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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UNIVERSIDADE CORPORATIVA EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE Por: Fausto Mariano Filho Orientador Prof. Ms. Mario Luiz Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

UNIVERSIDADE CORPORATIVA EM BUSCA DA

COMPETITIVIDADE

Por: Fausto Mariano Filho

Orientador

Prof. Ms. Mario Luiz

Rio de Janeiro

2007

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

UNIVERSIDADE CORPORATIVA EM BUSCA DA

COMPETITIVIDADE

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Pedagogia Empresarial

Por: . Fausto Mariano Filho

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus.

A todas as pessoas que direta ou

indiretamente contribuíram para a

realização deste objetivo, especialmente

àquelas que, de uma forma ou de outra,

acreditaram ser possível à realização

deste curso.

O incentivo que recebi da minha esposa

Zilda, onde este apoio foi fundamental

para a realização deste curso.

Ao meu filho Vinicius, pelo carinho,

compreensão e incentivo.

Aa Professor Mario Luiz, pela pelas idéias

que me ajudaram a esclarecer a

organização deste trabalho.

Aos colegas de turma, pelo apoio,

incentivo e participação perante esta

tarefa.

E finalmente, agradeço a todos os

professores do curso de Pós Graduação

em Pedagogia Empresarial.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai Fausto

Mariano e a minha mãe Walquiria Ligorio,

pelas sementes que plantaram e pelos

frutos que continuam gerando, embora

não estejam mais aqui para ver.

A minha esposa Zilda e ao meu filho

Vinicius.

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RESUMO

A educação formal para o trabalho, em nível superior, começa a enfrentar

uma concorrência inusitada: as Universidades Corporativas, surgidas das

experiências de programas de treinamento e desenvolvimento profissionais

corporativos e da constatação de que a universidade não prepara adequadamente

para o trabalho. O conceito de Universidade Corporativa surgiu nos EUA, quando

a General Eletric criou a Cotronville. Mas foi só a partir da década de 80 que se

assistiu a um aumento considerável destes novos espaços de formação. Outro

componente que contribuiu para o rápido crescimento das Universidades

Corporativas é a necessidade de contínua aprendizagem, como conseqüência das

vertiginosas mudanças no mundo do trabalho, em razão dos avanços tecnológicos

permanentes e do processo de globalização da economia. As Universidades

Corporativas surgem como solução para o alinhamento das iniciativas de

treinamento com a estratégia da organização e de criação de vantagem

competitiva, por meio de aprendizado permanente.

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METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho, foi utilizado o método de Levantamento de

Dados via Documentação Indireta.

Neste estudo, foram consultados periódicos, artigos publicados em

congressos e revistas científicas, dissertações e monografias, livros e sites na

Internet. As fontes de pesquisa estão descritas na bibliografia constante das

Referências Bibliográficas.

Esse tema foi escolhido pelo interesse no assunto, decorrente inclusive, do

fato de trabalhar numa empresa, que possui uma Universidade Corporativa.

A liderança da instituição da Caixa Econômica Federal, a partir do seu

presidente, participa como o primeiro interessado naquilo que vai transformando

em uma forma de pensar dentro da empresa. Esse processo exige uma mudança

na cultura organizacional, na qual o erro deve ser entendido como ponto de

partida para o aprendizado. Não adianta criar uma Universidade Corporativa se

continuar existindo, dentro de uma organização, um estilo autoritário de gestão,

que certamente não está alinhado com esse conceito.

A Caixa Econômica Federal desenvolve a Universidade Corporativa, onde

cria um sistema de aprendizado contínuo no qual os funcionários aprendem a

trabalhar com novos processos e novas soluções, além de compreenderem a

importância dessa aprendizagem em relação ao cumprimento das metas da

empresa.

Sendo assim, essa monografia constitui uma oportunidade de aprofundar o

conhecimento teórico e vivenciar a prática da Universidade Corporativa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 08

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO................................................................................... 11

CAPÍTULO II

OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO NOS DIAS DE HOJE........................................... 19

CAPÍTULO III

AS DIFERNÇAS ENTRE TREINAMENTO E UNIVERSIDADE CORPORATIVA ..... 26

CAPÍTULO IV

A COMPETITIVIDADE ATRAVÉS DA UNIVERSIDADE CORPORAITVA ............... 30

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 34

BIBLIOGRÁFIA CONSULTADA................................................................................ 38

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INTRODUÇÃO

Mulheres e homens somos os únicos seres que, social e historicamente, nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em que aprender é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito.(Freire,1996.)

Muito embora a palavra Universidade nos leve a pensar um campus físico,

um corpo docente estável, a versão corporativa é diferente e inovadora. A visão

estratégica depende da aprendizagem e esta depende do desenvolvimento das

capacidades. Esta abordagem no que faz referência a Universidade Corporativa

tende a considerar a administração estratégica como um processo de aprendizado

coletivo, que visa desenvolver e explorar as competências distintas, difíceis de

serem imitadas, propiciando competitividade para as organizações.

Vive-se hoje, um momento de grandes mudanças rápidas e radicais na

economia global que traz sem dúvida consideráveis reflexos para a sociedade em

geral, especialmente nos setores produtivos e de comunicação, que repercutem

na formação profissional e educacional dos trabalhadores.

Está se passando pela Revolução Computacional ou Era do Conhecimento.

O momento exige novos desafios para empresários, trabalhadores,

estudantes e professores. O mercado exige profissionais mais preparados,

capazes de solucionar problemas, criativos, com senso crítico, capacidade de

pensar, “de aprender a aprender” e de adaptação ao ritmo das mudanças.

Diante deste novo quadro que se apresenta às empresas que quiserem

continuar competitivas no mercado há necessidade de se repensar a gestão e

formação dos recursos humanos. Ao mesmo tempo em que a Era Tecnológica

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elimina postos de trabalho, há uma readequação dos postos que restam com o

aproveitamento dos profissionais que estiverem mais bem preparados. Neste

sentido, não é mais possível continuar mantendo a distância entre a escola e a

empresa.

Como as mudanças ocorrem em ritmo frenético, rapidamente esgota-se o

prazo de validade de um curso. O conhecimento hoje já é obsoleto, exigindo

assim, uma formação profissional contínua.

O próprio conceito de educação torna-se mais abrangente, não mais uma

simples transmissão de conhecimentos e experiências para os jovens e crianças,

mas sim um processo de formação permanente, que estimula a pensar, a tomar

iniciativa e buscar soluções criativas para os problemas.

A defasagem existente entre o que a escola ensina e as necessidades do

das organizações, cada dia mais exigente, as empresas a criar os seus próprios

processos de ensino-aprendizagem, visando a atualização dos seus quadros

funcionais e resultado organizacional.

Observa-se que os programas de Treinamento e Desenvolvimento

tradicionais já não atendem, tempestivamente, às necessidades de agilidade na

aquisição de novos conhecimentos exigidos.

Uma das respostas para este cenário apresentado são as universidades

corporativas surgidas no interior das empresas. Entre os objetivos dessas

universidades destacam-se:

- promover maior agilidade no processo de educação e de qualificação

profissional;

- sintonizar as novas competências profissionais exigidas com o negócio da

empresa; e

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- finalmente, propiciar a compreensão, a contextualização dos novos

conhecimentos, e sua execução na prática de forma criativa.

Diferentemente do Centro de Treinamento tradicional, que busca

desenvolver apenas o quadro de funcionários, na Universidade Corporativa há um

envolvimento de toda a cadeia de valor com a estratégia da empresa.

“Universidade Corporativa é um guarda-chuva estratégico para desenvolvimento e

educação de funcionários, clientes e fornecedores, buscando otimizar as

estratégias organizacionais”. Meister (1998; p.29).

Nas Universidades Corporativas existentes hoje nas empresas uma das

competências básicas pertinentes aos empregados é “aprender a aprender”.

Considerando, que em um ambiente de negócios globalizado, em que mudança é

uma palavra chave, os assuntos ou informações aprendidas tornam-se

rapidamente obsoletos, a qualificação mais importante a ser adquirida é “aprender

a aprender”. Os funcionários comprometidos com a formação contínua tornam-se

facilmente autogerenciáveis. Com isto, ganha a empresa com o desenvolvimento

do seu bem mais importante que é o capital intelectual1 e também ganha o

funcionário que garante assim a sua empregabilidade2 no mercado de trabalho.

Está cada vez mais distante da rotina das organizações, a área de

treinamento convocar os funcionários para receber informações, num ambiente

diferente do seu dia-a-dia. Hoje no seu próprio ambiente de trabalho, o empregado

pode acessar, através do seu computador, o curso que for mais significativo para

o seu aprendizado. E assim o empregado constrói os seus conhecimentos, unindo

a teoria e a prática.

1 Inteligência que proporciona conhecimento, habilidades, decisões, experiência e informação dentro da empresa. 2 É aquele profissional que tem capacidade de aprender.

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CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO

A educação, embora seja um direito conquistado enquanto cidadãos, não é suficiente para afirmar, “que a educação cria a cidadania de quem quer que seja. Mas sem a educação é difícil construir cidadania (...). A educação não é a chave para a transformação, mas é indispensável. A educação sozinha não faz, mas sem ela também não é feita cidadania”(Freire, 1995)

A história da educação iniciou-se no século XIX, mais precisamente ao ano

de 1890, quando surgiu a primeira escola na Alemanha. A partir daí surgiram

outras iniciativas em diversos países. Nos EUA, o desenhista do Tio Patinhas, Carl

Barks, na sua adolescência, por volta de 1915, fez curso de desenho à distância.

O ex-presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, graduou-se em 1967

como economista agrícola científico através de um curso também à distância. Em

1946 a University of South África-UNISA implantou cursos à distância, sendo hoje

uma das 11 mega instituição do mundo nesta modalidade de ensino, contando

com mais de 100 mil alunos residentes nos mais diversos países.

No Brasil, pioneiro deste conceito de aprendizagem foi o Instituto Universal

Brasileiro-IUB que surgiu em 1941, como o conceito de educação à distância,

oferecendo cursos pelo correio. Com mais de 60 anos, o IUB anuncia já ter

capacitado mais de 3800000 pessoas e sabe-se que muitas pessoas,

principalmente em cidades do interior onde havia carência de escolas, adquiriram

conhecimento e profissão fazendo, por correspondência cursos como rádio-

técnico, corte e costura e datilografia. Já em 1970 o governo federal criou o

Projeto Minerva, que foi uma iniciativa de tele-educação usando o rádio como

meio. Outro ícone da educação à distância no Brasil, o Telecurso, hoje chamado

de Telecurso 2000, foi ao ar pela primeira vez em 1978, pela Rede Globo de

Televisão, utilizando a mais moderna mídia de massa da época. Na segunda

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metade da década de 90 o MEC lançou os programas TV Escola e Rádio Escola e

autorizou algumas instituições de ensino superior a oferecer cursos à distância.

Embargada pelo forte apelo de ensino à distância e como fonte de inovação

na forma de se transmitir conhecimento alinhado com estratégias empresariais,

começou-se então a pensar mais no conceito de Universidade Corporativa, que já

era assunto por pelo menos 40 anos atrás, desde que a General Eletric lançou a

Crotonville em 1955. O verdadeiro surto de interesse na criação de uma

universidade corporativa, como complemento estratégico do gerenciamento do

aprendizado e desenvolvimento dos funcionários de uma organização, ocorreu no

final da década de 80. As organizações começaram a perceber que não podiam

mais depender das Instituições de Ensino Superior, para qualificar seus

colaboradores, decidindo partir para criação de suas próprias “Universidades

Corporativas”, com o objetivo de obter um controle mais rápido sobre o processo

de aprendizagem, vinculando de maneira mais estreita os programas de

aprendizagem as metas e resultados estratégicos.

O conceito de Universidade Corporativa no Brasil começou no início da

década de 90 é um movimento recente, mas que vem crescendo muito nos

últimos anos, a partir de 2000 verificamos um expressivo aumento das

experiências de Universidade Corporativa no País. Hoje são mais de 100

organizações brasileiras ou multinacionais, tanto na esfera pública quanto privada,

que já implementaram sistemas educacionais pautados pelos princípios e práticas

de Universidade Corporativa.

Nesta década, algumas empresas americanas se deram conta de que não

podiam mais depender das instituições de ensino superior para desenvolverem

sua força de trabalho.

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Decidiram, então, assumir um papel proativo no desenvolvimento de

sistemas educacionais e vinculá-los de maneira mais estreita às metas

empresariais.

No Brasil, este processo está em fase embrionária, tendo algumas

empresas importado o conceito de suas matrizes (Motorola, McDonald`s, Grupo

Accor, Coca-Cola), e outras tomaram a iniciativa de fazê-lo a partir da crença que

a medida otimizará o processo de treinamento e desenvolvimento de seus

recursos humanos.

Hoje o Brasil conta com grandes empresas utilizando as ferramentas da

Universidade Corporativa. Nos últimos anos, cresceu a procura e o

desenvolvimento dessas universidades está cada vez mais ágil. Adotar um

sistema de Educação Estratégica, nos moldes de Universidade Corporativa é

condição essencial para que as empresas desenvolvam com eficácia seus

talentos humanos. Alguns casos de sucesso são as empresas Vale do Rio Doce,

Natura, Siemens, Caixa Econômica Federal, Sadia, Banco do Brasil, Citibank.

Embratel, Volksvagen, Fiat, Carrefour, Bank Boston, investiram e perceberam as

vantagens de implementação da Universidade Corporativa, com o objetivo de

disseminar a cultura da empresa aos colaboradores.

A educação chegou ao Brasil no século XVI, logo após o descobrimento,

trazido pelos jesuítas, que não se preocuparam sequer de repassá-la à população

em geral. Foram menos eficientes que os jesuítas espanhóis que fundaram, nos

países de língua espanhola, mais escolas dos que as fundadas no Brasil,

conseguindo melhor qualidade e mais eficiência.

Nos séculos seguintes nossos problemas educacionais começaram a tomar

a forma atual, com investimentos equivocados, insuficientes e geralmente

atendendo aos interesses da classe dominante, com interesse de formar uma

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massa acrítica e sem capacidade de pensar por conta própria, apenas para

facilitar fins eleitoreiros.

Esses interesses levaram o Brasil a investir mais, proporcionalmente, em

ensino superior do que em educação de base, aumentando a desvantagem

educacional em relação aos países Europeus e aos Estados Unidos.

Os novos paradigmas mundiais requerem uma mudança de postura, se

realmente o Brasil quer se manter competitivo no mercado internacional, tem que

romper o ciclo vicioso na educação brasileira para manter o povo ignorante como

forma de controle.

É necessária a formação de cidadãos críticos e pensantes com capacidade

de adaptação a mudanças, ao uso de novas tecnologias. Hoje até no chão de

fábrica exige-se qualificação técnica para operação de máquinas e instrumentos.

Disciplinas como Geografia, História e Filosofia, que valorizam o

pensamento crítico do cidadão, devem ser novamente estimuladas nos ensinos

fundamental e médio, para a formação de pessoas preparadas para o exercício da

democracia e capazes de levar o país e suas organizações a inserção no cenário

internacional.

Analisando o conceito de aprendizagem acima citado, entende-se que

aprender é o ato pelo qual é possível adquirir novas formas de agir e pensar,

novos hábitos, comportamentos e respostas.

O moderno enfoque de educação a conceitua como um conjunto de

experiências individuais ativas, mutáveis, onde a pessoa procura selecionar,

absorver e incorporar informações, relacionando-as e reorganizando-as com as já

existentes em seu potencial. Esse enfoque faz com que as concepções de

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aprendizagem e ensino se adaptem às novas condições onde a pessoa atua,

desenvolvendo toda a sua potencialidade, agora renovada e emergente.

O aprendizado não pode ser considerado um produto acabado. Na visão

crítica de Paulo Freire, um dos maiores educadores do Brasil, o educando deve

desenvolver sua percepção crítica do mundo no qual e com o qual se encontra. É

o que Freire batizou de “Educação Problematizante” onde educando e educador

encaram o mundo como uma realidade em transformação.

Esta linha educacional vem em contraposição ao que Freire chama de

“Educação Bancária”, na qual o educador deposita seus conhecimentos no

educando que deve “guardá-los” e “arquivá-los”, sem necessariamente entendê-

los.

A educação problematizante (FREIRE, 1997) possui as seguintes

características básicas:

- considera o diálogo entre educador e educando essencial ao ato de

aquisição de conhecimentos;

- o aluno é o sujeito do processo educativo, um ser que pensa e tem

raciocínio crítico;

- a visão problematizante baseia-se na criatividade do aluno, estimulando o

exame acurado das coisas e a ação fundada na realidade;

- afirma que o homem é um ser incompleto, inacabado, em permanente

processo de “vir-a-ser” e em realidade igualmente incompleta;

- o homem crítico não se satisfaz com as aparências, demonstrando um

profundo anseio na análise de problemas vivenciais;

- na consciência crítica voltada para a mudança, o educador e o educando

reconhecem que a realidade onde vivem e atuam é extremamente mutável;

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- o ser humano que se adapta às mudanças é aquele que procura, verifica

e testa suas descobertas, disposto a rever suas posições, desde que convencido

da necessidade de mudanças;

- o ser humano aberto às mudanças não tem preconceitos captação,

análise e resposta de suas indagações;

- o homem receptivo às mudanças possui uma mente indagadora, amando

o diálogo e nutrindo-se dele.

Finalmente, segundo Freire, o homem aberto às mudanças “face ao novo,

não repele o velho por ser velho, nem aceita o novo por ser novo, mas aceita-os

na medida em que são válidos”.

Hoje as próprias empresas procuram suprir as dificuldades que seus

empregados sentem em relação à adaptação as mudanças constantes,

principalmente as mudanças tecnológicas.

É comum presenciar no local de trabalho, pessoas com grande

conhecimento específico, com alto grau de conhecimento em relação às

atividades desenvolvidas na empresa, porém com grandes dificuldades para usar

um simples editor de texto no computador. Há empregados que se eximem de

tomar decisões, assumir responsabilidades ou solucionar problemas por conta

própria, sem a comunicação constante e incessante à sua chefia.

Estas atitudes são reflexos de um sistema educacional arcaico, formador de

pessoas sem capacidade de gerir mudanças e problemas, ou até mesmo de

pensar de forma crítica.

Estas dificuldades acabam sendo “trabalhadas” pelas empresas, através de

treinamentos e do desenvolvimento de seus empregados, adequando-os e

preparando-os para as mudanças. Cabe, então, a organização suprir as

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deficiências da educação tradicional até mesmo como forma de valorizar o capital

intelectual, que este empregado representa para a empresa.

É fundamental lembrar o conhecimento que este empregado já tem, o que

torna investir em sua qualificação fator estratégico para a própria organização.

O investimento das organizações no aperfeiçoamento e desenvolvimento

das pessoas que nela trabalham reflete, positivamente, no empregado, na

empresa, e também no país, pois significa melhora do quadro educacional e da

qualificação profissional da população.

O capital internacionalizado será aplicado não mais por fatores geopolíticos,

mas com base no perfil educacional do país, que cada vez mais será tratado como

diferencial pelas empresas. Para o físico Sérgio Costa Ribeiro (1993), “a

desqualificação educacional de um povo servirá apenas para atrair

empreendimentos vorazes no consumo de energia e de matéria-prima, poluidores

e avarentos em relação à mão-de-obra”.

Necessita hoje o Brasil rever conceitos e quebrar paradigmas Nossas

instituições de ensino em todos os níveis devem procurar parcerias com

organizações, e vice e versa, para a preparação do cidadão à nova organização

da Era da Informação, mais leve e flexível.

O processo de aprendizagem necessita utilizar as novas ferramentas

disponibilizadas pela evolução tecnológica, como internet, intranet, vídeos,

teleconferências, dentre outras.

Neste contexto, muitas organizações saíram na frente criando condições ao

aprendizado contínuo de seus empregados, através de instrumentos modernos de

treinamento e desenvolvimento, procurando, dentro da estratégia de crescimento

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e fortalecimento adotada por cada organização, formar colaboradores cujo capital

intelectual tenha cada vez mais condições de interferir positivamente na condução

dos negócios da organização.

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CAPÍTULO II

OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA NOS DIAS DE HOJE

Segundo Senge, as organizações que aprendem são aquelas nas quais as

pessoas aprimoram, continuamente, suas capacidades para criar o futuro que

realmente gostariam de ver surgir.

Nas organizações de aprendizagem, as pessoas não são treinadas para

exercer suas funções, mas sim educadas a desempenhar com satisfação suas

atividades, desenvolvendo o espírito de equipe e a criatividade.

O ambiente favorece a criação de objetivos compartilhados, gerando um

sentimento de coletividade que permeia a organização e dá coerência às

diferentes atividades, contribuindo para o engajamento e participação das pessoas

e auxiliando-as a resolver os problemas juntas e com maior eficiência do que se

fossem resolver isoladamente.

Nesse ambiente, as pessoas são respeitadas em sua individualidade,

autonomia e desenvolvem um trabalho com excelência. Isso gera motivação para

obter mais conhecimentos e aprender continuamente, pois possuem liberdade de

resolver problemas, têm voz ativa nos processos dos quais fazem parte e utilizam

mais o raciocínio e o senso crítico das coisas.

Além disso, para a produção do conhecimento é necessário respeitar a

visão de mundo das pessoas e trabalhar junto com elas, no sentido de trocar sua

maneira ingênua de entender o mundo por um modo mais crítico.

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Nas organizações de aprendizagem, a criatividade, o senso crítico, os

relacionamentos interpessoais são fatores significativos para a aprendizagem, de

modo a favorecer a prestação de serviços e produtos de qualidade.

Uma empresa deve ser completamente diferente de uma instituição de

ensino, daí surge a pergunta: "Mas uma Learning Organization não é uma

organização que aprende a aprender?" – É aí que surge a diferença entre a

instituição de ensino e a organização. A instituição de ensino, muitas vezes não

passa conhecimento algum para os alunos, pois eles vão até este estabelecimento

apenas por obrigação. Nas organizações da nova era os funcionários deve ir, por

prazer, fazer o seu serviço não apenas por fazê-lo, e sim pensando em

desenvolvimento, sendo felizes, ou seja, eles aprendem porque querem.

Para se criar uma Learning Organization torna-se imprescindível existirem

colaboradores ou membros ou até sócios e não mais empregados.

Analisando sob este enfoque, que todo e qualquer funcionário é importante

em seu local de trabalho, com o trabalho em equipe sendo importante para todos,

onde um depende do outro, não se pode perder ninguém, deve-se haver uma

equipe que comece e fique junto por muito tempo.

Senge apud Souza(1999) também destaca que a chefia é importante para

ordenar as equipes para discussões e o verdadeiro chefe em uma Learning

Organization não é aquele mais alto hierarquicamente, e sim aquele das camadas

mais baixas que está no verdadeiro ambiente de serviço e geralmente sabe com

mais precisão como trabalhar com o seu grupo.

As empresas, assim como as pessoas, precisam desenvolver a capacidade

de adaptação, criando alternativas para a solução dos problemas aos quais se

defrontam no dia a dia, sob pena de desaparecimento do mercado.

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Os homens, historicamente, se preparam mais para a estabilidade do que

para a mudança, sendo reflexo disto organizações pesadas e burocráticas,

preparadas mais de forma reativa do que proativa na solução de problemas.

John Gardner (1973, p.45), estudioso norte-americano de sociedades em

permanente transição, comenta que a organização e a sociedade auto-renováveis

possuem as seguintes características básicas:

X Capacidade de experimentação na busca de novas alternativas para

enfrentar os desafios do meio onde atuam.

X Menor preocupação com o passado convencional, com as regras e

procedimentos normais.

X Disposição para assumir riscos, inerentes ao princípio de tomada de

decisões.

X Capacidade para superar os desafios próprios do processo de

mudança auto-renovada.

X Desenvolvimento contínuo do aprendizado como filosofia de vida

organizacional.

X

Na era da informação, o conhecimento passa a ser o recurso mais

importante, e, se este é fundamental, a produtividade do conhecimento é que

constitui a chave do desenvolvimento. Os conhecimentos úteis, capazes de

transformar a informação em um novo produto, serviço, aplicação ou

oportunidade.

Em face da perda da estabilidade como parâmetro de segurança, no mundo

atual, as pessoas e as organizações precisam “aprender a aprender”, através de

um constante e auto-renovado processo de aprendizagem. As empresas,

freqüentemente, se vêem diante da necessidade de aprender com seus próprios

erros.

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SENGE (1990) elencou cinco disciplinas para se chegar às organizações

de aprendizagem:

1 Maestria Pessoal: Tornar-se um craque naquilo que faz;

2 Modelos Mentais: São as formas pelas quais vemos o mundo;

3 Visão Compartilhada: Visão comum da empresa que se quer criar;

4 Aprendizado em equipe: Desenvolver a inteligência em grupo; e;

5 Pensamento Sistêmico: Capacidade de estabelecer relações.

As organizações aprendem através da criatividade e da inovação, estando

abertas às mudanças e sendo função dos gerentes estimular e conduzir a

mudança.

Para SENGE (1990, p. 9), “na organização da aprendizagem, o papel dos

líderes é radicalmente diferente do carismático tomador de decisões. Os líderes

são projetistas, professores e capitães. Esses papéis exigem novas habilidades, a

capacidade de conceber uma visão comum, trazer à tona e questionar os modelos

mentais predominantes, estimular o raciocínio sistêmico”.

O líder é na verdade o responsável pelo aprendizado, em formar

organizações nas quais as pessoas ampliem constantemente sua capacidade de

moldar o futuro.

Organizações que aprendem devem desenvolver a capacidade contínua de

se adaptar e mudar, investindo constantemente no desenvolvimento de seus

colaboradores, tornando-os preparados para a busca das metas e estratégias

definidas pela organização, da elaboração de novas idéias e projetos que facilitem

o cumprimento da estratégia para o crescimento da empresa no mercado.

Entretanto, não basta implantar um processo de Educação Organizacional

Continuada para que as pessoas logo modifiquem seu comportamento. O que se

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tem pela frente é um longo processo de transformação, até porque existe a cultura

da educação tradicional, formadora em sua grande maioria, do conhecimento

“bancário”. Não se trata também de modismo, e sim de um projeto de profunda

alteração da cultura organizacional que envolve todo o mercado.

Na era industrial a educação era dirigida à produção, não tinha o objetivo

de desenvolver pessoas.O seu foco era, aumentar a produção de bens, de capital

físico. Na era do conhecimento, a educação deve ser global, contínua e deve

extrapolar os limites da escola. Trata-se da empresa assumindo parte da

responsabilidade pela educação, necessitando, contudo, de elaboração de

parcerias, instituições tradicionais de ensino trabalhando em conjunto com as

empresas na Educação Organizacional.

A Educação Organizacional demanda definir-se o que aprender, como e

quando aprender. Para isto, incessantemente, busca-se o aprender a aprender, no

que é necessário, primeiramente, resolver o problema da resistência às

mudanças.

Para definir estratégias do programa de desenvolvimento baseado na

Educação Organizacional Contínua é necessário conhecer a organização,

identificar seus medos, ou seja, os motivos da resistência às mudanças. O medo

pode ser em relação à instabilidade, protecionismo, segurança que o atual posto

proporciona.

O diagnóstico organizacional consiste numa ferramenta, em que os

funcionários da empresa traduzem-nas necessidades e as lacunas existentes,

sendo possível detectar e planejar medidas para eliminar o medo das mudanças e

otimizar o processo de aprendizagem.

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VERGARA (1999, p.33) afirma que “uma informação dentro de uma equipe,

em si mesmo, é de pouca valia no processo de aprendizagem, para se obter

significado coletivo é necessária à comunicação, discussão grupal, vivência e

experiências”.

O cenário de equipe oferece oportunidade para a aprendizagem

multifuncional. Hoje não basta ficar preso à mesma função, é necessário ter uma

visão mais global da organização, bem como ampliação de nossas capacidades e

conhecimentos, habilidades interpessoais e de solução de problemas.

O aprendizado em equipes é ainda mais valioso pelo fato de que elas

permitem trabalhar com pessoas diferentes, que possuem diversos

conhecimentos. O trabalho em equipe desenvolve habilidades interpessoais,

preparando as pessoas para se tornarem adaptáveis a qualquer ambiente, o que

será muito valorizado no futuro. A equipe é excelente instrumento para o

desenvolvimento destas habilidades.

PARKER (1995) exalta que, raramente um ambiente de aprendizagem em

equipe se dá em um sentido educacional organizado. No lugar de aulas ou livros

existe uma cultura que incentiva a exploração, o risco e a receptividade a novas

idéias.

O líder tem o papel de facilitador ao desenvolvimento da equipe,

incentivando os demais integrantes a pensar de forma nova e criativa. Isto faz com

que a equipe não tenha medo de novas idéias, estando constantemente

aprendendo e crescendo, projetando o futuro com base no presente.

Dentro do conceito de equipe enquanto facilitadora do aprendizado pode-se

visualizar o aprendizado também como facilitador do trabalho em equipe.

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Neste aspecto, a aprendizagem organizacional tem função primordial ao

desenvolver nas pessoas a visão estratégica dos destinos da organização,

facilitando com isso o trabalho das equipes.

A macro visão da empresa é imprescindível para o envolvimento das

pessoas no trabalho em equipes, principalmente em equipes, onde há a

necessidade de um conhecimento mais amplo da organização por parte dos

participantes.

O treinamento através da Universidade Corporativa é uma importante

ferramenta na otimização do trabalho das equipes, pois possibilita a orientação

estratégica do líder para cursos essenciais para a atividade da equipe. A

flexibilidade de horários e o acesso on-line permitem a programação de

treinamento para todos os membros da equipe num período pré-determinado,

garantindo a homogeneidade do grupo.

No treinamento tradicional se torna muito difícil à participação de todos os

integrantes da equipe, sem comprometimento da continuidade do trabalho,

problema facilmente administrável no treinamento on-line, que possibilita ainda a

discussão por toda a equipe do conteúdo do treinamento.

A equipe na Organização que Aprende apresenta sinergia3, motivação e

melhora nos resultados financeiros, além da disposição para aprender sempre.

3 Cooperação” esforço coordenado na realização de uma função

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CAPÍTULO III

AS DIFERENÇAS ENTRE TREINAMENTO E UNIVERSIDADE CORPORATIVA

Para definir universidade corporativa, é necessário entender em primeiro

lugar o papel dos Recursos Humanos numa organização, que se concentra no

ajuste de suas estratégias e práticas à estratégia empresarial como um todo. Ao

desempenhar esse papel, o profissional de RH pouco a pouco se torna um

parceiro estratégico, ajudando a garantir o sucesso e a aumentar a capacidade de

sua empresa a atingir seus objetivos (Ulrich, 1998, p.42).

A definição de treinamento e desenvolvimento (T&D) para a área de

recursos humanos por sua vez é entendida como a preparação de pessoas para

posições mais complexas em termos de abrangência ou para carreiras diversas

das que elas estão engajadas. Tanto o treinamento quanto o desenvolvimento se

propõem a suprir a empresa com as competências de que ela necessita para seu

funcionamento (Carvalho, 1999, p.129).

O que diferencia um programa de treinamento organizacional de uma

universidade corporativa?

A visão de Meister (1999) pode ser visualizada no quadro abaixo:

Departamento de T & D Universidade

Corporativa

Reativo Foco Pró-ativa

Fragmentado/descentralizado Organização Coesa e

centralizada

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Tático Alcance Estratégica

Pouco/nenhum Endosso Administração e

funcionários

Instrutor Apresentação Uso de várias

tecnologias

Diretor de Treinamento Responsável Gerente de

Unidade de Negócio

Amplo e com profundidade

limitada

Público-alvo Currículo

personalizado por

famílias de cargo

Aberta Inscrição Aprendizagem

no momento certo

Aumento das qualificações

profissionais

Resultado Aumento de

desempenho no

trabalho

Opera como função

administrativa

Operação Opera como

Unidade de Negócios

(centro de lucro)

Treinamento imposto Imagem UC como

metáfora de

aprendizado

Ditado pelo T&D Marketing Venda sob

consulta

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A atuação da universidade corporativa deve estar relacionada aos

objetivos, prioridades e missão organizacional (Allen, 2002, p.7; Prince & Beaver,

2001, p.191).

Algumas possíveis definições de Universidade Corporativa são:

É uma iniciativa no local de trabalho que integra uma variedade de

oportunidades de aprendizado que estão ligadas à missão e objetivos da

organização.

Universidades Corporativas enfatizam o processo do aprendizado e o seu

alinhamento estratégico com os objetivos organizacionais.

A Universidade Corporativa dá grande ênfase na avaliação e promove o

aprendizado em toda a cadeia produtiva.

Meister (1998; p.29), percebe a Universidade Corporativa mais como um

processo organizacional, do que como uma entidade.

“Uma verdadeira organização voltada para o aprendizado construída sobre

o aprendizado individual e a gestão do conhecimento” (Thomas, 1999).

Nesta última definição os papéis da Universidade Corporativa são:

ҏҏFoco no treinamento e desenvolvimento de seus empregados;

ҏҏInstrumento da gestão do conhecimento.

Considerando esses papéis, Prince & Beaver (2001, p.194) destacam:

“O papel de uma universidade corporativa de classe mundial deve ser o de

ponto focal para comunicar e facilitar as práticas sociais, tecnológicas e

organizacionais em apoio ao aprendizado organizacional e ao processo de criação

do conhecimento”.

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Considerados todos os aportes acima, Mark Allen (2002, p. 9-10), a define

como:

“Uma entidade educacional que se torna um instrumento estratégico.

Desenhada para assistir a sua organização (mantenedora) a atingir a sua missão,

na condução de atividades que criem a cultura do aprendizado individual e

organizacional, e levem ao conhecimento e à sabedoria”.

Finalmente o aprendizado é definido como algo que conduz a mudança –

os indivíduos mudam tanto internamente, quanto em seu comportamento, quando

são submetidos ao aprendizado.

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CAPÍTULO IV

A COMPETITIVIDADE ATRAVÉS DA UNIVERSIDADE CORPORATIVA

Vivemos uma nova era - a da Informação ou da Sociedade do Conhecimento e

dos resultados - conseqüência dos avanços tecnológicos e da grande concorrência,

fáceis de serem percebidas, principalmente, nas organizações empresariais.

É justamente neste momento que a Educação volta com vigor a ocupar o lugar

central nas estratégias de desenvolvimento, seja em função do impacto que as novas

tecnologias e ambientes introduzem e provocam sobre a organização e o

gerenciamento do trabalho, ou seja, em função das novas formas de qualificação que

ela induz.

A modernidade do novo milênio exige, cada vez mais, pessoas capazes e

habilitadas para o exercício de suas funções ou ocupações. Além do conhecimento,

serão exigidas, competências pessoais, de modo a tornar os funcionários mais

atuantes, críticos e competentes, para as suas especificidades.

A Educação é um processo dinâmico que tem um grande poder de

crescimento, portanto de ação e renovação, que não se esgota no ensino formal.

Hoje, diante de toda essa revolução tecnológica e a competitividade, o profissional

passa a estudar e treinar continuamente. E essa educação continuada acompanha,

agora, os profissionais por toda a sua existência, através de atividades diversas.

A Universidade Corporativa tem como objetivo desenvolver valores autênticos,

através do esforço qualitativo, para obter profissionais, serviços e produtos, clientes,

ótimos resultados de excelência, consolidando-a como uma empresa competente.

Para tal, ela deve promover um ambiente de aprendizagem permanente, no qual

possa investir em seus talentos, seja através de programas internos, de parcerias

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com outras organizações, ou até mesmo de instituições de ensino.

Atualmente, empresas brasileiras vêm destinando grande parte de seu

orçamento de recursos humanos, na formação de novos talentos. Oferecem a seus

funcionários, cursos de atualização e reciclagem, assim como de língua estrangeira e

de especialização.

Na atual sociedade, o conhecimento surge como a última fronteira da

excelência empresarial, e passa a ser a chave para o poder nos negócios. É através

dele que a empresa chega à preferência e necessidades dos clientes, ao correto

desempenho da organização, concorrência, setores e nichos de mercado.

Conhecimento, portanto, passou a ser o recurso organizacional mais

importante, a maior riqueza pessoal e organizacional. Mas, conhecimento só será

possível, se houver na empresa, umas preocupações constantes com as pessoas,

que nela trabalham. Pessoas que deverão ser entendidas como colaboradores,

parceiros da organização e empreendedores internos. Pessoas assumindo mais

responsabilidades, com maior autonomia e elevadas aspirações e expectativas, ou

seja, pessoas educadas.

O departamento/área de treinamento tende a ser reativo, descentralizado,

buscando atingir um grande público, com uma razoável variedade de programas

"abertos", nem sempre voltados para a solução de problemas do "negócio".

A Universidade Corporativa centraliza as soluções integradas de aprendizado

e desenvolvimento para cada "família" de cargos e funções dentro das organizações,

utilizando o treinamento como instrumento de massa crítica, reduzindo custos pela

escala de contratação e/ou intercâmbio, definindo padrões comuns para atuação dos

consultores, instrutores, mentores internos e externos, etc.

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A idéia de ter também os clientes, fornecedores, parceiros e a comunidade no

campo de atuação da Universidade Corporativa amplia em muito os benefícios deste

modelo, como por exemplo, a disseminação dos padrões de qualidade e a cultura, a

integração operacional e estratégica entre parceiros e fornecedores.

A obsolescência da tecnologia, os altos requisitos de produtividade e um

ambiente muito competitivo são fortes indicadores para adoção de um modelo de

Universidade Corporativa.

São cada vez maiores as cobranças das organizações, como um todo, para

que RH/Treinamento deixe de ser um centro de custos para se transformar em centro

de lucros, focando prioritariamente o negócio.

A função treinamento, dentro do modelo de universidade Corporativa, torna-se

também um instrumento de marketing, melhoria de imagem das organizações e um

diferencial na atração e retenção de talentos, esforço despendido.

A utilização da tecnologia para aceleração do aprendizado é uma das metas

empresariais mais coerentes com os desafios da educação corporativa.

As políticas de RH nas organizações estão orientadas a estimular o fluxo do

capital intelectual, ou seja, a rápida difusão do conhecimento.

Todos estes aspectos abordados sinalizam viabilidade deste modelo, além de

reforçarem a perspectiva empresarial de redução de custos proporcionada neste tipo

de abordagem.

A Universidade Corporativa passou a ser uma peça-chave na democratização

do conhecimento. Na prática, todos os funcionários de uma organização precisam de

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acesso a recursos de desenvolvimento, de modo a efetuarem contribuições mais

qualificadas para otimizar o negócio, tornando a empresa mais competitiva no seu

mercado de atuação.

É fato que os métodos tradicionais de treinamento e desenvolvimento de

pessoas não tem conseguido acompanhar o ritmo das freqüentes mudanças que vem

ocorrendo no mundo. Conseqüentemente, as empresas tem sido instadas a uma

reflexão a ä busca de novos caminhos, para manter seu corpo gerencial e funcional

atualizados, quase em tempo real.

Diante da necessidade de novos padrões de produtividade, eficácia nos

custos, qualidade e necessidade de reformar as culturas empresariais com novos

valores e estilos gerenciais, empresas com visão de futuro voltam-se cada vez mais

para programas internos e personalizados de educação continuada de executivos,

gerentes e especialistas, a fim de ajudá-los a alcançar seus objetivos estratégicos e

agirem como catalisadores da mudança organizacional.

A alta direção tem papel fundamental na legitimação do processo e na

destinação de recursos, cabendo aos executivos fomentarem junto aos gerentes a

adesão a esses programas, formando uma corrente, onde especialistas são

motivados a participar como agentes de disseminação e captura do conhecimento

sistêmico, estruturado e permanente.

Nesse sentido, todas as pessoas que compõem a Organização, se tornam

atores da Educação Corporativa e desempenham papéis variados, tanto como

instrutores e fornecedores de conhecimento, quanto como aprendizes.

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CONCLUSÃO

O desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas tem marcado

a sociedade com profundas mudanças nas organizações, no modo de produção e

nas relações humanas.

A Educação Corporativa é necessária para realização da estratégia

empresarial. Para desenvolvimento da argumentação e para que seja possível

transformá-la em uma pratica corporativa aplicável ao ambiente da organização.

As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela era da

informação influenciam; diretamente; a educação e o conhecimento. O ambiente

organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo,

analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões,

capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de

transformação e a flexibilização dos tempos atuais.

É possível transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de

aprendizagem permanente, construindo colaboradores autônomos, e com espírito de

aprendizes, mantendo as organizações atualizadas.

Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no

trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O

Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário,

dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores,

ONGS, editoras, sites, consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que

requeiram um trabalho educativo.

A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o

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articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do

processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento.

O profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando

seus conhecimentos para os colaboradores da empresa, com o objetivo da melhoria

de resultados coletivos. Desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja

cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa a empresa em negociações,

convenções, simpósios, realiza palestras, pesquisa a utilização e a implantação de

novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos

funcionários.

A Universidade Corporativa como forma de investimento em conhecimento,

crescimento profissional por parte do empregado, ganho de resultados pela empresa,

ampliação da cadeia de relacionamento entre

colaboradores/empresa/clientes/fornecedores, mostra-se como um mecanismo que

pode agregar a deficiência gerada pela decadência do ensino/conhecimento.

Dentro do aspecto conclusivo, não podemos perder de vista o fator que a

empresa atua como patrocinadora desta forma de estimular e agregar conhecimento,

mostrando-se muito mais inclinada em alinhar os resultados ao negócio do que o

lado social.

Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de

projetos de implantação de Universidades Corporativas, avaliando a viabilidade de

cursos e programas educacionais; contactando profissionais e confeccionando

material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por treinamentos

de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos

líderes, a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a

realizar tarefas.

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As organizações privadas cada vez mais se fortalecem como parte do sistema

educacional do país. Assim, desenvolvem seus próprios cursos e currículos,

empregam pessoal docente e administrativo, usam sistematicamente sofisticados

recursos auxiliares de ensino e avaliam seus próprios programas e métodos. O

pedagogo é o profissional mais qualificado para conceber, planejar, desenvolver e

administrar essas atividades.

Fica evidente, o papel da Universidade Corporativa em agregar valor no

desempenho de seus colaboradores, visando resultados melhores para a sua

eficácia organizacional. Com base nos resultados alcançados, a empresa marcará a

sua liderança competitiva. Afinal, uma empresa é construída pelas pessoas que nela

trabalham e quanto maior é o investimento nas competências do negócio, mais fácil

fica conquistar o seu espaço no mercado.

Além dos benefícios naturais da implantação da Educação Corporativa,

amplamente descritos, não se pode deixar de mencionar as perspectivas concretas

que ela oferece em termos de construção de futuro para todos aqueles que de

alguma forma vierem a usufruir dessa prática, criando valor social aos indivíduos e

constituindo-se também em elo de integração da comunidade empresarial, que se

materializará por meio do compartilhamento de conhecimentos institucionais e

acadêmicos.

A expansão dos relacionamentos, em especial com Clientes, Fornecedores e

Parceiros, é também um subproduto inestimável para a cadeia de valor que envolve

os negócios da Organização, já que eles são considerados no contexto da Educação

Corporativa.

Finalizando, há que se deixar registrado que a Educação Corporativa será um

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diferencial entre as empresas que prosperarão e aquelas que desejarem vivenciar e

praticar modelos tradicionais que não levem em conta os aspectos aqui

apresentados.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BARROS, Célia Silva Guimarães. Psicologia e Construtivismo: São Paulo, Editora Ática, 1996. BUENO, José Hamilton. Autodesenvolvimento para a Empregabilidade: Sobrevivendo e Prosperando numa Sociedade sem Empregos. São Paulo: LTr, 1996. CARVALHO, Antônio Vieira de. Aprendizagem organizacional. São Paulo : Pioneira, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1994. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas – o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ÉBOLI, Marisa. Universidades Corporativas – Educação para as Empresas do Século XXI. São Paulo: Schmuler Editores Ltda, 1999. FONSECA, Vitor da. Aprender a Aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998. FRANCO, Dermeval. Universidades Corporativas: uma realidade no mundo empresarial. T&D [On line], MAI 99 FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 21. Ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1997. GIL, Antônio Carlos. Administração de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994. MARIOTTI, Humberto. Organização de aprendizagem: Educação continuada e a empresa do futuro, São Paulo: Atlas, 1995. MEISTER, Jeane C. Educação Corporativa. São Paulo: Makron Books, 1999. MEISTER, Jeanne C. Educação Corporativa – a gestão do capital intelectual através das universidades corporativas. S.P.: Makron Books, 1998.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO 11

CAPÍTULO II

OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA NOS DIAS DE HOJE 19

CAPÍTULO III

AS DIFERENÇAS ENTRE TREINAMENTO E UNIVERSIDADE

CORPORATIVA 26

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CAPÍTULO IV

A COMPETITIVIDADE ATRAVÉS DA UNIVERSIDADE CORPORATIVA 30

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: “Universidade Corporativa em Busca da

Competitividade”.

Autor: Fausto Mariano Filho

Data da entrega: 24 de janeiro de 2007

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito

Avaliado por: Conceito