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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
A avaliação do contexto educacional do ensino médio, sendo usada como
ferramenta para exclusão social
Por: Cláudia de Rezende Molina
Orientador: Prof. Mf. Nilson Guedes
Niterói
2005
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
A avaliação do contexto educacional do ensino médio, sendo usada como
ferramenta para exclusão social
Apresentação à Universidade Candido
Mendes como condição prévia para
conclusão do curso de pós-graduação lato
sensu em Docência do Ensino Surperior.
por : Cláudia de Rezende Molina
Niterói
2005
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DEDICATÓRIA
Dedico está monografia em memória
ao meu pai professor Evadyr Molina
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AGRADECIMENTO
À Deus por me permitir a graça da vida;
À minha querida filha Lívia por compreender minha
ausência em determinados momentos de sua vida;
Ao meu namorado prof. Eduardo pelo apoio,
incentivo e crescimento profissional em todo
decorrer do curso;
À minha mãe e minha irmã por tudo que tem feito
por mim até hoje;
Ao meu saudoso e querido pai ( in memoria) pelo
exemplo de sabedoria e cultura. Certamente está
feliz por mais uma etapa conquistada
Ao meu orientador Nilson Guedes pelo incentivo e
paciência e também por acreditar na realidade
deste.
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EPÍGRAFE
Valorar faz parte da caminhada ? Sim
Rotular, estigmatizar,ferrar, marcar,massificar? Não
Jamais esquecer de conjungar:
Eu sou, tu és, nós somos humanos:
( SANT’ ANNA, Ilma, 2000)
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RESUMO
Este trabalho não tem a pretenção de contemplar todas as questões e definições em avaliação educacional, rendimento escolar e consequentes exclusão social. Trata-se de uma pesquisa concisa sobre o assunto, onde alunos mestres e responsáveis possam ler , avaliar e talvez ter como parâmetro, o assunto contido neste trabalho. Este tema foi escolhido com intensão de esclarecer pontos favoráveis à exclusão social tendo como ferramenta, a prática pedagógica e avaliação do rendimento escolar. Na primeira parte do trabalho defini-se tarefas de práticas docentes , com reflexões sobre a prática pedagógica, conatatando-se a compreensão de que a pedagogia não pode ser bem entendida e praticada na escola ,sem que se tenha alguma clareza do significado das tarefas da páratica docente. A segunda parte do trabalho é uma abordagem sobre avaliação do aluno propriamente dita, em seguida explica sobre alguns tipos de avaliação. A avaliação da aprendizagem, assume sentido orientador e cooperativo, resalta que aprender é construir seu próprio conhecimento e que a avaliação funciona como feedback. A avaliação do rendimento escolar, tenta explicar que alguns professores e algumas instituições não usam os instrumentos de avaliação corretamente ,sendo estes apenas medidore. Avaliar é um compromisso ético e moral. Alguns professores usam a educação bancária, um aprende e o outro ensina. Explicamos de forma clara e literária o que realmente é aprender e ensinar. Costuma-se usar o conselho de classe de forma punitiva, quando na realidade serve para unir os que participam do processo educativo do aluno, com finalidade de ajuda-lo a superar as dificuldades. Enfatiza-se a violênia na escola como um dos pontos de exclusão social. Aqui se propõe uma avaliação inovadora, desenvolvendo o potência do aluno como um ser importânte na atuação de cidadania. “ Palavras-chave “ : avaliação – exclusão – volência – pedagogia .
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INTRODUÇÃO
A educação é uma prática direcionada por uma determinada concepção
teórica. A prática pedagógica está articulada com a pedagogia, que nada mais
é que uma concepção filosófica da educação. Na prática deve ocorrer um
cotidiano e uma ruptura com a cultura do senso comum. Para se alcançar os
objetivos políticos da educação é preciso : estar interessado em que o aluno
aprenda e se desenvolva individual e coletivamente, bem como ter uma prática
docente crítica e exercida com competência científica e tecnológica.
Compreender a concepção de avaliar, só é possível, quando se entende o
principal objetivo da instituição em conjunto com o planejamento pedagógico de
seu corpo docente, isto é compreender os princípios de organização curricular
e de ensino propostos. A chamada Escola Plural não introduz avaliações
pontuais na prática de avaliação escolar, relatam que o corpo discente são
vistos como sujeitos socioculturais produzindo conhecimentos a partir de suas
vivencias , valorizando no aluno as tendências de suas inteligências multiplas.
Os conteúdos escolares são apenaz eixos norteadores de organização do
processo de ensino, exigindo das instituições uma nova conduta diante dos
supostos “erros” dos alunos.
A avaliação da aprendizagem passa a ser orientadora e cooperativa,
valorizando o princípio que aprender é construir seu próprio conhecimento e
como resultado se analiza o retorno da aprendizagem, respeitando o ambiente
no qual o aluno está inserido, com todas as suas carcterísticas humanas. Para
não valorizar a avaliação somática, abolindo as notas como principal critério de
comprovação do que se aprendeu , há uma nova concepção da avaliação
valorizando os aspectos globais do processo de ensino-aprendizagem,
interferindo no projeto curricular da escola, da organização do trabalho escolar
e da importancia dos valos individuais do aluno.
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A avliação da aprendizagem írá informar os níveis de aprendizagem dos
alunos, indiretamente determina a qualidade do ensino, nesse sentido a
valiação irá ter um uma função de feedback, levando ao professor a sua
autoavaliação, onde fornece dados para que ele possa replanezar sua atuação
didática obtendo melheres sesultados na aprendizagem.
Hoje a avaliação do rendimento escolar, é vista como ponto crítico de
grandes perspectivas na visão da atuação da escola, como agente eficiente na
produção da mudança social. Os estudos referem como uma das causas do
fracasso escolar, a prática pedagógica do professor , sendo assim ele é
responsável pela exclusão ou inclusão do educando na instituição. Com isso
uma avaliação de rendimento escolar deve está inserido: a percepção,
pensamento, imaginação, emoção, expectativa, etc., tudo deve ser registrado
para que o valor quantitativo possa ser aplicado no rendimento escolar, e assim
terá uma função transformadora da realidade escolar atual.
O conselho de classe, não deve tomar uma postura de abordagem de
problemas, e sim obter diagnósticos para trnasformar a realiadade
apresentada, findando um rótulo de punição.
Pesquisas abordam a violência nas escolas como um problema
pedagógico. Por muitos momentos a educação depara-se com as reais notícias
de arrombamento, ameaças aos alunos e professores , mortes e prisões dentro
das instituições. Esses fatos também acentuam a exclusão social. Toda gestão
da escola interna e externa deve estar integrada a solucionar este problema,
oferecendo soluções de integração com a comunidade inserida , formulando
atividades de cidadania ,colaborando para mudar está realidade social através
da educação.
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Na sociedade atual o Estado Moderno é responsável pela
reestruturação política doe ensino , pois ele assegura políticas globais e
articuladas como moderadora das desigualdades sociais e econômicas,
concedendo um aumento no mercado de trabalho. A educação portanto é
direito do Estado e dever do cidadão.
O fim de uma avaliação tradicional esta sendo estudada pelo menos há
dez anos, segundo pesquisas feitas pelo Exame Nacional do Ensino
Médio ( ENEM) , hoje deve-se privilegiar a capacidade de interpretação e
raciocínio do aluno. Essas mudanças não ocorrerão só nas escolas privadas
mas também nas unidades da rede pública onde estão trabalhando nesta
perspectiva filosófica, a busca de uma avaliação inovadora.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - TAREFAS DA PRÁTICA DOCENTE
CAPÍTULO 2 - AVALIAÇÃO
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142.1 Avaliação do aluno : a favor ou contra a democratização do ensino? 172.2 Avaliação da aprendizagem 222.3 Avaliação do rendimento escolar 24CAPÍTULO 3 - O SIGNIFICADO DE APRENDER E ENSINAR 31
CAPÍTULO 4 - CONSELHO DE CLASSE
4.1 Análise diagnóstica da turma
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CAPÍTULO 5 - VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS 38
5.1 De onde vem a violência? 38
5.2 O que se pode fazer para minimizar a violência? 39
CAPÍTULO 6 - EXCLUSÃO SOCIAL 42
6.1 Fracasso escolar e exclusão social 43
CAPÍTULO 7 - A busca de uma avaliação enovadora 46
CONCLUSÃO 48REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO ÍNDICE FOLHA DE AVALIAÇÃO
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1. TAREFAS DA PRÁTICA DOCENTE
O planejamento escolar compreende três níveis : pedagógico , curricular
e de ensino, que deve resultar de uma ação corretiva da escola. o
planejamento pedagógico define de forma crítica os objetivos políticos da ação
e as linhas mestras a serem seguidas.
O planejamento curricular dimensiona os conteúdos socioculturais que
serão transmitidos e assimililados pelos alunos, de tal forma que permitam
atingir os objetivos pedagógicos estabelecidos. Planejamento de ensino é o da
atividade docente propriamente dita.
O ato de planejar é um ato decisório de maior importância e não deve ser
isolado e diversificado de cada professor. Da ação coletiva de todos os
envolvidos no processo resulta para os educandos um caminho relativamente
claro e coerente que deverá facilitar o alcance de seus objetivos.
Planejar é por em andamento as decisões tomadas, é traduzir em prática
cotidiana os princípios filosóficos e políticos estabelecidos, através da
assimilação ativa dos conteúdos escolares, chegando-se aos resultados
esperados.
Enquanto o planejamento definem os resultados a serem alcançados, a
execução constrói esses resultados ; a valiação serve para verificar se eles
estão sendo alcançados , assim como para fundamentar decisões que devem
ser tomadas.
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Portanto a avaliação é um mecanismo subsidiário do planejamento e da
execução, ela não existe por si mesma. A avaliação só faz sentido na medida
em que serve para diagnosticar os resultados que estão sendo obtidos e ,
desta forma passa ser um instrumento auxiliar para a melhoria dos resutados.
Privilegiar a escola, como objeto de estudo e reflexão , significa assumi-la
como instância exigida pela sociedade para a educação e instrução das novas
gerações. Isso não significa que outras instâncias educacionais, tais como
família , comunidade, grupo social etc., não tenha um papel significativo.
Portanto, a escola nasceu de uma necessidade do próprio processo
social, à medida que este se tornou mais complexo. A escola cresceu e ganhou
novas estruturas em tempo que as sociedades também foram gerando novas
necessidades. Hoje , embora a escola agregue funções supletivas ( nas áreas
de higiene , saúde, religião, etc.) , a sua função essencial continua a ser de
mediar para as novas geraçãoes, a apropriação da cultura acumulada pela
humanidade. A escola é uma instância privilegiada de tradução da pedagogia
em prática docente, não porque a própria história a constituiu assim.
É importânte refletir sobre a escola para se entender, conforme a própria
prática histórica da sociedade , que nenhuma filosofia e nenhuma pedagogia
( como concepção filosófica da educação ) podem se realizar concreta e
históricamente sem mediações que afetivem. A filosofia e a pedagogia,
formuladas teoricamente, por si só nada podem. Elas devem ser traduzidas e
operacionalizadas em práticas sociais e históricas , com elas se pretende
produzir efeitos sobre os homens individual ou coletivamente.
Ao navegar nos estudos da filosofia entende-se que os filósofos não
fazem mais que interpretar o mundo de forma diferente, e modifica-lo.
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Ou seja as interpretações teóricas , por si mesma, são inócuas se elas
não se fizerem realidade através de mediações , que nada mais são do que a
própra ação huamana informada pelo entendimento filosófico formulado. Os
filósofos falavam de uma transformação muito maior e mais complexa que
aquela que qualquer prática docente poderá realizar . Eles indicam a
transformação da sociedade, em sua base, em sua estrutura económica,
transformação que se traduziria, simultânea e subsequentemente, em
transformação cultural. Contudo , a prática docente , desde que exercida com
clareza política, tem papel importânte neste período de transformação. O que
efetivamente não basta, de modo nenhum, é ficar exclusivamente no “filofar” ,
sem que este busque as mediações, os meios de sua realização na
concreticidade histórica.
Daí que, no nosso caso , a escola com uma instância de ação, surgidas
das próprias necessidades históricas da humanidade, adquiri um significado
especial , como uma das instituíções de nossos ideais educacionais podem
traduzir-se em prática pedagógica consequentemente em práticas sociais e
políticas.
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2. AVALIAÇÃO
Qualquer iniciativa de formação de professores para um trabalho de
acordo com a Escola plural deviria começar com a perfeita compreensão do
processo de articulação entre os eixos básicos que o compõem.
Assim compreender a concepção de avaliação escolar só é possível
quando se entende o sentido e significados dos eixos que irão nortear a
concepção de ciclo de formação. Esta por sua vez só será possível quando se
compreende os princípios de organização curricular e de ensinos propostos
( conteúdos e processos ), assim como de organização do trabalho pedagógico
e administrativo da escola ( organização dos tempos ) .
O programa Escolar Plural não introduz alterações pontuais na prática
escolar. Ele é radical. Altera os valores básicos dos programas de
escolarização. Fala de sujeito sócioculturais que produzem conhecimentos a
partir de suas vivências. Situa os ciclos de idades como pilares para a prática
educativa e centraliza os conteúdos escolares como eixos norteadores da
organização do processo de ensino. Nesse contexto evidência novos sentidos
e significados para os novos sistemas públicos de ensino e exige dos
profissionais de educação uma nova postura diante dos “erros” dos alunos.
Ao apresentar o projeto à comunidade escolar, o documento inicial
desenvolve um amplo processo de avaliação da escola para justificar a sua
implantação. Nesse sentido reprova a escola atual, apontando os elevados
índices de evasão e repetência como o grave produto que temos obtido desta
instituição, excluindo milhões de crianças e jovens das escolas.
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Apoia-se então , no princípio e na importância de assumir a escola como
um espaço e direito do cidadão e como um espaço onde atuam sujeitos
socioculturais e históricos que se formam através das relações sociais. Dessa
maneira, apoia-se no fato de que é escola educativa por si mesma, pelas
circunstâncias de seu relacionamento com a sociedade, sendo educativa em
sua dinâmica , em sua forma de ensinar / aprender e na organização de seu
trabalho.
A concepção de avaliação que passa essa lógica é a de um processo que
deve abranger a organização escolar como um todo: as relações internas à
escola o trabalho docente, a organização do ensino, o processo de
aprendizagem do aluno e, ainda a relação com a sociedade.
Nessa pespectiva torna-se fundamental a constituição de um conceito de
avaliação escolar que atenda as necessidades de escolarização das camadas
populares, porque são elas que mais tem sofrido como o modelo de escola
atual. E , se o movimento amplo da sociedade impõem um novo tipo de escola,
impõem também a necessidade, de um novo refrencial para a constituição dos
processos de avaliação.
A avaliaçõa é um exercício mental, que permite a análise, o
conhecimento, o diagnóstico e julgamento de um objeto. Esse objeto deve ser
a própria realidade daqueles que a fazem. Avaliar seria um processo de
autoconhecimento, e também o conhecimento da realidade e da relação dos
sujeitos com a realidade, seria umprocesso de análise, julgamento, re-criação
das instituições que fazem parte desta realidade e das pessoas que a mantém.
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Questionam-se assim os processos de avaliação, da aprendizagem dos
alunos que estão, usualmente, centrados num desempenho cognitivo, sem
referência a um projeto político- pedagógico da escola, e ainda o sentido das
avaliações escolares que se tem direcionado, especialmente para o ato ade
aprovar ou reprovar os alunos.
Ao lado desses aspéctos, surge uma das questões mais controvertidas
nas práticas de avaliação : os registros numéricos na aferição do rendimento
dos alunos. A Escola Plural propõe a abolição total das notas. Considera esses
registros arbritários porque unidirecionados, já que são de total
responsabilidade do professor, que assume o papel de juiz. Questiona as
provas, usualmente empregadas como instrumentos únicos de avaliação e
critica o fato de serem mal elaboradas e sem critérios claro de aferição da
aprendizagem dos conteúdos específicos ensinados.
Considera que existe uma visão reduzida e equivocada do processo de
avaliação , já que a nota, produto concreto dessa verificação, reflete apenas o
resultado do desempenho cognitivo do aluno, e nunca o processo educativo
que o levou a tal resultado.
Em oposição, o conceito alternativo de avaliação baseia-se na pespectiva
de interestruturação do conhecimento entendendo a ação de avaliar como
processual e reveladoras da possibilidade construção de um processo
educativo mais rico e mais dinâmico. Parte do pressuposto de que as
diferenças são positivas e fundamentais para o crescimento dos sujeitos no
processo de conhecimento da realidade.
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Mais uma vez, o compo da discursão de valores torna-se prioritário. Se a
educação é conhecida como um direito à escola e as diferenças são positivas e
fundamentais, par o crescimento dos sujeitos e do grupo do qual fazem parte,
não caberia a escola o papel de classificar, excluir ou sentenciar os alunos. A
avaliação deveria priorizar a identificação dos problemas, dos avanços e
verificar as possibilidades de redimensionamentos e de continuidades do
processo educativo, a valiação se constituiria num processo investigador e
formativo contínuo, do qual professores alunos e pais participariam ativamente.
Ao procurar romper com a avaliação somativa , abolindo as notas como
critério de comprovação de um determinado produto previamente esperado, a
nova concepção de avaliação procura trazer á tona o valor dos aspéctos
globais do processo ensino- aprendizagem. Da forma de intervenção do
professor, do projeto curricular da escola, da organização do trabalho escolar e
da importância da formação da identidades e dos valores pessoais.
2.1.AVALIAÇÃO DO ALUNO : A FAVOR OU CONTRA A
DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO?
A democratização do ensino sustenta-se em três princípios básicos:
acesso universal ao ensino, permanência na escola e qualiadade do ensino
que oferecida ao educando.
A escolaridade de todos os cidadãos , diante de uma sociedade moderna
e altamente urbanizada, passa a ser uma exigência para que os cidadõas
possam usufruir dos bens construídos por esta sociedade e particular da vida
econômica e profissional com compreensão e participação ativa dos processos
complexos de produção.
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A permanência do educando na escola e consequente terminalidade
escolar é o que seria lógico esperar daqueles que tiveram acesso a ela. Para
isso, deveria analisar uma prática docente crítica e construtiva.
É uma discursão crítica, na medida em que se compreenda, proponha e
desenvolva a prática docente no contexto de suas determinaçãoes sociais. É
construtiva na medida em que trabalhe com princípios construtivos e
metodológicos que se dêem conta da construção do ensino e aprendizagem
para o desenvolvimento do educando.
Governos e educadores devem estar interessados em que o educando
aprenda e se desenvolva, tanto individual como coletivamente. Os pilares da
democratização da educação são o acesso universal ao ensino, a permanência
na escola e a qualidade satisfatória de instrução.
Significa a formação de suas convicções afetivas sociais e políticas, o
desenvolvimento se suas capacidades cognoscitivas e de suas abilidades
psicomotoras.
A educação serve para manter o estágio de desenvolvimento
( reprodução) , mas também para a renovação da sociedade, afim de atender
as necessidades e desafios emergentes.
Para a formação das convicções sociais e desenvolvimento das
capaciadees do educando, a educação ecolar deve fazer uso de assimilação
ativa dos conteúdos socioculturais já produzidos pela humanidade.
“ Segundo Lucksi ( 1991) a assimilação reprodutiva cria as
condições para que as novas gerações , ganhem suporte para
garantir o avanço dessa mesma culturta . assimilar ( reproduzindo )
para renovar ( revolucionando ) é a expressão da dialética entre o
velho e o novo.”
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A ineficiência da educação se torna altamente efiente no ponto de vista
do impedimento da evolução cultural das camadas populares de nossa
sociedade, facilitando o poder de dominação da sociedade burguesa, e o
atendimento as necessidades do modo de produção capitalista.
Uns dos fatores que interfere no processo de democratização do ensino, é
questão de qualidade. Não basta ter acesso e permanecer na escola, é preciso
que os educandos se apropriem significativamente de conhecimentos que
elevem seu patamar de compreenção da realidade em que vivem, e que lhes
possibilite sua emancipação como cidadãos e não exclui-los da sociedade.
A questão do acesso universal à escola está muito dependente da política
educacional do país , porém os fatores de permanencia e terminalidade se dão
na intimidade da escola e cabe a nós, educadores darmos conta de sua
democretização. O autoritarismo do professor, a falta de visão política, social e
pedagógoica tem feito da avaliação da aprendizagem um mero instrumento de
reprovação e castigo, contribuindo para aumentar o índice de evasão e
repetência, com seríssimas consequências não só para o aluno
individualmente mas também para a sociedade como um todo.
Os instrumentos são comumente construídos sem respeito aos objetivos
propostos , ao que foi efetivamente ensinado, usado as vezes como castigo
para classes ou alunos considerados indiciplinados e elaborados sem a mínima
técnica e precisão, com questões ambíguas que dificultam o entendimento do
aluno .
Para que a avaliação passe a auxiliar no processo de democratização do
ensino é necessário que se tenha sobre ela uma outra visão e para isso
iniciamos com uma visão que se dê conta dessa compreensão como explica
Lucksi:
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“ A avaliação é um juizo de qualidade sobre dados relevantes, tendo
em vista uma tomada de decisão”.
Juízo de qualidade é um processo comparativo entre o objetivo que está
sendo ajuizado com um determinado padrão ideal de julgamento, isto é, o
professor compara os resultados da aprendizagem do aluno com a expectativa
de resultados que possui ( padrão ideal de julgamento ) e atribui-lhe uma
qualidade satisfatória.
Ocorre que na prática, dificilmente os professores definem com clareza,
no planejamento de ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da
conduta do aluno após ser submetido a uma determinada aprendizagem.
Em decorrência, torna-se muito ampla a gama de possibilidades de
julgamento e variabilidade poderá se dar conforme o humor do professor ou
outros fatores e a avaliação se torna-ra arbitrária. Outra questão é que o
padrão ideal de aprendizagem deve estabelecer o que seria o mínimo
necessário a ser exigido de cada aluno para a sua aprovação
( padrão mínimo ).
Deve-se julgar os dados relevantes pelos profissionais da educação. A
qualidade de um objetivo não será atribuida ao prazer de quem julga, mas sim
a partir dos caracteres que determinado objeto possua. Muitas vezes os
professores tomam dados irrelevantes como se fossem relevantes, as vezes
por descuido, outras vezes intencionalmente para tornar o instrumento de
avaliação mais difícil, com intenção de castigar o aluno.
Dar um ponto a mais ou a menos geralmente significa um modo de
premiar ou castigar o aluno, contudo nada tem a ver com sua aprendizagem, é
um arbítrio baseados em dados irrelevantes.
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Tomada de decisão é o uso que se faz dos resultados da avaliação, isto é,
o que fazer com o aluno quando sua aprendizagem, se manifesta satisfatória.
Sem esta decisão o ato de avaliar não completa seu ciclo construtivo.
No cotidiano escolar, a única decisão que se tem tomado sobre o aluno é
a de classifica-lo num determinado nível de aprendizagem sem a preocupação
com sua imediata recuperação. Se o professor constata que o aluno não
atingiu o mínimo necessário para sua aprovação, trabalha com ele até que este
mínimo seja alcançado.
A avaliação diagnóstica não existe de forma solta isolada, é condição de
sua existência sua articulação com uma concepção pedagógica progressista,
comprometida com uma proposta historico-crítica, preocupada com a
apropriação crítica dos conhecimentos por parte do educando.
A avaliação diagnóstica decorre decorre da articulação de todos os outros
elementos da avaliação, tais como: proposição de avaliação e suas funções,
elaboração e utilização de instrumentos, leitura dos resultados e utilização
destes dados como avanço do aluno.
Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de
autocompreensão, é necessário que ela assuma o carater de uma avaliação
participação, a fim de que o professor e os alunos cheguem juntos a um
entendimento da situação de aprendizagem.
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2.2. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
o termo avaliar tem sido constântemente associado a expressões como :
fazer prova, fazer exame, atribuir notas , repetir ou passar de ano. Esta
associação, tão frequente em nossa é resultante de uma concepção peda
gógica arcaica, porém tradicionalmente dominante. Nela a educção é
concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o
aluno é visto como um ser passivo e receptivo.
Dentro de uma concepçãp pedag[´gica mais moderna, baseada na
psicologia genética á educação é concebida como experiência de vivência
multiplicada e variadas, tendo em vista o desenvolvimento motor, cognitivo,
objetivo e social do educando. Nessa abordagem o educando é um ser ativo e
dinâmico, que participa da construção de seu próprio conhecimento.
Dentro dessa visão, em que educar é formar e parender é construir o
próprio saber, a avaliação, contempla dimensões, e não se reduz aqpenaz em
atribuir notas.
Se o ato de ensinar e aprender, consiste na realização em mudanças e
aquisições de comportamentos motores, cognitivos, afetivos e sociais, o ato de
avaliar consiste em verificar se eles estão sendo realmente atingidos e em que
grau se dá essa consecução para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e
na construção do seu saber. Nessa perspectiva, a avaliação assume um
sentidom orientador e cooperativo.
Assim a avaliação assume uma dimensão orientadora, pois permite que o
aluno tome cnsciência de seus avanços e dificuldades, para continuar
progredindo na construção do conhecimento.
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A forma de encarar e realizar a avaliação reflete a atitude do professor em
sua interação co a classe bem como sua relação com o aluno. Por exemplo o
professor autoritário e inseguro, poderá ver na avaliação uma arma de tortura
ou punição para alunos apáticos ou indiciplinados. Por sua vez, seu professor
sério e responsável, que orienta as atividades de aprendizagem dos educandos
tenderá a encarar a avaliação como uma forma de disgnóstico dos avanços e
dificuldades dos alunos e como indicador para o replanejamento do seu
trabalho docente. Nessa pespectiva , a avaliação ajuda o aluno a progredir na
aprendizagem, e o professor aperfeiçõar sua prática pedagógica.
Em termos gerais a avaliação é um processo de coleta e análise de
dados, tendo em vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos,
sempre respeitando as características individuais e o ambiente em que o
educando vive.
A avaliação deve ser integral considerando o aluno como um ser total e
integrado e não de forma fragmentada.
Os professores precisam verificar os conhecimentos prévio de seus
alunos, com isso conseguindo planejar seus contúdos e detectar o que o aluno
aprendeu nos anos anteriores. Precisa também identificar as dificuldades de
aprendizagem, diagnosticando e tentando identificar e caracterizar as possíveis
causas.
O processo também deve estabelecer ao iniciar o período letivo, os
conhecimentos que seus alunos devem adquirir bem como as habilidades e
atitudes a serem desenvolvidas. Esses conhecimentos e habilidades devem ser
constantemente avaliados durante a realização da atividade, fornecendo
informações tanto para o professor como para o aluno sobre o que já foi
assimilado e o que ainda precisa ser dominado. Caso o aluno não consiga
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atingir as metas propostas, cabe ao professor organizar novas situações de
aprendizagem para dar a todos, condições de êxitos nesse processo.
O ato de avaliar fornece dados que permitem verificar diretamente o nível
de aprendizagem dos alunos, e também , indiretamente determinar a qualidade
do processo de ensino. Ao avaliar o processo de seus alunos na aprendizagem
, o professor pode obter informações valiopsas sobre o seu próprio trabalho.
Nesse sentido de avaliação tem uma função de retroalimentação ou feedbakc,
porque fornece ao professor dados para que ele possa repensar e replanejar
sua atuação didática, isando aperfeiçoá-la, para que seus alunos obtenham
mais êxito na aprendizagem.
2.3.AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
A avaliação deve ser usada na atividade escolar, como forma de
promoção dos alunos, de uma série para a seguinte, na trajetória escolar.
A avaliação hoje passa pelo crivo de uma perspectiva. A escola pode ser
agente eficiente na produção da mudança social.
Na escola pública o índice de reprovação é muito maior que em relação a
rede de ensino privado.
Uma das causas do fracasso escolar está diretamente relacionado a
prática pedagógica do professor pois é este que avalia de acordo com seus
critérios. Sendo assim é ele o responsável pela exclusão ou inclusão do
educando na instituição.
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As primeiras discurssões sobre avaliação educacional chegaram até nós
via psicologia da educação dedicado, à psicometria numa época em que nos
primeiros laboratórios de pisicologia experimental, criados na alemanha, a
própria psicologia começava a ganhar condição de ciência. Essa condição,
baseia-se nos critérios da contificidade aplicáveis ás ciências naturais, em que
a observação, a verificação e a experimentação são tidas como condições
indispensáveis, para a criação de princípios leis e teorias.
Na ciência, objetivo é aquilo que pode ser palpado, medido, observado.
Na educação mais precisamente na avaliação temos que tratar o aluno
como coisas. Em consequência a nota, conceito, etc., é buscada a todo custo.
Para alguns professores as mudanças comportamentais dos alunos
devem ser observadas e sempre que possível quantificadas.
Isso explica a valorização dos testes e provas aplicadas para avaliar ao
aluno. Com isto formaram-se critérios formalistas para definição e seleção de
um bom professor. O critério de competência do professor deixou de ser “
sobre fazer “ para “ saber planejar o que fazer “ no papel.
A partir de uma abordagem subjetivista o objeto do conhecimento
desaparece e o sujeito passa a ser valorizado a partir de suas experiências,
valores e das suas condições emocionais capaz de construir sua própria
resposta, ao invés de submeter-se a uma resposta já fabricada.
Uma avaliação de rendimentos escolar deve comtemplar: percepção ,
pensamento, imaginação, emoção, expectativa etc., tudo deve estar registrado.
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Se os professores criarem limites para as açãoes dos alunos, estes não
conseguiram construir seus pensamentos e por causa disto podemm estagnar
ou retrocedrem. A construção do conhecimento esta vincualda a história do
aluno, através de experiências já vivienciadas na vida real e na atividade
prática. Como podemos observar a avaliação do rendimeto escolar está
intimente ligada à fragmentação da avaliação, podendo excluir o aluno da
instituição e da sociedade, através da desmotivação do desrespeito do
professor ou de um conselho que não avaliou seu aluno na totalidade.
A avaliação deve diagnosticar, retroinformar e favorecer o
desenvolvimento inbdividual. No procedimento de avaliaçõa devem-se
considerar testes organizados pelo professor, coleção de produtos de
trabaçhos do aluno, registros dos resultados de observação das discurssões
dos alunos, comentários, entrevistas com alunos ou grupo, análise da escrita,
etc. A avaliação deve ser desenvolvida cooperativamente por professores,
alunos pais e diretores.
Notas em testes e provas servem para provar domínio ou falta de
habilidades dos alunos. Tornando-se uma disputa entre os mesmos e com isso
nuitos que não conseguem alcançar a média, se desmotivam ,
consequentemente isolando-se do grupo, quando isto não é bem trabalhado
pelo professor. Alguns professores aplicam provas e testes surpresas a seus
alunos , com a finalidade de puni-los. Notas não devem ter função punitiva e
sim de diagnosticar possíveis interpretações errôneas das matérias oferecidas,
para poder retifica-las.
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A nota também classifica o aluno também como inferior, médio e superior.
Isso faz comparações aos desempenhos e talvez o aluno possa ficar preso a
este estigma e não conseguir desenvolver suas habilidades e potencialidades,
achando que é “ burro” . Essa avaliação é completamente descrimibadora
( somar e dividir notas ) considera o aspecto qualitativo da educação.
A avaliação deve ter função prognóstica que permite verificar se o aluno
possui ou não conhecimentos necessários para o curso, também de medida,
onde analisa seu desempenho, em certos momentos e em diversas funções. É
graças a função diagnóstioca podemos verificar quais as reais causas que
impedem a aprendisagem do aluno. O aluno se sente estimulado a trabalhar de
forma produtiva quando percebe que há uma finalidade na proposta do
professor, onde seus resultados estão sendo valorizados ou reestudados
juntamente com o professor e que seu desempenho é comparado com ele
próprio e que seus progressos e dificuldades são vistos a partir de seu próprio
padrão de desempenho, necessidades e possibilidades.
Os testes referentes aos critérios servem para obter informaçãoes sobre o
conhecimento específico do estudante, geralm,ente copmpleta unidades de
conteúdos relativamentes pequenos. O resultado mostra o que o aluno sabe ou
pode fazer e não procura discriminar diferentes níveis de rendimentos. O teste
referewnte a norma obtém infomações referentes sobre um grupo. Valoriza,
portanto um indivíduo com relação aos outros.
“ Mas o profesor que tiver o objetivo de ajudar seu aluno no processo
educacional ou ajudar sua turma a atingir os objetivos de alcançar um
determinado grau de rendimento escolar, o padrão será o total de
pontos conseguidos em relação ao critério de referência
( Deprosbiteris. 1989 ).
28
A avaliação da parendizagem está interligada a avaliação do
desempenho e com a avaliação do currículo, dentro do contexto escolar.
Enfatiza o aprender que é o ato que o sujeito exerce sobre si mesmo, e não
registrar, obter informações e reproduzilas. Consiste em resolver situações,
criar e reinventar soluções. O aluno aprende quando consegue ultrapassar
conflitos.
O professor como mediador deve criar uma situação provocante para
causar desequilíbrio em relação ao assunto proposto, favorecendo com isto a
tomada de consciência do aluno e a percepção de que ele tem o poder de
mudanças e transformações.
“ A avaliação da aprendizagem neste contexto, buscará ir além da
aplicação deteste, provas e tentará verificar o rendimento através da
produção livre, relacionamentos, expressões próprias, explicações
práticas, simulações etc”.( Muzakani, 1986 ).
O fracasso escolar durante algum tempo foi relacionaqdo a deficiência
intelectual e a pobreza. É óbvio que a falta de alimentação básica e as doenças
oriundas de um ambiente sem o mínimo de higiêne na qual a criança está
inserida, interferem no rendimento escolar da mesma. Porém é importânte
llembrar, que o fracassoescolar pode ser gerado a partir da escola. o professor
é figura principal no contexto do ensino. Sendo ele o prioncipal agente
educativo, é evidente que melhorias no ensino terão mais chance de ocorrer se
a ele forem dados condições adequadas de trabalho. Dessa maneira, a
instituição educacional buscará capacitá-los, para que ele possa desenvolver
de modo mais eficiente e possível as atividades didáticas ; incentivará o
desenvolvimento de seu espírito crítico, para que ele, possa formar o aluno
para esse fim. Fornecerá a ele condiçõe de trabalho dígno, tais como salário,
plano de carreira, etc, chamando-o a participar ativamente em decisões
importantes do processo de ensino.
29
Podemos afirmar que o processo avaliativo é completamente oposta a
filosofia da educação problematizadora necessária em nossas escolas .
Avaliar é um ato extremamente complexo , cuja a responsabilidade não é
copetência única do professor , mas sim de todos os elementos integrantes do
processo educacional . Essa centralização no professor apenas consolida o
modelo econômico mundial e suas relações de poder , plenbamente exercida
em nossas escolas .
O sistema econômico atual não precisa educar todos os homens , pois
trata-se de um sistema excludente , que não está preocupado com a totalidade,
sendo a educação e consequentemente suas formas de avaliação e
desempenho, como maior para agilizar o densenvolvimento econômico, e não
como compromisso ético com as pessoas.
Assim sendo, a dinâmica destrutura das sociedades de classes
dominantes utiliza a educação como um instrumento de dominação, uma vez
que essas sociedades são governadas por grupos dominantes e a cultura é
postulada conforme o interesse desses grupos, e sobre tudo enfatiza essa
influência na escola por sua condição de produção de saber por excelência .
Nesse contesto, a escola, a didática, o currículo escolar sobre tudo a
avaliação são reflexos dessa estrutura complexa de relação de poder . A
realidade passa a ser o exercício da coação , da escola como obrigação do
professor como autoridade máxima e incontestável, onde estar na sala de aula
é desprazer.
30
O fracasso escolar é visto então , como uma questão individual , próprio de
cada aluno e seus problemas . Noentanto não podemos responsabilizar
somente à ele , nem tão pouco ao professor , que muitas vezes não é
preparado para esta outra função de avaliador . Precisamos sobretudo , rever
os paradigmas da avaliação do desempenho escolar , bem como da educação
como um todo para que a aprendizagem do aluno possa ir para além da sala
de aula . O modelo classificatório de avaliação , onde os alunos são
considerados aprovados ou não aprovados, oficializa a concepição de
sociedade e excludente adotada pela escola . O resultado da avaliação é
considerado por tanto , como uma sentença , um veredicto oficial da
capacidade daquele aluno que fica registrado e é perpetuado para o resto de
sua vida . O mais triste porém é que a publicação dos resultados não revela o
que o aluno aprender , é um resultado fictício , definindo um perfil , pela
cristalização desse falso resultado.
Rever a concepção de avaliação é rever sobretudo as concepções de
conhecimentos, de ensino , de educação e de escola . Impõe pensar um novo
projeto pedagógico apoiado em princípios e valores comprometidos com a
criação do cidadão . Somente após essa revolução é que a a avalição será
vista como função diagnóstica e transformadora da realidade .
31
3.O SIGNIFICADO DE APRENDER E ENSINAR
“Ensinar não é transmitir dogmaticamente conhecimentos, mas dirigir e
incentivar com abilidade e método, a atividade espontânea e criadora
do educando. Nessas condições, o ensino compreende todas as
operações e processos que favorecem e estimulam o curso vivo e
dinâmico da aprendizagem ( santos, 1961).”
Segundo Marceto ( 1985) existem algunsprincípios importântes a serem
considerados por todos os que se preocupam com a aprendizagem do aluno,
que são:
1- A aprendizagem devem envolver o aluno, ter um significado com o
seu contexto, para que realmente aconteça;
2- A aprendizagem é pessoal, pois envolve mudanças individuais;
3- Objetivos reais devem ser estabelecidos para que a aprendizagem
possa ser significativa para os alunos;
4- Como a aprendizagem se faz um processo contínuo, ela precisa
ser acompanhada de feedback visando fornecer os dados para
eventuais correções;
5- Como a aprendizagem envolve todos os elementos do sistema, o
bom relacionamento interpessoal é fundamental.
No entanto, na realidade das escolas, quando procuramos decodificar o
significado de ensinar, as ideias definem o professor como agente principal e
responsável pelo ensino, sendo as atividades centralizadas em suas
qualidades e habilidades. A prender também relaciona um único agente
principal e reponsável, o aprendiz ( aluno) , estando as atividades centradas
em suas capacidades e condições par que aprenda.
32
Diante deste contexto, percebemos que o pefil do educador não mudou
muito. Na verdade, poucos são os que fogem ao conceito de educação
bancária, ou seja, o saber não passa de uma doação dos que julgam sábios
aos que julgam que nada sabem, cabendo então aos sábios dar, entregar,
transmitir o seu grande saber. Portanto a educação se torna um simples ato de
depositar, onde os educandos são os depositários e o educador o
depositante.infelizmente a didática continua presa ao repasse mecãnico, á aula
expositiva, para ser copiada e decorada. Depois é restituída na prova e ,
finalmente, na “cola” é copiada com a máxima perfeição. Portanto aula, prova e
cola são sinônimos no espírito da coisa.
Segundo Freire ( 1987) , “ ninguém educa ninguém, ninguém educa a sí
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, ou seja a
educação problematizadora é como prática de liberdade; exige de seus
personagens uma nova concepção de comportamento. Ambos são educadores
e educandos, aprendendo e ensinando em conjunto, mediatizados pelo mundo.
Aprender é apenas meio. A qualidade da formação básiaca é o fator
mordenizante mais eficaz da sociedade e da economia.
Muito embora a valorização da educação no sistema produtivo modrno
não mude a essência do capitalismo, introduz, na sombra de vantagem para o
capital, oportunidades pertinentes para o trabalahdor, que incluem parâmetros
menores drástricos de exploração da mão-de-obra, sem falar no suporte para a
cidadania do trabalhador. A educação é componente substancial de qualquer
política de desenvolvimento, não só como bem em sí e como mais eficaz
instrumentação de cidadania, mas igualmente como o priomeiro investimento
tecnológico.
33
Segundo essa linha, o educador passa a ser o problematizador, que
desafia os educando que saõ agora investigadores críticos, permeados por
constantes diálogos, pois a educação como prática de liberdade deve negar o
conceito de isolamento e abstração do ser humano, assim como tornar o
mundo uma presença constânte em seu diálogo.
34
4.CONSELHO DE CLASSE
Entende-se conselho de classe como ummecanismo constituído para
assegurar que o julgamento do desempenho do aluno se efetive de forma
conjunta e cooperativa entre profissionais da escola. No entanto este processo
só ganhará sentido se houver um consenso entre os profissionais.Na maioria
das escolas, o que sevê é um trabalho individualizado, fragmentado e assim os
conselhos de classe resumen-se a “ acertos de conceitos ou notas”. Esse
acerto não se dá em que haja discordância entre professores, pois existem os
que defendem a aprovação de determinado aluno, os que defendem sua
reprovação, ou até mesmo a sua exclusão da escola. o que evidencia as
diferentes posições assumidas pelos professores são, diferentes projetos
educacionais e sociais e a exist~encia de valores divergentes entre os
membros do Conselho de Classe.
Se os membros do conselho de Classe não tiverem a mesma expectativa
em mrelação ao desempenho escolar do educando, de nada servirá a
avaliação feita por esse conselho.
O conselho de classe está entre as práticas que camuflam dentro da
escola, os mecanismos de controle, poder e exclusão social vigentes na
sociedade.
O conselho deve refletir a ação pedagógica-educativa e não apenas se
ater em notas, conceitos ou problemas de determinados alunos. O conselho é
uma forma de avaliação de controle de realização de proposta pedsagógica.
Pedir que os alunos se avaliem, reflitam sobre suas falhas, sobre sua atuação
é fácil, o difícil é os professores fazerem o mesmo. Para exercitar essa difícil
prática é que o conselho deve começar com a autocrítica dos professores.
35
Normalmente se coloca no aluno, na família no sistema, a culpa pelo
fracasso da escola. porém raramente ouvimos professores dizendo ter
dificuldades em desenvolver hábitos de estudos com seus alunos, ou de ter
que rever o tipo de trabalho proposto para os alunos. O que se houve é sempre
crítcas e que os alunos não gostam de estuadr, não gostam de ler, etc..
O que o professor diz na autocrítica deve servir como elemento para a
coordenação ajudá-lo a superar as dificuldades apresentadas, confrontar o
problema com os qu7e os outros professores também apresentam para, juntos,
buscarem a superação. A coordenação deve ter claro que , também a
valçaição, não é para classificar o professor e sim ajuda-lo a desempenhar
melhor o seu trabalho.
Há problemas sérios que os professores enfrentam em sala, devido a
condições estruiturais sa escola: falta de espaço físico mal organizado ou
inadequado. Por outro lado não podemos caior na armadilha de que tudo é a
estrutura, a lei, o sistema e ninguém assume nada. Pois há condições às vezes
de mudanças significativas, com as reais condições que a escola apresenta.
4.1.ANÁLISE DIAGNÓSTICA DA TURMA
Frenquentemente num Concelho de Classe abordam-se apenas
problemas, e com isso o conselho perde a sua característica fundamental que
é ser diagnóstico. Quando deveria apontar necessidades ou atitudes para a
transformação da realidade apresentada.
É importante ressaltar que a coordenação do conselho percebas
metodologias, pertinências e significâncias dos conteúdos, formas de avaliação
e relações intrepessoais, incluem positiva ou negativamente no rendimento da
turma e são causas dos problemas apresentados.
36
Num conselho, não se trata de verificar, que notas ou conceitos os alunos
obtiveram. Estes podem servir de indicadores de que podem estar ocorrendo
dificuldades. Mas trata-se de tentar ver o aluno como um todo.
O esforço é de se pesquisar as causas, o porque das atitudes dos alunos
e não simplesmente relatar casos ocorridos durante o bimestre e dizer que o
conceito obteve na disciplina.
A cada dia que passa, necessita-se mais de ter percepçãoda totalidade
devido a que se insere o aluno para poder ajuda-lo como estudante na escola.
Há vários fatores culturais ecxtra-escolares que definem, muita das vezes, o
modo de agir e de inteargir dos alunos, e essa interação bio-cerebral, cultural
social co-determinam o chamado “rendimento do aluno”.
O rendimento não se refere somente as questões relativas ao domínio ou
construção do conhecimento. Assim falar de um aluno isolado do contexto
social coletivo que o produz e é por ele produzido, pode nos levar a juízos
falsos e a diagnósticos errados. E o contexto do aluno não é só a situação
afetivo emocional em que vive na família, mas também , as relações com os
professores, com a turma, com o grupo de amigos na escola. Ao analisar o
aluno nos vários aspectos de sua realidade como pessoa e como estudante,
não significa passar a mão na cabeça de alunos bagunceiros, ou ter pena do
aluno por seus vários problemas. Trata-se de ter uma visão de conjunto de
cada caso para se tornarem as atitudes que sejam adequadas para cada
situação. Sem visão global, não há percepção crítica.
Padronizar atitudes pode ser mais fácil mas nem sempre é eficaz em
educação. Saber didtinguir, discenir as titudes mais adequdas para o caso mais
complexos é tarefa que requer reflexão conjunta de todos os envolvidos no
processo educativo, reunidos para tal fim.
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Num Concelho de Classe , conceitos e notas, servem para diagnóstico do
aluno, como instrumento e não finalidade do processo educativo. Há escolas
em que a questão burocrática é muito forte: “ Como deixar em branco, se você
tem que entregar o diário completo e fechado na secretaria?”. “E na reunião de
pais, como explicaremos que o aluno não tem conceito naquele mês? . “ E o
boletim como é que fica?”. São questões que forçosamente aparecerão à
medida em que os professores forem tomando consciência do processo de
avaliação em novos paradigmas.
38
5. VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Mais que um caso de polícia, a violência nas escolas é um problema
pedagógico.
Em muitas cidades, as escolas são palco de situações de violência.
Situadas em locais onde a exclusão social se manisfeta de modo mais
acentuado, as escolas não ficam isoladas deste contexto . De depredações a
casos que arrombamento , ameaças e pisões, muitas coisas acintecem,
amedontrando pais, professores e alunos. Em geral a solução proposta é o
policiamento e a colocação de grades. Nem sempre esta solução é possível e
quase nunca é eficaz. Ao contrário, muitas vezes ela apenas reforça a violência
da situação.
5.1. DE ONDE VEM A VIOLÊNCIA?
Para muitos pais, alunos e profissionais de educação, a violência vem de
fora da escola. ou seja, a escola é vista como uma vítima de “ maus elementos”
que a atacam , depredem e roubam. E no entanto, a escola também produz a
violência no seu cotidiano. É uma violência sutil e invisível, que se esconde sob
o nome de “evasão”. É , inconscientemente, promovidas pelos próprios
educadores através de regulamentos opressivos, currículos e sistemas de
avaliação inadequados à realidade onde está inseridaa escola e medidas e
posturas que estigmatizam, discriminam e afastam os alunos.
O ambiente escolar soma mais algumas à séries de violências que peswa
sobre a vida das crianças e jovens que frequentam a escola pública. Muitas
vezes, a escola diz-se neutra, universal e com valores próprios. Essa
neutralidade acentua e dissemina valores estranhos aqueles que ilustram o
cotidiano das crianças pobres, que vêem reprovados seus hábitos e seu jeito
39
de falar. Ao inferiorizar os alunos pobres, a escola lhes ensina a resignação
frente ao fracasso. Quando os alunos deixam a escola, expulsos pelos
mecanismos de evasão, encaminham-se para a outra parte do ciclo: o trabalho
mal remunerado, o subemprego, as FEBEMs e os presídios. Quase sempre, a
violência não é um ato gratuito, mas uma reação aquilo que a escola significa
ou , ainda pior, aquilo que ela não consegue ser. A maioria das ocorrências
violentas nas escolas são praticadas por alumos ou ex-alunos. Ou seja, muito
raramente são “elementos estranhos” que atacam a instituição. Hà uma
diferença qualitativa entre os diversos tipos de “atos e violência “ que chegam
a direção das escolas. A gravidade das situações é variávele os efeitos das
providências podem ser muito sérios. Os envolvidos, em geral, são alunos ou
jovens expulsos indiretyamente atrvés dos mecanismos de evasão. Por isso, é
importante que a escola se volte para estas jovens, buscando sua reintegração
na condição de alunos ou de usuários de espaços e serviços oferecidos a
comunidade.
5.2. O QUE SE PODE FAZER PARA MINIMIZAR A VIOLÊNCIA?
Não é facil erradicar a violência da sociedade. Por serem suas causas
complexas e de caracter estrutural, não está ao alcance do gorveno principal
elemina-la das escolas ou de qualquer outro lugar. No entanto, é possível e
necessário controlar alguns dos mecanismos que geram reduzindo seus
efeitos.
Democratizar a escola é linha central de todas as invenções para diminuir
a violência em seu ambiente.a mudança na prática do sistema de ensino deve
levar a eliminação das barreiras- muitas vezes não percebidas entre os alunos
e a escola, entre a comunidade e a escola. num trabalho que envolve ações de
40
curto, médio e longos prazos de maturação, as violências geradas pelo próprio
sistema escolar devem ser questionadas e submetidas pelos seus autores.
A democratização do acesso a escolanão deve ser vista só como a
extensão de atendimento escolar ( aumentando o número de vagas , por
exemplo ) ou mesmo a criação de condoções materias para a fixação do aluno.
A democratização deve ser encarada de forma mais abrangente, significado ,
também a mudança das relações internas e da estrutura de funcionamento da
instituição escolar, valorizando e estimulando enseu interior a presença dos
seus alunos marginalidades ela sociedade.
Assim para atacar o problema da violência nas escolas, o primeiro passo é
situa-lo dentro de sua esfera de complexdade. A violencia na escola é diferente
da violência nas ruas: insere-se no meio escolar, alimenta-se da sua dinâmica
e de seus vícios. Soluções policialescas não resolvem. É claro que, se for
necessário, deve-se colocar vigias, gradear janelas, etc..Mas estas medidas
terão pouca eficácia se não forem acompanhadas de outras, que resolvam o
problema em seus aspéctos sociais e pedagógicos . Para isso é necessário
trabalhar com os profíssionais de educação ( tanto professores como
servidores operacionais), com os alunos, com a comunidade e com a polícia.
Procurando estabelecer uma compreensão mais ampla da violência, como
fenômeno social que possui uma face visível e muitas outrs invisíveis. Para
consolidar está nova compeensão da violência é preciso um esforço de
repensar a escola tanto interna quanto externamente, em suas relações com o
ambiente em que se encontra.
Como a escola depende do que está à sua volta, o entorno deve ser
sempre considerado. Se a escola tiver integrada a ele , abrindo seu espaço-
privilegiado e valorizando- não só os alunos, mas ao oferencimento de
soluções para problemas e necessidades da região, ser mais respeitada pela
comunidade onde se insere.
41
É importânte promover atividades comunitários e o uso das instalações
para eventos ou para lazer dos moradores das imediações, contando com a
participação e o envolvimento dos professores e outros profissionais, levando-
os a substituir o medo por novas posturas que contribuam para a superação de
uma mentalidade violenta.
42
6. EXCLUSÃO SOCIAL
Segundo Mammarella (2000,p.52) exclusão social identifica:
“ os grupos e indivíduos que vêm sistematicamente
perdendo seus direitos de cidadania, que se encontram
carentes dos meios de vida e fontes de bem estar social,
com baixíssimos rendimentos, falta de moradia, de
acesso a educação e saúde, e que não encontram meios
de se inserirem no mercado de trabalho.”
Dois aspéctos são considerados como bnases da ciaddania: a
posibilidade de acesso de toda populaçõa a um determinado padrão de
qualidade de vida comum de um referido grupo social , e as possibilidades
objetivas da população decidir sobre os destinos e os rumos da sociedade em
que vivem.
Em condição mínima para as pessoas conseguirem uma qualidade de
vida aceitável dentro dos parãmetros de cidadania vão além da manutenção
da vida orgânica, dada pela satisfação das necessidades alimentares e
nutricionais elementares, estando também intimamente ligada a obtenção de
renda e de educação de qualidade, pois sem esses princípios a inserção na
sociedade e no mundo do trabalho torna-se precário.
A falta de participaçãp política torna os indivíduos submissos a uma
diomensão do destino enquanto condição inexorável, que despolitiza as
relações sociais e remete a solução dos problemas a uma esfera
intransponível, sobre o qual os indivíduos perdem a capacidade cde controle,
situando-se fora do mínimo da história. Tanto a aceitação do destino , a
fatalidade , o não acesso, pela falta de renda, os bens materiais e símbolos que
43
a sociedade pode oferecer, são formas expressivas de manifestação da
exclusão social.
Na sociedade atual, o Estado moderno é responsável pela função
redistribuitiva, pois ele deve assegurar as políticas globais e articuladas como
moderadora das desigualdades sociais e econômicas e de responder aos
aumentos das demandas de um contexto de uma maior divisão de trabalho e
expansão do mercado, na sociedade cdas massas . a educação portanto é
dever do Estado e direito do cidadão, pois sendo concebida como valor social,
reflete-se como instrumento da sociedade para efetivar o processo de
formação e construção de ciadadania. Entretanto, a evolução das ideias
relativas a educação e principalmente a avaliação, consolidam-se em torno dos
valores econômicos, como consequência do rápido desenvolvimento
tecnológico e da nova ordem globalizada. A educação passa a ser diecionada
para o novo estilo de desenvolvimento, reproduzindo as relações de poder e
subordinação, presentes nesse modelo.
Para acabar com a exclusão, portanto, é necessário que se estabeleçam
as bases de uma economia, u,a política e uma educação que permita que as
relações humanas e dêem a partie dos princípios de equidade, justiça social e
participação cidadã nas diferentes instâncias de decisões, e a educação cidadã
será a principal ferramenta para a construção dessa sociedade.
6.1. FRACASSO ESCOLAR E EXCLUSÃO SOCIAL
Neste mesmo histórico da globalização mundial da economia em que
todos os países seguem a regra de empregar juncionários mais qualificados,
sabe-se que, no Brasil pelo menos 52% da população não possuem requisito
mínimo para disputar uma vaga no mercado formal de trabalho.
44
Considerando-se que a questão da qualificação profissional passa
evidentemente pelo analfabetismo funcional do adulto e também pelo fracasso
escolar infantil, focalizar a exclusão social transportadas pelas vias de evasão e
repetencia escolar tornu-se objeto importânte de estudo.
Com a democratização do ensino, a Constituição Brasileira, em seu artigo
108 parágrafo 1.? Denfedeu a garantia a todo cidadão, de acesso ao ensino
fundamental obritório e gratuito. No entanto, cerca de quatro milhões de
crianças entre 7 e 14 anos encontram-se fora das escolas. 1,7 milhões de
crianças evadidas das escolas públicas do ensino fundamental 50% de
crianças em sua maioria, oriundas de classe baixa, são reprovadas todos os
anos. Em referncia a America Latina, segundo a UNESCO, o Brasil é o pais
que tem o maior percentual de alunos conclídos no primeiro grau. Enquanto a
Bolívia aprova 64%, o peru 70%, a Venezuela 73% e o Uruguai 86%, no Brasil
apenas 33% concluem o primeiro grau.
Muitos estudos tem-se dedicado a compreensão das cauas do fracasso
escolar da criança ao longo dos tempos.Dentre as causas apontadas nos
estudos em geral , estes tem demonstrado a influencia da origem social, da
prática pedagógica, do professor e da linguagem sobre o padrão de
estimulação intelectual das crianças.
Para o teórico inglês Brasil Bernstein (1330), estudioso das relações
classe e desigualdade, é vital que os indivíduos possam explorar os limites de
sua consciênia e o auto-controle, por meio da lionguagem, de modo a
viabilizar-lhes a igualdade de oportunidades de aprendizagem de ação social.
Segundo ele , a aprendizagem e a ação social faz-se vital a orientação
cognitiva e prática do homem , regulado, por um controle simbólico adquirido
nas instituições pedagógicas oficiais e locais, tais como na escola e na família.
Em síntese, a aprendizagem e o desempenho escolar para Bernstein,
45
dependem primeiramente da inter-relação entre mãe e filho, e posteriormente,
entre professor e aluno.
46
7. A BUSCA DE UMA AVALIAÇÃO ENOVADORA
Aqueles tempos em que o aluno temia enfrentar a severidade do pai
com notas sofríveis do boletim estão próximas do fim . insatisfeitos com o
método tradicional de medir a capacidade dos estudantes em aprender , as
escolas preparam uma mudança , segundo pesquisas feitas pelo ENEM .
Querem acabar com o pesadelo das notas de zero a dez: em vez de distribui-
las, o professor definirá as ablidades que espera ver adquiridas pelos alunos .
Nada de “decoberta” , a palavra de ordem agora é privilegiart a capaciadade de
interpretação e racicínio do aluno. O serultado será registrado em um relatório
enviado aos pais no fim de cada bimestre para que eles também tenham uma
ideia mais precisa do desempenho do filho .
Não será simples, pois o fim de uma avaliação tradicional está sendo,
estudada há pelo menos 10 anos, e sem benefícios só serão demonstradas en
larga escala agora, com o resuktado do Exame Nacional do Ensino Médio
( ENEM).
Interdisciplinar, o ENEM reflete o modelo de ensino daquela escola em
que as matérias não são tratadas isoladamente, mas se relacionam . uma
prova física, por exemplo, analisará também a organização de idéias e a
qualidade do texto. O conteúdo meramente factual, absolvido pela
memorização de data, fórmula , dá lugar a capciade de pesquisar o
conhecimento e organiza-lo . no final o aluno não é testado apenas porque
respondeu corretamente as questões. Antes o aluno obtinha uma nota 8 em
literatura identificando-se corretamente característica de um dado estilo.Pelo
novo enfoque, interssa mais se o aluno tem ablidade de estabelecer relações
entre os textos de movimentos letrários diversos. Embora os saudosistas tirçam
47
o nariz, teoricamente, exigi-se se muito mais neste modelo novo do que no
anterior.
A mudança não ocorrerá apenas nas melhores escolas da rede privada.
Várias unidades da rede pública também estão trabalhando nesta pesectiva
filosófica. Numa escola em Porto Alegre, os professores já iniciaram a proposta
, divulgando as metas de cada disciplina no começo do bimestre, com cópia
para os alunos. Ao final são atribuidos os conceitos “ satisfatórios “ ou “não
satisfatórios. Encerrado o bimestre são estabelecidas novas metas. “ Foi difícil
mudar professores acostumados a provas e notas”. Disse a supervisora
Jussara Black. “ Da trabalho, mas a aprendizagem é completa.”
Outros colégios ainda passam por uma fase de transição entre a nova e a
velha forma de avaliação. Num aluno que tirou zero e depois 10 não merce
nota cinco , pois provou que evoluiu. Alguns professores estão usando
métodos baseados em cores, para registrar as dificuldades dos alunos e depois
transformando-as nos conceitos exigidos pela avaliação. Essa nova proposta
exige um pouco mais a participação dos pais, precisa estar presente para
compreender bem o processo.
48
CONCLUSÃO
A concepçãp de avaliação é comumente relacionada a idéia de
mensuração de mudanças do comportamento humano. Essa abordagem
viabiliza o fortalecimento no aspécto quantitativo.
A avaliação do rendimento escolar tem como alvo a classificação do
aluno. Necessita ser redirecionada, pois a copetência ou incompetencia do
aluno não resultaapenas da escola ou do professor, e sim de todos aqueles
que participam do contexto escolar e social do educando.
A avaliação deve contemplar aspéctos qualitativos que são difíceis de
serem mensurados pois, envolvem objetivos, subjetivos, postura, política,
crenças e valores.
Os instrumentos de avaliação são determinados pelas idéias e
modelos da realidade em que o profissional atua ( instituição) . Serve como
meio de controle, feito através de atribuição de pontos ou notas, para que os
alunos realizem as tarefas e tenham comportamentos esperados, no qual o
professor e a institução desejam. Não se importam com o tipo de conhecimento
que o aluno obteve. A nota portanto, passa a apresentar um objetivo diferente
da representação do rendimento do aluno.
O educando precisa aprender, e não a ser submisso e obediente aqueles
que são responséis por seu rocesso educativo. Os instrumentos de avaliação
determinados pelas escolas não podem ser vistos como único opção de
avaliação . se não ratifica o conceito de “educação bancária” , de um lado um
ensina o do outro lado um aprende.
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O ponto chave da educação deve ser o aluno aprender ,saber pensar, ser
crítico e analítico. E é dentro dessa perspectiva que a avaliação deve trabalhar.
A maioria das escolas são vistas como socializadoras de um determinado tipo
de saber. Uma proposta de avaliação se cotrapõe à essa escola que
conhecemos. Esta busca a construção que reflete a própria cultura do povo
brasileiro, que acredita no conhecimento como produção social e quevaloriza a
violencia cotidiana dos alunos e professores.
Numa avaiação os professores devem considerar o ambiente no qual o
educando está inserido, pois não pode cobrar disciplina e bons cuidados de
higiene de um aluno que desconhece esses princípios , devido não ter
condições básica, econômicas e família para orientá-lo. Porém isso, não
significa que ele não possa aprender, pois se for estimulado será capaz de
construir seu conhecimento.
Comprovadamente a família é uma instituição que influencia diretamente
no desenvolvimento e no desempenho escolar do educando, pois se a família é
desestruturada a criança se desestruturará, com isso apresentará fracasso
escolar e consequentemente se excluirá da sociedade.
Com aglobalização, a regra é empregar funcionários cada vez mais
qualificados, isto quer dizer, com maior nível de escolaridade.
Por outro lado, sabe-se que o mercado de trabalho necessita também de
força de trrabalho barata que não seja qualificada, com isso explora cada vez
mais esses indivíduos que não tem condições básicas, devido a uma avaliação
errônea nas instituições, tem que se submeter a trabalhos escravos que
futuramente podem até serem excluídos totalmente da sociedade, partindo até
para uma vida promíscua.
50
Este trabalho comprova a avaliação do rendimento escolar pode ser
usada como ferramenta para exclusão institucional e social. E lamentavelmente
comprova que o educando de classes sociais desfavorecidas, são mais
prejudicados do que os das classes mais favorecidas são julgados pela
sociedade como “ burros” , por não terem habilidades intelectuais e emocionais
desenvolvidas, com isso são excluídos. Só não devemos esquecer que eles
não apresentam abilidades e competências, porque as escolas e o ambiente na
qual estão inseridos não lhes permitem que os tivesse.
O fracasso escolar destes alunos quando iniciaram na escola, muitas
vezes foram devido a uma péssima avaliação, onde continham apenas
instrumentos que os medissem por notas e conceitos e não por uma avaliação
do seu contexto social.
Esperamos que as escolas revejam seus conceitos e filosofias para que
com isso consigamos minimizar a exclusão dos alunos da escola e
consequentemente da nossa sociedade.
51
REFRÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
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DEMO,Pedro. Avaliação quantitativa: Polêmicas do nosso tempo. 6. ed.
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_________ Se a boa escola é a que reprova o bom hospital é o que mata.
Rio de Janeiro, DP&A Editora 3 ed, 1999
53
ANEXO
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ÍNDICE
Capa 01Folha de rosto 02Dedicatória 03Agradecimentos 04Epígrafe 05Resumo 06Introdução 07Sumário 10Capítulo 1 – Tarefas da prática docente Capítulo 2 – Avaliação 2.1 Avaliação do aluno: A favor ou contra a democratização do ensino
111417
2.2 Avaliação da aprendizagem 222.3 Avaliação do rendimento escolar 24Capítulo 3 – O significado de aprender e ensinar 31Capítulo 4 – Conselho de classe 344.1 Análise diagnóstica da turma 35Capítulo 5 – Violência nas escolas 385.1 De onde vem a violência 5.2 O que se pode fazer para minimizar a violência ?
3839
Capítulo 6 – Exclusão social 6.1 Fracasso escolar e exclusão social Capítulo 7 – A busca de uma avaliação enovadora Conclusão Referências bibliográficas Anexo Índice Folha de avaliação
4243464851535455
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE Pós-graduação “Lato Senu” Título: A avaliação no contexto educacional do ensino médio, sendo, usada como ferramenta para exclusão social. Data de entrega: 29 de janeiro de 2005 Avaliado por: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Conceito:_____________________
Niterói, 29 de janeiro de 2005