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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
COACH: PERSPECTIVA EFICAZ PARA GESTÃO EMPRESARIAL
Por: Alessandra da Silva Pinto
Orientadora
Prof. Mônica Melo
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
COACH: PERSPECTIVA EFICAZ PARA GESTÃO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Gestão Empresarial
Por: . Alessandra da Silva Pinto
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmão por me apoiarem,
ao meu filho que me esperava sempre
para me abraçar e recompor minhas
energias. A minha amiga Kátia Pimenta,
por ser meu incentivo principal para iniciar
e permanecer na realização deste curso.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe, meu pai e
me minha avó que me auxiliaram nos
cuidados com meu filho Francisco na minha
ausência. Ao meu filhote Francisco que teve
que renunciar a minha presença, mas com
paixão, sempre me esperou tarde da noite
para me abraçar. A minha amiga Kátia
Pimenta, que me instigou e impulsionou o
retorno a aprendizagem.
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RESUMO
Este trabalho tem a intenção de mostrar através de teorias como
contribuir no desenvolvimento de gestores e líderes, por meio de uma análise do
que contribui ou impede o alcance das metas, por parte do gestor ou líder e/ou do
cenário onde está inserido. Aborda o desenvolvimento humano e profissional que
tem como objetivo auxiliar profissionais de qualquer área de atuação a maximizar
seus resultados com base na otimização de seus próprios recursos técnicos e
emocionais. O “Coach” é inovador, como uma ferramenta, auxiliando em seu
autoconhecimento através de um ângulo de visão diferenciada.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para este estudo, envolve levantamento
bibliográfico do conteúdo com enfoque predominante, embasada em autores
diversos que falam sobre a importância do líder-coach, que as organizações tanto
precisam e é aquele que cria condições para que o liderado aprenda e se
desenvolva, aumentando sua iniciativa e criatividade. Além da pesquisa
bibliográfica, também será mencionado a pesquisa observatória considerando a
área de atuação, Treinamento e Desenvolvimento e também de fontes
webgráficas, onde é possível obter informações atuais do tema que tem
representado muito mais que um mero modismo.Foi realizado pesquisas
bibliográficas dos autores Paul Campbell Dinsmore e Monique Cosendey Soares,
Matt M. Starcevich, Daniel Goleman, Peter Salovey & John D. Mayer, Bartira
Bertoni que contribuíram com o embasamento ao estudo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Liderar consiste em... 12
CAPÍTULO II - Como ser um Líder eficaz 18
CAPÍTULO III – GERENCIAMENTO DE EMOÇÕES: PERSPECTIVAS
DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 27
CAPÍTULO IV – As Três Funções do Coach 33 CAPÍTULO V - Habilidades Básicas do Coach 40 CAPÍTULO VI - O Processo do Coaching 44
CONCLUSÃO 48 ANEXOS 51
BIBLIOGRAFIA 65
ÍNDICE 68
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INTRODUÇÃO
Liderar times é um assunto que todos os gestores deveriam pensar
incessantemente. Se era importante no passado, em que prevalecia o valor das
máquinas e dos processos padronizados, muito mais agora, em que a tônica do
sucesso organizacional está centrada na gestão adequada das mudanças e das
pessoas, que geram o conhecimento necessário de que as organizações
necessitam para serem competitivas.
Fazer com que todas as pessoas da organização caminhem na mesma
direção é um desafio constante, equilibrar objetivos organizacionais e pessoais
não é fácil, e é portanto que as competências dos líderes são colocadas em
questão, percebemos então que o aprendizado como pessoas e com pessoas
deve ser constante.
No capítulo inicial iremos identificar a importância de se construir Times,
com membros atuantes, autônomos e responsáveis. Através de uma análise
comportamental, entenderemos os fatores de sucesso que resultam no
desenvolvimento de um Time, que se fortalece através de práticas constantes
como coaching e feedback, processos que fazem com que o líder-gestor
transforme verdadeiramente pessoas, provocando mudanças constantes.
No capítulo seguinte estaremos nos baseando nas citações do autor Paul Campbell Dinsmore, entendendo que nada é atualmente mais vital às
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organizações do que a capacidade de lidar com complexidade, ambigüidade e
incertezas – desdobramentos naturais da aceleração nos processos de mudança
no ambiente externo.
No terceiro capítulo faremos referência ao estudo do conceito de
inteligência extremamente divulgado depois do sucesso do livro de Daniel
Goleman, psicólogo e jornalista do New York Times, que causou euforia nos
meios científicos popularizando conceitos sobre o comportamento humano e que
as emoções não só exercem um papel importante para produtividade individual
como são responsáveis por 80% do rendimento pessoal.
No quarto capítulo oferecemos a oportunidade de identificação das funções
do coach, que variam de acordo com: as necessidades de desenvolvimento do
funcionário, a meta de coaching a ser alcançada e a fase do processo de
coaching.
No quinto capítulo vamos fazer o check list das habilidades do
Coaching.Envolvendo um fluxo contínuo de instrução, demonstração, diálogo,
prática, suporte e feedback, além de exigir a criação de uma parceria baseada no
respeito e confiança mútuos. Coaching implica em saber como e quando utilizar
seis ferramentas-chave: ouvir, observar, analisar, entrevistar, firmar acordos e
fornecer feedback.
Como você lida com um funcionário com talento e potencial cujo
perfeccionismo atravanca seus relacionamentos? Ou com aquele extremamente
especializado que, apoiado em sua superioridade técnica, freqüentemente
desvaloriza sua equipe? E o que fazer com aquele que por ser muito sensível
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esquiva-se de qualquer embate? Você ignora? Mantém a distância? Ou
desempenha o papel de Coach junto a eles.
No sexto capítulo concluiremos o estudo do processo de coaching.
Tornando possível desta forma ajudar as pessoas a mudarem comportamentos
que ameaçam sua carreira a serem bem sucedidas. Esta mudança pode ser
incentivada através de coaching e implica que o Coach avalie o comportamento
no contexto, identificando se ele pode ser alterado e encorajando a pessoa a
mudar.
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CAPÍTULO I
LIDERAR CONSISTE EM PERSPECTIVAS EFICAZES
Integrar de forma organizada e sistemática as ações em nível
individual, grupal e organizacional, visando à realização dos objetivos pretendidos.
Para isso, precisamos entender que o processo envolve:
• Objetivos;
• Competências;
• Motivação;
• Planejamento e Organização do trabalho;
• Coordenação de Pessoas;
• Estratégias e Metas;
• Cultura: visão,missão e valores;
• Recursos: Humanos, Financeiros e materiais tecnológicos.
A Gestão de Pessoas vem passando por um amplo processo de
transformação, na medida em que os sistemas tradicionalmente utilizados como
referencial – centrados em cargo – vem demonstrando fragilidades diante do
ambiente turbulento e mutável pelo qual vem passando as organizações. No
contexto em que mudanças ocorrem a todo o momento, a organização precisa
estar alinhada em torno de definições estratégicas claras, sustentadas por uma
gestão com amplo envolvimento e participação. Uma organização que pretende
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ter de si mesma uma visão estratégica, precisa levar em conta que há um fluxo de
conhecimentos que afeta a produção como um todo. É preciso, portanto,
estabelecer um compromisso, baseando-se em respeito mútuo. O momento atual
exige ampla transformação, uma nova "filosofia de gestão", o que implica em uma
grande mudança no paradigma anterior. Torna-se fundamental ao gestor aprender
a criar novas formas organizacionais em torno dos Times e dos processos
executados por eles.
Atualmente dentro de uma empresa não tem como se trabalhar sozinho,
sendo assim grupos de pessoas são essenciais para o seu funcionamento. Toda
formação básica de pessoas com objetivo comum é definida como “grupo”.
Vejamos as fases da formação de um grupo de acordo com os autores: Shultz,
Robbins e Lundgren.
1ª Fase: Aproximação; Formação; Inclusão e Encontro Inicial
2ª Fase: Ajustes/Controle; Conflitos e Definição de Papéis
3ª Fase: Estabilização; Confiança; Abertura e Feedback
4ª Fase: Dissolução; Interrupção; Terminação e Fechamento.
Mas ter um objetivo comum é suficiente para manter e desenvolver um
‘Time de alta performance’? Entendamos as diferenças entre Grupo, Equipe e
Time.
Também considera as dimensões dependência e interdependência,
como fatores centrais em sua teoria. Para ele no estudo de
desenvolvimento do grupo precisam ser considerados aspectos de
personalidade de seus membros com relação a essas dimensões,
dependência (autoridade) e interdependência (intimidade), além da
dimensão tempo e outros fatores, tais como objetivos do grupo, contexto
físico –social e outros.(Shultz,1958,
http://www.algiconsultoria.com.br/artigos/etapas_grupo.htm, acessado
em 02.10.2009)
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1.1 - Dos Grupos aos Times Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se
reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros
encontram, em geral, produzem resultados aceitáveis. No entanto este grupo não
é um Time.
Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no
cumprimento de metas específicas. A formação do Time deve considerar as
competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e
atingimento das metas. O respeito aos princípios do Time, a interação e
especialmente o reconhecimento entre seus membros no atingimento dos
resultados, deve favorecer ainda os resultados das outras equipes e da
organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um
verdadeiro ‘trabalho em equipe’. Para exemplificar essa diferença imagine um
grupo de pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se
conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já
equipe pode ser o elenco do filme: todos trabalham juntos para atingir uma meta
específica, que é fazer um bom trabalho, um bom filme.
Podemos concluir que grupo e equipe não são sinônimos e um dos
aspectos que distingue o grupo de um Time, é a forma como as tarefas e
responsabilidades são vistas, aceitas e cumpridas. No grupo, a realização do
trabalho depende essencialmente do indivíduo responsável por ele. No Time,
embora haja distribuição de tarefas, a responsabilidade pelos resultados é de
todos os membros. Quando um fraqueja, encontra dificuldades ou, por qualquer
motivo, é impedido de agir, outro assume o seu lugar. Assim, outra diferença entre
grupo e equipe está na interdependência existente entre as pessoas. Agora que
estabelecemos algumas diferenças entre grupo e equipe, você pode estar se
perguntando – E qual a diferença entre Equipe e Time? Um dos valores mais
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praticados na atualidade, enquanto mundo corporativo é o ‘Time’, que na nossa
leitura significa a “criação de um ambiente que valorize a simplicidade, o
entusiasmo, o respeito e a auto-realização”, ou seja, é preciso fazer com que cada
membro do Time se realize e encontre sentido no que faz. Desta forma, os meios
justificam os fins, compartilhar objetivos com pessoas competentes, conscientes
do seu papel e que se ajudam entre si, não é suficiente para manter um Time para
toda a vida. Num Time, os membros conseguem não só a realização profissional,
mas também a pessoal, compartilham valores, crenças e torcem pelos mesmos
ideais.
1.2 - Variáveis que influenciam os Times 1.2.1 -Tamanho
Números de membros, dimensionado adequadamente para permitir a
realização das tarefas.
1.2.2 - Organização
Relação de dependência necessária para realização e distribuições das
tarefas.
1.2.3 - Interação
Processos de comunicação, tendo como base as posições individuais dos
membros do Time e a ligação com as demais áreas.
1.2.4 - Coesão
Força de atração existente intra-equipe, que resulta em estímulo para a
permanência dos membros no Time.
1.2.5 - Competência
Conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o cumprimento
total dos objetivos organizacionais propostos e confiados ao time.
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1.2.6 - Tarefa
Forma e clareza de como as tarefas diárias guardam relação com a
visão e os objetivos da organização.
1.2.7 - Valorização
Valorização e recompensa que a empresa oferece aos membros de um
Time como um todo.
1.2.8 - Recursos
Recursos físicos, materiais, financeiros e tecnológicos disponibilizados ao
Time para criar condições desejáveis para o exercício do trabalho.
1.3 – Comportamento Humano
Acabamos de ver que os Times são importantes para o cumprimento dos
objetivos de uma empresa. Por sua vez, os Times são compostos de pessoas que
através das suas competências agregam conhecimento e são decisivas na
continuidade do próprio negócio. O desempenho dos membros do Time é
resultado de um comportamento adotado por cada um. Na maioria das vezes, o
comportamento é regido pelas emoções. É este lado emocional responsável pela
presença do otimismo, da motivação, do comprometimento, da busca do sucesso
conjunto, que faz alcançar os resultados; assim como pelos fatores que destroem
qualquer Time: inveja, ciúmes, rigidez, angústia, decepção, medo, insegurança,
resistência e ‘estrelismo’. Portanto, para assegurar a alta performance de um
Time, há de se trabalhar os processos emocionais oriundos das relações entre os
membros do Time. Em outras palavras, é preciso olhar o invisível, tornar explícito
o conteúdo implícito do grupo e tirar debaixo do “tapete” a “sujeira” emocional
escondida. E aí está a grande diferença de um líder: o que enxerga além da
tarefa, todo conteúdo emocional que permeia o trabalho e as pessoas. Essa
afirmação baseia se no simples fato de que toda ação ou relação humana está
carregada de conteúdos emocionais que interferem positiva ou negativamente nos
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comportamentos observáveis no Time, lembrando que o desempenho profissional
é fruto deste comportamento. Quando os conteúdos emocionais de um grupo não
são trabalhados, parte da energia que deveria estar a serviço da tarefa é usada
para represar essas emoções e alimentá-las, construindo estruturas de defesa e
"boicotes". O medo, angústia, desespero, incompetência, intranqüilidade,
ansiedade, raiva, tristeza e ressentimentos, tornam a relação no Time falsa e a
tarefa improdutiva.
Em todo processo de negociação, segundo Robbins, existem cinco fases
distintas: a primeira seria a preparação e o planejamento da negociação,
onde deve-se analisar a natureza do conflito, quem está envolvido, quais
as percepções pessoais dos envolvidos e quais as metas do grupo.
( ROBBINS, Sthephen P. Comportamento organizacional (trad. Cristina
Ávila de Menezes). 8ª edição. Rio de Janeiro. LTC. 1994. Cap. 12)
1.4 – O MAPA NÃO É O TERRITÓRIO A realidade não é conhecida e, sim, percebida por meio dos cinco
sentidos. É representada internamente por imagens, sons, sensações e palavras.
Cada indivíduo cria modelos (mapas) do mundo, a partir de informações
sensoriais do ambiente, recordações do passado e interpretação do que seja a
realidade. realidade. Esse mapa determina a interpretação que se dá aos
acontecimentos na vida e o significado que damos a eles. Geralmente é o mapa
individual que limita as nossas ações e não o mundo em si. Enriquecer o mapa
pessoal permite mais escolhas ao lidar com um mundo complexo. Conhecer o
mapa do outro melhora a comunicação e os relacionamentos.
1.5 - A VIDA E A MENTE SÃO PROCESSOS SISTÊMICOS Um indivíduo é um sistema dentro de um outro sistema maior. Mente e
corpo são partes de um mesmo sistema; mente e corpo forma um conjunto.
Nenhuma parte é isolada das outras. Todas têm influência recíproca. Esses
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sistemas se organizam buscando equilíbrio e estabilidade. Em qualquer sistema
aberto é necessário flexibilidade, sendo esta necessária para adaptar-se até
atingir o objetivo proposto.
Embora tenhamos o mesmo “aparelho” mental, possuímos habilidades
diferentes, podendo estas serem modeladas, superando limitações pessoais.
Portanto é um desafio para os executivos, especialmente os da alta administração:
como assegurar que a organização como um todo esteja apropriadamente
sintonizado à questão de uma direção maior? Um desafio que deve ser enfrentado
com liderança eficaz.
Com base no estudo de Lundgren, distinguiu 05 estágios de desenvolvimento: encontro inicial, confrontação do coordenador, solidariedade grupal, intercâmbio de feedback e terminação.(Lundgren,1972;http://www.algiconsultoria.com.br/artigos/etapas_grupo.htm, acessado em 02.10.2009)
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CAPÍTULO II
COMO SER UM LÍDER EFICAZ
Baseando-se nas citações do autor Paul Campbell Dinsmore, entendemos que nada é atualmente mais vital às organizações do que a capacidade de lidar
com complexidade, ambigüidade e incertezas – desdobramentos naturais da
aceleração nos processos de mudança no ambiente externo.
Nesta era de rápidas transformações, é necessário que as organizações
estejam mais do que nunca, orientadas para o futuro, preocupadas em selecionar
a direção apropriada a seguir. Liderança é a força central por trás de organizações
bem sucedidas. Uma força necessária para fazer as organizações desenvolverem
uma visão clara do que podem construir, e efetivamente agirem em direção a ela.
2.1- Assegurando a Liderança Eficaz
Um dos principais problemas de muitas empresas hoje em dia é que elas são
“super-administradas” e “subliberadas”. Seus executivos não alocam atenção
suficiente ao processo de se fazer as coisas certas; eles alocam a maior parte de
sua energia em “fazer certo”, não necessariamente as coisas certas.
A extrema importância da liderança, não apenas para empresas como
também para organizações supra-empresariais e países, têm levado, ao longo dos
anos, diversos especialistas sobre management a efetuarem pesquisas visando a
encontrar características que sejam comuns aos líderes eficazes. Muitas vezes
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essas pesquisas acabam sendo submersas pela diversidade, variações e
diferenças, sem chegar-se a essas características comuns: há líderes eficazes
baixos e altos, articulados e não articulados, altamente conscientes sobre o que
estão fazendo ou “naturais”/espontâneos, com raciocínio mais baseado no lado
esquerdo do cérebro (racional, lógico) ou no lado direito (emocional, intuitivo).
Mesmo em termos de estilos de atuação, os líderes podem ser muito diferentes.
Entretanto, dentre tanta diversidade, quatro competências básicas podem ser
identificadas como características comuns aos líderes eficazes: gerenciamento da
atenção, gerenciamento do significado, gerenciamento da confiança e
gerenciamento do eu.
O Coaching Pratico via Projetos baseia-se num arcabouço chamado
Modelo PBC, Project-Based Coaching, que facilita a navegação pelo
processo de coaching, tanto para o coach, quanto para o cliente. O
modelo propõe um trabalho de base que parte do sonho do cliente,
levanta o ambiente atual da pessoa, estabelece sua missão, traz a tona
seus valores, define sua visão e consequentemente seus objetivos.
Existem uma correlação lógica com coaching e gestão de projetos, já
que projetos de coaching também são únicos, tem inicio, meio e fim,
portanto possuem características de projeto. A metodologia de projetos,
portanto, garante o bom planejamento e acompanhamento dos objetivos
do cliente.( Este artigo é parte do livro Coaching Prático - O Caminho
para o Sucesso, escrito por Paul Campbell Dinsmore e Monique
Cosendey Soares. –
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id127/Auto_coaching, acessado
em 09.10)
2.2- GERENCIAMENTO DA ATENÇÃO
Líderes são capazes de atrair para si próprios a atenção das outras
pessoas, porque criam e disseminam um foco de comprometimento. Eles fazem
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com que as pessoas desejem engajar-se à busca desse foco; eles envolvem as
pessoas em torno de uma visão.
Os líderes gerenciam a atenção de todos os colaboradores por meio de
uma visão compelidora. Realizar a visão na prática é um processo de longo prazo,
mas todas as ações – mesmo as de curto prazo – são sintonizadas num só macro-
sentido. Nesse processo, as estratégias da empresa desempenham o papel de
“ponte” entre o curto prazo e a realização da visão maior.
Visão é um guia de longo prazo. Visão é uma definição do que será a
empresa no futuro.
2.3 - GERENCIAMENTO DO SIGNIFICADO
Para tornar os “sonhos” visíveis a todos os colaboradores da empresa e
fazê-los alinhar-se a eles, os líderes usam sua competência em comunicação. Por
meio da comunicação, os líderes criam significado para as pessoas.
Nesse sentido, o papel dos líderes é integrar fatos, conceitos, histórias e mitos em
conjunto que faça sentido para seus seguidores. Os líderes devem tornar as idéias
tangíveis e reais para os demais (caso contrário não há como apoiá-los...). Não
importa o quão maravilhosa possa ser uma visão, o líder eficaz precisa usar
palavras e modelos para fazer com que sua essência seja compreendida por
todos.
Isso não significa, no entanto, que os líderes sejam mestres da oratória. Na
verdade, os líderes são eficazes em fazer as pessoas compreenderem e apoiarem
suas metas por meio de diversas formas. A habilidade de gerenciar o significado
(assim como a atenção) é inerente à pessoa como um todo. Não é suficiente
empregar expressões de efeito e tecnologias sofisticadas, ou contratar uma
consultoria de relações públicas para escrever discursos bem estruturados. A
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comunicação da essência depende da pessoa do líder, que a transmite não só por
meio de palavras, mas principalmente por meio de atitudes, posturas e exemplos.
Quanto mais problemática e complexa uma organização, mais importante a
habilidade do líder de fazer com que os significados essenciais sejam bem
captados. Idéias comunicadas por líderes têm o poder de atravessar os vários
níveis organizacionais, grandes distâncias e até mesmo bloqueios de grupos com
interesses divergentes.
Para conseguir tal eficácia em comunicação e efeitos de impacto, os líderes
valem-se de analogias, metáforas/ilustrações vívidas e emoção, gerando posturas
de confiança e otimismo/esperança.
2.4 - GERENCIAMENTO DA CONFIANÇA
Líderes são confiáveis e constante-coerentes. Estudos recentes mostram
que pessoas preferem seguir um indivíduo com que possam contar, mesmo que
discordem de seus pontos de vista, do que seguir outros com quem tenham mais
pontos em comum, mas que sejam inconstantes, mudando freqüentemente de
posição.
A confiança é um elemento essencial nos processos de mudança,
especialmente quando é preciso lidar com resistências. Nessas ocasiões, é
essencial que o líder seja consistente. E é exatamente essa coerência que traz
confiabilidade. As pessoas gostam de saber com clareza a posição líder, mesmo
que discordem dela.
2.5- GERENCIAMENTO DO EU
A quarta competência que garante liderança eficaz é o gerenciamento do
eu – a capacidade de conhecer profundamente as habilidades próprias de outros e
de utilizá-las e desenvolvê-las eficazmente.
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O gerenciamento do eu é um fator crítico. Sem ele líderes em potencial
podem causar mais danos do que benefícios. Como médicos incompetentes,
executivos incompetentes podem tornar a vida nas empresas ruim, gerando
pessoas doentes e com menor capacidade vital.
Alguns executivos chegam até os ataques cardíacos e colapsos nervosos;
ainda pior, muitos são “carregadores” fazendo seus colaboradores adoecerem.
Líderes conhecem-se bem; conhecem seus pontos fortes e os desenvolvem
muito precocemente. Além disso, parecem não querer estar muito familiarizados
com o próprio conceito de fracasso. O que comumente a maioria das pessoas
chamaria de “fracasso” recebe dos líderes designações de caráter mais
“transitório” como erro, perda, etc.
Outra importante característica do gerenciamento do eu é a capacidade
demonstrada pelos líderes de concentrar todas suas energias no que percebem
como sendo sua principal área de atuação/trabalho. Para se ter eficácia em
liderança, devemos ser Coach.
2.6- Mas o que vem a ser Coach?
A palavra “Coach” traduzida para o português significa treinador. A figura
mais familiar para nós que exerce a função de Coach é o treinador de futebol. Ele
estimula um time inteiro a trabalhar em equipe, a se manter atualizado com o que
acontece com seus adversários, a aceitar e vencer desafios. É claro que o papel
do Coach dentro das organizações difere dessa figura tão popular entre nós. Mas,
segundo Matt M. Starcevich, PHD e co-fundador do CMOE (Center for
Management and Organization Effectiveness nos EUA), “qual o ‘jogador’ que,
diante de uma situação incômoda, se sentindo inseguro com o que deve fazer,
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não gostaria de encontrar em alguém, equilíbrio mental para checar se está no
caminho certo?”.
O Coach não está só limitado aos esportes. Podemos encontrá-lo muito além
dos campos de futebol. Nas organizações o papel de Coach é desempenhado de
acordo com as necessidades e especificações do grupo em que se encontra. Por
exemplo: no Vaticano, onde o Papa mantém sempre ao seu lado seu Conselheiro
para ajudá-lo com os problemas das leis da Igreja; nos grupos de Alcoólatras
Anônimos que tem como base não só dar suporte e encorajamento aos seus
membros, como também estabelecer uma cultura onde são encorajados a buscar
apoio fora e ter um “padrinho” que os auxilie nos passos de sua cura; atualmente,
nas empresas, que buscam cada vez mais dar suporte aos seu recursos
humanos.
Nas organizações existem duas formas de fazer Coaching. Uma delas é o
Coach interno, onde uma pessoa que compõe o quadro funcional da empresa é
designada a desempenhar essa função. Outra é o Coaching externo em que uma
pessoa é contratada especificamente para essa atividade. Como consultor, o
Coach ajuda a organização a identificar e resolver seus problemas, alcançar seus
objetivos, desenvolver um plano de ação e tomar decisões. Segundo Paul
Campbell Dinsmore, que já realizou Coaching em grandes empresas, a “figura do
Coach externo é de facilitador, advogado do diabo, mentor e palpiteiro.”
Para entender melhor o papel de Coach, pense nos períodos em que você
se sente mais realizado e feliz em seu trabalho. Que diferenças existem entre eles
e os momentos em que você se percebe menos satisfeito? A grande maioria das
pessoas relaciona a fase de satisfação ao período em que tem um supervisor
atuando mais como mentor do que como “gerente”; atuando como alguém que
deixa claro que gosta de você e acredita em seu potencial. São períodos em que
as pessoas se sentem mais fortes, com mais poderes, devido a essa relação
positiva com o gestor.
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O mentor ajuda a clarificar, a entender quais são os objetivos da empresa,
os objetivos do seu departamento e seu papel dentro da empresa. Ele dá o apoio
necessário para que você defina seus objetivos individuais, e faz com que você
saiba qual é a expectativa que a empresa tem com relação ao teu trabalho. Se
você fez um bom trabalho, teve muitos ganhos, o mentor comemora com você.
Porém, nessa trajetória, erros são cometidos e o mentor não procura criticar
e sim ajudar a corrigir, aprender com esses erros e fazer com que o percurso de
trabalho seja retomado na direção certa.
Quando é referido Coach como mentor deve entender o significado
qualitativo dessa palavra. O mentor é tido como “sábio”, como figura permanente
de apoio, pessoa a quem ouvir e confiar. Imaginem um guarda chuva com a
palavra ”Mentor”. Em cada ponta deste guarda chuvas acharão descrições sobre o
papel de mentor. Encontraremos tutor, defensor, conselheiro, protetor, guia e
Coach. Visto isso, o Coach é somente um dos diversos papéis que o mentor pode
desempenhar. Suas ações são específicas e com prazos determinados
diferenciando-as das do mentor. Ou seja, nem todo Coach é mentor.
O sucesso do Coaching não está somente vinculado à qualificação da
pessoa “Coach”. Para Paul Campbell Dinsmore, “esse sucesso depende dos
seguintes fatores: a vontade do executivo, a relação entre o Coach , o executivo e
a metodologia aplicada”. A vontade do funcionário em querer receber Coaching é
tão importante quanto à do Coach em querer desempenhar esse papel. (livro
Coaching Prático - O Caminho para o Sucesso, escrito por Paul Campbell
Dinsmore e Monique Cosendey Soares; 2007).
Após os breves esclarecimentos acima, voltemos à questão inicial: O que
vem a ser Coach?
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Seja ele interno ou externo a uma Organização, o Coach não
desempenha apenas um papel na empresa. Ele é o próprio papel. Ghandi ou
Martin Luther King nunca fizeram curso sobre “não-violência”, Walter Gronkite
sobre “integridade”, eles confiaram em seus valores e crenças. Eles eram seus
valores. O coach tem que ser e não fazer o suporte. O suporte é um trabalho
interior, uma decisão interna que, segundo Matt M.Starcevich, “vem como
resposta encontrada no coração da natureza humana”. (Matt M. Starcevich, Ph.D.
Fundador e CEO, Centro de Coaching & Mentoring – 1989)
O Coach encontra vários obstáculos e dificuldades para seu sucesso. Um
deles é criar condições para motivar a equipe a vencer desafios, superar limites.
Tirar as pessoas da zona de conforto, da rotina, fazendo com que elas
experimentem novidades, faz com que sentimentos de ansiedade, insegurança e
frustração venham à tona. Saber como lidar com eles e fazer com que esses
sentimentos não contaminem a equipe e prejudiquem o processo é um trabalho
árduo e difícil.
Há também situações onde o Coach é visto como uma figura boa, em que
se pode confiar e que diante de um erro dá apoio e ajuda. Isso muitas vezes pode
ser confundido como uma figura paternal onde a acomodação não demora em
surgir.
O Coach também é um ser humano com virtudes e falhas. O dia a dia da
pessoa Coach está sujeita às variações normais de humor do desenvolvimento
humano. Porém, a equipe exige uma disponibilidade emocional e profissional em
tempo integral que dificilmente pode ser atendida.
Ser Coach exige empenho, persistência e disponibilidade de corpo e alma
para que esse processo dê certo. Ele mexe muito com as pessoas, com suas
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emoções. Em especial nas organizações, o Coach, muitas vezes, deve ter a
sapiência do mentor para fazer com que seu time continue vencendo barreiras,
superando desafios, estimulando-o a encarar a mudança como forma de
crescimento. Mudança na forma de pensar, nas crenças, não é fácil de acontecer.
Porém, a poderosa força da história mostra que os vencedores de amanhã são
aqueles que estão em constante processo de aprendizagem, adaptação e atentos
às repentinas mudanças no mercado. Assim, percebemos que é a permanente
busca de melhores resultados que faz com que esse processo seja irreversível.
"Mentoring é tendenciosa a seu favor. Coaching é imparcial, com foco
em melhoria no comportamento". Em resumo, o mentor tem um
profundo interesse pessoal envolvido pessoalmente um amigo que se
preocupa com você e seu desenvolvimento a longo prazo. O coach
desenvolve habilidades específicas para a tarefa, desafios e
expectativas de desempenho no trabalho. (Matt M. Starcevich, PhD.Fundador e CEO, Centro de Coaching & Mentoring –
1989www.yesweb.org/2006/Publications.../Coach_Mentor.doc,acessado
em 10.10.2009)
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CAPÍTULO III
GERENCIAMENTO DE EMOÇÕES: PERSPECTIVAS DA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
O conceito de inteligência está sendo largamente divulgado depois do
sucesso do livro de Daniel Goleman, psicólogo e jornalista do New York Times,
que entrevistou inúmeros pesquisadores ao longo de sua carreira. Sob o título de
Emotional Intelligence lançado nos Estados Unidos em 1995, esse livro causou
grande agitação nos meios científicos. A edição em português chegou às livrarias
em maio de 1996 e, desde então, está “sacudindo” profissionais de todas as
áreas, por popularizar conceitos até agora conhecidos em meios acadêmicos
através de linguagem séria, ordenada e descritiva. Seu grande mérito é o de
compilar pesquisas realizadas sobre o comportamento humano, algumas recentes
e inéditas, que revolucionam conceitos pela visão científica do mundo,
comprovando, também cientificamente, que as emoções não só exerce um papel
importante para produtividade individual como são responsáveis por 80% do
rendimento pessoal. (GOLEMAN, D.. Emotional intelligence. New York: Bantam
Books, 1995)
O que determina uma carreira de sucesso? Quais os conhecimentos vão
fazer de um gestor, um líder capaz de mobilizar e estimular seu time?
Para Daniel Goleman, a resposta está na Inteligência Emocional. Para o
especialista, líder é a pessoa capaz de aliar suas emoções e
conhecimentos, levando em consideração as emoções e conhecimentos
das pessoas de sua equipe.( GOLEMAN, D.. Emotional intelligence. New
York: Bantam Books, 1995, http://br.hsmglobal.com/notas/45899-daniel-
goleman---intelig%C3%AAncia-emocional,acessado em 10.10)
28
3.1 – Conceitos
O termo “Inteligência Emocional” é atribuído ao psicólogo da Universidade
de Yale, Peter Salovey, e a seu colega, John Mayer, que definem como cinco as
áreas de abrangência dessa habilidade no comportamento humano:
A. Conhecer suas próprias emoções;
B. Administrá-las;
C. Motivar a si próprio;
D. Reconhecer emoções em outras pessoas, e
E. Manejar relacionamentos.
3.1.1 - Conhecer suas próprias emoções
É não só a capacidade de reconhecer a emoção ou o sentimento que o
envolve, assim que ele aparece, mas saber qualificá-lo corretamente.
3.1.2 - Administrar as próprias emoções
Ser capaz de adequar a energia da emoção para entrar em conformidade
com o momento, qualidade e intensidade da emoção, o que é um aprendizado.
3.1.3 - Motivar a si próprio
29
Habilidade de conter emoções e reter impulsos, para alcançarem objetivos e
manter-se confiante e otimista mesmo frente a situações adversas.
3.1.4 - Reconhecer emoções em outras pessoas
Sua presença é percebida em quase todos os papéis sociais, da área de
vendas à gerência e chama-se “empatia”. Sua falta é também notada e é a causa
de inúmeros problemas do século XX. A chave para intuir as emoções alheias é a
habilidade para ler as mensagens não-verbais: olhar, expressão facial, tom de voz,
etc.
3.1.5 - Manejar relacionamentos
Quando duas pessoas interagem, a direção do estado de humor de uma
passa para a outra pessoa. A sincronia de emoções determina se uma relação
está indo bem ou não. Emoções não só comunicam como também contagiam o
estado de uma e de outra pessoa. (Peter Salovey & John D. Mayer – 1990)
Embora Goleman não o cite, Bartira Bertoni, reconhecida consultora
organizacional comenta que já existem pesquisas comprovando que, quando um
subordinado apresenta doenças psicossomáticas, há uma relação estreita com o
humor transmitido pelo gerente; o subordinado é contagiado pela maneira como é
tratado e pelo estado emocional do chefe. Baseada nisso, ela se pergunta se
poderemos, no futuro, chamar de doenças profissionais: o estresse, a úlcera e o
enfarte adquiridos por convivência em ambientes hostis.
A teoria da Inteligência Emocional refere-se ainda aos componentes de uma
inteligência social, enumera atividades típicas da gerência de pessoas e
30
demonstra a que grau os pressupostos da psicologia científica são incompletos e
errôneos para levar as pessoas ao equilíbrio e à tão propalada qualidade de vida.
Conhecer as próprias emoções. Autoconsciência - é a pedra
fundamental da inteligência emocional. Controlar os sentimentos nos
mais variados momentos e situações para melhorar o discernimento
emocional e a autocompreensão.Administrar as emoções. Lidar com os
sentimentos apropriadamente é uma capacidade que nasce do
autoconhecimento.Motivação. Direcionar as emoções e atenção para
determinado objetivo ou de uma meta é essencial para concentrar a
atenção e promover realizações.Reconhecer as emoções dos outros. A
empatia é um atributo que se desenvolve na autoconsciência emocional,
base inequívoca para a “aptidões pessoais”, despertando a sensibilidade
para as necessidades e anseios do próximo.Administrar
relacionamentos. A arte do relacionamento é, em grande parte, a aptidão
de lidar com as emoções dos outros. Reforçam a popularidade, liderança
e eficiência interpessoal. (Salovey e Mayer, Emotional Intelligence. apud
Goleman, 1995, p.55)
Em primeiro lugar, ela desmistifica o tema emoções, considerado quase que
tabu na sociedade ocidental. Depois populariza conceitos embasados em pesquisas
científicas — como, por exemplo, o fato de que a frustração, até hoje tida como
negativa na educação de crianças é, na verdade, um fator importante para levar os
indivíduos a se manterem dentro de seus objetivos. Rompe-se, dessa forma, um dos
pressupostos da psicanálise.
Mostra a importância do fator esperança na busca de soluções de problemas e,
tal como é definida no livro de Goleman, engloba a capacidade de raciocínio em
longo prazo, comprova a existência de um centro distribuidor que duplica os
estímulos recebidos através da visão — a amígdala — localizada no cérebro, que nos
permite responder a situações emergenciais sem o uso do centro racional, o que nos
31
dá uma abertura fantástica para começar a resgatar a intuição como recurso licito do
psiquismo humano.
Ao mencionar coisas abstratas como emoções, em uma linguagem acessível,
mas de maneira científica, a teoria da Inteligência Emocional propõe alguns modelos
do que venha a ser o comportamento saudável.
Bartira Bertoni, autora do livro Reengenharia Humana - Preparando o
Indivíduo para a Mudança, comenta que, até o momento, a psicologia parte de
modelos trazidos da observação de pacientes em hospitais psiquiátricos, aliando-se à
psiquiatria para desvendar o comportamento das pessoas saudáveis. Os teóricos da
Inteligência Emocional, por outro lado, indicam que a psicologia - o estudo da psique
(do cérebro) - depende da neurofisiologia, e não da psiquiatria e que entender o
cérebro depende de avanços tecnológicos. Dessa forma, fica comprovado que gerir
pessoas tem como tarefa a “reeducação das emoções”, porque, na proporção
apontada por Goleman, para que uma empresa possa ter sucesso, o enfoque do
treinamento deverá ser: 80% nos aspectos emocionais e apenas 20% nos aspectos
intelectuais.
Uma vez que, segundo as pesquisas da neurociência (ciência que estuda o
cérebro), emoções são aprendidas, no campo organizacional isto abre caminho para
que propostas de ensiná-las sejam possíveis - após, é claro, o devido diagnóstico de
maturidade emocional e identificação das principais emoções.
Tratar das emoções passa a ser a criação de novos modelos de atuação em
circunstâncias desagradáveis e, através da introdução de novas formas de
administrá-las, torna-se possível modificar a cultura organizacional de maneira rápida
e eficaz.
32
A teoria da Inteligência Emocional descreve uma nova abordagem do
comportamento humano e prova que é possível reaprender a lidar com emoções.
(Bertoni, B Reengenharia Humana - Preparando o Indivíduo para a Mudança – 1994)
A questão que se impõe agora é procurar entender como a escola, com
funções tão definidas e claramente diferenciadas antes da Revolução
Industrial, foi se tornando permeável às demandas do sistema produtivo,
a ponto de hoje a própria empresa emergir "como a quinta instituição
formal de educação na sociedade", como afirma B. Bertoni(BERTONI,
Bartira. Reengenharia humana: preparando o indivíduo para a
mudança. Salvador: Casa da qualidade, 1994. p. 131.)
33
CAPÍTULO IV
AS TRÊS FUNÇÕES COACH
Para que sejam eficazes no desempenho de suas funções, os integrantes
de uma organização precisam compreender claramente seus papéis nos vários
contextos em que atuam. Conforme estudos webgráficos, avaliei que certas
perguntas permanecem vivas na mente dos funcionários à medida em que
desempenham suas funções no contexto de uma determinada cultura corporativa.
A função do Coach consiste em ouvir essas perguntas e
ajudar os funcionários a respondê-las
Em geral, as principais perguntas que os funcionários precisam / desejam
responder são as seguintes:
§ Como estou me saindo?
§ Como os outros me vêem?
§ O que esperam de mim?
§ Como posso desempenhar melhor minha nova função?
§ Como é a cultura desta empresa?
§ Como posso me manter / crescer na empresa?
§ Posso assumir riscos aqui?
§ Estou sendo pago para pensar ou simplesmente para executar?
§ Quais são as recompensas pelo meu empenho no trabalho?
34
§ De que maneira você, gestor, pode me ajudar a ter satisfação no
trabalho e a alcançar meus objetivos na minha carreira?
Para responder a essas e outras perguntas, o gestor precisa assumir
diferentes funções de coach, que variam de acordo com: as necessidades de
desenvolvimento do funcionário, a meta de coaching a ser alcançada e a fase do
processo de coaching.
Definindo funções
Para isso, as três funções do coach são:
MENTOR
MODELO
AVALIADOR
4.1 - MENTOR
É uma pessoa envolvida continuamente em um processo de auto-
desenvolvimento, mantendo-se atualizado em sua área de trabalho. Sabe como as
redes operam e como lidar com a política corporativa, ajudando o funcionário a:
§ Priorizar projetos em função das estratégias e das políticas
organizacionais;
§ Decidir qual a melhor abordagem para um determinado problema;
§ Compreender as mudanças, bem como planejá-las e implementá-las;
§ Lidar com a cultura corporativa e com a burocracia, eliminando
barreiras ao desempenho.
35
4.1.1 - Como age o Mentor
A) Protege o funcionário de estresses desnecessários.
B) Ajuda o funcionário a evitar o envolvimento em situações políticas que
possam prejudicar sua carreira.
C) Adota a chamada “política de portas abertas”.
D) Valoriza a diversidade de opiniões, estilos de trabalho etc.
E) Mostra ao funcionário como agir objetivamente e reduzir o ônus
administrativo do trabalho.
F) Mantém o funcionário informado sobre aspectos importantes para o seu
crescimento na organização, inclusive normas sobre traje, estilos de liderança e
resolução de conflitos.
G) Mantém sigilo.
H) É empático e apóia o funcionário sempre que necessário.
I) Auxilia o funcionário a superar obstáculos ao seu desenvolvimento.
J) Transmite informações sobre as mudanças e decisões que afetam o
trabalho e as oportunidades na carreira do funcionário.
4.1.2 - Perguntas que o Mentor precisa fazer
§ Como você se sente em relação às suas atribuições atuais?
§ Que dificuldades você vem enfrentando no seu trabalho?
§ O que você pode fazer para superá-las?
§ Que dificuldades políticas você vem enfrentado?
§ Seu trabalho pode ser simplificado de alguma forma?
§ Que relacionamentos você considera mais ou menos gratificantes?
§ Como você pode melhorar os seus relacionamentos?
36
§ Como você acha que a nossa empresa deveria ser? Como você pode
ajudar nessa direção?
§ Que recursos o ajudariam a melhorar seu desempenho atual e futuro?
4.2 - MODELO
Como modelo o coach busca oportunidades de demonstrar os
comportamentos desejáveis e relevantes para a cultura corporativa que pretende
criar ou apoiar. É uma função básica, uma vez que precisa ser visto como uma
pessoa confiável, competente e digna de crédito para orientar os outros. Os
modelos “praticam o que pregam” e demonstram o estilo de liderança adequado
em sua cultura corporativa.
4.2.1 - Como age o Modelo
A) Demonstra entusiasmo pela visão e pelos valores da empresa.
B) Busca oportunidades para o crescimento pessoal e profissional.
C) Mantém-se atualizado em sua especialidade através da leitura, da
participação em conferências e da formação de redes.
D) Comunica as razões existentes por trás das mudanças.
E) Oferece ao funcionário a oportunidade de expressar suas preocupações
antes que ocorram as mudanças que podem afetá-lo.
F) Transmite e demonstra a importância da cooperação e da colaboração ao
solucionar problemas e tomar decisões.
G) Demonstra idoneidade nas relações com funcionários e clientes.
H) Demonstra habilidades interpessoais ao lidar com funcionários em todos
os níveis.
I) Estimula o comportamento colaborativo.
J) Admite e cresce com os erros, respeitando a filosofia da melhoria
contínua.
37
4.3-AVALIADOR
Ajuda os funcionários a avaliar seus pontos fortes, bem como suas
necessidades de aperfeiçoamento, seus pontos cegos, seus interesses e suas
metas profissionais. O avaliador estabelece um consenso com o funcionário, no
sentido de observar seu desempenho em determinadas condições e fornecer
feedback e apoio adequados.
4.3.1 - Como age o avaliador
A) Analisa as habilidades necessárias às competências atuais e futuras de
um funcionário.
B) Observa diversas situações em que o funcionário pode demonstrar tais
habilidades.
C) Fornece feedback construtivo, positivo e corretivo sobre comportamentos
e habilidades específicas, concretas e observáveis.
D) Aborda os problemas de desempenho de forma direta e construtiva.
E) Ajuda o funcionário a definir critérios de avaliação de seu desempenho.
F) Por ocasião da avaliação, compara o desempenho do funcionário com as
metas e expectativas acordadas anteriormente.
G) Ajuda o funcionário a analisar as razões de seus sucessos e fracassos.
H) Oferece reconhecimento e recompensas adequadas aos resultados
alcançados.
I) Verifica se as recompensas estão adequadas aos resultados e se o
funcionário percebe a relação entre o que faz e o reconhecimento que recebe.
J) Incentiva o funcionário a receber feedback de seus clientes e dos outros
membros da equipe.
4.3.2 - Perguntas que o avaliador precisa fazer
38
É necessário chegar a um consenso com o funcionário antes de realizar
sessões de avaliação. As respostas para as perguntas a seguir ajudam a obter
esse consenso:
§ Que habilidades você considera mais importantes para a sua função
atual?
§ Quais dessas habilidades você julga possuir atualmente? E as que mais
precisam ser trabalhadas?
§ Que habilidades você considera mais importantes para as atribuições que
deseja desempenhar?
§ Quais dessas habilidades você julga possuir e quais precisam ser
trabalhadas?
§ Em que situações é possível observar que você demonstra tais
habilidades?
§ Onde e quando essas observações devem ocorrer?
§ Quem deve observar e fornecer o feedback?
§ É necessário buscar feedback de clientes e fornecedores?
§ Como e quando você quer receber o feedback?
Neste capítulo verificamos que Coaching é uma maneira de identificar e
incentivar o potencial dos funcionários. Envolvendo um fluxo contínuo de
instrução, demonstração, diálogo, prática, suporte e feedback, além de exigir a
criação de uma parceria baseada no respeito e confiança mútuos. Exige
também que os gestores estejam sempre desenvolvendo suas habilidades e
aprimorando suas ferramentas.
Coaching implica em saber como e quando utilizar seis ferramentas-chave:
ouvir, observar, analisar, entrevistar, firmar acordos e fornecer feedback.
39
“Coaching não é terapia. Nosso negócio é pensar à frente”
(Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching, http://www.sbcoaching.com.br,acessado em 29.09)
40
CAPÍTULO V
HABILIDADES BÁSICAS DO COACH
Coaching é uma maneira de identificar e incentivar o potencial dos
funcionários. Através de estudo observatório e leitura webgráfica percebi o
envolvimento de um fluxo contínuo de instrução, demonstração, diálogo, prática,
suporte e feedback, além de exigir a criação de uma parceria baseada no respeito
e confiança mútuos. Exige também que os gestores estejam sempre
desenvolvendo suas habilidades e aprimorando suas ferramentas. Coaching
implica em saber como e quando utilizar seis ferramentas-chave: ouvir, observar,
analisar, entrevistar, firmar acordos e fornecer feedback.
5.1-Definido as habilidades
5.1.1 – Ouvir
Um Coach deve dar atenção pessoal ao funcionário, minimizando as
distrações, mantendo o contato visual e demonstrando uma postura física
descontraída. Uma das formas de demonstrar atenção é parafrasear o que os
funcionários dizem e demonstrar empatia pelo que sentem. Outra maneira é fazer
perguntas abertas de modo a demonstrar interesse e sondar informações
importantes, prestar atenção na postura gestual dos funcionários e, ao final de
cada discussão, fazer um resumo do que ouviu.
5.1.2 - Observar
Os Coaches devem ter a habilidade de ver e ouvir, identificando pistas que
lhes indiquem que seus funcionários necessitam de ajuda ou têm condições de
assumir maiores responsabilidades e autonomia. Devem atentar para as
41
mudanças de comportamento, observando os funcionários em diversas situações
e vendo como reagem ao estresse. Os Coaches devem, ainda, identificar
oportunidades para ampliar competências, reforçar o desempenho positivo e
eliminar barreiras.
5.1.3 – Analisar
Os Coaches devem saber como determinar a causa básica em caso de
tendência a queda ou mudança de desempenho. O problema está sendo causado
por questões pessoais, por falta ou deficiência de habilidade ou por baixa
motivação? O funcionário desempenha a função há muito tempo? O trabalho é
altamente repetitivo? Os Coaches devem também ser capazes de avaliar o que
provoca tendências de melhoria para que possam conhecer o estilo de
aprendizado do funcionário e o tipo de estímulo que tende a motivar cada pessoa.
5.1.4 – Entrevistar
Um Coach deve ser capaz de formular perguntas úteis destinadas a sondar
as habilidades, os valores, os interesses e as realizações dos funcionários. Devem
saber como obter informações importantes sem que o funcionário sinta-se
interrogado ou assuma uma posição defensiva.
As perguntas abertas incentivam o funcionário a refletir. Por exemplo: “como
você está se sentindo em relação à sua função atual?”. As perguntas fechadas
sondam aspectos específicos. Por exemplo: “quando você espera participar dessa
aula?”. As perguntas reflexivas esclarecem e asseguram o entendimento. Por
exemplo: “você está dizendo que não tem certeza se quer ser promovido?”.
42
5.1.5 - Firmar Acordos
Coaching significa criar uma parceria e incentivar os funcionários para que
assumam responsabilidades por suas carreiras. Conseqüentemente, ambas as
partes devem firmar acordos em torno das expectativas e compromissos de quem
fará o quê. Algumas das perguntas a serem respondidas são: Quem fará o quê?
Como? Quando? Qual a responsabilidade e a autoridade de cada uma das
partes? Que informações serão repassadas? Quando serão realizadas reuniões
de análise?
5.1.6 - Fornecer Feedback
O feedback pode melhorar substancialmente o desempenho de um
funcionário. Ao fornecer feedback positivo, os Coaches devem focalizar
comportamentos observáveis e descrever o que foi observado, em vez de julgá-lo.
Além disso, o comportamento desejado deve ser expresso e compreendido. Não
basta simplesmente identificar o comportamento negativo. Recomendar / sugerir
opções de comportamentos futuros a serem experimentados pode reduzir a
probabilidade de postura defensiva por parte do funcionário.
Os Coaches devem administrar feedback relativo a habilidade e
conhecimento dos funcionários, tendo o cuidado de não sobrecarregá-los com
uma quantidade excessiva de feedback negativo. É importante preservar a auto-
estima, concentrando-se em apenas duas ou três áreas que necessitam de
mudanças, ainda que várias áreas exijam melhorias. Lembre-se de observar as
formas de comportamento positivas e elogiar com freqüência.
Sendo assim, todo Time precisa de coaching porque não podemos observar
nossas próprias ações sem a ajuda dos outros; é com os olhos dos outros que nos
enxergamos melhor, que vemos quem realmente somos e os resultados que, de
43
fato, produzimos. As pessoas deveriam dedicar-se ao desenvolvimento dos
outros, porque é uma forma de também se desenvolverem. Coaching é um
exercício refinado de liderança. Para os Times, o benefício do processo de
coaching é um clima de maior confiança e cooperação, aumentando o nível de
satisfação no trabalho. O maior beneficiário desse processo é a própria
organização, que ganha uma extraordinária rede de cooperação, formação
contínua e compromisso com resultados.
(coach - "Profissional especializado em gestão e acompanhamento de
carreiras" Fonte: Redação Brasil Profissões,
http://www.brasilprofissoes.com.br,acessado em 03.10.2009)
44
CAPÍTULO VI
O PROCESSO DO COACHING
O coaching pode ser entendido, em síntese, como um estilo gerencial
baseado na atuação de um líder orientado para melhorar substancialmente o
desempenho de um membro de sua equipe, através do desenvolvimento de
habilidades especificas que contribuirão para a melhor execução de tarefas
específicas. O coaching é igualmente aplicável para melhorar o desempenho de
uma equipe. Neste sentido, o desempenho da equipe será o resultado da
capacidade dos seus membros de trabalhar em conjunto, dentro de um conceito
de melhoria contínua.
Como elemento no processo global de mudança, o coaching promove e
sustenta a delegação e transferência de responsabilidades e estende o domínio
das ações a todos os funcionários.
6.1 - O papel do coaching
O papel fundamental do coaching é o de ajudar as pessoas a encontrar sua
própria motivação, a definir suas metas, a descobrir através de suas próprias
45
experiências e habilidades que o crescimento contínuo do desempenho é
possível, ajudando-os, então, a produzi-lo. Neste processo, a atitude do coach é
fundamental, pois, na medida em que este mostra uma atitude e approach
positivo, induz a que os outros profissionais adquiram motivação para assumir a
mesma atitude.
Dentro das principais tarefas do Coach, destacam-se como ações:
§ Ajudar
§ Orientar
§ Conseguir que os profissionais adquiram domínio sobre os objetivos fixados
§ Ajudar pessoas a explorar opções
§ Conseguir um clima, no qual o crescimento contínuo se converta, não só em possível como em desejável.
O Coach deve estar atento aos motivos pelos quais as pessoas podem estar
não se desempenhando bem, buscando compreender que a performance dos
membros de uma equipe pode estar sendo afetado negativamente por que:
§ Não entendem completamente o que esperam dele
§ Não tem os conhecimentos ou habilidades necessárias para completar a
tarefa
§ Foram interrompidos ou distraídos enquanto executavam as tarefas
§ Não usaram ou não tiveram as ferramentas corretas à disposição
§ Certamente necessitavam coaching
§ A comunicação não foi clara.
Por outro lado, o líder de uma equipe, para atuar como coach, deve
desenvolver algumas habilidades específicas, tais como: empatia, vontade de
46
arriscar, compromisso de desenvolver aos outros e a si próprio, ser paciente, ter a
percepção do momento adequado para provocar e para apoiar, vontade de
reconhecer méritos e saber avaliá-los, vontade de compartilhar e ser aberto.
6.2 - Solucionar problemas
O processo para solucionar problemas descreve o que geralmente ocorre
nas conversas de coaching bem sucedidas, que têm as funções de orientação,
aconselhamento e tutoria.
É a conversa de coaching que produz os resultados desejados de maneira
mais consistente e eficaz. Para se tornar um “coach” competente, o gerente tem
que ser capaz de conduzir o processo do início ao fim.
O processo tem três estágios:
§ Estágio 1 – Envolvimento
§ Estágio 2 – Desenvolvimento
§ Estágio 3 – Solução
Em geral o desenvolvimento do processo é o mesmo, independentemente
de ser uma orientação, um aconselhamento ou uma tutoria, mas cada estilo
requer a correta definição dos objetivos que se pretende alcançar e a utilização de
habilidades específicas.
Todos os estágios do processo são interdependentes e normalmente há um
movimento bilateral entre eles. O processo é direcionado a conclusões e
resultados específicos.
47
Alguns estágios exigem o uso de certas habilidades, mas a maioria destas,
particularmente as habilidades de desenvolvimento de informação do Estágio 1
são usadas no decorrer de todo o processo.
É o processo de “coaching” e não o “conteúdo” que conduz ao
compromisso de um alto desempenho juntamente com uma relação produtiva de
trabalho.
6.3. – Envolvimento
É necessário:
§ Esclarecer o objetivo da conversa. O que está sendo discutido? Quais são os resultados esperados?
§ Envolver o funcionário numa interação livre e natural
§ Criar um clima de confiança
6.4 - Habilidades Requeridas:
§ Parafrasear
§ Ouvir sem avaliar
§ Mostrar-se presente dando indicações verbais e não-verbais de que está envolvido na conversa
§ Manter a conversa fazendo perguntas e resumos
6.5. - Desenvolvimento
É necessário:
48
§ Utilizar habilidades verbais eficientes para estabelecer uma conversa de mão-dupla.
6.6 - Habilidades Requeridas
§ Objetividade: ser específico e objetivo no compartilhamento de informações e expectativas
§ Formulação de perguntas de forma correta: sondar, esclarecer e definir o problema
§ Relacionamento: chamar a atenção para o que está acontecendo na
conversa
§ Treinamento: dar informação e instruções, fazer referências e
recomendações
§ Síntese: fazer pausas na conversa para resumir os pontos-chave.
6.7 - Solução
Consiste em planejar o futuro, isto é, o que vai acontecer a partir de agora.
O objetivo geral e principal do “coaching” é conseguir que o funcionário atinja
altos níveis de desempenho mantendo uma relação eficiente de trabalho com os
Gerentes e demais colegas. A solução se dá com a revisão do que ocorreu na
sessão de “coaching”.
6.8 - Objetivos
§ Conclusão
§ Etapa(s) seguinte(s)
§ Relacionamento construtivo
§ Compromisso
49
6.9 - Habilidades Requeridas
§ Síntese: rever os pontos-chave da entrevista para garantir compreensão
comum
§ Planejamento: elaborar estratégias e estabelecer as etapas seguintes
§ Atitude Positiva: comentar os pontos fortes do funcionário e as perspectivas
positivas sobre ele.
6.10 – Síntese
ETAPAS FINALIDADE AÇÕES DO COACH
Envolvimento Esclarecer o objetivo da conversa, bem como dos resultados dela esperados
Criar um clima de confiança por meio da manifestação livre e natural das percepções de ambas as partes
Fazer perguntas e resumos de forma a esclarecer o(s) fato(s) usado(s) como referência no processo
Ouvir sem avaliar Dar indicações verbais e não-verbais do seu envolvimento na conversa. Sentar frente à frente com o funcionário, mantendo contato visual
Desenvolvimento Verbalizar as percepções de ambas as partes sobre o(s) fato(s) em discussão, de forma a esclarecê-lo(s)
Ser específico no compartilhamento de informações e expectativas
Comentar os pontos-fortes do funcionário e as perspectivas positivas sobre ele
Formular perguntas abertas de forma a sondar, esclarecer e definir o problema
Fazer pausas e resumir os pontos-chaves
Se necessário: Chamar a atenção para o que está acontecendo na conversa
Dar informação e instruções, bem como fazer recomendações
Solução Planejar o futuro Obter o compromisso Rever o que aconteceu
Rever os pontos-chave da entrevista para garantir compreensão comum – fazer a
50
durante o “coaching”, reafirmando um relacionamento construtivo
síntese Ressaltar os pontos mais fortes do funcionário, estimulando uma atitude positiva
Elaborar estratégias e estabelecer as etapas seguintes - planejamento
MINOR, – Marianne - Coaching para o desenvolvimento – Habilidades para Gerentes e Líderes de Equipe, Qualitymark, 2002.
Como visto, a atitude do coach é fundamental, na condução de identificação
da motivação do funcionário. Sendo importante o desenvolvimento de algumas
habilidades específicas afim de alcançar o resultado efetivo da estratégia
previamente planejada.
Os objetivos de Coaching para o Desenvolvimento, relacionados a seguir, foram desenvolvidos, quanto às questões essenciais. Explicar o papel do gerente como treinador. Esclarecer o significado dos cinco papéis dos Treinadores. Fornecer exemplos de técnicas em decisões de coaching de qualidade.( MINOR, – Marianne - Coaching para o desenvolvimento – Habilidades para Gerentes e Líderes de Equipe, Qualitymark, 2002,p23)
51
CONCLUSÃO
A essência do “coaching” é a criatividade e a busca das soluções. O
Coaching deve refletir a complexidade e a dificuldade do verdadeiro esforço para
mudar um comportamento. Mudança comportamental requer entendimento do
efeito que o comportamento de uma pessoa causa nas outras – um processo que
pode ser doloroso. Mudança requer paciência, acompanhamento constante e
disciplina. Não espere atrasos, mesmo depois de uma grande melhora no
comportamento algumas pessoas só irão notar a diferença quando esse
comportamento, algumas pessoas só irão notar a diferença quando esse
comportamento estiver bem estabelecido. Mudança não é linear.
Atualmente as organizações reconhecem a importância de gerenciar as
habilidades a favor do fator humano – trabalhar com o desenvolvimento de
pessoas.Coach é inovador como uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento
de recursos humanos, principal patrimônio da empresa, além de desenvolver a
capacidade de aprendiagem da empresa. É fundamental o papel do líder-gestor, a
fazer com que cada membro do time se realize e encontre sentido no que faz,
estimulando no time um comportamento que busque resultados e satisfação para
o cliente. Dentro de uma organização fazer com que cada um tenha um
autoconceito sadio é um passo importante no reconhecimento líder – liderado,
onde esse processo se faz em mão dupla, compreendendo que devemos praticar
a empatia de forma genuína, devendo fazer aos outro o que realmente gostariam
que fizéssemos.
52
O líder deve compreender que a habilidade interpessoal é fundamental,
pois a forma de aprendizagem será adequada ao grau de maturidade, autonomia,
experiência,conhecimentos, crenças, princípios e valores dos liderados. Nesse
contexto também vamos considerar e estimular os canais de comunicação
predominantes em cada um, avaliando o desempenho e mapeando o potencial de
cada um. Como “Coach” é importante ter o foco nos resultados e no
desenvolvimento profissional e pessoal de cada um. Salientamos que a Liderança,
como “Coach” através da presente pesquisa vai diagnosticar de que forma será
mais eficaz o desenvolvimento do líder, como “Coach” em toda Gestão
Empresarial, dinamizando a humanização corporativa. Ser um coach eficiente é
uma parte essencial para o sucesso.
53
ANEXOS
ÍNDICE DE ANEXO
ANEXO 01 O QUE É COACHING PARA O DESENVOLVIMENTO?
ANEXO 02 NÍVEIS DE COACHING
ANEXO 03 Coaching: Os 10 mitos mortais
54
ANEXO 01
LEITURA COMPLEMENTAR
§ O que é coaching para o desenvolvimento
Marianne Minor
§ Coaching: Os 10 mitos mortais
Constatine Von Hoffman
55
O QUE É COACHING PARA O DESENVOLVIMENTO?
Marianne Minor
Coaching para desenvolvimento é um processo de construção de um
ambiente e um relacionamento de trabalho destinado a desenvolver
habilidades e melhorar o desempenho de uma ou ambas as partes. O
coaching deve contar com o apoio e o respaldo do sistema de gestão de
desempenho e da cultura empresarial.
O que é “desenvolvimento”? É a identificação de oportunidades de
preparação de funcionários de modo a permitir-lhes maior alcance ou
profundidade em suas funções atuais ou futuras. O desenvolvimento eficaz
deve proporcionar maior crescimento pessoal e satisfação dos funcionários no
trabalho.
Quais os benefícios para a empresa?
§ Melhora a produtividade e o desempenho dos funcionários
§ Aumenta a taxa de retenção de funcionários
§ Fomenta a motivação e o compromisso com os valores e a visão corporativos
§ Permite que os funcionários respondam rapidamente e de forma mais favorável às mudanças
Quais os benefícios para os funcionários?
§ Ajuda-os a crescer
§ Mantém suas habilidades atualizadas
§ Aumenta o envolvimento no processo decisório e de gestão
§ Proporciona aos funcionários maior visibilidade e contato com as informações
56
Quais os benefícios para os líderes de equipes?
§ Respalda responsabilidades de liderança compartilhadas
§ Proporciona a satisfação de ver os funcionários crescerem
§ Promove grande aprendizado quanto ao processo de gestão de pessoas
§ Oferece mais oportunidades para a delegação de tarefas
§ Libera tempo a ser dedicado ao planejamento, à formação de equipes e ao reconhecimento de funcionários
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ANEXO 02
Níveis de Coaching
Diversas são as abordagens que um gestor pode adotar para fins de coaching,
dependendo do nível de desempenho dos funcionários, do relacionamento gestor /
funcionário e das metas do processo de coaching. Três das abordagens
comumente utilizadas são:
Nível Um Melhorar o desempenho padrão
O coach utiliza uma abordagem diretiva para estabelecer normas, padrões e
rever expectativas, quando um funcionário não sabe o que fazer ou como
desempenhar uma determinada tarefa.
Nível Dois Manter o desempenho padrão
O coach utiliza diversas estratégias de reforço e recompensa para manter os
funcionários suficientemente interessados / satisfeitos em comparecer ao trabalho
e atender ã maioria das exigências e normas funcionais.
Nível Três Coaching para o desenvolvimento com a finalidade de
superar o
desempenho padrão e desenvolver novos conjuntos de
habilidades
O coach avalia as necessidades de desenvolvimento do funcionário e oferece
oportunidades personalizadas, dentro e fora da função, àqueles que já estejam
atendendo às expectativas funcionais.
Isso garantirá a constante motivação dos funcionários para assumir novas
tarefas e responsabilidades. O coaching de nível três tem por finalidade auxiliar o
funcionário na passagem ao nível seguinte de responsabilidade em termos de
alcance ou profundidade funcional, o que pode não significar necessariamente
uma promoção vertical, uma vez que o número de níveis de ascensão dentro das
organizações de hoje é cada vez menor. Esse quadro envolve a criação de uma
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parceria em que são examinadas tanto as necessidades da empresa quanto as do
funcionário.
Todo coaching deve ser praticado levando-se em consideração a cultura
corporativa mais ampla e os valores e sistemas existentes, como no que diz
respeito a contratação, monitoramento e avaliação de desempenho, remuneração
e sucessão, uma vez que as organizações diferem amplamente umas das outras.
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COACHING: OS 10 MITOS MORTAIS
Constatine Von Hoffman
Nesses novos tempos é esperado de todos nós, como gerentes, que
sejamos coachs de pessoas. Contudo, sabe-se que a maior parte dos
executivos continua atuando como sempre fizeram. As razões não são difíceis
de entender. Poucas pessoas têm realmente uma idéia clara sobre o
significado do que é coaching na prática. E, aqueles que sabem algo a
respeito, sentem-se desencorajados a praticá-lo. O coaching, portanto, corre
o risco de tornar-se mais uma daquelas boas idéias que “entram na moda” e
depois são engavetadas pela maioria dos gerentes.
O que se pretende reforçar neste artigo é que e fácil de aprender, não há
mistérios na prática do coaching. Na verdade é preciso quebrar alguns
paradigmas a seu respeito.
Abaixo estão listados dez mitos mais comuns e que geralmente
encontramos nos “bastidores” da nossa incompreensão.
11.. NNIINNGGUUÉÉMM RREEAALLMMEENNTTEE CCOONNSSEEGGUUEE DDEEFFIINNIIRR CCOOAACCHH..
Isto é absurdo diz Cathy Joy, diretora da Interaction Associates de São
Francisco. Coaching significa ajudar as pessoas a definir suas metas e
objetivos, estabelecendo um prazo específico para alcançá-los. Seus objetivos
como coach podem ser atingidos com feedback e monitoramentos constantes,
de modo que a pessoa alcance seus objetivos profissionais.
Ponto Chave: Coaching pode ser um processo muito bem definido. Com
princípio, meio e fim. O que difere um caso do outro não é o processo. Mas
sim, o potencial da pessoa envolvida. Esse é o fator critico de sucesso. E
sucesso não fácil de quantificar.
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22.. CCOOAACCHHIINNGG ÉÉ GGEERREENNCCIIAARR SSEENNDDOO ““BBOONNZZIINNHHOO”
Muitos gerentes acreditam que para agirem como coach, basta apenas
serem mais “compreensivos” com os sentimentos e problemas das pessoas
que lidera. Isto pode ser muito pior, enfatiza James Waldroop, Diretor do
Programa de Desenvolvimento de Carreiras da Havard Business School e
Diretor da Empresa de Consultoria Waldroop Butler Associates em Brookline,
Massachussets. “Gerenciar é conseguir que algo seja realizado. Isto está
ligado a missão da Organização e como a ela se desdobra em objetivos
operacionais específicos. Quando eu estou gerenciando, sempre tenho dois
focos de atuação: Olho por cima de seu ombro para ver o que eu quero que
seja feito, depois olho para você. Como coach, eu somente olho para você”.
Ponto Chave: Certificar-se que as pessoas atinjam certos níveis de
performance é gerenciar. Ajudar as pessoas as lidarem, por si mesmas, com
seus problemas e a superá-los é coaching.
3. COACHING NÃO PASSA DE UM NOME DIFERENTE PARA MENTORING
Isto é o que mais assusta os gerentes, diz Waldroop. Mentoring é um
processo que se dá num relacionamento de longo prazo, enquanto coaching
tem tempo limitado. “Mentoring é um processo sem fim, sem “contratos
específicos”. Eu digo, vou ser seu “big brother” e estarei sempre por perto por
todo o tempo que for necessário e para qualquer trabalho ou objetivo que
surgir. Este não é o conceito de contrato de coaching. Um contrato de
coaching tem prazo definido, para se trabalhar e, normalmente, está ligado ao
atingimento de objetivos específicos, com resultados mensuráveis, que devem
ser monitorados a cada etapa do processo”. Mentoring tem a conotação de
conectar alguém a sua própria imagem. Coaching, não.
Ponto Chave: Um coach é mais imparcial que um mentor. Se alguém pensa
em desistir de um compromisso, um mentor provavelmente diria: “Você está
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me desapontando”. Coaches dizem: “Isso é o que você diz que quer, mas
você não vai fazer assim...”
4. SER UM COACH SIGNIFICA SER O ”CHEFE DA TORCIDA”
Muitas pessoas acreditam que ser coach é o mesmo que ficar gritando:
“Vamos pessoal vamos!. “Não é isso”, diz Timothy Butler, também Diretor do
Programa de Desenvolvimento de Carreiras de Harvard . Se você está
vivendo o papel de chefe da torcida como coach, você deve revisitar esse
papel, reexaminando-o profundamente. Todo processo de coaching começa
com uma análise imparcial do potencial e limites de cada pessoa. Seus pontos
fortes e pontos a desenvolver”. Coaching está baseado na ação orientada do
coach, que objetiva ajudar as pessoas a descobrir o que elas querem do seu
trabalho. Ajudar as pessoas à “chegar lá”.
Ponto chave: O coach não somente elogia os esforços individuais. O coach
deve sim, ajudar as pessoas a entender o que elas precisam mudar para
alcançar seus objetivos profissionais e pessoais.
5. FAZER COACHING TOMA MUITO TEMPO
O medo do compromisso com o tempo que se gasta fazendo coach,
desencoraja muitas pessoas. É preciso saber que não será necessário gastar
todo seu tempo atuando no papel de coach, mas levará certo tempo para
realizar um bom trabalho de coach, diz Butler. “É necessário pensar bem
antes de se comprometer com alguém”. Por outro lado, Joy argumenta que
coaching pode ser uma “missão de tempo limitado”. “Bons gerentes utilizam
apenas 5% do seu tempo nessa atividade, complementa. Descobrirão também
que fazer coaching, economizará seu tempo a médio / longo prazos, pois
incentivará a autonomia e independência das pessoas. “Você ensinará as
pessoas a resolverem seus problemas sozinhos”.
Ponto chave: As relações de coaching devem durar de 3 meses a 2 anos,
dependendo do que a pessoa envolvida está realizando. Durante esse
período, sessões de coaching devem tomar, por semana, de 30 a 45 minutos
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do seu tempo. Você deverá monitorar tudo que foi feito desde a última
conversa e estabelecer próximos passos a serem seguidos.
6. COACHING É UM TIPO DE “PSICOTERAPIA”
Alguns gerentes freqüentemente são avessos a atuar como coaches,
devido ao medo de que seus times os vejam como psicólogos, capazes de
enxergar obscuros segredos do coachee. Na verdade, como coaches
devemos sim atuar como uma espécie de psicólogo, entendendo os
comportamentos que estão sendo observados, e assim falarmos a seu
respeito. Não é necessário ser mestre em Psicologia para ser um bom coach.
É preciso somente ser sensível às questões humanas, às diferenças
individuais e saber como lidar com questões de natureza pessoal e emocional.
E isso acontece o tempo todo. Não é possível gerenciar, sem desenvolver
essa habilidade. A distinção entre o processo de Coaching e o terapêutico é
que a terapia tem seu foco de análise em um problema que necessita ser
identificado e, a maneira de fazer isso é através da investigação de sua
história psicológica e emocional. O coaching olha para o presente e segue em
frente. É sempre orientado para o futuro.
Ponto chave: Coaches, como todos os executivos necessitam ter um certo
conhecimento e compreensão psicológica, bem como saber criar sempre as
melhores condições para motivação de pessoas. O foco do coaching é no que
as pessoas fazem agora e não no que deixaram de fazer ou fizeram errado no
passado.
7. UMA MESMA “RECEITA” SERVE PARA QUALQUER SITUAÇÃO QUE
EXIJA COACHING
Coaching não é um processo mecânico, diz Butler. As pessoas que
normalmente falham ao desempenhar seu papel de coach, utilizam-se
geralmente da mesma “fórmula”. Fórmulas prontas não funcionam, pois são
impessoais. Não têm a profundidade necessária para atingirem questões
individuais, que necessariamente são diferentes em sua natureza.
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Ponto chave: Não existe a estratégia one size fits all para dar coaching para
pessoas em situações diferentes. Assim como os indivíduos, seus objetivos
diferem e, serão também diferentes suas necessidades de aprendizado para
realizá-los.
8. ALGUMAS PESSOAS NÃO CONSEGUEM RECEBER COACHING
Se uma relação de coaching não dá certo - por exemplo, se um coachee
não corresponde às suas expectativas - alguns gerentes acreditam,
indevidamente que aquela pessoa é uncoachable. Essa questão, contudo,
merece uma análise diferente: se existem pessoas que não correspondem às
expectativas, a responsabilidade pode ser do próprio coach. Esse problema é
comum em alguns gerentes, pois simplesmente subestimam o impacto de seu
poder de influência, de sua autoridade. Se algo não está dando certo é preciso
começar a investigar quais as possíveis causas do mau desempenho. Não
assuma que a pessoa é incapaz.
Ponto chave: Se alguém está totalmente indiferente ao seu estilo de
coaching, pode estar havendo problemas outros na própria relação de
coaching que você desconhece. Tente outra estratégia antes de rotular
alguém como “uncoachable”.
9. SE VOCÊ FOR UM BOM COACH DE PESSOAS, ELAS IRÃO
ABANDONÁ-LO.
Alguns gerentes temem o fato de que ajudando pessoas a atingirem suas
metas profissionais, irão encorajá-las a buscarem algo melhor. “Sim e não” diz
Joy. A maioria de nós busca pessoas que invistam no nosso desenvolvimento
profissional. O coaching é uma das melhores ferramentas para isso. Algumas
vezes as pessoas realmente vão embora - mas se elas tiverem prontas para ir,
você não irá querer que elas permaneçam. As pessoas possuem talentos
desconhecidos. Uma vez descobertos e identificados os impactos positivos
disso no trabalho, tendem a ficar cada vez mais entusiasmadas e têm desejo
de fazer algo mais desafiante. Gerentes insensíveis podem não perceber isso.
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Ponto chave: Mesmo que alguns funcionários ao identificarem objetivos mais
desafiantes partam, levarão consigo um sentimento de gratidão e lealdade a
uma organização que se mostrou interessada no seu desenvolvimento
profissional.
10. O TRABALHO DE COACHING NÃO “APARECE” NO RESULTADO
FINAL.
Muitos executivos subestimam o exercício de coaching, acreditando que
não traz um “efeito imediato aos números”. Mas na verdade, coaching produz
resultados mais consistentes e de maior repercussão do que qualquer outra
técnica de gerenciamento. Coaching alavanca a criatividade das pessoas e as
encoraja a ser mais flexíveis e adaptáveis. Esse tipo de resposta por parte dos
funcionários pode ter um poderoso efeito nos resultados finais.
Ponto chave: Coaching pode ter um impacto positivo na performance do
negócio, mas não espere isso no curto prazo.
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BIBLIOGRAFIA
JEROME, Paul J. – Coaching Through Effective Feedback – Richard Chang
Associates, Inc., 1994.
MINOR, Marianne – Coaching e Aconselhamento: Um Guia Prático para Gerentes
– Editora Qualitymark, 1997.
MINOR, – Marianne - Coaching para o desenvolvimento – Habilidades para
Gerentes e Líderes de Equipe, Qualitymark, 2002.
SALISBURY, Frank S. – Developing Managers as Coachers: Trainer’s Guide –
McGraw-Hill Training Series, 1994.
Matt M. Starcevich, Ph.D.
Fundador e CEO, Centro de Coaching & Mentoring, 1989
GOLEMAN, D.. Emotional intelligence. New York: Bantam Books, 1995
ROBBINS, Sthephen P. Comportamento organizacional (trad. Cristina Ávila de
Menezes). 8ª edição. Rio de Janeiro. LTC. 1994. Cap. 12
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GLOSSÁRIO
Coach
Palavra de origem inglesa que designa treinador, preparador, técnico esportivo.
Na linguagem empresarial, aquele que orienta e desenvolve relacionamentos
voltados para o desenvolvimento e crescimento do orientado. Facilitador da
mudança.
Coachee
Pessoa que recebe coaching.
Coaching
Estilo gerencial baseado na atuação de um líder orientado para melhorar o
desempenho de uma pessoa ou equipe, por meio do desenvolvimento de
habilidades que contribuirão para a melhor execução de tarefas específicas.
Empatia
Colocar-se no lugar do outro. Refletir sobre como se sentiria / o que pensaria caso
estivesse na circunstância vivida por outra pessoa.
Feedback
Comunicação que objetiva informar a respeito de como alguém (emissor) “analisa
/ percebe / sente” o comportamento ou desempenho de outra pessoa (receptor).
Na ótica do desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um
processo de ajuda para mudanças de comportamento; é comunicação a uma
pessoa, ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua
atuação está afetando outras pessoas.
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No processo de gestão de desempenho, feedback é um processo de suporte ao
alinhamento do desempenho individual ou de equipe, na direção de objetivos e
metas previamente definidas.
Gestor
Coordena pessoas e recursos na direção dos objetivos que farão com que o futuro
anunciado aconteça.
Inteligência Emocional
Habilidade de gerenciar as próprias emoções, por meio do desenvolvimento de
cinco áreas: autoconhecimento, administração das próprias emoções, auto-
motivação, reconhecimento de emoções em outras pessoas, manejo de
relacionamentos.
Líder
Anuncia um futuro e influencia as pessoas para que superem limites e façam o
futuro acontecer.
Linguagem Assertiva
Linguagem precisa e positiva voltada para o aumento da eficácia do processo de
comunicação.
Percepção Seletiva
Fenômeno que ocorre durante a interação entre pessoas e que consiste no
registro e seleção individual de determinados aspectos da mensagem, em
detrimento de outros, de acordo com a experiência passada, a motivação, os
conhecimentos e as crenças do indivíduo.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
LIDERAR CONSISTE EM 11
1.1- Dos Grupos aos Times 12
1.2- Variáveis que influenciam os Times 14
1.2.1 –Tamanho 14
1.2.3 – Interação 14
1.2.4 – Coesão 14
1.2.5 – Competência 14
1.2.6 – Tarefa 14
1.2.7 – Valorização 14
1.2.8 – Recursos 14
1.3 – Comportamento Humano 15
1.4 - – O MAPA NÃO É O TERRITÓRIO 16
1.5 - A VIDA E A MENTE SÃO PROCESSOS SISTÊMICOS16
CAPÍTULO II
COMO SER UM LÍDER EFICAZ 18
1. Assegurando a Liderança Eficaz 18
1.1 - GERENCIAMENTO DA ATENÇÃO 19
1.2 - GERENCIAMENTO DO SIGNIFICADO 20
1.3 - GERENCIAMENTO DA CONFIANÇA 21
1.4 – GERENCIAMENTO DO EU 21
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1.5 - Mas o que vem a ser Coach? 22
CAPÍTULO III
GERENCIAMENTO DE EMOÇÕES: PERSPECTIVAS DA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL 27
3.1 Conceitos 27
3.1.1 - Conhecer suas próprias emoções 27
3.1.2 - Administrar as próprias emoções 27
3.1.3 - Motivar a si próprio 27
3.1.4 - Reconhecer emoções em outras pessoas 27
3.1.5 - Manejar relacionamentos 28
CAPÍTULO IV
AS TRÊS FUNÇÕES DO COACH 33
Definindo funções 34
4.1 – Mentor 34
4.1.1 – Como agem Mentor 35
70
4.1.2 - Perguntas que o Mentor precisa fazer 36
4.2 – MODELO 37
4.2.1 – Como age o Modelo 37
4.3 – AVALIADOR 37
4.3.1 – Como age o avaliador 35
4.3.2 – Perguntas que o avaliador precisa fazer 36
CAPÍTULO V
HABILIDADES BÁSICAS DO COACH 40
5.1 – Definindo as Habilidades 40
5.1.1 – Ouvir 40
5.1.2 – Observar 40
5.1.3 – Analisar 41
5.1.4 – Entrevistar 41
5.1.5 – Firmar Acordos 42
5.1.6 – Fornecer Feedback 42
CAPÍTULO VI
O PROCESSO DO COACHING 44
6.1 – O Papel do Coaching 44
6.2 – Solucionar problemas 46
6.3 – Envolvimento 47
6.4 – Habilidades Requeridas 47
6.5 – Desenvolvimento 47
6.6 – Habilidades Requeridas 48
6.7 – Solução 48
6.8 – Objetivos 48
6.9 – Habilidades Requeridas 49
6.10 – Síntese 49
CONCLUSÃO 51
ANEXOS 53
ANEXO 1 54
71
ANEXO 2 57
ANEXO 3 59
BIBLIOGRAFIA 65
GLOSSÁRIO 66
72
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: COACH: PERSPECTIVA EFICAZ PARA GESTÃO
EMPRESARIAL
Autor: Alessandra da Silva Pinto
Data da entrega: 19/10/2009
Avaliado por: Mônica Melo Conceito: