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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING NA INTERNET <> <> <> Gláucio Ferreira Abiraude Orientadora Profª Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING NA INTERNET

<>

<>

<>

Gláucio Ferreira Abiraude

Orientadora

Profª Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING NA INTERNET

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para a conclusão do

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Docência do

Ensino Superior.

Por: . Glaucio Ferreira Abiraude.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha vida e pelas pessoas que colocou

em meu caminho durante todo esse período, pessoas

que incentivam minha caminhada;

A Minha Família, que tanto intercedeu por mim através

de orações e pensamentos positivos;

A Minha Orientadora, Profª Fabiane Muniz pela

orientação desta monografia.

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DEDICATÓRIA

À meus pais que tanto me apoiaram e

incentivaram, durante toda a minha trajetória.

A minha namorada que me auxiliou durante

todo o meu trabalho.

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RESUMO

O presente trabalho aborda o tema Marketing na internet cujo sua definição

é um conjunto de atividades utilizados por recursos de comunicação eletrônicas

mediados pela internet através de uma organização que na prática trata-se do

aproveitamento dos nossos recursos da divulgação, promoção, publicidade e da

prestação de serviços facilitados e viabilizados pelo advento da tecnologia de

comunicação de dados via internet. De acordo com o avanço da tecnologia,

através do uso do comércio eletrônico, as empresas passaram a desenvolver em

novo método de venda através de produtos e serviços . Com desenvolvimento da

tecnologia, milhares de empresas passaram a utilizar a internet respeitando os

princípios éticos e a responsabilidade social corporativa. No primeiro capítulo é

apresentado à evolução do tema Marketing na internet e seu conceito na utilização

do comércio eletrônico. No capítulo dois é apresentado de forma sucinta o

desenvolvimento das vendas na internet e sua principais vantagens. No capítulo

três é desenvolvido as questões de segurança e da distribuição nas vendas feitas

pela internet. Na conclusão são feitas considerações do Marketing na internet e o

Comércio Eletrônico nos dias atuais, expondo algumas práticas já exercidas nas

empresas.

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METODOLOGIA

Foi feita baseada em pesquisa bibliográfica principalmente dos autores: -

DUCKER, Peter – KOTLER, Philip e pela internet no site : www.e-

commerce.com.br .

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

1. CAPÍTULO I- Marketing na Internet 12

2. CAPÍTULO II - Comércio Eletrônico 25

3. CAPÍTULO III – Segurança e Distribuição 34

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 45

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

O mundo está mudando, a sociedade vive na economia da informação. As

mudanças que marketing tradicional está conhecendo, nota-se que as empresas

sofrerão transformações em que elas terão que se adaptar à nova era do

marketing. Com o surgimento da internet, as empresas modernas não precisarão

trabalhar como na época das organizações industriais. A importância das

informações que o mundo apresenta hoje, interligadas mundialmente pela web,

procede através de segundos e a curto zero causando transformações em todo o

processo de compra e venda nas empresas, o que atinge a relação entre as

organizações e o consumidor.

Hoje, o consumidor que acessar a rede encontrará produtos e serviços com

facilidade, de forma que a disputa pela concorrência será mais agressiva e as

empresas trabalharão duramente para vencer nesse novo mercado.

As mudanças que o marketing convencional vem sofrendo são realizadas

em virtude da transformação para o marketing na internet. Tais mudanças são

vistas em todas as etapas do marketing. Nos dias atuais, a propaganda, vendas,

serviço de atendimento a clientes, pesquisas de mercado já se encontram

modificadas.

O Marketing na internet expressa atividade e ações relacionadas à

promoção de produtos e serviços na web. O marketing na rede , nada mais é do

que a atuação da empresa em direção a satisfação das necessidades futuras dos

consumidores por meio da capacidade de trocar dados através de uma variedade

de redes de comunicação mutuamente benéficas unindo pessoas e conhecimento

interligados de forma que o acesso torne inteiramente livre. O que diferencia no

marketing on-line com relação ao marketing tradicional são os paradigmas de

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comunicação e divulgação sem paralelos nos veículos tradicionais, antes de

surgimento da internet. O marketing na internet incentiva a capacidade de criar

novos profissionais de marketing, causando uma verdadeira revolução publicitária.

Com a rede, as análises das oportunidades de mercado causarão

modificações significativas. Conceitos como planejamento estratégico,

informações sobre a concorrência e identificação de oportunidades devem ser

inseridas dentro da realidade das empresas que atuam de forma virtual. Pesquisa

e seleção de mercado-alvo assim como as concepções da estratégia

mercadológica são essenciais para o desenvolvimento de qualquer estratégia de

mercado virtual, já o que realmente importa é saber o que agrada o cliente virtual

e como tirar proveito dessa mídia.

Para atuar na web, é necessário saber qual o produto e/ou serviços que

movimentará empresa. Quais os fatores de motivação que levam as pessoas a

navegar na web, e por fim realizarem uma compra. Assim como qualquer outro

plano de marketing, os fatores de produto, preço promoção e distribuição estarão

atentos para implementação e controle de todo o esforço mercadológico.

A descrição de mitos se tornou populares sobre marketing na internet como

medição de audiência, a elaboração de conteúdo, comparação com a TV. Essa

constatação é de vital importância para as organizações, tendo em vista a

quantidade de dinheiro com a tentativa de marcar presença na web. Sem contar a

visão pessimista de muitos profissionais de marketing na internet quanto ao poder

da web como ferramenta de marketing.

O comércio eletrônico para alguns autores afirma que as mudanças se

realizam de forma acelerada e econômica, a sociedade e a política e por estar

intimamente ligado ao marketing na internet, não podemos tratar de um sem tratar

do outro. As transações que são intermediadas pela rede caracterizando o

comércio eletrônico, o que torna as empresas mais competitivas já que não

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existem mercados locais e assim globais. A perspectiva de futuro de comércio

eletrônico para as pessoas brasileiras que navegam na internet, está inserido na

evolução que o mundo globalizado apresenta para a sociedade na relação entre o

internauta/população ligada na mesma direção que o consumidor/internauta e as

tendência que o mundo globalizado apresenta em um processo de transformação

de internauta em consumidores on-line num ritmo concreto em que cada país

depende das diversas variáveis.

A falta de consciência dos empregados sobre os riscos da não utilização de

programas de antivírus é um dos fatores que a segurança da internet de uma

empresa deve investir na prevenção e reação por estar conectada a rede ao

utilizar ferramentas tecnológicas como firewalls, criptografias e SSL.

O desafio que o aspecto ético ao acessar a rede interna aos

administradores públicos que se deve o local de trabalho causando efeitos da

despersonalização do relacionamento social provocado pela redução na

necessidade de interação face a face e a postura do governo relacionada a alguns

desafios éticos e legais em uma democracia de líderes de órgãos públicos.

O respeito pela privacidade que as pessoas devem manter principalmente

quando a revelação de algumas informações se baseia na facilidade do

aprimoramento da execução do domínio das tarefas a serem elaboradas e a

privacidade das informações que os repositários das empresas preservam na

garantia do intercâmbio de informações.

Por diversos autores levantarem em questão que a definição de privacidade

não se aplica, conceito de repósitário ético mesmo utilizado em vários contextos,

na área de gerenciamento estratégico mesmo realizado na maioria dos

desenvolvimentos o conceito se aplicou de diferentes maneiras.

Determinadas empresas notam que alguns repositários estão em posição

mais vantajosa por causa do poder do uso do sistema de informação que revelam

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a mudança em seu contexto por formar um risco os repositários mais fracos e uma

ameaça sistêmica à privacidade.

CAPÍTULO 1

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1 - MARKETING NA INTERNET

1.1 – Conceito

Marketing é um processo social e administrativo através do qual pessoas e

grupos obtêm o que desejam e necessitam, pela criação, oferta e troca mútua de

produtos com valor agregado afirma Venetianer (1999) essa frase pertence a

Philip Kotler e pode ser complementada pela definição do autor Tom Venetianer

(1999) em seu livro Como vender seu peixe na internet – um guia prático de

marketing e comércio eletrônicos.

Para Venetianer (1999), ainda não existe um termo exato que possa

expressar todas as atividades e ações na promoção de produtos e serviços na

web. O termo “marketing on-line” parece expressar de forma mais contundente

esse conceito. On-line, devido ao modo como o processo é conduzido, ou seja,

por intermédio da interação do homem com o computador, toda ela ocorrendo em

tempo real.

A partir desse conceito fica claro que o marketing on-line insere-se no

contexto muito mais amplo de todo processo mercadológico de uma empresa.

Sendo assim, não se trata de um novo processo e sim de um novo conjunto de

atividades mercadológicas, que se tornam possíveis através da internet. Seria o

aproveitamento dos novos recursos de dilgação, promoção, publicidade e

prestação de serviços viabilizados pela tecnologia de comunicação de dados via

web. A internet pode ser entendida como sendo um novo veículo de comunicação

e distribuição de informações e certamente não como um substituto dos processos

de marketing convencional.

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O marketing tradicional sofrerá mudanças significativas em virtude do

marketing eletrônico. Apesar de muitos princípios do marketing convencional se

aplicarem perfeitamente no marketing on-line.

Segundo Venetianer (1999), o que realmente muda no marketing eletrônico

são alguns paradigmas de comunicação e divulgação sem paralelo nos veículos

que existiam até o seu surgimento. É desta forma que o marketing na internet

estimula muito a criatividade humana, conseqüência natural do potencial da nova

mídia. Essa pode ser a única semelhança entre a web e a TV, a revolução,

publicitária. Sendo essa a única semelhança, porque como veremos mais à frente,

a internet não é como a TV. A introdução do marketing eletrônico não significa que

a arte e a ciência do marketing como conhecemos, seus procedimentos, suas

atividades básicas e seus conceitos de gerência estejam superados. Porém, esse

é o problema que costuma atrapalhar a visão de muitos profissionais de

marketing, o paradigma de comunicação que conhecemos de longa data é

completamente mudado com o aparecimento da internet comercial.

Todo o processo de marketing, tradicional ou on-line, tem início com a

análise das oportunidades mercadológicas, seguindo adiante com as pesquisas e

a definição de mercados-alvo, a concepção das estratégias de marketing,

finalizando na implementação de ações de marketing. O desenvolvimento de todo

esse ciclo depende dos esforços de organização e do controle dos resultados

obtidos.

É através da análise de cada uma dessas etapas, confrontando as etapas

desse processo como desenrolar das atividades relacionadas como o marketing

on-line é que será desenvolvido o raciocínio sobre o que é chamado de novo

paradigma de marketing.

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1.2 – Histórico

Tudo começou quando em 1945 o pesquisador Vannevar Bush, vice-

presidente do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) publicou um artigo

chamado “As we may think”. Ou “Como nós podemos pensar”.

Em seu artigo, Bush fala sobre a possibilidade de implantar uma imensa

rede que unisse pessoas e conhecimento interligados de forma que o acesso

fosse inteiramente livre. Batizada como Memex, Bush permitiria a busca de

conhecimento de forma simples e fácil. Tal idéia era maravilhosa, mas não saiu do

papel.

Após vinte anos, com interesse em tal conceito o cientista Ted Nelson ao

apresentar um artigo na Conferencia da ACM lançou idéia-base do “hiper texto”,

que imbutia a noção de documentos que pudessem ser interligados entre si por

ponteiros controlados por programas. Anos depois sem sucesso, Ted Nelson

construiu o software necessário para implementar esse conceito. Em 1988, John

Walker, fundador da Autodesk ao comprar a tecnologia de Nelson investiu em seu

desenvolvimento durante quatro anos. Com um anuncio do desenvolvimento de

algo similar no laboratório Europeu de Física (CERN), seus esforços foram

abandonados quando em 1989, Tim Berners-Lee propôs a criação de uma rede

mundial A World Wide Web “WWW” que deveria permitir o compartilhamento de

conhecimento entre pessoas distantes.

Segundo Teixeira Filho (2.001) As contribuições de Berners-Lee

foram fundamentais para o desenvolvimento da internet. A partir

dele surgiu o protocolo de transferência de hipertextos http

(hipertext transfer protocol); o padrão de localização de

documentos URL (universal resouse locator) e a linguagem para

citação de hipertextos HTML (hypertext markup language).

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Com o desenvolvimento de trabalhos conjuntos mesmo que os parceiros na

tarefa estivessem paralelamente a esse esforços o desenvolvimento de software e

padrões, a tecnologia a infra-estrutura de telecomunicações se desenvolveram

principalmente com o empenho estratégico do governo americano nos setores

militar e acadêmico.

Com os computadores interligados em todo o mundo, o paradigma da

computação foi alterado lentamente passando do contexto de “centros de

processamento de dados” para o de “nós em uma rede de comunicação”. A

internet ao surgir nos Estados Unidos em 1969 com o nome de Arpanet à rede por

ser ligada a uma linha telefônica o gerenciamento do Governo americano se

afastaram estabelecendo aberta a todos interessados. Pela internet estar ligada

diretamente as linhas telefônicas as empresas de cada país concederam a

autorização a outras empresas ou as pessoas para que estas formem grupos que

possam ligar-se à rede. “Conectados a Arpanet à internet cresceu de quatro

computadores para duzentos em 1983, em seguida em 1995 para cinco milhões

de computadores” afirma Teixeira Filho (2.001,p19).

Com o aparecimento de marketing na internet a atuação da empresa em

direção a satisfação das necessidades futuras dos consumidores por meio de

trocas mutuamente benéficas utilizou o uso da web através de sites feitos pelas

próprias empresas apresentando a sua própria imagem. Com o surgimento da

web milhares de empresas utilizarem o site como uso benéfico a sua imagem,

mas como as empresas viram que obter a imagem de sites não obtinha um

retorno correspondido. No entanto com o avanço tecnológico e com mudanças

que ocorreram no mercado torna-se atrativo quando novas empresas propiciaram

uma revisão radical que ampliaria a oferta.

Quando a internet passou a ganhar mais espaço, em 1994 a Embratel

anunciou a possibilidade de acesso comercial à rede , o serviço divulgado acabou

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não só se concretizando, independente do fracasso da iniciativa, como a largada

para tornar disponível a rede mundial de computadores no Brasil.

Segundo Teixeira Filho, (2001,p19-20). “Em 1995 o número de

Pcs não passava de 3,3 milhões com 120 mil usuários da internet.

Em três anos chegando a seis milhões de máquinas o número de

usuários cresceu 17 vezes com 2,1 milhões de internautas. Com a

infra-estrutura telefônica deficiente e do número de computadores

ainda ser pequeno hoje o Brasil é o único país de Terceiro Mundo

a participar do grupo de dez nações com o maior número de

usuários da internet. Em 2000, das quinhentas maiores empresas

privadas do país 9,9% dispunham de algum sistema do comércio

eletrônico. Do total, 292 empresas têm sites na rede”. Com as

tentativas do crescimento do mercado para o brasileiro é muito

novo, mas o interesse na área traduz um festival de números a

qual os próprios analistas acreditam que neste ano as aplicações

chegam a US$ 890 milhões.

De acordo com a citação acima o avanço da tecnologia, o número de Pcs

relacionado à quantidade de usuários aumentou de forma que pelo Brasil ser o

único país de Terceiro Mundo a estar presente do grupo de dez nações com maior

numero de usuários da internet as empresas privadas que utilizavam algum

sistema eletrônico, 292 empresas já possuem seu site na rede. Pelo mercado no

Brasil ser muito novo os analistas acreditam que há um grande interesse na área.

1.3 - Análise das oportunidades mercadológicas

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O Planejamento estratégico de marketing como conhecemos o horizonte de

análise é relativamente distante, durando de três a cinco anos, essa explica em

razão da demora da execução das outras estapas desse processo. Assim, o

objetivo traçado, seja no plano estratégico corporativo ou no mercadológico, levam

um certo tempo a serem alcançados.

Essa abordagem no marketing na internet se encaixa em razão da enorme

dinâmica do ambiente virtual. Geralmente essas ações exigem implementações

em um prazo mais curto, se possível em menos de um ano. Sem contar, que os

recursos oferecidos para atividade de marketing on-line têm se modificado com

enorme rapidez. Pela internet crescer a uma velocidade inimaginável, a web de

hoje pode não se parecer nada com a de amanhã. Desse modo, a análise das

oportunidades tem de ser realizada em um horizonte bastante restrito. De fato,

uma das características do marketing na internet bem-sucedido deriva de ações

modificadas com grande freqüência e agilidade. Nessa mesma etapa, no

marketing convencional, ainda seria necessário determinar, com alto índice de

descrição, a concorrência atual da empresa, onde eles atuam, quais os seus

diferenciais, seus pontos fortes e fracos. A partir dessas informações é que é feita

a base de criação de novas ofertas de produtos e a dos diferenciais

mercadológicos.

Fazer isso na rede é um pouco mais complicado. A maioria de seus

concorrentes já está na web, cada um com uma maneira peculiar de estabelecer

sua presença. Um dos principais fatores de sucesso na internet é conseguir

oferecer ao seu público alvo o conteúdo de valor.

Para se detectar a oportunidade na web, não se tem tanto tempo para

analisar o ambiente mercadológico e coletar sobre ele informações detalhadas,

como no marketing tradicional. Em razão da dinâmica da mídia e o

comportamento ansioso dos usuários da rede, os profissionais de marketing

passam a tomar outra direção, muito mais importante. Ficam encarregados de

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determinar claramente quais os fatores motivacionais que levam os visitantes

potenciais a se interessarem por suas ofertas virtuais. Com os objetivos já

esclarecidos, é preciso agora planejar e criar ações rápidas para atrair esses

potenciais consumidores. Assim, o planejamento da presença na internet é de

fundamental importância, pois como é mencionado mais à frente a web deve ser

bem experimentada agora e não simplesmente experimentada para não perder

mais tarde. As análises de oportunidades mercadológicas tradicionais

desenvolvem-se quase sempre num espaço mercadológico restrito. O marketing

pode ser bem mais ambicioso, pois a internet é universal. O Público alvo potencial

abrange internautas do mundo todo. De acordo com o que se for oferecido

virtualmente, a demanda pode ser muito ampla do que a contemplada pela

estratégia convencional, é o que afirma Venetianer (1999).

Nessa parte referente às analises de oportunidades, já fica clara a

identificação das modificações quanto o campo de atual mercadologia passa a ser

a web. O tempo gasto e o horizonte dos planejamentos são menores, as

estratégias de conforto com concorrentes dão lugar a abordagens muito mais úteis

para as ofertas virtuais, rapidez e agilidade são as táticas que garantem o

sucesso. Mas a grande mudança talvez ocorra pela ampliação do espaço

mercadológico.

1.4 - Pesquisa e seleção de mercados-alvo

A internet por ser um meio de comunicação global, todas as ações

mercadológicas on-line podem estender-se para qualquer lugar. É preciso detectar

públicos-alvo que tenham interesses em receber as mensagens comerciais e seus

fatores motivacionais a usarem as ofertas visuais oferecidas por uma organização.

Com a web passamos a raciocinar em termos de mercado de maior amplitude,

possivelmente até com culturas então desconhecidas. É possível agora focar

nichos difíceis de atingir com outros veículos. Ainda por falta de intimidade com o

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novo ambiente, muitos profissionais de marketing deixam passar oportunidades,

assim como também se encanam com sua amplitude e acabam fracassando.

Segundo Venetianer (1999), quando se estiver começando o planejamento

de presença na rede de uma organização, é preciso responder de forma clara e

precisa que tipo de conteúdo se pode oferecer ao público-alvo que pretende atrair,

assim como o que esse público considera útil. Essa resposta se dá através da

definição de seu perfil profissional, áreas de interesse, os fatores de motivação

que o levam a navegar na web, sua necessidades de informação e, uma vez

encontradas respostas, o ponto mais importante, procurar satisfaze-las. Na

internet na maioria das vezes os métodos convencionais de selecionar um

mercado-alvo por intermédio do perfil psicossocial/democrático dos clientes não

funciona. Mesmo não sendo interesse da empresa, a web tende por estender as

fronteiras mercadológicas onde ela tradicionalmente atua.

1.5 – Concepção da estratégia mercadológica

No que envolve a concepção de uma estratégia de marketing, uma das

questões de maior importância diz respeito ao posicionamento das ofertas das

empresas. As outras questões envolvidas são o preço, a qualidade, a

disponibilidade e as características do produto. Através do confronto desses

critérios com o perfil do mercado-alvo e o perfil dos potenciais consumidores, são

determinados os diferenciais que serão inseridos ao produto, matéria–prima e tudo

que diz respeito á parte promocional. Isso tudo pode até parecer essencial para se

estabelecer uma estratégia de marketing on-line. Tendo em vista apenas a

mudança de mídia. Os produtos ou serviços a serem divulgados, promovidos e,

por conseqüência, comercializados permanecem os mesmo.

Na prática não é bem assim que ocorre, já que o que importa é definir o

público-alvo e que oferta será proposta através de uma mídia interativa. Sendo

assim, é preciso direcionar essa análise para duas questões básicas, o que

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realmente interessa ou pode vir a interessar nosso público-alvo e como tirar

proveito dessa nova mídia, chegando ao cliente e comunicar-lhe a oferta virtual.

1.6 – O que move a grande rede

Num primeiro momento, é necessário analisar aspecto do comportamento

das pessoas quando ligadas a Web. Pode existir um número muito grande de

fatores que levam a esse comportamento, é preciso descobrir o que leva milhões

de pessoas a se conectarem todos os dias á Internet, a navegarem por sites,

utilizarem correio eletrônico, baixarem arquivos e comprarem na rede.

Segundo o consultor e projetista de sites, David Siegel (2000,

pág: 133), em uma entrevista a revista Exame, é preciso parar de

encarar a Internet como uma rede de computadores e sim como

uma rede de pessoas interligadas. Segundo Siegel, o que ocorre

é uma verdadeira revolução liderada por consumidores se tudo

explodisse, essas pessoas certamente encontrariam outra

maneira de se comunicar.

Apesar de não existir ainda estudos conclusivos que forneçam as respostas

necessárias, se utilizando os ensinamentos do marketing tradicional, pode-se pelo

menos, priorizar quatro grandes motivadores mercadológicos clássicos, a

curiosidade, a busca por lazer, a necessidade de informações e a procura por

conveniência.

A curiosidade é atribuída a novidade, causada por ser uma tecnologia

recente.

Sem falar, é claro, no estardalhaço que a mídia convencional vem fazendo

em torno dela. Quase todo usuário de micro, deseja obter acesso á rede.Podem

nem saber corretamente do que se trata, mas mesmo assim não querem ficar de

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fora. Esse fato acaba favorecendo o ingresso de qualquer empresa na Internet.

Não é preciso ir a busca de internautas ansiosos por novidades tecnológicas.

A curiosidade isolada só não basta para garantir o interesse em um site.

Pode até ser considerada um fator motivacional, mas mantê-la por longo tempo é

difícil. Sendo assim, necessário recorrer a outros fatores de motivação.

A busca por lazer consegue prender a atenção dos visitantes por mais

tempo, fazendo com que o público-alvo prestigie a presença na Web de uma

empresa por mais vezes. Os sites que oferecem chats (bate-papos) costumam

viver repletos, segundo venetianer. Dependendo do produto ou serviço oferecidos

virtualmente, associar a presença na rede com oportunidades de lazer pode ser

uma estratégica muito eficaz.

Quando se fala em lazer, significa dizer qualquer atividade lúdica que

entretenha os visitantes.

No entanto, prender a atenção do visitante através de entretenimentos pode

gerar um problema, a limitação da amplitude e o perfil do público-alvo que se

interessará pelo site. Isso pode ser explicado, pelo fato das atividades de lazer

corresponderem com a faixa–etária dos interessados e por as pessoas se

casarem da repetição do mesmo tipo ou formatação de atividades de lazer.

Outro grande fator que envolve a rede mundial de computadores é a busca

por informações. Existem estudos a respeito que indicam que a busca por

informações e a procura por conveniências são fatores motivacional muito mais

fortes do que os anteriores, conseguindo até dinamizar o interesse dos internautas

por tempo prolongado.

Por natureza, as pessoas sentem vontade inesgotável de conhecimento.

Essa vontade é alavancada por exigência nas profissões quanto a novos

conhecimentos e atualizações constantes de tudo que já sabemos. As decisões

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certas quando são tomadas, são resultado da posse de informações pertinentes e

adequadas . E mais importante que conseguir essas preciosas informações, é

consegui-las no menor tempo possível.

Segundo André Lotfi Maximiniano (2000, pág: 137), consultor do

IBM Global Services/Consulting Group, estamos na era da

informação, onde um dos ativos mais valiosos da empresa é o

capital intelectual. Esse capital intelectual nada mais é do que a

junção do conhecimento, experiência, percepção da realidade e

projeção de possibilidades futuras, tudo isso sendo possível

através da facilidade em se conseguir informações através da

Internet, é claro, em tempo hábil.

A Web tornou-se o ambiente ideal para a busca rápida e segura de

informações de qualquer espécie. Com os mecanismos de busca atuais é possível

que as pessoas possam pesquisar milhões de bases de dados espalhadas pelo

mundo inteiro.

Profissionais de marketing podem aproveitar essa incrível facilidade da

Internet, direcionando seus esforços mercadológicos on-line para a oferta de

informações de grande valor. Atuando dessa forma é provável à captura de um

grande número de consumidores em potencial.

A outra responsável pela movimentação da rede é a procura por

conveniência. Sua eficiência tem origem no ritmo alucinante de vida nas

sociedades modernas, principalmente ocidentais. As pessoas estão sempre

dispostas a pagar por conveniência.

E é esse o grande sucesso dos shoppings virtuais. Pode se comprar num

shopping virtual em qualquer lugar do mundo e a qualquer hora. Sem esforços

físicos, pode se visitar virtualmente um número enorme dessas lojas, pesquisando

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ofertas de todos os tipos de produtos. Em parte isso se explica porque a Internet

vive congestionada em horários noturnos e durante os finais de semana.

A internet consegue unir todos os fatores motivacionais em discussão,

construindo uma mídia única, sem paralelo até agora. Para Venetianer, buscar

informações rápidas, ou fazer compras on-line não são apenas conveniências,

existe a gratificação pela descoberta de coisas novas. O processo envolve uma

manifestação comportamental tão intensa que está recebendo a atenção dos mais

renomados psicólogos sociais.

Toda teoria motivacional citada anteriormente resume-se nas estratégias de

marketing interativo que são determinadas e influenciadas pelo aproveitamento de

todas as forças motivacionais. O profissional de marketing precisa identificar

abordagens de comunicação virtual que as coloquem em operação. Quanto mais

criativa for a oferta virtual, mais eficaz será a presença na Web de uma

organização.

1.7 – Planejamento dos programas de marketing

Durante o planejamento de um programa de marketing on-line, deve ser

esclarecido como aproveitar essa nova mídia para alcançar seu público-alvo e

como, através dela, conseguir comunicar a oferta virtual da empresa. No

marketing tradicional encontramos todas as ferramentas necessárias para a

implementação desse programa. É comum empregar o modelo dos quatro fatores

do mix de marketing, produto, preço, promoção e localização. Para Venetianer

(1999), agora mais um paradigma do marketing tradicional é quebrado, antes de

podermos focar os produtos ou serviços que serão promovidos na Internet, é

preciso desenvolver um novo produto, a própria presença na Web como a

utilização dos 4 produtos que se constituem.

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CAPÍTULO 2

2 - COMÉRCIO ELETRÔNICO

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O comércio eletrônico não é um fenômeno novo. Sua definição de forma

nebulosa onde cada autor tem sua definição própria. No entanto, desde 1969 com

o nome de Arpanet as empresas trocam dados através de uma variedade de

redes de comunicação em uma expansão acelerada e alterações radicais

provocadas pelo crescimento exponencial da Internet. Sendo até a pouco uma

atividade de empresa a empresa, através de redes fechadas específicas, o

comércio eletrônico começa agora a expandir-se rapidamente numa complexa

rede de atividades comerciais efetuadas em escala mundial entre um número

cada vez maior de participantes, empresariais e individuais, conhecidos, e em

redes abertas como a Internet. Os efeitos no seu crescimento progressivo da

internet com o desenvolvimento de novos canais de distribuição e com as

dinâmicas competitivas, a insegurança que as empresas têm ao tratar da

mudança estrutural como comercio eletrônico, todos os negócios estão

trabalhando no limite onde até os gerentes mais atentos se assustam com o

crescimento progressivo relacionado à viabilidade e lucratividade diante da

incerteza das mudanças se precedentes.

Para o comércio eletrônico tradicional, a rede constitui um meio de

circulação de dados. Para o comércio eletrônico na Internet, a rede é o mercado.

O aparecimento de mercados virgens e exclusivos à medida que a internet

transforma indústrias antigas em serviços financeiros, vendas a varejo, distribuição

industrial cria-se novos portais, provedores de serviços de internet e provedores

de serviços de aplicação.

O comércio eletrônico é o negócio via eletrônica que se baseia no

processamento e na transmissão eletrônicos de dados, incluindo texto, som e

imagem. Apresenta diversas atividades que incluem o comércio eletrônico de bens

e serviços, a entrega on-line de conteúdo digital, as transferências financeiras

eletrônicas, o comércio eletrônico de ações, conhecimentos de embarque

eletrônicos, leilões comerciais, concepção e engenharia em cooperação,

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determinação “on line” linha das melhores fontes para aquisições, contratos

públicos, comercialização direta ao consumidor e serviços pós-venda.

A venda pela internet envolve produtos como bens de consumo,

equipamentos médicos especializados e serviços como o serviço de informação,

serviços financeiros, jurídicos, atividades tradicionais como o cuidado de saúde,

educação e atividades novas como centros comerciais virtuais.

Segundo Venetianer (1999, pág: 208), o comércio eletrônico é o

conjunto de todas as transações comerciais efetuadas por uma

organização, com o intuito de atender, direta ou indiretamente, a

seus clientes, atuando as facilidades de comunicação e

transferências de dados mediados pela rede mundial Internet.

Para Venetianer, o comércio eletrônico está dividido em quatro

macrofunções principais. São elas: a comunicação; a melhoria de processos de

negocias, o gerenciamento de serviços, e a capacitação de transações.

A comunicação é uma função quase intuitiva. Significa a permissão de

transferência de informação ou documentos eletrônicos, tendo como objetivo

adquirir maior rapidez no relacionamento comercial, assim como facilita as

transações comerciais.

A melhoria de processos de negócios tem o objetivo de cobrir a automação

e o aperfeiçoamento de todos os processos de negócio. Sendo a venda o

processo vital de uma organização comercial, as vantagens atribuídas ao

comercio na internet devem ser canalizadas com o objetivo de automatizar e

melhorar o atendimento ao cliente e de toda a parceria ligada ao negócio,

incluindo o canal de venda e os principais fornecedores. Nesse contexto que é

inserida em cena a extranets. A empresa pode conseguir uma vantagem

competitiva e melhorar seus processos internos, à medida que conseguir tirar

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proveito dos recursos oferecidos pela internet para alavancar seu relacionamento

comercial.

O gerenciamento de serviços, ou e-service, como é conhecido nos EUA, é

utilizado para fidelização da clientela através da Web. Essa fidelização sem dúvida

passa para a melhoria de serviços oferecidos pela internet. Tomar os clientes

virtuais fiéis pode fazer através de sites de informações centralizadas no que os

consumidores querem saber, não necessariamente sobre o produto que a

empresa vende, mas com certeza a ele relacionado.

A capacitação de transações no geral é a função que mais se destaca no

comercio eletrônico. Essa função é responsável por disponibilizar recursos para a

compra e venda de qualquer produto ou serviços através da internet.

Sempre que disponibilizamos qualquer facilidade do comércio eletrônico de

fato, suas quatro funções são atendidas de forma que até mesmo um simples e-

mail promocional tem de procurar satisfazer essas funções. Com base nisso, é

que praticamente todas as atividades do marketing na internet visam em alguma,

escala, atender essas quatro funções do comércio eletrônico.

Além da divisão do comércio eletrônico em funções, esse também é

dividido em categorias. O comercio eletrônico pode ser interorganizacional, intra-

organizacional e o próprio varejo. O que vai diferenciar cada uma dessas

categorias, é principalmente o público-alvo, que as respectivas presenças na

internet visam atingir.

O comércio eletrônico interorganizacional acontece entre entidades

distintas de negócios podendo ser entre duas ou mais empresas. O que importa é

o fato de estarem interligadas, usando a Web para facilitar suas transações

comerciais. Essas relações interorganizacionais costumam acontecer de forma

restrita, através da extranet. Como exemplo dessa categoria pode se incluir a

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gestão da cadeia de suprimentos, da tomada de pedidos entre empresas

coligadas em um extranet, disponibilizarão de base de dados sobre estoques e

preços, o rastreamento de pedidos a comunicação comercial de parceiros de uma

rede de distribuição, etc.

De maneira geral, o comércio eletrônico intra-organizacional constitui a

aplicação central das intranets, antes é preciso entender de forma clara a

amplitude do conceito do comércio eletrônico no âmbito interno de uma empresa.

As intranets são usadas para divulgar qualquer tipo de informação entre os

empregados da empresa, como a facilitação da entrada de dados em

determinados setores de bases de dados, como num cadastro de funcionário, por

exemplo. Desta forma, os servidores de intranets voltados para o comércio

eletrônico são as extensões informática das atividades comerciais da empresa, ou

sejam se os vendedores externos conseguem enviar pedidos ou consultar preços

utilizados seus notebooks, essas aplicações então pertencem as categorias do

comércio eletrônico intra-organizacional.

Por último, vem o varejo eletrônico que se encontra no extremo oposto ao

do comércio eletrônico interorganizacional. Este tem por objetivo atender

diretamente o consumidor final, em grande parte pessoa física. A maior das

atividades comercial que existem hoje na Web constitui exemplos de varejo

eletrônico. Segundo Venetianer, é preciso observar que as presenças focadas em

oferecer os serviços gratuitos não devem ser excluídas dessas categorias, já que

seu objetivo principal é a fidelização da clientela, esses sites representam também

um dos elementos mais eficazes do mix mercadológicos.

2.1 – O que move o comércio eletrônico

Vários fatores que antes limitavam o montante canalizado para o comércio

eletrônico simplesmente estão desaparecendo. Pesquisas realizadas pelo

Forreste Research Inc, apontam que o montante a ser gerado pelo comércio

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eletrônico, em 2001, deve chegar a 499 bilhões de dólares. Venetianer destaca

que a grande maioria dos consumidores passa a aceitar o comércio eletrônico, se

acostumando ao novo canal de compra e se condicionando a fazer compras na

internet.

De um lado os consumidores se adequaram ao novo veículo, do outro, os

fornecedores acabaram por aceitar a realidade da Web como novo canal

comercial, inserindo-o rapidamente, investindo de maneira significativa para

garantir a tão falada presença na internet de forma eficiente. Outro grande fator de

destaque para o sucesso do comércio eletrônico se deve ao fato das tecnologias

necessárias para o desempenho e eficaz de todas as funções do comércio

eletrônico estarem se desenvolvendo, enquanto seu custo, tanto de equipamento

como de programa, vem diminuído, tornando o acesso a rede mais democrática.

Existem ainda outros macrofatores que favorecem o crescimento do

comércio eletrônico. O comércio eletrônico é muito semelhante às vendas por

catálogos ou por telemarketing. Em ambos sua principal força comercial está na

comodidade. Além de ser realizado de forma rápida e muitas das vezes mais

barato. Só que a grande diferença do comércio eletrônico está em outras

vantagens não encontradas em nenhum desses outros canais. Numa pesquisa

encomendada pela AT&T, empresa americana de telecomunicações, revelou que

quase 40% dos entrevistados já fizeram compras na Web e que 95% pretendem

voltar a comprar. Segundo o estudo da AT&T, existem alguns grandes fatores que

impulsionam o comércio eletrônico no mundo inteiro , como pode acessar a

qualquer hora e de qualquer lugar, a oferta a partir de vários lugares, aumentando

a quantidade e diminuindo o preço, as ofertas a serem personalizadas, e sem

dúvida o fato da internet ser uma das maiores propulsionadoras de compra por

impulso.

2.2 – Candidatos á venda na rede

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De acordo com as pesquisas realizadas pela GVU, em outubro de 1998, a

preferência dos compradores on-line era por software e games, que como já foi

dito, podem ser entregues virtualmente, dispensando a distribuição física seguidos

por computadores e periféricos, que em virtude da constante evolução

tecnológica, têm seus preços reduzidos sensivelmente. Vimos antes também, que

CD´s e livros se encontram entre os itens mais vendidos, só que ainda dependem

da distribuição física tradicional.

Quando é feita uma análise detalhada de sobre os produtos que mais são

vendidos na rede, percebemos que os mesmos são classificados pelos fatores de

motivação, como foi apresentado, como sendo feitas pela comodidade oferecida

pela rede. Vale lembrar, que produtos que forneçam prazer ao consumidor (busca

por lazer) pela sua posse são comprados em razão são comprados pela

conveniência oferecida pela Web.

A categoria de curiosidade e o fato de busca por informação ocuparam uma

classificação um pouco mediana. Após essa análise, a primeira conclusão a ser

feita aponta que produtos que se encaixam na categoria dos que oferecem

gratificações pelo prazer de sua posse ou classificados como lazer e

entretenimento, aliados à comodidade por adquiridos possuem grandes chances

de terem sucesso nas vendas pela internet.

A segunda conclusão é que todos produtos e serviços destinados a

consumidores que buscam informações na rede, só obterão sucesso se forem

divididos em duas grandes categorias de produtos de nicho com grandes margens

e baixos volumes ou pequenas margem e grande volume. Esses produtos ou

serviços possuem duas características marcantes: são artigos de alto valor

unitário e serem para fazer investimentos brasileiros.

É possível concluir ainda que, mesmo que seus produtos tenham potencial

para obter sucesso de vendas na Web, é preciso diferenciar a oferta virtual.

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Percebe-se, portanto que assim como no mundo físico, o serviço e o atendimento

são de vital importância para o sucesso comercial na Web. São eles que tem

condições de transformar ofertas de produtos banais em verdadeiros produtos de

nicho.

2.3 – O futuro para o comércio eletrônico no Brasil

O futuro do comércio eletrônico no Brasil apresenta a perspectiva das

pessoas conectadas à internet teria um grande e qualificado mercado a ser

exercido, o que significaria uma questão pertinente, principalmente com os

números apresenta hoje.

Para Dailtom Felipini no site www.e-comerce.com.br, “a previsão

de cerca de 50 milhões de pessoas estarão conectadas à internet

até o final desta década. Dos 13 milhões de internautas, cerca de

metade 6,5 milhões, são chamados usuários ativos que acessam

a Web pelo menos uma vez por mês. Destes menos um terço

cerca de 2 milhões, são compradores efetivos, ou seja, atingimos

hoje cerca de 15% do mercado potencial”.

A relação entre o internauta/população ligadas na mesma direção que o

consumidor/internauta mostra que o habito de compra on-line é um processo

dinâmico que vai se ocorrendo com o tempo através da ousadia de usuários que

se arriscaram em realizar a compra de livros e cd´s pela internet um estimulo para

a maioria dos usuários. A partir da primeira compra a ser realizada pela internet,

os internautas ao sentir mais facilidade e comodidade quando tudo se indica que à

medida que as pessoas se sentirem mais seguras criarão o hábito de fazer

compras virtuais aumentando sua freqüência e o valor dos bens adquiridos.

A evolução que o mercado globalizado apresenta para a sociedade de hoje,

é uma geração em um processo de transição que presencia o nascimento desse

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mundo virtual chamado internet, a qual a mudança a serem realizadas pelos

consumidores foi obrigada a se adaptar a essa nova realidade. Para a nova

geração, conectar-se na internet é um processo tranqüilo onde haverá o hábito

constante da realização de transações on-line, o divertimento, a comunicação, a

pesquisa, o aprendizado e as compras serão realizadas permanentemente.

As tendências que o mundo globalizado apresenta em um processo de

transformação de internautas em consumidores on-line num ritmo concreto em

que cada país depende das diversas variáveis como o nível educacional, renda,

grau de segurança disponibilizado e do desenvolvimento das empresas mostra

que a porcentagem dos compradores em relação aos usuários aumenta ao longo

do tempo em praticamente todo o país.

Segundo a reportagem vista pelo Dailton Felipini, a estatística

feita pela pesquisa realizada pela empresa Ernest Young vem que

em 12 países (inclusive o Brasil) aponta três grandes tendências.

• Cada vez mais internautas estão on-line;

• Os consumidores estão aumentando a freqüência on-line;

• Os consumidores estão aumentando a média de gastos.

Com o aumento no número de pessoas conectadas a internet visualiza-se

que no Brasil há uma grande quantidade de pessoas conectadas a internet, das

quais uma expressiva parcela realiza compras na internet.

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CAPÍTULO 3

3 – SEGURANÇA E DISTRIBUIÇÃO

3.1 – Segurança

A proteção na Internet acaba vindo só quando o problema ocorre ou

quando já é tarde demais. As soluções devem ser concedidas globalmente desde

a conscientização dos funcionários sobre os riscos at´q o aumento efetivo do

controle de segurança da empresa que desenvolve programas de antivírus. O

fator humano é importante, pois muitos ataques externos via Internet surgem

devido à falta de consciência dos empregados no fator segurança, no entanto ao

abrir uma empresa é necessária:

Segundo Venetianer, (1999, pág: 236) “Inicialmente, seu site necessita de

um segmento (uma ou mais páginas) que descreva quem sua firma é, o que ela

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faz, há quanto tempo opera, quem são sues clientes ou onde é possível obter

informações sobre sua idoneidade”.

As empresas que atuam no mercado de segurança nos países relacionados

ao setor de tecnologia da informação fornecem desde software até treinamento,

mais os investimentos feitos na internet mostram que a segurança fica a desejar

porque tecnologicamente o Brasil não está atrás de nenhum outro país do mundo.

Quando se trata de Internet os procedimentos adequados que as empresas

modernas devem manter através das falhas existentes ocorridas pela falta de

segurança verão que no setor financeiro descobriremos formas de pôr fim nelas:

A segurança de uma empresa na internet baseia-se em prevenção e reação

ao utilizar ferramentas tecnológicas como Firewalls (porta de fogo), Criptografias e

SSL (Secure Sockets Layer).

Firewalls – Serve para isolar os servidor da invasão de eventuais

burladores e piratas cibernéticos. De nada adiantaria toda a cautela na

transmissão de informações sensíveis se depois qualquer um pudesse penetrar no

servidor, roubando os dados sensíveis (por exemplo, senhas chaves de

encriptação).

Criptografia – Serve para as empresas criptografia dados em pequenos

periféricos de consumo de armazenamento limitado como os telefones celulares e

os periféricos handhelp.

SSl – Serve para misturar transações baseadas na Web enquanto os dados

estão sendo transferidos . Mais o SSL não pode criptografar os dados reais

quando eles chegam ao destino.

No segundo, verifica-se a atividade do usuário, registrando problemas com

senhas. O Banco Real também reduziu o número de pontos de acesso à rede do

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para evitar que incidentes em outros países afetem a segurança dos dados dos

clientes no Brasil.

O maior banco privado brasileiro, o Bradesco realiza transações do

comércio eletrônico desde 1995 e optou por um sistema de vigilância constante.

Ao fazer transações via internet os clientes estão sempre sendo monitorados.

Mudanças de endereços IP durante uma sessão e várias tentativas de senhas

para uma mesma conta corrente são considerados atividades suspeitas, a qual

evidentemente incluem investimentos pesados em soluções, desenvolvimento e

infra-estrutura para evitar ataques. O trabalho é realizado pelo Scopus, empresa

controlada pela instituição, que especializou no assunto de segurança. No banco,

uma das soluções encontradas para aumentar a segurança dos usuários é evitar a

entrada de dados (incluindo senha) via teclado do micro, que pode ser facilmente

rastreado por um hacker. O teclado virtual dói desenvolvido na tela do computador

que muda de posição a cada operação, onde o monitoramento de

comportamentos que podem se tornar um ataque contínuo identificando as

tentativas diárias de invasão vindas de todo o mundo da Internet.

As empresas de cartão de crédito ao investir para a garantia das

transações na Internet criaram até um produto, o SET (Secure Eletronic

Transaction), para assegurar as operações de Comércio Eletrônico. Dessa forma,

não é preciso digitar o número do cartão nas lojas virtuais. Basta o usuário se

cadastrar e usar um código com a senha para combater ass fraudes e investir na

redução a resistência do consumidor em comprar pela Internet.

3.2 – Distribuição

Distribuir bens e serviços envolve levar os produtos te os clientes de forma

eficiente e eficaz tornando os produtos disponíveis quando e onde eles querem

compra-los, a fim de criar rocas que ofereçam valor. Normalmente, os

profissionais de marketing, para tornar os produtos disponíveis ao mercado,

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envolvem os canais de distribuição, que é nada mais, nada menos que uma rede

ou sistema organizado de órgãos instituições que, em combinação, executam

todas as funções necessárias para ligar os produtores aos usuários finais,

realizando todas as tarefas de Marketing.

Em alguns casos o canal de distribuição está composto apenas pelo

fabricante que comercializa diretamente para os clientes, em outros casos o canal

pode estar constituído pelo fabricante e um ou mais revendedores, sendo que

esses lidam com algumas funções de distribuição, que podemos chamar de

intermediário, ou seja, empresas independentes que especializadas em conectar

vencedores e consumidores ou compradores corporativos.

Geralmente os intermediários são usados quando tornam as trocas mais

eficientes e reduzem os custos de transação. Se não cumprirem essa função, é

mais provável que os produtores não façam uso deles e vendam diretamente para

os clientes.

Através de pesquisas realizadas em diversos sites pelo mestre Sergio

Hoeflick: o canal de distribuição pode ser definido como o conjunto de unidades

organizacionais, facilidades, instalações, dentro ou fora do fabricante ou da área

de prestação, no caso se serviços, que dão suporte às atividades de marketing do

produto.

As funções de marketing são bastante interligadas com quase tudo o que

acontece dentro das organizações. Elas incluem, entre outras, aquisições, vendas,

transporte, armazenagem, classificação de produtos, finanças, suporte aos riscos

de mercado, informações. Assim, qualquer unidade organizacional, instituição ou

facilidade que desempenhe alguma função de marketing, é também membro de

um canal de distribuição.

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A estrutura de um canal de distribuição é determinada pelas funções e

marketing que uma determinada organização desempenha. Alguns membros

desse canal realizam funções simples, tais como: transportadoras, armazéns,

empresas de propaganda. Outros trabalham com funções mais amplas

desempenhando um número maior de funções, precisando de uma estrutura mais

complexa.

Segundo Kotler, (1998, pág: 466): “A estrutura do canal de

distribuição deve estar em condições de permitir o controle de

desempenho das funções de marketing implicadas: a rapidez de

entregue sistema eficaz de comunicação e o controle dos custos

operacionais”.

Enquanto que um canal direto fabricante – usuário final proporciona,

geralmente, um controle mais efetivo das funções de marketing, por outro lado

tende também a ter seus custos mais elevados. Assim, esse tipo de estrutura

somente se justifica quando a empresa tem um grande volume de vendas ou

concentração que compensemos altos custos fixos envolvidos.

Com o uso de canais indiretos de distribuição, o fabricante pode estar

abrindo mão de uma parte de sua margem, no entanto, e na maior parte das

vezes, o que se tem é um aumento da eficiência dos processos envolvidos, um

compartilhamento de riscos e uma especialização de funções.

De toda forma, é bom que se entenda que os canais de distribuição têm

que estar ajustados para o produto e para ao mercado. Não existe receita

universal, mesmo que seja para empresas que forneçam o mesmo bem ou que

prestem um mesmo tipo de serviço. A fim de distribuir produtos e serviços com

eficiência, os tipos básicos de canais de distribuição disponíveis são: canais de

distribuição para bens de consumo, bens organizacionais e serviços, e é possível

também, usar múltiplos canais de distribuição, e além se desenvolveu um tipo

inovador de canal chamado Canal Reverso.

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Canais para bens de Consumo: Os consumidores compram bens de

varejistas ou diretamente dos fabricantes, são os canais de distribuição mais

comuns para bens de consumo.

Como podemos ver, no alto chamamos de Canal Direto, onde não existe

intermediário. Os outros, chamamos de Canais Indiretos, incluem um ou mais

intermediários.

Canal Direto

Canais Indiretos

Canais para bens Corporativos ou Organizacionais: Neste caso vemos um

número de compradores de bens corporativos ou organizacionais, bem menores

do que no caso dos de bens de consumo. Além disso os compradores

AGENTE PRODUTOR ATACADISTA VAREJISTA CONSUMIDORES

PRODUTOR

PRODUTOR

PRODUTOR

ATACADISTA VAREJISTA CONSUMIDORES

CONSUMIDORESVAREJISTA

CONSUMIDORES

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corporativos ou organizacionais, são mais concentrados geograficamente e com

freqüência compram quantidades relativamente grandes. São mais organizados,

com sistemas de computadores e equipamentos sofisticados, precisam de muitos

serviços antes e depois da venda. Portanto os danais de distribuição para esse

caso costumam ser mais curtos, face às características acima, sendo o canal mais

adequado o direto. Mas pode também atingir esse mercado com o canal indireto,

via distribuidor, ou seja, um intermediário atacadista que serve mercados

industriais, oferecendo uma variedade de serviços e dando apoio promocional

para um produto.

Existe também o agente, que nada mais é que uma pessoa ou organização

que não tem direito de propriedade sobre produtos que distribuem, coordenam as

vendas para vários fabricantes de produtos relacionados, mas não concorrentes.

(são os autônomos).

Canal Direto

Canais Indiretos

AGENTEPRODUTOR ATACADISTA

PRODUTOR

PRODUTOR

PRODUTOR

AGENTES

DISTRIBUIDORES

CONSUMIDORESCORPORATIVOS

CONSUMIDORESCORPORATIVOS

CONSUMIDORESCORPORATIVOS

CONSUMIDORESCORPORATIVOS

AGENTE PRODUTOR ATACADISTA CONSUMIDORESCORPORATIVOS

DISTRIBUIDORES

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Canais para Serviços: Como são em sua maioria produzidos e consumidos

ao mesmo tempo, os serviços geralmente são distribuídos diretamente.

Canal Direto

Canais Indiretos

Canais de Distribuição Múltiplos por atingir diversos mercados, os

produtores podem usar vários canais de distribuição para um único produto.

Em alguns casos como exemplo, algumas organizações usam múltiplos

canais para adequar-se a uma estratégia de marketing de várias marcas.

Confecções fabricam roupas para serem distribuídas com etiquetas

desconhecidas em lojas populares e ao mesmo tempo, enviam roupas idênticas

para lojas de shopping, que fixam suas etiquetas nas peças e cobram mais por

elas.

O uso de dois ou mais canais de distribuição para fornecer o mesmo

produto básico a dois ou mais mercadores alvos da organização é chamado de

distribuição dual. Ela maximiza a cobertura do mercado e torna a atividade de

marketing mais eficiente em termos de custos.

Canais Reversos: Tradicionalmente, os canais de distribuição movem

produtos do produtor para o usuário final. Às vezes, porém os bens se movem na

direção oposta. O Canal de distribuição que vai do usuário final para o produtor é

chamado de Canal Reverso.

PRESTADORES DE SERVIÇOS USUÁRIOS DO SERVIÇO

PRESTADORES DE SERVIÇOS USUÁRIOS DO SERVIÇOAGENTES OU CORRETORES

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CONCLUSÃO

Com os avanços que a internet vem apresentando dias de hoje, analisa-se

que o processo de mudança da nova era do marketing convencional para o

marketing na internet, e sua “inclusão” das modificações na propaganda, vendas,

serviços de atendimento a clientes, pesquisas de mercados expressam atividades

e ações relacionadas às promoções de produtos e serviços na rede, realizadas em

toso o processo de compra e venda nas empresas, o que atinge a relação entre as

organizações e o consumidor.

O comércio eletrônico por estar ligado ao marketing na internet incentiva a

capacidade de criar novos profissionais de marketing o que torna as empresas

mais competitivas já que não existem mercados locais e assim globais. Pelo Brasil

ser um país em desenvolvimento o processo de transformação de internautas em

consumidores on-line ocorre num ritmo concreto em que cada país depende das

diversas variáveis.

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Com o investimento que as empresas fazem na prevenção e reação de

ferramentas tecnológicas como firewalls. Criptografias e SSl, ao conectar-se a

rede mostram que o treinamento necessário que os profissionais da empresa

possuem serve para evitar a falta de consciência dos empregados sobre os riscos

da não utilização de programas de antivírus.

Pelos diversos canais de distribuição estar composto pelo fabricante e um

ou mais revendedores vimos que a distribuição de bens e serviços é a realização

da rede ou sistema organizado de órgãos e instituições que executam todas as

funções necessárias para ligar os produtores aos usuários finais, realizando todas

as tarefas de marketing em determinadas funções de distribuição, que podemos

chamar de intermediários, o que geralmente serve para tornar as trocas mais

eficientes e reduzir os custos de transação.

Por fim, a formação como perfil não ético na rede envolve as questões e

desafio em um mundo globalizado, vemos que os órgãos públicos e as empresas

privadas ao acessar a internet e a criar sites leva a uma rápida difusão nas

transformações das estruturas sociais e governamentais o que causa o abuso na

internet. Tal abuso na rede às vezes é considerado para a maioria dos

administradores públicos um ato indesejável ou não ético, e talvez até ilegal, mas

para resolver esse tipo de problema foi necessário um estudo de rastreamento

com webmasters para obter informações a utilização da política de uso aceitável

de diversos órgãos públicos, o respeito pela privacidade que as pessoas devem

principalmente quando a revelação de algumas informações se baseia na

facilidade do aproveitamento da execução do domínio das tarefas a serem

elaboradas e a privacidade das informações que os repositórios das empresas

preservam na garantia do intercambio de informações.

Neste contexto, a perfeita integração entre o Marketing na internet e o

Comércio Eletrônico, é vista de maneira que os profissionais que acessam a

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internet deve se adaptar as mudanças comportando-se eticamente sem que haja o

abuso na rede e respeitando a privacidade dos outros.

Para que as organizações possam sobreviver e se desenvolver é

necessário uma renovação, revitalização e retroalimentação das mudanças e dos

novos objetivos organizacionais. A melhor maneira para esta realização é inserir

este pensamento em toda a estrutura organizacional do operacional ao

estratégico, e para isso, nada como inserir este pensamento na Cultura da

Organização.

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DRUCKER, Peter. O futuro já chegou. São Paulo: Revista Exame, 03/2000, pág:

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KOTLER, Philip. Administração de Análise, Planejamento, Implementação e

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Ailton Bonfim Brandão. Administração de Empresas (FEA/USP). Capítulos 18 e

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VENETIANER, Tom. Como vender seu peixe na internet: um guia prático de

marketing e comércio eletrônicos. 2ª edição.

ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO 1

1 - MARKETING NA INTERNET 12

1.1 – Conceito 12

1.2 – Histórico 14

1.3 – Análise das oportunidades mercadológicas 17

1.4 – Pesquisa e seleção de mercado-alvo 18

1.5 – Concepção da estratégia mercadológica 19

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1.6 – O que move a grande rede 20

1.7 – Planejamento dos programas de marketing 23

CAPÍTULO 2

2 - COMÉRCIO ELETRÔNICO 25

2.1 – O que move o Comércio Eletrônico 29

2.2 – Candidatos à venda na rede 30

2.3 – O futuro para o comércio eletrônico no Brasil 31

CAPÍTULO 3

3 - SEGURANÇA E DISTRIBUIÇÃO 34

3.1 – Segurança 34

3.2 – Distribuição 36

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 45

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Título da Monografia: MARKETING NA INTERNET

Autor: GLAUCIO FERREIRA ABIRAUDE

Data da entrega: ABRIL/2004

Avaliado por: FABIANE MUNIZ Conceito:

Conceito Final: