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XXI 34 21/02/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: Clipping Geral Meio Ambiente Saúde Procon-MG Tráfico e Abuso de Drogas Destaques: Burguês recorre da cassação e poderá continuar no cargo - p.05 Lei que limita ação de promotores avança na Assembleia de SP - p. 09 Justiça mineira condena 4 médicos por tráficos ilegal de órgãos e tecidos - p. 20

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Clipping Geral e Espec. Eletrônico

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XXI

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21/02/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

Clipping GeralMeio Ambiente

SaúdeProcon-MG

Tráfico e Abuso de Drogas

Destaques:

Burguês recorre da cassação e poderá continuar no cargo - p.05

Lei que limita ação de promotores avança na Assembleia de SP - p. 09

Justiça mineira condena 4 médicos por tráficos ilegal de órgãos e tecidos - p. 20

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estado de minas - mG - P. 02 - 21.02.2013em dia Com a PolítiCa

estado de minas - mG - P. 04 - 21.02.2013CenÁRio PolítiCo

estado de minas - mG - P. 28 - GRita GeRal Grita Geral - noVa lima

Embargo de conjuntojá dura mais de um ano

Élio Luciano Filizzola – por e-mail“O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) embargou um con-

junto de apartamentos na Avenida de Ligação, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sob o pretexto de o projeto estar desca-racterizando a Serra do Curral. O projeto, que foi aprovado pela Prefeitura de Nova Lima, está embargado há mais de um ano e os condôminos não receberam nenhum tipo esclarecimento. Em contrapartida, constantemen-te são instaladas antenas no topo da Serra do Curral e isso não a desfigura, além da construção de um heliponto na Rua Aloisio Guimarães, no Bairro Belvedere, em BH, no pé serra.”

ministÉRio PÚBliCo ResPondeO Ministério Público de Minas Gerais explica que, ao contrário do

que informa o leitor, o prédio está embargado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e não pelo MPMG, por causar danos paisagísti-cos à Serra do Curral. Acrescenta que todos os casos citados estão sendo acompanhados pelo MP e que a questão das antenas é objeto de inquérito civil, mas o problema não é tão fácil de resolver, pois a retirada imediata das antenas comprometeria todo o sistema de comunicação e transmissão de dados em Belo Horizonte, inclusive dos órgãos de segurança pública. Quanto aos demais prédios em construção na mesma rua, o MPMG es-clarece já ter sido apurado que nenhum deles causa interferência negativa na linha de cumeada da Serra do Curral. Por isso o Ministério Público não buscou o embargo judicial dos casos supracitados. Acrescenta que o heliponto está embargado pela Prefeitura de Belo Horizonte e pela Justi-ça, estando o proprietário autorizado apenas a continuar com a edificação lindeira, que é um prédio residencial.

Maratona eleitoralBaptista Chagas de AlmeidaO ex-procurador-geral do estado Jarbas Soares

foi o mais votado para a lista tríplice de indicações para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), com 95,7% dos votos. Se for o indicado, enfrentará uma verdadeira maratona. Terá de dispu-tar com os indicados de 26 estados mais o Distrito Federal. Os três mais votados ganham mandato de dois anos, mas precisam antes ser aprovados no Se-nado por maioria absoluta, o que exige os votos de 41 senadores e ainda aguardar nomeação da presi-dente Dilma Rousseff. Haja ansiedade!

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Vereador fica recluso e deixa até de ir à academia

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Acordo. Governador diz que Planalto e Minas defendem mudanças iguais

Novo código de mineração será melhor para Estados, diz Anastasia

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Lei que limita ação de promotores avança na Assembleia de SP

Pelo projeto, iniciativa de processar deputados por improbidade passa a ser só do procurador-geral

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BrasíliaA resolução que deveria impedir eventos patroci-

nados por empresas privadas no Judiciário terminou por institucionalizar uma espécie de cota patrocínio. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recuou da propos-ta de extinguir os patrocínios privados e aprovou uma resolução para estabelecer um limite máximo. A partir de agora, os tribunais poderão receber financiamento de empresas privadas, desde que o valor não ultrapasse o equivalente a 30% do que será gasto no congresso ou seminário.

A proposta original vedava completamente o pa-trocínio de empresas privadas. A intenção era coibir al-guns eventos que, de acordo com conselheiros, asseme-lhavam-se a colônias de férias, inclusive com o sorteio de presentes, como carros e cruzeiros marítimos.

Mas o texto original foi considerado severo demais por integrantes do Conselho. O presidente do CNJ, mi-nistro Joaquim Barbosa, propôs então que fosse estabe-

lecida a cota. “A solução dos 30% veio de mim, como forma de viabilizar a resolução”, afirmou Barbosa. O ministro, no entanto, disse ser a favor da extinção total dos patrocínios de eventos com a participação de ma-gistrados. “Isso virá no futuro”.

Barbosa também voltou a defender o poder do CNJ de quebrar os sigilos bancário e fiscal de magistrados investigados. Na sessão de anteontem, parte dos con-selheiros defendeu que só uma decisão judicial poderia autorizar a medida, enquanto outros defendiam que a decisão fosse do plenário. “Acho que para cada pro-cedimento trazer ao plenário a aprovação ou não é in-viabilizar na prática. Isso não vai andar”, afirmou. Em seu entender, se houver abusos, o plenário do CNJ pode derrubar a decisão.

No passado, o plenário do Conselho decidiu que as quebras de sigilos devem ser autorizadas pela maioria dos conselheiros.

o temPo - mG - on line - 21.02.2013

Autor(es): DIEGO ABREU

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou os trabalhos do Fórum de Coordenação do Judiciá-rio na Copa do Mundo de 2014. O grupo, composto por 33 integrantes, foi instalado ontem, em Brasília. Na solenidade, foram definidas as primeiras me-tas do fórum, que atuará para garantir a celeridade das obras dos estádios e de infraestrutura urbana das cidades sedes da Copa das Confederações e do Mundial. Outra função será garantir o bom funcio-namento da Justiça durante os eventos.

Na primeira reunião, o conselheiro do CNJ Bru-no Dantas, presidente do fórum, criou três grupos de trabalho, compostos por magistrados da Justiça estadual, federal e trabalhista. Também foi estabele-cida na reunião a instituição da ouvidoria, que será o canal de comunicação entre os juízes e a socieda-de.

De acordo com Bruno Dantas, o objetivo não é interferir nas sentenças judiciais, mas evitar atrasos que possam prejudicar o país. “É importante também

que as instituições públicas passem a mensagem de que não aceitarão greves oportunistas”, afirmou.

O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a Região Centro-Oeste, We-ber Magalhães, colocou a estrutura jurídica da enti-dade à disposição do fórum para eventuais parcerias em prol do sucesso das competições.

Integrante do fórum, o desembargador Aluísio Mendes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro, avisou que os conflitos serão resolvidos o mais rapidamente possível. “Te-mos que preparar desde já o terreno para a Justiça funcionar bem durante os eventos”, alertou.

O comitê executivo terá encontros mensais em Brasília, e os grupos de trabalho se reunirão a cada dois meses em uma cidade sede. O fórum é com-posto por conselheiros e juízes auxiliares do CNJ, e magistrados representantes dos tribunais de Justiça dos estados sedes da Copa e dos Tribunais Regio-nais Federais e do Trabalho com jurisdição nas 12 cidades que serão palco da Copa de 2014.

decisão

CNJ recua e cria teto para gastos de eventos de juízes

CoRReio BRaziliense - on line -21/02/2013

CNJ define grupos de trabalho

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Mutirão vai socorrer doentes mentais em presídios

Grupo será criado para identificar vagas na rede pública de saúde, e polos de perícia psiquiátrica serão abertos Vinicius Sassine (Email · Facebook · Twitter)BRASÍLIA — O governo decidiu nesta quarta-feira fazer

mutirões em todos os presídios e manicômios judiciários onde há detentos em situação ilegal. A decisão foi tomada após O GLOBO revelar, numa série de reportagens, a detenção ilegal de pessoas com transtornos mentais em presídios comuns.

Secretários, diretores e técnicos do Ministério da Saúde, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e do Departa-mento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça, reuniram-se ontem e também acertaram que um gru-po ficará responsável por identificar vagas para pacientes infra-tores na rede pública de saúde.

Outra decisão foi acelerar a elaboração de um projeto de lei que altera o Código Penal, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal no que diz respeito ao cumprimento de medidas de segurança, com garantias de atendimento em saúde mental.

Os mutirões serão articulados com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Uma portaria do Ministério da Saúde vai criar polos de perícias psiquiátricas em todos os estados, com o ob-jetivo de subsidiar decisões judiciais em casos envolvendo acu-sados com transtornos mentais. O grupo interministerial deci-diu formular medidas para regular a entrada de pessoas com transtornos mentais no sistema prisional. Além disso, serão de-senvolvidas ações para mapear as necessidades de tratamento médico e de encaminhamento à rede de saúde.

— Demos continuidade às discussões sobre a implantação de modelos substitutivos de cumprimento de medidas de segu-rança — disse a coordenadora-geral de Reintegração Social do Depen, Mara Barreto.

A série de reportagens publicadas pelo GLOBO desde do-mingo denunciou a prisão de pessoas com transtornos mentais nas mesmas celas de detentos provisórios ou condenados, ape-sar da absolvição pela Justiça e da aplicação de uma medida de segurança.

Pelo menos 800 pessoas com transtornos cumprem a medi-da em presídios. Outras 1,7 mil aguardam atendimento psiquiá-trico. O GLOBO esteve em sete presídios, uma ala de tratamen-to psiquiátrico e manicômios judiciários em São Luís, Teresina, Goiânia e Brasília. A realidade constatada é de uso contumaz de crack, hipermedicação, inexistência de assistência médica e falta de laudos psiquiátricos.

O jornal mostrou também que manicômios judiciários são espaços para prática de tortura. Em Teresina, detentos provisó-rios estão há mais de 20 anos aguardando laudo psiquiátrico. A série revelou ainda que o SUS chega a menos de quatro em cada dez detentos.

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Geraldo Wilson FernandesProfessor titular de ecologia na Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG)Alvaro S. FrazãoDoutorando pela Universidade de Buenos Aires

Crime, covardia, impropriedade, abuso e autoritaris-mo seriam adjetivos apropriados para descrever a ação re-cente do governo federal que impede proprietários rurais, na região da Serra do Cipó, de utilizarem seu patrimônio. Os governos estadual e federal, por meio de seus órgãos ambientais, têm cometido verdadeiros crimes contra o ci-dadão que preserva suas terras, as plantas e animais que nelas vivem. Por sucessivos anos adotam a política de re-tirá-lo de suas terras e torná-las unidades de conservação de proteção integral. Esse modelo ecológico e socialmente arcaico de uso do espaço desconhece que, além de integrar o ambiente, o homem é a razão pela qual a terra impor-ta para conservação. Mesmo assim, após ser removido e despojado de sua terra, seu destino é totalmente ignorado pelo governo.

Além disso, ignoram-se também os impactos ambien-tais nessas áreas, agora sob a propaganda de “proteção efi-ciente” veiculada pelo Estado. Por meio de tais atitudes o governo desrespeita flagrantemente os direitos e garan-tias fundamentais do direito de propriedade consagrados na Constituição Federal (CF, artigo 5º, XXII), bem como sua função social (artigo 5º, XXIII). Lembrando que ela faz parte das cláusulas pétreas nos termos do artigo 60, parágrafo quarto, da CF. Em muitos casos, o valor da in-denização recebido pelo ex-proprietário é muito inferior ao do mercado. Além de ser financeiramente injusto, ele não consegue manter uma vida digna e pode se deprimir em consequência de ter perdido sua história e referências. Nesses casos, há também violação do princípio da digni-dade da pessoa humana (artigo 1º, II, CF). São numerosos no Brasil os casos nos quais os valores indenizatórios são tão irrisórios que provocam a desestruturação de adultos e filhos mal acomodados nas periferias das grandes cidades. Obviamente, isso os torna susceptíveis a cometer crimes, usar drogas ou se prostituir.

Outro crime associado à criação mal planejada e irres-ponsável de unidades de conservação é o que se poderia chamar de desapropriação indireta. Nesse caso, o Estado se apropria de bem particular “manu militari“ não emi-tindo, como deveria, declaração indicativa de seu interes-se e muito menos o pagamento de indenização prévia. O prejudicado é que recorra ao Poder Judiciário por meio de ação de natureza indenizatória de perdas e danos. Na desapropriação indireta não há qualquer relação com o modo de desapropriação previsto na Constituição, porém é fundamentada no artigo 35 do Decreto-lei 3.365/41, o

qual muitos juristas entendem ser inconstitucional, além de promover esbulhos possessórios, ou o abusivo e irre-gular apossamento de bem particular pelo poder público. Divulga-se que uma determinada propriedade ou região seria “desapropriada por meio de dispositivo legal”. Rapi-damente, a área se desvaloriza, pois ninguém vai investir em uma área legalmente engessada.

Caso semelhante ocorreu na Serra do Cipó: foi divul-gado oficialmente que o Parque Nacional da Serra do Cipó seria ampliado, avançando sobre a Área de Proteção Am-biental Morro da Pedreira. Contra a ideia manifestaram-se apenas alguns moradores bem-informados. A maioria su-cumbiu diante das ações e ameaças promovidas pelo Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Apesar dos sérios problemas desse órgão em fiscalizar e a falta de logística apropriada para manter a imensa área de mais de 30 mil hectares, o que se pretendeu foi ampliar a qualquer custo o fantástico e importante par-que nacional. Entretanto, o projeto ignora brutalmente o fato de que muitos dos proprietários das áreas pretendidas têm sido parceiros do parque durante vários anos, princi-palmente porque efetuam o combate ao fogo avassalador que a cada ano poderia penetrar nas áreas desprotegidas da unidade de conservação. Adicionalmente, vigiam as áreas fronteiriças com a rodovia MG-010 e, desse modo, im-pedem a ação de vândalos que ateiam fogo à vegetação e destroem a paisagem natural. A estratégia de desapropria-ção indireta é obsoleta e injustificável, pois põe em risco a proteção das áreas já ocupadas, protegidas e muitas delas produtivas e de subsistência.

A ação do ICMBio resultou em sequelas que podem persistir por muitos anos. Diante da ilegalidade dessa ação abusiva, o cidadão é prejudicado permanentemente, ca-bendo a ele recorrer às vias judiciais para ser indenizado por meio de um valor na maioria das vezes injusto. Des-sa forma, perguntamos ao cidadão comum e aos juristas: onde está o poder público e a coragem do cidadão para reagir a esse assalto ao direito do proprietário?

A covardia e o abuso estendem-se em vários planos. Primeiro, a ação maléfica e desonesta do Estado, que divul-ga o fato de que pretende transformar uma área em parque, sem ter os recursos necessários e mesmo as justificativas técnicas para isso. Além disso, a falta total de planejamen-to em suas ações voltadas às questões socioambientais atuais pelas quais o homem é parte integrante e legítima do meio. Em segundo lugar, ocorre a passividade do ci-dadão lesado pela ação criminosa, pois ele não encara o infrator, no caso o governo, fazendo-o arcar com os danos causados pela ação desastrosa e nefasta. Enfim, políticos e órgãos de classes apenas observam esse tipo de crime sem a preocupação de amenizar o sofrimento do cidadão.

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Ilegalidades na Serra do Cipó

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Mateus ParreirasPara o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro,

da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, que condenou quatro médicos da cidade a penas de oito anos a 11 anos e meio de prisão por tráfico de órgãos, a organização que atuava na cidade do Sul de Minas tentava dar aspectos de legalidade aos procedimentos criminosos. Porém, os rastros começaram a aparecer depois de erros no preen-chimento de protocolos de morte encefálica e pelo uso de modelos defasados, entre outros descuidos.

Propositalmente, segundo a sentença, os prontuá-rios de pacientes eram tratados de forma displicente, sem assinaturas, carimbos ou números de CRM, com rasuras ou com omissão de condutas. “Ainda assim, tudo faziam para convencer os pobres familiares a efe-tivar a doação dos órgãos, aproveitando da fragilidade a que estavam acometidos pela perda recente de um ente querido”, diz o magistrado no texto, em que também avalia o esquema: “O plano parecia perfeito e os lucros

eram cada vez maiores e com um plus: o reconheci-mento social”.

Os casos só foram descobertos depois das denún-cias do programador Paulo Airton Pavesi, de 45 anos, cujo filho, Paulo Veronesi Pavesi, aos 10, teria sido ví-tima do esquema e tido órgãos e tecidos traficados, em 2000. “Sinto que a morte desse paciente (a que se refe-re a sentença) poderia ter sido evitada, pois meu filho tinha sido morto antes, e eu já havia denunciado o que estava acontecendo. Essa máfia destruiu minha família e eliminou pessoas que tinham reais chances de sobre-vivência, em busca de lucros. Perdi 13 anos da minha vida por isso”, desabafa.

O chamado “caso Pavesi” ainda será julgado, pelo tribunal do júri, já que se trata de denúncia de homicí-dio. Até o fechamento desta edição a reportagem não conseguiu contato com os advogados dos réus conde-nados no processo referente ao paciente José Domingos Carvalho, de 2001.

Crimes sob o manto da legalidade

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Maria Clara Prates

As investigações sobre a acusação da prática de eutaná-sia – morte com consentimen-to do paciente – na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curi-tiba, estão sendo mantidas sob sigilo pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da capital paranaense. Na terça-feira foi presa a médica Virgínia Soa-res, diretora da área, acusada de ter praticado eutanásia em pelo menos 18 pacientes sob os seus cuidados. A apuração dos casos suspeitos começou há cerca de um ano, após de-núncias feitas por funcioná-rios do próprio hospital, infor-mou a delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde de Curitiba, Paula Christiane Brisola, que come-çou a ouvir ontem 30 funcio-nários e ex-trabalhadores do Evangélico, segundo maior hospital da cidade. Um ex-téc-nico de enfermagem do hos-pital, que trabalhou por dois anos com Virgínia, diz que ela interrompia os tratamentos de pacientes do SUS para libe-rar os leitos para pacientes de planos particulares. Hoje ele é enfermeiro em outro hospital e quer fazer a denúncia à polí-cia. “Se não havia paciente de convênio esperando leito, ela prosseguia o atendimento.”

Como parte das investi-gações, dois médicos foram indicados pela Secretaria de Saúde de Curitiba e pelo Con-

selho Regional de Medicina do Paraná para trabalhar como observadores nos procedi-mentos realizados na UTI do hospital. Foram indicados os médicos Luiz Carlos Sobania e Maurício Marcondes, pelo Executivo municipal e pelo conselho de classe, respectiva-mente. Os dois têm vasta ex-periência, sendo que Sobania já foi secretário de Saúde do município e diretor do Hospi-tal das Clínicas. Já Marcondes tem no currículo a direção do Hospital do Bairro Novo. O estado também participa da comissão de sindicância que vai apurar as mortes ocorrida no Evangélico, paralelamente ao inquérito policial.

dePoimento A médica Virgínia, que

está presa no Complexo Mé-dico-Penal de Pinhais (PR), também prestou depoimento ontem, mas o teor não foi re-velado. O advogado de defesa, Elias Mattar Assad, informou que ainda não teve acesso ao inquérito contra Virgínia, mas disse que vai pedir cópias dos procedimentos, inclusive de mídias incluídas no processo. Apesar disso, Assad classi-ficou a prisão de sua cliente como “precipitada”. “Vou en-trar com um pedido de revoga-ção dessa prisão precipitada. Ela mora há mais de 20 anos no mesmo endereço, desde 1988 é médica no Evangélico e nunca teve nada contra ela, nenhum registro no Conselho Regional de Medicina. É uma

pessoa de bem”, disse.

O advogado afirmou es-tar convicto da inocência da cliente, que, segundo ele, foi vítima de equívoco de com-panheiros de trabalho que não compreendiam o jargão da medicina intensiva. Ele tam-bém fez questão de ressaltar que a médica está tranquila. Além da acusação de eutaná-sia, prática vedada no Brasil, Virgínia é acusada de maus- tratos aos pacientes.

O Ministério Público, por meio de nota, confirmou o cumprimento de manda-dos de busca e apreensão de prontuários médicos e outros documentos relativos a inter-nações e mortes de pacien-tes, bem como o mandado de prisão temporária da médica. Informou que acompanha as investigações criminais e os procedimentos necessários para garantir a continuidade da assistência dos usuários do Sistema Único de Saúde no hospital.

Também por meio de nota, o Evangélico afirmou que não tem conhecimento adequado dos fatos em virtude de o in-quérito ser sigiloso, mas que instaurou uma sindicância in-terna para apuração da denún-cia. A instituição reconhece a competência da médica presa e ignora qualquer ato cometi-do por ela que tenha ferido a ética profissional. (Com agên-cias)

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UTI dos horrores Depoimento de ex-funcionário complica médica presa acusada de praticar eutanásia. Segundo ele, ela queria liberar leito para pacientes de convênio

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o GloBo | Rio | BR - 21 de FeVeReiRo de 2013ministério Público

Crack: tratamento forçado na mira do MP

Avenida Brasil. Usuários de crack voltam a ocupar o canteiro central da via, a 200 metros da base da Prefeitura

Promotora pede à prefeitura dados sobre internaçõesELENILCE [email protected] Ministério Público requisitou à prefeitura informações

sobre atendimentos hospitalares, abrigamentos e internações dos dependentes de crack recolhidos involuntariamente na operação realizada na terça-feira no Complexo da Maré. A promotora Anabelle Macedo Silva, da 3ª Promotoria de Tu-tela Coletiva da Saúde da Capital, também cobrou do mu-nicípio a apresentação do plano de enfrentamento à droga, com a indicação das unidades e serviços de saúde que serão ampliados para o atendimento dos usuários.

Anabelle quer saber quantos leitos em hospitais e quan-tos Centros de Atendimento Psicossociais (Caps) foram cria-dos pela prefeitura. Em nota, o MP lembrou que os casos de internação involuntária devem ser sempre excepcionais e a prática utilizada apenas quando se verifica risco à vida e à integridade dos usuários, sempre mediante a indicação de um médico psiquiatra.

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Autor(es): MARA PULJIZ e KELLY ALMEI-DA

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública aponta 2.341 ocorrências no Plano Piloto apenas em dezembro de 2012, parte delas relacio-nada à venda de entorpecentes. Operação especial será lançada hoje

Na esteira do tráfico de drogas, outros crimes desafiam as autoridades públicas e assustam a po-pulação do Plano Piloto. Em busca do sustento do vício, muitos usuários praticam furtos, roubos e sequestros relâmpagos, modalidade em alta na capital federal. Mapeamento feito pela Secretaria de Segurança Pública do DF aponta os pontos de maior incidência da criminalidade no Plano Piloto e nas asas Sul e Norte.

Locais como a Rodoviária, a Esplanada dos Ministérios, o Setor de Diversões Norte, o Setor de Clubes Esportivos Sul, o Setor Comercial Sul e a Universidade de Brasília (UnB) concentram os flagrantes das polícias Civil e Militar, que somam 532 ocorrências das mais diversas (veja ilustra-ção). Apenas em dezembro do ano passado, a Asa Norte acumulou 921 delitos, entre furtos, roubos, tráfico e outros crimes. Na Asa Sul, o número al-cançou 934. A maioria relacionada a furtos, rou-bos a pedestres e lesão corporal. O levantamento detalha ainda dados sobre a área central, com 486 ocorrências no período.

Em uma tentativa de reduzir a escala da vio-lência no Distrito Federal o governo lança hoje a Operação Asas. A ação contará com a mobilização de várias unidades policiais e tem como foco prin-cipal prender os responsáveis por delitos cometi-dos no Plano Piloto. Desde a última segunda-feira, o Correio publica reportagens sobre o aumento da criminalidade na região. Em relação ao tráfico de drogas, houve crescimento de 36,6% dos flagran-tes em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2012.

operação asasOntem, a Secretaria de Segurança Pública

antecipou a ação e policiais militares de diversos quartéis saíram às ruas a fim de combater o crime.

Equipes do Batalhão Escolar e de Trânsito se uni-ram para localizar e prender autores de furtos, rou-bos e outros delitos. Após um roubo em um prédio da 704 Norte na tarde de ontem, por exemplo, duas equipes da unidade especializada no perímetro dos colégios públicos brasilienses ajudaram a procurar os ladrões.

“Nós estávamos patrulhando a região e nos deslocamos imediatamente para a quadra quando soubemos do crime. Quando tem esse reforço, a resposta para a sociedade é mais rápida”, afirma o sargento Davi Morais. Apesar disso, os assaltantes fugiram em um táxi depois de bater no carro de um major da PM e em uma placa de sinalização.

O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirmou que os comandantes de cada ba-talhão terão a liberdade de escolher a distribuição do policiamento. “Isso será feito de acordo com a demanda e a necessidade de cada região”, deta-lhou. Apesar de a Operação Asas ser lançada hoje, Avelar alegou que o patrulhamento ostensivo está intensificado desde o ano passado. Ele também ne-gou que a ação tenha sido antecipada por conta dos recentes casos de violência no Distrito Federal.

A mobilização, segundo ele, ocorre desde o último domingo. “Fizemos a ampliação do poli-ciamento, mas as polícias estão trabalhando como sempre, com muita seriedade e esforço”, disse. Avelar destacou que, em 2012, 11,5 mil pessoas acabaram presas pela prática de crimes, além da apreensão de 5,7 mil adolescentes. “Batemos to-dos os recordes históricos, e o trabalho preventivo tem inibido a criminalidade”, defendeu. Os deta-lhes da Operação Asas serão divulgados hoje pela manhã na administração do Parque da Cidade.

“Isso (distribuição do policiamento ostensivo) será feito de acordo com a demanda e a necessida-de de cada região”

Sandro Avelar, secretário de Segurança Públi-ca

36,6%Aumento do total de flagrantes de tráfico de

drogas na comparação entre janeiro de 2012 e de 2013

CoRReio BRaziliense - on line - 21/02/2013

Tráfico alavanca crimes

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