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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
GERENCIAMENTO E BENEFÍCIOS DO SEGURO DPVAT
Por: VERA LUCIA CATALDO LEAL
Orientador
Prof. André Gustavo
Rio de Janeiro
2004
Curso de Gestão Estratégica e Qualidade 2003/2004
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
GERENCIAMENTO E BENEFÍCIOS DO SEGURO DPVAT
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Gestão Estratégica e Qualidade.
Por: Vera Lúcia Cataldo Leal
Curso de Gestão Estratégica e Qualidade 2003/2004
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AGRADECIMENTOS
A todos os meus colegas que
contribuíram para confecção desse
trabalho acadêmico e em especial ao
professor Otávio Gomes Tolentino
pela sua habilidade em lecionar.
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DEDICATÓRIA
Dedico a minha amiga Fátima Lima que
contribuiu na construção da minha nova
trajetória de vida.
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RESUMO
O Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), foi criado pela Lei n° 6.194/74 com a
finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo o território
nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes.
É um convênio específico ao qual as sociedades seguradoras deverão
aderir para operar nas categorias 1, 2, 9 e 10 do Seguro DPVAT.
O convênio estipula que qualquer das seguradoras se obriga a pagar a
devida indenização pelas reclamações que lhe forem apresentadas por vítimas
de acidente de trânsito.
Para os veículos excluídos do convênio (pertencentes aos órgãos da
Administração Pública Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional dos Governos
Estaduais) e para os veículos das categorias 3 e 4, o Seguro DPVAT será
operado de forma independente por cada sociedade seguradora.
A administração do seguro compete ao Convênio DPVAT, que pertence
à Federação Nacional dos Seguros Privados e de Capitalização – FENASEG.
O objetivo do Convênio DPVAT é divulgar e defender as instituições de
seguros privados, capitalização e previdência privada aberta e principalmente,
colaborar com o Governo no estudo, elaboração de leis e soluções que se
relacionem com as respectivas categorias econômicas.
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METODOLOGIA
Foi utilizado o método dedutivo, que partindo das teorias e leis, prediz a
ocorrência dos fenômenos particulares.
Foi utilizada a técnica da pesquisa bibliográfica em artigos de jornais,
revistas, livros e meios audiovisuais.
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SUMARIO
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------08
CAPÍTULO I - A História do Seguro --------------------------09
CAPÍTULO II - Fenaseg -----------------------------------------14
CAPÍTULO III – DPVAT ------------------------------------------15
CAPÍTULO IV – Indenizações ----------------------------------20
CAPÍTULO V – Beneficiários ------------------------------------23
CAPÍTULO VI – Documentação --------------------------------24
CAPÍTULO VII – Diferenças RCF, APP e DPVAT----------28
CONCLUSÃO -------------------------------------------------------30
ANEXOS-------------------------------------------------------------- 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA-------------------------------- 32
ÍNDICE ----------------------------------------------------------------35
FOLHA DE AVALIAÇÃO -----------------------------------------36
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo demonstrar que o mercado
segurador brasileiro sempre careceu de reconhecimento político e, neste
processo, decidimos investir com mais força no relacionamento com o governo
para buscar as condições necessárias de impulsionar o mercado.
Dentro desse contexto, com a globalização, o seguro DPVAT deverá
ser divulgado e comentado no Brasil, alertando e conscientizando a população
de que a informação é o fator fundamental.
Pretende ainda, chamar atenção dos legisladores, nas mudanças de
normas e legislação referentes ao Seguro, no intuito de garantir e agilizar o
direito dos beneficiários no recebimento de suas indenizações.
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CAPÍTULO I
A História do Seguro
Neste período, a atividade seguradora era regulada pelas leis
portuguesas. Somente em 1850, com a promulgação do "Código Comercial
Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro marítimo foi
pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos.
A atividade no Brasil teve início com a abertura dos portos ao
comércio internacional, em 1808. A primeira sociedade de seguros a
funcionar no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em 24 de
fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo.
O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de fundamental
importância para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o
aparecimento de inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só
com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas,
também, com o seguro terrestre. Até mesmo a exploração do seguro de
vida, proibido expressamente pelo Código Comercial, foi autorizada em
1855, sob o fundamento de que o Código Comercial só proibia o seguro de
vida quando feito juntamente com o seguro marítimo. Com a expansão do
setor, as empresas de seguros estrangeiras começaram a se interessar
pelo mercado brasileiro, surgindo, por volta de 1862, as primeiras sucursais
de seguradoras sediadas no exterior.
Estas sucursais transferiam para suas matrizes os recursos
financeiros obtidos pelos prêmios cobrados, provocando uma significativa
evasão de divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do
País, foi promulgada, em 5 de setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo
exclusivamente sobre as companhias estrangeiras de seguros de vida,
determinando que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem
seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui
assumidos.
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Algumas empresas estrangeiras mostraram-se discordantes das
disposições contidas no referido diploma legal e fecharam suas sucursais.
O mercado segurador brasileiro já havia alcançado desenvolvimento
satisfatório no final do século XIX. Concorreram para isso, em primeiro
lugar, o Código Comercial, estabelecendo as regras necessárias sobre
seguros marítimos, aplicadas também para os seguros terrestres e, em
segundo lugar, a instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, com
vasta experiência em seguros terrestres.
O século XIX também foi marcado pelo surgimento da "previdência
privada" brasileira, pode-se dizer que inaugurada em 10 de janeiro de 1835,
com a criação do MONGERAL - Montepio Geral de Economia dos
Servidores do Estado -proposto pelo então Ministro da Justiça, Barão de
Sepetiba, que, pela primeira vez, oferecia planos com características de
facultatividade e mutualismo. A Previdência Social só viria a ser instituída
através da Lei n° 4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923.
O Decreto n° 4.270, de 10/12/1901, e seu regulamento anexo,
conhecido como "Regulamento Murtinho", regulamentaram o funcionamento
das companhias de seguros de vida, marítimos e terrestres, nacionais e
estrangeiras, já existentes ou que viessem a se organizar no território
nacional. Além de estender as normas de fiscalização a todas as
seguradoras que operavam no País, o Regulamento Murtinho criou a
"Superintendência Geral de Seguros", subordinada diretamente ao
Ministério da Fazenda. Com a criação da Superintendência, foram
concentradas, numa única repartição especializada, todas as questões
atinentes à fiscalização de seguros, antes distribuídas entre diferentes
órgãos. Sua jurisdição alcançava todo o território nacional e, de sua
competência, constavam as fiscalizações preventiva, exercida por ocasião
do exame da documentação da sociedade que requeria autorização para
funcionar, e repressiva, sob a forma de inspeção direta, periódica, das
sociedades.
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Posteriormente, em 12 de dezembro de 1906, através do Decreto n°
5.072, a Superintendência Geral de Seguros foi substituída por uma
Inspetoria de Seguros, também subordinada ao Ministério da Fazenda.
Foi em 1º de janeiro de 1916 que se deu o maior avanço de ordem
jurídica no campo do contrato de seguro, ao ser sancionada a Lei n° 3.071,
que promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um capítulo específico
dedicado ao "contrato de seguro". Os preceitos formulados pelo Código Civil
e pelo Código Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se chama
Direito Privado do Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios essenciais
do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes, de modo a
evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios
fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro.
A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929,
chamada de "Sul América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos
mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi oficializada a autorização
para funcionamento das sociedades de capitalização através do Decreto n°
21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de
fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. O
parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas
sociedades que poderão usar o nome de "capitalização" serão as que,
autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, de
acordo com planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de
um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e pago em
moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que
subscrever ou possuir um titulo, segundo cláusulas e regras aprovadas e
mencionadas no mesmo titulo".
Em 28 de junho de 1933, o Decreto n° 22.865 transferiu a
"Inspetoria de Seguros" do Ministério da Fazenda para o Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio. No ano seguinte, através do Decreto n°
24.782, de 14/07/1934, foi extinta a Inspetoria de Seguros e criado o
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Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização -DNSPC,
também subordinado àquele Ministério.
Com a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), foi
estabelecido o "Princípio de Nacionalização do Seguro", já preconizado na
Constituição de 1934. Em conseqüência, foi promulgado o Decreto n°
5.901, de 20 de junho de 1940, criando os seguros obrigatórios para
comerciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas
físicas ou jurídicas, contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário,
rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre), nas condições estabelecidas
no mencionado regulamento. Nesse mesmo período foi criado, em 1939,
o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), através do Decreto-lei n° 1.186,
de 3 de abril de 1939. As sociedades seguradoras ficaram obrigadas, desde
então, a ressegurar no IRB as responsabilidades que excedessem sua
capacidade de retenção própria, que, através da retrocessão, passou a
compartilhar o risco com as sociedades seguradoras em operação no
Brasil. Com esta medida, o Governo Federal procurou evitar que grande
parte das divisas fosse consumida com a remessa, para o exterior, de
importâncias vultosas relativas a prêmios de resseguros em companhias
estrangeiras.
É importante reconhecer o saldo positivo da atuação do IRB,
propiciando a criação efetiva e a consolidação de um mercado segurador
nacional, ou seja, preponderantemente ocupado por empresas nacionais,
sendo que as empresas com participação estrangeira deixaram de se
comportar como meras agências de captação de seguros para suas
respectivas matrizes, sendo induzidas a se organizar como empresas
brasileiras, constituindo e aplicando suas reservas no País.
O IRB adotou, desde o início de suas operações, duas providências
eficazes visando criar condições de competitividade para o aparecimento e
o desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro.
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O estabelecimento de baixos limites de retenção e a criação do
chamado excedente único, através da adoção de baixos limites de retenção
e do mecanismo do excedente único, empresas pouco capitalizadas e
menos instrumentadas tecnicamente -como era o caso das empresas de
capital nacional passaram a ter condições de concorrer com as seguradoras
estrangeiras, uma vez que tinham assegurada a automaticidade da
cobertura de resseguro.
Em 1966, através do Decreto-lei n° 73, de 21 de 'novembro de
1966, foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e
instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB);
sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores
habilitados.
O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização -
DNSPC - foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados -
SUSEP - entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de Direito
Público, com autonomia administrativa e financeira, jurisdicionada ao
Ministério da Indústria e do Comércio até 1979, quando passou a estar
vinculada ao Ministério da Fazenda.
O Decreto n° 22.456/33, que regulamentava as operações das
sociedades de capitalização, foi revogado pelo Decreto-lei n° 261, passando
a atividade de capitalização a subordinar-se, também, a numerosos
dispositivos do Decreto-lei n° 73/66. Adicionalmente, foi instituído o Sistema
Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, SUSEP e pelas
sociedades autorizadas a operar em capitalização.
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CAPÍTULO II
FENASEG
A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de
capitalização - FENASEG, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, é
uma associação sindical de grau superior, para fins de estudo,
coordenação, proteção e representação legal das categorias econômicas do
seguro privado e da capitalização.
Fundada em 25 de junho de 1951, por assembléia de delegados de cinco
sindicatos de seguradoras: Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e São Paulo, com o objetivo de promover o desenvolvimento
ordenado e eficiente desses mercados, definindo e defendendo seus
direitos, e representando politicamente a categoria. Foi oficialmente
reconhecida em 30 de novembro de 1953.
Atualmente a FENASEG congrega os oito sindicatos regionais de
seguros privados, estabelecidos nos Estados da Bahia, Minas Gerais,
Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
São Paulo; e tem como afiliadas 131 empresas, sendo que 116 operam em
Seguro e, destas, 38 operam também em Previdência Complementar
Aberta, e 15 operam em Capitalização.
As empresas associadas à FENASEG representam 98,6% do
volume da arrecadação do mercado de seguros, previdência complementar
aberta e de capitalização.
Seu patrimônio é constituído pelas contribuições das categorias
econômicas representadas, contribuições dos sindicatos e receita dos
serviços prestados, financeira ou imobiliária representadas, contribuições
dos sindicatos e receita dos serviços prestados, financeira ou imobiliária.
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CAPÍTULO III
DPVAT
É um convênio específico ao qual as sociedades seguradoras
deverão aderir para operar nas categorias 1, 2, 9 e 10 do Seguro DPVAT.
O convênio estipula que qualquer das seguradoras se obriga a
pagar a devida indenização pelas reclamações que lhe forem apresentadas
por vítimas de acidente de trânsito. Para os veículos excluídos do convênio
(pertencentes aos órgãos da Administração Pública Direta, Indireta,
Autárquica e Fundacional dos Governos Estaduais) e para os veículos das
categorias 3 e 4, o Seguro DPVAT será operado de forma independente por
cada sociedade seguradora.
A administração do seguro compete ao Convênio DPVAT, que
pertence à Federação Nacional dos Seguros Privados e de Capitalização –
FENASEG.
As Seguradoras que participam do Convênio somente as que
operam com as categorias 01, 02, 09 e 10.
Para operar nas categorias abrangidas pelo convênio, a sociedade
seguradora deverá obter expressa autorização da SUSEP e aderir ao
Convênio DPVAT, formalizando pedido à FENASEG, entidade que
administra o Convênio. As normas que regem o DPVAT são:
A Lei N.º 6.194, de 19 de dezembro de 1974, dispõe sobre Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via
terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não - DPVAT.
Lei N.º 8.441, de 13 de julho de 1992, altera dispositivos da Lei n.º
6.194 de 19 de dezembro de 1974.
Decreto N.º 2.867, de 8 de dezembro de 1998, dispõe sobre a
repartição de recursos provenientes do Seguro DPVAT.
Portaria Inter ministerial 4.044/98.
Resolução CNSP N.º 35, de 8 de dezembro de 2000, dispõe sobre
o DPVAT.
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Resolução CNSP N.º 56, de 3 de setembro de 2001, aprova as
Normas Disciplinadoras do Seguro DPVAT.
Resolução CNSP N.º 67, de 3 de dezembro de 2001, altera o
dispositivos da Resolução CNSP n.º 56, de 3 de setembro de 2001.
Resolução CNSP N.º 82, de 19 de agosto de 2002, altera o
dispositivos da Resolução CNSP n.º 56, de 3 de setembro de 2001.
Circular SUSEP N.º 166, de 25 de setembro de 2001, aprova as
Normas complementares para a Operação do Seguro DPVAT.
Circular SUSEP N.º 193, de 8 de julho de 2002, altera a Circular
SUSEP n.º 166, de 25 de setembro de 2001.
O Seguro Obrigatório DPVAT (Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Vias Terrestres) foi criado pela Lei nº 6.194 de
1974 com o objetivo de amparar as vítimas de acidentes envolvendo
veículos em todo o território nacional. Sua administração compete ao
Convênio DPVAT, que pertence à Federação Nacional dos Seguros
Privados e de Capitalização - FENASEG.
Qualquer vítima de acidente envolvendo veículo (ou seu
beneficiário) pode requerer a indenização do DPVAT. As indenizações são
pagas individualmente, não importando quantas vítimas o acidente tenha
causado. O pagamento independe da apuração de culpados. Além disso,
mesmo que o veículo não esteja em dia com o DPVAT ou não possa ser
identificado, as vítimas ou seus beneficiários têm direito à cobertura. Se,
em uma batida, há dois carros envolvidos, cada um com quatro ocupantes,
e também um pedestre, e se as nove pessoas forem atingidas, todas terão
direito a receber indenizações do DPVAT separadamente.
O pagamento do DPVAT deve ser feito conforme calendário de
cada estado, nas agências da rede bancária e, em alguns estados, nas dos
Correios. A época correta do pagamento é amplamente divulgada através
de rádios e jornal.
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O Seguro Obrigatório prevê indenizações em caso de Morte e
Invalidez Permanente, além do Reembolso de Despesas Médicas e
Hospitalares (DAMS).
O QUE O DPVAT NÃO COBRE: Danos materiais (roubo, colisão
ou incêndio de veículos) , Acidentes ocorridos fora do território nacional
Multas e fianças impostas ao condutor ou proprietário do veículo e
quaisquer despesas decorrentes de ações ou processos criminais , Danos
pessoais resultantes de radiações ionizantes ou contaminações por
radioatividade de qualquer tipo de combustível nuclear, ou de qualquer
resíduo de combustão de matéria nuclear .
Todo proprietário de veículo deve manter o Seguro
Obrigatório DPVAT em dia, conforme determina a legislação. O pagamento
do seguro em atraso não prevê multas ou encargos, mas acarreta as
seguintes implicações: O veículo não é considerado devidamente
licenciado para efeitos de fiscalização, O proprietário deixa de ter direito à
cobertura, em caso de acidente, O proprietário é obrigado a ressarcir as
indenizações eventualmente pagas às vítimas de acidente.
Para as categorias do convênio DPVAT, a contratação do
seguro obedecerá aos seguintes procedimentos: No caso dos veículos
sujeitos ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, o
bilhete de seguro será emitido, exclusivamente, com o Certificado de
Registro e Licenciamento Anual e o prêmio de seguro será pago
conjuntamente com a cota única ou com a primeira parcela, do IPVA, No
primeiro licenciamento do veículo (veículos novos), o valor do prêmio será
calculado de forma proporcional, considerando-se o número de meses
entre o mês de licenciamento, inclusive, e dezembro do mesmo ano. Um
veículo adquirido no mês de julho, por exemplo, deve pagar apenas 6/12
do prêmio, pois estará coberto durante 6 meses no seu primeiro ano de
circulação, O vencimento do prazo de pagamento do Seguro DPVAT
coincidirá com o vencimento do prazo de recolhimento da quota única ou
da primeira prestação do IPVA, No caso dos veículos isentos do Imposto
sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, a contratação do
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Seguro DPVAT será efetuada diretamente em uma sociedade seguradora
integrante do convênio. Na primeira contratação, o valor do prêmio será
calculado de forma proporcional, considerando-se o número de meses
entre o mês de contratação, inclusive, e dezembro do mesmo ano. A
renovação do bilhete de seguro, mediante o pagamento do prêmio no valor
definido em norma vigente, será efetuada no primeiro dia útil de janeiro de
cada ano. O pagamento dos prêmios deverá ser efetuado somente na rede
bancária. Para as categorias não abrangidas pelo convênio, os bilhetes de
seguro servirão como instrumento para endosso a apólices de averbação
estipuladas pelas empresas de transportes coletivos.
O pagamento dos prêmios deverá ser efetuado somente na rede
bancária e poderá ser parcelado em igual número de cotas previstas para o
citado imposto (Portaria Interministerial 4.044/98).O bilhete do seguro
DPVAT é emitido, pelo DETRAN, juntamente com o DUT, tendo por
vigência o ano civil (categorias 1, 2, 9 e 10), sendo pago segundo
calendário coincidente com o estabelecido pelas autoridades estaduais
para pagamento do IPVA. O pagamento do DPVAT deve ser feito conforme
o calendário de cada estado, nas agências da rede bancária ou dos
Correios. A época correta do pagamento é amplamente divulgada através
de rádio e jornal.
Coincide com o ano civil, estendendo-se de 1o de janeiro a 31 de
dezembro, independentemente da data em que o pagamento do seguro foi
feito. Cada quitação corresponde a um exercício e dá cobertura aos
acidentes ocorridos durante o seu transcurso.
Os veículos novos estão sujeitos à aplicação de "pro-rata". Um veículo
adquirido no mês de julho, por exemplo, deve pagar apenas 6/12 do prêmio,
pois estará coberto durante 6 meses no seu primeiro ano de circulação.
Para as categorias não abrangidas pelo convênio, os bilhetes de
seguro servirão como instrumento para endosso a apólices de averbação
estipuladas pelas empresas de transportes coletivos. Em caso de bilhete novo,
a vigência do seguro será de doze meses, contados a partir do dia de seu
pagamento na rede bancária. Em caso de renovação, a vigência do seguro
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será de doze meses, contados a partir do dia de vencimento do bilhete anterior,
desde que o prêmio tenha sido pago até aquela data.
O prazo para liberação do pagamento é de 15 dias, nos casos em que
a documentação apresentada encontra-se completa e regular. Havendo
pendências, o prazo de 15 dias passa a ser contado a partir da data em que as
mesmas forem solucionadas.
A indenização no caso de acidentes causados por veículos coletivos o
procedimento para receber a indenização do Seguro Obrigatório DPVAT é
simples e dispensa a ajuda de intermediários. O interessado deve ter cuidado
ao aceitar a ajuda de terceiros, pois são muitos os casos de fraudes e de
pagamentos de honorários desnecessários.
Quando o acidente envolver ônibus, microônibus e demais veículos de
transportes coletivos, a indenização só poderá ser paga através da seguradora
em que o seguro do veículo foi contratado (O causador do acidente deverá
fornecer o bilhete do seguro). Dessa forma, o interessado deve: Dirigir-se à
empresa de ônibus e solicitar uma cópia do bilhete de contratação do seguro
DPVAT do veículo; dirigir-se à seguradora que consta da cópia do bilhete,
apresentar a documentação necessária e solicitar o pagamento da
indenização.
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CAPÍTULO IV
INDENIZAÇÕES VALORES DE INDENIZAÇÃO POR COBERTURA
Morte R$ 6.754,01
Invalidez Permanente
a
t
éR$ 6.754,01
Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares
(DAMS)
a
t
éR$ 1.524,54
A Lei N° 6.205 de 29.04.1975 estabelece que todos os valores fixados
com base no salário mínimo não serão considerados para quaisquer fins de
direito, não sendo necessário portanto verificar o constante do artigo 3°, da Lei
N° 6.194/74.
Os acidente com veículos identificados ocorridos entre a criação do
Convênio DPVAT e a entrada em vigor da Lei 8.441 (entre abril de 1986 e
13/07/92) estarão cobertos em todas as garantias, mediante a apresentação do
DUT do veículo, referente ao exercício no qual se deu o acidente, devidamente
quitado.
Os acidentes com veículos não identificados ocorridos após 13/07/92,
data da Lei 8.441, estarão cobertos em todas as garantias, independentemente
da apresentação do DUT do veículo, exceto nos casos de:
• Morte, quando o beneficiário for o proprietário e este estiver inadimplente;
• Invalidez Permanente e DAMS, quando a vítima for o proprietário e este
estiver inadimplente.
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Os veículos não identificados: acidentes ocorridos antes de 13/07/1992
(inclusive), data da Lei 8.441, estarão cobertos apenas nos casos de morte e a
indenização correspondente estará limitada a 50% do valor vigente na data do
seu pagamento.
Os veículos não identificados para acidentes ocorridos após
13/07/1992, data da Lei 8.441, estarão cobertos em todas as garantias e suas
indenizações serão de até 100% do valor vigente na data do seu pagamento.
As indenizações do DPVAT podem ou não ser cumulativas, conforme
descrito a seguir:
Morte e Invalidez Permanente não são coberturas cumulativas. Uma
vez paga, a indenização por invalidez será descontada da indenização por
morte que venha a ser paga em decorrência de um mesmo acidente.
Uma vez efetuado, o Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares
(DAMS) não será descontado da indenização por Morte ou Invalidez
Permanente que venha a ser paga em decorrência de um mesmo acidente.
Os pedidos de indenização do DPVAT devem ser feitos através das
seguradoras do mercado. Basta que o interessado escolha a seguradora de
sua preferência e apresente a documentação necessária.
A seguradora escolhida para abertura do pedido de indenização será a
mesma que efetuará o pagamento correspondente, exceto nos casos de
acidente envolvendo veículos de transporte coletivo.
As categorias de veículos automotores abrangidas pelo DPVAT são:
Categoria 1 - Automóveis particulares; Categoria 2 - Táxis e carros de Aluguel;
Categoria 3 - Ônibus, microônibus e lotação com cobrança de frete (Urbanos,
Interurbanos, Rurais e Interestaduais); Categoria 4 - Microônibus com cobrança
de frete mas com lotação não superior a 10 passageiros e ônibus, microônibus
e lotações sem cobrança de frete (Urbanos, Interurbanos, Rurais e
Interestaduais); Categoria 9 - Motocicletas, motonetas, ciclomotores e
similares; e Categoria 10 - Máquinas de terraplanagem e equipamentos móveis
em geral, quando licenciados, camionetas tipo "pick-up" de até 1.500 Kg de
carga, caminhões e outros veículos. Esta categoria inclui também - Veículos
que utilizem "chapas de experiência" e "chapas de fabricante", para trafegarem
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em vias públicas, dispensando-se, nos respectivos bilhetes de seguro, o
preenchimento de características de identificação dos veículos, salvo a espécie
e o número de chapa; II - Tratores de pneus, com reboques acoplados à sua
traseira destinados especificamente a conduzir passageiros a passeio,
mediante cobrança de passagem, considerando-se cada unidade da
composição como um veículo distinto para fim de tarifação; III - Veículos
enviados por fabricantes a concessionários e distribuidores, que trafegam por
suas próprias rodas, para diversos pontos do País, nas chamadas "viagens de
entrega", desde que regularmente licenciados, terão cobertura por meio de
bilhete único emitido exclusivamente a favor de fabricantes e concessionários,
cuja cobertura vigerá por um ano; IV - Caminhões ou veículos "pick-up"
adaptados ou não, com banco sobre a carroceria para o transporte de
operários, lavradores ou trabalhadores rurais aos locais de trabalho; e V –
Reboques e semi-reboques destinados ao transporte de passageiros e de
carga.
O procedimento para receber a indenização do Seguro Obrigatório
DPVAT é simples e dispensa a ajuda de intermediários. O interessado deve ter
cuidado ao aceitar a ajuda de terceiros, pois são muitos os casos de fraudes e
de pagamentos de honorários desnecessários.
CAPÍTULO V
BENEFICIÁRIOS
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Os beneficiários no caso de morte são: O cônjuge, se a vítima for
casada, ou o companheiro(a) equiparado(a) ao cônjuge ou os descendentes
diretos (filhos, netos, etc); ou os ascendentes (pais, avós, etc); ou os colaterais
(irmãos, tios e sobrinhos); ou conforme determina a Lei das Sucessões.
A indenização será paga, na constância do casamento, ao cônjuge
sobrevivente; na sua falta, aos herdeiros legais. Neste caso, a companheira
será equiparada à esposa, nos casos admitidos pela Lei Previdenciária e o
companheiro será equiparado ao esposo quando tiver com a vítima convivência
marital atual por mais de cinco anos, ou, convivendo com ela, do convívio tiver
filhos.
Os beneficiários no caso de invalidez permanente é a própria vítima. A
quantia que se apurar, tomará por base o percentual da incapacidade de que
for portadora a vítima, de acordo com a tabela constante das Normas de
Acidentes Pessoais, tendo como indenização máxima a importância segurada
prevista na norma vigente.
Os beneficiários no caso de reembolso de despesas médicas e
hospitalares (DAMS ) é a própria vítima, quando a assistência for prestada por
pessoa física ou jurídica, sem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Os valores de indenização de DAMS serão pagos até o limite definido em
tabela de ampla aceitação no mercado, tendo como teto máximo o valor
previsto na norma vigente, na data de liquidação do sinistro. Os valores de
indenização de tal tabela deverão ter, como limite mínimo, os valores
constantes da Tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
CAPÍTULO V I
DOCUMENTAÇÃO
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Os pedidos de indenização do DPVAT requerem a apresentação de
documentos (originais ou fotocópias autenticadas, frente e verso), que variam
conforme o tipo de indenização.
A apresentação do DUT do veículo não é necessária, exceto: no caso
de acidentes ocorridos entre a criação do Convênio DPVAT e a entrada em
vigor da Lei 8441, isto é, entre abril de 1986 e 13.07.1992; no caso de
acidentes de Invalidez Permanente e DAMS, ocorridos após 13.07.1992, data
da Lei 8441, quando a vítima for o proprietário do veículo.
No caso de MORTE são necessários os seguintes documentos:
Comprovante de pagamento do seguro, a apresentação do DUT do veículo
não é necessária, exceto em caso de acidentes ocorridos entre a criação do
Convênio DPVAT e a entrada em vigor da lei 8441, isto é, entre abril de 1986 e
13.07.1992.
Tratando-se de veículo não identificado, deve-se apresentar a certidão
de conclusão de inquérito policial ou uma declaração da delegacia, informando
não ter sido possível a identificação do veículo. As indenizações envolvendo
veículos não identificados seguem regras específicas.
Documento de registro da ocorrência policial (Boletim de ocorrência ou
Certidão de ocorrência ou Portaria da Polícia Civil) ; Certidão de óbito; Certidão
de auto de necropsia (se a morte não se deu de imediato ou se a causa da
morte não estiver descrita com clareza na Certidão de óbito); Certidão de
nascimento ou casamento Carteira de identidade ou trabalho CPF .
A documentação dos beneficiários é:
Cônjuge - Certidão de casamento com data atualizada e comprovante
de residência (conta de luz, gás ou telefone).
Companheira (o) - Certidão de casamento da vítima, se casada
anteriormente, indicando separação judicial ou divórcio, se aplicável; Prova de
companheirismo junto ao INSS ou Declaração de dependentes junto à Receita
Federal ou Carteira de trabalho com prova de dependência ou Declaração de
concubinato, informando a existência de filhos com a vítima, feita pela
declarante e expedida em cartório, com duas testemunhas (caso a
companheira tenha tido filhos com a vítima), ou Declaração de concubinato,
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25
informando a convivência marital de pelo menos cinco anos, sem a existência
de filhos com a vítima, feita pela declarante e expedida em cartório, com duas
testemunhas (caso a companheira não tenha tido filhos com a vítima), ou
Alvará Judicial ; comprovante de residência (conta de luz, gás ou telefone).
Descendentes (filhos) - Certidão de nascimento ou casamento;
Declaração de Únicos Herdeiros, informando o estado civil da vítima e se
deixou filho ou companheira (com 2 testemunhas e firmas reconhecidas);
Termo de Tutela ou Alvará Judicial (em caso de beneficiário menor de idade);
Comprovante de residência (conta de luz, gás ou telefone).
Ascendentes (pais) - Carteira de identidade; CPF ; Certidão de
nascimento da vítima; Termo de Tutela (para representar os filhos da vítima
que sejam menores de idade); Declaração de Únicos Herdeiros , informando o
estado civil da vítima, se deixou filhos e companheira (com 2 testemunhas e
firmas reconhecidas); Comprovante de residência (conta de luz, gás ou
telefone).
Colaterais (irmãos) - Carteira de identidade; CPF; Certidão de
nascimento da vítima; Certidão de óbito dos pais; Certidão de óbito do cônjuge
ou filhos, se houver , Certidão de casamento com data de emissão atualizada,
indicando separação judicial ou divórcio, se aplicável; Declaração de Únicos
Herdeiros, informando o estado civil da vítima, se deixou filhos e companheira
(com 2 testemunhas e firmas reconhecidas); Comprovante de residência (conta
de luz, gás ou telefone).
Documentação do procurador - Procuração original por Instrumento
Público ou por Instrumento Particular, específica para o recebimento do
DPVAT. Caso o procurador represente vítima / beneficiário não alfabetizado,
deverá apresentar original ou cópia da Procuração por Instrumento Público,
não necessitando ser essa procuração específica para o recebimento do
DPVAT. De qualquer procuração apresentada deverão constar os endereços
completos do outorgante e do outorgado; Carteira de identidade ou Carteira de
trabalho ; CPF; Comprovante de residência (conta de luz, gás ou telefone).
No caso de invalidez permanente deverá apresentar a seguinte
documentação:
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Comprovante de pagamento do seguro - A apresentação do DUT do
veículo não é necessária, exceto em caso de: acidente ocorrido entre a criação
do Convênio DPVAT e a entrada em vigor da lei 8441, isto é, entre abril de
1986 e 13.07.1992; indenizações de Invalidez Permanente para acidentes
ocorridos após 13.07.1992, data da Lei 8441, quando a vítima for o proprietário
do veículo.
Tratando-se de veículo não identificado, deve-se apresentar a certidão
de conclusão de inquérito policial ou uma declaração da delegacia, informando
não ter sido possível a identificação do veículo. As indenizações envolvendo
veículos não identificados seguem regras específicas .
Documento de registro da ocorrência policial (Boletim de ocorrência ou
Certidão de ocorrência ou Portaria da Polícia Civil).
Os documentamos que devem ser apresentados da vítima: Certidão
de nascimento ou casamento; Carteira de identidade ou trabalho; CPF.
A documentação específica para os sinistros de invalidez é o Laudo do
Instituto Médico Legal da circunscrição do acidente, atestando o estado de
invalidez permanente, bem como quantificando e qualificando as lesões físicas
ou psíquicas da vítima. No caso de alienação mental, deverá ser nomeados um
curador e apresentado um Termo de Curatela.
No caso de DAMS deverá apresentar a seguinte documentação:
Comprovante de pagamento do seguro - A apresentação do DUT do veículo
não é necessária, exceto em caso de: acidente ocorrido entre a criação do
Convênio DPVAT e a entrada em vigor da lei 8441, isto é, entre abril de 1986 e
13.07.1992; reembolso de DAMS para acidentes ocorridos após 13.07.1992,
data da Lei 8441, quando a vítima for o proprietário do veículo.
Tratando-se de veículo não identificado, deve-se apresentar a certidão
de conclusão de inquérito policial ou uma declaração da delegacia, informando
não ter sido possível a identificação do veículo. As indenizações envolvendo
veículos não identificados seguem regras específicas.
Documento de registro da ocorrência policial (Boletim de ocorrência ou
Certidão de ocorrência ou Portaria da Polícia Civil) .
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Certidão de nascimento ou casamento; Carteira de identidade ou
trabalho; CPF .
Os documentos específicos no caso de DAMS são: Relatório do
médico e/ou dentista; Comprovante de desembolsos (originais); Requisições e
receituários médicos (originais).
CAPÍTULO V II
DIFERENÇAS RCF, APP e DPVAT
A Lei nº 6.194/74 introduziu como obrigatório o Seguro de DPVAT com a
finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo território
nacional, independente de apuração de culpa.
Estão cobertas todas as pessoas, transportadas ou não, que forem
vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores de vias
terrestres, ou por sua carga. Neste ramo não se consideram como vítimas
apenas os terceiros envolvidos. Qualquer pessoa, mesmo o filho do motorista,
pode receber a indenização se estiver no interior do veículo acidentado.
Não estão cobertos os danos materiais causados a terceiros.
Para complementar a cobertura do seguro DPVAT poderia contemplar os
seguintes seguros, oferecidos de forma facultativa pelo mercado segurador:
RCFV-DM : Significa, Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos -
Danos Materiais. Por esta cobertura, caso o segurado seja o responsável, a
seguradora reembolsa os prejuízos materiais de terceiros. Também garante a
indenização caso o acidente envolva outro bens como colisão em muro de uma
residência, por esta modalidade de cobertura os danos estarão garantidos.
RCFV-DC : Significa, Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos -
Danos Corporais. Por esta cobertura, caso o segurado seja o responsável, a
seguradora reembolsa os prejuízos relacionados a danos corporais (ferimentos,
lesões ou morte) causados a terceiros.
APP : Significa, Acidentes Pessoais de Passageiros. Esta cobertura visa
indenizar os passageiros ou seus beneficiários, transportado pelo veículo
segurado por lesões ou morte que venham a sofrer.
Nos três casos, as garantias ficam limitadas ao valor da importância
segurada contratada. Os contratos prevêem importâncias seguradas distintas,
por veículo, para as garantias de danos materiais, de danos corporais e de
APP.
Observamos ainda que, de acordo com as normas vigentes, a garantia de
danos corporais concedidas pelo seguro de RCFV somente deve responder,
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em cada reclamação, pela parte da indenização que exceder os limites
vigentes na data do sinistro para as coberturas do seguro obrigatório de
DPVAT.
Este dispositivo evita que haja duplicidade de cobertura, nos casos em
que ambos os seguros estejam cobrindo o mesmo risco.
Não existe a possibilidade de isentar do pagamento do seguro obrigatório
os proprietários de veículos que possuam apólices de seguros com empresas
privadas, o Seguro DPVAT possui sua contratação obrigatória por Lei.
Destaca-se ainda que o objetivo do seguro DPVAT é de indenizar a vítima
ou a seu beneficiário em decorrência de morte, invalidez permanente ou
despesas de assistência médica e suplementar em acidente de trânsito. O
mesmo não indeniza os danos materiais causados ao proprietário do veículo
que tenha se envolvido em acidente ou roubo.
CONCLUSÃO
Curso de Gestão Estratégica e Qualidade 2003/2004
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Procurou-se mostrar, através desse estudo, que os meios de
comunicações é uma das ferramentas imprescindíveis para conscientizar à
população de seus direitos quanto ao Seguro em tela.
Muitas vezes, por falta de conhecimento, até mesmo descaso, os
beneficiários não têm o hábito de ler as condições do Seguro, para saber sobre
as coberturas que tem direito e as indenizações pertinentes a cada cobertura.
Dentro dessa linha de raciocínio, deve-se colaborar com o Governo
participando da divulgação de informações aos sinistrados no intuito de inibir a
fraude e assim não colaborando para lesionar os reais beneficiários do Seguro.
Por isso é importante a participação da SUSEP nesta luta e
principalmente da FENASEG que tem por um dos objetivos colaborar com o
Governo no estudo, elaboração de leis e soluções que se relacionem com as
respectivas categorias econômicas.
Por tanto a luta é muito grande em intensificar as relações com
Magistrados, Jornalistas, Parlamentares, Corretores, visando troca de
conhecimentos, esclarecimentos, informações e ações conjuntas.
ANEXOS
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31
Índice de anexos
Anexo 1 >> Internet;
Anexo 2 >> Reportagem
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32
ANEXO 1
O dia 30 de março vai ficar na história da FENASEG. A Empresa parou seus
funcionários para apresentação do Plano de Ação da nova gestão. Ocasião em
que o Presidente João Elisio Ferraz de Campos agradeceu aos funcionários a
sua reeleição e o êxito do trabalho que vem sendo realizado, diz o Presidente
“Eu represento o sucesso de cada um para que a Federação se torne cada vez
mais o órgão que o mercado deseja e imagina.”
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ANEXO 2
A FENASEG está engajada na campanha da Organização Mundial de Saúde -
OMS, que este ano escolheu como tema a “Redução de Acidentes de
Trânsito”, e que será lançada no dia 07 de Abril, quando se celebra o Dia
Mundial da Saúde. O problema é gravíssimo. Cerca de 1.26 milhão de pessoas
morrem por ano vítimas de acidentes de trânsito. A FENASEG está apoiando o
movimento “Faixa da Vida”, coordenado pela Associação Nacional de
Transportes Públicos – ANTP.
Curso de Gestão Estratégica e Qualidade 2003/2004
34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARCE, Izabella. Carroça, automóveis e seguros. A Previdência; seguros, Rio de Janeiro: Atlas, 1992. CONTADOR, R Claudio. Os Mercados de Seguros. Rio de Janeiro: Funenseg,
2000.
Congresso Nacional. Lei 6194. Brasília-DF, 1974.
Congresso Nacional. Lei 8441. Brasília-DF, 1992.
Resolução CNSP. Nº 35. 08 dez de 2000.
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35
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 14
CAPÍTULO III 15
CAPÍTULO IV 20
CAPÍTULO V 23
CAPÍTULO VI 24
CAPÍTULO VII 28
CONCLUSÃO 30
ANEXOS 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
ÍNDICE 35
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: Gerenciamento e Benefícios do Seguro DPVAT.
Autor: Vera Lucia Cataldo Leal
Data da entrega: 08 de Abril de 2004
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
Conceito Final: