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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL GIVANEI PEREIRA DE MENEZES ORIENTADOR (A): PROF. MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE BRASÍLIA/DF AGOSTO DE 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

GIVANEI PEREIRA DE MENEZES

ORIENTADOR (A):

PROF. MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE

BRASÍLIA/DF

AGOSTO DE 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Saúde da Família, por: GIVANEI PEREIRA DE MENEZES

BRASÍLIA/DF

AGOSTO DE 2009

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Menezes, Givanei Pereira de

A consulta de enfermagem na assistência pré-natal/

Givanei 2009-09

Monografia (Trabalho de pós-graduação) – Universidade Candido Mendes, 2009

“Orientadora: Maria Poppe

I. Título.

Catalogação na fonte:

Bibliotecária Artani Granjeiro da Silva Pedrosa – CRB-1/1897

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GIVANEI PEREIRA DE MENEZES

A CONSULTA DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes, como parte dos requisitos para obtenção do curso de pós-graduação em saúde da família.

Brasília/DF, agosto de 2009.

Aprovada pela Banca Examinadora:

__________________________________________________

Orientador

___________________________________________________

Membro

___________________________________________________

Membro

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DEDICATÓRIA

Dedico a pessoas muito especiais: meus pais e amigos que sempre compreenderam os meus limites dando-me ânimo para continuar levando e ser capaz de realizar este trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que permitiu esta minha conquista, dando forças, fé e esperança para lutar nas mais diversas dificuldades.

Ás minhas irmãs que nunca pouparam esforços em ajudar-me e sempre me incentivaram;

Á minha mãe e o meu pai: De vocês recebi o dom mais precioso a vida;

Aos meus colegas: Daniela, Munique, Liliane, José Carlos, João Carlos, Alex, José Antônio e todos aqueles que tornaram possível a elaboração deste trabalho.

A orientadora Prof. Maria Poppe, pela competência e dinamismo dispensado.

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“Por mais que você aprenda com o PASSADO, ele jamais vai lhe dar tudo o que você precisa para o PRESENTE”.

John C. Masc. Well

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RESUMO

O presente estudo descritivo foi realizado nas unidades básicas de saúde da

cidade do Paranoá – DF. Têm como objetivo verificar a consulta de

enfermagem na assistência pré natal à gestante de baixo risco em rede

básica de saúde nas equipes de UBS em Paranoá-DF, visando obter

subsídios para aperfeiçoar o conhecimento de acadêmicos e também a

assistência e contribuir para implementação de recursos que auxiliem o

enfermeiro executarem ações educativas eficazes. Foram pesquisados dez

enfermeiros integrantes das equipes do PSF, para os quais foi aplicado um

questionário com perguntas fechadas. O enfermeiro na sua consulta aborda

assuntos para o aleitamento materno, cuidado de higiene com a mãe e o

bebê, medo angústia de parto e outros passos a serem seguidos na consulta

de pré-natal: anamnese geral e obstetrícia, exame físico geral e obstétrico,

mensuração e palpação obstétrica, exame especular e toque, ausculta do

BCF. Solicitação de exames de rotina avaliação do estado nutricional cálculo

da idade gestacional e sinais vitais, porém relatam que a secretaria de saúde

não dispõe os recursos solicitados pelos profissionais que auxiliam na

assistência pré-natal. Não se sabe como isso ocorre se pela grande demanda

da clientela e/ou desvio dos recursos financeiros. Conclui-se que os

enfermeiros realizam umas consultas adequadas, holísticas, uma vez que

suas consultas duram em média quarenta minutos.

DESCRITORES: Gravidez; Pré-Natal; Assistência de Enfermagem.

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METODOLÓGIA

Na pesquisa utilizou-se a metodologia qualitativa. Para Minayo

(2004) a entrevista torna-se um instrumento privilegiado de coleta de

informações, uma vez que a fala é uma possibilidade reveladora de condições

estruturais e ao mesmo tempo, permite a transmissão e a interação do

pesquisador com o sujeito que para a autora é de fundamental importância.

A presente pesquisa foi desenvolvida nas Unidades Básicas de

Saúde da família, na cidade do Paranoá-DF. Cada equipe de saúde são

composta por 01 (um) enfermeiro, 01 (um) médico, 02 (dois) auxiliares de

enfermagem e agentes comunitários de saúde. O número de agentes

depende da quantidade de famílias residentes na área em que serão divididos

em micro áreas.

Foram entrevistados 10 (dez) enfermeiros que trabalham nas

diferentes unidades básicas de saúde do Paranoá. Foi utilizado questionário

composto de perguntas fechadas, que abordaram os dados de identificação

dos enfermeiros. A coleta de dados foi desenvolvida no período de 20 de

setembro a 30 de outubro de 2006. A duração de cada entrevista variou de 15

a 25 minutos.

Atendendo a resolução CNS nº 196/96 sobre as normas regulares

de pesquisa envolvendo seres humanos, o estudo foi realizado mediante

assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido.

Os dados coletados nas entrevistas foram tabulados e tratados

através de estatística simples descritiva, utilizando a ferramenta Excel.

Geraram-se quadros e gráficos, para a discussão dos resultados.

Vale ainda ressaltar que os dados são verídicos, porém os nomes

dos entrevistados devem ser preservados para total segurança dos

colaboradores.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................11 Capitulo I – O pré-natal como fator social 1.1 Assistência pré-natais...............................................................................13 1.2 Programas de humanização do pré-natal...........................................14 1.2.1 Da vacinação da Gestante .......................................................14

1.3 Vantagens do pré-natal....................................................16 1.4Consultas pré-natais...................................................17

1.4.1 Principais objetivos da consultas.......................21 Capitulo II – O enfermeiro na sociedade.....................................................23 2.1 Consulta de Enfermagem no pré-natal......................................................24 2.2 Programa de Assistência Integral à saúde da mulher........................25 2.3 Consulta do enfermeiro................................................................27 2.4 Procedimento de rotina na consulta.....................................30 Capítulo III -A importância dos exames básico..........................................33 3.1 Dos exames físicos....................................................................................33 3.1.1 Da semiologia obstétrica..................................................................34 3.1.2 Dos exames ginecológicos.....................................................35 3.2 Dos exames ginecológicos...............................................35 Capítulo IV – Análise e discussão dos resultados.....................................37 CONCLUSÃO.................................................................................................47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................49 APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO ..........................................53 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO ..................................................................58 ANEXO A -FFIICCHHAA DDEE CCAADDAASSTTRRAAMMEENNTTOO DDAA GGEESSTTAANNTTEE................................................5599

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INTRODUÇÃO

A gravidez é um processo fisiológico que representa a capacidade

reprodutiva inerente à mulher e ao organismo feminino,trazendo uma série de

transformações físicas e emocionais que geram dúvidas, medos, angústias ou

simplesmente, a curiosidade de saber o que está acontecendo com o próprio

corpo. É nesse momento que as famílias procuram assistência a unidade de

saúde, com o intuito de obter informações que as façam compreender as

transformações, para que possam conduzir com mais autonomia a gestão e

parto.

No que tange ao papel desempenhado pela enfermagem, constata-

se que esta tem o papel de acolher a gestante desde o inicio de sua gravidez,

prestando informações, esclarecendo dúvidas medos e angústias. O

enfermeiro desempenha um papel relevante na transmissão de apoio,

orientação e confiança. Esse atendimento permite as gestantes receberem as

orientações necessárias, encorajando-as e beneficiando-a para a experiência

do parto e da maternidade.

A assistência de enfermagem ao pré-natal tem a função essencial

em todo o período de gestação, onde o acompanhamento deve ser feito mês-

a-mês com o enfermeiro e o médico, dando o conforto a gestante e ao estado

do seu bebê.

Segundo o Ministério da Saúde estudos mostram que as consultas

são muito rápidas, dificultando assim a detecção de possíveis anormalidades

da gestação, por parte dos profissionais e impedindo que as mulheres

registrem suas queixas. Isso contribui para o baixo índice de adesão ao

serviço de pré-natal.

É nesse contexto que o enfermeiro deve adequar-se fornecendo

informações essenciais durante a consulta estabelecendo um diálogo

confiante e aberto com a gestante, sendo a atuação de suma importância

para garantir a vida da mulher e do recém-nascido.

A gravidez é a fase na qual o corpo se transforma tudo se prepara

para o tão esperado momento. Mas até aí, são nove meses de cuidados,

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onde a assistência pré-natal se faz necessária, bem como a orientação de

profissionais da área da saúde.

É neste contesto que o profissional da enfermagem exerce um

papel insubstituível, orientando e analisando o caso particular de cada

gestante, além de explicar sobre as modificações do corpo, o profissional de

saúde deve abordar também assuntos como aleitamento materno, nutrição

sinais do trabalho de parto, higienização e outros.

É objetivo geral deste trabalho conhecer o papel do enfermeiro na

consulta pré-natal, bem como são objetivos específicos, deste, avaliar a

função do enfermeiro das equipes do programa de saúde da família do

Paranoá-DF; analisar o conhecimento do enfermeiro sobre consulta de pré-

natal e prestar informações sobre o serviço da assistência de enfermagem, à

gestante no pré-natal.

Desta forma, analisar-se-á a indispensabilidade do enfermeiro na

sociedade moderna, bem como a importância dos exames básicos como fator

social.

Desta forma, os resultados serão analisados e discutidos sob o

enfoque cientifico da enfermagem na sociedade a luz da doutrina

contemporânea.

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CAPÍTULO I

O PRÉ-NATAL COMO FATOR SOCIAL

“O pré-natal é o meio que visa o bem estar global do binômio mãe-filho”.

José Américo Fontes (1994)

Durante o período pré-natal, os membros da equipe de assistência

à saúde empenham-se para garantir á saúde da gestante e de seu filho. Esse

período começa desde a concepção e termina com o início do trabalho de

parto. Em condições ideais, a avaliação pré-natal começa quando a mulher

procura um serviço de saúde para confirmar se está grávida e iniciar a

assistência pré-natal.

1.1 Assistência ao pré-natal

Corroborando a transcrição acima Duarte Muscsfeldt (1976)

descreve que a assistência á gestante deve ser progressiva e integral. Deve

fornecer atenção suficiente, na intensidade requisitada, de acordo com as

necessidades e por uma equipe multiprofissional.

Neste sentido temos a definição do Ministério da Saúde sobre à

assistência pré-natal, veja-se:

A assistência pré-natal constitui um conjunto de procedimentos

clínicos e educativos com o objetivo de promover a saúde e

identificar precocemente os problemas que possam resultar em

risco para a saúde da gestante e do concepto. O pré-natal tem

como objetivo básico reduzir a morbimortalidade materna e fetal.

(MINISTÈRIO DA SAÙDE, 1984, p. 13).

Observa-se, que para que a sociedade realmente goze dos

benefícios acima mencionados são desenvolvidas a cada ano estratégias em

favor da saúde da mulher com técnicas, procedimentos, condutas permissivas

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de detecção e correção dos diversos distúrbios que, incidindo sobre eles ou

ambos, possam impedir dificultar, bloquear o curso normal da gravidez.

1.2 Programa de humanização do pré-natal

O programa de humanização no pré-natal e nascimento foi

instituído pelo Ministério da saúde através da portaria/GM nº 596, de 1 de

junho de 2000 com o objetivo das análises das necessidades de atenção

específica á gestante, ao recém-nascido e a mãe no período pós parto,

considerando como prioridades concentrar esforços no sentido de reduzir as

altas taxas de morbimortalidade materna, Peri e neonatais registradas no

país.

São ainda prioridades absolutas adotar medidas que assegurem a

melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-

natal, da assistência ao parto, puerpério e neonatal e ampliar as ações já

adotadas pelo Ministério da Saúde na área de atenção à gestante,

maternidade segura, o projeto de capacitação de parteiras tradicionais, além

da destinação de recursos para treinamento e capacitação de profissionais

diretamente ligados a esta área de atenção.

Para o Ministério da saúde (2000) o objetivo primordial do programa de

Humanização no pré-natal e nascimento (PHPN) é assegurar a melhoria do

acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da

assistência ao parto e puerpério as gestantes e ao recém-nascido, na

perspectiva dos direitos de cidadania.

1.2.1 Da vacinação da gestante

Para o Ministério da Saúde (2000), na prevenção de doenças

imunopreveniveis na gestação, o ideal é que a mulher esteja com seu

esquema vacinal completo antes de engravidar. Durante o pré-natal deverá

ser avaliado a situação vacinal da gestante.

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A gravidez é uma contra-indicação para administração das vacinas

vivas (sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, BCG) exceto quando a

suscetibilidade e a exposição são altamente prováveis e a doença a ser

prevenido apresentar uma ameaça maior à mulher ou ao feto de que a vacina.

Após a vacinação com vírus recomenda-se a evitar a gravidez

durante um mês.

A vacinação contra rubéola deverá ser feita no puerpério imediato

podendo ser utilizada uma das seguintes vacinas: contra rubéola, tríplice viral

(vacina contra sarampo, rubéola e caxumba) ou dupla viral (vacina contra

rubéola e sarampo).

Observa-se ainda que as vacinas de vírus inativos (vacina contra

raiva, por exemplo) ou de produto de bactérias, toxóides ( tetânica, difteria)e

de vacinas constituídas por componentes de agentes infecciosos (vacina

contra infecções meningocócica e contra Hepatite B por exemplo ) não há

nenhuma evidência que acarrete qualquer risco ao feto.

Neste passo, conclui-se que a vacina contra Tétano é realizada na

prevenção do tétano no recém-nascido e para proteção da gestante com a

vacina dupla tipo adulto (DT). São necessários pelo menos 2 doses sendo

que o prazo máximo para aplicar a 2° dose é até 20 dias antes da data

provável do parto.

Para adequada proteção da gestante e prevenção do Tétano

neonatal em gestações futuras é necessário a 3ª dose da vacina. Esta poderá

ser administrada com intervalo de 6 meses após a segunda dose. Reforço de

10 em 10 anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer gravidez.

Doses Gestantes

1º Dose 2º Dose 3º Dose Reforço

Inicio Ideal Mínimo Ideal Mínimo

Não vacinada ou incerta

O mais precoce possível

2 meses

2 meses

2 meses

1 meses

10 em 10 anos. Antecipar reforço se houver gravidez 5

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anos após aplicação da última dose

Vacinada com: 3 doses (DTP, DT dt ou TT)

- - - - - Se a última dose foi aplicada há mais de 5 anos (usar de preferência dT) 2 doses

(DTP. DT dt ou TT)

- - - O mais precoce possível

-

1 dose (DTP, DT ou TTP

- O mais precoce possível

- 2 meses

1 mês

Quadro 1 – Tabela de Vacinas

1.3 Vantagens do Pré-Natal

O pré-natal permite identificar doenças que já estavam presentes

no organismo da mulher, porém evoluindo de forma silenciosa como a

hipertensão arterial, diabetes, doenças de coração, anemias, sífilis, etc. Seu

diagnostico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo á

mulher, não só durante a gestação, mas por toda a sua vida.

Além disso, podem-se detectar problemas fetais como a más-

formações. Algumas delas em fases iniciais permitem o tratamento intra-

úteros que proporciona ao recém nascido uma vida normal.

No pré-natal avaliam-se ainda aspectos relativos à placenta,

possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode

provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos.

Identificar precocemente a pré-eclampsia, que se caracteriza por

elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral,

ocasionando convulsões e coma. Essa patologia constitui uma das principais

causas de mortalidade no Brasil.

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1.4 Consultas Pré-Natal

Segundo Locavor; Barros (1990) no século XIX foi escrito o

primeiro livro dedicado aos cuidados pré-natais sendo que no ano de 1892

madame Beckett estabeleceu um abrigo para gestantes sem recursos em

paris. Pinard, médico francês, foi um dos primeiros a defender o exame

abdominal pré-natal e a indução do parto antes do término da gestação com a

finalidade de evitar a desproporção cefo-pélvica.

No começo do século XX, raramente uma mulher era examinada

pelo médico ou no hospital durante a gravidez. Para Locavor; Barros (1990)

NO ANO DE 1984 as clinicas pré-natais estavam a cargo das autoridades

locais. 1950, os médicos realizavam um grande número de controle pré-natais

em seus consultórios e partos domiciliares, dessa forma diminuiria o número

de visitas nas clínicas municipais.

No que diz respeito aos avanços científicos e estatísticos conforme

Locavor; Barros (1990), na década de 1950 estabeleceu-se uma rotina que

seria uma visita mensal nas 28 semanas de gestação, 36ª semana e

posteriormente semanal.

Para Sauders (2002) o período pré-natal é um tempo de

preparação física e psicológica para o parto e maternidade. È uma época de

intenso aprendizado para os pais e para as pessoas próximas a elas. O

período pré-natal ocasiona uma oportunidade única para os enfermeiros e

para os outros profissionais da equipe. Nesse período mulheres grávidas sem

complicações procuram atendimento e orientação.

Segundo Sauders (2002), nas consultas pré-natais regulares,

começada, idealmente logo após a ausência da ultima menstruação,

fornecem oportunidades para assegurar a saúde da mãe e do bebe, oferecem

o diagnóstico e o tratamento de distúrbio maternos pré-existentes ou que se

desenvolvem durante a gestação. O atendimento visa monitorar o

crescimento e o desenvolvimento do feto, podendo identificar as anomalias

que podem aparecer no curso da gestação e parto normal.

Para Rezende; Montenegro (2002), a assistência pré-natal é

constituída de objetivos básicos e a mulher deve procurar imediatamente,

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assim que se suspeite a gravidez, assistência pré-natal. Mais precoce essa

procura, melhores os resultados alcançados e, segundo o mesmo autor são

os objetivos básicos que constituem a assistência pré-natal a orientar os

hábitos de vida: higiene pré-natal, a assistência psicológica à gestante, a

instrução sobre o parto, prepará-la para a maternidade, o tratamento de

pequenos distúrbios habituais da gravidez e por derradeiro, a orientação

sobre a profilaxia, diagnósticos e tratamentos das doenças próprias da

gestação ou dela decorrente.

Ainda de acordo com Rezende a assistência pré-natal constituem-

se de 6 (seis) consultas, sendo que a 1ª consulta dará continuidade as demais

consultas e aos dados coletados servira de base para diagnosticar alterações

intercorrentes. Anamnese, exame físico, dada da última menstruação, para o

cálculo da idade gestacional, data provável do parto e avaliar o

desenvolvimento intra-uterino do concepto quando relacionado ao volume

uterino. O peso, estatura e pressão arterial, o toque vaginal no 1º trimestre,

pela medida do fundo-de-útero, avaliar a idade da gestação e o crescimento

do concepto, a escuta do pulso fetal, decorridas 10-12 semanas, quando

utilizado o sonar é positiva, com estetoscópio de pinard cerca de 20 semanas.

Os movimentos fetais são comuns observados pela gestante a partir da 18ª

semana.

Conforme Locava; Barros (2002) a assistência pré-natal é

importante o levantamento de informações sobre a condição social no

cuidado pré-natal, onde demonstra sua influencia sobre a morbimortalidade

perinatal, bem como as condições nutricionais, antecedentes familiares de

anomalias genéticas o grau de instrução.

Segundo Saunders (2002) na consulta inicial a gestante e os

membros da família presentes devem ficar sabendo que a primeira consulta

pré-natal será a mais demorada e detalhada do que as futuras consultas.

A avaliação inicial abrange uma história de saúde completa dando

ênfase a gestação atual, as anteriores, a família, o perfil psicossocial, o

exame físico, os testes diagnósticos e a investigação dos riscos em geral.

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Um formulário da história pré-natal é a melhor maneira de documentar as

informações obtidas.

Conforme Fares . (2002) a assistência pré-natal visa assegurar que

cada gestação culmine no parto de um recém-nascido saudável, sem

prejuízos à saúde da mãe. Enfatizando prevenir identificar e ou corrigir as

anormalidades maternas ou fetais, que afetam adversamente a gravidez,

incluindo os fatores socioeconômicos e emocionais.

Conforme Fares (2002), todos os profissionais de saúde devem

instruir gestante no que diz respeito à gravidez, ao trabalho de parto,

atendimento ao recém nascido, bem como os meios de que ela pode se valer

para melhorar sua saúde, promover um suporte psicológico adequado por

parte do seu companheiro e daqueles que a tem sob seu cuidado, em

especial na primeira gravidez, de forma que ela possa ser bem sucedida na

sua adaptação à gravidez e diante dos desafios que ela enfrentara no

convívio familiar.

Ainda de acordo com a Fares et al. (2000), o atendimento pré-

natal deve ser organizado para atender as reais necessidades da gestante,

por meio da utilização de conhecimento técnico científicos e dos meios e

recursos adequados e disponível. Como também devem proporcionar

facilidade e continuidade no acompanhamento pré-natal.

O inicio do pré-natal deve segundo Fares et al (2000) ocorrer no 1º

trimestre da gestação, permitindo que as ações preventivas e terapêuticas

sejam introduzidas. Para que ocorra uma captação precoce das grávidas e

necessário um envolvimento da comunidade e dos profissionais de saúde.

Essa captação somente será mantida se a qualidade dos serviços ofertados

corresponderem as expectativas.

De acordo com Schwarcz et al (1996) controle pré-natal

assistência pré-natal, acompanhamento pré-natal, cuidados pré-natal,

consulta pré-natal uma serie de contatos, entrevista ou visitas programadas

da gestante com integrantes da equipe de saúde, com o objetivo de observar

a evolução da gravidez visando uma preparação adequada para o parto e

para o cuidado da criança.

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Observa, ainda, que para um controle pré-natal eficiente são

necessários alguns requisitos básicos.

Dentre estes requisitos é necessário que o exame seja precoce, ou

seja, logo na primeira visita deve ser feita de preferência durante o primeiro

mês de gestação, visando realizar oportunas ações de estimulação, proteção

e recuperação da saúde que razão fundamental do controle. Isto permite

realizar também a identificação precoce de gestação de alto risco e

planejando o cuidado de cada caso.

Se faz mister que este seja também periódico, ou seja, a

freqüência dos controles pré-natais varia segundo o risco que cada gestante

apresenta.

No que tange à complexidade, exige-se que este seja completo,

garantindo que as ações de estimulação, proteção, recuperação e reabilitação

da saúde sejam cumpridas efetivamente.

Deve ainda conter uma ampla cobertura para redução na

mortalidade materna e perinatal, quanto maior for à percentagem de

gestantes contactadas, maior será o impacto positivo.

O início do pré-natal conforme Fares et al. (2000) necessita de todo

esforço por parte da equipe de saúde permitindo o controle periódico,

oportuno e contínuo da grávida. Isso facilita a participação da gestante nas

atividades desenvolvidas pela unidade de saúde. Ainda é necessária a

existência de mecanismo que permitam o registram das grávidas e métodos

estatísticos que avaliem as ações de saúde prestadas pela instituição,

tornando se possível o acompanhamento sistematizado da gravidez.

Neste sentido, para Schwarcz (1996) um acompanhamento pré-

natal efetivo é necessário utilizar sistematicamente de uma história clínica

reunida e registrada toda a informação pertinente, e empregar criteriosamente

tecnologias simples que evidenciem precocemente a existência de um risco

maior que o esperado.

Ainda de acordo com schwarcz (1996), um bom programa de

controle pré-natal é aquele que responde ás dúvidas das gestantes, afasta

medos e tabus, consegue uma maior proximidade e confiança no sistema de

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saúde, uma atitude mais positiva em relação á maternidade, a melhoria dos

hábitos de vida familiar, melhor disposição para o controle do crescimento e

do desenvolvimento da criança, estimular o aleitamento e orientar o plano de

vacinação.

Conforme o Ministério da Saúde (2006) a assistência pré-natal

constitui num conjunto de procedimentos clínicos e educativos como objetivos

de vigiar a evolução de gravidez e promover a saúde da gestante e do

concepto, encaminhando-os para soluções imediatas ao Sistema Único de

Saúde – SUS. A gestante deve se inscrever e iniciar o acompanhamento no

primeiro trimestre de gravidez, no sentido de obter intervenções oportunas,

tanto preventivas com educativas e terapêuticas.

De acordo com o Ministério da Saúde (2006) dentro do contexto da

assistência integral a saúde da mulher, essa assistência deve ser organizada

para atender as reais necessidades das gestantes por meio da utilização dos

conhecimentos técnicos e científicos existentes e dos meios recursos mais

adequados e disponíveis.

Diz-se que a equipe de saúde deve assegurar a continuidade do

atendimento, acompanhamento e avaliação das ações e estas devem estar

voltadas para a cobertura das gestantes da área de abrangência da unidade

de saúde, tanto materna quanto fetais, isso permite um desenvolvimento

saudável do bebê e reduz os riscos da gestante.

1.4.1 Principais objetivos da consulta de pré-natal

São objetivos básicos da consulta de pré-natal preparar a mulher

para a maternidade, proporcionando informações educativas sobre o parto e o

cuidado da criança, assim com, fornecer orientações essenciais sobre hábitos

de vida e pré-natal e orientar sobre a manutenção essencial de estado

nutricional apropriado e sobre o uso de medicações que possam afetar o feto

ou o parto ou medidas que possam prejudicar o feto.

São ainda princípios primordiais orientar a gestante sobre o

tratamento de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom

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andamento da gravidez, bem como, indicar a importância das prevenções

para um diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação

ou que sejam intercorrências previsíveis dela.

Constata-se ainda que nas consultas médicas, o profissional

deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, habito

intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo,

álcool, drogas e outros eventuais orientações que se façam necessárias.

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CAPÍTULO II

O ENFERMEIRO NA SOCIEDADE

Atualmente, a consulta de enfermagem na rede básica de saúde é

realizada de acordo com o roteiro estabelecido pelo Ministério da Saúde

(2000) garantida pela lei do exercício profissional. Segundo Lima; Moura

(2000) o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo

enfermeiro.

Segundo Lacovor; Barros (2000) a consulta pré-natal

acompanhado pelo enfermeiro, transcorre em clima acolhedor, onde o

profissional conquista a confiança e a simpatia da gestante, recebendo-a de

maneira atenciosa, para que se estabeleça um vinculo. Isso auxilia no

sucesso e na continuidade da assistência pré-nata.

Neste diapasão, Moura Araújo (2002) relata que a consulta de

enfermagem tem sofrido transformações em sua concepção e metodologia,

principalmente, a inserção nos serviços, transitando para o prestigio e

aceitação do profissional enfermeiro, no seu fazer e assistir.

Dessa forma a função do enfermeiro na consulta pré-natal é

proporcionar orientações de medidas favoráveis, que visam à abordagem

apropriada ás necessidades peculiares das gestantes com as quais interagem

em consultas de pré-natal nas unidades básicas de saúde.

Conforme Branden (2000) os contatos freqüentes nas consultas

entre enfermeiro e gestante, possibilitam o melhor monitoramento do bem

estar da gestante, o desenvolvimento do feto e a detecção precoce de

qualquer problema.

Desde 1978, menciona Tyrelle; Carvalho (1993) que a consulta de

enfermagem já constava com proposta governamental, porém na prática,

observam-se limitações para ampliação e cobertura da clientela. Essas

dificuldades, principalmente de recursos humanos e matérias, dentre outros.

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As palestras ou cursos para gestantes constituem uma das

atividades essenciais da assistência pré-natal e devem englobar temas

relacionados á gestação e educação sanitária.

2.1 Consulta do enfermeiro no pré-natal

Pinelli (1986) demonstra que o enfermeiro, na unidade de pré-natal,

desempenha, entre outras as atividades de planejamento e realização de

programas de treinamento em serviço, orientação de pré-consulta médica e

pós-consulta médica, além de preparar psicologicamente a gestante para o

parto orientando-a para a coleta de exames laboratoriais e sobre o

planejamento familiar.

Ainda de acordo com Pinelli (1986) o ideal seria que todos os

enfermeiros que trabalham em unidades de assistências pré-natal

exercessem as atividades citadas acima.

Observa-se ainda que nas consultas de enfermagem as atividades

assistenciais realizadas são a anamnese, inspeção, palpação, ausculta dos

batimento cardíaco-fetais, diagnostico obstétrico, verificação de sinais vitais,

peso e estatura, pedido de exames laboratoriais de rotina, prescrição de

tratamento, aplicação de vacinas antitetânicas, acompanhamento a consulta

médica, encaminhamento a serviços institucionais complementares – quando

for necessário.

Constata-se que apenas 19% dos estados brasileiros apresentam

cobertura de pré-natal acima de 40 % somente 53% das grávidas têm um

acompanhamento pré-natal de quatro consultas durante a gestação; 9,7% das

mortes maternas no Brasil resultam de complicação resultante de aborto

provocado; 44,1% dos partos realizados nos hospitais públicos e conveniados

do INAMPS foram cesarianos e grande parte delas realizadas por meio de

indicação abusiva (MINISTÉRIO DA SAÚDE apud NOGUEIRA, 1994, p. 17).

Considerando ser a área materno-infantil prioridade nos programas

de saúde constituindo-se 70,98% da população brasileira, faz-se necessária a

atuação efetiva da equipe de enfermagem.

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Baseado neste contexto, Ziegel; Cranley (1985, p. 253) afirma que

“a gestante apresenta no transcurso da gravidez uma série de necessidades

que o enfermeiro precisa estar apto a preencher”. Com isso ressalta-se a

importância do enfermeiro junto a outros profissionais, na tentativa de

melhoras o nível assistencial ás mulheres gestantes, parto e puerpério,

minimizando as intercorrências obstétricas; assegurando o bem estar físico e

mental da cliente e do concepto.

A pratica de enfermagem tem o compromisso de modificar-se e

inovar, conforme as mudanças sociais e políticas que vem passando a

realidade feminina.

A consulta de enfermagem no atendimento pré-natal constitui um

dos grandes recursos para a contribuição da expansão da cobertura

assistencial ás gestantes. Entretanto, esta deve estar voltada nos princípios

da educação em saúde participativa, a integralidade da assistência á mulher,

visando favorecer sua qualidade de vida.

2.2 Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher

Para Ávila (1995) a elaboração do Programa de Assistência

Integral a Saúde da Mulher – PAISM propõe novas formas de relacionamento

entre os profissionais de saúde e as usuárias, rompendo com o modelo

denominado materno-infantil – a mulher como cliente especial, em função do

seu papel na produção biológica, com isso, a assistência de enfermagem,

chegou com uma nova visão social.

Objetivando a promoção da saúde da mulher, não somente

valorizando o enfoque reprodutivo-biológico, e sim o todo, considerando

sempre o contexto sócio-politico-econômico e cultural onde está inserida.

Conforme Penna (1996) na assistência pré-natal é indiscutível a participação

o enfermeiro na melhoria dos índices de qualidade de assistência as

gestantes, bem como o aumento da cobertura assistencial do pré-natal.

Para Duarte; Muscfelat (1976) a prestação da assistência de

enfermagem, em atividades diretas e sistemáticas junto ás gestantes,

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proporciona maior dinamização ao programa materno-infantil e que os danos

redutíveis, através de ações educativas, podem ser tratadas em nível de

atenção de enfermagem.

Maldonado (1984) salienta que a assistência psicológica é de

grande validade e tão importante quanto à assistência somática, visto que o

impacto da gravidez altera o perfil psicológico da mulher. Na sua atuação, o

enfermeiro deve promover o suporte emocional para que alterações de

natureza psíquica, que podem complicar sintomas orgânicos, sejam evitados.

De acordo com Carvalho (1964) durante o atendimento a gestante

do período pré-natal, o enfermeiro deve identificar seus problemas e

angustias, ajudando-a na resolução dos mesmos e amparando-a quanto

necessário.

Domingues (1978) refere que, através da consulta de enfermagem,

presta-se uma assistência sistematizada e integral, atendendo a gestante nas

sua necessidades individuais.

Inicia-se a consulta de enfermagem, com o histórico de

enfermagem, constituído de entrevista, exame físico e obstétrico, que fornece

informações a respeito da gestante, permitindo conhecer, identificar e analisar

situações apresentadas e possibilitando o reconhecimento de problemas

existentes.

No diagnóstico de enfermagem registram-se as necessidades

identificadas para um atendimento adequado. O plano assistencial consiste

na determinação global da assistência de enfermagem para o atendimento da

grávida.

No prognóstico de enfermagem, o enfermeiro realiza a estimativa

da capacidade da gestante em sa5tisfazer suas necessidades básicas

afetivas, depois da execução e evolução do plano.

Évora (1987) observou que o enfermeiro desenvolve as atividades

educativas no ambulatório de pré-natal, tais como, orientar a gestante e seu

acompanhante sobre o tratamento e procedimento a que será submetida a

gestante, direção de grupos educativos com gestantes e orienta-la

individualmente quanto aos aspectos de saúde.

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O enfermeiro desempenha um papel fundamental educador, pois

proporciona as grávidas informações valiosas que as ajudarão na fase

fisiológica. Para Saunders (2002) a mulher grávida deve ser cuidada com

carinho, respeito e acolhimento, sendo estes princípios preconizados pelo

Ministério da Saúde.

2.3 Consulta do enfermeiro

Para Duarte; Muxfeldt (1976) a consulta de enfermagem á gestante

sadia deve compreender o histórico de enfermagem, identificação dos

problemas, o plano assistencial e o registro. Segundo essas autoras, o

histórico de enfermagem com da análise do prontuário, da entrevista e do

exame físico.

Quanto a análise do prontuário, observa-se que esta realizar-se-a

com base nos dados registrados anteriormente (identificação, anamnese,

problemas anteriores e evolução) e avaliação dos resultados dos exames

laboratoriais realizados.

No que tange à entrevista, esta ocorre nas primeiras consultas,

procede-se ás perguntas sobre percepções e expectativas relacionadas com

a gestação e os hábitos da gestante quanto ao sono, repouso, atividades

físicas e profissionais, recreação, atividade na comunidade, uso de fumo e

álcool, eliminações, higiene pessoal e da alimentação, assim como aspectos

relacionados á sexualidade, á gestação e as condições socioeconômicas e

culturais.

Para a identificação de problemas de enfermagem, Duarte;

Muxfeldt (1976) referem que se deve-se considerar os dados obtidos através

do histórico e da interpretação do mesmo. No plano assistencial, deve constar

um esquema de atendimento e orientação á gestante sadia, com descrição

dos conteúdos a serem desenvolvidos. Finalizando, essas autoras enfatizam

a importância do registro de enfermagem, de acordo com o processo de

enfermagem e sistema adotado pelo serviço.

Para complementar a assistência de enfermagem nas unidades de

pré-natal, Domingues (1978) aponta atividades como encaminhamento a

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outros profissionais da equipe de saúde ou a serviços institucionais

complementares, quando for necessário e visita domiciliar:

A enfermeira, consciente da importância da assistência pré-natal

de forma sistematizada, deverá realizar a consulta de enfermagem com o

objetivo de aprimorar a atenção á gestante.

Silva; Santos (20003) referem que no primeiro contato com a

cliente, a enfermagem deve orientar a gestante sobre a importância do pré-

natal e da amamentação. Antes da consulta verifica o peso, a altura e a

pressão arterial, anotando os dados no cartão da gestante. Se necessário

aplicar a vacina e/ou enfermeiros.

Para essa autoras, a enfermagem acompanha todo o pré-natal de

baixo risco, sendo responsável pela solicitação de exames laboratoriais, pela

coleta do exame preventivo (papanicolau), pela prescrição de tratamento

necessário (conforme protocolo do Ministério da Saúde). Também pode

organizar atividades em grupos com gestantes, que enfoquem, entre outros, o

aleitamento materno, o preparo para o parto e puerpério, os cuidados com o

recém nascido, o levantamento e a busca das gestante faltosas, os períodos

e importância das vacinas e os cuidados adequados que a gestante exige do

enfermeiro ou técnico.

Os profissionais de enfermagem que participam do pré-natal

devem entender que cada gestante possui sua historia de vida. A primeira

consulta da gestante é marcante, principalmente quando é a primeira

gestação.

Por isso, esse primeiro encontro deve ser num ambiente agradável,

em que o profissional que a atenda seja cordial, trate-a com respeito e

dignidade. Em nenhum momento devemos desvalorizar qualquer duvida da

mulher, mesmo que pareça elementar para nós que estamos atendendo. Na

pratica, constatamos que, por medo de levar um “fora” de quem atende, a

gestante não esclarece suas duvidas e vai obter informações com outras

pessoas, nem sempre prontas a responder.

Devemos atentar para que a gestante e sua família saiam

esclarecidos, já que o intervalo entre as consultas deve ser de quatro

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semanas. Após a 36ª semana, a gestante deverá ser acompanhada a cada 15

dias, visando á avaliação da pressão arterial, altura uterina, edemas,

movimentos fetais e batimentos cardio-fetais com mais rigor, Silva Santos

(2003).

Antes de tudo, para um pré-natal de qualidade são necessários

recursos humanos que possam acompanhar as gestantes segundo os

princípios técnicos e filosóficos da assistência integral à saúde da mulher, no

seu contexto familiar e social. Então é necessária uma área física adequada,

em boas condições de higiene e reutilização, que mantenha a privacidade da

cliente durante os exames clínicos gineco-obstetrico. Alem disso, deve-se

dispor de equipamentos e instrumental mínimos.

Figura 1 – Técnica de mensuração uterina

Também é preciso um apoio laboratorial, que garanta a realização

dos seguintes exames: Dosagem de hemoglobina (Hb), grupo sanguíneo e

fator Rh, teste de coombs indireto, sorologia para sífilis (VDRL), glicemia de

jejum, exame sumario de urina, com antibiograma, exame parasitológico de

fezes, colpo citologia oncologia, teste anti-HIV, ultra-sonografia.

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2.4 Procedimentos de rotina da consulta

De acordo com Silva, Santos (2003) são seguidos na consulta de

enfermagem o calculo da data provável do parto, a menstruação da altura

uterina e a palpação fetal (manobra de Leopold).

Observa-se que o controle da menstruação da altura uterina tem

como finalidade identificar o crescimento normal do feto, detectar desvios de

crescimento fetal e, se encontrados, diagnosticar suas causas;

A finalidade da palpação fetal (manobra de Leopold) é identificar a

situação e a apresentação fetal por meio da palpação obstétrica, procurando

localizar os pólos cefálicos e pélvicos e o dorso fetal.

Esta manobra é realizada em quatro tempos consecutivos, ou seja,

a primeira manobra determina a altura do útero, a segunda manobra realiza o

diagnostico da posição fetal, ao passo que a terceira manobra realiza o

diagnostico do pólo fetal (cefálico ou pélvico) e, por derradeiro, a quarta

manobra determina a altura do pólo cefálico e o seu grau de flexão e

deflexão, conforme as figuras abaixo:

Figura 2 - Manobra de Leopold - 1º tempo

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Figura 3 - Manobra de Leopold - 2º tempo

Figura 4 - Manobra de Leopold - 3º tempo

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Figura 5 - Manobra de Leopold - 4º tempo

Segundo relata Filho (1994) na primeira consulta de pré-natal os

profissionais médicos ou enfermeiros firmados em embasamentos cientificos,

visando assegurar a saúde da mãe e do feto, buscam meios propícios de

acharem e solucionarem problemas previamente encontrados.

Neste passo, verifica-se que as manobras de Leopold é um

instrumento eficaz na verificação da situação do feto dentro do útero materno,

visando, desta forma, garantir uma gestação tranqüila e um parto seguro.

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CAPÍTULO III

DA IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DOS EXAMES BÁSICOS

Para Kando (1994) o exame físico na primeira consulta deve ser

meticuloso e completo, tendo o objetivo de avaliar o estado de saúde da

gestante, diagnosticar intercorrências porventura existentes, confirmar o

estado gravídico e a idade gestacional, bem como avaliar as condições fetais.

3.1 Dos exames físicos

Segundo Bocavo, Barros (2002) após a confirmação da gravidez, o

acompanhamento pré-natal deve ser iniciado o mais precocemente possível.

A conscientização da gestante com relação à assiduidade nas consultas

também é um fator de extrema importância para que a assistência e

enfermagem seja efetiva.

Ainda de acordo com Bocavo, Barros (2002) para o sucesso da

assistência de enfermagem no pré-natal, também é necessário que esta seja

desenvolvida passo a passo desde a primeira consulta como nas

subseqüentes a anamnese geral e obstétrica, a avaliação dos hábitos, assim

como os exames físicos gerais e obstetricos.

3.1.1 Da semiologia não obstétrica

Na semiológica não obstétrica avalia-se primeiramente o peso e a

altura, uma vez que estes dados refletem o estado nutricional da grávida,

posteriormente avalia-se as mucosas que muitas vezes orientam para

presença de anemia. A pesquisa de edema também constitui importante fonte

de pesquisa que muitas vezes são normais no final da gestação. A presença

de varizes justificam orientações para o uso de meias elásticas com finalidade

compreensiva e de repouso.

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A medida da pressão arterial é fundamental na gestação, pois

quando alta, enegrece o prognóstico e a medida de pulso também é

fundamental, pois se pode suspeitar de alterações cardíacas, anemia, febre

ou disfunção da tireóide.

3.1.2 Da semiologia obstétrica

Na Semiologia obstétrica avalia-se primeiramente as mamas, sua

inspeção elástica, observa-se alem do volume, a presença da rede de Haller,

auréola desenvolvida e, caso não seja orientar para que faça exercício

durante a gestação.

A segunda avaliação é no abdome, destinado a verificar a Inspeção

de estrias nacarad (antigas) ou violáceas (recentes), produzidas por uma

sobre distensão das fibras elásticas. A linha alvo pode apresentar-se

pigmentada. O abdome pode, no termo da gestação, ter a forma normal

ovóide e globosa.

Procura-se verificar a mensuração da altura uterina entre 18 e 32

semanas de gestação, existe uma boa correlação entre a idade gestacional

em semanas e a altura uterina em centímetros, quando medida da borda

superior da sínfise pubiana ao fundo do uterino.

Observa-se ainda a mensuração da circunferência abdominal,

medindo seu nível de cicatrização umbilical, e tem importância na avaliação

da quantidade de liquido amniótico, suspeita de gestação múltipla.

Na palpação avalia-se a posição, consistência, regularidade de

superfície. Com estas informações pode-se muitas vezes sugerir uma

hipótese diagnostica de DPP (pela hipertonia, mioma do útero, pelas

irregularidades).

A escuta dos batimentos cardíacos fetais também permite verificar

a vitalidade do feto, ou seja, se é prenhez única ou múltipla, confirmar o

diagnostico da apresentação, posição e variedade de posição, sofrimento fetal

e arritmias relacionadas com anomalias cardíacas fetais.

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3.2 Do exame ginecológico

Examina-se a região vulvar buscando a presença de varizes ou

tumorações. Verifica-se a integridade ou rotina pericial, incluindo cistocele,

retocele e anomalias da região perineal.

Através de um exame denominado especular verifica-se as

características das paredes vaginais e do colou uterino, bem como a

presença de macula rubra ou pólipos cervicais, que, muitas vezes causa de

sangramento na gestação. Devem-se observar as características da secreção

vaginal. A citologia para exame oncológico deve ser colhido no pré-natal,

quando a gestante não a tenha feito recentemente.

Avalia-se a posição do colo uterino, suas características, volume

uterino e tempo de gestação, no termo, possibilita prever-se a proximidade ou

não do trabalho de parto, apresentação e a integridade das membranas

ovulares, avaliação da bacia, pela pelvimetria interna.

Nas consultas subseqüentes Filho (1994), refere que os

profissionais deve-se atentar para os níveis pressóricos, particularmente nas

pacientes de risco para doença hipertensiva específica da gestação, o ganho

ponderal deve ser rigorosamente avaliado e o aparecimento de febre e

linfadenopatia pode ser sinal de moléstia infectocontagiosa.

Em cada consulta pré-natal deve-se avaliar o bem-estar fetal e

materno, analisando resumidamente nas condições fetais, a freqüência

cardíaca fetal, a motivação fetal, a quantidade de liquido amniótico e a

situação e apresentação fetal.

Analisa-se também as condições maternas, tais como a pressão

arterial, o ganho ponderal, o edema patológico (mãos e face), a altura uterina,

a presença de sangramento geral, a perda de líquidos e sinais de processo

infecciosos do sistema urinário.

Realiza-se ainda o exame vaginal, que no final da gestação,

fornece informações importantes.

Verifica-se a contratibilidade uterina, que de acordo como Kwang

(1994) na consulta pré-natal são considerados essenciais os exames de

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hemograma (Hb e Ht), tipagem sanguínea e fator Rh, urina tipo l ou EAS,

urocultura, sorologia para sífilis (VDRL), sorologia para rubéola, sorologia

para toxoplasmose, bem como parasitológico de fezes e colpo citologia

oncológico e colpos copia.

A gestante deve ser posicionada em decúbito dorsal, com abdome

descoberto e a bexiga vazia. A mensuração da altura uterina deve ser iniciada

co a delimitação da borda superior da síntese púbica e do fundo uterino.

A medida expressa em centímetros deve ser anotada na carta da

gestante, no protocolo de levantamento de dados da gestante e no gráfico da

curva da altura uterina (os percentis 10 e 90 marcam o limite da normalidade).

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CAPÍTULO IV ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Sexo Feminino Masculino

8 2 Tempo de Formação Profissional

< 1 ano 2-3 anos > 3 anos

1 3 6 Pós-Graduação Sim Não

6 4 Experiência em PSF < 1 ano 2-3 anos > 3 anos

5 1 4 Quadro 2 – Características da Amostra

Foram entrevistados 10 enfermeiros, sendo 80% do sexo feminino,

60% co mais de 5 anos de formação, 60% são pós-graduados e 50% possui

menos de 1 ano de experiência em saúde da comunidade.

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Sobre os fatores que devem ser enfatizados na primeira consulta

de pré-natal todos confirmam os seguintes fatores: criar vínculo entre o

profissional e a gestante, explicar sobre as mudanças físicas relacionadas

com a gravidez, destacar a importância do pré-natal para ela e o feto e a

importância da assiduidade nas consultas de pré-natal.

Para Locava, Barros (2002) chamar a usuária pelo nome, o

profissional está estabelecendo um, vínculo de respeito e simpatia com a

gestante, trabalhando sua auto-estima para a continuidade no

acompanhamento. Ouvir as queixas da usuária permite identificar

precocemente os riscos patológicos, tanto materno como fetal.

Para o Ministério da Saúde (2000), ouvir as queixas da usuária,

além de identificar riscos patológicos referentes à gestação, também é

adquirida na gestante por parte do profissional uma confiança, sentindo-se

valorizada.

Todos os entrevistados afirmam que os procedimentos

preconizados são: anamnese geral e obstétrica, exame físico geral e

obstétrico, solicitação de exames laboratoriais de rotina, agendamento de

consultas subseqüentes.

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Segundo Locavo; Barros (2002) são preconizados a anmnese geral

e obstétrica, pois durante anamnese são obtidas informações da cliente e

observada pelo enfermeiro, o exame físico geral e obstétrico que tem como

objetivo avaliar o estado de saúde da gestante e diagnosticar intercorrências.

Os exames laboratoriais de rotina de acordo com Kwang (1994) auxiliam na

definição de diagnósticos, o agendamento das consultas subseqüentes é para

que a gestante tenha pleno conhecimento da importância do seu

acompanhamento.

Sobre os itens mais comuns no exame físico que merecem atenção

no acompanhamento pré-natal, 80% dos profissionais entrevistados afirmam

que é a determinação do peso, medida da estatura e determinação dos sinais

vitais e 20% disseram que são os exames dos membros inferiores e

pesquisas de edema.

Conforme Kondo (1994) a avaliação do peso e da altura tem como

objetivo avaliar o estado nutricional.

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Sobre as informações referidas pela paciente e observadas pelo

profissional no ato da anamnese, 90% dos enfermeiros entrevistados afirmam

que a importância dessas informações auxilia na detecção precoce dos

fatores que impliquem uma gestação e 10% disseram que ajuda a

conscientizar a gestante da assiduidade nas consultas.

Segundo Locavo; Barros (2002), o levantamento detalhado dos dados auxilia

a detectação precoce e de fatores que impliquem uma gestação.

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Quanto aos exames de rotina preconizados pelo Ministério da

Saúde na primeira consulta pré-natal, 100% dos profissionais entrevistados

afirmam que os exames são os: Rh, VDRL, Hb e Bt, glicemia de jejum, anti-

HIV, urina tipo I.

Conforme Kwag (1994) os exames laboratoriais auxiliam na

definição de diagnósticos.

Sim Não Agendamento com intervenção de quatro semanas até a 32 semana de gestação

10 -

De duas semanas até a 36º semana 4 6 De três semanas até a 36º semana de gestação até o parto

- 10

De uma semana da 36º semana de gestação até o parto 10 - Quadro 3- Avaliação do conhecimento acerca do agendamento da consulta

de pré-natal de baixo risco.

De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde (2000), como

deve ser o agendamento das consultas até o 32º semana de gestação. Todos

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os enfermeiros confirmaram o agendamento com intervalo de quatro semanas

até a 32º semana de gestação.

Esse agendamento com intervalo de quatro semanas até a 32º semana de

gestação é para gestante sem fatores de risco, gestantes sadias.

Dos enfermeiros entrevistados, totalizando 10 profissionais, 40%

marcam sim e 60% marcaram não para o agendamento das consultas com o

intervalo de duas semanas entre a 32º semana de gestação até 36º semana

de gestação.

O agendamento com o intervalo de duas semanas entre as

consultas é entre a 32º semana de gestação até a 36º semana de gestação,

não havendo fatores de risco detectados. Para o Ministério da Saúde (2000),

o intervalo de duas semanas entre as consultas é no período da 32º semana

de gestação até a 36º semana de gestação.

Agendamento entre as consultas da 32º semana de gestação até a

36º é de três semanas. 0 a 10 enfermeiros entrevistados 100% marcaram que

não é este o intervalo entre as consultas neste período.

Sim Não Orientação para o parto puerpério 10 - Importância do aleitamento materno e do alojamento conjunto

10 -

Orientação para o cuidado com o recém-nascido, amamentação, vacina e acompanhamento

10 -

Importância do planejamento familiar e da participação do pai e família.

10 -

Quadro 4- Avaliação do conhecimento Protocolo do Ministério da Saúde para

as atividades em grupo.

Todos os entrevistados 100% responderam sim para as atividades

em grupo de acordo com o protocolo do Ministério de Saúde, desenvolvidas

na assistência pré-natal, ou seja a orientação para o parto puerpério, a

importância do aleitamento materno e alojamento conjunto, orientação para o

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cuidado com o recém-nascido, amamentação e a importância do

planejamento familiar.

As orientações para o parto e puerpério durante a assistência pré-

natal é de fundamental importância para ajudar a mulher a diminuir

ansiedade, insegurança, solidão, medo de o ambiente hospitalar, de o bebê

nascer com problemas ou outros temores. Para o período do puerpério são

realizadas orientações de higiene, agendamento e comparecimento na

consulta de puerpério antes de completar 42 dias após o parto.

A importância do aleitamento e do alojamento conjunto, discutidos

nas atividades em grupos acontece uma troca de experiência entre as

gestantes neste momento o apoio e a assistência do profissional é

fundamental. O cuidado com o recém-nascido e amamentação, compreende

um elenco de ações educativas, envolvendo equipe de saúde e família.

- Nas atividades em grupos abordadas a importância do

planejamento familiar objetiva oferecer à clientela os conhecimentos

necessários para a escolha e posterior utilização do método anticoncepcional

mais adequado.

Para o Ministério da Saúde (2000), as orientações para o parto puerpério

exige um conhecimento que estendem para uma abordagem mais ampla e

profunda, não se restringindo apenas aos aspectos técnicos, mas abrangendo

o apoio emocional e efetivo nessa etapa especial da mulher.

Segundo Abrão; Pinelli (2002) é fundamental que a gestante

durante a gestação conheça as práticas do aleitamento materno e do

puerpério, no sentido de colaborar nas atividades vivenciando uma

amamentação de forma efetiva e tranqüila e um puerpério sadio.

De acordo com o Ministério da Saúde (2000), o cuidado com o

recém-nascido e amamentação envolve um elenco de ações educativas.

Considera-se que essas atividades devem ter inicio durante o pré-natal,

reforçado no período neonatal e primeiro ano de vida.

Segundo Camiá; Barbiery (2002) que a importância do planejamento

abordado nas atividades em grupos proporciona aos casais informações e

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meios necessários para que possam decidir de forma livre e consciente sobre

o número de filhos e a oportunidade em que irão tê-los.

Quando indagamos sobre como é realizada a consulta pré-natal

nas unidades básicas de saúde, 80% dos enfermeiros entrevistados relatam

ser por atendimento agendado e 20 % afirmam ser por livre demanda.

Segundo o Ministério da Saúde (2000), as consultas de pré-natais de baixo

risco devem ser atendidas por agendamento.

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Quando pesquisamos a categoria dos profissionais que realizam as

consultas pré-natais nas unidades básicas de saúde, observamos que em

90% das unidades são intercaladas as consultas médicas x enfermagem e em

10% a consulta é realizada exclusivamente pelo enfermeiro.

Conforme o Ministério da Saúde (2000), as consultas de pré-natal até 32º

semana de gestação são intercaladas, consulta médica x enfermagem. Após

36º semana são assistidas pelo médico.

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Quando à quantidade de consultas pré-natal para gestantes de

baixo risco, 100 % dos enfermeiros afirmam que são estabelecidas no mínimo

06 consultas.

De acordo com o Ministério da Saúde (2000) o mínimo de

consultas de pré-natal de baixo risco é de 06 consultas com intervalo de 04

semanas. Até a 32º semana de gestação, da 32º até a 36º com intervalos de

02 semanas, da 36º semana de gestação até o parto com intervalos de uma

semana.

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CONCLUSÃO

Anualmente, cerca de 600 mil mulheres morrem no mundo por

complicações da gravidez. Sabe-se que 99% destas mortes ocorrem nos

países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, entre os quais se inclui o

Brasil. Este fato denuncia a situação da assistência à saúde reprodutiva das

mulheres em nosso país considerando as causas relacionadas diretamente

com a função reprodutiva, observa-se que a maioria dos óbitos ocorrem

devido à hipertensão na gravidez, à hemorragia interna, a infecção puerperal,

as complicações no trabalho de parto e abortos, embora facilmente evitásseis

por meios de adequado assistência ao ciclo gravídico-puerperal.

No Brasil, as mais importantes entre essas causas são as

complicações da doença hipertensiva especifica da gravidez, apontando para

a baixa qualidade da assistência pré-natal.

Sendo assim, as causas obstétricas diretas, bem como suas

complicações, são perfeitamente preveníveis com uma assistência pré-natal

adequada, quantitativa e qualitativa, bem como uma assistência adequada ao

parto.

Nos últimos doze anos observamos que a assistência pré-natal

teve muitos avanços, graças a processos da descentralização dos serviços de

saúde, através da ampliação na rede básica pública rural e urbana, tanto na

estrutura física quanto na parte de recursos humanos. Houve maior

participação nas políticas públicas de saúde com a criação dos Conselhos

Federais, Estaduais e Municipais de Saúde. Esse avanço também é notório

nas unidades básicas de saúde rural e urbana do Paranoá/DF, onde se

observa a ampliação da assistência pré-natal por meio dos serviços

oferecidos à população, bem como no quadro de recursos humanos.

Apesar de todos estes avanços na assistência pré-natal, os

profissionais ainda tem grandes dificuldades na falta do mínimo de material

utilizado na consulta do enfermeiro e na realização de exames

complementares. O calendário das consultas segue um padrão da Secretária

de Saúde, consultas agendadas, a consultas de cada profissional, médico

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verso enfermeiro tem duração de 40 minutos para cada gestante,

disponibilizando de um tempo para o diagnostico e/ou questionamento da

gestante, fazendo um trabalho preventivo e educativo.

Diante dos resultados encontrados, neste estudo conclui-se que o

mesmo não foge à regra de um trabalho preventivo. No que observado e

identificado, a assistência pré-natal, nesta região mesmo com as dificuldades

na disponibilidade de materiais demonstrativo educativos, o trabalho não

para, sendo primordial na assistência pré-natal. Sendo assim, à assistência à

gestante não está centrada na gravidez mas sim na mulher grávida.

Diante destes resultados, a maioria dos profissionais pesquisados

demonstrou pouco satisfeito com o atendimento realizado com os recurso

fornecidos desejando melhores condições de trabalho para assim melhorarem

à qualidade da assistência pré-natal em Paranoá/DF.

No entanto o Ministério da Saúde e os demais autores da pesquisa

preconizam que os profissionais de saúde que atendem junto à gestante

devem ser treinados para o trabalho educativo, organizando reuniões em

grupos para esclarecer a gestante sobre a gravidez, parto e puerpério,

atuando como elemento facilitador desta discussão.

Em fim, o fato de que as gestantes poderem ser atendidas no pré-

natal e terem acessos a uma série de exames complexos ou não, incentivo

como o cadastro no Sisprenatal para a continuidade para na assistência,

recebem medicação, não significa que esta assistência seja de qualidade,

isso nos leva a considerar que o pré-natal se limita à apenas esses

direcionamentos, algo mais complexo no que se refere aos aspectos

psicológico, sociais e culturais, atuando de forma mais humana e

individualizada, com ênfase para os direitos da cidadania. Todos os esforços

devem ser empreendidos para garantir à plena participação de sua

assistência.

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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

De início cumpre ressaltar que forma utilizados diversos livros e

demais materiais como base teórica do presente trabalho, todavia, apenas os

constantes da referência bibliográfica contribuíram de maneira realmente

significativa para a elaboração do mesmo.

Ademais, resta ainda esclarecer que todos os livros elencados na

referência bibliográfica contribuíram de maneira realmente significativa para a

elaboração do mesmo.

Desta feita, segue abaixo toda a bibliografia estudada, bem como

apenas o que foi utilizada.

ÁVILA, Maria Betânia, PAISM – Programa de Saúde para o bem estar de

Gênero. 2. Ed. Recife: SOS Corpo, 1995.

BRANDEN, Pennie Sessher. Enfermagem materno-infantil. 2. ed. Rio de

Janeiro: Reichmann & Affonso, 2000 (Enfermagem prática).

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de assistência integral à saúde da

mulher. Bases de ação programática. Brasília, 1984.

CÁMIA. Gisleine Eiko Kuahara; BARBIERY, Márcia. Enfermagem obstétrica e

ginocológica. São Paulo: Roca, 2002.

CARVALHO, S.L. Assistência à paciente na clínica obstétrica. Revista

brasileira de enfermagem, v. 17, out 1964.

DOMINGUES, G. O papel da enfermeira na assistência à gestante sadia.

Revista Brasileira de Enfermagem. Rio de Janeiro, 1978.

DUARTE, N.M; MUXFELDT, L.C. Manual para execução de atividades de

enfermagem do programa de saúde materno infantil. Porto Alegre: Hepa,

1976.

ÉVORA, Y.D.M et. Al. Estudo analítico das atividades da enfermeira em

ambulatório de assistência pré-natal. Revista Poul Hosp. São Paulo, dez.

1987.

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FONTES, José Américo S. Assistência materno infantil. Rio de Janeiro:

cultura médica, 1994.

MALDONADO, M.T. Aspectos psicológicos da gravidez e do parto. In

Psicologia da gravidez. 6ª Ed. Petrópolis. Vozes, 1984.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÁVILA, Maria Betânia, PAISM – Programa de Saúde para o bem estar de Gênero. 2. Ed. Recife: SOS Corpo, 1995. BRANDEN, Pennie Sessher. Enfermagem materno-infantil. 2.ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2000 (Enfermagem prática). BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de assistência integral à saúde da mulher. Bases de ação programática. Brasília, 1984. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento. Disponível em: < Erro! A referência de hiperlink não é válida. em: 01 nov. 2006. CAMIÁ, Gisleine Eiko Kuahara; BARBIERY, Márcia. Enfermagem obstétrica e ginecológica. São Paulo: Roca, 2002. CARVALHO, S.L. Assistência à paciente na clínica obstétrica. Revista brasileira de enfermagem, v.17,p.312-314, out.1964. DOMINGUES, G. O papel da enfermeira na assistência à gestante sadia. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio de Janeiro, n. 28, p.70-74, 1978. DUARTE, N.M.;MUXFELDT, L.C. Manual para execução de atividade de enfermagem do programa de saúde materno-infantil. Porto alegre: Hepa, 1976. ÉVORA, Y. D. M. et. al. Estudo analítico das atividades da enfermeira em ambulatório de assistência pré-natal. Revista Poul Hosp, São Paulo, p. 179-183, dez. 1987. FONTES, José Américo S. assistência materno infantil. Rio de Janeiro: cultura médica, 1994. MALDONADO, M. T. Aspectos psicológicos da gravidez e do parto. In: MOURA, Maria Aparecida Vasconcelos. A qualidade da assistência à saúde da mulher gestante, 1997. Revista de pesquisa, São Paulo, 2005.

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APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Sou Acadêmico do curso de Enfermagem Bacharelado na FACESA – Faculdade de Ciência e Educação Sena Aires. Estou estudando a consulta de enfermagem na assistência pré-natal de baixo risco nas unidades básicas de saúde. Gostaria de convidar os enfermeiros a participarem da pesquisa, uma vez que realizada a conclusão desta consulta na UBS que trabalha. Sua participação consistirá em responder perguntas sobre o assunto. Suas informações serão sigilosas e seus nomes verdadeiros nunca serão apresentados quando forem divulgados os resultados da pesquisa. A qualquer momento da pesquisa, caso não seja mais do seu interesse em participar da mesma, haverá a possibilidade de retirar este consentimento.

Agradeço a colaboração, colocando-me à disposição para os

esclarecimentos que se fizerem necessários.

Atenciosamente,

__________________________ Pesquisador

GIVANEI PEREIRA DE MENEZES

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Eu,_______________________________________________________, Tendo recebido as informações acima e ciente do exposto, aceito participar da pesquisa de forma livre e esclarecida, assinando este documento com a garantia de que meu nome será preservado. Paranoá – DF, ____ de agosto de 2009

________________________ Assinatura

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APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO I PARTE Dados de identificação: -Nome -Sexo ( ) masculino ( ) feminino -Tempo de formação: ( ) menos de 1 ano.

( ) 2 a 3 anos. ( ) 4 a 4 anos. ( ) 5 anos e mais.

Pós-graduação ( )sim ( )não ( ) cursando área. Quanto tempo trabalha nesta unidade básica de saúde? ( ) menos de 1 ano. ( ) 2 a 3 anos. ( ) 3 anos ou mais de 4 anos. II PARTE 01. Quais os fatores que devem ser enfatizados na primeira consulta de pré-natal? ( )chamar a usuária pelo nome; ( ) ouvir as queixas da usuária; ( )solicitar todos os exames laboratoriais pré estabelecidas pelo Ministério da Saúde; ( ) informar quanto à importância da assiduidade nas consultas pré-natal; ( ) outros. Quais? 02.Na primeira consulta de pré-natal, quais os procedimentos que você preconiza: (Enumere por ordem) ( ) anmnese geral e obstétrica; ( ) exame físico geral e obstétrico; ( ) solicitação de exame laboratoriais de rotina; ( ) agendamento de consultas subseqüentes. 03.Itens do exame físico geral que merece atenção no acompanhamento pré-natal, quais os mais comuns realizados na primeira consulta? a. Determinação do peso, avaliação do estado nutricional, medida da estrutura e determinação dos sinais vitais; b. Inspeção da pele, das mucosas e palpação de tireóide; c. Ausculta cárdio pulmonar, exame do abdome; d. Exame dos membros inferiores e pesquisas de edema (face, tronco e membros)

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04.A anamnese geral e obstétrica tem a finalidade de obter informações referidas pela paciente e observada pelo profissional. Qual a importância dessas informações nesse período? a. Informações de assiduidade nas consultas; b. Auxilia a detecção precoce de fatores que implique uma gestação; c. Na pesquisa de edema (face, tronco e membro); d. Determinação dos sinais vitais. 05.Quais os exames de rotina preconizado pelo Ministério da Saúde na primeira consulta de pré-natal? a. Hemograma, combs indireto; b. Cultura de urina antibiograma; c. Fator Rh, VDRL, Hb e Ht, glicemia de jejum, anti-HIV, urina tipo I; d. Parasitológico de fezes. 06.De acordo com o Ministério da Saúde como deve ser o agendamento das consultas de pré-natal de baixo risco? Agendamento com intervalo de quatro semanas até a 32º semana de gestação. ( )sim ( )não 1. De duas semanas até a 36º. ( ) sim ( ) não 2. De três semanas até a 36º semana de gestação até o parto. ( ) sim ( ) não 3. De uma semana da 36º semana de gestação até o parto. ( ) sim ( ) não 07.Conforme o protocolo do Ministério da Saúde as atividades em grupo são essenciais no acompanhamento de pré-natal. Marque a que achar pertinente: a) Orientações para o parto e puerpério. ( ) sim ( ) não b) Importância do aleitamento materno e do alojamento conjunto. ( ) sim ( ) não c) Orientação para o cuidado com o recém-nascido, amamentação, vacinas e acompanhamento. ( )sim ( ) não d) Importância do planejamento familiar e da participação do pai e família. ( ) sim ( ) não 08.De que maneira é realizada a consulta pré-natal de sua unidade básica de saúde?^ ( ) identifica a usuária pelo nome; ( ) atende através da livre demanda; ( ) atendimento por agendamento; ( ) realiza atividades em grupos precedendo as consultas. Quais? 09.Na sua unidade básica de saúde a consulta de pré-natal é realizada por: ( ) exclusivamente pelo enfermeiro; ( ) exclusivamente pelo médico;

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( ) intercalada- consulta médica x enfermagem; ( ) o médico só assistirá o pré-natal de risco. 10.No pré-natal de baixo risco estabelece-se quantas consultas? ( ) 3 a 5 consultas; ( ) 1 a 4 consultas; ( ) 5 consultas; ( ) no mínimo 6 consultas

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ANEXO A – FICHA DE CADASTRAMENTO DA GESTANTE

FFIICCHHAA DDEE CCAADDAASSTTRRAAMMEENNTTOO DDAA GGEESSTTAANNTTEE

1. Nome da Unidade de Saúde 2. Código da Unidade no SIASUS

3. Nome do Município 4. Código do Município no IBGE

5.Sigla da UF 6. Código da UF no IBGE

7. N.º da Gestante no SISPRENATAL

8. Gestante acompanhada pelo PSF

Código da Área Microárea

9. Nome da Gestante 10. Data Nascimento

11. Nome da Mãe da Gestante

12. Endereço Residencial Número

Complemento Bairro Município CEP

PREENCHER COM APENAS UM DOS SEGUINTES DOCUMENTOS

13. N.º do Cartão SUS 14. N.º do CPF

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15. Certidão de Nascimento ou Casamento

Nome do Cartório Livro Folha

16. Identidade

Número Órgão Emissor

17. Carteira de Trabalho

Número Série UF

18. Data da 1ª Consulta Pré-Natal 19. Data da última menstruação

20. Responsável pela primeira Consulta Pré-Natal

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