semmais 20 fevereiro 2016

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PUBLICIDADE A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 DESPORTO PÁGINA 11 SETÚBAL VAI RECEBER GALA DOS CAMPEÕES DA CANOAGEM É uma das grandes iniciativas de “Setúbal – Capital Europeia do Desporto” e vai trazer este domingo ao Luísa Todi mais de 500 per- sonalidades, a maior parte das quais atletas de topo nacional e internacional. Da parte da manhã, a modalidade mostra-se ao grande público. SOCIEDADE PÁGINA 4 MAIS DE 200 MIL PESSOAS DO DISTRITO SOFREM DE VERTIGENS A nevrite vestibular é um problema que está a causar grande preocupação entre a co- munidade médica. A região é uma das mais afetadas a nível nacional, sendo que cerca de 20 pessoas em cada cem habitantes padece deste mal. Os especialistas pedem diagnósti- cos precoces. SOCIEDADE PÁGINA 3 GOVERNO ANUNCIA EM SINES COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Os concelhos do litoral alentejano vão ser pioneiros na nova estratégia de combate à violência doméstica. O projeto está a ser pre- parado pela secretária de Estado da Cidada- nia e Igualdade, Catarina Marcelino. A gover- nante quer mais casas abrigo e envolvimento da comunidade. NOVA FERROVIA VAI DUPLICAR CAPACIDADE DO PORTO DE SINES E BENEFICIAR PLATAFORMA DE SETÚBAL O troço entre Évora a Caia (Elvas) vai mesmo avançar, garante o Governo. Estão em causa 92 quilómetros, num empreendimento que vai orçar 626 milhões de euros, metade dos quais suportados por fundos comunitários. A tutela reafirma que a extensão da ferrovia vai mais que duplicar a capacidade do porto de Sines e até beneficiar a plataforma portuária de Setúbal. SOCIEDADE PÁGINA 4 Sábado 20 | Fevereiro | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 890 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais

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Edição do Semmais de 20 de Fevereiro

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A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

DESPORTO PÁGINA 11SETÚBAL VAI RECEBER GALA DOS CAMPEÕES DA CANOAGEMÉ uma das grandes iniciativas de “Setúbal – Capital Europeia do Desporto” e vai trazer este domingo ao Luísa Todi mais de 500 per-sonalidades, a maior parte das quais atletas de topo nacional e internacional. Da parte da manhã, a modalidade mostra-se ao grande público.

SOCIEDADE PÁGINA 4MAIS DE 200 MIL PESSOAS DO DISTRITO SOFREM DE VERTIGENSA nevrite vestibular é um problema que está a causar grande preocupação entre a co-munidade médica. A região é uma das mais afetadas a nível nacional, sendo que cerca de 20 pessoas em cada cem habitantes padece deste mal. Os especialistas pedem diagnósti-cos precoces.

SOCIEDADE PÁGINA 3GOVERNO ANUNCIA EM SINES COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICAOs concelhos do litoral alentejano vão ser pioneiros na nova estratégia de combate à violência doméstica. O projeto está a ser pre-parado pela secretária de Estado da Cidada-nia e Igualdade, Catarina Marcelino. A gover-nante quer mais casas abrigo e envolvimento da comunidade.

NOVA FERROVIA VAI DUPLICAR CAPACIDADE DO

PORTO DE SINES E BENEFICIAR PLATAFORMA DE SETÚBAL

O troço entre Évora a Caia (Elvas) vai mesmo avançar, garante o Governo. Estão em causa 92 quilómetros, num empreendimento que vai orçar 626 milhões de euros, metade dos quais suportados por fundos comunitários. A tutela reafirma que a extensão da ferrovia vai mais que duplicar a capacidade do porto de Sines e até beneficiar a plataforma portuária de Setúbal.

SOCIEDADE PÁGINA 4

Sábado 20 | Fevereiro | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 890 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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SEMANAPROJETO INTERATIVO DO

ALEGRO SETÚBAL DISTINGUIDO

INTERNACIONALMENTE

OS DISPOSITIVOS DIGITAIS INTERATIVOS INSTALADOS

NO CENTRO COMERCIAL ALEGRO SETÚBAL, UM PROJETO INOVADOR,

RECEBERAM O PRÉMIO MOST INAVATIVE RETAIL

INSTALLATION, ATRIBUÍDO NA EDIÇÃO DE 2016 DOS MOST INAVATIVE RETAIL

INSTALLATION. NAS MESAS, UMA ESPÉCIE DE TABLETS

GIGANTES COM LIGAÇÃO À INTERNET, OS

UTILIZADORES TÊM ACESSO A NOTÍCIAS, PODEM JOGAR E CONSULTAR

INFORMAÇÕES SOBRE O CENTRO COMERCIAL.

O Núcleo de Proteção Am-biental dos Destacamento da GNR de Setúbal, efetuou

uma busca domiciliária, no pas-sado dia 16, na Volta da Pedra, em Palmela, a fim de executar um Mandado Judicial, no âmbito da investigação de crimes de maus tratos a animais de companhia. A operação que foi acompa-nhada de perto pelo Médico Vete-rinário Municipal e uma equipa de peritos veterinários da Facul-dade de Medicina Veterinária de Lisboa, detetou que dentro da moradia habitavam 15 gatos sem quaisquer condições de higiene nem cuidados veterinários.

GNR apreende 15 gatos dentrode uma casa na Volta da Pedra

Duas mulheres, com 55 e 38 anos de idade, foram detidas pela PSP em Caci-

lhas, concelho de Almada, por burla qualificada a uma idosa com 72 anos. A detenção ocorreu pelas 13h44, no âmbito de uma in-vestigação levada a efeito pela polícia que “culminou com a interceção e detenção em fla-grante das suspeitas ainda na posse de objetos pertença da vítima”, adianta o Comando Distrital de Setúbal da PSP. Segundo a mesma força de segurança, “as suspeitas de forma organizada, coordenada e prática reiterada, lograram burlar a vítima com 72 anos de idade, a entregar-lhes dinheiro e ouro”.

Mulheres detidas por burlar idosa em Almada

As detidas estão relaciona-das com a prática de outros crimes usando o mesmo modo de operação e vão ser presen-

Suspeita de namorado em incêndio de automóveis

Em cerca de um mês, uma jo-vem de 26 anos, residente em Setúbal, perdeu dois automó-

veis, que foram consumidos pelas chamas. Na última situação, a PJ encontrou uma mecha no motor da viatura e investiga agora o cri-me de fogo posto. Este último caso aconteceu pelas 15 horas de quinta-feira, na Praceta Mestre Boitaca, no Cen-

tro de Setúbal. A viatura estava estacionada e, de repente, foi to-mada pelas chamas. Os bombeiros extinguiram o incêndio e a PJ encontrou provas de fogo posto. A 28 de Janeiro, ou-tra viatura da mulher foi destruí-da pelas chamas. A queixosa sus-peita de que o responsável é o ex-namorado, de quem se sepa-rou recentemente.

Os animais passaram por uma triagem médico veteriná-rias e foram encaminhados para os serviços veterinários

da Câmara Municipal de Pal-mela e para uma Associação Zoófila do distrito, ficando à ordem do processo.

tes à Autoridade Judicial, no decorrer desta quinta-feira, para aplicação das medidas cautelares.

Um homem de 24 anos mor-reu no passado dia 16 de fevereiro, devido a uma co-

lisão entre um veículo ligeiro e uma bicicleta na Estrada Munici-pal 533, em Palmela. O alerta foi dado pelas 19h08,

Colisão mortal entre automóvel ligeiro e bicicleta em Palmela

quando um automóvel ligeiro embateu uma bicicleta na Estrada Municipal 533 na zona do Lau, em direção a Palmela, causando uma vítima mortal. No local estiveram os Bombeiros Voluntários de Pal-mela e a GNR.

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SOCIEDADE

A violência entre casais e ex--casais no distrito de Setú-bal diminuiu no último

ano, registando uma variação de menos 3% no primeiro semestre de 2015. As participações na GNR e PSP caíram na região de 1133 para 1099. Os números oficiais constam

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

do mais recente relatório de mo-nitorização de violência domés-tica do Ministério da Adminis-tração Interna e reportam-se apenas aos primeiros seis meses do ano passado. Um semestre em que a GNR recebeu 466 queixas (tinham sido 495 em 2014) e a PSP 633 (menos cinco do que no período homólogo do ano anterior), tendo as queixas apresentadas às autoridades por

violência física nas relações de namoro superado as queixas das pessoas casadas. Segundo escreve o relatório do MAI, constata-se que «a pro-porção mais elevada de casos em que foi assinalada violência física se registou nas situações de violência doméstica entre na-morados», tratando-se de um conceito alargado de namoro, que engloba não apenas adoles-

centes mas também parceiros com mais idade: a média etária dos casos analisados situa-se nos 28 anos. O surgimento, nas estatísti-cas, da violência no namoro po-derá ser, porém, apenas a revela-ção pública de um fenómeno que, segundo uma responsável da associação União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), Elisabete Brasil, sempre ocorreu: «A violência no namoro não é uma novidade. O que acontece é que dantes estas agressões não eram contabilizadas como vio-lência doméstica», diz.

Novo código penalpassou a ser mais abrangente

Recorde-se que se em feve-reiro de 2013 o Código Penal passou a considerar crime de violência doméstica as agres-sões entre namorados e também

NOS PRIMEIROS SEIS MESES DO ANO PASSADO FORAM PARTICIPADAS 1099 QUEIXAS NA GNR E PSP

Violência doméstica baixa no distritoOs números oficiais disponíveis referem-se ao primeiro semestre do ano passado, nos quais o número de queixas cai cerca de 3%, de 1133, em 2014 para 1099 em 2015. A violência doméstica entre namorados registou maior aumento.

entre ex-namorados. E se as mais recentes estatísticas dão conta de uma elevada propor-ção de participações apresenta-das às autoridades por violência física no namoro – 89% de todas as queixas relativas a agressões no namoro referem-se a agres-sões físicas -, as queixas por vio-lência psicológica não ficam muito atrás: somam 73%. Além da violência física e psicológica, o trabalho do Mi-nistério da Administração Inter-na identifica ainda a violência doméstica do tipo económico – muitas vezes praticada contra ascendentes, por filhos e netos que se apropriam das suas pen-sões, por exemplo – e do tipo so-cial. É o caso do marido que ten-ta limitar ao máximo os contactos sociais da compa-nheira, as suas saídas à rua, pro-movendo o seu isolamento para melhor a controlar.

NOVA CAMPANHA DA APAV EM MARCHA Ela tem um corte na sobrancelha. Está marcada. Ele tem uma nódoa negra. Está marcado. As duas imagens fazem parte de uma nova campanha da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que foi lançada no Facebook no Dia dos Namorados. O mote é: «Se te marcam, sabes com quem partilhar».

Alcácer, Grândola, Santiago e Sines, para além de Ode-mira e Aljezur, vão ser os

primeiros territórios a experi-mentar uma «nova geração de políticas publicas de combate à violência doméstica e de géne-ro», garantiu esta semana Cata-rina Marcelino, durante uma reunião com autarcas destes concelhos que se realizou em Sines. Um dos objetivos da nova es-tratégia, que procura incremen-tar uma maior articulação entre administração central, autar-quias e ONG’s, e gisar um novo modelo de funcionamento das equipas que trabalham no terre-no, vai passar pelo alargamento dos núcleos de apoio às vítimas a todo o território nacional, atual-mente muito concentrados no li-toral. «Pretendeu-se discutir com os agentes locais qual o melhor

modelo para implementar esta medida: tendo por base a fregue-sia, o município ou a comunida-de intermunicipal, dependendo da realidade específica de cada território. Os municípios serão também incentivados a desen-volver um plano de igualdade com uma componente de com-bate à violência de género», ex-plicou a secretária de Estado. No encontro de Sines, Catari-na Marcelino apresentou uma proposta de intervenção a ser protocolada entre os presentes, a que se pretende somar áreas tão importantes como a Saúde, Edu-cação, Administração Interna e a Justiça. «O objetivo é estimular os territórios a desenvolverem, em rede, equipas de combate à vio-lência, sempre numa perspetiva integrada e inter-municipal», ex-plicou a membro do governo. Para tal, foi acordado um modelo territorial de intervenção para Odemira e Aljezur, assegurado pela Taipa, e um outro para Alcá-

cer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, assegurado pela Intervir.com.

Verbas dos jogos sociais vão financiar ações

Segundo o mesmo plano, o financiamento será assegurado com recurso a verbas dos jogos sociais, que garantem o funcio-namento das equipas técnicas, e complementado pelo apoio lo-gístico dos municípios para a criação dos espaços de atendi-mento, telecomunicações, des-locações, entre outros. O proto-colo terá a duração de dois anos, com uma avaliação intermédia no final do primeiro ano. «O balanço desta reunião é muito positivo, tendo os municí-pios demonstrado disponibilida-de e entusiasmo para serem par-ceiros ativos desta estratégia de intervenção”, referiu a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade. E acrescentou: «Estes

serão os primeiros territórios desta nova geração de políticas públicas de combate à violência doméstica e de género, que se pretende alargar ao interior do país, onde a resposta continua a ser insuficiente e deficitária». Para além do alargamento dos núcleos de apoio às vítimas, o Go-verno criou um grupo de trabalho com o Ministério da Educação, com o objetivo de desenvolver um plano curricular para a cidadania e a igualdade. Não se trata de criar

CATARINA MARCELINO, SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE, ANUNCIOU EM SINES PACOTE DE NOVAS MEDIDAS

Governo inicia nova estratégia de combate à violência doméstica no Litoral Alentejano

uma disciplina nova, mas de inte-grar competências sociais e pesso-ais, de modo transversal. Foi também já criado um gru-po de trabalho com as ONG´s, no âmbito do Conselho Consultivo da CIG - Comissão para a Cidada-nia e Igualdade de Género, para definir, de forma sistémica, outras ações concretas para combater a violência doméstica e de género. A primeira reunião deste grupo de trabalho teve lugar no passado dia 21 de janeiro.

Os concelhos do litoral alentejano vão ser pioneiros na nova estratégia do governo de combate à violência doméstica. A secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, promete uma luta sem tréguas.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Cerca de 20 em cada cem habitantes da região já tiveram,

pelo menos, um repenti-no ataque de vertigens, designado por nevrite vestibular. A média regio-nal está em linha com a tendência registada na maioria das regiões do país. Este ataque é causa-do pela inflamação dos nervos ligados aos canais semicirculares, sendo

mesmo a principal quei-xa nas consultas de otor-rino, alertando os espe-cialistas que é preciso investir nesta valência rumo ao mais rápido diagnóstico e correta te-rapêutica. Serão cerca de 200 mil os habitantes do dis-trito que já foram afeta-dos por nevrite vestibu-lar, segundo estimam os especialistas, que apon-tam a doença como sen-do «bem mais frequente do que o cidadão comum

A nevrite vesti-bular é um pro-blema que está a afetar cada vez mais população no distrito. Os especialistas pedem mais in-vestimento nesta área, de modo a que seja possível aferir diagnósti-cos em fase mais precoce.

CERCA DE 20 PESSOAS EM CADA CEM HABITANTES PADECEM DESTE MAL NO DISTRITO E ESPECIALISTAS RECLAMAM DIAGNÓSTICO PRECOCE

200 mil sofrem de vertigens na região

possa pensar», de acordo com o otorrinolaringolo-gista Leonel Luís, quanti-ficando que as queixas de fortes e repentinos ata-ques de vertigens repre-sentam hoje 3% de todas as consultas. O médico alerta trata-rem-se de «episódios im-portantes», que deverão ser rapidamente diag-nosticados, uma vez que em alguns casos essas vertigens até podem ter por trás, por exemplo, um acidente vascular ce-

rebral, pondo em perigo a vida do paciente, embora a maioria dos casos se-jam resolvidos muito ra-pidamente, como é o exemplo da doença co-nhecida por «cristais dos ouvidos». Daí a importância, di-zem os médicos, de se in-vestir mais nesta área, tanto ao nível de neuro-logistas, como de otorri-nos, como até de médicos de família. Uma conjuga-ção de profissionais para se conseguir chegar ao diagnóstico de uma for-ma mais eficaz, possibili-tando avançar com a te-rapêutica mais indicada. De resto, Leonel Luís admite tratar-se de uma questão ainda «muito desvalorizada», recor-dando que um estudo fei-to há vários anos pela Fa-culdade de Medicina de Lisboa já mostrava que 90% das pessoas que acorriam às urgências com sintomas de verti-gens saíam com diagnós-tico de «síndrome verti-ginoso». Porém, avisa que a síndrome vertigi-nosa não é uma doença,

mas que está aceite como se fosse. «O que é preciso é tentar esclarecer o que está pode detrás da sín-drome, porque isso tem o seu tratamento», avança ainda o especialista.

Primeiro ataque é sempre o mais forte As vertigens são provo-cadas por uma alteração no ouvido interno, que é responsável pelo equilí-brio das pessoas. Porém, se tivermos uma afeção súbita e aguda no ouvido causada na nevrite vesti-bular por reativação do vírus herpes, tal como acontece no lábio, o nos-so equilíbrio é subita-mente afetado. Começa-mos a ver tudo a andar à roda, ficando nauseados, muito desequilibrados e até temos tendência para começar a vomitar. O pri-meiro ataque de vertigem é tão forte que pode du-rar entre sete a dez dias. Os olhos movem-se in-voluntariamente para o lado afetado (um sintoma chamado nistagmo). Esta doença desaparece por si

só. Pode manifestar-se como um único ataque isolado ou como uma sé-rie de ataques ao longo de 12 a 18 meses. Cada crise será mais breve e menos grave que o ante-rior. A capacidade auditi-va não fica afetada. Para fazer o diagnóstico é ne-cessário fazer testes de audição e outros para o nistagmo, nos quais se recorre à eletronistag-mografia, um método em que se registam eletroni-camente os movimentos oculares. O teste do nis-tagmo consiste em insti-lar uma quantidade ínfi-ma de água gelada em cada canal auditivo e re-gistar os movimentos oculares do doente. Pode fazer-se uma ressonância magnética (RM) da cabe-ça para confirmar que os sintomas não são provo-cados por outra doença. O tratamento da verti-gem é o mesmo que o da doença de Ménière. Se os vómitos continuarem durante muito tempo, o doente pode precisar de líquidos e de eletrólitos por via endovenosa.

A nova diretora da Escola Superior de Educação, Ângela

Lemos, cuja posse ocor-reu segunda-feira, garan-tiu que o seu projeto pas-sa por uma “escola de todos e para todos”, sen-do que as duas grandes apostas serão na cultura e na inovação. Na tomada de posse, Ângela Lemos, Recordou que foi nesta escola que se formou como educa-dora de infância e cres-ceu profissionalmente como docente do ensino superior, e afirmou: «Pre-tendo contribuir para a construção de uma esco-la coesa e atualizada, com forte ligação à ciên-cia, cultura e inovação». Na ocasião, a diretora cessante, Joana Brocar-do, referiu que o desem-penho do cargo durante os últimos quatro anos foi uma experiência nova, que adorou concretizar, sublinhando todo o apoio e envolvimento dos tra-

balhadores não docentes e docentes para alcançar os objetivos que propôs realizar aquando da sua candidatura. Por seu turno, o presi-dente do Instituto Poli-técnico de Setúba, Pedro Dominguinhos, encerrou a sessão destacando a qualidade do trabalho re-alizado pela ESE/IPS, que levou ao desenvolvimen-to das melhores soluções quer para a escola quer para o IPS, em especial na fase da acreditação dos cursos superiores. O

Ângela Lemos assume Escola Superior de Educação do IPS

Dirigente revelou ainda que brevemente vão ini-ciar as obras de requalifi-cação na ESE/IPS, edifí-cio da autoria do Arquiteto Siza Vieira. A cerimónia contou com a presença de diver-sos representantes de en-tidades que atuam na área social, da educação, do meio académico e da comunidade IPS. Na ses-são tomaram, igualmen-te, posse Cristina Gomes da Silva e João Pires como subdiretores da-quele escola do IPS.

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SOCIEDADE

O 12.º Concurso da Caldeirada à Pes-cador da Costa de Caparica arranca este sábado com a envolvência de

nove restaurantes. Decorre até 20 de mar-ço e este ano, além do 1.º, 2.º e 3.ºs lugares, há dois novos prémios, os prémios Sobre-mesa e Serviço, patrocinados pela Entida-de Regional de Turismo de Lisboa e pela Câmara de Almada, respetivamente. O presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, José Martins, revelou, durante a conferência de apresentação à imprensa, no passado dia 16, no restauran-te Cabana do Pescador, que as expetativas para a edição são «altas», na medida em que a Junta tem feito um percurso, nos úl-timos três anos, de «dar a conhecer um dos nossos pratos típicos da Costa e, além dis-so, não queremos perder as nossas tradi-ções e culturas. Fazemos uma boa aposta na promoção do concurso e queremos au-mentar a qualidade dos nossos serviços». Já a vereadora Amélia Pardal não tem dúvidas de que o certame promove «a

Caldeiradas à Pescador da Caparica arrancam este sábado

gastronomia, as suas gentes, as tradições e os valores naturais e culturais da Cos-ta». «Este evento pode trazer gente à Cos-ta, de fora de Almada e da própria cidade. É muito importante, o município apoia com 2 500 euros». Moisés dos Santos José, um homem do mar e do fado, já desaparecido entre nós, é a personalidade da terra a homena-gear este ano. «Foi um homem íntegro, que participou ativamente na sua terra, e uma personalidade bem vincada. Contri-buiu para o desenvolvimento da cultura da sua terra», sublinha o autarca. Para o futuro, José Martins perspetiva que a Junta da Costa de Caparica lance dois novos festivais, nomeadamente o de Corvina com Ervilhas e um outro que ainda está a ser estudado. «São festivais que têm a ver com a pesca tradicional da Costa, a arte Xávega, e que pretendem re-lembrar as pessoas que nós também te-mos uma gastronomia muito própria», sublinhou o autarca.

As coletividades participantes no Concurso das Marchas Populares de Setúbal 2016 já se encontram sele-

cionadas para participar nos desfiles agendados para o mês de junho. O elenco das associações envolvidas é constituído pelo Grupo Desportivo Setuba-lense “Os 13”, Núcleo de Amigos do Bairro Santos Nicolau, Centro Cultural e Desporti-vo de Brejos de Azeitão, União Desportiva Recreativa das Pontes e Sociedade Filar-mónica Perpétua Azeitonense. A lista de participantes inclui também o Grupo Desportivo Independente, o Nú-cleo Bicross de Setúbal, a ACTAS – Acade-mia Cultural de Teatro e Artes de Setúbal, o Grupo Desportivo da Fonte Nova e Co-operativa de Habitação e Construção

Económica “Bem-Vinda a Liberdade”. O primeiro desfile está previsto para 11 de junho, na Avenida Luísa Todi, se-guindo-se outros dois, nos dias 17 e 18, a realizar, como é tradição, na Praça de Touros Carlos Relvas.

Dez marchas popularesmostram tradições de Setúbal

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LOCAL

ALCÁCER DO SAL PISCINAS COBERTAS REABRIRAM COM NOVO HORÁRIO A piscina coberta de Alcácer reabriu ao pú-blico dia 15 com novos horários no regime livre.O vereador Nuno Pestana destacou que, «após vários pedidos feitos pelos muní-cipes, a autarquia ajustou os horários da piscina, que passam a contar com mais cinco horas de funcionamento diários, per-mitindo, desta forma, um melhor usufruto do equipamento». Neste âmbito, «a piscina coberta vai ter, pela primeira vez, o regime livre alargado ao período da manhã» de segunda a sexta-feira, de modo a que os munícipes possam desfrutar do equipa-mento num horário mais abrangente e de acordo com a sua disponibilidade.

ALCOCHETE REUNIÕES PÚBLICAS ARRANCAM NO PASSILNo âmbito de uma política de participação ativa, o executivo municipal promove um novo ciclo de reuniões de Câmara descen-tralizadas, a partir de março. O Passil será o primeiro lugar a acolher uma reunião descentralizada dia 2 de março, às 21 horas, no Centro Comunitário.As reuniões descentralizadas têm sido dinamizadas pelo executivo desde 2006, com o intuito de aproximar os munícipes da gestão autárquica e como uma ação que facilita o acesso à informação municipal.Depois de reunir no Passil, o executivo prossegue com as sessões descentralizadas em S. Francisco, Valbom, Fonte da Senhora e Samouco, até dia 21 de dezembro.

ALMADA REABILITAÇÃO URBANA COM RESULTADOS VISÍVEIS Em 2011 foi criada pelo município a primei-ra Área de Reabilitação Urbana do país, em Cacilhas. Desde então, o concelho conta já com um total de sete, que permitiram a reabilitação de 309 fogos.Até janeiro deste ano, o investimento pri-vado na reabilitação de edifícios no conce-lho de Almada, ao abrigo deste programa, ascendeu aos 8 milhões euros, tendo sido a comparticipação municipal de 480 mil euros. Com o objetivo de revitalizar os núcleos históricos das várias freguesias, foram criadas as ARU de Cacilhas, Almada, Tra-faria, Pragal, Cova da Piedade, Caparica e Porto Brandão.A fixação de população jovem nos núcleos históricos foi também apoiada pelo mu-nicípio, que colaborou na atribuição de 20 subsídios a jovens arrendatários nas ARU.

BARREIRO MÊS DO TEATRO ARRANCA EM MARÇOO Mês do Teatro está de volta ao au-ditório Augusto Cabrita. Neste ciclo de programação, o palco do auditório apresentará os espetáculos “António & Maria”, com Maria Rueff, e a comé-dia “Absolutamente Fabulosos”, com o elenco Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Figueira.Dentro da programação do AMAC Jú-nior de março decorrerá o espetáculo “Os Três Mosqueteiros”, pela Byfurca-ção Teatro.Neste mês terá também lugar a ativida-de de Serviço Educativo A Escola Vai ao AMAC, com o espetáculo da Arteviva, “30 por 1 linha”, para público escolar, englobando alunos do 3.º ano do básico das escolas públicas do concelho.

GRÂNDOLA ANTÓNIO INVERNO MOSTRA ARTE NA BIBLIOTECA “Não Morro Nem que Me Matem” é expo-sição que está patente na biblioteca local, até este sábado, organizada no âmbito das comemorações dos 20 anos do Museu Jorge Vieira para celebrar a vida e a obra do pintor e serígrafo António Inverno.Integra 41 obras, entre pinturas de António Inverno e serigrafias do autor e de obras de vários artistas contemporâneos como Graça Morais, Paula Rego, Artur Bual, Espiga Pinto, Manuel Cargaleiro, Roberto Chichorro, Vieira da Silva, Francisco Reló-gio ou Mário Cesariny - representativas da sua carreira de Mestre da Serigrafia. António Inverno é sócio fundador do Cen-tro Comunicação Visual A.R.C.O. e membro fundador do Centro Cultural de Almada.

MOITA MUNICÍPIO ADERE AO MOVIMENTO “CIDADE DOS AFETOS”A Câmara aprovou, por unanimidade, a adesão ao programa/movimento “Cidade dos Afetos”, mediante a assinatura de uma carta compromisso que permitirá o con-tributo do município no desenvolvimento dos afetos no concelho, nomeadamente com o apoio a todas as iniciativas da co-munidade que possam desenvolver a afe-tividade entre os cidadãos, as instituições e a localidade como um todo, colaborando para desenvolver iniciativas que ajudem a catalisar outros parceiros para alargar este movimento, bem como na promoção da Semana dos Afetos a desenvolver no mês de fevereiro de cada ano. São membros fundadores deste projeto os municípios do Barreiro e Caldas da Rainha, entre outros.

MONTIJO MUNICÍPIO É LÍDER NO ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL O município lidera o Índice de Transpa-rência Municipal e é o 3.º melhor na Área Metropolitana de Lisboa. O edil Nuno Canta diz que «em 2015, apesar de descer para o 74.º lugar a nível nacional, o Montijo alcançou 56,18 pontos percentuais, garantindo o 1.º lugar no dis-trito e o 3.º lugar na AML».«Desde 2013, data em que pela primeira vez fomos avaliados, a pontuação do mu-nicípio tem sempre melhorado. Em 2013 registava 38 pontos percentuais, em 2014 obteve 52,20 pontos percentuais e em 2015 alcançou 56,18», acrescentou.Estes resultados «orgulham os monti-jenses e constituem um indicador de que estamos no caminho certo. Vamos conti-nuar a trabalhar para garantir o princípio democrático de uma administração local transparente».

PALMELA CONCELHO IMPLEMENTA PLATAFORMA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃOEm março, o município disponibiliza aos pais uma plataforma eletrónica que permi-te a gestão de várias áreas de educação, de competência municipal.O sistema de pagamento das refeições escolares está agora simplificado, deixan-do de ser necessária a aquisição prévia da senha. O encarregado de educação deve informar a escola que o seu educando pre-tende almoçar. O pagamento das refeições, e também das Atividades de Animação e Apoio à Família da educação pré-escolar, passa a ser efetuado por multibanco, net--banking ou no balcão de atendimento da autarquia. A plataforma é gratuita, simples e de fácil utilização.

SANTIAGO DO CACÉM RUÍNAS DE MIRÓBRIGA COM GESTÃO PARTILHADA A Câmara, a União de Freguesias de Santia-go, Santa Cruz e S. Bartolomeu da Serra e a Direção Regional de Cultura do Alentejo assinaram, dia 16, um protocolo para a ges-tão e valorização das ruínas de Miróbriga.Álvaro Beijinha sublinha que se trata de «um trabalho que tem vindo a ser desen-volvido nos últimos tempos, mas agora, com a assinatura do protocolo, há condi-ções para outros voos». O presidente não esquece «o trabalho muito grande que há a fazer. Por um lado, na própria valorização e preservação, que já tem sido feita, mas que é necessário efetuar de forma mais aprofundada. Por outro lado, na promoção das ruínas, dando-lhe uma cada vez maior visibilidade nacional e internacional».

SEIXAL BIBLIOTECA DESAFIA A CRIATIVIDADE DOS ESTUDANTES “As Cidades Invisíveis” é o concurso pro-movido pela biblioteca, subordinado ao tema “Viagens à volta da minha terra”, que desafia o espírito artístico dos estudantes, a partir da criação de roteiros de viagens.As propostas devem ser compostas por uma apresentação escrita e gráfica dos locais de interesse cultural e histórico, pontos de lazer do concelho, de Lisboa e de outros locais da península.O concurso promove ainda a criação de álbuns, diários de viagens, reproduções fotográficas, crónicas e relatos, bem como a memória gráfica de objetos recolhidos ou construídos a partir das visitas e passeios.

SESIMBRA OPÇÕES PARTICIPADAS PASSAM POR COTOVIAA Associação Desportiva da Cotovia aco-lhe, dia 27, às 17 horas, o quarto foro local das Opções Participadas, que conta com uma verba para intervenções diversas na ordem dos 42 mil euros. É de destacar a construção de saneamento básico, remodelação das redes de águas ou pavimentações, que em 2016 e 2017 irão contemplar várias ruas abrangidas pelas obras de saneamento. Nos equipamentos salientam-se a cons-trução do Centro de Ténis de Sesimbra, e o arrelvamento do campo de futebol, ambos na Maçã, ou a nova escola básica, em Sampaio.

SETÚBAL BOMBEIROS SAPADORES EM FESTA Os 230 anos dos Sapadores de Setúbal são assinalados este domingo, numa cerimónia a realizar em frente na Praça de Bocage, que inclui uma mostra de meios operacionais.O programa arranca às 9 horas com a habitual cerimónia de hastear de bandeiras nos Paços do Concelho, a que se segue a receção às entidades convidadas e a forma-tura dos bombeiros defronte do município. Há sessão solene às 10 horas.Depois do desfile das forças em parada, às 11 horas, a Praça de Bocage recebe uma demonstração de meios operacionais de proteção e socorro dos Sapadores, incluin-do um contentor logístico com material de busca, resgate e salvamento em meio urbano. Meia hora depois é a romagem ao cemitério.

SINES COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SENSIBILIZA MUNICÍPIOS A secretária de Estado para a Cidada-nia e Igualdade, Catarina Marcelino, reuniu-se dia 15, na Casa do Médico, com representantes dos municípios de Alcácer, Aljezur, Grândola, Odemira, Santiago e Sines.O encontro visou apresentar a estraté-gia de Intervenção na área da Violência Doméstica e de Género, que procura um novo modelo de funcionamento das equipas que trabalham no terreno, numa parceria que se estabelece entre a administração central, as autarquias e as ONG’s.O objetivo é estimular os territórios a desenvolverem, em rede, equipas de combate à violência. Para tal, foi acor-dado um modelo territorial de interven-ção para Odemira e Aljezur, assegurado pela Taipa, e um outro para Alcácer, Grândola, Santiago e Sines.

8 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016

CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

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A jovem modelo/a p r e s e n t a d o r a /atriz setubalense,

Ana Brinca, também gos-ta de escrever. Através da Chiado Editora, a jovem vai lançar em breve o li-vro “A Felicidade Inaca-bada”. A apresentação em Setúbal decorre no dia 27, às 15h30, no Ritália & Bo-cage, à Praça do Bocage. «A obra é baseada em factos reais mas não é uma história verídica», admite, sublinhando que «todos os dias existem acontecimen-tos bons e menos bons na vida das pessoas e alguns desses acontecimentos passeio-os para o papel de uma forma fictícia e não

corresponde a nenhuma si-tuação em concreto, dando largas à imaginação». Questionada sobre o que a levou a escrever “A Felicidade Inacabada”, Ana Brinca diz que escre-veu por necessidade. «Nunca fui muito boa a expressar-me verbalmen-te, por isso, é na escrita e na representação que en-contro o meu equilíbrio emocional. Realizam-me enquanto pessoa». Ana Brinca explica que “A Felicidade Inacabada” foi o título que mais lhe pareceu adequado ao tema, uma vez que «quan-do a felicidade está ao nosso alcance e nem nos damos conta, e de repente ela deixa de iluminar a nossa vida, então perce-

bemos que a felicidade que poderia ter-nos acompanhado ao longo da vida, no ponto da rutu-ra fica inacabada». «Nunca pensei que a his-tória iria transformar-se em livro»

Com cerca de 190 pá-ginas, a obra começou a ser escrita quando Ana Brinca tinha 17 anos. «Co-mecei a escrever a histó-ria aos 17 anos e nunca pensei que iria transfor-mar-se num livro. Come-cei por escrever para ocupação da minha men-te e para descarregar emoções. Escrevi cerca de 40 páginas e parei por um período de alguns meses. Mais tarde, quan-

Depois das passerelles, dos palcos e da televisão, a jovem sadina Ana Brinca abraça a arte da escrita e lança a sua obra de estreia, uma história que começou a ser escrita aos 17 anos e que se baseia em fac-tos reais, embora não seja verídica. A chancela é da Chiado Editora.

LIVRO É HOMENAGEM ÀS PESSOAS QUE PASSARAM NA SUA VIDA E QUE A FIZERAM FELIZ

Ana Brinca abraça carreira de escritora com “A Felicidade Inacabada”

do reli a história achei que tinha de a acabar, em homenagem às pessoas que num momento ou noutro passaram pela minha vida e fizeram-me feliz. A partir desse mo-mento, fui escrevendo ao ritmo do meu estado de espírito, sem pressas para terminar», conta. E conclui: «É uma histó-ria com algum potencial, segundo me disseram al-guns amigos e familiares que desde sempre me apoiaram neste projeto. Quem sabe se um dia se “A Felicidade Inacabada” terá continuação para um se-gundo livro». No futuro, Ana Brinca tenciona continuar a de-dicar-se à escrita. «Estou sempre a escrever poe-sia, sobretudo quando me sinto triste. Por isso, há sempre novos textos. Já comecei a escrever que se baseia na vida de uma personagem, escrita num diário, mas ainda está no começo», revela.

A Batalha do Modesto Camelo Amarelo re-gressa este domingo,

às 16 horas, ao auditório da biblioteca municipal de Pal-mela, a convite de Leónia de Oliveira, para mais uma tarde dedicada às danças tradicionais europeias. O município apoia este calen-dário mensal de bailes de raiz tradicional, que já são motivo habitual de encon-

tro e convívio em Palmela para muitos bailadores. A Batalha do Modesto Camelo Amarelo é um cole-tivo de quatro músicos - Mi-guel Batalha (guitarra, ban-dolim, voz), Vicente Camelo (concertina), Manuel Ama-relo (trompete, flautas, voz) e Nuno Costa (percussões) – que, a partir de diferentes vivências e de muitas expe-riências, apresentam uma

Camelo amarelo anima baile de danças tradicionais europeias em Palmela

O músico e compositor de Grândola, Carlos Martins, está de re-

gresso às lides musicais com um novo trabalho dis-cográfico, sob a chancela da Sons da Lusofonia. Tra-ta-se de “Carlos Martins”, um disco composto por onze faixas intituladas “Su-ave luz”, “(Bairro da) Espe-rança”, “Sinos de Lisboa”, “Origens II”, “Chant oh Kali”, “Noutro Lugar”, “Vo-látil”, “Matriz 4”, “A Árvore da Romã”, “Oásis” e “Ali é África”. Na companhia dos amigos de sempre, Alexan-dre Frazão (bateria), Carlos Barreto (contrabaixo) e Mário Delgado (guitarra), Carlos Martins construiu onze novos temas que, vestidos de nuances diver-sas, celebram o seu mundo quotidiano e aqueles com quem partilha afetos. «É um novo trabalho que nos leva numa viagem para o meu Sul mais que geográfico, o Sul emocional que me corre nas veias»,

sublinha Carlos Martins. Numa inquietação se-rena que lhe é tão carate-rística, o músico e compo-sitor invoca a beleza dos seus amores, das suas amizades, da luz da sua ci-dade, do Alentejo, sempre como quem sente profun-damente o mundo em que vive, de quem sente o mundo à sua volta. Depois da celebração do passado, que será sem-pre presente em “Absen-ce”, de 2015, o reencontro de Carlos Martins com o futuro de agora acontece num álbum tão pessoal que não poderia ter outro nome que não o seu.

Carlos Martins tem novo disco

performance musical inspi-rada em diversas tradições sonoras, numa viagem que parte de Portugal para toda a Europa. As entradas têm o valor de quatro euros, com bilheteira no local.

SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016 | 9

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CULTURA

SESIMBRA20SÁBADO21H30CONCERTO COM OS DIABO NA CRUZTEATRO JOÃO MOTA

Os concertos de Inverno prosseguem com os Diabo na Cruz, um dos projetos nacionais mais originais dos últimos anos. Num formato mais intimista, o grupo apresenta em Sesimbra um concerto que jun-ta canções icónicas, como “Os Loucos Estão Certos”, “Dona Ligeirinha” ou “Luzia”, aos novos sucessos “Vida de Estrada”, “Ganhar o Dia” e “Moça Esquiva”.

BARREIRO20SÁBADO21H30O BARREIRO JÁ TEM UM HOTELTEATRO MUNICIPAL

O Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro, prossegue em cena com a comédia de Odon von Horáth, “Hotel de Bela Vista”. Divirta-se em mais uma produção animada deste grupo teatral amador que tanto tem feito pelo bom teatro.

PALMELA20SÁBADO22H00CONCURSO DE BANDAS DO CONCELHOSOCIEDADE HUMANITÁRIA DE PALMELA As oito bandas concorrentes ao Warm Up “Março a Partir” – concurso de bandas amadoras do concelho, já são conhecidas e a 1.ª eliminatória é discutida hoje. O concurso pretende promover a música moderna e dar visibilidade aos projetos musicais amadores do concelho. O vencedor participará no Festival Liber-dade 2016 e receberá 300 euros para aquisição de material de música.

SEIXAL20SÁBADO21H30MÚSICA TRADICIONAL COM OS BANZA FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL Os Banza dão um concerto de carreira, com a parti-cipação de amigos e convidados. O prestigiado gru-po do concelho do Seixal, nascido em 1981, baseia o seu trabalho na música tradicional portuguesa, com incidência no folclore alentejano, devido à origem dos elementos da banda.

SETÚBAL20SÀBADO22H00GRANDE FINAL DO CONCURSO DE FADOSCAPRICHO SETUBALENSE

Seis fadistas disputam a final do 8.º Concurso de Fado de Setúbal, numa gala com jantar. A cantora e atriz Simone de Oliveira integra o painel de jurados. O concurso de fado atribui ao vencedor 500 euros e um convite para atuar na Feira de Sant’Iago 2016, enquan-to o 2.º e o 3.º classificados ganham 250 e 125 euros.

MONTIJO20SÁBADO22H00GALA DE APOIO À CRUZ VERMELHA TEATRO JOAQUIM D́ ALMEIDAA Associação dos Antigos Alunos Somos Peixinho volta a surpreender o Montijo com um dia repleto de atividades para todos os gostos. Conta com a partici-pação de entidades locais e diversos convidados mas o objetivo é comum: agitar a Cidade e apoiar a Cruz Vermelha do Montijo.

GANHE CONVITES PARA O TEATRO Esta semana temos convites para oferecer aos nossos leitores para a cegada “A coisa aqui tá preta”, do Bruno Frazão, que sobe ao palco do Independente, em Setúbal, este sábado e domingo, às 21h30 e às 16 horas, respetiva-mente. Também há convites para a revista popular do Teatro Mayer, em Lisboa, “Revista quer… é Parque Mayer”, do empresário Hélder Freire Costa, com Marie-ma, Paulo Vasco, Alice Pires e Flávio Gil. Para “A Repúbli-ca das Bananas”, em cena no Teatro Politeama, um musi-cal de Filipe La Feria, também há convites duplos para ofertar. E para a comédia “Hotel da Bela Vista”, do ArteVi-va, no Barreiro, também temos convites para sextas-fei-ras e sábados, às 21h30. Para se habilitar aos convites, basta ligar 918 047 918 ou 969 431 085.

AGENDA

O Fórum José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, acolhe

este sábado, pelas 21h30, o concerto multimédia “1996” de R. Sakamoto, por Ens3mble. Ryuichi Sakamoto é um dos compositores contem-porâneos mais solicitados e, provavelmente, o mais versátil. As bandas sonoras

que concebeu para filmes como “O Último Impera-dor”, “Babel”, “Merry Christmas Mr. Lawrence” ou “O Monte dos Venda-vais” foram reunidas no trabalho discográfico, “1996”, para piano, violino e violoncelo, e apresentado em duas digressões mun-diais de sucesso. O trio “Ens3mble”,

criado para a apresenta-ção desta obra e formado pelo violinista Otto Perei-ra, o violoncelista Marco Pereira (ambos membros efetivos da Orquestra Gul-benkian) e o pianista João Vasco, propõe a apresen-tação deste concerto em formato multimédia, com a projeção de vídeos con-cebidos para cada uma das

Concerto multimédia por Ens3mble na Baixa da Banheira

Afonso Henriques 3 em 1”, de Carlos Pereira, Tiago Peralta e Zé Pe-

dro Ramos, está em cena no Teatro Joaquim Benite, em Almada, este sábado e domingo, às 16 e às 11 horas, respetivamente, numa pro-dução da Output Teatral de Lisboa. O Afonso não tem medo do escuro, de aranhas, nem

de cães muito grandes. Há--de ser um rei destemido, o primeiro de Portugal, e an-dar constantemente em guerra com castelhanos e muçulmanos para conquis-tar terras e defender a sua honra. Há-de merecer os elogios dos nobres mais re-zingões e os suspiros das damas mais discretas da corte. Há-de ser também o

“Afonso Henriques” diverte em Almada

Seis fadistas, dos 18 aos 44 anos, disputam a fi-nal do 8.º Concurso de

Fado de Setúbal, numa gala a realizar este sábado, às 22 horas, na Sociedade Musi-cal Capricho Setubalense. Carla Marono, 36 anos, Susana Silva, 41, e Leonor Duarte, 18, todas do Seixal, de Ana Rita Caleiro, 34, de Setúbal, Carlos Fernandes, 44, de Santarém, e Tiago Quental, 32, de Coimbra, são os fadistas apurados em duas semifinais e que

obras de “1996”. Sintética e harmoniosa-mente, “1996” reflete as in-fluências e o amplo univer-so estético que Sakamoto alcança: de Debussy a Schumann, de Steve Reich à música tradicional japo-nesa, do depurado trata-mento melódico à rarefa-ção do minimalismo surpreendente.

protagonista desta “comé-dia nacional”, que recria com humor os episódios mais importantes da sua vida. Com esse objectivo, “Afonso Henriques 3 em 1” inclui momentos de leitura, de relato radiofónico e de representação, que permi-tem aos mais novos conhe-cer os diferentes mecanis-mos da criação teatral.

almejam a vitória na final do concurso. O júri que avalia as prestações dos concorren-tes é composto por Amílcar Caetano, da Capricho Setu-balense, e Joaquim Mara-lhas, da Rádio Amália, a que se junta, como convidada especial, a cantora e atriz Simone de Oliveira. Os seis fadistas que dis-putam esta edição, organi-zada numa parceria entre o município e a Capricho Se-tubalense, interpretam,

cada um, dois temas. O concurso de fado, com o patrocínio da União das Freguesias de Setúbal e da Fundação Buehler-Bro-ckhaus, atribui ao vencedor 500 euros e um convite para atuar na Feira de Sant’Iago 2016, enquanto o 2.º e o 3.º classificados ga-nham 250 e 125 euros. A prova conta também com o Prémio do Público, no valor de 125 euros e di-reito de participação na fei-ra sadina, com votação a

realizar durante a gala final, bem como com o Prémio Melhor Fadista do Conce-lho, igualmente com acesso a atuar no certame setuba-lense.

Setúbal ouve o fado à luz das velas

10 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016

POLITICA

A eleição direta de An-tónio Mendes para presidente da fede-

ração de Setúbal do PS, agendada para o próximo dia 4 de Março, não deve-rá contar com grandes obstáculos. Mendes, que assumiu provisoriamente a presidência federativa em substituição de Ana Catarina Mendes, secretá-ria-geral adjunta dos so-cialistas - após a nomea-ção de António Costa para primeiro-ministro -, vai contar com a esmagadora maioria das concelhias ‘rosa’ do distrito. Esta semana deu a co-nhecer a moção de estra-tégia sob o tema “Lidera-mos o futuro”, com cerca de 400 assinaturas, e o seu mandatário nacional, o ex-presidente da Câ-mara de Sesimbra, Ama-deu Penim. «É um desafio que está a motivar mui-

António Mendes caminha a passos largos para ser eleito presidente da federação distrital de Setúbal no próximo dia 4 de Mar-ço. Amadeu Penim, ex-presidente da Câmara de Sesimbra, é o mandatário. Mas há descontentes.

JOSÉ CARLOS DIAS, MILITANTE DE SESIMBRA, ASSUME MOVIMENTO DE DESCONTENTES E VAI TAMBÉM A VOTOS

António Mendes soma apoios para ganhar eleição direta a 4 de Março

tos camaradas e agora vamos desenvolver um conjunto de debates em todo o distrito, procuran-do dar uma maior abran-gência à candidatura na consolidação da estraté-gia de orientação que apresentamos», disse ao Semmais o candidato.

No documento que vai ser discutido entre pares, António Mendes reforça a ideia de que ao nível autár-quico os socialistas preten-dem «ganhar mais peso» e recorre ao programa eleito-ral distrital das últimas le-gislativas “A Década para Setúbal” como as bases a

seguir pela federação nos próximos tempos. A seu lado, Mendes e a sua equipa, deverão con-tar com concelhias fortes, como Almada, de onde é oriundo, Setúbal, Montijo, Barreiro e Litoral Alente-jano. Para além da Juven-tude Socialista e do de-partamento das mulheres socialistas. «Está a incre-mentar-se uma grande massa de apoio, porque estamos a falar de um lí-der que é ponderado, sabe fazer pontes, tem uma enorme competência e capacidade de trabalho», frisou ao Semmais um di-rigente do PS.

Descontentes entram na corrida

Entretanto, ontem, quin-ta-feira, último dia para apresentação de candi-daturas, confirmou-se a

entrada em cena de José Carlos Dias, militante na secção de Sesimbra. «Em dois dias conseguimos 160 assinaturas e preten-demos representar mais um de um milhar de mili-tantes que se sentem ex-cluídos de todos os pro-cessos do PS no distrito», confessou ao Semmais Pedro Caetano, um dos elementos que está a apoiar esta segunda via. O candidato mais ou menos desconhecido pare-ce contar com nomes como Ventura Leite, que chegou a ser deputado numa das le-gislaturas dos governos Sócrates e Amílcar Roma-no, ex-vereador da Câmara do Barreiro. «Há muitos mais nomes relevantes num movimento que se tornou imparável», ajusta Pedro Caetano, acrescen-tando, todavia, que «será difícil atingir uma vitória

eleitoral, face ao domínio do atual poder». O Semmais sabe que a esmagadora maioria deste militantes descontentes es-tiveram sempre com a an-terior presidente da federa-ção Madalena Alves Pereira, a qual, segundo confirmaram várias fontes, «está completamente fora do processo e até desmora-lizada para a política». As eleições diretas de-correm durante todo o dia 4 de Março, sendo que será igualmente colocada a escrutínio a única can-didata ao Departamento Federativo das Mulheres Socialistas, Ana Santos, que conta com Catarina Marcelino, a atual secre-tária de Estado da Cida-dania e da Igualdade, como mandatária. O congresso federativo está marcado para 19 de Março, no Montijo.

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SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016 | 11

DESPORTO

A cidade de Setúbal, capital Europeia do Desporto em 2016, recebe este domingo,

TEXTO ANTONIO LUÍSIMAGEM SM

dia 21, às 15 horas, a edição 2015 da Gala dos Campeões no Fó-rum Municipal Luísa Todi.Esta Gala, integrada nas ativida-des da capital europeia do Des-porto, recebe os mais de 300

atletas campeões nacionais da época transata e ainda os atletas internacionais da modalidade que se destacaram a nível Euro-peu e mundial. O ponto alto da cerimónia

será a entrega dos troféus 2015 de treinador, jovem promessa, equipa e atleta masculino e fe-minino do ano, onde a Federa-ção Portuguesa de Canoagem apresentará a dupla Hélio Lucas e José Carvalho Sousa (catego-ria treinador), técnicos nacio-nais responsáveis pelos kayak masculinos Séniores, com des-taque na época 2015 para as me-dalhas de bronze de Fernando Pimenta em K1 mil metros no Campeonato do Mundo e prata nos Jogos Europeus e ainda o apuramento das embarcações K1 e K4 para o Rio 2016, João Amorim (jovem promessa), campeão do Mundo de Marato-na em C1 Júnior, K4 1000 metros (Equipa) medalha de prata no Campeonato da Europa e apura-

CINE-TEATRO LUÍSA TODI RECEBE INICIATIVA INTEGRADA NA CAPITAL EUROPEIA DO DESPORTO

Setúbal recebe a Gala dos Campeões da CanoagemÉ uma das muitas iniciativas de alto nível que terá a capital do Sado como palco maior. É domingo e vai receber mais de 500 personalidades. Durante a manhã, a modalidade sai à rua.

dos para o Rio 2016, Francisca Laia (Feminino), Medalha de Prata no Mundial Sub23 e Bron-ze no europeu em K1 200 metros e Fernando Pimenta( masculi-no) que conquistou um total de 8 das 11 medalhas alcançadas pela modalidade em 2015. A cerimónia reunirá mais de quinhentos agentes da modali-dade, e as maiores individuali-dades desportivas e governa-mentais. A Federação Portuguesa de Canoagem promove ainda na manhã que antecede esta ceri-mónia, uma atividade de pro-moção da modalidade, na área exterior do Fórum Municipal Luísa Todi, estando toda a popu-lação de Setúbal convidada para participar, gratuitamente.

Os passeios de bicicleta pelo património regressam este mês ao concelho de Se-

simbra. A iniciativa, que visa conciliar a prática de exercício físico com a paisagem e riqueza patrimonial da região, arranca no dia 28, domingo, às 9 horas, com a visita Pelas Terras do Ris-co. Marmitas de Gigante, Roça do Casal do Meio e Serra do Ris-co são alguns dos pontos de pa-ragem deste percurso, que tem um grau de dificuldade médio. A iniciativa BTT pelo Patri-mónio, que se arrasta até 12 de junho, das 9 às 13 horas, é acom-panhada por técnicos da área do património e do desporto, que fazem um enquadramento do lo-

Passeios de bicicleta pelo património

cal e da sua história, ao mesmo tempo que reforçam a importân-cia da prática de exercício físico. A atividade, com um grau de dificuldade médio, implica uma inscrição prévia e o pagamento de 3 euros de seguro. Caso o par-ticipante possua seguro próprio não necessita de efetuar o paga-mento. No entanto, deve dar esta informação no ato da inscrição.

O plantel sénior de futebol do V. Setúbal visitou terça--feira de manhã o merca-

do do Livramento numa iniciati-va do clube que se repete anualmente para aproximar os jogadores da população sadina. O plantel e equipa técnica pas-searam por aquele que é conside-rado um dos mais carismáticos lugares de Setúbal, onde aprovei-taram para conviver com visitan-tes e comerciantes do mercado. Entre abraços, autógrafos e fotografias a equipa profissional do VFC recebeu muitas palavras de ânimo dos populares, que abordaram os diferentes jogado-res e treinadores, num convívio bem-disposto no qual os adeptos

Equipa do V. Setúbal distribui convites no mercado do Livramento

também registaram o apreço pela atual boa temporada na Liga NOS. Meyong, regressado ao V. Se-túbal após contratação no merca-do de inverno, sublinha a impor-tância da iniciativa. «As pessoas visitam-nos no estádio e nós retri-buímos ao visitá-las num sítio tão importante como este mercado».

Durante a visita, o plantel e equipa técnica distribuíram cerca de 500 bilhetes para a próxima partida do Vitória no estádio do Bonfim, agendada para este sába-do, às 18 horas, frente ao Nacional da Madeira, a contar para a jornada 23 do principal campeonato por-tuguês de futebol profissional.

Duatlo BTT “Cidade do Barreiro” na Mata Nacional da Machada

Jovem Diogo Formiga integra estágio da Selecção Nacional de Futebol de Praia

A Mata Nacional da Macha-da vai receber, mais uma vez, o Duatlo BTT “Cidade

do Barreiro”, a 28 de fevereiro. Este evento, na sua 2ª edição, organizado pela Federação de Triatlo de Portugal (FTP), em parceria com a Câmara Munici-pal do Barreiro, tal como no ano passado, é constituído por uma Prova pontuável para a Taça de Portugal PORterra, e por uma Prova Aberta a todos os interes-sados. As partidas estão agenda-das para as 9h30 (Prova Aberta) e 11h15 (Taça de Portugal). A edição de 2015, recorde-se, trouxe à Mata da Machada al-guns dos melhores atletas na-

cionais. Jorge Duarte, do Gar-min Olímpico de Oeiras, e Catarina Dias, do FET – Fátima Escola de Triatlo, foram os ven-cedores da Prova da Taça de Portugal, competição nacional do calendário da FTP, que, a par da Prova Aberta Super-Sprint, compôs o I Duatlo do Barreiro. João Carvalho foi o vencedor absoluto da Prova Aberta. De re-gistar a presença de um número muito razoável de espectadores na Mata Nacional da Machada, um “pulmão” do Concelho. Dão apoio a este evento a As-sociação de Cicloturismo Fidal-byke e o Agrupamento de Escu-teiros 927.

O jovem júnior do Grupo Desportivo de Sesimbra, Diogo Formiga, estreou-se

esta quarta-feira como jogador da seleção nacional de futebol de praia, integrando o primeiro estágio de preparação da equipa nesta temporada. «Foi um estágio muito enri-quecedor, que não irei esquecer. Marquei dois golos!», frisou o jogador, de 18 anos, pela primei-ra vez entre os ‘eleitos’ do Sele-cionador Mário Narciso. Nas de-clarações que prestou ao programa FPF 360 TV, o jovem disse sentir-se «muito orgulho-so» com esta chamada, e adian-tou que qualquer atleta trabalho

«para ser reconhecido». Durante o estágio, a seleção nacional de futebol de praia ven-ceu o Estoril por 12-2, no campo da Praia de Ouro, em Sesimbra. Além de Diogo Formiga, marca-ram pela armada lusa Ricardo Baptista (2), Pedro Silva (2), João Jasmins (2), Duarte Vivo (2), Luís Marques e Zé Maria.

12 | SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016

NEGÓCIOS

Quais foram os objectivos estratégicos e financeiros apontados a 2015 e que resulta-dos podem já ser conhecidos?Caixa de Crédito de Entre Tejo e Sado em 2015 teve como princi-pal objectivo o reforço de políti-cas de gestão com base na quali-dade e a criação de condições competitivas de mercado. Reforçar o ritmo de recupe-ração e acompanhamento aos clientes e grupos que apresen-tam maiores dificuldades foi um dos principais ênfases. O aumento da quota de mer-cado, o rejuvenescimento da carteira de clientes e a gestão da actividade com recurso aos no-vos canais (CA Mobile, CA Onli-ne, Balcão 24) são para nós fun-damentais. Onde mais se fizeram sentir perdas e ganhos?As principais perdas na nossa actividade advêm do registo de imparidades e constituição de provisões. A nossa carteira de crédito está muito bem suportada em garantias reais contudo até à efectiva execução destas garan-tias, muitas vezes dependente de processos judiciais morosos, te-mos que constituir provisões com impacto nos resultados. No que respeita aos ganhos destaca-se a importância da mar-

gem complementar que resulta das comissões pagas pela presta-ção de serviços financeiros. Como em toda a banca, este tem sido um factor essencial do lado da receita, que de alguma forma compensa a queda da Euribor e da remunera-ção associada ao crédito. E quais foram os principais constrangimentos da vossa atividade?O sector bancário está num pro-cesso de mudança profunda, o sector financeiro em geral tem que se reinventar pois as estraté-gias passadas com vista ao cresci-mento, rentabilidade e desenvol-vimento deixaram de ser eficazes. A conjuntura económica, e acontecimentos recentes em ins-tituições financeiras, implica-ram um reforço da regulamenta-ção e das regras, que se traduzem numa maior segurança para os agentes económicos mas tam-bém numa maior carga burocrá-tica e limitações na concepção de novos produtos financeiros. A nossa actividade enquanto banca comercial fica fortemente limitada pela regulamentação e constante escrutínio a que so-mos sujeitos, e temos que equili-brar esta especificidade com o que nos é exigido para competir no mercado. Cada vez mais esclarecidos e com acesso ilimitado à informa-

ção, os clientes bancários têm um grau de exigência claramente su-perior. A distinção das instituições está cada vez menos no produto e mais nos serviços que prestam. É exigida acessibilidade, res-posta em tempo real e essencial-mente profissionais com elevado conhecimento técnico que ac-tuem como consultores financei-ros, estejamos a falar do segmento de empresas ou de particulares. Assim, responderia que o es-sencial não são os produtos mas os serviços: acessibilidade, qua-lidade e rapidez são os principais factores de diferenciação. Como está a saúde financeira da Caixa nesta fase? A Caixa não é excepção ao que se vem sentindo no sector. Nos dois últimos anos tem ab-sorvido os impactos do crédito vencido nas suas contas. Contudo, a Caixa está integra-da no maior grupo financeiro por-tuguês de capital exclusivamente privado, com uma solidez ímpar. Esta é uma das grandes virtudes do Grupo Crédito Agrícola! As Caixas Agrícolas sendo lo-cais e de menor dimensão estão mais sujeitas a este tipo de im-pactos mas enquanto grupo são muito fortes permitindo assegu-rar com a devida solvabilidade o seu equilíbrio financeiro, do seu património e dos seus clientes.

Depois de algum investimento em novas agências, houve um impas-se nesse aspecto ou não?A abertura das agências de Char-neca da Caparica e Barreiro foi um sucesso, com ritmos de cres-cimento de acordo com o projec-tado e um impacto positivo nas contas da Caixa, mesmo em con-tra-ciclo com o mercado. Estava programada a abertura de uma agência em Almada mas o projecto foi suspenso atendendo à conjuntura económica. Abrir uma agência é um esforço de investi-mento elevado e têm que estar criadas condições para uma rápi-da recuperação desse investimen-to, o que não acontecia. Quais os objectivos para este ano? Continuar com a nossa estraté-gia de desenvolvimento e com uma forte aposta no segmento empresas. As PME são o motor da eco-nomia, as medidas de apoio anunciadas são várias mas os impactos ainda não são sentidos. O Portugal 2020 é uma opor-tunidade única para dinamizar a economia nacional mas ainda não produziu o efeito pretendido. Nós estamos cá para apoiar as empre-sas nas suas necessidades de in-vestimento e financiamento. É estratégico estarmos pre-sentes em alguns eventos da re-gião, nomeadamente aqueles

LUÍS MARQUES, ADMINISTRADOR DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE ENTRE TEJO E SADO, FAZ BALANÇO DA ATIVIDADE EM 2015 E APONTA 2016

«Vamos continuar muito fortes no apoio a atividade vitivinícola da região»

O administrador da Caixa de Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado, Luís Marques, faz bal-anço de 2015 e per-spetiva atividade para este ano, no-meadamente qual o traçado estratégico sobre a economia da região e posiciona-mento no mercado.

que estão associados a sectores forte desenvolvimento, como o vinícola. Sem querer diferenciar em-presas, sectores ou pessoas, con-tinua a ser importante para a Caixa apoiar esta dinâmica junto de organizações como a CVRPS, as autarquias da Região e os pro-dutores. Todos são importantes para o desenvolvimento da Pe-nínsula de Setúbal não só no do-mínio da produção de vinhos, mas também no turismo. Temos condições únicas de-vido à proximidade com Lisboa, e à junção do enoturismo, turis-mo Natureza e as praias excep-cionais para efectivamente ser uma das novas centralidades tu-rísticas, conforme o Plano Estra-tégico do Turismo para a Região de Lisboa 2015-2019 (Arrábida e Arco do Tejo). Estamos apostados em apoiar as empresas e empresá-rios da região nos seus investi-mentos, na criação de valor e au-mento dos níveis de emprego. Modernizar alguma das agencias da região é estratégico, embora esse trabalho seja inicia-do este ano, possivelmente tran-sitará para os dois anos seguin-tes. Este investimento visa dotar as agências de uma imagem mais moderna e de condições que permitam um atendimento mais personalizado e de qualidade.

FORTE PRESENÇA NA ÁREA DA SOLIDARIEDADEO administrador, Luis Marques, afirma que a instituição vai continuar a apoiar a área social, nomeadamente atra-vés das campanhas de solidariedade “Juntos ajudamos mais”. «Desde há cinco anos para cá que temos realizado regularmente iniciativas de recolha de alimentos e ou-tros bens de primeira necessidade, com a participação dos colaboradores da Caixa, órgãos sociais e clientes. Estes bens posteriormente são entregues a instituições locais que apoiam grupos da população com carências», explica o responsável. E acrescenta: «O apoio às institui-ções locais e responsabilidade social é um factor diferen-ciador do Crédito Agrícola e tal como costumamos dizer, Juntos somos mais fortes»

O Alentejo ultrapassou o ano passado a barreira do meio milhão de dormi-

das, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas, um crescimento de 14,1 por cento face ao período homólogo de 2014. Em termos de mercado de origem, Espanha liderou com cerca de 100 mil dormidas, re-presentando um aumento de 4,4 por cento, seguida do Reino Unido, que cresceu 25,1 por

cento, Holanda, com 45,2 por cento, Estados Unidos da Amé-rica, com 44 por cento, Bélgica, com 31,2 por cento e Brasil, com 5,7 por cento. Também ao nível de hóspe-des internacionais se regista uma subida homóloga de mais 15,3%, atingindo os 272,4 mil. Já os proveitos globais aumenta-ram 15,6% face a 2014. O presidente da Agência de Promoção Turística do Alentejo, Vítor Silva, frisou ter-se tratado

de «um ano turístico realmente fantástico para o Alentejo e mostra que estamos com a es-tratégia certa ao nível da pro-moção internacional do desti-no». O responsável atribuiu este sucesso aos agentes privados, às empresas que actuam no ter-ritório e que ajudam a região, mas também às autarquias e à Entidade Regional de Turismo do Alentejo, liderada por Ceia da Silva, responsável pela estrutu-ração do produto turístico.

Novos embaixadores do Alentejo recebem título

Entretanto, este sábado foram apresentadas publicamente os novos embaixadores do Alentejo, uma iniciativa da Entidade Regio-nal de Turismo do Alentejo(ERTA). Bárbara Guimarães, Sílvia Rizzo, Paula Neves e Fátima Lopes, são as figuras públicas que vão dar a cara por aquele destino turístico. Segundo nota de imprensa da ERTA, as actrizes e a apresentadora

têm em comum o facto de “serem apaixonadas pelo Alentejo, consi-derando a região como “um dos destinos mais atrativos e genuínos para passar férias, gozar dias de descanso ou mesmo para viver”. Recorde-se que já fazem parte do rol de embaixadores figuras como Nicolau Breyner, João Paulo Pires, José Carlos Malato, Alexan-dra Lencastre, Rita Pereira, Paula Lobo Antunes, João Catarré, Ma-ria João Luís, Mariana Monteiro e Lourenço Ortigão.

Alentejo registou melhor ano turístico de sempre e nomeia novos embaixadores

SEMMAIS | SÁBADO | 20 DE FEVEREIRO | 2016 | 13

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NEGÓCIOSA CONSTRUÇÃO DA LINHA ENTRE ÉVORA E CAIA (ELVAS) VAI TER 92 QUILÓMETROS E ESTÁ ORÇADA EM 626 MILHÕES

Nova ferrovia duplica capacidade de Sines e ainda beneficia Setúbal

A construção de uma nova linha ferroviária entre Évora e o Caia (Elvas), com

92 quilómetros, orçada em 626 milhões de euros – 257 milhões cabem ao esforço nacional – vai aumentar duas vezes e meia a capacidade dos comboios de mercadorias que partem de Si-nes para a fronteira, segundo foi

avançado pelo presidente da In-fraestruturas de Portugal, Antó-nio Ramalho. O executivo prevê que o projeto esteja concluído em 2020, visando melhorar os acessos ferroviários aos portos de Sines e de Setúbal. A intervenção está contem-plada no pacote de 2,7 mil milhões de euros (dos quais 95% são fun-dos comunitários) que vai ser aplicado num total de 1200 quiló-metros de vias férreas no país nos

próximos seis anos. A revelação foi feita pelo Governo, que acei-tou o que já estava decidido pelo executivo anterior no âmbito do PETI (Plano Estratégico de Trans-portes e Infraestruturas). Naquele que é designado como «corredor internacional sul» está prevista a construção de uma linha nova entre Évora Norte e Elvas (via única eletrifi-cada com uma extensão de 79 km), a eletrificação e moderni-zação dos corredores Sines-Er-midas-Grândola e Évora-Évora Norte e a instalação do sistema ERTMS entre Évora e o Caia. A intervenção, além de per-mitir ligar diretamente à frontei-ra, trará um aumento de capaci-dade diária na saída de Sines dos atuais 36 comboios de 400 me-tros para 51 de 750 metros, o que corresponde a um acréscimo de capacidade de duas vezes e meia a atual. A apresentação deste plano foi feita pelo ministro do Plane-amento e Infraestruturas, Pedro Marques, que não fala em alta

velocidade, preferindo o Gover-no apostar numa rede ferroviá-ria vocacionada para as merca-dorias, que possa servir a economia nacional, como tam-bém preconiza o grupo de traba-lho que definiu o PETI, onde constam audições aos agentes do sector. O próprio presidente da CP, Manuel Queiró, já se mostrou satisfeito com o investimento, admitindo que este projetos até podem não ser os ideais, mas “serão o suficiente para garantir a sustentabilidade operacional da CP”, enquanto, acrescenta, a eletrificação de linhas será o “principal benefício” que a em-presa extrairá deste plano, per-mitindo-lhe operar com com-boios elétricos em vez de material a diesel.

Associação pessimista e explica porquê

Na reação ao plano de investi-mentos, a Associação para o Desenvolvimento de Sistemas

Integrados de Transportes (ADFERSIT) lamenta que o mesmo «não se baseie numa vi-são estratégica de longo prazo da ferrovia ao serviço da com-petitividade da economia», acrescentando que «apenas apresenta alguns objetivos ge-rais, corretos, de cumprimento de compromissos internacio-nais e fomento do transporte internacional de mercadorias, mas que não se atingirão com as obras planeadas». Entre as dúvidas, a ADFERSIT coloca a questão do financiamento, jus-tificando que as verbas com que se conta do CEF Coesão (Fun-dos da UE), 897 milhões de eu-ros, “serem claramente supe-riores ao valor de 510 milhões de euros reservados a Portu-gal”. Insiste a associação que os objetivos propostos não se atingirão, porque, justifica, “o plano ignora os acordos que Portugal estabeleceu com Es-panha para o transporte de pas-sageiros no itinerário Lisboa--Madrid”.

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O empreendimento vai aumentar duas vezes e meia a capa-cidade dos comboios de mercadorias que partem de Sines para a fronteira. Prevê-se a conclusão do projeto em 2020 e o objetivo é melhorar os aces-sos ferroviários aos portos de Sines e de Setúbal.

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Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

OPINIÃO

À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

ACTUALIDADES

EUGÉNIO FONSECA PRESIDENTE DA CÁRITAS DIOCESANA

Não sei se haverá algum dia do ano que não seja dedicado a alguma

Causa ou Organização! É importante para aprofundar temáticas de interesse comum, dar a conhecer melhor as Instituições e assumir compro-missos pessoais e coletivos para se atingirem os ideais almejados.Também a Cáritas tem o seu Dia. Não é sempre na mesma data, por ter uma relação com um tempo muito especial para os cristãos (a Quaresma) de preparação para a Páscoa, que é uma festa móvel. Este ano, inicia-se no próximo domingo (21/2) e termina no dia 28 do corrente (Dia Nacional da Cáritas). Em Portugal, conside-rou-se que um dia seria tempo muito curto para se alcançarem os objetivos pretendidos, tendo-se alargado para uma semana. Este dia nacional tem sempre um “fio condutor” através de um lema. Para 2016, foi escolhi-do o seguinte: “Cáritas: coração da Igreja no mundo”. Talvez não seja uma afirmação compreen-sível para uma parte da popula-ção. Deixo algumas anotações para que se entenda a razão da escolha deste lema.A Cáritas é uma instância oficial da Igreja Católica para a promo-ção da sua ação social, a partir da assunção de responsabilida-des inerentes a cada paróquia, que deve ter um grupo específi-co para o exercício desta missão. A ação que realiza não é destina-

A meio de um almoço de Domingo. “Esperem lá, para ver se percebi bem:

vocês não têm a certeza de conseguir recuperar todo o dinheiro que estão a investir no vosso espectáculo. Não têm nenhuma garantia de que vá haver público suficiente para cobrir as despesas que tiveram. Mas então, por que raio é que estão a fazer isto tudo?”. Segue-se a explicação de como as artes, em Portugal, dificil-mente conseguem sobreviver sem qualquer tipo de apoio. E ainda que nos confrontemos, quase sempre, com a ideia “mas se estamos em crise, por que é que deveria haver dinheiro para a cultura?”, depois de alguns exemplos, tudo começa a ficar mais claro. Para arrumar de vez com a questão, aborda-se o factor principal a ter em conta: se queremos criar em liberdade,

da, exclusivamente, para o que frequentam as paróquias ou se declaram católicos. Nada disso. A Cáritas existe para estar com todas as pessoas e atenta a todos os problemas, respeitando um dos seus princípios estruturan-tes que é a universalidade.A Igreja não deve, nem pode, cair no risco de reduzir a sua existência a rituais que possam ser considerados vazios por aqueles que não conhecem o seu verdadeiro significado. Também não pode centrar as suas preocupações em atitudes, do tipo de proselitismo religio-so, por vezes eivado de um certo fanatismo, traduzido em práticas de vida incoerentes com a fé que se diz professar. Não se correrão esses riscos se se conhecerem os fundamentos essenciais da Igreja e das suas adaptações a cada tempo, consagrando certos tempos a uma maior ligação com o Transcendente. Mas tudo isto só faz sentido se for para gerar compromissos temporais que conduzam à construção de um mundo mais justo e fraterno.Foi este imperativo que levou alguém a afirmar que a “Igreja que não serve, para nada serve”. Portanto, os que são Igreja (não pedras, mas pessoas) têm que estar implicados em todas as realidades que contribuem para o bem-estar, a todos os níveis, das pessoas, sem qualquer tipo de discriminação. Há quem

a única maneira de o fazermos consiste em não estarmos preocupados com a eficácia do que estamos a fazer. De outra forma, seja o que for que apresentemos estará ao serviço de objectivos que não nos parecem estar de acordo com aquilo que deve ser a criação artística livre. Por outras palavras: ou estas actividades servem para nos exprimirmos, ou então, realmente, mais vale dedicarmo-nos a outra coisa.O que está em causa, e é um assunto difícil, é a questão da legitimidade. Quem somos nós para acharmos que podemos fazer disto a nossa vida? E é aí que entra algo mais do que a nossa formação, o nosso percurso ou a nossa vontade. Peter Brook, no início de carreira, falava de um “pressen-timento sem forma”, uma intuição que o fazia começar um

pense que os crentes só devem evidenciar as suas convicções de fé dentro dos espaços religiosos. A este propósito, o Papa Francisco é perentório ao afirmar: «ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem se preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem se pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos, ou, como se diz muitas vezes, fechar os crentes na “sacristia”. Há católicos que nem é preciso que os empurrem para lá, porque eles próprios se refugiam nela.Esta prática é uma aberração e muito mais o será quando se integra um organismo eclesial como é a Cáritas. Esta pertença também não pode ser apenas uma ligação a uma organização administrativa, mas sim uma exigência que obriga a um envolvimento total, sendo o coração o seu motor. Não haja dúvidas que a credibilidade da Igreja é a vivência autêntica do

projecto, e que o ajudava a manter a direcção. Temos a sensação de que tudo isto pode acabar por contribuir para alguma coisa. Numa cena do filme Non ou a Vã Glória de Mandar, de Manoel de Oliveira, o Alferes Cabrita (Luis Miguel Cintra) discorre sobre como “as conquistas territoriais, ao fim e ao cabo, pouco valem”. Fala dos grandes impérios, e do que deles ficou: “quanto ao que era império, evaporou-se através dos tempos, ficaram apenas ruínas”. Mas logo a seguir, refere aquilo que de imaterial perma-

amor. Ser Cáritas é pôr em prática o amor, nas suas diferentes expressões, sendo certo que todas apontam para o crescimento integral do ser humano. A promoção e defesa incondi-cional da dignidade humana, recorrendo à denúncia de tudo o que a ponha em causa, promovendo a justiça e a fraternidade são imperativos da missão da Cáritas, incomode quem incomodar. A indiferença ou a cedência a interesses que contrariem o bem comum não são (não deveriam ser) apaná-gio do ser Cáritas.Convido todos os habitantes da nossa Região/Diocese de Setúbal a procurarem conhecer as iniciativas programadas para a Semana Cáritas, participando nelas e dando-as a conhecer, através dos diferentes instru-mentos das redes sociais.Mesmo que não se pertença à Igreja, ninguém deixe de colocar o seu coração no que faz para que, pelo menos, deixe uma marca de humanismo neste tempo tão marcado pelo individualismo.

nece: “uma luz”. “A do desenvol-vimento cultural que deixou o seu substrato. E essa é uma dádiva que ficará para sempre no conhecimento universal”. Quando nos perguntam por que raio é que havíamos de meter--nos numa actividade que nunca será lucrativa, tento lembrar-me desta ideia. De que aquilo que vai ficando pouco tem que ver, ao final do dia, com as fúteis conquistas do quoti-diano. E depois preparo-me para tentar explicar outra vez, a outra pessoa, a razão pela qual queremos fazer teatro.

Dia Nacional da Cáritas: porquê e para quê?

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

Há uns anos atrás fui convidado para fazer parte da Associação

dos Homens Contra a Violência Doméstica. Pareceu-me relevante, no combate a um fenómeno que envergonha a nação, incluir o fator de género nesta contenda, normalmente gerido no seu das mulheres.Na verdade esta é uma luta de todos, como se tem vindo a provar, e é um combate que está, infelizmente, numa fase muito insípida, porque os recursos são escassos, a cultura social é imberbe e a natureza do crime é ainda pouco enfática. Mas há uma verdade inquestionável: tudo o que se tem feito nas vertentes legislativa, criminal, e de suporte social, não tem chegado. Os números comprovam que é um fenómeno ainda imparável, que extravasa classes sociais e todo o tipo de estatutos.Logo, perante a realidade fatual, é preciso fazer mais, embora, como é bom de notar, não se pode chancelar medidas sem salvaguardar direitos e pugnar pela verdade e justiça. Não é fácil, pois, a tarefa dos agentes que trabalham este proble-ma no terreno concreto.Há, todavia, uma nova espe-rança. Conheço bem a atual secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade. Tem provas dadas nas áreas a que foi chamada a intervir. Conheço a sua luta contra esta vergonha nacional e o seu empenho missionário em encontrar saídas e juntar partilhas. As últimas decisões vão no caminho certo, numa semana em que, dois casos diferentes – o de Barbara Guimarães/Carrilho e da jovem mãe que alegada-mente deixou morrer os filhos pequenos –, voltaram a colocar o país em alerta. Mas há um trabalho tremendo a fazer no berço da cidadania, que é a escola. E, tanto quanto sei, pouco se faz nesse hemisfério formativo. É preciso contar com os professores nesta cruzada, até porque a violência doméstica no namoro está a galgar terreno.

Violências e formação

As fúteis conquistas do quotidiano

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OPINIÃO

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

ZEFERINO BOALCONSULTOR DA SITEL PORTUGAL

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

Porque a problemática da caracterização da classe operária nos dias de hoje

foi já, no início deste século (imagine-se!), objecto de um artigo do jornalista Bernardo Joffily, cujo título era precisa-mente “O proletariado do século XXI - roteiro para um estudo”, publicado em 2002 na Revista “Princípios” do Partido Comunista do Brasil, resta-nos remetermos para o Avante!, o órgão central do PCP, a culpa de não arredarmos pé.Mas vamos por partes, as quais, em parte também, como retoma.Partindo da evidência de que “a conformação actual da classe dos modernos trabalhadores assalariados exige a investiga-ção concreta da realidade”, Joffily estruturava o seu texto arrancando da descrição da “saga histórica do proletariado” até à “actual crise da classe”, chegando à noção de “um proletariado expandido”: “A força de trabalho que o capital contrata pode estar espalhada

por incontáveis estabelecimen-tos, empresas, cidades e países, submetida a relações contratu-ais muito distintas, mas nem por isso deixa de formar, no fundo, uma classe única e crescentemente fundida no conteúdo da sua condição de antípoda da burguesia. Nesta esfera, nem sempre evidente, mas, em última instância decisiva, a tendência à polariza-ção crescente da sociedade burguesa, apontada no Manifes-to Comunista, mantém integral actualidade”. E sobre “o proleta-riado expandido”, rematava: “seus contornos ainda não estão inteiramente dados. A própria velocidade de expansão, assim como as vitórias da burguesia no apagar das luzes do século passado, contribuem para retardar o amadurecimento da sua identidade de classe. No entanto, se o ser social determi-na a consciência social, mais dia, menos dia esta identidade mais há-de emergir da prática social contemporânea”.

A pertinência deste documento não deixa de continuar a aferir-se numa região como a de Setúbal, palco de uma forte luta de classes, porquanto a destruição sistemática do aparelho produtivo, através do encerramento de empresas e da entrega de sectores estratégicos da economia nacional ao capital privado de que resultam, numa lógica de rentabilização capita-lista, as chamadas reestrutura-ções, se diminuiu a concentra-ção operária nos moldes históricos do século passado não volatizou o operariado como classe nem as tradições de luta que, de há decénios, fize-ram história no Portugal de antes e depois do 25 de Abril, indissociável do papel do PCP e dos seus valores.Ora foi no início do ano já citado, leituras transatlânticas por fazer, que entre as 7.30 e as 8 horas de certo alvorecer, no acesso a uma empresa metalúr-gica à beira-rio, uma brigada de militantes do PCP vendia uma

edição do Avante! num confron-to singular sem ganhadores nem perdedores, onde cinco trabalhadores confessaram: “Não posso comprar porque me arrisco a ser despedido!”, mas onde outros quatro, numa mescla de crispações, arrisca-ram: “Compro, mas posso vir a ser posto no olho da rua!”.Na brigada quiçá nem todos não teriam a dificuldade de perceber a razão pela qual tanto custa por vezes mobilizar trabalhadores para a luta e mesmo militantes comunistas para a acção. Mas o brilho dos olhos renasceria sempre no colectivo partidário, porquanto, mesmo naquelas condições, dos 72 operários que pegavam ao trabalho 21 (contas feitas, mais ou menos 30% dos

POLITICA E CULTURA

VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP

E tem a Festa marcada para 2, 3 e 4 de Setembro

Nos últimos tempos tem-se ouvido falar e lido muito sobre

questões de aeroportos, companhias aéreas e tudo o mais diretamente ligado ou derivado da atividade aérea. No entanto, as pessoas mais conhecedoras da matéria nem sempre tem intervindo porque não estão para contribuir num peditório que tem muitos interesses esquecendo-se de um particular: económico. As companhias aéreas são o centro da atividade, em seu redor funcionam e laboram inúmeras empresas e agentes económi-cos; aquelas possuem ciclos de crescimento lucrativos mas na curva inversa possuem prejuí-zos enormes.Vemos vários agentes políticos ao diferentes níveis pronuncia-rem-se sobre matérias específi-cas e procuram assumir compromissos e decisões de acordo com os ciclos eleitorais, colocando em plano secundário o interesse estratégico. O posicionamento que vão

diversificando faz recordar uma história antiga. Na passada década de oitenta, um distinto oficial da Força Aérea tinha a solução para a maioria dos problemas de colocação de pessoal militar, preconizava que deveria ser edificada uma Base Aérea na Avenida da Liberdade, na capital.Aquela milagrosa ideia, talvez fosse apropriada para atender aos imensos peritos ministeriais, autárquicos, “caciques políticos” e etc, arranjar um aeroporto em cada base aérea da sua área de influência. Não temos a veleidade de assumirmos a razão toda, no entanto, não estamos ligados a interesses especulativos nem procuramos poderes menores mediáticos; preocupamo-nos em não olhar para a real dimensão de Portugal e perceber a rede rodoviária existente e as debili-dades da rede ferroviária, para a partir dai construir-se um plano aeroportuário com projeção mínima a cinquenta anos.Um investimento desta nature-za tem que ser visto com aquele

limite temporal, porque os custos de investimento numa infraestrutura são enormes, mas a sua manutenção é bem maior, para além de fatores de desenvolvimento agregados. Não, temos a pretensão em abordar num único “espaço aberto e livre” toda a matéria, iremos desenvolver por episó-dios, procurando assim dar seriedade à matéria tratada.Um plano aeroportuário tem diversos prismas de abordagem, sendo mais relevantes os técnicos, os económicos e os políticos. Consideramos que ordem de abordagem é determinante para tomar-se a melhor decisão para o País. Atualmente, há as aspetos técnicos relevantes que imperam nos serviços de aeroportos pelo Mundo fora, mas que impedem em certas situações adequar os nossos aeroportos cabalmente. Atende-se ainda o fator que estamos longe da miragem que alguns lunáticos pensam das grandes aeronaves comerciais descolarem e aterrarem na vertical; queremos com isto

Subvaloriza-se o som do silêncio – maravilhosa-mente apreciamos um

solo de guitarra, uma conversa animada e o respingar das gotas de chuva no telhado, mas involuntariamente suprimimos a beleza de um acordar silencio-so, a serenidade de um olhar e o sossego inerente à solidão. Os sons têm cor e oferecem magia e paixão, preenchendo os dias;

afirmar que possuir aeroportos (ou pistas) próximos uns dos outros geram conflitos de tráfego e espaçamento, convindo recordar que o território terrestre não cresce, ao contrário da plataforma marítima.Portugal, é o Estado europeu que tem maior área de sobera-nia aérea e com responsabilida-des consequentes, apesar de escassez de meios para o cumprir algumas dessas responsabildades.Durante décadas em Portugal brincou-se com as más decisões sobre companhias aéreas de capital público, porque os interesses políticos superioriza-ram as questões económicas.Um país tem capacidade de projeção de força quer econó-mica quer por exemplo militar,

Um aeroporto civil em cada “quintal” – base aérea (1)

Sem Som

abordados) compraram o orgão central do PCP. Eles tinham estado na Siderur-gia, na Quimigal, na Lisnave, na Setenave, na Mague, na Mom-por, na Equimetal, na Cometna, na indústria automóvel, noutros tantos palcos da luta. Como escrevemos na altura, parecia prevalecer ali um silêncio, é certo, mas ecoava. Na segunda desta semana, dia 15, o órgão central do PCP perfez 85 anos, ainda anteontem, quinta, vestiu portanto pergaminhos de Especial. A Festa titulada, essa, será a quadragésima, que as contas batem certo, com mais Espaço, o da Quinta do Cabo. E no 6 de Março? Estranhe o cidadão se, quanto a tudo isto, não se der por nada!

se possuir as competências para chegar mais longe. Acontece que, há muitos anos Portugal deixou de utilizar os meios aéreos da companhia de bandeira nacional para trans-portar forças armadas porque é mais económico contratar serviços aéreos internacionais. Sobre este aspeto uma das vantagens da década de sessenta em possuir uma companhia nacional e pública ficou sem interesse. Mas, olhemos para o exemplo do Reino Unido onde a Brithish Airways aliou-se à Ibéria deixando as duas companhias de ser como referência de “bandeira” mas mantêm o prestigiado nome e dignificam a comunidade no seu todo. (Este tema continua)

o silêncio é translúcido e abstrato, deixando espaço para tudo o que não existe.Oprime-se a arte de não falar – a voz não deixa de existir quando não é entoada, aliás, as vozes que não se ouvem são as que mais existem. O silêncio cobre todas as cores e emoções da alma, fingindo que não subsistem, guardando-as secretamente num recanto

escondido, numa esquina do coração. Complicado é, para além da ausência de som, ouvir atentamente quem escolhe não falar. Camufla-se quem está calado – não existe quem não fala porque quem não fala não se deixa ver. Mas talvez não seja preciso ver, talvez as palavras não sejam tão importantes assim. Talvez. No entanto, o sossego e a paz que o

silêncio transborda são sagra-dos, graciosos, deliciosos e unânimes. Os sons não são universais, não se ouvem da

mesma forma, não provocam a mesma sensação e não são tolerantes. Talvez, afinal, se use som a mais.