semmais 6 de abril

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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos Desporto Surfista de Almada sonha com mundial 14 Cultura Tordo canta no Barreiro 12 Actual Chuva de prejuizos para agricultores 7 Pub. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 757 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 6.Abril.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA Opinião Vítor Ramalho Não poupa o desnorte da Europa Demétrio Alves E as teses de Cutileiro sobre comunismo Pub. ABERTURA A ponte Vasco da Gama fez 15 anos. Fazemos um balanço dos prós e contras e ouvimos as partes interessadas. O tráfego é que estás longe de ter atingido as previsões. ACTUAL A criminalidade violenta e grave na região desceu quase 16 por cento o ano passado. Mas o distrito permanece em terceiro a nível nacional. LOCAL As antigas instalações dos bombeiros voluntários da Moita, que foram entregues ao Estado, estão votadas ao abandono. A Câmara está revoltada. ÚLTIMA A empresa responsável pelos territórios do Arco Ribeirinho Sul anunciou um plano de investimentos ambicioso para os próximos anos. DESPORTO O colégio de Palmela está a organizar a 1.ª Meia Maratona de Almada, com o apoio do município. Já estão inscritos cerca de 1500 praticantes. POLÍTICA O ex-deputado é o candidato da coligação PSD/CDS em Setúbal. Nuno Magalhães, líder distrital do PP deverá ser candidato à presidência da AMS. Menos crimes graves no distrito Quartel da Moita degrada-se Baía do Tejo vai investir 59 milhões St. Peter’s School organiza Maratona Rodrigues avança pelo PSD em Setúbal Galp arranca em Sines com mega refinaria Cavaco Silva inaugurou investimento de 1,4 mil milhões ECONOMIA PÁG. 9 PÁGS. 2 e 3 PÁG. 5 PÁG. 8 PÁG. 15 PÁG. 12 Fotos: DR

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Edição 6 de Abril

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Page 1: Semmais 6 de Abril

XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

DesportoSurfista de Almada sonha com mundial

14

CulturaTordocanta no Barreiro

12

ActualChuva de prejuizos para agricultores

7

Pub.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 757 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 6.Abril.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Opinião

Vítor RamalhoNão poupa o desnorte da Europa

Demétrio AlvesE as teses de Cutileiro sobre comunismo

Pub

.

ABERTURA

A ponte Vasco da Gama fez 15 anos. Fazemos um balanço dos prós e contras e ouvimos as partes interessadas. O tráfego é que estás longe de ter atingido as previsões.

ACTUAL A criminalidade violenta e grave na região desceu quase 16 por cento o ano passado. Mas o distrito permanece em terceiro a nível nacional.

LOCAL As antigas instalações dos bombeiros voluntários da Moita, que foram entregues ao Estado, estão votadas ao abandono. A Câmara está revoltada.

ÚLTIMA A empresa responsável pelos territórios do Arco Ribeirinho Sul anunciou um plano de investimentos ambicioso para os próximos anos.

DESPORTO O colégio de Palmela está a organizar a 1.ª Meia Maratona de Almada, com o apoio do município. Já estão inscritos cerca de 1500 praticantes.

POLÍTICA O ex-deputado é o candidato da coligação PSD/CDS em Setúbal. Nuno Magalhães, líder distrital do PP deverá ser candidato à presidência da AMS.

Menos crimes graves no distrito

Quartel da Moita degrada-se

Baía do Tejo vai investir 59 milhões

St. Peter’s School organiza Maratona

Rodrigues avança pelo PSD em Setúbal

Galp arranca em Sines com mega refinaria

Cavaco Silva inaugurou investimento de 1,4 mil milhões

ECONOMIA PÁG. 9

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ABERTURA

Sábado //6 . Abr . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Ponte Vasco da Gama fez 15 anos mas ‘sem tráfego’

A ponte Vasco da Gama, que completou 15 anos no passado mês de Março, falhou por

completo o objectivo de tirar algum trânsito da irmã superlotada 25 de Abril. E ainda registou no último trimestre do ano passado um tráfego médio diário que foi metade do previsto nos planos iniciais em torno desta obra.

Os números do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (INIR) não mentem. No último trimestre de 2012, aproximadamente 54 mil veículos por dia circularam na ponte, mas no horizonte dos planos esse número deveria já rondar os 132 mil. Foi, aliás, o ano mais “negro” desde 2000, altura em que a travessia apenas registou a passagem de 34 mil veículos por dia. 2004, por seu turno, foi o ano de glória da ponte, quando por ali passaram uma média de 67 680 carros por dia. Em qualquer um destes casos, os números estão longe dos previstos inicialmente.

As quebras anuais que se têm verificado na Vasco da Gama são acompanhadas pelas verificadas na 25 de Abril, cuja taxa de cresci-mento reduziu apenas 1 por cento entre 1997 e 2007. É um número

extremamente baixo, tendo em conta que há 15 anos era esperado um desvio dessa ponte para a Vasco da Gama na ordem dos 15 por cento. Essa previsão subiria, contudo, para 17 por cento com a chegada do comboio à 25 de Abril e, na melhor das hipóteses, a 25 por cento. Nada disso se verificou. «Foi uma obra que trouxe mais malefícios do que benefícios», dizem alguns ambien-talistas. «Foi uma obra fundamental para aproximar o país», dizem à agência Lusa, por seu lado, os presi-dentes das Câmaras Municipais do Montijo e de Alcochete.

Vasco da Gama reflecte«excesso de construção» do país

À mesma agência, o presidente do Grupo de Estudos de Ordena-mento do Território e Ambiente (GEOTA), João Joanaz de Melo, diz que a Vasco da Gama é mais um exemplo de um problema que assola todo o país: «o excesso de construção». «Não trouxe grande desenvolvimento económico, mas sim mais confusão, maior percen-tagem de população não servida de transportes públicos», disse, para logo a seguir recordar que a ponte também não desconges-tionou a irmã 25 de Abril.

Desde que foi inaugurada, a 29

de Março de 1998, passaram quase 326 milhões de veículos na ponte Vasco da Gama, dos quais 157 milhões circularam no sentido Sul-Norte, pagando portagens.

A ponte Vasco da Gama teve, ainda assim, o mérito de antecipar a reconversão que se avizinhava para a zona Oriente da cidade de Lisboa, galvanizada pela nova travessia e pela Expo’98. A travessia, que tem 17,2 quilómetros, é a nona ponte mais longa do mundo e a segunda maior da Europa, só supe-rada pelo túnel do canal da Mancha. A ponte foi construída para durar 120 anos e aguentar rajadas de 250 quilómetros/hora. Está apta para resistir a um sismo superior em 4,5 vezes ao terramoto de 1755 que devassou Lisboa.

Para erguer a ponte Vasco da Gama, foram usados 730 mil metros cúbicos de betão e 81 caixotões e usaram-se 150 vigas. 3300 traba-lhadores contribuíram para cons-truir o tabuleiro, entre Fevereiro de 1995 e Março de 1998. Durante esse período de tempo, morreram 11 pessoas. A Vasco da Gama também é conhecida como a ponte dos “aceleras” e como aquela que juntou à mesma mesa, para almoçar, cerca de 15 mil pessoas.

* Com Lusa

«Aumentou desordenamento»

A vice-presidente da Quercus, Carla Graça, considera que a ponte Vasco da Gama contribuiu decisivamente para aumentar o desordenamento territorial do país, contribuindo para expandir a população para a periferia e não «para recentrar essas mesmas populações nos centros urbanos». «Além disso, a travessia ferroviária

nunca chegou a sair do papel», recordou.Já Eugénio Sequeira, da Liga para a Protecção da Natureza, destacou o aumento da pressão urbana sobre concelhos como Montijo e Alcochete, frisando ainda a criação de uma «apetência para o desenvolvimento de uma asneira crassa, que é o aeroporto em Alcochete».

Bruno Cardoso *

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Page 3: Semmais 6 de Abril

A ponte Vasco da Gama teve um custo de quase 900 milhões de euros. 319 vieram da UE.

A travessia está no Guiness: juntou 15 mil pessoas para a maior feijoada do mundo.

Nome da ponte, Vasco da Gama, serviu para rcordar os 500 anos da chegada deste à Índia.

A portagem custa 2,60 euros para um veículo ligeiro. É um euro mais cara do que em 1998.

A decisão para construir a ponte surgiu há 22 anos. Cavaco Silva era Primeiro-Ministro.

1991

Jorge Sampaio, Presidente da República, inaugurou os 17,2 km da travessia em Março.

1998

As obras de construção arrancaram em Fevereiro. Demoraram três anos.

1995

Neste ano, a ponte registou o melhor tráfego médio de sempre: 67 680 carros por dia.

2004

Ponte comemora 15.º aniversário.

2012

Travessia foi criada para durar 120 anos.

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Travessia galvaniza crescimento demográfico e desenvolvimento

OS PRESIDENTES das Câmaras Municipais de Alcochete e do Montijo consideram que a Vasco da Gama trouxe mais «benefícios» do que malefícios a ambos os terri-tórios, tendo em conta o cresci-mento demográfico verificado entre os anos de 2001 e de 2011 e o desenvolvimento económico local.

Em declarações ao Semmais, Luís Franco, que lidera a autar-quia de Alcochete, considerou que a ponte trouxe benefícios para o seu território, mas «também para a região e para o país», consti-tuindo-se numa «plataforma de ligação estrutural que melhorou a mobilidade» entre o sul e o norte de Portugal. «Foi uma obra funda-mental para o desenvolvimento do Montijo, que era uma espécie de enclave em 1998, com dificul-dade grande de acessos», disse,

por sua vez, a presidente da autar-quia montijense, Maria Amélia Antunes, à agência Lusa.

De acordo com o último Censos, a população naquele terri-tório cresceu 30,78 por cento, número que salta para os 35 por cento no caso de Alcochete. As populações foram atraídas pela facilidade de acessos à capital, pela construção de novas urba-nizações e pelos novos investi-mentos que se concretizaram em múltiplas áreas, especialmente no comércio e na logística.

Autarcas negam relação entre ponte e casas por vender

A nova travessia terá, alega-damente, fomentado um boom imobiliário nesses dois concelhos, com casas ainda por acabar e vender e com a existência de

“condomínios-fantasma”, onde apenas moram uma ou duas famí-lias. Maria Amélia Antunes reco-nhece o problema, tal como Luís Franco. No entanto, o autarca atribui a actual situação à crise sentida no sector, agudizada pela crise económico-financeira iniciada em 2008. E recusa, da parte da câmara municipal, que tenha havido «mau planeamento urbanístico». «Se essa crise não se tivesse verificado, esses efeitos mais visíveis do problema não se verificariam», diz Luís Franco. E lembra: «Alcochete sempre dispôs de instrumentos de ordenamento territorial e urbanístico que permi-tiram um controle efectivo sobre a expansão imobiliária».

«É consequência também da expectativa excessiva criada com a construção da ponte», assevera Maria Amélia Antunes à Lusa.

897,8

15.000

500

2,60€

CRONOLOGIA

A PRESIDENTE da Câmara Municipal do Montijo faz um balanço positivo da construção da ponte, que acabou por se revelar essencial para aquele território no domónio das acessibilidades e na rápida ligação com a capital, Lisboa.

O desenvolvimento e o progresso trazidos pela ponte atraíram mais pessoas e urbanizações, bem como investimentos vários, em especial no comércio e na logísticas.

Ainda assim, há aspectos negativos a registar: o ruído e a poluição aumentaram conside-ravelmente.

O AUTARCA que lidera a câmara de Alcochete também tece elogios à nova travessia. Atribui-lhe parte do desenvolvimento económico local e do crescimento demográ-fico verificado no concelho, que passou de 12 mil habitantes em 2001 para quase 18 mil dez anos depois.

Em termos ambientais, a Fundação para as Salinas do Samouco, criada como contrapar-tida à construção da ponte, tem conseguido mitigar as consequên-cias mais nefastas da infra-estru-tura, valorizando o ambiente e a biodiversidade locais.

Os autarcas de Montijo e Alcochete afirmam que a ‘Vasco da Gama’ tem mais prós que contras. Ambientalistas discordam.

LUÍS FRANCOMARIA AMÉLIA ANTUNES

Page 4: Semmais 6 de Abril

A União Europeia vive em total desnorte.

As medidas tomadas relativamente a Chipre consti-tuem não só um precedente gravíssimo na confiança que os cidadãos devem ter no sistema bancário, como revelam um grande amadorismo na avaliação da realidade geoestratégica da região.

A afirmação do presidente da Comissão, Durão Barroso, na sua última deslocação a Moscovo, de que foi o último a saber das medidas aplicadas a Chipre, é, no mínimo, lamentável.

O mesmo se diga das decla-rações do presidente do Euro-grupo, que admitiu que a taxação sobre os depósitos bancários poderia passar a ser no futuro a regra e não a excepção nos países em dificuldade.

A irresponsabilidade anda de facto à solta nos mais altos níveis da União Europeia.

E de tal sorte que depois de

votarem, inicialmente o que votaram no Eurogrupo deram o dito por não dito, negando com uma mão o que concederam com a outra.

Triste espectáculo!Neste rol de contradições não

é de estranhar que o Governo Português não acerte uma única das previsões que anuncia, servil como é à Troika e às medidas de austeridade que, como aluno bem comportado, ultrapassa pela direita baixa.

A situação tornou-se entre-tanto e por isso simplesmente impossível de manter.

Os resultados anunciados do défice, o valor inesperado de 6,4% do P.I.B., o desemprego real muito superior a um milhão de pessoas, a taxa da emigração ao nível dos anos 60, do século passado, a queda do investimento e do consumo, são indicadores que traduzem que estamos a seguir um caminho muito perigoso. Fazer barrar este caminho e reclamar que o Governo se demita ou seja demitido é uma exigência que a todos os cidadãos se impõe.

Tudo isto é demais para ser verdade.

A queda do Governo impli-cará naturalmente dinâmicas novas que propiciarão situações que irão ao encontro do interesse nacional no quadro da legalidade Constitucional. Disso não há dúvida.

A esperança no futuro tem de ser recriada.

O Senhor Presidente da Repú-blica que foi eleito para cumprir e fazer cumprir a Constituição e defender o regular funcionamento das instituições não pode abdicar da responsabilidade que tem.

E ao não poder demitir-se dessa responsabilidade deve criar as condições adequadas para que após a queda do Governo se desencadeiem os mecanismos constitucionais adequados à rene-gociação do conteúdo do memo-rando de entendimento com a Troika, concorrendo para corrigir as políticas erradas e contrárias ao interesse do povo português que vêm sendo seguidas.

Assim é que não.

Foi de certa forma pungente assistir à saída de Relvas do Governo por falta de força anímica. É uma boa razão, em vésperas da sua famosa licenciatura ter sido dada como inapta e enviada para o Ministério Público.

Miguel Relvas diz ter deixado, em cinco anos de missão pelo país, uma obra de peso, oferecendo aos portugueses uma narrativa de auto-elogio, de que não há memória. E deixou, de facto: A começar pelos sucessivos desaires da coordenação política do Governo, passando pela ‘privatização’ de estudos sobre o futuro da RTP, pelo ataque às freguesias que de nada tiveram de reforma do Poder Local. E já nem vou falar dos resultados do Impulso Jovem, porque seria caricato.

Resumindo, a história recente de Relvas é do ‘Pirro’ para pior. Porque nada do que fez deixará lembrança. A não ser a estoicidade com que, a pulso e a martelo, colocou Passos no pedestal do poder. Essa foi a sua grande obra.

Claro que durante esta sua missão pública Relvas ganhou o seu maior currículo, à semelhança do que tem vindo a suceder com muitos dos políticos do arco da governação. Uma carta de conforto para uma qualquer empresa liderada pelos grupos que recolocou no jogo da economia latente, de Angola ao Brasil. Será esse o seu futuro e agora com tapete vermelho.

E mesmo que o Governo mude de cor, Relvas continuará a salivar, pois o seu antro de amigalhaços espraia-se a bel-prazer do universo laranja ao rosa e a outros coloridos.

Pena que tenha tido que adiar o seu casamento, para que os portugueses não levassem a mal tal festança. Ridícula parábola de um ‘santo’ que irá certamente fundar a sua Siracusa, porque vai andar por aí! Disso não tenhamos dúvidas...

E afinal Relvas caiu…

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

O embaixador Cutileiro, num artigo publicado no Expresso há algumas

semanas, a propósito do fale-cimento de Eric Hobsbawm – o historiador não morreu - diz que este se teria “recusado condenar os crimes encomendados e coman-dados por Estaline quando sobre eles já não havia dúvidas”, acres-centando que aquele historiador teria, numa “televisão”, afirmado que havia explicação para os 15 ou 20 milhões de mortos.

Desconhece-se, quando, como e em que circunstâncias, este brilhante e honesto historiador, teria feito as supostas afirmações televisivas.

O que é verificável, de forma incontroversa, é o que Hobsbawm deixou escrito nas suas obras, designadamente na “ Era dos Extremos” para caracterizar, a pp. 382, a figura de Estaline, respon-sável primeiro, tanto pela vitória na guerra patriótica, determinante para a libertação europeia do nazi-fascismo, como “pelas grandes purgas dos anos 30 que, ao contrário de formas anteriores de terror, foram dirigidas contra o próprio partido”, acrescentando, mais adiante, que entre 1934 e 1939 “4 a 5 milhões de membros e funcio-nários do partido foram presos por motivos políticos; e quatrocentos a quinhentos mil foram execu-tados…”.

Hobsbawm dá, ainda, como seguro que a partir dos fins dos anos 50 “os gulags se esvaziaram”, e que “nos anos 80 tinha (a URSS) uma proporção nitidamente menor dos seus habitantes na cadeia do que os EUA”.

Não obstante as constatações históricas referidas, Hobsbawm continuou fiel à ideia comunista até ao fim dos seus dias. E este é o verdadeiro problema do embai-xador Cutileiro: o facto de o histo-

riador ter rejeitado ser membro do clube frequentado por Jorge Semprún, Wolfang Leonhard, Albert Camus, Ignazio Silone, Arthur Koes-teler, Sakharov, Havel, ou, num campeonato mais pequenino, Zita Seabra.

Judt, no “Século XX esquecido”, diz que Hobsbawm, ao excluir-se de tal companhia, se provincia-nizou. Mas, não consegue desmentir que ele foi o historiador “que mais sabe e que melhor escreve”.

Veicular a ideia de que ser comunista “é um problema”, como faz Cutileiro e outros, é repetir expressões que Hitler, Franco, Mussolini e Salazar não desdenha-riam. Ideias fundamentais do nazi-fascismo.

Para colorir a narrativa anti-comunista pega-se nuns supostos “10 a 20 milhões de mortos do esta-linismo”. Há alguma destas “fontes científicas” que vão ao ponto de incluir nesta conspurcada conta-bilidade os combatentes russos caídos na segunda guerra mundial! Estamos conversados sobre o rigor e honestidade de tal propaganda.

Aliás, sem qualquer intenção de branqueamento, dizer que o rigor obriga a constatar que, entre os historiadores de vários matizes, desde que sejam intelectuais honestos, o que mais se encontra são dúvidas e incertezas sobre estes números. O que não significa que não tenham existido erros, desvios, autoritarismo, dogmatização, centralismo burocrático, secta-rismo, e, também, crimes políticos condenáveis no regime de Esta-line

Mas, não é necessário ser nega-cionista para se continuar comu-nista e partidário da convicção de

que o socialismo é o futuro. Ou, pelo menos, ter consciência de que o capitalismo, na sua deriva neoli-beral, imperialista e securitária, está cada vez mais violento neste fim de ciclo. Veremos até onde se vai chegar.

Pessoas como Cutileiro, funda-mentalistas da “liberdade” do capi-talismo e do império, não renegam o regime, apesar de conhecerem muito bem os seus múltiplos e variados crimes, como os perpe-tuados no Chile, no Vietname, na Coreia, na Palestina, no Iraque, para não falar já do mccarthismo, dos prisioneiros de Guantânamo ou do “internamento” de japoneses, feito nos EUA há algumas décadas. Ou, ainda, do suporte dado a vários ditadores. E das bombas atómicas já lançadas sobre o povo japonês, bombas que os cutileiros de hoje aceitam, justificam e recomendam utilizar de novo no Irão e na Coreia.

Não estamos um concurso de ética e moral. O campeonato é outro e ainda só vai a meio. Trata-se de combater a agiotagem, o crime organizado e a exploração da vida e do trabalho humano e do próprio planeta, substituindo-o por um outro sistema de vida e outras formas de produção e de consumo.

Embora se reconheça que, mesmo do ponto de vista da ética, do escrúpulo democrático e, ainda, quanto aos valores fundamentais da humanidade, os homens e mulheres da esquerda consequente, têm mais obrigações do que os partidários da “liberdade” neoli-beral.

E é por isso que tanto se fala no estalinismo. Na esperança, vã, que os comunistas, socialistas e a esquerda patriótica, desistam.

Sábado // 6 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com4

EspaçoPúblico

Vítor RamalhoEx-Presidente do INATEL

Demétrio AlvesProfessor Universitário

Assimé que não

O que disse e escreveu Hobsbawm

Veicular a ideia de que ser comunista “é um problema”, como faz Cutileiro e outros, é repetir expressões que Hitler, Franco, Mussolini e Salazar não desdenhariam. Ideias fundamentais do nazi-fascismo.

... Neste rol de contradições não é de estranhar que o Governo português não acerte uma única das previsões que anuncia, servil como é à Troika e às medidas de austeridade.

Page 5: Semmais 6 de Abril

Sines Tecnopolo caça criativos Mega Ferreira em Setúbal

CRIATIVIDADE 2013 é o nome do concurso de ideias lançado pelo Sines Tecnopolo, no âmbito da sua política de inovação. A acção, que abrange todo o território nacional, tem o apoio da Câmara de Sines e

da Associação Acredita Portugal, e procura premiar as melhores ideias nas cate-gorias de Base Tecnológica, Indústrias Criativas e Produto Inovador. Candidaturas abertas até dia 26.

O ESCRITOR e colunista António Mega Ferreira apre-senta em Setúbal o mais recente livro, “Cartas de Casanova, Lisboa 1757”, numa sessão que se realiza no dia 12, às 22 horas, na Casa da Cultura. Além de

Mega Ferreira, a apresentação da obra, integrada na rubrica “Muito Cá de Casa”, destinada a reunir o público com autores em acontecimentos editoriais, conta com leitura de textos pelo actor José Nobre.

ACTUAL

Sábado //6 . Abr . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Pub.

Os casos de criminalidade violenta e grave no distrito em 2012 desceram 15,8 por

cento face ao ano anterior. No total, foram registadas menos 507 casos de criminalidade que totalizaram 2709 ocorrências, o equivalente a 12,2 por cento das ocorrências a nível nacional. A região só ficou atrás de Lisboa e do Porto.

Segundo os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012, o distrito foi o terceiro mais violento no que diz respeito a roubos em farmácias e a ouri-vesarias, uma tendência que tem vindo a aumentar de alguns anos

a esta parte. Também nos assaltos a postos de abastecimento, a viaturas, a residências, a carrinhas de transporte de valores e a caixas ATM a região de Setúbal aparece destacada, atrás de Lisboa e do Porto. Em alguns destes casos, a região esteve a par com outros distritos como Faro e Braga.

A maior parte destas ocorrên-cias verificaram-se nos municí-pios densamente povoados do norte da península de Setúbal, mas há casos em que outros conce-lhos do distrito furaram a tendência. Santiago do Cacém, por exemplo, lidera nos roubos a farmácias, Sesimbra nos postos de abastecimentos, enquanto Palmela nos roubos a carrinhas de transporte de valores. O maior

município da península lidera igualmente nas ocorrências rela-cionadas com o furto de metais não preciosos.

Criminalidade participadadesceu 1,3 por cento

O número de casos parti-cipados de v i o l ê n c i a doméstica desceu 3,5 por cento face a 2011. No total, surgiram 2201 casos de violência doméstica no ano passado. O distrito verificou ainda 429 participações de ilícitos em ambiente escolar, nomeadamente ameaças de bomba, furtos vários, roubos, posse de

armas, vandalismo, entre outras. Em 2012, registaram-se ainda 1014 ocorrências de incêndios.

De acordo com os dados do RASI 2012, foram feitas 35 988 parti-cipações criminais, uma descida de 1,3 por cento face ao ano de 2011. O distrito de Setúbal foi o terceiro onde se verificou mais criminali-dade participada, atrás de Lisboa

e do Porto. O rácio de crimes por cada milhar de habi-

tantes continua a ser superior a

40.

Criminalidade violenta e grave desceu quase 16% em 2012

Em 2012, ocorreram 2709 casos de criminalidade violenta e grave.O distrito continua a ser o terceiro em todo o país a verificar mais roubos em farmácias, a ourivesarias, a viaturas e a carrinhas de transporte de valores. Casos de violência doméstica também diminuíram.

Rácio de crimes por cada mil habitantes continua a ser superior a 40

Bruno Cardoso

DR

Page 6: Semmais 6 de Abril

Sábado // 6 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

EDUCAÇÃO

Pub. Governo remove amianto em 4 das nossas escolas

Setúbal vai ter Mega agrupamentode escolas com mais de 3500 alunos

Pais encerraram a cadeado escola do Monte da Caparica

O MINISTÉRIO da Educação já removeu o amianto do bloco B da Escola Básica 2,3 de Azeitão, cujo telhado havia ruido devido a um temporal em Janeiro passado. Apesar do trabalho de remoção, Iolanda Rebelo, da Asso-ciação de Pais daquele esta-belecimento de ensino, continua a reivindicar o mesmo trabalho nos restantes quatro blocos da escola. «Mesmo após a reti-rada do amianto, o bloco B continua interditado a aulas devido ao elevado estado de degradação em que se encontra», explica, em declarações ao Semmais.

A tutela tem também em marcha um plano para remover amianto em mais três estabelecimentos de ensino no distrito, dois deles no concelho de Almada, e um no Torrão, em Alcácer do Sal. Isabel Vicente, vere-adora na autarquia alcace-rense com a pasta da

Educação, explica que a escola em causa é a Bernardim Ribeiro. Os traba-lhos de remoção deverão começar apenas no Verão, altura em que os cerca de 100 alunos daquele estabe-lecimento de ensino gozarão as suas férias grandes. «É uma obra de envergadura que abarcará todos os módulos daquela escola, provisória há mais de três décadas», lembra. Também a escola do Morgadinho, entretanto encerrada devido aos planos da edilidade de executar um novo centro escolar, que não se veio ainda a concretizar, tinha amianto.

Já em Almada, sabe o Semmais, as Escolas Básicas 2,3 da Trafaria e a EB Coman-dante Conceição e Silva são as contempladas neste plano de acção. Até ao momento, não foi possível falar com ninguém da direcção das respectivas escolas.

Bruno Cardoso

OS ENCARREGADOS de educação dos alunos da escola do Monte da Capa-rica fecharam na passada quinta-feira aquele estabe-lecimento de ensino a cadeado.

A acção de protesto justi-fica-se pelas alegadas más condições do edifício e pela falta de segurança dos alunos dentro da escola. O mau tempo que se fez sentir nos últimos dias agravou uma situação que já se arrastava há algum tempo. Os alunos

dos 5.º, 7.º e 8.º anos estão inclusive sem aulas porque as salas estão, literalmente, inundadas. Na origem do protesto está também o facto de o Governo não ter reali-zado as obras que prometeu nas férias da Páscoa.

A direcção da escola continua, para já, a aguardar autorização da tutela para prorrogar o fim do ano lectivo com vista a minorizar os efeitos na aprendizagem dos alunos em questão.

O DISTRITO de Setúbal passa a ter, segundo o processo de agregação de escolas definido pelo Minis-tério da Educação e Ciência (MEC), um mega-agrupa-mento que congrega as várias escolas do agrupamento vertical de Aranguez com a Escola Secundária Sebastião da Gama, num total de mais de 3500 alunos.

Embora o MEC consi-dere que «os agrupamentos

agora criados têm uma dimensão equilibrada e racional», a opinião não é partilhada pela directora do agrupamento vertical de escolas. Para Maria Fernanda Oliveira «este agrupamento tem uma dimensão desade-quada e gigantesca» e ques-tiona como será possível manter «a gestão pedagó-gica adequadas, a proximi-dade e a resposta pronta e eficaz que se espera».

Uma gestão mais buro-crática e menos humana

O novo agrupamento abrange estabelecimentos desde o pré-escolar até ao ensino recorrente e à Educação e Formação de Adultos, ou seja, todos os ciclos de ensino. actual directora do agrupamento ainda não sabe responder como vai gerir tantas unidades orgânicas. «Temos de conhecer bem as unidades, avaliar as

formas de gestão pedagógica e de recursos humanos, e depois encontrar linhas condu-toras comuns aos níveis de ensino e às escolas que, apesar de se juntarem, têm uma iden-tidade própria», diz. Maria Fernanda Oliveira não tem dúvidas de que estes mega-agrupamentos vão dar origem a uma «gestão mais burocrá-tica e menos humanizada».

Marta David Amianto à vista na Escola Básica 2,3 de Azeitão

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Sábado // 6 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com 7

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Chuva de prejuízos ataca pequenos agricultores da região que reclamam apoios

Politécnico de Setúbal abre-se à comunidade

Precipitação intensa e prolongada deixa produtores a fazer contas

OS AGRICULTORES do distrito já fazem contas ao prejuízo provo-cado pelo prolongado Inverno e pela chuva constante que tem caído no território nacional nos últimos meses.

Culturas como a da batata estão «praticamente perdidas, com grande parte da produção a apodrecer devido ao excesso de água nos campos» e outras produções, como a campanha do arroz, «estão a ficar atrasadas porque os terrenos ainda não permitem a sua plantação».

As queixas são de Avelino Antunes, da Associação de Agricul-tores do Distrito de Setúbal, que afirma que esta situação «vai levar os pequenos e médios agricultores a uma situação de ruptura».

Em algumas regiões do distrito há campos em que o acesso é prati-camente impossível. «Há terrenos completamente alagados onde mal podemos entrar e onde se perdeu a maior parte da produção que estava prestes a ser colhida. Noutros sítios, a água é tanta que impede que se comecem a preparar as sementeiras e há zonas onde as sementes que já

foram lançadas à terra estão a apodrecer», salienta o responsável.

Depois de um Verão intenso, em que a seca se prolongou até muito tarde, os agricultores vêm-se agora a braços com uma nova campanha de menor rendimento devido ao excesso de água. Segundo Avelino Antunes, «os pequenos e médios agri-cultores são os mais prejudicados e os consumidores vão sentir também o reflexo no preço final».

Chuva, seca, linhas de crédito e fisco

Para este dirigente, as linhas de crédito e os apoios de que o minis-tério fala não estão acessíveis à maioria dos agricultores e «passam muito ao lado» das suas reais neces-sidades. «O que se apoia e fomenta é a exportação e a agricultura fami-liar não consegue produzir para exportar, além de que já estão desca-

pitalizados e não têm como investir para esperar depois que o Estado devolva uma parte dos investimento».

Avelino Antunes espera que a chuva que caiu estes meses todos seja suficiente para as regas na próxima campanha. «A agricultura tem sempre este problema a chuva nunca vem na medida certa. Quando é demasiada não ajuda nada, mas quando não chove também temos prejuízos.», explica ao Semmais.

Para além disso os agricultores estão agora abrangidos por novas regras fiscais às quais ainda não se adaptaram. «As novas medidas fiscais e de contabilidade impostas pelo Estado vão levar a que alguns agri-cultores deixem de conseguir fazer face a todas as despesas. Agora vende-se um molho de coentros e temos de passar uma factura que chega a custar mais que os próprios coen-tros». Esta situação vai, aliás, levar a Confederação Nacional da Agricul-tura a manifestar-se em Lisboa no próximo dia 17 de Abril.

Marta David

VISITAS guiadas, experiên-cias em laboratórios, conferên-cias e workshops são algumas das acções previstas para o programa Open Days do Insti-tuto Politécnico de Setúbal, entre os dias 10 e 12 deste mês.

O objectivo de abrir as à comunidade passa por dar a conhecer os campus do Barreiro e de Setúbal e convidar os visi-tantes a participar em diversas actividades, nas áreas dos cursos que oferece.

Com esta iniciativa, o IPS pretende dar oportunidade aos visitantes de conhecer o ambiente académico que se vive no IPS; visitar laboratórios e salas práticas; conviver com estu-dantes, docentes e funcionários

Quinzena da Saúde no pólo do Barreiro

Entretanto, até 12 de Abril, decorre na Escola Superior e de Tecnologia do Barreiro a Quin-zena da Saúde, da Solidariedade, do Voluntariado e da Cidadania, numa parceria com o município local.

Inverno rigoroso após seca prolongada fez estragos nas diversas culturas

DR

Page 8: Semmais 6 de Abril

PCP em contactos na região PSD quer melhor escola

FRANCISCO Lopes, deputado do PCP eleito pelo Círculo Elei-toral do distrito, vai estar presente, este sábado, às 10 horas, no Largo em frente à Comissão de Moradores do Bairro 3 do Alto Seixalinho,

no concelho do Barreiro, na Tribuna Pública. Trata-se de uma iniciativa que visa relem-brar as preocupações do partido, há dois anos atrás, com a austeridade e os efeitos da Troika.

OS DEPUTADOS do PSD do distrito dizem que os alunos da Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, não devem continuar a frequentar um equipamento degradado e sem condições, quando as

obras de requalificação parecem estar concluídas. Querem saber do Governo quando é que os alunos, professores e funcionários podem utilizar os referidos espaços reabilitados.

POLÍTICA

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Aceitei o convite para me candidatar à Câmara de Setúbal porque é

um desafio ao qual não podia voltar as costas», é desta forma que Luís Rodrigues explica as razões que o levam a ser cabeça de lista nas próximas autár-

quicas pela coligação PSD/CDS. O nome do antigo depu-tado foi aprovado pela CPN do PSD, esta semana, e a apre-sentação oficial da candida-tura vai ter lugar dia 15, na sede da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal.

Em declarações ao Semmais, Rodrigues diz que esta é a altura certa para que «as pessoas que entendem que podem dar um contri-buto para melhorar o actual estado do país, e consequen-temente, dos municípios» se cheguem à frente. «Há um desafio que devemos assumir se queremos ajudar o país a dar a volta à actual situação económico-social em que vive. E esse compromisso de ajudar passa também pelos municípios e Setúbal tem uma palavra a dizer nessa matéria».

Candidatura abrangente«Por Setúbal»

Rodrigues, que diz candi-datar-se apenas «por Setúbal» não quer, para já, comentar uma eventual penalização do PSD nas autárquicas, mas asse-gura que já cumpriu um primeiro objectivo: «Temos uma candidatura muito abran-gente, e essa foi uma das minhas exigências e condições para encabeçar a lista. Para já temos os dois partidos, PSD e CDS, e um conjunto de pessoas de outras convicções políticas. Essa é seguramente uma mais-valia para a cidade e para o concelho.»

Deputado na Assembleia da República nas VIII, IX, X e XI Legislaturas pelo Distrito de Setúbal, e engenheiro civil de profissão, Luís Rodrigues iniciou a sua actividade profis-sional na Câmara de Setúbal, nos Serviços Municipalizados e no Departamento de Obras Municipais. Foi ainda adjunto de Almeida Lima, quando este foi Governador Civil.

Luís Rodrigues apresenta candidatura a Setúbal no dia 15

Ex-deputado e líder distrital do PSD vai a votos em coligação com o CDS/PP

Marta David

Falta PSD decidir Sines, Barreiroe Grândola

As contas social-democratas na região para as autárquicas de Outubro estão praticamente fechadas (ver quadro última página). Com as últimas decisões: Luís Rodrigues (Setúbal); Paulo Ribeiro (Palmela); Pedro Goucha (Alcácer do Sal) e João Paulo Gaspar (Moita), faltam apenas arrumar os nomes de Sines, que deve recair sobre um militante local, Barreiro - que voltou à estaca zero, devido ao facto de putativo candidato Nuno Banza ter sido convidado para um cargo de inspector no ministério do Ambiente – e Grândola, ainda com o independente António Candeias a ser a hipótese mais verosímil.

Magalhães deve ir à Assembleia Municipal

A coligação PSD/PP para Setúbal deverá contar com uma novidade de peso. O Semmais sabe que o líder da distrital dos centristas, Nuno Magalhães, deverá ser o candidato à presidência da Assembleia Municipal de Setúbal, o que, segundo as nossas fontes, «prova o envolvimento do CDS» na coligação sadina liderada por Rodrigues.Para além de Setúbal, o PP já formalizou coligações com os ‘laranjas’ em Sesimbra e Palmela e deverá seguir o mesmo rumo em Grândola. Alcácer do Sal, ainda em cima da mesa, é mais remota, devido a «divergências praticamente insanáveis»

DR

Page 9: Semmais 6 de Abril

Casa Mãe abre ao domingo Dia Aberto na ATEC

A CASA Mãe da Rota de Vinhos, sita no Largo de S. João, em Palmela, passa a estar aberta também aos domingos entre as 13 e as 19 horas. Não deixe de visitar este agradável espaço onde se localiza a Rota

de Vinhos da Península de Setúbal. Lá poderá encontrar os vinhos de grande qualidade que são produzidos nas prin-cipais adegas da região, bem como outros produtos de doçaria tradicional.

A ATEC vai realizar no próximo dia 13 de Abril, entre as 9 e as 12 horas, um dia de portas abertas onde todos os interes-sados podem visitar as suas instalações, quer de Palmela, quer de Perafita (Porto), e ver

onde é ministrada a formação aos seus formandos. Estão agendadas, para este dia, várias actividades, bem como a mostra das principais saídas profissionais dos seus cursos de formação profissional.

NEGÓCIOS

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A Galp Energia investiu 1,4 mil milhões de euros nas novas unidades processuais da refi-

naria em Sines, concluindo aquele que é considerado o maior projeto industrial de sempre em Portugal e que tornará o país autossuficiente na produção de gasóleo. A moder-nização e reequipamento das refina-rias da empresa, em Sines e em Mato-sinhos, maximizam agora a produção de gasóleo em detrimento do fuelóleo, aumentam a flexibilidade do aparelho

refinador e tornam o país exportador líquido deste combustível, contribuindo para o nível da balança de pagamentos nacional e para a futura factura ener-gética portuguesa.

O projecto de conversão da refi-naria sineense, que se traduz na criação permanente de 100 novos postos de trabalho e de outros 450 indirectos, consistiu na construção de um novo complexo de hidrocraqueamento, com capacidade para processar até 43 mil barris de gasóleo pesado, que permitirá à Galp Energia produzir 2,5 milhões de toneladas adicionais de gasóleo e jet. O novo complexo inclui um hydrocracker, que faz a conversão profunda de fracções mais pesadas das ramas de crude, uma unidade de steam reformer, para produção de hidrogéneo, e uma unidade de recu-peração de enxofre de gases produ-zidos, ambas necessárias ao funcio-namento do hydrocracker.

No novo projecto, trabalharam-se mais de 14 milhões de horas, estando envolvidas mais de 4500 pessoas no pico da construção. Foram utilizados 47 mil metros cúbicos de betão, 14 mil toneladas de tubagens e 2 750 quiló-metros de cabos eléctricos e de instru-

mentação. A primeira fase do projecto foi inaugurada em 2011 com a entrada em operação da nova unidade de desti-lação de vácuo e de uma unidade de viscorredução na refinaria de Mato-sinhos. O projecto acarreta benefí-cios económicos e múltiplas vanta-gens, com melhorias ambientais e maior eficiência energética.

O programa de investimentos da Galp Energia na refinaria de Sines incluiu ainda a construção de uma central de cogeração, inaugurada em 2009, para satisfazer as necessidades actuais e futuras do sistema refinador. Com uma potência de 82 MW, a central de cogeração representou um inves-timento de 74 milhões de euros. Em conjunto com a criação de uma outra central de cogeração em Matosinhos, serão evitadas emissões de cerca de um milhão de toneladas de CO² por ano, a nível nacional.

Refinaria gera 1320postos de trabalho

A refinaria sineense emprega actu-almente 520 colaboradores e tem uma capacidade de processamento de 10,6 milhões de toneladas de petróleo bruto

por ano, o equivalente a 220 mil barris por dia. A refinaria está ligada ao terminal de petroleiros do porto de Sines e a um oleoduto com cerca de 147 quilómetros que assegura todo o abastecimento da zona centro e área metropolitana de Lisboa, o equiva-lente a 50 por cento dos consumos totais do país.

A refinaria de Sines constitui-se igualmente como âncora importante para o desenvolvimento da região onde se encontra, viabilizando o tecido económico local e gerando mais 800 postos de trabalho indirectos.

CVR investe em tecnologia para reforço da promoção dos vinhos

A COMISSÃO Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), eleita “Organização do Ano” de 2012 pela Revista de Vinhos, acaba de arrancar com um website reformulado (www.vinhosdape-ninsuladesetubal.pt) e com subsite dedicado em exclusivo ao ex-libris Moscatel de Setúbal (www.mosca-teldesetubal.pt). Tudo em prol de uma boa divulgação dos vinhos de excelência da região que não deixam de ganhar medalhas no país e no estrangeiro.

«A CVRPS está a dar um salto decisivo para a esfera digital. A sociedade de informação ensina-nos que o consumidor tem uma necessidade mais imediata de se informar nas plataformas online para formular opiniões e tomar decisões. A nossa plataforma apre-senta-se como uma fonte de infor-mação detalhada da região e dos seus produtores para divulgar os vinhos da Península de Setúbal», diz Henrique Soares, presidente da instituição.

O site institucional conta ainda com o acesso a um complexo sistema de informação destinado a dar resposta rápida às burocra-cias a que os agentes económicos deste sector estão obrigados. A plataforma exclusiva para opera-dores económicos da Península de Setúbal permite desmateria-lizar os passos essenciais do processo de certificação. «É um passo importante na transparência do acesso e para a desburocrati-zação dos processos. Qualquer agente económico da nossa região pode aceder com mais facilidade a tudo o que necessita no âmbito do processo de certificação dos seus vinhos», refere Henrique Soares.

A CVRPS divulga ainda um vídeo promocional sobre a história do Moscatel de Setúbal, convidando o consumidor a conhecer, passo a passo, as etapas mais marcantes da história deste néctar da Penín-sula. «O subsite e o vídeo promo-cional sobre o Moscatel tiveram como base uma linguagem jovem e numa navegação dinâmica com o objectivo de chegar a um público mais vasto e mais tecnológico», explica Henrique Soares. A par dos websites a CVRPS inaugura também os seus espaços nas redes sociais Facebook, Youtube e Flickr.

1,4 mil milhões viabilizam conversãode refinaria da Galp em Sines

Maior projecto industrial de sempre torna país autossuficiente na produção de gasóleo. Capacidade de produção de gasóleo da refinaria aumenta em 2,5 milhões de toneladas por ano.

Porto de Setúbal lidera exportação da AutoeuropaO COMPLEXO portuário da

capital do distrito consolida-se como plataforma preferencial para a exportação das viaturas produ-zidas pela Autoeuropa.

O Terminal Autoeuropa, inte-grado no Terminal Roll-on Roll-off, já é o segundo porto gerido directamente pela da Volkswagen na Europa, logo a seguir a Emden, porto com o qual o porto de Setúbal tem um protocolo que facilita a cooperação entre os dois portos nos domínios comercial, da formação, do intercâmbio de know-

how técnico portuário e científico.O Terminal Roll-on Roll-off do

Porto de Setúbal é a infra-estru-tura especializada dedicada a este segmento, única no universo do sistema portuário nacional, que em conjunto com o Terminal Multiusos Zona 1, permitem ao porto de Setúbal uma quota de mercado de 95 por cento do total dos veículos movimentados no país por via marítima.

O terminal tem capacidade para receber os maiores navios roll-on roll-off do mundo, tendo inclusive

já recebido em operação os dois maiores da atualidade, os “gémeos” OBERON e TIRRANNA, ambos com 232 metros de comprimento, mais de 71 600 GT (Gross Tonnage), 13 decks de carga e capacidade para transportar 8 mil veículos.

Em 2012, os veículos foram exportados principalmente para a Alemanha, 62 mil, China 20 mil, Reino Unido, 10 mil, e Itália 2,5 mil, já nos veículos importados, os prin-cipais países de origem foram a Alemanha, 13 mil, a Bélgica, 12 mil, Itália, 6 mil e Reino Unido, 4 mil.

Quatro linhas internacionais conferem excelência

Actualmente, o Terminal Roll-on Roll-off está a desenvolver um Hub de veículos entre a América, Ásia e Europa, com o apoio da Volkswagen e a melhorar os seus serviços com a futura instalação de oferta de PDI (Pre Delivery Inspection) para acrés-cimo de valor aos veículos.O terminal possui 365m de cais acostável, e tem fundos operacionais de 10m, capazes de receber os maiores navios roll-on roll-off do mundo.

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Central com Hydrocracker de topo

Bruno Cardoso

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Concerto da Primavera Cantigas animam ruas

O CONCERTO da Primavera tem lugar este sábado, a partir das 21h30, no Cinema Teatro Joaquim d´Almeida, no Montijo, com a participação do Grupo Coral do Montijo. O concerto inclui repertório musical

variado e inclui uma home-nagem à Sociedade Coopera-tiva União Piscatória Aldega-lense, no âmbito das comemo-rações do seu 100.º aniversário. É de registar a participação especial do ABQuinteto.

A ASSOCIAÇÃO de Pais e Técnicos Para a Integração do Deficiente, promove a 27 de Abril, pelas 21h30, na SIRB ‘Os Penicheiros’, um espec-táculo de solidariedade com a colaboração do grupo

‘Cantigas da Rua’. Esta acção tem lugar no âmbito da campanha de angariação de fundos para o Projecto “Uma Cidade para Todas as Pessoas”. Refira-se que os ingressos têm um custo de seis euros.

LOCAL

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Barreiro contra fecho de estação dos correios

Bibliotecas comunitárias em Alcochete

Montijo revisita moinhos

Seixal ajuda a prevenir hipertensão

Antigo quartel dos Bombeiros da Moita votado ao abandono

OS MORADORES da Verde-rena andam de ‘candeias às avessas’ com os CTT por causa do anun-ciado encerramento da estação dos correios da Quinta Grande.

A juntar-se ao coro de protestos dos moradores locais está agora a própria Junta de Freguesia que esta semana aprovou uma moção onde faz saber que vai «lutar contra o fecho» da estação.

Assim que receberam a confir-mação oficial do encerramento a breve prazo, os eleitos da freguesia da Verderena manifestaram-se, em protesto, por considerarem que a Estação da Quinta Grande «serve os habitantes e os comer-ciantes e é notoriamente uma estação com grande movimento e dotada de boas condições de atendimento».

A Junta de Freguesia, liderado pelo comunista Alexandra Silvestre, decidiu repudiar esta intenção e garantiu que vai levar a cabo todas as medidas para evitar que se concretize.

O CENTRO Escolar de São Francisco tem, a partir desta semana, uma Biblioteca Escolar e Comunitária, numa obra reali-zada sob a alçada da Câmara de Alcochete.

«Este é o momento pelo qual ansiávamos há algum tempo», disse, na altura, o vereador da Educação, Paulo Alves Machado, no que foi secundado pelo presi-dente da autarquia, Luís Franco, que desde há muito desejava a concretização do projecto.

«Tínhamos três bibliotecas escolares iniciais, integradas na Rede de Bibliotecas Escolares de Alcochete, e hoje inovamos com o novo paradigma de Biblioteca Escolar virada para a comuni-dade», acrescentou o autarca.

VISITAS guiadas gratuitas ao Moinho de Maré e ao Moinho de Vento de Esteval é a oferta da Câmara do Montijo para assinalar o Dia Interna-cional dos Moinhos.

O Moinho de Maré poderá ser visitado hoje, a partir das três da tarde; e, no mesmo horário, mas amanhã, será a vez do Moinho de Vento do Esteval. A autarquia pretende chamar a atenção para os moinhos tradicio-nais portugueses e dar a conhecer ao público a realidade desta região.

PREVENIR a hipertensão arte-rial é o tema das comemorações do Dia Mundial da Saúde, para assinalar o aniversário da fundação da Organização Mundial de Saúde.

No Seixal decorre um conjunto de iniciativas que alertam para as causas e consequências da hipertensão arterial. As farmá-cias vão realizar gratuitamente a medição da pressão arterial e aconselhamento aos utentes.

A comissão municipal para a instalação de uma unidade hospi-talar no concelho dinamiza, no dia 9 deste mês , no auditório dos serviços centrais da autarquia, um encontro sobre o acesso da população do Seixal aos serviços de saúde.

As antigas instalações dos Bombeiros Voluntários da Moita, que foram adquiridas

pelo Ministério da Administração Interna, em 2008, para a instalação do novo quartel da GNR, encon-tram-se degradadas, vandalizadas e votadas ao abandono.

O município, segundo nos revelou o seu vice-presidente, Rui Garcia, reconhece que as actuais instalações da GNR da Moita são «muito precárias» e desde «há muito que é necessária a mudança para novas instalações para que os mili-tares possam desempenhar em boas condições um bom trabalho. Este problema arrasta-se há duas décadas».

O autarca lamenta que desde 2008 até aos dias de hoje nada tenha avançado, sublinhando que o velho quartel se encontra num processo de «degradação acentuada», o que

coloca em causa «a boa imagem da zona», muito próxima da biblio-teca municipal e do principal ‘pulmão verde’ da vila.

Rui Garcia conta que aquele Ministério informou a edilidade, no passado dia 18 de Fevereiro, de que «o procedimento para a elabo-ração do projecto da execução de adaptação do antigo quartel dos bombeiros para a instalação do posto territorial da GNR da Moita já foi cabimentado e aguarda aviso prévio de alteração por parte da secretaria de Estado da Adminis-tração Pública». Sobre a resposta

do MAI, Rui Garcia conclui que «ainda não foi executado o projecto, o que quer dizer que estamos a vários anos da obra e isso pode agravar a degradação do imóvel. É muito tempo de espera mas vamos continuar a insistir para que o MAI resolva o problema com a maior brevidade possível porque estão em causa dinheiros públicos».

O autarca garante que, até agora, «não detectadas intrusões no edifício, para actividades indevidas», frisando que a autarquia vai conti-nuar alerta e vigilante para o problema.

Vidros partidos e portas violadas espelham bem a degradação existente no velhinho quartel dos Bombeiros Voluntários da vila da Moita

Município está a desesperar pela reabilitação da futura casa da GNR da Moita por parte do MAI

Artesanato e produtos regionais para provar na cidade de Setúbal

O ARTESANATO e os produtos regionais estão reunidos num certame de entrada gratuita, que decorre até domingo, no Largo José Afonso, com música, dança e degus-tações gastronómicas. A mostra é composta por 62 expositores prove-nientes de diversos municípios do distrito e do País.

O certame, organizado pela Câmara, no sábado, arranca às 12h30 com uma happy hour nos stands da Adega de Palmela, Malo Tojo e Vinhos Damasceno, pros-seguindo às 16 horas, com a actu-ação do Grupo Coral “Os Amigos dos Sadinos”. Às 18 horas decorre o lançamento das bolachas “Baías”,

seguindo-se, às 22 horas, fados com Céu Guerra. No domingo, as acti-vidades começam às 12h30 com uma happy hour nos stands de António Saramago Vinhos, Herdade da Gâmbia e Quinta de Alcube, continuando às 16 horas com um espectáculo do Grupo de Danças e Cantares do Faralhão. Às 18 horas, Fernanda Amaro apresenta as bola-chas “Mouriscas” e “Erres”.

Compotas, doçaria conven-tual, mel, vinhos e licores, azeite, queijos, bijutaria, peças em barro e em ferro, bordados, artigos em pele e pinturas, entre outros, compõem a oferta disponibilizada nesta mostra.

População e autarcas em protesto

Câmara oferece visitas

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INICIATIVAS

DOIS castings para selecção de manequins para um desfile de moda no âmbito do projecto (RE)Viver a Baixa, no centro histórico, realizam-se a 26 e 27, na Casa da Cultura. Os castings, para pessoas de ambos os sexos, dos 7 aos 50 anos, decorrem no dia 26 às 19 horas e no dia 27 às 15 horas.

A INICIATIVA ‘Reserva o Sábado’, que decorre este sábado, das 9 às 13 horas, propõe uma visita ao lago da Mata Nacional da Machada (Barreiro) para recolha de amostras de água e respec-tiva observação ao microscópio. Também poderá inscrever-se no workshop “A Vida Secreta do Lago”.

A 27.ª CONFERÊNCIA Interna-cional da Sociedade de Cetá-ceos, onde são esperadas 500 profissionais, decorre entre 6 e 10 deste mês em Setúbal. É dedi-cada aos estudos interdiscipli-nares sobre mamíferos mari-nhos e aborda questões asso-ciadas à conservação de cetá-ceos e dos golfinhos no Sado.

“RENOVAÇÃO – A Esclerose Múltipla Através de Mim” é o livro que é apresentado na Biblioteca da Moita, este sábado, às 16 horas, da autoria de Paula Cordas. Trata-se de um relato na primeira pessoa de como se vive com esclerose múltipla, doença que foi diagnosticada à autora aos 12 anos.

Castingsem Setúbal

Visita à Mata da Machada

Conferência sobre cetáceos

Escleroseem debate

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Sesimbra dá ‘nota positiva’ às contas de 2012

Alcácer percorre a pécurso do rio Xarrama

Santiago abre horizontesaos mais pequenos

Almada paga sopa aos funcionários

Grândola ganha Unidade de Saúde Móvel

DESDE o dia 1 que os cerca de dois mil trabalhadores da Câmara de Almada e dos Serviços Muni-cipalizados de Água e Saneamento, deixaram a sopa que consumiam nos refeitórios do município. Esse custo passa a ser suportado, na totalidade, pela autarquia. Actu-almente, os refeitórios municipais servem cerca de 55 mil refeições por ano. Esta medida faz parte do programa “Alimentação saudável, uma escolha de vida”, desenvol-vido pela autarquia, com o objec-tivo de promover hábitos alimen-tares mais saudáveis. Por isso, serão abrangidos quer os trabalhadores que adquiram uma refeição completa quer aqueles que se dirijam aos refeitórios apenas para consumir sopa.

O EXECUTIVO sesimbrense aprovou, esta semana, o relatório e contas de 2012, com o voto contra do PS, considerando que o desem-penho da autarquia «foi bastante positivo».

«Mesmo tendo em conta a difícil conjuntura, que resultou numa quebra de receitas, particularmente do IMI, loteamentos, obras e venda de bens e serviços, o desempenho foi bastante positivo», afirma o executivo comunista de Augusto Pólvora, ao considerar a redução da dívida de curto prazo, «o que representa a inversão de uma tendência que se vinha repetindo há alguns anos».

Para o autarca, este dado é tanto mais relevante «se se atender ao facto de que em 2012 foram levados a cabo alguns dos maiores inves-timentos dos últimos anos», de que

são exemplo os projectos do Programa Integrado de Valori-zação da Frente Marítima de Sesimbra, a construção do Bairro Infante D. Henrique, o saneamento na freguesia do Castelo ou a nova escola em Sampaio.

«Isto sem esquecer o apoio à

construção de equipamentos sociais, o apoio social a famílias carenciadas, entre muitas outras medidas dinamizadas pela autar-quia nas áreas da cultura, turismo e actividades económicas», recorda.

Por outro lado, aponta o grau de execução das Grandes Opções do Plano, que atingiu 73 por cento, bem como o investimento reali-zado, que ultrapassou os 13,7 milhões de euros. 2012 ficou ainda assinalado pela recuperação da capacidade de endividamento do município, que é de 3,7 milhões, e que em 2011 era negativa.

A mesma tendência se verificou no balanço e demonstração de resultados, que passou de um resul-tado líquido negativo de 5,6 milhões, em 2011, para um resul-tado líquido negativo de 740 mil euros.

UMA caminhada no Xarrama ao Sado, num percurso de 13 quiló-metros em terreno plano, é a proposta de “Alcácer dos 5 Sentidos”, o programa turístico de Alcácer do Sal, para o dia 13 de Abril.

A decorrer entre as 8h30 e as 12h30, a iniciativa partirá da Barragem de Vale de Gaio, acom-panhando o troço final do rio Xarrama até este desaguar no Sado, tomando-se em seguida a direcção das aldeias de Rio de Moinhos e S. Romão, para se retornar depois à Barragem.

Com esta caminhada pretende-se fomentar um estilo de vida saudável, ao mesmo tempo que se dá a conhecer uma parte menos conhecida do território que se pauta

pela beleza da paisagem povoada por aldeias com história e tradição.

A iniciativa “Alcácer dos 5 Sentidos” pode ser acedida a partir de www.cm-alcacerdosal.pt e também no Posto de Turismo de Alcácer do Sal.

NO ÂMBITO do programa de Apoio à Família, a Câmara de Santiago do Cacém promoveu, no período de férias da Páscoa, um conjunto de actividades, no sentido de proporcionar às novas experiências e novos conheci-mentos.

Um programa cujo resultado a autarquia considera positivo, uma vez que movimentou centenas de crianças em activi-dades como a “Sementeira”, ministrada por Sofia Machado, técnica da Agriloja; ou “Histó-rias sobre alimentação saudável”, ministrada por Cláudia Salgueiro, técnica de nutrição da Câmara de Santiago do Cacém.

No Jardim de Infância da

Aldeia dos Chãos, realizou-se, ainda, a actividade “Histórias sobre alimentação saudável”, ministrada por Cláudia Salgueiro, técnica de nutrição da Câmara Municipal de Santiago do Cacém.

AVANÇA, no terreno, segunda-feira, a unidade de saúde móvel do concelho, que se associa Às comemorações do Dia Mundial da Saúde.

A iniciativa, da autarquia grandolense em colaboração com o Ministério da Saúde, tem por objectivo promover a prestação de cuidados de saúde em proxi-midade às pessoas idosas ou com dependências que vivem isoladas e, por outro lado, diminuir o isolamento social através do apoio técnico.

No dia 8, a unidade móvel estará na junta de freguesia do Carvalhal, em Melides, em Azinheira dos Barros, em Santa Margarida da Serra e na sede de concelho.

Palmela promove produtos locais no 19.º Festival Queijo, Pão e Vinho

A 19.ª EDIÇÃO do Festival do Queijo, Pão e Vinho decorre até domingo, em S. Gonçalo, na freguesia da Quinta do Anjo, com a envolvência de cerca de meia centena de produtores que ali dão a conhecer e a provar o afamado queijo de Azeitão, o pão, os vinhos da região e a doçaria tradicional.

Promovido pela ARCOLSA, com o apoio da Câmara Muni-cipal de Palmela e da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, o evento ultrapassou, já, as fron-teiras da região e atrai, anual-mente, milhares de visitantes de todo o país com o seu programa de animação.

O retomar da Bênção dos Rebanhos, junto à capela de S. Gonçalo, no sábado de manhã, às 10h30, é uma das novidades que está de regresso. Laborató-rios do Gosto com provas comen-tadas de vinhos e queijo de Azeitão, animação musical, workshops de dança e espectá-culos pelas colectividades, passeios pedestres, em BTT e a cavalo, espectáculos equestres e aulas de equitação, demonstra-ções caninas e de tosquia, animação infantil no espaço do Museu do Ovelheiro e as corridas de ovelhas são outras actividades do evento.

Sines avança centro escolar em Porto Covo

A PRIMEIRA quinzena de Maio vai marcar o arranque do novo centro escolar de Porto Covo, em Sines, num investimento da au rancaram no ano passado, abrange mais de 70 crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico.

Com o fim das obras previsto para o final deste mês, o edil Manuel Coelho, garante que a transferência dos alunos será feita de imediato, pelo que o ano lectivo terminará já nas novas instalações do centro escolar.

Pólvora alivia dívidas municipais

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Uma visita pela história ribeirinha Autarquia ensina boa nutrição

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Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

DESPORTO I TROFÉU DO SADO/ 11ºJOGOS DO SADO NO ESTUÁRIO DO SADO. DIA 6/04 ÀS 14H00 - Competição com duas regatas para todas as classes em vela ligeira. DIA 7/04 ÀS 10H30 Competição de vela./ Gratuito / Org: CMS e Club Naval Setubalense.

MÚSICADIA 6/04 ÀS 22H NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – “THEM STRANGE SICK BLUES”. Os blues estão de volta no Ciclo de Jazz, agora com a satânica trindade dos Them Strange Sick Blues. Através do blues, este trio propõe-se a reencarnar clássicos do rock, do pop e de outros géneros musicais, provando que, no início, não era

só o verbo, eram também os blues. Johnny Kadáver, João Luz e João Mota são os Them Strange Sick Blues./ Entrada: 3€

LAZERDIA 13/4 ÀS 9H30 – SETÚBAL ROMANA.

Passeio cultural na Baixa com visitas ao Museu de Arqueologia e Etnografia do

Distrito de Setúbal, a painel de

mosaicos na Rua António Joaquim Granjo e à fábrica de salga de peixe./ Gratui-to./ Info: 967 822 014DIA 13/04 ÀS 10H00 -TERRAS DO RISCO. Passeio de natureza num percurso por zona misteriosa, inexplorada e com tesouros e visões únicas, acedendo a varandas debruçadas sobre o mar e percor-rendo velhos caminhos usados por contraban-

distas e escaladores./ Info: 265 227 685 /

www.sal.pt / Preço: 8€ geral, 4€ residentes e turistas aloja-

dos.

Surveillance vencem em Setúbal Pedro Ramos em Palmela

OS SETUBALENSES Surveillance venceram o 9.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal em final realizada sábado à noite, na Capricho Setubalense, durante o Festival 7Rock. «Queríamos

muito ganhar mas não foi fácil porque a fasquia estava muito alta, com projectos musicais muito bons», confessou Inês Lobo, baterista da banda criada no ano passado, que, venceu a Melhor Banda.

NO DIA 20 de Abril, às 17 e às 21h30, o Cine-Teatro S. João, em Palmela, acolhe o espec-táculo dança de residência artística de Pedro Ramos, com bilhetes a 5 e a 8 euros. O espaço/tempo é uma espécie

de laboratório onde nos coagu-lamos na vida e dissolvemos na morte; separamo-nos na questão; inflamamos no cons-trangimento; sublimamos na tomada de consciência; comungamos no amor.

CULTURA

Sábado //6 . Abr . 2013 //

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Simone de Oliveira apresenta novo álbum em Setúbal

A cantora/actriz Simone de Oliveira apre-senta este sábado,

com sessão de autógrafos, partir das 17 horas, o seu novo trabalho discográfico inti-tulado “Pedaços de Mim”, editado pela Get Records, no restaurante “Cantinho dos Petiscos”, sito na Avenida Luísa Todi, em Setúbal.

“Pedaços de mim” reúne treze novas canções e juntou compositores e autores contemporâneos, entre eles Rui Veloso, Tiago Torres da Silva, Miguel Gameiro, Augusto Madureira, Susana Félix, Paulo de Carvalho, entre outros, bem como setenta músicos em estúdio,

uma orquestra dirigida por Nuno Feist, arranjos a cargo de Luís Avellar e com produção de Renato Jr. Conta com as participações especiais de Ricardo Ribeiro e Pedro Jóia.

Disco modernofeito à moda antiga

O disco foi lançado a 21 de Março, a nível nacional, no bar Frágil, em Lisboa, para recordar 55 anos de muitos ‘pedaços da vida’ da artista. «É um disco moderno feito à moda antiga. Tem emoções, por quem o fez e por quem o escuta, e é para ser ouvido

de coração aberto», confessa Simone de Oliveira, que não gravava há dez anos.

Simone de Oliveira iniciou a sua carreira bastante nova, ainda nos anos 50, e hoje passado

mais de meio século a inquieta Simone continua a querer dar mais da sua arte e preparou mais um disco que promete surpre-ender, refere fonte da editora GetRecords.

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A ARTEVIVA - Compa-nhia de Teatro do Barreiro estreou ontem, sexta-feira, o espectáculo “Biedermann e os Incendiários”, de Max Frisch, com encenação de Jorge Cardoso. O espec-táculo vai continuar em cena no Teatro Municipal, às sextas e sábados, às 21h30. E este sábado, às 16 horas, estreia a produção “Era uma vez... El-Rei Tadinho”, adaptado da obra de Alice Vieira. A peça, destinada em especial aos mais novos, pode ser vista no Teatro Municipal todos os sábados às 16h, e durante a semana por reserva para escolas.

Arteviva estreia duas peças

6Cartaz...

Sáb

ado

O cantor iraniano Mazgani vai a Sesimbra apresentar o seu novo álbum de originais “Common Ground”, produzido pelo guitarrista John Parish, com a colaboração de Mick Harvey, e integralmente gravado e misturado em Bristol, Inglaterra.Teatro João Mota, Sesimbra | 21h30.

Mazgani apresenta novo CD

6Sáb

ado

Tordo dá concerto

Noite de Fado

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O fadista nortenho Marco Rodrigues está a apresentar o seu novo trabalho discográfico intitulado “EntreTanto”, onde o universo feminino está subjacente através da música “Coração olha o que queres”.Forum José M. Figueiredo, B. Banheira | 21h30.

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A cantora recorda a sua vida artística em novo álbum

Arteviva promete animação

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O cantor Fernando Tordo dá um concerto intitulado “Braguêsas, Beiroas e outras Amantes”, onde recorda alguns novos temas e clássicos como “Tourada”, “Adeus Trizteza” e “Cavalo à Tarde”. Auditório Augusto Cabrita, Barreiro, 21h30.

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O triunfo de Francisco Alves, na primeira etapa da Liga Moche, que se realizou no passado

fim-de-semana, na Costa de Caparica, é para o surfista almadense «o resul-tado do trabalho que tem sido reali-zado nos últimos meses» e uma porta que se abre para lutar pela conquista deste torneio cuja próxima etapa se realiza nos dia 19, 20 e 21 deste mês, no Porto.

Esta foi a primeira vitória da carreira a este nível e, embora tenha surpreendido os concorrentes directos, o atleta considera que não se tratou de um acaso, mas que foi fruto do treino bi-diário que realiza e da concentração. «Fiz a prova pensando apenas em mim e sem pensar muito no facto dos outros serem mais ou menos favoritos», explica enquanto avança que ganhar este circuito é um objectivo a longo prazo.

Recorde-se que na primeira etapa do torneio, Francisco Alves derrotou o bicampeão nacional em título Vasco

Ribeiro, nas meias-finais, e, depois, na final, arrasou o vice-campeão nacional Frederico Morais. Aos 19 anos, o surfista da Costa aproveitou o facto de conhecer bem o local onde se realizou a prova, e onde treina habi-tualmente quatro horas por dia, para bater a concorrência.

Surf como profissãoe escola em ‘stand by’

A praticar surf desde os oito anos, Francisco Alves compete de forma consistente há uma década ao ponto de considerar que o surf «é uma profissão e não apenas um hobbie»

até porque é através do desporto que retira os seus rendimentos. Habi-tuado aos circuitos europeus, onde conquistou já um 5º lugar, o atleta definiu já os próximos objectivos. «No horizonte está a conquista de um lugar no circuito mundial de juniores, para tal é preciso classificar-me entre os cinco primeiros no próximo europeu e é para isso que treino todos os dias».

Apesar de nos últimos anos ter tido participações pouco consistentes nos europeus, Francisco Alves admite que se sente em boa forma e bem preparado para alcançar os objec-tivos. Dedicação e muito treino são a

chave do sucesso e por isso os estudos estão agora em stand by, «gostava de poder estudar, mas temos de nos focar

uma só coisa para que os resultados surjam e neste momento estou total-mente dedicado ao surf».

Caminhada à Beira Tejo Manhãs no Parque de Albarquel

NO ÂMBITO do programa NaturalMoita, as iniciativas desportivas ao ar livre conti-nuam no município da Moita e a próxima é a “Caminhada à Beira Tejo I”, marcada para este sábado, às 18 horas. O ponto

de partida é o edifício dos Paços do Concelho, na Moita, e o percurso, num total de 7 quiló-metros, será efectuado sempre com o rio Tejo por companhia, da Moita ao Gaio/Rosário e o caminho inverso.

AS ACTIVIDADES desportivas dinamizadas nas manhãs de sábado estão de volta, a partir do dia 13, ao Parque de Albar-quel, em Setúbal, com um conjunto de iniciativas de parti-cipação gratuita, abertas a toda

a população. Depois do período de inverno, de exercício físico em ginásios e academias parceiras da Câmara no projecto “Activo dos 0 aos 100”, são retomadas as sessões ao ar livre, às 10 horas.

DESPORTO

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Surfistade renomee criadorde pranchas mundialLuís Bento, ou Lufi como é conhecido no mundo do surf, é não só um dos melhores atletas nacionais na modalidade de longboard como um dos fabricantes de pranchas mais conceituados no mundo. Das suas mãos saem pranchas para alguns dos melhores surfistas mundiais. O shaper esteve recentemente no Brasil onde produziu pranchas para atletas do World Tour of Longboard.

O distrito de Setúbal, pela sua imensa costa, é um “ninho de spots” para a prática do surf. A modalidade que conheceu um boom nos finais dos anos 80, início da década de 90, conquista diariamente novos adeptos e o número de federados é já supe-rior a 10 mil.Favorecida pela natureza com ondas praticáveis durante quase todo o ano, a região da Costa de Caparica e toda a linha até ao Meco são pontos de atracção para os surfistas não só amadores como para os atletas de competição. Talvez por isso,

sejam já vários os atletas da região a dar cartas nos circuitos nacionais e internacionais não só no surf como também no bodyboard.Para além de Francisco Alves, nomes como o de Hugo Pinheiro, que já foi campeão da Europa em bodyboard, Rita Pires ou Rui Pereira são já certezas nas moda-lidades e têm conquistado bons resultados nos últimos anos. Em comum têm o facto de todos serem de Almada. Também Gastão Entrudo, de Sesimbra, se apresenta com boas perfor-mances no bodyboard.

Distrito surfista é “ninho de spots”

Francisco Alves já sonhacom Circuito Mundial de Surf

Venceu a primeira etapa da Liga Moche nas águas da Costa de Caparica

Tem 19 anos e é um dos mais talentosos surfistas nacionais. Natural de Almada, Francisco Alves está na crista da onda e já pensa em galgar águas maiores.

Marta David

O jovem surfista ficou eufórico com a vitória e manifestou-se no Facebook

Encontro de Judo emdestaque no Pinhal Novo

Troféu do Sado em Vela

Sul-coreano ‘à experiência’ agrada ao mister José Mota

ESTE sábado, o pavilhão do Pinhal Novo, recebe o 1.º Encontro e Convívio Distrital de Jovens e o Torneio do Concelho de Palmela em Judo, numa iniciativa da Câmara e da Associação Distrital de Judo de Setúbal, com o apoio da respectiva Federação.

Este evento decorre a partir das 9 horas. Os combates (Shiai) do encontro são destinados a judocas dos 9 e os 12 anos, femininos e masculinos. Paralelamente, o convívio proporciona uma aula de grupo para os praticantes com idades até aos 8 anos.

A partir das 14 horas, tem lugar

a 19.ª edição do Torneio do Concelho de Palmela em Judo, o qual se destina a escalões de Juvenis 1 e 2 Masculinos e Juvenis Femininos e é aberto à participação de todas as associações.

CERCA de 70 atletas em três dezenas de embarcações são espe-rados no I Troféu do Sado, prova de vela ligeira integrada nos “11.ºs Jogos do Sado”, a realizar este sábado e domingo, em pleno Rio Sado, em Setúbal.

A competição é aberta a vele-jadores federados e a atletas em geral, para todas as classes de embarcações de vela ligeira.

A prova, com início no Clube Naval, consiste na realização de várias regatas no sábado entre as 14 e as 18h00 e domingo das 10h30 às 13 horas. No jardim da beira-mar o público poderá apreciar a prova.

MIN-WOO Kang, de 26 anos, está à experiência no V. Setúbal há duas semanas. O Lateral-esquerdo sul-coreano já convenceu o treinador José Mota e poderá ser mesmo um dos reforços para a próxima época. O antigo jogador do Sangju Sangmu Phoenix, do principal escalão da Coreia do Sul, tem dado boas indicações nos treinos, mas falta o aval da admi-nistração do clube.

«Tenho gostado do seu trabalho e é um jogador com princípios de jogo», evidência José Mota. Por outro lado, a SAD reconhece que a contratação do jogador poderá

trazer novas parcerias para o clube, através da empresa que colocou o atleta em Portugal. Min-Woo Kang terá assim a oportunidade de mostrar, pela primeira vez, na Europa, o seu potencial.

O jogador tem 26 anos de idadeProvas muito competitivas

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DEPOIS do ensino de excelência e de boas classi-ficações no ranking nacional das escolas, o colégio St. Peter´s School prepara-se para dar cartas no desporto. O arranque vai acontecer no dia 28, com três provas. A 1.ª Maratona de Almada, às 10h30, com partida e chegada na avenida Aliança Povo MFA, junto aos antigos esta-leiros da Lisnave, destina-se a atletas individuais, inscritos em núcleos, clubes, escolas e militares, federados ou populares, maiores de 18 anos, que serão integrados em sete escalões, consoante a idade. O percurso é de 21,1 quilómetros.

Com um percurso muito atractivo, que passa pelos pontos mais emblemáticos

da cidade de Almada, este evento conta também com uma Mini Maratona, de 9,5 quilómetros, prova aberta a todos os que queiram parti-cipar.

Já a Caminhada “Família Solidária”, que terá um percurso de 5 quilómetros, reverterá para o Centro de Desenvolvimento Torrado da Silva do Hospital Garcia de Orta, uma instituição que ajuda crianças com problemas neurológicos. O seu percurso vai desde a Lisnave até à Base Naval de Lisboa (Arsenal do Alfeite) com regresso ao local da partida. A participação nesta prova tem um custo de três euros.

Diogo Simão, elemento da organização, realça que estas provas inserem-se numa estratégia de marke-ting e divulgação para que o desporto na margem Sul do Tejo comece a associar-se ao St. Peter´s School. «O colégio está a adoptar o modelo americano, que diz que onde há ensino tem de haver desporto. Esta Meia Maratona representa o pontapé de saída para que se consiga fazer essa asso-ciação», justifica.

Sobre a escolha de

Almada para a realização das provas, Diogo Simão realça que se deve ao facto de se tratar de uma zona com «muito público» e pelo «sim imediato» dado pelo muni-cípio, embora os municípios de Setúbal e Palmela também tenham sido contactados. «O feedback de Almada foi muito positivo, além de ser também uma zona que fica perto de Lisboa e onde residem muitos alunos do colégio», frisa.

De acordo com o respon-sável, os percursos destas provas são «chave de ouro», uma vez que, com a ajuda do município, foram escolhidas algumas das zonas mais emblemáticas de Almada, como «a marginal e o inte-rior do Alfeite, de onde se vislumbram vários navios, o parque da Paz, o Almada Forum, a Avenida Bento Jesus Gonçalves, o pólo da Facul-dade de Ciências e Tecno-logia, no Monte de Caparica, e a ciclovia do Metro Sul do Tejo».

Organização garantesegurança especial

Para que estejam reunidas as condições de segurança apropriadas a estas provas desportivas, a orga-

nização criou «um plano de segurança especial» em conjunto com várias enti-dades competentes, nome-adamente com os bombeiros de Cacilhas, Almada, Trafaria, GNR, PSP, BT e Brisa. «Esta é uma rubrica muito pesada no orçamento da prova que se situa entre 30 a 40 mil euros, não esquecendo a comunicação e a logística», argumenta Diogo Simão.

No que se refere aos prémios, Diogo Simão lamenta mas nesta 1.ª edição da Meia Maratona de Almada, uma prova a «perpetuar», não vai ser possível atribuir um prémio monetário a todos os vencedores de cada escalão, por limitações de orçamento, pelo que serão apenas beneficiados os vencedores da Meia e da Mini

Maratona, enquanto os outros levam para casa troféus, medalhas e outros brindes.

A componente da diversão não será esquecida, estando prevista a actuação de algumas bandas de rock almadenses, na zona da Lisnave. Está já confirmada a presença da atleta olímpica Naide Gomes que irá dar o tiro de partida. No total, são quatro as sessões de treino

das provas, no Parque da Paz, que ajudam os participantes a conhecer o percurso e a contemplar as bonitas paisa-gens de Almada.

Até à hora de fecho desta edição, já estavam inscritas, no global de todas as provas, cerca de 1 500 pessoas. A 1.ª Meia Maratona de Almada é a prova ‘rainha’ em termos de participantes. As inscri-ções encontram-se abertas até ao dia 25 de Abril.

Sábado // 6 . Abr . 2013 // www.semmaisjornal.com 15

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Colégio St. Peter s School organiza 1.ª Meia Maratona de Almada

Desporto quer brilhar fora de portas

A secção de desporto sempre desempenhou uma presença «muito forte e dinâmica» no seio do colégio St. Peter´s School, com a realização de «grandes ventos», começa por referir Diogo Simão, para justificar o sair de portas das actividades desportivas. «Queremos ir mais além e foi através desse entusiasmo que nasceram estas provas que vão ter lugar a 28 de Abril. Além de projectar o colégio, a 1.ª Meia Maratona vem provar que o St. Peter´s School consegue associar o desporto ao ensino», sublinha.Futebol, Críquete, Râguebi, Judo, Esgrima, Ténis de Mesa e Natação são algumas das modalidades praticadas no colégio de Palmela, com alguns alunos a sobressaírem em provas internacionais, como é o caso de Ágata Swiatkiewicz, no Judo.

O colégio St. Peter´s School, localizado em Palmela, que aposta num ensino de excelência bilingue, em parceria com a PlayurDream, vai organizar, a 28 de Abril, a 1.ª Meia Maratona de Almada, a Mini Maratona e a Caminhada “Família Solidária”, com o apoio do município e de outros patrocinadores.

A prova está a registar grande adesão e os treinos já arrancaram

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ÚLTIMA

O ARCO Ribeirinho Sul, projecto de desenvolvimento regional que prevê novas oportunidades de investi-mento nos terrenos da Margueira, Siderurgia e Quimiparque, está na primeira linha da agenda política dos presidentes das câmaras de Almada, Seixal e Barreiro.

Depois da recente reunião com o presidente da AICEP (Agência para o Desenvolvi-mento e Comércio Externo de Portugal), Maria Emília Sousa, Alfredo Monteiro e Carlos Humberto reuniram, esta semana, com o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, para transmitir a« total disponibilidade dos três municípios» para se assu-mirem como interlocutores directos do Governo, na promoção destes territórios com vista a atrair potenciais investidores.

Os autarcas reiteraram o seu empenho enquanto repre-sentantes da entidade licen-ciadora – os municípios – para a máxima disponibilidade ao nível dos contactos e da promoção, tendo em vista a concretização de um projecto que consideram «estratégico» para a Área Metropolitana de Lisboa, para a península de Setúbal e para o país.

Recorde-se que o projecto Arco Ribeirinho Sul abrange

terrenos da propriedade do estado junto ao rio Tejo nos concelhos de Almada, Seixal e Barreiro, perspectivando a criação de mais de 60 mil postos de trabalho e permi-tindo a reindustrialização, a requalificação e a diversifi-cação de usos complemen-tares entre si de antigas áreas industriais.

Acessos a fundosestruturais preocupam

Os autarcas colocaram também a preocupação sobre o posicionamento da penín-sula de Setúbal no próximo QEC – Quadro Estratégico Comum 2014/2020.

A concretizar-se a extinção da NUT3, esta região, que regista um PIB per capita inferior à média da comuni-dade europeia, «ficaria confrontada com a restrição no acesso a fundos estrutu-rais e de coesão, em áreas estratégicas como os incen-tivos à economia e à criação de emprego, os investimentos na eficiência energética, na regeneração urbana, na mobi-lidade ou nas infra-estruturas regionais», alertam os autarcas.. E neste contexto, reafirmam «é indispensável» a concretização de um Plano Integrado de Desenvolvi-mento para a Península, com enquadramento de investi-mento no âmbito do QEC.

Projecto Arco Ribeirinho une municípios da margem sul

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Autarcas do Seixal, Almada e Barreiro reúnem com Governo

ACT investiga acidente mortal no TXXI

Baía do Tejo vai investir 58,7 milhões

A MORTE de um traba-lhador no Terminal XXI, em Sines, na sequência de uma queda no porão de um navio, levou, quinta-feira, a Autori-dade para as Condições do Trabalho (ACT) a abrir um inquérito para apurar a razão do incidente.

O trabalhador, de 26 anos, sofreu múltiplas fracturas na sequência de uma queda de cerca de 30 metros de altura do convés para o porão do navio que estaria em mano-bras de carga e descarga de contentores. A administração da PSA Sines lamentou a morte do trabalhador e garante que «as circunstân-cias em que ocorreu este inci-dente estão a ser investi-gadas».

A empresa acrescenta ainda que «todos os procedi-mentos de emergência foram imediatamente activados e a assistência médica chegou rapidamente ao local. Apesar dos esforços, as consequên-cias da queda revelaram-se fatais» para o trabalhador.

A BAÍA do Tejo vai investir quase 16 milhões de euros em 2013 nos terri-tórios do Arco Ribeirinho Sul, nomeadamente na Margueira (Almada), Side-rurgia Nacional (Seixal) e Quimiparque (Barreiro). A partir de 2014, o plano de investimentos ascende a 43 milhões de euros.

O anúncio da empresa pública, criada em Outubro de 2009, foi feito na sequência da reunião com o Grupo de Acom-panhamento do Projecto do Arco Ribeirinho Sul, presidida pelo presidente da CCDR-LVT, e com a presença dos presidentes das três câmaras munici-pais envolvidas.

A EMPRESA José Maria da Fonseca, sita em Azeitão, continua a marcar presença no evento “Peixe em Lisboa”, sendo o patrocinador oficial deste evento ao nível dos vinhos servidos a acompa-nhar os pratos de peixe servidos por alguns dos prin-cipais restaurantes e chefes nacionais.

Neste evento, além de poderem degustar algumas criações à base de peixes e mariscos, o público tem a

possibilidade de provar alguns dos melhores vinhos da JMF. Dentro do seu portfólio, o destaque vai especialmente para a sua linha de brancos e roses, apesar de os tintos e mosca-téis também marcarem presença.

A JMF associa-se a algumas iniciativas da orga-nização, tais como provas temáticas, conversas com enólogos ou harmonizações.

Os vinhos da JMF asso-

ciam-se também ao primeiro evento satélite do “Peixe em Lisboa”, o “Sangue na Guelra”, que terá lugar este domingo e segunda-feira, no Cantina da Estrela, em Lisboa.

O evento é organizado pela Associação de Turismo de Lisboa e da Câmara de Lisboa, com produção da Essência do Vinho. Decorre até 14 de Abril, no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

AO FIM de mais de meio século a servir peixe e marisco no centro da vila de Sesimbra, a Marisqueira do Tony prepara-se para fechar as portas.

Apesar dos clientes ilustres cujas fotos decoram as paredes, entre eles Eusébio e Ronaldo só para citar alguns, a crise também bateu à porta de uma das mais conhecidas e conceituadas casas de Sesimbra.

Se em tempos chegou a ter perto

de duas dezenas de funcio-nários e filas de clientes à entrada à espera de mesa, hoje a Marisqueira do Tony atravessa um período difícil e o encerramento foi a solução encontrada. No lugar do emblemático restaurante deverá surgir

uma hospedaria cujo projecto já deu

entrada na câmara de Sesimbra.

A quebra do poder de compra e «o

aumento da taxa de iva na

restauração» são

as justificações apresen-tadas pelo proprietário para explicar os motivos que levam a esta tomada de decisão. Em entrevista recente, Tony admitiu que lhe vai sobrar tempo. «Agora nem sei bem o que é que vou fazer», disse o homem que construiu um restaurante à sua imagem e que é conhecido nos vários cantos do mundo não só pela forma como recebia e servia os clientes, mas também pelo enorme bigode que se orgulha de ostentar.

Marta David

“Tony” fecha marisqueira com 55 anos

JMF patrocina “Peixe em Lisboa”

A requalificação da Margueira é a que está mais avançada

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