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XXI 35 22/02/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Meio Ambiente Patrimônio Cultural Saúde Direitos Humanos Procon-MG Destaques: Liminar garante posse de 70 procuradores - p. 02 Burguês vê “erro” da Justiça e garante que não vai renunciar - p. 05 Anastasia inaugura casa destinada à proteção dos direitos humanos - p. 41

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Clipping Geral e Espec. Eletrônico

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XXI

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22/02/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralMeio Ambiente

Patrimônio CulturalSaúde

Direitos HumanosProcon-MG

Destaques:

Liminar garante posse de 70 procuradores - p. 02

Burguês vê “erro” da Justiça e garante que não vai renunciar - p. 05

Anastasia inaugura casa destinada à proteção dos direitos humanos - p. 41

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Marcelo da Fonseca

Um “erro matemático” do Mi-nistério Público e do Tribunal Re-gional Eleitoral (TRE-MG). Foi essa a explicação apresentada na tarde de ontem pelo presidente da Câma-ra de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), ao comentar a de-cisão publicada na quarta-feira pelo juiz Manoel dos Reis Morais, que pediu a cassação de seu mandato por gastar verbas do legislativo acima do normal em ano eleitoral. “Houve um equívoco no cálculo tanto do MP quanto da Justiça. Erros acontecem, mas quando for feita a perícia e os números forem analisados, veremos que o cálculo está errado”, afirmou Burguês. O vereador comemorou a suspensão da sentença por meio de liminar acatada menos de 24 horas depois e garantiu que não existe qual-quer chance de renunciar ao cargo.

Na sentença que apontou abuso de poder político e econômico na dis-puta eleitoral por Burguês, o juiz cita uma média anual de R$ 1,8 milhão gastos nos últimos três anos para a

LEgISLATIVO MUNICIpAL

Burguês aponta erro de cálculo

Presidente da Câmara de BH atribui pedido de cassação de

seu mandato a um equívoco do Ministério Público e da Justiça

e afirma que não foi beneficiado pelas propagandas da Casa

divulgação das atividades da Casa. No ano passado, esse valor teria al-cançado R$ 2,7 milhões, quase R$ 1 milhão a mais que a média. No en-tanto, o vereador rebateu os números que serviram de base para a ação do MP e apresentou ontem valores di-ferentes. “A Câmara gastou nos últi-mos três anos R$ 9,3 milhões. O que daria uma média de R$ 3,1 milhões por ano. No ano passado, gastamos R$ 2,7 milhões, ou seja, R$ 400 mil a menos do que poderíamos ter gasto”, disse o tucano.

Burguês ressaltou que a divul-gação dos trabalhos do Poder Legis-lativo é uma obrigação prevista na Constituição e que em ano eleitoral as ações poderiam ser feitas até ju-nho, prazo maior do que o usado pela Câmara em 2012. “Nossas ações ter-minaram em 28 de fevereiro, ou seja, quatro meses antes do permitido. Foram três campanhas: uma com re-lação ao reajuste do salário, outra so-bre o balanço da Casa e outra com o lançamento do portal da transparên-cia. Temos obrigação de mostrar para a população o que está sendo feito”, explicou.

NA FILA O pedido de liminar protoco-

lado na noite de quarta-feira pelos advogados de Burguês foi enviado ao MP, que devolverá o processo ao TRE-MG hoje com as contrarrazões sobre a justificativa apresentada pela defesa do vereador. Segundo o pro-motor Eduardo Nepomuceno, será apresentado o laudo pericial, com todas as notas e dados oficiais sobre os gastos da Câmara. A partir daí, a ação entrará na fila para ser avaliada pelo colegiado do tribunal. O tempo de tramitação depende do número de processos que entrarão na pauta até a próxima semana e da complexidade dos dados.

Sobre a possibilidade de que a nova polêmica envolvendo o pre-sidente da Câmara reforce a visão negativa da Casa pela população, Burguês minimizou o conteúdo da

denúncia e se disse pronto para en-frentar esse tipo de situação. “Qual-quer processo desgasta. Mas nós políticos estamos acostumados com isso. Quem não quiser se aborrecer que não entre para a política”, ava-liou.

O tucano questionou também o entendimento do juiz sobre um possível benefício próprio de Bur-guês nas campanhas de divulgação da Câmara. “Nenhuma dessas ações citou o meu nome ou falou do presi-dente. No caso da minha cassação, o juiz e o MP estão entendendo que eu fui beneficiado com isso, o que não aconteceu. Esse processo começou um ano antes da eleição e o equívoco era bem maior, nós mostramos para o promotor e ele diminuiu. Com núme-ros não há o que discutir, é matemáti-ca”, disse o vereador.

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Brasília. Por 7 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, ontem, denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusava o deputado João Ma-galhães (PMDB-MG) de crime eleitoral. O peemedebista ainda é alvo de outros três in-quéritos na Corte por supostos crimes con-tra o sistema financeiro, peculato e tráfico de influência.

No julgamento de ontem, a maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Gilmar Mendes, que classificou a denúncia de frá-gil. Os ministros concluíram que ocorreram falhas na prestação de contas, mas avalia-ram que essas falhas não caracterizariam crime eleitoral.

Apenas os ministros Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia defenderam abertura de ação penal contra o deputado mineiro. O ministro Joaquim Barbosa estava ausente

do plenário no momento da votação.

Segundo a acusação da Procuradoria, na campanha eleitoral de 2006, Magalhães cometeu irregularidade na prestação de contas, deixando de declarar gastos, como R$ 1.500 em locação de automóveis, R$ 1.400 em pintura de muros e R$ 3.500 na compra de combustíveis. Além disso, omi-tiu, conforme a denúncia, o uso de 55 carros durante a campanha.

Emendas. Em abril de 2011, o Supremo abriu uma ação penal para investigar João Magalhães por suposta venda de emendas parlamentares ao orçamento da União desti-nadas a um município de Minas Gerais.

Por unanimidade, os ministros aceita-ram a denúncia de corrupção passiva apre-sentada pelo Ministério Público Federal, e o parlamentar passou a ser réu na ação penal.

Crime eleitoral

Supremo rejeita denúncia contra João MagalhãesO TEMpO - Mg - ON LINE - 22.02.2013

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Deputado emprega vereadoresFábio Cherem (PSB) nomeou e remunera em seu gabinete na Assembleia dos parlamentares de Lavras e a esposa de outro

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MINAS GERAIS sex 7JUSTIÇA

Página PreParada Pelo Centro de imPrensa do tribunal de Justiça do estado de minas gerais

Em Varginha, iniciativas contribuem para a redução da reincidência na prática de crimes

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execução de pena de forma mais dignaO projeto Novo Olhar leva detentos às escolas para contar aos estudantes sobre as consequências do uso de drogas

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ESTADO DE MINAS | gERAIS | Mg 22 DE FEVEREIRO DE 2013Ministério público

Chefe tem júri confirmadoJoão Henrique do ValeEm decisão publicada ontem, a Justiça manteve a determinação

de mandar a júri popular o líder da quadrilha que se tornou conhecida como Bando da Degola, que assassinou brutalmente dois empresários em um apartamento do Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Ho-rizonte, em abril de 2010. O desembargador Manuel Bravo Sarama-go, terceiro vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), negou recurso impetrado pela defesa do ex-estudante de di-reito Frederico Flores, que pedia a anulação da sentença de pronúncia, que em julho de 2011 determinou a realização do júri.

Além de Flores, sete pessoas respondem pelo assassinato dos em-presários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodri-gues, de 39. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os oito sequestraram as vítimas para extorqui-las. Depois, o grupo assassinou os dois homens e transportou os corpos no porta-malas do carro de um deles para a região de Nova Lima, onde foram deixados sem as cabe-ças.

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TRANSpARÊNCIA

nos feriados nacionais e forenses e informações são do MPF.

DIÁRIO DO COMÉRCIO - Mg p. 27 - 22.02.2013

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Autor(es): LILIAN TAHAN

Ganho bruto de servidores do TCDF vai superar venci-mento de Dilma, de R$ 28 mil. Mas valor líquido será menor porque a Constituição determina a aplicação de abate-teto para que não ultrapasse R$ 25.323,51, a remuneração máxi-ma do funcionalismo do Distrito Federal

Com o aumento previsto em lei para o Tribunal de Con-tas do Distrito Federal, 258 dos 514 funcionários que com-põem o quadro de pessoal da Corte terão a chance de receber R$ 25,3 mil mensais. Na administração local, apenas 1% atinge esse valor

Em meio a gratificações, passivos trabalhistas, reajuste de vencimento e reestruturação de carreira, os servidores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) se firmam en-tre as categorias mais bem pagas do funcionalismo público. De um total de 514 funcionários do quadro de pessoal, 258, ou seja, 50%, têm a perspectiva de chegar ao teto constitu-cional do DF. Esses trabalhadores poderiam até ultrapassar o limite federal, de R$ 28.059,29, não fosse a lei que obriga o abate quando o valor atinge o que ganha um desembargador do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). A situ-ação de auditores do TCDF é um privilégio se comparada à dos 133,2 mil servidores que trabalham no Poder Executivo local. Desses, apenas 1,02% atingiu os contracheques mais altos pagos no DF, de R$ 25.323,51.

Criada para fiscalizar como o governo e o próprio Poder Legislativo gastam o dinheiro dos impostos, a carreira de au-ditores e de analistas do TCDF está dividida em três classes, que contemplam 18 padrões. Quem entrar para a função hoje terá, por lei, salário mínimo de R$ 17.767,74. Esse valor leva em conta os benefícios criados a partir da promulgação da Lei nº 5.013, de 2 de janeiro de 2013, além de gratifica-ções pagas aos servidores da Casa. No final da carreira, a soma dos contracheques de auditores, cuja exigência é cur-so superior, poderá chegar a R$ 31.141,58. Como o teto do funcionalismo local é de R$ 25,3 mil, a quantia será abatida em R$ 5,8 mil. Mas toda a vez que o limite for corrigido, esses servidores contarão com amparo legal para aumento imediato de salários.

CorreçãoA tabela de correção à qual o Correio teve acesso de-

monstra que, em termos proporcionais, as perspectivas de ascensão salarial são ainda melhores para as categorias pro-fissionais do TCDF com menor qualificação. Com as no-vas regras criadas para cargos e salários do tribunal, auxi-liares de administração pública passam a receber entre R$ 7.314,72 e R$ 12.820,51. Atualmente, existem 45 servidores nessa categoria, em que o pré-requisito para ingresso foi a comprovação de escolaridade fundamental, a antiga 4ª série. Esses trabalhadores foram contratados para funções como a de motoristas, copeiros, porteiros, serviços gerais.

Ao longo dos anos, no entanto, a maior parte desses au-

xiliares — 36 — foi remanejada para atividades administra-tivas. Ainda hoje, segundo o próprio tribunal, há sete mo-toristas e dois garçons. Dados publicados no site do TCDF mostram que, pelo menos, 15 servidores remanejados para atividades administrativas ganharam funções comissiona-das. Assim, além dos salários que podem chegar aos R$ 12,8 mil, eles ainda têm a chance de incorporar entre R$ 1.291,40 e R$ 3.014. Então, na melhor das hipóteses, poderão receber até R$ 15,8 mil. Mais do que o dobro do que ganha um pro-fessor com, pelo menos, 17 anos de carreira. É mais também do que pagam a policiais civis, militares, bombeiros em final de carreira. Um agente da Polícia Civil com 15 anos de atu-ação chega a receber R$ 11.879. É salário ainda compatível com o que ganham os médicos experientes do organograma do GDF.

Reajuste médioEm termos percentuais, quando são levados em conta

os penduricalhos nos vencimentos, auditores terão aumento médio de 44,68%. Já os técnicos, com escolaridade inter-mediária, terão melhorias médias da ordem de 47,22% e os auxiliares de até 63,69%. Esse índice embute o impacto da incorporação dos 11,98% aos vencimentos referentes a uma correção do Plano Real, que embora ainda seja uma questão judicializada, foi prevista na nova lei e paga administrati-vamente a todos os servidores. Para arcar com os valores, o passivo trabalhista desembolsado pelo tribunal chegou a R$ 51 milhões.

A bolada é apenas uma parte dos R$ 200 milhões que foram repassados nos últimos 10 anos para quitar passivos trabalhistas, segundo levantamento com base em dados do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) do governo. Bom lembrar que entre servidores da ativa, apo-sentados, pensionistas, requisitados, o TCDF reúne 1.030 funcionários. Significa que, além dos salários, os servidores tiveram a cada ano uma média de acréscimo de passivos tra-balhistas da ordem de R$ 19.417,47.

Em entrevista ao Correio na última quarta-feira, o presi-dente do TCDF, Inácio Magalhães, explicou que o paradig-ma usado para conceder os aumentos no tribunal foram os salários da Câmara Legislativa. Ele defende que os valores quando comparados a vencimentos do Poder Legislativo fi-cam equiparados e que as distorções com os salários pagos pelo Executivo são conhecidas nacionalmente.

O conselheiro, que assumiu o cargo de presidente em janeiro, lembra que existe previsão orçamentária para o rea-juste que terá impacto anual de R$ 33 milhões, mas admite que houve uma falha ao não se prever a medida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse fato, aliás, é o prin-cipal argumento de uma Ação Direta de Inconstitucionali-dade apresentada à Justiça pelo Ministério Público a partir da provocação do distrital Chico Vigilante (PT). O desfecho da Adin sob exame do desembargador George Lopes Leite deverá ocorrer até a próxima semana.

CORREIO BRAzILIENSE - ON LINE - 22/02/2013

SALÁRIO DOS NOVOS MARAJÁS DO DF CHEGARÁ A R$ 31 MILMETADE DOS SERVIDORES DO TCDF PODE GANHAR O TETO

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Por volta de 1992 eu tinha uma vida bem mais sim-ples. Um dos meus maiores dilemas era escolher entre uma aula de direito civil e uma cerveja no bar do Inácio, que ficava na Rua Guajajaras, no Centro de Belo Hori-zonte, perto da Faculdade de Direito da UFMG. Digo fi-cava porque não havia nem dois anos que minha turma se formou e o boteco fechou. Para nós, ficou sempre aquela dúvida se a gente não estava bebendo demais, a ponto de o boteco quebrar quando paramos de frequentá-lo. Du-rante cinco anos, o bar do Inácio quase sempre venceu a disputa com aula de direito civil, e hoje, transcorridos mais 15 anos, percebo que a escolha foi extremamente lúcida e inteligente.

A aula de direito civil versava sobre os frutos pen-dentes, percipiendos e percebidos. Em uma linguagem formal, o professor catedrático dizia que os primeiros eram aqueles que ainda estavam juntos à coisa que o ge-rou. Os percipiendos eram frutos que até poderiam ter sido retirados do bem que os gerou, mas que ainda não o foram. Por fim, os percebidos eram aqueles que foram efetivamente separados da coisa responsável pela gera-ção de tais frutos. Tal classificação, segundo os mestres de direito civil, era relevante para definição da proprieda-de dos frutos retirados da coisa.

Para ter certeza que todo mundo entendeu, o pós-doutor dizia, em tom célebre, que se você tivesse um pé de jaca cujos galhos se projetassem sobre o terreno vi-zinho a jaca que estivesse pendurada no pé pertencia ao proprietário da árvore, a que caísse no chão do terreno do vizinho era desse último e a que estivesse madura, mas que ainda não tivesse sido colhida, você podia enfiar... ou coisa parecida (perdi essa parte da aula pois, como já disse, estava no bar do Inácio).

Esse era um dos conteúdos programáticos da Facul-dade de Direito em 1992, apelidado por mim, carinhosa-mente, de “teoria da jaca”.

A “teoria da jaca” me empurrava para o bar do Iná-cio, lugar esse que quebrou uns dois anos depois que nos formamos na Faculdade de Direito (1997). Como já dis-se, cheguei a achar que o bar quebrou porque bebíamos demais e paramos de frequentar o lugar depois da forma-tura.

Ainda no que diz respeito à “teoria da jaca”, sincera-mente, gostaria de dizer que hoje ela não mais faz parte do conteúdo programático dos cursos de direito, que em 2003 entrou em vigor um novo Código Civil e que as au-las de direito atualmente ministradas nas faculdades fo-ram reformuladas. No entanto, isso não é verdade e basta você abrir um manual “atualizado” de direito civil ou dar uma olhadela no artigo 1.284 do CC de 2002 para consta-tar que a jaca continua a ser assunto recorrente nas aulas do curso de direito e fruto de acaloradas discussões.

É preciso dizer ainda que, na pior das hipóteses, a “teoria da jaca” é uma velhinha às vésperas de completar 100 anos, uma vez que constava do CC de 1916 e se man-teve no Código de 2002 (em vigor).

Hoje, os papéis se inverteram: me formei, fiz do di-reito a minha profissão e, depois de relutar um pouco, fiz mestrado e passei a lecionar em uma faculdade. A iro-nia só não é maior porque não me especializei em direito civil e, portanto, não sou obrigado a repassar aos meus alunos os meandros da “teoria da jaca”. No entanto, vez por outra, me vejo dentro de uma sala de graduação do curso de direito falando sobre assuntos cuja utilidade é questionável.

O mais impressionante é que todos nós, alunos re-cém-egressos do segundo grau, já sabíamos, em 1992, que essa p... não servia para nada ou que, ainda que tives-se alguma utilidade, era muito inferior à que lhe deram os catedráticos de direito, com seus infindáveis artigos, dissertações e teses acadêmicas. No auge de nossa me-diocridade, já era possível intuir tal circunstância.

Ao longo desses 20 anos, ouvi relatos de pesquisa-dores das ciências exatas e humanas que foram aprimorar seus estudos fora do país. Tais pesquisadores se apresen-taram em universidades americanas com projetos de es-tudos razoavelmente adiantados e, por ocasião da análise de tais projetos, encontraram dificuldades extremas para responder um único questionamento: para que serve a sua pesquisa?

De forma bastante direta, as universidades norte-americanas disseram que jamais investiriam tempo e di-nheiro, seja ele público ou privado, em pesquisas que não demonstrem a sua viabilidade prática. Tal circunstância explica por ssque boa parte das universidades americanas consegue obter financiamento privado de suas pesquisas, enquanto as brasileiras mendigam verbas públicas. Ex-plica também o verdadeiro desinteresse do aluno – nota-damente do curso de direito – pelas aulas. E o sucesso do bar do Inácio...

ESTADO DE MINAS - Mg - p. 01 - DIREITO & jUSTIçA - 22.02.2013

A teoria da jaca Ao longo desses 20 anos, ouvi relatos de pesquisadores das ciências exatas e humanas que foram aprimorar

seus estudos fora do país. Tais pesquisadores se apresentaram em universidades americanas com projetos de estudos razoavelmente adiantados e, por ocasião da análise de tais projetos, encontraram dificuldades

extremas para responder um único questionamento: para que serve a sua pesquisa?

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ESTADO DE MINAS - Mg - p. 21 - 22.02.2013 OURO pRETO

Igreja interditada terá verba do PAC

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Marcelo Portela

As investigações de denúncias de tráfico de órgãos em Poços de Caldas (MG) podem desvendar um esquema de homicídios e desvio de recursos públicos. Uma vertente das apurações já rendeu sentença de pri-são a quatro médicos da cidade, mas ainda tramitam inquéritos sobre des-vio de recursos públicos e até de um suposto suicídio de um administra-dor da Santa Casa que, após ser ar-quivado pela Polícia Civil, voltou a ser investigado por determinação do Ministério Público Estadual (MPE).

Segundo o juiz Narciso Alvaren-ga Monteiro de Castro, da 1.ª Vara Criminal da comarca, a denúncia que rendeu as condenações aos médicos Alexandre Crispino Zincone, Cláu-dio Rogério Carneiro Fernandes, João Alberto Goes Brandão e Celso Roberto Frasson Scafi foi um dos re-sultados de “dezenas de inquéritos” que incluem apurações de mortes de pacientes que viraram doadores da órgãos, desvio de recursos estaduais e federais e cobranças duplicadas de procedimentos médicos, entre ou-tros, em tramitação no MPE e na Po-lícia Federal.

Além da morte de José Domin-gos de Carvalho, de 38 anos, em 2001, que rendeu penas de 8 a 11 anos aos acusados, pelo menos mais duas mortes ocorridas entre 2000 e 2002 são investigadas, incluindo a de Paulo Veronesi Pavesi, de 10. O caso foi parar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) após um dos promotores pedir a “impro-núncia” de suspeitos, ou seja, na oca-sião o MPE pediu para o processo ser extinto.

Segundo Castro, a maior parte das ilegalidades investigadas ocor-reu na Santa Casa de Poços de Cal-das. “Foram feitas várias auditorias à época, mas nada mudou e é preciso que se façam outras”, diz. A Polícia Federal também instaurou inquérito.

Possível homicídio. As investi-gações vão abranger ao menos uma morte ocorrida fora da Santa Casa. Em meio aos inquéritos, o adminis-trador da instituição, Carlos Henri-que Marconi, foi encontrado morto quando deveria se dirigir a uma reu-nião no local.

Na ocasião, a Polícia Civil arqui-vou o inquérito, alegando que Mar-coni cometeu suicídio. Mas, segundo Castro, Marconi teria “grampeado” várias reuniões da diretoria da insti-tuição e outra representante do MPE que assumiu o caso pediu a reabertu-ra das investigações.

O Estado entrou em contato com a Santa Casa de Poços de Caldas, mas ninguém da administração da instituição falou sobre o caso. Até o início da noite de ontem, não houve retorno dos representantes da unida-de.

Já a defesa dos médicos conde-nados informou que entrou com re-curso da sentença.

--Corrupção

NARCISO DE CASTROJUIZ

“Aquilo (a Santa Casa de Poços de Caldas) é um sorvedouro de re-cursos públicos.”

O ESTADO DE S. pAULO | VIDA | BR - 22 DE FEVEREIRO DE 2013

Investigação de tráfico de órgãos em MG pode revelar mais crimesDesvio de recursos públicos e até o assassinato de um administrador de hospital são apurados

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LUCAS SIMÕES

Minas Gerais está muito perto de atingir a ca-pacidade máxima de atendimento para usuários de drogas. Dados da Subsecretaria de Polícias Antidro-gas mostram que 96,34% dos atendimentos médicos oferecidos pelo poder público já foram ocupados no ano passado. Das 12.855 vagas disponibilizadas pelo Governo do Estado, 12.385 estão preenchidas.

Para especialistas, a solução é abrir novas vagas. Porém, o Estado nega o déficit e considera a situação “normal”.

Apesar disso, quem precisa internar um paren-te com problemas de dependência química, diz que a espera tem sido longa. A coordenadora do projeto Mães de Minas Contra o Crack, Dalvineide de Almei-da Santos, conta não ter conseguido vaga em nenhum hospital que trata dependentes químicos, na capital mineira, nos últimos 15 dias. “É desesperador porque demoramos a conseguir um laudo para a internação e, quando ele sai, não achamos vagas. Aí a família sofre mais”, criticou.

Segundo o diretor do Instituto Raul Soares, Mau-rício Leão Rezende, referência no tratamento de usu-ários de drogas na capital, apenas 10% de todos os pacientes que procuram atendimento para tratar o vício em Minas Gerais são atendidos. “A população tem demandado cada vez mais vagas, principalmente após a epidemia do crack. Hoje, apenas os casos de consultas emergenciais são atendidos plenamente. O restante, internações e atendimento parcial durante o dia, não passam de 10%. É muito pouco”, disse.

Mesmo assim, o governo do Estado considera normais os números de atendimentos em Minas. Para o superintendente do Centro de Referência Social em Álcool e Drogas (Cread), Amaury Costa Inácio da Silva, não há déficit de vagas para tratamentos de dependentes químicos. “Nunca houve um problema de falta de vagas. O que acontece é que o número de vagas oscila com freqüência porque é muito grande o índice de desistência do tratamento. Assim, sem-pre temos rotatividade de vagas”, frisou. Apesar dis-so, Silva admite trabalhar com uma média mensal de 90% das vagas ocupadas.

A Subsecretaria de Política Antidrogas informou, por meio da assessoria de imprensa, que pode solicitar a abertura de novas vagas, de acordo com a demanda de pacientes. Atualmente, existem 28 entidades con-veniadas - a maioria, comunidades terapêuticas - para

receber usuários de drogas em tratamento.MinasTratamento compulsório está longe de acontecerA internação chamada compulsória para usuários

de drogas aquela feita por meio de determinação ju-dicial ainda não deverá ser uma prática comum em Minas. Isso porque, para o Tribunal de Justiça de Mi-nas Gerais (TJMG), faltam clínicas públicas capazes de oferecer esse tratamento.

Segundo a juíza Valéria Rodrigues, da Vara Infra-cional da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, não existe nenhum local público que realize o trata-mento de usuários de drogas contra a vontade deles. “Uma coisa é a internação compulsória, quando obri-gamos o usuário a ir até o local e se internar. Outra coisa é quando o a se manter em tratamento. Essa segunda opção não pode existir porque, em Minas, não temos clínicas públicas que são capazes disso”, afirmou. A Secretaria de Política Antidrogas diz não ter expectativa de abertura de clínicas públicas.

Enquanto 19 dependentes químicos foram inter-nados compulsoriamente em um mês em São Paulo, e outros 99 no Rio de Janeiro, desde a última terça-feira, Minas realizou apenas três internações compul-sórias de adolescentes infratores desde o fim do ano passado. “Essa internação deve ser feita só em casos de alto risco”, justificou a juíza Valéria. (LS)

Dependência

UFMG vai oferecer curso de capacitação

Enquanto familiares questionam a falta de vagas para tratamento de dependentes químicos em Minas Gerais, médicos reivindicam uma formação específi-ca para lidar com usuários de drogas e álcool. Inau-gurado neste mês, o Centro Regional de Referência em Crack e Outras Drogas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai capacitar médicos, psi-cólogos, assistentes sociais e até policiais para lidar com usuários de drogas.

Segundo o médico Frederico Garcia, coordena-dor do Ambulatório de Dependentes Químicos do Hospital das Clínicas, até o fim deste ano, vão ser ca-pacitados 300 profissionais na cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. “Eles vão fazer um curso de um mês para entender a forma ideal de abordagem e conciliação com o dependente quí-mico”, disse. (LS)

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Internações próximas do limiteEspecialistas cobram mais leitos, mas governo diz que a situação está normal

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