semmais 17 outubro 2015

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Sábado 17 | Outubro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 874 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 3 SEMANA TRÁGICA COLOCA REGIÃO NO TOPO DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA Os dois grandes acidentes ocorridos a semana passada, na Marateca e em Lagameças, vieram colocar de novo a região no topo da sinistra- lidade rodoviária. Este ano já se registaram cerca de 7000 acidentes e trinta mortes. SOCIEDADE PÁGINA 3 SETÚBAL QUER TER EQUIPA CERTIFICADA EM SALVAMENTO E RESGATE Os exercícios de protecção civil que vão de- correr em Setúbal com especialistas interna- cionais, na área de salvamento e resgate, estão a ser encarados pelo município sadino para a criação da 1.ª equipa nacional certificada. A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SOCIEDADE PÁGINA 5 TURISMO DO ALENTEJO LANÇA ROTAS CULTURAIS E PAISAGÍSTICAS É mais um dos planos com que a Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo quer preparar o futuro e as candidaturas aos fundos comunitários. No Alentejo Litoral é um dos nichos com grande potencial. TORRE VELHA PASSA PARA A AGENDA DA CÂMARA DE ALMADA Abandonado há muito tempo, o monumento, um dos mais emblemáticos de Almada e que é considerado gémeo da Torre de Belém, fez parte dos sistemas de artilharia da barra do Tejo. Agora a Câmara quer recuperá-lo. A luta vai ser grande. SOCIEDADE PÁGINA 2

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Edição do Semmais de 17 de Outubro

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Page 1: Semmais 17 outubro 2015

Sábado 17 | Outubro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 874 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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SOCIEDADE PÁGINA 3SEMANA TRÁGICA COLOCA REGIÃO NO TOPO DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA Os dois grandes acidentes ocorridos a semana passada, na Marateca e em Lagameças, vieram colocar de novo a região no topo da sinistra-lidade rodoviária. Este ano já se registaram cerca de 7000 acidentes e trinta mortes.

SOCIEDADE PÁGINA 3SETÚBAL QUER TER EQUIPA CERTIFICADA EM SALVAMENTO E RESGATEOs exercícios de protecção civil que vão de-correr em Setúbal com especialistas interna-cionais, na área de salvamento e resgate, estão a ser encarados pelo município sadino para a criação da 1.ª equipa nacional certificada.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

SOCIEDADE PÁGINA 5TURISMO DO ALENTEJO LANÇA ROTAS CULTURAIS E PAISAGÍSTICASÉ mais um dos planos com que a Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo quer preparar o futuro e as candidaturas aos fundos comunitários. No Alentejo Litoral é um dos nichos com grande potencial.

TORRE VELHA PASSA PARA A AGENDA DA CÂMARA DE ALMADAAbandonado há muito tempo, o monumento, um dos mais emblemáticos de Almada e que é considerado gémeo da Torre de Belém, fez parte dos sistemas de artilharia da barra do Tejo. Agora a Câmara quer recuperá-lo. A luta vai ser grande.

SOCIEDADE PÁGINA 2

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2 | SEMMAIS | SÁBADO | 17 DE OUTUBRO | 2015

A autarquia almadense reclama a intervenção da administração central e diz ter chegado a hora de defender aquele património. Já se procuram apoios para candidatar o projeto de requalificação aos fundos comunitários. Mas a luta promete ser árdua.

O MONUMENTO INTEGROU O SISTEMA DE ARTILHARIA DE DEFESA DA BARRA DO TEJO E É CONSIDERADA A ‘GÉMEA’ DA TORRE DE BELÉM

Câmara de Almada sai em defesa da Torre Velha

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

HISTÓRIA DA TORRE DOCUMENTADA EM 1644 Um documento de 1644, anexo a uma consulta do Conselho de Guerra (Ar-quivo Nacional da Torre do Tombo), reporta o se-guinte material existente na então designada For-taleza de São Sebastião de Caparica. Dois canhões de 44 libras, com 400 ba-las. Um pedreiro de 30 li-bras, com 120 balas (pe-louros de pedra). Um meio-canhão de 24 libras, com 200 balas. Um colu-brina de 14 libras, com 163 balas e um falconete de duas libras para ins-trução dos artilheiros, com cem balas.

SOCIEDADE

É conhecida como “Torre Velha”, mas também há quem prefira chamar-lhe

Forte de São Sebastião. Lá no alto do Porto Brandão, no meio do arvoredo. Abandonada e sem acesso. Apesar de se tratar de um dos mais emblemáticos monu-mentos do concelho de Almada, traduzido numa estrutura militar erguida no século XV para defen-der a entrada da barra do Tejo. A quem a apelide de «irmã gêmea» da célebre e cuidada Torre de Be-lém. A gêmea pobre. A autarquia de Almada diz ser chegada a hora de apostar na

mudança e reclama a interven-ção da administração central que permita devolverão público este património classificado. A vereadora Amélia Pardal revela ao Semmais que a autarquia está a tentar obter financiamen-to, através de uma candidatura ao Portugal 2020, que abranja o território onde se situa a torre. «O nosso objetivo seria o de, pelo menos, tratar os acessos à Torre Velha, porque as pessoas não conseguem lá chegar. Aqui-lo está completamente abando-nado», lamenta, depois de co-meçar a pressão junto do Governo para que «assuma» a requalificação do forte, justifi-cando que «a câmara não tem

competências nem dinheiro para intervir naquele patrimó-nio, que é do Estado», insiste a vereadora. O alerta para o abandono da torre é dado numa altura em que Porto Brandão tem em marcha um projeto de requalificação do degradado casario, onde o muni-cípio vai tentar convencer os mo-radores a recuperarem as casas em condições financeiras muito favoráveis. «Era uma ótima opor-tunidade para também requalifi-carmos a zona da torre», admite ainda Amélia Pardal, que encara a recuperação deste exemplar da arquitetura militar renascentista como um «grande atrativo» para o futuro turismo do concelho.

A Torre Velha foi dos primei-ros sistemas de artilharia inte-grando a defesa da barra do rio Tejo, juntamente com a Torre de Santo António de Cascais e a Torre de São Vicente de Belém. A primitiva fortificação, deste que é o ponto mais estreito da foz do Tejo, remonta a uma bateria er-guida por determinação de D. João I (1385-1433). No início do século XV, à época do início dos Descobrimentos, a defesa da foz do Tejo e do porto de Lisboa ba-seava-se numa nau artilhada, fundeada nas águas do rio. Pos-teriormente, sob o reinado de D. João II (1481-1495), foi imple-mentado um novo plano de de-fesa deste porto, baseado em

três torres abaluartadas, adapta-das ao tiro rasante da artilharia da época.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

Na noite das eleições, quan-do se ficou a saber que a coligação de direita tinha

ganho as eleições e a principal força da oposição, o PS, as tinha perdido, ouvi com atenção as palavras de António Costa.Costa defendeu que o partido mais votado deveria governar e afirmou que não estaria disponível para ‘maiorias negativas’. Achei bem. É assim, tem sido assim, a nossa tradição política eleitoral.Há, porém, muitas considerações a fazer a partir do pós 4 de Outubro. Comecemos pelos resultados: A coligação PAF teve mais votos, mas perdeu muito eleitorado, cerca de 700 mil votos. Se considerarmos, a gigante abstenção e o eleitorado emigrado por força da chamada crise que potencialmente poderia votar contra a legislatura governativa anterior, há aqui um revés.Mais que Paulo Portas, Passos Coelho não perdeu mais eleitora-do e até conquistou o primeiro lugar em mandatos, porque, entre outras razões, garantiu aos portugueses que o país estava melhor e que, agora, havia folga para aligeirar o garrote colocado na vida das famílias e das empresas.O PS, perdeu. Costa perdeu. Mas a esquerda obteve uma larga maioria, e sejamos verdadeiros, mesmo com diferenças, diria insanáveis, toda essa massa eleitoral rejeitou a política anterior e futura da direita. Todos contra a austeridade.O primeiro grande erro, surgiu de quem deveria assegurar as

As eleições e os caminhos sinuosos da estabilidade política do paíscondições constitucionais e jurídicas do nosso sistema político-partidário, o qual, não esquecer, é semi-presidencialis-ta e assume o seu centro nevrálgico na Assembleia da República e nos seus eleitos. Cavaco Silva, proclamou que sabia o que fazer em qualquer das circunstâncias e até pediu soltura no dia da República para reflectir. Foi democratica-mente arrogante, mas isso não é inteiramente novidade.O pior, é que não cumpriu o seu ditame constitucional de ouvir, em primeiro lugar, todas as forças políticas - tanto mais que nenhuma delas obteve maioria confortável e a esquerda vale o que se sabe, em votos e em mandatos. O Presidente em fim de linha, não soube ou não quis ler os resultados e abriu uma enorme fresta, ao chancelar Passos Coelho como primeiro-ministro pré--indigitado.Foi nessa nesga que o derrotado António Costa logrou a sua estratégia. E já fez história ao, aparentemente, conseguir a anuência dos partidos à sua esquerda para uma eventual e, diga-se legitima, formação de governo à esquerda. Não vejo em que é que isso corrompe a lógica democrática (vejam-se os múltiplos casos por essa Europa fora, onde a direita vai buscar tantos exemplos). Se o entendimento for escorreito, autêntico e credível face aos compromissos que os socialistas dizem defender, nomeadamente os que têm a ver com o papel de

Portugal na Europa e no mundo, é tão legítimo como a direita governar apenas por ter tido mais votos que a segunda força política.A meu ver, entre outros, um dos problemas da nossa cultura eleitoral é que os portugueses não avaliam o papel da oposi-ção. Para a maior parte do eleitorado, a oposição pura e simplesmente não existe. Mas os deputados contam e contam muito. É da sua contagem e pela sua contagem que se mede a estabilidade política do Estado. Imaginemos a coligação de direita indigitada para formar governo a continuar as suas políticas sem alteração substantiva. Não será crível e legítimo, em nome da maioria dos portugueses votantes a 4 de Outubro, que a maioria parlamentar de esquerda, com PS incluído, lhe vete os dois docu-mentos base da governação, o Orçamento de Estado e o Grandes Opções do Plano?Que sentido fará deixar passar um governo que insista numa política que genericamente a maioria dos portugueses rejeitou nas urnas?Logo, um governo de esquerda, com esta latitude eleitoral, poderia apresentar-se mais sólido, mais consentâneo com a verdade da maioria dos votantes.Mas será assim?Um governo que unisses as esquerdas desavindas, por razões programáticas e sobretu-do por razões que a histórica política do país bem acentua, seria um brinde à democracia. Para um homem ideologicamen-

te da esquerda democrática como eu - onde incluo a social--democracia, seria mais que um brinde, seria um desígnio.Mas, por coerência, tenho ainda muitas dúvidas sobre o conteú-do dessa caixa de Pandora…Julgo que António Costa, que continuo a pensar, poderia dar um excelente primeiro-ministro, pelo seu pragmatismo, experiên-cia e competência, está agora num beco sem saída. A minha primeira dúvida é saber se Bloco e PCP seriam ou serão as alavancas da estabilidade que o país tanto necessita. Neste momento tenho grandes dúvidas. Ficou bem a manifestação de anuência a um governo liderado pelo PS de António Costa, mas não creio que, na decorrência de uma governação com essa nomenclatura ideológica (tão carregada programaticamente) e perante alguns dos desafios que ainda vamos ter enfrentar nesta Europa mandante, Bloco e PCP, venham a ceder tudo…Por outro lado, não nos pode-mos esquecer que, como agora se vaticina, o espectro ideológico europeu tende a partir-se em dois (excluindo as alas radicais de direita): os que são favoráveis à austeridade e defendem o liberalismo a todo o custo; e os que são contra a austeridade e defendem um ataque cerrado ao mundo financeiro e à especula-ção. São tempos de ruptura.Logo, perante este cenário, os socialistas podem ver à sua frente o mesmo fenómeno que guindou o seu congénere grego,

o Pasok, a um papel menor na vida política portuguesa.Feitas as contas, não tenho dúvidas de que, nesta fase, está em causa sobretudo a estabili-dade do país. E, de forma clara, o PS deveria, tão só, assumir o seu papel de líder de oposição, viabi-lizando o governo de direita e obrigando-o a fazer aquilo que prometeu em campanha eleitoral: mudar de política, nas questões essenciais e mostrar aos portugueses que afinal a oposição vale e tem peso.Da mesma forma que, tanto o Bloco e o PCP teriam, neste quadro, possibilidade de impor algumas das suas propostas, em acordos parlamentares entre toda a esquerda. Com este xadrez, que foi ditado pelos resultados eleitorais, cada uma das forças políticas assumi-ria o seu papel, mas também as suas responsabilidades. E, como é bom de ver, mesmo que seja daqui a dois anos, cada um dos portugueses poderia voltar ao voto, ajuizando, de forma clara e sem efeitos psicológicos, quem melhor se posicionou para receber nova confiança.Para mim, tudo isto é muito claro!

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SOCIEDADE

Morte de casal em acidente na zona da Marateca e outras duas mortes nas Lagameças colocaram de novo distrito no topo da sinistralidade rodoviária a nível nacional.

Testar procedimentos e técnicas operacionais em situações de sismo com vítimas soterradas é o objetivo do exercício de busca e resgate em estruturas colapsadas, a realizar, em Setúbal nos próximos dias 20, 21 e 22. A ação vai contar com a participação de peritos internacionais.

TRAGÉDIA COM FAMÍLIA DE GRÂNDOLA LEMBRA QUE A SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA CONTINUA A AUMENTAR NO DISTRITO

Região com recorde de acidentes após semana trágica nas estradas

EXERCÍCIO DE PROTEÇÃO CIVIL, COM PERITOS INTERNACIONAIS, REALIZA-SE ESTA SEMANA, EM SETÚBAL

Especialistas unem esforços para a criação da 1.ª equipa nacional certificada na área do salvamento e resgate

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

Paulo Fresco, de 45 anos, e Rosane Silva, de 38, tinham uma empresa de jardina-

gem e viviam em Água Derrama-da, no concelho de Grândola. A vida corria de feição ao casal, ao lado dos dois filhos menores. Até à fatídica tarde de domingo. Pou-co passava das 15.00 horas quan-do um brutal acidente na zona da Marateca (Palmela) ceifou a vida

O treino teórico e prático, designado EU SETEX USAR 2015, promovido

pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal em parce-ria com diversas entidades, é de-senvolvido ao abrigo do Progra-ma de Troca de Peritos de Proteção Civil, da União Euro-peia, para partilha de conheci-mentos, técnicas, modelos orga-nizativos e capacidades de funcionamento.

a ambos, em plena Estrada Na-cional 5. Os dois filhos, de 11 e 8 anos, seguiam no banco atrás e sobreviveram com ferimentos leves. Depois da alta hospitalar foram entregues em casa de fa-miliares. O acidente que chocou Grân-dola veio engrossar a já extensa lista de sinistros que tem man-chado de sangue a estradas do distrito, entre janeiro de 2015 e o que levamos decorrido do mês de outubro, atingindo um preo-cupante recorde, tendo em linha

de conta as estatísticas dos últi-mos anos fornecidas pela Auto-ridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Contam-se um total de 7044 acidentes e 30 mortes, depois de no ano passado a fasquia ter sido mais baixa: 6634 sinistros e 24 vítimas mortais. Ou seja, me-nos 410 colisões e seis mortes. Só os feridos graves foram infe-riores ao período homólogo de 2014, com um registo de 115 con-tra 136, embora seja necessário ter em conta em que 2013 a re-

gião havia registado 88 feridos graves e 27 vítimas mortais.

Números que não param de manter fenómeno bem vivo

Contudo, ainda os Bombeiros de Águas e Moura se recompu-nham das horas de trabalho no socorro prestado à família de Grândola e já o telefone voltava a tocar no quartel, cerca as 08.00 horas, alertando para ou-tro acidente aparatoso nas re-dondezas. Logo no dia seguinte. Desta feita uma mulher, Cari-na Silva, 35 anos, morria e duas crianças, de seis anos e um bebé de dez meses, sofriam ferimen-tos graves numa colisão de dois veículos ligeiros, que teve lugar em Lagameças (também em Pal-mela). Lara, a menina de seis anos, acabaria por não resistir aos ferimentos. Tinha sido transportada, em estado crítico, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Fonte da GNR revela que as patrulhas têm estado atentas às estradas do distrito, onde a ten-dência dos automobilistas continua a ser carregar no acele-rador, ultrapassando largamente

o limite de velocidade imposto pela lei. Também o uso ao volan-te do telemóvel é uma prática corrente, bem como a condução sob o efeito do álcool. Três fato-res de perigo máximo, sabendo que os despistes, o mau estado das vias e as condições climaté-ricas adversas são os caracterís-ticas que explicam a ocorrência dos acidentes mais graves regis-tados nas estradas da região. Como explicar as estatísticas

Recorde-se que para efeito de estatísticas da ANSR são consi-derados os acidentes ocorridos na via pública ou que nela te-nham origem envolvendo pelo menos um veículo em movi-mento, do conhecimento das entidades fiscalizadoras (GNR e PSP) e da qual resultem vítimas ou danos materiais. São consi-deradas vítimas mortais, aque-las cujo óbito ocorre no local do acidente ou durante o respetivo transporte até à unidade de saúde. Feridos graves são as ví-timas de acidentes cujos danos corporais obriguem a um perío-do de hospitalização superior a 24 horas.

O exercício de cariz “iminen-temente operacional”, altamente especializado, de nível local «está integrado na política de proteção civil adotada pelo Exe-cutivo municipal, vertida na di-retiva do Sistema Municipal de Proteção Civil de Setúbal», refe-riu o vereador Carlos Rabaçal, na conferência de apresentação do exercício a dinamizar ao lon-go de três dias. Este treino inclui interven-

ções em contexto simulado de uma situação de sismo com co-lapso de edificado e resgate de vítimas soterradas, com os in-tervenientes a participar em ações de estabilização de estru-turas, busca com e sem apare-lhos eletrónicos, desobstrução e demolição, e estabilização e ex-tração de pessoas. Este é um treino que dá «continuidade ao processo ini-ciado, com recurso à troca de

conhecimentos, técnicas, práti-cas modelos organizativos, co-nhecimento das capacidades e lacunas de intervenção», subli-nhou o vereador.

Setúbal quer criar uma equipa nacional certificada

Carlos Rabaçal frisou ainda que ao dinamizar este exercício, Se-túbal pretende contribuir para «colmatar uma lacuna» específi-ca existente no país, que se prende com a falta de uma equi-pa de intervenção certificada pelas Nações Unidas ao abrigo da INSARAG – International Se-arch and Rescue Advisory Group. «É uma ambição impul-sionada por Setúbal para a cons-tituição de uma força que fica ao serviço do País». Na sessão de apresentação do EU SETEX USAR 2015, tam-bém Paulo Lamego, coman-dante do Bombeiros Sapadores de Setúbal, reforçou a intenção de ver constituída a primeira equipa conjunta nacional na área do salvamento e resgate

certificada pelas Nações uni-das. Apesar de considerar que a nível técnico Portugal está muito bem preparado, o co-mandante salientou que ainda há um longo caminho a per-correr. «Estamos muito bem capacitados em termos opera-cionais na área da busca e res-gate, mas o caminho para a certificação internacional é longo e oneroso». A importância das equipas com certificação INSARAG foi ainda destacada por José Fer-nandes, da Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias, «Estas equipas espe-ciais conjuntas são as primeiras a ser destacadas e as primeiras a intervir em situações de catás-trofe.” «O exercício vem na senda cooperação profícua entre os Sapadores de Setúbal e a GNR, com resultados muitos positivos para servir os cidadãos e para capacitar os operacionais», refe-riu Luís Fera, capitão do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR.

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SOCIEDADE

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TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

UMA DAS OBRAS MAIS RECLAMADAS NA REGIÃO VAI AVANÇAR NO PRÓXIMO ANO

Estrada entre Alcácer do Sal e Grândola com obras de 6 milhões para o ano

São 20 quilómetros de estrada esburacada entre Alcácer do Sal e Grândola, numa intervenção que orça os seis milhões de euros. Mas ninguém arrisca a data para a conclusão da empreitada.

Tem sido tantas vezes notí-cia que é quase legítimo considerar a requalificação

da estrada entre Alcácer do Sal e Grândola como estando entre as obras mais reclamadas da re-gião. Mas agora é preto no bran-co. A intervenção vai avançar em 2016. Os cerca de 20 quilómetros de estrada esburacada, onde as

PELA PRIMEIRA VEZ EM SETÚBAL! NO PARQUE DE S. TIAGO.Sexta: 21h45 | Sábado: 16h30 e 21h45 | Domingo: 16h00 e 18h30 | Informações: 967 439 163 / 927 500 366

rodeiras se avolumam há anos entre os dois concelhos, são os mais movimentados da região – ligam Lisboa ao Algarve - garan-tindo o presidente das Infraes-truturas de Portugal ao Semmais que estão disponíveis 6 milhões de euros para deixar o tapete como novo já para 2016. Ainda assim, António Rama-lho não arrisca uma data de con-clusão das obras, uma vez que a empreitada só irá para o terreno

depois da estrada reverter para a empresa IP. Desde 2009 que a concessão é das Estradas da Pla-nície e há cerca de três anos que a degradação da via «disparou». Não têm faltado acidentes, so-bretudo, despistes provocados pela dimensão das lombas, nem manifestações em marcha-lenta a pedir a reparação do IC1. «Esta estrada é das que está em piores condições na região e com grande ondulação. Necessita muito de ser intervencionada», sublinhou António Ramalho, acrescentando que a requalifica-ção ficou prevista no plano de re-visão, que reduziu para metade o orçamento das várias obras nas estradas da região, baixando de 2 mil milhões para mil milhões de euros. «O contrato com o conces-sionário termina dentro de 25 anos, mas dentro do acordo que fizemos agora foi possível fazer a reversão destes contratos para podermos dar resposta a estas questões», explicou o presidente das IP. Apesar de ser das estradas de maior tráfego no distrito, o troço

que liga Alcácer do Sal a Grândola (IC1) é a perfeita antítese do que deveria ser uma via segura. São largos quilómetros de alcatrão es-buracado, com bermas impró-prias, devido às rodeiras, que che-gam a impedir os automobilistas de encostar em segurança. A trepi-dação ao volante ilustra o perigo numa zona de frequentes aciden-tes, onde uma extensa reta convi-da a acelerar, aumentando o risco de despiste contra os muitos pi-nheiros que ladeiam esta estrada nacional de acesso ao Algarve. Outras obras e alguns cortes, como a ligação Grândola a Beja

Contudo, para reduzir custos as IP cortaram algumas das obras que estavam previstas, como foi o caso da A26 que deveria ligar Grândola a Beja, mas que irá ficar por Santa Margarida do Sado, ain-da antes de Ferreira do Alentejo. Os autores do plano de reestrutu-ração consideraram que «não jus-tificava» ir mais além. Os cerca de 5 mil veículos que diariamente circulam na Estrada Nacional 259,

vão ter que continuar a utilizar a mesma via. «Não se justifica uma autoestrada com menos de dez mil carros por dia. Se pensarmos que a média de transferência da estrada para a autoestrada quan-do é portajada (como estava pre-visto), varia entre os 25 a 30%, concluímos que teríamos aqui menos de 2 mil veículos. Isso não existe», justifica António Ramalho, garantindo o troço com cerca de 12 quilómetros vai ficar gratuito. Já a empreitada para o IC33, entre Santiago do Cacém e Grân-dola, surge na lista das IP com o rótulo de «investimento condicio-nado», orçados em 40 milhões de euros, que não está previsto para avançar antes de 2017. Isto porque a prioridade na região está dada à ferrovia e só depois da estrutura ferroviária estar montada, os téc-nicos vão tentar perceber se a obra se justifica em função do trá-fego rodoviário. «Se a ferrovia continuar a movimentar 90% do tráfego em Sines, não há justifica-ção para uma intervenção tão pe-sada naquele troço», resume An-tónio Ramalho.

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SOCIEDADE

TEXTO ANABELA VENTURAFOTOS SM

DOCUMENTO FOI APRESENTADO ESTA SEMANA EM ALCÁCER DO SAL E APONTA 800 PONTOS DE INTERESSE LOCALIZADOS ENTRE O ALENTEJO E O RIBATEJO

Litoral Alentejano ganha força com rotas de turismo cultural e paisagístico

O turismo cultural e paisa-gístico do Alentejo Lito-ral pode vir a ganhar

nova expressão com o novo pla-no apresentado esta semana pela Entidade Regional de Turis-mo do Alentejo/Ribatejo (ER-TAR), que pretende sistematizar e promover 800 pontos de inte-resses entre as duas regiões identificados num estudo da-quela entidade. Este estudo, que vai permitir vai plasmar projetos de candida-tura aos fundos comunitários, é considerado uma «pequena revo-lução» neste nicho de negócios, que pode atrair mais turistas e, no caso do Alentejo Litoral, dar ainda mais corpo à consolidação do «destino de excelência». O estudo pretende que os ro-teiros possam «gerar dinâmicas etnográficas e históricas-patri-moniais que se articulem com as

redes existentes de percursos naturais e promovendo a inte-racção entre cultura e natureza, dois dos produtos com mais po-tencial turístico da região». O presidente da ERTAR, Ceia da Silva, não tem dúvida de que era urgente dar uma nova rou-pagem estratégica a um produto que, segundo afirmou, «é um dos principais no turismo na re-gião». E adiantou estarem cria-das agora as condições para «avançar de forma concertada entre os agentes institucionais e os empresários».

Seis eixos para não deixar nada de fora

A estratégia da ERTAR assenta em seis eixos, nomeadamente a reconstrução de rotas turísticas já existentes, que necessitem de reformulação; criação de rotas de inovação, que integrem re-cursos naturais e imateriais; criação de rotas interterritoriais,

com a integração de percursos de outros territórios vizinhos (incluindo a vizinha Espanha); aposta nos eventos gastronómi-cos, culturais e outros, permitin-do a calendarização sistematiza-da; a divulgação das rotas e o desenvolvimento do modelo tecnológico que dê visibilidade ao sistema. Embora já praticamente concluído, o estudo ainda vai permitir o acolhimento de ou-tros contributos por parte dos agentes económicos, de modo a que, sublinhou Ceia da Silva, «nenhum projecto de relevo fi-que de fora». Recorde-se que a fase de diagnóstico inclui a visita e estu-do de cerca de 800 pontos de interessa e dezenas de reuniões com parceiros públicos e priva-dos, na sequência de levanta-mentos que foram efetuados no terreno e de ações de benchma-rking, em Itália, nomeadamente em Roma e na Toscânia.

CEIA DA SILVA DEFENDE MAIS COOPERAÇÃO PARA CONQUISTAR MAIS FUNDOS COMUNITÁRIOSNos últimos tempos, em jeito de preparação para as «boas op-ções» relativas ao aproveitamento dos fundos comunitários, no líder do turismo do Alentejo, tem apelado à componente associa-tiva dos projetos. «Em termos operacionais é importante que os documentos que a ERT-AR está a desenvolver incluam a maior parte das candidaturas. O que não estiver aqui plasmado dificil-mente será apoiado pelo plano 20/20», afirmou Ceia da Silva.Segundo o homem forte do turismo do Alentejo, este pressu-posto inclui as candidaturas provenientes das autarquias. «Jun-tos, conseguimos uma intervenção no território mais abrangen-te e com resultados mais atingíveis. Sei que é o 13.º trabalho de Hércules, mas é inevitável que se continue a construir esta ação de intervenção e cooperação», salientou.

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ALMADA MUNICÍPIO CANDIDATA PROJETOS A APOIOS COMUNITÁRIOS Mobilidade, regeneração urbana, comunidades desfavo-recidas, património cultural e natural, eficiência energé-tica ou educação são algumas das áreas de intervenção no âmbito das quais a autarquia apresentou candidatura a financiamento comunitário.O município entregou, a 29 de setembro, a candidatura a cofinanciamento comunitário no âmbito do Plano Es-tratégico para o Desenvolvimento Urbano (PEDU). Esta candidatura envolve um investimento superior a 15 mi-lhões de euros, juntando-se às já apresentadas no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa, para um investimento su-perior a 9 milhões de euros, e aos Programas de Desen-volvimento Local de Base Comunitária.O total de investimento candidatado ultrapassa os 25 mi-lhões de euros, cabendo à autarquia um investimento de cer-ca de 17 milhões de euros, a que acresce uma comparticipa-ção de fundos comunitários de cerca de 8 milhões de euros.Dos projetos apresentados pelo município ao PEDU, é de destacar o estudo de viabilidade e projeto de ampliação do Transpraia na Costa da Caparica; a requalificação do Núcleo Histórico da Cova da Piedade; o tratamento da enseada de Porto Brandão, incluindo percurso de ligação à Torre Velha; a dinamização do ex-presídio da Trafaria – 1.ª fase; a reabilitação de edifícios de habitação social e a criação de espaços comunitários das Terras da Costa (Costa da Caparica); - criação de espaço comunitário da Madame Faber/Torrões (Trafaria).

MOITA MUNICÍPIO VAI REDUZIR 23 POR CENTO DAS EMISSÕES DE CO2 ATÉ 2020O município prevê reduzir as emissões de CO2, em 23 por cento, até 2020, com a implementação do Plano de Ação para a Energia Sustentável. O documento, criado no âmbito da adesão do município ao Pacto de Autarcas, foi apresentado publicamente, este mês, na biblioteca Bento de Jesus Caraça.Tendo em linha de conta as preocupações com a sus-tentabilidade ambiental, ao município resolveu aderir ao Pacto de Autarcas, em abril de 2014. Esta é uma ini-ciativa ambiciosa e voluntária que envolve as autarquias locais no compromisso comum de melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos, contribuindo para o combate ao aquecimento global. Para tornar possível este desafio, a Câmara Municipal, com o apoio técnico da S.energia – Agência Regional de Energia para os concelhos do Bar-reiro, Moita e Montijo, elaborou um Plano de Ação para a Energia Sustentável do Município da Moita (PAES Moita).O PAES Moita contempla a implementação de 21 medi-das repartidas por vários domínios de intervenção, que abrangem todos os setores de atividade e diferentes ato-res económicos e sociais do concelho. Visa a promoção da eficiência energética, a expansão da utilização de energias renováveis e a redução da dependência de combustíveis fósseis, prevendo um investimento superior a 4 milhões de euros. O presidente Rui Garcia destacou, na apresenta-ção deste documento, a importância, no que diz respeito à temática do ambiente, de «agir local e pensar global». «O que está em causa é a nossa civilização», afirmou, apelan-do ao envolvimento de todos na construção deste Plano.

BARREIRO AUTOCARROS ALARGAM-SE AO CONCELHO DA MOITAOs Transportes Coletivos do Barreiro vão operar na Moi-ta, ainda este ano. A assinatura do protocolo decorreu dia 12, entre os dois municípios.O edil barreirense, Carlos Humberto, realçou que se trata de «um sonho com muitos anos» e que, atualmente, com a alteração da legislação, «passou a ser possível».O autarca realçou que «os TCB têm hoje uma susten-tação financeira que permite integrar este alargamento sem penalizar o serviço» e referiu que os títulos de trans-porte com bonificação estão incluídos neste processo.Por seu lado, Rui Garcia, edil moitense, realçou que este é um momento que «aguardávamos com muita ansieda-de e que recebemos com satisfação». Considerando que os TCB prestam «um serviço de excelência», enalteceu o facto de brevemente ser possível o seu usufruto por parte da população da Baixa da Banheira, Alhos Vedros e Vale da Amoreira. «É um contributo significativo para a melhoria da mobilidade da população destas freguesias», realçou o autarca.Na conferência de imprensa que se seguiu à assinatura do protocolo, Rui Lopo, Vereador da CMB responsável pelos transportes, salientou que diariamente está pre-vista a circulação de perto de uma centena de carreiras diárias nas freguesias referidas.O serviço complementar será prestado numa base tari-fária de referência, mantendo os TCB o valor comercial dos títulos próprios, a sua validade temporal e espacial.

MONTIJO UNIVERSIDADE SÉNIOR INICIA NOVO ANO LETIVO A cerimónia solene de abertura da Universidade Sénior do Montijo terá lugar no dia 20, às 15 horas, na galeria municipal. Dirigida aos alunos e professores da Universidade Sénior, a cerimónia, contará com a intervenção de Nuno Canta, edil do município, e da chefe da Divisão de Desenvolvi-mento Social e Promoção da Saúde, Gabriela Guerreiro.Após um apontamento de uma das novas disciplinas da Universidade Sénior, Diversão Literária, coordenada pela professora Graciete Correia, terá lugar o momento de acolhimento de caloiros, que contará com a intervenção de João Barbosa, em representação da comissão de Alu-nos e Professores. O evento termina com música, uma demonstração de Marimba, a cargo do Conservatório Regional das Artes do Montijo. Recorde-se, que a Universidade Sénior do Montijo nas-ceu, em 2006, da celebração de um protocolo entre a Câ-mara Municipal do Montijo e a Universidade Setubalense da Terceira Idade. Hoje, conta com mais de 130 alunos e além do calendário letivo, dinamiza um conjunto de atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio entre os seus alunos e a comunidade montijense.

LOCAL

GRÂNDOLA DECISÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL AGRADA AO MUNICÍPIOFoi com «satisfação» que a Câmara Municipal de Grân-dola tomou conhecimento da decisão do Tribunal Cons-titucional relativamente à implementação das 35 horas semanais. Os magistrados consideraram que a interfe-rência do Governo nestas matérias, viola “de modo fron-tal o princípio da autonomia do poder local” consagrado na Constituição.Recorde-se que em Grândola, a Câmara Municipal assi-nou o Acordo Coletivo de Entidade Empregadora Pública (ACEEP), em Fevereiro de 2014, com o Sindicato Nacio-nal dos Trabalhadores da Administração Local e Regio-nal (STAL), fixando desde essa data, o horário normal de trabalho em 35 horas semanais.Para o presidente do município, António Figueira Mendes, «esta decisão é uma vitória clara do Poder Local e dos tra-balhadores, demonstrando que vale sempre a pena Lutar».Resta agora a publicação dos acordos, por parte do Minis-tério das Finanças, dando assim cumprimento ao acórdão.

ALCÁCER DO SAL REGENERAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO EM MARCHA O município apresentou à autoridade de gestão do “Alentejo 2020” uma candidatura ao Programa Estraté-gias Integradas de Desenvolvimento Territorial para a regeneração urbana da cidade.A autarquia pretende aproveitar os financiamentos co-munitários do novo Quadro Comunitário de Apoio – “Alentejo 2020” para melhorar a qualidade de vida da população e potenciar a beleza da cidade através da va-lorização da zona pública do miradouro do castelo de Al-cácer do Sal; reconversão urbanística da zona nascente (com a criação de um parque verde na cidade e qualifica-ção do Parque de Feiras); criação de corredores cicláveis entre os bairros periféricos da cidade (Quintinha, Forno da Cal e Foz) e a reabilitação dos bairros de S. João e Oli-val Queimado.Reforçar a centralidade da cidade de Alcácer do Sal, di-namizar a regeneração económica e social do centro his-tórico e zona do parque de feiras de Alcácer, promover a inclusão e requalificação de comunidades urbanas espe-cialmente vulneráveis e potenciar a adoção de padrões de mobilidade urbana mais sustentáveis, inclusivos e saudáveis são os objetivos estratégicos da candidatura entregue.O investimento de cerca de 5 milhões de euros, caso seja aprovado, vai entre 2016 e 2020, de acordo com o edil, Ví-tor Proença, «melhorar substancialmente a qualidade de vida da população aproximando-as das suas origens e va-lorizando os recursos que a cidade tem e que necessitam de ser potenciados para a tornar ainda mais atrativa».

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SINES MUNICÍPIO INSTALA VERMIDIGESTORES NAS ESCOLASNo âmbito do Programa de Educação Ambiental (PEA) para o ano letivo de 2015-2016, a Câmara Municipal de Sines instalou quatro vermidigestores nas escolas básicas do concelho. Os equipamentos foram patrocinados pela APS - Administração dos Portos de Sines e do Algarve.Através de compostagem com minhocas, os vermidiges-tores permitem transformar a matéria orgânica (restos de comida) em fertilizante biológico para utilização nas hortas. As escolas receberam também uma ação de for-mação para as suas educadoras e cada sala de aula rece-beu um livro sobre vermicompostagem e um minhocá-rio, para que os alunos possam ver o comportamento das minhocas perante a luz. O PEA, destinado a mais de 800 alunos do ensino pré--escolar e 1.º ciclo, aposta num conjunto sistematizado de iniciativas nas escolas, despertando as consciências dos mais jovens para a importância da preservação do meio ambiente e poupança dos nossos recursos.

SESIMBRA FIGURAS PÚBLICAS ABRAÇAM CAMPANHA DE ADOÇÃO DE ANIMAIS O humorista Rui Unas, os músicos Sérgio e Nelson Rosa-do, dos Anjos, o diretor do Correio da Manhã, Octávio Ri-beiro, e o sesimbrense Diogo Marcelino, que participou recentemente num reality show, são algumas das figuras públicas que se associaram à campanha de adoção de cães Maré de Afetos, lançada pelo canil municipal de Se-simbra, a partir de uma sugestão da taróloga Maya, que para além de se ter envolvido na organização, também participou na sessão fotográfica, ao lado da cadela “Joia”.A ideia surgiu quando Maya procurava o “Talisca”, cão que a família acarinha, e que desapareceu. Dirigiu-se en-tão ao canil municipal e ali estava ele, bem tratado, com esterilização já marcada, rodeado dos carinhos da traba-lhadora do canil – uma verdadeira encantadora de cães - e de uma equipa de voluntários.Percebeu então que havia muitos cães abandonados e a única forma de se conseguir mais espaço e condições para estes e outros animais, que surgem diariamente, se-ria organizar uma campanha de sensibilização e adoção. Fez a sugestão, que foi prontamente aceite, e disponibili-zou os seus conhecimentos e experiência em comunica-ção, como forma de recompensa pelo tratamento dado ao seu “Talisca” e pelo modo exemplar como o canil de Sesimbra trata os animais.A campanha, que está na rua e na internet pretende ser um incentivo à adoção e uma forma de sensibilizar a opi-nião pública para esta temática.

SETÚBAL EDIL SADINA EM BRUXELAS PARA ADERIR AO PACTO DE AUTARCAS O município sadino foi uma das autarquias europeias que formalizaram quinta-feira, em Bruxelas, a redefini-ção de objetivos mais ambiciosos para o Pacto de Autar-cas, programa comunitário que visa o cumprimento de metas ambientais através do Poder Local.A alteração, por autarquia aderente, da redução em 40 por cento das emissões de dióxido carbono para a at-mosfera até 2030, quando, anteriormente, estava defini-do 20 por cento até 2020, é uma das principais novidades da atualização do Pacto de Autarcas, materializada hoje na sede da Comissão Europeia.As autarquias locais e regionais aderentes ao Pacto de Autarcas comprometem-se a desenvolver um conjunto de ações destinadas a assegurar o aumento da eficiên-cia energética e da utilização de fontes de energias re-nováveis nos respetivos territórios. O município esteve representado na cerimónia pela edil Dores Meira e pelo vereador do Ambiente, Manuel Pisco. Setúbal é uma das 113 signatárias portuguesas que integram o movimento, sendo que o programa assenta na premissa de que o Po-der Local, pela proximidade com as respetivas realida-des ambientais, é uma das vias mais eficazes para que a União Europeia atinja os objetivos traçados no âmbito da proteção ambiental. Cada município aderente ao pacto tem que cumprir três etapas, em que a primeira corres-ponde à própria adesão, a segunda, à submissão à União Europeia de um plano de ação ambiental e, a terceira, à monitorização do respetivo plano.

ALCOCHETE FEIRA DA INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO ATRAI INVESTIMENTO A Junta de Freguesia de Alcochete promove e dinamiza a 2.ª Feira de Inovação e Empreendedorismo de Alcochete, que decorrerá de 16 a 18 de outubro, nas instalações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete. A feira apresenta uma mostra das atividades económicas e sociais do concelho para salientar a importância do de-senvolvimento local e a relevância da inovação e do em-preendedorismo como fatores de progresso económico e coesão social. Na 2ª Feira de Inovação e Empreendedo-rismo de Alcochete está prevista a participação de cerca de três dezenas de micro, pequenas e médias empresas. Debates, demonstração de primeiros socorros e reani-mação e várias animações musicais vão preencher os três dias de atividades.

SANTIAGO DO CACÉM PRATOS À BASE DO TOMATE FIZERAM SUCESSO O município organizou, de 9 a 11, o 1.º Festival do Tomate de Alvalade, que contou com o apoio da Junta de Alvalade e da Alensado. Visou impulsionar a economia local através da promoção da gastronomia e de um produto de reconhecida qualidade como património gastronómico local. Nesta edição, foram cinco os estabelecimentos que dis-ponibilizaram iguarias tendo como base o tomate, no-meadamente O Cantinho da Mimosa; a Churrasqueira da Mimosa; a Casa de Pasto O Bombeiro; o snack-bar O Messias; e o S. Sebastião da Mimosa. Os pratos ao dispor dos visitantes foram todos confecionados com tomate de Alvalade, produzido por associados da Alensado. Devido às condições únicas de clima e solo, o tomate desta região é especialmente dotado de um sabor e de uma riqueza nutritiva excecional. “Faz tão bem como sabe” foi o mote para três dias bastante animados, com uma boa afluência de clientes nos restaurantes aderentes, onde não faltou a animação cultural, com o cante alentejano em destaque.O edil Álvaro Beijinha, bem como os vereadores Norberto Barradas, Albano Pereira e Margarida Santos, marcaram presença no evento e testemunharam o sucesso da edi-ção, que deixa “água na boca” para o 2.º festival em 2016, com iguarias como tomatada de ovos escalfados ou de carapaus, tomate recheado com atum, pão alentejano tor-rado com azeite e tomate, doce de tomate com pinhão e requeijão, ou creme de tomate, que fizeram as delícias dos visitantes.

PALMELA FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA ESTÁ DE VOLTA AOS PALCOS O XI Festival Internacional de Música – Palmela “Terra de Cultura”, numa organização da Sociedade Filarmóni-ca Palmelense “Loureiros”, arrancou ontem, dia 16, com o apoio do município palmelense. Nesta edição, que de-corre até 8 de novembro, vão passar pelos diversos pal-cos do festival, artistas como Orlando Santos, Los Cha-pulines, o Coro Gregoriano e o Coro Juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa, Portraits Project, João e Maria, Banda Big Show, entre outros.No início do ano, o município e a coletividade celebraram um protocolo de cooperação relativo ao festival, que conta com um apoio financeiro municipal no valor de 3 mil euros por edição, bem como com apoio ao nível de comunicação e a disponibilização do Cine-Teatro S. João, do auditório da Biblioteca Municipal de Palmela e respetivos equipamen-tos técnicos, para desenvolvimento de atividades.Esta iniciativa dos “Loureiros” possibilita, anualmente, o contacto de diferentes públicos com um leque variado de agrupamentos musicais e artistas de grande qualidade, proporcionando a descentralização das apresentações em vários locais, com palcos inusitados, e contribuindo para a dinamização cultural do concelho.

SEIXAL MOSTRA DE MICRO TEATRO DE CORROIOS Este sábado, dia 17 de outubro, às 16 horas, a Escola Bá-sica de Vale de Milhaços é palco da 1.ª edição Mostra de Micro Teatro de Corroios, que conta com a participação dos grupos Almagesto, Teatro Tiago Isaac, Tocópalco e Apeixonados. O espetáculo tem ainda como convidados as bailarinas Inês Beja e Íris Ferreira, o Grupo Coral e Instrumental Moinho de Maré e a Escola de Música Tradicional do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho.A Mostra de Micro Teatro de Corroios é organizada pela Aesca – Associação Socio-Cultural Adorar Artes, com apoio da Junta de Freguesia de Corroios, Câmara Municipal do Seixal e Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços. A Aesca é uma instituição sediada no concelho, que de-senvolve a sua atividade na Escola Básica de Vale de Milhaços. Foi fundada em 2014 e promove atividades lúdicas e culturais, direcionadas a uma população maio-ritariamente jovem, mas extensíveis a pais, professores, formadores e à terceira idade.

LOCAL

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CULTURA

Filipe Blanquet, estilista setubalense, inspira-se na metamorfose para desenhar novas peças açucaradas

Seixal Jazz promete noites memoráveis

TAS estreia “Auto da Índia” para as escolas básicas e secundárias

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS S.M.

Peças de roupa con-fecionadas com pe-nas, metais e açúcar

desfilaram no dia 10, no armazém do cais 3 do por-to de Setúbal, numa pas-sagem de modelos da nova coleção de moda do estilista Filipe Blanquet.Pela passerelle do desfile “Mutant”, decorada com terra e sal, dez manequins setubalenses revelaram ao público uma coleção com mais de três dezenas de

modelos açucarados, me-talizados e elaborados com penas. A coleção, composta por lingerie, macacões, vestidos e capas, transmite as ideias do setubalense Filipe Blanquet sobre a metamorfose que o indiví-duo atravessa durante a vida, em termos pessoais e profissionais. «Correu tudo muito bem, espero que te-nham gostado, valeu a pena os quatro meses de intenso trabalho», vincou o estilista, que acrescentou que apostou numa coleção

com «materiais diferentes» do habitual. As criações em açúcar, imagem de Filipe Blanquet, são utilizadas em peças de lingerie como forma de en-carar a passagem pelo imaginário e pela fantasia. Os metalizados, elabo-rados, entre outros mate-riais, com latas de refrige-rantes, recriam a fase da materialização, da maturi-dade. As penas simboli-zam a espiritualidade. Além das criações de Filipe Blanquet, o espetá-culo contou com um ela-

O Teatro Animação de Setúbal (TAS) es-treia, dia 22, no Tea-

tro de Bolso, a nova produ-ção “Auto da Índia”, de Gil Vicente, dirigida às escolas do 3.º ciclo do ensino bási-co e secundário. A peça, com encenação de Carlos Curto, repete-se a 23 e 24, sempre às 21h30, no Teatro de Bolso. Segundo Célia David, esta aposta tem em vista «dar continuidade ao apoio complementar nas práticas pedagógicas que, por tradi-ção e convicção, damos à comunidade escolar, pois são estas representações uma forma de promoção e debate junto de docentes de

O SeixalJazz apre-senta um cartaz multifacetado e

marcado pelo cruzamen-to improvável de várias linguagens jazzísticas a 17, 22, 23 e 24 deste mês. Este sábado, atua uma das maiores referências do jazz nacional. Trata-se do contrabaixista Carlos Bica, que sobe ao palco para liderar o seu projeto mais notável e inconfun-dível, o Trio Azul. Dia 22, é a vez do quarteto do saxofonista Jerome Sabbagh. Nascido em França, mas radicado em Nova Iorque, Sabbagh tem entusiasmado o pú-blico e a crítica com os seus registos discográfi-

Os bailes de danças tradicionais do mundo estão de re-

gresso ao auditório da bi-blioteca municipal de Pal-mela, em formato mensal, e abrem a nova época este domingo, às 16 horas, numa organização de Leó-nia de Oliveira, com o apoio do município. Este mês, a animação está a cargo de Paulo Bastos, que apresenta, também, o seu novo trabalho, “Desafio”. O espetáculo, em formato acústico, busca diversas in-fluências musicais, assentes na música de raiz tradicional. Aberto à participação de todos os interessados - dos bailadores que participam, regularmente, nas aulas e

bailes, aos que procuram propostas para uma tarde diferente para toda a família - o baile tem entradas no valor de quatro euros, com bilheteira no local. Entretanto, até dia 31, as igrejas do centro histó-rico de Almada e Cacilhas acolhem o festival Os Sons de Almada Velha. Aos sá-bados, a partir das 19 ho-ras, pode assistir a concer-tos de música erudita. Uma oportunidade única para conhecer melhor parte do património religioso do concelho de Almada. O festival Os Sons de Almada Velha é organizado pelo município, sob a direção artística da Academia de Música de Almada.

cos originais e ecléticos. No dia seguinte, volta o jazz nacional e um dos seus melhores intérpretes e criadores: o saxofonista Rodrigo Amado traz-nos o seu Motion Trio, com Gabriel Ferrandini, Mi-guel Mira e um convidado especial no piano, Rodri-go Pinheiro. No último dia, o Sei-xalJazz apresenta outro saxofonista ilustre, o nor-te-americano Gary Bartz. Dono de uma extensa e prolífica carreira, marca-da por colaborações com músicos tão brilhantes como Miles Davis, Art Blakey ou Max Roach, Gary Bartz dispensa gran-des apresentações.

borado trabalho de escul-turas de Pedro Marques. A presidente do muni-cípio, Dores Meira, assina-lou o evento com a oferta de flores a Isabel Curto Castan, autora do design de passerelle. A seguir ao desfile, teve lugar um cocktail, acom-panhado de ostras, servi-do pela Malo Tojo, uma das parceiras do evento. O desfile “Mutant” foi produzido pela autarquia e por José Manuel Santos, em parceria com o Turis-mo de Portugal e a APSS.

Paralelamente, um con-certo comentado do quinte-to do trompetista Gonçalo

Marques, no dia 21, marca o início do projeto pedagógico A Escola Vai ao SeixalJazz.

Palmela e Almada acolhem bailes e sons

língua portuguesa». De salientar que este es-petáculo está disponível, para as escolas, a par de “Auto da Barca do Inferno”, para o ano letivo 2015/16. As interpretações es-tão a cargo de Sónia Mar-tins, Susana Brito, José Nobre, Miguel Assis e Du-arte Victor.

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CULTURA

SETÚBAL17SÁBADO21HCONCERTO COM ORQUESTRA DA GULBENKIAN Fórum Municipal Luísa Todi

A Orquestra Gulbenkian apresenta obras de Mozart e Mendelssohn. O concerto é dirigido pelo maestro Paul McCreesh, com a norte-americana Esther Geor-gie, no clarinete, a assumir a posição de solista. Birgit Kolar assume a função de concertino principal. Este é o segundo concerto da II Temporada Sinfónica de Setúbal, com espetáculos até maio de 2016.

MONTIJO17SÁBADO21H30DANÇA, MÚSICA E MULTIMÉDIA Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida

Paper Bubbles é um espetáculo que alia a dança, música e multimédia, numa proposta visual e plás-tica que interage com a imaginação de crianças e adultos, transportando-os para um sítio onde tudo é possível. Grátis para crianças até aos 12 anos.

MOITA17SÁBADO22HBLUES NIGHTS ANIMAM BAIXA DA BANHEIRAFórum Cultural José Manuel Figueiredo

As Blues Nights estão de regresso, numa antevisão da próxima edição do BB Blues Fest que decorrerá em junho. A estreia fica a cargo dos “Fireblue – Blues Band”, liderados pelo guitarrista e compositor Nuno Andrade, uma banda portuguesa que nasceu da pai-xão e do tributo aos grandes nomes do Blues.

ALMADA18DOMINGO16HA HISTÓRIA DE DOIS AMANTES Teatro Joaquim Benite “Instantâneas”, de António Cremades, uma produ-ção do Teatro Nova Europa do Porto, com ence-nação de Amador Aranda, conta a história de dois amantes que simultaneamente se aproximam e se afastam um do outro conforme as suas crenças indi-viduais sobre a vida e o seu significado.

GRÂNDOLA21QUARTA21H30OS FADOS DE HÉLDER MOUTINHOAuditório Municipal

O vencedor do Prémio Amália, pelo álbum “Luz de Lisboa”, apresenta o espetáculo “Um Fado na Mouraria”, que nos traz o ambiente único de um dos bairros mais tradicionais de Lisboa, a Mouraria, com a tradição das casas de fado e a espontaneidade do fado tradicional.

AGENDA

Mais de 20 jovens, dos 15 aos 20 anos, desfilam na

8.ª edição da Moda Sado, que apresenta, este do-mingo, as coleções Outo-no/Inverno das lojas da baixa comercial. O Mercado do Livra-mento recebe, às 21h30, além dos modelos de lojas da baixa, propostas mais arrojadas da estudante de design de moda Benedita Formosinho. A Moda Sado, é orga-nizada pelo município, com o apoio da agência Best Models, e conta com a coordenação técnica de Ana Sobrinho, ex-miss Portugal, e empresária de moda. Alguns dos jovens po-dem ser agenciados como manequins, o que repre-senta uma porta de entra-da no mundo da moda.

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Moda Sado ‘caça’ talentos para as passerelles

Comédia “Lar Doce Lar” vai passar pelo Barreiro

Não d’Amores leva ao palco de Almada a peça mais emblemática desta companhia espanhola

Misterio del Cristo de los Gascones”, de Ana Zamora,

apresenta-se no Teatro Jo-aquim Benite, em Almada, este sábado, às 21h30. Tra-ta-se da peça mais emble-mática da companhia es-panhola Nao d’amores, que

tem apostado desde a sua fundação em 2001 num re-pertório pré-barroco. O Cristo dos Gascões, uma escultura de Cristo em madeira, com braços arti-culados, é o único testemu-nho que resta de uma ceri-mónia litúrgica que se

realizava na Igreja de San Justo, em Segóvia, no sécu-lo XV. Prosseguindo a sua investigação em torno da relação entre o teatro e os ritos religiosos, a compa-nhia espanhola propõe, por um lado, uma recriação li-vre e contemporânea dessa cerimónia, por outro lado, incita à imersão no teatro ancestral como elemento explicativo do teatro atual e do seu papel relativamente à arte em geral, à vida e à es-piritualidade. “Misterio del Cristo de los Gascones” não é uma reconstituição histó-rica, mas sim uma reinter-pretação de uma cerimónia através da representação, da música e da dança, que nos confronta com «per-guntas universais, para as quais, mesmo depois de vá-rios séculos, continuamos a não ter respostas», diz Ana Zamora. São intérpretes Elvira Cuadrupani, Juan Pedro Schwartz, Javier Carra-miñana e Nati Vera (acto-res) e Alicia Lázaro, Eva Jornet, Isabel Zamora e Sofía Alegre (músicos).

O auditório Munici-pal Augusto Cabri-ta recebe, no dia 14

de novembro, pelas 21h30, a peça de teatro “Lar Doce Lar”, da Força de Produ-ção, onde os atores Maria Rueff e Joaquim Monchi-que dão a conhecer o quo-tidiano da residência An-túrios Dourados para Seniores de Qualidade. Maria Rueff recebeu, com esta peça, o Globo de Ouro para Melhor Atriz. Maria Rueff e Joaquim Monchique deixaram mais de 100 mil espectadores, por todo o país, incrédulos

e desconcertados por tan-to se rirem, num espetácu-lo que transformou a co-média num bem de primeira necessidade: “Lar Doce Lar”. Com um de-sempenho notável, os dois atores são os fantásticos protagonistas deste gran-de êxito que nos convida a mergulhar no mundo de uma residência para se-niores de uma forma hila-riante e, ao mesmo tempo, ternurenta. Chegou a hora de permitir aos muitos que não conseguiram ver este excelente espetáculo, ou mesmo àqueles que não se

cansam de o ver e rever! Esta dupla de atores, com muito talento, ensi-nam-nos a sonhar e a olhar

para a vida com uma ale-gria que só um finíssimo sentido de humor pode causar.

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POLÍTICA

Com a situação política nacional suspensa, e as negociações à esquerda na primeira linha, os responsáveis políticos do distrito já tomaram posição. E afinam pelo diapasão das direções nacionais.

ESQUERDA DA REGIÃO DISPONÍVEL PARA IMPEDIR QUE COLIGAÇÃO DE DIREITA VOLTE AO GOVERNO

Forças políticas da região afinadas com direções nacionais

Deputados comunistas reúnem com direção da escola Alfredo da Silva

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

O PCP e o BE da região es-tão disponíveis para ne-gociar com o PS uma al-

ternativa de Governo à coligação PÀF e sublinham que os socialis-tas só não formam Governo se não quiserem. A esquerda está unida e considera que é tempo de recuperar rendimentos, salá-rios, pensões e emprego retira-dos por Passos e Portas. A deputada socialista Eurídi-ce Pereira considera que Antó-nio Costa tem legitimidade para formar um Governo de esquer-

O PCP visita a Escola Se-cundária Alfredo da Silva, no Barreiro, no próximo

dia 19, para se inteirar da situa-ção criada pela recente destrui-ção do telhado.A chuva e o vento forte que se fez sentir, no dia 5, um pouco por todo o continente, causou estra-gos na Escola Secundária Alfredo da Silva, no Barreiro, onde partes do telhado foram arrancadas. O incidente aconteceu por volta das 15h30, altura em que se «ouviram grandes estrondos», contou uma testemunha do inci-dente. A mesma fonte alega que aquele telhado tinha sido colo-cado há alguns «meses». Entre 20 e 30 telhas de gran-des dimensões terão sido arran-cadas, tendo a escola sido evacu-ada e encerrada por motivos de segurança. A escola esteve en-cerrada e reabriu no dia 15, mas «o receio pelo bem-estar de to-dos ainda existe».

A delegação do PCP, constitu-ída por dirigentes regionais do PCP e da JCP, inclui os deputa-dos Bruno Dias e Paula Santos. O PCP terá uma reunião com a direção da escola pelas 10h30, seguindo-se encontros com a Associação de Pais e a Associa-ção de Estudantes. Entretanto, o Conselho Muni-cipal de Juventude do Barreiro,

reunido na passada quinta-feira, nos Paços do Concelho, manifes-tou a sua preocupação e desagra-do com o estado de degradação da Secundária Alfredo da Silva. O CMJ apela às entidades responsáveis para que sejam re-alizadas obras de fundo na esco-la, com «caráter de urgência», de forma a cuidar do bem-estar desta comunidade educativa.

GANHE CONVITES PARA O CIRCO DAS TRÊS PISTAS

O circo gigante das três pistas vai estar, pela primeira vez em Setúbal, de 9 a 18 deste mês, no Parque Sant´Iago, às Manteigas, para apresentar um novo espetáculo criado por dois empresá-rios ligados às artes circenses, os Mariani e os Modesto. Ruben Mariani, da gerência, revelou que o espetáculo, que reú-ne 40 artistas, promete, durante duas horas, «grande emoção e animação» para toda a família. «O conceito de três pistas per-mite que em cada uma delas, decorra, em simultâneo, números ligados à mesma área, nomeadamente os malabaristas, os equi-libristas sobre cilindros giratórios, as meninas dos arcos aéreos e as telas chinesas», realça o responsável.Além disso, o público pode ainda assistir a números a solo com animais, que «requerem o seu destaque próprio», como os tu-barões, as piranhas, os tigres, os cães, as serpentes, os crocodi-los e os póneis. Também não faltam os tradicionais palhaços.O único circo com três pistas em Portugal, cuja estreia aconte-ceu muito recentemente em Beja, tem sido um «sucesso» de pú-blico. Ruben Mariani diz que pelas pistas deste novo projeto vai passar «um espetáculo tradicional de circo único e completo, o melhor que se faz atualmente em Portugal» destinado a todo o público.Os preços dos ingressos situam-se entre os 12 e os 20 euros. Nas reservas online, através do facebook circo mundial, os bilhetes ficam mais em conta. As sessões de sábados são às 16h30 e 21h45. Domingo é às 16 e às 18h30. Depois de setúbal, segue para Corroios. Temos convites para o circo Mundial das 3 Pis-tas, basta ligar 96 943 10 85.

da e impedir que a coligação PÀF regresse ao poder. «O Antó-nio Costa está a fazer aquilo para que foi mandato pela co-missão política nacional do PS, para falar com todos os partidos de maneira a que possa existir consistência na solução gover-nativa que vier a acontecer. Se isso não for realidade não é por falta de empenho do PS», vinca, acrescentando que Passos Coe-lho tem «o rei na barriga» e «não se mostra muito disponível para a conversação». Na sua ótica, o PS está disponí-vel em encontrar soluções «ade-quadas, credíveis e o mais está-

vel possível» para o País, num ato de «absoluta responsabili-dade». Às perguntas do PS sobre a realidade económico-finan-ceira de Portugal, Passos Coe-lho respondeu a «uma parte mí-nima das perguntas, fugiu a todas as outras e está a escon-der as reais contas e as reais di-ficuldades financeiras».

Bruno Vitorino diz que circulo da emigração vincou vitória

Bruno Vitorino, líder distrital dos socialistas, realça que resultados do Circulo de Emigração «com-provam» que a coligação Portu-

gal à Frente venceu as legislati-vas, obtendo mais 3 deputados. Além disso, recorda que o Presi-dente da República, Cavaco Sil-va, apelou para fossem encon-tradas «soluções de consenso político que visa a estabilidade necessária» ao País. «O PS assim não o entendeu e o PSD fez tudo o que estava ao seu alcance para tentar encon-trar, com um partido do ‘arco eu-ropeu’, uma solução de consenso duradoura. Ninguém esperava que o PS tentasse encontrar so-luções com a extrema esquerda, porque António Costa, no pró-prio dia das eleições disse que

não estava disponível para viabi-lizar o que quer que fosse. Estra-nhamente, o PS não quis esse entendimento com a força políti-ca mais votada, neste caso o PSD e, ao que parece, está a tentar en-contrar uma solução que não tem paralelo na história da nossa democracia», argumenta. Joana Mortágua, a cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo distrito, reafirma que o seu parti-do rejeita um Governo de direita e que está disponível para en-contrar soluções com vista à re-cuperação de rendimentos, salá-rios, pensões e emprego retirados pela coligação PSD/CDS de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Margarida Botelho, da DORS do PCP, realça que os resultados das últimas eleições legislativas demonstraram «uma grande derrota» do PSD e do CDS, parti-dos esses que «não têm condi-ções» para governar. «Estão a decorrer reuniões entre diver-sas forças com assento parla-mentar para analisar a situação política. Como temos dito, mes-mo que não seja possível con-vergência no plano das propos-tas e do programa eleitoral, o próximo Governo não pode ser constituído pelo PSD nem pelo CDS». E conclui: «O PS só não forma Governo se não quiser, porque tem condições para en-trar em funções».

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DESPORTOESCOLAS ACADEMIA SPORTING, EM SETÚBAL, UM PROJETO SOCIAL EMPENHADO EM APOIAR AS CRIANÇAS MAIS DESFAVORECIDAS

SONHO XXI, a formar futebolistas de «coração cheio»

Em 2012, Ricardo Pereira e o conhecido cantor setuba-lense Toy resolveram abra-

çar o desafio de criar um projeto dedicado ao futebol, mas total-mente inovador e diferente dos demais clubes existentes na região de Setúbal. Nasce então o sonho XXI empenhado em apoiar as crianças mais desfavorecidas, ti-rando-as da rua, incentivando-as à prática de exercício físico, dan-do-lhes a possibilidade de conhe-ceram o mundo do futebol, atra-vés de uma formação contínua e de alta qualidade. Para tornar este sonho realidade, os mentores do projeto puseram mãos à obra e contactaram diversas empresas para que estas pudessem apadri-nhar os futuros homens amanhã, oriundos de famílias com poucas capacidades financeiras. «Temos tido uma grande abertura por par-te das empresas da região e, prin-cipalmente da região de Lisboa, que nos ajudam a concretizar os sonhos destas crianças, apadri-nhando-os e dando-nos, assim, condições para suportarmos to-das as despesas inerente a esta ati-vidade», afirma o presidente da Associação, Ricardo Pereira.

«Trabalhamos afincadamente para que saiam daqui bons seres humanos»

Estes meninos são apoiados pe-las chamadas bolsas e meias bol-sas, atribuídas consoante o com-portamento escolar, pois, além da capacidade física e desporti-va, o Sonho XXI tem como preo-cupação incutir disciplina e sen-tido de obrigação, garantindo assim a melhor formação huma-na aos seus pupilos. «Nós infor-mamo-nos com os pais, com a direção da escola e com os pro-fessores sobre o comportamento escolar do aluno. E, felizmente, temos tido um rácio de eficácia na ordem dos 80 por cento. Aca-ba por ser um estímulo ao bom desempenho escolar», explica Ricardo Pereira. «Se não saírem daqui uns grandes jogadores saem, com cer-teza, uns grandes homens. Temos um rácio de satisfação muito ele-vado, acima da média, as crianças sentem-se felizes aqui», diz, satis-feito, o mentor deste projeto. Além da vertente desportiva, o Sonho XXI privilegia, sobretu-do, a parte pedagógica, e por isso, este jovens jogadores rece-bem orientações sobre nutrição, fisioterapia e acompanhamento

psicológico de forma a desenvol-verem-se como desportistas so-cialmente integrados na comu-nidade que os rodeia.

Família é pilar fundamental A colaboração dos pais na for-mação e evolução desportiva das crianças e jovens é um fator primordial no sonho XXI. «Nós tentamos sempre que haja uma interação entre os profissionais e a família, fazendo uma avaliação semanal da criança. Aqui temos regras, falamos com as crianças, não na base da agressividade e dos castigos, mas tentado, de forma assertiva, fazer-lhes ver qual a postura mais correta que devem ter». Esta forma de trabalhar tem sido reconhecida pela eficácia dos resultados ao longo dos anos, vinca Ricardo Pereira. «Há casos mais problemáticos, mas nós nunca abandonamos essas crianças e continuamos a lutar por elas. Há crianças que vingam neste meio e outras que não, mas que gostaram muito de cá estar connosco. A criança é uma caixi-nha de surpresas». Nesta “casa” de sonhos existe ainda uma interação «muito boni-ta» entre as crianças com mais condições e as mais desfavoreci-das. «Aqui todos se ajudam uns aos outros e todos aprendem uns com uns com os outros. Fortale-cem-se laços. Até os próprios pais se apoiam uns aos outros. Tudo se torna mais fácil quando todos co-laboram em prol de uma causa».

Escolinhas de Formação Sporting

Reconhecidas pela elevada qua-lidade do trabalho desenvolvido na formação de crianças e jovens entre os 3 e os 15 anos, as Escolas Academia Sporting regem-se por níveis de instrução de treino elevados, com uma equipa técni-ca composta por Professores li-cenciados em Educação Física, com especialização e experiên-

cia em Futebol, supervisionados por um Coordenador Técnico, todos credenciados pelo Spor-ting Clube de Portugal. O Sonho XXI é formado so-mente por alunos inscritos na EAS Setúbal que disputam os Campeonatos Distritais da Asso-ciação de Futebol de Setúbal. «Privilegiamos a qualidade da formação. Aqui não ensinamos apenas a chutar a bola. Os miú-dos aqui têm formação escoli-nhas Sporting, que é das melho-res escolas de formação da Europa. O sporting apadrinhou o Sonho XXI e tem apostado muito

Muito mais que 4 linhas...

Esta minha crónica semanal foi recentemente baptiza-da como “4 linhas”.

Quero crer, por diversos motivos (e peço desde já desculpa se me equivoco) que o “padrinho” terá sido o meu amigo Raul Tavares, o “Sôr Director” da progressiva publicação.Aceito, de bom grado, tal epíteto decerto relacionado com os rectângulos de jogo de diversas modalidades, circundados por 4 linhas. E é o que se passa dentro delas que por mais vezes contribui para o “sumo” destas minhas crónicas.

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRAColaborador

Portanto, aceitando o baptismo nas colunas do “Semmais”, reitero a condição de haver necessidade de muito mais do que 4 linhas. São dignos de particular atenção factos que não carecem de enquadramento circunstancial das 4 linhas.Exemplos: as justíssimas homenagens que a cidade de Setúbal, no seu feriado munici-pal, prestou aos ex-futebolistas do Vitória, Jacinto João (póstu-mo) e Mário Narciso, de plena oportunidade. A edilidade está de parabéns por tais decisões e eu peço meças para adiantar que tive pena de não poder

abraçar o meu ex-pupilo Narciso nesse dia tão feliz.Conheci-o como juvenil do Vitória, já então bastante encorpado, passando do meio campo para “ponta-de-lança”, decidido e espadaúdo.Do tipo de jogador de mais força do que jeito, mostrou sempre uma personalidade muito própria, conjugando futebol e estudos e acompanhando seu filho na iniciação sadina, que não teve continuidade assinalável.Pois bem: Mário Narciso devotou-se, de alma e coração, ao futebol de praia, tornando-se Seleccionador Nacional e

levando Portugal ao título mundial com brilhantismo e devoção exemplar que lhe valeu da parte do município setuba-lense, o galardão de mérito atribuído no Feriado da Cidade, dia de Bocage.Vem por aí, em 2016, novas exigências competitivas para

criarem mais cabelos brancos ao Narciso.Daqui vai um forte abraço de incitamento à repetição de bons resultados.E parabéns pela mais do que justa homenagem municipal em festivo ambiente para além das tais 4 linhas em jogos-jogados.

COMPLEXO DESPORTIVO CONCLUÍDO ATÉ 2018O projeto a médio-prazo, já a ser implementando, passa por criar no espaço atual um campo de estágios para receber grupo de jovens de várias nações. As obras já estão a começar e prevê-se que o complexo desportivo esteja concluída dentro de dois a três anos. Esta intervenção passa pela construção de um campo de futebol 11, que comporta dois campos de 7, novos balneários com sistema de fisioterapia e um gabinete de psicologia. Este investimento conta com o apoio do Sporting Clube de Portugal. «Queremos ter um centro de estágio adequado, com campos desportivos de qualidade. Em Setúbal não há recintos onde possamos receber crianças de outros países que vêm interagir com os nossos jogadores», afirma Ricardo Pereira.Para além da interação entre os jogadores, a vinda de jovens estrangeiros traz mais-valias para Setúbal. «Já ti-vemos cá um grupo de 32 crianças de Pequim. Mostrá-mos a nossa cidade, aquilo que Setúbal tem de melhor».«Queremos ter o complexo desportivo pronto dentro de 2 a 3 anos para podermos realizar os eventos com mais qualidade e para conseguirmos acolher cerca de 100 equipas de futebol», salienta o presidente da asso-ciação, reforçando os benefícios para a cidade sadina. «Além da associação, ajudamos também a nossa eco-nomia e a nossa cidade, porque enchemos os hotéis e contribuímos para o aumento do consumo. Acaba por ser uma alavanca em termos turísticos», sublinha o responsável.

nas nossas crianças», salienta Ri-cardo Pereira. Atualmente o Sonho XXI tem ao serviço 16 professores e con-ta, aproximadamente, com 200 crianças. Há quatro anos, eram 68. «Demos um salto qualitativo muito significativo. O nosso ob-jetivo é atingir as 300 crianças, mas mantendo o trabalho de qualidade», adianta Ricardo Pe-reira, realçando que o Sonho XXI futebol clube ocupa a quin-ta posição do ranking distrital que é constituído por mais de 60 equipas. *Comboio das Palavras

A formação de reconhecida qualidade, os profissionais especializados e qualificados, as instalações adequadas à prática de futebol e a imagem Sporting Clube de Portugal. Estas são características ímpares que tornam único o Sonho XXI Futebol Clube, um projeto de coração, cuja base de trabalho assenta no verdadeiro espírito de entreajuda e de solidariedade.

TEXTO RITA MATOS*FOTOS S.M.

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NEGÓCIOSGRUPO É UMA DAS EMPRESAS PREPONDERANTES NA ECONOMIA DA NOSSA REGIÃO E CONTINUA A INVESTIR

Portucel investe 95,3 milhões de euros em duas novas unidades de produção

PROJETO TEVE INÍCIO EM 2014 E APOIA ALUNOS DE GRANDE MÉRITO ENTRE OS 12 E OS 18 ANOS

Crédito Agrícola promove os Bons alunos com CA Nota 20

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

O grupo Portucel Soporcel inaugurou, no dia 13, duas unidades de produção

nos complexos industriais de Cacia (Aveiro) e de Vila Velha de Ródão (Castelo Branco), num in-vestimento que ronda os 95,3 milhões de euros. A cerimónia foi presidida pelo ministro da Eco-nomia, Pires de Lima, que elo-giou «a dedicação, empenho, compromisso e capacidade de fazer» do grupo, o que permite «níveis de excelência e reconhe-cimento em todo o Mundo». O terceiro maior exportador em Portugal e líder europeu na produção de papéis finos de im-

pressão e escrita não-revestido, anunciou ainda um novo investi-mento de 120 milhões de euros a realizar até 2017, em Cacia, numa nova linha de produção de papel tissue. Segundo o ministro da Eco-nomia, a Portucel Soporcel «sempre soube acompanhar as transformações naturais», su-blinhando que os seus excelen-tes resultados se devem ao seu grupo acionista «estável e com uma visão estratégica clara». E elogiou a capacidade de gestão e de inovação dos acionistas. «Têm recursos para investir e têm inovado com marcas pró-prias. É uma empresa com grande rentabilidade económi-ca internacional e notável cres-

Teve início em Outubro de 2014 o projeto de promo-ver e valorizar os alunos

entre os 12 e os 18 anos que se destaquem com boas notas atra-vés do programa CA Nota 20. Em conversa com o Adminis-trador da Caixa de Crédito Agrí-cola de Entre o Tejo e Sado (Luís Marques), o mesmo demonstrou a sua satisfação pelo facto de, no universo de Balcões desta região, terem sido contemplados dois vencedores. Nos alunos do 9ºAno desta-cou-se Rita Filipa Cabrita Pauli-no, cliente do Balcão de Águas de Moura, sendo que referente ao escalão dos alunos do 7ºAno, também esta região conseguiu obter mais um prémio através do cliente do Balcão do Barreiro, André Filipe Penado da Cruz.

cimento». Na sua opinião, a Portucel será uma das boas empresas que vão conseguir fortalecer a sua marca no mer-cado nacional e internacional, com a aposta «arrojada» no ne-gócio do papel tissue. Pires de Lima concluiu: «Esta empresa funciona em meritocracia e não depende dos políticos». Já Pedro Queiroz Pereira, o presidente do conselho de admi-nistração do grupo, que exporta para 127 países, realçou que «só com um forte investimento e uma equipa motivada consegui-mos aumentar as exportações e a nossa capacidade produtiva». Na sua ótica, a «viabilidade no futuro só será assegurada se for-mos competitivos».

Sempre a crescer e motor das exportações

A ampliação do complexo indus-trial de Cacia, na área de produ-ção de pasta de papel, representa investimento de 56,3 milhões de euros e permite um crescimento de cerca de 20 por cento da ca-pacidade produtiva e das expor-tações de pasta, que sobem para os 30 milhões de euros. Veio criar 15 postos de trabalho dire-tos e 290 indiretos. Em Vila Velha de Ródão, a nova linha de produ-ção de papel tissue da AMS, ad-quirida pela Portucel no início deste ano, representa um inves-timento de 39 milhões de euros, a criação de 70 empregos dire-tos, a duplicação da capacidade

de produção e um aumento das exportações em cerca de 40 por cento. Este conjunto de projetos, a que se juntam, por exemplo, um investimento florestal vertical-mente integrado em Moçambi-que no montante de 2,1 mil mi-lhões de euros, bem como a construção de uma fábrica de pellets, nos Estados Unidos, no valor de cerca de 100 milhões de euros, integra o plano de expan-são e diversificação de ativida-des do grupo Portucel Soporcel traçado para os próximos anos, prosseguindo o objetivo de as-segurar o crescimento sustenta-do de uma cada vez mais impor-tante multinacional de raiz portuguesa.

FÁBRICA DE SETÚBAL GERA 2600 POSTOS DE TRABALHOA fábrica de Setúbal, produtora de pasta, papel e energia elétrica, representa relevante contributo para a região. Gera 2 600 postos de trabalho, diretos e indiretos, na Pe-nínsula de Setúbal, e cerca de 15 mil a nível nacional. Contribui para 555 milhões de euros de exportações e cerca de 44 por cento das exportações de carga conten-torizada do porto de Setúbal. Esta unidade industrial contribui, ainda, de forma direta e indireta, com 99 mi-lhões de euros para o PIB da região e com 1,3 mil milhões para o PIB nacional, e desempenha um destacado contri-buto na área do ambiente e da responsabilidade social. As unidades fabris de Setúbal, Cacia e Figueira da Foz contribuem com mais de 2 600 milhões de euros para o PIB nacional. A despesa feita pelas três fábricas junto de fornecedores nacionais atinge os 80 por cento do total na fábrica de Setúbal, 75 por cento em Cacia e 70 por cento na Figueira da Foz.

A capacidade de gestão e de inovação dos acionistas do grupo Portucel Soporcel foi elogiada pelo ministro da Economia, Pires de Lima, durante a inauguração dos mais recentes investimentos desta empresa que é líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita, e o 5.º maior a nível mundial.

O Administrador Luís Mar-ques afirma que é estratégico para o Crédito Agrícola estar pre-sente e investir neste segmento de mercado. Estes são os jovens do nosso distrito e é importante continuar a valorizá-los de forma a que possam continuar na região e se possível desenvolver proje-tos futuros com sustentabilidade. Depois de uma forte turbulência nas empresas da nossa região, é importante criar pilares no senti-do de que no futuro possamos ter motores empresariais com co-nhecimento e critérios mais dinâ-micos e competitivos. O Crédito Agrícola continua a ter uma forte relação com as pessoas de cada uma das regiões de Portugal, existindo da parte da Caixa de Entre Tejo e Sado grande empenho em apoiar os

clientes nos seus projetos de vida e no crescimento das pesso-as e das instituições da sua área de intervenção.

Caixa Entre Tejo e Sado quer aumentar número de apoios

Luís Marques reforçou que esta Caixa pretende promover ainda com mais afinco a segunda edi-ção do CA Nota 20 de forma a conseguir distribuir mais pré-mios pelos jovens da região. Já se encontra em curso a se-gunda edição deste Programa destinado aos alunos que vão do 7º ao 12ºAno. Para isso basta ape-nas constituir um Poupança Futu-ro no período compreendido en-tre 5 de Outubro e 13 de Novembro devendo a mesma ser reforçada mensalmente com 10€, sendo que

à data de 1/7/2016 a poupança de-verá ter um saldo mínimo de 120€. De entre os que cumpram este cri-tério serão distinguidos os 20 alu-nos que apresentem as melhores médias em cada ano de escolari-

dade (regulamento em www.cre-ditoagricola.pt) O CA Nota 20 é a solução má-gica de combinar o estudo e as poupanças e ainda poder ganhar com isso!

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NEGÓCIOS

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Porto de Sines recebe embaixador chinês e estudantes universitários

Regresso às aulas no Barreiro mas com cautelas

Politécnico inaugura Laboratório de Mobilidade

O Embaixador da China em Portugal, Cai Run, visitou o porto de Sines no pas-

sado dia 13, tendo sido recebido pelo presidente da administra-ção dos Portos de Sines e do Al-garve, João Franco. No decorrer da reunião foram apresentados os principais fato-res de competitividade do porto, nomeadamente a sua localização geoestratégica, que lhe permite ser um excelente ponto de entra-da na Europa, bem como os seus terminais especializados prepa-rados para receber e operar todos os tipos de navios. A capacidade de expansão existente em todo o porto, designadamente na área dos contentores, foi também um assunto em destaque. Recorde-se ainda que a rece-ção de navios de grande capaci-dade no porto de Sines tem tido um aumento significativo no últi-mo trimestre, navios estes que

operam o Lion Service, o serviço do Far East que liga o Terminal de Contentores do Porto de Sines (TXXI) ao extremo oriente, um dos principais mercados de ori-gem/destino de mercadorias mo-vimentadas em Sines. Mas antes, no dia 9, cerca de 250 alunos e professores de arquitetura de 17 universidades do país também visitaram o porto de Sines, tendo sido recebidos pelo presidente da APS e do Algarve, João Franco. A visita decorreu no âmbito da Trienal de Arquitetura de Lisboa, que terá em Sines, o território es-colhido para o 4.º Concurso Pré-mio Universidades Trienal de Lis-boa Millennium bcp, a decorrer de outubro a dezembro de 2016. Os participantes cumpriram en-tão o objetivo de observar as in-fraestruturas do porto assim como as características naturais e o enquadramento geográfico em que está inserido.

O Laboratório de Mobilida-de do Instituto Politécni-co de Setúbal vai ser

inaugurado na próxima terça--feira, 20 de outubro. O evento está marcado 09.45 horas, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS (ESTSetúbal/IPS). Além da visita ao laboratório e demonstração dos respetivos equipamentos na área da mobili-dade elétrica, o público presente terá ainda a oportunidade de contactar com veículos elétricos e híbridos da Volkswagen, Audi, BMW, Toyota, Lexus e Nissan. Sendo Setúbal uma região onde a indústria automóvel as-sume primordial importância, o laboratório procura dar res-posta à necessidade de desen-volvimento e investigação nes-ta área. A par da investigação, a co-munidade académica e local

pode também usufruir das po-tencialidades deste espaço, es-pecialmente vocacionado para o estudo, I&D e ensino de matérias relacionadas com os veículos e a mobilidade sustentável. A iniciativa contempla duas intervenções, do jornalista Car-los Moura (da Transportes em Revista) e do engenheiro Demé-trio Alves, Primeiro Secretário da Comissão Executiva Metro-politana de Lisboa, sobre o tema “Mercado mobilidade elétrica” e “O novo regime jurídico e a nova autoridade dos transportes”, respetivamente. Na sessão será também assi-nalado o final da 1ª edição da pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos com a apresentação de trabalhos realizados pelos estudantes e de um balanço do curso, realizado pelo professor José Maia, coor-denador da pós-graduação.

A Escola Básica e Secundá-ria Alfredo da Silva, no Barreiro já reabriu as por-

tas para que os mais de 700 alu-nos voltem às aulas, mas, segun-do a própria direção do estabelecimento de ensino, ain-da há limitações a ter em conta. «Esta reabertura é realizada com algumas limitações, nomeada-mente o facto de o espaço exte-rior se encontrar vedado», publi-cou a própria escola no seu sítio oficial na internet, que dava con-ta da retoma das atividades leti-vas na quinta-feira.Recorde-se que o estabeleci-mento havia sido evacuado e encerrado na semana passada (na tarde do dia 5 de outubro), devido à queda de dezenas de telhas de grande dimensão de um dos edifícios, enquanto ou-tras ficaram soltas, no telhado, em consequência do mau tem-po. Uma situação que ameaçava a segurança de quem frequenta a escola.Há cerca de um ano tinham sido efetuadas obras de substituição das telhas de fibrocimento pelas telhas que agora acabariam por se soltar e cair no interior do edi-fício. Depois desta derrocada fo-ram efetuados trabalhos de re-moção da cobertura afetada, bem como da colocação de uma nova cobertura.

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OPINIAO

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Construindo Pontes

Vespertinamente Pensando

Há precisamente um ano, aceitei o repto do Senhor Presidente da

Câmara Municipal do Seixal para apresentar um conjunto de propostas para as Grandes Opções do plano e Plano de Actividades para 2015. O meu partido, habituado a que a maioria não aceite nenhuma das nossas propostas, reapro-veitando-as mais tarde, como se suas fossem, ainda teve uma facção interna que defendia que a proposta não era séria e que não valia a pena estarmos a apresentar um documento que, sabíamos de antemão, não seria aceite.Outros houve, nos quais me incluía, que entendiam que, a maioria, adoptando, ou não, as nossas propostas, ao menos devia ter conhecimento das mesmas, para que, não as aplicando, mais tarde pudesse-mos provar a bondade das mesmas.E foi assim, que para evitar divisionismos internos, apre-sentei a proposta na qualidade de vereador eleito pelo PSD e não em nome da estrutura local, no entanto logo salvaguardan-do que “Respondendo ao insólito desafio para apresentar propostas para as Grandes Opções do Plano de Actividades para 2015, sem embargo do supra exposto, revelo a dúvida da sua aplicabilidade, ou seja, veremos se as boas intenções que, como o ditado popular diz “...o inferno está cheia delas”, se ficam precisamente por estas boas intenções, ou se, também no final seremos agradavelmen-te surpreendidos. Ora, a verdade é que não fomos efectivamente agradavelmente surpreendidos e os defensores de que não valeria a pena apresentar propostas, pois as mesmas não seriam tomadas em consideração, acabaram por

todas as empresas que se instalem a sua sede social no concelho do Seixal no ano de 2015; Já estudado o impacto no Orçamento dessa diminuição;− Isenção de Derrama para as empresas que comprovem ter criado mais postos de trabalho no segundo semestre de 2014 e no primeiro semestre de 2015; estudar o impacto no Orçamen-to dessa diminuição;− Não aplicação de juros sobre os pagamentos fracio-nados de taxas municipais durante o ano de 2015; estudar o impacto no Orçamento dessa diminuição;− Aumento do prazo máximo para pagamentos fracionados de taxas de 3 para 5 anos; estudar o impacto no Orçamen-to dessa diminuição;− Protocolar parcerias com as farmácias do concelho para recolha e distribuição de medicamentos não utilizados mas ainda dentro do prazo de validade e apoio a pessoas mais idosas e famílias com reais problemas de compra de medicação essencial à sua saúde;− Criação do Banco Alimentar Escolar;− Protocolar e sensibilizar as associações de pais para a articulação de preços pratica-dos nos ATL, no ensino público obrigatório;− Abertura das cantinas das escolas nas férias letivas; Apresentar proposta concreta do valor a despender pela CMS e onde se vai buscar esse dinheiro no Orçamento dessa;− Protocolar e promover a abertura da cantina dos servi-ços sociais para apoio aos funcionários mais carenciados, podendo ser estendido a famílias com necessidades comprovadas e com morada no concelho do Seixal;− Criação de gabinete de apoio a

funcionários das autarquias do Seixal com reais necessidades e carências de vária ordem;− Atribuição gratuita de manu-ais escolares para famílias carenciadas, alargando o Programa “Troca por Troca”;− Criação de linha S.O.S Muníci-pe para apoio de emergência social;”Outras medidas:• Desde há longos anos temos defendido o muito prometido caminho pedonal e ciclovia que ligue toda a área ribeirinha do concelho do Seixal, da Ponta dos Corvos à Cucena, onde serão instalados vários pontos de atração turística;• Instalação de equipamentos de apoio à atividade balnear na Ponta dos Corvos e na Praia da Velha;• Criação de um Parque de Autocaravanas;• Criação de um grande Parque Urbano;• Criação do Conselho Munici-pal da Juventude;• Alargamento da Ponte da Fraternidade;• Suspensão do Boletim Munici-pal - em tempos apresentei um projecto em que se poderia utilizar o espaço dos jornais regionais, com um protocolo previamente definido com cada um deles e espaço à oposição. Poupar-se-iam milhares de euros e promover-se-ia a imprensa regional;• Na Protecção Civil, criação do Gabinete Técnico Florestal - Há protocolos possíveis que não oneram muito o município;• Criação de um monumento/

identificador que sirva como “Ponto de Encontro” municipal em caso de catástrofe - este trabalho está estudado no Gabinete de Protecção Civil, não é oneroso e muito útil no caso de termos de accionar o Plano Municipal da Protecção Civil;• Criação de Equipa de Voluntá-rios para a Protecção Civil e outras áreas da gestão da câmara;• Protocolo com a Fertagus para a utilização dos munícipes dos parques da Fertagus (quase sempre vazios).• Mercado da Cruz de Pau - um novo ou recuperar o existente;• Abertura das bibliotecas municipais no período noctur-no em períodos de exame escolar;• Conclusão da estrada alterna-tiva à Nacional 10; • Construção de uma rede de ciclovias;• criação de uma rede de bicicletas municipais;• Aproveitamento de espaços devolutos para jardins, parques de diversão/ culturais;• Reabilitação urbana - aprovei-tamento;• Criação do Gabinete Municipal do apoio ao Idoso;• Provedor do Idoso;Esta é a súmula das medidas possíveis, tendo em conta os constrangimentos financeiros do nosso executivo. Haja vontade e vistas largas para as aplicar e poderão continuar a contar com o meu contributo positivo no engrandecimento do nosso município.

O dia desperta tarde e o céu abre caminho por entre o nevoeiro que

tolda, inevitavelmente, a cidade. É entre as seis e as sete da manhã que as vidas retomam o seu curso natural, rumo à rotina. Vestem o que lhes está destinado vestir, - a farda dos correios, o fato e a gravata ou a bata - con-duzem o que lhes está destinado conduzir - um automóvel, um táxi ou um comboio - e sentem o que lhes está destinado sentir,

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CÂMARA DO SEIXAL

lhes ser atribuída razão, no entanto, sou daqueles que se preocupa, antes de mais, em cumprir com o seu dever e se os outros não cumprem com o deles, acredito que mais tarde ou mais cedo responderão por isso.Mais, tive o cuidado de me socorrer de propostas antigas, naturalmente enquadradas no actual momento financeiro da Câmara e do País, com o objectivo de prosseguirmos políticas de desenvolvimento económico, de qualificação urbanística, de proximidade e de aprofundamento da demo-cracia, nunca perdendo de vista a coesão social e a sustentabili-dade ambiental.Voltei a reiterar o firme propósi-to de ver aplicados o Orçamen-to Participativo, cujas vanta-gens de aproximação de eleitos com eleitores têm sido bem aproveitados noutros municí-pios e rejeitados no nosso.Assim, estudando o Orçamento Camarário em vigor e as medidas avulsas actualmente implementadas pela nossa autarquia e, entendendo que é possível “ir mais longe” nessa ajuda, vem atempadamente (an-tes da Elaboração do Orçamen-to Camarário e das Grandes Opções do Plano (GOP´s) para 2015) apresentar o seu contri-buto, contemplando algumas medidas exequíveis, todas elas reiterando a posição do ano anterior:– Diminuição do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI); – Aplicação do IMI - Famílias (descontos no IMI a quem tem mais de um filho, incentivando a natalidade e, simultaneamente aliviando a carga fiscal a quem tem de suportar as despesas com dois ou mais filhos - uma medida de discriminação positiva);− Isenção de Derrama para

sem medidas. As luzes dos prédios ganham vida e distin-guem-se janelas reluzentes na escuridão, para logo depois se apagarem, oferecendo de boa vontade o seu lugar aos raios solares que, entretanto, encon-traram de novo o caminho que conduz à cidade.Aromas envolvem-se, ruídos harmonizam-se e vidas fun-dem-se. Olhares revirados quando encontram cartazes de campanhas eleitorais, sorrisos

abertos ao encontrar um amigo na rua, expressões carrancudas remoendo, ainda, o inoportuno som do despertador, breves caminhadas em prol dos passeios caninos e paladares confortados com o sabor do elixir matinal - o café.É uma coletânea de tudo o que se espera que exista e integrar e descrever o humano mar vespertino é um privilégio para os olhos, para os ouvidos e para as narinas - é a integração que

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

oferece a metafísica inerente a toda a descrição que envolva, de uma forma ou de outra, a condição humana. E os rotinei-ros dias a que nos sujeitamos

acabam por ser distinguíveis e singulares, desenhos abstratos, não se refletindo entre si, mas refratando pequenas partes de quem somos.

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SEMMAIS | SÁBADO | 17 DE OUTUBRO | 2015 | 15

OPINIAO

Eleições para quê? Se há agentes que não respeitam a democracia?

Ronaldo tem uma nova namorada (alentejana)

No momento em que escrevemos este texto, paira uma enorme incer-

teza no que respeita à composi-ção do futuro do Governo de Portugal. Desde o dia 4 de Outubro os atos e fatos ocorrem em catadupa sem uma linha de rumo definida, pelo menos do conhecimento público e no respeito pelos eleitores que exerceram o direito de voto.O resultado eleitoral compro-vou a necessidade urgente em rever a Constituição da Repúbli-ca e as Leis com implicação no Sistema Eleitoral. Existe a premência em reformar e adaptar à modernidade dos tempos presentes.No dia 4 de Outubro a coligação “Portugal à Frente” ganhou as

eleições e os restantes partidos perderam, tiveram menos votos e menos deputados eleitos face ao programa por eles apresenta-do. Consequentemente, compete a quem ganhou estabelecer pontes de conversações poten-ciando as condições necessárias para a governabilidade. Isto, deveria ser a normalidade democrática! Ao invés, os portugueses assistem a uma anormalidade “dita” democrática.O líder (?) do Partido Socialista deverá ter comprado um passe de turista na cidade de Lisboa, porque tem andado a passear na capital visitando as sedes das forças politicas que elegeram deputados. Quando se é líder recebe-se os potenciais parcei-ros e não se coloca no papel de

“mendigo” a bater à porta de todos a pedir esmolas.Será que se sente confortável em formar governo, com quem se recusou a sentar á mesa e negociar com a troika e que sempre pôs em causa compro-missos e tratados que Portugal assumiu no plano internacional? Ou defraudando as próprias expectativas do respetivo eleitorado? Porque não foi anunciada uma coligação de esquerda antes das eleições?Por outro lado questionamos como é possível a esquerda de repente assumir viabilizar um governo esquecendo tudo o que sempre disse ao longo dos tempos e todas as posições que assumiu, mas… agora é vê-los em bicos dos pés para chegar ao governo.

Para bem de Portugal é desejá-vel que tudo não passe de um filme de ficção. Na realidade compete à coligação P.S.D./C.D.S. liderar o processo governativo criando as condi-ções adequadas, se mais tarde houver um falhanço governativo então sim as forças politicas derrotadas poderão ter hipóte-ses em governar; se ocorrer o contrário neste momento, é sinal que não impera o respeito pelo voto dos eleitores e aquele

para nada serve, porque pode sempre acontecer o assalto ao poder por um método legítimo mas ética e politicamente condenável.Estamos conscientes de que se a P.C.P. e o B.E. forem para o Governo, Portugal regressa aos tempos de 1975 e, então é preciso sair à rua e promover o direito à indignação, porque a estabilidade só será obtida por meios menos pacíficos, como naqueles tempos.

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

ZEFERINO BOALCONSULTOR DA SITEL PORTUGAL

Desculpem a “inovação” mas o conteúdo do texto não tem a ver com o

título. Uma pequena “inovação” para trazer mais pessoas à leitura destas linhas.Na verdade o assunto é a 5ª edição da CIEM ‘ 15 – empreen-der para vencer (www.empre-end.pt) que por estes dias decorreu em Oeiras. O que ouvi foi muito para além das expeta-tivas: bons estudos, bons exemplos e melhores ideias.Sabendo, como se ouviu, que em Lisboa há mais de 100 incubadoras de empresas e outros tantos estabelecimentos de ensino superior, o baixo número de participantes é a nota mais negativa do evento. Este é o espelho do país que somos, isto é, uma vergonha. Provavelmente a razão é essencialmente cultural mas,

Turismo industrial

Não há muito tempo ouviu-se falar em turismo industrial aqui

pelas bandas de Sines. Uma ideia que podendo não ser original tem o mérito de acrescentar uma valência à oferta turística generalizada, muito sustentada na vertente tradicional de sol, mar e praias. Não sei da persis-tência desta vontade e do seu desenvolvimento, mas pelo conhecimento que tenho da realidade atrevo-me a aqui deixar algumas sugestões que, julgo poderem avivar esse tal Turismo Industrial e ao mesmo tempo contribuírem para o alindamento da dita cidade.Sabendo-se que o objetivo principal do dito Turismo Industrial está em muito ligado ao aproveitamento do riquíssimo património existente na fileira

petrolífera e petroquímica, incluindo um porto industrial e toda a sua envolvente pelas numerosas empresas que aqui se foram instalando. Gostaríamos que o mesmo não se fizesse só de visitas dirigidas às principais empresas, nomeadamente Petrogal, Repsol, Artlant, Central Termoelétrica da EDP, terminais portuários da APS, mas que toda a envolvente à cidade e princi-pais artérias tivessem elementos marcantes da história industrial da zona alargada de Sines, conduzindo o visitante numa sequência interligada de motivos atraentes e a merecer uma paragem atenta e estudiosa.Estas sugestões têm tanto mais assentimento se pensarmos na urgência em se ornamentarem as principais entradas de Sines e os principais eixos de atravessa-

mento da localidade. Falo das várias rotundas que foram tomando lugar e que estão despidas de qualquer beleza, diremos que abandonadas. E assim sendo, porque não lançar o desafio a essas mesmas grandes empresas, que são a marca do cariz industrial da zona e pondo-se de acordo com a escolha da rotunda pretendida, cada uma delas, qual padrinho ou madrinha do sítio, assumi-rem a cabal responsabilidade de as transformarem em espaços de cultura e história, agradáveis à vista e conviventes com o espaço urbano? Coisa que pode ser conseguida conjugando-se com o realce dum elemento, máquina, instrumento ou apontamento escultórico identificativo da sua história e da sua atividade.

E assim, em complementaridade das tais visitas, teríamos um verdadeiro museu aberto, ao ar livre, um circuito visitável das rotundas da Petrogal, da Repsol, da Artlant, da EDP, da APS, da REN Atlântico, da Euroresinas, da Portsines, etc.Como é voz do povo, “matavam--se dois coelhos duma cajada-da”. E julga-se que não será difícil, numa terra que não se pode queixar da generosidade de muitas destas empresas. Exemplo disso os largos milhões

ATUALIDADES

JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇASECONOMISTA

que foram despendidos na cons-trução dum pavilhão desportivo e outros subsídios que ao longo dos anos se têm destinado a protocolos de apoio às diversas associações e coletividades exis-tentes.Sines precisa bem mais de se preocupar com o pormenor do que com as grandes coisas que vão alimentando a notícia fácil duma terra que está na moda.Afinal pretende-se apenas aqui deixar uma ideia. Talvez valha a pena tentar.

nem assim, deixa de ser inacei-tável. Certamente que a boa organização da CIEM terá também alguma responsabili-dade. Exemplos destes todos os dias ocorrem nas terras onde vivemos, boas e uteis iniciativas ficam para as moscas. Custa admiti-lo mas o português, é, por natureza, passivo e confor-mado; há sempre alguém (outro que não o próprio) responsável pelo problema (neste caso desemprego e pobreza) e por isso é a esse que compete trabalhar para a solução. Há sempre uma esperança que por de trás do nevoeiro alguém vai cuidar bem da coisa. Por esta altura a esperança chama-se “syriza português”, e mais não escrevo. (continua)Em Oeiras ouvi alguns mestres, designadamente espanhóis, que disseram coisas muito simples

mas que são o essencial: empreender é fazer; errar e fazer novamente até acertar. Nesta nossa boa terra lusa isto cheira a chinês. Gostamos muito mais do “dizer” e, a mais das vezes, por aí nos ficamos. Adoramos reuniões, longas reuniões inconclusivas; como bem me lembro, de num serviço da administração por onde passei, participar em reuniões de exaustivas horas, promovi-das por uma responsável, que nada resolviam. Pergunto desde já: podemos ser ricos?Um dos momentos altos em Oeiras foi ouvir o Miguel Pina Martins, um rapaz de trinta e picos anos, fundador e CEO da Sience4you (os brinquedos científicos que vimos por todo o lado). Há oito anos o Miguel fundou a empresa com mil Euros, hoje fatura 12 milhões e

em dois anos quer atingir os vinte milhões. Sem power point o Miguel ensinou, muito claramente, a receita: paixão, trabalho árduo (erro), persis-tência. Para chegar ao sucesso é só isto. Quem quiser ter sucesso deve aplicar, mas atenção, há sempre um mas, dá trabalho. O Miguel tem uma opinião, que confessou, e que subscrevo na integra. É inco-modo escreve-la mas o Miguel, e todos os outros trabalhado-res deste país, merecem que o escreva: os portugueses não

gostam de trabalhar. Os brandos costumes, tão pró-prios desta terra, apenas nos garantem pobreza e miséria. Obviamente que nada disto é por acaso e não somos piores que os outros. Por alguma razão o trabalho dos nossos emigrantes é apreciado. Tal como os nossos emigrantes os trabalhadores da Sience4you estão comprometidos e gostam de trabalhar.Cada vez gosto mais da ideia que o país é aquilo que faze-mos.

ATUALIDADES

CARLOS A CUPETOPROFESSOR UNIVERSITÁRIO

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