se nos 60,5 óbitos por 100 mil habitantes.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

ESPECIALISTAS GARANTEM QUE EM CASO DE ACIDENTE TODA A BACIA DO TEJO FICA CONTAMINADA

Central nuclear espanhola de Almarazameaça nosso Tejo até à Costa de Caparica

Não são os primeiros alertas, mas a comunidade cientifica estã cada vez mais segura dos perigos que podem advir de um acidente nuclear em Almaraz, a central a cem quilómetros de Portugal, já com historial de avarias graves e com prazo de vida ultrapassado. Sábado haverá uma manif.

O alerta parte de Jorge Pe-reira, diretor da Medicina Nuclear do Hospital de

São João (Porto) e especialista em instalações radioativas: «Se houver um acidente na central nuclear de Almaraz a bacia do Tejo fica contaminada até à Costa de Caparica», diz ao Sem-

mais, reforçando os receios das correntes de opinião que têm vindo a defender o encerra-mento do complexo sedeado no concelho de Cáceres. Situa-se a cem quilómetros de Portugal, junto ao rio Tejo, aproveitando a água do seu caudal para pro-ceder ao arrefecimento dos dois reatores. Almaraz tem um his-torial de várias avarias graves com fugas de radiação. A central já completou 30

anos em maio de 2011, atingindo o limite de vida, mas governo es-panhol alargou a licença de fun-cionamento até 2020, pelo que vai ser alvo de uma megamani-festação a 11 de junho, que irá juntar ativistas de ambos os la-dos da fronteira, sendo Portugal representado por associações como a Quercus, Zero ou Movi-mento Ibérico Anti-Nuclear. «Claro que devemos estar preocupados. As pessoas ainda

não se aperceberam o que pode estar em causa se houver uma fuga de radiação que venha pelo Tejo abaixo», insiste Jorge Pereira, alertando, por exem-plo, para o perigo da libertação de iodo, suscetível de se acu-mular na tiroide. Uma das avarias mais re-centes ocorreu há dois meses, quando a própria administra-ção da central assumiu que um dos equipamentos havia sofri-

do uma paragem durante a ope-ração de aumento de carga de-pois de ter sido efetuada a ligação da unidade à rede. No início de fevereiro, inspetores do Conselho de Segurança Nu-clear de Espanha tinham alerta-do para «falhas no sistema de arrefecimento de serviços es-senciais da central nuclear» es-panhola, referindo «não haver garantias suficientes de que as bombas de água do sistema de

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serviços essenciais da central operem com normalidade».

Carlos Pimenta alinha nos receios

O perigo que a central repre-senta para a região é também sublinhado por Carlos Pimenta, ex-secretário de Estado do Am-biente e atual diretor do Centro de Estudos para a Economia de Energia Transportes e Ambien-te. «Há 30 anos, antes da cons-trução da barragem de Castelo

do Bode, Almaraz quase nos obrigou a cortar a água a Lis-boa, depois de uma grande fuga radioativa. Já na altura de-monstrava o perigo que ali mo-rava», diz, defendendo que «há muito tempo que a central de-via estar fechada. É velha e não tem as medidas de proteção que foram criadas depois de Cher-nobyl ou Fukushima. Tem uma história de acidentes repetidos, que levaram a fugas de radia-ção. Aquilo não tem solução», insiste.

Francisco Ferreira, dirigente da associação ambientalista Zero, também vai estar na ma-nifestação do próximo sábado, defendendo ser chegada a hora da central bater coma porta. Também lamenta que as pesso-as “não tenham ainda noção do risco que ali está, quando em qualquer outro país a proximi-dade de uma coisa destas inco-moda o vizinho”, refere, aler-tando para as recentes notícias que já admitem a continuidade da central até 2030.

Tivemos o maio mais chuvoso em 22 anos

O mês de maio foi «extre-mamente chuvoso» no distrito, sendo o valor

médio da quantidade de preci-pitação o mais alto dos últimos 22 anos, de acordo com o Bole-tim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmos-fera (IPMA). O valor médio da quantidade de precipitação (142,9 milímetros) foi muito su-perior ao valor médio (71,2 milí-metros). Segundo o IPMA, o valor médio da quantidade de preci-pitação é mesmo o quinto mais alto desde 1931, indicando que desde 2000 – últimos 15 anos -,

o valor mensal da precipitação em maio foi sempre inferior ou próximo do valor normal. De acordo com o instituto, os valo-res de precipitação mensal fo-ram mais altos em especial nas regiões do centro e sul do terri-tório, tendo sido ultrapassado os anteriores maiores valores para o mês de maio em algumas estações meteorológicas com mais de 50 anos de dados. No que diz respeito ao valor médio da temperatura média, o instituto adianta que foi de 15,78 graus Celsius, um valor muito próximo do valor médio no pe-ríodo 1971-2000.

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Conferência (resumo)Estará em perigo Estará em perigo a solidariedade intergeracional? O Cuidador Informal na perspetiva dos jovens.Apresentação pública dos resultados provisórios da Tese de Doutoramento 27 de Maio 2016 Local, Es-cola Secundária Sebastião da Gama

Universidade de realização da Tese de DoutoramentoA investigação insere-se no Programa de Doutoramento em Desenvolvimento Regional e Integração Económica, na linha de investigação Mudança Demográfica e Modernização a longo prazo da Faculdade de Ciências Económicas Empresariais, da Universidade de Santiago de Compostela, coordenado pelo Professor Doutor Melchor Fernández sendo a orientação da Tese efectuada pela Professora Doutora María del Pilar Freire Esparís.

Título da Tese de DoutoramentoImpacto do envelhecimento no desenvolvimento regional, fatores e dinâmicas das famílias cuidadoras Informais de idosos dependentes, numa perspetiva da intergeracionalidade. Estudo de caso do concelho de Setúbal.

Moderação da MesaSessão realizada através de vídeo conferencia com Universidade de Santiago de Compostela a partir da Escola Secundária Sebastião da Gama. Mesa moderada pela Doutora Ana Alexandre Fernandes, Profes-sora Catedrática e membro do Conselho Cientifico do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade Nova de Lisboa.

Entidades oficiais presentes:Diretora da Segurança Social de Setúbal, Dra. Natividade Coelho, Diretor do Centro de Emprego e For-mação Profissional de Setúbal Dr. José Luís, Vereador do PS da Câmara Municipal de Setúbal Arquiteto Paulo Lopes, Diretor da Escola Superior de Ciências Empresarias Professor Doutor Francisco Carrei-ra, Professora Doutora Patrícia Argüello. Sub-Diretora da Escola Superior de Saúde ambos do Instituto Politécnico de Setúbal, Presidente da Liga dos Amigos do Hospital S.Bernardo, Dr. Candido Teixeira, Diretora da Escola Sebastião da Gama Professora Fernanda Oliveira, Sub- Diretor do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, Dr. Jorge Bico.

IntroduçãoO presente estudo sob o título, “ o Impacto do Envelhecimento no Desenvolvimento Regional, fatores e dinâmicas das famílias cuidadoras informais de Idosos Dependentes”, procurou sinalizar entre o pe-ríodo 2000 – 2014 as determinantes que contribuíram para o “Estado da Arte do Envelhecimento” na Península de Setúbal, elegendo-se o concelho de Setúbal para Estudo de Caso.Enquadrado nas recomendações da Estratégia Europa 2020 e com a atribuição do ano 2012 como o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre gerações, pretendeu-se estudar o impacto no desenvolvimento do território do envelhecimento segundo a perspectiva da intergeracionalidade.

Objetivo do estudoO objetivo do estudo visa contribuir para a criação de programas específicos assentes na interdepen-dência geracional, habilitando os jovens a participarem da discussão dos desafios do envelhecimento segundo o princípio da Solidariedade Intergeracional.

Objeto de estudoTrata-se de um estudo exploratório quantitativo, transversal, realizado em 2015, baseado num questio-nário individual que mediu a perceção dos jovens sobre o envelhecimento intergeracional. O objeto de estudo foram 993 alunos matriculados no 12o ano de escolaridade nas escolas secundárias do concelho de Setúbal, com idades compreendidas entre os 16 e 19 anos.

MetodologiaA metodologia de avaliação da perceção consistiu na construção de um questionário que utilizou como referência instrumentos de avaliação geriátrica, aplicados no estudo da Sobrecarga do Cuidador Infor-mal (desgaste físico, emocional e financeiro) e na determinação do grau de autonomia e dependência dos idosos. Obteve-se ainda a perceção dos jovens sobre o Uso do Tempo da família dedicado ao idosos, sendo a solidariedade intergeracional avaliada através de questões que determinavam a disponibilidade dos jovens para cuidar de idosos no futuro.

EpistemologiaO ponto de vista do conteúdo consiste na abordagem da Gerontologia enquanto ciência integradora, que correlaciona duas dimensões: a da Coesão Social entre gerações e a Coesão do Território, como fator gerador da capacidade atrativa de recursos que sustentam o envelhecimento das populações com qualidade de vida.A epistemologia socorre-se dos modelos teóricos da Transição Demográfica e Modelo conceptual para o estudo de processos sociais no envelhecimento ao longo da vida. A investigação foi desenvol-vida em torno do paradigma do declínio populacional, o continuado e forte envelhecimento demo-gráfico, as alterações na estrutura etária e as transformações nas famílias residentes na Península de Setúbal, território caraterizado no período 2000-2014 pela tendência da degradação dos indicadores de qualidade de vida e bem-estar das populações.O estudo é enquadrado na Estratégia da Europa 2020, nas políticas públicas que apostam no Envelhe-cimento Ativo Intergeracional, nos programas de apoio financeiro ao desenvolvimento dos territórios da Área Metropolitana de Lisboa e ainda nos Planos de Desenvolvimento Social dos diversos conce-lhos da Península de Setúbal.É comparado o grau de perceção que os jovens têm sobre o envelhecimento numa perspetiva de futu-ros cuidadores informais de idosos, com a capacidade do território para captar recursos que garantam até 2050 um envelhecimento sustentável. Para este efeito, o estudo construiu um diagnóstico prospe-tivo (2016-2050), utilizando como marcadores os indicadores do índice qualidade de vida e bem-estar associados às questões sociais e empregabilidade.A importância da investigação, reside no estudo do envelhecimento agregado a duas dimensões in-dissociáveis. O nível de análise da qualidade de vida e bem-estar das famílias enquanto cuidadoras informais de idosos e a dimensão da capacidade do território Península de Setúbal, para atrair e captar riqueza que garanta a melhoria da qualidade de vida das populações nas próximas três décadas.

Resultados, conclusões e discussão do estudo

ResultadosOs resultados correspondem a uma amostra de 61,7% de alunos com idades compreendidas entre os 16 e 19 anos, sendo 57,2% do género feminino e 42,8% masculino, com uma média de idades de 17,4 anos. Os resultados indicam um erro de amostra imputável aos resultados de 2,45%, com nível de confiança superior a 99%.Em termos de validação das hipóteses, confirma-se a existência de perceção sobre o Envelhecimento Intergeracional por parte dos jovens com idades compreendidas entre 16 aos 19 anos de idade, matricu-lados no 12o ano de escolaridade.Atestou-se ainda a importância da Solidariedade Intergeracional no âmbito do desenvolvimento da co-esão territorial e coesão social, na perspetiva do Cuidador de Informal de Idosos em situação de depen-dência.O estudo destaca o género feminino e a idade de 17 anos como as variáveis que apresentam a maior perceção sobre o envelhecimento intergeracional solidário, sendo a perceção mais baixa nos 19 anos de idade.A perceção global média é baixa (9,98%), registando-se no fator “Perceção da Autonomia dos idosos o valor mais elevado (20,80%). A perceção mais baixa é registada no fator “ Uso do tempo da família” (3,85%).Da análise da correlação entre fatores, destaca-se a maior perceção dos jovens sobre o grau de autono-mia e a dependência dos idosos. A correlação entre fatores e variáveis fazem depender fortemente a per-cepção da avaliação do grau de dependência dos avós, do género, idade e das características do agrega-do familiar, dependendo significativamente do género a perceção do fator Solidariedade Intergeracional.

Conclusões e discussãoTendo por base a análise dos indicadores da qualidade de vida e bem-estar da Península de Setúbal, que indicam uma tendência para a redução do índice de poder de compra per capita, aumento do desempre-go dos licenciados e do escalão etário com 55 e mais anos, perante o cenário prospetivo até 2050 do forte envelhecimento demográfico da região, a existência de baixas percepções dos jovens sobre o envelhe-cimento intergeracional e o uso do tempo da família, identificam a necessidade de serem desenvolvidos novos estudos comparativos realizados noutros territórios.O resultado da abordagem prospetiva da Solidariedade Intergeracional com incidência na família en-volvida numa teia de relações económicas, sociais e culturais, as alterações emergentes da monoparen-talidade, aumento das famílias unipessoais envelhecidas e os efeitos das transformações das relações familiares, quando comparada com o destaque do género feminino enquanto variável que descrimina positivamente a perceção dos jovens sobre o envelhecimento intergeracional, conduz as conclusões para importância das políticas de igualdade de género na coesão social entre gerações e para a necessi-dade de ser elaborado um novo contrato de solidariedade intergeracionalAo nível analisarmos a Coesão do Território, quando se compara a despesa de cooperação efectuada pela Segurança Social entre 2000 e 2014 no funcionamento da rede de equipamentos sociais para ido-sos, cujo valor total foi da ordem dos 302 milhões de euros, verificando-se a tendência para a queda da taxa de ocupação do Serviço de Apoio Domiciliário, a qual era em 2015 de 77,7% e da Estrutura Residen-cial para Idosos ( Lar de Idosos) 92,2%, num contexto da adequação do desenvolvimento de serviços de apoio à família cuidadora de idosos, a investigação identifica a oportunidade de serem estudados novos processos de otimização dos recursos existentes ao nível da Rede Social.Resulta da análise dos fenómenos da desigualdade e fragmentação social da Península de Setúbal, com destaque para o isolamento da população idosa residente em habitações sem acessibilidade, e o aumen-to da exposição dos agregados familiares a situações de risco de pobreza e/ou exclusão social, quando comparada com a elevada perceção dos fatores grau autonomia e dependência dos avós, reforça a im-portância da articulação das políticas públicas do investimento no território e programas de apoio ao desenvolvimento, com os Planos de Desenvolvimento de Social dos concelhos.Por último, existindo estudos empíricos que caracterizam a Península de Setúbal como um território de “transições” e de “diversidades”, atendendo à transversalidade dos impactos do envelhecimento demo-gráfico ao nível das famílias, sociedade e no próprio território, dada a Visão 2020 que aposta na criação de oportunidades e condições de qualidade de vida e de equidade social, o baixo índice de perceção dos jovens sobre o Envelhecimento Intergeracional, reforça a necessidade de aprofundar estudos que contribuam para a aumentar a atractividade da região, com vista à melhoria da qualidade de vida das famílias, envolvendo-se para o efeito os jovens.

Paulo G. Lourenço 27 de Maio de 2016

O investigador Paulo Lourenço, que preside à direcção do Centro Jovem Tabor e tem um trabalho considerável na área social do distrito, concluiu um importante estu-do sobre a premissa “Estará em perigo a solidariedade intergeracional?”, enfocando a sua tese no quadro da região. Os resultados provisórios foram apresentados na semana passada numa conferência realizada em Setúbal. Dada a importância do trabalho, publicamos nesta edição uma pequena súmula.

Impacto do envelhecimento no desenvolvimento regional, fatores e dinâmicasdas famílias cuidadoras Informais de idosos dependentes, numa perspetiva da intergeracionalidade. Estudo de caso do concelho de Setúbal.

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LOCAL

SEIXAL NOVA ESCOLA BÁSICA DE ST.ª MARTA É APRESENTADA À POPULAÇÃO O próximo encontro do Fórum Seixal – Mais Participação, Melhor Futuro vai apresentar à população o projeto da EB de St.ª Marta do Pinhal, dia 6, no jardim local. Segundo a autarquia, trata-se de “um importante equipamento escolar que vem qualificar a oferta educativa da freguesia de Corroios”.O arranque da construção da escola está previsto para breve sendo que o projeto contempla 3 salas de pré-esco-lar e integra a oferta de 12 salas do 1.º do ensino básico.O equipamento pretende alargar a rede do pré-escolar de Corroios e alargar o funcionamento em regime normal nas escolas do 1.º ciclo do básico.

SESIMBRA FEIRA FESTA PROMETE ATRAIR MILHARES DE VISITANTESA feira festa regressa à Quinta do Con-de prolonga-se até dia 12. O certame reúne dezenas de expositores ligados ao movimento associativo, empresas e instituições do concelho e da região. Com mais de duas décadas de história, a feira começou por ser um convívio entre moradores para se tornar numa impor-tante mostra de atividades económicas onde a animação está sempre garantida com espetáculos diários e as habituais “banquinhas” de “comes e bebes”.O município marca mais uma vez presença com um stand situado junto à entrada, que este ano destaca o Balcão Único de Serviços e o BÚS Móvel, dois serviços que entraram em funcionamen-to recentemente e que representam uma nova forma de atendimento dos muníci-pes, que aposta na proximidade, rapidez e comodidade dos cidadãos.

ALCOCHETE S. FRANCISCO REVIVE TRADIÇÃO DAS FESTAS TRADICIONAISA freguesia de S. Francisco inaugura o calendário de festividades do concelho com a 42.ª edição das tradicionais festas de confraternização camponesa de S. Francisco que continua a decorrer até este domingo.O festival de folclore organizado pelo rancho folclórico “Os Camponeses” de S. Francisco é um dos eventos destaque das festas, que integram diferentes espetácu-los musicais.A noite da sardinha assada é um dos momentos altos das festas onde a confra-ternização assume um carácter especial, sem esquecer a componente tauromá-quica, através das largadas de touros que atraem muitos aficionados.

MONTIJO CÂMARA APROVA PRESTAÇÃO DE CONTAS CONSOLIDADA O município aprovou, na reunião de 25 de maio, a Prestação de Contas Consolidada de 2015 com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PSD e CDU. O documento interliga as contas do gru-po municipal constituído pela Câmara, os SMAS e a Associação para a Forma-ção Profissional e Desenvolvimento do Montijo.Este documento permite conhecer a ver-dadeira situação económica e financeira do grupo municipal, contribuindo para uma avaliação integrada e representativa do conjunto de atividades desenvolvidas.No total, o resultado líquido do grupo municipal foi de 1 milhão e 709 mil euros, um incremento face a 2014 na ordem dos 95 por cento. Nota positiva, igualmente, para o abaixamento da dívida que se situou nos 12 milhões 480 mil euros.

SINES ESTRELAS DE ÁFRICA FAZEM RESIDÊNCIA ARTÍSTICA NA CIDADELes Amazones d’Afrique, o primeiro grande grupo unicamente feminino da África Ocidental, realiza uma residência artística em Sines, de 18 e 21, no âmbito da sua tournée internacional. Este proje-to, formado este ano, mobiliza-se contra a violência sobre as mulheres em África e em todo o mundo. Junta algumas das figuras maiores da música africana.Em simultâneo com o lançamento do EP “I Play the Kora”, o grupo lança uma campanha de “crowdfunding” no dia 15, cujas receitas contribuirão para financiar cirurgias reparativas e integrar social-mente vítimas de violência sexual.

SETÚBAL AZEITÃO REQUALIFICA ‘ROSSIO’A Praça da República, um dos espaços públicos mais emblemáticos de Vila Nogueira de Azeitão, está com uma ima-gem urbana mais atrativa e com uma nova configuração, resultado de uma obra de requalificação inaugurada no sábado à tarde.A intervenção no “rossio”, permitiu «de-volver uma área que funciona como sala de visitas da vila ao usufruto da popula-ção», salientou a presidente da Junta de Azeitão, Celestina Neves.Um amplo passeio, construído em gra-nito, «material nobre, duradouro e que se enquadra em harmonia com os traços arquitetónicos da vila», sublinhou a au-tarca, com zonas de estadia e embelezada por uma peça escultórica, marca a nova imagem urbana da Praça da República.

GRÂNDOLA ROTA DAS TABERNAS ARRANCA A 10 DE JUNHO A partir do dia 10 siga a rota dos sabo-res da gastronomia típica alentejana em seis locais de tradição e de costumes no concelho. A edição deste ano começa na Taberna “Justense”, e termina um mês depois na “Casa Dimas”. Durante este período a iniciativa do município, com o apoio do Turismo de Portugal, promove a gastro-nomia regional e dá a conhecer a tradição musical da região. Nas seis Tabernas ade-rentes à Rota vai ouvir-se o cante alen-tejano e grupos de música instrumental do cancioneiro tradicional alentejano. À mesa vão ser servidos os melhores petis-cos e iguarias alentejanas.

MOITA BIBLIOTECA DO VALE DA AMOREIRA COMEMORA 26 ANOSA biblioteca Vale da Amoreira comemora, dia 10, 26 anos de vida. Para assinalar esta data, o município preparou diversas inicia-tivas para aquele espaço. Este sábado, às 20h30, e até às 11h30 de domingo, as crianças dos 8 aos 12 anos são convidadas a dormir na biblioteca, em mais uma “Biblioteca Fora D’Horas”. Dia 9, a partir das 21 horas, a Câmara pre-parou o “Leituras às Quintas” – Há Poetas no Bairro, em que está prevista a partici-pação de Maisa Nalape, Maria Fernanda Sousa e Nelson Freitas, entre outros que queiram partilhar os seus textos, a que se seguirão canções ao som do violão, por Hugo de Sousa e João Costa. Ainda a 9, pe-las 23 horas, será inaugurada a exposição de artesanato/pintura de vários artistas.

PALMELA FEIRA DO LIVRO ANIMA O PINHAL NOVOO município promove, de 7 a 12, a VII Fei-ra do Livro “Festas com Livros”, na biblio-teca de Pinhal Novo e no stand próprio, no âmbito das festas de Pinhal Novo.Do programa da feira destacamos a exposição “Ler+@doça a Vida” – “Sopa Caramela e Maçã Riscadinha”, com trabalhos realizados pelas bibliotecas escolares, e a exposição “Entre Tachos e Livros, há Sabores e Saberes”, da biblio-teca José Saramago, de Loures, patentes no espaço do bar da biblioteca.Helena Pires e Rui Sequeira, Pedro Mou-ra, Joana Santos, Maria de Lourdes Soa-res e Fernanda Botelho são os escritores convidados a participar nos encontros dirigidos a grupos/escolas.

SANTIAGO DO CACÉM SANTIAGRO SUPERA TODAS AS EXPECTATIVASMais de 40 mil pessoas visitaram, de 26 e 29 de maio, a 29.ª Santiagro. Este facto, aliado à qualidade em geral da feira, ao volume de negócios ao longo dos quatro dias e à satisfação dos expositores/visi-tantes, colocam esta Santiagro como a melhor de sempre.«Foi a Santiagro com maior número de visitantes. Sexta-feira foi o melhor dia de sempre. E sábado foi o segundo melhor dia, com uma pequena diferença para sexta. E mesmo o domingo foi um dos melhores dias de sempre. Comparativa-mente a 2015, que já tinha sido a melhor feira dos últimos anos, estamos a falar de perto de 20 mil pessoas a mais. Tive-mos mais um dia de feira, mas mesmo que retirássemos a quinta-feira houve mais 12 a 13 mil pessoas, o que é extraor-dinário», vinca Álvaro Beijinha.

ALMADA SOLDADOS DA PAZ ASSINAM PROTOCOLOS Até este domingo, decorre a semana dedicada à proteção civil, com a come-moração do Dia Municipal do Bom-beiro e a apresentação da Operação Floresta Segura, Floresta Verde.O largo da República, na Trafaria, rece-be este domingo, a partir das 11 horas, as celebrações do Dia Municipal do Bombeiro.Nesta cerimónia são também assinados os protocolos de colaboração entre o município e as corporações de Almada, Cacilhas e Trafaria, através dos quais é atribuído um apoio financeiro aos bombeiros voluntários do concelho. A Semana da Proteção Civil é uma organização do município, em parceria com os vários agentes de proteção civil.

ALCÁCER DO SAL

MAIS DE 5 MILHÕES PARA MODERNIZAR A CIDADEO edil Vítor Proença, acaba de assinar, em St.ª M.ª da Feira, o contrato do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urba-no de Alcácer. Visa várias obras, como a requalificação/modernização do mercado municipal; criação de centro de apoio à divulgação/fruição do Rio Sado e de um parque lúdico intergeracional; valoriza-ção dos espaços públicos do Castelo; re-conversão urbanística da zona ribeirinha nascente; requalificação do museu Pedro Nunes e da entrada dos bairros de S. João e Olival Queimado; a construção de corredor ciclável entre a cidade e vários bairros, entre outras.

BARREIRO FEIRA PEDAGÓGICA PARA VISITAR NO PARQUE DA CIDADE Até este sábado, decorre a XV Feira Pedagógica dedicada ao tema “Crescer Saudável”, no parque da cidade. «Queremos crianças felizes e jovens pre-parados para a vida» foram os desejos de Carlos Humberto, proferidos na abertura do evento. Deixou, ainda, palavras de agra-decimento «a todos os que construíram o evento e a toda a comunidade educativa».Comemoram-se, este ano, 15 anos, mostrando projetos, atividades lúdicas e desportivas, música, teatro, promovendo cultura e levando a milhares de pessoas o que a cidade e a comunidade educativa barreirense melhor sabem fazer.Nesta edição, são mostrados vários pro-jetos educativos e trabalhos desenvol-vidos pela comunidade escolar, no ano letivo 2015/16.

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CULTURA

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TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

DEZ MARCHAS POPULARES RECORDAM TRADIÇÕES E HISTÓRIA SADINAS

«É um privilégio ter na cidade este impulso,este pulsar e entusiasmo de homens e mulheres»

O espírito associativo volta a estar ao rubro durante as marchas populares sadinas. Dez marchas a concurso e quatro extraconcurso vão mostrar que Setúbal é rica em tradições e história ao som de “Bocage somos nós”. A presidente do júri é Ângela Pinto, a mãe de Messias na novela “Mar Salgado”. Abram alas, o bairrismo vai sair rua.

A atriz Ângela Pinto, da telenovela “Mar Sal-gado”, foi anunciada

na terça-feira como presi-dente do júri das marchas populares de Setúbal, edi-ção que conta com 10 cole-tividades a concurso e que se apresentam à cidade no dia 11, às 22 horas, em des-file na Av.ª Luísa Todi.

Completam o júri Tere-sa Varela (cenografia), Rita Vilhena (coreografia), Ana Sabino (figurino), António Bento (letra), e Marco Ba-tista (música), que avalia as dez marchas a concur-so em desfiles nos dias 17 e 18, às 22 horas, na praça de touros Carlos Relvas. «As marchas são um imperativo cultural, em que se traduz o espírito as-sociativo. É um privilégio

ter na cidade este impulso, este pulsar e entusiasmo de homens e mulheres», sublinhou o vereador da Cultura, Pedro Pina, em conferência de imprensa realizada na terça-feira, na Casa da Cultura. O autarca, que saudou «o entusiasmo e a alegria que as marchas trazem a Setúbal», explicou a esco-lha de Ângela Pinto para presidente do júri. «Tem

um currículo na área do teatro que fala por si e que, ao longo de um ano, em Mar Salgado, foi desa-fiada a conhecer, viver e sentir a cultura e identida-de setubalense». A atriz confessou que é uma apaixonada pelo es-pírito das marchas. «Espe-ro que me surpreendam», indicou Ângela Pinto, ao destacar os sentimentos que fluem no evento, con-

cretamente o espírito de união e solidariedade. «Aproveitem o mo-mento, a energia e o cari-nho do povo. Lembrem--se: no meio disto tudo, ninguém perde, apesar de nem todos poderem ga-nhar. O mais importante é o percurso, o esforço e o trabalho que todos empe-nham nas marchas popu-lares», destacou a presi-dente do júri. “Bocage Somos Nós”, inspirada nas Comemora-ções dos 250 anos do Nascimento de Bocage, com letra de José Conde-ça e música de José Con-dinho, é a Grande Marcha 2016, tema comum a in-terpretar pelas coletivida-des participantes. A ma-drinha das madrinhas é Ivone Dias. José Condeça, autor da letra, revelou que foi desafiado pelo amigo com quem concorreu. «Estava em ano sabático mas não

resisti. É muito importan-te para o meu percurso até porque era o único prémio que ainda não ti-nha ganhado nas marchas de Setúbal». Já José Condinho, que há 26 anos não participava no concurso setubalense, destacou que o evento “é um dos géneros festivos mais genuínos da cultura popular setubalense». Este ano há quatro marchas infantis extracon-curso, nomeadamente Bi-cross, Perpétua Azeitonen-se, O Sonho e APPACDM. O certame, organizado pelo município, conta com os apoios da Europrol e da Aplaudir. Na praça de tou-ros, os ingressos custam 2,5 euros para a geral, 3 para as cadeiras e 4 para os lugares de camarote. As crianças até 10 anos não pagam. A entrega de pré-mios terá lugar numa gala a realizar a 16 de julho, no Fórum Luísa Todi.

OS TEMAS DAS MARCHAS PARTICIPANTES

Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau: “Amores são tradição em noites de S. João”União Desportiva e Recreativa das Pontes: “Setúbal, Cidade das Maravilhas”Grupo Desportivo Fonte Nova: “Bairro de Troino é História”Cooperativa de Habitação e Construção Económica Bem-Vinda a Liberdade: “Da Praia Antiga Rua, Luíza Tody Avenida” Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”: “Minha cidade cheira a flores, oiço as gaitas a tocar… Diz a rapariga com vaidade… São os amoladores a chegar”Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão:“40 Anos de História. Com Audácia os Pequenos também vencem” Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense: “Do Barro ao Azulejo” Núcleo Bicross de Setúbal: “Rua acima, rua abaixo… numa feliz correria”Academia de Teatro e Artes de Setúbal: “Setúbal está mais Bonita”Grupo Desportivo Independente: “São pedaços de amor feitos à mão”

Conservatório de artes do Coral Luísa Todi abre inscrições

A audição de final de ano letivo dos alunos do Conservatório de

Artes do Coral tem lugar este sábado, na sede do Coral Luísa Todi, com iní-cio marcado para as 14h30. Entretanto, estão aber-tas as inscrições para o ano letivo 2016/2017, para os cursos oficiais e livres. De recordar que o Conservatório de Artes do Coral Luísa Todi assinou protocolos com dois esta-belecimentos de ensino do concelho para o ensi-no artístico especializado da música em regime ar-ticulado. Os protocolos assina-dos com o Colégio do Cen-teio e com o Agrupamento de Escolas Sebastião da

Gama, que inclui a escola B2/3 de Aranguez, vão per-mitir aos alunos inscritos ou que se venham a ins-crever naqueles estabele-cimentos de ensino que possam frequentar os cur-sos oficiais de música no Conservatório de Artes do Coral Luísa Todi, em regi-me articulado. Com o objetivo de dar a conhecer as diversas va-lências do Conservatório e permitir um primeiro con-

tacto com os instrumen-tos, os professores do Conservatório de Artes do Coral Luísa Todi têm pro-gramadas várias sessões de divulgação junto das escolas protocoladas e das escolas do 1.º ciclo do Agrupamento Sebastião da Gama, sendo ainda ofe-recida uma aula gratuita a todos os alunos que quei-ram testar as suas capaci-dades num determinado instrumento.

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CULTURA

ALMADA4SÁBADO21H30ORQUESTRA GERAÇÃO NO TMJBTEATRO JOAQUIM BENITE

A Orquestra Geração encerra a primeira parte da temporada do teatro municipal Joaquim Benite. Os jovens intérpretes deste projeto interpretam obras de Charpentier, Bach, Vivaldi e Bizet. O projeto trabalha na área da inclusão de jovens de bairros problemáticos. A entrada é gratuita.

SETÚBAL4SÁBADO21H30JOAQUIM MONCHIQUE É “GOD”FORUM LUÍSA TODI

Joaquim Monchique é Deus, Diogo Mesquita e Rui Andrade, os anjos. Na comédia da Broadway, com texto original de David Javerbaum, Deus vai descer à Terra para que o público o possa ver e ouvir. Vai anunciar o estado das coisas na Terra que não se encontra de boa saúde.

PALMELA4SÁBADO22H00SALGUEIRO CELEBRA PALMELA CINE-TEATRO S. JOÃO Com direção de Jorge Salgueiro, o concerto “Sinfonia Palmela” pretende comemorar o Dia do Concelho. A organização pertence ao município e conta com os apoios da Humanitária e dos Loureiros, entre outras entidades.

SINES4SÁBADO22H00LES ROIS FAINÉANTSCENTRO DE ARTES A Cia. Cocotte, companhia espanhola, conta a história de uma fábrica no centro da região france-sa da Aquitânia é durante décadas um exemplo de eficiência, mas também de monotonia para os trabalhadores. Até que chega uma carta que muda tudo. Espetáculo inspirado no trabalho da compa-nhia Les Deschiens e no cinema de Jacques Tati.

MONTIJO4SÁBADO21H30OML DÁ CONCERTOJARDIM CASA MORA

No âmbito do “Montijo Lugar de Encontros”, depois de uma vasta animação durante todo o dia, com música e produtos regionais gastronómicos, o Jardim Casa Mora acolhe a Orquestra Metropolita-na de Lisboa que oferece um recital com um Octeto de Metais.

ALCÁCER DO SAL5DOMINGO16H00PELE… MEMÓRIASAUDITÓRIO MUNICIPAL

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano e o mais pesado. Não é de estranhar, então, que nela habitem tantas reminiscências, sendo um atalho para a nossa alma. A partir dessa ideia juntaram-se dois grupos de não-atores e, com eles, criaram-se caminhos nervosos e sensitivos. Peça a cargo do projeto Marca d´Água e Pensar Teatro.

AGEN

DA

Bocage reinventa fábulas de La Fontaine

A inauguração do mu-seu marítimo de Se-simbra, na fortaleza

de Santiago, foi o momento alto das comemorações do Dia do Pescador, no dia 31 de maio. A cerimónia contou com a presença da minis-tra do mar, Ana Paula Vi-torino, que enalteceu o trabalho da autarquia na recuperação e preserva-ção do património. «Feli-cito o município pela aposta na requalificação do património e especial-mente pela criação deste espaço cultural, que con-cilia o conceito de museu tradicional com as novas tecnologias para dar a co-nhecer variadíssimos as-petos da pesca, as memó-rias e tradições da comunidade sesimbren-se», sublinhou a ministra, durante a visita inaugural, na qual foi acompanhada pelo edil Augusto Pólvora, o secretário de estado das pescas, José Apolinário, autarcas, representante

PRESIDENTE DA CÂMARA, AUGUSTO PÓLVORA, NÃO ESCONDEU GRANDE ORGULHO NA INAUGURAÇÃO

Museu marítimo de Sesimbra já abriu as portas ao público

do secretário de estado da cultura e de várias entida-des que apoiaram e parti-ciparam na instalação deste equipamento. A titular da pasta do mar do Governo afirmou ainda que o museu «é o reflexo de um excelente trabalho do ponto de vista cultural e, também um exemplo da boa aplicação de fundos comunitários». No final, Ana Paula Vitori-no afirmou que vai voltar com a família «porque este museu está muito bem conseguido e merece uma visita mais prolonga-da», concluiu. Por seu turno, a vice--presidente da Câmara, Fe-lícia Costa destacou a im-portância deste espaço cultural para Sesimbra: «o museu marítimo é um dos projetos culturais mais re-levantes para o concelho e tem um simbolismo muito forte para a vila e para a sua comunidade, porque disponibiliza um valioso espólio reunido ao longo

de décadas que dá a conhe-cer a história e o saber úni-co dos sesimbrenses, e por-que é o culminar do processo de recuperação da Fortaleza de Santiago, o local ideal para a instalação deste museu», referiu, acrescentando que é um museu da comunidade, pela proximidade e colabo-ração dos sesimbrenses ao longo dos anos. A inauguração contou

com a presença de muitos munícipes, que quiseram ser os primeiros a visitar os vários espaços do museu, que apresenta uma compo-nente lúdica e interativa que surpreendeu e cativou todos os presentes. O museu vai estar aber-to ao público de terça a do-mingo, das 10 às 13 e das 14.30 às 17.30 horas. Os re-sidentes no concelho têm entrada gratuita.

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O Mundo fabuloso de Bocage”, uma adap-tação livre de Miguel

Assis de textos de La Fon-taine e Bocage, regressa a 5 e 12 de junho, às 11h30, e dia 8 de julho, às 11 horas, ao auditório Charlot, em Setú-bal. Estreado no dia 27 de março, dia Mundial do Te-atro, o espetáculo passou pelas freguesias de Setú-bal, fantasiou 5 dias segui-dos em Palmela e está de regresso à cidade do Sado. Bocage, o mais impor-tante poeta português do século XVIII, reinventa fá-bulas de La Fontaine e da sua autoria num lugar en-cantado onde bichos fa-lam, cantam, dançam e contam histórias. O espetáculo, do grupo Espelho Mágico, promete muita brincadeira ensi-nando coisas sérias e pro-porcionando a interação com toda a família. Bilhe-tes a 4 euros.

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POLITICA

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EURIDICE PEREIRA, COORDENADORA DOS DEPUTADOS DO PS POR SETÚBAL, DIZ TRATAR-SE DE TAREFA GIGANTESCA

Deputados do PS manifestam solidariedade às equipas de combate aos fogos florestais

Quase a um mês do início da fase “Char-lie”, considerada a

mais crítica relativamente à ameaça de fogos flores-tais, que decorre de 1 de julho a 30 de setembro, os deputados do PS, eleitos por Setúbal, Catarina Mendes, Eurídice Pereira, Paulo Pereira, Ivan Gon-çalves, Sofia Araújo, André Batista e Francisca Parrei-ra, fazem pública manifes-tação de solidariedade e reconhecimento a todos quantos compõem o Dis-positivo Especial de Com-bate a Incêndios Florestais para 2016 (DECIF. No geral, a “Charlie” do DECIF contará com mais de 2 mil equipas, cerca de 10 mil operacionais, mais de 2 mil veículos e 47 meios aéreos, sendo o in-vestimento público, só no âmbito do Ministério da Administração Interna su-perior a 70 milhões de eu-ros, dos quais cerca de 30 milhões destinam-se às associações humanitárias de bombeiros.

Importa registar que foi lançado o projeto-pilo-to de georreferenciação das viaturas operacionais do dispositivo, com recur-so à rede SIRESP (um cor-po de bombeiros por dis-trito). Esta ferramenta

permitirá «uma melhor gestão de meios envolvi-dos no combate aos in-cêndios, facilitando a to-mada de decisão nos teatros de operações». Na preparação do dis-positivo distrital releva-se

a operacionalização dos 2 centros de meios aéreos (Montijo e Grândola), as ações de treino operacio-nal a 200 operacionais, as reuniões preparatórias com todas as autarquias e bombeiros. Na referida fase “Char-lie” estão envolvidas, no distrito, 94 equipas, 327 operacionais, 88 veículos e 1 helicóptero bombar-deiro ligeiro, em Grândola. «Ao aproximar-se mais um período de particular e redobrada atenção face à probabilidade de ocorrên-cia de fogos florestais não quisemos deixar passar sem expressar o nosso tes-temunho de reconheci-mento a todos quantos se dedicam a esta causa», re-fere a coordenadora dos deputados ‘rosa’, Eurídice Pereira, que acrescenta: «mas a questão não se es-gota só na atividade dos bombeiros, sejam eles sa-padores, voluntários, pro-fissionais. A população tem nesta gigantesca tarefa um papel de destaque tanto

mais que a maioria das ocorrências resulta de ação humana, basicamen-te negligente. Se conse-guirmos diminuir o núme-ro de ignições estamos claramente a evitar fogos». A eleita informa, a propósi-to «no distrito o número médio de ignições do últi-mo decénio situa-se nas 644. Em termos de área ar-dida o valor médio é de 676 hectares».

Vista de trabalho ao CDOS

A propósito do tema, Eurí-dice Pereira, Ivan Gonçal-ves, Sofia Araújo, André Pinotes Batista e Francis-ca Parreira visitaram re-centemente o Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal, situa-do em Palmela. Na linha do trabalho desenvolvido por este gru-po parlamentar, essa ini-ciativa visou antecipar a avaliação do dispositivo de prevenção e combate aos fogos florestais, bem como

DEPUTADA DO PSD MARIA LUÍS ALBUQUERQUE OUVE QUEIXAS DE UTENTES E ASSOCIAÇÕES

Praias da Costa abrem época balnear sem reposição de areia

a preparação da época es-tival que se aproxima, ava-liar as questões relaciona-das com a diretiva Seveso, identificação e planea-mento operacional em zo-nas industriais que consti-tuem riscos de acidentes graves, com especial im-pacto no distrito de Setú-bal, entre outros assuntos. A comitiva socialista foi recebida pela coman-dante distrital, Patrícia Gaspar, e pelo 2.º coman-dante distrital, Rui Costa, que tiveram oportunidade de apresentar o Dispositi-vo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2016). A deputada Eurídice Pe-reira referiu, e a propósito das características do dis-trito, que «as áreas de maior perigosidade situam-se a sul do distrito, incluindo a Arrábida, e os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Sines e Santiago, implican-do uma desmultiplicação do dispositivo instalado pois este é mais abundante na área urbana entre o Tejo e o Sado».

A reposição de areia nas praias da Costa, da responsabilidade

do Governo, cuja última operação teve lugar em 2014 e que estava prevista realizar-se novamente em 2016, ainda não aconteceu em vésperas da abertura da época balnear. Este foi um dos proble-mas transmitidos à depu-tada ‘laranja’, Maria Luís Albuquerque, pela Asso-ciação dos Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa de Caparica, em reunião de 30 de Maio. Esta associação, que reúne 22 concessionários, manifestou também as

suas preocupações relati-vamente à dificuldade de estacionamento no perío-do do Verão, a par dos ele-vados preços praticados, uma situação que afeta os veraneantes mas que tam-

bém condiciona o estacio-namento dos residentes na Costa. Acompanhada por diri-gentes do PSD Almada e eleitos locais deste partido, Maria Luís Albuquerque

ouviu também apelos para que venham a ser concre-tizados os planos aprova-dos no CostaPolis, por exemplo, no que se refere às unidades hoteleiras que não passaram do papel, o mesmo sucedendo com a requalificação do ‘campo da bola’ e a transferência dos ‘parques de campis-mo’, estruturas totalmente desqualificadas e que blo-queiam o acesso às praias. Relativamente aos pes-cadores, em concreto os que se dedicam à arte xá-vega, a deputada do PSD encontrou-se com a ALA--ALA, cujos associados debatem-se com falta de

espaço para arrumos, defi-cientes sanitários, necessi-dade de mais rampas para acesso à praia e criação de corredores para acesso ao mar, custos das inspeções obrigatórias e os limites da zona de pesca.

Visita ao colégio“Campo de Flores”

A comitiva seguiu depois para o colégio Campo de Flores, na Caparica, onde estudam cerca de 1 100 crianças e jovens do pré--escolar ao secundário. A defesa de valores huma-nistas e de respeito estive-ram sempre a par da exi-

gência na transmissão do conhecimento científico. A inovação foi sempre um desafio maior de toda a equipa educativa do Cam-po de Flores: o trabalho ao nível da consciência fono-lógica no pré-escolar; os grupos de nível a Inglês e a Matemática visam que ninguém fique para trás; a utilização de tablets no se-cundário desenvolvendo competências digitais mas também enriquecendo es-tratégias de aprendizagem em que os alunos pesqui-sam, trabalham em equipa na análise crítica dos con-teúdos, produzindo recur-sos pedagógicos.

SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE JUNHO | 2016 | 11

DESPORTO

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

JUNIORES DO VITÓRIA DE SETÚBAL ESTÃO DE REGRESSO À I DIVISÃO E FORAM RECEBIDOS POR DORES MEIRA

«O título conquistado enche de orgulho a cidade de Setúbal»Depois de uma época na 2.ª Divisão, a equipa vitoriana sagra-se campeã ao derrotar o Chaves. O Salão Nobre esteve a rebentar pelas costuras para ver os jovens a erguer a taça que lhes permite estar entre os grandes da competição.

A equipa do V. Setúbal que venceu o Campeonato Na-cional de Juniores A – 2.ª

Divisão recebeu no dia 1, em cli-ma de festa, no município, o tro-féu e as medalhas respeitantes a esse feito. «Uma forte saudação para estes jovens atletas que trazem para Setúbal mais um troféu que orgulha todos os sadinos», exaltou a presidente da autar-quia, Dores Meira, na cerimónia que consagrou jogadores de fu-tebol e equipa técnica por esta conquista. O Vitória venceu a referida prova ao derrotar, na 3.ª fase fi-nal da competição, o Grupo Desportivo de Chaves, em jogos a duas mãos. A autarca destacou que «o que é verdadeiramente impor-tante é a cidade e os que, seja no

desporto, seja noutras ativida-des, dão o seu melhor», em parti-cular num ano que em que Setú-bal é Cidade Europeia do Desporto, distinção que a coloca «sob as atenções de todos os que fazem e vivem o desporto no país». Com o salão nobre lotado,

Dores Meira reiterou que a edili-dade tudo «continuará a fazer para que o Vitória continue a ser um dos mais importantes clubes de Portugal», sem «nunca abdi-car da coerência, colocando cada coisa no seu lugar». Esta realidade, reforçou, tra-duz-se, por exemplo, nos recen-

tes protocolos aprovados em reunião pública entre a Câmara e o clube, concretamente com a cedência de utilização de campos desportivos na Várzea na área da formação desportiva.

«É fundamental valorizar e apoiar o clube»

«O Vitória é muito mais que a soma das conjunturas por que passa, das pessoas que o dirigem ou de quem está a cada momento na autarquia. É fundamental va-lorizar e apoiar o clube, enquan-to associados, enquanto autar-cas, independentemente do momento e dos humores», afir-mou a edil. O presidente do Vitória, Fer-nando Oliveira, destacou que os jogadores «fizeram um campeo-nato soberbo» e que o título con-quistado enche de orgulho a ci-dade. «O Vitória e a cidade estão orgulhosos por vocês. Cumpri-

ram honradamente a missão». O capitão da equipa campeã, João Oliveira, realçou que a con-quista do campeonato «é a prova do trabalho realizado ao longo do ano por um grupo fantástico». Já o vice-presidente da Fede-ração Portuguesa de Futebol, Rui Manhoso, afirmou que o lugar da equipa dos juniores do VFC é «na primeira divisão», até porque, vincou, de «Setúbal têm saído grandes atletas» para o futebol. O presidente da Associação de Futebol de Setúbal, Sousa Marques, também saudou a equipa e o clube pela conquista do título, naquela «que foi uma rápida passagem pela segunda divisão». Afirmou, igualmente, que o «Vitória merece estar no principal escalão». Após a entrega das medalhas a jogadores e equipa técnica, co-mandada pela antiga glória do fu-tebol sadino António Aparício, foi erguido o troféu de campeão.

Corrida da luz ilumina o Montijo

A zona ribeirinha do Monti-jo vai ser palco, na noite do dia 17, do Light Run

Montijo. O município e a Aca-demia Talentos do Tejo desa-fiam todos os interessados a participarem nesta corrida/ca-minhada, seguida de uma light party. A iniciativa desportiva, que conta com uma mega aula de zumba, é de cinco quilómetros, por várias artérias da cidade, e termina ao ritmo do Dj Joseh Marks, do 5 estrelas bar, com os melhores hits do momento. O Light Run Montijo é pro-movido este sábado e domingo, no Forum Montijo, entidade parceira do evento, entre as 9 e as 23 horas. As inscrições po-dem ser efetuadas no site www.acorrer.pt até ao dia 12. Quem se inscrever na acção

terá direito a receber um kit composto por uma t-shirt ofi-cial, um stick led light, uns ócu-los light/orelhas light e uma pulseira light, além das entida-des promotoras assumirem o seguro de participação, abaste-cimentos, águas e o acesso às atividades a realizar no recinto e no circuito de luz e som. A ins-crição, com o kit, tem o valor de 12.50 euros para adultos, e de 9.50 para crianças. Sem kit, os adultos pagam 4 euros e as crianças 3. No dia da prova será dispo-nibilizado transporte municipal gratuito para a zona ribeirinha, com saída às 18, 18h30 e às 19 horas, com partida do estacio-namento do Forum Montijo e da Decathlon Montijo. Os regressos estão marcados para a meia--noite e 0h30.

1.º torneio de Voleibol de Praia proporcionou jornada de alto nível

A praia de Albarquel foi, no dia 29 de maio, palco do I torneio de voleibol de

praia da área de Lisboa, prova que serviu de preparação para muitos atletas que vão partici-par no campeonato nacional desta variante. Numa organização do Volei Clube de Setúbal, mais uma vez «muito elogiada» pelos atletas que não têm outros torneios para poder treinar, Setúbal viu quase 100 atletas a darem o seu melhor numa tarde de voleibol de «muito alto nível». Das quatro meias-fi-nais, quatro apenas foram decidi-das na “negra”, aumentando o in-teresse de quem assistiu. Alguns atletas estrangeiros que atuam em Portugal, no vo-leibol indoor, aproveitaram tam-bém para se preparar para a época de praia. No sector feminino, a vitória sorriu à dupla Gonzalez/Daiana

(que no voleibol indoor atuam na divisão principal), dupla lu-so-angolana que venceu todos os seus jogos, com destaque para a meia final onde bateram a dupla Svede (Letónia)/Ariane(Brasil) com 15-13 na ne-gra, num espetáculo que fez vi-brar o publico presente. O 2.º lugar feminino foi para a dupla luso-brasileira Guedes/Motta, que foi bastante regular mas não foi capaz de equilibrar a final. No 3.º posto quedou-se a du-pla Silva/Almeida que soube aproveitar bem o sorteio favorá-

Barreiro acolhe circuito de torneios inter-escolas de xadrez

O parque da cidade vai, no-vamente, ser palco do in-ter-escolas de Xadrez. O

evento decorre durante a ma-nhã do dia 7, a partir das 9 ho-ras. O inter-escolas do Barreiro é promovido pelo município lo-cal e pelo Clube de Xadrez local, no âmbito do plano de desen-

vel vencendo as duplas mais acessíveis que lhe couberam em sorte. A melhor dupla do clube organizador quedou-se apenas pela 9.ª posição. No sector masculino, a dupla Pereira/Magalhães, atletas de Cascais, que no voleibol indoor passaram pelo Benfica, vence-ram todos os seus jogos, per-dendo apenas um set na sua meia-final. Praticaram um volei-bol de «altíssimo nível e são can-didatos a dar nas vistas» no Campeonato Nacional. O 2.º lu-gar foi para a dupla Gui/Popas (de Oeiras), a surpresa do dia, dupla que «deu muito espetácu-lo e jogou muito acima» do es-perado. O último lugar do pódio foi para a dupla luso-brasileira Bordéus/Leo que também de-ram «muito espetáculo» ao lon-go do dia. Neste sector, a melhor dupla setubalense quedou-se por um positivo 5.º lugar.

volvimento da modalidade. Entretanto, recorde-se que o circuito de torneios de Xadrez do Barreiro, na sua 18.ª edição, com 10 jornadas, tem a sua der-radeira ronda agendada para 29 de maio, às 15 horas, no parque Catarina Eufémia, mesmo no centro da cidade do Barreiro.

12 | SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE JUNHO | 2016

NEGOCIOSENCOMENDAS BAIXARAM LEVANDO A EMPRESA DE PALMELA A PRODUZIR MENOS CERCA DE 20 MIL VIATURAS

Produção da Autoeuropa vai decrescer 19 por cento

O escândalo relacionado com a manipulação dos valores de emissão de gases poluentes e a longevidade dos modelos que a Autoeuropa produz são razões fortes para a quebra. No entanto, a redução é inferior à que foi prevista no arranque deste ano.

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

As encomendas na Au-toeuropa, em Palme-la, vão decrescer este

ano 19 por cento em com-paração com o ano passa-do. O “Dieselgate da Volkwagen”, escândalo re-

lacionado com a manipula-ção dos valores de emissão de gases poluentes, e a lon-gevidade dos modelos que a Autoeuropa produz são razões fortes para a quebra. Todavia, António Chora, líder da comissão de traba-lhadores da Autoeuropa, realça que esta redução é menor do que a que foi pre-

vista no início de 2016. Sendo assim, serão menos cerca de 20 mil carros a sair este ano da fábrica de Palmela, contra as 102 250 unidades que saíram no ano transato. Esta grande quebra na procura levou a que a ad-ministração, em colabora-ção com a comissão de

trabalhadores, encontras-se um novo modelo de gestão para os últimos quatro meses do ano. «O caso do ‘Dieselgate’ está a afetar todos os car-ros do grupo, com exce-ção do mercado alemão», explica António Chora, que justifica a redução das encomendas com os seis

anos de produção dos mo-delos Eos, da Sharan e Alhambra e os dez anos do Scirocco.

Acordo à segunda volta

Tanto a administração como os trabalhadores já acordaram a redução do volume diário de trabalho e a respetiva reorganiza-ção da produção, a partir de Setembro, num único turno, sem dias de para-gem coletiva adicionais. A Autoeuropa garante que esta solução «permitirá a manutenção do emprego e do rendimento dos cola-boradores, sem colocar em causa a produtividade da unidade de Palmela». António Chora revela que este acordo foi «bas-tante difícil» de alcançar, o que levou a uma segunda reunião de trabalho entre

as partes envolvidas. O líder dos trabalha-dores diz que o impacto para os operários vai ma-nifestar-se sobretudo nos casais que tinham as vidas organizadas para traba-lhar por turnos. No entan-to, todos os rendimentos estão garantidos. As empresas fornece-doras da Autoeuropa, no parque industrial, pode-rão ter postos de trabalho em risco, uma vez que grande parte dos seus produtos destina-se à fá-brica de Palmela. Na calha está o pedido de ajuda ao Estado para formalizar apoios a estas empresas. Mas António Chora subli-nha que «as empresas têm de garantir que mantêm os postos de trabalho por-que o Estado não pode apoiar sem que haja essa segurança».

Porto de Sines estreita relações com Talavera de La Reina e mostra potencialidades a banco chinês

O presidente da admi-nistração dos portos de Sines e do Algar-

ve, João Franco, acompa-nhado por representantes da MSC-MedLog e da PSA Sines, visitaram recente-mente Talavera de La Rei-na, a convite do Alcalde daquela cidade, Jaime Ra-mos Torres. A visita enquadrou-se no âmbito de contactos preliminares entre as par-tes, tendo em vista o es-treitamento de relações face ao desenvolvimento da futura plataforma lo-gística de Talavera de La Reina. A visita contou ain-da com a presença de di-versas autoridades e asso-ciações empresariais da região, incluindo repre-sentantes do Governo Re-gional e dos Puertos del Estado. Recorde-se que o re-cente estudo estratégico da futura plataforma lo-gística de Talavera identi-fica o potencial de desen-volvimento do corredor desta plataforma com o porto de Sines, para os movimentos de importa-

ção e de exportação de bens, com o objetivo de intensificar as relações económicas da região para os principais merca-dos mundiais. O porto de águas profundas de Sines poderá, assim, funcionar como porta de entrada e saída das mercadorias por via marítima, as quais serão transportadas pre-ferencialmente por trans-porte ferroviário de e

para a referida platafor-ma logística. Entretanto, por inicia-tiva do China Develop-ment Bank, foram recen-temente recebidos no porto sineense elementos daquele banco, com a in-tenção de tomar conheci-mento dos investimentos que se perspetivam. A notoriedade que este porto tem vindo a assumir no contexto portuário in-

ternacional tem motivado o interesse de várias orga-nizações em conhecer o funcionamento desta in-fraestrutura. As condições opera-cionais de Sines, porto ca-paz de operar qualquer navio e movimentar todos os tipos de carga, associa-das às capacidades de ex-pansão existente, tornam um local apetecível para o investimento.

Lisnave distinguida pela LBP com Menção Honrosa de Personalidade Empresarial

A Lisnave foi distin-guida, no passado dia 29 de maio, com

a Menção Honrosa de personalidade empresa-rial pela Liga dos Bom-beiros Portugueses, du-rante as cerimónias do Dia Nacional do Bombei-ro, realizadas em Porti-mão. A atribuição desta dis-tinção, entregue pelo pre-sidente da LBP, coman-dante Marta Soares, foi proposta pela direção e

comando da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Setúbal, entidade que mantém, desde há vários anos, es-treita relação com os esta-leiros navais setubalenses. O prémio foi entregue a Humberto Bandeira, em representação da admi-nistração da Lisnave, na presença de José Luís Bu-cho, presidente da direção da AHBVS, e da 2ª. coman-dante dos BVS, Isabel Fer-reira.

SEMMAIS | SÁBADO | 4 DE JUNHO | 2016 | 13

NEGOCIOS

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Baía do Tejo ensina empresários a dar passos para a internacionalização

A Baía do Tejo promo-ve, no dia 7, entre as 9 e as 13 horas, no

seu Museu Industrial, no Barreiro, o “Roadmap para a Internacionalização” destinado aos empresá-rios em geral, sob o lema “A Internacionalização – Do seu negócio passo-a--passo”. “Do´s e Dont´s da inter-nacionalização”, “Acaute-lar o risco nas operações bancárias”, “Documentos de apoio à exportação” e “Experiência das Empre-sas” são os temas a abor-dar. Segue-se um debate em que os empresários podem colocar questões sobre os temas. «Este evento é ofereci-do a todos os empresários em geral e destina-se a ex-plicar, passo a passo, o que é necessário fazer para concretizar um processo de internacionalização de empresas e exportação de

produtos e serviços», su-blinha Humberto Fernan-des, do gabinete de comu-nicação da Baía do Tejo, que acrescenta que «além das explicações sobre candidaturas a este pro-cesso, vai haver um deba-te e esclarecimento de dú-vidas». E conclui: «Esta inicia-tiva faz parte da linha de aproximação que a Baía do Tejo tem vindo a reali-zar junto da comunidade, nomeadamente de todos

os empresários da nossa região». Na abertura haverá discursos de Jacinto Pe-reira, líder da Baía do Tejo, e de Pedro Rodrigues, se-cretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. O evento, de entrada livre, é organizado em conjunto com a Câmara de Comércio e indústria Portuguesa e conta com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.

Os cinco representan-tes do Montepio Ge-ral visitaram, a 31 de

maio, o parque empresa-rial BlueBiz, em Setúbal. O parque, gerido pela aicep Global Parques, tem sido cada vez mais alvo da atenção de diversos secto-res da economia. A diversi-dade da sua oferta, nomea-damente naves industriais,

Representantes do Montepio Geral visitaram parque empresarial BlueBiz

escritórios, salas de reu-nião, de conferência e áre-as descobertas, dá respos-ta, na região, às várias necessidades de empresas nacionais e estrangeiras. A receber a comitiva estiveram Paulo Calado, administrativo e financeiro da aicep Global Parques, e Luís Dâmaso, diretor do BlueBiz. A visita iniciou-se

no Centro de Negócios, onde decorreu a apresen-tação do parque, tendo-se seguido uma visita a uma das empresas instaladas. Paulo Calado realça que a visita destinou-se «a dar mais notoriedade ao par-que de Setúbal para captar investimento que gere mais emprego e para um incre-mento na economia».

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DESPORTO

Diretor Raul Tavares | Redação Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida – coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

É já no dia 17 de Junho que apresentamos a progra-mação do 33.º Festival de

Almada. Na Casa da Cerca, às 21h30, inauguramos também a exposição de pintura de Graça Morais, a autora do belíssimo cartaz deste ano. Mas esta apresentação é mais uma festa do que uma sessão solene. E é para essa festa que gostaria de convidar-vos – o nosso público, claro está, mas também aqueles que nem sempre frequentam o teatro. Sobretudo esses.Originalmente o Festival de Almada começou por chamar-se Festa – porque, de facto, é uma festa do teatro. E nos dias que correm, quando se levanta uma pedra e logo de lá debaixo salta um Festival, tenho vontade de

frisar que o Festival de Almada é mesmo uma festa organizada por uma companhia de teatro para o seu público – e também para o outro público, que em Julho acaba por atravessar o rio talvez tantas vezes quantas o resto do ano. E também para aqueles que vêm de longe e se instalam em Almada para 15 dias de férias (com não muito tempo para praia…).Ser um evento organizado por uma companhia de teatro – de artistas para artistas – tem permitido ao Festival manter um certo carácter artesanal. Já nos chamaram, imagine-se, um transatlântico movido a pedais. Gosto dessa imagem. Fundado por Joaquim Benite em 1984, o Festival é actual-

mente feito por duas gerações de profissionais formados por ele – e outros que entretanto se juntaram a nós, e que ele, estou seguro, tanto teria gostado de conhecer. No dia 17 de Junho, aquilo que vamos propor-vos é que se disponham, entre os próximos dias 4 e 18 de Julho, a assistir a uma média de dois espectáculos por dia, durante duas semanas. E também a alguns debates e exposições pelo meio.

É muita coisa para uma noite só, eu sei. Ainda por cima quando se costuma comprar logo aí a Assinatura para assistir aos 29 espectáculos deste ano. É por isso que vos convido para a festa, para virem espreitar a vista sobre Lisboa, com um copo na mão, e ouvir o conjunto de música meridional italiana Má Vontade.Sobre a programação do Festival propriamente dita, fala-mos nessa noite. Pode ser?

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

ATUALIDADES

SAMUEL CRUZVEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

17 de Junho: todos à Cerca

Centro de saúde de Corroios – Um caso emblemático de falta de planeamento

A primeira responsabilida-de duma Câmara Munici-pal, para além de assegu-

rar o seu próprio funcionamento interno, é assegurar a prestação dos serviços públicos essenciais, como forma de garantir a saúde pública, com destaque para o abastecimento de água, recolha de efluentes e resíduos sólidos urbanos.Na segunda linha de priorida-des, mas não com menor importância, aparece-nos o ordenamento do território, cujo planeamento eficaz deverá garantir qualidade de vida a quem habita, trabalha ou visita o território, bem como garantir a atratividade local para a fixação de diferentes atividades económicas, como forma de gerar riqueza e criar emprego.A qualidade de vida garante-se com um atempado e eficaz planeamento, que deverá ser efetuado em conjunto pelos diferentes serviços duma autarquia, garantindo que as acessibilidades, equipamentos e ocupação do solo são os corretos em cada unidade territorial.Quando falamos de equipamen-to referimo-nos a escolas, equipamentos desportivos e centros de saúde, entre outros. Temos pois que, apesar do funcionamento de alguns destes equipamentos depender da

administração central, no respeito pelo principio da cooperação e da subsidiarieda-de, a escolha da sua localização é da responsabilidade da administração local.Acresce que a regra é a admi-nistração local ceder o terreno para a implementação dos equi-pamentos, o que em si não tem de mais já que, em regra, pela sua parte já os recebeu como cedência dos urbanizadores, justamente para aí sedear os equipamentos necessários.Aqui chegados vamos então falar da (não) construção do centro de saúde e Corroios.Recentemente tive a ocasião de consultar o dossier relativo a esta matéria na Câmara Munici-pal do Seixal.A primeira nota é para o facto de, apesar de membro da administração municipal (enquanto vereador), ter tido de esperar mais de dois meses para que o dossier estivesse disponí-vel para consulta, alegadamente por ser necessário compilar a documentação dispersa por diversos serviços. Ora é simples perceber que tal disseminação não é benéfica, tanto mais que estamos perante um processo com apenas 144 páginas, muitas delas repetidas.A segunda nota é para o facto da Câmara Municipal do Seixal ter falhado redondamente na sua missão de planeamento, já que

apesar de saber que numa freguesia com quase 50.000 habitantes (Corroios) o centro de saúde funciona num local sem as condições necessárias para o efeito, e de ter autorizado uma nova urbanização (Santa Marta do Pinhal) para mais 12.500 habitantes, não planeou em tempo o local para a instalação do novo centro de saúde.Na realidade apenas no final de 2003, quando a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (adiante simples-mente ARS-LVT), solicitou a cedência do terreno, uma vez que a construção do novo centro de saúde estava contem-plada em PIDDAC para o ano de 2004, é que a Câmara encetou diligências para “encontrar” o local adequado à instalação do equipamento.E o que aconteceu a partir daí é uma verdadeira novela, em dezembro de 2003 o município identifica um terreno e a Administração Regional de Saúde (ARS) apresenta um projeto.Em novembro de 2004 a

Câmara considera o primeiro terreno pouco indicado e indica um segundo terreno, mas neste não é possível implementar o projeto já existente.A ARS apresenta novo projeto mas apenas seis meses depois, em Maio de 2005, a Câmara muda de novo de ideias e propõe novo terreno.Acontece que este terreno carecia ainda de uma operação de loteamento que só veio a ser concluída dois anos depois, ou seja em 2007.Note-se que durante todo este período o investimento esteve consagrado em PIDDAC e apenas não foi construído fruto da incapacidade do município em disponibilizar o terreno.O processo foi de novo retoma-do em 2011 mas incompreensi-velmente a Câmara nunca enviou a necessária minuta de cedência de terreno para que a escritura pudesse ser feita.E assim, por única e exclusiva responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal, não está já construído o novo Centro de Saúde de Corroios.

Baixa de natalidade e maternidade precoce

Numa altura em que de forma sistemáti-ca o país e a

Europa, na sua maioria, tem vindo a inverter de forma drástica a curva da natalidade, com reflexos de importância vital para o nosso futuro enquanto sociedade, custa aceitar que a maternidade precoce seja um problema marginal na discussão pública e eventualmente aceite como um escape.Há uns anos atrás, numa cadeira de sociologia, empreendi um micro-estu-do analítico sobre esta mesma realidade nos bairros-problema da região e os resultados foram absolutamente evidentes. A desestruturação das famílias orgânicas, o impacto do desemprego e outros múltiplos fatores concorrem de forma decisiva para esta realida-de. São jovens a ‘matar’ fases decisivas do seu crescimento enquanto indivíduos e a hipotecar parte dos seus futuros. São, como é bom de ver, duas realidades distintas, mas ambas preocupantes: a crise de nascimentos, que afeta os equilíbrios demo-gráficos, com o advento da esperança de vida e, por conseguinte, o envelheci-mento prolongado, o que se saúda; e a maternidade antes de tempo, que faz nascer crianças de jovens ainda em formação a todos os níveis. Esta semana, ficamos a saber números que nos devem fazer pensar. Todos os dias nascem 17 bebés prematuros em Portugal, que representam 8 por cento do total de nasci-mentos e que nos coloca em taxas muito superiores às médias europeias.Numa altura em que há preocupações políticas sobre “as pessoas” e “as famílias”, seria bom pensar de forma mais abrangente como arrepiar caminho sobre um fenómeno que mascara as taxas de natalidade, mas promove, a montante, o agigantar de um novo problema para a adolescência em Portugal.

OPINIÃO

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OO bairro ou o turismo. Talvez nenhum. Talvez ambos.

Do bairro para o mundo vai uma pequena distância. A distância de

um turista a passear. A olhar. A perguntar. E como essas perguntas podem questionar o nosso viver. E até o nosso sentir.Quando os turistas chegam uma mudança acontece. Uma qualquer mudança que nos faz, no mínimo, pensar no valor do que nos rodeia.Quando o que nos rodeia é o centro histórico (os centros históricos) já sabemos a história que os edifícios e as ruas contam. As pessoas fugiram e os edifícios caíram. Ou estão a cair. Por vezes tão lentamente que são eles próprios uma crónica da decadência e da ruína. Na verdade a nossa própria decadência e ruína.Experimentem num domingo qualquer. Qualquer um. Passear no centro histórico, por exem-plo, do Montijo ou de Setúbal. De Palmela ou do Barreiro. Ou até de Almada. Esse possível passeio diz mais do que dezenas de estudos e centenas de diagnósticos. Mostra a verda-deira face de uma história de

decadência. Décadas de deca-dência.A esta história falta porém acrescentar um “pequeno detalhe”: até há muito pouco tempo em Lisboa era precisa-mente igual. Sem tirar nem pôr. Os lisboetas e, evidentemente, os turistas tinham medo (sim, medo!) de passear pela Baixa. Aquela mesma Baixa que hoje é descrita como um exemplo.Lembremo-nos que a Baixa de Lisboa não tinha nem habitan-tes (tirando alguns magníficos resistentes de proveta idade) nem comércio nem edifícios recuperados. Tinha agências bancárias de bancos entretanto falidos e, depois das 6 da tarde, um deserto de meter dó. Nesse tempo o deserto era mesmo na Baixa e não na margem sul.Hoje o “jamais” pertence à história do ridículo. E a Baixa de Lisboa à história do sucesso. Sucesso que por mais voltas que demos não se faria sem turismo.O turismo não é apenas sinóni-mo de mais pessoas. É também mais atenção. E mais atenção é o princípio de mais investimen-

to. O resultado está à vista. A Baixa está a viver uma nova vida. Com mais cor, mais ritmo, mais energia, mais dinamismo. E evidentemente também com mais problemas. Ou melhor: com diferentes problemas. Mas antes estes que os outros. Mais valem os problemas criados pelas pessoas do que os criados pela falta delas. Mais vale cidade do que ruína.O turismo não é a salvação. Longe disso. Até porque não é uma religião. Mas o turismo é um contributo. Um contributo a dois níveis. Melhora a autoesti-ma e a perceção. E finalmente promove o investimento.Por isso quando oiço e leio o discurso do turismo como o caos que destrói a identidade pergunto-me: “qual identida-de?”. Será aquela tal identidade

que encontramos quando passeamos aos domingos pelos nossos centros históricos vazios? Até porque sabemos que são centros não históricos mas comerciais os que estão cheios. Mesmo sem identidade. Ou talvez a construir outra forma de identidade.O turismo é apenas e só a oportunidade de trazer vida ao que a perdia dia a dia. Com ou sem identidade. Até porque a identidade construímos nós. Com a nossa vida e com a nossa cidadania. E já agora e se possível sem esquecer os centros históricos. Onde se concentra o que nos torna únicos e diferentes. Talvez seja por isso que atrai os turistas.Turistas que afinal talvez estejam a reeditar a nossa identidade. Quem sabe?

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

Podíamos falar da estátua de cera que irá perpetuar a imagem

de Marcelo Rebelo de Sousa, em Madrid, ou das manifes-tações de apoio ao ensino particular assim como a que se vai realizar em defesa da escola pública, ou ainda da reposição das trinta e cinco horas semanais para os funcionários públicos. Mas não.Futebol é futebol e, porque já terminaram os campeo-natos e está definido o vencedor da Taça, há muita coisa a discutir, pois os adeptos já se mentali-zaram que as esperanças que foram alimentando, ao longo da época, não se transformaram em realidade.

Futebois

Os diários desportivos têm sempre uma cacha com mais um reforço para esta ou aquela equipa, com a saída de outro craque que optou por reforçar um adversário ou por tentar a sua sorte no estrangeiro, ou ainda com a transferência de treinadores, e aqui os dirigentes destacam-se também na “dança”.

Mas a preparação da Selecção Nacional com vista ao Europeu está na ordem do dia e é notória, como sempre tem aconteci-do, o apoio dos portugueses à “equipa de todos nós”.Noutras situações, nas janelas estavam pendura-das milhentas bandeiras nacionais, algumas delas na corda da roupa, a par de cuecas e peúgas, e quantas dessas bandeiras lá conti-nuam, descoradas e esfarra-padas.E porque quem manda não se atreve a trazer à discus-são pública qualquer assunto que distraia a atenção dos amantes da bola, vamos esperar que o Verão passe para que, depois das férias se reto-mem os temas em defesa da produtividade e do desen-volvimento da economia.Até lá… Juntos com a Selecção!

P.R.E.C. (Políticos; Revolucionários; Estivadores; Colégios.)

Recentemente, numa Reunião de Câmara no Seixal onde, como sabem,

sou vereador eleito pelo PSD, discutia-se uma Tomada de Posição (daquelas que eles aprovam sempre e nunca publicitam quem não a subscre-veu, nem os reparos que foram feitos) os vereadores da CDU estavam muito impertigados porque eu defendia que as sucessivas revisões à Constitui-ção a tinham tornado mais adaptada aos tempos modernos e que, ainda assim, precisaria de mais revisões, para se adaptar ao Século XXI. Claro que os “camaradas” defendiam o contrário e que foram precisa-mente essas revisões que a desvirtuaram.Eu pergunto-me: como é possível haver políticos, com responsabilidades, que ainda pensem assim?Aliás, veja-se o caso da Lisnave. Desde que foi privatizada que tem tido resultados muito animadores, dinamizando a economia, fazendo crescer o emprego na zona e afastando o espectro da crise que assolava a empresa e a zona.Vejam-se notícias recentes avançavam que o volume de negócio resultante da activida-de de reparação naval da Lisnave, decorrente dos 107 navios reparados em 2015, contra 92 navios reparados em 2014 ascendeu a 113,2 milhões de euros, o que compara com os 85,6 milhões registados em 2014.

Desta forma, os lucros líquidos da Lisnave aumentaram para 13,6 milhões de euros, o que compara com os 6,5 milhões registados em 2014.Os acionistas do estaleiro naval vão receber um dividendo global de 13,5 milhões de euros relativo ao exercício de 2015. A gratificação de 1,5 milhões de euros atribuída aos trabalhado-res relativa ao exercício de 2015 é 25% superior aos 1,2 milhões atribuídos em prémios em 2014.Realidade tão diferente daquela que acontece com os “Revolu-cionários” que ao abrigo dos seus direitos sindicais (que não contesto), paralisaram pratica-mente a produção. A greve dos estivadores pôs em causa a viabilidade das empresas que operam no porto de Lisboa e para as quais trabalham. “Só no início deste ano, em dois meses, o porto de Lisboa já perdeu 62 navios, o que corresponde a uma média de 31 navios que em cada mês deixaram de operar nos terminais do estuário do Tejo”, revelou a Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR).Os prejuízos estendem-se também a muitas outras empresas de diferentes sectores, que correm o risco de interrom-per a sua laboração por falta de abastecimento. Declarações empresariais referiam que “A situação é particularmente dramática para a indústria alimentar, sector para o qual o porto de Lisboa representa 70% da circulação de matérias-pri-

mas. Está comprometido o abastecimento da indústria de alimentos compostos para animais e a falta de matéria--prima pode afectar, em breve, directa ou indirectamente, a produção de bens alimentares de primeira necessidade”, denuncia a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). “Nos sectores exportadores, está em causa o cumprimento de prazos para entrega de encomendas, o que significa, frequentemente, a perda de um cliente, tornando o prejuízo dificilmente reversível”, Repa-rem, a quem aproveitou essa greve que só parou quando o despedimento colectivo passou a ser uma realidade.Por fim falemos do ataque cerrado ideológico e sem quartel aos contratos de associação. Como sempre, sou sensível a todos os argumentos e gosto de os acolher para melhor analisar. Sim, pode haver alguns abusos. Pode haver um ou outro caso que não o justifique, mas tomar a parte pelo todo é um mal que causará mais danos do que benefícios. Eivados de precon-ceitos ideológicos, os opositores dos contratos de associação

dizem que os mesmos permi-tem pagar os colégios aos “meninos ricos”. Nada mais errado. Estes contratos estão sujeitos às mesmas regras das matrículas das escolas públicas e permitem que qualquer criança, com ou sem posses, as frequente. Basta ver que, em média, nestas escolas 50% dos alunos usufruem de ação social escolar.Outro argumento falacioso é dizer que estes colégios esco-lhem os alunos e não aceitam crianças com “Necessidades Educativas Especiais (NEE)”. Fiquem os caros leitores a saber que sempre que existem nos respectivos concelhos, são precisamente estes colégios que concentram os jovens com mais dificuldades e com NEE, sem esquecer as centenas de crianças institucionalizadas por ordem dos tribunais ou de “Comissões de Proteção de Menores” que com este Despa-cho são colocadas em causa.Cada vez mais o País se divide em esquerda e direita. Cada vez mais, estou orgulhoso de conduzir calmamente pela direita. Não vá ser apanhado em excesso de velocidade e perder alguns preciosos pontos...

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL