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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O ENDOMARKETING COMO PROPULSOR DE LUCROS NAS ORGANIZAÇÕES Por: Nilton Moreira da Silva Orientador Professor Ms. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O ENDOMARKETING COMO PROPULSOR DE LUCROS NAS

ORGANIZAÇÕES

Por: Nilton Moreira da Silva

Orientador

Professor Ms. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O ENDOMARKETING COMO PROPULSOR DE LUCROS NAS

ORGANIZAÇÕES

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial

Por: Nilton Moreira da Silva

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3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, Meishu-Sama, meus

Antepassados, ao meu amigo Ronaldo

Mota, minha mãe, meu irmão e ao meu

orientador professor Ms. Marcelo

Saldanha.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu amigo e

companheiro das horas mais difíceis,

Ronaldo Mota, muito obrigado.

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5

RESUMO

Este trabalho aborda o tema endomarketing, que é um instrumento que

completa o esforço de marketing de uma organização, mobilizando seu público

interno na tentativa de tornarem claros os objetivos da empresa e conciliá-los

aos objetivos de seus funcionários, estabelecendo um equilíbrio entre ambos.

Uma das grandes dificuldades que as organizações encontram atualmente é

fazer com que seus funcionários absorvam sua cultura, compartilhem dos seus

objetivos e entendam claramente a comunicação interna da empresa. O

emprego de programas de endomarketing tornou-se uma prática cada vez

mais comum nas organizações que buscam alcançar seus objetivos e o lucro

tão esperado, o endomarketing funciona como um caminho para criar

vantagem competitiva, ecológica e economicamente sustentável. No primeiro

capítulo são apresentadas as três eras organizacionais, com o objetivo de

entender como surgiu o atual ambiente para aplicação do endomarketing. No

capítulo dois, apresenta-se a evolução do marketing até o surgimento do

endomarketing, seu objetivo, sua importância, seus processos e programas e

sua avaliação. No capítulo Três são abordadas questões a respeito do cliente

interno, formas de gestão, alcance do sucesso através dos funcionários e a

contribuição do mesmo para agregar valor ao produto. No capítulo quatro

aborda-se o lucro organizacional e as ferramentas utilizadas para seu

crescimento. No capítulo cinco é apresentado um estudo de caso a respeito

da empresa TIM celular demonstrando o seu crescimento e aumento do lucro

através de um programa de endomarketing. Na conclusão são colocados

aspectos a respeito da utilização do endomarketing como ferramenta para o

alcance de vantagens competitivas dentro do atual mercado consumidor.

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6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho destina-se a fazer uma analise

das relações entre as empresas e seus colaboradores, apresentando como as

empresas podem obter lucro dentro de um ambiente competitivo e globalizado,

utilizando as ferramentas oferecidas pelo Endomarketing.

Partindo primeiramente da apresentação do contexto histórico da

evolução das organizações e do Marketing de onde se originou o

Endomarketing, demonstra-se em seguida como essa ferramenta de marketing

pode levar o cliente interno de uma organização, seus colaboradores, a

conquistar o lucro tão almejado pelas empresas.

Por meio de pesquisa em livros, estudo de caso na empresa TIM Rio

Celular S.A e conversa por e-mail com Saul Faigson Bekin, criador do termo

Endomarketing e autor de vários livros a respeito do tema, é dado de forma

clara ao leitor a possibilidade de encontrar aqui descrições de caráter

informativo a respeito da ferramenta de Endomarketing e sua aplicação em

organizações corporativas, levando ao seu conhecimento a evolução do

Marketing e os motivos que influenciam uma organização a tratar seus

recursos humanos como clientes.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Histórico da Evolução Organizacional 09

CAPÍTULO II - Endomarketing 12

CAPÍTULO III – O Cliente Interno 22

CAPÍTULO IV – O Lucro Organizacional 28

CAPÍTULO V – Estudo de Caso Tim Rio S.A. 34

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

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8

INTRODUÇÃO

O termo “endo” é derivado do grego e significa dentro, interno. Logo

endomarketing é utilizado para designar marketing interno, sendo definido

como “Ações de marketing voltadas para o publico interno da organização,

com o fim de promover entre seus colaboradores valores destinados a servir

ao cliente” (BEKIN, 1995, p. 2). O endomarketing começa com a noção de que

os empregados constam como o primeiro mercado interno para as

organizações. Durante os últimos quinze anos o conceito de marketing interno

ou endomarketing emergiu primeiro na literatura de marketing de serviços e,

depois na literatura de gerência de serviços, descreve Grönroos (1995). O

endomarketing é considerado um pré-requisito para o desenvolvimento externo

de um marketing bem sucedido e também uma estratégia de gerência.

“Toda empresa ou qualquer organização tem um mercado interno de

empregados que deve receber a primeira atenção” (GRÖNROOS, 1995 P.

278). Ainda para Kotler (1998, p. 459) “o marketing interno deve preceder o

marketing externo”.

Ainda segundo Bekin (2005) o endomarketing busca a verdadeira

satisfação do cliente interno no seu ambiente de trabalho. Seu objetivo

também é fazer com que o mesmo “compre” o objetivo da empresa,

estabelecendo um serviço feito por clientes internos para clientes externos.

Será demonstrado ainda que o endomarketing busca o equilíbrio entre

o objetivo pessoal de cada membro da organização com o objetivo macro da

mesma, que é atender da melhor maneira às expectativas do cliente externo,

encantando-o e mantendo-o fiel aos serviços e produtos da empresa.

Pretende-se ainda demonstrar que o cliente interno é o principal foco

do termo endomarketing, no entanto as principais ações serão demonstradas

em seu ambiente de trabalho, na busca da satisfação do cliente interno

refletindo diretamente na satisfação do cliente externo, no aumento da

produtividade e na lucratividade do negócio.

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9

CAPÍTULO I

HISTORICO DA EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL

No decorrer da História Humana, as atividades de trabalho passaram

por várias transformações e evoluções, principalmente no que tange a mão-de-

obra e os donos dos meios de produção. Na visão de Chiavenato (2005) o

trabalho na forma que se conhece surgiu com a Revolução Industrial e foi no

decorrer do século XX que as atividades de administração, a organização

propriamente dita e seu comportamento passou por três fases distintas: Era

Industrial Clássica, Era Industrial Neoclássica e Era de Informação. O

posicionamento de cada uma delas permite compreender a forma de lhe dar

com as pessoas que fazem parte de uma organização.

1.1 – Era Industrial Clássica

Período após a Revolução Industrial que durou até meados de 1950

compreendendo a primeira metade do século XX. Sua principal característica

foi à divulgação do processo de industrialização em âmbito mundial e como

conseqüência o aparecimento dos países desenvolvidos ou industrializados.

De acordo com Chiavenato (2005) nesse período as organizações eram

altamente burocratizadas e sua estrutura hierarquizada e com ênfase na

departamentalização funcional e o poder de decisão centralizado e tomado no

topo da alta administração. Eram estabelecidos padrões para o

comportamento humano dentro da organização. Sistematizou o conceito de

burocracia como uma forma de organização centralizada através de regras,

muita disciplina e regulamentos internos.

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10 1.2 – Era Industrial Neoclássica

Período entre as décadas de 1950 a 1990. Iniciou logo após a II

Guerra Mundial, momento em que o planeta e os hábitos das pessoas

passaram a mudar consideravelmente conforme coloca Chiavenato (2005). De

acordo com ele a velocidade das inovações aumentou progressivamente e as

relações comerciais deixaram de ter um enfoque local para um regional

passando logo em seguida para um enfoque global. A Teoria Clássica foi

substituída pela Neoclássica.

Segundo Baumam a produção passa a ser em escala e a

concorrência é incentivada pelas nações com o objetivo de se destacarem no

cenário mundial. Para ele com a criação de órgãos não governamentais houve

uma facilidade muito maior em obter capital para financiar a reestruturação e

modernização das indústrias existentes e construção de novas unidades

industriais que promovessem a produção em escala. Surgem as primeiras

multinacionais.

Para Chiavenato (2005) a estrutura burocrática deu lugar a novas

estruturas menos burocráticas, passou-se a observar o comportamento

humano da organização e a ouvir as pessoas que nelas trabalhavam

ocorrendo a uma humanização e uma fragmentação na estrutura

organizacional com o objetivo de torná-las mais simples e ágeis e bem mais

próximos do mercado e do seu cliente.

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11 1.3 – Era da Informação

Período que iniciou na década de 1990 até os dias atuais. Suas

principais características segundo Chiavenato (2005) são: as inovações muito

mais rápidas e imprevistas, a utilização da tecnologia da informação e a

utilização de rápidos computadores interligados pela Internet, que permite que

as informações cruzem o mundo em segundos. Com isso os mercados

tornaram-se altamente competitivos.

Entende-se que a estrutura organizacional passou a ter mais

velocidade e as organizações tornaram-se mais ágeis para acompanhar a

rapidez dos mercados. O conhecimento do homem passou a ser a maior

riqueza das organizações. O trabalho braçal e mecânico deram lugar ao

trabalho intelectual e o conhecimento das pessoas passou a ter maior

destaque na organização. As atividades migraram das indústrias e foram para

o setor de serviços deixando para trás as organizações complexas e lentas,

que passaram a fazer parte da história da humanidade.

Bekin (2005, p. 7) complementa muito bem essa nova Era da

Informação com a seguinte conclusão:

Como se sabe, nossa época é marcada por grandes

mudanças de ordem tecnológica, econômica, social e

cultural, há uma mudança no próprio ritmo dessas

mudanças, que se tornaram cada vez mais velozes.

Trata-se de uma nova realidade marcada por um mercado

orientado para o cliente, quer de modo direto como na

área de serviços, quer como serviço agregado ao

produto. Nesse novo mundo o recurso essencial para a

criação de riquezas é a informação, o conhecimento. E

quem detém o conhecimento e as informações são as

pessoas.

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CAPÍTULO II

O ENDOMARKETING

2.1 – A Evolução do Marketing Dentro da Organização

Dentro de um enfoque concreto e resumido de acordo com Bekin

(2004) descreve as etapas da evolução do Marketing dentro de uma

organização em quatro etapas:

1ª - A organização desconhece o Marketing e só tem uma área de vendas

tratada como os demais departamentos;

2ª - Nessa fase a organização já utiliza as funções de marketing dentro da área

de vendas com o objetivo de desbravar novos mercados;

3ª - Nesta etapa as organizações já demandam certa urgência na criação de

um departamento de Marketing, uma vez que, já realiza pesquisas de

marketing, desenvolvimento de novos produtos, publicidade e promoção.

Surgem indagações quanto ao perfil de clientes que a empresa deve buscar,

de que forma a mesma é vista pelo mercado e por seus consumidores entre

outros aspectos.

4ª - Nessa última fase a empresa já possui seu departamento de marketing

complexo e estruturado com suas funções definidas e um papel de destaque e

poder de decisão na organização.

Conforme explica Kotler (2000) o marketing hoje não deve ser

compreendido apenas no sentido de fazer uma venda, mas sim satisfazer a

necessidade e expectativa do cliente através do desenvolvimento do produto e

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13 serviços de valor superior, promovê-los e vendê-los com a maior eficiência. O

autor ainda define Marketing como um processo social e gerencial através dos

quais indivíduos, grupos obtêm aquilo que necessitam e desejam, criando e

trocando produtos e valores.

Druker (2000 apud Kotler, 2000 p. 30) define resumidamente o objetivo

do Marketing dentro das organizações:

Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de

algum esforço de vendas, mas o objetivo de venda é

tornar a venda supérflua à meta é compreender e

conhecer tão bem o cliente que o produto ou serviço se

adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o

Marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir

daí, basta tornar o produto ou serviço disponível.

2.2 – Surgimento do Endomarketing

Com a evolução do mundo e as constantes mudanças no

comportamento dos consumidores, que a cada dia, tornam-se mais exigentes

quanto ao atendimento de suas expectativas e a qualidade dos produtos e

serviços oferecidos pelas organizações. Surge o Endomarketing como

orientador do comportamento humano dentro da empresa, bem como, difusor

de uma comunicação clara e objetiva, onde os funcionários passaram a ser

tratados como clientes internos e participativos dos objetivos e interesses que

antes só eram difundidos na alta cúpula da organização Bekin (1994).

Bekin (2004) descreve o processo de reestruturação da Johnson &

Johnson onde na época atuava como gerente de produtos e pode observar

que a empresa apresentava alguns problemas como: falta de interação entre

os seus diversos departamentos e ausência de conhecimento da empresa de

forma global. Foi então que concluiu que faltava: marketing para dentro da

empresa, ou seja, entrosamento entre as pessoas e os objetivos da

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14 organização, comunicação clara e direta além da falta de conhecimento da

empresa, sua cultura e objetivos. Iniciou assim, seus estudos a respeito do

Endomarketing.

O autor deixa claro o conceito de que a organização precisa ter em

mente, que ela não existe somente para produzir e vender, mas para atender

as necessidades dos seus clientes, encantá-lo, retê-los e também solidificar o

pensamento de que as pessoas devem querer muito trabalhar em sua

organização. Ainda segundo Bekin (2004) o Endomarketing ganha força e

espaço a partir da transformação dos mercados e dos consumidores e da

mudança ocorrida na economia que passou a ser baseada em produtos e

serviços influenciada pela mudança ocorrida no mundo e nos hábitos dos

consumidores.

2.2.1 – Objetivos do Endomarketing

Segundo Bekin (2004) o objetivo do Endomarketing é tornar

claros os objetivos da empresa e conciliá-los aos objetivos de seus

funcionários estabelecendo um equilíbrio entre ambos. Para isso é indicado

que as empresas reduzam seu marketing externo e invista mais para conhecer

seu público interno e aplicar políticas voltadas para a melhora do ambiente

interno e uma comunicação que seja clara e do entendimento de todos dentro

da organização.

Já para Brum (1998) os objetivos do Endomarketing

compreendem em:

a) Estabelecer uma noção de cliente nos processos internos da

organização com o objetivo de melhorar seus produtos e serviços.

b) Fazer com que todos os funcionários e departamentos da organização

compartilhem do mesmo objetivo e foco da organização.

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15 c) Estruturar e amadurecer a cultura organizacional na cabeça de todos os

seus funcionários.

d) Melhorar o nível de comunicação e coesão em todos os níveis da

organização;

e) Dentre outros objetivos fomentar a mudança de hábitos e quebra de

paradigmas entre todos os membros da organização.

2.2.2 – A Importância Estratégica

O Endomarketing utiliza-se de projetos e ações para consolidar a

base cultural do comprometimento de seus funcionários com o

desenvolvimento adequado dos objetivos da organização Do ponto de vista

estratégico o Endomarketing é um processo para adequar a empresa a um

mercado orientado para o cliente.

Para Bekin (2000) o endomarketing deve ser considerado

estratégico, pois seus programas garantem o retorno ao investimento

empregado no esforço de conquistar o cliente interno com o objetivo de gerar

produtos e serviços de acordo com a expectativa e exigências do cliente

externo.

Chiavenato (1996, p. 39) descreve muito bem a

nova postura que as organizações devem adotar:

Acontece que o mundo mudou. Tudo ficou diferente. E

tudo será mais diferente ainda. A enorme mudança que

afeta todas as nossas vidas. O aumento da competição e

os clientes preocupados agora em comprar preço,

qualidade e valor agregado, constituem os três grandes

fatores, que estão levando as empresas rumo ao sucesso

ou ao fracasso. “As empresas bem sucedidas são

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

16 aquelas abertas à mudança, são competitivas e

totalmente voltadas para o cliente.”

2.2.3 – Níveis do processo de Endomarketing

Como todo processo existente em uma organização o processo de

Endomarketing apresenta duas fases bem distintas, o diagnóstico e o

programa de ação que serão avaliadas e implementadas no dia a dia da

organização. Bekin (2000) explica bem essas duas fases:

1ª) Diagnóstico – é a analise do ambiente interno da organização que levará

em conta sua cultura, seus processos, seus meios de comunicação,

benefícios, instalações e gestão. E o perfil de seus funcionários levando em

conta seus valores, motivações e o clima decorrente de seu comportamento.

2ª) O programa de ação que se divide em três itens:

a) Níveis de abrangência ou situações internas – que consiste na criação e

manutenção dentro de toda a organização, de uma cultura de serviços

(orientação para o cliente prestando-lhe o melhor serviço).

b) Linha de ação – compreende as atitudes dos funcionários frente ao

programa e a comunicação com sua gerência e feedback das ações já

realizadas;

c) Tópicos – são as ações que envolverão o processo de seleção,

treinamento, plano de carreira, motivação e valorização,

comprometimento e recompensa, informações de rede de comunicação

internos sendo todos esses tópicos tratados sob a perspectiva da cultura

organizacional voltada para o atendimento do cliente, orientada por uma

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

17 noção de excelência no serviço e valorização daqueles que prestam

serviço, o funcionário.

2.3 – Planejamento de um Programa de Endomarketing

Segundo kotler (2000) o planejamento de estimula a pensar de forma

clara e sistemática forçando a estabelecer suas políticas e objetivos ajudando

a empresa a prever mudanças no ambiente e reagir de forma mais de forma

mais eficiente. Considera como processo de desenvolver e manter uma

estratégia segundo seus objetivos. E capacidade a reagir às mudanças.

Um planejamento de Endomarketing deve estimado dentro de um

curto período de um curto período de tempo a fim de estar sempre ajustado

com as mudanças externas, que são continuas e rápidas.

Para Brum (1998) o planejamento de Endomarketing pode ser

dividido em seis fases:

1ª) Pesquisa e diagnóstico – é o momento em que serão levantadas todas as

necessidades, objetivos e sentimentos do publico interno da organização;

2ª) Definição de meta global – é a definição das metas da organização,

compreende em o que ela pretende fazer para atingir seus objetivos, que pode

ser, por exemplo, o aumento da produtividade, conquista de mercados e,

conquista de credibilidade de seu publico interno dentre outros.

3ª) Criação dos ícones de comunicação interna – criada a meta global esse é o

momento em que deverá comunicada, ou seja, levada ao conhecimento de seu

público interno através da criação de slogan, divulgação de cartazes e

utilização de todos os instrumentos de comunicação.

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18 4ª) Divisão do publico interno – o publico interno deverá ser dividido em três

camadas distintas que são: direção chefia intermediária e pessoal de base.

5ª) O programa propriamente dito – é o programa em sua integra e todas as

suas fazes já idealizadas e formatadas;

6ª) Escolha de um momento para lançamento – é o momento interno e externo

mais oportuno para observado pela direção do programa para seu lançamento

onde geralmente o rico de insucesso seja baixo.

2.4 – Os Programas de Implementação do Endomarketing

São vários os instrumentos para a implementação de um programa de

Endomarketing a disposição das empresas, porém deve-se, destacar a

necessidade de promover ajustes para a adequação de cada realidade e

identificar as prioridades desse programa. Conforme a seguir ilustra usar

essas ferramentas de forma isolada não produzirá os efeitos esperados

segundo Bekin (1995)

O programa de Endomarketing consiste em duas linhas de ação: a

primeira é da atitude onde inclui todas as ações voltadas a conscientizar os

funcionários da importância estratégicas dos serviços prestados por ele para a

satisfação do cliente. Significa envolvê-lo e prepará-lo apara assumir

responsabilidades e iniciativas na organização. A segunda consiste na

comunicação e todos os seus instrumentos utilizados para estabelecer um

amplo sistema de informação entendimento das metas e objetivos da empresa.

O autor destaca conforme abaixo alguns dos principais instrumentos que

poderão ser utilizados para implementar um programa de endomarketing.

• Folder;

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

19 • Material promocional;

• Pesquisa de satisfação;

• Painéis comerciais;

• Revistas internas;

• Jornais internos;

• Atividades festivas.

Segundo Bekin (1995) o implementar o Endomarketing, a organização

deve consolidar a base cultural do desenvolvimento de seus funcionários

considerando como pontos essências para o sucesso do programa:

• Treinamento sob a ótica do desenvolvimento pessoal;

• Processo de seleção;

• Plano de carreira;

• Motivação e valorização, comprometimento e reconhecimento;

• Segmentação de marcado de cliente interno;

• Cenário para novos produtos e serviços e campanhas

publicitárias.

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

20 2.5 – Avaliação do Programas de Endomarketing

Existem fatores que determinam o sucesso o sucesso ou

fracasso ou fracasso dos programas e que devem ser levados em conta no

momento em que todos os esforços estiverem sendo planejados, dentre eles,

segundo Brun (1994) tem-se;

• A valorização da cultura da empresa: Quando se fala em cultura,

falasse de valores, crenças e comportamentos que fazem parte da

empresa. Cada organização tem um tipo de cultura exatamente porque

é uma organização de seres humanos;

• Endomarketing como processo educativo – Não existem mudanças

sem que as pessoas sejam educadas para isso. O processo de

endomarketing por ser educativo prepara as pessoas para essas

mudanças;

• Instrumentos que encantam o público interno – A comunicação é

utilizada da melhor forma e todos os recursos técnicos e financeiros são

aplicados para encantar o público interno;

• Informação como responsabilidade da empresa – O endomarketing

trabalha a informação de forma que ela contribua para que os objetivos

e as metas globais da empresa sejam alcançados com a participação

dos funcionários;

• As mensagens devem ser simples, curtas e claras – A linguagem no

programa de endomarketing tem o compromisso da construção de um

significado para as certezas e expectativas da empresa na cabeça e no

coração das pessoas envolvidas.

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

21 Bekin (2005, p. 110) Descreve a avaliação do processo de

implementação do Endomarketing da seguinte forma:

A avaliação se faz através de reuniões entre

departamentos ou entre funcionários de um mesmo

departamento.Nessas reuniões, deve-se também

esclarecer e resolver problemas que possam surgir na

prática do Endomarketing, como por exemplo, de mútua

dependência entre departamentos. A avaliação pode se

concentrar ainda na própria questão da resistência ao

processo de Endomarketing, procurando identificar onde,

como e por que surgem esses focos de resistência.

Deve-se relembrar aos profissionais de Marketing e de

outras áreas que, para atingir crescimento no faturamento

e nos lucros, a pesquisa de questões relacionadas aos

funcionários não devem ser ignoradas.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

22

CAPÍTULO III

O CLIENTE INTERNO

3.1 – Definindo cliente Interno

Quando se pensa em cliente a primeira idéia que vem à cabeça é a de

mercado consumidor, ou seja, pessoas que consomem os produtos e serviços

ofertados pelas diversas organizações. E a última idéia é a de que o

colaborador também é um cliente. De acordo com Chiavenato (1998), as

pessoas devem ser tratadas como seres humanos, com suas diferenças

peculiares entre si, e ainda como pessoas, e não como meros recursos da

organização, para Chiavenato as pessoas são instrumentos impulsionadores,

capazes de transferir para a organização seu talento, inteligência e técnicas

adquiridas em sua trajetória. Conclui-se que o colaborador deve ser o primeiro

consumidor da idéia, produtos e objetivos da organização.

Para Bekin (2004), o conceito de cliente interno da organização

vem reforçar os princípios básicos do endomarketing, onde o funcionário deve

ser visto como o primeiro consumidor dos produtos e serviços oferecidos pela

organização, pois só assim entenderá o sentimento e expectativa do

consumidor externo, agregando assim valor ao produto ou serviço oferecido

por sua organização.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

23 3.2 – O Funcionário em Primeiro Lugar

Dentro do atual cenário organizacional, as empresas estão

colocando seus funcionários em primeiro lugar, com o objetivo de melhorar o

ambiente interno da organização e refletindo diretamente em seus produtos e

serviços. Eles têm liberdade de escolha a respeito da satisfação do cliente

externo, e total autonomia de decisão no que tange a atender e superar as

expectativas dos seus consumidores e isso faz com que as pessoas se sintam

as donas do negócio, zelando pela qualidade dos serviços ou produtos

oferecidos, a fim de manter o sucesso organizacional, o que reverterá em

benefícios e proventos a elas mesmas Chiavenato (2005).

3.3 – Gestão do Ativo Humano e o Endomarketing

Quando se fala em ativo, compreende-se que se trata da riqueza

da empresa. Assim deveriam ser considerados os recursos humanos de uma

organização, nos dias de hoje. Bekin (2004).

Para Chiavenato (2000 b), no cenário atual surgem as gerências

de ativos humanos em lugar do antigo departamento de RH. As tarefas de

rotina e não afins com a atividade realizada pela empresa poderão ser

terceirizadas, reservando ao publico interno as mais nobres e afins ao foco da

empresa, que poderão melhorar a motivação ao trabalho e a melhor

apresentação dos produtos ou serviços da organização. O ativo humano deixa

de ser agente de processo sem maior criatividade, voltando-se para a geração

de produtos que ensejam mais raciocínio e geração de mais alternativas em

seus resultados, que utiliza o seu talento e conhecimento para contribuir com o

atendimento dos objetivos organizacionais. Nessa atual fase lidar com

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

24 pessoas deixou de ser um desafio e passou a ser vantagem competitiva.1 A

gestão de pessoas passou a ser aberta, transparente e descentralizada Stwart

(1994 apud Chiavenato, 2005, p. 44) afirma que:

Longe de estar alienado das ferramentas e do fruto do

trabalho, o trabalhador do conhecimento os carrega

dentro de suas cabeças. Essa mudança põe de pernas

para o ar a natureza da administração das empresas. O

capital humano é o lugar onde se iniciam todas as

escadas a fonte de inovações. O dinheiro fala, mas não

pensa. As maquinas trabalham muitas vezes muito

melhor do que qualquer ser humano poderia trabalhar,

mas não criam. No entanto pensar e criar são os ativos

fixos dos quais dependem as empresas do conhecimento.

Em um ambiente onde estão sendo executados os programas de

endomarketing a nova gestão do capital intelectual deve focalizar não apenas

as atividades e trabalhos a serem realizados, mas as metas e resultados, para

a partir daí, definir os papéis e funções dos funcionários de uma organização, e

dentro desse novo contexto os gestores passam a assumir novas

responsabilidades e habilidades humanas para lidar com suas equipes de

trabalho, para que o papel de delegação e descentralização possam ser bem

sucedidos. (Bekin, 2004)

Ainda para Bekin (2004, p. 7) “A Chave para a eficiência está na

valorização das pessoas, no poder gerencial descentralizado, na capacidade

de decisão rápida, em uma organização de trabalho que privilegie a coesão

interna e a circulação da informação vinculada a realidade de mercado”.

Com isso o autor reforça a importância de uma boa gestão do ativo

humano dentro de um ambiente interno organizacional onde o endomarketing

está sendo aplicado e o diferencial competitivo que essa nova postura

representa.

1 Vantagem competitiva – Entende-se por vantagem competitiva a vantagem, que leva a organização ao ganho de recursos que lhe propicia resultados extraordinários e diferencial competitivo em relação as demais organizações

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

25 3.4 – O Cliente Interno e o Sucesso Organizacional

Bekin (1995), explica que o cliente interno da organização é o principal

elemento de difusão da comunicação e dos objetivos e metas traçadas pelo

alto escalão da empresa. Mostra também a importância de se comunicar ao

colaborador que é ele o primeiro cliente a comprar os produtos e serviços

oferecidos pela companhia.

Explicando como o endomarketing é importante no envolvimento do

cliente interno e seu comprometimento com o sucesso da empresa Bekin

(2004, p. 3) relata:

Em uma primeira aproximação, o endomarketing consiste

em ações de marketing dirigidas para o publico interno da

empresa ou organização. Sua finalidade é promover entre

os funcionários valores destinados a servir o cliente ou

dependendo do caso, o consumidor. Essa noção de

cliente, por sua vez, transfere-se para o tratamento dado

aos funcionários comprometidos de modo geral com os

objetivos da empresa. O comprometimento implica a

adesão de valores e objetivos da empresa por meio do

Endomarketing e pressupõe o trabalho em equipe, em um

contexto marcado pela cooperação e pela integração dos

vários setores da organização.

Segundo Kotler (1998), o funcionário deve estar satisfeito por

produzir o que o cliente demonstrou querer. Para chegar a esse resultado, é

fundamental renovar a própria concepção de marketing, que não pode ser

mais visto como uma atividade isolada. É preciso que a realidade do

marketing esteja na empresa desde o departamento de finanças até as

vendas. Só assim todos poderão compreender a necessidade de que suas

ações devem estar orientadas para o cliente, como parte da estratégia final da

empresa.

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

26 Ainda de acordo com Levit (1998 apud Bekin, 2004, p 5) “Se a

empresa espera atingir o seu objetivo lá fora, precisa se certificar se todos os

seus participantes estão comprometidos com esse objetivo”.

Bekin (2004), conclui ainda que o sucesso organizacional está

estreitamente ligado a eficiência de um bom endomarketing que trabalhará os

funcionários de modo a se sentirem responsáveis por esse sucesso.

Também há que se fazer sentir aos próprios funcionários que esse

sucesso, que a ele pertence, resulta em benefícios sobre eles próprios, que

gerará um retorno que ampliará a capacidade de crescimento funcional.

3.5 – A Identidade através do seu Cliente Interno

Hoje as empresas estão buscando tratar seus talentos humanos como

ativos, e essa é sem dúvida uma importante tarefa para a administração do

atual século. No momento em que seus colaboradores passam a ser tratados

como verdadeiros ativos geradores de lucros, seja pela boa produção, seja

pelas vendas ou forma de atender o cliente externo, a empresa acaba criando

uma imagem perante seus clientes consumidores, que nitidamente percebem o

seu diferencial perante o mercado. A empresa acaba tomando a forma e

características de seus colaboradores. Sua imagem, produto ou serviço estão

intimamente ligados a forma como o colaborador trata seus clientes, a

empresa passa a ser o colaborador. A organização deixa de ser vista pelas

suas instalações e ações de mercado e passa a ser vista através de seus

colaboradores, a maneira como os mesmos tratam os clientes externos

(Chiavenato, 2000 b).

Bekin (2004, p. 5), destaca muito bem, da seguinte forma: “Para atrair

clientes, toda empresa deve ser considerada um organismo destinado a criar e

atender clientes. A administração não deve julgar que sua que sua tarefa é

fabricar produtos, mas sim, proporcionar satisfação que conquiste o cliente”.

Kotler (1998) complementa: um ambiente criado a partir do momento

em que todos os que formam a empresa se comprometem com a ação

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27 marcada por valores de cooperação entre o crescimento pessoal, coletivo,

rumo ao objetivo final satisfazer o cliente, dando-lhe a qualidade esperada.

Assim as ações de endomarketing levam a empresa a consolidar-se

internamente e transferir para seus produtos ou serviços, valores que os

tornarão mais valorizados e consumidos pelo mercado consumidor. Isso

significa também a solidificação da imagem da empresa na memória de seus

consumidores (Bekin, 2004).

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

28

CAPÍTULO IV

O LUCRO ORGANIZACIONAL

4.1 – Definindo O Lucro Organizacional

O lucro na linguagem popular é simplesmente um ganho, uma

vantagem ou um beneficio que se obtém de alguma coisa ou com uma

atividade qualquer. Conforme Silva2 (1999) o lucro é o beneficio livre de

despesas que a organização obtém através da exploração de uma atividade

econômica. Diz também que o lucro é o crédito verificado em uma operação

organizacional dentro de um determinado exercício financeiro. O Lucro

organizacional ocorre quando, através de vendas dos produtos ou serviços,

aufere-se um valor maior do que aquele despendido na mão-de-obra, matéria-

prima e recursos de produção. Ainda de acordo com o autor pode-se dizer que

o lucro é o resultado econômico das operações de uma empresa capitalista e

no geral ele constitui a diferença entre a receita e a despesa de uma

organização em um determinado período de tempo, pré-estabelecido dia, mês

e ano.

Pode-se dizer também que o lucro organizacional é o que

extrapola o lucro financeiro ou de capital, sendo o que bem redireciona a

organização junto a sua clientela ou ao mercado competitivo, de um modo

geral. Esse novo posicionamento há de gerar novos resultados e novo status.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

29 4.2 – Agregando Valor Através do Cliente Interno

Atualmente fala-se muito em agregar valor ao negócio, ao produto ou

serviço, mas como colocar essa importante teoria em prática. Em primeiro

lugar a empresa deverá se conscientizar da importância da comunicação

interna e clima criado para seus colaboradores. Os mesmos devem estar

preparados para diariamente recebem uma gama de novas informações,

estarem de acordo com as exigências do mercado consumidor e, sobretudo,

estarem em consonância com os ideais da empresa.

As empresas precisam estar cientes de que o ambiente autoritário e

altamente hierarquizado deverá ser substituído pela orientação de seus

gestores aos seus colaboradores, os mesmos deverão ser sugestionados e

comprarem assim o objetivo de sua organização. Silva (1999) descreve que o

controle dos colaboradores era feito por intermédio da imposição, porém

atualmente o grande potencial das pessoas e sabem usar também o cérebro,

pois não dá mais para usarem somente os braços, pernas e a força muscular a

maior riqueza de uma organização é seu capital intelectual, direcionado ao

melhor atendimento e a superação das expectativas de seus clientes

consumidores é o seu maior capital.

Atualmente as empresas vencedoras são aquelas que deixaram de

focar somente seus fluxos de caixa e processos e passaram a valorizar o seu

capital humano, e a utilizando-o para agregar valor ao seu produto final.

4.2.1 – A Participação Nos Lucros

Segundo Chiavenato (2000 a), a interação entre as pessoas e a

organização pode ser explicada pela troca de incentivos financeiros e

contribuições dos funcionários em resposta ao incentivo. Como a organização

2 Américo Luis Martins da Silva – Procurador Autárquico Federal. Professor do curso de graduação em Direito da Universidade Veiga de Almeida. Professor de pós-graduação “Latu Sensu” (Especialista) em direito Constitucional da Universidade Federal de Direito de Juiz de Fora

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30 é um sistema racional, torna-se necessário conhecer os motivos que levam os

indivíduos a cooperar. Os indivíduos estão dispostos a cooperar sempre que

suas atividades sejam reconhecidas pela organização. O autor aponta a

participação nos lucros como uma das mais eficientes ferramentas de

incentivos utilizadas para influenciar o funcionário a cumprir as metas da

organização e o alcance do lucro tão esperado. Ou seja, a lucratividade da

organização é, em contra partida, a garantia do seu incentivo.

Chiavenato (2000 a, p. 407) diz:

Remuneração variável ou participação nos lucros ou

resultados é a parcela da remuneração total creditada

periodicamente a favor do funcionário. Em geral, é de

caráter seletivo (para alguns funcionários e executivos) e

depende dos resultados alcançados pela empresa, seja

na área, departamento ou cargo, em determinado período

por meio do trabalho da equipe ou pelo trabalho isolado

de cada funcionário. Há forte vantagem em relação a

outros benefícios, pois o funcionário somente recebe mais

dinheiro se a empresa tiver ganho de produtividade

negociados no inicio do exercício. Essa remuneração

não fissiona os custos da empresa. Ela é autofinanciada

com o aumento da produtividade e com a redução dos

custos.

Essa visão monetarista que gera satisfação não é tão universal.

Há outros meios de geração de satisfação ao ser humano, além de considerar

que a melhor satisfação é se origina no interior humano, pela satisfação maior

da prestação de serviço ou apresentação de produtos esperados. Na gama de

remunerações há o chamado “benefícios indiretos”, que muitas vezes

superam, e em muito, a recompensa monetarista direta de uma “participação

nos lucros”. Exemplos são os “Planos de saúde”, as “Ajudas de alimentação”,

“Ajuda de moradia”, “Ajuda de educação” e outras, mesmo que representem

um ganho indireto. É bom repetir: dinheiro só não basta!

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

31

4.2.2 – A Qualidade Levando Ao Lucro

Uma das premissas básicas da qualidade é a valorização do ser

humano dentro da organização, seja pela oportunidade de crescer, seja pelo

ambiente agradável que lhe for oferecido no trabalho. As empresas que

desejam implantar qualidade a sua política de recursos humanos deverá

promover tarefas e recompensas que satisfaçam as necessidades humanas de

acordo com Kotler (1998). Ainda segundo Bekin (2004) existem muitas

definições para qualidade, mas as mais importantes são:

• Excelência – a qualidade significa o melhor que se pode fazer, o padrão

mais elevado de desempenho, a aplicação dos melhores talentos e

esforços para produzir os resultados mais elevados.

• Valor – Qualidade significa ter mais atributos, usar materiais ou serviços

raros que custam muito mais caro;

• Conformidade com as especificações – qualidade significa o produto ou

serviço estar de acordo com as especificações do projeto.

• Durabilidade – O conceito de bem durável teve mudanças profundas ao

longo do tempo, pois não há interesse em ter bens que durem por longo

tempo.

Uma boa lucratividade depende diretamente da forma como os bens

ou serviços foram elaborados e executados, e principalmente do atendimento

às expectativas do consumidor. Bekin (2004, p. 8) explica da seguinte forma:

Nesse cenário em que a economia é orientada para

atender e servir e reter o cliente, a prioridade esta em

atender as demandas do consumidor. Esse deve ser o

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

32 mantra da estrutura organizacional. Não se trata mais de

entregar um produto ou serviço ao consumidor apenas

dentro das conformidades técnicas, mas de adequá-lo às

expectativas de qualidade leiam-se expectativas de

desempenho e conveniência ao do consumidor final Isso

se chama associar um determinado tipo de serviço

agregado ao produto, o popular valor agregado. A

percepção que o cliente tem do produto vai determinar

como esse produto ou marca será adotada.

Logo se entende que a lucratividade e o sucesso das empresas

esta intimamente ligada à forma como as mesmas irão tratar seus clientes, e

ao valor que as irão agregar ao seu produto final, para atender às expectativas

de seus consumidores, que hoje não consomem somente produtos, mas sim

qualidade, excelência e valor agregado.

4.3 – As Estratégias de Endomarketing e o Lucro

Segundo Brum (1994), as organizações devem ficar atentas, pois os

clientes aumentam cada vez mais suas exigências. Quem não souber

entendê-las ou atendê-las não sobreviverá às exigências do atual ambiente

competitivo. Um dos pilares das estratégias de endomarketing é justamente a

ênfase no cliente interno e externo.

Para Kotler (2000 a) as estratégias de endomarketing levam a

qualidade dos serviços ou produtos oferecidos pela organização, e é nesse

momento que se demonstra a eficiência da organização voltada para o cliente

surgindo assim à vantagem competitiva que certamente levará ao aumento da

lucratividade da organização.

De acordo com Bekin (2004, p. 40) pode-se complementar que:

Sempre é possível oferecer algo de valor ao consumidor,

desde que haja uma vantagem econômica. É necessário

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33 gerar lucro pelo processo de atender aos anseios. Temos

ai uma habilidade: entender o comportamento da

concorrência, entendida hoje pela chamada metodologia

benchmarketing. Que diz: observo quem faz muito bem, e

pela observação, aprimoro meus processos, mas só se

eles representarem avanço para o mercado.

Para Brum (2003), as empresas perceberam que, além da

remuneração convencional, um número crescente de outras recompensas

fazem parte de um programa de endomarketing, e vêm entusiasmando e

motivando seus funcionários. Como resposta tem conseguido reter talentos em

maior escala, diminuir seus índices de absenteísmo e rotatividade, melhorar o

atendimento ao cliente e o nível de motivação o que acaba resultando um

maior ganho para a organização, refletindo positivamente em seu lucro final.

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34

CAPÍTULO V

ESTUDO DE CASO TIM RIO S.A

Para ser a melhor e maior empresa na área de telefonia móvel

celular do Estado do Rio de Janeiro, e obter satisfatório lucro, a Tim Celular

percebeu que precisaria, antes de tudo, de um quadro de funcionários (clientes

internos) dinâmicos e ajustados, com as metas de crescimento e produtividade

da empresa.

Sendo sua sede situada na cidade do Rio de Janeiro, onde há

três fortes concorrentes (Claro, Oi, Vivo), mercado praticamente coberto e

atendido nas questões de telefonia móvel, logo percebeu a necessidade de

criar um ambiente de trabalho favorável, provendo treinamento e aplicando

benefícios, mas isso não era o bastante. No início de 2007 a empresa decidiu

implementar, juntamente com a área de recursos humanos, marketing e outras

áreas, um programa de endomarketing.

Em princípio, encontrou várias barreiras para sua implementação

no que diz respeito à comunicação interna, que não era clara o bastante para

fazer com que seus colaboradores, (forma com que a empresa trata seus

funcionários) entendessem seu propósito. A Tim Rio S.A estava querendo

melhorar a maneira que seus funcionários eram tratados. Com os esforços

aplicados pela empresa percebeu-se uma mudança positiva no clima interno,

porém os resultados não foram satisfatórios.

Em de junho de 2007 a empresa reformulou sua estratégia de

endomarketing e entendeu que, para ter sucesso no programa, a mesma teria

que reformular sua comunicação e as demais ferramentas envolvidas,

inclusive, o seu processo de endomarketing.

Foi, então, que efetivou (contratou) mais da metade de seus

colaboradores terceirizados, dando uma nova roupagem aos canais de

comunicação interna criando uma revista semestral (Noi), antes anual,

passando a divulgar todas as suas mensagens via intranet e celular, a ouvir

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

35 seus colaboradores através de pesquisas, antes de qualquer ação tomada pela

empresa, e pedindo um retorno dos seus colaboradores após essas ações.

Com isso, passou a realizar um evento conhecido como

“Oxigenação” (evento anual que ocorre fora da empresa com o objetivo de

integrar todos os colaboradores e promover uma descontração). Além de

campanhas, mobilizando todos os colaboradores. Campanha do agasalho

para quem tem frio, doação de brinquedos, Mc Dia Feliz etc.

A empresa passou a investir mais nos programas de

desenvolvimento profissional através de treinamento interno, externo e

laboratórios de ensaio de sistemas. O processo de seleção interna em 2007

foi 30% maior em relação a 2006, quando o número foi de apenas 300

funcionários. A efetivação de 600 funcionários, antes terceirizados, foi o que

realmente trouxe uma atmosfera de empenho e credibilidade à organização.

Mas as grandes estrelas dessa nova fase foram às medidas

relativas à remuneração e benefícios, sendo os salários corrigidos e

aumentados. Outra medida foi à implantação da participação nos resultados,

criando um clima de comprometimento e alcance das metas. Além dessas

medidas, o vale refeição e alimentação sofreram um considerável aumento.

Todas essas mudanças e evoluções resultaram em um efeito

positivo e muito animador, conforme último comunicado vindo de sua matriz na

Itália.

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

36 Pode-se comprovar tal afirmação observando os resultados do

quadro comparativo da empresa TIM RIO S.A demonstrado no quadro abaixo.

Figura 1 - Quadro comparativo da empresa TIM RIO S.A demonstrando o antes e o depois de implementar seu programa de endomarketing.

2006 2007

Número de funcionários Tim Rio 850 1690

Média salarial em Real (R$) ao mês

Diretoria 10.000,00 11.200,00

Gerência 3.500,00 5.000,00

Administração 1.600,00 1.900,00

Número de treinamentos ao ano 30 100

Resultado anual em dólares 100.000.000 190.000.000

Lucro anual em dólares 20.000.000 50.000.000

Número reclamações ANATEL 50.000 15.000

Crescimento em porcentagem Não informado 90%

Número de Assinantes (Estado do RJ) 800.000 1.000.000

Cobertura no Estado do RJ 80% 100%

Fonte: Intranet corporativa Tim Holding – Janeiro de 2008

De acordo com o quadro comparativo da empresa TIM RIO S.A.

conclui-se que através da implementação de seu programa de endomarketing,

a empresa apresentou um considerável crescimento comprovada a eficiência

de seu endomarketing.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

37 O número de contratações em 2007 cresceu cerca de 98,82 % em

relação ao ano de 2006, demonstrando que a empresa passou a comercializar

um número maior de serviços de telefonia, sendo sua cobertura ampliada para

100% em todo o estado do Rio de Janeiro, e o número de assinantes que em

2006 era de 800.000, crescendo 25 % em 2007. Seus funcionários foram

beneficiados por este crescimento, sendo comprovado que o salário aumentou

em média 18,75% em relação a 2006. Como parte do programa de

endomarketing, os treinamentos em 2007 foram aumentados em 233,33 %,

refletindo diretamente na redução de reclamações na ANATEL3 que em 2006

era em média 50.000 reclamações por ano, e em 2007 (15.000) ao ano,

representando uma redução de 70%. Todas as ações de endomarketing

influenciaram positivamente os resultados da empresa que em 2007 teve um

resultado positivo de 90% em relação a 2006, sendo seu lucro anual em

dólares 150 % maior.

Entende-se que através da adesão dos programas de endomarketing

os resultados melhoram quantitativamente e qualitativamente, além de trazer

um novo ambiente, cada dia melhor, para seus colaboradores.

Atualmente a empresa esta implantando mais uma fase do seu

programa de endomarketing, consistindo na conscientização da saúde física e

mental de seus colaboradores. E com a criação de um bloco de prédio com

três andares, cada destinado, respectivamente, ao Centro de Treinamento,

Academia de ginástica e Centro Gastronômico. Toda empresa esta envolvida

nessa nova fase do programa de endomarketing, buscando no ano de 2008

elevar seu lucro anual em mais 30 %, superando as expectativas de sua matriz

na Itália, que estima um aumento de 13% nos lucros.

3 ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações. Organização governamental responsável pela regulamentação das normas de telefonia fixa e móvel em todo o Brasil

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38

CONCLUSÃO

Atualmente, para que as empresas alcancem vantagens

competitivas sobre a concorrência, uma das alternativas é investir na

implementação de um programa de endomarketing, pois através dele,

aspectos organizacionais e humanos podem ser abordados e tratados pela alta

gerência de forma a conduzir a organização ao alcance das metas, gerando

resultados positivos.

Dentro do atual cenário social e organizacional, a abordagem

gerencial das empresas deverá ser mais humanizada, de forma a valorizar o

seu capital intelectual e desenvolver um espírito de propriedade da

organização em cada membro que faça parte de seu corpo.

Isso só ocorrerá através da compreensão e apreensão da cultura

interna da empresa pelos seus colaboradores, além de uma política de

remuneração justa, principalmente valorizando a remuneração variável e a

implementação de instrumentos como treinamento, desenvolvimento

profissional, comunicação clara e de fácil acesso porá todos.

O objetivo do endomarketing é promover a troca de valores com

os colaboradores e a integração dos mesmos com os objetivos e metas da

organização, com a intenção de torná-los aliados às metas da empresa.

Conclui-se então, que endomarketing é um programa que deve

fazer parte da realidade das organizações que buscam alcançar o lucro através

de funcionários motivados, satisfeitos e felizes por fazer parte de um grupo e

que com isso, “vistam a camisa” da empresa, sendo multiplicadores dos

pensamentos e objetivos do alto comando da organização, internalizando sua

cultura e produzindo para atender todas as expectativas do cliente externo.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ARMSTRONG, Gary, KOTLER, Philip Introdução ao Marketing. 4ª Ed. Rio de Janeiro: LCT, 2000. 640 p. BEKIN, Saul Faigson. Conversando Sobre Endomarketing. 3ª Ed. São Paulo: Nakron Books, 1995. 169 p. BEKIN, Saul Faigson Endomarketing Como Praticá-lo Com Sucesso. 2ª Ed. São Paulo: Prentice Hall. 2004. 188 p. BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing, Estratégias de Comunicação Para as Empresa que Buscam a Qualidade e a Competitividade. 2ª Ed. Porto Alegre: Ortiz, 1994. 178p. BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing Como Estratégia de Gestão: Encante Seu Cliente Interno. 2ª Ed. Rio Grande do Sul: L&PM, 1998. 144 p. BRUM, Analisa de Medeiros. Respirando Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 2003. 143 p. CARAVANTES, Geraldo. O Ser Total Talentos Humanos Para O Novo Milênio. 2ª. Ed. Porto Alegre: Atlas. 2000. 180 p. CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: Educação e Cultura Para a Qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark. 1994. 161 p. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Campus. 2005. 99p. CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração Benefícios e Relações de trabalho. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas. 1998. 200p. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos Edição Compacta 6ª ed. São Paulo: Atlas. 2000. 631 p. CHIAVENATO, Idalberto. Como transformar RH de um Centro de Custos em um Centro de Lucro. 2ª Ed. São Paulo: Makron Books. 2000. 196 p. CLT ACADÊMICA, Consolidação das leis Trabalhistas. 2ª. Ed. São Paulo: Saraiva. 2004.

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

40 CONSTITUIÇÃO, Constituição da Republica Federativa do Brasil. 25ª. Ed. São Paulo: Saraiva. 2000. FIGUEIREDO, José Carlos. O ativo Humano na Era da Globalização. 1ª Ed. Negócio editora: São Paulo. 1999 154 p. DRUKER, Peter. O Futuro Já Chegou. 2ª. Ed. São Paulo: Atlas. 2000. 113 p. GRÖRRONS, Christian Mark. Gerenciamento e Serviços. 2ª ed. Rio de janeiro: Campus. 1995. 288 p. GUBMAN, Eduard. Talento Desenvolvendo Pessoas Para Obter Resultados Extraordinários. 4ª. Ed. São Paulo: Campus. 1999. 31 p. Endomarketing Revoluciona Mercado Brasileiro de Telecomunicações Jornal

Valor Econômico. Rio de Janeiro: 25 maio 2008, 15 p.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Analise, Planejamento, Implementação e Controle. Tradução Ailton Bonfim Brandão. 5ª ed. São Paulo: Atlas. 1998. 725 p. LUCENA. Maria Diva da Salete. Planejamento de Recursos Humanos. 3ª Ed. São Paulo: Atlas. 1991. 239 p. MATIAS, Antonio Viana; ALEXANDRE, Sylvio Moreira Filho. Monografia: do Projeto à Execução. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Rio. 2005. 76 p. MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. 5ª Ed. São Paulo: Atlas. 1995. 36 PICCARD, Edmond. Benefícios e Remuneração Global. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas. 1985. 145p. SILVA, Américo. Remuneração Estratégica. 2ª. Ed. São Paulo: Atlas. 1999. 86p. PORTER, Michel E. Estratégia competitiva Técnicas de Análise de Indústrias e da Concorrência. 23ª. Ed. Campus, 1986. 348 p.

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …

41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Histórico da Evolução Organizacional 9

1.1 - Era Industrial Clássica 9

1.2 – Era Industrial Neoclássica 10

1.3 – Era da Informação 11

CAPÍTULO II

O Endomarketing 12

2.1 – A Evolução do Marketing Dentro da Organização 12

2.2 – Surgimento do Endomarketing 13

2.2.1 – Objetivos do Endomarketing 14

2.2.2 – A Importância Estratégica 15

2.2.3 - Níveis do processo de Endomarketing 16

2.3 – Planejamento de um Programa de Endomarketing 17

2.4 – Os Programas de Implementação do Endomarketing 18

2.5 – Avaliação do Programas de Endomarketing 20

CAPÍTULO III

O Cliente Interno 22

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3.1 – Definindo cliente Interno 22

3.3 – Gestão do Ativo Humano e o Endomarketing 23

3.4 – O Cliente Interno e o Sucesso Organizacional 25

3.5 – A Identidade Através do Cliente Interno 26

CAPÍTULO IV

O Lucro Organizacional 28

4.1 – Definindo O Lucro Organizacional 28

4.2 – Agregando Valor Através do Cliente Interno 29

4.2.1 – A Participação Nos Lucros 29

4.2.2 – A Qualidade Levando Ao Lucro 31

4.3 – Estratégias de Endomarketing e o Lucro 32

CAPÍTULO V

Estudo de Caso Tim Rio S.A 34

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 41

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

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Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: