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e “ente” para posicionar o cabeçalho, apague em seguid <> <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA <> <> <> <> <> O PAPEL DO GESTOR NO INCENTIVO A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR <> <> <> Por: Tatiana Cristina da Costa e Silva Pereira Siqueira <> <> <> Orientador Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2012

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e “ente” para posicionar o cabeçalho, apague em seguid

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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O PAPEL DO GESTOR NO INCENTIVO A FORMAÇÃO CONTINUADA DO

PROFESSOR

<>

<>

<>

Por: Tatiana Cristina da Costa e Silva Pereira Siqueira

<>

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Orientador

Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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O PAPEL DO GESTOR NO INCENTIVO A FORMAÇÃO CONTINUADA DO

PROFESSOR

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Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Administrador e Supervisor Escolar.

Por: . Tatiana Cristina da Costa e Silva Pereira Siqueira

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AGRADECIMENTOS

A Deus, ao meu Marido, maior incentivador,

Aos meus pais e minha irmã, a

Minha madrinha fonte de inspiração

Aos professores da AVM pelo compromisso.

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DEDICATÓRIA

Aos apaixonados pela educação.

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RESUMO

Esta pesquisa, pretende compreender a contribuição do gestor

para a formação continuada de professores e de que maneira seu papel é

fundamental na aquisição dos conhecimentos necessários aos educadores, já

que todo docente deve ver a escola não somente como o lugar onde ele

ensina, mas onde aprende.

Buscamos apontar maneiras pelas quais o gestor poderá

fomentar um olhar reflexivo do professor sobre a sua prática. Nesta direção, a

formação continuada de professores deve incentivar a apropriação dos saberes

visando à autonomia e levando a uma prática crítico reflexiva, onde ao

abranger a vida cotidiana da escola e os saberes derivados da experiência

docente, pode-se alcançar uma educação de qualidade.

Palavras-Chave: Gestão - Formação Continuada de Professores – Qualidade

na educação.

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METODOLOGIA

Este trabalho tem por objetivo, a pesquisa e o estudo acerca do

Papel do gestor no incentivo a formação continuada do professor. Para a

elaboração deste foi promovida a busca por ideias plausíveis nas bibliografias

indicadas pelos professores do Curso de Pós Graduação em Administração e

Supervisão Escolar, nos conceitos desenvolvidos e difundidos por teóricos

renomados, como Paulo Freire, e em outras bibliografias teóricas a cerca do

tema estudado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8

CAPÍTULO I - O papel do gestor

1 - O Papel do Gestor/ Administrador Educacional na Educação. ................... 10

1.2 – Histórico sobre Administração ................................................................ 12

1.3 - Gestão / Administração – Conceitos ....................................................... 15

1.3.1 – Etimológico .......................................................................................... 15

1.3.2 – Gestão Administrativa .......................................................................... 15

1.3.3 – Gestão Democrática da Educação ....................................................... 16

CAPÍTULO II - A formação continuada

2 – Legislação sobre Formação Inicial e Continuada na Educação ................. 19

2.1 – Por que formação continuada na educação? ......................................... 21

2.2 – A formação continuada do professor para prática docente reflexiva ....... 23

CAPÍTULO III - O gestor como incentivados da formação continuada

3- As Atribuições do Gestor Escolar ................................................................ 28

3.1 – Gestor Escolar Incentivador e Promotor da Formação Continuada ........ 30

3.2 – Formação Continuada Visando a Qualidade Total na Educação ........... 32

CONCLUSÃO .................................................................................................. 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 38

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INTRODUÇÃO

Este tema tem despertado discussões, já que, vivemos em um

mundo globalizado, onde as pessoas são impactadas por todos os lados com

uma quantidade enorme de informações, como afirma KAUARK & MUNIZ

vivemos em um período histórico onde todos buscam o conhecimento com

muita rapidez, e o amplo acervo de informações tem gerado uma onda de

conflitos pela busca da identidade dos profissionais.

Segundo, Hessel (2004, p. 5) “os gestores precisam fomentar

na equipe escolar a discussão sobre as novas relações do homem com o

conhecimento”.

Almeida (2005, p. 2), afirma que é papel dos gestores criar

condições para a “[...] formação continuada e em serviço dos seus

profissionais”, o que contribuirá significativamente para a modificação da

escola, tornando-a um espaço de articulação e produção de conhecimentos

compartilhados. Por meio deste acompanhamento os docentes terão condições

de criar subsídios que garantam a superação das dificuldades encontradas em

sala de aula, o que pode consolidar realmente um novo fazer pedagógico.

Para Macedo (1994, p. 59), os professores precisam superar

seus próprios limites profissionais e a “[...] a superação desta tendência pelo

professor é importante e não fácil porque supõe a tematização de seu

cotidiano, o que implica torná-lo público, sistematizar a metodologia”.

Para Nóvoa (1995, p. 28), a formação em serviço permite a

elaboração e reelaboração constante da prática pedagógica, passando a ser

uma capacitação “pela experimentação, pela inovação, pelo ensaio de novos

modos de trabalho pedagógico”.

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E, para o que foi citado por Nóvoa (1995) possa realmente

acontecer, é necessário que o gestor incentive os professores, colocando-se

como parceiro que incentive e acompanhe o processo de formação. De acordo

com as ideias de Alonso (2004, p.5), ao mediar o papel de formador, o gestor

viabilizará as “condições necessárias para que o trabalho pedagógico possa

desenvolver-se da melhor maneira possível e de acordo com a proposta

pedagógica estabelecida em conjunto com a comunidade escolar”. Ainda

oferecerá aos professores a oportunidade de refletir na ação e sobre a ação.

Segundo Freire (1995): A reflexão-na-ação representa o saber

fazer e a reflexão sobre a ação representa o saber compreender. São dois

processos de pensamento distintos, que não acontecem ao mesmo tempo,

mas que se complementam na qualidade reflexiva do professor. (p.235).

De acordo com as ideias de Schön (1992), o processo de

formação não pode estar desvinculado da ação, nem ser pensado a priori dela.

E quando os gestores incentivam o desenvolvimento de uma prática pautada

na ação, fortalecem a consolidação de uma nova abordagem rompendo assim

com paradigmas da educação atual. Segundo o autor a formação do professor

deve articular a prática à reflexão, à investigação e aos conhecimentos teóricos

necessários à transformação de paradigmas.

.

Quando isto ocorre, todos ganham, pois pedagogicamente as

informações são socializadas, as lideranças são estimuladas, a formação dos

docentes é consolidada, as parcerias são fortalecidas e os resultados positivos

das práticas escolares são divulgados. Já administrativamente, os recursos

disponíveis na escola podem ser amplamente utilizados tendo como

decorrência a socialização das informações e ações realizadas com vistas à

melhoria da qualidade do ensino.

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CAPÍTULO I

O PAPEL DO GESTOR

“Nascer é ingressar em um mundo onde se é obrigado a aprender” (Charlot, 2000,p.84)

1 - O Papel do Gestor/ Administrador Educacional na Educação.

Na década de 70, início dos anos 80, a orientação dos programas

oficiais para a educação nos aspectos relativos à administração escolar,

congruente à influência tecnicista do texto legal, guiavam-se nas

determinações da ‘administração científica do trabalho’, nos princípios

Taylorista e Fayolista. É o que podemos observar nas orientações de um autor

da época :

“ Progresso da ciência e da técnica com suas projeções nas atividades humanas, precisa ser assimilado pelos administradores escolares, o que dará uma consciência da efetiva prioridade dos problemas da educação brasileira. A primeira preocupação, no entanto, precisa se concentrar na utilização dos recursos da organização científica do trabalho deixando de lado o primarismo dos ‘jeitosos’ ou daqueles curiosos da administração, que não se formaram para esse entendimento. O ‘autoritarismo’ em matéria de administração escolar é responsável por uma série de erros imperdoáveis motivados por um atraso crescente no aquacionamento dos problemas da nossa educação.” (SKIER, 1969 : 35 )

É dentro dessa concepção que surgem os especialistas na

organização do trabalho na escola, produto, é claro, da diversificação da

divisão do trabalho escolar. É também por essa época que vão aparecer as

habilitações para Orientação, Supervisão e Administração Escolar no curso

superior de Pedagogia. Conforme se observa na Lei 5692/71, capitulo V , artigo

33. A formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores,

supervisores e demais especialistas de educação será feita em cursos

superiores de graduação, com duração plena ou curta ou de pós – graduação.

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O Administrador Escolar aparece nesse cenário como o

especialista em administrar uma espécie de gerente que coordena e controla o

trabalho alheio, recolhendo o saber de todos em suas mãos.

Esse papel atribuído ao diretor, que a partir daí assume a posição

de especialista, contém em sua essência os princípios Taylorista de gerência,

como aquele que organiza, controla e administra. Aquele que detém a

concepção do trabalho, planeja e controla a execução do mesmo, concebendo

o ato de administrar como a seleção de recursos para se atingir determinados

fins.

Essa visão no campo educacional começa a mudar a partir da

década de 80, com a democratização da gestão escolar na tentativa de superar

procedimentos tradicionais baseado no clientelismo e corporativismo. Segundo

LUCK (2000).

“ Estas reformas abrangem um movimento para democratizar a gestão e aprimorar a qualidade educacional, traduzindo estratégias diversas. O estabelecimento de colegiados ou conselhos escolares, que incluem representantes dos professores, dos funcionários, dos pais e o diretor da escola, com autoridade deliberativa e poder decisório, tem obtido níveis variados de sucesso” (LUCK,2000: 14).

Com o processo de democratização da gestão educacional,

aprofunda-se o debate em torno da figura do diretor. Eles estão sendo

obrigados a deixar o estilo tradicional de administrar, para adotar um novo

modelo de administração totalmente voltado e integrado à esfera pedagógica.

Segundo essa ótica, todas às ações administrativas, até as mais burocráticas,

devem visar o produto final, que é a educação.

Nesse contexto quebra-se um tradicionalismo que durante

décadas tornou-se imutável e impensável às mudanças, a rotina escolar. Esse

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novo gestor delega poderes e responsabilidades aos outros parceiros para

compartilhar as funções da escola. Que antes era exclusivo da escola passa a

ser discutido com a comunidade. A participação dos pais torna-se um dos

pontos chaves do processo administrativo e pedagógico, acompanhando o

desempenho de alunos e professores, discutindo projetos dando sugestões,

fiscalizando e em alguns casos tomados decisões.

O diretor continua tendo o papel mais importante, pois fica com a

missão de identificar e mobilizar os diferentes talentos para que as metas

sejam cumpridas. E, principalmente conscientizar todos da importância da

contribuição individual para a qualidade da educação. Nessa nova realidade,

cabe a ele desenvolver algumas competências, como aprender a buscar

parcerias, pensar em longo prazo, trabalha com as diferenças e mediar

conflitos, ter coragem para buscar soluções alternativas, está em sintonia com

as mudanças da área e não perder de vistas as metas educacionais.

1.2 – Histórico sobre Administração

Na História da Educação brasileira, as questões concernentes à

administração escolar sempre esteve vinculada aos princípios e métodos

utilizados na administração de empresas.

“ A administração escolar não constitui um corpo teórico próprio e no seu conteúdo podem ser identificadas as diferentes escolas da administração de empresas o que significa uma aplicação dessas teorias a uma atividade especifica neste caso a educação.” (FELIX,1986 : 71 )

Nesse contexto os teóricos da administração escolar ao introduzir

os princípios da administração de empresa, assim o fizeram por entenderem a

escola como uma organização que deve ter:

“Um grau de ' cientificidade ' necessário para comprovar a importância da administração escolar

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como orientação teórica capaz de assegurar o funcionamento satisfatório da organização escolar em correspondência às expectativas da sociedade”. ( FELIX, 1986 : 72 )

Assim sendo o processo de transferência das teorias empresarias

para o interior das escolas, centrou-se nas ideias da “administração cientifica

do trabalho", nos princípios Taylorista e Fayolista. Logo essas ideias tiveram

profundas implicações nas organizações escolares, assim as escolas

passaram a ser vistas como uma organização que deve promover a eficiência e

produtividade.

Nesse sentido o quadro delineado nas instituições escolares

brasileiras no tocante à administração segundo FELIX (1996), passa por dois

pontos que devem ser considerado o primeiro é de que:

“ As organizações, apesar de terem objetivos diferentes, são Semelhante e, por isso, têm estruturas similares, podendo ser administrada segundo os mesmos princípios, conforme os mesmos modelos proposto pelas teorias da administração de empresas.” (FELIX,1996: 73)

E o segundo ponto a ser considerado pela autora diz respeito à:

“A organização Escolar e o sistema escolar como um todo, para adequar- se às condições sociais existentes e atingir os objetivos que são determinados pela sociedade, necessita assimilar métodos e técnicas de administração que garantam a eficiência do sistema, justificando assim a sua própria manutenção.” (FELIX,1996: 74 )

Ao transpor a máxima das teorias administrativas para dentro do

universo escolar encontramos uma escola voltada para seus ambientes interno

cujos problemas, dificuldades e soluções:

“Tinham como referência básica a sua realidade interna. Os Problemas na gestão eram considerados decorrentes, da forma como se

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processava na escola o planejamento, a organização, o exercício da direção, a coordenação e o controle das atividades e das pessoas, (...) em outras palavras os problemas da escola eram considerados exclusivamente técnicos.” (FALCÃO FILHO,1997:183)

E muitos dos profissionais ligados à educação apenas cumpriam

tarefas, meramente rotineiras e mecanicistas para a realização do trabalho.

Dentro desse enfoque foi significativa a ausência de discursos nas

organizações educacionais sobre a natureza profunda do ser humano que

educa e é educado, que administra e é administrado, como atores estratégicos

capazes de elaborar hipóteses sobre seus parceiros, sabendo respeitar suas

identidades, interesses desejos e projetos, sobretudo, interpretando

incessantemente os comportamentos dos outros. Portanto, agindo como seres

ativos que não absolvem passivamente o contexto daí derivado a

impossibilidade de vê-los apenas como trabalhadores e alunos que devem

desempenhar suas funções visando à produtividade e a eficiência e que,

necessariamente, deverão apresentar um produto acabado ao final do

processo, segundo o ritmo ditado pelo sistema.

Esquecendo, portanto, os principais objetivos do processo de

ensino do qual as organizações escolares estão destinadas que é promover a

socialização, ampliar os conhecimentos, desenvolver o pensamento, raciocínio

entre outros.

Mas felizmente percebe-se uma mudança no sentido de reverter

esse quadro delineado nas organizações escolares chama-se gestão

participativa em constitui-se numa alternativa a organização clássica, e

consiste em conceber formatos organizacionais no âmbito da escola que

promova a educação participativa e a aprendizagem não autoritária. A divisão

do trabalho Taylorista deve ser substituída pela integração de tarefas firmada

no princípio da cooperação. Esta deve ser uma preocupação de educadores,

educandos, diretores e funcionários, de toda a sociedade.

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1.3 - Gestão / Administração – Conceitos

1.3.1 - Etimológico:

Etmologicamente a palavra gestão vem do latim “gentio”, que por

sua vez vem de “genere” trazer em si, produzir. Gestão é o ato de administrar

um bem fora de si (alheio), mas também é algo que traz em si, porque nele

está contido. É o conteúdo deste bem é a própria capacidade de participação

sinal maior de democracia.

1.3.2 - Gestão Administrativa:

Gestão é administração, é direção, relaciona-se com atividade de

impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função

desempenhar seu papel. Segundo FERREIRA (2000) :

“Gestão constitui de princípios e práticas decorrente que afirmam ou desafirmam os princípios que as geram. Estes princípios, entretanto não são intrínsecos à gestão como a concebia a administração clássica, mas são princípios sociais, visto que a gestão da educação se destina à promoção humana” (FERREIRA,2000:197)

No entanto, a passagem de uma administração autoritária para

uma administração democrática e participativa é complexa e terá de enfrentar

vários desafios ou superar vários obstáculos, antes de produzir os resultados

esperados. Mas, o maior e mais difícil desafio a ser resolvido é fazer com que a

administração escolar, nas instituições de ensino atinja grau satisfatório de

autonomia, que lhes garantam recursos e condições capazes de permitir a

implantação de novas ideias pedagógicas e administrativas surgida no coletivo.

Logo, sabendo da complexidade, e da dificuldade que as

mudanças provocam, uma vez que para se mudar de uma ideia/ação que não

corresponde com a realidade vigente para outra nova ideia/ação que exige a

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ruptura histórica na prática administrativa da escola requer tempo e muita

conscientização dos profissionais. A exemplo disso LUCK (2000) nos diz :

“ (...) nem sempre os membros da escola estiveram preparados para formas complexas de ação e passam a simplifica-la e a estereotipa-las, burocratizando-as e estabelecendo, desnecessariamente, hierarquizar e segmentação inadequada.” (LUCK,2000:88)

Portanto, toda mudança provocada no âmbito de qualquer

instituição exige muitas discussões dialética, para não evoluir para um grau de

insatisfatoriedade onde não exista espaço para discussões, questionamento e

muito menos críticas. Por isso a gestão participativa se constitui numa

alternativa a administração centralizada. É um tipo de gestão que se baseia na

representação. Um conselho é formado por representantes eleitos de todos os

setores da entidade administrada, com poderes não só consultivo, mas

também normativo e até deliberativo. No caso específico da escola, este

conselho é formado por representantes dos alunos, dos professores, dos

funcionários, dos setores de apoio. Gestão participativa parece, portanto,

minimizar o aspecto coercitivo inerente à própria administração, uma vez que

as decisões não ocorrem unilateralmente de cima para baixo, mas sim, ao

contrário de baixo para cima, já que cada indivíduo participa direta ou

indiretamente, das decisões administrativas.

1.3.3 - Gestão Democrática da Educação

A gestão democrática da educação é um princípio consagrado pela

Constituição Federal de 1988, e abrange as dimensões pedagógicas,

administrativa e financeira das unidades educacionais. As palavras de

BASTOS (2000), a respeito da gestão democrática são bastante

esclarecedoras:

“A gestão democrática restabelece o controle da sociedade civil sobre a educação e a escola pública, introduzindo a eleição de dirigentes

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escolares e os conselhos escolares garante a liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de organização coletiva na escola, facilita a luta por condições materiais para aquisição e manutenção dos equipamentos escolares bem como por salários dignos a todos os profissionais.” (BASTOS, 2000 : 7).

Neste contexto, a gestão democrática exige a ruptura histórica na

forma estrutural como a escola vinha se organizando já que a democracia é o

regime da reflexibilidade, é o regime que se reflete e se decide em comum

sobre o que se vai fazer. Tudo isso concerne à discussão sobre os objetivos

políticos e das instituições.

A gestão democrática prever a descentralização e um processo

de autonomia para as escolas poderem decidir questões referentes ao seu

plano pedagógico, material que quer utilizar e como administrar recursos

financeiros, além de transferir parte da responsabilidade sobre a administração,

socializando todas as decisões referentes à melhoria das escolas. Segundo

VEIGA (2000).

“A gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos das escolas nas decisões / ações administrativo pedagógicas ali desenvolvidas.” (VEIGA,2000:67).

Assim, a participação dos diferentes segmentos da escola, formam os

chamados conselhos escolares ou colegiados e são peças fundamentais dessa

engrenagem. Os colegiados devem constitui-se num espaço de construção

coletiva em que determinados momentos funcionará como uma arena onde

interesses distintos se confrontam; em outro momento constitui-se em um palco

de denuncias, ou em instâncias consagradoras de certas práticas, decisões e

propostas em muitos outros, em um grupo de trabalho que pensa, elabora e

determina os rumos dessa escola.

Para tanto, exige-se de todos que participam desse processo.

Segundo VEIGA (2000) : A compreensão em profundidade dos problemas

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postos pela prática pedagógica, pois rompe com a separação entre concepção

e execução, entre a teoria e a prática. (p.68).

A gestão democrática é, portanto, um fazer prático participativo,

pois há transformações dos sujeitos envolvidos. Daí para uma proposta se auto

– denominar de revolucionária deve não apenas abalar as estruturas concretas

da organização, mas atuar com e para as pessoas, porque são elas e para elas

que a organização existe.

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CAPÍTULO II

A FORMAÇÃO CONTINUADA

“Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.”(Eduardo Galeano)

2- Legislações sobre Formação Inicial e Continuada na Educação

A garantia da formação inicial e continuada dos professores está

garantida na Lei de Diretrizes e Bases Nacional nº 9.394/96 (LDB) nos artigo

61,62,63, como se pode constatar a seguir:

Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I- A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço: II- Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. Art.63. Os institutos superiores de educação manterão: Cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado a formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; Programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar a educação básica. Programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis. (BRASÍLIA,1996)

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Como se pode constatar a legislação vigente, hoje, no Brasil é

bastante significativa no que se refere do reconhecimento e a obrigatoriedade

de se criar e desenvolver programas de formação inicial e continuada para os

docentes, tendo como enfoque de educação continuada, o professor em

exercício (de sala de aula).

Há por parte de especialistas e, por parte do próprio MEC, o

consenso de que uma boa formação profissional, aliada a um contexto

institucional que favoreça o espírito de equipe, o trabalho em colaboração, a

construção coletiva, o exercício responsável de autonomia profissional e

adequadas condições de trabalho constituem peças fundamentais para se

alcançar a qualidade das aprendizagens de crianças e jovens.

O MEC, no documento Referenciais para Formação de

Professores (BRASÍLIA, 1999) propõe que se articulem os processos de

formação inicial e continuada1 e orienta que a formação de professores siga os

seguintes pressupostos:

1- O professor exerce uma atividade profissional de natureza pública, que tem dimensão coletiva e pessoal implicando simultaneamente autonomia e responsabilidade. 2- O desenvolvimento profissional permanente é necessidade intrínseca a sua atuação é, por isso, um direito de todos os professores. 3- A atuação do professor tem como dimensão principal a docência, mas não se restringe a ela: inclui também a participação no projeto educativo e curricular da escola, a produção do conhecimento pedagógico e a participação na comunidade educacional. Portanto, todas essas atividades devem fazer parte de sua formação. 4- O trabalho do professor visa o desenvolvimento dos alunos como pessoas, nas suas múltiplas capacidades, e não apenas a transmissão de

1 O processo de desenvolvimento profissional permanente inclui formação inicial e continuada, concebidas de forma articulada. A formação inicial corresponde ao período de aprendizado dos futuros professores nas escolas de habilitação, devendo estar articulada com práticas de formação continuada. A formação continuada refere-se à formação de professores já em exercício, programas promovidos dentro e fora das escolas, considerando diferentes possibilidades (presenciais e a distância).

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conhecimentos. Isso implica uma atuação profissional não meramente técnica, mas também intelectual e pública. 5- O necessário compromisso com o sucesso das aprendizagens de todos os alunos na creche e nas escolas de educação infantil e do ensino fundamental exige que o professor considere suas diferenças culturais, sociais e pessoais e que, sob hipótese alguma, as reafirme como causa de desigualdades e exclusão. 6- O desenvolvimento de competências2 profissionais, exige metodologias pautadas na articulação teoria prática, na resolução de situações – problema e na reflexão sobre a atuação profissional. 7- A organização e o funcionamento das instituições de formação de professores são elementos essenciais para o desenvolvimento da cultura profissional que se pretende afirmar. (BRASÍLIA,1999) 8- O estabelecimento de relações cada vez mais estreitas entre as instituições de formação profissional e as redes de escola dos sistemas de ensino é condição para um processo de formação de professores referenciado na prática real.

Tendo como base os referencias, pode-se afirmar que o

fundamental no processo de formação continuada tem que ser o saber

docente, o reconhecimento e valorização desse saber.

2.1- Por que formação continuada na educação?

As práticas de formação continuada de professores – por vezes

chamada de treinamento, reciclagem, aperfeiçoamento profissional ou

capacitação, têm uma história recente no Brasil.

Vivemos em um período histórico onde todos buscam o tesouro

do conhecimento com muita rapidez, e o amplo acervo de informações tem

gerado conflitos na busca da identidade dos profissionais da educação. À

medida que as informações mal são assimiladas, já se tornam por vez 2 Refere-se á capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um determinado tipo de situação

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obsoletas. O rádio, a televisão, os vídeos e, ainda expressivamente a internet,

fazem com que as informações ganhem uma dimensão incomensurável,

alterando de forma substancial o papel da escola e a função do professor.

Tornando impossível pensar que a educação formal dará conta de prover todo

o conhecimento de que um profissional necessita.

Desfaz-se a ótica estabelecida em sala de aula, na qual o

professor é o centro, onde ensina e o aluno só aprende. O mundo

contemporâneo exige dos sujeitos uma formação que envolve raciocínio lógico,

criatividade, espírito de investigação, diálogo com os autores, construção de

textos próprios, capacidade produtiva e vivência de cidadania plena. Os

indivíduos estão cada vez mais conscientes dos seus direitos como cidadãos e

buscam qualidade nos serviços oferecidos. Os alunos que frequentam o

sistema escolar, em todos os níveis de ensino, convivem com o desencontro

entre o que é proposto em sala de aula e que realmente é exigido pela

sociedade dos profissionais.

O problema que se coloca na contemporaneidade é a

competência do educador na sua pratica efetiva, em que a simples reprodução

de conhecimentos nos molde das escolas normais, não responde às

inquietações e as necessidades, sejam elas do próprio educador ou da

sociedade.

O perfil do professor para o atual contexto de contemporaneidade

deve ser: autônomo, renovador, criativo, critico e transformador. Um

profissional docente capaz de orquestrar o processo pedagógico e buscar

caminhos para o futuro.

Para Demo (1993), a superação da habilidade didática e

pedagógica compreende restauração, e ressalta que:

“O que se espera do professor já não se resume ao formato expositivo das aulas, a fluência

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vernácula, á aparência externa. Precisa centralizar-se na competência estimuladora da pesquisa, incentivando com engenho e arte a gestão de sujeitos críticos e autocráticos, participantes e construtivos.” (Demo, 1993:13)

Portanto, fica evidente a importância de uma educação

continuada ao longo da vida de todo que fazem parte dessa sociedade e, em

especial, dos profissionais de educação. De acordo com Nascimento (1997), a

formação continuada é compreendida como:

“Toda e qualquer atividade de formação do professor que está atuando nos estabelecimentos de ensino, posterior a sua formação inicial, incluindo-se aí os diversos cursos de especialização e extensão oferecidos pelas instituições de ensino superior e todas as atividades de formação propostas pelos diferentes sistemas de ensino.” (NASCIMENTO,1997:70)

2.2- A formação continuada do professor para prática docente reflexiva

Segundo, Nóvoa (1991), “A formação continuada deve alicerçar-

se numa ‘reflexão na prática e sobre a prática’, através de dinâmicas de

investigação-formação, valorizando saberes de que os professores são

portadores” (p.30). Como afirma, Freire (2011) “Na formação permanente dos

professores, o momento fundamental é o da reflexão critica sobre a

prática”(p.40).

A formação do professor reflexivo exige, além de formação

específica, a possibilidade de desenvolver um estilo próprio de ensino,

assumindo-o refletidamente, dentro de seu contexto de trabalho, evidenciando

a necessidade de ir além dos pressupostos estabelecidos pela racionalidade

técnica.

Educar pessoas do modo como o mundo precisa hoje demonstra

a necessidade de um ensino voltado à liberdade e à autonomia, e não ao

conformismo, como está explícito na "cultura reflexiva", que representa uma

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nova postura do docente e da escola, face às situações educativas.

A importância da reflexão é evidenciada, enfatizando-se que, na

prática profissional, o processo de diálogo com a situação deixa transparecer

aspectos ocultos da realidade divergente e cria novos marcos de referência,

novas formas e perspectivas de perceber e de reagir. “ Quanto mais me

assumo como estou sendo e percebo a ou as razões de ser, de porque estou

sendo assim, mais me torno capaz de mudar, de promover-me” ( FREIRE,

2011: 40).

O conceito da prática pedagógica reflexiva, é utilizado no que se

refere à análise do trabalho docente. Assim, popularizou-se, de forma que a

conexão pensamento-ação/reflexão-prática, e a proliferação do termo prático-

reflexivo têm percorrido as discussões sobre a temática da educação e as

reformas no ensino no Brasil.

Uma das contribuições que se constitui em uma referência aos

estudos, foi a proposta de programas de formação de professores com a

utilização de momentos estruturados da prática pedagógica, com base em três

ideias centrais: o conhecimento na ação, a reflexão na ação e a reflexão sobre

a reflexão na ação.

Esses três processos que se complementam em intervenção

racional, compõem o pensamento prático do professor, com os quais ele

enfrenta as diferentes situações no cotidiano educativo. Refletindo na e sobre a

ação, o professor torna-se um investigador, afastando-se da racionalidade

técnica e de regras derivadas de teorias externas, de prescrições curriculares,

conhecendo mais profundamente as peculiaridades de seu trabalho e

elaborando estratégias de ação mais adequadas.

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O docente que se opõe à racionalidade técnica, isto é, às ações

submissas de aplicação de valores, normas e decisões políticas curriculares,

pode reelaborar seus saberes e sua prática de forma reflexiva.

Consoante o exposto sobre a formação do professor para uma

prática docente reflexiva, muitos estudiosos da educação voltam a sua atenção

para a formação do professor-pesquisador, destacando a pesquisa como

componente necessário à formação, desempenho e desenvolvimento de

docentes. Sua importância é totalmente reconhecida, aparecendo em projetos,

planos e leis governamentais, mas também são mostrados como evidentes o

desconhecimento de como a pesquisa ocorre no cotidiano escolar e se ela

efetivamente ocorre.

No Brasil, poucas instituições de ensino superior têm se

preocupado em desenvolver pesquisas, produzir e socializar conhecimentos,

definindo-se mais por um sistema formador de profissionais para o mercado de

trabalho. A pesquisa aparece na literatura internacional recente como uma

prática fundamental na formação e no desenvolvimento profissional do

professor, assim como nas propostas de reestruturação curricular.

Portanto, a escola, no dia-a-dia do professor, é um lugar de

formação e pesquisa. Por isso, a educação continuada de profissionais de

educação deve ser enfocada no trabalho desenvolvido dentro das escolas,

dando condição para que esta prática se torne reflexiva. Nesta perspectiva,

Nóvoa (1991) afirma:

“A formação continuada deve estar articulada como desempenho profissional dos professores, tornando as escolas como lugares de referência. Trata-se de um objetivo que só adquire credibilidade se os programas de formação se estruturar em torno de problemas e de projetos de ação e não em torno de conteúdos acadêmicos.” (NÓVOA,1991:30)

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Segundo Nóvoa (1991), o desenvolvimento pessoal e profissional

dos professores depende muito do contexto em que exercem sua atividade.

Todo professor deve ver a escola não somente como o lugar onde ele ensina,

mas onde aprende. A atualização e a produção de novas práticas de ensino só

surgem de uma reflexão partilhada entre os colegas. Essa reflexão tem lugar

na escola e nasce do esforço de encontrar respostas para problemas

educativos. O autor, entretanto que nada acontece se as condições salariais e

de infraestrutura não estiverem devidamente asseguradas. Para ele, “ O

debate sobre a formação é indissociável das políticas de melhoria das escolas

e definição de uma carreira docente digna e prestigiada”(p.21).

Concordando com Nóvoa, o governo, no caso da rede pública, e a

própria escola, no caso da particular, devem criar condições básicas como

infraestrutura e incentivos à carreira. Os professores, no entanto, são

responsáveis por sua formação, pois os conhecimentos adquiridos nos cursos

de formação só possuem eficácia se o professor consegue inseri-los em sua

dinâmica pessoal e articula-los com o seu processo de desenvolvimento.

Nóvoa (1991), segundo o autor,

“Esse é um processo pessoal, incompatível com planos gerais centralizadores. É no espaço concreto de cada escola, em torno de problemas pedagógicos ou educativos reais, que se desenvolve a verdadeira formação. (...) Não quero tirar a responsabilidade do governo, mas sua intervenção deve se resumir a garantir meios e condições.” (NÓVOA,1991:22)

Q

uando falamos de educação continuada, ao longo da vida pretendemos que, se

uma pessoa tiver desejo de aprender, ela terá condições de fazê-lo,

independente de onde e quando isto ocorrerá. Entretanto, a sociedade tem o

dever de criar oportunidades de aprendizagem para que seus profissionais

compreendam cada vez mais que o saber não é algo pronto para ser

distribuído. Ao tratarmos de educação continuada de professores, surgem

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algumas questões indispensáveis, como: Que tipo de educação queremos

promover? Para que tipo de sociedade? Onde chegaremos com as reformas

educativas que vêm sendo propostas? Essas questões são importantes frente

ao momento político-social e educacional que enfrentamos no Brasil, hoje de

clara hegemonia do projeto neoliberal.

As questões de sala de aula são primordiais, indispensáveis para

pensarmos uma educação continuada comprometida com a formação de

profissionais da educação. As fortes transformações econômicas, sócio-

políticas e culturais que ocorrem no mundo atual e, em particular em nosso

país, estão exigindo um compromisso crítico com a formação continuada de

professores, compreendendo esses como agentes essenciais na construção de

uma sociedade mais democrática. Portanto, a importância primordial da

educação continuada é promover uma educação comprometida com a

formação para a cidadania e com a busca da qualidade de ensino.

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CAPÍTULO III

O GESTOR COMO INCENTIVADOR DA FORMAÇÃO CONTINUADA

“A educação é uma forma de intervenção no mundo.” (Paulo Freire,1997:110)

3- As Atribuições do Gestor Escolar

A gestão escolar deve ser vista como pedra fundamental para

que a escola ofereça à sua comunidade uma educação que atenda as

exigências do dia-a-dia. É sua função melhorar a compreensão da realidade

social de maneira inclusiva, democrática e participativa, resaltando a ética e o

civismo. Promovendo a apreensão de competência e habilidades na

comunidade de maneira que os cidadãos possam atuar como agentes de

transformação social.

Um gestor, ao assumir a liderança, necessita ter ou desenvolver

certas aptidões, como iniciativa, entusiasmo com planos e metas, pois ele,

mais do que ninguém, precisa acreditar no que está sendo planejado e, para

isso, necessita conhecer as capacidades e as competências de seu corpo

docente.

O gestor não deve ter medo de assumir riscos, pois o próprio

planejamento lhe oferecerá planos de contingência, e ele estará lidando com

pessoas totalmente comprometias com o planejamento;deverá ser um bom

comunicador,além de trabalhar de maneira democrática, incentivando e

ouvindo os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

A motivação é um fator de suma importância para o bom

desempenho no trabalho, e o gestor com essa visão conseguirá direcionar sua

equipe para um norte ao qual a educação de qualidade seja um constante.

O educador deve sentir prazer pelo trabalho que executa, por isso,

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precisa contar com uma boa gestão, e o gestor precisa fazer com que a equipe

se sinta cúmplice de todo o sucesso escolar, pois é ressaltando por Chiavenato

(2006) que a liderança é um fenômeno coletivo.

Chiavenato (2004) esclarece que “liderança é uma influência

interpessoal exercida em uma situação por meio do processo de comunicação

humana para a consecução de um ou de diversos objetivos específicos” logo,

administrar é, sem dúvida, uma dimensão essencial da liderança.

Envolve gerenciar recursos financeiros; programar, acompanhar e

avaliar planos, organizar, prover, facilitar; criar condições favoráveis ao

aproveitamento dos alunos. Po rém i sso não bas ta pa ra faze r com

que uma esco la se ape r fe içoe e mude .

Administradores intervêm apenas de maneira indireta no trabalho

dos professores. Para que transformações na qualidade do ensino ocorram, é

preciso que o diretor vá além, que atue como líder e influencie diretamente

o comportamento profissional dos educadores.

Requer do gestor a competência do empoderamento3 dos atores

que fazem parte de seu cotidiano escolar. Esse é um movimento que propõe

uma revisão do modelo administrativo utilizado para lidar com o poder, um

modelo de gestão a partir do qual as pessoas precisam ter liberdade para agir,

deixando claro que o ser humano já vem se afastando do comportamento

clássico, passivo e submisso, ao longo da história.

Pretende-se adotar um relacionamento hierárquico por intermédio

do qual todos sejam capazes de participar de equipes trilhando a mesma

jornada e assumindo responsabilidades com comprometimento e disciplina. Um

movimento que integre os diferentes níveis hierárquicos e os responsáveis 3 O Empoderamento vem a reboque do famoso empowerment que ficou conhecido como o caminho para reformular a mentalidade de um modelo de gestão tradicional, hierárquico e tecnicista. Traduzido aqui, como empoderamento, o termo visa caracterizar a delegação desejável de poder. Uma forma de dar autonomia, de oferecer capacitação para agir com respaldo do superior hierárquico, lembrando que a grande revolução tecnológica, certamente, é o Ser Humano em estado de auto gestão.

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pelos processos escolares, solidificando um cenário onde essa estrutura divida

papéis e responsabilidades e reúna pessoas dos diversos níveis num mesmo

objetivo. O empoderamento retrata a competência em gerir pessoas em

diferentes formas de participação. É aqui que necessitamos desenvolver um

olhar com a abordagem participativa para a gestão escolar. Esse é um

movimento em favor da descentralização e da democratização da gestão das

escolas.

3.1- Gestor Escolar Incentivador e Promotor da Formação Continuada

De um lado, ao oferecer aos docentes condições de fortalecer

suas limitações, por meio de vivências e reflexões coletivas, os gestores

ajudam a implementar o processo de formação em serviço. Almeida (2005)

conceitua a formação em serviço como aquela que tem foco no lócus do

professor, devendo proporcionar a sistematização dos conhecimentos

adquiridos durante a trajetória docente, possibilitando associar a teoria com a

prática.

Por outro lado, os gestores devem prever mecanismos de

estímulo à participação dos professores nas discussões relacionadas ao

currículo, sensibilizando-os quanto aos benefícios das inovações, possibilitando

o intercâmbio de experiências, preparando-os para buscar objetivos comuns,

bem como reservando espaço para debates sobre as experiências e revisão

das práticas docentes, tornando o processo de formação significativo e

contextualizado.

Para viabilizar a consolidação de um professor reflexivo é preciso

que os gestores incentivem os mesmos a apresentarem suas expectativas,

medos e anseios, abrindo-se ao coletivo. Diante de uma situação conflituosa é

necessário que os docentes sejam induzidos a buscar a negociação e

superação das diferenças individuais e profissionais, não permitindo aos

mesmos fecharem-se em suas “redomas” quando se sentirem ameaçados,

avaliados ou discriminados.

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Ao viabilizar os momentos de reflexão em relação ao trabalho

com as os gestores irão proporcionar aos docentes e à equipe escolar a

capacidade de:

“[...] realizarem atividades e proporcionarem a integração entre o administrativo e o pedagógico na vida escolar, buscando informações significativas, resolver problemas, pensar, organizar novas formas de pensamento, produzir e socializar conhecimento.” (ALMEIDA, 2003, p. 126)

Munidos dessas competências, a equipe escolar, em especial os

professores, colaboram na construção de uma escola de qualidade para todos,

onde as esferas pedagógicas e administrativas estarão caminhando juntas.

O gestor precisa colocar-se como um agente que incentiva e

colabora no processo de transformação objetivando uma escola de qualidade.

Desta maneira ele simplesmente não terá uma postura de comando, cujas

regras e determinações devem ser cumpridas por todos, mas buscará:

• atuar como um líder que incentive e acompanhe a construção de novas

práticas pedagógicas mais colaborativas, baseadas no diálogo e trocas de

experiências constantes;

• oportunizar a cada pessoa extrapolar seus limites, deixando transparecer

suas habilidades e competências no decorrer do desenvolvimento das

atividades propostas pelo coletivo;

• aprimorar seu olhar tendo como meta analisar, diagnosticar e buscar junto à

coletividade um caminho para a superação das dificuldades e limitações

apresentadas no contexto escolar;

• atuar como responsável pela construção das dimensões pedagógica,

administrativa e política da escola;

• favorecer a consolidação de um projeto-político-pedagógico que realmente

contemple os interesses e necessidades da equipe escolar e da comunidade

onde a escola está inserida.

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A realidade que encontramos hoje sugere que a transformação da

realidade escolar pressupõe a definição de ações inovadoras. Neste processo,

a trajetória não deve ser definida pelos gestores, mas sim pelo coletivo escolar.

No caso do planejamento das ações pedagógicas por meio do

desenvolvimento de projetos de trabalho, fica visível a importância da

construção de práticas autônomas, já que cada docente deve ter a

oportunidade de projetar suas ações de acordo com as particularidades da

disciplina, com as necessidades dos discentes e do contexto escolar, em

coerência com o projeto-político-pedagógico e com as diretrizes do sistema de

ensino.

Hernandez (1998) ressalta a importância dos projetos de trabalho

serem delineados a partir das expectativas e anseios dos grupos envolvidos

em sua realização.

Schlünzen (2000) salienta que desta forma, os docentes terão a

oportunidade de serem formados dentro de seu contexto e realidade, aliando a

teoria com a prática.

Por tudo isto, é essencial que os gestores motivem e envolvam a

equipe escolar, tendo como foco a valorização dos pontos positivos os quais

caracterizam a cultura da escola.

Segundo Almeida (2005) é preciso estimular a construção de uma

cultura permeada pelo diálogo, partilha, humildade, trabalho coletivo e ético.

3.2- Formação Continuada Visando a Qualidade Total na Educação

Para ocorrer uma transformação da instituição em escola de

qualidade, é necessário o envolvimento de todos os elementos da organização,

devendo ser considerados três aspectos operacionais. Em primeiro lugar a

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motivação para a participação. A seguir é fundamental ensinar às pessoas

como participar. Sem esse treinamento, as contribuições, ainda que relevantes,

podem ser desperdiçadas. Por fim deve-se ter em mente que a participação

requer recursos.

É preciso montar mecanismos criativos e dinâmicos que ajudem a

promover, reconhecer e suportar todos os que estão envolvidos no esforço de

melhoria contínua. Assim tornando realidade a desejada visão de Excelência

na Educação, através da Escola de Qualidade Total.

Todo e qualquer programa de melhoria da Qualidade possui além

de metas específicas a contínua participação e envolvimento dos envolvidos

sendo que o mesmo se aplica em Educação, buscando a manutenção e o

aperfeiçoamento através de proposições gerenciais de definição, medição e

melhoria da qualidade.

Há a necessidade de que haja participação na gestão, solução de

problemas, raciocínio estatístico, medição e aceitação por parte dos

envolvidos. Para isso é preciso:

- Maior envolvimento dos professores e funcionários na gestão e na tomada de

decisões;

- Mais autoridade e responsabilidade delegada a funcionários dos diversos

níveis de especialização;

- Maior autonomia da escola como entidade individual e mais liberdade de

ação para cada departamento;

- Decisões da escola baseada nas exigências do cliente e coleta de dados,

usando-se métodos científicos e análise estatística;

- Técnicas de liderança aprimoradas para aqueles em posições gerenciais;

- Técnicas participatórias inovadoras em lugar de métodos de gestão

autocráticos ou condescendentes;

- Comprometimento permanente com a qualidade, tendo em vista a excelência

em todos os processos da escola;

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34

- Práticas educacionais e decisões baseadas nas necessidades dos alunos

como mostradas nos elementos da Qualidade e nas regras de conformidade;

- Análise contínua do funcionamento de novos métodos e principalmente:

- Formação continuada de professores e funcionários.

Nas instituições de ensino num ambiente de qualidade total cada

profissional tem um papel definido, conforme sua especialidade, em função dos

seus objetivos a alcançar; todos participam no esforço de mudança e na busca

permanente da Qualidade, as ideias individuais se constituem na fonte original

sobre a qual o grupo trabalha, ampliando e aperfeiçoando as contribuições.

Com docentes preparados, detentores de conhecimentos e

habilidades técnicas, que sabem o quê, como, quando, onde, quem e porque

ensinam, a escola se torna uma verdadeira agência educacional. Sendo assim,

o aperfeiçoamento dos recursos humanos através da educação deveria ser

prioridade nacional em qualquer país que buscasse uma relação equilibrada

entre os aspectos sociais - políticos e econômicos.

Entende-se que essa procura deveria ser capaz de solucionar por

si só a maioria dos problemas de uma sociedade. Para tanto se torna

necessário estabelecer uma série de metas que devam ser continuamente

assumidas por professores, alunos e setor da administração. Forma-se então

um conjunto coeso que permitirá o alcance do planejamento estabelecido

prioritariamente.

É possível para as escolas avançar continuamente em direção a

metas definidas através da preparação e adesão a um desenho de processos

acordado com exigências de conformidade declaradas. Também é possível

criar mudanças nas atitudes de alunos e professores e, ao mesmo tempo,

reduzir os custos. Esse novo sistema de responsabilidade exige que todos os

professores, administradores e colaboradores participem da gerência das

escolas. Exige escolas reestruturadas, com novas funções e novas

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responsabilidades. Junto com essas mudanças, surge uma nova

responsabilidade pelo desempenho, em busca da qualidade com padrões

claros para todos.

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CONCLUSÃO

Buscando concluir esta pesquisa, apontamos que a grande

contribuição proveniente deste estudo decorre da necessidade do gestor

repensar seu papel de líder que deve compartilhar coletivamente com seus

pares, auxiliando no processo de transformação da realidade escolar por meio

da formação dos professores.

A formação continuada constitui-se em todo o aprimoramento do

conhecimento e atitudes ao qual o professor é submetido após a conclusão de

seu curso de formação inicial e deve ocorrer durante a vida profissional. Nesse

processo, a reflexão, a autonomia, a pesquisa, a descoberta, o repensar de

paradigmas e modelos já consolidados precisam ser vivenciados pelos

docentes em seu local de trabalho, possibilitando assim uma formação

baseada na ação e na reflexão sobre a ação, articulando teoria e prática de

maneira contínua.

As práticas de gestão e da articulação do pensamento de como

garantir a formação continuada por meio da aprendizagem significativa

precisam ser potencializadas por meio da construção coletiva da gestão

educacional em busca de uma escola efetivamente democrática e de qualidade

para todos.

É importante ressaltar que as escolas que se transformam em

comunidades de aprendizagem através da construção coletiva dedicam-se

intensamente às práticas dialógicas de aprendizagem em grupo. Trata-se do

aprender a conhecer, fazer, ser e conviver, é a Escola que aprende em grupos

interativos, onde cada reunião deve transformar-se num objetivo comum. Já no

âmbito da formação de familiares, a política local da gestão interfere

diretamente nessa possibilidade: quanto maior a visão do gestor da unidade

escolar local no exercício de uma efetiva democracia na gestão de sua escola,

maior será a sua contribuição na formação de familiares e de sua participação

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na vida da comunidade de aprendizagem, assumindo assim, a

responsabilidade social da escola.

A tarefa principal dos gestores educacionais é integrar os

objetivos individuais aos coletivos e institucionais. Para isso precisaremos

ensinar a convivência por meio da construção coletiva.

Através da aprendizagem em grupo, como cada pessoa vai

construindo novas compreensões sobre a vida e o mundo, refletindo sobre a

sua cultura e sobre as demais, podendo escolher com maior liberdade sua

maneira de viver e de se relacionar. É assim também que, desenvolvendo a

noção de que esse processo ocorre com outras pessoas, promove-se o

respeito aos diferentes modos de vida, ou seja, a igualdade de diferenças.

Essa é a grande conquista da Escola do Século XXI - a

participação de seus atores instituindo um novo olhar sobre a questão do poder

de forma compartilhada. Trata-se da institucionalização da democracia do

pensar, associada ao aprimoramento da eficiência e da qualidade da escola.

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