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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
GERENCIANDO O TEMPO COMO ALIADO
Por: Elias Chagas Tamashiro
Orientadora
Profª. Adélia Maria Oliveira de Araújo
RIO DE JANEIRO
2003
6
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
GERENCIANDO O TEMPO COMO ALIADO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Gestão Estratégica e Qualidade
Por: . Elias Chagas Tamashiro
7
T153
Tamashiro, Elias Chagas
Administração do tempo: gerenciando o tempo como
aliado / Elias Chagas Tamashiro. – Rio de Janeiro: UCAM,
2003.
38f.: il.
Inclui bibliografia
Monografia (Pós – Graduação) UCAM, 2003.
1. Administração do tempo I. Título
CDU 658.015.14
AGRADECIMENTOS
8
Ü Agradeço a Deus por estar comigo em todos os momentos;
Ü A minha mãe Gasparina, ao meu irmão Lincoln, a minha irmã Ivete e
ao meu pai Edson;
Ü À Marcele por ser minha fonte de inspiração e luz do meu caminho;
Ü A todos os meus amigos;
Ü A minha orientadora profª. Adélia pela atenção e auxílio.
9
“Discutir o tempo é algo muito
complicado, pois o tempo parece
ser quando não tentamos discorrer
sobre ele, algo simples, que todo
mundo conhece. Basta porém
teorizar sobre ele para que nos
vejamos diante de grande
confusão”
Santo
Agostinho
RESUMO
Aborda a importância de se administrar eficazmente o tempo,
enfatizando habilidades que possibilitem a adequada gerência dos
facilitadores e dificultadores no aproveitamento diário do tempo. Apresenta
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as características e fundamentos do tempo e as conseqüências da má
administração do mesmo. Utiliza como metodologia para a elaboração deste
trabalho a revisão de literatura onde se buscou analisar fontes tradicionais
como livros, publicações seriadas, textos impressos, ou disponibilizados
virtualmente, além de multimeios. Apresentam-se as dificuldades na
administração do tempo, as realidades e os mitos que são criados a respeito
do assunto; além do uso eficaz do tempo, dos economizadores e
desperdiçadores e das ferramentas de administração do mesmo. Cita a
importância do planejamento nas atividades e do estabelecimento de
prioridades: importante x urgente. Espera-se que este trabalho possa
fornecer informações úteis aos profissionais de todas as áreas e estudantes
que tenham interesse em estruturar uma forma eficiente para administrar o
tempo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
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CAPÍTULO I – TEMPO 7 1.1 A Compreensão do Tempo
7 1.2 Mitos e Realidades
8 CAPÍTULO II - ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO 10 2.1 Princípios Básicos 10 2.2 Desperdiçadores e Economizadores do Tempo 12 2.3 Ferramentas de Administração do Tempo
17 CAPÍTULO III - GERENCIAMENTO DA ROTINA DE TRABALHO 23 3.1 Importante X Urgente
23 3.2 Mudanças de Hábitos
25
CONCLUSÃO 31 BIBLIOGRAFIA 32 ANEXOS 35 FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
12
INTRODUÇÃO
A administração do tempo é uma competência fundamental, tanto
para garantir a eficácia do trabalho como para qualidade de vida. É algo
cada vez mais necessário, principalmente com tantas pressões, mudanças e
imprevistos surgidos com as solicitações e demandas aos profissionais. Com
as necessidades da vida moderna e atividades cada vez mais intensas, o
tempo torna-se algo raro e assim meio estratégico a administração.
O tempo torna-se muito curto e o estresse alto e a boa administração
do tempo supõe saber usar bem algumas habilidades que se pretende aqui
comentar, visando despertar para a reflexão e conscientização sobre o tema.
Assim, o tema desta monografia propõe destacar a importância da
administração do tempo, abordando suas características e fundamentos.
A metodologia empregada para a elaboração deste trabalho
constituiu-se na revisão de literatura onde se buscou analisar fontes
tradicionais como livros, publicações seriadas, textos impressos, ou
disponibilizados virtualmente, além de multimeios.
São apresentadas as dificuldades na administração do tempo, as
realidades e os mitos que são criados a respeito do assunto; além do uso
eficaz do tempo, dos economizadores e desperdiçadores e das ferramentas
de administração do mesmo. Cita a importância do planejamento nas
atividades e do estabelecimento de prioridades: importante x urgente.
Espera-se que este trabalho possa fornecer informações úteis aos
profissionais de todas as áreas e estudantes que tenham interesse em
estruturar uma forma eficiente para administrar o tempo.
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CAPÍTULO I
TEMPO
1.1 A Compreensão do Tempo
Neste trabalho corre-se o risco de dizer o óbvio. Mas tem momentos
que se faz necessário dizer o óbvio.
Fala-se e escuta-se diariamente frases que passam desapercebidas,
mas é só parar para refletir e analisá-las para perceber sua importância.
Logo abaixo se destacam algumas, de acordo com KRAUSZ (1986 p.5).
“O tempo voa”
“Compense o tempo perdido”
“O tempo é o nosso pior inimigo”
“É preciso correr contra o tempo”
“Nunca tenho tempo suficiente”
“Tempo é dinheiro”
“Dar tempo ao tempo”
“A gente é que faz o tempo”
“Nunca se tem tempo para fazer o que se quer”
“Posso tomar um pouco do seu tempo?”
“Tempo não se tem, consegue-se”
“O tempo não passa, somos nós que passamos”
“Não deixe para amanhã que pode fazer hoje”
“O tempo é o algoz de todos nós”
“Só ter tempo não basta”
“Tempo perdido não se recupera”
“Deus ajuda a quem cedo madruga”
“Tempo é organização”
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Cada frase citada reflete a filosofia de vida de cada um, mas a
verdade é que tempo é vida: quando o tempo termina a vida acaba.
Recebe-se 24h. por dia, o tempo é individual, subjetivo, intransferível; outra
pessoa só pode usar o tempo de alguém se este o permitir.
DRUCKER (1978, p. 35) afirma que “o gerente eficaz sabe que para
controlar o tempo é preciso saber onde este é realmente empregado”. Para
tal é fundamental o planejamento do tempo e é isto que destacam os
próximos capítulos.
1.2 Mitos e Realidades
Através da revisão bibliográfica verificou-se que muitos mitos são
criados em relação ao controle do tempo e de acordo com CHAVES (2003),
existem quatro mitos principais que são os seguintes:
O primeiro mito: “Quem administra o tempo torna-se escravo do
relógio”
Na realidade quem administra o tempo o controla, torna-se senhor
dele. Quem não o administra é dominado por ele, pois faz as coisas segundo
as pressões do momento, não na ordem e no momento em que desejaria.
Esse mito ocorre porque muitas pessoas pensam que é possível programar
100% do seu tempo e esquece-se que administrar o tempo não é programar
a vida nos mínimos detalhes: é adquirir controle sobre ela. É necessário
planejar, mas com flexibilidade, saber fazer correções de curso.
O autor afirma que administrar o tempo é fazer o que você considera
importante e prioritário, é ser senhor do próprio tempo, e não programá-lo
nos mínimos detalhes e depois se tornar escravo dele.
O segundo mito: “ A gente só produz mesmo, ou então só trabalha
melhor, sob pressão”
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CHAVES (2003) cita que esse é um mito criado para racionalizar a
preguiça, a indecisão, a tendência à procrastinação. Não há evidência que o
justifique, até porque os que assim agem poucas vezes tentam trabalhar
sem pressão para comparar os resultados - sobre si mesmos e sobre os que
os circundam.
O terceiro mito: “Administrar o tempo é algo que se aplica apenas à
vida profissional”.
Esta afirmação é absolutamente falsa. Realmente há muitas coisas no
âmbito familiar que se deixa de fazer "por falta de tempo". Mas a
administração do tempo poderá permitir que se faça essas coisas tanto a
nível pessoal, familiar e profissional.
O quarto mito “Ter tempo é questão de querer ter tempo”.
Seguramente, quando se quer dar-se um jeito. Mas a afirmação não
diz tudo. Não basta querer ter tempo para ter tempo, é necessário também
querer o meio indispensável de obter mais tempo - e esse meio é a
administração do tempo.
Apesar de diversos mitos terem sido criados sobre o assunto, a
verdade é que administrar o tempo é saber usá-lo para fazer aquelas coisas
que considera-se importantes e prioritárias, profissional ou pessoalmente.
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CAPÍTULO II
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
2.1 Princípios Básicos
A Administração do tempo é conceituada como uma ferramenta
gerencial, que tanto pode ser utilizada nas empresas quanto no dia-a-dia,
permitindo a organização de metas pessoais e profissionais com menor
dispêndio de energia física e mental. A boa administração de tempo é
provavelmente o fator mais importante na administração de si mesmo e do
trabalho executado.
CHAVES (2003) declara que administrar o tempo é organizar a sua
vida de tal maneira que se obtenha tempo para fazer as coisas que
realmente gostaria de estar fazendo, profissional e pessoalmente, e que
possivelmente não vem fazendo porque anda tão ocupado com tarefas
urgentes e de rotina (muitas delas não tão urgentes nem tão prioritárias) que
não sobra tempo.
KRAUZ (1986 p. 8) afirma que o objetivo da administração do tempo é
aumentar a eficácia do indivíduo, permitindo que o mesmo produza mais em
menos tempo, atingindo seus objetivos profissionais e pessoais com menor
desgaste emocional e evitando que as preocupações com o trabalho
invadam prejudicialmente outras áreas da sua vida.
Quem tem tempo é quem consegue administrar o tempo que possui.
O indivíduo que está sempre ocupado, que fica até mais tarde no serviço e
leva trabalho para casa certamente não sabe administrar o tempo.
Logo a seguir, citam-se quatro tópicos relativos a administração do
tempo que são relevantes para melhor entendimento do processo.
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Análise do Tempo
Analisar continuamente como o tempo está sendo utilizado e para que
finalidades e objetivos. Significa a preocupação em saber exatamente onde
e como está sendo utilizado o tempo disponível do executivo e com que
eficiência e eficácia.
Planejamento do tempo
Planejar racionalmente o tempo disponível no sentido de definir
prioridades e alcançar objetivos e metas relevantes. Significa o modo como
o executivo aloca e disponibiliza seu tempo entre diferentes atividades.
Alguns executivos planejam seu tempo em função de prioridades a serem
atendidas e em função de objetivos estratégicos, tácitos e operacionais a
serem alcançados.
Organização do tempo
Organização adequadamente do tempo disponível para realizar
atividades estratégicas, táticas e operacionais e obter retornos e resultados.
Significa a maneira pela qual o executivo distribui o seu tempo para a
realização de suas atividades. Geralmente, cada executivo segue uma
estrutura de prioridades ou de objetivos (estratégicos, táticos ou
operacionais) a serem atendidos em função do tempo disponível.
Controle do tempo
Controlar adequadamente o tempo utilizado no sentido de obter o
máximo rendimento possível do seu tempo. Significa medir e avaliar os
resultados da utilização do tempo. O controle verifica se o que foi planejado
e organizado foi realmente aplicado e executado.
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2.2 Desperdiçadores e Economizadores do Tempo
Em diversos âmbitos como o familiar, universitário, pessoal ou trabalho se dão grandes obstáculos que se poderia denominar
“Desperdiçadores”. Estes podem ser externos ou internos; os primeiros podem ser as interrupções, os telefonemas, ou a má comunicação. Os internos têm a ver com própria personalidade e organização pessoal,
autodisciplina, claridade de objetivos e prioridades. Os desperdiçadores de tempo internos são de maior importância no manejo do tempo e depende de como os manejam para poder superar os externos. Logo
abaixo seguem alguns deles. ¬ Falta de Planejamento;
¬ Indisciplina;
¬ Indefinição de objetivos na execução das tarefas;
¬ Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades;
¬ Indefinição de prioridades;
¬ Excesso de reuniões e burocracia interna;
¬ Má utilização dos recursos (telefone, fax, xerox, computador);
¬ Centralização de poder;
¬ Execução de serviço particular, em horário comercial;
¬ Resistências às mudanças;
¬ Desrespeito aos horários;
¬ Incapacidade de dizer "não";
¬ Envolvimento operacional;
¬ Falta de consciência sobre a importância do tempo como recurso;
¬ Gastar tempo excessivo com problemas que lhe são trazidos por
subordinados;
¬ Supervisionar subordinados em excesso (mais do que o necessário);
¬ Supervisionar subordinados insuficientemente, com conseqüentes
“crises”;
¬ Começar a fazer algo sem antes pensar cuidadosamente sobre
o mesmo;
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¬ Abandonar um trabalho antes de terminá-lo (para pegar outro,
etc.);
¬ Realizar trabalhos rotineiros que poderiam ser delegados a
outra pessoa;
¬ Fazer coisas que poderiam ser feitas por um equipamento;
¬ Fazer coisas que na verdade não são partes do seu trabalho;
¬ Gastar tempo excessivo em áreas de trabalho que eram de sua
especialidade em cargos que ocupava anteriormente;
¬ Fazer coisas improdutivas por puro hábito;
¬ Manter quantidade excessiva de registros, complicados e
repetitivos;
¬ Dedicar-se a projetos que provavelmente não vai poder
realizar;
¬ Dar demasiada atenção a projetos de baixo rendimento
(resultados não significativos);
¬ Lidar com uma variedade excessiva de coisas ao mesmo
tempo;
¬ Evitar “driblar” trabalho pouco conhecido;
¬ Deixar campo livre para interrupções durante a realização de
trabalhos que exigem concentração;
¬ Permitir divagações em reuniões e contatos de trabalho;
¬ Pessoal não treinado;
¬ Pessoal insuficiente;
¬ Instalações inadequadas;
¬ Convocar ou participar de reuniões desnecessárias;
¬ Procurar obter dados (triviais, não importantes) depois de já ter obtido
os principais;
¬ Dedicar-se, em excesso a afazeres ou conversas pessoais;
¬ Dedicar-se a demorado “convívio social” entre as tarefas
(cafezinho ou papos prolongados);
¬ Ler revistas profissionais, jornais, documentos e relatórios sem
importância direta para o seu trabalho;
¬ Responsabilidade e autoridade não claramente definidas;
¬ Excesso de interrupções pelo telefone;
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¬ Falta de objetivos, prioridades e prazos nos trabalhos;
¬ Mesa atulhada e desorganização pessoal;
¬ Indecisão / protelar decisões;
¬ Falta de controles, padrões e relatórios de resultados;
¬ Convocar / participar de reuniões sem objetivos, duração e
prioridades não claramente definidas;
¬ Equipamento insuficiente.
Verificando os desperdiçadores do tempo faz-se necessário examinar
as causas, que são:
ESTRUTURAIS
São aquelas provenientes de pontos relacionados à estrutura
organizacional, tais como, indefinição dos níveis de
responsabilidade/autoridade; ausência, insuficiência, excesso ou mau uso
das normas internas; níveis hierárquicos não claramente definidos.
AMBIENTAIS
Refere-se aos fatores ambientais que podem ocasionar o desperdício de
tempo, são as divisórias inadequadas; auto grau de ruído; auto grau de
insalubridade; baixo nível de iluminação; alta temperatura; distribuição
inadequada das áreas.
CULTURAIS
Dizem respeito aos traços da cultura, valores, ideologia, hábitos
organizacionais, tais como: informalidade; excesso de formalismo;
centralização.
INDIVIDUAIS
São pontos de caráter pessoal que se manifestam através de estilos
individuais, como: autodisciplina; falta ou excesso de delegação; forte
envolvimento com detalhes; não utilização adequada da secretária.
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GERENCIAIS
Dizem respeito a fatores relacionados às habilidades gerenciais,
como: comunicação; delegação; liderança; motivação.
Economizadores
A chave para a administração bem-sucedida do tempo é tomar uma
decisão consciente de atingir uma meta específica. Diariamente faz-se
diversas atividades que podem ser organizadas através de um
planejamento. Os economizadores de tempo na realidade são frutos do
planejamento do mesmo. Seguem logo abaixo alguns dos economizadores.
¬ Utilização de uma agenda ou um calendário de reuniões;
¬ Criação de listas de afazeres;
¬ Definição de metas;
¬ Manutenção de suas metas em vista;
¬ Definição de prioridades;
¬ Acompanhamento das prioridades;
¬ Organização das tarefas;
¬ Negociar com subordinados ou demais áreas da organização as
atribuições e respectivo grau de autonomia;
¬ Organização e acesso com rapidez a informações usadas com
freqüência;
¬ Controle das informações (saber quais informações deve fornecer e
receber);
¬ Correspondência (respostas rápidas / rascunhe a resposta
no verso da
¬ carta / memorando ou responda no próprio e-mail);
¬ Correspondência que depende de informação (informar de
imediato);
¬ Cuidado com as preferências (favoritos no atendimento);
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¬ Faça a Secretária responder as correspondências (75 a
80%);
¬ Uma excelente Secretária (redação própria, triagem de
telefonemas e visitas, etc);
¬ Reuniões objetivas (estabeleça critérios e prioridades para
a realização de reuniões);
¬ Memorandos, cartas e e-mails mais breves;
¬ Treinamento dos subordinados;
¬ Responsabilidades x Autoridade (comunicar as pessoas
para evitar sentirem-se perdidas);
¬ Planejamento e Organização do tempo (não culpe os
outros);
¬ Lazer (permitir algum “recreio”, sem se sentir culpado);
¬ Aprenda a dizer “NÃO”;
¬ Autodesenvolvimento (seleção cuidadosa de leituras,
palestras, seminários e visitas);
¬ Certifique-se de que foi entendido o que você delegou;
¬ Delegue para cima (você pode conseguir que o seu chefe
trabalhe com você);
¬ Delegue para baixo (subordinados);
¬ Tempo discricionário (ao planejar o tempo considere o
período fora da rotina);
¬ Final de expediente é Final de expediente – Não insista!;
¬ Estabeleça tempo para isolamento (pensar e elaborar
idéias, ordenar prioridades, etc);
¬ Receber apenas informações sobre os resultados;
¬ Filtragem nos atendimentos (selecione as pessoas que
você quer falar diretamente);
¬ Fixar horário para atendimentos (internos e externos);
¬ Discipline o uso do telefone (você domina ou é dominado
pelo telefone?);
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¬ Evite atendimentos cruzados;
¬ Concentre os assuntos particulares;
¬ Ambiente de trabalho (instalações, posição da mesa de
trabalho, etc);
¬ Aumente os contatos horizontais (programe contatos com
os gerentes do seu nível);
¬ Contatos regulares (interno / externo) - controle a
solicitação dos outros em relação a você);
¬ Rotina x Inovação (equilíbrio entre atividades repetitivas e
inovadoras);
¬ Cuidado com o perfeccionismo (há diferença entre buscar
qualidade/querer perfeição);
¬ Mapa de relacionamentos (são importantes, significativos e
contribuem p/resultados);
¬ Faça um diagnóstico (peça para a Secretária anotar onde
vocês esta gastando tempo);
¬ Específico x geral (procure determinar o que é específico
em relação ao geral);
¬ Diluir pressões (não deixe tudo para a última hora);
¬ Tome a iniciativa (nas visitas de subordinados ou colegas -
inverta a situação);
¬ Encurte a interrupção (receba de pé, na ante-sala, não
ofereça cafezinho, etc);
¬ Peça alternativas para economizar tempo (aos
subordinados);
¬ Ataque às causas (não se iluda de que os problemas se
resolvem com a simples tomada de consciência).
2.3 Ferramentas de Administração do Tempo
É fácil listar os problemas, pois a maioria das pessoas conhece suas
dificuldades em relação à administração do tempo, a questão é: como
resolver estes problemas? As soluções são baseadas no bom senso.
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CHAGAS (2003) destaca ferramentas que podem ser usadas para
lidar com alguns desperdiçadores do tempo, são elas:
Excesso de Tarefas
São diversas as coisas que devem ser feitas diariamente. Algumas
podem ser feitas ao longo do tempo, outras podem ser episódicas e rápidas,
envolvendo uma só tarefa. Algumas dizem respeito ao serviço e são
urgentes, outras têm a ver com a vida pessoal e não tem maior urgência;
umas são desagradáveis ou prazerosas. Assim, faz-se necessário separar,
entre aquelas coisas que se deseja ou precisa-se fazer, aquelas que se
constituem verdadeiros projetos, envolvendo várias tarefas, e aquelas coisas
que, pela sua natureza, já são "agendáveis" enquanto tais. As primeiras vão
para uma Lista Mestra; as segundas, para uma Lista de Lembretes.
Lista Mestra
Uma lista mestra é a lista de afazeres. É a partir dela que monta-se a
agenda diária. É aquela lista dos projetos que se quer ou precisa
desenvolver a curto, médio e longo prazo. Deve incluir também os seus
projetos de vida.
Depois de elaborada e revista, deve ser priorizado cada um dos projetos
incluídos; após isso deve se separar os projetos prioritários em tarefas, até
que fiquem reduzidos e sejam incluídos na lista de lembretes para
agendamento.
Lista de Lembretes
A Lista de Lembretes incluirá todas as coisas que se pode fazer e
que podem ser incluídas na agenda diária como um item.
A Agenda (Semanal e Diária)
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Fazendo estes levantamentos, citados anteriormente, já facilita o
agendamento das atividades; é necessário agendar no mínimo uma semana
e; descubrir os momentos mais produtivos. Com isso deve-se agendar as
tarefas importantes e que envolvem um pequeno dispêndio de tempo e fazer
todas.
Delegação de Tarefas e Follow-Up
Delegar tarefas é algo que toda pessoa em posição de direção,
chefia, supervisão ou coordenação precisa aprender a fazer.
Às vezes uma tarefa delegada não é executada satisfatoriamente
porque a pessoa que delegou não explicou exatamente o que deveria ser
feito.
Talvez tão difícil que seja o delegar é manter um esquema eficiente
de acompanhamento ou follow-up das tarefas delegadas. Sem um follow-up
efetivo torna-se muito difícil verificar se elas estão sendo executadas
adequadamente.
Eliminação de Tarefas
Por mais que se racionalize atividades e delegue tarefas, é necessário
reduzir o número de coisas que se faz, eliminando tarefas. É preciso
eliminar, aquelas que não são nem importantes nem urgentes; depois as que
parecem urgentes mas não são importantes.
Excesso de papéis
Não se guarda cópia de nenhum papel que possa localizar facilmente
na biblioteca ou nos arquivos gerais da empresa. Apenas se guarda aquilo
que não está disponível facilmente em outro local e que poderá precisar. Se
tiver a menor dúvida quanto à utilidade, joguar fora.
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Examinar, uma vez por mês, os papéis que guardou fora de arquivo e
jogar fora os que já caducaram ou aqueles que concluiu que não vai usar.
Quanto à correspondência expedida é necessário ser sucinto na
correspondência interna, usando cartas-padrão. Procurar arquivar toda a
correspondência expedida em duas cópias: uma ordenada seqüencialmente
pela data da correspondência e outra na pasta do projeto a que se refere ou
em alguma outra pasta.
Quanto a relatórios ler o índice, introdução, sumário, pois já dão uma
idéia se vale investir na leitura mais tempo.
Excesso de Interrupções
A solução é o bloqueio, geralmente através de uma secretária. Às
vezes é necessário dizer com franqueza a quem o interrompeu que está
fazendo algo importante e/ou urgente e que depois atenderá, se não for
nada importante, ele dirá de pronto.
Excesso de Telefonemas
A solução também é o bloqueio, através de uma secretária
competente; caso não tenha pode ser uma secretária eletrônica no telefone;
atualmente o e-mail pode ser uma ótima ferramenta para solicitações e
respostas rápidas.
Excesso de Reuniões
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A solução é reduzir o número de reuniões. Há várias maneiras de
saber o que se passa em reuniões sem delas participar (pedindo para
receber as atas ou minutas).
Tendência à Procrastinação
Este item é extremamente subjetivo pois entra na área dos
empecilhos pessoais à administração do tempo. Para combater a tendência
à procrastinação ou protelação, é necessário entender suas causas. Elas
são todas de natureza psicológica e a principal causa da procrastinação é a
falta de vontade de fazer determinada coisa.
Procurar se compenetrar do fato de que nem todas as tarefas
precisam ser feitas com o mesmo nível de qualidade, e, portanto, nem todas
elas precisam receber quotas equivalentes de tempo.
Uma terceira causa da procrastinação é a ilusão de que não é feita a
tarefa que se esta procrastinando por falta de tempo. Na verdade, o temor
do fracasso é, em geral, uma causa independente da procrastinação e da
indecisão. Quem não tenta não falha, mas também não alcança sucesso.
Existem duas importantes táticas para combater a procrastinação.
X Dividir um problema complexo e difícil em vários problemas
menores, ou estágios, e atacar imediatamente os mais simples e
fáceis.
X Dar um prêmio ou uma recompensa pela conclusão de cada
parcela ou estágio da tarefa. Mas devemos manter a honestidade: a
recompensa deve vir depois da conclusão, não antes ou em vez dela.
Como o Computador Pode Ajudar
Para fazer dos recursos tecnológicos aliados, o ponto fundamental é:
avaliar corretamente as necessidades em informática. Não adianta aprender
programas só por aprender, se jamais serão utilizados no trabalho. Por outro
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lado, muitas vezes não aprende-se “por falta de tempo”, mas acaba-se
perdendo muito mais tempo por não utilizar-se recursos que facilitam o dia-
a-dia.
Outro ponto que não pode ser esquecido é: sempre fazer cópias de
segurança dos arquivos. Não existe maior desperdício de tempo do que ter
que fazer um trabalho duas vezes devido a uma falha no disco rígido do
computador.
Uma vez avaliadas as reais necessidades, são necessários os seguintes
procedimentos:
Organizar os arquivos, sejam eletrônicos, sejam em papel: O indivíduo
deve ser organizado no armazenamento de papéis e de arquivos eletrônicos.
Criar pastas para cada assunto e, no caso dos arquivos eletrônicos, se
necessário, subpastas, para gravar os arquivos separadamente,
classificados por assunto. Ter uma estrutura de pastas e subpastas bem
organizada facilita a localização de um determinado arquivo, o que
economiza um tempo precioso. Além disso utilizar a função de pesquisa do
seu sistema operacional para, rapidamente, localizar um determinado
arquivo.
Gerenciar o e-mail também é algo fundamental pois é comum receber
todos os tipos de mensagens por e-mail. Muitas vezes, os programas de
correio eletrônico ficam abarrotados de mensagens não solicitadas. E, além
de e-mails não solicitados, também recebe-se uma série de mensagens
solicitadas, como o boletim semanal com as novidades e lançamentos da
livraria preferida, as chamadas listas de distribuição. O problema é que
normalmente a pessoa se inscreve em um número muito maior de listas de
distribuição, do que de fato pode ler. Deve se manter inscrito somente
naquelas que julgar realmente importantes e cancelar a inscrição das
demais. Para as mensagens não solicitadas, utilizar as funções de filtragem
do programa de e-mail, para enviar estas mensagens diretamente para a
lixeira.
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O programa de correio eletrônico talvez seja o mais subtilizado pela
maioria das pessoas. Muitos se limitam a ler, enviar e receber mensagens.
Aprender a utilizar algumas das funções avançadas do programa de correio
eletrônico pode ajudar na batalha pela melhor utilização do tempo.
O e-mail é uma ferramenta valiosíssima, contudo é necessário
administrar o tempo para ler e responder.
Em relação à internet é preciso utilizá-la com eficiência, pois este é
um recurso precioso. Muitas vezes é encantadora a variedade de conteúdo
da Web e perde-se tempo “navegando” sem objetivo definido. Ao realizar
pesquisas na internet urge objetividade e antes de começar é necessário
definir muito bem o tema da pesquisa. Basta utilizar os mecanismos de
pesquisa, e dar preferência àqueles que oferecem ferramentas de
refinamento sucessivo da busca, que permitem fazer uma nova pesquisa no
conjunto de páginas obtidas como resultado de uma pesquisa anterior. Dois
sites que oferecem este recurso para pesquisa de páginas na língua
portuguesa são o www.uol.com.br/busca e o www.altavista.com.br.
CAPÍTULO III
GERENCIAMENTO DA ROTINA DE TRABALHO
3.1 Importante X Urgente
A priorização é essencial para o planejamento. Nesta etapa é
necessário seguir o Princípio de Pareto, que determina que não importa a
área ou a atividade, oitenta por cento dos retornos se você obtém provêm de
vinte por cento de seus investimentos. Esse princípio, também chamado de
princípio dos 80/20. Quer dizer que oitenta por cento do sucesso que você
obtém, ou virá a obter, depende, ou dependerá, de vinte por cento de suas
atividades. Assim, significa que se o indivíduo se contentar com apenas
oitenta por cento do sucesso que aspira a alcançar, poderá eliminar oitenta
por cento das coisas que hoje faz!
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É necessário ter em mente que há uma distinção entre o importante e
o urgente.
Conceitualmente, é possível distinguir o importante do urgente, mas é
importante lembrar que, em relação às coisas que se contempla fazer, há
sempre quatro possibilidades:
• Elas são importantes e urgentes
• Elas são importantes e não-urgentes
• Elas são não-importantes e urgentes
• Elas são não-importantes e não-urgentes
COVEY apud SILVEIRA (2003) distribuiu uma série de atividades de
acordo com as quatro maneiras (quadrantes) em que, segundo ele, o
indivíduo emprega o tempo.
QUADRO 1 – Os Quatro Quadrantes URGENTE NÃO-URGENTE
QUADRANTE I QUADRANTE II I M P O R T A N T E
- Crises - Reuniões - Problemas urgentes e inadiáveis - Projetos com data marcada
- Prevenção - Criatividade - Recreação - Aprendizado - Planejamento -
Desenvolvimento de relacionamentos - Identificação de novas oportunidades
N QUADRANTE III QUADRANTE IV
31
à O I M P O R T A N T E
- Interrupções - Telefonemas -
Relatórios - Correspondência -
Atividades populares - Assuntos
estressantes
- Detalhes - Pequenas tarefas - Correspondência sem importância - Atividades
agradáveis - Perda de tempo
Quadrante I - Nesse espaço estão representadas as atividades e as
situações urgentes e importantes e que exigem a atenção imediata. De
acordo com Covey, esse quadrante sufoca as pessoas, pois elas vivem
apagando incêndio, administrando crises e se tornam escravas dos
problemas. "Enquanto o foco maior permanecer nesse quadrante, o
indivíduo continuará sendo dominado pela correria e pela ansiedade e
sentindo-se impotente diante do desperdício de tempo".
Quadrante II - Refere-se às atividades importantes mas não urgentes. Trata-
se de um quadrante de grande importância para a vida, pois é onde deve
estar todo o seu planejamento de longo prazo: desenvolvimento pessoal e
profissional, reavaliação da carreira e de suas competências pessoais,
análise e antecipação de problemas futuros, estudos, leitura de livros da sua
área de atuação, elaboração de estratégias para delegação de tarefas aos
subordinados, aprimoramento dos relacionamentos etc. Muitas vezes
negligencia-se esse quadrante porque, embora fundamental para a vida, ele
não tem a característica de urgência.
Quadrante III - Nele está incluído tudo que é urgente mas não é importante.
Quando o indivíduo prioriza atividades que são apenas urgentes, corre o
risco de cometer um erro fatal para a perda de tempo: o de fazer algo que
não o ajudará em nada a atingir seus objetivos de curto, médio ou longo
prazo.
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Quadrante IV - São aquelas atividades que não são urgentes nem
importantes. Quando o indivíduo usa o tempo para algo relacionado a esse
quadrante, está na maioria das vezes fazendo mau uso dele. As pessoas
freqüentemente entram nessa área porque ela serve de válvula de escape
para uma série de problemas, atividades e compromissos indesejados.
A questão é saber diagnosticar as coisas que são importantes mas não
urgentes e urgentes mas não importantes. Ver o que pode delegar e caso
não haja como delegá-las faz-se necessário transferi-las, eliminá-las ou
substituí-las.
3.2 Mudanças de Hábitos
De acordo com BERNHOEFT (1990) de diversos desperdiçadores
existem dez que se destacam e que na realidade fazem parte de hábitos dos
indivíduos, o autor salienta as ações possíveis para essas mudanças de
hábitos. Logo abaixo são citados esses 10 exemplos.
Lidar com uma variedade excessiva de coisas ao mesmo tempo
Soluções:
Neste caso é preciso negociar com subordinados ou demais áreas da
organização as atribuições e respectivo grau de autonomia. Atender as
demandas da empresa de maneira ordenada, preservando sua imagem
profissional.
Excesso de interrupções por telefone
Soluções:
Orientar a secretária sobre quem, e em que situações, pode-se atender ou
não atender; procurar concentrar os telefonemas em períodos menos
produtivos intelectualmente; quando usar o telefone, manter uma anotação
dos assuntos específicos a serem tratados com determinada pessoa, para
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evitar dispersão e prolongamento do contato; caso a ligação seja importante
fazê-la de maneira objetiva.
Deixar campo livre para interrupções durante trabalho que requer concentração
Soluções:
Examinar o local de trabalho e observar quais são os fatores que dificultam a
concentração e facilitam as interrupções; Fixar prioridades para si, seus
subordinados e sua secretária; conhecer as demandas organizacionais
(explícitas ou implícitas) tais como hábitos e costumes, valores, jogos de
poder; realizar esforços no sentido de dedicar algum tempo para pensar,
elaborar idéias e leituras.
Gastar tempo excessivo com problemas trazidos por subordinados
Soluções:
Delegar atividades que possam e devam ser realizadas pelos subordinados;
estimular a iniciativa dos subordinados; reservar a capacidade pessoal para
assuntos mais importantes e decisões dos problemas trazidos pelos
colaboradores.
Responsabilidade e autoridade não claramente definidas Soluções:
Peça à secretária que anote todas as responsabilidades que ela tem;
sente-se com ela e analisar cada responsabilidade e de acordo com a
competência, confiança e iniciativa, dê-lhe um nível de autoridade
equivalente.
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Falta de objetivos, prioridades e prazos nos trabalhos
Soluções:
Criar o hábito de parar alguns instantes e observar o conjunto de atividades
em andamento, separar as urgentes e as prioritárias; concentrar-se nos
resultados ao invés de preocupar-se com as tarefas; estabelecer, em função
das prioridades, objetivos e prazos para os trabalhos
Abandonar um trabalho antes de terminá-lo para pegar outro
Soluções:
Realizar um esforço no sentido de disciplinar-se na capacidade de
concentração; verificar quais são os melhores horários do dia, que o trabalho
rende mais, estabelecendo horários para movimento e para atividade
intelectual;
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Pessoal não treinado
Soluções:
Intensificar a delegação como forma de aperfeiçoar, desenvolver e criar
responsabilidade na equipe; desenvolver algumas habilidades didáticas para
saber ensinar como parte da função gerencial; gerar co-responsabilidade,
estabelecendo atribuições aos subordinados; realizar reuniões para avaliação dos
trabalhos e discutir formas de aperfeiçoá-los; estimular participação em cursos,
seminários, visitas, estágios e hábito de leitura.
Realizar trabalhos rotineiros que poderiam ser delegados a outra pessoa
Soluções:
Fazer uma criteriosa análise das suas atividades, dividindo as rotineiras
(repetitivas; estruturadas) e as inovadoras (que podem contribuir diretamente para
os resultados); a partir da análise, delegar a rotina, ou eliminá-la; concentrar-se
nos resultados.
Realizar contatos de trabalho sem hora marcada para o término e sem clara visão
das prioridades
Soluções:
Ao iniciar um contato, perguntar do que se trata; não permitir interrupções; solicitar
uma prévia triagem dos assuntos.
Para exemplificar os tópicos abordados anteriormente são citadas, logo a
seguir, algumas dicas de executivos para poupar o tempo1
1 DICAS de executivos para poupar tempo. Secretária Executiva, Paraná, v.5, n. 50, p.8-9 dez. 1999.
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Um executivo de banco:
“Sempre fazia as pessoas de minha equipe me esperarem por 15 ou mais minutos
para falarem comigo. Nunca olhava para o relógio. Isso fez com que elas se
sentissem ofendidas, e por isso, perdiam o respeito por minha autoridade. Agora
venho mantendo a pontualidade quando tenho algum compromisso com meus
funcionários. Eles se tornaram mais leais. E também produzem mais.”
Um executivo de planejamento financeiro:
“Ficava horas numa angústia terrível para decidir alguma coisa importante. Então
cheguei à conclusão de que isso de nada adiantava; a protelação raramente
produzia uma decisão mais acertada. Prefiro agir rapidamente. Minhas decisões
continuam acertadas e eu tenho mais tempo para outros afazeres.”
Um vice-presidente de uma fábrica:
“Comecei a almoçar regularmente com meus gerentes de fábrica. A partir daí,
comecei a ter conhecimento de situações e problemas que estavam escapando do
meu controle. Esse tipo de reunião poupa meu tempo, que era desperdiçado na
leitura de relatórios que ignoravam esses mesmos problemas.”
Um executivo de propaganda:
“Sempre perdia meu tempo deixando que me interrompessem a todo instante.
Recebia qualquer um que solicitasse. Agora peço para minha secretária barrar
aqueles que não marcam horário. E tenho tempo para aquilo que interessa – os
assuntos de alta prioridade”.
O presidente de uma grande empresa:
“Tinha problemas de definição de minha agenda de compromissos até que
aprendi o conceito de tarefa-rápida e tarefa-lenta. Agora realizo as tarefas rápidas,
como tomar decisões fáceis e delegar trabalhos, durante os períodos
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fragmentados do dia. Coloco as tarefas lentas, como redigir relatórios ou examinar
negociações complexas, em blocos consecutivos de horas, quando então posso
fazer processos significativos.
O presidente de um banco:
“Me acostumei a programar meus períodos de trabalho de noventa em noventa
minutos. É o período máximo em que consigo me concentrar produtivamente. Uso
os intervalos entre um período e outro para dar telefonemas e atender mensagens
que foram se acumulando durante o dia.
A quebra de rotina me reanima, e logo estou pronto para mais um período de
concentração”.
Um administrador de hospital:
“Ter um bom relacionamento com a equipe é importante, mas conversas sociais
podem consumir muito tempo. Em vez de atender a todos que estão à minha
volta, cada dia escolho alguém que recebe de concentração”.
Um gerente de fábrica de automóveis:
“Com a premência atual por eficácia, adotei uma nova política sobre reuniões de
rotina. Nunca começamos uma a menos que se determine a hora em que ela deve
terminar. Dessa maneira, há uma pressão constante para que realizemos
rapidamente o que tem de ser feito”.
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CONCLUSÃO
A velocidade com que o mundo vem mudando, nos faz ver a importância da
administração do tempo como item fundamental na qualidade de vida como um
todo e na competitividade profissional.
Tornar o tempo um aliado é prioridade, pois só nos resta uma alternativa:
fazer com que o tempo trabalhe a nosso favor ou sermos escravos dele; espera-se
que com este trabalho apresentado escolha-se a primeira opção.
Administrar o tempo é na realidade planejar estrategicamente a vida, é
saber onde se quer chegar; transformar objetivos em metas, com prazos e como
as metas serão alcançadas; criar planos táticos, explorar alternativas.
O processo de administrar o tempo não é tarefa fácil. É preciso realmente
querer tornar-se senhor de seu tempo para conseguir administrá-lo e a solução
para administrar o tempo é saber gerenciar o tempo a seu favor.
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BIBLIOGRAFIA
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http://www.sebrae.org.br/br/parasuaempresa/planejeeorganize_928.asp.
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<http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/MISC/timemgt.htm>. Acesso em:
05 out. 2003.
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Disponível em:
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v.5, n.50, p.8-9, dez. 1999.
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Competing against time. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, c1993. 314 p. :
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17. ULAF. Franciane. O desafio da administração do tempo. Disponível
em: http://www.francianeulaf.com/tempo/artigos/desafio.htm.. Acesso
em: 15 ago. 2003.
18. VENCENDO o tempo: modernidade e qualidade de vida. São Paulo:
Rec Play, [199-?]. 1 videocassete (30') : VHS, Sonoro, Col.
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ANEXOS
ANEXO 1 – ATIVIDADES EXTRA-CLASSE
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: Administração do Tempo: Gerenciando o tempo como
aliado
Autor: Elias Chagas Tamashiro
Data da entrega: / /
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Conceito Final: